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CENTRO DE INSTRUÇÃO DE GUERRA ELETRÔNICA 1º Ten Com WILLY ANTUNES LEAL DA SILVA A GUERRA ELETRÔNICA NAS OPERAÇÕES DE INFORMAÇÃO EM GRANDES EVENTOS: COPA DO MUNDO FIFA BRASIL 2014 - CIDADE SEDE RECIFE/PE Brasília 2017

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CENTRO DE INSTRUÇÃO DE GUERRA ELETRÔNICA

1º Ten Com WILLY ANTUNES LEAL DA SILVA

A GUERRA ELETRÔNICA NAS OPERAÇÕES DE INFORMAÇÃO EM GRANDES EVENTOS: COPA DO

MUNDO FIFA BRASIL 2014 - CIDADE – SEDE RECIFE/PE

Brasília 2017

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1º Ten Com WILLY ANTUNES LEAL DA SILVA

A GUERRA ELETRÔNICA NAS OPERAÇÕES DE INFORMAÇÃO EM GRANDES EVENTOS: COPA DO MUNDO FIFA BRASIL 2014 - CIDADE – SEDE RECIFE/PE

Trabalho de Conclusão do Curso Básico de Guerra Eletrônica para Oficiais apresentado ao Centro de Instrução de Guerra Eletrônica, como requisito para obtenção do Grau de Pós-Graduação Lato Sensu, nível de especialização em Ciências Militares. Orientador: Cap Com CARLOS FELIPPE OLENKA WANDERLEY ROCHA Coorientador: 2º Ten OTT/Biblio THAÍS RIBEIRO MORAES MARQUES

Brasília 2017

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Ficha Catalográfica Elaborada pela Biblioteca do Centro de Instrução de Guerra Eletrônica (CIGE)

Bibliotecária Responsável: 2º Ten Thaís Moraes CRB1/1922

S586g Silva, Willy Antunes Leal da

A Guerra Eletrônica nas Operações de Informação em Grandes Eventos: Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 – Cidade – Sede Recife/ PE / Willy Antunes Leal da Silva – 2017.

44 f.: il.

Trabalho de conclusão apresentado ao Curso Básico de Guerra Eletrônica para Oficiais – Centro de Instrução de Guerra Eletrônica, Brasília, 2017.

Bibliografia: f. 42. 1. Segurança, comunicações. 2. Sistema Tático, comunicações. 3.

Proteção eletrônica. 4. Tecnologia de segurança. I. Willy Antunes Leal da Silva. II. Centro de Instrução de Guerra Eletrônica. III. Título.

CDD355

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CENTRO DE INSTRUÇÃO DE GUERRA ELETRÔNICA

1º Ten Com WILLY ANTUNES LEAL DA SILVA

A GUERRA ELETRÔNICA NAS OPERAÇÕES DE INFORMAÇÃO EM GRANDES EVENTOS: COPA DO MUNDO FIFA BRASIL 2014 - CIDADE – SEDE RECIFE/PE

Trabalho de Conclusão do Curso Básico de Guerra Eletrônica para Oficiais apresentado ao Centro de Instrução de Guerra Eletrônica, como requisito para obtenção do Grau de Pós-Graduação Lato Sensu, nível de especialização em Ciências Militares.

Aprovado em: 24 de julho de 2017.

________________________________________ Cap Com Carlos Felippe Olenka Wanderley Rocha

Orientador

________________________________________ 2º Ten OTT/Biblio Thaís Ribeiro Moraes Marques

Coorientador

________________________________________ Cap Com Leonardo Possideli Moreira Membro da Comissão de Avaliação

________________________________________ 1º Ten Com Cláudio Ribeiro Vasconcelos

Membro da Comissão de Avaliação

Brasília 2017

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Aos meus pais e aos meus irmãos.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus, por estar sempre presente nos momentos

difíceis da minha vida.

Ao meu pai, pela preocupação e orientação diária.

A minha mãe, que me incentiva, guia e protege todos os dias.

Aos amigos oficiais, alunos do Curso de Guerra Eletrônica 2017, com os

quais tive a honra de compartilhar momentos de descontração, conversas,

ensinamentos e experiências de vida.

A 2º Ten Thaís Moraes, pela atenção, profissionalismo e preocupação com

seus orientandos.

A todos os instrutores do Centro de Instrução de Guerra Eletrônica que

contribuíram com minha especialização, em especial, ao Cap Com Olenka, meu

orientador, que através de sua sabedoria e paciência, serviu-me de farol para guiar-

me na elaboração deste trabalho.

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RESUMO

SILVA, Willy Antunes Leal da. A Guerra Eletrônica nas Operações de Informação em Grandes Eventos: Copa do Mundo FIFA BRASIL 2014 – Cidade-sede Recife/PE. 2017. 44 folhas. Monografia (Curso Básico de Guerra Eletrônica para Oficiais) - Centro de Instrução de Guerra Eletrônica, Brasília, 2017.

Com a finalidade de obter a superioridade das informações, as ações de Guerra Eletrônica se tornaram uma importante ferramenta nas Operações de Informação, as quais estão inseridas dentro do contexto das Operações de Apoio a Órgãos Governamentais, sendo a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, um exemplo dessas operações. Eventos dessa magnitude devem ser vistos sobre um prisma abrangente, principalmente no tocante à segurança. Dessa forma, um planejamento estratégico de segurança pública deve prever medidas para articular esforços, promover a integração e a interoperabilidade dos Órgãos de Segurança Pública (OSP), visando à obtenção de um ambiente pacífico e seguro para a realização desses eventos. Buscou-se nesse trabalho, verificar como as Comunicações podem empregar de forma mais eficientemente seus sistemas de Comando e Controle, a fim de dificultar as ações da Força oponente, com base no Manual de Operações EB20-MF-10.103 e nas lições aprendidas por este Oficial, permitindo assim, aos comandantes terrestres, compreenderem rapidamente o ambiente operacional em que estão mobiliadas suas forças operacionais.

Palavras-chave: Guerra Eletrônica. Operações de Informação. Copa do mundo.

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ABSTRACT

SILVA, Willy Antunes Leal da. The Electronic War in the Information Operations in Great Events: FIFA World Cup Brazil 2014 - headquarters Recife / PE. 2017. 44 leaves. Monography (Basic Course of Electronic Warfare for Officers) – Centro de Instrução de Guerra Eletrônica, Brasília, 2017.

To obtain the superiority of information, Electronic Warfare actions have become a valuable tool in Information Operations, which are inserted within the context of Government Support Operations, with the 2014 FIFA World Cup Brazil, Example of such operations. Events of this magnitude should be viewed on a comprehensive prism, especially about security. Thus, strategic public security planning should include measures to articulate efforts, promote the integration and interoperability of Public Security Organs (PSO), with a view to achieving a peaceful and secure environment for such events. It was sought in this work, to verify how the Communications can more efficiently employ their Command and Control systems, to hamper the actions of the Opposing Force, based on the Operations Manual EB20-MF-10.103 and the lessons learned by this Officer, thus allowing land commanders to quickly understand the operational environment in which their operational forces are being built.

Keywords: Electronic Warfare. Information Operations. World Cup.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Formas de Apoio aos Órgãos Governamentais e Tarefas correspondentes

.................................................................................................................................. 21

Figura 2- Representação da Dimensão Informacional .............................................. 29

Figura 3- Célula de Op Info ....................................................................................... 30

Figura 4- Estrutura para Seção de Op Info ............................................................... 31

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1- Quantidade de militares que responderam à pesquisa............................. 32

Gráfico 2- Especializações da amostra ..................................................................... 33

Gráfico 3- Tipo de Organização Militar ...................................................................... 33

Gráfico 4- Operação/Grande Evento empregado ...................................................... 34

Gráfico 5- Emprego dos militares nas cidades-sede ................................................. 34

Gráfico 6- Emprego dentro da célula do EM ............................................................. 35

Gráfico 7- Emprego na estrutura da célula de Op Info .............................................. 36

Gráfico 8 - Atividades desempenhadas pela 2ª Seção do EM .................................. 37

Gráfico 9- Atividades desempenhadas pela 3ª Seção do EM ................................... 37

Gráfico 10- Responsabilidades gerais da 8ª Seção do EM ....................................... 38

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LISTA DE SIGLAS

ABIN Agência Brasileira de Inteligência

1º BGE 1º Batalhão de Guerra Eletrônica

C2 Comando e Controle

CCC Centro de Comando e Controle

CCDA Centro de Coordenação de Defesa de Área

CCI Centro de Cooperação Internacional

COL Comitê Organizador Local

Com Soc Comunicação Social

COP Centro de Operações Permanente

CRI Capacidades Relacionadas à Informação

EMCFA Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas

F Ter Força Terrestre

FIFA Fédération Internationale de Football Association

G Ciber Guerra Cibernética

GE Guerra Eletrônica

Intlg Inteligência

Loc Elt Localização Eletrônica

MAGE Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica

MAE Medidas de Ataque Eletrônico

MD Ministério da Defesa

MJ Ministério da Justiça

MPE Medidas de Proteção Eletrônica

OAI Operações de Apoio à Informação

O Lig Oficial de Ligação

Op Info Operações de Informação

OTAN Organização do Tratado do Atlântico Norte

E2 2ª Seção do Estado-Maior

E3 3ª Seção do Estado-Maior

E8 8ª Seção do Estado-Maior

SESGE Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes

Eventos

S Seç Subseção

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12

2 CONCEITOS E MÉTODOS ............................................................................... 13

2.1 TEMA ............................................................................................................. 14

2.2 PROBLEMA ................................................................................................... 14

2.2.1 Antecendes do Problema ......................................................................... 15

2.2.2 Formulação do Problema ......................................................................... 15

2.2.3 Alcances e Limites .................................................................................... 15

2.3 QUESTÕES DE ESTUDO .............................................................................. 16

2.4 OBJETIVOS ................................................................................................... 16

2.4.1 Objetivo Geral ............................................................................................ 17

2.4.2 Objetivos Específicos ............................................................................... 17

2.5 JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 18

2.6 CONTRIBUIÇÃO ............................................................................................ 19

3 OPERAÇÕES DE APOIO A ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS E DOS

GRANDES EVENTOS ................................................................................... 20

3.1 FUNDAMENTOS DAS OPERAÇÕES ............................................................ 20

3.2 GRANDES EVENTOS.................................................................................... 21

3.2.1 Copa do Mundo FIFA Brasil 2014............................................................. 22

3.3 EMPREGO DA GUERRA ELETRÔNICA NAS OPERAÇÕES ....................... 23

3.4 OPERAÇÕES ENVOLVIDAS ......................................................................... 25

4 OPERAÇÕES DE INFORMAÇÃO .................................................................... 27

4.1 CONCEITO DOUTRINÁRIO .......................................................................... 27

4.2 CAPACIDADES RELACIONADAS À INFORMAÇÃO .................................... 28

4.3 CÉLULAS DE OPERAÇÕES DE INFORMAÇÃO .......................................... 29

5 ANÁLISE DE RESULTADOS ........................................................................... 32

6 CONCLUSÃO ................................................................................................... 40

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 42

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO ........................................................................ 43

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1 INTRODUÇÃO

O domínio do espectro eletromagnético se tornou uma nova dimensão do

combate. Quem o domina pode empregar eficientemente seu sistema de Comando

e Controle (C2) e dificultar ao oponente, o uso eficaz do espectro eletromagnético

como fonte de informações ou para emprego de sistemas de armas contra as tropas

inimigas. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2015).

Neste contexto e acompanhando a conjuntura do país na evolução

tecnológica, entram as Operações de Informação (Op Info) que, segundo o Manual

EB20-MC-10.213, “passam a ser uma aptidão essencial como instrumento

integrador de capacidades relacionadas a informação, reunindo diversos vetores

destinados a informar audiências amigas [...]”. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2014, p. 2-

7).

De acordo com o livro de referência sobre as Op Info da Organização do

Tratado do Atlântico Norte - OTAN (NORTH ATLANTIC TREATY ORGANIZATION):

A função das Op Info é entendida como um processo de integração em vez de uma capacidade em direito próprio. Ela fornece conselhos para o comandante e sua equipe sobre os efeitos e possíveis atividades de informação, e propõe soluções a partir da perspectiva do generalista, baseado em uma compreensão e entendimento sistêmico do ambiente de informação, incluindo comunicação inter-cultural. Isto inclui a preparação, integração, acompanhamento e avaliação das contribuições de capacidade, e a coordenação de ações para criar efeitos sincronizados considerando suas relações e interdependências e recursos associados como uma função do tempo e do espaço. (NORTH ATLANTIC TREATY ORGANIZATION, 2010).

Tendo como referência esse aspecto, a pesquisa a ser apresentada aborda

as ações de Guerra Eletrônica (GE) realizadas pelo 1º Batalhão de Guerra

Eletrônica (1º BGE) no contexto das Operações de Informação (Op Info)

desenvolvidas na Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, especificamente voltadas para o

Centro de Coordenação de Defesa de Área na cidade-sede Recife/PE. Está

enquadrada na área de estudo da Doutrina Militar Terrestre, dentro da linha de

pesquisa pertencente à Guerra Eletrônica, atinente à Portaria nº 517, de 26 de

setembro de 2000, do Comando do Exército Brasileiro.

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2 CONCEITOS E MÉTODOS

Visando atingir os objetivos descritos neste Trabalho de Conclusão de Curso

(TCC), esta pesquisa será desenvolvida com base em algumas etapas.

Primeiramente, o método de estudo empregado foi o bibliográfico, revisando a

literatura que fornece a base teórica para a pesquisa. Buscaram-se os dados

apresentados em manuais voltados para Operações Militares, Operações de

Informação e emprego de Guerra Eletrônica, assim como, Operações de Apoio a

Órgãos Governamentais e dos Grandes Eventos. Tal pesquisa visa uma

compreensão mais detalhada a respeito da estruturação, das formas de emprego e

dos meios empregados para coordenação de Operações de Apoio a Órgãos

Governamentais e dos Grandes Eventos.

O método exploratório também foi empregado por meio de um questionário

destinado a uma amostra de oficiais e sargentos que foram empregados na Copa do

Mundo FIFA Brasil 2014 e em outros grandes eventos, objetivando levantar dados

sobre as competências e experiências desses militares. O fato de também ter sido

empregado nessa missão serviu-me como critério de inclusão para a pesquisa.

Para isso, a abordagem deste instrumento de pesquisa foi de cunho

quantitativo. O delineamento de pesquisa contemplará as fases de levantamento e

seleção da bibliografia; coleta dos dados; crítica dos dados; leitura analítica;

fichamento das fontes; argumentação e discussão dos resultados. Esses dados

foram organizados em gráficos para facilitar a interpretação, possibilitando assim, o

entendimento das novas necessidades do combate moderno.

Em uma sequência cronológica, o trabalho foi dividido por seções. Na

primeira, foi realizada a introdução do trabalho, com a finalidade de apresentar o

panorama geral no qual incide o que vai ser disposto. Na segunda seção, serão

apresentados os conceitos, a revisão metodológica, o tema a ser abrangido, assim

como o problema e os objetivos a serem estudados no trabalho. Na terceira seção,

serão apresentados os fundamentos das Operações de Apoio a Órgãos

Governamentais e dos Grandes Eventos, o emprego da Guerra Eletrônica nestes

tipos de Operações e alguns tipos de operações envolvidas. Na quarta seção, será

apresentada a composição de uma célula de Operações de Informação e seus

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integrantes, bem como as Op Info em Apoio a Órgãos Governamentais e dos

Grandes Eventos, especificamente, Copa do Mundo FIFA Brasil 2014. Na quinta

seção, serão analisados os dados obtidos através do instrumento de pesquisa. Na

sexta e última seção deste trabalho, serão discutidos os resultados encontrados nos

manuais e as conclusões obtidas nos questionários, com o intuito de verificar as

necessidades práticas de uma célula de Op Info e as principais atribuições da

mesma.

2.1 TEMA

O tema proposto para a realização deste trabalho foi identificar como são

coordenadas as operações de Guerra Eletrônica desenvolvidas pelo 1º BGE nas Op

Info, relacionando-as as Operações de Apoio a Órgãos Governamentais e Grandes

Eventos.

Buscando proporcionar um maior aprofundamento e especificidade ao escopo

desse trabalho, delimitamos nossa análise sobre a cidade-sede de Recife – PE.

2.2 PROBLEMA

O Exército Brasileiro vem adotando procedimentos que se adequam ao

ambiente operacional contemporâneo, o da informação. Com a evolução dos meios

de comunicações e a constante mudança do cenário de combate para o

informacional, cresce a necessidade de se empregar equipes especializadas nas Op

Info, pois a gerência dos dados obtidos e o processamento da informação por essa

equipe trará subsídios para o processo decisório do comandante do escalão

considerado.

As Op Info integram e sincronizam as Capacidades Relacionadas à

Informação (CRI) através da Célula, local destinado a coordenar as atividades da

equipe especializada. Conhecer as CRI, suas possibilidades e limitações, é

importante para identificar as formas de melhor empregá-las nas Op Info e poder

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assim, contextualizá-las nas Operações de Apoio a Órgãos Governamentais e

Grandes Eventos. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2014, p.3-1).

2.2.1 Antecedentes do Problema

Em meio a diversas Op Info, algumas se destacaram quando em Operações

de Apoio a Órgãos Governamentais no âmbito do Ministério da Defesa (MD) e do

Exército Brasileiro (EB).

Dentre elas, os jogos Pan-Americanos, no ano de 2007, os Jogos Mundiais

Militares, no ano de 2011, a Conferência Mundial Rio +20, no ano de 2012 e a

Jornada Mundial da Juventude, no ano de 2013. A coordenação para planejamento,

execução e avaliação das operações foram essenciais para o sucesso da missão.

2.2.2 Formulação do Problema

Dessa forma, quais seriam as ações adotadas e as competências necessárias

pelo 1º BGE para que possa integrar uma célula de Operação de Informação em

uma Operação de Apoio a Órgãos Governamentais, a exemplo do que foi realizado

na Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 pelo Centro de Coordenação de Defesa de

Área na cidade-sede Recife/PE?

2.2.3 Alcances e Limites

O alcance do presente trabalho tem como ênfase verificar a estrutura da

Célula de Op Info, no tocante a coordenação desses Grandes Eventos,

especificamente, na participação da 2ª, 3ª e 8ª Seção do EM.

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Vale salientar que o trabalho busca limitar-se as Operações desenvolvidas da

cidade-sede Recife/PE, buscando assim, quantificar com maior exatidão os

resultados.

2.3 QUESTÕES DE ESTUDO

Cada vez mais a coordenação das Células de Op Info torna-se uma atividade

complexa e para isso exige-se do oficial responsável atribuições necessárias para

que o mesmo possa desempenhar as CRI com eficácia e segurança. Como o

objetivo desse trabalho busca melhor compreender o emprego da GE nas Op Info,

foram formuladas algumas questões que devem ser respondidas até o final deste

trabalho. São elas:

a) Quais os conceitos doutrinários e a composição de uma célula de

Operações de Informação?

b) Quais os fundamentos das Operações de Apoio a Órgãos

Governamentais e como é empregada a GE neste tipo de Operação?

c) Levantar, de acordo com os manuais de Operações EB20-MF-10.103 e

Manual de Operações de Informação EB20-MC-10.213, como deveriam

ser coordenadas as Op Info durante a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014,

especificamente, em Recife/PE;

d) Os conceitos doutrinários dos manuais no que diz respeito à coordenação

das Op Info estão corretos?

e) Como foram coordenadas as Op Info durante a Copa do Mundo FIFA

Brasil 2014, especificamente, em Recife/PE?

2.4 OBJETIVOS

A seguir, será definido o objetivo geral deste trabalho, que será atingido

através dos objetivos específicos, os quais identificam e detalham as distintas ações

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a serem realizadas para dar resposta à pergunta de partida desta investigação, bem

como às questões de estudo que envolvem o problema da pesquisa.

2.4.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste trabalho possui como escopo verificar as

características e aspectos do emprego da Guerra Eletrônica no contexto das Op Info

durante a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, tomando por base para essa análise,

dados colhidos em entrevistas de militares que estiveram presentes na célula de

operação do evento.

Para atingir esse objetivo, buscou-se intermediariamente explicitar o que são

Operações de Informação; como as Op Info estão inseridas no contexto das

Operações de Apoio a Órgãos Governamentais e dos Grandes Eventos e quais

ações de Guerra Eletrônica foram desenvolvidas. Além disso, buscou-se entender

como funciona a coordenação das atividades e seus principais atores.

2.4.2 Objetivos Específicos

A fim de viabilizar a consecução do objetivo geral de estudo, foram

formulados os objetivos específicos, relacionados a seguir, que permitirão o

encadeamento lógico do raciocínio descritivo apresentado neste estudo.

a) Apresentar os conceitos e a composição de uma célula de Operações de

Informação;

b) Explicar os conceitos das Operações de Apoio a Órgãos Governamentais

e o emprego da GE neste tipo de Operação;

c) Levantar, de acordo com os manuais de Operações EB20-MF-10.103 e

Manual de Operações de Informação EB20-MC-10.213, como deveriam

ser coordenadas as Op Info durante a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014,

especificamente, em Recife/PE;

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d) Retificar ou ratificar os conceitos doutrinários dos manuais no que diz

respeito à coordenação das Op Info;

e) Verificar, na prática, como foram coordenadas as Op Info durante a Copa

do Mundo FIFA Brasil 2014, especificamente, em Recife/PE.

2.5 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista a velocidade das informações que trafegam nos meios de

comunicações, alguns países têm se adequado a esta nova forma de combate, não

mais restrito ao combate convencional. Um exemplo é a Inglaterra, que criou no seu

Exército, “uma nova unidade especializada em mídias sociais para ajudar nas

guerras ‘da era da informação’." (EXÉRCITO BRITÂNICO, 2015).

Face à importância conferida à informação, faz-se necessário reunir dentro da

célula de Op Info, as capacidades relacionadas à informação de cada área de

interesse, como, por exemplo, da Guerra Eletrônica.

Dentro desse contexto situacional, a partir de experiências anteriores, como

os jogos Pan-Americanos, no ano de 2007, os Jogos Mundiais Militares, no ano de

2011, a Conferência Mundial Rio +20, no ano de 2012 e a Jornada Mundial da

Juventude, no ano de 2013, ficou evidente a necessidade de uma equipe de

coordenação de segurança que pudesse contribuir de forma consubstancial no

entendimento do que viesse a ser os Grandes Eventos, bem como as suas

peculiaridades.

No entanto, esse novo desafio criou um cenário extremamente complexo, pois

haveria espectadores, delegações, comitivas e chefes de Estado de vários países.

Logo, promover a integração, a organização e a interoperabilidade de recursos

humanos e materiais, visando à obtenção de um ambiente pacífico e seguro para a

realização desse evento, tornou-se outro grande obstáculo a ser transposto.

Dessa forma, por decisão presidencial, o Ministério da Defesa foi inserido

como um dos componentes das forças de segurança pública para Grandes Eventos,

apoiando os demais órgãos convencionais.

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2.6 CONTRIBUIÇÃO

A atuação constante da Guerra Eletrônica no contexto das Operações de

Apoio a Órgãos Governamentais, revela a importância da sincronização desta

capacidade com as demais para o apoio aos Órgãos Governamentais. Com isso,

cada vez mais as Forças Armadas têm ganhado mais evidência no cenário

contemporâneo, tendo as Op Info, mais importância devido à grande magnitude dos

eventos. A coordenação eficaz destes eventos, permitiu ao Brasil promover, em

2015, a Copa América e, em 2016, as Olimpíadas. Além disso, estão previstos até o

ano 2019 outros grandes eventos de destaque nos setores empresariais e

científicos.

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3 OPERAÇÕES DE APOIO A ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS E DOS GRANDES

EVENTOS

Tendo como base os jogos Pan-Americanos, no ano de 2007, os Jogos

Mundiais Militares, no ano de 2011, a Conferência Mundial Rio +20, no ano de 2012,

e a Jornada Mundial da Juventude, no ano de 2013, é cada vez mais habitual o

emprego do Ministério da Defesa, em conjunto com Órgãos Governamentais, em

operações de grande repercussão pública. Por este motivo, este capítulo visa

apresentar os conceitos relativos às Operações de Apoio a Órgãos Governamentais

e dos Grandes Eventos, assim como, o emprego da Guerra Eletrônica nessas

Operações, além de explicitar algumas operações interagências.

3.1 FUNDAMENTOS DAS OPERAÇÕES

As Operações de Apoio a Órgãos Governamentais fazem parte das

Operações Básicas de emprego da Força Terrestre e são utilizadas para alcançar

objetivos operacionais definidos de acordo com a missão, incluindo o planejamento,

a preparação e o emprego de tropas em diversas situações. (EXÉRCITO

BRASILEIRO, 2014, p. 4-21).

Conceitualmente, as Operações Básicas são entendidas como a ação

coordenada de elementos da Força Terrestre (F Ter) em uma fase da campanha

militar para alcançar objetivos operacionais. De acordo com a situação,

normalmente, as ações militares são abrangidas sob a preponderância de uma

operação (ofensiva, defensiva, de pacificação ou de apoio a órgãos governamentais)

em conjunção com as demais tarefas realizadas simultaneamente, que também

podem variar nas condições de tempo e espaço. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2014, p.

6-1).

Segundo o manual de Operações, as Operações de Apoio a Órgãos

Governamentais:

Compreendem o apoio prestado por elementos da F Ter, por meio da interação com outras agências, definido em diploma legal, com a finalidade de conciliar interesses e coordenar esforços para a consecução de objetivos ou propósitos convergentes com eficiência, eficácia, efetividade e menores custos e que atendam ao bem comum, evitando a duplicidade de ações,

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21

dispersão de recursos e a divergência de soluções. No território nacional, esse apoio é regulado por diretrizes baixadas em ato do Presidente da República. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2014, p. 167).

Essas formas de apoio podem ocorrer de 5 (cinco) formas: Proteção

Integrada, ações sob a égide de organismos internacionais, emprego em apoio à

política externa em tempo de paz ou crise, atribuições subsidiárias e outras forma de

apoio designadas ou funções atribuídas por Lei, cada uma com tarefas específicas

(EXÉRCITO BRASILEIRO, 2014, p.4-21), conforme podemos observar na figura 01

abaixo:

FIGURA 1 – Formas de Apoio aos Órgãos Governamentais e Tarefas correspondentes FONTE: Exército Brasileiro (2014, p. 4-21)

De uma forma geral, as Operações de Apoio a Órgãos Governamentais são

efetivadas sempre que houver necessidade de manter os interesses nacionais e

cooperar para o desenvolvimento nacional e o bem-estar social. Para esse tipo de

apoio, é necessário haver integração interagências com o objetivo de economizar

meios e coordenar as ações entre os envolvidos na operação, sendo necessário

compreender o que são os Grandes Eventos.

3.2 GRANDES EVENTOS

De acordo com o manual de Operações, os Grandes Eventos são:

Aqueles originados por iniciativa do Poder público ou por Organizações Não Governamentais que se caracterizam pela importância e pela diversidade das entidades e autoridades nacionais e internacionais participantes. Em geral, promovem expressiva concentração de pessoas em ambientes fechados ou em espaços públicos abertos, com repercussão nas mídias nacional e internacional. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2014, p.163).

Os Grandes Eventos são acontecimentos de grandes proporções

nacionais/internacionais, no qual o fluxo de pessoas, bens e valores aumentam

consideravelmente, sendo necessário para isso uma extensa rede de coordenação,

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visando o cumprimento do cronograma do evento e ser capaz de responder a

qualquer urgência que ameace a segurança da população.

Vale ressaltar que experiências anteriores como: os jogos Pan-Americanos,

no ano de 2007, os Jogos Mundiais Militares, no ano de 2011, a Conferência

Mundial Rio+20, no ano de 2012 e a Jornada Mundial da Juventude, no ano de

2013; em que as Forças Armadas integraram a equipe de coordenação de

segurança contribuíram de forma consubstancial no entendimento do que venha a

ser os Grandes Eventos, bem como as suas peculiaridades.

No entanto, o desafio agora era maior e os órgãos de segurança pública

estavam diante um cenário extremamente complexo, devendo prever e coibir

quaisquer ameaças à população em geral, aos espectadores, as delegações, as

comitivas e aos chefes de Estado que estiveram presentes.

3.2.1 Copa do Mundo FIFA Brasil 2014

A atuação do Exército Brasileiro na Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 ocorreu

na esfera da Proteção Integrada, se atentando para aspectos relacionados à

garantia da Lei e da Ordem, proteção de estruturas estratégicas, da faixa de

fronteira, além da prevenção e combate ao terrorismo.

Diante dessa coordenação, foi criado, em 2012, pelo Ministério da Justiça em

parceria com diversos órgãos públicos, o Planejamento Estratégico de Segurança

para a COPA do Mundo FIFA BRASIL 2014, cuja estrutura sobre as ações de

segurança pública ficou definida assim:

a) As ações típicas de segurança pública serão coordenadas pelo

Ministério da Justiça (MJ), competindo à Secretaria Extraordinária de

Segurança para Grandes Eventos (SESGE/MJ) conduzir as ações

envolvendo órgãos de segurança pública no nível federal, estadual e

municipal;

b) A área de inteligência é responsabilidade da Agência Brasileira de

Inteligência (ABIN);

c) A segurança privada das delegações e de dentro dos estádios é de

responsabilidade do Comitê Organizador Local (COL) da FIFA;

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d) A Marinha, o Exército e a Aeronáutica, sobre a coordenação do

Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), trabalhará em

estreita sintonia com os demais órgãos públicos envolvidos no

esquema de segurança da Copa do Mundo. (BRASIL, 2012).

Para ser ter noção da dimensão do evento, a Copa do Mundo contou com 12

(doze) cidades-sede, 31 (trinta e uma) seleções nacionais e um total de 64 (sessenta

e quatro) partidas disputadas entre os dias 12 de junho de 2014 a 13 de julho de

2014.

Sob essa grande estrutura, o Centro de Comando e Controle foi montado,

dentre os quais destaca-se o Centro de Cooperação Internacional, sediado no Rio

de Janeiro – RJ, o Centro de Operações Permanente, sediado em Brasília – DF

(com redundância no Rio de Janeiro – RJ) e mais 12 (doze) Centros de

Coordenação de Defesa de Área (CCDA), um para cada cidade-sede, além dos

centros móveis distribuídos de acordo com as necessidades. (EXÉRCITO

BRASILEIRO, 2012, p. 34).

Os Centros de Comando e Controle deverão: ser a unidade central das forças de segurança dos Grandes Eventos; gerir de forma integrada todo o sistema tecnológico de segurança pública e os meios disponíveis; coordenar as atividades com os órgãos públicos envolvidos. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2012, p. 34).

Ao total, de acordo com o Ministério da Defesa (2014), as Forças Armadas

atuaram com o efetivo aproximado de 57 mil militares, sendo 35 mil homens do

Exército, 13 mil da Marinha e 9 mil restantes da Aeronáutica, durante o grande

evento. O emprego das tropas foi aplicado em eixos exclusivos da Defesa Nacional,

como: controle aeroespacial e do espaço aéreo, marítimo e fluvial, segurança de

estruturas estratégicas, defesa cibernética, contraterrorismo e defesa química,

biológica, radiológica e nuclear. Desse efetivo, 21 mil compuseram a Força de

Contingência, preparada para agir em caso de eventualidade.

3.3 EMPREGO DA GUERRA ELETRÔNICA NAS OPERAÇÕES

Cada vez mais, a Guerra Eletrônica vem ganhando espaço no contexto das

operações militares. O emprego em situações de conflito faz com que a GE se torne

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um instrumento de obtenção de informações importante para a F Ter, juntamente

com os demais elementos de combate.

Os resultados da obtenção de informações através da GE são essenciais

para a tomada de decisão do comandante do escalão considerado, operacional ou

tático. Quando se emprega adequadamente a GE, no contexto das Operações de

Apoio a Órgãos Governamentais, e a integra ao conceito da operação, ela passa a

constituir um verdadeiro multiplicador do poder de combate. Atualmente, suas

implicações são amplamente reconhecidas e suas potencialidades consideradas

indispensáveis à sobrevivência das forças e ao sucesso da missão. (BRASIL, 2009,

p. 1-2).

Podemos dividir as atividades de GE em ramos, em função dos objetivos que

norteiam seu emprego. São elas:

(1) Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica (MAGE) – Ramo da Guerra Eletrônica, de natureza passiva, que visa obter dados do oponente, a partir das emissões eletromagnéticas de interesse utilizadas pelo oponente; (2) Medidas de Ataque Eletrônico (MAE) – Ramo da Guerra Eletrônica que visa impedir ou dificultar o uso do espectro eletromagnético pelo oponente, pelo uso da irradiação, reirradiação, reflexão, alteração ou absorção intencional de energia eletromagnética; e (3) Medidas de Proteção Eletrônica (MPE) – Ramo da Guerra Eletrônica que busca assegurar a utilização eficaz e segura das próprias emissões eletromagnéticas, a despeito das ações de GE empreendidas pelo oponente ou formas de interferências não-intencionais. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2009. p. 2-3).

Em se tratando de operações em combate, todo comandante possui

necessidade em orientar seus subordinados concernente às missões que irão

desenvolver em sua área de responsabilidade. Para que possa realizar isso da

melhor forma possível, é de extrema importância que possua o máximo de

informações acerca de seu oponente. Costumeiramente, o sistema de inteligência

criará um banco de dados do oponente que condensará informações de fontes

humanas, de sinais e de imagens. As MAGE são um conjunto de sensores que

visam extrair do espectro eletromagnético (isto é, dos sinais) todo tipo de

informações acerca do inimigo. Esse banco de dados formado poderá auxiliar no

processo decisório do escalão considerado sob qual linha de ação tomar em um

conflito. Suas ações envolvem a busca de interceptação, a monitoração, a

localização eletrônica (Loc Elt), o registro e, fruto do trabalho das demais, a análise

de GE.

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25

As MAE são ações que visam impedir ou dificultar o uso eficiente do espectro

eletromagnético pelo oponente, bem como destruir, degradar ou inutilizar seu poder

de combate. Podem ser destrutivas (onde a energia eletromagnética é usada para

causar danos físicos e materiais ao oponente) e não destrutivas (que buscam

impedir o uso eficiente do espectro eletromagnético pelo oponente).

As MPE são um conjunto de ações que visam assegurar o emprego eficiente

do espectro eletromagnético por parte das tropas amigas, apesar da atuação das

MAGE e MAE oponentes. São divididas em ações Anti – MAGE e Anti – MAE.

Além da capacitação dos profissionais que trabalham nesta área, a GE

trabalha para impedir, dificultar ou tirar proveito das emissões das forças oponentes

que utilizam o espectro eletromagnético.

3.4 OPERAÇÕES ENVOLVIDAS

Tendo em vista a forma de atuação da GE e a utilização do espectro

eletromagnético por parte das forças inimigas, a necessidade pela intervenção neste

espectro se tornou essencial para a atuação da Força Terrestre nas operações.

Algumas operações em que a GE atuou com seus meios disponíveis, podem

ser citadas, onde realizou MAGE na obtenção de dados do oponente, MAE para

dificultar ou impedir as emissões eletromagnéticas por parte do oponente, e MPE,

utilizando de forma eficaz e segura as próprias emissões. Estas são elas: a

Operação São Francisco, no complexo da Maré – Rio de Janeiro, em 2014 e 2015,

Operação Copa do Mundo, em 2014; e a Operação Ágata 9, na fronteira oeste do

país, em 2015.

De todas essas operações em que a GE participou, inclusive como integrante

da 8ª Seção, através da célula de Op Info, podemos destacar a Copa do Mundo

FIFA Brasil 2014, na qual exigiu um esforço integrado de todas as capacidades,

demonstrando na prática, a complexidade de se reunir e sincronizar informações das

diversas CRI.

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26

Com base na atuação da Guerra Eletrônica no contexto das Operações de

Apoio a Órgãos Governamentais, percebe-se a importância da sincronização desta

capacidade com as demais para o apoio a Órgãos Governamentais. Observa-se

também a relevância do emprego coordenado dos profissionais de GE nestes tipos

de operações, trabalhando para auxiliar o comandante na tomada de decisão.

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27

4 OPERAÇÕES DE INFORMAÇÃO

Essa parte do trabalho tem como finalidade compreender o conceito de

Operações de Informação e das Capacidade Relacionadas à Informação, identificar

a composição de uma célula e seus integrantes,

4.1 CONCEITO DOUTRINÁRIO

De acordo com o Manual de Operações do Exército Brasileiro (2014, p. 6-9),

as Operações de Informação são um tipo de Operação Complementar, pois se

destina a ampliar, aperfeiçoar e complementar as operações básicas no amplo

espectro, a fim de maximizar a aplicação dos elementos do poder de combate

terrestre.

Busca, também, reconhecer a influência das informações sobre o

comportamento dos atores que participam da dinâmica dos conflitos,

compreendendo, de forma fundamental, que este ambiente operacional está em

contínua transformação.

Assim, ter a superioridade das informações passou a ser tão importante

quanto ter superioridade do poder de combate, uma vez que isso é traduzido como

uma vantagem operativa, cuja habilidade de coletar, processar, disseminar e

explorar as informações determinará a amplitude e a exatidão da consciência

situacional.

A consciência situacional garante a decisão adequada e oportuna em qualquer situação de emprego, permitindo que os comandantes possam se antecipar aos oponentes e decidir pelo emprego de meios na medida certa, no momento e local decisivos, proporcionalmente à ameaça.” (EB20-MF-10.103, 2014. p. 3-23).

Ainda de acordo com o Manual de Operações EB20-MF-10.103, As Op Info

integram Capacidades Relacionadas à Informação (CRI), destacando-se: a

Comunicação Social (Com Soc); as Operações de Apoio à Informação; a Guerra

Cibernética (G Ciber); a Inteligência e a Guerra Eletrônica (GE).

A Guerra Eletrônica atua de forma importante nas Op Info, conforme disposto

abaixo:

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A Guerra Eletrônica (GE) tem ampla aplicação em operações militares. O efeito da atividade de GE pode ser temporário ou permanente e tem o potencial para minimizar o uso da força, evitando assim baixas desnecessárias e danos colaterais. [...] Medidas de apoio eletrônicos são uma parte integrante da coleta de informações e fornece ao comandante uma ampla variedade de informações de medidas efetivas para alcançar soluções. (AJP-3.10, 2009, p. 1-8; 1-9).

Em resumo, as Op Info consistem na atuação, metodologicamente integrada,

de capacidades relacionadas à informação, em conjunto com outros vetores. Ela

desempenha um papel essencial como instrumento de planejamento, coordenação,

controle e supervisão, influenciando os públicos-alvo, bem como fornecendo dados

necessários no processo decisório. A Seção responsável por esse papel é, conforme

o Manual de Operações de Informação (2014, p. 5-3), é a 8ª Seção do Estado-Maior

(E8).

4.2 CAPACIDADES RELACIONADAS À INFORMAÇÃO

As Capacidades Relacionadas à Informação (CRI) são como especializações

dentro das Op Info. Estas especializações são: a Comunicação Social, as

Operações de Apoio à Informação, a Guerra Eletrônica, a Guerra Cibernética e a

Inteligência. Todas elas realizam o esforço conjunto em prol da gerência ou

obtenção da informação. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2014).

As CRI são:

[...] aptidões requeridas para afetar a capacidade de oponentes ou potenciais adversários de orientar, obter, produzir e/ou difundir informações, em qualquer uma das três perspectivas da dimensão informacional [...] (EB20-MF-10.213, 2014, p.4-2).

A dimensão informacional é composta por três perspectivas inter-relacionadas

que interagem continuamente entre si e com indivíduos, organizações e sistemas.

Essas perspectivas são: a física, a lógica e a cognitiva (EXÉRCITO BRASILEIRO,

2014, p. 2-3). Na figura 2 abaixo, podemos observar a representação da dimensão

informacional:

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FIGURA 2 – Representação da Dimensão Informacional FONTE: Manual de Operações de Informação (2014, p. 2-4).

É de suma importância compreender e identificar as perspectivas da

Dimensão Informacional para que se possa entender o emprego de cada CRI dentro

das Op Info.

Cada perspectiva possui um significado para as Op Info. A perspectiva física

engloba todos os meios a serem utilizados para a obtenção das informações bem

como as pessoas e instalações. A perspectiva lógica engloba como e onde as

informações são obtidas, produzidas, armazenadas, protegidas e difundidas. Já a

perspectiva cognitiva tem a responsabilidade de obter, produzir, difundir e atuar

sobre a informação.

4.3 CÉLULA DE OPERAÇÕES DE INFORMAÇÃO

A célula de Op Info é o local que reúne especialistas nas CRI e

representantes das diversas áreas, dentre elas: a Com Soc, as OAI, a GE, a G Ciber

e a Intlg. Esta célula possui a finalidade de integrar e sincronizar as CRI e os

recursos relacionados às Op Info em apoio a um Comando Operacional ou Tático.

(EXÉRCITO BRASILEIRO, 2014, p. 5-4).

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A figura 03 abaixo mostra a composição da Célula de Operações de

Informação para o planejamento, preparação, execução e avaliação contínua das

Op Info.

FIGURA 3 – Célula de Op Info FONTE: Manual de Operações de Informação (2014, p. 5-4).

A composição desta célula, conforme apresentado na figura acima, abrange

os diversos vetores de interesse na dimensão informacional, entretanto, dependendo

da situação, poderá incluir outras organizações que sejam essenciais para as Op

Info como, por exemplo, representantes de Órgãos Governamentais.

Também, deve ser considerado o nível de assessoramento e a atuação

integrada e sincronizada da Célula de Op Info, pois poderá repercutir na prevenção

de ameaças, no gerenciamento de crises ou na solução de conflitos. Além disso, é

necessário haver, no mínimo, um representante especializado em cada CRI ou

recurso relacionado às Op Info à disposição do comandante. (EXÉRCITO

BRASILEIRO, 2014, p. 5-4,5-5).

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Neste contexto, a célula de Op Info tem como principal finalidade, segundo o

manual de Operações de Informação:

[...] informar e influenciar PA (grupos e indivíduos), bem como afetar o ciclo decisório de oponentes, e ao mesmo tempo proteger o nosso, visando, ainda, a evitar, impedir ou neutralizar os efeitos das ações adversárias na Dimensão Informacional, tudo com a finalidade de contribuir para o atingimento do Estado Final Desejado (EFD). (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2014, p 5-5).

Vale ressaltar que, segundo a Nota de Coordenação Doutrinária nº 02/2015,

os especialistas nas CRI poderão participar, como Oficiais de Ligação (O Lig), da

estrutura para planejamento e condução de Operações de Informação. Sugere-se a

seguinte opção de estrutura para a 8ª Seç EM:

FIGURA 4 – Estrutura para Seção de Op Info FONTE: Exército Brasileiro (2015)

A figura 04 apresenta a Subseção de Ligação (S Seç de Ligação). É nesta S

Seç que os O Lig estarão assessorando o Chefe da Seç Op Info, e para isso,

deverão ter conhecimento dos “planos, da atuação metodológica integrada das CRI

e dos recursos relacionados às Op Info disponíveis.” (EXÉRCITO BRASILEIRO,

2015).

Portanto, podemos observar que a célula de Op Info é, como composição da

8ª Seção do Estado-Maior de um comando operacional ou tático, o local necessário

para gerenciar todas as informações colhidas pelos especialistas dos diversos

vetores, com a finalidade de auxiliar na tomada de decisão do comandante do

escalão considerado.

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5 ANÁLISE DE RESULTADOS

Com o objetivo de analisar as características da 2ª Seção, 3ª Seção e 8ª

Seção do EM, verificando a necessidade de emprego da célula da 8ª Seção nas

Operações Militares, especificamente, nas Operações de apoio à Órgãos

Governamentais, foi distribuído um questionário como instrumento de coleta de

dados, de acordo com o modelo do ANEXO A.

A amostra consultada engloba oficiais e sargentos com Curso de Guerra

Cibernética, Guerra Eletrônica, Inteligência, Comunicação Social e Operações

Psicológicas do Exército Brasileiro que foram empregados em Operações de apoio à

Órgãos Governamentais e Grandes Eventos.

Os dados do questionário foram organizados de acordo com a ordem de cada

uma das questões e apresentados através de gráficos.

Este instrumento de pesquisa foi enviado para um universo de 40 militares,

dos quais responderam somente 24 (vinte e quatro), conforme apresenta o gráfico

abaixo.

GRÁFICO 1 - Quantidade de militares que responderam à pesquisa FONTE: Próprio autor (2017)

Dos que responderam, 10 (dez) possuem o curso Guerra Eletrônica, 08 (oito)

possuem o curso de Comunicação Social e 04 (quatro) possuem o curso de

Operações Psicológicas e 02 (dois) possuem o curso de Guerra Cibernética,

conforme observado no gráfico 02 abaixo:

60%

40%

Responderam ao questionário

Sim

Não

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GRÁFICO 2 – Especializações da amostra FONTE: Próprio autor (2017)

A primeira questão tinha o objetivo de verificar quais Organizações Militares,

os militares serviam. O gráfico a seguir apresenta a amostra organizada

percentualmente, de acordo com o tipo de OM.

GRÁFICO 3 – Tipo de Organização Militar FONTE: Próprio autor (2017)

Neste gráfico, foi observado que a maioria da amostra serve em OMs

Operacionais, correspondendo a um total de 79%. Tal resultado já era esperado em

virtude das peculiaridades deste tipo de OM.

50%

33%

17%

Especializações da amostra

GuerraCibernética

ComunicaçãoSocial

OperaçõesPsicológicas

79%

4%

13%

4%

Tipo de Organização Militar

Operacional

Estabelecimentode Ensino

Comando Militarde Área

Centro deTelemática deÁrea

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Na segunda questão do questionário, foi levantado em qual (is) Operação

(ões)/ Grande (s) Evento (s), os militares haviam participado efetivamente, conforme

resultado obtido através do gráfico 4:

GRÁFICO 4 – Operação/Grande Evento empregado FONTE: Próprio autor (2017)

Observa-se no gráfico 04, que a maioria da população pesquisada foi

empregada na Copa do Mundo FIFA 2014, permitindo assim, maior credibilidade

para o escopo da pesquisa.

A terceira questão teve como objetivo de levantar em qual (is) cidade-sede os

militares haviam sido empregados, dos quais 22 (vinte e dois) responderam a essa

pergunta.

GRÁFICO 5 – Emprego dos militares nas cidades-sede FONTE: Próprio autor (2017)

12

20

9

6

12

1

1

1

0% 500% 1000% 1500% 2000% 2500%

Olimpíadas

Copa do Mundo FIFA

Copa das Confederações

Jogos Mundiais Militares

Força de Pacificação

Operações

Haiti

Nenhuma

Operação/Grande Evento empregado

4

13

5

1

0

2

1

2

2

1

3

3

0 2 4 6 8 10 12 14

Brasília (DF)

Rio de Janeiro (RJ)

São Paulo (SP)

Belo Horizonte (BH)

Porte Alegre (RS)

Cuiabá (MT)

Curitiba (PR)

Fortaleza (CE)

Manaus (AM)

Natal (RN)

Recife (PE)

Salvador (BA)

Emprego dos militares nas cidades-sede

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Foi observado que a maioria dos militares, ou seja, 54% da amostra, foi

empregada na cidade-sede Rio de Janeiro/RJ. Isso foi motivado, principalmente,

devido as Olímpiadas, a Copa do Mundo e as Forças de Pacificação no Complexo

da Maré e do Alemão.

A próxima questão tratou do emprego do militar, na prática, em uma célula

dentro do Estado-Maior. A finalidade foi verificar como o militar foi empregado dentro

da célula do EM nos Grandes Eventos.

GRÁFICO 6 – Emprego dentro da célula do EM FONTE: Próprio autor (2017)

No gráfico 06, foi constatado que grande parte dos militares (50%) respondeu

que havia sido empenhado, na prática, na célula de Operações do EM. Isso teve

como resposta, a pouca aplicabilidade destes militares em funções de coordenação

e chefia, sendo empregados, precipuamente, na linha de frente.

O próximo gráfico representa a estrutura de uma célula de Operações de

Informação. Neste item, buscou-se do militar, identificar em qual estrutura o mesmo

havia sido empregado.

0

1

12

6

7

5

4

0

1

1

0 2 4 6 8 10 12 14

Pessoal

Planejamento

Operações

Inteligência

Comando e Controle

Operações de Apoio à Informação

CCTI

Logística

Comunicação Social

Outras

Emprego dentro da célula do EM

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GRÁFICO 7 – Emprego na estrutura da célula de Op Info FONTE: Próprio autor (2017)

Constatou-se no gráfico 07, que grande parte da amostra compôs a estrutura

da célula de Guerra Eletrônica (37,5%), de Operações de Apoio à Informação

(41,7%) e Guerra Cibernética (20,8%). Nesse aspecto, favorece o exame dos dados

apresentados nos próximos itens, pois grande parte da amostra que respondeu ao

questionário foi empregada diretamente nas Operações de Informação, objeto do

presente trabalho.

Na próxima etapa do questionário, buscou-se ratificar/retificar os dados

apresentados nos manuais a respeito das atividades desempenhadas pela 8ª Seção

do EM. Para isso, foi perguntado ao militar quais assuntos/atividades, originárias da

8ª Seção, o mesmo havia observado sendo desempenhada por outra seção do EM.

No item 6, foi perguntado ao militar quais assuntos ele observou sendo

desempenhados pela 2ª Seção do EM nas Operações em que ele havia sido

empregado.

5

3

1

9

10

0 2 4 6 8 10 12

Guerra Cibernética

Comunicação Social

Inteligência

Guerra Eletrônica

Operações de Apoio à Informação

Emprego na estrutura da célula de Op Info

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GRÁFICO 8 – Atividades desempenhadas pela 2ª Seção do EM FONTE: Próprio autor (2017)

Do total de militares que responderam esta questão, 37,5% observou a

atividade de Guerra Cibernética, 45,8% a Segurança das Operações, 54,2% a

Guerra Eletrônica e 79,2% a Inteligência. Vale ressaltar que todas essas atividades

mencionadas fazem parte da célula da 8ª Seção do EM, conforme manual de

Operações de Informação.

No gráfico a seguir, foi feita a mesma análise das atividades, contudo, ligação

seria com a 3ª seção do EM.

GRÁFICO 9 – Atividades desempenhadas pela 3ª Seção do EM FONTE: Próprio autor (2017)

5

3

14

1

6

1

7

4

1

11

8

1

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Assuntos Civis

Guerra Cibernética

Segurança das Operações

Dissimulação Militar

Guerra Eletrônica

Inteligência

Elementos de Coord de Fogos

Geoinformação

Comunicação Social

FOpEsp

Operações de Apoio à Informação

Manobra

Atividades desempenhadas pela 3ª Seção do EM

2

9

11

2

13

19

0

7

3

5

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Assuntos Civis

Guerra Cibernética

Segurança das Operações

Dissimulação Militar

Guerra Eletrônica

Inteligência

Elementos de Coord de Fogos

Geoinformação

Comunicação Social

FOpEsp

Atividades desempenhadas pela 2ª Seção do EM

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Do total de militares da amostra, 58,3% observou o emprego na Segurança

das Operações como atividade principal da 3ª Seção do EM. Além disso, 45,8%

informou ter observado a atividade de FOpEsp e 33,3% a atividade de Operações de

Apoio à Informação. Como apresentado anteriormente, todas essas atividades são

desempenhadas pela célula da 8ª Seção do EM, conforme manual de Operações de

Informação.

Outra informação importante obtida tinha haver com as responsabilidades

gerais desempenhadas pela célula da 8ª Seção do EM. Foi perguntado aos militares,

quais responsabilidades gerais haviam sido identificadas, na prática, pela estrutura

da Seção de Operações de Informação, conforme gráfico 10 a seguir:

GRÁFICO 10 – Responsabilidades gerais da 8ª Seção do EM FONTE: Próprio autor (2017)

No gráfico acima, foi constatado que a responsabilidade preponderante da 8ª

Seção era o planejamento e o acompanhamento da condução das Op Info

aprovadas pelo Cmt (30%). Ao analisar os dados apresentados, percebeu-se que

20%12%

30%

22%

12%

2%

2%16%

Responsabilidades Gerais

Integrar, coordenar e sincronizar todas as CRI e recursos relacionados às Op Info disponíveis com as funções decombate;

Selecionar, analisar e priorizar alvos e indicar meios “não letais”, “menos letais” ou “letais”;

Planejar e acompanhar a condução das Op Info aprovadas pelo Cmt;

Fornecer requisitos de informação para o plano de obtenção de inteligência.

Fornecer requisitos de informação para o plano de Medidas de Ataque Eletrônico

Não houve

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nem todas as responsabilidades gerais da célula eram observadas pelos elementos

em Operações, denotando assim, que o emprego da célula era desviado para as

outras células do Estado-Maior, reduzindo a capacidade de coordenação e

sincronização de todas as CRI e recursos relacionados às Op Info disponíveis com

as funções de combate, assim como, a priorização de alvos, muitas vezes

desempenhada por elementos da 2ª e 3ª Seção do EM.

Tais resultados corroboram com a possibilidade de desvinculação da célula de Guerra Eletrônica da Seção de Operações de Informação (8ª Seção), pois como foi percebido no questionário apresentado, 54,2% dos entrevistados observaram o emprego da GE na 2ª Seção do EM em virtude, principalmente, das peculiaridades da operação e das responsabilidades específicas, conforme manual de Operações de Informação:

O E-2 auxilia, em coordenação com os chefes de estruturas relacionadas às Op Info (8ª Seção, Célula e/ou Gp Intg), na avaliação das atividades e dos efeitos das Op Info, assessorando, no que lhe couber, a respeito da manutenção das ações ou sobre a necessidade de correção de rumos no planejamento e na condução das Op Info (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2014, p. 5-8).

Neste sentido, vale salientar que, no ambiente operacional ou tático, as

informações colhidas pela GE proporcionam resultados que auxiliam diretamente na

tomada de decisão do Chefe da 2ª Seção. Por possuir consideráveis potencialidades

que são indispensáveis para uma operação de inteligência, a GE é, atualmente, um

vetor importante para esse tipo de combate.

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6 CONCLUSÃO

A Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 deixou para o país, em especial para as

Forças Armadas, um importante legado. Ao total foram investidos cerca de R$ 1,9

bilhão de reais, empregados no preparo e na modernização das Forças Armadas.

(PORTAL BRASIL, 2014).

Para obter tal legado, foi criado o Plano Estratégico de Segurança que

determinava as áreas de atuação dos diversos órgãos de segurança públicas e suas

atribuições, objetivando prever e coibir quaisquer ameaças à população em geral,

aos espectadores, as delegações, as comitivas e aos chefes de Estado que

estiveram presentes.

As Forças Armadas, especificamente, o Exército Brasileiro, tiveram

participação ativa nesse Grande Evento. As diversas células do Estado-Maior foram

empregadas em operações nas cidades-sede. Dentre as células, as ações de

Guerra Eletrônica atuaram no sentido de fornecer dados sobre os sistemas

eletrônicos durante o evento. Cabe ressaltar que se tratava de uma operação de

grandes proporções, tendo apenas um evento-teste (Copa das Confederações 2013)

como parâmetro, no qual nem todos os elementos envolvidos estavam presentes,

assim como estruturas e equipamentos.

Assim, as ações de GE ocorreram de maneira extremamente dinâmica,

coletando dados a fim de ratificar ou retificar condutas em tempo real. Entretanto,

esse trabalho foi amplamente empregado em proveito (quase que exclusivo) dos

elementos de Forças Especiais, não respeitando a forma correta do seu emprego

dentro de uma célula de Op Info, conforme prescreve o Manual de Operações de

Informação.

Foram apresentados neste trabalho, os conceitos e a composição da célula

de Operações de Informação, conforme os manuais voltados para Operações

Militares, Operações de Informação e emprego de Guerra Eletrônica, assim como,

Operações de Apoio a Órgãos Governamentais e dos Grandes Eventos, dando

ênfase as capacidades relacionadas à informação, essenciais para o

desenvolvimento dessas operações.

Tendo em vista os conhecimentos relevantes para o melhor emprego da

Guerra Eletrônica nas Operações de Informação, especificamente, em apoio à

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Órgãos Governamentais e Grandes Eventos, este trabalho teve por objetivo, verificar

as características e aspectos do emprego da Guerra Eletrônica no contexto das Op

Info durante a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, com o intuito de retificar ou ratificar

os conceitos doutrinários dos manuais no que diz respeito à coordenação das Op

Info.

Nesse aspecto, verificou-se que a GE, no âmbito da célula de Op Info, seria

melhor empregada como integrante da célula da 2ª Seção do EM, sendo aplicada na

correção de rumos no planejamento e na condução das operações. Portanto, faz

necessário um estudo mais aprofundado nessa área com o intuito de retificar ou

ratificar os conceitos doutrinários dos manuais no que diz respeito à coordenação

das Op Info.

No contexto das Operações de Apoio a Órgãos Governamentais, percebeu-se

que, de acordo com os manuais, a célula da 8ª Seção do EM deveriam ter as

seguintes responsabilidades gerais:

- Integrar, coordenar e sincronizar todas as CRI e recursos relacionados às Op Info disponíveis com as funções de combate; - Selecionar, analisar e priorizar alvos e indicar meios “não letais”, “menos letais” ou “letais”; - Planejar e acompanhar a condução das Op Info aprovadas pelo Cmt - Fornecer requisitos de informação para o plano de obtenção de Inteligência, e - Fornecer requisitos de informação para o plano de Medidas de Ataque Eletrônico. (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2014, p. 5-8)

Apesar desse fato, ficou evidente que, em caso de crise, nossas estruturas de

defesa estariam aptas a responder de imediato a qualquer ameaça. No entanto, no

tocante as ações de GE, ainda não ficaram bem definidas a sua forma de atuação.

Os manuais de Operações e Operações da Informação oferecem subsídios para o

entendimento das atividades, mas ainda não uma definição concreta de quem faz

cada atividade nas suas esferas de atribuição, ficando essa lacuna, na qual servirá

de análise para os próximos trabalhos científicos a respeito do assunto.

Por ser um conceito de operação relativamente novo, recomenda-se que

sejam realizados novos estudos sobre o emprego da GE na célula de Operação de

Informação, para ajudar no aprofundamento dos conhecimentos sobre o assunto.

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REFERÊNCIAS

AJP-3.10, Allied Joint Doctrine for Information Operations, 2009, p. 1-8, 1-9, tradução livre.

BRASIL. Planejamento Estratégico de segurança para a a COPA do Mundo FIFA BRASIL 2014. Ministério da Justiça, 2012. Disponível em: < http://www.conectas.org/arquivos/editor/files/PlanejamentoEstrategicoSESGE%20(2).pdf>. Acesso em: 1 jun. 2017.

DEFESA divulga balanço da Operação Ágata 9. Portal Brasil, 04 ago. 2015. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/defesa-e-seguranca/2015/08/de-acordo-com-ministro-operacao-agata-deve-ser-permanente>. Acesso em: 20 jun. 2017.

EXÉRCITO BRASILEIRO. Estado-Maior. EB20-MC-10.103: Operações. Brasília, DF: EME, 2014.

______.______. EB20-MC-10.205: Comando e Controle, Brasília, DF: EME, 2015.

______.______. EB20-MC-10.213: Operações de Informação. Brasília, DF: EME, 2014.

______.______. C 34-1: Emprego da Guerra Eletrônica, 2. ed. Brasília, DF: EME, 2009.

______.______. Nota de Coordenação Doutrinária nº 02. Brasília, DF: EME, 2015.

EXÉRCITO BRITÂNICO terá unidade especializada em redes sociais. BBC Brasil, 31 jan. 2015. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/1501gov.br/defesa-e-seguranca/2014/05/forcas-armadas-atuarao-com-57-mil-militares-na-seguranca-da-copa-do-mundo>. Acesso em: 1 jun. 2017.

NORTH ATLANTIC TREATY ORGANIZATION (NATO). Bi-SC: Information Operations Reference Book, version 1. [S. l.: s. n.], 2010.

PORTAL BRASIL. Brasil investiu R$ 1,9 bilhão em segurança PARA Copa 2014, 24 ago. 2014. Disponível em: < http://www.brasil.gov.br/esporte/2014/06/especial-brasil-investiu-r-1-9-bilhao-em-seguranca-para-copa-2014>. Acesso em: 14 jun. 2017.

PORTAL BRASIL. Forças Armadas atuarão com 57 mil militares na segurança da Copa do Mundo. Ministério da Defesa, 2014. Disponível em: < http://www.brasil.31_exercito_redesociais_lab>. Acesso em: 29 abr. 2017.

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APÊNDICE A

QUESTIONÁRIO

TEMA: A GUERRA ELETRÔNICA NAS OPERAÇÕES DE INFORMAÇÃO EM

GRANDES EVENTOS: COPA DO MUNDO FIFA BRASIL 2014 – CIDADE-SEDE

RECIFE/PE

Este questionário tem por objetivo verificar as características e aspectos do emprego da Guerra Eletrônica (GE) no contexto das Operações de Informação (Op Info) durante a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014, como uma maneira de retificar ou ratificar os conceitos doutrinários dos manuais no que diz respeito à coordenação das Op Info durante as Operações de Apoio a Órgãos Governamentais.

Sua participação é muito importante para a obtenção dos dados, os quais possibilitarão a realização da presente pesquisa.

Para cada item abaixo, solicita-se marcar um “X” no retângulo da resposta correspondente ou utilizar as linhas para registrar uma nova informação. Se julgar conveniente, utilize o verso da folha para fornecer outras informações relacionadas com o tema que possam contribuir com este trabalho.

1. O senhor serve em Organização Militar (OM): Operacional ___________ Outras ____________

2. De qual (is) Operação (ões)/Grande (s) Evento (s), o senhor participou? Olimpíadas 2016 Copa do Mundo 2014 Força de Pacificação do Complexo do

Alemão/Maré

Nenhuma Copa das Confederações Jogos Mundiais Militares 2011

Outras: ____________________

3. Em qual (is) cidade-sede, o senhor foi empregado? Brasília (DF) Belo Horizonte (MG) Curitiba (PR) Natal (RN)

Rio de Janeiro (RJ) Porto alegre (RS) Fortaleza (CE) Recife (PE)

São Paulo (SP) Cuiabá (MT) Manaus (AM) Salvador (BA)

4. Na prática, em qual (is) célula (s) dentro do Estador-Maior, o senhor foi empregado?

Pessoal Inteligência Operações Logística

Planejamento Comando e Controle Centro de Coordenação Tático integrado (CCTI)

Operações de Informação Outras:________________________

5. Em qual (is) estrutura (s) de Operações de Informação, o senhor foi empregado?

Guerra Cibernética Inteligência Operações de Apoio à Informação

Comunicação Social Guerra Eletrônica

6. Durante o período em que foi empregado em Operações de Apoio a Órgãos Governamentais, assinale

com um (X), quais assuntos/atividades abaixo, o senhor observou fazerem parte (na prática) da 2ª Seção de Estado-Maior?

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Assuntos Civis Dissimulação Militar Elem de Coord de Fogos F Op Esp

Guerra Cibernética Guerra Eletrônica Geoinformação Operações de Apoio à Informação

Seg das Inteligência Comunicação Social Outras:____________________

Operações

7. Durante o período em que foi empregado em Operações de Apoio a Órgãos Governamentais, assinale com um (X), quais assuntos/atividades abaixo, o senhor observou fazerem parte (na prática) da 3ª Seção de Estado-Maior? Assuntos Civis Dissimulação Militar Elem de Coord de Fogos F Op Esp

Guerra Cibernética Guerra Eletrônica Geoinformação Operações de Apoio à Informação

Seg das Inteligência Comunicação Social Outras: _____________________

Operações

8. Durante o período em que foi empregado em Operações de Apoio a Órgãos Governamentais, assinale

com um (X), quais responsabilidades gerais, o senhor observou fazerem parte (na prática) da estrutura da 8ª Seção de Estado-Maior (Seção de Operações de Informação)?

9. Integrar, coordenar e sincronizar todas as Capacidades Relacionadas à Informação (CRI) e recursos relacionados às Op Info disponíveis com as funções de combate; Selecionar, analisar e priorizar alvos e indicar meios “não letais”, “menos letais” ou “letais”; Planejar e acompanhar a condução das Op Info aprovadas pelo Cmt; Fornecer requisitos de informação para o plano de obtenção de Inteligência, e Fornecer requisitos de informação para o plano de Medidas de Ataque Eletrônico. Outras:____________________________________________________________

Grato por sua compreensão!