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Centro Universitário Leonardo Da Vinci NEAD – Núcleo de Ensino a Distância
ARNALDO JOSÉ SILVA MONTEIRO
KAREN MARILEM DAVI GONÇALVES
PAULO CRISTIANO DE MATTOS SILVEIRA
RITA DE CÁSSIA LOURENÇO INCHAUSPE
WILTON RICARDO DE SOUZA
MANUSEIO E DESCARTE ADEQUADO DE TINTAS E
TONER DE IMPRESSORAS.
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ARNALDO JOSÉ SILVA MONTEIRO
KAREN MARILEM DAVI GONÇALVES
PAULO CRISTIANO DE MATTOS SILVEIRA
RITA DE CÁSSIA LOURENÇO INCHAUSPE
WILTON RICARDO DE SOUZA
MANUSEIO E DESCARTE ADEQUADO DE TINTAS E
TONER DE IMPRESSORAS.
Projeto apresentado para integralização das
Práticas do Módulo 2 – Tecnologia em Gestão
Ambiental - Centro Universitário Leonardo da
Vinci.
Nome Monitor: Marcus Hübner
PORTO ALEGRE
2009
iii
SUMÁRIO
1. TEMA E PROBLEMA ............................................................................................ 01
2. JUSTIFICATIVA...................................................................................................... 02
3. OBJETIVOS ............................................................................................................. 06
4. METODOLOGIA ..................................................................................................... 07
5. CRONOGRAMA ...................................................................................................... 10
6. REFERÊNCIAS........................................................................................................ 11
7. ANEXOS.........................................................................................................................12
ANEXO 1. APLICANDO O PROJETO- ANTES E DEPOIS............................................13
ANEXO 2. CÓPIA DA CARTILHA DE DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DA
RECARGAS 1001................................................................................................................14
ANEXO 3. TINTAS E RESÍDUOS GRÁFICOS- KAREN GONÇALVES.......................21
ANEXO 4. IMPRESSORAS LASER – WILTON DE SOUZA..........................................34
ANEXO 5. DESCARTE DOS MATERIAIS DE CARTUCHOS DE IMPRESSORAS NA
1001 RECARGAS- RITA DE CÁSSIA INCHAUSPE.......................................................44
- 1 -
1. TEMA E PROBLEMA
TEMA: O projeto tem como objetivo orientar a empresa REFER Recarga de
Cartuchos no correto manuseio e destinação dos materiais descartados na atividade de recarga
de cartuchos jato de tinta e laser, bem como um estudo aprofundado do nível de toxidez destes
produtos químicos.
A empresa foi constituída em 2001 para atuar no ramo de recarga de cartuchos e
manutenção em informática no centro da cidade de Porto Alegre. Possui 3 colaboradores que
trabalham em contato direto com materiais elaborados com compostos químicos, sem uso de
equipamentos de proteção individual, doravante mencionado com EPI.
As informações pertinentes a toxidade desses compostos químicos variam conforme a
fonte: segundo a fabricante de tintas Formulabs INC a tinta não representa malefícios à
saúde. E segundo a fabricante de pó de toner Premium Products, seus produtos são inócuos e
não oferecem riscos.
Porem uma pesquisa feita sobre os compostos desses materiais mostra um alto grau de
metais pesados em sua formulação, bem como resinas plásticas e outros componentes
químicos, como o dióxido de silício e o etilenoglicol.
A tinta analisada como um todo contém substancias nocivas que em contato com a
pele, inalado ou absorvido podem sim trazer males a saúde humana.
Segundo o site da HP (2009), o tamanho do pó de toner usado em seus cartuchos varia
de 3 microns á 8 microns. Esse tamanhoé explicado pelo site do Guia do Hardware(2009),
“O micron é uma medida de tamanho[... ] 1 mícron equivale a 1 milésimo de milímetro, ou
seja 1 mm = 1000 microns.”.
Para alguns médicos o simples fato da partícula ter esse tamanho já é suficiente para
causar uma obstrução nos brônquios, sem importar ser tóxica ou não, claro que sendo tóxica o
risco aumenta. No portal São Francisco(2009) pesquisamos o tamanho do alvéolo e o dano
que pode ser causado por uma partícula com essa medição: “ a inalação de partículas menores
que 8 microns podem causar uma obstrução nos brônquios fazendo com que eles parem de
realizar a troca gasosa, podendo danifica-los permanentemente”
2
PROBLEMA: O contato direto com os componentes da tinta e do toner podem trazer
malefícios para saúde, pois contém, dentre outros produtos, metais pesados em sua fórmula.
Dentre os problemas apresentados vamos tentar concluir qual o nível de toxidez dos
produtos que compõem os suprimentos de recarga, quais danos podem causar a saúde humana
e ao ambiente, quais equipamentos são adequados no trato desses materiais, qual o correto
descarte desses produtos e viabilidade técnica da execução.
2. JUSTIFICATIVA.
Como base para referenciar nosso trabalho, usamos noções de segurança e qualidade
de vida no trabalho. Os colaboradores da empresa encontravam-se em contato direto com
materiais nocivos e esses materiais tinham como destino o esgoto ou o lixo comum.
Segundo Moretti (2008) a qualidade de vida no trabalho está intimamente ligado com
a satisfação do empregado em desempenhar suas funções de forma saudável, colaborando
para que seu serviço seja saudável ao meio também.
Segundo Julião(2009), as atividades que prevêem certo grau de perigo em sua
elaboração devem seguir um rígido código de segurança, onde prevaleça a integridade física
dos humanos envolvidos.
Para França(1999), a atividade de remanufatura envolve riscos tanto para os
colaboradores que manipulam os materiais quanto ao meio ambiente que recebe diretamente
os dejetos desse processo. Todo processo de remanufatura deve seguir um rígido controle de
manipulação e descarte dos materiais, devendo a empresa deter o certificado ISSO 9000 para
garantir a qualidade necessária para a administração desses materiais. O uso de luvas de
proteção, máscaras contra pó e óculos podem evitar que as partículas minúsculas de pó de
toner entrem em contato com o organismo humano, nunca se esquecendo que o meio
ambiente não pode receber de forma direta esses componentes, seja no solo, na água ou no
próprio ar, já que segundo França (1999), as partículas de pó de toner podem ficar suspensas
no ar em torno de até 100 horas, dependendo das condições climáticas no local, vindo a se
depositarem no solo após esse período.
Assim como que para Dángelo (1999), “o descarte de qualquer tipo de resíduo
químico oriundo de atividades de remanufatura devem a todo custo serem monitorados desde
sua origem até o seu correto descarte”, evitando assim que os dejetos sejam descartados juntos
a natureza, e que nesse intervalo venham a contaminar ou colocar em risco a atividade
humana bem como a saúde de seus trabalhadores.
3
O nosso projeto trata dos malefícios do contato direto com os produtos químicos
existentes em suprimentos de remanufatura de cartuchos para impressoras.
Primeiramente começamos pela tinta usada no sistema de impressão jato de tinta. Que
segundo o site Tinta de Impressora(2009), as tintas são assim divididas e formuladas:
Corante Básica Recomendada:
81 % Água Deionizada
5 % Corante
12 % Dietileno Glicol
2 % Álcool Isopropílico
Corante Suprema:
72% Água Deionizada
6% Corante
20% Dipropileno Glicol
2 % Álcool Isopropílico
Corante Alternativa I - Resina Acrílica :
10,0 – 15,0 Corante
6,0% Mowilith DM 760
2,0% Etanol
5,0 – 1,2% 1,2 Propileno Glicol
71,8 – 76,8% Água Deionizada
Corante Alternativa II –
Polivinilpirrolidone:
10,0 – 15,0% Corante
6,0% Polivinilpirrolidone
5,0 - 1,2% Propileno Glicol
0,2% Fongrabac IG
75,8 – 80,8% Água Deionizada
Tinta pigmentada:
2,5 – 5,0 % Pigmento
68,5 – 66,0% Água Deionizada
18,0% Dietileno Glicol
0 – 4,6% Trietanolamina
2,8% N-metil–2-pirrolidone
3,6% Isopropanol
Com base nessas informações passemos a analise dos materiais que a compõem,
utilizando como referência o site da enciclopédia livre WikiPedia(2009):
Componente Tóxico Não tóxico Função na tinta
Água deionizada X Tornar a tinta pura sem ions
Corante X Dar a cor desejada
Dipropileno glicol X Hidratante e lubrificante
Álcool isopropilico X Responsável pela secagem da tinta
3
Mowilith DM 760 X Fixador da tinta
Etanol X Secagem da tinta
Propileno glicol X Hidratante e lubrificante
Polivinilpirrolidone X Dá viscosidade a tinta
Frongrabc IG X Fixador da tinta
Pigmento X Dá cor desejada
Trietanolamina X Balancear o PH
N-metil–2-pirrolidone X Dá viscosidade a tinta
Isopropanol
X Antioxidante
Rodrigues (2008) explica os tipos de toner que existem: Ferrosos, cerâmicos, MICR,
acrilico, polyester, pulverizado, químico e gráfico e tendo eles como compostos os seguintes
produtos que apresentamos na tabela abaixo no mesmo contexto das tintas:
Componente Tóxico Não tóxico Função na tinta
Oxido ferroso(magnetita) x Levar o corante até o rolo
magnético
Negro de fumo ou corante
preto x Da tom escuro a impressão
Sílica ou silício x Agregador de partículas
Resina plastica x Da brilho á impressão
Cera x Ajuda na fixação do toner
Polyester x Da brilho á impressão
Oxido de zinco x Usado como corante da cor amarela
Oxido de chumbo x Usado como corante azul
Sulfato ferroso x Usado como corante magenta
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Com base nessas informações podemos concluir que de modo geral as tintas e toners
tem componentes nocivos a saúde humana a ao meio ambiente e o contato direto com eles
deve ser evitado, usando-se luvas de borracha descartáveis para manipular tinta e toner e
usando-se máscaras bico-de pato com poros de 4 microns para manipular o pó do toner.
No caso da preservação do ambiente da recarga deve-se usar uma máquina conhecida
como estação de toner, onde toda partícula em contato com a área da máquina destinada a
filtração e deposição seja sugada para um filtro de manga e acondicionada de forma a poder
ser descartado da forma correta.
FIGURA 1: Luvas de látex.
FONTE: www.incrisa.com.br
FIGURA 2: Máscara contra pó
FONTE: www.incrisa.com.br
5
FIGURA 3: Estação de toner
FONTE: www.cartuchosmania.com.br
3. OBJETIVOS
PRINCIPAL:
Desenvolver como acadêmicos, a nossa capacidade de análise e interpretação de dados,
sendo capazes de adequá-los de maneira objetiva e prática no dia-a-dia, ao aplicar um projeto
de pesquisa, usando os conhecimentos adquiridos no curso Superior em Tecnologia
Ambiental.
6
ESPECÍFICOS:
a) Estudar os efeitos da tinta e do toner na saúde humana e no meio ambiente.
b) Auxiliar a empresa REFER Recargas a manusear e descartar corretamente os resíduos
de tinta e toner utilizados na atividade de remanufatura que exerce.
c) Usar o sistema de manuseio e descarte da empresa 1001 Recargas como
BenchMark para a aplicação do projeto na empresa REFER.
d) Levantar os custos para aquisição de EPI, aparelhos adequados para o processo
de remanufatura de cartuchos, contratação de serviços de estocagem ecológica que não
agrida a saúde nem ao ambiente.
e) Adequar a empresa ao novo tipo de negócio proposto, que não polua o
ambiente mesmo que isso não signifique lucros a curto ou médio prazo.
f) Proporcionar o conhecimento de práticas conservacionistas aos colaboradores
da empresa, convencendo seus colaboradores sobre a preservação do meio ambiente e
de sua própria saúde.
4. METODOLOGIA :
O grupo realizou pesquisa sobre os diversos tipos de tintas e toner utilizados na
remanufatura de cartuchos, seus componentes e seu grau de toxidez. Avaliamos os tipos de
EPI adequados para a atividade em questão, encontramos alguns tipos de equipamentos e
máquinas para evitar a dispersão do pó de toner no ambiente e por conseqüência a inalação
pelos presentes no local.
Visitamos uma empresa de recarga que é referencia no ramo em qualidade ambiental e
segurança no trabalho: Recargas 1001. Conhecemos o sistema de remanufatura totalmente
7
projetado para que em nenhuma etapa do processo fosse colocado em risco tanto o
trabalhador quanto o meio ambiente.
Visitamos a empresa Pró-Ambiente que realiza o descarte dos produtos químicos ou
contaminantes de muitas empresas na região metropolitana, dentre elas a própria Recargas
1001. Conhecemos o sistema de armazenamento permanente para esse tipo de produtos, que
são armazenados em valas cavadas no solo, no sistema de percolado impermeável coberto
com zinco.
Orientamos os colaboradores da empresa REFER quanto a utilização de EPI,
informamos os trabalhadores sobre os perigos para saúde na utilização dos compostos,
guiamos o diretor na aquisição de uma máquina para recarga de toner que não polua o ar do
ambiente e recolha adequadamente os resíduos para futuro descarte junto a empresa Pró-
Ambiente.
4.1 PESQUISA APLICADA
Objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigida à solução de problemas
específicos. Envolvendo verdades e interesses locais.
4.2 QUANTITATIVA:
Tudo pode ser qualificável, traduz em números opiniões e informações para classificá-
los e analisá-los.Requer uso de recursos e de técnicas de estatísticas.
4.3 CONTEXTO E SUJEITOS ENVOLVIDOS
4.3.1 A Empresa: REFER Recargas de cartuchos e manutenção em informática.
4.3.2 Sujeitos envolvidos: O projeto foi desenvolvido e aplicado dentro das dependências da
empresa, onde os 3 colaboradores que ela possui participaram de maneira ativa do projeto
aplicado, sendo informados dos malefícios da tinta e toner para o meio ambiente e para saúde
8
humana. Os funcionários não faziam uso de EPI e descartavam o lixo gerado no processo
junto ao lixo comum.
Iniciamos com uma observação não participante, ou seja, presenciamos as atividades,
mas não interferimos. Os funcionários trabalham das 08h ás 16h, de segunda á sábado, num
ambiente de 80m² no 11° andar do Edifício City, no centro da capital.
4.4 ATIVIDADES PROPOSTAS:
Avaliar junto aos colaboradores qual o grau de conhecimento sobre os componentes
das tintas e toner, e seu grau de toxidez para saúde humana e natureza, passando as
informações que se fazem necessárias para o conhecimento dos indivíduos.
Dentro dessa temática avaliamos o parco conhecimento dos funcionários, que não se
importavam em manter o contato direto com os compostos, nem em descartar junto ao lixo
comum as sobras dessa atividade, ou até mesmo respirar a poeira do toner quando da recarga
dos cartuchos.
Desenvolvemos uma campanha de informação sobre os produtos, incentivando o uso
de luvas descartáveis e máscaras para o manuseio do material.
Junto ao diretor da empresa conseguimos uma maior compreensão sobre o problema e
uma imediata reação para que transformassem a atividade de remanufatura em uma atividade
segura ao meio ambiente e aos humanos envolvidos.
Foi nessa temática que iniciamos a aplicação do projeto. Primeiramente informando os
colaboradores sobre o nível de toxidez dos materiais, o risco para saúde e para o meio
ambiente e como evitar a exposição aos danos usando EPI como luvas descartáveis e
mascaras bico de pato.
De posse de orçamentos para aquisição dos EPI necessários, assessoramos o diretor da
empresa na aquisição dos mesmos.
9
4.4.1 COMPLEMENTO EDUCATIVO
Realizamos pesquisas e entrevistas com pessoas ligadas á área de remanufatura, do
descarte ecológico de produtos e da fabricação de tintas e toner para conhecermos os
componentes das formulas e avaliarmos de forma individual o dano que cada um deles pode
causar.
Realizamos visita á empresa Recargas 1001, conduzida por Fábio De LaTorre, onde
conhecemos o sistema limpo de remanufatura dessa empresa.
Visitamos a Pró-Ambiente, empresa que realiza descarte de lixo tóxico em área para
isso destinada na cidade de Gravataí.
4.5. APRESENTAÇÃO DOS ORÇAMENTOS:
Com base no tamanho aproximado do granulo de toner escolhemos máscaras bico de
pato com penetração abaixo de 4 microns, quase no limite da passagem de ar. O orçamento
para aquisição de 100 pares dessas máscaras ficou no valor de R$ 250,00.
Para evitar o contato da tinta com a pele utilizaremos luvas de látex descartáveis.
Orçamento para aquisição de 1.000 pares dessas luvas ficou em R$175,00.
Para evitar o lançamento das partículas de toner no ambiente orçou-se uma estação de
toner profissional modelo MasterInk 3000 no valor de R$ 6.700,00, porem em virtude do
elevado custo para aquisição ficou projetada a compra para o final do ano de 2009, sendo para
isso destinado uma porcentagem do valor de todas recargas de toner que se fizerem até o mês
de dezembro. Esse valor fica calculado na faixa de R$ 6.700,00. ( Esse calculo não será
demonstrado a pedido do diretor da empresa.)
Como os resíduos recolhidos serão acondicionados em recipientes plásticos de 20
litros, necessitarão serem descartados adequadamente. Segundo os estudos realizados,
encontramos somente uma empresa que se adapta ao estilo de descarte escolhido:
Acondicionar em galões até juntar 80 litros de resíduos para depois serem levados de
caminhonete até o deposito da empresa Pró-Ambiente em Gravataí. O custo para esse descarte
fica cotado em R$160,00 para cada galão, sendo o transporte de responsabilidade da empresa
10
contratante onde o diretor se prontificou a ele mesmo levar os galões para lá em carro próprio,
guardado as devidas precauções no transporte.
5. CRONOGRAMA:
ETAPA
DATA
ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS C/H**
1
Nov/2008 Definição da equipe (5 integrantes)
e construção do projeto Leituras e estudo de textos. 15
2 Dez/2008 Elaboração do projeto 20
3 Fev/2009 Aplicação do projeto na empresa/comunidade 10
4 Mar/abr/2009 Análises e interpretações – construção do memorial
descritivo 10
5 09 de jun 2009 Entrega do Memorial Descritivo ao Monitor
Socialização 5
Carga Horária Total 60h
6. REFERÊNCIAS
Dángelo, Fernando.Padrões normativos para sistemas de qualidade.São Paulo. POLI/USP.
Ago 1999.
FRANÇA, Antonio Carlos. Por melhores condições de trabalho. Informativo da rede de
gestão de qualidade de vida no trabalho.São Paulo. Àtica. mai 1999.
Guia do Hardware. Mícron – definição. Disponível em <
http://www.guiadohardware.net/termos/micron> Acesso em 15 maio 2009.
11
Hewlett-Packard. Informações básicas sobre tinta e toner. Disponível em
<http://www.hp.com/latam/br/lar/recomendacao/1004_tinta_toner.html>Acesso em 15 maio
2009.
JULIÃO, Patrícia. Qualidade de vida no trabalho. Disponível em < http://www.ead.fea.
usp.br/tcc/trabalhos/artigo_PatriciaJuliao.pdf> Acesso em 06 maio 2009.
Mercado Livre. Reciclagem de cartuchos de toner. Algumas considerações. Disponível em
<http://guia.mercadolivre.com.br/reciclagem-cartuchos-toner-algumas-consideracoes-23220-
VGP> Acesso em 15 maio 2009.
MORETTI, Silvinha.Qualidade de vida no trabalho versus auto-realização humana.
Disponível em < http://www.icpg.com.br/artigos/rev03-12.pdf > Acesso em 06 maio 2009
Portal São Francisco. Brônquios. Disponível em <
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/corpo-humano-sistema-
respiratorio/bronquios.php> Acesso em 15 maio 2009.
RODRIGUES, Cássio. Tudo que você queria saber sobre partículas de toner e ninguém
conseguia explicar. Guia do Reciclador, São Paulo, ano 4, nº 30. p. 24-27. jun 2008.
Tudo sobre tinta de impressora. Fabricação de tintas InkJet. Disponível em
<http://tintadeimpressora.com/> Acesso em 15 maio 2009.
13
ANEXO 1.
APLICANDO O PROJETO – ANTES E DEPOIS
ANTES DEPOIS
FIGURA 4: Descarte direto no ralo da pia.
FONTE: Cristiano Mattos
FIGURA 5: Descarte adequado, com o uso de EPI ( máscara, luvas e jaleco).
FONTE: Cristiano Mattos
FIGURA 6: Descarte do pó do toner junto
ao lixo comum.
FONTE: Cristiano Mattos
FIGURA 8: Descarte adequado com o uso
de EPI.
FONTE: Cristiano Mattos
21
ANEXO 3
TINTAS E RESÍDUOS GRÁFICOS
Karen M.D.Gonçalves GAM 3021-176122
2009
1.DEFINIÇÃO Corantes e pigmentos orgânicos podem ser definidos como substâncias intensamente coloridas que, quando aplicadas, lhe conferem cor. Os corantes são retidos no material por adsorção, solução, retenção mecânica, ou por ligações químicas iônicas ou covalentes. Os pigmentos, por serem , geralmente, insolúveis em água, são usualmente aplicados por meio de veículos (excipientes líquidos), que podem ser o próprio substrato. Branqueadores ópticos não possuem cor visível ou a cor é fraca, devido ao seu comprimento de onda. Em solução ou aplicados a um substrato, absorvem a luz ultravioleta e emite a maior parte desta energia absorvida como luz fluorescente azulada. 2. GHS Em dezembro de 2007, foi aprovado pela ONU, em Genebra, na Suíça, um novo sistema global, com o objetivo de proteger as pessoas e o meio ambiente através da padronização da classificação dos produtos químicos e da criação de uma maneira de rotulá-los baseada em pictogramas de compreensão universal. ABRAFATI acompanha o desenrolar dos trabalhos de implementação do Sistema Global para Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos – GHS. 2.1 PRODUTOS NACIONAIS PRODUTOR PRODUTOS A Chimical corantes ácidos,básicos e diretos Bann Química corantes á tinta Basf pigmentos orgânicos Brancotex pigmentos orgânicos Ciba branqueadores ópticos Clariant branqueadores,corantes,pigmentos Dupont dióxido de titânio Dystar corantes ácidos,azóicos,básicos,diretos.. Lanxess pigmentos inorgânicos Millennium/Cristal dióxido de titânio
22
2.2 CLASSIFICAÇÃO Tendo em vista que corantes, pigmentos e branqueadores ópticos são compostos complexos, muitas vezes é impossível traduzi-los por uma fórmula química- alguns são misturas de vários compostos e outros não possuem estrutura química definida. Por esse motivo, a nomenclatura química usual raramente é usada, preferindo-se utilizar os nomes comerciais. Para identificar os mesmos corantes, comercializados com diferentes nomes, utiliza-se o color index (CI), publicação da American Association of Textile Chemists and Colorist e da British Society of Dyers and Colorist, que contém uma lista organizada de nomes e números para designar os diversos tipos. Exemplo: Tipo do corante: disperso antraguinona Nome sistemático: 1-(2- Hidroxietilamino)4-metilminoantraquinona Nome comum:Fast Blue FFR Nome comercial: Altocyl Brilliant-blue B CI Nome:Disperce blue -3 CI Número: 61505 Os números de Color Index são atribuídos quando a estrutura química é definida e conhecida. 2.3 CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO CLASSES QUÍMICAS Os corantes e pigmentos podem ser classificados de acordo com as classes químicas a que pertencem e com as aplicações a que se destinam. Pelo CI, os corantes e pigmentos podem ser classificados em 26 tipos,segundo os critérios das classes químicas, e em 20 tipos, além de algumas sub-divisões, do ponto de vista das aplicações. Na nomenclatura comum do Mercosul (NCM), estão classificados nas posições 3204; 3205; 3206 e 3207. Pigmentos orgânicos Tintas gráficas, tintas e vernizes, estamparia têxtil,plásticos. Pigmentos inorgânicos Tintas gráficas, tintas e vernizes, estamparias têxtil,plásticos. 3. APLICAÇÕES 3.1 USO DE CORANTES, PIGMENTOS E BRANQUEADORES ÓPTICOS 3.1.1 Pigmentos Orgânicos
23
A característica funcional desses materiais é somente o fornecimento de cor ao sistema. Por esse motivo, sua aplicação é extremamente difundida nos diferentes materiais e substratos .São materiais orgânicos sintéticos, obtidos por meio de sínteses químicas, partindo-se do petróleo ou do carvão Quando se trata de coloração,de materiais submetidos ou processados a temperaturas muito altas, como é o caso de cerâmicas e vidro, devem ser utilizados os pigmentos inorgânicos. No entanto, nas demais aplicações em matérias e produtos de nosso cotidiano, eles são extensamente utilizados. Ex: Tintas e vernizes empregados na indústria automotiva; Construção civil; Tintas gráficas, destinadas a diferentes substratos como:filmes plásticos, (outdoors), papel (revistas e jornais), metais,(indústrias de bebidas),etc; Plásticos e polímeros destinados á brinquedos, utilidades domésticas, equipamentos eletroeletrônicos,etc.. Outros campos de aplicação são: materiais de escritório, cosméticos e são bastante utilizados em têxteis e couro. A versatilidade de aplicação deve-se à possibilidade de obtenção de pigmentos orgânicos não só de todas as nuances de cores, como também de todos os níveis de resistência solicitados pelos materiais onde serão aplicados. Os pigmentos a base de óxido: Vermelho Amarelo Preto Marrom Verde Azul Características: Opacidade elevada; Alto poder de cobertura; Facilidade de uso Ótima relação custo benefício Possibilidade de produtos micronizados. 3.2 COMPARATIVO ENTRE ÓXIDOS NATURAIS E SINTÉTICOS NATURAL SINTÉTICOS Minério processado Processo químico Baixo teor de Fe203 alto teor de Fe203 Alto consumo do produto Baixo consumo do produto Custo mais baixo Custo mais alto Alto teor de impurezas Baixo teor de impurezas
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Opacidade mais baixa opacidade mais alta Poder colorístico menor poder colorístico maior Saturação de cor menor saturação de cor maior Limitações calorimétricas alto range calorimétrico O consumo mundial é estimado em mais de 200 mil toneladas, distribuídas entre as seguintes principais aplicações: Detergentes para lavagem 40% Papel 30% Têxtil 25% Fibras e plásticos 5% Os campos de aplicação dos branqueadores ópticos e corantes são variados e, mesmo que muitas pessoas não saibam, eles fazem parte da vida diária de qualquer consumidor moderno, pois estão presentes em uma infinidade de produtos de consumo: Papéis Têxteis de fibras naturais e sintéticas Detergentes Sabões Termoplásticos Laminados Filmes Tintas e vernizes Tintas de impressão Couro sintético Soluções para processamento de fotografias Adesivos Fibras 4. CATEGORIAS Cartuchos deskjet: ex: Deskjet Epson Cyan 20. Suprimentos deskjet ex: Produtos de limpeza. Solventes; Maquinas e suplementos ex: máquina de recarga, Box para recarga. Suprimento de toner e cartucho de toner ex: Cilindros e Toner hp, cartucho remanofaturado 4.1COMPONENTES
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4.1.1SOLVENTES ÁLCOOL ISOPROPÍLICO: Insumo altamente cancerígeno e usado para o refino de drogas, ou da adoção de produtos mais amigáveis por exigência de órgão de fiscalização, como a CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), ligada à Secretaria do Meio Ambienta do Governo de São Paulo. Nas gráficas o uso de solvente para limpeza não se resume em lavar a máquina simplesmente. Inclui reduzir a cristalização e os desgastes provocados na rolagem e blanquetas pelo uso prolongado de produtos não adequados, como gasolina e querosene, por exemplo, que eram muito usados há bem pouco tempo. Um solvente de baixa qualidade ataca os rolos, ressecando-os, podendo até mesmo provocar o seu inchamento, alterando o diâmetro e a pressão entre os demais, ocasionando desgastes de buchamento, pressão excessiva e má transferência de tinta. Além disso, há a preocupação com á saúde dos usuários e as exigências de preservação ambiental. Prova de que a consciência ambiental se instalou no mercado gráfico brasileiro é o aumento das vendas dos chamados solventes ecológicos, o que demonstra que a questão do preço mais alto vem sendo superada pelos benefícios dos produtos. Esses benefícios incluem não só a saúde dos trabalhadores e do ambiente, mas a conservação dos equipamentos, alvo dos maiores investimentos do setor. PROTOCÓLO DE MONTREAL O protocolo de Montreal, instituído em 1987, indicou a eliminação da produção e do uso de dois solventes clorados:o 1,1,1,-tricloroetano e o tetracloreto de carbono, comprovadamente agressivos à camada de ozônio. Os países desenvolvidos já haviam proibido a produção, mas os paises em desenvolvimento poderiam a continuar a produzi-los até 2010. “A Dow decidiu fechar todas as suas fábricas de 1,1,1, tricloroetano em 1994, uma das quais ficava em Aratu”, disse Pimentel. Da linha de clorados , o Brasil consome basicamente tricloroetileno, cloreto de metileno e percloretoetileno, em aplicações diversas, da extração de princípios ativos antibiótico Á lavagem á seco de tecidos, passando pelo tratamento de superfícies metálicas e plásticas. “A produção local responde por quase 30% da demanda interna, sendo os 70% restantes importados dos USA e da Europa”, explica Pimentel. Em Aratu, a Dow fabrica percloroetileno para todo o mercado latino-americano Pimentel (gerente de markting da Dow) relata, que a principal preocupação das agências governamentais de todo o mundo ligadas á saúde ocupacional e meio ambiente estão voltadas para estabelecer normas para o uso adequado de solventes clorados, bem como de todos os produtos químicos.”Isso se reflete em normas para redução de emissões, procedimentos para manuseio seguro e melhores formas de descarte de resíduos”, comenta. Essas providências impactam o mercado de solventes, na medida que equipamentos mais modernos reduzem significativamente as emissões de solventes para o ambiente (perdas),baixando a demanda.
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5. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 5.1 INDÚSTRIA GRÁFICA Os últimos anos têm aumentado significativamente a preocupação das empresas com a preservação do meio ambiente, em função de uma série de exigências como o cumprimento de legislação, desenvolvimento sustentável, proteção ao mercado interno e consumidores cada vez mais exigentes. As questões ambientais vêm prevalecendo nas estratégias para tomada de decisões no âmbito técnico, tecnológico e industrial. Já existe uma tendência internacional de avaliação do ciclo de vida dos produtos, prevenção da poluição e redução de resíduos na fonte. Dentro deste contexto, é necessário que as empresas identifiquem os resíduos gerados dentro de seus processos, qualifique-os quanto ao seu grau de risco e contaminação do meio ambiente, transportando e destinando-os de maneira adequada, quando possível sugerindo opções de reciclagem, diminuição de resíduos gerados, eliminação de desperdícios, documentação do que acontece com os resíduos se eles não forem destinados de maneira correta, estabelecendo uma política de gestão ambiental que garanta uma forma correta de trabalhar e proceder. 5.2 CONCEITO DE RESÍDUOS Resíduos são os resultados de processos de diversas atividades de comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição pública. Ficam incluídos nessa definição tudo o que resta dos sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública esgotos ou corpos de água, ou aqueles líquidos que exijam para isso soluções técnicas e economicamente viáveis de acordo com a melhor tecnologia disponível. Existem basicamente três tipos de resíduos 5.1.2 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS -Gases resultantes de queima de óleo e outros combustíveis; -Vapores de água, de ácidos e de outras substâncias voláteis 5.2.2 EFLUENTES LÍQUIDOS -Substâncias dissolvidas em água ou em outro solvente. 5.2.3 RESÍDUOS SÓLIDOS -Embalagens descartadas -Peças defeituosas -Latas de tintas usadas
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- Aparas 5.3 CLASSES Esses resíduos são classificados conforme a NBR 10.004 em: CLASSE I – Resíduos perigosos: são aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente , exigindo tratamento e disposição especiais em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade e patogenicidade. CLASSE II –Resíduos que não se enquadram nas classes I e III, e que têm propriedades como combustibilidade e biodegrabilidade. São basicamente os resíduos com as características de lixo doméstico. CLASSE III- Resíduos inertes: são aqueles que ao serem submetidos aos testes de solubilização (NBR-10007), não tem nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água. 5.3. 1 GERÊNCIAMENTO DE RESÍDUOS Após a determinação do tipo e classes dos resíduos gerados, a empresa deverá identificá-los e qualificá-los.Além disso, deverá realizar o estudo de aspecto e impacto ambiental, bem como os riscos ocupacionais envolvidos e executar um programa de minimização dos resíduos mais nocivos para o homem e o meio ambiente. Para melhor compreensão do gerenciamento de resíduos, a tabela abaixo apresenta exemplos de sua identificação em duas etapas do processo de impressão offset. Após a identificação e qualificação dos resíduos, pode-se utilizar a seguinte estratégia: -Reduzir o disperdício -Reutilizar sempre que possível -Reciclar o resíduo produzido e pesquisar alternativas de destinação ecologicamente corretas -Recuperar energia -Disposição do aterro (última opção). Deve-se também priorizar a redução dos resíduos, o que pode ser feito de duas maneiras: -Escolha do local de estocagem; -Segregação. Transportar resíduos para fora da empresa: -A empresa geradora de vê obter o Cadri – Certificado de Aprovação de Destinação de Resíduo Industrial. (emitido pela Cetesb) para poder destinar os seus resíduos. A empresa de destinação deve, tender às exigências do órgão estadual (Cetesb). A ADESOL, nome formado pelas primeiras sílabas dos adesivos e solventes,iniciou atividades em 1972, às margens da Rodovia Anchieta, em São Paulo, destilando cloreto de metileno usado, recuperando-o.Por mês a empresa processa em média 400 toneladas de produtos sujos, nas 8 unidades de processamento. Cada tambor recebido é analisado e selecionado, identificando o solvente e
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os contaminantes.Com isso é possível formar lotes homogêneos que passarão por neutralização e decantação, para separar sólidos, sendo enfim enviados para destilação. O tempo de permanência nas colunas varia conforme o produto, grau de contaminação, e a pureza desejada do material recuperado. Estes fatores determinam o custo da operação. 5.3.2 RECICLAGEM SEGURA Faltam estatísticas confiáveis sobre a dimensão do mercado de solventes reciclados no Brasil. Apesar de as normas ambientais e a adoção de sistemas de qualidade ambiental, aliadas á ,maior conscientização dos usuários, indicarem claramente o caminho da reciclagem tecnologicamente avançada, empresas ligadas á atividade registram estabilidade no envio de solventes usados para recuperação. 5.3.4 DIAGNÓSTICOS E PROCESSOS Tem como objetivo identificar ´pontos fracos e fortes e estudar o fluxo de produção. Após uma visita técnica a gráfica receber um relatório contendo todos os itens estudados e também propõe soluções de melhoria, consultoria específica ou até sinaliza a necessidade de treinamento. 5.4.5 ANÁLISE TÉCNICA E FINANCEIRA – INVESTIMENTO TECNOLÓGICO Os consultores disponibilizam um parecer técnico sobre a aquisição de novos maquinários ou soluções tecnológicas para a empresa. 5 5.5 INVENTÁRIO AMBIENTAL A ABGT leva um consultor até a empresa e faz o levantamento de todos os produtos e subprodutos da gráfica afim de auxiliar no descarte ou destinação dos resíduos fabris. Ainda fornece informações de grande importância para evitar problemas legais e a conscientização sobre o meio ambiente. Dentro dessa temática aparece o relatório técnico sobre matérias primas;onde a escolha do locaL de estocagem dos materiais depende de uma série de fatores: o local deve ser escolhido de modo a minimizar ou até evitar impacto ambiental e problemas com a vizinhança;locais com risco de acidentes devem ser descartados (tráfego interno, ocorrência de curtos-circuitos ,chuvas intensas, erosão,inundações,recalques e tremores de terra). A segregação, deve manter separados os matérias que possam reagir entre si, evitando explosões e liberação de calor e gases tóxicos;controlar os matérias estocados identificando os tipos, a procedência, e a movimentação; registrar os acidentes e tomar providências quanto á vazamentos e danificação de recipientes E o transporte dos resíduos para fora da empresa geradora deve ter o Cadri :Certificado de Aprovação de Destinação de Resíduo Industrial ( emitido pela Cetesb). 5.5.6 IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE QUALIDADE Apresenta as ferramentas necessárias para implantação de um Sistema de Gerenciamento de Qualidade (SGQ).Pode ser feito em partes (5S, Gerenciamento de Rotina ou Normas ISO) e de forma integrada com o interesse em receber ao final da consultoria, uma determinada certificação.
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6. A ORDEM É PRESERVAR Com o passar do tempo, as exigências ambientais no mercado gráfico vêm aumentando, seja pela preocupação em preservar o equipamento e o meio, seja pela necessidade de um ambiente mais saudável para os colaboradores. Mas a fiscalização dos órgãos ambientais e da Polícia Federal também concorre para o uso dos solventes ecológicos. 6.1 MANUTENÇAO LIMPA A Escala 7 Editora Gráfica tem 120 empregados e produz 150 toneladas de impressos por mês.Com um consumo de 500 litros de solventes mensalmente, é usuária de produtos da linha ecológica da Cromos. Para Jaime Coelho, gerente de produção da gráfica, a migração para produtos com menos toxidade e mais amigáveis é uma tendência sem volta.”Antigamente, era comum usarmos gasolina para fazer a limpeza das máquinas e equipamentos Hoje, ninguém sequer suporta o cheiro desse produto. Acho que a composição desse combustível mudou muito ao longo dos últimos anos ou então passamos a ser mais críticos mesmo”, pondera. Ele acrescenta ainda que a gráfica conta com estação de tratamento para os eventuais efluentes que possa produzir, a despeito de todos os cuidados já tomados. Outra gráfica que já adota os solventes ecológicos é a Zamberetti, que consome mensalmente cerca de mil litros de insumo fornecido pela Duplicopy. A gráfica produz em média 50 toneladas de material impresso por mês e conta com 65 colaboradores na área de impressão. 7. SOLVENTE ECOLÓGICO FABRICANTE PRODUTO CARACTERÍSTICAS Emeprit MPSolv 40 baixo teor de toxidade Duplicopy Duplyecosolv biodegradável, toxidade inf. 0,001% Printcor A-Wash atóxico,limpeza rolaria offset CONCLUSÃO A Empresa que se preocupa em gerenciar os resíduos provenientes de seus processos evita multa de órgãos fiscalizadores. O gerenciamento de resíduos auxilia a empresa a conhecer e controlar melhor todas as etapas do processo aumentando a produtividade. Além de diminuir significativamente custos com resíduos ele ainda gera receita extra com a venda para reciclagem dos materiais, beneficiando indiretamente clientes e funcionários,sem esquecer do meio ambiente. A pressão da sociedade por mudanças no que se refere a preservação de nossos recursos renováveis e o descarte inteligente é grande. Existem empresas que já cobram isso de seus fornecedores,inclusive de certificações para comprová-las.Empresas inovadoras, investem em pesquisas
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e buscam aperfeiçoar as soluções, desenvolvendo mecanismos que possam ser ecologicamente corretos, mas que mantenham a qualidade e os resultados que o mercado merece. “Sem dúvida o apelo ecológico é grande. Antes gastávamos 20 litros de água por m2 de chapa. Após a revelação, esta água era carregada de diversos elementos nocivos, que precisavam ser manuseados com certa cautela.”, explica o superintendente Klaus Murrins, responsável pela empresa que é reconhecidamente umas das maiores gráficas brasileiras, com aplicações comerciais, editoriais e de embalagens.”Economicamente, também. Tínhamos despesas com esses químicos, reveladores e, hoje, não temos mais. Ganhamos até no espaço físico, pois não precisamos mais da processadora”.
8 FORMULAÇÕES PARA PREPARO DAS TINTAS: Composição Química: Todas as tintas possuem via de regra 3 componentes principais: Veículo, aditivos e tingentes. O veículo, para as tintas que usamos, via de regra é água (deionizada ou tri-destilada). Os aditivos ou sistemas solventes guardam atrás de si seus segredos, e é com eles que as principais características da tinta são controladas. E finalmente os “tingentes”, que efetivamente dão a cor da tinta, podendo ser totalmente solúveis em água (Corantes) ou emulsões (Dispersão de pigmentos insolúveis). O correto balanceamento dos componentes são cruciais para a qualidade final das tintas. Corante Recomendada: 81 % Água Deionizada 5 % Corante 12 % Dietileno Glicol 2 % Álcool Isopropílico Corante Alternativa I - Resina Acrílica : 10,0 – 15,0 Corante 6,0% Mowilith DM 760 2,0% Etanol 5,0 – 1,2% 1,2 Propileno Glicol 71,8 – 76,8% Água Deionizada Corante Alternativa II – Polivinilpirrolidone: 10,0 – 15,0% Corante 6,0% Polivinilpirrolidone 5,0 - 1,2% Propileno Glicol 0,2% Fongrabac IG 75,8 – 80,8% Água Deionizada Tinta pigmentada 2,5 – 5,0 % Pigmento 68,5 – 66,0% Água Deionizada 18,0% Dietileno Glicol 0 – 4,6% Trietanolamina 2,8% N-metil–2-pirrolidone 3,6% Isopropanol
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9 FORMA DE PREPARO: Preparação de aproximadamente um litro de tinta corante da fórmula recomendada. Para as outras formulações o princípio é o mesmo. 1. Coloque em um recipiente de plástico: 810 ml de Água Deionizada Quente, 50 Gramas de Corante. Misture os dois componentes muito bem, até água quente dissolver totalmente o corante. 2. Depois, adicione 20 ml de Álcool Isopropílico. 3. Misture os três componentes até não haver resíduos e obter homogeneidade. 4. Depois dessa mistura pronta, adicione 120 ml de Dietileno Glicol. Misture novamente os componentes e deixe por cerca de 1 hora. 5. Depois teremos que filtrar essa tinta para outro recipiente. Para Filtrar use um coador de tecido com uma camada de algodão. 6. Pronto, a tinta esta pronta para o uso. 10 DETALHES IMPORTANTES: 1. O corante deve ser adicionado aos poucos (nunca de uma só vez), para não provocar a formação de grumos, o que irá dificultar na solubização. 2. A água e todos os componentes devem ser isentos de bactérias ou fungos, a fim de evitar a formação de colônias na tinta, uma vez que os pigmentos e corantes utilizados na sua maioria são orgânicos - um excelente meio de cultura. 3. A água deve ser deionizada, a fim de não interferir em nada a condutividade elétrica da tinta, além de não oferecer quaisquer pontos de nucleações de pigmentos e/ou corantes, que vão entupir o cartucho. 4. Deve-se ter filtragem para 0,05 microns, para que não haja também nucleações de futuros entupimentos. 11 DICAS PARA A FABRICAÇÃO DE TINTAS A BASE DE ÁGUA: - Se a viscosidade da tinta for muito alta, use Amônia. Isto fará com que a tinta flua sem reduzir a intensidade de cor rapidamente. Atenção: O uso da amônia é corretivo e não deve ser uma regra, pois o uso prolongado da amônia danifica as cabeças de impressão, principalmente de impressoras EPSON, que fica na impressora, diferente dos cartuchos HP que apenas diminuem a vida útil reduzindo o número possível de recargas. - Para melhorar a performance de secagem, utilize uma mistura 50-50 de água e álcool isopropílico. Tome o máximo cuidado em não aumentar a porcentagem de álcool. Adicione aos poucos faça o teste de secagem até obter o tempo adequado. - Para aumentar o PH das tintas, utilize Amônia. Uma ou duas tampas cheias devem resolver o problema. Vale a mesma recomendação feita no início quanto ao uso da amônia.
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- Para Retardar a média de secagem e facilitar a limpeza da impressora, utilize Glicol Propileno. Adicione em quantidades de 1% até a impressão tornar-se limpa. - Filtros especiais para para filtragem de tinta pode se encontrar em http://www.techfilter.com.br/ são extremamente recomendáveis, pois a qualidade da tinta depende da filtragem e também do uso de corantes micro-filtrados. - A cada adição de algo à tinta, deixe misturar por alguns minutos, para que todo o produto fabricado apresente características uniformes dentro do resultado esperado. - Registre em papel ou no computador, tudo que for adicionado, bem como suas quantidades. Não confie na memória. Este procedimento pode poupar dores de cabeça e garantir a qualidade do produto final. - A validade das tintas é de 2 dois anos o chamado Off shell, tempo que a tinta fica estocada sem perder a qualidade - A forma de estocagem e armazenamento é em frascos plásticos e temperatura de ambiente normal. Proteger os frascos da incidência de calor e luz solar diretos. - Antes de comercializar seu produto, faça testes exaustivos, para poder obter uma qualidade aceitável pelo mercado. Não substitua componentes a esmo e não use produtos não adequados a fabricação de tintas para impressoras, como por exemplo corantes não específicos para tintas. - Ao manipular produtos químicos, utilize sempre equipamentos de proteção, tais como óculos, máscara facial, touca, luvas e guarda-pó e mantenha sempre os pés com calçados fechados. Mantenha os produtos longe de crianças e animais. Por exemplo o Dietileno Glicol provoca a morte se ingerido. Em caso de acidentes, siga as recomendações do fabricante do produto e procure um médico . Não compre produtos químicos sem a correta identificação do fabricante sobre composição, peso, forma de armazenamento, data de validade e indicações do que deve ser feito em casos de acidentes. 12 PRODUTOS QUÍMICOS USADOS E SUAS FINALIDADES: 1. ÁGUA - Baixa a Viscosidade das tintas à base de água. Baixa também o pH. 2. GLICOL PROPÍLICO - Para retardar a média de secagem das tintas à base de água. Pode ainda ser usado para evitar a impressão suja. Deve-se adicionar em pequenas quantidades. 3. ÁLCOOL ISOPROPÍLICO (Isopropanol, 2-propanol, isopropil álcool) - Aumenta a média de secagem das tintas à base de água. Adicione em pequenas quantidades: de 1 a 4%. Deve ser armazenado em recipientes a prova de fogo e guardado em local bem ventilado. 4. TRIETANOLAMINA (Tri(2-hidroxietil)amina; TEA; Aminotrietanol etilamina; 2,2,2-Nitriloetanol) - Neutralizador, Retarda a média de secagem da tinta. Sua comercialização é controlada pelo Exército Brasileiro, por ser um precursor do agente vesicante nitrogênio mostarda. 5. N Metil-2-Pirrolidone - Dispersante e Homogenizador.
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6. ETANOL (alcool etílico) – Controle do tempo de secagem da tinta.
REFERÊNCIAS ABIQUIM Associação Brasileira de Indústria Química 1996-2009.Copyright. São Paulo. ABTG Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica -Gerenciamento de Resíduos- 1998-2009.Copyright .São Paulo ABIGRAF Associação Brasileira de Industria Gráfica – Artigo: Azura Conquista a Pancrom .28/abr/09 São Paulo. www.formulaink.com.br Acesso 23/mar/09 Fórmula tinta gráfica – Edição 11. www.graphprint.com.br Acesso 11/abr/09 Solventes – Edição 74 Murrins,Kalus.Pancrom – Industria Gráfica de São Paulo – (superintendente e palestrante), abril/2009..
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ANEXO 4. Wilton Ricardo de Souza
Prof. Marcus Hubner Centro universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Gestão Ambiental (GAM 3021) 15/03/2009
1 Cartuchos
Os cartuchos e seus componentes são juntamente com o Toner a matéria prima básica
da remanufatura. Um cartucho de Toner que não estiver em condição de uso poderá ser
reciclado completamente de forma a voltar a funcionar sendo que o remanufaturador terá
condições não apenas de recarregar, mas verdadeiramente remanufaturar limpando as peças,
corrigindo problemas ou substituindo as partes danificadas. Mesmo cartuchos danificados
terão valor comercial para o remanufaturador posto que os mesmos possam suprir algumas
peças em boas condições que serão úteis para a reciclagem de outros cartuchos similares
1.1 Toxidade
O pó de toner é considerado não- tóxico e não-perigoso. No entanto devido ao
tamanho e extremamente pequeno de suas partículas, ele pode causar irritação no manuseio de
pessoas expostas á larga quantidades e por longos períodos. Em geral, o material não e
rotulado como causador de nenhum efeito adverso ao meio ambiente.
“O pó do toner da impressora, por exemplo, vira pigmento para cabo de panela, e o
PVC, sola de sapato (SICON, 2009).”
2 Remanufaturados
São cartuchos originais vazios remanufaturado por um processo especial que inclui o
teste, a limpeza, a substituição de peças, a recarga e controle de qualidade de impressão.
Eles são os próprios cartuchos de fabricantes originais que recebem uma nova carga e
peças e não danificam as máquinas. - Não invalidam a garantia da máquina (o consumidor
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não pode ser obrigado pelo fabricante a utilizar suprimentos especificados pela fábrica). -
Imprimem a mesma ou até maior quantidade de páginas que o original.
2.1 Remanufatura, Recarga, Reciclagem
A remanufatura consiste em uma seqüência de procedimentos para tornar utilizável
um cartucho de impressão cuja carga esgotou-se. Na linguagem comum é sinônimo de recarga
ou reciclagem de cartuchos, entretanto os termos apresentam um significado um pouco
diferente para os profissionais da área. É entendida como o processo feito adequadamente de
maneira a permitir a obtenção de um cartucho em estado equivalente ao original. No caso de
cartuchos de toner inclui a substituição de peças.
A recarga é o ato ou operação de colocar toner no cartucho, entende-se como o
procedimento de um usuário, sendo inadequado para um profissional. No caso do toner é
totalmente inadequado, pois a recarga pura e simples através de furos no reservatório de toner
como era feita nos primeiros cartuchos não efetua a remoção do toner da “lixeira” o que
acarreta no seu trasbordamento após algum tempo de uso e causa imensos transtornos ao
cliente desacreditando o nosso mercado. Além disto, ao efetuar-se uma simples recarga não
são limpos os contatos internos nem substituídas às peças danificadas causando possíveis
problemas a curto ou médio prazo durante o uso do cartucho. A recarga é apenas um dos
passos da remanufatura ou reciclagem de um cartucho de toner.
3 Qualidades (Característica) do Cartucho Remanufaturado
O cartucho remanufaturado apresenta característica equivalente ao original. Isto ocorre
porque uma de suas matérias primas básicas é o cartucho vazio. As características desse
cartucho determinam as faixas adequadas de propriedades da outra matéria prima básica, o pó
de toner, isto aliado à avaliação e substituição, quando necessário, de suas peças feitas por
técnico qualificado garantem a reciclagem correta do cartucho obtendo um produto similar ao
original.
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4 Recargas sucessivas
Um ponto geralmente mal compreendido é a quantidade de vezes que um mesmo
cartucho pode ser recarregado e imprimir corretamente
O fato é que não é possível prever quantas vezes pode-se reutilizar um cartucho médio
trazido por um fornecedor ou cliente normal. O histórico de cada cartucho é sempre
desconhecido. Conforme seus dados como tempo de produção, estocagem, páginas impressas
e tipo de impressora utilizada.
Então um bom tratamento por parte do remanufaturador e a substituição das peças à
medida que for necessário, à vida de um cartucho de toner poderá ser muito longa superando
várias e subseqüentes recargas.
Ao contrário do caso de jato de tinta, é possível fazer um negócio baseado apenas na
reciclagem do cartucho trazido pelo próprio usuário cliente e a substituição das partes
necessárias.
5 Legalidade
A remanufatura é um procedimento legal e honesto que pode ser efetuado desde que
de forma idônea e correta. Não existe legislação específica, contudo se enquadra nos mesmos
moldes da recauchutagem de pneus, retificação de motores e da reciclagem de materiais em
geral.
6 Idetentificação do produto
Cuidados especiais devem ser tomados para identificação dos cartuchos e em sua
correspondente entrada como material no processo devendo haver os correspondentes recibos
e notas dos cartuchos vazios.
O cartucho deve ser corretamente identificado com uma etiqueta onde apareça a
palavra remanufaturado ou reciclado ou recarregado e preferencialmente cobrindo a etiqueta
original.
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Deve-se deixar claro que o produto é o cartucho e não o pó, pois a legislação proíbe
vender material em embalagem alheia.
O cartucho deve ser embalado em caixa ou sacola com os dizeres remanufaturado ou
reciclado ou recarregado.
A caixa deve conter as indicações de fornecedor e validade e ser distinguível do
produto original.
A única maneira de transformar a remanufatura em uma operação ilegal é a
falsificação, o ato de fazer o cartucho passar por um cartucho de outra procedência,
basicamente por original. Entretanto isso é ilegal em qualquer atividade.
O cartucho vazio tem um preço determinado pela lei da oferta e demanda número de
máquinas de cada modelo vendidas. O preço pago pelo cartucho irá variar de varias formas
não dependendo em si pelo seu tamanho ou componentes, mas sim principalmente pela sua
atratividade para a remanufatura. Conforme a tabela pode-se analisar alguns dados de descarte
e produção.
Tabela de dados:
Produto Quantidade de cartuchos
Dados Gastos
Cartuchos 184 milhões de cartuchos descartados
_ 16.000 km ocupados
Produção de 1 cartucho jato de tinta
_ _ 57g de óleo combustível
Produção de 1 cartucho de toner
_ _ 85g de óleo combustível
Produção de 1 toner a laser retornado
_ 1 galão de óleo combustível economizado
1 galão de óleo combustível
_ Cartucho remanufaturado
_ _ Economia de 10% á 40% em dinheiro
1un de cartucho reciclado
_ _ Economia de 5 lt de petróleo
Cartuchos para reciclar
20 un de cartuchos reciclados
_ Equivale ao valor de uma impressora
Fonte: dados pesquisados
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“Devido à enorme variedade de cartuchos o preço e lucro de cada um poderá variar muito no mercado procurando estabelecer uma condição realista (Ink Press do Brasil, 2009)”.
7 Processos de reciclagem:
1. Depois de desembalado é levado para um aspirador especialmente desenhado de grande
potência para aspirar resíduos de pó que estejam no exterior do cartucho;
2. O cartucho é colocado numa impressora para se certificar que está a funcionar
corretamente. Se estiver bom, segue para remanufacturação, se tem alguma avaria é
reencaminhado para uma secção onde é analisado em pormenor e caso não seja possível
recuperar é desmantelado e reciclado por peças, plásticos, metais ferrosos, metais não
ferrosos, e outros;
3. Os cartuchos bons, vão por tapetes rolantes até aos empregados especializados na
desmontagem. O cartucho é desmantelado a 100;
4. O cartucho é novamente aspirado e limpo por máquinas especialmente concebidas; 5. Depois de todas as peças limpas e o cartucho sem resíduos, é novamente construído (por
isso se chama remanufaturado, é fabricado de novo);
6. São substituídas todas as peças que sofrem desgaste, mesmo que algumas peças não
tenham atingido um desgaste elevado, são substituídas por forma a durarem o mesmo
número de cópias que o resto do cartucho de impressão. O número de peças substituídas
varia consoante o cartucho, mas são cerca de 6 peças a substituir, entre várias lâminas,
feltros e rolos;
7. O cartucho é novamente cheio de toner e selado (por forma automática), aqui não há lugar
para colas e fitas que depois não resistem às elevadas temperaturas a que é submetido o
cartucho dentro da impressora evitando que este se abra dentro da máquina podendo
danificá-la para além da poluição local que iria provocar;
8. O cartucho é novamente submetido a testes na impressora e as folhas impressas são
analisadas por computador ou empregados especializados equipados com lupas e óculos
especiais para observar quaisquer imperfeições na impressão;
9. Passando nestes testes, o cartucho vai para a secção de embalagem, é colocado em sacos
de plástico 100% opacos e resistentes para que nem a luz, nem o calor passem, pois se tal
acontecesse, o cartucho poderia ficar desmagnetizado e libertar pó ou serem alteradas as
suas propriedades;
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10. Por fim o cartucho é embalado em caixas próprias da empresa, com uma marca especifica
e registrada, e está pronto a ser comercializado a um preço até 25% inferior ao original,
mas de qualidade idêntica ou superior (dependendo dos componentes utilizados, pois
existem peças e tintas de laboratórios independentes que produzem tintas e rolos que
permitem superar a qualidade em relação aos originais;
8 Perigos do descarte incorreto
Os cartuchos de toner que não são recolhidos acabam muitas vezes em lixeiras, onde a
água da chuva pode ser contaminada com a ferrugem das pecas eletrônica e resíduos do toner.
Isto poderá eventualmente poluir a terra e a água residual a volta da lixeira. Para alem disso, a
poeira dos resíduos do toner pode ser transportada pelo ar (PROJETO SEMENTE, 2009).
As incineradoras que queimam os plásticos que não tenham instaladas boas
tecnologias de filtragem e podem produzir substancias poluidoras nocivas, que são
transportadas pelo ar, denominadas dioxinas e furanos, pelo que o desvio dos resíduos de
toners desta rota de descarte e sempre preferível para reduzir os riscos de poluição.
Cada cartucho usado e feito de materiais refinados de alta qualidade, incluindo
plásticos de grau de engenharia. O envio destes materiais para descarte e um enorme
desperdício dos recursos naturais e dos seus materiais, e significa também que são necessários
mais recursos e energia para fabricar novos cartuchos para substituí-los.
Alguns cartuchos de toner usado ainda contem alguma quantidade do elemento do
toner. A inalação de uma grande porção de toner pode provocar uma doença das vias
respiratórias. Assim sendo, não desmonte, para garantir o seu descarte seguro,
pois os cartuchos de toner usados contem sempre uma pequena quantidade de poeira de toner
ea sua desmontagem sem o equipamento apropriado e um ambiente seguro pode fazer com
que as poeiras do toner sejam transportadas pelo ar. Depois de estarem no ar, elas podem ser
facilmente inaladas e passarem para os pulmões. Como as partículas das poeiras do toner são
muito pequenas, elas penetram mais profundamente nos pulmões do que qualquer outro tipo
de poeira que normalmente e filtrada do ar conforme respira. E por este motivo que estas
poeiras são consideradas perigosas para a saúde humana.
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9 Destino dado aos resíduos
Os resíduos recolhidos são objeto de tratamentos tendo em vista a sua valorização, bem como os que não podem ser objeto de reciclagem, são encaminhados para aterro junto de entidades credenciadas pelo Ministério do Ambiente.
Os e cartuchos de toner, possuem componentes que têm diversos ciclos de vida, é mesmo criado um cadastro de todos os produtos reciclados pelo que de cada vez que se dá início a uma nova refabricação já se sabe antecipadamente quais os componentes que deverão ser substituídos independentemente do seu estado de conservação.
10 Considerações Finais
Se descartarmos um cartucho de toner ou jato de tinta no meio ambiente estaremos gerando resíduos sólidos e líquidos potencialmente poluidores, com partes plásticas e metálicas, alem de desperdiçar a energia necessária para fabricar novos componentes para substituir os descartados, aumentando a poluição ao meio ambiente.
11 Referências Bibliográficas
INK PRESS DO BRASIL. Soluções para consumidores exigentes. Disponível em:<http:// www.diamondbrasil.com>Acesso em: 07de abr.2009.
PROJETO SEMENTE. Disponível em:<http://www.projetosemente.org.br/descarte toners.pdf > Acesso em: 10 de abr.2009.
SICON. reaproveitamento.Disponível em:<http://www.sicon.org.br/meio_ambiente_ integra.asp?codigo=53>Acesso em 28 de mar.2009.
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ANEXO 5.
DESCARTE DOS MATERIAIS DE CARTUCHOS DE IMPRESSORAS NA 1001 RECARGAS.
Rita de Cássia Lourenço de Inchauspe
Professor Marcus Hubner Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI Gestão Ambiental GAM 3021-Projeto interdisciplinar II
14/05/2009 RESUMO Este trabalho mostra os cuidados que a empresa 1001 recargas tem no descarte final dos cartuchos de impressoras (resíduos líquidos e sólidos). Palavras chaves: Descarte; Tintas; Cartuchos. 1 INTRODUÇÃO
Este trabalho fala da preocupação da 1001 recargas de cartuchos para
preservar o meio ambiente no que se refere ao cuidados no descarte dos materiais
usados na recarga e o descarte certo dos produtos derivados do trabalho de recarga .
Todos os materiais produzidos e desprezados são acondicionados em bombonas e
transportados por empresas credenciadas por órgãos ambientais dentro das normas da
ISSO 9001/2008. Nenhum tipo de resíduo passa para o meio ambiente, inclusive a
água onde são lavados os cartuchos. A 1001 contrata a Pró Ambiente para avaliar a
concentração de agentes químicos no local do processo de recarga e também para o
destino final destes resíduos produzidos na 1001.
2 MATERIAL USADO NO PROCESSO DE RECARGA.
Os materiais usados durante o processo de recarga na empresa 1001 são
divididos em materiais sólidos, materiais líquidos, máquinas e os processos.
Os materiais sólidos estão incluídos os cartuchos de impressoras reciclados,
pó de toner,cilindros OPC, retalho de panos, toalhas de
panos,seringas,agulhas,mascaras cirúrgicas,luvas de látex.
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Os materiais líquidos estão incluído as tintas, água deionizada, água DMAE,
álcool isopropílico, benzinas, colas.
As máquinas incluem o aspirador industrial, máquinas industriais de recarga,
compressor de ar industrial, cilindro, desumidificador, bombas de vácuo, seladoras,
balanças, multímetros, ultra-som, Workstation.
Os processos incluem a limpeza, lavagem, recarga, teste, colagem,
etiquetagem, pesagem, embalagem e expedição.
A 1001 tem a preocupação com todos os resíduos gerados na recarga dos
cartuchos que é cem por cento recolhido, monitorado, armazenado em recipientes
próprios ( tonéis de lata e bobonas industriais que estão guardados numa sala fora do
ambiente de trabalho com saída para a rua onde empresas particulares e com uma
equipe profissional treinada para trabalhar com materiais tóxicos que recolhem estes
produtos. Os produtos monitorados incluem também a água que é utilizada no
processo de recarga e limpeza de materiais. Nenhum tipo de material é dispensado no
meio ambiente, pois todos, inclusive a água são armazenados e transportados pelas
empresas coletadoras. As empresas recolhedores dos materiais descartados têm que
ser devidamente credenciada por órgãos ambientais (FEPAM, SMAM). As duas
empresas que trabalham para a 1001 são a TRANSMIL transporte de resíduos
líquidos e a TR ENTULHO que transporta os resíduos sólidos. Os resíduos sólidos
são encaminhadas para a PRÓ AMBIENTE e os resíduos líquidos são encaminhados
para a CETTREL. Estas empresas emitem laudos de aproveitamento e destino dos
materiais enviados pela empresa 1001 recargas.
A empresa 1001 recargas tem uma preocupação constante em manter a
Política de Qualidade descritos na norma ISO 9001 / 2008 e o seu diretor técnico
Fábio Delatorre é um incansável pesquisador de novas maneiras de diminuir a
quantidade de resíduos produzidos na recarga e descarte. Fábio Delatorre participa de
congressos e participa ativamente na pesquisa e projetos de novas máquinas para o
aprimoramento das técnicas de recarga. Minimizar a agressão ao meio ambiente é o
lema da empresa 1001 recargas.
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Fábio Delatorre cuida de todos os detalhes na recarga dos cartuchos,
observando o uso de equipamentos de proteção individual dos funcionários (óculos,
mascaras, luvas, toucas e aventais) devidamente fornecidos pela empresa. Os
funcionários são orientados para a necessidade da preservação do meio ambiente e
estas orientações são passadas através de palestras, cursos e uma campanha constante
com objetivo da preservação e cuidados no descarte. Na empresa existe uma
valorização dos funcionários com políticas de crescimento e aprimoramento
profissional, onde os funcionários podem participar de cursos e feiras em São Paulo e
outros centros. Existe uma preocupação com o bem estar dos funcionários onde são
disponibilizadas áreas de lazer, refeição e vestiários confortáveis. Esta valorização é
recompensada com a assiduidade dos profissionais e o bom desempenho profissional
e também a permanência deste na empresa, pois a maioria tem mais de cinco anos de
trabalhos prestados na 1001.
Equipamentos de recargas dos cartuchos descartam o manuseio direto e a
utilização de produtos químicos dando maior qualidade e segurança para os
funcionários.
A preocupação com a segurança do trabalhador também se faz presente na
remoção dos resíduos dos cartuchos, sendo utilizada máquina de ar comprimido em
sala isolada, onde somente um funcionário trabalha no processo de remoção. O ar
comprimido é tão forte que descarta qualquer possibilidade das partículas ficarem
suspensas no ar ou no cartucho.
Todos os materiais utilizados no processo de recarga dos cartuchos como
tintas, etc., são armazenados em uma sala climatizada em temperatura ambiente, com
luminosidade e formas de estocagem corretas estabelecidas pela empresa. Todo o
material usado no processo de recarga são monitorados por laudos de análise química
por empresa autorizada por órgãos ambientais ( FEPAM, SMAM ).
A empresa 1001 tem a preocupação de trabalhar com empresas prestadoras de
serviços que estejam dentro das normas da ISO 9001/2008 e credenciadas por Órgão
Ambiental Regional ou Local ( FEPAM, SMAM) e também exigem a documentação
que provem a veracidade das informações que estas empresas prestadoras relatam.
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Em contato com o supervisor Administrativo César Silva de Andrade da
empresa PRÓ AMBIENTE onde são encaminhadas os resíduos sólidos da 1001
recargas, o mesmo relatou o que são feito com os materiais recolhidos. A PRÓ
AMBIENTE tem uma área em Gravataí onde são armazenados todos os produtos
descartados da 1001. Os produtos são acondicionados em Percolados (valas de 4
metros de profundidade e largura máxima de 3 metros, totalmente selados com lonas
e resina plástica), onde são acondicionadas as caixas impermeáveis com os resíduos
descartados, independente se são líquidos, plásticos, panos, etc. Os percolados são
cobertos por coberturas de zinco e com sistema de drenagem pra que nenhum tipo de
drenagem comprometa os materiais acondicionados no seu interior que ficam ali para
sempre.
3 CONCLUSÃO
A empresa 1001 recargas tem uma preocupação constante com o descarte,
economia na produção de resíduos e com o presente e futuro do meio ambiente,
ficando bem claro este comprometimento quando em visita a empresa. O diretor
técnico Fábio Delatorre nos recebeu ( Cristiano e Rita) e fez questão de nos mostrar
com muito orgulho os cuidados que ele e sua equipe tem na recarga dos cartuchos, na
qualidade e armazenamento dos produtos utilizados, descarte dos materiais (
separando todos por tipo de material) no armazenamento e transporte destes
descartes com empresas especializadas e credenciadas por órgãos ambientais. Na
1001 recargas não existe nenhum tipo de despejo para o meio ambiente, pois desde a
água utilizada na limpeza são armazenadas e encaminhadas por empresas
credenciadas que dão o destino final. A empresa não tem nenhum subsídio dos
órgãos governamentais para o auxílio das despesas referente ao descarte destes
materiais tóxicos, estando a cargo da 1001 as despesas para o transporte e destino
final. Todo este cuidado na produção e descarte, incluindo as despesas que isto
acarreta é infelizmente em parte perdidos quando a PRÓ AMBIENTE acondiciona
todos os resíduos e produtos recicláveis e não recicláveis em Percolados. A PRÓ
AMBIENTE não reaproveita nenhum tipo de material. O trabalho do PRÓ
AMBIENTE é somente guardar por tempo indeterminado todos os resíduos
transportados da 1001 recargas.