Cenários Econômicos

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Material para apoio de estudos econômicos.

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  • Centro Universitrio de Braslia

    FACULDADE DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS FASA CURSO: CINCIAS CONTBEIS REA: CONTABILIDADE GERENCIAL

    IMPORTNCIA DA ANLISE DE INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS PARA TOMADA DE

    DECISES GERENCIAIS

    MNICA MIRANDA BARROSO MATRCULA N 2020204-9

    PROF. ORIENTADOR: JOO AMARAL DE MEDEIROS

    Braslia/DF, maio de 2007

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    MNICA MIRANDA BARROSO

    IMPORTNCIA DA ANLISE DE INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS PARA TOMADA DE

    DECISES GERENCIAIS

    Monografia apresentada como um dos requisitos para concluso do curso de Cincias Contbeis do UniCEUB Centro Universitrios de Braslia.

    Prof. Orientador: Joo Amaral de Medeiros

    Braslia/DF, maio de 2007

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    MNICA MIRANDA BARROSO

    IMPORTNCIA DA ANLISE DE INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS PARA TOMADA DE

    DECISES GERENCIAIS

    Monografia apresentada como um dos requisitos para concluso do curso de Cincias Contbeis do UniCEUB Centro Universitrio de Braslia. Prof. Orientador: Joo Amaral de Medeiros

    Banca examinadora:

    ______________________

    Prof(a). Joo Amaral de Medeiros Orientador

    ______________________

    Prof(a). Marcellus Egydio de Lima Examinador

    ______________________

    Prof(a). Eduardo Cesar Pasa Examinador

    Braslia/DF, maio de 2007

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    AGRADECIMENTOS

    A Deus, fonte de toda sabedoria e justia.

    Agradeo ao Professor Joo Amaral de Medeiros, pelos ensinamentos e sua dedicao na orientao desta monografia.

    Aos Professores do Curso de Cincias Contbeis do UniCEUB pelos ensinamentos e oportunidade de convivncia.

    A todos os colegas de cursos, pela convivncia saudvel e pela solidariedade revelada por todos.

    Aos meus pais, Roberto Barroso e Janete de Ftima Miranda Barroso, ao meu irmo Daniel Miranda Barroso e ao meu namorado Antnio Gomes Vitorino, pelo apoio prestado, carinho, dedicao, pacincia e amizade durante todos esses anos.

    Aos colegas de trabalho pela amizade e incentivo.

    Enfim, a todos os que, de uma forma direta ou indireta concorreram para a produo desta pesquisa.

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    RESUMO

    BARROSO, Mnica Miranda. A importncia da anlise de indicadores econmico-financeiros para tomada de deciso gerencial. Pg. 27. Monografia acadmica. Curso de Cincias Contbeis. Braslia: UniCEUB, 2007.

    Este trabalho foi elaborado sobre o tema Anlise das Demonstraes Contbeis, com a delimitao: A importncia da Anlise de Indicadores Econmico-Financeiros para tomada de decises gerenciais. Indicadores econmico-financeiros para efeito de anlise e tomada de decises vm sendo utilizados h bastante tempo e em praticamente todos os Continentes. O que se procura mostrar no presente trabalho a importncia dessa utilizao para tomada de decises gerenciais, por parte de administradores e acionistas ou quotistas de empresas. A partir do conhecimento da situao econmica e financeira da empresa, evidenciada pelos indicadores, a atuao tempestiva por parte desses grupos, mediante adoo de medidas corretivas acertadas, evitar problemas futuros para a empresa sob anlise, mantendo-a em patamares adequados de liquidez, rentabilidade e endividamento. Tambm o presente trabalho seleciona alguns indicadores de uso geral, capazes de fornecer informaes complementares a essa tomada de deciso, no diminuindo a importncia de informaes relacionadas ao mercado de atuao da empresa e economia em geral. As principais fontes de dados para apurao dos indicadores econmico-financeiros so: o Balano Patrimonial (BP) e a Demonstrao de Resultado do Exerccio (DRE). Os dados obtidos por meio da pesquisa permitiram concluir que a manuteno de produtos e servios nos padres do mercado feita pelos gestores, por meio dos indicadores econmico-financeiros.

    Palavras-chave: Indicadores econmico-financeiros; Demonstraes Contbeis; Anlise; Decises.

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    SUMRIO

    1 INTRODUO.................................................................................................... 6

    2 REVISO DE LITERATURA E DISCUSSO DOS DADOS.............................. 9

    2.1 INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS ............................................................. 9 2.1.1 NDICES DE LIQUIDEZ ...................................................................................... 10 2.1.1.1 ndice de Liquidez Corrente (LC) .............................................................. 10 2.1.1.2 ndice de Liquidez Seca (LS) .................................................................... 12 2.1.1.3 ndice de Liquidez Geral (LG) ................................................................... 13 2.1.1.4 ndice de Liquidez Imediata (LI)................................................................ 14 2.1.2 NDICES DE ENDIVIDAMENTO ............................................................................ 15 2.1.2.1 Quantidade de Dvida ............................................................................... 15 2.1.2.2 Qualidade da Dvida ................................................................................. 17 2.1.3 NDICES DE RENTABILIDADE ............................................................................. 18 2.1.3.1 Taxa de Retorno sobre Investimentos (TRI) ............................................. 18 2.1.3.2 Taxa de Retorno sobre o Patrimnio Lquido (TRPL)............................... 19 2.2 DEMONSTRAES CONTBEIS........................................................................... 20 2.2.1 BALANO PATRIMONIAL (BP)........................................................................... 21 2.2.2 DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO (DRE) .................................... 22 2.3 INDICADORES ECONMICO-FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISO GERENCIAL .... 22

    3 CONSIDERAES FINAIS.............................................................................. 25

    REFERNCIAS...................................................................................................... 27

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    1 INTRODUO Este trabalho foi elaborado sobre o tema Anlise das

    Demonstraes Contbeis, com a delimitao: A importncia da Anlise de Indicadores Econmico-Financeiros para tomada de decises gerenciais.

    No sculo XXI, vrias empresas so administradas por profissionais contratados com o objetivo de maximizar resultados para os proprietrios. A maioria desses profissionais tem os rendimentos vinculados ao atingimento de metas estipuladas pelos proprietrios, dentro do conceito de que quanto maior o lucro para os acionistas (ou cotistas), maior a remunerao dos administradores.

    Insucesso no desempenho empresarial no interessaria, nem a proprietrios nem a administradores, pois todos sairiam perdendo.

    Conforme Coronado (2006, p. 111), a sobrevivncia das empresas, em um ambiente competitivo, vincula-se diretamente capacidade que os elementos tm de se antecipar aos acontecimentos desse ambiente. A administrao das empresas bem sucedidas apia-se em processos de planejamento de suas atividades.

    As demonstraes contbeis fornecem uma srie de dados sobre a empresa, de acordo com as regras contbeis. A anlise das demonstraes transforma esses dados em informaes, como uma espcie de comunicao, para quem as recebe, podendo gerar uma reao ou deciso. (MATARAZZO, 2003, p. 15 e 16)

    Em virtude da necessidade de essas informaes serem prestadas para diversas pessoas de distintos conhecimentos, importante que elas estejam em linguagem clara e de fcil entendimento. Diferentemente das demonstraes contbeis, que apresentam apenas dados tcnicos de difcil entendimento.

    Segundo Matarazzo (2003, p. 27):

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    O diagnstico de uma empresa quase sempre comea com uma rigorosa Anlise de Balanos, cuja finalidade determinar quais so os pontos crticos e permitir, de imediato, apresentar um esboo das prioridades para a soluo de seus problemas.

    Por meio da anlise das demonstraes contbeis possvel saber a situao econmica e financeira da empresa, permitindo concluir se a empresa est lucrando ou beira da falncia, se a empresa tem capacidade de liquidar suas dvidas, entre outras concluses.

    As anlises das demonstraes contbeis podem ser elaboradas de diversas maneiras. Por exemplo, atravs da anlise de indicadores econmico-financeiros, ou da anlise horizontal e vertical.

    A anlise das demonstraes contbeis surgiu e desenvolveu-se dentro do sistema bancrio. Antigamente era chamada de Anlise de Balanos, uma vez que seu incio se deu devido a exigncia dos banqueiros americanos para que as empresas tomadoras de emprstimos apresentassem seus balanos.

    Diante dessa necessidade foram estabelecidos alguns indicadores, inicialmente extrados do balano e posteriormente tambm das demais demonstraes contbeis.

    Assim como em outras cincias importante que os resultados de seus indicadores sejam comparados com os das demais empresa, especialmente do mesmo ramo, para uma avaliao da situao da empresa com o mercado.

    Segundo Matarazzo (2003, p. 23): ndices-padro permitem adequada avaliao de qualquer ndice de determinada empresa e proporcionam ao usurio da anlise informao objetiva do seu desempenho.

    Devido a esses argumentos, aliado necessidade de ressaltar a importncia do trabalho gerencial para o meio acadmico, surgiu o interesse de desenvolver a pesquisa sobre o tema.

    Este trabalho tem como objetivo geral demonstrar a importncia do uso da avaliao dos indicadores econmico-financeiros para tomada de deciso gerencial, atravs das informaes contbeis.

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    Para orientar os rumos da pesquisa, foram estabelecidos os seguintes objetivos especficos:

    Identificar indicadores econmico-financeiros relacionados a fatores sujeitos a interferncia direta dos gestores de empresas e definir a forma de apurao desses indicadores;

    Identificar as fontes de dados para elaborar os clculos;

    Demonstrar a importncia do uso dos indicadores para tomada de deciso.

    Para facilitar o estabelecimento do universo da pesquisa, foi formulado o seguinte problema: Os indicadores econmico-financeiros so importantes para a tomada de deciso gerencial?

    Para a elaborao do trabalho, foi utilizada pesquisa bibliogrfica especializada em Contabilidade Gerencial e Anlise das Demonstraes Contbeis, com vistas a identificar indicadores econmico-financeiros de uso comum, relacionados a fatores sujeitos a interferncia direta dos gestores de empresas.

    A partir desse levantamento, foram identificados os indicadores econmico-financeiros mais representativos, no conceito empresarial, bem como sua importncia relativa. Tambm foram identificadas as fontes para extrao dos indicadores econmico-financeiros, suas formas de apurao.

    Segundo Marion (2002, p.15 a 17):

    Os ndices bsicos de Liquidez (Corrente, Seca e Geral), Rentabilidade (da Empresa e do Empresrio) e de Endividamento (Quantidade e Qualidade) so suficientes para ter uma viso superficial da empresa a ser analisada. Entendemos que o nvel introdutrio ideal para os cursos de Contabilidade Introdutria, propiciando ao estudando uma idia inicial das utilidades das Demonstraes Contbeis e que todo ensino de Contabilidade (Geral, Bsica, Introdutria etc.) deveria abordar esses indicadores iniciais do trip, evidenciando a Contabilidade como instrumento de tomada de deciso.

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    O trabalho est estruturado em trs divises. A primeira contm informaes a respeito do tema, delimitao, justificativa da escolha do tema, o problema formulado e a metodologia utilizada. A segunda diviso contempla o desenvolvimento, onde expressa opinio de autores e a discusso dos dados obtidos dessas opinies. A terceira diviso aborda o desfecho final, que recebeu o ttulo de consideraes finais.

    2 REVISO DE LITERATURA E DISCUSSO DOS DADOS

    As empresas, no sculo XXI, enfrentam novos tipos de concorrncia, visto que a globalizao ensejou a entrada de empresas ou simplesmente de produtos e servios que so oferecidos a seus clientes.

    O mercado exige que preos e qualidades sejam compatveis com os da concorrncia. Para que os gestores tenham condies permanentes de averiguar se a empresa atende as necessidades dos consumidores sem perder de vista produtos similares sob aspectos tcnicos e de preos, so utilizados ndices econmico-financeiros.

    Segundo Matarazzo (2003, p. 148):

    Os ndices servem de medida dos diversos aspectos econmicos e financeiros das empresas. Assim como um mdico usa certos indicadores de presso e temperatura, para elaborar o quadro clnico do paciente, os ndices financeiros permitem construir um quadro de avaliao da empresa.

    A partir das demonstraes contbeis, os indicadores econmico-financeiros representam o diagnstico da situao econmica e financeira da empresa, apresentando sua liquidez, rentabilidade e estrutura de endividamento.

    2.1 Indicadores Econmico-Financeiros

    Marion (2002, p. 36) define os ndices como sendo relaes que se estabelecem entre duas grandezas, facilitando sensivelmente o trabalho do analista, uma vez que a apreciao de certas relaes ou percentuais mais significativa que a observao de montantes, por si s.

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    Conforme Matarazzo (2003, p. 147), os ndices so relaes entre contas ou grupo de contas das Demonstraes Contbeis, que tm como sua principal caracterstica fornecerem e evidenciarem a situao econmica ou financeira da empresa.

    A utilizao de indicadores como fator de anlise e correo de rumos gerenciais ocorre em nvel mundial, reforando a necessidade de demonstraes financeiras, fontes principais de informaes para apurao dos ndices, cada vez mais transparentes, tempestivas e observando padres mundiais de comparabilidade.

    2.1.1 ndices de Liquidez

    Segundo Marion (2002, p. 83), os ndices de liquidez so utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto , constituem apreciao sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos. Essa capacidade de pagamento pode ser avaliada considerando: longo prazo, curto prazo ou prazo imediato.

    Conforme Matarazzo (p.163 e 164), os ndices de Liquidez so extrados do Balano Patrimonial da empresa e no de fluxo de caixa, servindo portanto para medir se a base financeira da empresa, no perodo analisado, slida ou no.

    A comparao desses indicadores com indicadores padres dos setores de atuao da empresa e sua evoluo em pelo menos trs exerccios (anlise horizontal), permitem viso mais adequada da situao da empresa, apontando posio mais adequada para tomada de decises gerenciais.

    2.1.1.1 ndice de Liquidez Corrente (LC)

    O ndice de Liquidez Corrente, tambm conhecido como ndice de Liquidez Comum, mostra a capacidade de pagamento no curto prazo. (MARION, 2002, p. 83).

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    A frmula utilizada para calcular esse ndice o Ativo Circulante dividido pelo Passivo Circulante. Esses dados so encontrados no Balano Patrimonial da empresa.

    LC = Ativo Circulante

    Passivo Circulante

    Fonte: Marion (2002, p. 83).

    Quadro n 1: Representa a frmula para determinar o LC

    O ndice de Liquidez Corrente demonstra quanto existe de dinheiro e valores que podero ser transformados em dinheiro capazes de saldar a dvida de empresa de curto prazo.

    Pelo fato de esse ndice demonstrar se a empresa ser ou no capaz de pagar seus compromissos no curto prazo, dada importncia por parte dos empresrios (gestores) responsveis pela parte financeira da empresa em estar sempre melhorando esse ndice.

    Porm, ao analisar o ndice de Liquidez Corrente, deve ser considerada a falta de sincronizao entre recebimentos e pagamentos. Ou seja, por meio do ndice no possvel identificar se os recebimentos ocorrero em tempo para pagar as dvidas vencidas, conforme reala Marion (2002, p. 84).

    Matarazzo (2003, p. 171) tambm identifica alguns pontos que devem ser considerados, como a impossibilidade em vender os estoques e receber as duplicatas instantaneamente, caso exista a necessidade de liquidao das dvidas da empresa.

    Ressalte-se, a necessidade de avaliao deste e de qualquer outro indicador sempre em conjunto com outros ndices e informaes contbeis, alm de dados do mercado de atuao da empresa sob anlise.

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    2.1.1.2 ndice de Liquidez Seca (LS)

    O ndice de Liquidez Seca calculado atravs de dados extrados do Balano Patrimonial, da seguinte forma: o Ativo Circulante menos os Estoques, dividido pelo Passivo Circulante.

    LS = Ativo Circulante - Estoques

    Passivo Circulante

    Fonte: Matarazzo (2003, p. 173).

    Quadro n 2: Representa a frmula para determinar o LS

    Segundo Matarazzo (2003, p.173), o ndice de Liquidez Seca representa quanto a empresa possui de Ativo Circulante menos os Estoques para saldar o Passivo Circulante.

    O ndice de liquidez seca mostra, assim como o ndice de liquidez corrente, a capacidade de pagamento da empresa em curto prazo, porm sem considerar o valor do Estoque.

    Para Marion (2002, p. 89), existem alguns cuidados que devem ser tomados para a correta anlise desse ndice. Deve ser analisado no conjunto com outros ndices. considerado bastante conservador j que elimina uma fonte de incertezas (estoque) para apreciao da situao financeira da empresa.

    Matarazzo (2003, p. 174), assim como Marion, ressalta a importncia de serem analisados os componentes do Ativo Circulante, por contemplarem investimentos de riscos diferentes.

    de comum acordo entre os autores citados, a importncia de se eliminar os estoques do clculo, por se tratar de uma fonte incerta para anlise de liquidez.

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    2.1.1.3 ndice de Liquidez Geral (LG)

    O ndice de Liquidez Geral calculado dividindo-se a soma de o Ativo Circulante com o Ativo Realizvel a Longo Prazo, pela soma do Passivo Circulante com o Passivo Exigvel a Longo Prazo.

    LG = Ativo Circulante + Ativo Realizvel a Longo Prazo

    Passivo Circulante + Passivo Exigvel a Longo Prazo

    Fonte: Marion (2002, p. 89).

    Quadro n 3: Representa a frmula para determinar o LG

    Segundo Marion (2002, p.89), tambm conhecido como ndice de Liquidez Financeira, o ndice de Liquidez Geral mostra a capacidade de pagamento da empresa a Longo Prazo, relacionando, a curto e a longo prazos, tudo que ser convertido em dinheiro com tudo que j foi assumido como dvida.

    O ndice de Liquidez Geral define quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Realizvel a Longo Prazo para liquidar sua dvida total. (MATARAZZO, 2003, p. 164).

    As divergncias em datas de recebimento e de pagamento tendem a acentuar-se, quando a anlise efetuada em perodos longos, ou seja, o recebimento dos Ativos pode divergir consideravelmente do pagamento do Passivo. Esses desvios podem tendenciar a uma anlise equivocada. (Marion 2002, p. 90)

    A comparao histrica uma forma de facilitar a anlise desse ndice para a tomada de deciso gerencial. Porm importante que esses valores histricos estejam corretamente calculados, e se possvel para melhor comparao, trazer essas importncias para valor presente, principalmente em casos de ocorrncia de inflao.

    Matarazzo (2003, p.167), lembra que as dvidas de longo prazo no vencem imediatamente e que at o seu vencimento a empresa poder gerar recursos.

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    2.1.1.4 ndice de Liquidez Imediata (LI)

    O ndice de Liquidez Imediata identifica a capacidade de pagamento imediata da empresa para o pagamento das obrigaes de curto prazo. Esse ndice calculado dividindo-se as Disponibilidades pelo total do Passivo Circulante.

    LI = Disponibilidades

    Passivo Circulante

    Fonte: Marion (2002, p. 91).

    Quadro n4: Representa a frmula para determinar o LI

    Conforme o Manual de Contabilidade das Sociedades por Aes (2003, p. 86):

    A intitulao Disponibilidades, dada pela Lei no 6.404, usada para designar dinheiro em caixa e em bancos, bem como valores equivalentes, como cheques em mos e em trnsito que representam recursos com livre movimentao para aplicao nas operaes da empresa e para os quais no haja restries para uso imediato. As aplicaes de liquidez imediata e os estoques tambm so classificados em disponibilidades.

    Tambm no so adequados ndices de liquidez imediata muito elevados, considerando que a manuteno de recursos em Caixa e Bancos, alm do necessrio, pode fazer com que a empresa no tenha seus capitais adequadamente protegidos da inflao, segundo lembra Marion (2002, p. 91).

    Para anlise desse ndice deve-se ter em mente que est sendo comparado um item imediatamente disponvel com um item de vencimento de at 360 dias. Seria mais adequada, para tomada de deciso, a relao entre o disponvel com o valor atual do passivo circulante, utilizando uma taxa de desconto para trazer a valor presente os vencimentos futuros, conforme Iudcibus (1998, p. 80).

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    2.1.2 ndices de Endividamento

    Os ndices de endividamento demonstram, assim como os ndices de liquidez, a situao financeira da empresa, tambm devendo ser analisados em comparao s mdias verificadas por empresas de igual segmento de atuao, bem como abrangendo mais de um exerccio social (trs ou mais).

    Segundo Marion (2002, p. 104 a 106), os ndices de endividamento mostram o grau (quantidade) de endividamento da empresa e a composio (qualidade) desse endividamento.

    Para a correta anlise do endividamento, h necessidade de detectar as caractersticas das empresas para a utilizao dos recursos. Os endividamentos das empresas que recorrem a dvidas como complemento dos Capitais Prprios, so considerados sadios, mesmo se forem elevados, pois as aplicaes produtivas devero gerar recursos que no futuro saldaro o compromisso assumido. Porm os endividamentos feitos pelas empresas apenas para saldar outras dvidas podem ser viciosos, uma vez que essas dvidas no geram recursos, podendo levar a empresa falncia, conforme explica Marion (2002, p. 105).

    necessrio verificar se os encargos incidentes sobre endividamento, feito como complemento do Capital Prprio, esto aqum da margem de ganho obtido pela empresa em seu giro operacional.

    2.1.2.1 Quantidade de Dvida

    Os ndices que so usados para calcular a quantidade da dvida informam se a empresa utiliza mais Capital de Terceiros (Passivo Circulante mais Exigvel a Longo Prazo) ou Capital Prprio (Patrimnio Lquido) nas aplicaes de recursos, ou seja, o Ativo da empresa. (MARION, 2002, p. 104)

    A quantidade da dvida pode ser calculada atravs do ndice de Participao de Capitais de Terceiros sobre Recursos Totais.

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    O ndice de participao (IP) de capitais de terceiros sobre os recursos totais calculado dividindo-se a soma de o Passivo Circulante com o Passivo Exigvel a Longo Prazo (Capital de Terceiros) pela soma do Capital de Terceiros com o Patrimnio Lquido (Capital Prprio).

    IP = Capital de Terceiros

    Capital de Terceiros + Capital Prprio

    Fonte: Marion (2002, p. 154).

    Quadro n 5: Representa a frmula para determinar o IP

    Segundo Matarazzo (2003, p. 154), o ndice de participao de terceiros sobre os recursos totais relaciona duas grandes fontes de recursos da empresa, Capitais Prprios e Capitais de Terceiros, mostrando a dependncia ou no da empresa em capitais de terceiros.

    Do ponto de vista financeiro, quanto maior for a utilizao de capitais de terceiros, menor ser a liberdade de decises financeiras da empresa ou maior ser a dependncia desses terceiros. Mas no ponto de vista de obteno de lucro, pode ser vantajoso para a empresa trabalhar com capitais de terceiros, se a remunerao paga a esses capitais de terceiros for menor do que o lucro conseguido com sua aplicao nos negcios. (MATARAZZO, 2003, p. 154).

    de se destacar a existncia de capitais de terceiros no onerosos, como prazo de pagamento concedido por fornecedores, por exemplo, e onerosos, como os fornecidos por instituies financeiras, com cobrana de encargos. Quanto maior for a participao no capital de terceiros de recursos no onerosos, melhor para a empresa.

    Outro ponto que merece ateno que os acionistas ou quotistas esperam retorno sobre os capitais que investiram ou mantm na empresa. Com a diversidade de opes de investimento em bolsa de valores, mercado imobilirio, fundos financeiros DI, fixo, multimercado, torna-se necessrio remunerar adequadamente o capital colocado e acumulado na empresa pelos acionistas ou quotistas (capital prprio).

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    O ideal mesmo que essa remunerao seja igual ou maior que poderia ser obtida pelo investidor em outras modalidades de aplicao financeira (custo de oportunidade do capital).

    2.1.2.2 Qualidade da Dvida

    De acordo com Marion (2002, p. 106), a anlise da qualidade da dvida, ou seja, da composio de endividamento da empresa, pode ser a curto ou a longo prazo. O endividamento a curto prazo normalmente utilizado para financiar o Ativo Circulante. J o endividamento a longo prazo normalmente utilizado para financiar o Ativo Permanente.

    O ndice de Composio do Endividamento utilizado para calcular a qualidade da dvida.

    Para calcular o ndice de Composio do Endividamento (CE) faz-se necessria a diviso do Passivo Circulante pelo Capital de Terceiros (Passivo Circulante mais Exigvel a Longo Prazo).

    CE = Passivo Circulante

    Capital de Terceiros

    Fonte: Marion (2002, p. 156).

    Quadro n 6: Representa a frmula para determinar o CE

    Para a tomada de deciso gerencial o ndice de Composio do Endividamento gera a informao do percentual de obrigaes de curto prazo em relao s obrigaes totais. (MATARAZZO, 2003, p. 156).

    Para Marion (2002, p. 106): a proporo favorvel seria de maior participao de dvidas a Longo Prazo, propiciando empresa tempo maior para gerar recursos que saldaro os compromissos.

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    Com isso, os recursos que apresentaram resultados em longos prazos devem ser financiados por dvidas tambm de longo prazo, evitando descasamento de prazos entre o vencimento da dvida e o recebimento dos valores gerados pela atividade da empresa.

    2.1.3 ndices de Rentabilidade

    Segundo Marion (2002, p. 139), os ndices de Rentabilidade esto voltados para o potencial de vendas da empresa, para sua habilidade em gerar recursos, para a evoluo das despesas, entre outros.

    Conforme Matarazzo (2003, p. 175), os ndices de Rentabilidade mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto , quanto renderam os investimentos e, portanto, qual o grau de xito econmico da empresa.

    Os ndices de rentabilidade esto voltados para os aspectos econmicos. Valores que so encontrados atravs dos resultados, ou seja, na Demonstrao do Resultado do Exerccio.

    Para Marion (2002, p. 139), o objetivo calcular a taxa de lucro, ou seja, comparar o lucro em valores absolutos com valores que guardam alguma relao com o mesmo.

    Ainda segundo Marion (2002, p. 139), diversos conceitos de lucro, por exemplo, Lucro Lquido, Lucro Operacional e Lucro Bruto, podem ser utilizados nos clculos dos ndices de Rentabilidade. Porm para que a anlise desse ndice no seja distorcida, necessrio que o numerador seja coerente com o denominador. O tipo de lucro usado no denominador deve ser o mesmo que o utilizado no numerador.

    2.1.3.1 Taxa de Retorno sobre Investimentos (TRI)

    A taxa de retorno sobre investimentos calculada dividindo-se o Lucro Lquido pelo Ativo Total. Do ponto de vista da empresa, a TRI representa o poder de ganho da empresa. (MARION, 2002, p. 140).

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    TRI = Lucro Lquido

    Ativo Total

    Fonte: Marion (2002, p. 140).

    Quadro n 7: Representa a frmula para determinar a TRI

    Conforme Matarazzo (2003, p. 179), a Taxa de Retorno sobre Investimentos mostra quanto a empresa obteve de Lucro Lquidos em relao ao Ativo. uma medida da capacidade da empresa em gerar Lucro Lquido e assim poder capitalizar-se.

    2.1.3.2 Taxa de Retorno sobre o Patrimnio Lquido (TRPL)

    A taxa de retorno sobre o patrimnio lquido calculada atravs da diviso do Lucro Lquido pelo Patrimnio Lquido. Do ponto de vista dos proprietrios, a TRPL representa o poder de ganho dos proprietrios. (MARION, 2002, p. 141).

    TRPL = Lucro Lquido

    Patrimnio Lquido

    Fonte: Marion (2002, p. 141).

    Quadro n 8: Representa a frmula para determinar a TRPL

    Conforme Matarazzo (2003, p. 181), a Taxa de Retorno sobre o Patrimnio Lquido apresenta qual a taxa de rendimento do Capital Prprio. Essa taxa deve ser comparada com outras taxas do mercado, como Caderneta de Poupana, CDBS, Letras de Cmbio, entre outras, podendo avaliar se a rentabilidade da empresa superior ou inferior a essas opes.

    Segundo Santi Filho e Olinquevitch (1993, p. 235): uma medida da eficincia gerencial na utilizao dos recursos prprios e de terceiros, em benefcio dos acionistas ou proprietrios, pois se trata da remunerao do capital prprio.

  • 20

    A anlise da Taxa de Retorno sobre o Patrimnio Lquido comparada com as de mercado se faz necessria para saber se a empresa oferece rentabilidade superior ou inferior ao mercado, podendo assim subsidiar a tomada de deciso gerencial sobre a utilizao dos recursos de capital prprio e de terceiros.

    2.2 Demonstraes Contbeis

    Coronado (2006, p. 34) considera:

    O Sistema Contbil como o trabalho original para a formao de qualquer empresa. Cabe ao gestor realizar um estudo sobre a natureza dos fatos ocorridos na empresa, culminando com o planejamento dos relatrios e formulrios necessrios para os registros da transaes.

    A Lei n 6.404/86 em seu artigo 176 prope as seguintes demonstraes contbeis: Balano Patrimonial, Demonstrao de Resultado do Exerccio, Demonstrativo de Origens e Aplicao de Recursos, Demonstrao de Lucros e Prejuzos Acumulados, e Demonstrativo de Mutaes do Patrimnio Lquido. Porm essas demonstraes no so obrigatrias para todas as empresas, apenas para as empresas de sociedades annimas.

    Coronado (2006, p. 65) enfatiza a necessidade de elaborar os demonstrativos contbeis de acordo com os princpios contbeis, para uso dos gestores como ferramenta de tomada de deciso gerencial.

    Os administradores, ou sejam aos profissionais internos nas empresas, usam as demonstraes contbeis para extrair informaes sobre a situao econmico-financeira da empresa.

    Segundo Marion (2002, p. 22) dada maior nfase para o Balano Patrimonial e a Demonstrao de Resultado do Exerccio, por evidenciarem de forma objetiva a situao financeira da empresa e a situao econmica.

    As demonstraes contbeis utilizadas para calcular os indicadores econmico-financeiros so: Balano Patrimonial e a Demonstrao de Resultados do Perodo.

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    Porm importante averiguar a qualidade das informaes contidas nas demonstraes contbeis para que no ocorram distores na hora de calcular os indicadores econmico-financeiros.

    Conforme Marion (2002, p. 22 e 23) o que d credibilidade as demonstraes contbeis a obedincia aos requisitos previstos na Lei n 6.404/76, tendo sua elaborao feita por contador e parecer de auditoria externa, desde que no haja vnculo entre o auditor e a empresa.

    2.2.1 Balano Patrimonial (BP) Segundo Coronado (2006, p. 65 e 66), entende-se por Balano

    Patrimonial a representao grfica do patrimnio ou riqueza de uma entidade fsica ou jurdica, enfatizando que o patrimnio significa o conjunto de bens e direitos deduzidos das obrigaes a pagar.

    Conforme Iudcibios e Marion (2002, p. 185):

    O Balano Patrimonial a pea contbil que retrata a posio das contas de uma entidade aps todos os lanamentos das operaes de um perodo terem sido feitos, aps todos os aprovisionamentos (depreciao, devedores duvidosos entre outros) e ajustes, bem como aps o encerramento das contas de Receitas e Despesas do exerccio terem sido encerradas.

    A Lei n 6.404/76, art. 178, define dois grupos do Balano Patrimonial: Ativo como as aplicaes de recursos, bens e direitos e o Passivo sendo as obrigaes mais o Patrimnio Lquido que representa o valor lquido da empresa.

    Para Coronado (2006, p. 66), os bens so considerados teis desde que satisfaam as necessidades das pessoas e das empresas. Esse autor entende por direito o poder que a empresa tem de exigir valores de terceiros. E considera obrigaes, as dvidas ou compromissos que sero cobrados por terceiros, exigindo o seu pagamento na devido vencimento.

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    Conforme os artigos 178 e 179, da Lei no 6.404/76, no Ativo as contas sero apresentadas em ordem decrescente de grau de liquidez e, no Passivo as contas sero classificadas em ordem decrescente de prioridade de pagamento das exigibilidades.

    2.2.2 Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE) Segundo Coronado (2006, p. 77), a Demonstrao do Resultado

    do Exerccio procura evidenciar as contas de receitas e despesas em determinado perodo, respeitando o princpio da competncia, ou seja, toda receita precisa ter seu custo no mesmo perodo em que ocorreu.

    Conforme o Manual de Contabilidade das Sociedades por Aes (2003, p. 31):

    A Lei no 6.404/76 define o contedo da Demonstrao do Resultado do Exerccio, que deve ser apresentada na forma dedutiva, com os detalhes necessrios das receitas, despesas, ganhos e perdas e definindo claramente o lucro ou prejuzo lquido do exerccio, e por ao, sem confundir-se com a conta de Lucros Acumulados, onde feita a distribuio ou alocao de resultados.

    Marion (1996, p. 66) afirma que a cada exerccio social a empresa deve apurar o resultado dos seus negcios. A apurao do resultado realizada atravs da Demonstrao do Resultado do Exerccio, apresentando um resumo ordenado das receitas e despesas do perodo, facilitando a tomada de deciso gerencial.

    Coronado (2006, p. 77) complementando a afirmao de Marion, diz que por meio da apurao do resultado, possvel verificar se o objetivo da empresa foi alcanado.

    2.3 Indicadores Econmico-Financeiros na Tomada de Deciso Gerencial

    Segundo Matarazzo (2003, p. 28), a anlise das demonstraes contbeis permite uma viso da estratgia e dos planos da empresa. Permite tambm a estimao do futuro da empresa, suas limitaes e suas potencialidades.

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    Marion (2002, p.15) cita que s possvel conhecer a verdadeira situao financeira da empresa atravs da anlise de Liquidez e de Endividamento (Estrutura de Capital). E para o conhecimento da situao econmica, faz-se necessrio a anlise da Rentabilidade.

    Marion (2002, p. 24) relaciona algumas tcnicas de anlise das demonstraes contbeis: Indicadores Econmicos e Financeiros, Anlise Horizontal e Vertical, Anlise da Taxa de Retorno sobre Investimentos, entre outras.

    Para estudo do trabalho, foi considerada a tcnica de anlise sobre os Indicadores Econmicos e Financeiros, definindo sua frmula de clculo, sua interpretao e a conceituao de cada indicador.

    Primeiro passo a extrao dos ndices das demonstraes contbeis. Depois se verifica a necessidade de comparar os ndices com os ndices-Padro. S aps a ponderao das diferenas nas informaes, ser possvel se chegar a uma concluso que futuramente ser til para tomada de deciso. (MATARAZZO, 2003, p. 20).

    Conforme Matarazzo (2003, p. 187), a anlise das demonstraes contbeis s adquire consistncia e objetividade quando os ndices so comparados com os padres, pois, do contrrio, as concluses se sujeitam opinio de quem estiver analisando.

    Esses padres, acima mencionados, so os padres definidos pelo mercado em cada segmento, ou seja, para cada ramo empresarial, existe um padro observvel.

    Matarazzo (2003, p. 148) defende que no importante o uso de grande nmero de ndices. A quantidade vai depender da profundidade da anlise desejada.

    Segundo Iudcibus (1998, pg. 65):

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    muito mais til calcular um certo nmero selecionado de ndices e quocientes, de forma consistente, de perodo para perodo, e compar-los com padres estabelecidos e tentar, a partir da, tirar uma idia de quais problemas merecem uma investigao maior, do que apurar dezenas e dezenas de ndices, sem correlao entre si, sem comparaes e, ainda, pretender dar um enfoque e uma significao absolutos a tais ndices e quocientes.

    Para Marion (2002, p. 90), alguns preceitos devem ser observados, quando utilizao de ndices, para que no ocorram distores ou interpretaes inadequadas, o que poderia comprometer a toma de deciso. Os preceitos so:

    No considerar qualquer indicador isoladamente (associar os ndices entre si);

    Apreciar o indicador em uma srie de anos, pelo menos trs;

    Comparar os ndices encontrados como ndices-padro, ou seja, ndices das empresas concorrentes (mesmo ramo de atividade).

    Baseado nos indicadores econmico-financeiros, os anaslistas podero fazer propostas para que decises sejam tomadas, afim de melhorar a situao econmica e financeira da empresa. (MARION, 2002, p. 45).

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    3 CONSIDERAES FINAIS

    Indicadores so importantes instrumentos utilizados pelos gestores empresariais para obterem diagnstico da situao econmico-financeira das empresas.

    Os ndices servem tambm para facilitar o trabalho de analistas e investidores, fornecedores e bancos, ao tencionaram comprometer recursos nas empresas.

    Os indicadores de liquidez permitem avaliao da capacidade de pagamento de compromissos de curto prazo, longo prazo ou prazo imediato.

    Os ndices de endividamento, paralelamente aos de liquidez, apontam a situao financeira da empresa, e devem ser analisados levando-se em comparao o comportamento financeiro de empresas de segmento semelhante.

    Esses ndices mostram o grau de endividamento da empresa, ou seja, a quantidade de capital de terceiros ou de capital prprio que est investido na empresas. Tambm mostram a qualidade da dvida da empresa, se est investida a curto ou a longo prazo.

    Os ndices de rentabilidade demonstram a situao econmica da empresa, evidenciando a rentabilidade dos capitais investidos, isto quanto renderam os investimentos, tanto para o ponto de vista da empresa como para dos proprietrios. Esses ndices, comparados com o de outras empresas de igual segmento, refletem se a empresa oferece rentabilidade superior ou inferior ao mercado.

    As demonstraes contbeis so utilizadas pelos gestores como ferramenta de tomada de deciso gerencial. dada maior nfase para o Balano Patrimonial e para Demonstrao do Resultado do Exerccio, por evidenciarem a situao financeira e econmica da empresa, respectivamente.

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    Os indicadores econmico-financeiros so extrados das demonstraes contbeis, porm importante averiguar se as demonstraes contbeis seguem aos princpios contbeis, se foram feitas de acordo com a lei n 6.404/76 por contador e se foram revisadas e assinadas por auditores externos.

    No existe a necessidade do uso de grande nmero de indicadores econmico-financeiros para auxiliar a tomada de deciso gerencial. O que existe, a necessidade dos ndices calculados serem analisados corretamente, tendo por base dados confiveis.

    Para que no ocorram distores ou interpretaes inadequadas que poderiam comprometer a tomada de deciso, fundamental que os ndices no sejam analisados isoladamente e que sejam comparados internamente a uma sria de ndices de anos anteriores, de preferncia trs anos, e externamente com ndices de empresas do mesmo ramo (segmento).

    O problema inicialmente proposto foi respondido atravs da pesquisa. Como se verifica, os indicadores econmico-financeiros so importantes instrumentos de gesto, fornecendo, a partir de sua apurao e correta anlise, importantes informaes para a tomada de deciso por parte dos gestores da empresa.

    A adoo tempestiva de medidas corretivas da decorrentes possibilita aos gestores manter a empresa sob sua responsabilidade competitiva, saudvel e interessante, para investidores, fornecedores e clientes, a partir da melhor adequao de seu ndice de capitalizao (ndices de liquidez), correta seleo das fontes de financiamento de capital (ndices de endividamento) e melhora da rentabilidade oferecida (ndices de rentabilidade).

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    REFERNCIAS

    BRASIL. Lei N 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Lei das Sociedades Annimas. Disponvel em: . Acesso em: 24 abril 2007.

    CORONADO, Osmar. Contabilidade gerencial bsica. So Paulo: Saraiva, 2006.

    IUDCIBUS, Srgio de. Contabilidade gerencial. 6. ed. So Paulo: Atlas, 1998.

    IUDCIBUS, Srgio de; MARION, Jos Carlos. Introduo teoria da contabilidade. 3. ed. So Paulo: Atlas, 2002.

    IUDCIBUS, Srgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de contabilidade das sociedades por aes. 6. ed. So Paulo: Atlas, 2003.

    MARION, Jos Carlos. Contabilidade bsica. So Paulo: Atlas, 1996.

    ______. Anlise das demonstraes contbeis. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2002.

    MATARAZZO, Dante Carmine. Anlise financeira de balanos. 6. ed. So Paulo: Atlas, 2003.

    SAINT FILHO, Armando de; OLINQUEVITCH, Jos Lenidas. Anlise de balanos para controle gerencial. 3. ed. So Paulo: Atlas, 1993.