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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LESTE DE MINAS GERAIS – UNILESTEMG
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
LEILIANE SOUSA FRANCO
CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
UM ESPAÇO DE REFERÊNCIA DA BIOARQUITETURA PARA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL NA REGIÃO METROPOLITANA DO VALE DO AÇO
Coronel Fabriciano
2013
1
LEILIANE SOUSA FRANCO
CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
UM ESPAÇO DE REFERÊNCIA DA BIOARQUITETURA PARA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL NA REGIÃO METROPOLITANA DO VALE DO AÇO
Monografia apresentada ao Curso de
Arquitetura e Urbanismo do Centro
Universitário do Leste de Minas Gerais,
como requisito para obtenção do título de
Arquiteta e Urbanista.
Orientador: Ricardo Crochet
Coronel Fabriciano
20132
Dedico este trabalho a todos que de alguma
maneira tentam ajudar a preservar o nosso
planeta através da educação ambiental
transformando indivíduos conscientes por um
mundo melhor.
3
AGRADECIMENTOS
A Deus por Sua presença em todos os momentos em minha vida. Aos meus pais, meu irmão e minha cunhada que me ajudaram sempre. Ao meu orientador Ricardo Crochet pelos ensinamentos e dedicação. A todos professores que ao longo do curso conheci e me ensinaram tanto. Aos meus amigos que fiz ao longo do curso, especialmente a Kelly, Alexsandra, Luana, Carol e principalmente a Pâmela, pela sua companhia em todos os trabalhos e por sua paciência. A todos que me apoiaram ou que apenas fazem parte da minha vida. E a todos aqueles que contribuíram direta e indiretamente nesse trabalho.
4
A Arquitetura não pode salvar o mundo,
mas pode agir como um bom exemplo.
Alvar Aalto
5
RESUMO
A Educação Ambiental é vista hoje como uma possibilidade de formar indivíduos
conscientes em minimizar os impactos ao meio ambiente. Este trabalho é um
estudo para elaboração de um programa para um projeto arquitetônico de um
Centro de Educação Ambiental. Tendo em vista as demandas da Região do Vale
do Aço e as necessidades de um espaço para fomento da Educação Ambiental,
buscando estudar os conceitos da Educação Ambiental e desenvolvimento
sustentável, como um espaço arquitetônico pode influenciar na educação ambiental
e tornar-se um exemplo de sustentável, levando consideração as leis e diretrizes
ambientais. A proposta do projeto arquitetônico terá como ênfase a utilização das
técnicas da Bioarquitetura, como o objetivo de causar baixo impacto ambiental,
tornando-se referência de sustentabilidade. Podendo atender a demanda da 12ª
Companhia Policia Militar Independente Ambiental de Ipatinga-MG.
Palavras-chave: Bioarquitetura. Educação Ambiental. Sustentabilidade.
6
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01: Diagrama do Desenvolvimento Sustentável.........................................20Figura 02: Diagrama dos Sistemas integrados ao SEMAD................................... 29Figura 03: Fórum das Águas, premiações na Ponte Perdida............................... 33Figura 04: Hasteamento de bandeiras.................................................................. 33Figura 05: Grupo de Escoteiros recolhendo lixos nas margens da Cachoeira..... 33Figura 06: Policia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros monitorando............. 34
o leito do Rio DoceFigura 07: Portal do Projeto Enduro Escola.......................................................... 35Figura 08: Palestra da Polícia Ambiental.............................................................. 35Figura 09: Com apoio da Policia Ambiental, os estudantes plantam mudas........ 36Figura10: Acampamento na floresta..................................................................... 38Figura11: Visita das escolas ao Projeto Xerimbabo, 2011................................... 40Figura12: Artesanatos de reciclagem de materiais, 2012..................................... 40Figura13: Quiosques educativos com artesanatos, 2012..................................... 41Figura 14: Centro de Educação Ambiental – Oikós.............................................. 42Figura 15: Centro de Convivência......................................................................... 42Figura 16: Viveiro de mudas.................................................................................. 42Figura 17: Horta..................................................................................................... 43Figura 18: Composteira......................................................................................... 43Figura 19: Meliponário........................................................................................... 43Figura 20: Lagoa....................................................................................................44Figura 21: Brinquedos de eucalipto....................................................................... 44Figura 22: Visita das escolas na Fazenda Macedônia.......................................... 45Figura 23: Antiga fazenda –Area Administrativa................................................... 45Figura 24: Viveiros de Passaros – Protejo Mutum................................................ 46Figura 25: Espaço de Convivência....................................................................... 47Figura 26: Viveiros de Pássaros – Projeto Mutum............................................... 48Figura 27: Esquema de um CEA............................................................................49Figura 28: Esquema de uma casa construída usando os fundamentos............... 49 da bioarquitetura.Figura 29: Exemplo de telhado verde.....................................................................49Figura 30: banheiro seco compostável ................................................................ 52 Figura 31: Esquema do banheiro seco compostável .............................................55Figura 32: Um exemplo de filtro ecológico para a reciclagem da água .................57Figura 33. Construção de um telhado com mirim, canela, massaranduba.............58e jacaré.Figura 34: Esquema de edificação com placas fotovoltaicas.................................59Figura 35: Casa de madeira reflorestada ..............................................................60Figura 36: Escolas visitam a Ecolândia de Lavras ................................................61
7
Figura 37: Palestra no auditório da Ecolândia ........................................................62Figura 38: Centro de Educação Ambienta St@rt ....................................................62Figura 39: Vista do Teatro .......................................................................................63Figura 40: Corte do Teatro.......................................................................................64Figura 41: Vista da Fachada Lateral .......................................................................65Figura 42: Vista da Fachada Posterior ....................................................................65Figura 43: Levantamento ........................................................................................67Figura 44: Caminhoneiros passam às tardes no local a espera de serviços...........67Figura 46: Restaurante Popular ..............................................................................68Figura 47: Imagem Panorâmica do local de estudo para implantação....................68Figura 48: Imagem da mata que cerca o rio ...........................................................69Figura 49: Vista da R. Um, o lugaar é utilizado pela empresa de ônibus................69Figura 50: Quadras .................................................................................................70Figura 51: Pista da Moto Escola Figura ..................................................................70Figura 52: Levantamento ........................................................................................70Figura 53: Maria Fumaça ........................................................................................70Figura 54: Estação Pouso de Água Limpa ..............................................................71Figura 55: Estacionamento da Estação ..................................................................71Figura 56: Estacionamento com vista da Estação ..................................................72Figura 57: Oficina ....................................................................................................73Figura 58: Vista da praça da av. Marechal Cândido Rondon ..................................73Figura 59: Vista da praça da Av. Marechal Cândido Rondon .................................74Figura 60: Vista da praça da Av. Marechal Cândido Rondon .................................75
8
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CEA Centros de Educação Ambiental
CENEA Conferência Nacional de Educação Ambiental.
CNE Conselho Nacional de Educação
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
EA Educação Ambiental
FBCN Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza
FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
FNMA Fundo Nacional de Meio Ambiente
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
MEC Ministério da Educação e Cultura
MMA Ministério do Meio Ambiente
PNB Produto Nacional Bruto
PNEA Política Nacional de Educação Ambiental
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
PRONEA Programa Nacional de Educação Ambiental
SEMA Secretaria Especial do Meio Ambiente
SEMAM Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República
SINIMA Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente
SISNAMA Sistema Nacional de Meio Ambiente
SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente
UNCED Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento
UNESCO Organização das Nações Unidas para Educação, Ciências e Cultura
9
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................061.1. Problemática.......................................................................................061.2. Objetivos.............................................................................................071.3. Justificativa.........................................................................................071.4. Procedimentos Metodológicos............................................................07
2. REFERENCIALTEÓRICO ............................................................................082.1 Educação Ambiental: contexto geral ......................................................10
2.1.1 Finalidades da Educação Ambiental .......................................102.1.2 Objetivos da Educação Ambiental ..........................................102.1.3 Educação para Desenvolvimento Sustentável........................11
2.2 Educação Ambiental no Brasil ...............................................................122.3Educação Ambiental na Legislação Brasileira.........................................162.4 Educação Ambiental em Minas Gerais...................................................192.5 Educação Ambiental no Vale do Aço......................................................21
2.5.1 Educação Ambiental nas Empresas e Sociedade...................252.5.2 Educação Ambiental nas Escolas ...........................................29
2.6Centros de Educação Ambiental .............................................................302.6.1 Concepção Básica Centros de Educação Ambiental .............32
3. ARQUITETURA SUSTENTAVEL ................................................................333.1 Sustentabilidade na Bioarquitetura..........................................................333.1.1 Conceitos Básicos................................................................................343.1.2 Técnicas Construtivas .........................................................................35
4. OBRAS DE REFERÊNCIA ..........................................................................384.1Ecolândia - Educação Ambiental da Polícia Militar..................................384.2Centro Educação Ambiental St @ arte (A T @ il) ..................................39
5. PROPOSTA TCC2........................................................................................415.1Levantamento de dados...........................................................................425.2Demanda da 12ª CIA PM Ind. MAT.........................................................435.3Terreno da 12ª CIA PM Ind. MAT............................................................455.4Terreno Escolhido....................................................................................455.5Justificativa...............................................................................................485.6Programa..................................................................................................49
6. CONCLUSÃO...............................................................................................50REFERÊNCIAS..................................................................................................50ANEXO A – Seminário Arquitetura e Meio Ambiente.........................................521. INTRODUÇÃO
10
Durante muito tempo julgou-se que a Terra era um lugar de recursos
infinitos, que estes nunca seriam preocupação para a humanidade e que o
homem não poderia afetá-la de forma incisiva ou irreparável. Porém, a partir
da Revolução Industrial, que se espalhou pelo mundo com processos
produtivos geradores de riquezas, mas altamente poluentes, a degradação
ambiental inicia um percurso, que só pode ser freado com a participação
efetiva e conscientização de toda a sociedade (PINHEIRO, 2002, p. 11).
Preocupados com a poluição e o alerta contra o esgotamento dos recursos
naturais, no inicio da década de 60 surgiram os movimentos ambientalistas que
exigiam soluções e propostas de mudanças nas relações do homem com o meio
ambiente. Essas mobilizações ambientais ganharam força a partir da publicação do
livro Silent Spring (Primavera Silenciosa), da bióloga Rachel Carson, em 1962.
Teve o principal objetivo de sensibilizar a Comunidade Internacional para as
degradações ambientais que estavam ocorrendo e as conseqüências que poderiam
trazer à qualidade de vida para as futuras gerações.
Sensibilizados com a crescente crise ambiental, a União das Nações Unidas
(ONU) e a União Internacional pela Preservação da Natureza chamam atenção da
Comunidade Internacional para a crescente crise ambiental em 1969, definiu o
termo “preservação” como “o uso racional do meio ambiente a fim de alcançar a
mais elevada qualidade de vida para a humanidade”.
Em 1970 nos Estados Unidos, inicia-se o uso da expressão Environmental
Education (Educação Ambiental), sendo a primeira nação a aprovar a Lei sobre
Educação Ambiental (EE Act). A Educação Ambiental passou a ser uma esperança
para desenvolvimento de indivíduos conscientes para preservação do meio
ambiente para as futuras gerações (Dias 2004).
1.1 Problemática11
Na Região do Vale do Aço, a Educação Ambiental acontece de forma não-
formal, ou seja, feita de forma difusa e temporária, por meios de comunicação,
programas e campanhas educativas em escolas, universidade e espaços
específicos. Hoje, encontramos com mais freqüência projetos ambientais
promovidos pelos setores privados (empresas, indústrias, bancos entre outras).
Nas escolas é passada de forma teórica e não-formal, muitas vezes sem sucesso,
necessitando integrar as aulas práticas com atividade extra-classe, que geralmente
são feitas através de visitas em espaços que promovem a educação ambiental na
região.
Existe um Centro de Educação Ambiental na região e alguns espaços que
promovem a educação ambiental de forma temporária, pertencentes às grandes
indústrias como forma de gestão ambiental e responsabilidade social. Estes
espaços estão localizados em reservas de preservação particular, distantes dos
centros urbanos e não há uma integração com a comunidade, de forma que o
espaço é pouco visitado, funcionando somente em datas especificas.
Entre outros projetos ocorrem também eventos de educação ambiental em
datas especificas promovidas por ONGs, grupos ambientalistas e principalmente
pela Polícia Militar Ambiental da região. Essa forma de abordagem é válida, porém
abrange um público especifico, sendo um número menor de pessoas beneficiadas.
1.2 Objetivo
12
Este trabalho tem o objetivo de desenvolver um programa para criação do
projeto arquitetônico de um Centro de Educação Ambiental, tendo em vista as
demandas da Região do Vale do Aço e as necessidades de um espaço para
fomento da Educação Ambiental, diante das principais primícias:
_ Estudar os conceitos da Educação Ambiental e desenvolvimento sustentável;
_ Estudar como o espaço arquitetônico pode influenciar na educação ambiental e
tornar-se um exemplo de sustentabilidade.
_ Estudar as leis e diretrizes ambientais;
_ Estudar a infra-estrutura necessária para o projeto arquitetônico;
_ Levantar os dados da área de estudo e toda região próxima;
1.3 Justificativa
Segundo a Lei Federal de nº 9795/99 que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental (PNEA), define que a educação ambiental é de
responsabilidade de todos os setores da sociedade promove-la e toda comunidade
tem direito a ela.
Diante da problemática dos espaços que ocorrem projetos de educação
ambiental na Região do Vale do Aço; este estudo busca resolver a carência de um
espaço arquitetônico para abrigar os projetos que hoje acontecem de forma isolada
e temporária, assim, desenvolvendo práticas educativas integrada, continua e
permanente para toda a comunidade e redes de ensino.
1.4 Procedimentos metodológicos
13
Esta monografia de graduação está organizada em seis capítulos nos quais
o desenvolvimento deste estudo objetivou a um programa que possibilitará a
elaboração de um projeto arquitetônico para o Trabalho de Conclusão de Curso.
A primeira parte deste trabalho se refere uma breve introdução do tema,
apresentado a problemática da região estudada, em seguida são especificados os
objetivos e justificativas deste estudo.
O segundo capítulo condiz ao referencial teórico, onde esta expressa
brevemente o histórico do tema, suas características, objetivos e sua aplicação em
vários parâmetros social, educacional e regional. Logo em seguida como ela pode
ser aplicada de forma continua e permanente em um espaço arquitetônico.
No terceiro capítulo dando embasamento ao projeto arquitetônico com
conceitos sustentáveis, são citadas técnicas construtivas de bioarquitetura que
poderá ser aplicada no projeto arquitetônico.
O quarto capítulo constitui as obras de referência, que trazem bons
exemplos de arquitetura sustentável aplicados em centros de educação ambiental,
que serão uma referência para o próximo projeto arquitetônico.
O quinto capítulo refere-se ao estudo de um programa para um projeto
arquitetônico que será produzido como Trabalho de Conclusão de Curso. Este
estudo contém levantamentos de dados, características do terreno escolhido como
possibilidade de implantação, demanda para justificativa deste estudo,
mapeamento do local e a organograma/fluxograma da proposta.
No último capitulo são apresentados os resultados e a conclusões deste
estudo.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
14
2.1 Educação Ambiental: contexto geral
A expressão environmental education (educação ambiental), foi ouvida pela
primeira vez na Grã-Bretanha, em 1965. Mas, somente em 1970 nos Estados
Unidos, foi aprovada a primeira Lei de Educação Ambiental (EE Act). Preocupados
com a poluição e o alerta dos esgotamentos, outros países desenvolvidos
começaram a aderir a Lei de Educação Ambiental, tornando uma preocupação em
nível mundial.
Segundo (Dias, 2004)¹, em 1972 o Clube de Roma publica o relatório The limits
of growth (Os limites do crescimento), que estabelece modelos globais baseados
nas técnicas pioneiras de análise de sistemas, projetados para predizer como
seria o futuro se não houvesse modificações ou ajustamentos nos modelos de
desenvolvimento econômico adotados. Os modelos demonstram que o crescente
consumo geral levaria a humanidade a um limite de crescimento, possivelmente a
um colapso. Os políticos rejeitaram as observações. Entretanto, o livro atingiu em
parte, seu objetivo: alertar a humanidade para a necessidade de maior prudência
nos seus estilos de desenvolvimento (Mesarovic e Pestel, 1975).
A Educação Ambiental fortaleceu a partir da Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente, realizado em Estocolmo, em 1972, que estabeleceu
segundo Lima (1984):
Uma abordagem multidisciplinar para nova área de conhecimento, abrangendo
todos os níveis de ensino, incluindo o nível não formal, com a finalidade de
sensibilizar a população para os cuidados ambientais.
Diante dessa abordagem, segundo Dias (2004), produziu a Recomendação 96
que nomeia o desenvolvimento da Educação Ambiental como um dos elementos
mais críticos para que possa combater rapidamente a crise ambiental do mundo,
que possa torna possível o desenvolvimento de novos conhecimentos e
habilidades, valores e atitudes, visando à melhoria da qualidade ambiental e
qualidade de vida para gerações presentes e futuras.
15
Segundo a ONU, essa abordagem estabeleceu a base da agenda ambiental do
sistema das Nações Unidas.
“Chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações
em todo o mundo, com maior atenção para as consequências ambientais.
Através da ignorância ou da indiferença podemos causar danos maciços e
irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem-estar dependem.
Por outro lado, através do maior conhecimento e de ações mais sábias,
podemos conquistar uma vida melhor para nós e para a posteridade, com
um meio ambiente em sintonia com as necessidades e esperanças
humanas…”
“Defender e melhorar o meio ambiente para as atuais e futuras gerações se
tornou uma meta fundamental para a humanidade.”
(ESTOCOLMO, 1972, p. 6)
Esta Conferência foi um marco para Educação Ambiental, bem como as que
lhe deram continuidade, firmou um novo entendimento a respeito das relações
entre o meio ambiente e o ser humano, fortalecendo como instrumento e criando
programas para solucionar os problemas ambientais.
2.1.1 Finalidades da Educação Ambiental
Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes, e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade (MEDAUAR, 2007, p.407).
Dias (2004, p.109) define a Educação Ambientes em três finalidades:
1. Promover a compreensão da existência e da importância da
interdependência econômica, social, política e ecológica.
A EA não pode ser vista apenas no ponto de vista “ecológico”, sem levar em
conta os problemas políticos, econômicos e sociais que fazem parte do nosso
cotidiano como (a fome, miséria, corrupção, injustiça social, violência entre outras).
16
2. Proporcionar a todas as pessoas a possibilidade de adquirir os
conhecimentos, o sentido dos valores, o interesse ativo e as atitudes
necessárias para protegerem e melhorarem o meio ambiente.
A EA deve ir onde estiverem pessoas reunidas, não importa onde seja, na
escola, nas associações comunitárias, religiosas, culturais, esportivas e
profissionais. Devem tratar em seu cotidiano as realidades econômicas, sociais,
culturais, políticas e ecológicas.
3. Induzir novas formas de conduta, nos indivíduos e na sociedade, a respeito
do meio ambiente.
É de responsabilidade individual e coletiva promover e praticar a educação
ambiental, em suas realidades em todo lugar.
Essas finalidades fizeram surgir o Desenvolvimento Sustentável, uma das
estratégias principais da educação ambiental para viveremos em equilíbrio com
meio ambiente e obtendo melhor qualidade de vida.
2.1.2 Objetivo da Educação Ambiental
A Resolução nº 96 da Conferência de Estocolmo recomendou a Educação
Ambiental de caráter interdisciplinar com o objetivo de preparar o ser humano para
viver em harmonia com o meio ambiente. Para implementação dessa Resolução,
em 1.975, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciências e Cultura -
UNESCO e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA,
realizaram o Seminário Internacional sobre Educação Ambiental, na qual foi
aprovada a Carta de Belgrado onde se encontram os elementos básicos para
estruturar um programa de educação ambiental em diferentes níveis, nacional,
regional ou local. De acordo com José Carlos Barbieri (2002)¹ esses elementos
são:
17
1. Conscientização: contribuir para que indivíduos e grupos adquiram
consciência e sensibilidade em relação ao meio ambiente como um todo e
quanto aos problemas relacionados com ele;
2. Conhecimento: propiciar uma compreensão básica sobre o meio ambiente,
principalmente quanto às influências do ser humano e de suas atividades;
3. Atitudes: propiciar a aquisição de valores e motivação para induzir uma
participação ativa na proteção ao meio ambiente e na resolução dos
problemas ambientais;
4. Habilidades: proporcionar condições para que os indivíduos e grupos
sociais adquiram as habilidades necessárias a essa participação ativa;
5. Capacidade de avaliação: estimular a avaliação das providências
efetivamente tomadas em relação ao meio ambiente e aos programas de
educação ambiental;
6. Participação: contribuir para que os indivíduos e grupos desenvolvam o
senso de responsabilidade e de urgência com respeito às questões
ambientais.
2.1.3 Educação para Desenvolvimento Sustentável
Esse é o tipo de desenvolvimento que proporciona melhorias reais na
qualidade da vida humana e ao mesmo tempo conserva a vitalidade e
diversidade da terra. O objetivo é um desenvolvimento que seja sustentável.
Hoje isso pode parecer visionário, mas é um objetivo alcançável. Para um
número cada vez maior de pessoas, essa também parece ser a única opção
sensata. (Estratégia de Conservação Mundial, IUCN, UNEP e WWF, 1980)
O termo desenvolvimento sustentável surgiu em 1987, utilizado pela primeira
vez na União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN), numa
publicação em Gland, na Suíça. Que gerou um relatório inovador titulado “Nosso
Futuro Comum” – que traz o conceito de desenvolvimento sustentável para o
discurso público.
“O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as
necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações
de atender suas próprias necessidades.”
18
“Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de
mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos
investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança
institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para
satisfazer as aspirações e necessidades humanas.”
— do Relatório Brundtland, “Nosso Futuro Comum”
O termo foi colocado com um novo paradigma cujos princípios seriam
(MONTIBELLER-FILHO, 2001; OLIVEIRA, 2006):
- Integrar conservação da natureza com desenvolvimento;
- Satisfazer as necessidades humanas fundamentais;
- Perseguir equidade e justiça social;
- Respeitar a diversidade cultural e buscar a autodeterminação social;
- Preservar a integridade ecológica.
Para Mikhail Gorbachey, presidente da Cruz Verde, a Carta da Terra é o
“terceiro pilar” do Desenvolvimento Sustentável. Sendo o primeiro pilar é a Carta
de Fundação das Nações Unidas; o segundo é a Declaração dos Direitos
Humanos.
Na Conferência Rio-92, foi aprovada a Carta da Terra, que estabelece um
compromisso mundial, em busca de um modo de vida justo e sustentável. Os
valores definidos foram: liberdade, igualdade, solidariedade, tolerância, respeito à
natureza, responsabilidade compartilhada.
De acordo com o diagrama abaixo, o desenvolvimento sustentável pode ser
dividido em três componentes: a Sustentabilidade Ambiental, Sustentabilidade
Econômica e Sustentabilidade Social.
19
Figura 01: Diagrama do Desenvolvimento SustentávelFonte: INFAP
O Desenvolvimento Sustentável esta diretamente ligada aos elementos de
caráter Social, Ambiental e Econômico. Dessa forma, poderão desenvolver projetos
e tecnologias menos impactantes ao ambiente, economicamente viável e acessível
à sociedade.
2.2 Educação Ambiental no Brasil
No início pensei que estava lutando para preservar as seringueiras, depois
achei que estava lutando para preservar a floresta Amazônica. Agora, sei
que estou lutando para a humanidade. (Chico Mendes)
Na década de 50, não havia preocupação com aspectos ambientais no Brasil.
Existiam normas que se limitavam aos aspectos relacionados principalmente com o
saneamento e soluções para os problemas de secas e enchentes, que levou a
criação de órgãos públicos para solucionar essas questões, como a Departamento
de Obras Contra as Secas (DNOCS) em 1945; o Código de Águas em 1934; o
Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) criado em 1942; e a Patrulha Costeira,
criada em 1955 (IBAMA, 2007).
Em 1958 foi criada a Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza –
FBCN, que foi a mais importante ONG conservacionista do Brasil.
20
Em 1968, o Governo brasileiro participou da Conferência Internacional
promovida pela UNESCO, sobre a Utilização Racional e a Conservação dos
Recursos da Biosfera. Neste evento foram definidas as bases de criação de um
programa internacional dedicado ao Homem e à Biosfera (MAB - Man and
Biosphere), que foi criado em 1970, cujo objetivo era melhorar o relacionamento do
homem com o meio ambiente.
Em 1970, enquanto os países desenvolvidos criavam leis de incentivo a
Educação Ambiental; o Brasil ao contrário dos outros países, iniciou o projeto
Grande Carajás, com a construção de 900 km de ferrovia (Pará-Maranhão) e da
Usina Hidrelétrica de Tucuruí, para exploração de 890 mil km² de região
amazônica. Segundo Dias (2004), graves problemas ambientais decorreram
daqueles empreendimentos mal planejados e continuam até os dias atuais.
Em 1972 aconteceu a Conferência de Estocolmo, que foi decisiva para
surgimento de políticas de gerenciamento ambiental, onde criou a recomendação
nº 96 que reconhece o desenvolvimento da EA como elemento crítico para o
combate à crise ambiental do mundo.
Segundo Dias (2004), essa conferência trouxe controvérsias, pois os
representantes dos países em desenvolvimento acusavam os países
industrializados de querer limitar seus programas de desenvolvimento industrial,
usando a desculpa da poluição, como um meio de inibir a capacidade de
competição dos países pobres. Enquanto os representantes do Brasil pediam mais
poluição, pois isso significava desenvolvimento, dizendo que o país não se
importaria em pagar o preço da degradação ambiental desde que o resultado fosse
o aumento do PNB (Produto Nacional Bruto). O delegado brasileiro fez uma
declaração que a poluição foi um sinal de progresso e o ambientalismo era um luxo
dos países desenvolvidos. (HOGAN, 2000)
Com isso, os países desenvolvidos começaram a implantar grandes
empreendimentos no Brasil e a ter interesse em nossas riquezas ambientais como
à floresta amazônica muito cobiçada pelo EUA.
21
Somente a partir de 1981, através da Secretaria Especial do Meio Ambiente
– SEMA teve a criação da primeira lei ambiental no país, a Lei nº 6.902 destinada à
proteção do meio ambiente.
No mesmo ano, governo federal iniciou a criação de diversas unidades de
conservação como parques nacionais, reservas ecológicas reservas biológicas,
estações ecológicas, área de proteção ambiental e áreas de relevante interesse
ecológico.
Pela primeira vez, em 5 de outubro de 1988, a Constituição Federativa
dedicou um capitulo inteiro ao meio ambiente, sendo um passo decisivo para a
formulação da política ambiental brasileira, dividiu a responsabilidade pela
preservação e conservação do meio ambiente entre o governo e a sociedade.
Em 1990, foi criada a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da
República – SEMAM, que tinha o IBAMA seu órgão gerenciador da questão
ambiental, responsável por formular, coordenar, e executar a Política Nacional do
Meio Ambiente e da preservação, conservação e uso racional, fiscalização,
controle e fomento dos recursos naturais renováveis.
Em 1992, aconteceu no Brasil a RIO 92, a Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Unced) ressalta:
“A Educação Ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões sócio-
econômica, política, cultural e histórica não podendo se basear em pautas
rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e
estágios de cada país, região e comunidade, sob uma perspectiva histórica.
Assim sendo, a Educação Ambiental deve permitir a compreensão da
natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre
os diversos elementos que confirmam o ambiente, com vistas a utilizar
racionalmente os recursos do meio na satisfação material e espiritual da
sociedade, no presente e no futuro”.
A Conferência Rio-92 teve como objetivos:
a) Examinar a situação ambiental do mundo e as mudanças ocorridas depois
da Conferência de Estocolmo;
22
b) Identificar estratégias regionais e globais para ações apropriadas referentes
às principais questões ambientais;
c) Recomendar medidas a serem tomadas, nacional e internacionalmente,
referentes à poluição ambiental através de política de desenvolvimento
sustentado;
d) Promover o aperfeiçoamento da legislação ambiental internacional;
e) Examinar estratégias de promoção do desenvolvimento sustentável e da
eliminação da pobreza nos países em desenvolvimento, entre outros.
Somente 20 anos depois da Conferência de Estocolmo outra Conferência teve
grande importância, a RIO-92 que deu inicio do desenvolvimento sustentável que é
visto como modelo a ser buscado. Nomeou a Agenda 21 como um Plano de Ação
para sustentabilidade humana e reconhecendo a Educação Ambiental como o
processo estratégico. Dentre outros documentos importantes foram produzidos
pela Conferência e aprovados por vários países, dando inicio a uma temporada de
eventos internacionais para divulgação e aplicação da Agenda 21.
Em 1993, atendendo as sugestões da Agenda 21, iniciam projetos de
implantação de Centros Nacionais e Regionais em Educação Ambiental, junto com
o MEC - Ministério da Educação e Cultura, formaliza os Centros de Educação
Ambiental - CEA.
Em 1994, o Presidente da Republica aprovou o Programa Nacional de
Educação Ambiental – Pronea, que tem o objetivo instrumentalizar politicamente o
processo de EA no Brasil.
Em 1995, o Ministério do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos e da
Amazônia Legal – MMA, cria o Grupo de Trabalho de Educação Ambiental
(Portaria 353/96). Em seguida, assinam protocolo de compromisso com o MEC,
que surgiria a I Conferencia Nacional de Educação Ambiental – Brasil 20 anos de
Tbilisi.
Em 1997 a Coordenação do MEC de Educação Ambiental, criaram um
Banco de Dados de Projetos e Atividades de EA, já acontecia mais de 1.200
experiências em Educação Ambiental implementadas em todo o país. No mesmo
23
ano, em Brasília realizou se a 1ª Conferência Nacional de Educação Ambiental
(CENEA), que se tornou um marco na evolução da EA no Brasil.
Em 2000, incentivado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento), o MMA elaborou o documento Cidades Sustentáveis, com
quatro estratégias prioritárias para avançar em direção a uma maior
sustentabilidade nas cidades brasileiras no período de dez anos. As estratégias
são OLIVEIRA (2006):
1- Uso e ocupação do solo urbano: aperfeiçoar a regulamentação do uso e da
ocupação do solo e promover o ordenamento do território, contribuindo para a
melhoria das condições de vida da população, promovendo a eqüidade, eficiência e
qualidade ambiental;
2- Promover o desenvolvimento institucional, e o fortalecimento da capacidade de
planejamento e gestão democrática da cidade, incorporando ao processo a
dimensão ambiental e assegurando a participação da sociedade;
3- Mudanças nos padrões de produção e consumo da cidade, reduzindo custos e
desperdícios e estimulando o desenvolvimento de tecnologias urbanas
sustentáveis;
4- Instrumentos econômicos, desenvolver e promover suas aplicações no
gerenciamento dos recursos naturais, prevendo a cobrança pelos mesmos e
criando incentivos econômicos e tributários como o ICMS ecológico.
Reuniões deram continuidade em várias partes do mundo, com objetivo de
monitorar e implementar o programa da Agenda 21. A Assembléia Geral declarou
que os períodos entre 2005 e 2014 como a Década das nações Unidas da
Educação para o Desenvolvimento Sustentável. Tendo a Organização das Nações
Unidas para Educação, Ciências e Cultura (UNESCO) como a principal agência.
Completando 20 anos da última Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, em 2012 aconteceu a Conferência Rio+20, sobre
Desenvolvimento Sustentável, que tratou basicamente de dois temas segundo
(MMA, 2012): a “economia verde” no contexto da erradicação da pobreza e a
24
estrutura de governança para o desenvolvimento sustentável no âmbito das
Nações Unidas, além de renovar o compromisso mundial da Rio-92, sobre a
sustentabilidade e avaliou o progresso alcançado nesses últimos 20 anos.
A conferência não teve grande sucesso, recebeu criticas das delegações e
organizações não-governamentais sobre o documento “O Futuro Que Nós
Queremos” produzido para conferência, foi classificado por eles como “fraco”,
“pouco ambicioso” e falta de “ações concretas”, pois em 20 anos, obteve pouco
avanço em propostas de implementação das ações voltadas ao desenvolvimento
sustentável e outras soluções de preservação do meio ambiente. Porém, o mesmo
texto foi assinado por todos governantes e ONGs presentes, comprometendo a
usar os recursos naturais de forma responsável.
2.3 Educação Ambiental na Legislação Brasileira
As iniciativas de educação ambiental já apareciam em diversos textos legais
na década de 60, tal como o Código Florestal instituído pela Lei 4.771 de 1965, que
estabelece a semana florestal a ser comemorada obrigatoriamente nas escolas e
outros estabelecimentos públicos. Mas somente em 1981, pela primeira vez a
educação ambiental aparece de modo integrado na legislação brasileira, na Lei
6.938 que instituiu de acordo com o artigo:
Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida,
visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
Em 1988, essa lei foi recepcionada pela Constituição Federal no Capitulo VI
dedicado ao meio ambiente, que incluiu o conceito de desenvolvimento sustentável
no seguinte artigo:
Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
25
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações.
Para assegurar a efetividade dessa lei, tornou se dever do Poder Público,
entre outras providências, promover a educação ambiental em todos os níveis de
educação e ambientes públicos, a conscientização para preservação do meio
ambiente, diante do seguinte texto legal:
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo
controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas
jurisdições; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
§ 1º - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua
jurisdição, elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados
com o meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA.
Diante do parágrafo § 1º, todos os Estados estabeleceram uma disposição
especifica sobre o meio ambiente e educação ambiental em suas constituições.
Destaca se a Lei nº 15.441, de 11 de janeiro de 2005, do Estado de Minas
Gerais. Foram decretados os principais artigos:
Art. 1º A educação ambiental é um componente essencial e permanente da
educação e será desenvolvida, de forma articulada com os demais conteúdos, em
todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-
formal, observada a legislação federal.
Art. 2º Entende-se por educação ambiental os processos para aquisição,
pelo indivíduo e pela coletividade, de valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltados para a conservação e a sustentabilidade do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida.
26
Na Lei Federal Nº 9.795/99, de 27 de abril de 1999, definiu a Educação
Ambiental como:
“(...) processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”.
De acordo com essa Lei, a educação ambiental é responsabilidade de todos,
cabendo ao Poder Público, às instituições educativas, aos órgãos integrantes do
Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), aos meios de comunicação, às
empresas, entidades, instituições públicas e privadas e toda sociedade. Fazendo
sua parte seja incentivando, disseminando, promovendo ou até participando de
ações da EA, que definem seus princípios e objetivos nos seguintes artigos:
Art. 2º estabelece que a Educação Ambiental deva estar presente de forma
articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter
formal (espaço escolarizado) e não-formal.
Art. 4° São princípios básicos da educação ambiental:
I – o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo;
II – a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a
interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o
enfoque da sustentabilidade;
III – o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da
inter, multi e transdisciplinaridade;
IV – a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
V – a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
VI – a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII – a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais
e globais;
27
VIII – o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade
individual e cultural.
Art. 5° São objetivos fundamentais da educação ambiental:
I – o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas
múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos,
legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
II – a garantia de democratização das informações ambientais;
III – o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática
ambiental e social;
IV – o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na
preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade
ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;
V – o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e
macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente
equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade,
democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
VI – o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia;
VII – o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade
como fundamentos para o futuro da humanidade.
De acordo com a Coordenação-Geral de Educação Ambiental – COEA
(2004), essa Lei acolheu muitas idéias apontadas nas diversas conferências
internacionais, o que conferiu à EA um caráter sócio-ambiental decorrente das
propostas de desenvolvimento sustentável. Assim, tornar efetiva a EA em todo os
níveis e modalidades de constitui um imperativo não só diante da atual legislação,
mas diante da necessidade de dar soluções adequadas aos graves problemas
afetam o Planeta. Uma das questões problemáticas da EA concerne à necessidade
de torná-la parte da formação de profissionais de nível superior, pois em relação ao
28
ensino fundamental, o Ministério de Educação propôs sua introdução por meio de
um programa nacional de formação continuada.
2.4 Educação Ambiental em Minas Gerais
No Seminário Arquitetura e Meio Ambiente, apresentado no dia 9 de abril de
2013, pelo Professor Especialista em Gestão Ambiental Wesley Chaves, na
Unileste-MG em Coronel Fabriciano. (Segue o ANEXO A: Seminário Arquitetura e
Meio Ambiente).
Apresentou a importância da Educação Ambiental e os Sistemas Estaduais
de Meio Ambiente de Minas Gerais que promovem a preservação e fiscalização do
meio ambiente, e a Lei 9.795/99, Art. 1º:
“Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o
individuo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida
e sua sustentabilidade.”
Para implementação de uma Política de Gestão Ambiental integrada no
Estado de Minas Gerais, o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos (SISEMA), vem trabalhando de forma articulada com os principais órgãos
que compõem, são: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável (SEMAD), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Mineiro de
Gestão das Águas (IGAM), Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) Polícia
Militar de Meio Ambiente.
29
Figura 02: Diagrama dos Sistemas integrados ao SEMADFonte: Cartilha Minas Educa Para a Sustentabilidade (2010)
SEMAD - Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
é responsável pela coordenação do Sistema Estadual do Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (SISEMA). Planeja, executa, controla e avalia as ações setoriais
a cargo do Estado relativas à proteção e à defesa do meio ambiente, à gestão dos
recursos hídricos e à articulação das políticas de gestão dos recursos ambientais
para o desenvolvimento sustentável. (SEMAD,2013)
CERH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos visa assegurar o controle da
água e sua utilização em quantidade e qualidade. Tem como finalidade promover o
aperfeiçoamento dos mecanismos de planejamento, compatibilização, avaliação e
controle dos recursos hídricos do Estado, tendo em vista os requisitos de volume e
qualidade necessários aos seus múltiplos usos. (Conselhos MG, 2013)
COPAM – Conselho Estadual de Política Ambiental é um órgão normativo,
colegiado, consultivo e deliberativo, subordinado ao SEMAD. Tem por finalidade
deliberar sobre diretrizes, políticas, normas regulamentares e técnicas, padrões e
outras medidas de caráter operacional, para preservação e conservação do meio
ambiente e dos recursos ambientais, bem como sobre a sua aplicação pela
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, pelas
entidades a ela vinculadas e pelos demais órgãos locais. São considerados órgãos
locais os órgãos ou as entidades do Poder Público Municipal cujas atividades
estejam associadas às de proteção e controle do uso dos recursos ambientais.
(IGAM,2013)
30
Polícia Militar de Meio Ambiente – desenvolve ações direcionadas ao policiamento
comunitário, florestal e tráfico de animais silvestres. Promovem a educação
ambiental através de fóruns, palestras e oficinas.
IGAM – Instituto Mineiro de Gestão das Águas é responsável pelo planejamento e
administração de todas as ações voltadas para a preservação da quantidade e da
qualidade de águas em Minas Gerais. Coordena, orienta e estimulam a criação dos
comitês e agências de bacias hidrográficas, entidades que, de forma
descentralizada, integrada e participativa, gerenciam o desenvolvimento
sustentável da região onde atuam. (IGAM,2013)
FEAM – Fundação Estadual do Meio Ambiente, tem o objetivo de promover o
Desenvolvimento do Programa Ambientação por meio do monitoramento e
aperfeiçoamento nas instituições que o desenvolvem e implementação desse
Programa em órgãos, entidades e edificações da administração pública de Minas
Gerais; (FEAM,2013)
IEF - Instituto Estadual de Florestas, é responsável pela preservação e
manutenção das florestas do Estado, atua no desenvolvimento e execução das
políticas florestal, de pesca, de recursos naturais renováveis e de biodiversidade
em Minas Gerais. (IEF,2013)
NGA – Núcleos de Gestão Ambiental foi criado para prestar serviços de
gerenciamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final de resíduos de
saúde. (Geovisionasae, 2013)
Com o objetivo de articular, promover e coordenar as ações de educação
ambiental no estado de Minas Gerais, a SEMAD conta em sua estrutura com a
Diretoria de Educação e Extensão Ambiental (DEDUC), que é uma diretoria
temática, composta por técnicos de todos os órgãos que compõem o SISEMA.
(SEMAD,2013)
Destaca- se o Projeto de Policiamento Comunitário Ambiental de Minas
Gerais, desenvolvendo ações direcionadas para o policiamento comunitário,
adotando princípios para um bom relacionamento com pescadores e produtores
31
rurais, de forma a promover a conscientização da população sobre o uso
sustentável dos recursos naturais. Para isso, inovou em tecnologias para
patrulhamento terrestre e aquático, aliadas a um trabalho de valorização e
treinamento em relações humanas para os policiais. Desenvolvendo atividades de
Educação Ambiental integrado ao Programa Água Viva, (cartilha SEMAD, 2010):
• Fóruns Regionais de Educação Ambiental;
• Cursos de Educação Ambiental;
• Oficina de criatividade nas escolas;
• Cursos institucionais para técnicos do SISEMA e da Polícia Militar Ambiental
sobre a comunicação interpessoal e as relações com o homem do campo;
• Encontros, Seminários, Dias de Campo, orientações e blitz educativas voltadas
para produtores rurais e pescadores;
• Trabalho nas escolas públicas da bacia para obtenção da meta “Toda criança de
Ensino Fundamental alfabetizada ambientalmente na sub-bacia do rio Paracatu”.
Esse programa foi coordenado pela DEDUC e iniciado em 2007, contando
com a participação da SEMAD, do IEF, da FEAM, do IGAM e da Polícia Militar de
Meio Ambiente.
32
2.5 Educação Ambiental no Vale do Aço
Pior não é a exclusão social, a desigualdade de renda,
a falta de qualificação das pessoas, a fome. Pior não é a violência, a falta de justiça,
a degradação ambiental. Pior é a convivência com tudo isso.
Pior é o silêncio dos que sabem. Agenda 21 Catarinense
Na Região Metropolitana do Vale do Aço existem várias instituições que
promovem projetos de Educação Ambiental, destaca se:
A Décima Segunda Companhia Independente de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário (12ª Cia PM Ind MAT), que trabalha com campanhas
educativas na área ambiental, implantação e execução de diversos programas de
educação ambiental, controle do desmatamento e queimadas das reservas
florestais da região.
Alguns desses projetos educativos ocorrem principalmente em datas
comemorativas ao meio ambiente. Destaca se o Fórum das águas, realizado no
dia 22 de março, dia Mundial da Água; esse projeto é promovido pela Rede Ambiental Verde Vida em parceria com as prefeituras, juntamente com Polícia
Militar Ambiental, Fundação Aperam Acesita, Copasa, Associação Ora Pronobis,
IEF/Parque do Rio Doce, grupos de escoteiros e escolas da região; encontraram
para realização de uma caravana pelo Rio Doce saindo da ETE da Copasa em
Ipatinga até a Ponte Perdida no município de Ipaba, para realizações das
comemorações.
O projeto tem objetivo de conscientizar os estudantes e a comunidade,
através do passeio ecológico, plantio de mudas, recolhimento de lixo nas margens
da Cachoeira Santana do Paraíso; aprendem de forma prática a importância de
preservar e cuidar do meio ambiente.
33
Figura 03: Fórum das Águas, premiações na Ponte PerdidaFonte: Arquivo Pessoal
Figura 04: Hasteamento de bandeiras Fonte: Arquivo Pessoal
Figura 05: Grupo de Escoteiros recolhendo lixos nas margens da Cachoeira do SantanaFonte: Arquivo Pessoal
34
Figura 06: Policia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros monitorando o Rio Doce.Fonte: Arquivo Pessoal
A Rede Ambiental Verde Vida é um movimento ambientalista, criada em
2011 com o objetivo de desenvolver ações de conscientização e educação
ambiental na região do Vale do Aço, de caráter não-formal e temporário. Fundada
por um grupo composto por instituições com representações da sociedade civil,
comunidade local, redes de ensino, órgãos públicos, setores privados e a
participação importante da Polícia Ambiental da região. Sem fins lucrativos, todos
seus participantes são voluntários, porém não é registrada como ONG, desenvolve
projetos de educação ambiental principalmente em datas comemorativas ao meio
ambiente.
Outro movimento ambientalista existente na região é a Associação dos Amigos do Parque Estadual do Rio Doce – PERD, que foi criada em 2003, para
promover e defender a preservação da fauna, flora, recurso naturais e hídricos da
reserva natural do Parque do Rio Doce. (Amigos do PERD, 2013)
Contam com projetos diversos de conscientização ambiental integradas com
à Polícia Militar Ambiental, como: palestras de conscientização de queimadas
florestais, conscientização da pesca, desmatamento entre outros projetos de
educação ambiental; ocorre circuito turístico de visita ao Parque Estadual do Rio
Doce com escolas da região.
35
Figura 07: Portal do Projeto Enduro EscolaFonte:
http://aamigosdoperd.blogspot.com.br/2011_12_01_archive.html
Figura 08: Palestra da Polícia AmbientalFonte:
http://aamigosdoperd.blogspot.com.br/2011_12_01_archive.html
36
Figura 09: Com apoio da Policia Ambiental, os estudantes plantam mudas.Fonte: http://aamigosdoperd.blogspot.com.br/2011_12_01_archive.html
O Circuito Turístico Mata Atlântica de Minas, tem parceria com a Secretaria
de Estado de Turismo de Minas Gerais, Sebrae Minas, Polícia Militar Ambiental e a
Associação do Amigos do PERD, promovem o projeto “Enduro Escola”, no
município de Marliéria no Parque Estadual do Rio Doce, parte do Circuito Turístico
Mata Atlântica de Minas. (Amigos do PERD, 2013)
Esse projeto tem objetivo de conscientização dos estudantes a respeito da
importância da preservação do meio ambiente como um todo, não poluindo as
margens dos rios, lagos, nascentes, através de palestras, práticas do esporte de
aventura na natureza como o trekking (caminhada ecológica), além de incentivar o
conhecimento dos atrativos naturais e culturais da região do Circuito Turístico Mata
Atlântica de Minas.
Outra organização que promove educação ambiental, são os Grupos de
Escoteiros, participam dos projetos aqui citados, é um agente importante de
educação ambiental para jovens e crianças.
Na Região existem quatro Grupos de Escoteiros: Tapajós (Coronel
Fabriciano), Xavante (Ipatinga), Julio Verne (Ipatinga), Jequitibá (Timóteo).
37
A Organização Mundial do Movimento Escoteiro (OMME), é um movimento
de educação não-formal sem fins lucrativos da igreja católica, sendo hoje a maior
ONG do mundo. Fundada em Londres no ano de 1907 pelo Lorde
Robert Stephenson, introduzido no Brasil no ano de 1910 por intermédio de
marinheiros e oficiais da Marinha do Brasil.
É um movimento que complementa o trabalho da família, da escola e da
religião, buscando contribuir na formação de jovens, capazes de assumir seu
próprio desenvolvimento social, valores éticos, morais e humanos. É visto também
como um educador ambiental, segundo a organização escutista:
O Movimento Escoteiro tem um papel importante a desempenhar no
desenvolvimento dos cidadãos do mundo que têm uma conexão com a
natureza, uma compreensão do meio ambiente e de seu papel nele,
atuando para assegurar o futuro responsável de nosso planeta.
(www.scout.org, 2012)
A participação é voluntária, inicia com idade mínima de 7 anos; as crianças e
jovens de ambos os sexos são divididos por “ramos” de acordo com a idade. Aos
21 anos é vista como fase adulta do movimento, podendo participar como
educador.
Figura00: Atividades educativas ao ar livre fazem parte do crescimento dos escoteiros.Fonte: www.anoticiarefgional.com.br, 2013.
38
Figura10: Acampamento na floresta.Fonte: www.jva.com.br,2013
Os encontros acontecem aos sábados nos centros escutistas, onde ocorrem
atividades muitas vezes ao ar livre, com objetivo de integrar os jovens ao meio
ambiente, para que assumem responsabilidade, consciência ambiental e
sobrevivência na mata.
2.5.1 Educação Ambiental nas Empresas
Segundo Lei Federal de nº 9795/99 artigo 3º do capítulo I, define:
Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à
educação ambiental, incumbindo: [...] V - às empresas, entidades de classe,
instituições públicas e privadas, promover programas destinados à
capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo
sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do
processo produtivo no meio ambiente[...].
Essas iniciativas educacionais relacionadas à temática ambiental aumentam
a cada dia em todo País, sendo aplicada nas empresas, fazem parte de um
Sistema de Gestão Ambiental com participação consciente de funcionários e
fornecedores, com o objetivo de torna se mediadora de um quadro crítico de
39
degradação ambiental. Sendo assim, a educação ambiental não é suficiente, mas é
um dos caminhos a seguir, sendo muito importante a mediação entre a relação
sociedade-natureza e empresa-comunidade, com o objetivo de tornar se referência
sócio- sustentável, gerando conscientização à preservação ambiental a toda
sociedade.
Todavia, esse processo de sensibilização e conscientização para as
questões ambientais voltado para o público interno das empresas, comunidade e
clientes, especialmente, requer persistência e continuidade de ações com este fim,
como palestras, gincanas, sessões de filmes ambientais etc., além da participação
em fóruns, conselhos, redes, comissões, coletivo educador, nos quais temas como
agricultura, educação, desenvolvimento, tecnologia e meio ambiente norteiam as
discussões (SILVA, 2006).
Sendo assim, encontramos na Região Metropolitana do Vale do Aço alguns
projetos e centros de educação ambiental, destacam se:
O Centro de Biodiversidade da Usiminas (Cebus) é uma instituição
científica que promove o lazer consciente, à pesquisa e à educação ambiental.
Localizada em Ipatinga, na Associação Esportiva e Recreativa USIPA, pertencente
à Usina Siderúrgica de Minas Gerais – USIMINAS. Promovem a educação
ambiental não-formal e temporária, através do Projeto Xerimbabo, aberto ao
público e as escolas da região durante 1 mês do ano de forma temática, integram
atividades, oficinas de reciclagem, trilhas ecológicas e visita ao zoológico.
Tem o objetivo de estimular o publico a adotar atitudes cooperativas e
participativas em favor ao meio ambiente, aprendendo o reaproveitamento dos
materiais, desenvolvendo-lhe a percepção de que os recursos naturais são
limitados. (USIPA, 2013)
O Cebus não é um centro de educação ambiental, pois não possui uma
infraestrutura adequada para que haja a educação continua e permanente, sendo
aberto ao público durante um mês do ano para visitações. Neste local funciona um
pequeno centro de tratamento de animais silvestres da mata atlântica, restrito ao
público, com ambulatórios, sala de pequenas cirurgias e espaços para recuperação
40
dos animais; contam com uma equipe de profissionais especializados para cuidar
desses animais.
A Região do Vale do Aço não possui um Centro de Triagem de Animais
Silvestres – CETAS, sendo o único da região que prestam os primeiros socorros
em animais feridos encontrados pela Policia Militar Ambiental e o IBAMA, a maioria
desses animais tem um histórico de maus tratos e tráfico.
Figura11: Visita das escolas ao Projeto Xerimbabo, 2011.Fonte: http://escolamunicipaldetimoteo.blogspot.com.br/2011/09/visita-ao-projeto-xerimbabo-segredos.html
Figura12: Artesanatos de reciclagem de materiais, 2012.Fonte: http://www.eecriativa.com.br/visualizar_galeria.aspx?id=511
41
Figura13: Quiosques educativos com artesanatos, 2012.Fonte: http://escoladofuturogv.blogspot.com.br/2011/09/projeto-xerimbabo-aimboe- os-segredos-da.html
O único Centro de Educação Ambiental na região é o Oikós, pertence à
empresa Aperam South America. Localizada na reserva de mata atlântica em
Timóteo, o espaço proporciona aprendizagem continua não-formal, aberto ao
público durante toda semana, possui atividades de educação ambiental em contato
com a natureza.
A reserva conta com 989 hectares de mata nativa, trilhas ecológicas, viveiros
de produção de mudas, equipamentos para prática de arvorismo entre outros
espaços. Tem a proposta de promover a interação e preservação ambiental,
educação, cultura, promoção social e geração de renda.
Atende diferentes perfis de públicos com projetos pedagógicos participativos, que
buscam ensinar e incentivar uma conduta cidadã, sustentável e integrada ao meio
ambiente.
42
Figura 14: Centro de Educação Ambiental – Oikós.Fonte: Arquivo Pessoal
Figura 15: Centro de Convivência.Fonte: Arquivo Pessoal
Figura 16: Viveiro de mudasFonte: Arquivo Pessoal
43
Figura 17: HortaFonte: Arquivo Pessoal
Figura 18: ComposteiraFonte: Arquivo Pessoal
Figura 19: MeliponárioFonte: Arquivo Pessoal
44
Figura 20: LagoaFonte: Arquivo Pessoal
Figura 21: Brinquedos de eucalipto.Fonte: Arquivo Pessoal
Outra instituição privada que proporciona projetos de educação ambiental, é
a empresa Celulose Nipo-Brasileira S.A - CENIBRA e a Sociedade de Pesquisa do
Manejo e da Reprodução da Fauna Silvestre – CRAX, desenvolve diversos projetos
ambientais, entre eles, destaca-se o projeto de Reintrodução de Aves Silvestres
Ameaçadas de Extinção – PROJETO MUTUM, conta com um centro de tratamento
de aves silvestres.
Desenvolvido na Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Macedônia, localizada à margem direita do Rio Doce, no município de Ipaba,
próximo a Região Metropolitana do Vale do Aço. O local não é um centro de
45
educação ambiental, pois não conta com infraestrutura necessária, e seu foco é o
tratamento e soltura de aves silvestres. Promovem outros projetos ambientais não-
formal e temporário na comunidade de Ipaba, recebem visitações da comunidade e
escolas da região durante todo o ano, conta com palestras de conscientização
ambiental, trilhas ecológicas, visita aos viveiros das aves, entre outras atividades.
Figura 22: Visita das escolas na Fazenda MacedôniaFonte: Jornal CENIBRA, nº320, junho 2012.
Figura 23: Antiga fazenda –Area Administrativa.Fonte: Alexsandra Damato.
46
Figura 24: Viveiros de Passaros – Protejo MutumFonte: Alexsandra Damato.
Figura 25: Espaço de Convivência Fonte: Alexsandra Damato.
47
Figura 26: Viveiros de Pássaros – Projeto Mutum Fonte: Alexsandra Damato
2.5.2 Educação Ambiental nas Escolas
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
Cora Coralina
O melhor momento de aprendizagem de uma pessoa é na infância, quando
estão perceptivos ao mundo a sua volta, é neste momento que começam a adquirir
costumes, curiosidades e definir seu caráter.
Nesta fase que a escola surge como um agente importante nesse processo.
Inseridos neste ambiente, as crianças aprendem práticas que levarão para sua
vida. Sendo o papel da escola é contribuir com a melhor formação dos alunos, por
que “os valores e normas adotados pela escola representam para a criança o que a
sociedade aprova, enquanto comportamento social” (CABRAL et. al., 2002).
Um bom exemplo de educação ambiental e prática sustentável foram
aplicados na Escola Militar Tiradentes em Ipatinga. Os estudantes do ensino médio
com a orientação do professor Wesley Soares Ribeiro e ajuda da Polícia Militar
Ambiental, produziram uma casa ecológica construída com garrafas plásticas que
foi atração da 16ª Feira Cultural em 2012.
48
A unidade habitacional conta com 16 m², composta por materiais recicláveis
desde a sua estrutura de sustentação até os móveis e a decoração. O objetivo do
projeto é a educação ambiental para um desenvolvimento sustentável da
sociedade.
Figura 22: Casa Ecológica feita pelos alunosFonte: Jornal Diário do Aço
Figura 23: Alunos finalizando a construção da casa ecológica da Escola Tiradentes. Fonte: Jornal Diário do Aço
Para se ter uma idéia, “[...] o Brasil lidera um grupo de países com iniciativas
originais e variadas em Educação Ambiental, as quais, muitas vezes, se
associam à intervenções na realidade local” (CABRAL et. al., 2002).
Os trabalhos desenvolvidos de educação ambiental nas escolas, baseiam-se
em práticas educativas que estimulem a autonomia, o entendimento das questões
49
ambientais, podendo estabelecer parcerias com outras escolas, instituições e
empresas para implementar atividades de educação ambiental.
Uma das alternativas é buscar apoio dos órgãos públicos, assim como
comentam Cabral (et al. , 2002, pg. 74). :
Uma prática de reflexão coletiva não é algo que se obtém de uma hora para
a outra, já que a escola tem uma realidade complexa, e não possibilita o
tratamento das questões como se fossem simples de serem resolvidas.
Cada escola faz parte de uma realidade diferente, permitindo um encontro
de circunstâncias e de pessoas também diferentes. É preciso que haja
incentivo constante do Poder Público local, pois o desenvolvimento de
qualquer projeto de Educação Ambiental requer tempo para análise,
discussão e reelaboração contínua, o que só é possível em um clima
institucional favorável e sob condições objetivas de realização.
A Polícia Ambiental é um agente importante em promover educação
ambiental nas escolas, desenvolvendo atividades, projetos e palestras.
Pimenta (2002) complementa:
A partir do momento em que se capacita um aluno com o saber técnico,
entra em ação a prática. Somente com o desenvolvimento e
acompanhamento de perto de atividades ecológicas, é que a absorção do
conhecimento será completa. Como já constato em experiências realizadas
por instituições, “informação e vivência participativa são dois recursos
importantes que movimentam esse procedimento de ensino-aprendizagem,
composto por exercícios, oficinas e exposições.”
Todas as atividades de educação ambiental aplicadas nas escolas de forma
ativa serão importantes para formação valores duradouros e de cidadãos
conscientes.
50
2.6 CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A natureza precisa ser cuidadosamente preservada, pois a arquitetura deve ser subordinada à ela,
à qual deve constituir uma espécie de introdução. Françoise Choay
Com a necessidade do fortalecimento da Educação Ambiental no país, a
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento RIO-92,
declarou a necessidade de implantar de centros arquitetônicos destinado a
Educação Ambiental, com infraestrutura que atenda os projetos ambientais de
forma continua e permanente.
Os Centros de Educação Ambiental – CEAs são espaços que promovem
educação de forma não-formal ou formal, continua e permanente, integrada com a
comunidade, promove atividade relacionadas ao meio ambiente, através de
palestras, oficinas, trilhas ecológicas, com objetivo de promover conscientização da
preservação do meio ambiente. Muitos desses centros são localizados em reservas
florestais, com objetivo de fortalecer a integração do homem com a natureza.
Na Lei nº 9.795 de 1999, instituiu a Política Nacional da Educação
Ambiental. Entre os principais parágrafos, destaca a Educação Formal e Não-
Formal:
Art. 9º Entende-se por educação ambiental na educação escolar, desenvolvida no
âmbito dos currículos das instituições de ensino públicas e privados, englobando:
I – educação básica;
II – educação superior;
III – educação especial;
IV – educação profissional;
V – educação de jovens e adultos;
51
Art. 13. Entende-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas
educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais
e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente.
De acordo com a Rede Brasileira de Centros de Educação Ambiental –
REBEA consideram como centro de educação ambiental toda a iniciativa que
contemple as quatro dimensões a seguir explicitadas:
Figura 27: Esquema de um CEA Fonte: Rede Brasileira de Centros de Educação Ambiental – REBEA
Estas quatro dimensões seriam a base de qualquer Centro de Educação
Ambiental (CEA) de acordo com a Rede Brasileira de Centros de Educação
Ambiental:
1) Espaço Físico, Equipamentos e Entorno: apontam para a necessidade de
uma edificação-sede, que pode ser dotada de salas de diversos formatos e funções
(como oficinas, reuniões, exposições, multiuso, auditórios, bibliotecas, cozinhas e
muitos outros etc.). Equipamentos como retroprojetores, computadores, maquetes,
jogos pedagógicos, etc.. Com relação ao entorno, podem estar localizados em
áreas naturais ou próximo a delas (como parques, unidades de conservação e
propriedades rurais), também podem ser implantada em lugares degradadas,
marginalizadas ou abandonadas, sejam rurais ou urbana (como favelas, áreas de
exploração mineral, patrimônios histórico-culturais e outros.
2) Equipe Educativa formada de profissionais em número suficiente para a
implementação das atividades propostas pelo CEA, com desejável caráter
multidisciplinar e que busque atuar sempre de forma interdisciplinar;
52
3) Projeto Político-pedagógico, no qual esteja explicitados qual a missão,
objetivos e princípios do CEA, descrição das atividades realizadas, delimitação do
público, procedimentos metodológicos, formas de avaliação da equipe e do próprio
CEA, dentre outros pontos a serem contemplados no projeto do CEA.
4) Estratégias de Sustentabilidade: considerando que não bastam apenas dispor
das três primeiras dimensões, mas o delineamento de um plano de
sustentabilidade para qualquer iniciativa que se proponha um CEA nos parece
fundamental.
Há vários espaços oferecem atividades de educação ambiental no mundo
inteiro, sendo resultado de debates sobre meio ambiente e sustentabilidade que se
tornaram assuntos do cotidiano de todos. Atualmente, as iniciativas de educação
ambiental estão distribuídas por todas as regiões do Brasil. O levantamento
segundo dados da Rede de Centros de Educação Ambiental em junho de 2004, em
Minas Gerais possuem 18 CEAs.
2.6.1 Concepção Básica de Centros de Educação Ambiental
As diretriz Arquitetônica para implantação de um CEA são:
_Iniciativa de caráter demonstrativo, ou seja, voltado para técnicas
sustentáveis que minimizam o impacto ambiental, tornando uma referência na
educação ambiental.
_Implantar estratégias de tratamento de resíduos, e reutilização de materiais
e de reciclagem, aplicando de forma educacional com possibilidade de geração de
lucro para a instituição.
_Utilização das tecnologias alternativas (placas fotovoltaicas, painel solar,
energia eólica)
_A implantação do projeto arquitetônico CEAs tem que estar de acordo com
a Legislação Ambiental, Código Florestal e as Leis do município, destacando se as
áreas de Preservação Permanente (APPs) e as Reservas Legais.
53
_Identificar as condicionantes ambientais e aproveitá-las como o vento, a
água da chuva e a insolação.
3. ARQUITETURA SUSTENTAVEL
Atingir o objetivo de uma cidade sustentável não é uma meta utópica, ela depende de uma série de ações perfeitamente alcançáveis, conquanto algumas difíceis por fortes injunções culturais, políticas e econômicas. [...] A médio e longo prazos, a saída está no que se conseguir fazer hoje no sistema educacional. [...] As tarefas podem ser gigantescas, mas pelo menos estão evidentes. Alfredo Sirkis
OLIVEIRA (2006, p. 33) descreve um “Edifício Vivo”, como o autor nomeia,
com os seguintes princípios de funcionamento:
(...) obtém toda a água e energia necessárias no próprio local; está adaptado especificamente ao local e clima, evoluindo com as mudanças que se verifiquem nos mesmos; funciona sem poluição e não gera qualquer tipo de resíduo que não seja útil para outros processos do edifício ou do ambiente do entorno; promove a saúde e bem-estar de todos os usuários, assim como um ecossistema saudável; está comprometido com os sistemas integrados de maximização de eficiência e conforto; melhora a saúde e diversidade do ecossistema local mais em vez de degradá-lo; e é belo e inspira-nos a sonhar.
Preocupados com o esgotamento dos recursos e a crise ambiental, tornou
necessário a busca de técnicas construtivas de baixo impacto ambiental e
renováveis, podendo ser materiais que encontram se bastante na região que será
inserida o projeto.
A edificação deve ser projetada levando em consideração a topografia, a
vegetação e o meio em que se insere. É necessário fazer o levantamento
urbanístico e verificar a infra-estrutura existente (água, energia, transporte, coleta
de lixo). O projeto deve buscar a utilização dos condicionantes ambientais, como
vento, água de chuva, energia solar, com orientação da edificação bem planejada,
para que tenha maior aproveitamento. Utilizando o máximo das condições
climáticas para tornar o ambiente agradável e saudável, com iluminação e
ventilação natural.
54
A escolha dos materiais construtivos e a tecnologias que serão empregadas
no projeto arquitetônico são muito importantes para torná-la sustentável. Dentre as
técnicas sustentáveis, destaca se a Bioarquitetura uma técnica construtiva
ecológica.
3.1 Sustentabilidade na Bioarquitetura
A bioarquitetura são técnicas construtivas ecológicas, buscam construir em harmonia com a natureza, tem baixo impacto ambiental e baixo custo. Essa técnicas construtivas (tijolo de adobe, cimento queimado ou taipa de pilão, entre outras) surgiram em 1960, consideram a importância da utilização dos materiais que tem em abundancia na região, ou materiais recicláveis, podendo ser materiais renováveis como Bambu, madeira refloresta como eucalipto.
3.1.1 Conceitos básicos
Figura 28: Esquema de uma casa construída usando os fundamentos da bioarquitetura.Fonte:http://www.entrepreneurstoolkit.org/index.php?title=Bioarquitetura_no_Brasil
55
A bioarquitetura busca minimizar o impacto ambiental utilizando materiais
naturais, na edificação. Relaciona se a bioarquietura à saúde mental e física.
Tendo alguns fundamentos básicos (www.entrepreneurstoolkit.org, 2013):
- fazer um planejamento da construção de longo prazo;
- conforto e qualidade interna dos ambientes;
- uso de mão-de-obra e materiais naturais locais para construção, porque
essa é uma forma de incentivar a economia da região e minimizar a necessidade
de transporte, reduzindo o custo da construção e a emissão de poluentes;
- uso de sistemas de iluminação e ventilação naturais (técnicas passivas);
- uso de equipamentos de energia renovável e de eficiência energética,
como painéis solares para aquecimento da água dos chuveiros;
- uso de água de chuva e reaproveitamento das águas;
- uso de tecnologia de baixo impacto ambiental e de baixo custo;
- uso matérias recicláveis;
- gestão dos resíduos sólidos usando o conceito das 3R (reciclar, reutilizar e
reduzir)
- integrar transporte de massa e ou alternativos ao contexto do projeto.
Na pratica, a bioarquitetura se baseia no uso de algumas técnicas de construção
especificas.
3.1.2 Técnicas construtivas em Bioarquitetura
Destaca se algumas técnicas que poderão ser usadas no projeto
arquitetônico do Centro de Educação Ambiental:
Telhado verde
O telhado verde consiste em aplicação de vegetação sobre a cobertura, é
necessário a impermeabilização e drenagem adequada, tendo melhorias de
56
conforto termoacustico, reduzindo a temperatura do ambiente e o redução do som,
podendo aproveitar a drenagem para recolher a água da chuva.
Figura 29: Exemplo de telhado verde.Fonte: TIBÁ
Bason
O bason é um sanitário seco que substitui o tradicional vaso sanitário. No
bason deve-se jogar os restos orgânicos domésticos. Todo esse material sofre o
processo biológico de compostagem aeróbica e se transforma em adubo.
(entrepreneurstoolkit.org)
57
Figura 30: banheiro seco compostável Figura 31: Esquema do banheiro seco compostávelFonte: IPA, Escola Agrotécnica Fonte: IPA, Escola Agrotécnica
Filtro biológico
O filtro biológico filtra a água da chuvas, nascentes e açudes e água
reciclada. A água passa lentamente por um filtro de areia que permite, após três
dias, a formação de uma camada de limo que é um eficiente filtro biológico para
digerir e reter microorganismos nocivos. (entrepreneurstoolkit.org)
Figura 32: Um exemplo de filtro ecológico para a reciclagem da água.Fonte: TIBA
58
Materiais naturais de construção
O potencial dos materiais naturais de construção é de importância vital no
desenvolvimento de eco-casas e da bioarquitetura. O bambu, por exemplo, mostra
de ser um material com grande facilidade de integração entre plantio, corte,
transporte, manuseio e resistência. (entrepreneurstoolkit.org)
Figura 33. Construção de um telhado com mirim, canela, massaranduba e jacaré. Fonte: TIBA
Energia Fotovoltaica
O painéis são instalado em módulos solar fotovoltaicos, sobre o telhado,
convertem a luz do Sol em energia elétrica limpa para o edifício. Não produz
poluição, podendo armazenar a energia utilizando bateria, pode atender o consumo
de eletricidade de uma residência, sendo economicamente viável, custo zero.
59
Figura 34: Esquema de edificação com placas fotovoltaicas Fonte: placas fotovoltaicas
Eucalipto
O eucalipto é uma madeira de reflorestamento que possui em grande
quantidade na Região Vale do Aço. Ela pode ser considerada um material
sustentável, pois é renovável. Tem vantagens quando são bem tratadas, tem
redução do desperdício, rapidez na montagem, versatilidade e economia.
Figura 35: Casa de madeira reflorestadaFonte: dicadearquitetura.com.br
60
4. OBRAS DE REFERÊNCIA
4.1 Ecolândia - Educação Ambiental da Polícia Militar
Criada em 2006, o Centro de Educação Ambiental da Polícia Militar da cidade
Lavras, MG, é um espaço adequado à prática de educação ambiental e à formação
de cidadãos conscientizados com o meio ambiente em que vivem, também
possibilita ao visitante adquirir e formar conhecimentos sócio-ambientais, absorver
o sentimento dos valores, atitudes e o interesse ativo para proteger e melhorar o
ambiente ao qual se relaciona.
O Centro é composto por uma área de 04 (quatro) hectares, com espaço para
palestras e oficinas. Existe um pequeno bosque onde podem ser encontradas
espécies da fauna e da flora da Mata Atlântica e do Cerrado, além de nascentes de
água. A área é cortada por uma rede de trilhas, onde foram criados ambientes de
parada para interpretação com placas identificando as espécies de plantas. Conta
também com três lagos naturais e um serpentário. (jornal de lavras, 2013)
O Centro dispõe da seguinte programação para as visitas: - palestras sobre
temas ambientais; teatro de fantoches; passeio pela trilha ecológica e
interpretativa; apresentação das serpentes vivas; piquenique; playground; travessia
das pontes suspensas; visita à galeria de animais taxidermizados e à exposição de
fotos e materiais aprendidos. (jornal de lavras, 2013)
A Ecolândia de Lavras é uma importante referência para esse projeto de
estudo, pois assemelha com os objetivos e necessidades da 12ª Cia PM Ind MAT.
Seu sistema construtivo é de eucalipto tratado de reflorestamento e todas as
técnicas usadas nesse projeto buscam uma arquitetura mais sustentável.
61
Figura 36: Escolas visitam a Ecolândia de LavrasFonte:lavras24horas.com.br
Figura 37: Palestra no auditório da EcolândiaFonte:lavras24horas.com.br
62
4.2 Centro Educação Ambiental St @ arte (A T @ il)
Figura 38: Centro de Educação Ambienta St@rtFonte:http://ciclovivo.com.br/noticia/fundacao_holandesa_constroi_centro_de_educacao_ambiental _sustentavel
O De St@art (The T@il) é um centro educacional da Fundação Apenheul,
localizado em Apeldoorn, Holanda. A construção é totalmente sustentável e foi
projetada pelo escritório de arquitetura holandês RAU.
Os centros contem toda tecnologia avançada em sustentabilidade, o edifício
possui 150 metros de comprimento e foi feito a partir de uma estrutura de madeira
certificada e painéis de vidro. É um exemplo de arquitetura sustentável, além de
abrigar projetos de educação ambiental.
O De St@rt, funciona como escritório, ponto de encontros de empresários e
estudantes, visitantes e uma equipe direcionada a educação ambiental.
As superfícies serão inteiramente cobertas com células fotovoltaicas, que
irão fornecer grande parte da energia necessária para o funcionamento do centro.
Outras medidas foram implantadas no projeto para que ele tivesse impacto
ambiental reduzido. O edifício é neutro em carbono e graças à ativação do núcleo
de concreto e uma bomba de calor geotérmica, não são necessários aquecedores
ou ar-condicionado para manter a temperatura interna adequada. A construção
conta com um recuperador, capaz de reciclar e reaproveitar o calor gerado por
pessoas e equipamentos. A iluminação é feita com o uso de diodos emissores de
63
luz (LED), ligados a um sistema inteligente, que regula automaticamente a
iluminação nas áreas de trabalho. (inhabitat.com/2013)
Quase toda a fachada do De St@rt é feita de vidro, isso proporciona maior
aproveitamento da luminosidade natural, mas também oferece aos visitantes e
funcionários uma vista panorâmica das árvores circundantes. Já no subterrâneo do
prédio está um auditório com capacidade para abrigzar 350 visitantes, duas salas
multifuncionais, um estúdio, uma área de exposição e outras salas para usos
diversos. (inhabitat.com/2013)
Figura 39: Vista do TeatroFonte:http://ciclovivo.com.br/noticia/fundacao_holandesa_constroi_centro_de_educacao_ambiental _sustentavel
Figura 40: Corte do TeatroFonte:http://ciclovivo.com.br/noticia/fundacao_holandesa_constroi_centro_de_educacao_ambiental _sustentavel
64
Figura 41: Vista da Fachada Lateral Fonte:http://ciclovivo.com.br/noticia/fundacao_holandesa_constroi_centro_de_educacao_ambiental _sustentavel
Figura 42: Vista da Fachada PosteriorFonte:http://ciclovivo.com.br/noticia/fundacao_holandesa_constroi_centro_de_educacao_ambiental _sustentavel
65
5. PROPOSTA TCC2
Este estudo refere-se à elaboração de um programa para projeto arquitetônico
de um Centro de Educação para Região Metropolitana do Vale do Aço que será
realizado no próximo semestre, com objetivo de atender a demanda criada pela
Décima Segunda Companhia Independente de Meio Ambiente e Trânsito
Rodoviário (12ª Cia PM Ind MAT) para realizações de seus projetos de educação
ambiental, que poderá beneficiar estudantes de escolas municipais da região e
alunos de diversos cursos superiores.
5.1 Levantamento de Dados
A Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) é a segunda maior
concentração urbano-industrial do Estado de Minas Gerais. O núcleo metropolitano
abriga cerca de 71% da população da região e 2,2% da população do Estado.
Situada na macrorregião do Rio Doce, a RMVA está totalmente vitalizada e
apresenta grande potencial de crescimento. É composto pelos municípios de
Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo, além dos 22
municípios do colar metropolitano, tem mais de 440 mil habitantes que ocupam
uma área de 807,2 mil quilômetros quadrados. (www.mg.gov.br, 2013)
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), senso
2010, na Educação aponta que a cidade Santana do Paraíso tem 4.294 alunos no
ensino Fundamental, 94 na pré-escola e 862 no Ensino Médio. Em Coronel
Fabriciano possui 15.196 alunos no ensino Fundamental, 2.611 na Pré-Escola e
4.125 no Ensino Médio. No município de Timóteo, as matrículas do Ensino
Fundamental somaram 11.721, na Pré-Escola 2.100 e 3.725 no Ensino Médio. Em
Ipatinga, havia 35.864 matriculados no Ensino Fundamental, 4.748 na Pré-Escola e
9.959 no Ensino Médio. Totalizando 95.299 alunos matriculados na Região
Metropolitana do Vale do Aço, distribuídos em 183 escolas de Ensino Fundamental,
151 Pré-Escolas e 49 Escolas de Ensino Médio.
66
5.2 Demanda da 12ª CIA PM Ind. MAT
A 12ª Cia PM Ind MAT situada na Rua Edgar Boy Rossi, nº 38, Centro de
Ipatinga, pertence à Prefeitura Municipal de Ipatinga. Apresenta problemas
estruturais que dificultam a realização dos trabalhos rotineiros, compromete a
integridade dos documentos mantidos em arquivos e não oferece condições para
concretização dos objetivos de investimento do projeto, com estrutura inadequada
e insuficiente para desenvolvimento de seu atual organograma funcional e sem
condições necessárias para a ativação dos subprojetos sócio-educativos.
Precisa de uma nova instalação de um Quartel com infra-estrutura adequada à
realidade organizacional da 12ª Cia PM Ind MAT, dentro dos parâmetros da
sustentabilidade, correção ambiental e responsabilidade social. Com objetivo de
proporcionar melhores condições no ambiente de trabalho, garantir a gestão da
atividade meio da Unidade, ativação de subprojetos sócio educativos nas áreas de
Meio Ambiente e Trânsito, erguer uma estrutura para aplicação didática valendo-se
da missão constitucional da Unidade, preservação e proteção do meio ambiente
educação e fiscalização de trânsito, através da implantação de Centros Educativos
na área de Meio Ambiente e Trânsito, transformando-a num modelo a ser seguido,
propício a gerar comportamentos sadios e positivos em todos os stakeholders¹ para
convívio e utilização harmônicos dos espaços públicos que lhes são concedidos e
Ampliação do portfólio de serviços prestados à Comunidade.
5.3Terreno da 12ª CIA PM Ind. MAT
O terreno escolhido pela 12ª Cia PM Ind MAT, localiza na R. Zita Soares
Oliveira, no Bairro Novo Centro em Ipatinga, MG. Pertencente a Prefeitura
Municipal, localiza-se próximo ao Centro da cidade, tem grande fluxo de carros e
pedestres. Em frente ao terreno há faixas de estacionamento e vários comércios
importantes, restaurante popular e clinicas.
67
Figura 43: Localização do Terreno da 12ª CIA PM Ind MAT
O terreno escolhido para implantação do projeto fica muito próximo ao leito do
rio, aproximadamente 42 metros do local onde se planeja implantar o projeto,
sendo necessário um afastamento de 30 metros do leito do rio como Área de
Preservação Permanente - APP, restando somente 12 metros de faixa edificante,
além de não ser favorável para implantação do projeto, pois o terreno tem 8 metros
de desnível e fica em uma área muito movimentada.
Figura 44: Caminhoneiros passam às tardes no local a espera de serviçoszFonte: Arquivo Pessoal
Stakeholders – é todo público que estará envolvido no projeto ou que tenha interesse em ser abordado.
68
Fonte: Arquivo PessoalFigura 45: Ponto onde localiza os caminhões de frete e mudanças
Figura 46: Restaurante PopularFonte: Arquivo Pessoal
Figura 47: Imagem Panorâmica do local de estudo para implantaçãoFonte: Arquivo Pessoal
69
Figura 48: Imagem da mata ao leito do rioFonte: Arquivo Pessoal
Fonte: Arquivo PessoalFigura 50: Quadras
Figura 51: Pista da Moto EscolaFonte: Arquivo Pessoal
70
5.4Terreno Escolhido
Localização dos TerrenosFonte: Intervenção da Autora em Imagem do Google Earth.
Após o levantamento de dados do terreno escolhido pela 12ª CIA PM Ind. MAT que constatou a inviabilidade de implantação no local, surgiu a possibilidade de implantar em um novo terreno próximo ao terreno anterior.
Esse terreno localiza-se na R. Nossa Senhora das Graças, em Ipatinga, MG.
Pertence à locomotiva da Estrada de Ferro Caminho das Águas e a Prefeitura
Municipal de Ipatinga, hoje a locomotiva é desativada, já foi estudo de várias
propostas de projetos para reativar as atividades do local. É tombado pelo
patrimônio histórico do município, funciona o departamento de segurança da
Prefeitura Municipal de Ipatinga.
Segundo o Jornal Vale do Aço (2011), a Associação Brasileira de
Preservação Ferroviária (ABPF) estava estudando a possibilidade de reativar as
atividades da Estação, e concertar a Maria Fumaça que parou de funcionar à 47
anos.
71
Figura 52: Localização do Terreno da Estação
A Estação encontra em ótimo estado, pertence a uma área carente que esta
localizada entre os Bairros Centro e Veneza, tem um grande potencial para
implantação de um Centro de Educação Ambiental com integração ao patrimônio
histórico da região, com o ajuda da Associação Brasileira de Preservação
Ferroviária e incentivo e de outros órgãos públicos, tendo grandes chances de
reativar locomotiva Maria Fumaça.
O local é de fácil acesso pelas Av. Macapá do Bairro Veneza, Av. Zita
Soares Oliveira pelos Bairros Centro e Novo Centro, e pela BR-458 pela Rua João
Napoleão da Cruz, onde localiza o Corpo de Bombeiros.
72
5.5Objetivo do Projeto
Tendo se dados suficientes para fazer um partido arquitetônico de um
Centro de Educação Ambiental para o município de Ipatinga, MG.
Este projeto CEA poderá atender a demanda da 12ª Cia. PM Ind. AMB., com
o objetivo de projetar ambientes com infra-estrutura necessária que abrigue os
projetos realizados pela companhia com integração com o meio ambiente,
patrimônio histórico da região, beneficiando a comunidade local, as escolas da
região e alunos do ensino superior.
A proposta do projeto arquitetônico terá como ênfase a utilização das
técnicas de Bio-Arquitetura, com objetivo de causar baixo impacto ambiental,
tornando-se referência em sustentabilidade.
Figura 53: Maria FumaçaFonte: Arquivo Pessoal
Figura 54: Estação Pouso de Água LimpaFonte: Arquivo Pessoal
73
Figura 55: Estacionamento da EstaçãoFonte: Arquivo Pessoal
Figura 56: Estacionamento com vista da EstaçãoFonte: Arquivo Pessoal
Figura 57: OficinaFonte: Arquivo Pessoal
Figura 58: Vista da praça da av. Marechal Cândido Rondon Fonte: Arquivo Pessoal
74
Figura 59: Vista da praça da Av. Marechal Cândido Rondon Fonte: Arquivo Pessoal
Figura 60: Vista da praça da Av. Marechal Cândido Rondon Fonte: Arquivo Pessoal
5.6 Justificativa
Diante da Lei Nº 1.475, De 30 de Setembro de 1996, do município de
Ipatinga, declara se:
"Dispõe sobre a política de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação,
e dá outras providências."
Diante dos principais artigos:
Art. 1º - A política municipal de proteção, conservação e melhoria do meio
ambiente tem como objetivo assegurar a todos os habitantes do Município um meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
75
Art. 5º - Compete ao Sistema Municipal de Meio Ambiente formular, planejar e
executar a política de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente.
IV - promoção de educação ambiental e sanitária, com a realização de campanhas
de esclarecimento e conscientização da comunidade, objetivando capacitá-la para
participação na defesa do meio ambiente;
Art. 23 - Ao órgão executor compete:
XVI - promover a conscientização pública para a proteção do meio ambiente e,
criar os instrumentos adequados para a educação ambiental e sanitária como
processo permanente, integrado e multidisciplinar;
O partido arquitetônico é resultado construção sustentável em busca por
integração com natureza, história e cultura do município, além de buscar uma
integração principalmente com uma comunidade mais carente do local.
5.7 PROGRAMA
Com os dados obtidos através da pesquisa, da demanda da 12ª CIA PM Ind.
MAT e estudos sobre Centros de Educação Ambiental, serão proposto os
seguintes espaços:
Centro de Educação Ambiental:
Acesso:
Jardim
Bicicletário
Estacionamento para funcionários
Estacionamento de visitantes
Estacionamento de ônibus
Estacionamento para Policia Militar
Recepção
Área para exposições
76
Ponte de ligação com a praça do Veneza
Convivência:
Loja
Refeitório
Sanitário feminino
Sanitário masculino
Playground
Educação:
Sala de oficinas de técnicas de bioarquitetura
Sala de oficina de reciclagem e artesanato
Salas de oficina ambiental
Sala de Informática
Biblioteca
Vidioteca/Audioteca
Auditório
Sala de jogos
Laboratório
Coleta seletiva
Administração:
Sala de reuniões
Diretoria
Copa
Sanitário feminino
Sanitário masculino
Secretaria
Enfermaria
Botânica:77
Herbário
Viveiro
Horto
Compostagem
Museu de animais silvestres da mata atlântica:
Sala de reuniões
Diretoria
Copa
Sanitário feminino
Sanitário masculino
Laboratório de taxidemia
Área permanente de exposições
12ª Companhia da Policia Militar Independente da Policia Ambiental
Recepção
Sala de reuniões
Salas
Copa
Sanitário feminino
Sanitário masculino
78
79
5.8 Proposta Construtiva
1 -Materiais
- uso de materiais locais
-mão de obra local
-fácil execução
2- Uso do Eucalipto
- estética natural
-material em abundância local
3- Praça
-toda a área do terreno é desenvolvida como espaço aberto
-equipamento de lazer
4 – Utilização dos recursos naturais(vento, água e insolação)
-Coletores solares (aquecimento de água)
-Aproveitamento da água de chuva
-Poste de iluminação a energia solar
-Captação de energia fotovoltaica
80
6. CONCLUSÃO
A partir dos resultados obtidos neste estudo, será criado um projeto de um Centro de Educação Ambiental para Região Metropolitana do Vale do Aço, com objetivo principal desenvolver atividades relacionadas com o Meio Ambiente, com tentativa de fomentar valores e atitudes que integram os seres humanos com a natureza, espera-se assim contribuir para formação das novas gerações e de um planeta mais harmônico.
Este projeto poderá atender a demanda da 12ª CIA Ind. MAT, e suprir as necessidades de um espaço para desenvolvimento de Educação Ambiental com integração das escolas da região.
O projeto de Centro de Educação Ambiental busca ser referência de sustentabilidade, através da utilização de técnicas de Bioarquiteura, adquirindo novos conceitos e hábitos que despertaram a preservação do meio ambiente e melhor qualidade de vida.
81
REFERÊNCIAS
BRAUN, Ricardo. Desenvolvimento ao ponto sustentável: novos paradigmas ambientais. Petrópolis: Editora Vozes, 2001. 183p
LENGEN, J. V. Manual do arquiteto descalço. Rio de Janeiro: Tibá Livros, 2004.
DIAS, Genebaldo Freire, 1949 – Educação ambiental: princípios e prática – 5ª ed. – São Paulo: Gaia, 1998.
Cartilha do SINEA, 2004.
Manual de Orientação para Centro de Educação Ambiental no Brasil, 2004.
Rio Verde oficinas de introdução a permacultura. Disponível em: http://ciclo.org/2012/06/rio20-rio-verde-oficinas-de-introducao-a-permacultura-e-sistemas-agroflorestais-no-complexo-do-alemao-rumo-a-uma-economia-verde/
Mundo Educação. Disponível em: http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/urbanizacao-brasileira.htm
SOS Mata Atlântica. Disponível em: http://www.sosma.org.br/quem-somos/balanco/
Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: http://www.semad.mg.gov.br/educacao-ambiental
Projeto Xerimbabo. Disponível em: http://www.usipa.com.br/hotsites/xerimbabo/conteudo/projeto.asp
Organização das Nações Unidas. Disponível em: http://www.onu.org.br/
Instituto de Pesquisa de Educação Ambiental. Disponível em: http://www.ipe.org.br/index.php
Centro de Educação Ambiental – OIKÓS. Disponíveis em: http://www.arcelormittalinoxbrasil.com.br/port/fundacao/educacao-ambiente.asp
http://aperam.lapisraro.com.br/port/fundacao/oikos.asp
Rede de Centros de Educação Ambiental. Disponível em: http://www.redeceas.esalq.usp.br/centros.htm
Amigos do PERD. Disponível em: http://aamigosdoperd.blogspot.com.br/
Rede Ambiental Verde Vida. Disponível em: http://raverdevida.blogspot.com.br/
Centro de Biodiversidade Usiminas. Disponível em: http://www.usipa.com.br/conteudo/MEIO_AMBIENTE_cebus.asp
Polícia Militar Ambiental. Disponível em: www.policiamiltar.mg.gov.br82
PRONEA. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795
Relatório Rio+20. Disponível em: http://www.rio20.gov.br/documentos/relatorio-rio-20/1.-relatorio-rio-20/at_download/relatorio_rio20.pdf
Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: http://www.infap.org.br/page1.php
Carta da Terra. Disponível em: http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/involved.html
http://sesuma.ipatinga.mg.gov.br
Secretaria de Educação. Disponível em: http://www.educacao.mg.gov.br/parceiro/lista-de-escolas
Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: http://www.mma.gov.br/
Revista Educação Ambiental. Disponível em: http://www.revistaea.org/
Escoteiros. Disponível em: http://www.escoteiros.org.br/escotismo/
Revista Abril Planeta Sustentável. Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br
Conferencia RIO+20. Disponível em: http://hotsite.mma.gov.br/rio20/a-conferencia/
Taxidermia. Disponível em: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-um-animal-e-empalhado
Lei Ambiental do Estado de Minas Gerais. Disponível em: http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=
Núcleo de Gerenciamento Ambiental (NGA). Disponível em: http://www.geovisionsae.com.br/nga/br/
Instituto Estadual de Florestas (IFAM) Disponível em: http://www.ief.mg.gov.br/
Instituto Mineiro de Gestão das Águas: Disponível em: http://www.igam.mg.gov.br/
Fundação Estadual do Meio Ambiente. Disponível em: www.feam.br
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento. Disponível em: http://www.meioambiente.mg.gov.br/
12ª CiaPM Ind. MAT. Disponível em: http://www.pingodagua.net/Pmflorestal/Policia_ambientalpd.htm
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ANEXO A
Seminário Arquitetura e Meio Ambiente
Figura 61: Folder de divulgação.Fonte: Arquivo Pessoal
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O seminário teve a participação do professor especialista em gestão Ambiental Wesley Chaves, Sargento da 12ª CIA PM Ind. MAT. Abordou três temas: Centro de Educação Ambiental, Centro de Triagem de Animais Silvestres e Ecoturismo no Parque do Rio Doce-Perd.
Mostrou a importância da Educação Ambientação, mencionou a Lei 9.795/99 e os órgãos que trabalham para Preservação do Meio Ambiente.
Mencionou a necessidade Centro de Triagem de Animais Silvestres – CETAS, pois a Polícia Militar Ambiental recolhem diversos animais com histórico de maus tratos ou traficados, sendo o único espaço da região fazem os primeiros socorros é a Centro de Biodiversidade da Usiminas – Cebus e a Fazenda Macedônia onde recebem somente aves.
Também explicou a importância de um projeto de ecoturismo no Perd, como um sistema de gestão ambiental, a necessidade de implantação de equipamentos que atraem o público o local.
O seminário foi muito satisfatório para esse projeto, norteando a buscar a legislação especifica e o conhecimento dos sistemas que promovem a Educação Ambiental.
Figura 62: Art.1º da Lei 9.795/99Fonte: Arquivo Pessoal
Figura 61: Apresentação do Seminário com convidado Sgt. WesleyFonte: Arquivo Pessoal
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