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Central sindical é o nome que se dá a uma associação de sindicatos de trabalhadores . Possui personalidade jurídica própria e estrutura independente dos sindicatos que a formam. É uma entidade mais forte que um sindicato individual e luta por interesses de várias categorias, participando ativamente da política do país. Sindicato é uma agremiação fundada para a defesa comum dos interesses de seus aderentes. Os tipos mais comuns de sindicatos são os representantes de categorias profissionais, conhecidos como sindicatos laborais ou de trabalhadores, e de classes econômicas, conhecidos como sindicatos patronais ou empresariais.

Centrais Sindicais

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Estudos sobre Centrais Sindicais

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Central sindical o nome que se d a uma associao de sindicatos de trabalhadores

Central sindical o nome que se d a uma associao desindicatos de trabalhadores. Possuipersonalidade jurdicaprpria e estrutura independente dos sindicatos que a formam. uma entidade mais forte que um sindicato individual e luta por interesses de vrias categorias, participando ativamente da poltica do pas.

Sindicato uma agremiao fundada para a defesa comum dos interesses de seus aderentes. Os tipos mais comuns de sindicatos so os representantes de categorias profissionais, conhecidos como sindicatos laborais ou de trabalhadores, e de classes econmicas, conhecidos como sindicatos patronais ou empresariais.

Histria e papel das centrais sindicaisNo Brasil, a histria das Centrais Sindicais, segundo Amauri Mascaro Nascimento uma linha sinuosa com altos e baixos; sua trajetria percorreu perodos de tolerncia e perodos de proibio, culminando com uma nova etapa, a do reconhecimento legal.O 1 Conclat (Conferncia Nacional da Classe Trabalhadora) foi realizado na Praia Grande em 1981 com o objetivo de construir uma central nica dos trabalhadores brasileiros. No entanto, parcela dos sindicalistas presentes no tinha clareza sobre a necessidade de fundar a CUT naquele momento e foi constituda uma Comisso Pr-CUT, para fundar a central no congresso seguinte.A criao dessas centrais no quer dizer que elas tenham conseguido, de fato, existir e se consolidar. A maioria dessas tentativas foi abortada pela represso. Alm disso, proibidas de existir pelas leis que regulamentam os sindicatos no Brasil que chamamos de estrutura sindical - elas eram normalmente apenas formas de articulao entre sindicatos oficiais e normalmente articulaes regionais. E sabemos que era proibida a sindicalizao de trabalhadores rurais, de funcionrios pblicos etc. Por isso prefiro falar em tentativas de criao de centrais sindicais.Portanto, quando se diz que a CUT foi a primeira central de trabalhadores no Brasil, quer dizer que a CUT foi a primeira a se consolidar em todo o territrio nacional. Foi tambm a primeira a ter uma estrutura prpria, no sendo apenas uma reunio de algumas federaes, confederaes e sindicatos.Lembremos que a estrutura sindical brasileira no prev a existncia de centrais sindicais. Elas no tm poder de contratao, de assinar acordos com os patres. Passaro a ter apenas agora, com a reforma sindical do Governo Lula. Mas a CUT, nas suas origens, era crtica da estrutura sindical. Por isso nasceu como uma central de trabalhadores, no de sindicatos. Organizava trabalhadores do campo que no eram sindicalizados. Organizava os funcionrios pblicos que no eram sindicalizados. E organizava as oposies sindicais. Seus congressos tinham a participao de trabalhadores de base ao lado de diretorias oficiais. Essas so caractersticas fundamentais de uma central de trabalhadores, e diferenciavam a CUT das articulaes entre sindicatos, das articulaes de cpula, tentadas por um ou outro dirigente sindical de boa vontade. Foi por isso ela conseguiu se consolidarO Estado Novo as proibiu, assim como os governos militares.Ressurgiram, contudo, de modo institucional, mas no legal, do movimento sindical do ABC (So Paulo).A Constituio Federal de 1988, no as autorizou, mas tambm no as proibiu, de sorte que multiplicaram-se espontaneamente, em quantidade que ficou difcil at mesmo de saber quantas e quais eram.Contudo algumas obtiveram maior destaque a partir de seu surgimento e evoluo, e que ainda hoje possuem mais expressividade, podendo citar-se: Central nica dos Trabalhadores (CUT), Confederao Geral dos Trabalhadores (CGT), Central Geral dos Trabalhadores, Unio Sindical Independente (USI), Fora Sindical, Conferencia Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT), dentre outras.As Centrais Sindicais, sempre tiveram no ordenamento jurdico brasileiro status de entidade de direito civil, que diferentemente dos sindicados, no possuem personalidade gremial, no tendo natureza sindical.Segundo Celi Gomes Guimares, Sendo apenas associaes civis no dotadas de natureza gremial, as centrais sindicais no podem participar formalmente de negociaes entre a classe trabalhadora e o patronato, entendendo-se isto como a necessidade da presena dos sindicatos profissionais e econmico para assinar os termos do acordo ou conveno coletiva do trabalho. Embora no sejam legalmente constitudas para assinar o instrumento de negociao coletiva, tm legitimidade para travar negociaes com o governo, funcionando por este motivo como rgo essencialmente poltico.E continua: As centrais sindicais hoje no tm reconhecimento jurdico para atuar em negociaes coletivas, instaurar dissdios coletivos, juzo arbitral ou decretar greves, como dito anteriormente. Quanto o fazem (e no raro, muito pelo contrrio), agem no como protagonistas, mas auxiliares, que assistem pelas cochias do imenso teatro social..Somente os sindicatos no tm abrangncia suficiente para defender os interesses gerais dos trabalhadores, de toda uma classe. Por isso, surgiram as centrais sindicais, que batalham por relaes de trabalho e distribuio de renda, combatendo e evitando a chantagem empresarial.

So as centrais sindicais que organizam e unificam as diferentes categorias para lutas e conquistas comuns. Em todo o mundo moderno, essas instncias precisam de financiamento. No Brasil, desde que o movimento sindical se organizou, o imposto sindical que sustenta a estrutura. Dinheiro, repetimos, que no pblico.Os opositores do movimento sindical e principalmente das centrais afirmam que a destinao de verbas sindicais no estava prevista. Prevista onde? Lgico que no estava, pois essas entidades s existem h 30 anos, so posteriores aos sindicatos. Nessas trs dcadas, elas foram responsveis por grandes conquistas, como a poltica de valorizao para o salrio mnimo, tabela do Imposto de Renda, a luta pela conveno 158 da OIT.

So seis as centrais sindicais que obtiveram a legalizao aps a sano presidencial da Lei 11.648, de 31 de maro de 2008: CUT, Fora Sindical, UGT, NCST, CGTB e CTB.Para obterem o certificado de legalizao as centrais cumpriram os seguintes critrios: 1) filiao de no mnimo cem sindicatos distribudos nas cinco regies do Brasil; 2) filiao de sindicatos em no mnimo cinco setores de atividade; e 3) filiao de no mnimo 5% dos sindicalizados em mbito nacional no primeiro ano (cerca de 300 mil trabalhadores sindicalizados), devendo atingir 7% em dois anos.

Uma das centrais em atuao no pas - a Conlutas - no pleiteou o reconhecimento formal e critica a legislao.Com a legalizao, as centrais tero acesso a 10% da contribuio sindical destinada aos sindicatos filiados; um montante de cerca de R$ 55,5 milhes, que sero divididos, proporcionalmente, entre as centrais.Desde o Governo Sarney, amparadas no artigo 10 da Constituio, as centrais sindicais ocupavam importantes espaos de dilogo social, mas isto decorria mais da vontade poltica dos governantes, do que propriamente de obrigao de ordem legal.Com a publicao da Lei 11.648, as centrais sindicais que j gozavam de legitimidade e representatividade ganharam poder poltico expresso na prerrogativa de coordenar a representao geral dos trabalhadores por intermdio de suas filiadas, alm de participar de negociaes em foruns, colegiados de rgos pblicos e de demais instncias tripartites, nas quais estejam em discusso assuntos de interesse geral dos trabalhadores.(DIAP)As centrais assumiram compromisso rumo extino do imposto sindical e criao de uma taxa negocial, via projeto de lei. Esto cumprindo a sua parte, mas fazemos questo de repetir que sero os trabalhadores, em assemblias, que batero o martelo sobre a questo.O que a CUT

A Central nica dos Trabalhadores (CUT) uma organizao sindical brasileira de massas, em nvel mximo, de carter classista, autnomo e democrtico, cujo compromisso a defesa dos interesses imediatos e histricos da classe trabalhadora.Baseada em princpios de igualdade e solidariedade, seus objetivos so organizar, representar sindicalmente e dirigir a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, do setor pblico e privado, ativos e inativos, por melhores condies de vida e de trabalho e por uma sociedade justa e democrtica.Presente em todos os ramos de atividade econmica do pas, a CUT se consolida como a maior central sindical do Brasil, da Amrica Latina e a 5 maior do mundo, com 3.438 entidades filiadas, 7.464.846 trabalhadoras e trabalhadores associados e 22.034.145 trabalhadoras e trabalhadores na base.Desde sua fundao, a CUT tem atuao fundamental na disputa da hegemonia e nas transformaes ocorridas no cenrio poltico, econmico e social ao longo da histria brasileira, latino-americana e mundial. Os avanos obtidos na proposta de um Sistema Democrtico de Relaes de Trabalho e a eleio de um operrio presidncia da Repblica em 2002, so fortes exemplos dessas mudanas e resultados diretos das aes da CUT em sua luta incansvel pela garantia e ampliao de direitos da classe trabalhadora.Princpios

A CUT defende a liberdade e autonomia sindical com o compromisso e o entendimento de que os trabalhadores tm o direito de decidir livremente sobre suas formas de organizao, filiao e sustentao financeira, com total independncia frente ao Estado, governos, patronato, partidos e agrupamentos polticos, credos e instituies religiosas e a quaisquer organismos de carter programtico ou institucional.Para a Central, as lutas da classe trabalhadora so sustentadas pela unidade a partir da vontade e da conscincia poltica dos trabalhadores.Estrutura

A CUT se organiza em dois nveis:Organizao Horizontal:Alm da estrutura nacional, a CUT est organizada em todos os 26 estados e no Distrito Federal: CUTs estaduais.Organizao Vertical:Organizaes sindicais de base e entidades sindicais por ramo de atividade econmica: sindicatos, federaes e confederaes.A Central tambm conta com organismos para o desenvolvimento de polticas especficas e assessoria: Agncia de Desenvolvimento Solidrio (ADS), Instituto Observatrio Social (IOS), Instituto Nacional de Sade no Trabalho (INST), alm de sete Escolas Sindicais e uma Escola de Turismo e Hotelaria.Histrico

A CUT - Central nica dos Trabalhadores foi fundada em 28 de agosto de 1983, na cidade de So Bernardo do Campo, em So Paulo, durante o 1 Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT). Naquele momento, mais de cinco mil homens e mulheres, vindos de todas as regies do pas, lotavam o galpo da extinta companhia cinematogrfica Vera Cruz e imprimiam um captulo importante da histria.Tempos Difceis

De 1964 a 1985 perdurava no Brasil o regime militar, caracterizado pela falta de democracia, supresso dos direitos constitucionais, perseguio poltica, represso, censura e tortura. Porm, no final da dcada de 1970 e meados dos anos 1980 inicia-se no pas um amplo processo de reestruturao da sociedade. Este perodo registra, ao mesmo tempo, o enfraquecimento da ditadura e a reorganizao de inmeros setores da sociedade civil, que voltam aos poucos a se expressar e a se manifestar publicamente, dando incio ao processo de redemocratizao.

Neste cenrio de profundas transformaes polticas, econmicas e culturais, protagonizadas essencialmente pelos movimentos sociais, surge o chamado novo sindicalismo, a partir da retomada do processo de mobilizao da classe trabalhadora. Estas lutas, lideradas pelas direes sindicais contrrias ao sindicalismo oficial corporativo, h muito estagnado, deram origem Central nica dos Trabalhadores, resultado da luta de dcadas de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade pela criao de uma entidade nica que os representasse.O nascimento da CUT como organizao sindical brasileira representa mais do que um instrumento de luta e de representao real da classe trabalhadora, um desafio de dar um carter permanente presena organizada de trabalhadores e trabalhadoras na poltica nacional.Compromissos

O fortalecimento da democracia, o desenvolvimento com distribuio de renda e valorizao do trabalho so marcos estratgicos da CUT. A luta pela universalizao dos direitos, bandeira histrica, cotidianamente reafirmada com a participao ativa da Central na construo de polticas pblicas e afirmativas de vrios setores e segmentos da sociedade, com destaque para mulheres, juventude, pessoas com deficincia fsica, sade, combate discriminao racial, idosos, entre outras. Estas aes tm garantido e ampliado a participao da CUT em conselhos, mesas de negociao e fruns pblicos, espaos que tem ocupado com contribuies decisivas.No campo da solidariedade internacional, a CUT tem trabalhado no desenvolvimento de estratgias conjuntas para o enfrentamento de polticas neoliberais - de privatizao, de concentrao de capital e altos lucros - que ferem a soberania nacional e proliferam prticas especulativas, resultando na precarizao das condies e relaes de trabalho.Na rea do desenvolvimento solidrio, as aes da CUT visam promover a incluso social, por meio de novos referenciais de gerao de trabalho e renda, e de alternativas de desenvolvimento.Esses processos so articulados formao e capacitao a partir da concepo de Educao Integral e seu papel emancipador, conceito defendido pela Central.

A Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) foi fundada no dia 21 de maro de 1986 com o nome de Central Geral dos Trabalhadores (CGT). uma das seis centrais sindicais brasileiras que atingiram os critrios de reconhecimento aps a aprovao da Lei n 11.648, publicada no Dirio Oficial da Unio em 31 de maro de 2008.Herdeira dos princpios defendidos pelo Comando Geral dos Trabalhadores, a CGTB defende polticas nacionalistas e getulistas. O primeiro presidente da CGT foi Joaquim dos Santos Andrade (Joaquinzo), ex-presidente do Sindicato dos Metalrgicos de So Paulo. Estiveram presentes no Congresso de Fundao, nos dias 21, 22 e 23 de maro de 1986, 5.546 delegados, representando 1341 entidades sindicais de todo o Brasil.Atualmente, a CGTB presidida por Ubiraci Dantas de Oliveira.A CGTB construiu seus alicerces na resistncia ao arrocho salarial, na defesa dos direitos trabalhistas e na luta pela democracia e independncia nacional. Na luta sem trgua em defesa do nosso patrimnio pblico, das riquezas naturais, pelo fim da desatada sangria de nossas riquezas, evadida pela via do pagamento dos juros da dvida interna e externa. No esforo no sentido de que seja finalmente concretizada a reforma agrria integrada ao apoio efetivo do Estado produo de alimentos e produtos agrcolas, com financiamento, planejamento, tecnologia, e garantia de venda com preo mnimo. Defendendo intransigentemente a unidade dos trabalhadores, o direito a greve, a liberdade de organizao no local de trabalho e a liberdade e autonomia do movimento sindical. So nestas bases que construmos os nossos compromissos com o futuro.

Nasceu para enraizar a organizao no campo e nas cidades, para unir os trabalhadores, independente de ideologia, de credo religioso ou partido poltico, com o objetivo de elevar alto a voz dos que constroem as riquezas deste Pas. Somos milhes e milhes. Unidos e organizados seremos imbatveis e conquistaremos um futuro de paz, liberdade, igualdade, independncia, e fartura, onde possamos viver com dignidade e justia social.

Na continuao desta luta histrica, na aplicao dos princpios, na consecuo dos objetivos e na luta diria contra a explorao, convico da CGTB que, a unidade, um valor intrnseco sua luta pela realizao do seu destino histrico: a emancipao de toda humanidade da chaga da explorao do homem pelo homem.

OS PRINCPIOS

- Promover a solidariedade entre os trabalhadores brasileiros e desses com os trabalhadores de todo o mundo na luta contra os monoplios privados e pela autodeterminao das naes, desenvolvendo todos os esforos na busca da paz, do emprego, do progresso, da democracia e da independncia nacional.

- Defender a unidade de todo o movimento sindical brasileiro e o princpio da unicidade sindical, por considerar que a unicidade dos trabalhadores est acima das suas concepes filosficas, partidrias, religiosas ou raciais, porque a fora da democracia e a fora do trabalhador, considerando que, a unidade e democracia andam juntas, onde a unidade o elemento principal, considerando, ainda, que a democracia nas eleies sindicais e o respeito vontade da categoria, com respeito ao voto universal e a proporcionalidade de acordo com a base, que legitima o sistema da unicidade.

- Considerar que o emprego gerado pelo esforo coletivo de toda a sociedade, o que o torna um bem coletivo. No do patro nem do indivduo; pertence a toda a sociedade e, sem a defesa coletiva da fora do trabalho, o que resta a escravido. Que, portanto, o dever de contribuir compulsoriamente ao sindicato e Central um dever cvico, no sentido de um dever coletivo e patritico.

OS OBJETIVOS

A CGTB tem como objetivos e finalidades, com base em seus princpios:

a) Lutar pelo fortalecimento e unidade das Centrais Sindicais;b) lutar pela autonomia e independncia do movimento sindical;c) lutar pela defesa dos direitos adquiridos dos trabalhadores reconhecidos em lei, da sua ampliao e pelo direito de participao dos trabalhadores nas decises do Estado;d) lutar pela recuperao do salrio mnimo fixado em lei, capaz de atender as necessidades do trabalhador e de sua famlia com moradia, alimentao educao, sade, lazer, vesturio, higiene, transporte e previdncia social;e) promover e participar das negociaes coletivas de trabalho entre trabalhadores e empregadores; por ramo de produo, setor econmico, de acordos nacionais e regionais.f) Direito livre organizao sindical no local de trabalho;g) Pela reduo da jornada de trabalho como fruto da produtividade, do progresso econmico e social.h) promoo de pesquisas e elaborao de estudos na rea econmica e social a fim de subsidiar os trabalhadores e suas entidades;i) produo e edio de materiais educativos e informativos de interesse dos trabalhadores e de suas entidades;j) promoo de debates, conferncias, encontros e congressos de interesses dos trabalhadores, no mbito nacional e internacional;k) assessoramento ao movimento sindical, na elaborao e execuo de estudos e projetos visando a eficincia em suas atividades;l) prestao de servios de consultoria s entidades associativas dos trabalhadores;m) resgate das memrias histricas e culturais das instituies sindicais;

A ESTRUTURA

Os rgos deliberativos da CGTB so:

a) Congresso Nacional;b) Conselho Nacional;c) Direo Nacionald) Executiva Nacional;e) Conselho Fiscal.

Podero ser criadas, pelas prprias categorias profissionais, as Secretarias Nacionais da CGTB, por ramo de produo, que sero compostas de, no mnimo, por 5 (cinco) sindicatos de base no respectivo ramo, distribudos em, no mnimo, 3 (trs) Estados da Federao, deciso essa que dever constar em ata devidamente assinada por seus integrantes. As Secretarias Nacionais da CGTB, depois de criadas, devero ser encaminhadas sua documentao CGTB, no mbito de sua Secretaria Geral, para sua homologao pela Executiva Nacional e encaminhamento de seu registro legal, passando ento a ter constituio formal e integrar as estruturas da CGTB, na forma deste Estatuto, ou, ainda, constituir uma coordenao provisria, indicando seus membros, com ata de deciso, para posterior homologao da Executiva Nacional.

O Congresso o rgo deliberativo mximo da CGTB e se reunir ordinariamente de quatro em quatro anos, podendo ser convocado extraordinariamente por sua prpria deliberao, pelo Conselho Nacional, pela Direo Nacional ou pela Executiva Nacional, em todo caso, por maioria simples de votos dessas instncias deliberativas, ou ainda por 1/5 (um quinto) dos seus associados, sempre atravs do presidente da entidade, por Edital afixado na sede da entidade com, no mnimo, 10 dias de antecedncia, podendo deliberar em todo o caso, sobre qualquer assunto de interesse dos trabalhadores e, privativamente, sobre alterao dos Estatutos e eleio da Direo Nacional, Executiva Nacional e Conselho Fiscal e, de forma definitiva, sobre excluso de associado e destituio de membro dos rgos administrativos.

Podero participar do Congresso Nacional da CGTB todas as entidades sindicais, de qualquer instncia, com direito a voz e voto, de acordo com o Regimento Interno do Congresso da CGTB a ser formulado e aprovado pela Executiva Nacional, devendo ser ratificado pelo Congresso Nacional, quando de sua instalao.

Compete ao Presidente:

Alm de outras atribuies legais e estatutrias;a) Representar a CGTB perante as autoridades administrativas, legislativas e judicirias, ou perante qualquer outra pessoa fsica ou jurdica, podendo para esse fim delegar poderes ou constituir procuradores ou prepostos;b) Coordenar a administrao da CGTB e supervisionar os servios;c) Convocar e presidir o Congresso, o Conselho Nacional, a Direo Nacional e as reunies da Executiva Nacional;d) Assinar as atas das reunies e relatrios da Executiva e todos os demais papis da administrao, conjuntamente com o Secretrio Geral;e) Ordenar as despesas autorizadas e visar cheques e contas a pagar, juntamente com o Secretrio de Finanas;f) Cumprir e fazer cumprir os Estatutos e as deliberaes dos demais rgos da CGTB;g) Organizar os relatrios dos principais acontecimentos administrativos e poltico sindicais e apresent-los ao Congresso nacional juntamente com o Balano geral do Exerccio Financeiro;h) Organizar e dirigir, podendo, delegar tal funo, os Departamentos Especficos da CGTB, definidos pelo Congresso ou pelo Conselho Presidencial e pela Executiva Nacional.i) Fazer cumprir as deliberaes do Conselho Nacional.

Compete ao Secretrio Geral:

a) Dirigir a secretaria geral;b) Garantir a aplicao dos direitos, deveres e sanes aos associados e dirigentes, fazendo cumprir o Estatuto;c) Preparar a correspondncia e o expediente;d) Organizar e manter o cadastro das entidades filiadas;e) Organizar e manter o arquivo;f) Supervisionar e fiscalizar os servios da secretaria;g) Secretariar as reunies da Executiva Nacional e dos os Congressos.

Compete ao Secretrio de Finanas:

a) Dirigir e supervisionar a Tesouraria;b) Organizar e administrar as finanas e o plano oramentrio da CGTB;c) Administrar o patrimnio da CGTB, sua sede nacional e a poltica de pessoal;d) Manter sob sua guarda, fiscalizao e responsabilidade, os valores da CGTB;e) Proceder o depsito em estabelecimento bancrio, dos valores recebidos;f) Assinar com o Presidente os cheques, efetuar os pagamentos e os recebimentos autorizados;g) Manter em dia, devidamente escriturado, o livro-caixa e a documentao prpria da Tesouraria;h) Elaborar balancetes mensais e um balano anual com o parecer do Conselho Fiscal para aprovao da Direo Nacional;i) Coordenar e administrar financeiramente os convnios de carter nacional ou internacional;j) Coordenar e orientar as Secretarias de Finanas das CGTB regionais;

Compete ao Secretrio de Assuntos Institucionais:

a) Manter contato e desenvolver relaes institucionais com todas as entidades, sejam elas pblicas ou privadas;b) promover intercmbio e estabelecer convnios com entidades sindicais e institutos especializados, para o desenvolvimento das polticas sociais da CGTB;c) Coordenar e orientar as secretarias de assuntos institucionais das CGTBs regionais

A ORGANIZAO

A CGTB estadual ser constituda em carter de filial da CGTB nacional e sua constituio se dar em congresso estadual com, no mnimo, a participao de, no mnimo, de 5 (cinco) sindicatos do Estado respectivo, aprovao de Estatuto, que dever conter os princpios e objetivos do presente Estatuto, endereo da sede, atribuies do congresso estadual, direitos e deveres dos associados, eleio e posse da diretoria executiva que, no mnimo dever conter 7 membros, compostos de presidente, 1 vice-presidente, secretrio geral, primeiro secretrio, tesoureiro, 1 tesoureiro, secretrio de formao. Os atos constitutivos da CGTB estadual, ata do congresso com os anexos da composio e qualificao da diretoria executiva, estatutos e demais documentos, devero ser encaminhados secretaria geral da CGTB nacional a fim de serem aprovados, por ato de homologao, pela Executiva Nacional, a quem compete, inclusive, encaminhar a documentao para o respectivo registro.

- As CGTbs Estaduais, atravs de suas Diretorias Executivas ficam obrigadas, para efeito de validade do ato, assim como para homologao do mesmo pela Executiva Nacional, enviarem as atas dos Congressos ou de qualquer outra instncia deliberativa que alterem a composio de sua direo Secretaria Geral da Executiva Nacional.

- Nos Estados onde no forem possveis preencher os critrios mnimos de constituio da CGTB estadual, ser permitida a formao de uma Comisso Provisria da CGTB estadual, de no mnimo, 3 dirigentes sindicais que, em reunio, deliberaro pela formao da comisso provisria, reproduzida em ata e assinada pelos respectivos que, encaminhada para sua homologao pela Executiva Nacional, depender, para seu funcionamento, de sua aprovao.

Podem ser associados da CGTB todas as entidades sindicais de qualquer grau, desde que concordem com os princpios, objetivos e Estatuto da CGTB. A filiao ao quadro associativo da CGTB se d por meio de deciso soberana da entidade sindical, de acordo com seus prprios estatutos. Pelo ato de filiao, representado pelo preenchimento do formulrio de filiao e respectiva assinatura do presidente da entidade, e seu envio e recebimento pela executiva Nacional, as entidades sindicais associadas passam a integrar a estrutura orgnica da CGTB.

OS DEVERES

So deveres das entidades sindicais associadas CGTB e de seus dirigentes:

a) Cumprir e fazer cumprir o presente Estatuto;b) Acatar e colocar em prtica as decises emanadas de seus rgos deliberativos, como o Congresso, o Conselho Nacional, a Direo Nacional e a Executiva Nacional;c) Manter-se em dia com as obrigaes financeiras definidas no artigo 52 deste estatuto, bem como obrigaes de informar Secretaria de Finanas da CGTB sobre o balano anual da arrecadao de cada entidade, atravs de relatrios financeiros, a serem enviados Secretaria de Finanas da CGTB at, no mximo, no final de cada ano letivo.

Toda entidade sindical associada CGTB contribuir, no mnimo, com 2% (dois por cento) de sua receita bruta anual, alm de outras contribuies que venham ser previstas em lei para a sustentao financeira da CGTB.

A distribuio das receitas entre a CGTB Nacional e as CGTBs estaduais ser feita conforme regimento interno da CGTB a ser elaborado pela Executiva Nacional.

UGT- Unio Geral de TrabalhadoresA Unio Geral de Trabalhadores (UGT) uma Central Sindical de Portugal. Foi fundada a 28 de outubro de 1978, em Lisboa. Como qualquer organizao unitria, a UGT afirma-se independente.O Nascimento da UGTOs conflitos entre os comunistas e os diferentes grupos da minoria no seio da Intersindical Nacional manifestaram-se durante todo o ano de 1976.Os sindicalistas da minoria constituram um Movimento Autnomo de Interveno Sindical ( Carta Aberta ) o qual contestava as pretenses da Intersindical de representar de forma exclusiva os trabalhadores portugueses. Este movimento defendia, por outro lado, os princpios da liberdade sindical tal como esta era proclamada nas convenes da OIT.A Constituio de Abril de 1976 ps em causa o principio da organizao sindical nica. Em 1977, a lei sindical foi alterada, tendo sido reconhecido o principio da pluralidade sindical.No inicio de 1977, o Congresso da Intersindical, denominado "de todos os sindicatos", marcou a ruptura definitiva entre os sindicalistas da Carta Aberta e a maioria comunista. Por outro lado, os sindicalistas catlicos, particularmente aqueles que se encontravam ligados Frente Unitria dos Trabalhadores (FUT), os da esquerda socialista autogestionria e os pertencentes aos pequenos grupos da extrema-esquerda, decidiram no abandonar a Intersindical. Esta adotou o seu atual nome: Confederao Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN).Por sua vez, os sindicalistas ligados aos partidos Socialista e Social-Democrtico (conservador) decidiram constituir uma nova central sindical.Em 27 e 28 de outubro 1978, na sala do cinema Lumiar, em Lisboa, 47 sindicatos (8 dos quais com estatuto de observador) aprovaram a Declarao de Princpios e os Estatutos da Unio Geral de Trabalhadores - UGT. O I Congresso da UGT foi convocado para a cidade do Porto, para 29 e 30 de janeiro 1979.UGT no BrasilA UGT foi fundada em 19 de julho de 2007, durante o Congresso Nacional de Trabalhadores que se realizou nos dias 19, 20 e 21/07/07 em So Paulo, Capital, e reuniu mais de 3.400 delegados, representando 623 entidades sindicais de todo o pas e mais de 5 milhes de trabalhadores, ocasio em que foi eleita a 1 executiva nacional para um mandato de 4 anos tendo como presidente Nacional, o sindicalista Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comercirios de So Paulo.

A UNIO GERAL DOS TRABALHADORES UGT uma associao civil, com jurisdio em todo territrio brasileiro e representao em todos os Estados. entidade de representao sindical e tem a finalidade de coordenar, representar e defender os direitos e os interesses dos trabalhadores.Objetivos e ProgramaA defesa dos valores e dos princpios do sindicalismo democrtico constitui para a Unio Geral de Trabalhadores um imperativo social e poltico, cujos objectivos so:- Defender uma poltica de reforma da sociedade com base no respeito pela vontade livre de todos e cada um dos cidados que vise no s a obteno de nveis indispensveis e urgentes de bem-estar como, igualmente, a plena realizao social e cultural de todos e cada um dos trabalhadores , na liberdade, na segurana, na paz, na justia e na fraternidade;- Defender a democracia poltica como forma de alcanar a democracia econmica, social e cultural, bem como os direitos, as liberdades e as garantias fundamentais;- Tornar efetivos e sem quaisquer discriminaes, o direito ao trabalho e a sua livre escolha bem como o direito a um salrio digno, de acordo com o princpio da igualdade.- Defender, promover e aplicar polticas que visem a igualdade de oportunidades para as mulheres, em geral, e para a mulher trabalhadora, em especial, a fim de ser alcanada uma situao de total parceria na sociedade.- Promover a integrao social dos trabalhadores, lutando pela segurana de emprego, pela formao e reconverso profissionais, por condies humanas de higiene e segurana nos locais de trabalho e pelos direitos sociais dos jovens, dos aposentados e da me trabalhadora; - Participar em todos os aspectos da poltica socioeconmica do Pas;- Apoiar todas as aes tendentes eliminao das desigualdades regionais e ao aproveitamento dos recursos humanos e naturais das populaes mais desfavorecidas.- Lutar ao lado de todas as organizaes sindicais democrticas, nacionais ou estrangeiras, pela emancipao dos trabalhadores e contra as formas de totalitarismo e agresso e manifestar toda a solidariedade para com os trabalhadores privados dos seus direitos por regimes opressores.REPRESENTATIVIDADEHoje contamos com 1038 entidades sindicais filiadas sendo:

1.018 sindicatos de base validados no MTE 220 sindicatos filiados (em processo de validao) 34 federaes nacionais /regionais e estaduais 02 confederaes nacionais A nossa representao hoje de cerca de 4,5 milhes de trabalhadores na base dos sindicatos (dos quais 33% so sindicalizados, o que corresponde a 1,5 milhes de trabalhadores sindicalizados).

A ESTRUTURA DA UGT COMPOSTA DAS SEGUINTES SECRETARIAS:

Presidncia

Vice Presidncias Secretaria Geral Secretaria de Finanas Secretaria de Organizao e Polticas Sindicais Secretaria de Relaes Internacionais Secretaria Internacional de Integrao para as Amricas Secretaria da Mulher Secretaria de Relaes Institucionais Secretaria de Divulgao e Comunicao Secretaria para a Regio Sudeste Secretaria para a Regio Sul Secretaria para a Regio Nordeste Secretaria para a Regio Norte Secretaria para a Regio Centro-Oeste Secretaria da Previdncia e da Seguridade SocialSecretaria dos Direitos Humanos Secretaria para Assuntos Jurdicos Secretaria de Formao Sindical Secretaria de Polticas Pblicas Secretaria de Polticas Social Secretaria de Formao Poltica Secretaria de Cincia, Tecnologia e Inovao Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel Secretaria da Sade e Segurana no Trabalho Secretaria da Criana e do Adolescente Secretaria do Esporte e Lazer Secretaria de Polticas Educacionais Secretaria de Qualificao Profissional Secretaria para Assuntos da Diversidade Humana Secretaria da Juventude Secretaria para Assuntos Culturais Secretaria para Assuntos Comunitrios Secretaria para Assuntos Econmicos Secretaria para Assuntos de Finanas, Crdito e Seguros Secretaria para Assuntos das Profisses Liberais Secretaria do Trabalhador no Setor do Comercio Secretaria do Trabalhador no Setor do Turismo Secretaria do Trabalhador Urbanitrio Secretaria do Trabalhador no Setor da Indstria Secretaria do Trabalhador no Setor de Servios. 2 SECRETARIO ADJUNTO DE DIV RALGOICANTINO DO ORTURAEABALHOALSecretaria do Trabalhador no Setor de Transportes Secretaria do Trabalhador na Agricultura Familiar Secretaria do Servidor PblicoSecretaria do Trabalhador nos Setores Informal, Autnomo e Micro empreendedorismo

Secretaria dos Trabalhadores nas Atividades Pesqueiras Secretaria para Assuntos dos Povos Indgenas Secretaria para Assuntos da Amaznia Legal Secretaria para Assuntos de Cooperativismo Secretaria do Terceiro Setor Secretaria Para Assuntos de Responsabilidade Social Secretaria Para Assuntos de Acessibilidade Secretaria dos Trabalhadores Rurais Secretaria dos Trabalhadores em Portos e Vias NavegveisSecretaria do Movimento Circulista Secretarias Executivas

Os rgos centrais da UGT so:- Congresso - Conselho Geral - Presidente - Secretrio Geral - Secretariado Nacional - Comisso Executiva - Comisso Permanente - Conselho Fiscalizador de Contas - Conselho de Disciplina.

Fora SindicalFundaoNo Dia Internacional da Mulher do ano de 91 surgia uma nova proposta na vida sindical brasileira. Naquele 8 de maro, lderes dos mais diversos setores do movimento de luta dos trabalhadores reuniram-se em um grande Congresso no Memorial da Amrica LatinaFundadorO fundador e primeiro presidente da Central, Luiz Antonio de Medeiros 1991 1999Atual PresidenteA partir do dia 5 de maro de 99 a Fora Sindical passou a ter novo presidente, o segundo de sua histria. Paulo Pereira da Silva, presidente do Sindicato dos Metalrgicos de So Paulo, foi eleito por unanimidade em uma assemblia que contou com a participao do Diretrio Nacional da Fora.ObjetivosO ideal que emanou desse I Congresso da Fora Sindical a nova bandeira que surgia era o de lanar o movimento dos trabalhadores brasileiros modernidade, para construir uma central forte, capaz de endurecer quando preciso mas tambm de saber negociar, autnoma, livre, pluralista, aberta ao debate interno e com a sociedade. E, principalmente, com um projeto bem definido por um Brasil melhor, mais justo, solidrio e que saiba promover o bem estar social entre seus filhos.Diz a capa do nmero 1 da revista da Fora Sindical, publicada logo aps a sua inaugurao: "A Fora Sindical nasce moderna, pluralista, democrtica e com um projeto ambicioso: mudar o Brasil". Essas palavras mostraram a sua fora ao longo dos anos, pois desde a sua fundao a central se caracterizou por essas qualidades.Modernos somos, pois fomos quem primeiro teve a coragem de modificar a viso do sindicalismo e do trabalho em geral. O pluralismo se verificou logo na fundao, onde uma pesquisa do professor da USP Lencio Martins Rodrigues verificou que, entre os membros da nova central, havia partidrios das mais diversas matizes ideolgicas e preferncias distintas para o primeiro turno da eleio presidencial que se realizaram em 89. At hoje caracterstica da Fora Sindical abarcar os mais diversos pontos de vista e estimular o livre debate de idias. Isso ser democrtico.

DEISE !!!!

CTBPrincpios e objetivos da CTB

A histria reservou ao trabalho um papel central no desenvolvimento da civilizao e do prprio ser humano no seu esforo criador e produtivo. O trabalho a fonte do valor gerado na economia, a origem da riqueza social. Nas sociedades assentadas na diviso de classes, que emergiram com o surgimento e difuso da propriedade privada, a fora de trabalho tem sido submetida a uma impiedosa explorao pelas classes dominantes. Assim foi no escravismo, fundado na opresso e explorao do escravo; ou no feudalismo, baseado na apropriao do trabalho servil dos camponeses pelos senhores feudais.

Na moderna sociedade capitalista, a explorao da classe trabalhadora ficou mais sofisticada e tambm atingiu seu auge. Em nenhum outro perodo da histria humana se trabalhou tanto e to intensamente. Na poca da primeira revoluo industrial, iniciada em meados do sculo XVIII na Inglaterra, a jornada de trabalho chegava a mais de 16 horas dirias. O proletariado brasileiro tambm ingressou no sculo XX labutando 16 horas de domingo a domingo, sem descanso semanal remunerado e a troco de salrios miserveis.

No Brasil, como em todo o mundo, a classe trabalhadora reagiu ao capitalismo e, atravs de muita luta, imps limites explorao de classes. Conquistou direitos, reduziu a jornada de trabalho, obteve frias, descanso semanal remunerado, 13 salrio, aposentadoria e outros benefcios. Os sindicatos foram criados como um instrumento desta luta (sem a qual hoje no existiriam os direitos sociais), com o desafio e a funo de unificar os trabalhadores e trabalhadoras nas batalhas contra a explorao capitalista, pela reduo da jornada, por melhores condies de sade e de trabalho, por maiores salrios, pelos direitos humanos, pela democracia, pela igualdade, pela paz, por justia, por dignidade.

A CTB (Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil) nasceu animada pelo esprito desta luta classista que atravessa a histria moderna, descrevendo uma epopia de glrias, conquistas e avanos no sentido da humanizao das relaes sociais, libertao dos povos e combate ao colonialismo e neocolonialismo. A CTB nasceu num momento em que o capitalismo internacional, liderado pelas potncias imperialistas e embriagado pela ideologia neoliberal, quer colocar abaixo o prprio Direito do Trabalho e todo o progresso obtido nas relaes sociais. Nasceu para resistir a esta ofensiva reacionria, disfarada de ps-moderna e ps-industrial; para defender os direitos sociais e a democracia, em aliana com todas as foras progressistas da nossa sociedade para levantar a bandeira da valorizao do trabalho e do socialismo do sculo XXI. Nasceu como uma central sindical classista, unitria, democrtica, plural, de luta e de massas compromissada com os seguintes princpios e objetivos:

UNIDADE

A busca da mais ampla unidade da classe trabalhadora um princpio basilar da CTB. Nossa classe se compe de trabalhadoras e trabalhadores de diferentes categorias, ramos e setores da economia, jovens e idosos, ativos e aposentados,negros, brancos e ndios, empregados e desempregados, formais e informais, rurais e urbanos, pblicos e privados. A unio das diferentes categorias contra a explorao capitalista quea todos aflige, no campo e nas cidades independente da diversidade de profisses, qualificaes, situao social, vnculo laboral, gnero, raa, etnia ou orientao sexual , fundamental para o xito das lutas e conquista dos objetivos tticos e estratgicos do movimento sindical. Historicamente,a unicidade sindical, instituda em 1939 e consagrada no Artigo 8 da nossa Constituio, tem se revelado uma norma preciosa para garantir a unidade no mbito dos sindicatos. A CTB defende com firmeza a unicidade, proclama a necessidade de unio das centrais e combate, com vigor, todas as concepes e iniciativas que promovem a diviso das categorias e o desmembramento das bases.

DEMOCRACIA

A democracia, representativa e participativa, essencial para a unidade e a luta da classe trabalhadora e do movimento sindical. A vida democrtica que a CTB defende fundamentada na participao ativa dos trabalhadores e trabalhadoras nos embates polticos e na vida das entidades sindicais,definio de suas reivindicaes, mobilizao para a luta, eleio dos rgos dirigentes, revogao de mandatos, liberdade de expresso e debate, bem como o respeito s decises da maioria. Uma democracia efetiva vem desde a base e busca transformar a todos e todas em sujeitos efetivos da histria. Nossa central buscar ser exemplo e escola de democracia. Concebemos a democracia como um valor intrnseco emancipao dos explorados, uma postura e uma forma de vida cotidiana, garantia do mais amplo processo de participao e dilogo. Entendemos, ao mesmo tempo, que democracia tambm pressupe respeito e obedincia s decises e deliberaes coletivas.

INDEPENDNCIA CLASSISTA

Defendemos a liberdade e autonomia sindical. Queremos nossas entidades livres e independentes dos patres, governos, credos religiosos e partidos polticos na definio dos seus objetivos e campanhas e na luta pela transformao social. fundamental que o reconhecimento de nossas entidades venha da representatividade efetiva e da confiana nelas depositadas pela base e pelo conjunto da classe trabalhadora.No abriremos mo de direitos ou conquistas sociais arrancadas com muitas lutas ao longo da histria. Lutaremos sempre para ampliar nossos direitos e melhorar a qualidade devida de todo o povo brasileiro.

SOLIDARIEDADE E INTERNACIONALISMO

A CTB deve promover os valores da solidariedade de classe, em mbito local, nacional e internacional, em contraposio ao individualismo predatrio propagado como suprema virtude pela concorrncia capitalista e pelo neoliberalismo; deve contribuir para o fortalecimento e xito das lutas dos trabalhadores e trabalhadoras, onde quer que se encontrem, contra todas as formas de injustia, explorao e opresso social, poltica, econmica, religiosa ou cultural; deve fortalecer a idia e a prtica de que nossa fora est na unio e que somente unidos e organizados podemos enfrentar e vencer as foras neoliberais do capitalismo globalizado, imperialista, e seu neocolonialismo planetrio.

A luta da classe trabalhadora internacional. O capitalismo avana, constri e destri coisas belas em todos os continentes, mas revela-se insuportvel e insustentvel, pois promove um desenvolvimento desequilibrado, que em sua evoluo histrica tem gerado guerra, morte, misria, destruio, excluso e injustia econmica e social. Precisamos superar o corporativismo e unificar as lutas. Hoje mais que nunca necessrio fortalecer internacionalmente a luta daqueles que dependem nica e exclusivamente de seu trabalho para sobreviver. indispensvel promover o internacionalismo proletrio e defender projetos alternativos ao capitalismo e com orientao socialista.

TICA NA POLTICA

A ao poltica deve ser guiada por princpios ticos,idias e objetivos elevados. Nossa tica est embasada nos princpios do humanismo, do respeito e solidariedade entre os seres humanos e os povos, do compromisso com os interesses coletivos da classe trabalhadora, com a vida e o meio-ambiente, com a justia social e com a paz e a fraternidade humana.

COMBATE DISCRIMINAO

No aceitamos os preconceitos, as discriminaes e as intolerncias, seja de cor, raa, etnia credo, origem, gerao, classe social, gnero ou orientao sexual. Lutaremos com vigor por uma sociedade totalmente livre do machismo, da dominao de classe, do racismo e da homofobia, males estimulados pelo capitalismo que maculam e enfraquecem os ideais de igualdade e justia social na sociedade brasileira.

EMANCIPAO DAS MULHERES E DOS NEGROS

Compartilhamos a convico de que sem a emancipaodas mulheres, dos negros e outros segmentos oprimidos e discriminados da nossa sociedade no se poder falar em libertao da classe trabalhadora e tampouco ser aberto o caminho para uma nao justa, fraterna e igualitria.

SOCIALISMO

A razo de ser do movimento sindical a luta j secular contra a explorao do trabalho pelo capital. A vitria completa do sindicalismo pressupe, por conseqncia, o fim da explorao e de todo tipo de discriminao, a prevalncia da igualdade, da justia social, da fraternidade e da paz entre as naes. Isto s vir com a derrocada do capitalismo e a construo de um novo sistema social, o socialismo, caminho obrigatrio para a superao da diviso da sociedade em classes sociais e o fim das desigualdades sociais e da explorao do homem pelo homem. preciso reconhecer de forma crtica e autocrtica os erros cometidos nas diferentes experincias socialistas do sculo XX para no repeti-los no sculo XXI, ainda que seja tambm necessrio frisar a grandiosa contribuio da revoluo sovitica para o avano dos direitos sociais em todo o mundo. Defendemos um socialismo fundado na soberania e na valorizao da classe trabalhadora, com as cores e a cara do Brasil. Entendemos que a idia e o projeto de uma sociedade justa, fraterna, sustentvel e equilibrada, fazem parte do esprito humano e o coroamento da luta contra todas as formas de opresso e explorao. A CTB defende outro modo de produo, uma forma de produo solidria, no predatria, no consumista e no centrada nos valores do individualismo, concorrncia, anarquia e destruio caractersticos da sociedade capitalista. Lutamos por uma sociedade tica, fraterna e a caminho de um mundo mais justo e sbrio para todo o planeta e a humanidade. O socialismo o ideal maior da classe trabalhadora.

DEFESA DOS DIREITOS SOCIAIS

Frente feroz ofensiva do capitalismo neoliberal contraos direitos conquistados pela classe trabalhadora durante os ltimos sculos, indispensvel defender com energia a manuteno e ampliao dos direitos sociais; o efetivo direito ao trabalho, sade, segurana, livre escolha da profisso; o livre, inalienvel e irrestrito direito de greve; a reduo progressiva da jornada de trabalho; a universalizao dos direitos sociais e dos servios pblicos; o aumento da participao dos salrios na renda nacional; a remunerao digna e igualitria.A CBT no aceita nenhum direito a menos, s direitos a mais.

TRANSPARNCIA

Os sindicatos e entidades sociais e populares no so empresas. Seu objetivo central no o lucro e sim a luta por igualdade e justia econmica, poltica e social. Nossos sindicatos precisam estimular a reeducao dos corpos, almas e mentalidades, contribuindo para a preparao dos novos homens e das novas mulheres para uma nova sociedade. Temos que desenvolver em nossa central, confederaes, federaes e sindicatos espaos de participao e de prestao de contas. Devemos zelar pela transparncia, tica, seriedade, competncia e profissionalismo. Nossas organizaes devem ser exemplos de dignidade, fraternidade e solidariedade, individual e de classe.

DESENVOLVIMENTOSUSTENTVEL

Vivemos hoje uma sria e profunda crise ambiental, que coloca em risco a sobrevivncia do planeta e da civilizao humana. Defendemos uma sociedade que valorize o ser humano, a natureza e a vida. Mais que nunca, hoje fundamental construir um amplo movimento ambientalista de cunho socialista e anticapitalista. Um movimento de defesa da vida e contra a forma de desenvolvimento degradante e excludente resultante da livre expanso do capital. A CTB, enquanto Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil, luta por uma nao livre, soberana, prspera, justa, solidria, sustentvel, democrtica e progressista.

EDUCAO

A CTB conceder especial ateno educao e formao da classe trabalhadora, indispensvel elevao da conscincia social e consolidao de uma identidade classista, essencial luta por uma sociedade sem explorados e/ou exploradores.

O Futuro do SindicatoEnfraquecido e sem uma causa pela qual brigar, o sindicalismo brasileiro se transforma em central de servios. Quem que vai defender os seus direitos?

Voc se lembra quando os sindicatos mobilizavam o pas? As greves paravam tudo e ocupavam as manchetes dos jornais. Sindicalistas ficavam na porta das fbricas e das agncias bancrias agitando bandeiras. Suas reivindicaes viravam assunto no cafezinho em todo o pas. Como voc deve ter percebido, isso coisa do passado.O modelo de sindicalismo que se viu at recentemente est morto. "Os sindicatos esto fragilizados e passam por um perodo de reestruturao", diz Luiz Marinho, presidente da Central nica dos Trabalhadores (CUT). Os sindicatos e as centrais sindicais deixaram seu papel de reivindicao de lado para se tornar centros de servios. E j tm at nome prprio: o chamado sindicato cidado.

A CUT, por exemplo, mantm parceria com escolas e convnio com universidades para facilitar o acesso dos filiados a cursos profissionalizantes. Produz programa de tev com informaes sobre o dia-a-dia do sindicato, viabiliza crdito com desconto em folha de pagamento para os associados. Ela firmou at acordo de prestao de servio com agncia de turismo. A Fora Sindical, uma das maiores centrais do pas, no fica atrs e tem l sua lista de servios prestados aos trabalhadores: clube de investimento, emprstimo com desconto em folha, e por a vai. "As centrais sindicais viraram um grande negcio e vo continuar a s-lo", afirma a advogada Adriana Calvo, coordenadora da rea trabalhista do escritrio paulistano Stuber. Marinho, da CUT, contra-argumenta:"Temos gente pensando em uma srie de servios para os filiados. Alm disso, h os dirigentes que continuam defendendo os interesses dos trabalhadores". O resultado que as organizaes sindicais so acusadas de se distanciarem cada vez mais de seus filiados. "O que se tem hoje um desvio da funo principal dos sindicatos, que defender o profissional", diz o advogado trabalhista Renato Rua de Almeida, professor de direito do trabalho da PUC de So Paulo. Foi por no ver resultado prtico do sindicato dos comercirios de So Paulo que Claudia Vergamini, de 41 anos, diretora de loja da Polimaia, empresa de cosmticos, nunca quis se filiar. Em 20 anos de carreira, ela trabalhou em grandes cadeias varejistas como Mappin e Brasif. "Cresci profissionalmente independente do sindicato", diz. Ela bastante crtica em relao ao seu sindicato. Acredita que, enquanto o mundo do trabalho est passando por uma ampla reviso de valores, as centrais pararam no tempo. "Ter linha de crdito ajuda, mas melhor seria ter um bom salrio", afirma Claudia. H quem diga que, assim como pode acontecer com qualquer organizao, os sindicatos perderam o foco sobre o seu papel. "Os sindicatos entram em ao somente na hora do dissdio, e deixam as reivindicaes mais importantes de lado", afirma a professora de direito do trabalho da PUC de Minas Gerais, Ktia Maria Ferreira Faria. "O problema que os sindicatos continuam necessrios porque, sozinho, o trabalhador perde fora e acaba cedendo s presses das empresas", diz Ktia.

O cenrio mudou

Os sindicalistas afirmam que perderam muito de sua fora nos ltimos dez anos por uma srie de fatores conjunturais. Na poca da inflao alta, os sindicatos negociavam percentuais fabulosos de reposio salarial. Embora fossem apenas correo de perdas, os nmeros chamavam a ateno. Alm disso, ocorriam vrias negociaes salariais ao longo do ano. Com o fim da inflao, senta-se mesa apenas uma vez por ano para brigar por 10% de aumento s vezes menos. "Por um lado, o controle dos preos foi bom, mas acabou com um instrumento de luta dos sindicatos, que conseguiam reajustes salariais de at 100%", diz o presidente da Fora Sindical, Paulo Pereira da Silva.

Nos ltimos anos, a crise econmica tambm dificultou a vida sindical. "Hoje os trabalhadores esto mais preocupados em manter seus empregos do que em reivindicar novas conquistas", diz Osvaldo Martines Bargas, secretrio de Relaes do Trabalho do Ministrio do Trabalho e Emprego. Alis, a taxa de desemprego de 12% e o nvel de informalidade nas alturas (de cada dez pessoas, apenas quatro tm carteira assinada) significam menos profissionais para se sindicalizarem. Por outro lado, h o fenmeno da proliferao de sindicatos no pas. H dez anos havia quatro centrais sindicais. Hoje so 15. Em 1988 eram aproximadamente 8 000 sindicatos, ante os atuais 16 000 (11 500 s de trabalhadores). O Ministrio do Trabalho recebe cerca de 1 000 pedidos de registro de novos sindicatos por ano e concede autorizao para 40% deles. "H muitos sindicatos com baixa representatividade e isso favorece a desorganizao do mercado de trabalho", afirma o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini. A confuso tamanha que at o nmero de brasileiros sindicalizados no bate. Segundo os dirigentes sindicais, so 5 milhes de pessoas. Pelas contas do IBGE, 13milhes.

A reforma

De acordo com os sindicalistas, esse novo modelo veio para ficar. At porque,o sistema de central de servios foi a maneira encontrada pelas entidades para se fortalecer financeiramente. Mas, em tese, muitos sindicatos no precisariam lanar mo dessa estratgia, porque j cobram mensalidade e, at agora, recebem verba via contribuio assistencial e confederativa. H centrais, como a Fora, cuja grande parte da verba financiada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), um dinheiro administrado pelo governo. H quem diga que a verba pouca. H quem diga que o problema de gesto da verba. No entanto, esse cenrio pode mudar caso o Congresso Nacional aceite as mudanas propostas para a reforma sindical, o que deve ser decidido no ano que vem. A reforma prev a substituio das atuais contribuies assistencial e confederativa pela contribuio negocial. Como o nome indica, o valor poder ser negociado entre o sindicato e seus filiados. Do jeito que est hoje, h trabalhadores que chegam a pagar 42% do salrio mensal s organizaes sindicais uma vez por ano. Pela nova proposta, o teto de contribuio ser de at 13% do salrio mensal, pagos em pelo menos trs parcelas. O valor poder ser questionado em assemblia, mesmo por quem no filiado a uma organizao sindical."A reforma vai valorizar a negociao coletiva num momento em que os sindicatos enfrentam uma crise que se arrasta h pelo menos dez anos", diz Marco Antonio de Oliveira, secretrio adjunto do Ministrio do Trabalho e Emprego. Em muitos casos, as mudanas propostas pela reforma chegam tarde demais.

O co-piloto Paulo Calazans, de 35 anos, trabalhou durante 15 na Varig. Nesse tempo, ele foi e deixou de ser sindicalizado inmeras vezes. "No me via representado como gostaria", afirma Calazans. Por causa das decepes, ele se filiou Associao de Pilotos da Varig (Apvar). Calazans acha que, como trata exclusivamente de problemas especficos dos profissionais da empresa, a Apvar cobre o buraco deixado pelo sindicato dos aerovirios na medida certa. Em meados de maio, ele trocou o Brasil pela China para trabalhar em uma empresa de aviao internacional. "Saio do Brasil sindicalizado, mas estou muito desgostoso com a entidade", diz Calazans.Resumo da pera: saem de cena os sindicatos combativos e entram os prestadores de servio. difcil dizer se a mudana vai funcionar ou no. Uma coisa certa: cada vez mais os profissionais se vem sozinhos na hora de negociar salrio, folgas e horas extras.