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CRAS, CREAS, Centros POP, Gestão Municipal, Gestão Estadual, Conselhos Municipais, Conselhos Estaduais e Unidades de Acolhimento 2012

Censo SUAS 2012

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O Censo SUAS é realizado em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. Consiste do levantamento sistemático de informações de caráter inventariante e descritivo sobre a temática dos serviços, programas, projetos e unidades de assistência social. As informações obtidas no âmbito do Censo SUAS “têm por objetivo proporcionar subsídios para a construção e manutenção de indicadores de monitoramento e avaliação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), bem como de sua gestão integrada”. Apresentamos aqui os dados do Censo SUAS 2012 e de edições anteriores, trazendo análises comparativas dos diferentes aspectos investigados, segundo o porte dos municípios, entre regiões e também ao longo dos anos. No levantamento de 2012, introduzimos o questionário sobre as Unidades de Acolhimento em seus diversos tipos (Abrigo Institucional, Casa Lar, Casa Lar em Aldeia, Casa de Passagem, República, Residência Inclusiva, entre outros).

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Page 1: Censo SUAS 2012

CRAS, CREAS, Centros POP,

Gestão Municipal, Gestão Estadual,

Conselhos Municipais, Conselhos Estaduais

e Unidades de Acolhimento

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BRASÍLIA, 2013

CRAS, CREAS, Centros POP, Gestão Municipal, Gestão Estadual, Conselhos Municipais, Conselhos Estaduaise Unidades de Acolhimento2012

Page 3: Censo SUAS 2012

Presidenta da República Federativa do Brasil | Dilma Rousseff

Vice-Presidente da República Federativa do Brasil | Michel Temer

Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome | Tereza Campello

Secretário Executivo | Marcelo Cardona

Secretário de Avaliação e Gestão da Informação | Paulo Jannuzzi

Secretária Nacional de Assistência Social | Denise Colin

Secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional | Arnoldo Anacleto de Campos

Secretário Nacional de Renda de Cidadania | Luis Henrique da Silva de Paiva

Secretário Extraordinário de Erradicação da Pobreza | Tiago Falcão

Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação

Secretária Adjunta | Paula Montagner

Diretor de Monitoramento | Marconi Fernandes de Sousa

Diretor de Gestão da Informação | Caio Nakashima

Diretora de Formação e Disseminação | Patrícia Vilas Boas

Diretora de Avaliação | Júnia Valéria Quiroga da Cunha

Secretaria Nacional de Assistência Social

Secretária Adjunta | Valéria Maria de Massarani Gonelli

Diretora do Departamento de Gestão do Sistema Único de Assistência Social | Simone Albuquerque

Diretora do Departamento de Benefícios Assistenciais | Maria José de Freitas

Diretora do Departamento de Proteção Social Básica | Léa Lucia Cecílio Braga

Diretora do Departamento de Proteção Social Especial | Telma Maranho Gomes

Diretora do Departamento da Rede Socioassistencial Privada do SUAS | Carolina Gabas Stuchi

Diretor Executivo do Fundo Nacional de Assistência Social | Antonio José Gonçalves Henriques

Expediente

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BRASÍLIA, 2013

CRAS, CREAS, Centros POP, Gestão Municipal, Gestão Estadual, Conselhos Municipais, Conselhos Estaduaise Unidades de Acolhimento2012

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Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Censo SUAS 2012: CRAS, CREAS, Centros POP, Gestão Municipal, Gestão

Estadual, Conselho Municipal, Conselho Estadual, e Unidades de Acolhimento

- Brasília, DF: MDS, Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação; Secretaria

Nacional de Assistência Social, 2013.

164 p. ; 23 cm.

ISBN: 978-85-60700-64-6

1. Assistência social, Brasil. 2. Política social, Brasil. I. Ministério do

Desenvolvimento Social e Combate à Fome. II. Sistema Único de Assistência Social.

CDU 364(81)

Tiragem: 10.700 exemplares

impressão: gráfica Brasil

© 2013 minisTério do desenvolvimenTo social e comBaTe à fome.

Todos os direiTos reservados.

QualQuer parTe desTa puBlicação pode ser reproduzida, desde Que ciTada a fonTe.

secreTaria de avaliação e gesTão da informação (sagi)

esplanada dos minisTérios | Bloco a | sala 340

70054-906 | Brasília | DF

TeleFone: (61) 2030-1501

www.mds.gov.Br

cenTral de relacionamenTo do mds: 0800 707 2003

soliciTe exemplares DesTa puBlicação pelo e-mail: [email protected]

Publicação da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação

Equipe editorial

Coordenação editorial: Kátia Ozório

Projeto gráfico: Kátia Ozório

Diagramação: Tarcísio Silva

Revisão: Ana Freitas de Andrade

Bibliotecária: Tatiane de Oliveira Dias

Apoio: Jonathan Fernandes, Roberta Cortizo, Romário Silva, Victor Lima

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Page 6: Censo SUAS 2012

Coordenação-geral do Censo SUAS 2012Caio Nakashima, Dionara Borges Andreani Barbosa, Frederico de Almeida Meirelles Palma, Luís

Otávio Pires Farias, Marconi Fernandes de Sousa, Sabrina Medeiros Borges, Simone Aparecida

Albuquerque.

Concepção, planejamento e operaçãoCinthia Barros dos Santos Miranda, Fernando Fúvio Ariclê Bento e Lima, Priscila Quicila Rodrigues Coelho da Gama, Sergio Bueno, Thais de Freitas Morais e Walkyria Porto Duro, Simone Albuquerque, Luís Otávio Pires Farias, Maria Cristina Oliveira Marques, Hugo Miguel Pedro Nunes, Sérgio Bueno da Fonseca, Frederico de Almeida Meirelles Palma, Kamila Rodrigues Sato,

Caio Nakashima.

Desenvolvimento de aplicativos informatizados, coleta e tratamento de dadosCaio Nakashima, Carlos Eduardo de Andrade Brasileiro, Carlos Henrique Araújo Santana, Davi Lopes Carvalho, Dionete de Sousa Gonçalves Sabate, Erika Paes de Castro, Fábio Alves Freire Carvalho, Flávio Jesus dos Santos, Frederico de Almeida Meirelles Palma, Giovanna Quaglia, Helbert de Sousa Arruda, João Pedro Oliveira Paiva, Luciana da Silva Oliveira, Maria de Jesus Rezende, Mariana Ferreira Peixoto dos Santos, Nicolle Yumi Yamada, Rafael Cotrim Henriques, Rebert Tomas Aquino, Ricardo de Carvalho Feitoza, Rogério Costa Faria Pacheco, Sabrina Medeiros Borges, Sérgio Matos de Andrade, Talita Santana dos Santos Barcellos, Thiago Hackbarth, Teotonio Ferreira Cunha e Uiran Couto de Mendonça, Luís Otávio Pires Farias, Hugo Miguel Pedro Nunes, Thais de Freitas Morais, Cinthia Barros dos Santos Miranda, Camila

Nascimento Barros, Fernando Fúvio Ariclê Bento e Lima.

Análise e validação dos dadosAlan Ioshikazu Ofuji, Camila Nascimento Barros, Cristiane Ala Diniz, Dionara Borges Andreani

Barbosa.

Elaboração dos textos

Alan Ioshikazu Ofuji, Ana Carolina Freitas de Andrade, Camila Nascimento Barros.

Validação de conteúdo

Denise Colin, Paulo Jannuzzi, Paula Montagner, Marconi Fernandes de Sousa, Luís Otávio Pires

Farias, Simone Aparecida Albuquerque.

Agradecimentos

Aos gestores, técnicos e conselheiros da Assistência Social dos municípios e estados.

Aos diretores, coordenadores e técnicos da Secretaria Nacional de Assistência Social e da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação.

Ao Conselho Nacional de Assistência Social

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prefácio

É com muita satisfação que o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à

Fome (MDS) publica a sexta edição do Censo do Sistema Único da Assistência So-

cial (SUAS), realizado pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI)

em parceria com a Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS). Elaborado

anualmente desde 2007, este Censo busca retratar a implementação do SUAS

em todo o Brasil, fornecendo dados objetivos acerca de seus avanços e desafios.

Nos últimos seis anos, o Censo SUAS tem se fortalecido como uma ferramenta

estratégica para aperfeiçoar a gestão da política de Assistência Social no País. As

informações já tradicionais sobre infraestrutura, oferta de serviços socioassis-

tenciais, controle social, recursos humanos e financeiros realizam uma fotografia

anual do Sistema Único. Os dados apresentados neste volume confirmam, mais

uma vez, o amadurecimento da política pública de Assistência Social. Os equi-

pamentos públicos – CRAS, CREAS e Centros POP - continuam a expandir-se em

todos os estados, sendo presentes em mais de 95% dos municípios. Observa-

-se a continuidade do crescimento dos recursos humanos e a melhoria de sua

situação funcional, com o aumento de trabalhadores estatutários e a redução

dos temporários. A expansão dos serviços é expressiva, tanto na proteção básica

como na especial. Tem se ampliado o atendimento à população em localidades

mais remotas e de difícil acesso, como é o caso de populações tradicionais apon-

tadas neste levantamento, também reflexo do adensamento das ofertas de cofi-

nanciamento federal, como as equipes volantes e os equipamentos tipo lanchas

e veículos com tração.

O Censo SUAS tem se aperfeiçoado, a cada ano, com ampliação do conjunto de

informações disponibilizadas. Refletindo o esforço permanente da política de

Assistência Social em incluir em seus serviços as populações mais vulneráveis

de nossa sociedade, no ano anterior integraram-se ao levantamento os Centros

POP - Centros de Referência Especializados para Pessoas em Situação de Rua.

Neste ano, a principal novidade é a inclusão de um questionário voltado às Uni-

dades de Acolhimento, que oferecem serviços de proteção social especial de

alta complexidade para pessoas que estão vulneráveis e com laços familiares

rompidos.

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0O Censo SUAS 2012 investigou 4.360 Unidades de Acolhimento em 1.517 muni-

cípios. As informações levantadas serão um importante instrumento para as ges-

tões municipal, estadual e federal darem prosseguimento à prioridade assumida

face ao reordenamento dos serviços de acolhimento. A garantia de maior e mais

qualificado apoio público, assim como as normativas referentes ao tamanho das

unidades e ao perfil das equipes técnicas, visam a qualificar o atendimento. E,

principalmente, fortalecer o acolhimento (seja no abrigo institucional, república

e residência inclusiva) para garantir o direito à convivência, à superação da vio-

lação de direitos e à busca da autonomia.

O Censo SUAS 2012 apresenta, assim, um conjunto cada vez mais completo de

indicadores estratégicos, visando ao fortalecimento do Sistema Único e à qualifi-

cação dos serviços sob sua responsabilidade. Permite uma análise mais criterio-

sa de nossos desafios e também de nosso progresso. A ampliação da capacidade

da gestão, contando com a participação cada vez mais presente e qualificada do

controle social é um dos aspectos que emerge deste retrato de 2012. Ele sina-

liza a trajetória ascendente da política para enfrentar, com efetividade, metas e

resultados, a proteção aos seus diversos públicos.

Por fim, agradecemos a todos aqueles que responderam aos oito questionários

do Censo SUAS 2012. Temos certeza de que esta publicação será para todos

os responsáveis por esta política - secretários, gestores, técnicos, coordenado-

res, conselheiros e demais profissionais que trabalham ativamente na gestão do

SUAS - um relevante instrumento para fortalecer cada vez mais a Assistência So-

cial, cujos impactos têm sido efetivos na proteção e na melhoria das condições

de vida das famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade.

Tereza Campello

Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

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apresentação

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) avalia e moni-

tora de forma permanente a implementação, a execução e os resultados dos seus

programas, dos serviços e benefícios oferecidos. O objetivo desse monitoramento

é a obtenção de informações que subsidiem tomadas de decisão sobre as políticas

públicas conduzidas pelo Ministério, bem como o aprimoramento destas políticas.

O Censo do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) já se consagrou como

instrumento de fundamental importância para a disponibilização de informa-

ções sobre a gestão da Política Nacional de Assistência Social. O levantamento

dos dados é realizado conjuntamente pela Secretaria de Avaliação e Gestão da

Informação (SAGI) e pela Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), com

o objetivo de analisar a implantação do SUAS nos âmbitos estadual e municipal,

identificando os avanços, dificuldades e desafios.

Esta publicação apresenta os dados do Censo SUAS 2012 e de edições ante-

riores, trazendo análises comparativas dos diferentes aspectos investigados,

segundo o porte dos municípios, entre regiões e também ao longo dos anos.

A consolidação das análises realizadas neste documento reflete o esforço contí-

nuo de aperfeiçoamento da cobertura do levantamento das informações, tanto

pela inclusão de novas temáticas nos questionários, quanto pela ampliação dos

agentes e unidades públicas investigadas. No levantamento de 2012, introdu-

zimos o questionário sobre as Unidades de Acolhimento em seus diversos tipos

(Abrigo Institucional, Casa Lar, Casa Lar em Aldeia, Casa de Passagem, República,

Residência Inclusiva, entre outros) conforme tipificação do Conselho Nacional

de Assistência Social (CNAS).

Nossa expectativa é de que os resultados ora apresentados possam contribuir,

como nas edições anteriores, para subsidiar o debate qualificado, construtivo e

baseado em evidências concretas sobre os avanços de estruturação do SUAS e

dos desafios para seu aprimoramento em todo o País.

Denise Colin

Secretária Nacional de Assistência Social

Paulo Jannuzzi

Secretário de Avaliação e Gestão da Informação

Page 11: Censo SUAS 2012

sumário

INTRODUçÃO 13

CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS) 15

infraEsTruTura 21

financiamEnTo 25

rEcursos humanos 27

sErviços 31

CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CREAS) 39

infraEsTruTura 42

financiamEnTo 45

rEcursos humanos 47

sErviços 52

CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO PARA PESSOAS EM SITUAçÃO DE

RUA (CENTRO POP) 57

gesTão Financeira 59

inFraesTruTura 60

serViços e BeneFícios 61

recursos Humanos 65

GESTÃO MUNICIPAL 69

EsTruTura adminisTraTiva 70

gEsTão financEira 73

gesTão De serViços e BeneFícios 75

rEcursos humanos 82

GESTÃO ESTADUAL 85

esTruTura aDminisTraTiVa 86

gEsTão financEira 90

gesTão De serViços e BeneFícios 92

rEcursos humanos 95

Page 12: Censo SUAS 2012

CONSELHOS MUNICIPAIS 97

aspEcTos normaTivos 100

gEsTão financEira 102

EsTruTura adminisTraTiva 104

gesTão De serViços e BeneFícios 106

rEcursos humanos 110

sEcrETaria ExEcuTiva 114

CONSELHOS ESTADUAIS 119

aspEcTos normaTivos 120

gEsTão financEira 121

EsTruTura adminisTraTiva 122

gesTão De serViços e BeneFícios 124

rEcursos humanos 130

sEcrETaria ExEcuTiva 131

UNIDADES DE ACOLHIMENTO 135

gesTão Financeira 139

EsTruTura adminisTraTiva 140

gEsTão dE sErviços 147

rEcursos humanos 153

CONSIDERAçÕES FINAIS 157

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 162

Unidades de

Acolhimento

Unidadesde

Acolhimento

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introdução

Há vários anos o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome realiza

o Censo SUAS, combinando esforços entre a União, os Estados, o Distrito Federal

e os Municípios para a obtenção dos dados sobre o estágio de estruturação do

Sistema Único da Assistência Social. Desde que foi criado, em 2007,o Censo vem

ampliando seu escopo temático, inserindo novos questionários e respondendo

às demandas de novas informações para aprimoramento do SUAS.

Atualmente, o levantamento contempla praticamente todas as unidades, ope-

radores e institucionalidades do SUAS, inventariando seus serviços, programas,

recursos e equipamentos, como os Centros de Referência de Assistência Social

(CRAS); Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS);

Conselhos Estaduais de Assistência Social (CEAS), Conselhos Municipais de

Assistência Social (CMAS) e Conselho de Assistência Social do Distrito Federal

(CAS/DF); Gestão Estadual, Gestão Municipal e do Distrito Federal; Unidades de

Acolhimento, e Centros de Referência Especializados para Pessoas em Situação

de Rua (Centro Pop).

O Censo é realizado por meio de um sistema eletrônico de coleta das informa-

ções, preenchido por gestores, conselheiros e por responsáveis técnicos, nos

entes federados e nos equipamentos do SUAS.

De modo a subsidiar as análises e discussões sobre o grau de estruturação do

SUAS, esta publicação apresenta os principais resultados do levantamento do

Censo 2012, organizados em oito capítulos, segundo temática levantada em

cada um dos oito questionários aplicados (vide abaixo).

Em cada capítulo apresenta-se análise descritiva dos dados coletados segundo

região, porte municipal , evolução ao longo dos últimos anos, tratando da infra-

estrutura e institucionalidades, dos recursos humanos empregados, dos serviços

ofertados e da estrutura de financiamento.

— QUESTIONÁRIO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CRAS): Estrutura física, caracterização dos serviços ofertados, gestão do território, articulação e recursos humanos

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0 — QUESTIONÁRIO DO CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE AS-

SISTÊNCIA SOCIAL (CREAS): Estrutura física, caracterização dos servi-ços ofertados, gestão, articulação e recursos humanos

— QUESTIONÁRIO DA GESTÃO MUNICIPAL: Estrutura administrativa; gestão SUAS; gestão financeira; gestão do trabalho; gestão de serviços, programas e projetos; gestão de benefícios; vigilância socioassisten-cial; inclusão produtiva

— QUESTIONÁRIO DA GESTÃO ESTADUAL: Estrutura administrativa; gestão SUAS; regionalização; serviços assistenciais; benefícios socio-assistenciais; gestão financeira; gestão do trabalho; apoio técnico e financeiro aos municípios; vigilância socioassistencial; comissão inter-gestora bipartite

— QUESTIONÁRIO CONSELHO ESTADUAL E MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E CONSELHO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DO DISTRITO FEDERAL: Re-gimento interno e legislações; orçamento e infraestrutura; secretaria executiva; dinâmica de funcionamento; composição do conselho e con-selheiros;

— QUESTIONÁRIO UNIDADE DE ACOLHIMENTO: Caracterização; estru-tura física e área de localização da unidade; recursos humanos;

— QUESTIONÁRIO CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECALIZADO PARA PES-SOAS EM SITUAÇÃO DE RUA (Centro Pop): Estrutura física, serviços ofertados; gestão; articulação e recursos humanos.

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cEnTro dE rEfErÊncia dE assisTÊncia social (cras)

Concebido com um dos mais importantes equipamentos públicos estatais inte-

grantes da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), o Centro de Referência

da Assistência Social (CRAS) visa a prevenir a ocorrência de situações de vulnera-

bilidade e riscos sociais, por meio da oferta de serviços que articulem as diversas

ações da proteção social básica no seu território de abrangência. Atuando com

famílias e indivíduos prioritariamente em seu contexto comunitário, o CRAS tem

como principal objetivo contribuir para o bom convívio sociofamiliar e comunitá-

rio, atuando na organização, coordenação e oferta dos serviços da Proteção Básica.

De acordo com as recomendações da Norma Operacional Básica do SUAS – NOB-

-SUAS, os CRAS devem ser instalados em locais que concentrem situações de

vulnerabilidade e risco social, levando em consideração que o conceito de vul-

nerabilidade social é multidimensional e englobando elementos outros além da

pobreza fi nanceira. Contudo, reconhece que os locais onde habitam pessoas que

vivem em situação de pobreza são carentes de serviços básicos e, consequente-

mente, estas fi cam expostas a circunstâncias que colocam em risco a segurança

pessoal, o gozo dos direitos e o convívio familiar, social e comunitário. Além dis-

so, outro critério de alocação deste equipamento, em situações onde haja locais

com baixa densidade demográfi ca, áreas rurais, comunidades indígenas e assen-

tamentos, por exemplo, o CRAS deve ser posicionado onde há maior acessibili-

dade por estes diferentes espaços.

Ainda no que se refere à NOB-SUAS, a capacidade de atendimento dos CRAS é vari-

ável de acordo com o porte do município em que se encontra. No entanto, a organi-

zação dos municípios, em função de fatores geográfi cos ou sociais, pode exigir um

número de atendimentos e famílias referenciadas diferente dos padrões. Para isso,

destaca-se que é adotado como parâmetro de dimensionamento da capacidade de

atendimento do CRAS o número de famílias em vulnerabilidade e risco social.

Para efetivar as ações e serviços oferecidos pela política de assistência social,

estes são fundamentados na matricialidade sociofamiliar – que se refere à cen-

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tralidade da família como núcleo social. Assim, a família é entendida como o

“núcleo social básico de acolhida, convívio, autonomia, sustentabilidade e pro-

tagonismo social e espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socializa-

ção primárias dos indivíduos” (BRASIL, 2009, p. 12).

Desta maneira, consideram-se serviços de proteção básica aqueles que poten-

cializam a família como unidade de referência, fortalecendo seus vínculos inter-

nos e externos de solidariedade, através do protagonismo de seus membros e da

oferta de um conjunto de ações locais que visam à convivência, à socialização e

ao acolhimento. São eles:

— Serviço de Proteção e atendimento integral à família (PAIF);

— Programa de inclusão produtiva e projetos de enfrentamento de pobreza;

— Centro de Convivência para Idosos;

— Serviços para crianças de 0 a 6 anos, que visem o fortalecimento de vínculos familiares, o direito de brincar, ações de socialização e de sensibilização para a defesa dos direitos das crianças;

— Serviços socioeducativos para crianças, adolescentes e jovens na faixa etária de 6 a 24 anos, visando sua proteção e socialização;

— Programas de incentivo ao protagonismo juvenil;

— Centros de informação e de educação para o trabalho para jovens e adultos.

Segundo a NOB-SUAS todo equipamento CRAS, sem exceção, deve possuir espa-

ço físico suficiente e equipe qualificada para oferecer os serviços do PAIF inde-

pendentemente das fontes de financiamento (municipal, federal e/ou estadual).

O PAIF se caracteriza como um conjunto integrado de ações com o objetivo de

atender plenamente à família e seus indivíduos expostos às situações de vul-

nerabilidade social. Logo, o CRAS pode oferecer todos os serviços da proteção

básica desde que o desenvolvimento destes não prejudique a execução do PAIF.

Levando em consideração a capilaridade dos CRAS nos territórios, sabe-se que

esses se tornan a porta de entrada das famílias ao SUAS, com vistas à efetivação

dos direitos socioassistenciais e, consequentemente, à proteção social. São, por-

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2tanto, norteadores para os usuários da rede de proteção social no que se refere

inclusive aos encaminhamentos à rede de proteção especial, possibilitando a

essa população o acesso à renda, a serviços, projetos e programas – dependendo

da complexidade de sua demanda.

“É através do CRAS que a proteção social da assistência social se territoriali-

za e se aproxima da população, reconhecendo a existência das desigualda-

des sociais intra-urbanas e que a presença de políticas sociais reduz essas

desigualdades, pois previne e mitiga situações de vulnerabilidade e risco so-

cial, bem como identifi ca e estimula potencialidades locais, modifi cando a

qualidade de vida das famílias que vivem na região.” (BRASIL, 2008)

Segundo os dados referentes ao Censo Suas 2012, estão implantadas 7.725 unida-

des CRAS em 5.323 municípios, confi gurando uma cobertura de 95,5% dos municí-

pios no país. Cinco unidades da federação têm unidades CRAS em todos os seus mu-

nicípios, e nas demais, com exceção do Amapá, esses equipamentos estão presentes

em 90% ou mais dos municípios. Essa cobertura territorial dos CRAS potencializa,

certamente, como se pode visualizar no Mapa, o alcance dos benefícios, serviços,

programas e ações da assistência social para toda população brasileira.

Figura 1 – Cobertura geográfica dos CRAS pelo território nacional, com destaque aos municípios que ainda não dispõem do equipamento (em branco) – Brasil, 2012.

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

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Desde 2007, quando foi realizado o primeiro Censo, até 2012 pode-se perceber

um signifi cativo aumento na implantação desses equipamentos, que passaram

de 4.195 para 7.725 unidades. Em 2012, 242 municípios ainda não dispunham

de CRAS em seu território. A medida que o número de municípios sem CRAS vai

diminuindo, o ritmo de expansão vem declinando. Entre 2011 a 2012, foram

implantadas 250 unidades, contra 674 entre 2010 a 2011 e pouco mais de mil

equipamentos entre 2009 a 2010.

Gráfico 1: Evolução do quantitativo de CRAS – Brasil, 2007 a 2012.

4.195

5.074

5.798

6.801

7.475 7.725

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censos SUAS.

Vem ocorrendo um aumento gradativo do número de CRAS nos diferentes portes

municipais desde 2007. Entre 2011 e 2012, os aumentos mais expressivos em

termos de novas unidades se verifi caram nos municípios de Grande Porte e Pe-

queno Porte I, com aumentos respectivos de 95 e 61 Unidades.

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2Gráfico 2: Total de CRAS com relação aos anos de 2007 a 2012, segundo porte populacional dos municípios – Brasil, 2007 a 2012.

1.894

790

399

855

257

2.455

928

468

954

269

2.949

1.006

537

1.032

274

3.350

1.247

657

1.205

342

3.771

1.326

673

1.325

380

3.832

1.365

716

1.420

392

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000 4.500

Pequeno I

Pequeno II

Médio

Grande

Metrópole

2012 2011 2010 2009 2008 2007

Fonte: MDS, Censo SUAS.

O avanço da cobertura populacional dos CRAS – e da oferta de serviços de Pro-

teção Social- pelo território brasileiro pode ser analisado pela razão entre a

quantidade de CRAS e a quantidade de municípios por região. Em 2007, a razão

era inferior a um, e bem menor na Região Sul (com 0,4). Em 2012, em todas as

regiões a razão é superior a 1,3, atingindo 1,6 CRAS por município na Região

Sudeste.

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Gráfico 3: Média de CRAS por município, segundo grandes regiões – Brasil, 2007 a 2012

0,7

0,9 0,8

0,4

0,6

0,9 1 1

0,6

0,9 1,0

1,1 1,2

0,8

1,0

1,2 1,3 1,3

1,0 1,1

1,3 1,4

1,5

1,2 1,3 1,3

1,4

1,6

1,3 1,3

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

INFRAESTRUTURA

Embora o CRAS seja um equipamento estatal, os espaços físicos nem sempre são

de propriedade das prefeituras municipais. Muito embora a propriedade seja um

elemento importante para a execução dos serviços, é possível que a instalação

de CRAS se dê em imóveis cedidos, alugados ou compartilhados. Segundo os da-

dos do Censo SUAS, em 2012, dos 7.725 CRAS levantados, 3.632 eram imóveis

próprios, representando 47% dos equipamentos.

A observância à prestação de serviços em ambientes que garantam a acessibi-

lidade aos seus usuários está intrinsicamente relacionada à concepção da Uni-

dade enquanto espaço de concretização de direitos socioassistenciais. Nesse

sentido, desde 2010, observa-se aumento da parcela de CRAS atendendo os

principais quesitos de condições de acessibilidade.

Page 23: Censo SUAS 2012

CE

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UA

S 2

01

2Gráfico 4: CRAS com existência de condições de acessibilidade (%) – Brasil, 2010 a 2012

25,3% 27,2%

25,9%

19,4%

28,9% 30,0%

28,8%

23,7%

4,8%

1,9%

30,4% 31,7% 31,0%

26,7%

5,4%

2,2%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

Acesso principal adaptado com rampas e rota

acessível desde a calçada até a

recepção do CRAS

Rota acessível aos espaços do CRAS

Rota acessível ao banheiro

Banheiro adaptado Suporte profissional com

conhecimento em LIBRAS

Pisos especiais com relevo para

deficientes visuais

2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Independente da situação do imóvel é imprescindível que os espaços que com-

põem os CRAS garantam acessibilidade aos seus usuários. Em que pese, o au-

mento na observância das normas de acessibilidade, em 2012 cerca de 60% das

Unidades próprias ainda não estavam adaptadas. Entre os CRAS instalados em

imóveis alugados, o quadro é mais desfavorável: cerca de 80% não atendiam às

normas de acessibilidade da ABNT.

Page 24: Censo SUAS 2012

23c

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entr

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ssis

tênc

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ocia

l

Gráfico 5: CRAS com existência de condições de acessibilidade, segundo a situação do imóvel (%) – Brasil, 2012

41,2%

58,8%

42,9%

57,0%

44,0%

56,0%

40,8%

59,2%

20,7%

79,3%

21,8%

78,2%

19,5%

80,4%

14,1%

85,9%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Adaptado conforme

ABNT

Não possui, não adaptado ou adaptado

sem conformidade

à ABNT

Adaptado conforme

ABNT

Não possui, não adaptado ou adaptado

sem conformidade

à ABNT

Adaptado conforme

ABNT

Não possui, não adaptado ou adaptado

sem conformidade

à ABNT

Adaptado conforme

ABNT

Não possui, não adaptado ou adaptado

sem conformidade

à ABNT

Acesso principal adaptado com rampas e rota acessível

desde a calçada até a recepção do CRAS

Rota acessível aos espaços do CRAS

Rota acessível ao banheiro Banheiro adaptado

Próprio Alugado

Fonte: MDS, Censo SUAS 2012.

Desde que se começou a levantar informações sobre informatização dos equipa-

mentos tem se observado uma evolução positiva na instalação de computadores

e acesso à Internet nos CRAS. Os computadores e o acesso à Internet facilitam as

ações de atendimentos e tendem a tornar a gestão mais efi ciente. Nas metrópo-

les esse aumento de informatização foi ainda mais intenso e nelas encontram-se

quase 7 computadores por unidade.

Page 25: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2Gráfico 6: Média de computadores por CRAS, por porte populacional – Brasil, 2009 a 2012

2,7

3,2 3,0 3,1

4,1

3,2 3,6

3,2 3,4

4,6

3,4

3,9 3,6

3,9

5,7

4,0 4,2 4,1

4,6

6,8

0

1

2

3

4

5

6

7

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

2009 2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

O nível de informatização dos CRAS ainda se revela regionalmente bastante dis-

tinto. Mesmo com a crescente modernização dos CRAS, na Região Nordeste a

informatização se processa em ritmo mais lento. Em 2012, havia 2,4 computa-

dores por CRAS na região, inferior à média observada na Região Norte (3,7).

Gráfico 7: Média de computadores por CRAS, por Região – Brasil, 2009 a 2012

2,5

2,0

3,3

3,9 4,2

3,0

2,1

3,8

4,6

5,0

3,3

2,2

4,2

4,8

5,4

3,7

2,4

4,9

5,6

6,5

0

1

2

3

4

5

6

7

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

2009 2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo Suas.

Page 26: Censo SUAS 2012

25c

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l

FINANCIAMENTO

Ainda se verifi ca um percentual expressivo de CRAS cofi nanciados apenas pelos

Municípios e Governo Federal (39,3%), no entanto, observou-se a continuidade

no crescimento da quantidade de CRAS com cofi nanciamento das três esferas de

governo (municipal, estadual e federal).

Em 2008 o percentual de fi nanciamento realizado pelos três níveis federativos

subiu de 9,5% para 25,2% em 2012.

Gráfico 8: CRAS por fonte de financiamento (%) – Brasil, 2008 a 2012

12,9

%

2,1%

25,1

%

2,7%

46,6

%

1,1%

9,5%

12,6

%

1,7%

24,1

%

2,0%

44,3

%

1,7%

13,6

%

7,0%

0,8%

15,6

%

3,1%

51,0

%

1,4%

21,1

%

15,0

%

0,9%

16,4

%

2,3%

41,7

%

1,6%

22,0

%

14,4

%

0,6%

15,6

%

2,8%

39,3

%

2,1%

25,2

%

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

Somente municipais

Somente estaduais

Somente federais

Municipais e estaduais

Municipais e federais

Federais e estaduais

Federais, estaduais e municipais

2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Analisando-se o percentual de CRAS de acordo com o tipo de fonte de fi nancia-

mento e porte populacional, percebemos que no caso dos municípios de Pe-

queno Porte I, o tipo de fi nanciamento mais frequente é o que conjuga recursos

“municipais e federais”, com 31,4%. Já nas metrópoles, a maior parte dos CRAS

conta com fi nanciamento compartido entre recursos “municipais e federais”, re-

presentando 67,6% dos casos observados.

Page 27: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 9: CRAS segundo fonte de financiamento e porte populacional (%) – 2012

21,8%

14,9% 13,4% 4,9%

,5%

31,4%

39,2% 42,6%

51,3%

67,6%

24,1% 27,2% 24,2% 26,6% 26,5%

2,8% 2,7%

1,1% ,6%

2,3%

2,9% 4,3%

3,8%

,5% ,5%

1,1% 1,3% ,5%

17,2% 12,1% 13,1%

12,4% 4,8% 0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Municipal, Estadual e Federal

Estadual e Federal

Municipal e Federal

Municipal e Estadual

Federal

Estadual

Municipal

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Dentre os CRAS que funcionam menos de 30 horas por semana, destacam-se

aqueles que recebem fi nanciamento dos três entes federativos, (municipal, es-

tadual e federal), representando 42,9% em 2012. Já entre os CRAS que perma-

necem abertos por mais de 49 horas por semana, o maior percentual de fi nan-

ciamento encontrado foi do tipo municipal e federal, que representou 52,3% do

total de CRAS para este número de horas.

Gráfico 10: CRAS segundo fonte de financiamento e horas de funcionamento por semana (%) – 2012

14,3% 16,0% 14,5% 12,8%

14,3%

21,5% 16,0%

9,8%

21,4%

39,8%

38,0% 52,3%

42,9%

17,1% 25,8%

20,8%

7,1%

2,8%

2,2%

,4%

1,1%  

2,8%  

2,5%  

1,7% ,5% 1,3%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Menos de 30 horas/semana

De 30 a 39 horas/semana

De 40 a 49 horas/semana

Mais de 49 horas/semana

Municipal, Estadual e Federal

Estadual e Federal

Municipal e Federal

Municipal e Estadual

Federal

Estadual

Municipal

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 28: Censo SUAS 2012

27c

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l

RECURSOS HUMANOS

Como esperado, a expansão da cobertura territorial dos CRAS vem sendo acom-

panhada pela ampliação de recursos humanos nos equipamentos. Entre 2010 e

2012, o quantitativo de pessoal aumentou de 51.692 para 68.275. Dos trabalha-

dores identifi cados em 2012, quase metade possuíam o ensino superior, 41% o

ensino médio e 9,5% o ensino fundamental.

Gráfico 11: Escolaridade dos Recursos Humanos do CRAS – Brasil, 2010 a 2012

5,0% 4,7% 4,7%

9,0% 8,1% 7,8%

37,6% 37,3% 38,2%

48,5%

49,9% 49,3% 51.692

59.106

68.275

0  

10.000  

20.000  

30.000  

40.000  

50.000  

60.000  

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2010 2011 2012

Nível superior completo, mestrado e doutorado Nível médio completo e superior incompleto

Nível fundamental completo e médio incompleto Sem instrução e nível fundamental incompleto

Total

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Ao longo dos últimos quatro anos, observa-se processo de melhoria da inserção

laboral dos trabalhadores dos CRAS. A realização de concursos nos municípios

tem ampliado a parcela de estatutários nos quadros técnicos do SUAS, e redução

da parcela de servidores temporários, movimentos que se processam ainda a um

Page 29: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2ritmo modesto frente às necessidades de qualifi cação dos serviços. Os resultados

do Censo SUAS 2012 apontam que um terço dos trabalhadores eram estatutários,

logo seguido pelos servidores temporários (32%). Se a esses últimos forem so-

mados outros trabalhadores sem vínculo permanente e terceirizados, constata-se

que, em geral, metade dos quadros técnicos dos CRAS é formado por pessoal com

vínculos menos estáveis, sujeitos a alta rotatividade nas suas funções.

Gráfico 12: Vínculo empregatício dos trabalhadores dos CRAS (%) – Brasil, 2008 a 2012

28,2% 29,0% 30,6% 31,9% 32,9%

7,8% 6,8% 6,4% 7,3% 7,2% 8,9% 8,4% 10,0%

12,9% 14,2%

39,9% 40,9% 36,7% 32,8% 31,6%

7,6% 7,7% 8,3% 9,3% 8,7%

7,5% 7,3% 7,9% 5,6% 5,4%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2008   2009   2010   2011   2012  

Servidor  Estatutário   Empregado  Público  (CLT)   Outro  vínculo  não  permanente  

Servidor  Temporário   Comissionado   Terceirizado  

Fonte: MDS, Censo SUAS.

No que se refere à formação dos profi ssionais dos CRAS, o Censo SUAS mos-

tra que 22,9% dos CRAS dispunham de Assistente Social, 13,2% de Psicólogo,

16,7% de profi ssionais com nível médio, 5,8% de Pedagogo, 0,4% de Advoga-

dos e 41% contavam com profi ssionais de outras formações.

Page 30: Censo SUAS 2012

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Gráfico 13: Formação profissional dos trabalhadores do CRAS – Brasil, 2012

22,9%

13,2%

16,7% 5,8% 0,4%

41,0%

Assistente Social

Psicólogo

Profissional de Ensino Médio

Pedagogo

Advogado

Outros*

Fonte: MDS, Censo SUAS 2012.

A parcela de profi ssionais com outras formações é ainda mais elevada nos pe-

quenos e médios municípios, refl etindo possivelmente as difi culdades de con-

tratação de profi ssionais com os perfi s desejados e necessários para prestação

dos serviços socioassistenciais.

Gráfico 14: Profissionais por Formação Profissional, segundo o Porte do município (%) – Brasil, 2012

22,2% 21,8% 21,6% 23,9% 23,1%

15,5% 13,1%

11,4% 12,2%

8,6%

13,6%

16,7% 18,0% 18,3%

23,6%

6,1% 5,7% 5,7% 5,4% 5,2%

0,5% 0,4% 0,4% 0,3% 0,3%

42,1%   42,3%   42,9%  

39,9%   39,2%  

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Assistente Social Psicólogo Profissional de Ensino Médio Pedagogo Advogado Outros*

Fonte: MDS, Censo SUAS 2012.

Page 31: Censo SUAS 2012

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01

2No que tange à quantidade mínima de assistentes sociais atuando nos CRAS, os

resultados do Censo SUAS 2012 revelaram que estes contemplaram a quantida-

de mínima considerando o porte populacional do município, conforme definido

pela NOB/SUAS – RH. Pôde-se, ainda, observar um aumento na média de assis-

tentes sociais por CRAS conforme aumento do porte populacional.

Tabela 1: Quantidade de CRAS que atendem à quantidade mínima de Assistentes Sociais – Brasil, 2012

Porte Populacional

Total de CRAS

Mínimo por CRAS

Total de Assis-tentes Sociais

Total Mínimo de Assistentes Sociais

Média de Assis-tentes Sociais por CRAS

Pequeno I 3.832 1 5.524 3.832 1,4

Pequeno II 1.365 2 2.691 2.730 2,0

Médio 716 2 1.562 1.432 2,2

Grande 1.420 2 3.890 2.840 2,7

Metrópole 392 2 1.395 784 3,5

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Uma das funções principais do coordenador do CRAS é articular as ações junto

à política de Assistência Social e às outras políticas públicas visando fortaleci-

mento da rede de serviços de Proteção Social Básica. Assim, segundo a norma

operacional recomenda-se que seja um profissional com funções exclusivas. Em

2012, os resultados do Censo mostraram que em 56,3% dos CRAS havia coor-

denador atuando de forma exclusiva na função. Por outro lado, 39,2% dos CRAS

possuíam coordenador atuando, também, em outros serviços.

Page 32: Censo SUAS 2012

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Gráfico 15: Quantidade de CRAS de acordo com a função do Coordenador – Brasil, 2012

4,5%

56,3%

28,1%

11,1% Não há coordenador neste CRAS

Exerce exclusivamente a função de coordenador

Acumula as funções de coordenador e de técnico neste CRAS

Acumula as funções de coordenador com outra atividade da Secretaria Municipal de Assistência Social

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

SERVIçOS

Para o funcionamento do CRAS é necessário que exista a implantaç ã o do PAIF. A

análise desde 2008 sobre alguns dos principais serviços oferecidos pelos CRAS

mostrou que houve um aumento no Serviço de Proteção e Atendimento Integral

à Família e, em 2012, já era oferecido em todos os CRAS. Além disso, constatou-

-se que 91,2% dos CRAS realizavam Serviços de Convivência e Fortalecimento

de Vínculos (SCFV), embora em frequências distintas através dos diferentes gru-

pos etários aos quais o programa se destina. Em relação aos grupos etários aten-

didos, é maior a parcela de CRAS com atendimento direcionado às populações

idosas, seguido por jovens e adolescentes de 15 a 17 anos, crianças e adolescen-

tes de 6 a 15 anos e, por fi m, crianças de 0 a 6 anos de idade.

Page 33: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 16: CRAS por serviços oferecidos (%) – Brasil, 2008 a 2012

31%

58%

46%

67%

90%

35%

54%

37%

69%

91%

37%

52%

62%

70%

99%

42%

60%

64%

73%

100%

46%

69%

70%

78%

100%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças até 6 anos

Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos

Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para jovens adolescentes de 15 a 17 anos

Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para idosos

Serviço de Proteção Integral à Família - PAIF

2012

2011

2010

2009

2008

Fonte: MDS, Censo Suas 2012.

Assegurados pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), os benefícios even-

tuais confi guram-se como elementos potencializadores dos princípios de ci-

dadania e direitos sociais e humanos. De 2010 a 2012 observou-se aumento

percentual de CRAS que concederam benefícios eventuais. Os benefícios rela-

cionados à segurança alimentar foram os mais frequentes nos três anos cobertos

pelo levantamento e, em 2012, 54% dos CRAS os concederam.

Page 34: Censo SUAS 2012

33c

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Gráfico 17: CRAS que concedem benefícios eventuais, por tipo de benefício (%) – Brasil, 2010 a 2012

31%

23%

45%

28%

19%

34%

26%

51%

29%

21%

36%

28%

54%

29%

22%

0%

20%

40%

60%

Auxílio Funeral Auxílio Natalidade Auxílios relacionados à

segurança alimentar

Passagens Outros

2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

A concessão de auxílios relacionados à segurança alimentar e a outros tipos de

benefícios apresentou uma relação direta com o porte do município. Em 2012,

cerca de 85% dos CRAS presentes nas metrópoles concederam auxílios relacio-

nados à segurança alimentar. A concessão de auxílios relacionados a funeral, na-

talidade e passagens não apresentaram grandes diferenças em relação ao porte

do munícipio.

Page 35: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2Gráfico 18. CRAS que concedem benefícios eventuais por tipo de benefício, segundo porte de município (%) – Brasil, 2012

38%

30%

47%

29%

13%

34%

28%

50%

27%

20%

39%

31%

61%

31%

26%

33%

25%

65%

29%

37%

35%

22%

85%

22%

60%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Auxílio Funeral Auxílio Natalidade Auxílios relacionados à segurança alimentar

Passagens Outros

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Procura espontânea respondeu, em 2012, por pouco mais da metade das formas

de acesso aos serviços do CRAS, ligeiramente acima do observado em 2011. A

Busca Ativa representou 22% dos acessos aos serviços. Observa-se uma leve

redução nos encaminhamentos provenientes da rede socioassistencial e das de-

mais políticas públicas e/ou sistema de garantia de direitos.

Gráfico 19: Média dos CRAS por forma de acesso aos serviços – Brasil, 2011 e 2012

49%

22%

15% 13%

52%

22%

14% 12%

0%

20%

40%

60%

Procura espontânea Busca ativa Encaminhamento da rede socioassistencial

Encaminhamento das demais políticas públicas e/ou sistema de garantia

de direitos

2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 36: Censo SUAS 2012

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l

Em 2012 as situações mais frequentes para o atendimento nos CRAS foram: situ-

ações de negligência em relação à crianças/adolescentes (64%); atendimento às

famílias em descumprimento de condicionalidades do Programa Bolsa Família

(63,2%), negligência em relação a idosos (53,8%), jovens em situação de vulne-

rabilidade e risco social (50,8%), famílias em situação de insegurança alimentar

(48,2%) e, situação de indivíduos sem documentação civil (44,5%). Em relação

ao ano anterior as situações que mais se ampliaram foram as de negligência em

relação aos idosos; situações de negligência em relação à crianças/adolescen-

tes; e crianças e adolescentes fora da escola.

Gráfico 20: CRAS por situações frequentemente identificadas no território de abrangência (%) – Brasil, 2011 e 2012

50%

62%

16%

27%

2%

20%

13%

17%

37%

15%

44%

64%

37%

50%

20%

13%

53%

40%

3%

54%

64%

17%

28%

2%

20%

14%

17%

41%

14%

45%

63%

34%

48%

18%

12%

51%

39%

3%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

Situações de negligência em relação a idosos

Situações de negligência em relação a crianças / adolescentes

Situações de negligência em relação a pessoas com deficiência

Situação de violência contra as mulheres

Situações de violência intrafamiliar/doméstica contra homens

Situações de violência contra crianças

Situações de violência contra idosos

Outras situações de violência no território

Crianças e adolescentes fora da escola

Crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil

Indivíduos sem documentação civil

Famílias em descumprimento de condicionalidades do Bolsa Família

Famílias elegíveis não inseridas nos programas ou benefícios de transferência de renda

Famílias em situação de insegurança alimentar

Demandas de provisão material (exceto alimentos)

Exploração ou abuso sexual de crianças e adolescentes

Jovens em situação de vulnerabilidade e risco social

Usuários de drogas

Pessoas em situação de rua

2012 2011

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 37: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2As atividades relativas aos serviços socioassistenciais devem ser orientadas pela

utilização de informações nos relatórios e listagens sobre famílias do Programa

Bolsa Família, benefi ciários do BPC, incidência de descumprimento de condicio-

nalidades, trabalho infantil etc. De fato, constata-se que o Cadastro Único e as

listagens de benefi ciários do Programa Bolsa Família tem sido os instrumentos

utilizados para os serviços dirigidos à Busca Ativa e aos serviços de atendimen-

tos das famílias em descumprimento de condicionalidades tanto na saúde quan-

to na educação.

Gráfico 21: CRAS, por tipo e uso de listagens (%) – Brasil, 2012

72%

60%

47%

52%

58%

57%

41%

66%

51%

41%

51%

56%

53%

39%

58%

61%

49%

41%

50%

49%

33%

0% 20% 40% 60% 80%

Beneficiários do PBF

Famílias em descumprimento das condicionalidades de educação do PBF

Famílias em descumprimento das condicionalidades de saúde do PBF

Famílias inscritas no CadÚnico

Idosos beneficiários do BPC/Idoso

Pessoas com deficiência beneficiárias do BPC/ Pessoas com Deficiência

Beneficiários do PETI

Realiza busca ativa priorizando o público na lista Planeja a oferta de serviços no CRAS Prioriza no atendimento do PAIF

Fonte: MDS, Censo Suas, 2012.

O Censo Suas 2012 corrobora a tendência do fortalecimento das articulações

dos CRAS com o conselho tutelar, serviços de saúde, serviços de educação e

coordenação municipal do Programa Bolsa Família. Os percentuais por tipo de

articulação com esses serviços e instituições superaram 80% e ocorreram com

trocas de informação, encaminhamento de usuários para o CRAS, recebimento

de usuários encaminhados pelo CRAS e por possuir dados da localização. As ar-

ticulações com órgãos relacionados a trabalho e emprego ainda se constituem

em desafi os para os CRAS.

Page 38: Censo SUAS 2012

37c

ras

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entr

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cia

de a

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tênc

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ocia

l

Gráfico 22: CRAS por tipo de articulação com serviços programas ou instituições (%) – Brasil, 2012

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Unidades Públicas da Rede de Proteção Social Básica

Unidades Conveniadas da Rede de Proteção Social Básica

Unidades da Rede de Proteção Social Especial

Serviços de Saúde

Serviços de Educação

Órgãos/Serviços relacionados a Trabalho e Emprego

Órgãos responsáveis pela aquisição de documentação civil básica

Serviços ou Programas de Segurança Alimentar

Serviços ou Programas de Segurança Pública

Coordenação Municipal do Programa Bolsa Família

Conselho Tutelar

Conselhos de Políticas Públicas e Defesa de Direitos

Programas ou Projetos de Inclusão Digital

Organizações Não Governamentais (ONGs)

Desenvolve atividades em parceria Realiza estudos de caso em conjunto

Troca informações Realiza reuniões periódicas

Acompanha os encaminhamentos Encaminha usuários para este CRAS

Recebe usuários encaminhados por este CRAS Possui dados de localização (endereço, telefone, etc.)

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

O esforço de provimento do atendimento socioassistencial junto a povos e

comunidades tradicionais tem revelado avanços. Pela concentração na região

Norte das aldeias indígenas, terras quilombolas e população ribeirinha, quase

metade dos CRAS que atendem Comunidades Tradicionais estão nessa região.

Vale ressaltar que a região Centro-Oeste concentra um terço dos demais equipa-

mentos voltados a essa população.

Page 39: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2Gráfi co 23: CRAS segundo existência de Comunidades Tradicionais no território

de abrangência, por região (%) – Brasil, 2012

45,7%

28,6% 12,8%

14,8%

33,0%

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 40: Censo SUAS 2012

crE

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cen

tro

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efer

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Page 41: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2

cEnTro dE rEfErÊncia EspEcializado dE assisTÊncia social (crEas)

Além dos Serviços de Proteção Básica, o Sistema Único de Assistência Social está

estruturado na oferta de serviços de Proteção Social Especial (PSE), destinados

a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal ou social, cujos direitos te-

nham sido violados ou ameaçados. As atividades da Proteção Especial são dife-

renciadas de acordo com níveis de complexidade (média ou alta) e conforme a

situação vivenciada pelo indivíduo ou família.

Inserido na categoria da PSE de média complexidade, o Centro de Referência

Especializado de Assistência Social (CREAS) confi gura-se como uma unidade

pública e estatal que oferta serviços especializados e continuados a famílias e

indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos pela violência física,

psicológica, sexual, tráfi co de pessoas, cumprimento de medidas socioeducati-

vas em meio aberto etc.

Os CREAS devem buscar a construção de um espaço de acolhida e escuta quali-

fi cada, fortalecendo vínculos familiares e comunitários, priorizando a reconstru-

ção de suas relações familiares. Tais equipamentos devem estar localizados em

áreas de vulnerabilidade social considerando as particularidades do território,

a incidência de riscos e violações de direitos e a identifi cação da rede socioas-

sistencial existente, tendo em vista a articulação no próprio ambiente do SUAS,

bem como com as demais políticas públicas e os órgãos de defesa de direitos.

O número de CREAS vem crescendo no Brasil desde 2009, quando existiam

1.200 unidades. Em 2012, já eram 2.167 unidades, instaladas em pouco mais

de um terço dos municípios brasileiros. Dos equipamentos existentes, a larga

maioria - 2.114 unidades- caracterizaram-se como CREAS municipais e 53 como

CREAS regionais, coordenadas pelo órgão gestor estadual. Tais equipamentos se

localizam em um município sede e atendem à população de municípios vincula-

dos, em geral, de menor porte.

Page 42: Censo SUAS 2012

41c

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ial

Gráfico 24 - Quantidade de CREAS segundo a abrangência municipal ou regional – Brasil, 2009 a 2012

1.540

50

1.590

2.057

25

2.082 2.113

54

2.167

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

Municipal Regional Total

2010

2011

2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

A região Nordeste concentrava em 2012 a maior parcela de CREAS implantados

(39% das unidades), seguida da região Sudeste (com 27%). Norte e Sul são as

regiões com menor número de CREAS implantados.

Gráfico 25: CREAS segundo as grandes regiões do país (%) – Brasil, 2012

188 9%

848 39%

584 27%

328 15%

219 10%

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 43: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2O porte do município constitui uma referência importante para dimensionar a

quantidade de CREAS a ser implantada. Em todas as 17 metrópoles e na qua-

se totalidade dos Municípios Grandes há um equipamento CREAS. Conforme a

orientação técnica sobre a gestão dos CREAS, sugere-se que os municípios clas-

sificados como de Pequeno Porte II e Médio Porte tenham ao menos uma unida-

de. Há ainda 194 municípios de Pequeno Porte II sem o equipamento. No caso

dos municípios até 20 mil habitantes, a cobertura da PSE só será viabilizada com

forte expansão dos CREAS regionais.

Tabela 2: Total de municípios e quantidade de municípios com CREAS, segundo o porte populacional do município – Brasil, 2012

Porte Popula-cional

Total de municí-pios

Quantidade de mu-nicípios com CREAS

Municípios CREAS/Total (%)

Pequeno I 3.915 529 13,5

Pequeno II 1.043 849 81,4

Médio 324 305 94,1

Grande 266 261 98,1

Metrópole e DF 17 17 100,0

Brasil 5.565 1.961 35,2

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

INFRAESTRUTURA

A grande maioria dos CREAS funcionam em imóveis alugados, em que pese o

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) destinar recur-

sos para apoiar projetos de construção de equipamentos, além de cofinanciar

serviços e programas nas unidades. Em 2012, 1.582 CREAS estavam instalados

em imóveis alugados e 585 eram unidades próprias.

Page 44: Censo SUAS 2012

43c

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Gráfico 26: Evolução da implantação de CREAS segundo situação do imóvel – Brasil, 2009 a 2012

419 496

586 585

781

1094

1523 1582

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2009 2010 2011 2012

Ano

Próprio Alugado

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Em que pesem as determinações de que as unidades de prestação de serviços

devam assegurar as condições para acessibilidade das pessoas com mobilidade

reduzida, independentemente da situação do imóvel, mais de 65% dos CREAS

não possuíam condições de acessibilidade ou não estavam adaptados em conso-

nância com a ABNT. Contudo, em geral, os CREAS instalados em imóveis próprios

tendem a estar em melhor situação quanto às condições de acessibilidade, em

função dos esforços nos últimos anos.

Page 45: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2Gráfico 27: CREAS segundo aspectos de acessibilidade e situação do imóvel (%) – Brasil, 2012

30,6%

69,4%

30,4%

69,6%

31,3%

68,7%

28,0%

72,0%

18,1%

81,9%

18,4%

81,6%

14,9%

85,1%

9,7%

90,3%

,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Adaptado conforme ABNT

Não possui, não adaptado ou

adaptado sem conformidade à

ABNT

Adaptado conforme ABNT

Não possui, não adaptado ou

adaptado sem conformidade à

ABNT

Adaptado conforme ABNT

Não possui, não adaptado ou

adaptado sem conformidade à

ABNT

Adaptado conforme ABNT

Não possui, não adaptado ou

adaptado sem conformidade à

ABNT

Acesso principal adaptado com rampas e rota acessível desde a

calçada até a recepção do CREAS

Rota acessível aos principais espaços do CREAS (recepção,

sala de atendimentos e sala(s) de uso coletivo)

Rota acessível ao banheiro Banheiro adaptado para pessoas com mobilidade reduzida

(idosos, pessoas com deficiência, etc)

Próprio Alugado

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

De 2010 até 2012, as condições de acessibilidade que mais avançaram foram as que

permitiram acesso principal até a recepção e movimentação interna. Menos de 15%

dos CREAS tem banheiro adaptado para pessoas com mobilidade reduzida.

Gráfico 28: Evolução de CREAS segundo aspectos de acessibilidade (%) – Brasil, 2010 a 2012

16,8%

20,0%

21,5%

16,7%

20,8% 21,6%

14,4%

19,3% 19,3%

10,9%

13,7%

14,6%

10,0%

13,0%

16,0%

19,0%

22,0%

25,0%

2010 2011 2012

Acesso principal adaptado com rampas e rota acessível desde a calçada até a recepção do CREAS

Rota acessível aos principais espaços do CREAS (recepção, sala de atendimentos e sala(s) de uso coletivo) Rota acessível ao banheiro

Banheiro adaptado para pessoas com mobilidade reduzida (idosos, pessoas com deficiência, etc)

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 46: Censo SUAS 2012

45c

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ial

A informatização é uma realidade na larga maioria dos CREAS, seja analisando-

-os por porte ou região. Contudo, isso não signifi ca plena conectividade: na re-

gião Norte é aonde se encontra a menor parcela de CREAS com computadores

conectados à internet, chegando a 19% nos municípios de grande porte.

Gráfico 29: CREAS que possuem computador por região e porte (%) – Brasil, 2012

100,

0%

97,3

%

95,2

%

95,7

%

100,

0%

96,4

%

98,0

% 99

,1%

97,6

%

94,7

%

100,

0%

99,0

%

100,

0%

100,

0%

100,

0%

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0%

100,

0%

100,

0%

98,0

%

100,

0%

100,

0%

100,

0%

100,

0%

90,0%

92,0%

94,0%

96,0%

98,0%

100,0%

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Pequ

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Met

rópo

le

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

FINANCIAMENTO

No âmbito do fi nanciamento, a LOAS previu sua estruturação tendo por base os

fundos de assistência social - nacional, dos estados, DF e munícipios - com ges-

tão atribuída aos órgãos responsáveis pela política de assitência social na res-

pectiva esfera federativa.

Encontram-se nos municípios de Pequeno Porte II a maioria dos CREAS cofi nan-

ciados (860 Unidades), seguidos pelos municípios de Pequeno Porte I com 529

unidades. As Metrópoles contam com 110 Unidades.

Page 47: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 30: Quantidade de CREAS cofinanciados segundo porte de município – Brasil, 2012

529

860

317 351

110

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

A grande concentração de CREAS encontra-se na área urbana. Contudo, em 2012

0,4% das Unidades cofi nanciadas encontravam-se em área rural.

Gráfico 31: CREAS cofinanciados segundo área que se localiza (%) – Brasil, 2012

99,6%

,4%

urbano

rural

FONTE: MDS, CENSO SUAS, 2012.

Em 2012 40,1% dos CREAS receberam fi nanciamento exclusivamente municipal

e federal, enquanto que o percentual de recursos somente estaduais foi repassa-

do para apenas 1,6% dos CREAS. A segunda maior fonte de fi nanciamento para

2012 foi proveniente dos recursos “municipais, estaduais e federais”, que foram

repassados para 24,6% do total de CREAS.

Page 48: Censo SUAS 2012

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Gráfico 32: CREAS segundo fonte de financiamento (%) – Brasil, 2009 a 2012

7,1%

1,6%

24,8

%

4,0%

43,4

%

1,8%

17,0

%

3,0%

0,6%

14,7

%

1,7%

52,4

%

2,1%

25,3

%

2,6%

1,1%

6,2%

0,4%

13,9

%

1,2%

6,5%

9,4%

1,6%

19,6

%

1,8%

40,1

%

2,5%

24,6

%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Somente municipais

Somente estaduais

Somente federais (MDS)

Municipais e estaduais

Municipais e federais (MDS)

Estaduais e federais (MDS)

Municipais, estaduais e

federais (MDS)

2009 2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS

RECURSOS HUMANOS

A partir dos parâmetros da equipe de referência do CREAS prevista na NOB-RH,

os recursos humanos de cada CREAS devem ser dimensionados de acordo com

os serviços ofertados pela unidade, a demanda por atendimento, o acompanha-

mento e a capacidade de atendimento das equipes. Desde 2010 tem havido um

acréscimo no quantitativo total dos recursos humanos nos CREAS, tendo passa-

do de 14.575 para 19.876 profi ssionais em 2012, representando aumento per-

centual de 36,4% no período.

Como era de se esperar, em relação ao CRAS, os CREAS tem pessoal com perfi l

mais qualifi cado. Em 2012, dos 19.876 trabalhadores dos CREAS, 63% possuíam

o ensino superior completo ou mais. Ao longo dos últimos três anos, o perfi l

educacional vem se mantendo muito próximo.

Page 49: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2Gráfico 33: Escolaridade dos recursos humanos dos CREAS (%) – Brasil, 2010 a 2012

3,0%   3,3%   3,2%  5,5%   5,2%   5,2%  

29,5% 28,0% 28,7%

62,1% 63,5% 62,9%

14.575

18.265

19.876

0

5.000

10.000

15.000

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

2010 2011 2012

Nível superior completo, mestrado e doutorado Nível médio completo e superior incompleto

Nível fundamental completo e médio incompleto Sem instrução e fundamental incompleto

Total

Fonte: MDS, Censo SUAS.

De forma muito semelhante aos CRAS, as equipes técnicas dos CREAS caracte-

rizam-se por vínculos menos estáveis que o desejável. Em 2012, cerca de 30 %

dos servidores tinham contratos temporários, ao que se soma outros 10 % com

outro tipo de vínculo não permanente, contra um terço de estatutários.

Page 50: Censo SUAS 2012

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Gráfico 34: Vínculos empregatícios de equipe técnica dos CREAS (%) – Brasil, 2012

32,9%

29,5%

10,0%

7,8%

7,5%

7,3%

3,6%

1,2%

0,2%

Servidor Estatutário

Servidor Temporário

Outro vínculo não permanente

Terceirizado

Comissionado

Empregado Público (CLT)

Trabalhador de Empresa/Cooperativa/Entidade Prestadora de Serviços

Sem Vínculo

Voluntário

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Em razão da complexidade das situações atendidas no CREAS, além de psicólo-

gos, assistentes sociais e advogados, as unidades devem contar, em sua equipe,

com outros profi ssionais de nível superior ou médio. Com relação às equipes de

referência do CREAS, em 2012, 24,5% estavam compostas de assistentes so-

ciais, 19,4% de psicólogos, 6,5% de advogados, entre outros.

Gráfico 35: Formação profissional dos trabalhadores do CREAS (%) – Brasil, 2012

25%

19%

14%

7%

6%

29% Assistente social

Psicólogo

Profissional de Ensino Médio

Pedagogo

Advogado

Outros*

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012. Nota: (*) Inclui os outros profissionais de ensino superior e os sem formação profissional.

Page 51: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2No período de 2011 a 2012 houve um aumento esperado de assistentes sociais,

psicólogos e advogados em detrimento dos profissionais com ensino médio. Ve-

rificou-se, em números absolutos, contratação de mais 454 assistentes sociais e

297 psicólogos entre 2011 e 2012.

Tabela 3: Quantidade de profissionais trabalhadores do CREAS segundo formação – Brasil – 2011 e 2012

Formação profissional 2011 2012

Assistente social 4.259 4.713

Psicólogo 3.426 3.723

Profissional de Ensino Médio 2.005 2.623

Pedagogo 1.453 1.401

Advogado 1.117 1.245

Outros* 6.007 5.531

Total 18.267 19.236

Fonte: MDS, Censo SUAS.

As normas de composição do CREAS estão sendo observadas nos municípios,

mesmo com a eventual dificuldade de encontrar profissionais especializados.

A participação de Assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e advogados é

semelhante nos CREAS dos diversos portes municipais.

Page 52: Censo SUAS 2012

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Gráfico 36: Profissionais por Formação Profissional, segundo o Porte do município (%) – Brasil, 2012

22,9 23,0 22,5

27,9

23,7

19,9 18,5 18,7

20,0 19,8

10,9 13,7 13,8 13,1

17,3

9,2

7,7 7,2 6,0

7,5 9,3 8,9

6,3 4,4

3,4

27,8   28,1  

31,6  

28,6   28,3  

00%

05%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Assistente social Psicólogo Profissional de Ensino Médio Pedagogo Advogado Outros*

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

No período de 2010 a 2012 houve um crescimento contínuo de coordenadores

que exerciam exclusivamente esta função, passando de 761 a 1245, respecti-

vamente. Destaca-se que ainda existiam em 2012, 97 CREAS sem coordenador.

Gráfico 37: Quantidade de CREAS segundo a função do coordenador – Brasil, 2010 a 2012

761

1158 1245

475 611 607

247 231 218 107 108 97

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

2010 2011 2012

Exerce exclusivamente a função de coordenador

Acumula as funções de coordenador e de técnico neste CREAS

Acumula as funções de coordenador com outra atividade da Secretaria Municipal de Assistência Social

Não há coordenador neste CREAS

Fonte: MDS, Censo SUAS.

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01

2SERVIçOS

O planejamento da oferta dos serviços de Proteção Social Especial deve estar

baseado em informações da realidade social da área de abrangência do CREAS.

De fato, em 2012, 64% dos CREAS informaram elaborar diagnóstico das situa-

ções de risco e violação de direitos existentes no território.

A maior parte do público atendido pelos serviços dos CREAS em 2012 foi de

crianças e adolescentes, com destaque para as situações de abuso sexual

(95,4%), violência psicológica (94,8%) e negligência ou abandono (93,4%).

Destaca-se também o atendimento dos CREAS aos idosos em situação de ne-

gligência ou abandono, violência psicológica e física, situações constatadas em

mais de 80% dos CREAS.

Tabela 4: Quantidade e percentual das situações e ciclo de vida da população atendida pelo Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi) – Brasil, 2012

Situações atendidas pelo PAEFI   Crianças e

adolescentesMulheres adultas

Homens adultos Idosos Não

atende

Violência físicaQuant. 1.984 1.849 663 1.754 61

% 91,6% 85,3% 30,6% 80,9% 2,8%

Violência psicológicaQuant. 2.054 1.849 785 1.862 42

% 94,8% 85,3% 36,2% 85,9% 1,9%

Abuso sexualQuant. 2.068 1.055 353 723 81

% 95,4% 48,7% 16,3% 33,4% 3,7%

Exploração sexualQuant. 1.740 670 296 468 399

% 80,3% 30,9% 13,7% 21,6% 18,4%

Negligência ou abandono

Quant. 2.024 0 0 1.910 62

% 93,4% 0% 0% 88,1% 2,9%

Tráfico de pessoasQuant. 420 312 239 247 1.713

% 19,4% 14,4% 11,0% 11,4% 79,0%

Trabalho infantilQuant. 1.711 456 - - -

% 79,0% 21,0% - - -

Situação de ruaQuant. 1.038 980 1.158 944 666

% 47,9% 45,2% 53,4% 43,6% 30,7%

Discriminação em de-corrência da orienta-ção sexual

Quant. 1.002 704 781 478 935

% 46,2% 32,5% 36,0% 22,1% 43,1%

Discriminação em decorrência da raça/etnia

Quant. 781 648 611 562 1.298

% 36,0% 29,9% 28,2% 25,9% 59,9% Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

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O Serviço Especializado em Abordagem Social é um serviço ofertado de forma

continuada e programada, com a fi nalidade de assegurar trabalho social de abor-

dagem e busca ativa que identifi que nos territórios a incidência de trabalho infan-

til, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua, dentre outras.

Os usuários desse serviço são crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos e

famílias que utilizam espaços públicos como forma de moradia e/ou sobrevivên-

cia. O número de CREAS que realiza a abordagem social com crianças, adolescen-

tes, jovens, população adulta e de idosos aumentou de 2009 a 2012, saindo do

patamar de 407 para 1.118 unidades em 2012.

Gráfico 38: Quantidade de CREAS que realizam o Serviço Especializado em Abordagem Social do país – Brasil, 2009 a 2012

512 587

813 853

224 159 143

120 57 53 81

76

407

791

1.072 1.118

0

200

400

600

800

1.000

1.200

2009 2010 2011 2012

Não realiza

Apenas com crianças e adolescentes

Apenas com jovens, população adulta e idosos

Com crianças, adolescentes, jovens, população adulta e idosos

Fonte: MDS, Censo SUAS.

O Serviço Especializado em Abordagem Social visa a desencadear o processo de

saída das ruas das pessoas e famílias que utilizam espaços públicos como forma

de moradia e/ou sobrevivência e promover o retorno familiar e comunitário, além

do acesso à rede de serviços socioassistenciais e às demais políticas públicas. Do

total de 2.167 CREAS cadastrados no Censo SUAS 2012, 1.314 das unidades dis-

tribuídas em todo o Brasil realizam o serviço de abordagem social. Dos CREAS que

não realizam a abordagem, a maior parte estava concentrada na região Nordeste,

com 296 Unidades, seguida pela região Sudeste com 260 Unidades.

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01

2Gráfico 39: Quantidade de CREAS que realizam o Serviço Especializado em Abordagem Social segundo as regiões do país – Brasil, 2012

853

65

296 260 154

78 120 23 61 18 10 8

76 2 13 33 17 11

1118

98

478

273 147 122

2167

188

848

584

328 219

0

500

1000

1500

2000

2500

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Não realiza Apenas com crianças e adolescentes

Apenas com jovens, população adulta e idosos Com crianças, adolescentes, jovens, população adulta e idosos

Total

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Segundo o Censo SUAS 2012, não obstante os municípios de Médio e Pequeno

Porte II apresentarem elevados quantitativos de CREAS que não realizam o ser-

viço de abordagem social, proporcionalmente eles realizaram o serviço acima da

média (68,8% e 62,2%, respectivamente) quando comparados com o universo

de CREAS implantados (60,6%).

Page 56: Censo SUAS 2012

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Gráfico 40: Quantidade de CREAS que realizam o Serviço Especializado em Abordagem Social segundo os portes populacionais – Brasil, 2012

853

224 325

99 157

48 120

24 51 19 24 2 76

13 32 14 16 1

1118

268

452

185 154 59

2167

529

860

317 351

110

0

500

1000

1500

2000

2500

Brasil Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Não realizam Apenas com crianças e adolescentes

Apenas com jovens, população adulta e idosos Com crianças, adolescentes, jovens, população adulta e idosos

Total

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

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2

cEnTro dE rEfErÊncia EspEcializado para pEssoas Em siTuação dE rua (cEnTro pop)

De acordo com o Decreto nº 7.053, de 23 de dezembro de 2009, que instituiu a

Política Nacional para a população em situação de rua, esta é conceituada como o

grupo heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familia-

res interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular.

Dessa forma, utiliza-se dos logradouros públicos e das áreas degradadas como es-

paço de moradia e de sustento de forma temporária ou permanente, bem como das

Unidades de Acolhimento para pernoite temporária ou como moradia provisória.

A partir da edição deste Decreto, as pessoas em situação de rua passaram a ter o

direito a ser assistidas institucionalmente nos Centros de Referência Especializado

para Pessoas em Situação de Rua (Centros POP), com oferta de serviço específi co

previsto na Tipifi cação Nacional de Serviços Socioassistenciais.

Esta iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)

faz parte da necessidade de se mapear e identifi car os indivíduos em situação de

rua e, mais que isso, retirar da “invisibilidade estes brasileiros, permitindo que

o Poder Público conheça quem são e onde estão” (MDS, 2011), inserindo-os na

lógica do Sistema Único de Assistência Social, no âmbito da proteção especial.

Entre as atribuições dos Centro POP estão as seguintes: orientação e apoio para

obtenção de documentação pessoal; encaminhamento para a rede de serviços

socioassistenciais; encaminhamento de usuários-dependentes de substâncias

psicoativas para serviços da rede de saúde; entrevista individual e/ou familiar;

acolhida e escuta inicial; encaminhamento para órgãos de defesa de direitos;

estudo social; visitas domiciliares; mobilização e fortalecimento do convívio e

de redes sociais de apoio; busca ativa e ações/iniciativas voltadas para o acesso

ao mercado de trabalho.

Em 2011, o Censo SUAS incorporou questionário aplicado aos Centros POP nos

municípios brasileiros. No Censo SUAS de 2012 foram identifi cados 105 Centros

POP, representando aumento de 15 novas unidades com relação à 2011.

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Dos Centros POP pesquisados, 26 localizavam-se no Estado de São Paulo e 13 no

Rio de Janeiro. Seis Estados não ofereciam este serviço em 2011, sendo que dois

destes passaram a disponibilizá-lo em 2012: Paraíba, que agora conta com duas

unidades, e Acre, com uma. Assim, atualmente há 23 Unidades da Federação em

que se pode encontrar os Centros POP.

Gráfico 41: Quantidade de Centro POP por unidade da federação – Brasil, 2011 e 2012.

22

11

8 8 7

5 4 4

2 3 3

1 2 2

0

2

0 1 1 1 1 1 1

26

13

8 8 7

6 5

4 4 4 3

2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1

SP RJ PR RS MG SC PE BA CE ES GO AL DF MA PA PB AC AM MS PI RN RO SE

2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

GESTÃO FINANCEIRA

Segundo o Censo SUAS 2012, 91,4% dos Centros POP são fi nanciados com re-

cursos municipais para funcionamento e 83,8% das Unidades também se valem

de recursos Federais (MDS). Percebe-se que em 2012 houve um pequeno au-

mento na participação dos Estados no fi nanciamento dos Centro POP, aumentan-

do de 22,2% em 2011 para 24,8%.

Page 61: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 42: unidades atendidas por tipo de fonte de financiamento (%) – Brasil, 2011 e 2012

96,7%

22,2%

85,6%

2,2%

91,4%

24,8%

83,8%

1,0%

Recursos Municipais ou do DF

Recursos Estaduais Recursos Federais (MDS) Outros recursos

2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

INFRAESTRUTURA

Dentre os imóveis utilizados como sede para o funcionamento das atividades,

verifi cou-se que mais da metade dos Centros POP (59 unidades) situa-se em

imóvel alugado pela Prefeitura Municipal.

Gráfico 43: Quantidade de Centros Especializados da Assistência Social segundo situação do imóvel - Brasil, 2012

35

1

59

2 3 3 2

0

10

20

30

40

50

60

70

Próp

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//D

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vada

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ros

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

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No que concerne às condições de acessibilidade nos Centro POP, identifi cou-se

que o acesso principal, adaptado com rampas e rota acessível desde a calçada

até a recepção da unidade, é encontrado na metade das unidades, sendo que

apenas 22,9% estão de acordo com as normas da ABNT. Com relação à adequa-

ção de banheiro adaptado para pessoas com difi culdades de locomoção, menos

de 40% das unidades apresentaram este tipo de acessibilidade em 2012.

Gráfico 44: Distribuição percentual de Centro POP segundo aspectos de acessibilidade – Brasil, 2011 e 2012

24,4

%

46,7

%

28,9

%

27,8

%

47,8

%

24,4

%

27,8

%

47,8

%

24,4

%

22,2

%

25,6

%

52,2

%

22,9

%

28,6

%

48,6

%

25,7

%

42,9

%

31,4

%

21,0

%

45,7

%

33,3

%

16,2

%

21,0

%

62,9

%

SIM, com ABNT

SIM, sem ABNT

Não possui

SIM, com ABNT

SIM, sem ABNT

Não possui

SIM, com ABNT

SIM, sem ABNT

Não possui

SIM, com ABNT

SIM, sem ABNT

Não possui

Acesso principal adaptado com rampas e rota acessível

desde a calçada até a recepção da Unidade

Rota acessível aos principais espaços da Unidade

(recepção, sala de atendimentos e espaço(s) para atividades coletivas)

Rota acessível ao banheiro Banheiro adaptado para pessoas com dificuldades de

locomoção

2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

SERVIçOS E BENEFÍCIOS

Entre as atividades desempenhadas pelos Centros POP, sobressaem as de enca-

minhamento para a rede de serviços socioassistenciais, entrevista individual e/

ou familiar e orientação e atendimento individual e/ou da família, que são exer-

cidas em quase todos os centros pesquisados. A orientação e apoio para obten-

ção de documentação pessoal e o encaminhamento para outros serviços da rede

de saúde está presente em 98% e 96% dos centros, respectivamente.

Page 63: Censo SUAS 2012

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01

2Os Centros POP também ofereciam em seu espaço refeições aos usuários, sendo

as do período diurno as mais ofertadas. Café da manhã, por exemplo, é ofertado

em 85,4% das unidades, e almoço em 69,8%. Nota-se um pequeno aumento

no percentual de unidades que oferecem lanche e café da manhã, de 82,7% em

2011 para 85,4% em 2012.

Gráfico 45: Unidades com refeições oferecidas aos usuários no espaço do Centro POP – Brasil, 2011 e 2012

82,7%

75,3% 72,8%

32,1%

7,4%

85,4%

69,8%

78,1%

29,2%

7,3%

Lanche/Café da Manhã

Almoço Lanche/Café da Tarde Jantar Lanche/Café da Noite

2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Segundo o Censo SUAS 2012, a totalidade dos Centros POP encaminham seus

usuários para a rede de serviços socioassistenciais do município. A tabela abaixo

apresenta a distribuição dos Centros POP conforme as atividades desenvolvidas.

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Tabela 5: Quantidade e percentual de Centros POP por atividades de-senvolvidas – Brasil, 2011 e 2012

Atividades Desenvolvidas2011 2012

Quant. % Quant. %

Encaminhamento para a rede de serviços socioassistenciais 90 100,0% 105 100,0%

Entrevista Individual e/ou familiar 89 98,9% 105 100,0%

Acolhida e escuta inicial 88 97,8% 104 99,0%

Orientação e atendimento individual e/ou familiar 88 97,8% 104 99,0%

Encaminhamento de usuários/dependentes de substân-cias psicoativas para serviços da rede de saúde 90 100,0% 103 98,1%

Orientação e apoio para obtenção de documentação pessoal 90 100,0% 103 98,1%

Elaboração de relatórios sobre casos em acompanhamento 87 96,7% 102 97,1%

Encaminhamento para outros serviços da rede de saúde 90 100,0% 101 96,2%

Registro de informações em prontuário 89 98,9% 101 96,2%

Acompanhamento dos usuários encaminhados para a rede 88 97,8% 100 95,2%

Encaminhamento para órgãos de defesa de direitos (Defensoria Pública, Poder Judiciário, Ministério Público, Conselho Tutelar etc.)

87 96,7% 100 95,2%

Estudo de Caso/Discussão de casos em equipe 85 94,4% 100 95,2%

Estudo social 85 94,4% 100 95,2%

Encaminhamento para serviços/Unidades das demais políticas públicas 86 95,6% 98 93,3%

Visitas Domiciliares 82 91,1% 97 92,4%

Busca ativa 73 81,1% 87 82,9%

Orientação e atendimento em grupo 70 77,8% 85 81,0%

Mobilização e fortalecimento do convívio e de redes sociais de apoio 77 85,6% 84 80,0%

Oficinas e atividades coletivas de convívio e socialização 62 68,9% 81 77,1%

Encaminhamento para política de educação (educação de jovens e adultos, etc) 66 73,3% 78 74,3%

Elaboração de Plano de Acompanhamento Individual e/ou Familiar 67 74,4% 77 73,3%

Ações de mobilização e participação social 61 67,8% 65 61,9%

Mobilização de família extensa ou ampliada 59 65,6% 63 60,0%

Orientação sociojurídica 35 38,9% 45 42,9%

Palestras e Oficinas envolvendo a comunidade 43 47,8% 44 41,9%

Outras 36 40,0% 37 35,2% Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 65: Censo SUAS 2012

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01

2Em 2012, houve uma queda na média de casos acompanhados de maneira regu-

lar pelos Centros POP em relação ao ano anterior, oscilando de 111,9 em 2011

para 93 casos em 2012. Por outro lado, houve aumento na média de casos aten-

didos por dia de 2011 para 2012, passando de 24,7 para 29,8, respectivamente.

Tabela 6: Quantidade média de casos de atendimento e acompanhamento nos Centros POP – Brasil, 2011 e 2012

Média por Centro POP de casos de atendimento e acompanhamento - Brasil 2011 2012

Quantidade total de casos (famílias-indivíduos) em acompanhamento regular por este Centro POP (no mês de Agosto) 111,9 93,0

Quantidade total de novos casos (famílias ou indivíduos) inseridos no acompa-nhamento do Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua durante o mês de Agosto

31,9 27,1

Do total de casos atendidos por este Centro POP, indique o total de famílias/indivíduos que foram encaminhados para inclusão no Cadastro Único para Programas Sociais no mês de agosto.

5,0 8,5

Do total de casos atendidos por este Centro POP no mês de agosto-2012, indi-que o total de famílias/indivíduos encaminhadas para atualização cadastral no Cadastro Único para Programas Sociais.

2,1 2,7

Do total de casos atendidos por este Centro POP no mês de agosto, indique o total de famílias/indivíduos encaminhados para acesso ao BPC. 1,2 1,0

Do Total casos atendidos no mês de agosto por este Centro, indique a quanti-dade de famílias/indivíduos encaminhados para acesso a benefícios eventuais. 15,8 20,0

Em média quantos casos (famílias-indivíduos) são atendidos por dia neste Centro de Referência para Pessoas em Situação de Rua? 24,7 29,8

Fonte: MDS, Censo SUAS.

No que diz respeito ao acesso a oportunidades de trabalho, os Centros POP en-

caminham seus usuários para capacitação profissional/curso profissionalizante

(78,1%) e para programas de geração de trabalho e renda (72,4%).

Cabe destacar que em 16,2% dos Centros houve inclusive a cessão de espaço

físico para a realização de cursos de capacitação profissional ofertados por ou-

tras instituições em 2012, percentual um pouco acima dos 14,4% apresentados

em 2011.

Page 66: Censo SUAS 2012

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Gráfico 46: Quantidade de Centros POP por ações/iniciativas em relação ao acesso ao mercado de trabalho – Brasil, 2011 e 2012

33,3%

8,9%

14,4%

47,8%

70,0%

73,3%

77,8%

27,6%

4,8%

16,2%

56,2%

63,8%

72,4%

78,1%

Outros

Assessoramento para formação de cooperativas ou associações (unidades produtivas)

Cessão de espaço físico para realização de cursos de capacitação profissional ofertados por outras

instituições

Cadastramento para participação em programas de qualificação profissional

Informações atualizadas sobre vagas disponíveis no mercado de trabalho

Encaminhamento para programas de geração de trabalho e renda

Encaminhamento para capacitação profissional/curso profissionalizante

2012 2011

Fonte: MDS, Censo SUAS.

RECURSOS HUMANOS

Os recursos humanos dos Centro POP aumentaram em 37,8% em relação ao ano

de 2011, passando de 1.187 em 2011 para 1.636 em 2012. Quanto ao grau de

escolaridade dos trabalhadores dos Centros POP, o Censo SUAS 2012 revela que

a maior parte deles, 44,6%, possui nível superior. O percentual de funcionários

com nível médio é de 42,1% e o dos que cursaram apenas o nível fundamental

é de 13,3%.

Page 67: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 47 : Escolaridade dos trabalhadores dos Centros POP (%) – Brasil, 2011 e 2012

146

491 550

1.187

218

688 730

1.636

Nível fundamental Nível médio Nível superior Total

2011 2012

12,3% 13,3% 41,4% 42,1% 46,3% 44,6% 100% 100%

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Dentre os trabalhadores dos Centro POP, observa-se que a maior parte apresen-

ta vínculos empregatícios não permanentes, correspondendo a 44,8% do total

de funcionários em 2012. Em segundo lugar, estão os servidores estatutários,

representando 39,5% dos recursos humanos. A menor categoria dentre os fun-

cionários dos Centros POP é representada pelos ocupantes de cargos comissio-

nados, com participação de 5,1%.

Gráfico 48: recursos humanos dos Centros POP por vínculo empregatício (%) – Brasil, 2011 e 2012

39,9%

5,2%

5,1%

49,7%

39,5%

10,6%

5,1%

44,8%

Servidor Estatutário

Empregado Público (CLT)

Comissionado

Outros vínculos não permanentes

2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 68: Censo SUAS 2012

67c

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esso

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m s

itua

ção

de r

ua

Em 2012, dentre os coordenadores dos Centros POP, o percentual de funcioná-

rios que exercem exclusivamente esta função aumentou para 70,5%. No entan-

to, 18,1% dos coordenadores ainda dividem esta função com a de técnico na

unidade e 9,5% acumulam a função de coordenador com outra atividade dentro

da Secretaria de Assistência Social.

Gráfico 49: Função do coordenador dos Centros POP – Brasil, 2011 e 2012

6,7%

65,6%

17,8%

10,0%

1,9%

70,5%

18,1%

9,5%

Não há coordenador nesta Unidade

Exerce exclusivamente a função de coordenador

Acumula as funções de coordenador e de técnico nesta Unidade

Acumula as funções de coordenador com outra atividade da Secretaria Municipal de Assistência Social

ou do DF

2012 2011

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 69: Censo SUAS 2012

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12

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Page 71: Censo SUAS 2012

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01

2

gEsTão municipal

Com relação à gestão municipal, a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) es-

tabelece como competências dos municípios: destinar recursos fi nanceiros para

custeio do pagamento dos auxílios natalidade e funeral, mediante critérios es-

tabelecidos pelos Conselhos Municipais de Assistência Social; efetuar o paga-

mento dos auxílios natalidade e funeral; executar os projetos de enfrentamento

da pobreza, incluindo a parceria com organizações da sociedade civil; atender às

ações assistenciais de caráter de emergência; prestar os serviços assistenciais

de que trata o art. 23 desta lei (BRASIL, 2009).

É fundamental a atuação municipal, articulada às demais esferas federativas,

para a implementação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS). Estabe-

lecidas a partir da NOB—SUAS, merecem destaque a gestão local dos Benefícios

de Prestação Continuada, a gestão do Cadastro Único para Programas Sociais do

Governo Federa e do Programa Bolsa Família.

A organização dos serviços socioassistenciais descentralizados e o modelo de

gestão participativa são características basilares do Sistema Único de Assistên-

cia Social (SUAS), permitindo articular esforços e recursos dos três níveis de go-

verno, visando o fi nanciamento e a execução da PNAS. Os resultados apresen-

tados a seguir expõem os avanços obtidos até 2012 e permitem vislumbrar os

desafi os enfrentados no âmbito municipal.

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

A existência de Secretaria Municipal exclusiva da área de Assistência Social tem

sido um indicador da ampliação dos serviços prestados à população. Segundo

o Censo 2012 houve aumento percentual de Secretarias Municipais de Assis-

tência Social nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, enquanto nas Regiões Norte e

Centro Oeste esses percentuais apresentaram pequena infl exão em sua trajetó-

ria de ampliação até então observada.

Page 72: Censo SUAS 2012

71g

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Gráfico 50: Secretaria Municipal exclusiva da área de Assistência Social por região do país (%) – Brasil, 2010 a 2012

76,2% 82,0%

70,3% 57,2%

80,8%

81,3% 83,1% 73,9%

54,9%

86,8%

80,0% 84,2%

76,2% 61,1%

84,6%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Em 2012, a área de Gestão do Programa Bolsa Família foi a que mais se destacou na

estrutura formal dos órgãos gestores da assistência social nos municípios, atingin-

do 73%, seguida da formalização das ações da Proteção Social Básica (64%). Por

outro lado, poucos avanços foram registrados na área de Gestão do Trabalho, com

apenas 26,3% de formalização por meio de subdivisão administrativa. São desta-

ques os desafi os representados ainda pela implantação da Regulação do SUAS e da

Vigilância Social, área que apoia o planejamento de ações junto a população mais

vulnerável no país.

Page 73: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 51: Áreas da Assistência Social, por formalização enquanto subdivisão administrativa – Brasil, 2012

64%

38%

43%

73%

55%

52%

26%

33%

30%

39%

26%

30%

28%

21%

28%

28%

28%

28%

34%

34%

10%

32%

29%

6%

17%

20%

46%

39%

36%

27%

0%

20%

40%

60%

80%

Prote

ção Socia

l Básic

a

Prote

ção Socia

l Esp

ecial

Gestão Fin

anceira

e Orça

mentária

Gestão do Bolsa

Famíli

a

Gestão de Benefíc

ios A

ssist

enciais

Gestão do SUAS

Gestão do Tr

abalho

Regulação do SUAS

Vigilância

Social

Monitora

mento e Avalia

ção

Sim, na estrutura formal do órgão gestor Sim, de maneira informal Não constituída

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Dos 5.315 Órgãos Gestores Municipais de Assistência Social, 96,5% realizam

a gestão do Cadastro Único para os Programas Sociais no município, indicando

crescente compreensão de seu potencial uso para garantir acesso aos programas

sociais para a população de menor renda.

No entanto, os dados do Censo SUAS 2012 mostram que apenas 35,4% dos ór-

gãos gestores da Assistência Social são também responsáveis pela política de

segurança alimentar e nutricional no município.

A elaboração do Plano Municipal de Assistência Social (PMAS) é de responsabilida-

de do Município, e deve passar por aprovação do Conselho de Assistência Social.

Analisando-se os dados do Censo SUAS 2012, observou-se que 4.877 gestores mu-

nicipais de Assistência Social declararam que o município apresenta Plano Munici-

pal de Assistência Social (PMAS), o que representa 87,57% dos municípios brasilei-

ros. Destes, merece destaque a região Sul, onde a quase totalidade dos municípios,

95,6%, contam com este instrumento. Por outro lado, a região Norte apresentou

84,4% de existência do PMAS, menor percentual dentre todas as regiões.

Page 74: Censo SUAS 2012

73g

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Gráfico 52: municípios que possuem Plano Municipal de Assistência Social (PMAS) por região (%) – Brasil, 2012

84,4%

91,4% 91,2%

95,6%

92,4%

80%

85%

90%

95%

100%

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Fonte: MDS, Censo SUAS 2012.

GESTÃO FINANCEIRA

Segundo a Lei Orgânica de Assistência Social, a instituição e funcionamento do

Fundo Nacional de Assistência Social (FMAS) é condição requerida para os repas-

ses do governo federal para os municípios. Assim, de acordo com o Censo SUAS

2012, 5.045 municípios tinham o Fundo em funcionamento e em 221 se encon-

travam em fase de implantação. Destes destaca-se a região Sul, com 97,1% de

seus municípios com Fundo já implantado, seguida pelas regiões Sudeste, com

96,5% e Centro-Oeste, apresentando 96%. O maior número de municípios em

atividades de implantação do Fundo encontrava-se nas regiões Norte (9,4%) e

Nordeste (5,4%), respectivamente.

Page 75: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 53: municípios com Fundo Nacional de Assistência Social (FMAS) por região do país (%) – Brasil - 2012

87,6%

93,5%

96,5% 97,1%

96,0%

9,4%

5,4%

3,0% 2,4% 2,7%

3,0% 1,1% 0,4% 0,4% 1,3%

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Sim, implantado Sim, em fase de implantação Não possui

Fonte: MDS, Censo, SUAS 2012.

Dos 5.266 municípios com o FMAS já instituído, 95,1% o fi zeram por Lei Munici-

pal, 4,3% por Decreto e 0,6% por Portaria.

Em 2012, os municípios da região Norte (83,7%) e do Nordeste (59,9%) per-

sistem como aqueles sem cofi nanciamento estadual, enquanto 67,5% dos mu-

nicípios da Região Sudeste recebem os recursos por meio do repasse fundo-a-

-fundo, que amplia a efi ciência do uso dos recursos, inclusive por permitir sua

repactuação anualmente.

Em 2012, a modalidade fundo a fundo foi utilizada para cofi nanciamento de

30,6% dos municípios do Centro Oeste e de 26,65 no Nordeste. Na região Sul

e Norte apenas 15,3% e 6,4% respectivamente utilizaram esta modalidade de

cofi nanciamento.

Page 76: Censo SUAS 2012

75g

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Gráfico 54: municípios que recebem cofinanciamento estadual por modalidade segundo região do país (%) – Brasil, 2012

83,7%

59,9%

4,5%

45,2% 46,3%

6,4%

26,2%

67,5%

15,4%

30,6%

7,8% 8,6%

9,8% 31,1%

15,7%

2,1% 5,3%

18,2% 8,3% 7,4%

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Não recebe Sim, fundo-a-fundo Sim, via convênio Sim, por convênio e fundo-a-fundo

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

GESTÃO DE SERVIçOS E BENEFÍCIOS

Em 2012, 5.184 municípios ofertaram o Serviço de Proteção e Atendimento In-

tegral à Família – PAIF, o que representa 97,5% dos municípios brasileiros. Com

percentuais igualmente elevados encontramos também os serviços de convi-

vência e fortalecimento de vínculos para idosos (95,5%) e Serviços de convi-

vência e fortalecimento de vínculos para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos

(90,5%) dos municípios.

Percebe-se também ampliação expressiva de municípios que oferecem progra-

mas ou projetos de capacitação e inclusão produtiva. Em 2012, 78,4% dos mu-

nicípios indicaram executar atividades nesta área.

Vale destacar que os Centros de Referencia da Assistência Social (CRAS) respon-

dem de forma exclusiva por 93% dos serviços do PAIF, 68,7% dos serviços de con-

vivência e fortalecimento de vínculos para idosos e 63,7% dos serviços de convi-

vência e fortalecimento de vínculos para adolescentes e jovens de 15 a 17 anos.

Page 77: Censo SUAS 2012

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2Gráfico 55: Quantidade de municípios que ofertam serviços de Proteção Social Básica segundo localização da oferta – Brasil, 2012

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000

Serviço de proteção e atendimento integral à família – PAIF

Serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para crianças de 0 a 6 anos

Serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para crianças e adolescente de 6 a 15 anos

Serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para adolescentes e jovens de 15 a 17 anos

Serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para idosos

Serviço de proteção social básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas

Programas ou projetos de capacitação e inclusão produtiva

Programas ou projetos de inclusão digital

Não realiza Em entidade conveniada Em outra unidade pública

No CRAS Na própria sede do órgão gestor

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Vale explicitar que outras unidades públicas, que não o CRAS, respondem nos

municípios por serviços de inclusão digital (41,8%) e serviços de convivência e

fortalecimento de vínculos para crianças de 0 a 6 anos (36,1%).

Em 2012, verifi cou-se ainda que 93,4% dos Órgãos Gestores Municipais da As-

sistência Social concederam auxílio funeral, 86,6% outros benefícios para famí-

lias em situação de vulnerabilidade temporária, 64,7% concederam benefícios

para situação de calamidade publica e 58,3% auxílio natalidade.

Grafico 56: Órgão Gestor Municipal de Assistência Social segundo tipo de Benefícios Eventuais concedidos (%) – Brasil, 2012

6,6%

41,7% 35,3%

13,4%

93,4%

58,3% 64,7%

86,6%

0

25

50

75

100

Auxílio Funeral Auxílio Natalidade Benefício Eventual para situação de calamidade

pública

Outros benefícios eventuais para famílias

em situação de vulnerabilidade

temporária

Não Sim

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 78: Censo SUAS 2012

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Em 2012, apenas 29,9% dos Órgãos Gestores Municipais de Assistência Social

tinham realizado, nos últimos cinco anos, algum tipo de estudo setorial e/ou

diagnóstico socioeconômico do município (vocação, potencialidade, matéria

prima, mercado e iniciativas existentes).

Gráfico 57: Órgão Gestor Municipal que tenha realizado nos últimos 5 anos algum tipo de estudo setorial e/ou diagnóstico socioeconÔmico do município (vocação, potencialidade, matéria prima, mercado e iniciativas existentes) (%) –– Brasil, 2012

43,3%

29,9%

26,7%

Não

Sim

Não sabe

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Os dados do Censo SUAS 2012 revelam que a maior parte das informações coleta-

das pelos municípios que realizaram estudo setorial e ou diagnóstico socioeconô-

mico nos últimos cinco anos foram utilizadas para subsidiar ações de desenvolvi-

mento socioeconômico do município (66,8%) e para direcionar a oferta de cursos

de capacitação e formação profi ssional realizados pelas prefeituras (55%).

O Censo SUAS 2012 indica que 33% dos municípios que realizaram esses estu-

dos utilizaram seus resultados para negociar vagas no PRONATEC com o Sistema

S e Institutos Federais.

Os dados revelaram, no entanto, que apenas 255 municípios utilizaram essas in-

formações para apoiar a formação de cooperativas, uma das formas de organiza-

ção de trabalhadores informais com menores oportunidades de emprego formal.

Page 79: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 58: Utilização das informações pelo conjunto de municípios que realizaram estudo setorial e/ou diagnóstico socioeconÔmico nos últimos 5 anos - Brasil, 2012.

16,0%

33,0%

48,8%

54,9%

66,8%

Formação de cooperativas

Negociar com o Sistema "S" (Senai, Senac) e Instituto Federal a oferta de vagas do PRONATEC

Estruturação de ações para inclusão produtiva

Direcionar a oferta de cursos de capacitação e formação profissional realizados pela prefeitura

Ações para potencializar o desenvolvimento socioeconômico do município

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Entre 2011 e 2012 observou-se estabilidade do percentual de municípios que

desenvolvem ações, programas ou projetos de inclusão produtiva para geração

de trabalho e renda: de 81,2% (4.396 municípios) para 80,9% (4.298 municí-

pios). Esta relativa estabilidade também ocorreu nas regiões Sudeste e Nordeste.

Gráfico 59: municípios cujo governo municipal desenvolve ações, programas ou projetos de inclusão produtiva para geração de trabalho e renda (%) - Brasil, 2011 a 2012

81% 83% 84%

75%

82%

89%

80,9% 81,8% 83,4%

74,7%

66,2%

85,7%

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 80: Censo SUAS 2012

79g

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Dentre as ações desenvolvidas pelas municipalidades para apoiar formação e

inclusão produtiva, em 2012 destacam-se Educação de Jovens e Adultos em

71,6% dos municípios, qualifi cação profi ssional em 66,9% e inclusão digital em

65,7%, respectivamente. O fomento ao empreendedorismo individual e coleti-

vo e ao associativismo vem se ampliando embora ainda alcance número limitado

de municípios.

Gráfico 60: ações desenvolvidas pelo governo municipal (%) – Brasil, 2012

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Educação de Jovens e Adultos

Educação Técnica e Tecnológica

Qualificação profissional

Intermediação de mão-de-obra

Fomento ao empreendedorismo individual

Fomento ao empreendedorismo coletivo

Assistência Técnico-gerencial a empreendimentos individuais

Assistência Técnico-gerencial a empreendimentos coletivos

Incubação de empreendimentos

Fomento à Economia Solidária

Fomento ao Associativismo e ao Cooperativismo

Microcrédito

Fomento ao Extrativismo

Fomento ao Artesanato

Inclusão digital

Acompanhamento dos cursos oferecidos pelo PRONATEC

Articulação da Prefeitura com o Sistema S, Institutos Federais ou Outras Instituições para

Central de Autônomos

Central de Comercialização

Sim

Não

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 81: Censo SUAS 2012

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01

2O Censo SUAS 2012 revelou que houve aumento no percentual de municípios

brasileiros que desenvolvem ações, programas ou projetos de formação, quali-

fi cação ou capacitação profi ssional, de 80,6% em 2011 para 81,1% em 2012, o

que representa 4.308 municípios.

Gráfico 61: municípios cujo governo municipal desenvolve ações, programas ou projetos de formação, qualificação ou capacitação profissional (%) - Brasil, 2011 e 2012

81% 77%

82% 79% 80%

85% 81,1%

77,5% 82,9%

78,7%

64,8%

84,1%

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

De acordo com os dados do Censo SUAS, entre 2011 e 2012, a Educação de Jo-

vens e Adultos alcançou 71,6% dos municípios, o que corresponde a 3.807 mu-

nicípios, praticamente o mesmo número de 2011 (3.904 municípios).

Com a ampliação das ações de qualifi cação profi ssional nos municípios, foram

investigadas as etapas realizadas pelos municípios por meio do Censo SUAS

2012. As ações de mobilização e sensibilização de usuários para cursos de capa-

citação, importante etapa que faz a informação chegar até o público de menores

rendimentos, ocorreu em 45,1% dos municípios pesquisados. Ocorreu encami-

nhamento para cursos de qualifi cação profi ssional em 42,3% dos municípios.

Vale destacar ainda que em 34,7% dos municípios houve negociação com o Siste-

ma S para a oferta de cursos em atividades demandadas pela economia local e em

24,55% deles os cursos realizados por meio do PRONATEC foram acompanhados.

Page 82: Censo SUAS 2012

81g

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Como contrapartida da ampliação de outros tipos de qualifi cação, verifi ca-se

ainda que ações mais tradicionais como o fomento ao artesanato vem decres-

cendo: eram realizadas em 59,9% dos municípios em 2011 e, em 2012, ocorre-

ram em 45,1% dos municípios brasileiros.

Nota-se também que os municípios tem difi culdade de oferecer assistência téc-

nica para empreendedores autônomos, individuais e coletivos, mantendo-se pe-

queno o percentual dos que oferecem estes serviços ou que apoiam atividades

de comercialização.

Gráfico 62: Ações desenvolvidas pelos municípios (%) - Brasil, 2011 e 2012

6,1%

4,9%

9,7%

9,4%

18,5%

14,2%

22,0%

24,4%

20,3%

32,6%

30,1%

59,9%

71,6%

69,2%

72,1%

1,1%

2,7%

4,1%

5,0%

5,1%

7,4%

8,7%

9,1%

10,1%

14,8%

19,5%

21,1%

22,5%

24,5%

25,4%

26,2%

30,3%

34,7%

42,3%

45,1%

45,1%

65,7%

66,9%

71,6%

Central de Autônomos

Apoio jurídico às empresas

Central de Comercialização

Fomento ao Extrativismo

Incubação de empreendimentos

Fomento ao pólo industrial

Apoio a Redes e Cadeias Produtivas

Assistência Técnico-gerencial a empreendimentos coletivos

Assistência Técnico-gerencial a empreendimentos individuais

Fomento à Economia Solidária

Educação Técnica e Tecnológica

Intermediação de mão-de-obra

Fomento ao empreendedorismo coletivo

Acompanhamento dos cursos oferecidos pelo PRONATEC

Microcrédito

Fomento ao Associativismo e ao Cooperativismo

Fomento ao empreendedorismo individual

Articulação da Prefeitura com o Sistema S, Institutos Federais ou Outras Instituições para oferta de cursos de capacitação profissional

Encaminhamento de usuários para cursos de capacitação profissional

Mobilização e sensibilização de usuários para cursos de capacitação

Fomento ao Artesanato

Inclusão digital

Qualificação profissional

Educação de Jovens e Adultos

2012 2011

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 83: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2RECURSOS HUMANOS

Outro indicador da crescente importância de uma atividade esta associado ao

continuo crescimento do número total de trabalhadores. Em 2012, havia mais de

243 mil trabalhadores na rede pública da Assistência Social, aumento de 10%

em relação a 2010. No entanto, esta ampliação não vem ocorrendo com forma-

lização de vínculos trabalhistas permanentes. Em 2012, 51,3% desses trabalha-

dores não possuíam vínculo permanente de trabalho.

Gráfico 63: Evolução do quantitativo de trabalhadores da assistência social por vínculo empregatício – Brasil, 2005 e 2009-2012

48,8% 54,7%

48,6% 52,5%

35,8%

12,8% 8,5%

12,8% 13,5%

12,9%

38,3% 36,8% 38,6% 34,0%

51,3%

139549

182133

220730 232085

243136

0

50000

100000

150000

200000

250000

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2009 2010 2011 2012

Estatutários Celetistas Sem vínculo permanente Total

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Outro indicador da crescente especialização de serviços prestados é encontra-

do na ampliação de profi ssionais com nível superior. Entre 2005 e 2012, houve

aumento no número de trabalhadores na assistência social com nível superior,

passando de 27% para 32,6%, respectivamente.

Page 84: Censo SUAS 2012

83g

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Gráfico 64: trabalhadores na gestão municipal por nível de escolaridade (%) – Brasil, 2005 e 2009-2012

26,3% 19,5%

23,7% 18,3% 17,7%

46,7% 50,8% 45,7%

49,2% 49,1%

27,0% 29,6% 30,7% 32,5% 32,6%

0

50000

100000

150000

200000

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2005 2009 2010 2011 2012

Fundamental Médio Superior Total

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 85: Censo SUAS 2012

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01

0C

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20

12

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Page 87: Censo SUAS 2012

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01

2

gEsTão EsTadual

Desde 2010 o MDS, por meio do Censo SUAS, começou a monitorar os dados refe-

rentes à Gestão Estadual visando a mensurar como se dá sua atuação no campo da

Assistência Social. Entre 2010 e 2012, fruto da crescente articulação do SUAS, vem

sendo ampliada a coleta de informações, possibilitando um panorama mais comple-

to do trabalho desempenhado pelas administrações estaduais com relação ao SUAS.

Segundo a LOAS, cabe aos Estados prestar apoio técnico e fi nanceiro aos mu-

nicípios, bem como ofertar os serviços de Proteção Especial, cujas defi ciências

municipais necessitem que se estabeleça uma rede social de serviços descon-

centrada no âmbito do respectivo Estado. A oferta de capacitação de técnicos e

gestores também é uma atividade a ser desenvolvida pelos Estados e DF.

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Segundo os dados do Censo SUAS 2012, 29,6% das Secretarias Estaduais atu-

avam exclusivamente nas atividades de Assistência Social enquanto as outras

70,4% associavam às ações da Assistência outra políticas setoriais como Habita-

ção, Segurança Alimentar, Trabalho, Direitos Humanos entre outras.

Gráfico 65: Caracterização da secretaria estadual de Assistência Social (%) – Brasil, 2012

29,6%

70,4%

Secretaria estadual exclusiva da área de Assistência Social

Secretaria estadual em conjunto com outras políticas setoriais

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 88: Censo SUAS 2012

87g

estã

o Es

tadu

al

Tal como indicado pela legislação do SUAS, as áreas administrativas devem ser

formalizadas e constituir a estrutura dos órgãos gestores de Assistência Social.

As áreas cujos percentuais de formalização foram os mais altos na estrutura do

órgão gestor são: Gestão Financeira e Orçamentária (92,6%), Proteção Social

Básica e Proteção Social Especial (70,4%) e Gestão do SUAS (63%). Merecem

destaque ainda as áreas de Gestão do Bolsa Família, com 59,3% e de Monitora-

mento e Avaliação, com 51,9% de formalização na estrutura dos órgãos gestores

estaduais.

Gráfi co 66: Áreas da Assistência Social por formalização enquanto subdivisão

administrativa (%) – Brasil, 2012

3,7%

18,5%

7,4%

37,0%

33,3%

22,2%

70,4%

70,4%

59,3%

44,4%

63,0%

92,6%

18,5%

22,2%

51,9%

29,6%

29,6%

37,0%

37,0%

29,6%

7,4%

44,4%

44,4%

25,9%

0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0%

Proteção Social Básica

Proteção Social Especial

Gestão do Bolsa Família

Gestão de Benefícios Assistenciais

Gestão do SUAS

Gestão Financeira e Orçamentária

Gestão do Trabalho

Vigilância Social

Monitoramento e Avaliação

Não constituída Constituída formalmente Constituída informalmente

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 89: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2Em 2012, das 27 Secretarias Estaduais em que as atividades de Assistência So-

cial ocorrem, apenas seis indicaram ter estruturas administrativas descentraliza-

das, como escritórios regionais ou similares. As unidades da federação em que

esta situação positiva se verifi cou são: Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rondônia,

Rio Grande do Sul e São Paulo.

Grafico 67: Quantidade de Secretarias Estaduais de Assistência Social que possuem estruturas administrativas descentralizadas – Brasil, 2012

21

6

Não

Sim

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Em 2012, 21 Secretarias possuíam Plano Estadual de Assistência Social (PEAS)

aprovado pelo Conselho Estadual de Assistência Social (CEAS). Destas, cinco o

atualizam anualmente, sete delas, a cada quatro anos e nove levavam mais de

quatro anos para atualizá-lo.

Segundo os dados do Censo SUAS 2012, apenas o Fundo Estadual de Assistência

Social e o Conselho Estadual de Assistência Social foram regulamentados em sua

totalidade por Lei Estadual. Por outro lado, em 2012 a maior parte dos Padrões e

parâmetros para a oferta de serviços de assistência social encontravam-se ainda

não regulamentados (74%), assim como a Concessão de isenção fi scal para enti-

dades da assistência social (67%).

Page 90: Censo SUAS 2012

89g

estã

o Es

tadu

al

Gráfi co 68: Distribuição percentual dos instrumentos da Política de Assistência

Social segundo mecanismo legal de regulamentação – Brasil, 2012.

56%

33%

30%

67%

48%

63%

62%

74%

100%

100%

22%

19%

4%

8%

4%

4%

8%

4%

4%

54%

19%

52%

26%

19%

22%

19%

27%

11%

11,10%

3,70%

19,20%

7,40%

7,70%

11,10%

15,40%

3,70%

3,70%

14,80%

7,40%

11,50%

3,70%

3,70%

23,10%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Conselho Estadual de Assistência Social

Fundo Estadual de Assistência Social

Política Estadual de Assistência Social

Plano Estadual de Assistência Social

Projetos e programas de assistência social

Concessão de isenção fiscal para entidades de assistência social

Critérios de repasses de recursos para municípios

Critérios de repasses de recursos para entidades

Critérios de concessão e prestação de benefícios eventuais

Critérios e modalidades do cofinanciamento dos benefícios

eventuais

Padrões e parâmetros para a oferta de serviços de assistência social

Comissão Intergestores Bipartite

Resolução da CIB

Resolução do CEAS

Portaria Estadual

Decreto Estadual

Lei Estadual

Não regulamentado

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 91: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2GESTÃO FINANCEIRA

Todo fundo público deve ser instituído mediante autorização legislativa, confor-

me estabelece o Art. 167 da Constituição Federal. Para se organizar um fundo

e colocá-lo em funcionamento, é necessário observar alguns aspectos, como o

marco legal; a inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), por se

tratar de órgão constituído como unidade gestora de orçamento; o estabeleci-

mento do ordenador de despesas; entre outros. Nesse sentido, em 2012, segun-

do os dados do Censo SUAS, havia apenas um FEAS que não possuía CNPJ e todos

os Fundos foram caracterizados como unidades orçamentárias.

Gráfico 69: Caracterização dos Fundos Estaduais de Assistência Social (FEAS) – Brasil, 2010 a 2012

19

5

26

1

23

3

26

0

26

1

27

0 0

5

10

15

20

25

30

Sim, como matriz Não possui Sim Não

O FEAS tem CNPJ próprio? O FEAS é uma unidade orçamentária?

2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.Notas: - O Censo SUAS 2010 abrange 27 unidades da federação, enquanto o de 2011 não engloba o DF.- No que diz respeito ao CNPJ, o Censo SUAS 2010 apresenta ainda a categoria “Sim, como filial”, porém, para fins de comparação com os resultados de 2011, os dados da referida categoria não foram inseridos no gráfico, justificando assim o motivo de o somatório dos dados de 2010 nãoresultar em 27 (no que diz respeito a se possui ou não CNPJ).

Pode-se observar que em 2012 houve queda no cofi nanciamento dos serviços

socioassistenciais. As maiores reduções ocorreram nos serviços de Proteção So-

cial Básica (18,5 pontos percentuais a menos que em 2010).

Page 92: Censo SUAS 2012

91g

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tadu

al

Gráfico 70: Cofinanciamentos estaduais por tipo de serviço e benefício (%) – Brasil, 2010 a 2012

77,8%

59,3%

44,4%

33,3%

88,9% 83,3%

50,0%

38,9%

59,3% 59,3%

44,4%

37,0%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Serviço de Proteção Social Básica

Serviço de Proteção Social Especial de

Média Complexidade

Serviço de Proteção Social Especial de Alta

Complexidade

Benefícios Eventuais

2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Em 2012, o orçamento da Assistência Social nos Estados previa recursos espe-

cífi cos para os Conselhos Estaduais de Assistência Social (CEAS) em 21 Órgãos

Estaduais. Contudo, em todos os Estados a Secretaria continuou a disponibilizar

e manter local específi co para o funcionamento do Conselho, bem como dispo-

nibilizar recursos humanos para a Secretaria Executiva e material de consumo

para o funcionamento do CEAS.

Gráfico 71: Quantidade de Órgão Gestor Estadual de Assistência Social segundo previsão de recursos específicos para o Conselho Estadual de Assistência Social – Brasil, 2012

6

21

Não  Sim  

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 93: Censo SUAS 2012

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01

2GESTÃO DE SERVIçOS E BENEFÍCIOS

Em 2012, 46,2% das Secretarias Estaduais de Assistência Social possuíam es-

tudo/diagnóstico sobre o volume e localização da oferta dos serviços de média

e alta complexidade no Estado. Porém, 38,5% não haviam realizado nenhum

estudo com este objetivo.

Gráfico 72: Secretarias Estaduais de Assistência Social que possuíam estudo/diagnóstico sobre o volume e localização da oferta dos serviços de proteção social especial no estado (%) - Brasil, 2012

38,5%

7,7% 7,7%

46,2%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

Não possui estudo/diagnóstico do volume e localização da oferta de

serviços de proteção especial no estado

Sim, possui estudo/diagnóstico do volume e localização da oferta de

serviços de média complexidade no estado

Sim, possui estudo/diagnóstico do volume e localização da oferta de

serviços de alta complexidade no estado

Sim, possui estudo/diagnóstico do volume e localização da oferta de serviços de média e alta complexidade no estado

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Em 46,2% dos Estados não havia serviço/unidade de caráter regional de prote-

ção social especial em funcionamento. Em 2012, serviços de média complexi-

dade estavam funcionando em 26,9% dos Estados, os de alta complexidade em

15,4% e em apenas 11,5% dos Estados ambos os serviços estavam funcionando

ao mesmo tempo.

Page 94: Censo SUAS 2012

93g

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tadu

al

Gráfico 73: Estados em que algum serviço/unidade de caráter regional de proteção social especial estava funcionando (%) – Brasil, 2012

46,2%

26,9%

15,4% 11,5%

0 5

10 15 20 25 30 35 40 45 50

Não há serviço/unidade de caráter regional da proteção

social especial no Estado

Sim, de média complexidade

Sim, de alta complexidade Sim, de ambas

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Embora não tivessem serviços regionalizados, 20 Secretarias Estaduais informa-

ram prestar serviços de Proteção Social Especial de alta complexidade em seus

Estados em 2012.

Gráfico 74: Quantidade de Secretarias Estaduais de Assistência Social que executam diretamente serviços socioassistenciais – Brasil, 2010 a 2012

13

7 5

14

10

13

20

17

20

0

5

10

15

20

25

2010 2011 2012

Serviços de Proteção Social Básica

Serviços de Proteção Social Especial (média complexidade)

Serviços de Proteção Social Especial (alta complexidade)

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Adicionalmente, em 2012, metade das Unidades da Federação possuíam Progra-

ma Próprio de Transferência de Renda (transferência de recursos estaduais de

forma constante a um público específi co).

Page 95: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 75: Distribuição percentual de Unidades da Federação que possuíam algum Programa Próprio de Transferência de Renda - Brasil, 2012.

48,1%

51,9%

Não

Sim

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Em 2012, 94,1% dos Órgãos Gestores Estaduais que distribuíam benefícios

eventuais o fi zeram em situações de calamidade pública, ou ainda quando era

necessário auxílio funeral (58,8%) ou auxílio natalidade (58,8%).

Gráfico 76: Órgão Gestor Estadual de Assistência Social segundo tipo de Benefícios Eventuais concedidos (%) – Brasil, 2012

41,2% 41,2%

5,9%

47,1%

58,8% 58,8%

94,1%

52,9%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Auxílio Funeral Auxílio Natalidade Benefício Eventual para situação de calamidade

pública

Outros

Não

Sim

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 96: Censo SUAS 2012

95g

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tadu

al

RECURSOS HUMANOS

A crescente atividade municipal na oferta de serviços e sua articulação com a es-

trutura estadual não vem representando ampliação no número de trabalhadores

no nível estadual. Segundo o Censo Suas, o número de trabalhadores nas Secre-

tarias Estaduais de Assistência Social tem diminuído entre 2010 a 2012. A região

Norte reduziu expressivamente a quantidade de estatutários no período de 2010

a 2012, enquanto a região Sudeste foi a única que apresentou aumento no quadro.

Gráfico 77: Quantidade de trabalhadores das Secretarias Estaduais de Assistência Social segundo vínculo empregatício por Grandes Regiões– Brasil, 2010 a 2012

3093

4043

185

214

4013

27

36

15

80

9

1714

809

570

27

1597

443

3921

556

13

396

1873

4600

661

267

2195

0

2839

23

10

19

900

902

542

140

775

369

1135

64

4

188

1807

4592

711

250

3448

0

2558

43

50

12

747

682

785

118

965

389

1104

86

56

131

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Norte

Nordeste

Sudeste

Sul

Centro-Oeste

Esta

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rios

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2012 2011 2010

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 97: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2Em 2012, as Secretarias Estaduais de Assistência Social contavam com um to-

tal de 18.433 trabalhadores, dos quais 10.808 eram trabalhadores estatutários,

2.659 celetistas, 3.200 comissionados e 1.766 com outros vínculos.

Considerando o grau de escolaridade desses trabalhadores, verifi ca-se que pou-

co mais de dois terços dentre eles tinham concluído o nível médio. Segundo

o Censo SUAS 2012, 4.568 tinham ensino fundamental, 8.059 ensino médio e

5.806 tinham concluído o ensino superior.

Gráfico 78: Quantidade de trabalhadores das Secretarias Estaduais de Assistência Social segundo vínculo empregatício e escolaridade – Brasil, 2012

3205  

715  325   323  

4597

1396 1385

681

3006

548 1490

762

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

Estatutários   Cele4stas   Comissionados   Outros  

Superior Médio Fundamental

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 98: Censo SUAS 2012

97co

nsel

hos

mun

icip

ais

9797

Page 99: Censo SUAS 2012

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01

2

consElhos municipais

Criados e defi nidos pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS, Lei nº 8.742/1993),

os Conselhos Municipais de Assistência Social (CMAS) compõem as instâncias deli-

berativas do sistema descentralizado e participativo da Assistência Social, em con-

junto com os Conselhos Estaduais, Conselho Nacional e Conselho de Assistência So-

cial do Distrito Federal. O CMAS é um órgão de “caráter permanente e composição

paritária entre governo e sociedade civil” (LOAS, 1993), que tem como propósito a

discussão de estratégias, o estabelecimento de normas e a fi scalização, relacionadas

à prestação de serviços socioassistenciais (governamentais ou não) no município. É

parte integrante da estrutura básica da secretaria ou órgão equivalente de assistên-

cia social, que, segundo a LOAS, deve prover a infraestrutura para o funcionamento

dos CMAS, com recursos materiais, humanos e fi nanceiros.

Com objetivo primordial de exercer controle social, o CMAS deve realizar o

acompanhamento da gestão e a avaliação da Política de Assistência Social, do

Plano Plurianual de Assistência Social e dos recursos fi nanceiros, prezando pela

ampliação e qualidade da rede socioassistencial.

De acordo com a Resolução CNAS nº 237/2006 o CMAS compõe-se 50% de repre-

sentantes do governo e 50% de representantes da sociedade civil, sendo que a elei-

ção do presidente deve ser feita entre seus membros, em reunião plenária. É reco-

mendado pela Resolução que haja revezamento de representantes do governo e da

sociedade civil, tanto na Presidência quanto na Vice-Presidência, em cada mandato

– de dois anos (também sugerido pela Resolução supracitada). Esse preceito des-

centralizador e participativo transforma a organização das ações da Assistência So-

cial na medida em que mantém a sociedade civil em equidade de representativida-

de com o Governo Municipal, que não é nada mais que membro integrante do CMAS

juntamente com outros segmentos. Esse formato permite a discussão horizontal de

estratégias de funcionamento e fi scalização da política de Assistência Social.

A mesma Resolução nº 237 / 2006 versa sobre a composição dos grupos de con-

selheiros que compõem o CMAS: os representantes do poder público, indicados

Page 100: Censo SUAS 2012

99co

nsel

hos

mun

icip

ais

pelo Governo Municipal, e os representantes da sociedade civil, eleitos pelas

entidades inscritas no CMAS. Os representantes do governo devem ser escolhi-

dos pelo chefe do Poder Executivo e destaca-se a importância da inclusão de

setores, além da Assistência Social, da Educação, Trabalho e Emprego, Finanças,

Planejamento; e, ainda, dos Direitos Humanos, Políticas para as Mulheres, Polí-

ticas Raciais, Juventude, etc. Já os representantes da sociedade civil devem ser

as entidades e organizações da Assistência Social, as entidades e organizações

de usuários e as entidades e organizações dos trabalhadores do Sistema Único

de Assistência Social, eleitos em assembleia instalada para este propósito com a

supervisão do Ministério Público garantindo a ampla participação da sociedade

e principalmente dos usuários da Política Municipal de Assistência Social.

A implantação dos CMAS deve ser fundamentada por lei municipal específi ca

que deve estabelecer a maneira como se compõe, suas atribuições e a forma

como as competências deverão ser exercidas (BRASIL, 2012).

Segundo os dados do Censo SUAS 2012, até o momento foram implantados

5.178 Conselhos Municipais de Assistência Social em todo o país, restando ain-

da a implantação de 387 Conselhos. Destes, 319 deverão ser implantados nos

municípios de Pequeno Porte I, 55 nos municípios de Pequeno Porte II, 12 nos de

Médio Porte e um nos de Grande Porte.

Gráfico 79: Quantidade de Conselhos Municipais de Assistência Social implantados segundo porte populacional–– Brasil, 2012

3596

988

312 265 17

5178

319

55

12 1 0

387

-­‐435  

565  

1565  

2565  

3565  

4565  

5565  

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole Total

Ausência de Conselhos no município Presença de Conselhos no município

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 101: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2ASPECTOS NORMATIVOS

Os municípios devem construir seus conselhos a partir de iniciativas locais e

autônomas, confi rmadas por lei municipal. Em 2012, 97,4% dos Conselhos Mu-

nicipais tinham sido criados por leis e menos de 1% por portarias e outros.

Gráfico 80: Conselhos Municipais de Assistência Social segundo instrumento legal de criação (%) – Brasil, 2012

97,4%

1,8% 0,5% 0,2% 0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Lei Decreto Portaria Outro

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

De acordo com a NOB-SUAS de 2012, os Conselhos Municipais de Assistência

Social devem elaborar, aprovar e publicar seu respectivo Regimento Interno. Em

2012, 82,6% dos CMAS possuíam Regimento Interno. Este documento é impor-

tante pois contém, na maioria dos CMAS, os aspectos fundamentais para o exer-

cício de suas atividades.

Page 102: Censo SUAS 2012

101

cons

elho

s m

unic

ipai

s

Gráfico 81: Conselhos Municipais de Assistência Social segundo posse de regimento interno (%) – Brasil, 2012

17,4%

82,6%

Não Sim

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Quando ao conteúdo do Regimento Interno percebe-se um aumento do percen-

tual de Regimentos que abarcavam a periodicidade das reuniões das Comissões,

do processo de eleição da presidência e vice-presidência, processo de eleição

dos Conselheiros representantes da sociedade civil, de atribuições da Secreta-

ria Executiva do Conselho ao longo do período de 2010 a 2012. O contrário foi

observado quanto a orientações sobre como são publicadas as decisões do Ple-

nário, à periodicidade das reuniões do Plenário, trâmites para a substituição de

conselheiros e perda de mandatos.

Page 103: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2Gráfico 82: Conselhos Municipais de Assistência Social segundo conteúdo de Regimento Interno (%) – Brasil, 2010 a 2012

82,3%

90,8%

95,4%

93,6%

77,3%

50,4%

74,3%

62,3%

75,4%

86,6%

93,6%

95,3%

93,1%

48,4%

75,5%

64,5%

70,2%

85,5%

43,1%

61,4%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Atribuições da Secretaria Executiva do Conselho

Processo de eleição dos conselheiros representantes da sociedade civil

Processo de eleição da Presidência e Vice-Presidência

Trâmites para a substituição de conselheiros e perda de mandatos

Periodicidade das Reuniões do Plenário

Periodicidade das Reuniões das Comissões

Orientações sobre como serão publicadas as decisões do Plenário

Temas que devem ser regulados por meio de Resolução desse Conselho

2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

GESTÃO FINANCEIRA

A previsão de recursos específi cos para a manutenção e funcionamento dos

Conselhos Municipais mostra o comprometimento dos órgãos gestores com o

controle social. Nas Metrópoles, 88,2% dos Conselhos tem previsão de recursos

na Lei Orçamentária Municipal. Nos municípios de Pequeno Porte, ao contrário,

pouco mais da metade se comprometeram com isso.

Page 104: Censo SUAS 2012

103

cons

elho

s m

unic

ipai

s

Gráfico 83: Conselhos Municipais de Assistência Social por previsão de recursos na Lei Orçamentária, segundo porte populacional (%) –– Brasil, 2012

55,2%

63,8% 62,8%

75,8%

88,2%

40%

45%

50%

55%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Com objetivo de incentivar o aperfeiçoamento da qualidade da gestão do SUAS

e do Programa Bolsa Família (PBF) e de contribuir para a execução de ações de

responsabilidade do município, o MDS criou os Índices de Gestão Descentraliza-

da (IGD) do SUAS e do PBF.

O IGD-SUAS, instituído pela Lei n.º 12.435/2011, que altera a Lei n.º 8.742/1993

(LOAS), regulamentado pelo Decreto n.º 7.636 de 07 de dezembro de 2011, é um

instrumento de aferição da qualidade da gestão descentralizada dos serviços,

programas, projetos, benefícios socioassistenciais e possui duas modalidades –

IGD-SUAS dos Estados e IGD-SUAS dos Municípios. O IGD-PBF, regulamentado

pela Lei nº 12.058, de 13 de outubro de 2009, tem por fi nalidade demonstrar

a qualidade da gestão do PBF na esfera municipal. Os Índices consistem em um

número indicador variável entre 0 e 1 calculado a partir de fatores específi cos

para cada modalidade. Dessa maneira, quanto maior o índice, maior é o valor de

suporte fi nanceiro dado pela União para repasse aos entes. Destaca-se que os

recursos repassados devem ser utilizados exclusivamente para investir no apri-

moramento da gestão descentralizada.

Page 105: Censo SUAS 2012

CE

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S 2

01

2De acordo com a LOAS, com objetivo de fortalecer os Conselhos Municipais de

Assistência Social, no mínimo 3% (três por cento) dos recursos transferidos em

consequência do IGD-SUAS deverão ser utilizados com atividades de apoio téc-

nico e operacional dos Conselhos – vedando-se a utilização dos recursos para

pagamento de pessoal efetivo ou qualquer tipo de gratifi cação a servidor pú-

blico. O mesmo equivale para o IGD-PBF, quando o Conselho é a instância de

controle social do PBF e do Cadastro Único.

Em 2012, 55,5% dos Conselhos fi zeram utilização de tal recurso para custear

despesas de funcionamento; 34,5% não o utilizaram e em 10,1% dos Conselhos

o agente público responsável pelas informações não soube responder.

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

No que diz respeito à infraestrutura, em 2012, 45,2% dos Conselhos Municipais

possuíam sede própria para funcionamento. Nos municípios de menor porte,

contudo, a cifra equivalente é menor.

Dos 3.596 Conselhos localizados nos municípios de Pequeno Porte I, 37,1% possu-

íam sede própria. Todos os Conselhos Municipais localizados nas Metrópoles pos-

suem sede própria, assim como a larga maioria nos municípios de Grande Porte.

Gráfico 84: Conselhos Municipais de Assistência Social por Sede Específica para funcionamento, segundo Porte Populacional (%) – Brasil, 2012

37,1%

54,9%

71,8%

84,5%

100,0%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

100%

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 106: Censo SUAS 2012

105

cons

elho

s m

unic

ipai

s

No que se refere aos ambientes básicos contidos nas sedes dos Conselhos Mu-

nicipais, pode-se perceber que, quando comparadas as grandes regiões entre

os anos de 2010 a 2012, houve aumento na média de salas de uso exclusivo

dos Conselhos com capacidade máxima de até 15 pessoas. As regiões Norte e

Nordeste apresentam as maiores médias das salas supracitadas, mas foram as

regiões Sul e Sudeste que mais cresceram - 0,3 em relação a 2011. Assim, as sa-

las compartilhadas com capacidade máxima de 15 pessoas diminuíram em todas

as regiões de 2010 para 2012 – com maior queda na região Norte.

Gráfico 85: Média de salas e banheiros dos Conselhos Municipais segundo Região – Brasil, 2010 a 2012

0,5 0,6

0,8

1,1

0,8

0,6

1,4 1,4

1,3

0,5

0,6

0,8

1,1 1,0

0,9

1,5 1,5 1,5

0,4 0,4

0,7

1,1 1,1

0,8

1,7

1,8 1,8

0,2 0,3

0,6

0,9 0,9

0,7

1,7 1,7 1,7

0,4 0,5

0,7

1,0 1,0

0,8

1,8 1,8 1,8

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

2010 2011 2012 2010 2011 2012 2010 2011 2012

Salas exclusivas com capacidade máxima de 15 pessoas

Salas compartilhadas com capacidade máxima de 15 pessoas

Banheiros

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Da disposição de equipamentos e materiais para desenvolver as atividades dos

Conselhos Municipais, as maiores defi ciências foram relacionadas à ausência,

em 93,6% dos Conselhos, de telefone exclusivo, 98,2% de veículo de uso exclu-

sivo e 92,3% de fi lmadoras. Os equipamentos mais presentes são os materiais

de escritório, em 91,8% dos CMAS, telefones para uso compartilhado em 87,4%

e impressoras em 79,1%.

Page 107: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 86: Conselhos Municipais com disponibilidade de equipamentos e materiais para o desenvolvimento das atividades (%) – Brasil, 2012

6,4

87,4 91,8

35,2 38,2

31

39

47,2 44,4

1,8

71,3

27,9

47,8

7,7

79,1

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Telef

one d

e uso

exclu

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Máquin

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iadora

Filmad

ora

Impre

ssora

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

GESTÃO DE SERVIçOS E BENEFÍCIOS

De acordo com o Censo SUAS 2012, 38,8% dos Conselhos Municipais de Assistên-

cia Social funcionavam apenas um dia na semana. No entanto, a maioria dos CMAS,

(47%), funcionavam nos cinco dias da semana.

Page 108: Censo SUAS 2012

107

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s

Gráfico 87: Funcionamento dos Conselhos Municipais por dias na semana – Brasil, 2012

38,8%

7,7%

3,8% 1,4%

47%

0,3% 1,1%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

1 dia na semana

2 dias na semana

3 dias na semana

4 dias na semana

5 dias na semana

6 dias na semana

7 dias na semana

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Norteando a execução da Política Nacional de Assistência Social (2004), o Plano

de Assistência Social (PAS) deve ser elaborado pelo órgão gestor da política. No

Plano devem ser estabelecidos os objetivos gerais e específi cos, as diretrizes e

prioridades deliberadas, as ações e estratégias correspondentes para sua im-

plementação, as metas estabelecidas, os resultados e impactos esperados, os

recursos materiais, humanos e fi nanceiros disponíveis e necessários, os meca-

nismos e fontes de fi nanciamento, a cobertura da rede prestadora de serviços,

os indicadores de monitoramento e avaliação e o espaço temporal de execução.

(BRASIL, 2012). O Plano deve ser deliberado pelo CMAS, aprovando-o ou não.

Segundo o Censo SUAS 2012, 90,7% dos municípios que contam com o CMAS

possuem Plano de Assistência Social. Destes, ocorreram a deliberação sobre o

Plano em 96,4% dos Conselhos.

Page 109: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 88: Distribuição percentual de Conselhos Municipais de Assistência Social segundo deliberação sobre o Plano de Assistência Social - Brasil, 2012

3,6%

96,4%

0

20

40

60

80

100

120

Não Sim

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Os Conselhos que fi zeram as fi scalizações tanto da rede socioassistencial públi-

ca quanto da privada foram maioria – atingindo 88,2% dos Conselhos em Metró-

poles. Este percentual também aumenta de acordo com o tamanho do porte mu-

nicipal. Destaca-se que somente os municípios de Pequeno Porte I apresentaram

um percentual menor de Conselhos que fi scalizaram ambas as redes quando em

comparação com a fi scalização exclusiva da rede pública. Houve uma redução

proporcional dos Conselhos que não fi scalizaram nem a rede pública e nem a

rede privada, variando de 8,6% a 3,0%, respectivamente nos municípios de Pe-

queno Porte I e Metrópoles.

Page 110: Censo SUAS 2012

109

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Gráfico 89: Conselhos por fiscalização dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais do SUAS segundo porte populacional (%) – Brasil, 2012

8,6%

56,5%

1,3%

33,6%

6,4%

38,8%

1,9%

52,9%

4,8%

22,1%

2,9%

70,2%

3,0% 4,2%

9,1%

83,8%

11,8%

88,2%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Não fiscaliza Rede socioassistencial pública do SUAS

Rede socioassistencial privada do SUAS

Rede socioassistencial pública e privada do

SUAS

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Considerando a Resolução CNAS no 16/2010, que defi ne os parâmetros nacionais

para a inscrição das entidades e organizações de Assistê ncia Social, bem como dos

serviç os, programas, projetos e benefí cios socioassistenciais nos Conselhos de

Assistê ncia Social dos Municí pios e do Distrito Federal, em 2012 os Conselhos Mu-

nicipais da região Sul apresentaram os maiores percentuais quanto à regulamenta-

ção da inscrição das entidades e organizações de assistência social, bem como dos

serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais.

Page 111: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 90: conselhos por regulamentação da resolução CNAS no. 16/2010, por região (%) – Brasil, 2012

40,3

%

16,1

%

49,4

%

35,1

%

15,5

%

42,0

%

53,5

%

26,0

%

65,8

%

61,8

%

28,2

%

65,9

%

49,2

%

25,5

%

55,0

%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Regulamentação da inscrição das entidades e organizações de assitência social, bem como dos serviços, programas projetos e

benefícios socioassistenciais

Estabelecimento do Plano de Acompanhamento e Fiscalização das

entidades e organizações de assitência social, bem como dos serviços, programas,

projetos e benefícios socioassistenciais inscritos

Acompanhamento da execução do Planos de Ação apresentados pelas entidades e

organizações de assistência social, bem como dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais inscritas no

conselho

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

RECURSOS HUMANOS

Quando analisadas as áreas de representação na composição governamental

dos Conselhos, percebe-se que, desde 2010, a assistência social, a educação e

a saúde foram as áreas de maior representação nos Conselhos – 99,6%, 96,9%

e 96,7% respectivamente em 2012. Já as de menor representação no período

fi caram por conta das áreas de habitação e trabalho e empego – 7,1% e 8,8%.

Page 112: Censo SUAS 2012

111

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s

Gráfico 91: Conselhos Municipais por áreas que compõem a representação governamental (%) – Brasil, 2010 a 2012

59,9%

5,4%

7,9%

33,0%

96,2%

95,1%

99,0%

55,9%

7,5%

8,6%

30,6%

96,5%

96,5%

99,4%

56,8%

7,1%

8,8%

30,5%

96,9%

96,7%

99,6%

0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% 120,0%

Outra

Habilitação

Trabalho e Emprego

Fazenda

Educação

Saúde

Assistência Social

2012  

2011  

2010  

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Com o objetivo de auxiliar e assessorar os Conselhos em temas específi cos, esses

podem estabelecer comissões permanentes para que suas decisões e pareceres

sejam fundamentados em informações e análises aprofundadas. Em 2012, ape-

nas 19,7% dos Conselhos contavam com o auxílio de comissões permanentes.

Dos Conselhos que possuem comissões permanentes, as que funcionam regu-

larmente são: fi nanciamento (45%), acompanhamento de benefícios e trans-

ferência de renda (40,2%), normas (36,1%), política (29,9%), ética (11,8%) e

outras (41,6%).

Habitação

Page 113: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 92: Conselhos Municipais de Assistência Social com Comissões permanentes por tema (%) – Brasil, 2012

36,1%

29,9%

45,0%

11,8%

40,2% 41,6%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Normas Política

Financiamento Ética

Acompanhamento de benefícios e transferência de renda Outras

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Quando comparada a escolaridade dos conselheiros que representam o go-

verno e os que representam a sociedade civil, a representação governamental

apresenta a maioria de seus representantes com Ensino Superior – 59,6% - en-

quanto a representação da sociedade civil apresenta diferenças entre os grupos

de representação, variando de 48,4% (entidades dos trabalhadores do setor) a

16,1% (usuários) de representantes com Ensino Superior.

Page 114: Censo SUAS 2012

113

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s

Gráfico 93: Conselheiros, segundo grau de escolaridade e instância de representação (%) - Brasil, 2012

21,5%

7,5% 13,2%

6,9% 0,9%

21,6%

10,5%

16,9%

10,1%

2,9%

40,8%

33,7%

46,3%

41,0%

36,6%

16,1%

48,4%

23,1%

42,0%

59,6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Usuários Entidades dos trabalhadores do

setor

Organizações de usuários

Entidades de assistência social

Governamental

Sem escolaridade Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Quando analisadas as instâncias responsáveis pela promoção de cursos, perce-

be-se que, de acordo com o Censo SUAS 2012, o gestor municipal e o próprio

Conselho foram os maiores responsáveis por esta atividade nas Metrópoles,

62,5%, em ambas as instâncias. Nos municípios de Grande Porte, este incentivo

aconteceu por parte do gestor municipal e do gestor federal. Já nos municípios

de Pequeno Porte I e II e Médio Porte, os cursos foram promovidos pelo gestor

estadual e pelo gestor federal.

Page 115: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 94: Conselhos Municipais de Assistência Social por Instância responsável pela promoção de cursos, por porte populacional (%) - Brasil, 2012

26,4

%

53,5

%

45,1

%

6,3%

30,4

%

54,2

%

43,0

%

9,3%

34,2

%

52,3

%

44,7

%

18,1

%

46,2

%

35,9

% 42

,9%

32,1

%

62,5

%

12,5

%

37,5

%

62,5

%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

Gestor Municipal Gestor Estadual Gestor Federal Próprio Conselho

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

SECRETARIA EXECUTIVA

Dos 3.286 Conselhos que possuíam Secretaria Executiva, em 95,2% havia uma

pessoa designada para ocupar o cargo de Secretário Executivo. Destes 19,3%

trabalhavam exclusivamente no Conselho. Quanto ao grau de escolaridade dos

Secretários nas Metrópoles, observa-se que todos possuíam nível superior, sen-

do 64,7% com pós-graduação.

Page 116: Censo SUAS 2012

115

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Gráfico 95: Conselhos Municipais de Assistência Social por escolaridade do responsável pela Secretaria Executiva, segundo porte populacional (%) – Brasil, 2012

25,4%  29,1%   29,4%  

39,7%  

64,7%  

58,1%  56,2%   55,2%  

52,9%  

35,3%  

16,1%  14,5%   15,5%  

7,4%  

0,4% 0,3% 0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Pós- Graduação Superior Médio Fundamental

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Com relação à quantidade de funcionários trabalhando na Secretaria Executi-

va dos Conselhos, verifi cou-se em 2012 que 73,8% dos Conselhos contavam

com apenas um funcionário lotado na Secretaria Executiva e que ainda existiam

9,3% dos Conselhos sem nenhum funcionário nesta condição.

Page 117: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 96: Quantidade de funcionários lotados na Secretaria Executiva do Conselho – Brasil, 2012

9,3%

73,8%

11,6%

5,3%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

0 funcionário 1 funcionário 2 funcionários 3 ou mais funcionários

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

A formalização do cargo de Secretário (a) Executivo (a), ou seja, cargo previsto na

estrutura organizacional da instituição, com fl uxos de autoridade estabelecidos

e que exige conhecimentos profi ssionais especializados para seu desempenho,

deve ser ofi cializado por instrumentos legais. Em 2012, 69,9% das Secretarias

Executivas apresentaram o cargo de Secretário (a) Executivo (a) de maneira for-

mal por meio de algum instrumento legal.

Na comparação entre os anos de 2010 a 2012, vê-se que houve uma redução de

1,6 pontos percentuais entre os não formalizados e de seis pontos percentuais

nos cargos formalizados por lei. Somente no que se refere à formalização atra-

vés de Decreto e Portaria verifi cou-se aumento entre o mesmo período, de 2,7 e

5 pontos percentuais, respectivamente.

Page 118: Censo SUAS 2012

117

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Gráfico 97: Conselhos Municipais de Assistência Social segundo o tipo de Instrumento que formaliza o cargo de Secretário(a) Executivo(a) (%) – Brasil, 2010 a 2012

17,9%

11,1%

17,5%

21,8%

31,7%

13,2% 13,7%

22,1% 22,8%

28,1%

11,9%

13,8%

22,5%

21,8%

30,1%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

Lei Decreto Portaria Outro Instrumento Não está formalizado

2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 119: Censo SUAS 2012

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119

Page 121: Censo SUAS 2012

CE

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01

2

consElhos EsTaduais

Os conselhos estaduais têm como objetivo deliberar e fi scalizar a execução da

Política de Assistência Social e seu funcionamento; convocar e encaminhar as

deliberações das conferências de assistência social; apreciar e aprovar o Plano

de Ação da Assistência Social do seu âmbito de atuação; apreciar e aprovar a

proposta orçamentária dos recursos da assistência social a ser encaminhada ao

Poder Legislativo; apreciar os relatórios de atividades e de realização fi nanceira

dos recursos do Fundo de Assistência Social do seu âmbito de atuação; acompa-

nhar os processos de pactuação da Comissão Intergestores Tripartite – CIT e Co-

missão Intergestores Bipartite – CIB; e divulgar e promover a defesa dos direitos

socioassistenciais.

O Conselho Estadual de Assistência Social – CEAS é uma “instância deliberativa

de caráter permanente e de composição paritária entre governo e a sociedade

civil”, de acordo com o artigo 16 da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).

ASPECTOS NORMATIVOS

Segundo os resultados do Censo SUAS 2012 mais de 90% dos Conselhos Es-

taduais de Assistência Social tinham como detalhamento de seu regimento o

processo de eleição da Presidência e Vice-Presidência, os trâmites para substi-

tuição de conselheiros e perda de mandatos e a periodicidade das reuniões do

Plenário.

Page 122: Censo SUAS 2012

121

cons

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s Es

tadu

ais

Gráfico 98: Conselhos Estaduais de Assistência Social segundo detalhamento do regimento interno (%) – Brasil, 2012

85,2% 88,9% 92,6% 96,3% 96,3%

55,6%

88,9%

66,7%

14,8 11,1 7,4 3,7 3,7

44,4

11,1

33,3

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

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gula

dos

por m

eio

de

Reso

luçã

o de

sse

Cons

elho

Sim

Não

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

GESTÃO FINANCEIRA

A maioria dos Conselhos Estaduais conta com previsão orçamentária por parte

do órgão gestor da Assistência Social para sua manutenção e fi nanciamento. Dos

27 Conselhos Estaduais, três não possuíam previsão de recursos no orçamento

do órgão gestor para a manutenção e fi nanciamento do conselho apesar de a

Lei nº 8.742/1993 – LOAS (com as alterações da Lei nº 12.435/2011) afi rmar

que os estados devem garantir recursos materiais, humanos e fi nanceiros aos

conselhos.

Page 123: Censo SUAS 2012

CE

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S 2

01

2Para fi ns de fortalecimento dos Conselhos de Assistência Social dos Estados, Mu-

nicípios e Distrito Federal, pelo menos 3% (três por cento) dos recursos transfe-

ridos no exercício fi nanceiro devem ser gastos com atividades de apoio técnico e

operacional a aqueles colegiados. Em 2012, 81,5% dos Conselhos utilizaram es-

tes recursos para custear despesas de seu funcionamento, 11,1% não o utilizaram

e em 7,4% o agente público responsável pelas informações não soube responder.

Gráfico 99: Conselhos Estaduais de Assistência Social segundo utilização dos Índices de Gestão Descentralizada (IGD-Bolsa Família e IGD-SUAS) (%) – Brasil, 2012

11,1%

81,5%

7,4%

Não

Sim

Não sabe

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Em 2012 todos os Conselhos Estaduais de Assistência Social compartilharam

sua sede, especialmente com outros Conselhos (26). Ainda nesse ano, dois Con-

selhos compartilharam sua sede com ONG/Entidade. O compartilhamento com

a Secretaria de Assistência Social ou congênere reduziu-se em relação ao ano

anterior, passando de 10 Conselhos para 8.

Page 124: Censo SUAS 2012

123

cons

elho

s Es

tadu

ais

Gráfico 100: Quantidade de Conselhos Estaduais por unidade de compartilhamento da sede de funcionamento – Brasil, 2010 a 2012

2

0 0 0

14 15

10

2 2

0

22

2

8

2 1

2

26

6

0

5

10

15

20

25

30

Secretaria de Assistência Social

ou Congênere

Outra unidade administrativa

Outra unidade pública de serviços da

Assistência Social

ONG/Entidade Outros Conselhos Outros

2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Em 2012, os Conselhos Estaduais, em sua maioria contavam, para o desenvolvimento

de suas atividades, com equipamentos como computador (27), impressora (26), mate-

rial de escritório (26), telefone de uso exclusivo (21) e veículo de uso exclusivo (21).

Gráfico 101: Quantidade de Conselhos Estaduais de Assistência Social por disponibilidade de equipamentos – Brasil, 2012

27 26

21

5

26

6

21

0

5

10

15

20

25

30

Computador Impressora Veículo de uso compartilhado

Veículo de uso exclusivo

Material de escritório

Telefone de uso

compartilhado

Telefone de uso exclusivo

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 125: Censo SUAS 2012

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S 2

01

2GESTÃO DE SERVIçOS E BENEFÍCIOS

Os atos do Conselho devem ser divulgados de modo que o pú blico em geral

tenha conhecimento das suas atividades. Assim, as decisõ es do Conselho de

Assistê ncia Social devem ser publicadas no Diá rio Ofi cial, e/ou em jornal de

grande circulação. Ademais, os atos també m devem ser redigidos e publicados

em conformidade aos preceitos legais em vigor. Nesse sentido, verifi cou-se que

22 Conselhos Estaduais publicaram todas as deliberações/resoluções entre os

anos de 2011 e 2012.

Gráfico 102: Quantidade de Conselhos por Deliberações/Resoluções publicadas em Diário Oficial –– Brasil, 2011 e 2012

22

5

0

22

4

1

0

5

10

15

20

25

Todas são publicadas A maioria é publicada A minoria é publicada

2012 2011

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Em 2012, dos 27 Conselhos Estaduais de Assistência Social, 70,4% contavam

com Plano de Assistência Social e deliberaram sobre o mesmo.

Page 126: Censo SUAS 2012

125

cons

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tadu

ais

Gráfico 103: Distribuição percentual de Conselhos Municipais de Assistência Social segundo existência do Plano de Assistência Social –– Brasil, 2012

29,6%  

70,4%  

Não  

Sim  

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

O quantitativo de Conselhos Estaduais que fi scalizaram os serviços, programas,

projetos e benefícios socioassistenciais do SUAS aumentou em relação ao perí-

odo anterior. Para os que não fi scalizaram os serviços da rede socioassistencial

do SUAS houve uma redução de oito para dois Conselhos entre 2010 e 2012.

Gráfico 104: Quantidade de Conselhos Estaduais de Assistência Social por fiscalização dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais do SUAS – Brasil, 2010 a 2012

8

6

13

8 8

11

2

12

13

0

2

4

6

8

10

12

14

Não fiscaliza Rede Socioassistencial do SUAS Rede Socioassistencial pública e privada do SUAS

2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 127: Censo SUAS 2012

CE

NS

OS

UA

S 2

01

2Segundo os resultados do Censo SUAS 2012, 72% dos Conselhos que fi scaliza-

ram os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais do SUAS o

fi zeram por meio de visitas e análise de relatórios. 16% o fi zeram apenas por

meio de análise de relatórios e 12% por meio de visitas.

Gráfico 105: Conselhos Estaduais de Assistência Social que fiscalizaram os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais do SUAS, segundo a forma (%) - Brasil, 2012

12% 16%

72%

0  

10  

20  

30  

40  

50  

60  

70  

80  

Por  meio  de  visitas   Por  meio  de  análise  de  relatórios  

Ambas  as  formas  

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Em 2012 todos os Conselhos Estaduais de Assistência Social apreciaram e emi-

tiram parecer sobre o Demonstrativo Sintético Anual da Execução Físico-Finan-

ceira. Por sua vez, apenas três Conselhos não o fi zeram para os Relatórios de Ati-

vidades e de Execução Financeira dos Recursos do FEAS e quatro não o fi zeram

para o Plano de Ação Estadual de Assistência Social.

Page 128: Censo SUAS 2012

127

cons

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s Es

tadu

ais

Gráfico 106: Quantidade de Conselhos Estaduais de Assistência Social por Atividade de apreciação e Emissão de Parecer – Brasil, 2010 a 2012

22

27

22 22

27

24 23

27

24

0

5

10

15

20

25

30

Plano de Ação Estadual de Assitência Social

Demonstrativo Sintético Anual da Execução Físico-Financeira

Relatórios de Atividades e de Execução Financeira dos Recursos

do FEAS

2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Desde 2010 observa-se que os Conselhos Estaduais vem ampliando seu papel

como instância de controle social do Programa Bolsa Família. Em 2012, 21 Con-

selhos exerciam esta função.

Gráfico 107: Quantidade de Conselhos Estaduais de Assistência Social, segundo fiscalização e formalização como instância de controle social do Programa Bolsa Família – Brasil, 2010 a 2012

21

3

2

1

16

6

3

2

10

12

4

1

0 5 10 15 20 25

É a instância do Controle Social e fiscaliza e acompanha o PBF

Não é a instância do Controle Social e não fiscaliza e acompanha o PBF

É a instância do Controle Social do PBF

Fiscaliza e acompanha a execução do PBF

2010

2011

2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 129: Censo SUAS 2012

CE

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S 2

01

2A quantidade de Conselhos Estaduais de Assistência Social que acompanharam

com regularidade os processos de pactuação da CIB e CIT em 2012 aumentou

de 16 para 18 Conselhos. Três foram os Conselhos que não acompanharam os

processos em questão e seis acompanharam sem regularidade.

Gráfico 108: Quantidade de Conselhos Estaduais de Assistência Social por acompanhamento dos processos de pactuação da CIB e CIT –– Brasil, – 2010 a 2012

1

21

4

2

16

9

3

18

6

0

5

10

15

20

25

Não Com regularidade Sem regularidade

2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

As reuniões ampliadas foram realizadas por 12 Conselhos anualmente e seis

Conselhos nunca as fi zeram. As reuniões descentralizadas também ocorreram

anualmente em 10 Conselhos, porém 11 nunca as realizaram. As ações de mobi-

lização social também ocorreram em nove Conselhos anualmente, e em quatro

Conselhos esta atividade foi realizada diariamente. Por fi m, as visitas nas unida-

des da rede socioassistencial ocorreram em onze Conselhos anualmente e em

oito semestralmente.

Page 130: Censo SUAS 2012

129

cons

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Gráfico 109: Quantidade de Conselhos Estaduais de Assistência Social segundo a frequência com que realiza as atividades – Brasil, 2012

1

6

11

8

4

6

12

10

9

11

15

7

6

4 8

3

2

2

4 2

4

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Recebe denúncia Realiza reuniões ampliadas

Realiza reuniões descentralizadas

Realiza ações de mobilização social

Realiza visitas nas unidades da rede socioassistencial

Nunca Anualmente Semestralmente Mensalmente Diariamente

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Dos 27 Conselhos Estaduais de Assistência Social, seis regulamentaram a inscrição

das entidades e organizações de assistência social, dois estabeleceram o plano de

acompanhamento e fi scalização e quatro acompanharam a execução dos planos

de ação apresentados pelas entidades e organizações de assistência social, bem

como os serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais.

Page 131: Censo SUAS 2012

CE

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S 2

01

2Gráfico 110: Quantidade de Conselhos Estaduais de Assistência Social por regulamentação da resolução CNAS nº 16/2010 – Brasil, 2012

6 2

4

21 25

23

0

5

10

15

20

25

30

Regulamentação da inscrição das entidades e organizações de assitência social, bem como dos serviços, programas projetos e benefícios socioassistenciais

Estabelecimento do Plano de Acompanhamento e Fiscalização das entidades e organizações de assitência social, bem como dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais

inscritos

Acompanhamento da execução do Planos de Ação apresentados pelas entidades e organizações de assistência social, bem como

dos serviços, programas, projetos e benefícios

socioassistenciais inscritas no conselho

sim

nao

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

RECURSOS HUMANOS

Em 2012, havia em todos os Conselhos representação das áreas de Assistência

Social, Saúde e Educação na composição da representação governamental. As

áreas de Trabalho e Emprego e Fazenda estavam presentes em cerca de meta-

de dos Conselhos.

Page 132: Censo SUAS 2012

131

cons

elho

s Es

tadu

ais

Gráfico 111: Quantidade de Conselhos por área que compõe a representação governamental – Brasil, 2010 a 2012

27 27 27

14

10

7

24

27 27 26

12 11

6

27 27 27 27

13 12

6

27

0

5

10

15

20

25

30

Assistência Social

Saúde Educação Trabalho e Emprego

Fazenda Habitação Outra

2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

SECRETARIA EXECUTIVA

Todos os Conselhos Estaduais de Assistência Social possuíam Secretaria Execu-

tiva e tinham uma pessoa designada para ocupar o cargo de Secretário. A região

Sudeste foi a que apresentou maior média de funcionários lotados na Secretaria,

quantidade semelhante a do ano anterior. Nas regiões Centro-Oeste e Nordeste

observou-se aumento do número de funcionários e, no Sul, diminuição.

Page 133: Censo SUAS 2012

CE

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S 2

01

2Gráfico 112: Quantidade média de funcionários lotados na Secretaria Executiva do Conselho – Brasil, 2010 a 2012

2,3

3,9

7,5

3,7

5,5

2,1

4,0

7,3

4,0 4,3

2,1

5,1

7,3

3,0

5,3

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

2010 2011 2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Em 2012 92,6% dos Conselhos Estaduais de Assistência Social tinham

Secretário(a) Executivo(a) que trabalhava exclusivamente no Conselho e dentro

deste grupo todos possuíam nível superior completo.

Gráfico 113: Conselhos Estaduais de Assistência Social cujo Secretário(a) Executivo(a) trabalha exclusivamente no Conselho (%) – Brasil, 2012

7,4%

92,6%

Não  

Sim  

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012.

Page 134: Censo SUAS 2012

133

cons

elho

s Es

tadu

ais

Ao observar o instrumento de formalização do cargo de Secretário(a) Executivo(a)

do Conselho, nota-se que 40,7% foram formalizados por meio de Portaria.

Gráfico 114: Conselhos Estaduais de Assistência Social segundo o tipo de Instrumento que formaliza o cargo de Secretário(a) Executivo(a) (%) – Brasil, 2010 a 2012

22,2%

37,0%

11,1%

18,5%

25,9%

11,1%

22,2%

14,8%

25,9%

11,1%  

14,8%  

40,7%  

18,5%  

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

Lei Decreto Portaria Outro Instrumento Não está formalizado

2010

2011

2012

Fonte: MDS, Censo SUAS.

Page 135: Censo SUAS 2012

CE

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S 2

01

0C

EN

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20

12

Page 136: Censo SUAS 2012

135

cons

elho

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tadu

ais

Unidades de

Acolhimento13

5u

nida

des

de a

colh

imen

to13

513

5

Page 137: Censo SUAS 2012

CE

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S 2

01

2

Unidades de

Acolhimento

Unidadesde

Acolhimento

unidadEs dE acolhimEnTo

Como componente da política dos serviços de proteção social especial de alta

complexidade, os serviços de acolhimento institucional têm por principal fina-

lidade proteger pessoas que tenham tido os laços familiares rompidos ou que

esses se encontrem de alguma maneira vulneráveis. Esse serviço deve ser pres-

tado por unidades de caráter residencial inseridas na comunidade de forma a

desenvolver relações equivalentes ao ambiente familiar.

As Unidades de Acolhimento podem ser voltadas ao atendimento de crianças

e adolescentes sob medida de proteção em situação de risco pessoal e social,

cujas famílias temporariamente não disponham de condições de oferecer pro-

teção e cuidado; de adultos e famílias em situação de rua e desabrigo por aban-

dono, migração e ausência de residência; de mulheres em situação de violência,

em situação de risco de morte ou ameaçadas em razão da violência doméstica;

de jovens e adultos com deficiência com vínculo familiar rompido; ou de idosos

que tenham esgotado as possibilidades de autossustento e convívio com os fa-

miliares.

Com o importante papel de reestruturar os repertórios de convivência em famí-

lia, reduzindo a violação dos direitos socioassisteciais (agravamentos ou rein-

cidências), protegendo pessoas e dando-lhes a possibilidade de autonomia, as

Unidades de Acolhimento se fundamentam como unidades de base para a saída

da situação de vulnerabilidade social e risco extremo.

No Censo SUAS 2012, foram coletadas informações de 4.360 Unidades de Aco-

lhimento, distribuídas em 1.517 municípios. Destes municípios, 591 são de Pe-

queno Porte I, representando pouco mais de um terço dos municípios com pre-

sença destas unidades. No entanto, é no conjunto de municípios das Metrópoles

onde encontramos a totalidade de municípios com pelo menos uma unidade.

Em seguida, temos o conjunto de municípios de Grande Porte, onde 89,5 % dos

municípios tem ao menos uma unidade de acolhimento.

Page 138: Censo SUAS 2012

137

uni

dade

s de

aco

lhim

ento

Gráfico 115: Quantidade de Municípios segundo existência de Unidades de Acolhimento por porte populacional – Brasil, 2012

591 455

216 238 17

1517

3324

588 108 28

0

4048

0

1000

2000

3000

4000

5000

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole Total

Presença de Unidades no município Ausência de Unidades no município

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Os municípios de Grande Porte concentram a maioria das Unidades de Acolhi-

mento – 33,7% - e os municípios de Médio Porte apresentam a menor quantida-

de, representando 12,1 % do total de unidades.

Gráfico 116: Unidades de Acolhimento por porte populacional (%) – Brasil, 2012

17,4% 19,1%

12,1%

33,7%

17,7%

758 832

529

1470

771

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Page 139: Censo SUAS 2012

CE

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S 2

01

2Analisando a distribuição percentual das unidades acolhedoras por grandes

regiões constata-se que as regiões Sudeste e Sul, juntas, representam 75,6%

do total de unidades. As regiões Norte e Nordeste somadas agregam somente

15,8% das Unidades de Acolhimento. A região Norte é a que menos está ampa-

rada por este serviço com apenas 3,7% do total de unidades.

Gráfico 117: Quantidade de Unidades de Acolhimento por Região – Brasil, 2012

3,7%

12,1%

52,1%

22,9%

9,1%

163

527

2.273

999

398

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Sob o ponto de vista da localização, verifi ca-se que as Unidades de Acolhimento

estão concentradas predominantemente nas áreas urbanas, que respondem por

94,7% do total de municípios pesquisados.

Page 140: Censo SUAS 2012

139

uni

dade

s de

aco

lhim

ento

Gráfico 118: Unidades de Acolhimento por área de localização (%) – Brasil, 2012

94,7%

5,3%

Área Urbana Área Rural

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

GESTÃO FINANCEIRA

As Unidades de Acolhimento não governamentais, visando a manutenção do ser-

viço de acolhimento em suas entidades, podem estabelecer convênios com o

poder público municipal, de modo a receber repasses fi nanceiros. A maior parte

das unidades (82,2%) recebem auxílios neste sentido. Outra possibilidade de

apoio é de maneira direta, sem convênio, onde o poder público municipal dá

incentivos às entidades, pagando o aluguel da unidade, por exemplo.

No que se refere à isenção de taxas ou tributos municipais, foi identifi cado o

maior percentual dentre as Unidades de Acolhimento 33,9%. Já em relação à

cessão de recursos humanos para as entidades, abrange 20% destas, enquanto o

apoio para treinamento e capacitação de trabalhadores das mesmas contempla

17,9%. O fornecimento de materiais didáticos é concedido a 3,6% das unidades

- menor percentual apresentado - seguido do pagamento de aluguel, 4,1%. De

acordo com os resultados do Censo SUAS 2012, 29% de unidades não recebem

nenhum apoio neste sentido do poder público municipal.

Page 141: Censo SUAS 2012

CE

NS

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S 2

01

2Gráfico 119: Unidades de Acolhimento segundo outras formas de apoio do poder público municipal (%) – Brasil, 2012

33,9%

29,2%

24,1%

20,0%

17,9%

16,9%

11,7%

11,2%

7,3%

5,6%

4,1%

3,6%

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0%

Isenção de taxas ou tributos municipais

Não recebe nenhuma outra forma de apoio do poder público municipal

Fornecimento de gêneros alimentícios

Cessão de recursos humanos

Treinamento e capacitação de trabalhadores da entidade

Outros

Pagamento de contas de água

Pagamento de contas de luz ou telefone

Fornecimento de materiais de higiene e limpeza

Cessão imobiliária

Pagamento de aluguel

Fornecimento de materiais didáticos

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Os tipos de unidade de acolhimento são divididos de acordo com o público que

atendem. Os Abrigos Institucionais são voltados para crianças e adolescentes

e pessoas idosas. As Casas de Passagem acolhem adultos e famílias e as Resi-

dências Inclusivas são voltadas para jovens e adultos com defi ciência. Do total

de unidades, 69,4% são Abrigos Institucionais seguidos de Casa Lar em Aldeia,

Casa Lar e Casa de Passagem que representam, em conjunto, 25% das Unidades

de Acolhimento.

Page 142: Censo SUAS 2012

141

uni

dade

s de

aco

lhim

ento

Gráfi co 120: Unidades de Acolhimento por tipo de instituição (%) – Brasil, 2012

69,4%

16,0%

1,5% 7,5%

1,1% 0,9% 3,7%

3.024

696

65 327 47 39 162 0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

Abrigo  Ins+tucional  

Casa  Lar   Casa  Lar  em  Aldeia  

Casa  de  Passagem  

República   Residência  Inclusiva  

Outra  

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Segundo o Censo SUAS 2012, 2.897 Unidades de Acolhimento são não governa-

mentais (66,4 %), 1.388 são governamentais municipais (31,8%) e apenas 75

unidades são governamentais estaduais (1,7 %).

Gráfico 121: Unidades de Acolhimento segundo a natureza da Unidade (%) – Brasil, 2012

66,4%

31,8%

1,7%

2.897

1.388

75

Não Governamental

Governamental Municipal ou do Distrito Federal

Governamental Estadual

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Page 143: Censo SUAS 2012

CE

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S 2

01

2A inscrição das Unidades de Acolhimento nos Conselhos de Assistência Social

signifi ca o reconhecimento público da atuação dessas unidades no referente à

política de assistência social. Desde a Resolução CNAS nº 16 (05/05/2010), a

inscrição das unidades nos Conselhos tem caráter condicional para o funciona-

mento das mesmas. No entanto, 80,6 % das unidades têm inscrição nos Con-

selhos Municipais de Assistência Social. Além disso, 51,3% das unidades estão

inscritas nos Conselhos Municipais da Criança e Adolescente e 16,4% nos Con-

selhos Municipais dos Direitos do Idoso. Por fi m, 9,8% das Unidades de Acolhi-

mento não estão inscritas em nenhum dos conselhos citados (Assistência Social,

Direitos da Criança e do Adolescente e Direitos do Idoso).

Gráfico 122: Unidades de Acolhimento segundo Inscrição em Conselhos (%) – Brasil, 2012

80,6%

51,3%

16,4%

9,8%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

Conselho Municipal de Assistência Social

Conselho Municipal de Direitos da Criança e

Adolescente

Conselho Municipal dos Direitos do Idoso

Nenhum dos citados acima

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Em relação à situação do imóvel, 60,9% das Unidades de Acolhimento em muni-

cípios de Pequeno Porte I estão em imóveis próprios. As unidades em municípios

de Pequeno Porte II e Médio que possuem imóveis próprios ultrapassam os 58%.

Já nas Metrópoles, 42,8% das unidades funcionam em imóveis alugados.

Page 144: Censo SUAS 2012

143

uni

dade

s de

aco

lhim

ento

Gráfico 123: Unidades de Acolhimento segundo situação do imóvel, por porte Populacional (%) – Brasil, 2012

60,9%

24,8%

14,2%

58,8%

28,2%

13,0%

58,2%

29,7%

12,1%

50,2%

35,8%

14,0%

40,5% 42,8%

16,7%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

Próprio Alugado Cedido

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Considerando que as Unidades de Acolhimento atendem pessoas com defi ciên-

cia e/ou com difi culdade de locomoção, as condições de acessibilidade se tor-

nam primordiais para adequação dos serviços destas unidades. De acordo com o

Censo SUAS 2012, em todos os portes municipais as Unidades de Acolhimento

estão mais bem adaptadas quanto à rota acessível aos dormitórios e espaços de

uso coletivo e à rota acessível ao banheiro. Destaca-se que as Metrópoles agre-

gam os menores percentuais em todos os itens de acessibilidade pesquisados

em comparação aos outros portes. O banheiro adaptado para pessoas com defi -

ciência e/ou mobilidade reduzida está presente em apenas 46,6% das unidades

de Pequeno Porte I e em apenas 38,1% das unidades na Metrópoles.

Page 145: Censo SUAS 2012

CE

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OS

UA

S 2

01

2Gráfico 124: Unidades de Acolhimento de acordo com as condições de acessibilidade, segundo porte populacional (%) – Brasil, 2012

61,6

%

77,0

%

77,7

%

46,6

%

56,3

%

78,5

%

78,7

%

41,3

% 54

,4%

74,9

%

77,3

%

40,6

% 53

,3%

72,3

%

73,6

%

40,5

%

47,1

% 59

,8%

64,7

%

38,1

%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

Acesso principal com rampas de rota acessível

desde a calçada até o interior da Unidade

Rota acessível aos dormitórios e espaços de

uso coletivo

Rota acessível ao banheiro

Banheiro adaptado para pessoas com deficiência

e/ou mobilidade reduzida

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Analisando a média de computadores com acesso à internet das Unidades de

Acolhimento segundo região e porte populacional, percebe-se que a média au-

menta segundo o tamanho do porte populacional em todas as regiões. Desta-

ca-se que nas regiões Norte e Nordeste, nos municípios de Pequeno Porte I, a

média é inferior a um computador por unidade. Os municípios de Grande Porte

da região Norte são os únicos que apresentam a média de computadores sem

acesso à internet superior a média de computadores com acesso à internet - 2,1

e 1,6 respectivamente.

Page 146: Censo SUAS 2012

145

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aco

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ento

Gráfico 125: Média de computadores com acesso à internet por Unidade de Acolhimento segundo região e porte populacional – Brasil, 2012

0,4 0,5

0,9

1,6

3,1

0,5 0,7

1,3

1,8

4,3

1,0

1,8 2,1

2,7

3,3

0,8

1,8

2,7 2,8

3,8

0,6

1,2 1,4

2,0

4,0

0,2 0,5

0,8

2,1

1,7

0,2 0,3

0,8

0,9

0,8

0,4

0,7 0,8

1,1

0,7

0,4

0,7

0,8 0,9

0,6

0,4

0,5 0,7

1,1

1,2

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

Pequ

eno

I

Pequ

eno

II

Méd

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Gra

nde

Met

rópo

le

Pequ

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Pequ

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I

Pequ

eno

II

Méd

io

Gra

nde

Met

rópo

le

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Computadores com acesso à Internet Computadores sem acesso à Internet

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Em relação aos espaços disponíveis nas Unidades de Acolhimento, temos que

enfermaria e dormitório para os cuidadores são os únicos espaços presentes em

menos de 50% das Unidades de Acolhimento (32,2% e 45,5%, respectivamen-

te). A quase totalidade das unidades contêm banheiros, cozinhas e dormitórios

para acolhimento de usuários.

Page 147: Censo SUAS 2012

CE

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S 2

01

2Gráfico 126: Unidades de Acolhimento segundo espaços disponíveis (%) – Brasil, 2012

99,2%

99,1%

98,5%

95,9%

93,5%

90,9%

90,6%

87,2%

82,5%

82,4%

73,9%

67,4%

54,6%

45,5%

32,2%

0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0%

Banheiro para os usuários acolhidos

Cozinha para preparo de alimentos

Dormitórios para os usuários acolhidos

Lavanderia

Sala de estar, de convivência ou de outras atividades de grupo

Despensa

Refeitório

Banheiro exclusivo para os funcionários

Área de recreação externa

Sala de administração

Área de recreação interna

Sala para atendimento técnico especializado (psicólogo, assistente social, etc.)

Sala para reuniões

Dormitórios para os Cuidadores

Enfermaria

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Em relação aos equipamentos disponíveis e materiais existentes nas unidades

pesquisadas, 97,7% das unidades possuem camas. O armário de uso individual

está presente em 64% das unidades e 20,8% das unidades possuem móveis

com tecnologia assistiva.

Page 148: Censo SUAS 2012

147

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ento

Gráfi co 127: Unidades de Acolhimento segundo equipamentos e materiais exis-

tentes (%) – Brasil, 2012

98,9% 98,1% 97,7% 97,1%

94,5% 90,4%

88,8% 84,2%

79,6% 71,9% 71,6%

70,3% 66,2%

64,0% 62,3%

57,0% 51,7%

47,8% 45,6% 44,9%

41,5% 41,3%

33,0% 22,9%

20,8%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%

Geladeira Fogão

Camas Televisão

Mesas de Jantar Telefone

Máquina de lavar Freezer

DVD/ Video Cassete Impressora

Jogos educativos, jogos de passatempo, brinquedos Armários de uso coletivos dos usuários

Equipamento de som Armários para guarda individualizada de pertences

Forno/microondas Materiais pedagógicos e culturais

Mesa para estudos Acervo bibliográfico Materiais esportivos

Veículo de uso exclusivo Mobiliário específico para atender crianças

Veículo de uso compartilhado Fax

TV a cabo Mobiliário/ materiais adequados para pessoas com

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

GESTÃO DE SERVIçOS

Pouco mais da metade das Unidades de Acolhimento tem capacidade máxima de

atendimento de 20 pessoas. Unidades grandes, com atendimento para mais de

100 pessoas, representam 3,1% das unidades.

Page 149: Censo SUAS 2012

CE

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01

2Gráfico 128: Unidades de Acolhimento segundo capacidade máxima de atendimento (%) – Brasil, 2012

18,3%

37,6%

15,7%

9,1%

5,7%

10,5%

2,6%

0,5%

0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0%

Até 10 pessoas

De 11 a 20 pessoas

De 21 a 30 pessoas

De 31 a 40 pessoas

De 41 a 50 pessoas

De 51 a 100 pessoas

De 101 a 200 pessoas

Acima de 201 pessoas

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Em relação ao público atendido, pouco mais da metade das unidades são volta-

das para o atendimento de crianças e adolescentes e 28,1% atendem pessoas

idosas.

Gráfico 129: Unidades de Acolhimento por público atendido (%) – Brasil, 2012

53,4%

28,1%

8,9%

2,2%

1,9%

1,7%

1,4%

0,9%

0,7%

0,4%

0,3%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0%

Crianças / Adolescentes

Pessoas idosas

Adultos e famílias em situação de rua e/ou migrantes

Outro

Exclusivamente pessoas adultas com deficiência

Mulheres em situação de violência

Usuários de substâncias psicoativas

Pessoas com deficiência sem critério de idade

Exclusivamente crianças / adolescentes com deficiência

Jovens egressos de serviços de acolhimento

Famílias desabrigadas/desalojadas

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Page 150: Censo SUAS 2012

149

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ento

O Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) assegura a

transferência mensal de um salário mínimo a idosos e a pessoas com defi ciência

que de alguma maneira são impedidos de realizar suas atividades sociais em

plena igualdade com os demais. Dentre as unidades dos municípios de Pequeno

Porte I, 38,7% atendem idosos benefi ciários do BPC. A parcela de unidades que

atendem este público decresce conforme aumenta o porte e, dessa forma, temos

que 20,9% das unidades situadas em Metrópoles atendem idosos benefi ciários

do BPC.

Em relação ao atendimento de benefi ciários com defi ciência do BPC verifi ca-

-se que, em todos os portes municipais, por volta de 35% a 39% das unidades

acolhem este público.

Gráfico 130: unidades que acolhem beneficiários do BPC segundo porte populacional (%) – Brasil, 2012

38,7% 38,5% 32,7%

37,5%

28,9%

38,4%

25,2%

35,1%

20,9%

35,4%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

Idosos Pessoas com deficiência

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Quando analisadas as Unidades de Acolhimento segundo perfi l de usuários

atendidos, observa-se que mais de 70% das unidades, em todos portes muni-

cipais, acolhem pessoas com defi ciência em geral (física, sensorial, mental ou

intelectual).

Page 151: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 131: Unidades de Acolhimento segundo perfil dos usuários por porte populacional (%) – Brasil, 2012

76%

72%

41%

51%

59%

46%

22%

75%

75%

42%

53%

66%

43%

29%

75%

73%

42%

55%

69%

40%

28%

74%

74%

51%

59%

73%

34%

29%

73%

74%

56%

63%

73%

27%

39%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Deficiência física ou sensorial

Deficiência mental ou intelectual

Dependência de álcool ou outras

drogas

Doentes crônicos (HIV/AIDS, Câncer, etc.)

Trajetória de Rua Idosos ou pessoas com deficiência que

requeiram assistência em cuidados diários e/ou comprometimento

cognitivo

Refugiado / Imigrantes

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

O Plano Individual de Atendimento (PIA) consiste na elaboração de um plano de

acompanhamento para cada indivíduo ou família atendida nas Unidades de Aco-

lhimento. Tem por objetivo orientar o trabalho interventivo durante o período

do acolhimento de forma a enfrentar as situações que provocaram a aplicação

da medida. De acordo com o Censo SUAS 2012, o uso do PIA foi maior nas me-

trópoles (89,6% das unidades o utilizaram). Este percentual diminui à medida

que o porte municipal também diminui. Apesar disso, mais de 60% das unidades

fi zeram uso deste instrumento no ano de 2012.

Page 152: Censo SUAS 2012

151

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ento

Gráfico 132: Unidades de Acolhimento por uso de Plano Individual de Atendimento, por município (%) – Brasil, 2012

61,6%

69,2% 74,5%

77,8%

89,6%

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

100,0%

Pequeno I Pequeno II Médio Grande Metrópole

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Com relação às atividades realizadas nas Unidades de Acolhimento, observa-se

que as atividades recreativas são oferecidas em 83,5% das unidades. Destaca-

-se que as visitas domiciliares da equipe à família do usuário são realizadas por

64,9% das unidades e 38,3% das unidades realizam reuniões com grupos de

famílias dos usuários.

Page 153: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 133: Unidades de Acolhimento por atividades promovidas (%) – Brasil, 2012

83,5%

82,3%

80,5%

80,3%

79,8%

73,6%

72,3%

72,3%

64,9%

53,8%

53,1%

52,9%

51,9%

38,3%

1,0%

0,0%   20,0%   40,0%   60,0%   80,0%   100,0%  

Atividades recreativas

Passeios com usuários

Discussão de caso com outros profissionais da rede

Encaminhamento para retirada de documentos

Elaboração de relatórios técnicos sobre os casos em acompanhamento

Promove a integração das pessoas acolhidas em projetos ou atividades existentes na comunidade

Atendimento psicossocial individualizado

Promove atividades com participação da Comunidade

Visitas domiciliares da equipe técnica da Unidade à família do usuário

Palestras / oficinas

Atendimento psicossocial das famílias das pessoas acolhidas

Envio de relatório semestral para o judiciário (exclusivo para criança/adolescente)

Atendimento psicossocial em grupos

Reuniões com grupos de famílias dos usuários

Não realiza nenhuma das atividades acima

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

O acompanhamento do usuário após a saída da unidade tem como objetivo o

suporte à família e/ou ao indivíduo para reintegração familiar e/ou para auxílio

na busca do usuário por uma vida autônoma. É um período de adaptação do usu-

ário, que depois de um período de separação da família, pode apresentar difi cul-

dades nesta reinserção. De acordo com o Censo SUAS 2012, das 4.360 Unidades

de Acolhimento, 3.239 faziam acompanhamento de egressos (seja através da

própria unidade, ou pelo CRAS ou CREAS, ou ainda por outra entidade), represen-

tando pouco mais de 74% das unidades. Do total de unidades, destaca-se que

195 (4,4%) não souberam responder esta informação.

Page 154: Censo SUAS 2012

153

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Gráfico 134: Unidades de Acolhimento segundo ente responsável pelo acompanhamento de usuários egressos (%) – Brasil, 2012

3.239

926

195

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

Faz acompanhamento de egressos Não faz acompanhamento de egressos

Não sabe informar

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

RECURSOS HUMANOS

As Unidades de Acolhimento empregavam em 2012 67.026 trabalhadores. Des-

tes, 45,2% possuem ensino médio completo ou ensino superior incompleto.

Trabalhadores sem instrução ou com nível fundamental incompleto chegava a

13,2%. Pessoas com nível superior completo ou pós-graduação representam

22,5% dos trabalhadores dessas instituições.

Page 155: Censo SUAS 2012

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01

2Gráfico 135: Quantidade e percentual dos Recursos Humanos das Unidades de Acolhimento segundo nível de escolaridade – Brasil, 2012

13,2%

19,0%

45,2%

22,5%

8.854

12.769

30.295

15.108

Sem instrução e nível fundamental incompleto

Nível fundamental completo e médio incompleto

Nível médio completo e superior incompleto

Nível superior completo, mestrado e doutorado

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Segundo o vínculo empregatício, percebe-se que praticamente 65% dos Recur-

sos Humanos das Unidades de Acolhimento são empregados de acordo com a

Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Os servidores públicos estatutários re-

presentam o segundo maior percentual: 13,7% dos trabalhadores.

Gráfico 136: Unidades de Acolhimento segundo o vínculo empregatício dos Recursos Humanos (%) – Brasil, 2012

13,7%

2,7%

64,9%

6,2%

3,6%

9,0%

9.196

1.791

43.470

4.152

2.405

6.012

Servidor Público Estatuário

Cargo Público Comissionado

Empregado (CLT)

Servidor Público Temporário

Voluntário

Outro vínculo não permanente

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Page 156: Censo SUAS 2012

155

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ento

Segundo a formação profi ssional, um quarto dos trabalhadores das Unidades de

Acolhimento são assistentes sociais. Os profi ssionais da área da saúde represen-

tam 18% do contingente profi ssional e os psicólogos, 17,4%.

Gráfico 137: Unidades de Acolhimento segundo a formação dos Recursos Humanos (%) – Brasil, 2012

1,5% 1,7%

12,8%

17,4%

18,0%

22,7%

25,8%

230 261

1.963

2.674

2.774

3.495

3.967 Terapeuta Ocupacional

Advogado

Pedagogo

Psicólogo

Profissionais da Área da Saúde

Outras Formações de Nível Superior

Assistente Social

Fonte: MDS, Censo SUAS, 2012

Page 157: Censo SUAS 2012

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01

2C

EN

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20

10

CE

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2

Page 158: Censo SUAS 2012

cons

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açõe

s fi

nais

157

157

157

Page 159: Censo SUAS 2012

CE

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OS

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01

0considEraçÕEs finais

Como nos últimos seis anos, o Censo SUAS vem aportando um conjunto amplo

de dados e informações que ajudam gestores, técnicos, coordenadores, conse-

lheiros e demais agentes envolvidos na PNAS a avaliar o grau de estruturação

das atividades, a disponibilidade de recursos humanos, financeiros e infraestru-

tura física para oferta e produção dos serviços socioassistenciais para a popula-

ção brasileira. Em 2012 não foi diferente e, por meio do Censo, pode-se verificar

avanços e identificar desafios da efetivação do SUAS, brevemente sumarizados

em seguida.

Os CRAS estão presentes na quase totalidade dos municípios brasileiros, e nos

municípios de maior porte, expandindo-se pelo território, de modo a ampliar

a cobertura dos serviços. Pela comparação com anos anteriores, houve melho-

ra significativa dos espaços físicos das unidades, sobretudo na adequação para

recebimento de pessoas com deficiência. O fortalecimento das ações de Busca

Ativa da população para os serviços e para as ações do Plano Brasil Sem Miséria

é outro ponto a destacar.

No que se refere aos CREAS, a melhoria é também perceptível. Tem havido au-

mento da quantidade destes equipamentos instalados no país e, em 2012, um

terço dos municípios já dispunha de pelo menos um CREAS instalado. Contu-

do, vale observar que a maioria destes equipamentos ainda não está em imó-

veis próprios e a adaptação para pessoas com deficiência ainda é um desafio a

vencer. A qualificação e a adequação da equipe técnica vem se processando no

sentido desejável, com maior número de profissionais com nível superior e nas

especialidades requeridas. Nota-se também a ampliação da oferta do Serviço

Especializado em Abordagem Social, que tem por objetivo identificar através da

busca ativa pessoas em situação de vulnerabilidade e risco e assegurar o traba-

lho social.

No segundo ano de implementação do Censo SUAS para os Centros POP, os dados

mostram que esses aumentaram em quantidade, passando de 90 a 105 unidades

entre 2011 e 2012, o que representa um aumento de 16,7% no quantitativo de

unidades em todo o país. Os estados da Paraíba e Acre, que ainda não contavam

CE

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S 2

01

2

Page 160: Censo SUAS 2012

159

com o serviço, foram contemplados em 2012. Por outro lado, ainda foram identi-

ficados três estados que não possuíam Centros POP: Mato Grosso, Amapá

e Roraima. De forma positiva, verificou-se ainda que os recursos humanos dos

Centros POP obtiveram aumento de 37,8% no quantitativo de profissionais em

relação ao ano de 2011, sendo que 44,6% dos funcionários possuem escolari-

dade de nível superior completo ou mais e dois a cada cinco funcionários são

servidores estatutários. Dentre os coordenadores, a maioria (65,6%) exerce ex-

clusivamente a função de coordenador.

A quase totalidade dos municípios fazia a gestão do Cadastro Único para os Pro-

gramas Sociais, indicando crescente compreensão de seu potencial uso para ga-

rantir acesso aos programas sociais para a população de menor renda. As ações

de mobilização e sensibilização para cursos de capacitação para públicos do Pla-

no Brasil Sem Miséria ocorreram em quase metade dos municípios. Em um terço

deles houve negociação com o Sistema S para a oferta de cursos em atividades

demandadas pela economia local. Como contrapartida da ampliação de outros

tipos de qualificação, verificou-se ainda que ações mais tradicionais como o fo-

mento ao artesanato vem decrescendo.

Os dados referentes à Gestão Estadual revelaram que, em 2012, 30% das Se-

cretarias Estaduais atuavam exclusivamente nas atividades de Assistência So-

cial enquanto as outras 70% associavam às ações da Assistência outras políticas

setoriais como Habitação, Segurança Alimentar, Trabalho, Direitos Humanos en-

tre outras. Em quase metade dos estados não havia algum serviço/unidade de

caráter regional de proteção social especial em funcionamento. Os serviços de

média complexidade estavam funcionando em pouco mais de um quarto dos

estados. Embora não tivessem serviços regionalizados, 20 Secretarias Estaduais

informaram prestar serviços de Proteção Social Especial de alta complexidade

em seus estados.

Até 2012 foram implantados 5.178 Conselhos Municipais de Assistência Social

em todo o país. O Censo releva que os Conselhos Municipais apresentam discre-

pâncias significativas, segundo porte, com condições ainda não absolutamente

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0ideais. No entanto, quando em comparação com os anos anteriores, há uma ten-

dência de evolução no alcance das metas de trabalho demandadas pela PNAS

em praticamente todos os aspectos. A observância das Resoluções que formali-

zam os Conselhos e suas atividades é de cada vez mais conhecimento dos CMAS,

bem como a execução de suas atribuições e estratégias para sua realização. A

previsão de recursos específicos para manutenção e funcionamento dos Conse-

lhos Municipais indica comprometimento dos órgãos gestores com as responsa-

bilidades do controle social.

O orçamento da Assistência Social nos estados previa recursos específicos para

os Conselhos Estaduais de Assistência Social (CEAS) em 21 Órgãos Estaduais. Em

todos os estados a Secretaria de Assistência Social continuou a disponibilizar e

a manter local específico para o funcionamento do Conselho, bem como dispo-

nibilizar recursos humanos para a Secretaria Executiva e material de consumo

para o funcionamento do CEAS. Apenas o Fundo Estadual de Assistência Social

e o Conselho Estadual de Assistência Social foram regulamentados em sua tota-

lidade por Lei Estadual. Em 2012, identificou-se também que as Resoluções da

Comissão Intergestores Bipartite (CIB) foram mais utilizadas para os critérios de

repasse de recursos para municípios.

Pela primeira vez incluída no Censo SUAS, a coleta de informações referentes às

Unidades de Acolhimento foi capaz de apresentar a caracterização destas uni-

dades que são o principal alicerce para a retirada de pessoas do risco extremo

e/ou situação de violação de direitos, mantendo a inserção na comunidade e os

valores desenvolvidos em uma estrutura familiar. As Unidades de Acolhimento,

segundo o Censo SUAS 2012, estão presentes em 1.517 municípios brasileiros

concentrados principalmente na região Sudeste e em áreas urbanas. Destaca-se

que a maioria das unidades é caracterizada como Abrigos Institucionais (69,4%)

e recebem crianças e/ou adolescentes (53,4%). A larga maioria das Unidades

(80,6%) possui inscrição nos Conselhos Municipais de Assistência Social, sujei-

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tas ao controle social. Em relação à acessibilidade para pessoas com necessida-

des especiais, há uma preocupação principalmente com relação à rota de acesso

aos dormitórios, aos espaços de uso coletivo e aos banheiros. Destaca-se, ainda,

que 20,8% das unidades estão equipadas com móveis de tecnologia assistiva.

Das equipes técnicas das Unidades de Acolhimento, demonstrou-se o maior per-

centual de trabalhadores com nível médio completo (45,2%) e que a maioria

(praticamente 65%) é contratada segundo a CLT.

Considerando a importância do acompanhamento da reintegração da pessoa em

sua família de origem ou adaptação em sua família adotiva, há acompanhamento

de egressos em pouco mais de 74% das Unidades de Acolhimento. O Plano Indi-

vidual de Atendimento (PIA), que consiste na elaboração de um plano de acompa-

nhamento específico para cada indivíduo ou família em atendimento, se mostrou

como ferramenta utilizada pela maioria das Unidades de Acolhimento, atingindo o

expressivo percentual de 89,6% nas Metrópoles. A partir desse primeiro levanta-

mento, portanto, é possível medir a oferta do serviço em todo o país com vistas a

adequar as ações às reais demandas do público que dele necessita.

O Censo SUAS vem se mostrando como um importante instrumento de monito-

ramento da gestão dos equipamentos de Assistência Social. Sua metodologia

de aplicação - que exige o preenchimento de todos os questionários de todos

os centros, com risco de perda de recebimento de recursos - bem como os pró-

prios pontos estudados, contribuem para a tentativa de reproduzir um retrato

verdadeiro das unidades. Os resultados aqui discutidos certamente contribuirão

para o aprimoramento do SUAS, seja consolidando as ações que vêm trazendo

impactos positivos, seja proporcionando a alteração de práticas que ainda não

estejam atingindo os efeitos esperados. Os resultados do Censo SUAS 2012 re-

velam que muitos avanços foram empreendidos ao longo dos últimos anos, e

estes avanços trazem novos desafios a serem superados pelos operadores da

Assistência Social no país.

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