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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA ESTUDO DE CASO: DESCARTE CORRETO DE MEDICAMENTOS NA CIDADE DE PALMITAL/SP ALCIDES DAMINI PROETTI BRUNO BELINE CLEISON APARECIDO FERREIRA DAVID JOSÉ CHRIST EDER PEREIRA FREIRE MARCIA MARIA FURTADO BATISTA RENATA FÁTIMA FERREIRA DOS SANTOS PALMITAL 2014

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA

ESTUDO DE CASO: DESCARTE CORRETO DE MEDICAMENTOS NA CIDADE DE

PALMITAL/SP

ALCIDES DAMINI PROETTI BRUNO BELINE

CLEISON APARECIDO FERREIRA DAVID JOSÉ CHRIST

EDER PEREIRA FREIRE MARCIA MARIA FURTADO BATISTA

RENATA FÁTIMA FERREIRA DOS SANTOS

PALMITAL 2014

ALCIDES DAMINI PROETTI BRUNO BELINE

CLEISON APARECIDO FERREIRA DAVID JOSÉ CHRIST

EDER PEREIRA FREIRE MARCIA MARIA FURTADO BATISTA

RENATA FÁTIMA FERREIRA DOS SANTOS

ESTUDO DE CASO: DESCARTE CORRETO DE MEDICAMENTOS NA CIDADE DE

PALMITAL/SP

Trabalho de conclusão de curso apresentado à ETEC Prof. Mário Antônio Verza, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Logística. Orientador: Prof. Rafael Augusto Oliva

PALMITAL 2014

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA

ALCIDES DAMINI PROETTI BRUNO BELINE

CLEISON APARECIDO FERREIRA DAVID JOSÉ CHRIST

EDER PEREIRA FREIRE MARCIA MARIA FURTADO BATISTA

RENATA FÁTIMA FERREIRA DOS SANTOS

ESTUDO DE CASO SOBRE O DESCARTE CORRETO DE MEDICAMENTOS

APROVADO EM ____/____/____

BANCA EXAMINADORA:

__________________________________________________________ RAFAEL AUGUSTO OLIVA – ORIENTADOR

__________________________________________________________ NOME DO PROFESSOR (NOME COMPLETO) – EXAMINADOR

__________________________________________________________ NOME DO PROFESSOR (NOME COMPLETO) – EXAMINADOR

DEDICATÓRIA Agradecemos primeiramente a Deus, pois sem ele não teríamos força para esta longa jornada. Agradecemos também aos nossos professores e colegas que nos ajudaram na conclusão do curso de Logística do ano 2014, da ETEC Professor Mario Antônio Verza.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos as manifestações de carinho e apreço, recebidas de todos os

nossos colegas e professores da ETEC Prof. Mário Antônio Verza, os quais foram

nossa maior fonte de apoio para o sucesso deste trabalho.

Nosso muito obrigado também ao nosso orientador, o Professor Rafael

Augusto Oliva, pelo auxílio seguro e oportuno durante todo o processo de orientação

deste trabalho.

Nossos agradecimentos à Prefeitura Municipal, Departamento de Saúde,

Vigilância Sanitária, Farmácia Municipal, Santa Casa de Misericórdia e a todas as

Farmácias que aderiram o nosso projeto.

Agradecemos também a colaboração de Helenice e Nádia da Secretaria de

Saúde, Eliana Batista integrante do comitê de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

da Santa Casa de Palmital, as Farmacêuticas Priscila e Francine, aos Vereadores

Edinho e Homerinho e ao Gilmar Gazola da Vigilância Sanitária pela atenção e apoio

dado ao nosso projeto.

Também agradecemos aos nossos familiares por terem nos apoiado e

entendido a nossa ausência, não só durante as aulas, mas também durante o

processo de desenvolvimento deste trabalho.

Enfim, a todos, o nosso grande muito obrigado!

EPÍGRAFE “As grandes ideias surgem da observação dos pequenos detalhes.” (Augusto Cury)

RESUMO

A preocupação com o Meio Ambiente fica a cada dia maior, devido ao

aumento do consumo da população e a consequente geração de resíduos que em sua maior parte não é destinado corretamente. O que podemos observar é um cenário de degradação ambiental evidente, gerado pelas poucas ações de conscientização da população, que é um grande agravante. A iniciativa de conscientização deve seguir a linha do ciclo do produto, vindo do Governo, Indústrias, Distribuidores, Comércio Varejista, então chegando ao consumidor final que deve fazer com que haja o ciclo inverso, denominado Logística Reversa. Assim esses resíduos ou produtos em desuso retornam a quem os gerou para que destinem ao reaproveitamento, reciclagem ou destino ambientalmente correto, promovendo então um ciclo de vida sustentável do produto. O projeto em questão é resultado de uma pesquisa realizada na cidade de Palmital/SP em torno do descarte de medicamentos. Durante as pesquisas foi visto que a maior parte dos entrevistados faz o descarte incorreto trazendo sérios riscos ao meio ambiente. Bem como foram feitas análises sobre os atores responsáveis pelos resíduos gerados e partir de estudos sobre a Lei 12.305 de 02/08/2010 – A Política Nacional De Resíduos Sólidos – constado que esta responsabilidade deve ser compartilhada com todos os atores do ciclo de vida do produto tais como Indústrias, Distribuidores, Farmácias e Consumidores finais, os mesmos devem promover ações para que desta forma haja o mínimo descarte possível de medicamentos no meio ambiente. Palavras-chave: Descarte de Medicamentos; Meio Ambiente; Descarte Correto.

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Idade dos entrevistados ……..……………………..………………. 16

GRÁFICO 2 – Sexo dos entrevistados ……..……………………..………………. 17

GRÁFICO 3 – Escolaridade dos entrevistados ….………………..………………. 18

GRÁFICO 4 – Entrevistados que possuem medicamentos no domicílio………. 19

GRÁFICO 5 – Frequência com que os entrevistados verificam a validade dos medicamentos.................................................................................................... 20

GRÁFICO 6 – Forma que os entrevistados descartam seus medicamentos…. 21

GRÁFICO 7 - Possui conhecimento sobre os efeitos do descarte incorreto de medicamentos?...................................................................................................

22

GRÁFICO 8 - Já recebeu alguma informação quanto ao armazenamento e descarte de medicamentos?................................................................................

23

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11

1.1 OBJETIVOS ..................................................................................................... 11

1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 12

2 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................ 13

2.1 ACORDOS SETORIAIS ................................................................................... 14

2.2 LOGÍSTICA REVERSA .................................................................................... 14

2.3 CENÁRIOS DO DESCARTE DE MEDICAMENTO NO BRASIL ..................... 15

3 RESULTADOS ....................................................................................................... 16

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 26

APÊNDICES ............................................................................................................. 28

Apêndice A - Banner do projeto ............................................................................. 28

Apêndice B - Lixeiras personalizadas .................................................................... 29

Apêndice C - Frente do panfleto ............................................................................ 30

Apêndice D - Verso do panfleto ............................................................................. 31

ANEXOS ................................................................................................................... 32

Anexo A - Matéria sobre o projeto exibida no Jornal da Comarca de Palmital, de Sábado, 18 de Outubro de 2014, Ano XXI, Nº 1.634, páginas 1 e 7. .................... 32

Anexo B - Matéria sobre o projeto exibida no Jornal da Comarca de Palmital, de Quarta-Feira, 5 de Novembro de 2014, Ano XXI, Nº 1.639, páginas 1 e 3. ........... 34

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1 INTRODUÇÃO

No Brasil, segundo pesquisas, a maioria da população descarta seus

medicamentos vencidos no lixo ou no vaso sanitário. Neste ato, há uma grande

possibilidade de contaminação da água, do solo e do ar. Ademais, crianças e

pessoas desavisadas podem ser envenenadas com os medicamentos descartados

de forma inapropriada.

Ao se descartar os medicamentos de forma correta, é dada uma grande

contribuição para que o meio ambiente seja mais limpo e seguro não apenas agora,

mas também para as próximas gerações. A falta de informação e conscientização da

população é um grande agravante. A partir deste projeto pretende-se informar e

conscientizar a população acerca desse tema e fazer a implantação de postos de

coleta e/ou recolhimento a domicílio.

1.1 OBJETIVOS

Constitui o objetivo geral desse trabalho, conscientizar a população sobre os

riscos ambientais do descarte incorreto dos medicamentos e buscar soluções para

solucionar o problema na cidade de Palmital, criando postos de coleta e também a

coleta por meio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

Constituem objetivos específicos:

a) Criar um Acordo Setorial com a Prefeitura, Secretaria de Saúde, Santa

Casa de Misericórdia de Palmital, Vigilância Sanitária e Farmácias locais

para realizar o recolhimento e destinação correta;

b) Implantar pontos de descarte nas farmácias comerciais da cidade de

Palmital e nos demais setores públicos de saúde;

c) Informar a população sobre os pontos de descarte de medicamentos e

conscientizar sobre os riscos causados pelo descarte indevido;

d) Instituir uma lei na qual os Agentes Comunitários de Saúde de Palmital,

fiquem responsáveis pela observação e o recolhimento dos medicamentos vencidos

da população.

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1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

No projeto em questão, realizamos uma pesquisa de campo na ETEC Professor

Mário Antônio Verza, além de alguns pontos da cidade, aplicando um

questionário (em anexo) em alunos, professores e na população em geral,

totalizando 100 entrevistados; também visando saber se os mesmos possuem

conhecimento sobre os impactos ambientais causados pelo indevido descarte, e

também de que maneira e em quais locais fazer o descarte correto dos mesmos.

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2 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos sólidos, conforme a NBR 10.004, da Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT), são definidos:

“Resíduos no estado sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviável, em face à melhor tecnologia disponível” (ABNT, 2004).

O tratamento inadequado dos resíduos sólidos pode gerar sérios problemas

ao meio ambiente, tais como contaminação do solo, água e o ar. Ainda que possível

e necessário reduzir os resíduos gerados durante a produção e o pós-consumo, eles

sempre serão gerados. Com a utilização da Logística Reversa, esses resíduos serão

reaproveitados na produção ou descartados de forma correta, diminuindo assim o

acúmulo de resíduos no planeta.

A Política Nacional De Resíduos Sólidos – Lei nº 12.305 de 02/08/2010 reúne:

“Princípios, Objetivos, Instrumentos, Diretrizes, Metas e Ações a serem adotados pela União isoladamente ou em parceria com Estados, Distrito Federal, Municípios e Particulares, visando á gestão integrada e o

gerenciamento adequado dos resíduos sólidos.” (Lei nº 12.305 de

02/08/2010).

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2.1 ACORDOS SETORIAIS

O Acordo setorial é definido no Artigo 3º da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 como: “ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto;”

Para que ocorra um acordo setorial é preciso definir quem são os atores que serão envolvidos na responsabilidade compartilha pelo ciclo de vida do produto, como se refere no Artigo 3º da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 no Parágrafo XVII como:

“conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei;”

2.2 LOGÍSTICA REVERSA

Logística reversa é a área da logística que envolve o retorno dos resíduos

gerados pelas indústrias para reciclagem, reaproveitamento ou redução. A logística

reversa tem sido um tema bastante discutido para se adquirir um sistema

sustentável. A preocupação da Logística Reversa é fazer com que esses resíduos,

sem condições de serem reutilizados, retornem ao seu ciclo produtivo ou para o de

outra indústria como insumo, evitando uma nova busca por recursos na natureza e

permitindo um descarte ambientalmente correto.

O Artigo 3º da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 no Parágrafo XII define

Logística Reversa como:

“instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada;”

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2.3 CENÁRIOS DO DESCARTE DE MEDICAMENTO NO BRASIL

A indústria farmacêutica cresce a cada ano, por consequência do aumento da

expectativa de vida da população. O maior número de idosos, o aumento do

consumo e da produção de medicamentos, alavancam o setor farmacêutico e a

geração de resíduos. Contudo é muito tímida presença de programas do Governo

para a destinação correta de medicamentos no País com o intuito de descartar de

maneira eficaz tais resíduos, de potencial perigo para a saúde humana e para o

meio ambiente.

O devido descarte dos resíduos sólidos de origem farmacêutica é

normatizado pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Meio Ambiente. Os

mesmos deveriam fornecer instrumentos para que os atores envolvidos em

atividades que geram resíduos desta natureza possam dar-lhes a disposição final

adequada, mas ainda não há gestão eficiente. Questão esta fundamental para se

discutir e observar tanto pelos órgãos públicos responsáveis por gerenciar questões

ambientais, quanto à de saúde pública.

Para FERREIRA,

“No Brasil, não se dispõe de dados precisos sobre a produção e qualidade da maior parte dos resíduos sólidos. O que se sabe, pela constatação da presença de resíduos de forma indiscriminada no ambiente, além daqueles dispostos em sistemas sob controle, é que as quantidades são elevadas e os problemas decorrentes, bastante graves.” (FERREIRA, 2005).

No Brasil ainda é muito pequena a iniciativa, tanto por parte do Governo

Federal e dos órgãos responsáveis, quantos das indústrias de um acordo setorial,

deixando de compartilhar as responsabilidades, assim acumulando para poucos que

não conseguem resolver o tamanho problema. Os fatores citados deixam a

população à deriva, sem conhecimento sobre os riscos causados, além de

desconhecerem a forma de se fazer o descarte correto. Resulta nesse cenário em

que o Brasil está – em degradação ecológica e social. Um programa de Logística

Reversa pode lançar uma luz sobre a questão no Brasil e viabilizar e orientar o

estudo das condições legais, econômicas e sociais para a realização de um

programa nacional de coleta.

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3 RESULTADOS

Neste capítulo, serão apresentados os principais resultados da pesquisa de

campo e dos estudos feitos acerca do assunto. Com os dados apurados chegamos

aos seguintes resultados.

Gráfico 1 - Idade dos entrevistados

Fonte: Próprio autor (2014)

O Gráfico 1 mostra que a maior parte dos entrevistados são jovens entre 15 e

30 anos somando 56%, seguido pela faixa etária entre 31 e 40 anos com 20%

finalizando com 10% entre 41 a 60 anos.

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Gráfico 2 - Sexo dos entrevistados

Fonte: Próprio autor (2014)

O gráfico acima mostra que a maior parte dos entrevistados é do sexo

feminino.

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Gráfico 3 - Escolaridade dos entrevistados

Fonte: Próprio autor (2014)

O Gráfico 3 aponta que 48% dos entrevistados possuem ensino médio

completo, seguido de 21% que obtêm ensino superior completo e 6% com ensino

superior incompleto, contudo ainda não possuem consciência sobre os efeitos do

descarte incorreto como veremos nos gráficos a seguir.

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Gráfico 4 - Entrevistados que possuem medicamentos no domicílio

Fonte: Próprio autor (2014)

O gráfico acima mostra que 100% dos entrevistados possuem medicamentos

em suas residências, mostrando como é importante o descarte correto dos

medicamentos.

20

Gráfico 5 - Frequência com que os entrevistados verificam a validade dos medicamentos

Fonte: Próprio autor (2014)

O Gráfico 5 aponta que a verificação da validade dos medicamentos é feita

apenas no momento do consumo totalizando 56%, seguido de 40% que observa

apenas no momento da compra, isso mostra que os entrevistados não verificam

periodicamente a condição de uso de seus medicamentos.

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Gráfico 6 - Forma que os entrevistados descartam seus medicamentos

Fonte: Próprio autor (2014)

No Gráfico 6 vimos que 46% dos entrevistados descartam em lixo comum,

10% no vaso sanitário, 5% em pias ou tanques e 6% deixam em seus domicílios por

não saberem o que fazer, totalizando 67% de descarte inadequado, sobrando

apenas 33% para o descarte correto; lembrando que o Gráfico 4 aponta que 100%

dos entrevistados possuem medicamentos em suas residências, mostrando um

cenário desfavorável ao meio ambiente.

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Gráfico 7 - Possui conhecimento sobre os efeitos do descarte incorreto de medicamentos?

Fonte: Próprio autor (2014)

A partir do Gráfico 7 observamos que 58% não tem informação sobre os

efeitos do descarte incorreto de medicamentos, deixando um cenário desfavorável

ao descarte correto agravando a poluição do meio ambiente.

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Gráfico 8 - Já recebeu alguma informação quanto ao armazenamento e descarte de medicamentos?

Fonte: Próprio autor (2014)

No gráfico acima observamos que 60% dos entrevistados já receberam

informações sobre armazenamento e descarte de medicamentos, porém como

vimos no Gráfico 7, não sabem os efeitos causados pelo descarte indevido, e então

descartam em lixo comum e em pias e ralos.

A partir desses resultados procuramos os setores públicos e privados, a fim

de criar pontos de descarte de medicamentos vencidos ou em desuso nas farmácias

comerciais e nos órgãos de saúde pública. Além de distribuir panfletos de

conscientização sobre os riscos causados e informação de como e onde descartar

seus medicamentos (Apêndice C e D). O acordo foi firmado e foram implantados os

pontos de descarte em todas as Farmácias, Pet Shops e Centros Veterinários, todos

os Postos de Saúde, Santa Casa e Pronto Socorro de Palmital/SP, sendo que a

Prefeitura e Vigilância Sanitária municipal ficaram responsáveis pelo recolhimento e

pelos custos da destinação correta dos medicamentos com uma empresa

especializada. Bem como um mutirão (Anexo B) para o recolhimento dos

medicamentos nos domicílios do município com a participação dos alunos da ETEC

Prof. Mário Antônio Verza, Secretaria de Saúde, Vigilância Sanitária e Prefeitura

Municipal.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os objetivos propostos neste trabalho foram todos atingidos. A pesquisa

realizada nos forneceu os parâmetros necessários para atingir os objetivos do

trabalho, no qual foi constatado que em 100% dos domicílios há medicamento, e que

67% do descarte de medicamentos eram incorretos, deixando evidente a agressão

ao meio ambiente, na maioria das vezes por falta de informação, conscientização e

pontos de descarte.

Diante desse cenário criamos como ação corretiva pontos de descarte em

todas as farmácias da cidade de Palmital e Órgãos de Saúde Pública, com parceiras

da Secretaria de Saúde, que ficou responsável pelo recolhimento dos medicamentos

nos pontos de descarte, e a Santa Casa de Misericórdia recebe e armazena os

resíduos até que a empresa especializada em descontaminação desses resíduos

recolhe, sendo que os custos desse descarte ficou por conta da Prefeitura Municipal.

A Vigilância Sanitária ficou responsável pelo recolhimento dos medicamentos

psicotrópicos e fazer o descarte correto dos mesmos.

No dia 14/10/2014, foi realizado no SAMU, uma reunião onde houve

treinamento para os responsáveis das farmácias da cidade e órgãos públicos de

saúde para a separação e catalogação dos medicamentos recebidos, promovido

pela Vigilância Sanitária e Santa Casa de Misericórdia de Palmital (Anexo A). Houve

ainda palestra de conscientização sobre o uso racional de medicamentos

ministrados por farmacêuticas responsáveis pela Farmácia Municipal e

apresentação do presente projeto para os convidados. Confeccionamos conjuntos

de lixeiras personalizadas (apêndice B) e cartazes que foram fixados nos pontos de

descarte (apêndice A), custeado por patrocinadores. Também criamos panfletos

(apêndice C e D) e perfil em rede social na web para informar e conscientizar a

população, além de uma parceria com a Rádio Regional para a divulgação do

projeto. Além de promover palestra na ETEC Prof. Mário Antônio Verza para

conscientização sobre o tema e envolver os alunos em um mutirão de coleta de

medicamentos em domicílio (Anexo B) – onde foram recolhidos e destinados

corretamente 170,4 Kg de medicamentos –, além da coleta promovemos a

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conscientização e informação sobre os riscos de descarte de medicamentos e como

fazer o descarte correto.

O projeto semeou uma semente, na qual esperamos que gere frutos e fique

como exemplo para turmas posteriores, que todos objetivos possam ser cumpridos

desde que haja determinação e foco. O descarte de medicamentos é tema

preocupante assim como muitos outros. É muito importante e necessário que haja

mais trabalhos com esse intuito, para que passo a passo possamos proporcionar um

meio ambiente limpo e sustentável e consequentemente gerar melhor qualidade de

vida para todos os seres vivos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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nº82 – Junho/Julho/Agosto 2011. Disponível em:

http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/132/014a016_artigo_dr_walter.pdf.

Acesso em

SHUBO, Andréia Menezes da Rocha. Gerenciamento de Resíduos Sólidos em

Serviços de Saúde. – Universidade Federal Fluminense – Niterói/RJ, 2003.

Disponível em: http://www.bdtd.ndc.uff.br/tde_busca/arquivo. php?codArquivo=1630.

Acesso em 27/04/2014.

DA SILVA, Evelyn Ribeiro. Problematizando o Descarte de Medicamentos

Vencidos: para onde destinar? – Rio de Janeiro, Dezembro de 2005. Disponível

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http://www.acervo.epsjv.fiocruz.br/htdocs/epsjv/beb/Monografias2005/evelyn.pdf.

Acesso em 14/04/2014.

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Revista Brasileira de Toxicologia 22, n.1-2 (2009) 1-8 – Disponível em:

http://iah.iec.pa.gov.br/iah/fulltext/lilacs/revbrastoxicol/2009v22n1-

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EICKHOFF, Patrícia; HEINECK, Isabela; SEIXAS, Louise J. Gerenciamento e

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Acesso em 27/04/2014.

27

VAZ, Kleydson Vinicius Vaz; DE FREITAS, Marcílio Mendes; CIRQUEIRA, Julyene

Zorzett. Investigação Sobre a Forma de Descarte de Medicamentos Vencidos. –

Cenarium Pharmacêutico, Ano 4, n° 4, Maio/Nov. 2011, ISSN: 1984-3380 –

Disponível em:

http://www.unieuro.edu.br/sitenovo/revistas/downloads/farmacia/cenarium_04_14.pdf

. Acesso em 14/04/2014.

BUENO, Cristiane Schmalz; WEBER, D; OLIVEIRA, K.R. Farmácia caseira e

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em: http://serv-bib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/Cien_Farm/article/viewFile/601/826.

Acesso em 14/04/2014.

LEI Nº 9.503, de 23.09.1997. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.

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APÊNDICES

Apêndice A - Banner do projeto

29

Apêndice B - Lixeiras personalizadas

30

Apêndice C - Frente do panfleto

31

Apêndice D - Verso do panfleto

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ANEXOS

Anexo A - Matéria sobre o projeto exibida no Jornal da Comarca de Palmital, de Sábado, 18 de Outubro de 2014, Ano XXI, Nº 1.634, páginas 1 e 7.

33

34

Anexo B - Matéria sobre o projeto publicada no Jornal da Comarca de Palmital, de Quarta-Feira, 5 de Novembro de 2014, Ano XXI, Nº 1.639, páginas 1 e 3.

35