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Documento de Orientação Básica (DOB)
www.ecomvoce.com.br julho/2013
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Central Geradora Hidrelétrica (CGH)
O aproveitamento dos potenciais hidráulicos, iguais ou inferiores a 1.000 KW, estão
dispensados de concessão, permissão ou autorização, devendo apenas ser comunicados ao
órgão regulador para fins de registro.
Instrumentos Legais associados:
Constituição da República Federativa do Brasil
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia
hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou
aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto
da lavra.
§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se
refere o "caput" deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou
concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis
brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as
condições específicas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou
terras indígenas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
§ 4º - Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de energia
renovável de capacidade reduzida.
Lei nº 9.074/95: Estabelece normas para outorga e prorrogações das concessões e permissões
de serviços públicos e dá outras providências.
CAPÍTULO II – Dos Serviços de Energia Elétrica - Seção I
Das Concessões, Permissões e Autorizações
Art. 8º O aproveitamento de potenciais hidráulicos, iguais ou inferiores a 1.000 kW, e a
implantação de usinas termelétricas de potência igual ou inferior a 5.000 kW, estão
dispensadas de concessão, permissão ou autorização, devendo apenas ser comunicados ao
poder concedente.
Decreto 2003/96: “Regulamenta a produção de energia elétrica por Produtor Independente e
por Autoprodutor e dá outras providências.”
Art. 5º. O aproveitamento de potencial hidráulico igual ou inferior a 1.000 kW e a
implantação de usina termelétrica de potência igual ou inferior a 5.000 kW independem de
concessão ou autorização, devendo, entretanto, ser comunicados ao órgão regulador e
fiscalizador do poder concedente, para fins de registro.
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Resolução ANEEL N.º 395 (04/12/98): Estabelece os procedimentos gerais para registro e
aprovação de estudos de viabilidade e projeto básico de empreendimentos de geração
hidrelétrica, assim como da autorização para exploração de centrais hidrelétricas até 30 MW e
dá outras providências.
Art. 1º: ... “IV - disciplinar a comunicação quanto à realização dos aproveitamentos
hidrelétricos até 1.000 kW.”
CAPÍTULO VI - Da Comunicação dos Aproveitamentos Hidrelétricos com potência igual ou
inferior a 1.000 kW.
Art. 22. Os aproveitamentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 1.000 kW deverão
ser comunicados à ANEEL, conforme o art. 8º da Lei n.º 9.074, de 7 de julho de 1995, de
acordo com formulário1 a ser disponibilizado pela ANEEL.
§ 1º O aproveitamento de potencial hidráulico de que trata este artigo, que vier a ser afetado
por aproveitamento ótimo de curso d’água, não acarretará ônus de qualquer natureza ao
Poder Concedente.
§ 2º A comunicação referida no caput deste artigo não exime o interessado das
responsabilidades quanto aos aspectos ambientais e de recursos hídricos
Dependendo das peculiaridades (localização, obras civis, área de influência, etc) do projeto,
bem como a estrutura técnica disponível, o processo de licenciamento ambiental envolverá
órgãos das três esferas da administração pública. (Federal, Estadual e Municipal).
Resolução CONAMA nº 1/86:
Art. 2º Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de
impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e
da Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMA em caráter supletivo, o licenciamento de
atividades modificadoras do meio ambiente, tais como:
...
VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;
VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins
hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para
navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d’água, abertura de barras e
embocaduras, transposição de bacias, diques;
...
Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima
de 10MW;
1 Link http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/leitura_arquivo/arquivos/Formulario_de_Registro_CGH.pdf
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Resolução CONAMA nº 237/97
Art. 2º A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de
empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de
causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental
competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.
§ 1o Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos e as atividades
relacionadas no anexo 1, parte integrante desta Resolução.
§ 2o Caberá ao órgão ambiental competente definir os critérios de exigibilidade, o
detalhamento e a complementação do anexo 1, levando em consideração as especificidades,
os riscos ambientais, o porte e outras características do empreendimento ou atividade
ANEXO I
Obras civis
- rodovias, ferrovias, hidrovias, metropolitanos.
- barragens e diques
- canais para drenagem
- retificação de curso de água
- abertura de barras, embocaduras e canais.
- transposição de bacias hidrográficas
- outras obras de arte.
Resolução CONAMA nº 279/01
Estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental simplificado de empreendimentos
elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental.
Art. 1º Os procedimentos e prazos estabelecidos nesta Resolução aplicam-se, em qualquer
nível de competência, ao licenciamento ambiental simplificado de empreendimentos
elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental, aí incluídos:
I - Usinas hidrelétricas e sistemas associados;
II - Usinas termelétricas e sistemas associados;
III - Sistemas de transmissão de energia elétrica (linhas de transmissão e subestações);
IV - Usinas Eólicas e outras fontes alternativas de energia.
Parágrafo único. Para fins de aplicação desta Resolução, os sistemas associados serão
analisados conjuntamente aos empreendimentos principais.
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CONSIDERAÇÕES:
A dispensa de concessão, permissão ou autorização, está relacionada com a exploração de
serviços e instalações de energia elétrica e de aproveitamento energético dos cursos de água
(no caso da CGH), incluindo os trâmites da Agência Reguladora (ANEEL) e NÃO com os
procedimentos para obtenção das Licenças e/ou Autorizações Ambientais.
Adicionalmente, com base no exame da legislação pertinente, é possível constatar que o
processo de obtenção das Licenças Ambientais associadas aos empreendimentos pode ser
extenso e dispendioso. Porém, o empreendedor poderá reduzir custos e prazos, reunindo-se
(na fase dos estudos de viabilidade) com os órgãos ambientais competentes.
Outro fator decisório (além do impacto ambiental) na definição da implantação de um
determinado empreendimento é aceitação por parte da Comunidade Local. Lembrando que
este fator também deve ser considerado na fase inicial dos estudos de viabilidade, ou seja,
deve ser realizado um forte trabalho político anterior à tomada de decisão da instalação do
empreendimento.
Cabe destacar que a Legislação (técnica e ambiental) envolvida no processo de implantação do
empreendimento hidrelétrico é bastante ampla e requer condução por profissionais
habilitados e capacitados, geralmente, por equipes multidisciplinares.
APÊNDICE:
Resolução ANEEL nº 652, (09/12/03): Estabelece os critérios para o enquadramento de
aproveitamento hidrelétrico na condição de Pequena Central Hidrelétrica (PCH).
Art. 3º Será considerado com características de PCH o aproveitamento hidrelétrico com
potência superior a 1.000 kW e igual ou inferior a 30.000 kW, destinado a produção
independente, autoprodução ou produção independente autônoma, com área do reservatório
inferior a 3,0 km².
A potência instalada determina se a usina é de grande ou médio porte ou uma Pequena
Central Hidrelétrica (PCH). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adota três
classificações:
Centrais Geradoras Hidrelétricas (com até 1 MW de potência instalada),
Pequenas Centrais Hidrelétricas (entre 1,1 MW e 30 MW de potência instalada)
Usina Hidrelétrica de Energia (UHE, com mais de 30 MW).