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CENTRO SOCIAL DA PAROQUIA DE RIO TINTO Os nossos objectivos Entre outros, são: acolher e tratar, com todo respeito, as pessoas que connosco que- rem passar a última etapa da sua peregrinação em paz e alegria. Por isso mesmo não pomos em primeiro lugar o luxo, mas a dignidade de toda a pes- soa humana. Oferecemos três serviços interligados: Lar Residencial, Centro de Dia e Apoio Domi- ciliário. Temos capacidade para receber no Lar 65 idosos. Destes, 6 lugares, conforme a cláu- sula do acordo com a Segurança Social, são enviados por essa Entidade. Não somos Casa para ricos, mas para todos. De preferência pomos primeiro lugar os mais necessitados. Somos uma Instituição da Igreja, mas nunca perguntamos pela religião que profes- sam ou pela cor política.

CENTRO SOCIAL DA PAROQUIA DE RIO TINTO - …paroquiariotinto.pt/imagens/CentroSocial_Marco-2014.pdf · Na sua maioria são solteiros e têm nacionalidade portuguesa. Quase um terço

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CENTRO SOCIAL DA PAROQUIA DE RIO TINTO

Os nossos objectivos

Entre outros, são: acolher e tratar, com todo respeito, as pessoas que connosco que-

rem passar a última etapa da sua peregrinação em paz e alegria.

Por isso mesmo não pomos em primeiro lugar o luxo, mas a dignidade de toda a pes-

soa humana.

Oferecemos três serviços interligados: Lar Residencial, Centro de Dia e Apoio Domi-

ciliário.

Temos capacidade para receber no Lar 65 idosos. Destes, 6 lugares, conforme a cláu-

sula do acordo com a Segurança Social, são enviados por essa Entidade.

Não somos Casa para ricos, mas para todos. De preferência pomos primeiro lugar os

mais necessitados.

Somos uma Instituição da Igreja, mas nunca perguntamos pela religião que profes-

sam ou pela cor política.

VIDA QUOTIDIANA

Cerca de 5% dos sem-abrigo de Lisboa têm curso superior São homens, em idade activa, com filhos, solteiros e portugueses. E este o perfil maioritário dos sem-abtf%o de Lisboa, de acordo com o levantamento feito pela Santa Casa da Misericórdia e revelado esta quarta-feira. Mas há tanVbém novos dados que surpreenderam os próprios responsáveis. A SCML pretende oferecer novas respostas ao problema. Numa contagem fei-ta na noite de 12 de Dezembro e que envolveu mais de 800 voluntários, contabilizaram-se 852 sem-abrigo em Lisboa, dos quais 509 vivem nas ruas e 343 passam as noites em centros de acolhimento. Os inquéritos foram realizados ao longo de vá-rios meses em que as equipas do programa "InterSituações" da SCML contactaram 649 sem- abrigo e conseguiram obter 454 respostas. A grande maioria é homem e tem entre 35 e 54 anos. A pessoa inquirida mais nova tem 16 anos e a mais velha tem 85 anos. Na sua maioria são solteiros e têm nacionalidade portuguesa. Quase um terço está na rua há menos de um ano e, no outro extremo, há 23 pessoas que vivem na rua há mais de 20 anos e foi ainda encontrada uma pessoa nesta situação há já 40 anos. Mais de metade diz ter filhos, com os quais não mantêm qualquer contacto. Apenas 13,8% dizem ter um contacto quase diário com os filhos, mas, no total, a maioria diz interagir frequentemente com outros membros da família. A SCML sublinha que este pode ser "o meio para combater a situação de ruptura em que [os sem-abrigo] se encontram". Será a partir daqui que um dos eixos da estratégia da SCML se vai desenvolver nos próximos tempos e que vai passar pelo "apoio às famílias" e pro-mover o contacto com as pessoas nas ruas, explicou Rita Valadas. Novas soluções Tirando aqueles traços principais, a popu-lação de sem-abrigo da capital é bastante heterogénea. Um terço concluiu o ensino secundário, técnico ou superior, enquanto 20 dos sem-abrigo possuem um diploma universitário e 7,7% não sabem ler nem escrever. O inquérito mostrou ainda que somente 15,4% "revelaram sinais de desorganização mental" e quase metade diz nunca ter tido problemas de alcoolismo. Apenas uma minoria afirma ter tido problemas de abusos de drogas, enquanto 63,9% dizem nunca ter consumido "aditivos de substâncias psicoactivas". Para fazer face às situações agora conhecidas e documentadas, a SCML propõe um conjunto de "respostas sociais". Entre elas está a abertura de "um espaço único de referência" para os sem-abrigo, numa colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa. Trata-se de "uma porta única onde todas as instituições vão ter assento e onde todas as pes-soas em situações de vulnerabilidade se podem dirigir". A acção da Santa Casa vai passar ainda por três linhas. A criação de um núcleo de ligação à população de sem-abrigo, que vai passar pela manutenção da equipa que participou no "InterSituações" será uma das prioridades. Está prevista igualmente a construção de um Centro de Recuperação de Competências Psicossociais com o objectivo de "promover a reinserção na vida activa e o reatar de ligações com a família". Ana Pereira Assistente Social

A VIDA É MOVIMENTO 3 

Movimento

Serafim Faria Prof. Educação Física

A primavera começa a dar ares da sua graça. Os dias grandes e o sol a brilhar com intensidade, vão instalar-se, definitivamente, em breve, fazendo aumentar a tem-peratura e trazendo um sabor especial, natural e caracte-rístico dos países do Sul da Europa.

Dadas estas circunstâncias e, tendo em conta que se rece-bermos quinze minutos diários de radiação solar, garan-timos as necessidades de vitamina D para esse dia, que mais motivos queremos para sair à rua e começar a an-dar e a conhecer melhor a nossa terra. Tenho a convicção que a pé se vêem melhor as coisas, consegue-se uma ava-liação de pormenores que o trânsito em automóvel e au-tocarro não permitem. Assim, podemos ver a forma co-mo estão os escassos jardins públicos, sentimos o cheiro que exalam as flores a despontar nas árvores, partilha-mos o rejuvenescimento da Natureza, mas também per-cebemos o civismo, ou a falta dele, dos automobilistas nas filas de trânsito e quando os peões atravessam nas passadeiras, sentimos a poluição sonora própria de vias com grande movimento e constatamos que o betão foi uma prioridade de muitos anos consecutivos, em detri-mento de espaços verdes e locais aprazíveis que apazi-guem os problemas do quotidiano e que permitam uma significativa melhoria da qualidade de vida dos riotin-tenses.

As politicas terão obrigatoriamente de se orientar para o investimento no bem estar das pessoas, na criação de estruturas e equipamentos que permitam vivências agradáveis e catárticas, para amenizarem crises económicas, noticias sistematicamente más, agressividades, violências e, acima de tudo, que possam contribuir para a educa-ção ecológica das novas gerações que, felizmente, vão tendo essas vivências nas escolas, mas, posteriormente, nem sempre encontram espaços para as operacionalizarem. O rio Tinto continua lembrado algumas vezes no ano, fruto do trabalho incansável de um Movimento que faz o que pode e já faz muito, mas resoluções de fundo não se vislumbram, sempre difíceis, também, tendo em conta o estado do país que teima em desculpar-se com a crise financeira para não avançar com assuntos que deveriam ser prioritários. É reconhecido que muita coisa mu-dou nos últimos anos, mas Rio Tinto, com uma população imensa e de variadas origens, merecia ter uma sala de espectáculos condigna, dois ou três pavilhões gimnodesportivos municipais, só para serviço da população, e um rio limpo com uma frente fluvial equilibrada do ponto de vista ambiental que permitisse um usufruto pleno para momentos de lazer e relaxamento, tão importantes nos dias infernais que hoje se vivem.

Pois como ia dizendo no início, em caminhada, podemos ver tudo isto e mais alguma coisa, podemos refletir so-bre propostas de melhoria para a nossa terra, podemos, enfim, libertar o corpo e a mente da pressão que sofrem sistematicamente.

Andar a pé tem, por estes motivos e por muitos outros, imensas vantagens, permitindo-nos um relacionamento mais profundo com o meio. Também promove uma tonificação geral do organismo, muito benéfico para a saúde. Agora que os dias estão a crescer e o sol vai brilhando, venha caminhar para as ruas da sua cidade.

PELA SUA SAÚDE MESMO DOENTE SABER VIVER

O câncer de mama na vida de uma mulher

Veja como amor e a amizade demonstrados concretamente podem ajudar uma pessoa a su-perar as dificuldades mais delicadas da vida

(Clarissa Oliveira)

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo, mais comum entre as mulheres, e corresponde a 22% dos novos casos a cada ano. Estatísticas revelam um aumento na incidência deste tipo de câncer em países desenvolvidos e subdesenvolvidos. É relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima desta faixa etária sua ocorrência cresce de maneira rápida e progressiva. No Brasil, em 2011, foram registradas 13.345 mortes em consequência do câncer, sendo 120 homens e 13.225 mulheres. Para este ano, as estimativas preveem 57.120 novos casos. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, 1 de cada 12 mulheres terá um tu-mor nas mamas até os 90 anos de idade. A quantidade de mulheres que encontramos fazendo um tratamento de quimioterapia por causa deste tipo de câncer aumentou conside-ravelmente nos últimos 50 anos. Mas o que acontece com os sentimentos de uma mulher que vive essa experiência? Muitos de nós imaginamos como pode se sentir uma mulher ao saber que terá parte do seio, ou todo ele, retirado, ficará careca por causa da medicação e viverá mudanças consideráveis, que atingirão, aparentemente, sua feminilidade. A solidão pode ser um sentimento que assola a paciente com câncer de mama. Mas é importante fazê-la sentir que não está sozinha. O apoio de familiares e amigos é fundamental para superação da doença e do estigma que a acompanha. Muitos médicos dizem que a pior parte do tratamento é este sentimento de solidão e tristeza que pode levar a uma depressão. É necessária a conscientização da paciente, mas também dos que a rodeiam, da importância do apoio daqueles que estão ao seu lado, para adquirir a força e sustento que ajudarão a superar a batalha. A história de Gerdi McKenna e suas amigas nos ajuda a ilustrar este quadro. Gerdi é uma sul-africana de 35 anos que luta contra o cân-cer de mama. Mãe de um menino de cinco anos e uma menina de um. Um dia, McKenna recebeu um convite de uma de suas amigas para uma sessão fotográfica. O que ela não sabia era que, em solidariedade ao que estava vivendo na luta com o câncer, suas amigas resolveram raspar o cabelo, mesmo sem nunca terem passado por tal experiência. “O primeiro rosto que eu vi foi o da minha irmã, que mora a duas horas de distância, mas sem cabelo! O que vi a seguir foi a minha mãe, também careca. E depois todo mundo ali tirou os gorros que estavam usando e mostraram suas cabeças raspadas. Fiquei completa-mente espantada, não tinha ideia do que estava acontecendo. Seguiu-se uma torrente de lágrimas”, revelou Gerdi, ao viver esta experiên-cia transformadora. A atitude das amigas de McKenna surpreendem o mundo, pois exprimem como o amor e a amizade, demonstrados concretamente, po-dem ajudar uma pessoa a superar as dificuldades mais delicadas da vida, se ao seu lado existe o suporte necessário.

Aleteia

DIA MUNDIAL DA TUBERCULOSE

Silva Pinto * No próximo dia 24 de março, celebra-se em todo o Mun-do o Dia Mundial da Tuberculose. Esta data foi escolhi-da em homenagem aos 100 anos do anúncio da desco-berta do bacilo causador da tuberculose, 24 de março de 1882 pelo Dr. Robert Koch. Por isso, ficou a chamar-se Bacilo de Koch. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tu-berculose ainda mata cerca de 3 milhões de pessoas em todo o mundo anualmente. O objetivo do Dia Mundial da Tuberculose neste ano é aumentar esforços na luta contra a doença, sensibili-zando a consciência sobre este problema que não é do passado; Ainda há pessoas que não sabem disto e mes-mo os profissionais de saúde muitas vezes não pensam na tuberculose, demorando o diagnóstico enquanto o doente está a agravar a sua doença e a contagiar os fa-miliares e a população. A descoberta do bacilo responsável pela tuberculose foi um passo importantíssimo na luta e controle da tuber-culose que vitimou nessa altura, uma grande parcela da população mundial. A geração que nasceu na primeira metade do século passado, ainda conviveu com alguns procedimentos pa-ra despiste e tratamento da tuberculose como uas mi-crorradiografias", "o adesivo no peito para teste da tu-berculina", "a vacina pelo BCG" e o crescimento dos sa-natórios, localizados em pontos altos, com ar puro para ajudar a cura e onde alguns doentes que resistiram, passaram anos da sua vida. Mas, depois do sucesso do tratamento após a descober-ta do bacilo de Koch, os agentes da Saúde e a população em geral, facilitaram, julgando que já estava irradicada e, começaram a desenvolver-se casos de doença resis-tentes aos medicamentos principalmente em grupos de pessoas com graves carências sociais ou com doenças que comprometem o Sistema Imunológico como a Sida. Nos países desenvolvidos, a tuberculose é também um problema por causa do número crescente de pessoas com o sistema imunológico comprometido, pelo abuso de drogas, ou por sofrerem de Sida. Assim no século XXI a tuberculose continua a ser uma prioridade da OMS que está a sensibilizar todos os países, as Organi-zações da Sociedade Civil e toda a população para o combate á doença tendo como meta a redução para me-tade a incidência e mortalidade em 2015 e a irradicação total da doença até 2050. Os primeiros sintomas são a tosse prolongada (mais que 3 semanas), cansaço, emagrecimento, febre e suores noturnos. Uma vez feito o diagnóstico, o doente tem que fazer o tratamento pelo menos durante 6 meses. Nunca deve abandonar o tratamento quando já se sente melhor e porque os comprimidos causar desconforto pois é uma das causas de resistênr aos medicamentos com maior dificuldade na cura?

Médico *

PELA SUA SAÚDE