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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAG ALEXANDRA APARECIDA DE SOUZA ALVES DESAPOSENTAÇÃO ÀS AVESSAS: DIREITO ADQUIRIDO AO MELHOR BENEFÍCIO E POSSIBILIDADE DE RETROAÇÃO DA DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO CASCAVEL/PR 2019

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAG

ALEXANDRA APARECIDA DE SOUZA ALVES

DESAPOSENTAÇÃO ÀS AVESSAS:

DIREITO ADQUIRIDO AO MELHOR BENEFÍCIO E POSSIBILIDADE DE

RETROAÇÃO DA DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO

CASCAVEL/PR

2019

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAG

ALEXANDRA APARECIDA DE SOUZA ALVES

DESAPOSENTAÇÃO ÀS AVESSAS:

DIREITO ADQUIRIDO AO MELHOR BENEFÍCIO E POSSIBILIDADE DE

RETROAÇÃO DA DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO

Trabalho apresentado como requisito parcial para

conclusão do Curso de pós-graduação em Advocacia

Previdenciária em nível de Especialização Faculdade

Assis Gurgacz.

Prof. Orientador: Paulo Vitor Nazário Sermann

CASCAVEL/PR

2019

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAG

ALEXANDRA APARECIDA DE SOUZA ALVES

DESAPOSENTAÇÃO ÀS AVESSAS:

DIREITO ADQUIRIDO AO MELHOR BENEFÍCIO E POSSIBILIDADE DE

RETROAÇÃO DA DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO

Trabalho apresentado à disciplina de TCC do Curso de Pós-Graduação do Centro Universitário

da Fundação Assis Gurgacz- Campus Cascavel, exigido como requisito parcial para obtenção

do Título de especialização em Advocacia Previdenciária, sob orientação do Professor Paulo

Vitor Nazário Sermann.

____________________________________________________

Prof.. Paulo Vitor Nazário Sermann.

Orientador

_____________________________________________________

Prof.º Avaliador

_____________________________________________________

Profº Avaliador

Cascavel/Pr., ______ de _________________ de 2019.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÂO............................................................................................................... 2

2 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................... 3

2.1 Desaposentação X Revisão Melhor Benefício............................................................... 3

2.2 Revisões Previdenciárias................................................................................................ 6

2.3 Revisão Previdenciária Melhor Benefício..................................................................... 8

2.3.1 Aplicação da Revisão Melhor Benefício.................................................................... 11

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 16

REFERÊNCIAS................................................................................................................. 17

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DESAPOSENTAÇÃO ÀS AVESSAS:

DIREITO ADQUIRIDO AO MELHOR BENEFÍCIO E POSSIBILIDADE DE

RETROAÇÃO DA DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO

ALVES, Alexandra Aparecida de Souza 1

SERMANN, Paulo Vitor Nazário2

RESUMO: O presente artigo teve como objetivo realizar o estudo sobre a possibilidade de

revisão previdenciária na modalidade revisão para o melhor benefício, permitindo a retroação

DIB (data de início do benefício) para data mais favorável ao segurado, tendo como norte o

princípio constitucional do direito adquirido e precedente jurisprudencial do Supremo Tribunal

Federal. Esta revisão previdenciária causa indagações sobre a sujeição, ou não, ao instituto da

decadência do direito, além da exigência ou não de alteração legislativa entre a data do alegado

direito e a DER (data de entrada do requerimento).

Verificando jurisprudência, a revisão previdenciária para o melhor benefício pode ser aplicada

em diversas situações, evidenciando a suma importância na preservação do direito do segurado

em ter e manter o melhor benefício, fruto do longo vínculo estabelecido entre o segurado e o

Estado tendo a norma previdenciária para garantir a segurança jurídica desta relação. Por fim, é

almejado que o presente artigo possa aflorar o interesse à temática abordada.

Palavras-chave: Revisão, Melhor Benefício, Decadência, Segurado.

RIGHT ACQUIRED TO THE BEST BENEFIT POSSIBILITY OF RETROATING THE

DATE OF INITIATION OF THE BENEFIT

ABSTRACT: The purpose of this article was to carry out the study on the possibility of

reviewing social security in the review modality for the best benefit, allowing the DIB (benefit

start date) to be retrofitted to a date more favorable to the insured, based on the constitutional

principle of acquired right, precedent jurisprudential of the Federal Supreme Court. This social

security review raises questions about whether or not the institute is subject to the decadence of

the law, in addition to whether or not there is a legislative amendment between the date of the

alleged right and the DER (date of application).

By verifying jurisprudence, the social security review for the best benefit can be applied in

several situations, evidencing the paramount importance in preserving the insured's right to

have and maintain the best benefit, as a result of the long bond established between the insured

and the State having the social security norm for ensure the legal certainty of this relationship.

Finally, it is hoped that the present article can bring out the interest of the subject.

Keywords: Review, Best Benefit, Decadence, Insured.

1 Acadêmica do Curso Pós –Graduação lato sensu em Advocacia Previdenciária do Centro Universitário FAG, de

Cascavel –PR, [email protected]

2Docente no Curso de Pós-Graduação lato sensu em Advocacia Previdenciária do Centro Universitário da

Fundação Assis Gurgacz, de Cascavel-PR, [email protected]

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1. INTRODUÇÃO

Revisão quer dizer reexame de ato ou efeito, instituto aplicado ao direito previdenciário

quando necessária para sanar possíveis equívocos seja por interesse dos segurados, autarquia

federal, advogados as revisões previdenciárias tornaram-se presente ao longo de periódicas

alterações legislativas que ampliam a margem de interpretação da norma previdenciária.

A revisão previdenciária para melhor benefício fundamenta-se no direito adquirido,

alicerçado a partir do momento que o segurando atende todos os requisitos legais para a

concessão da benesse tendo assim, o direito ao benefício mais vantajoso, possibilitando a

retroação da DIB (data de inicio de benefício) que for mais conveniente em período anterior da

concessão do mesmo, no sentido de alterar o ato de concessão do benefício em manutenção.

É de suma importância distinguir que não se trata de uma revisão de desaposentação

que visava utilizar as contribuições pagas após a aposentação, refere ao inverso esta revisão do

melhor benefício, utiliza contribuições advindas após a reunião dos requisitos para concessão e

direito a benesse, contudo o contribuinte optou em não requerer naquele momento. Neste caso,

deve ser garantido ao segurado à opção as regras, a data de calculo que conferem o melhor

benefício em especial atenção, diante de alterações legislativas no sistema previdenciário.

A Colenda Corte Suprema em 21/10/2010 deu provimento ao recurso extraordinário RE

630.501, possibilitando o cálculo da renda mensal inicial no momento posterior à aposentadoria

por força do direito adquirido, base para a revisão do melhor benefício possibilitando ao

segurado o direito de revisão em busca do benefício mais favorável que não lhe fora concedido

no momento oportuno.

Visto que, devido à complexidade da legislação previdenciária, várias formas de

cálculos da renda mensal inicial entre outras alterações legislativas ocorridas ao longo do

tempo, seria possível afirmar que em todos os processos prevaleceu o direito ao benefício mais

vantajoso ao segurado, ao passo que poderia acarretar enorme prejuízo ao beneficiário por se

tratar de relação de longo prazo. Neste passo, a revisão previdenciária do melhor benefício é a

ferramenta adequada para amparar e garantir o devido direito previdenciário.

Contudo, a revisão direito ao melhor benefício encontra um obstáculo quanto á

divergência na incidência ou não de prazo decadencial em buscar o direito adquirido após o

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decurso de longo período de tempo da data de concessão do benefício, trata-se de um direito

constitucional o benefício previdenciário garante a dignidade da pessoa.

Neste sentido a pesquisa demonstra-se pertinente ao se analisar à legislação

previdência mutável que influencia diretamente no valor do benefício previdenciário, tornando

a revisão previdenciária necessária para a correção de falhas na concessão do benefício ou

aumentar a renda do segurado diante da inércia da administração previdenciária em conceder

ao requerente o benefício mais vantajoso.

O benefício previdenciário é uma prestação indispensável à manutenção do individuo,

tem natureza alimentar, destina-se a prover recursos de subsistência digna. A proteção

previdenciária é um direito constitucional fundamental contido na Constituição Federal, no art.

6ª expresso como um direito social descrito no titulo “Dos Direitos e Garantias Fundamentais‟

fruto da luta ao longo de muitos anos para garantir o direito aposentadoria.

Para desenvolvimento do presente trabalho, foram utilizadas pesquisas bibliográficas

em livros, decisão do Supremo Tribunal Federal e jurisprudências aplicadas à temática de

revisão previdenciária para melhor benefício perante às regras de prazos decadenciais assim

como a relevância de eventual alteração legislativa entre a data da aquisição do direito e a

DER.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Desaposentação X Revisão Melhor Benefício

A desaposentação se refere ao procedimento usado para aumentar o valor da

aposentadoria do segurado, que em gozo do benefício previdenciário continua exercendo

atividade profissional remunerada com registro em carteira de trabalho, conseqüentemente

contribuindo para o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) nos termos da Lei

Previdenciária, este tempo de contribuição passaria a ser contabilizado para novo benefício.

Paula Assumpção (2018) explica que a chamada desaposentação, reaposentação,

desaposentadoria, renúncia à aposentadoria, ou simplesmente troca de aposentadoria, várias

formas de se nomear com a mesma finalidade, trata sobre a possibilidade de refazer o cálculo

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da aposentadoria com base nas contribuições vertidas enquanto o segurado, já aposentado,

reingressou ao RGPS e adicionou novo período contributivo.

Contudo, esta revisão de desaposentação, que certamente poderia melhor a renda do

trabalhador que precisou voltar trabalhar, já é matéria pacificada no Supremo Tribunal Federal

(STF) conforme RE 661.256/SC, julgado em 26 de outubro de 2016, no sentido de

impossibilitar o uso de contribuições posteriores à aposentadoria para a concessão de novo

benefício, decisão recente de 27 de março 2019, REsp 1.334.488 do Superior Tribunal de

Justiça (STJ) aderiu-se ao entendimento da Suprema Corte seguindo a tese: „No âmbito do

Regime Geral da Previdência Social –RGPS, somente lei pode criar benefícios e vantagens

previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do direito à “desaposentação”, sendo

constitucional a regra do art. 18 parágrafo 2º da Lei 8.213/1991‟

Reproduzo o preceito legal.

§ 2º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–RGPS que permanecer

em atividade sujeita a este Regime, ou a ele retornar, não fará jus a prestação

alguma da Previdência Social em decorrência do exercício dessa atividade, exceto

ao salário-família e à reabilitação profissional, quando empregado.

(BRASIL,1991,”nosso grifo”)

Já revisão previdenciária para busca do melhor benefício não se confunde com a

desaposentação, pois não se refere a contribuições posteriores ao pedido de aposentadoria, mais

sim, uma vez atendido todos os requisitos pode neste período ter a oportunidade de analisar e

definir qual melhor momento para concessão do benefício. A Lei Previdenciária nº 8.213/1991

no artigo 122, dispõe:

Art. 122. Se mais vantajoso, fica assegurado o direito à aposentadoria, nas

condições legalmente previstas na data do cumprimento de todos os requisitos

necessários à obtenção do benefício, ao segurado que, tendo completado 35 anos de

serviço, se homem, ou trinta anos, se mulher, optou por permanecer em atividade

(BRASIL,1991-„grifo nosso‟)

Uma vez preenchidos os pressupostos legais, tem o segurado o direito adquirido ao

benefício, o qual sustenta a tese da opção do melhor benefício e que deve ser calculado a renda

mensal inicial (RMI) observando o modo mais vantajoso em todas as datas de exercício depois

que atingido o direito.

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No recurso extraordinário do Supremo Tribunal Federal RE 630.501, o direito adquirido

fundamentou a decisão da relatora Min. Ellen Gracie.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA.

DIREITO PREVIDENCIÁRIO. DIREITO ADQUIRIDO AO MELHOR

BENEFÍCIO. Tem relevância jurídica e social a questão relativa ao reconhecimento

do direito adquirido ao melhor benefício. Importa saber se, ainda que sob a vigência

de uma mesma lei, teria o segurado direito a eleger, com fundamento no direito

adquirido, o benefício mais vantajoso, consideradas as diversas datas em que o direito

poderia ter sido exercido, desde quando preenchidos os requisitos mínimos para a

aposentação. Repercussão geral reconhecida, de modo que restem sobrestados os

recursos sobre a matéria para que, após a decisão de mérito por esta Corte, sejam

submetidos ao regime do art. 543-B, § 3º, do CPC.

Do voto da Relatora Ministra Ellen Grace extraem-se, ainda, as seguintes lições:

Em matéria previdenciária, já está consolidado o entendimento de que é assegurado o

direito adquirido sempre que, preenchidos os requisitos para o gozo de determinado

benefício, lei posterior revogue o dito benefício, estabeleça requisitos mais rigorosos

para a sua concessão ou, ainda, imponha critérios de cálculo menos favoráveis.

É que, nessas situações, coloca-se a questão da supressão, de um direito já

incorporado ao patrimônio do segurado e constitucionalmente protegido contra lei

posterior, que, no dizer do art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição, não pode prejudicá-

lo. [...]

Normalmente, o fato de permanecer na ativa e a circunstância de prosseguir

contribuindo são favoráveis ao segurado, mas eventualmente podem não ser. A

obtenção de renda mensal inicial inferior àquela que o segurado já poderia ter obtido

se requerido o benefício em meses anteriores, desde o cumprimento dos requisitos

mínimos, pode decorrer de circunstâncias não apenas jurídicas como fáticas: jurídicas,

quando inovação legislativa implique benefício menor; fáticas, quando a consideração

do período decorrido desde a aquisição do direito até o desligamento do emprego ou

requerimento afete negativamente o cálculo, por força dos seus critérios próprios. [...]

O direito adquirido ao melhor benefício implica a possibilidade de o segurado ver o

seu benefício deferido ou revisado de modo que corresponda à maior renda possível

no cotejo entre a renda mensal inicial obtida e as rendas mensais que estaria

percebendo, naquele momento, se houvesse requerido em algum momento anterior o

benefício, desde quando possível a aposentadoria proporcional.

Assim, uma vez que o segurado atenda os preceitos legais para ter direito a

aposentadoria, terá a possibilidade de analisar e aposentar na data que lhe confere melhor

benefício, devendo a Previdência Social orientar o segurado quanto ao direito.

Visto que, o segurado é presumidamente hipossuficiente economicamente e

informacional apresenta sérias dificuldades para quantificar o valor do benefício solicitado, em

especial o trabalhador braçal que com muitas dificuldades escrever apenas seu próprio nome,

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do outro lado a autarquia previdenciária detém funcionários concursados capacitados, software

com possibilidade de elaboração a todos os cálculos possíveis em diferentes períodos.

2.2. Revisões Previdenciárias

Revisão é instituto que alcança todos os ramos do Direito, no caso do previdenciário

rever, outra apreciação do tema já tratado como um direito do segurado ou um dever do órgão

instituidor podendo ratificar a decisão combatida, acolher o pleito e em alguns casos poderá

resultar até mesmo o reformatio in pejus.

O ato jurídico da revisão não é um primeiro procedimento, mas o reestudo deste

primeiro ato, portanto pressupõe uma decisão anterior. Não se pode requerer a revisão de uma

medida que não foi praticada, ainda que ela esteja em encaminhamento ensinam Martinez e

Santos (2018, p.21).

A Lei Previdenciária 8.213/91 dispõe sobre revisões.

Art. 69. O Ministério da Previdência e Assistência Social e o Instituto Nacional do

Seguro Social -INSS manterão programa permanente de revisão da concessão e

da manutenção dos benefícios da Previdência Social, a fim de apurar

irregularidades e falhas existentes.(BRASIL, 1991 “grifo nosso”)

A revisão é necessária para sanar possíveis equívocos decorrente de uma legislação

inconstante com fartas mudanças, seja quanto à forma ou índices adotados pela previdência aos

cálculos/correções e concessão de benefícios, também poderá ser uma possibilidade de

aumento do valor do benefício ao segurado. Neste sentido explica Martinez.

A revisão compreende o exame da concessão é, legitima esta, o da manutenção das

prestações de pagamento continuado. O objetivo é sanar dúvidas quanto ao direito do

titular, a validade dos documentos dos aposentados, incapacidade para o trabalho, o

tempo de serviço ou contribuição, o nível do salário de contribuição. (MARTINEZ,

2013, p.47)

Neste segmento, as revisões previdenciárias tornaram-se presente no decorrer de

periódicas alterações legislativas que possibilitam um universo de interpretação da norma

previdenciária frente a distintas e inúmeras situações de segurados, surgindo várias espécies de

revisões com se observa na tabela:

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Espécie de Revisão Benefícios abrangidos pela revisão

(período de concessão / início do benefício)

Art. 58 do ADCT Até 04/10/1988

Súmula 2 do TRF da 4º

Região

De 21/06/1977 até 04/10/1988

Art. 144 da Lei

8.213/91(Buraco Negro)

De 05/10/1988 a 05/04/1991

Art. 26 da Lei 8.870/94 De 05/04/1991 a 31/12/1993 desde que o salário de benefício

tenha ficado limitado ao teto

Art. 21,§ 3º da Lei 8.880/94 A partir de 01/03/1994 desde que o salário de benefício tenha

ficado limitado ao teto

IRSM de fev/94 (39,67) A partir de 01/03/1994 desde que tenham em seu período de

básico de calculo salário de contribuições anteriores a

fevereiro de 1994

Art. 29,§ 5º da Lei 8.213/91 A partir de 24/07/1991 desde que tenham recebido benefício

por incapacidade no período básico de cálculo.

Fonte: Núcleo de contadoria da Justiça Federal de 1º Instancia em Porto Alegre /RS.

Martinez e Santos citam outras teses vencedoras no que se refere ao aumento da renda

no processo administrativo e judicial como: melhor benefício, súmula 260 do Tribunal

Regional Federal (TRF), inclusão de tempo de serviço em atividade especial, tempo rural ou de

militar que não foi enquadrado na época da concessão, erros matemáticos, entre outras, pois são

muitas hipóteses com circunstancias variadas.

As revisões previdenciárias advêm de interpretação de artigos ou súmulas específicas

como também a partir do desenvolvimento de novas teses. Martinez cita Ana Maria Wicker

Thiesen sobre discussões previdenciárias de revisão no poder judiciário.

Os reajustamentos dos benefícios sempre provocaram muitas discussões judiciais,

pois, costumeiramente, não mantêm o valor real da data da concessão. Assevera Ana

Maria Wicker Thiesen.“Os diplomas legais que tratam da matéria previdenciária ao

longo do tempo, via de regra, sempre contemplam normas sobre o modo de reajuste

dos benefícios. Algumas vezes, porém, os critérios estabelecidos não se apresentam

justos ou até discreparam das normas constitucionais.Este fato ensejou, e ainda

ocasiona, a busca do Judiciário para corrigir as distorções, através das conhecidas

ações revisionais de benefícios previdenciários” (MARTINEZ apud THIESEN,2013).

O poder judiciário STJ e STF apresentam precedentes no sentido que o segurado tem

direito adquirido ao cálculo do benefício de conformidade com as regras vigentes quando da

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reunião dos requisitos de aposentadoria independentemente de prévio requerimento

administrativo para tanto (CASTRO 2016).

Com efeito, a revisão previdenciária é a ferramenta de proteção social propiciada pela

seguridade social diante de um prejuízo ou inconformidade por algum ato jurídico praticado

pela Autarquia Federal – INSS em relação ao benefício requerido pelo segurado.

2.3. Revisão Previdenciária Melhor Benefício

A revisão previdenciária para a retroação da data de início do benefício fundamenta-se no

direito adquirido, alicerçado a partir do momento em que o segurado atende todos os requisitos

legais para a concessão da benesse. Trata-se de uma ação objetivando o recálculo da renda

mensal inicial da aposentadoria segundo a época em que, já implementados os requisitos para a

fruição do benefício, aquela que lhe seria mais vantajosa.

Castro e Lazzari consideram que o segurado tem a opção de exercer o direito a

aposentação em momento posterior desde, atingido o direito e ter sua renda mensal calculada

como se o benefício tivesse sido requerido e concedido em qualquer data anterior.

O direito a aposentadoria surge quando preenchido todos os requisitos estabelecidos

em lei para o gozo do benefício, e tendo o segurado preenchido todas as exigências

legais para inativar-se em um determinado momento, não pode servir de óbice ao

reconhecimento do direito ao cálculo do benefício como previsto naquela data o fato

de ter permanecido em atividade, sob pena de restar penalizado pela postura que

redundou em proveito para a Previdência. (CASTRO e LAZZARI,2015,p. 596)

Destacamos que o Conselho de Recursos da Previdência Social por meio do enunciado

n.5 já reconheceu e enfatizou que a Previdência Social deve conceder o melhor benefício a que

o segurado fizer jus, cabendo o servidor orientá-lo neste sentido, in verbis: “5/JR/CRPS-

SEGURIDADE SOCIAL. CRPS. BENEFÍCIO. CONCESSÃO DO MELHOR QUE O

SEGURADO FAZ JUS. ORIENTAÇÃO DO SERVIDOR. NECESSIDADE”

Ademais, a própria Instrução Normativa nº 77/2015 prevê que o INSS tem o dever de

conceder o melhor benefício e orientá-lo neste sentido conforme Art. 687. O INSS deve

conceder o melhor benefício a que o segurado fizer jus, cabendo ao servidor orientar nesse

sentido. (BRASIL,2015, on line)

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A ação revisional para melhor benéfico poder ser postulada por meio de ação declaratória

de Direito Adquirido ao Melhor Benefício segundo Martinez e Santos (2018) é uma das

revisões mais importantes pelo fato de poder ser escolhido a DIB (data de início do benefício) e

não se sujeitar a prazos decadenciais visto ser baseado no direito adquirido.

No mesmo sentido afirma Castro e Lazzari, nesta revisão afastam os prazos decadenciais

menciona precedentes do STJ.

[...] O STJ tem precedentes que afastam a decadência para essa revisão, baseada no

fato de que o prazo decadencial não poderia alcançar questões que não foram

aventadas quanto ao deferimento do benefício e que não foram objetos de apreciação

pela Administração: “Portanto, a discussão em torno do direito a uma renda mensal

mais favorável (por força do direito adquirido), não foi objeto da apreciação da

Administração, não ocorrendo a decadência, abarcadas pelo art. 103 da Lei 8213/91‟

(AgRg no AREsp 549.306, Decisão Monocrática, Ministro Humberto Martins,

6.10.2014) (CASTRO e LAZZARI, 2015,p.599).

Portanto, ainda que tenha optado por exercer o direito a aposentação em momento

posterior, possui o direito adquirido de ter a sua renda mensal inicial calculada como se o

benefício tivesse sido requerido e concluído em qualquer data anterior.

Segundo Kravchychyn (2013) em matéria previdenciária, é direito do segurado o

benefício mais vantajoso, desde o implemento das condições mínimas. Ainda que assim não

fosse, o emprego da analogia seria suficiente para assegurar o direito adquirido do segurado ao

benefício mais vantajoso.

Sabidamente Junior (2008), afirma que o direito adquirido tem como pilares de

sustentação os princípios da segurança e tranqüilidade jurídica. Estes princípios também

sustentam todo o edifício jurídico e, por conseqüência toda a sociedade.

Diz ainda que, a crença na eficácia do direito adquirido confere confiabilidade às

instituições jurídicas e sem ela o Direito se desnaturaria como regra de conduta e não

prosperaria.

Direito adquirido é todo direito que é conseqüência de um fato idôneo a produzi-lo, em

virtude da lei do tempo no qual o fato foi consumado, embora na ocasião de fazê-lo valer não

se tenha apresentado antes da atuação de uma lei nova sobre o mesmo. Assim o fato que

entabulou direito passa a fazer parte do patrimônio de quem o adquiriu. França (1982, p.532).

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A Constituição Federal de 1988, no seu art. 5º, inciso XXXVI prescreve o direito

adquirido nas relações previdenciárias esta garantia é indispensável pelo fato dos vínculos

serem de longo prazo, por vezes, uma vida toda de trabalho sendo necessária esta segurança

jurídica assim prescreve: XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico

perfeito e a coisa julgada; (BRASIL.1988).

Nesta razão que o parágrafo 1º do art.102 da Lei 8.213/1991 reconhece que o direito

adquirido, uma vez preenchido os requisitos, adere-se ao patrimônio jurídico do segurado

mesmo diante de alteração legislativa ou circunstanciais.

Art. 102. A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos

inerentes a essa qualidade.

§ 1º A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria para

cuja concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legislação

em vigor à época em que estes requisitos foram atendidos. (BRASIL,1991 “grifo

nosso‟)

Importante diferenciar o direito adquirido da expectativa de direito, pois no segundo o

direito ainda não se concretizou, refere-se a algo que antecede a sua aquisição. Um direito

adquirido não se pode transmutar em expectativa de direito, só porque o titular preferiu

continuar trabalhando e não requereu a aposentadoria (JUNIOR, 2008)

A revisão previdenciária para concessão do benefício mais vantajoso pode conceder ao

segurado o justo valor da renda que lhe era de direito quando implementou todos os requisitos

para a aposentadoria. Martinez e Santos (2018) afirmam que a retroação da DIB indica o

exercício do direito de SUBSTITUIÇÃO do benefício a fim de desconstituir o ato original e,

por conseguinte, obter uma nova aposentadoria, aproveitando melhores condições em momento

anterior do benefício.

2.3.1 - Aplicação da revisão melhor benefício

O segurado deve ter o benefício mais vantajoso na data da concessão, caso contrário, é

direito ter esse ato desfeito ou substituído quando isso lhe for conveniente . O direito ao melhor

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benefício pode ser aplicado visando retroagir a Data de Inicio do Benefício em caso de erro do

INSS, como por exemplo, no caso de aposentadoria especial concedida no segundo

requerimento com base na mesma documentação apresentada quando do primeiro

requerimento, sendo o primeiro mais favorável, vejamos:

REMESSA E APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA

ESPECIAL. DIB. RETROAÇÃO. POSSIBILIDADE. BENEFÍCIO

CONCEDIDO NO SEGUNDO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO COM

BASE NA MESMA DOCUMENTAÇÃO APRESENTADA NO PRIMEIRO.

CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS DE MORA DEVIDOS PELA FAZENDA

PÚBLICA. JUROS MORATÓRIOS DE 1% AO MÊS ATÉ A ENTRADA EM

VIGOR DA LEI 11.960/09, QUE ALTEROU O ARTIGO 1º-F DA LEI 9.494/97.

DIPLOMA LEGAL DE APLICAÇÃO IMEDIATA. ORIENTAÇÃO FIRMADA

PELO STJ EM RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.

REMESSA NÃO PROVIDA E RECURSO PROVIDO. (201351010005436,

Desembargador Federal Messod Azulay Neto, TRF2-SEGUNDA TURMA

ESPECIALIZADA, E-DJF2R-Data: 10.09.2014) (TRF 2, 2014,”grifo nosso”)

Entendimento favorável ao melhor benefício retroagindo a data de início para aumento

da renda, neste caso concreto a requerente pleiteava o reconhecimento do direito adquirido à

concessão do benefício, da forma mais vantajosa, com a alteração da data de inicio do benefício

para a data à qual teria implementado os requisitos para a concessão de aposentadoria por

tempo de contribuição proporcional. No voto do Desembargador Federal Rogério Favreto

considerou o posicionamento da Corte Constitucional, no sentido de garantir ao segurado o

direito ao cálculo do benefício mais vantajoso.

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO. DIREITO ADQUIRIDO À

CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA FORMA MAIS VANTAJOSA. TESE DA

"RETROAÇÃO DA DIB" OU DO "DIREITO ADQUIRIDO AO MELHOR

BENEFÍCIO". DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, EM

REPERCUSSÃO GERAL, NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 630.501. 1.

É assegurado o direito adquirido sempre que, preenchidos os requisitos para o gozo de

determinado benefício, lei posterior revogue o dito benefício, estabeleça requisitos

mais rigorosos para a sua concessão ou, ainda, imponha critérios de cálculo menos

favoráveis. 2. Não há que se confundir "início dos efeitos financeiros" com "forma de

cálculo do benefício". Os efeitos financeiros têm início, em regra, na data do

requerimento administrativo ou, não havendo, na data do ajuizamento da ação, se

presente o interesse de agir. 3. Por outro lado, o método de cálculo do benefício deve

corresponder à forma mais vantajosa ao segurado. O fato de o direito ter sido

comprovado posteriormente não compromete a existência do direito adquirido, pois

não traz nenhum prejuízo à Autarquia Previdenciária, tampouco confere ao segurado

vantagem que já não estava incorporada ao seu patrimônio jurídico. 3. Em conclusão,

o segurado tem direito a que o benefício seja calculado da forma mais vantajosa,

desde quando preenchidos os requisitos mínimos para a aposentadoria, com o

pagamento das diferenças vencidas desde a data do requerimento administrativo originário, observada a prescrição quinquenal. (TRF4, APELREEX

2008.71.00.025237-5, QUINTA TURMA, Relator ROGERIO FAVRETO, D.E.

25/10/2013) (TRF 4, 2013, “grifo nosso”)

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Neste julgado abaixo, a revisão do direito adquirido buscava a alteração da data de

início do benefício de 09 de outubro de 2002 para a 09 de setembro de 1987, data à qual teria

implementado os requisitos para a concessão de aposentadoria por tempo de contribuição

proporcional, neste caso o recalculo seria influenciado pelo teto previdenciário da época da

aquisição do direito.

DIREITO PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO. REVISÃO. DIREITO ADQUIRIDO

AO MELHOR BENEFÍCIO. - O INSS deve conceder o melhor benefício a que o

segurado fizer jus (entendimento firmado no julgamento do RE 630.501 sob a

sistemática da repercussão geral). - No recálculo, impõe-se observância aos tetos

previdenciários, conforme disposto nos artigos 28, da Lei 8.212/1991 e 29 § 2º, 33

e 41, §3º, da Lei 8.213/1991 e demais legislações aplicáveis à espécie. - No tocante

aos honorários advocatícios em conformidade com o entendimento deste Tribunal, nas

ações previdenciárias, estes são devidos no percentual de 10% (dez por cento) sobre as

prestações vencidas até data do presente julgamento. - Em relação à correção

monetária e aos juros de mora deve ser aplicado o Manual de Orientação de

Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal em vigor por ocasião da execução

do julgado. - Apelação da parte autora provida. (TRF 3ª Região, OITAVA TURMA,

Ap - APELAÇÃO CÍVEL - 1473018 - 0003894-30.2006.4.03.6183, Rel.

DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ STEFANINI, julgado em 25/02/2019, e-

DJF3 Judicial 1 DATA:13/03/2019 ) (TRF 3, 2019 “grifo nosso‟)

Relevante destacar julgados que afastam a incidência de prazo decadencial na revisão

do melhor benefício com referência às questões não discutidas em âmbito do processo

administrativo.

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. PRAZO

DECADENCIAL. INOCORRÊNCIA. 1. Entende o STF que a decadência deve

incidir em relação a toda a matéria de fato ou de direito que gere majoração da renda

mensal inicial do benefício previdenciário, orientação extraída do RE n.º 626489 com

repercussão geral que decidiu que o prazo decadencial previsto na Medida Provisória

n.º 1.523-9, de 1997, aplica-se a benefícios concedidos antes da sua edição, tendo

como termo inicial da decadência, a data de 27/06/1997 - início da vigência da

referida medida provisória, sem que tal procedimento acarrete aplicação retroativa do

prazo extintivo do direito. 2. No caso de questões nao discutidas na esfera

administrativa, do não há que se falar em decadência. (TRF4, AC 5000658-

19.2012.4.04.7000, SEXTA TURMA, Relator JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA,

juntado aos autos em 04/08/2017) (TRF 4, 2017 “grifo nosso”)

O Superior Tribunal de Justiça no AgRg Agravo em recurso especial nº549.306 - RS

(2014/0182891-6), julgou que a decadência não alcança temas não apreciados no âmbito

administrativo em 24 de abril de 2015, a TNU- Turma Nacional de Uniformização dos Juizados

Especiais Federais publicou a súmula n. 81 no mesmo entendimento afirmando que: Não incide

o prazo decadencial previsto no art. 103, caput, da Lei 8.213/1991, nos casos de indeferimento

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e cessação de benefícios, bem como em relação às questões não apreciadas pela Administração

no ato da concessão.

Entendem o TRF da 4º Região que o direito adquirido é incorporado ao patrimônio

jurídico do segurado, devendo ser aplicado as regras vigentes à época do preenchimento dos

requisitos para a sua concessão, ou seja, uma vez quitado todas as exigências legais o direito

pode ser exercido a qualquer tempo, não havendo vedação legal ou prazo para exercê-lo.

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. DIREITO

ADQUIRIDO A MELHOR BENEFÍCIO. 1. O segurado tem direito adquirido ao

cálculo do benefício em conformidade com as regras vigentes quando da

implementação das condições para à concessão. Nesse sentido, RE nº 269407, STF,

Rel. Min. Carlos Velloso, DJU 02-08-2002 e RE nº 266.927-RS, STF, Rel. Min. Ilmar

Galvão, DJ 10-11-2000. 2. Os efeitos financeiros da revisão devem retroagir à data

da concessão do benefício, tendo em vista que o deferimento do benefício apenas

em ação judicial representa o reconhecimento tardio de um direito já

incorporado ao patrimônio jurídico do segurado quando da DER. (TRF4, AC

5000658-19.2012.4.04.7000, SEXTA TURMA, Relator JOÃO BATISTA PINTO

SILVEIRA, juntado aos autos em 01/03/2019).(TRF4,2019,”nosso grifo”).

Vê-se que o recente julgamento do REsp 1.612.818-PR Recurso Especial do Relator

Min. Mauro Campbell Marques julgado em 13/02/2019, reconhece a incidência decadencial

sobre conteúdo do ato administrativo, seja: período base de cálculo, salário de contribuição,

salário de benefício, a incidência ou não do fator previdenciário sobre o cálculo, e a renda

mensal inicial desde cálculo. O ministro relator decidiu pela incidência do prazo concluindo

que o reconhecimento ao melhor benefício se equipara à revisão do ato concessório de

aposentadoria ainda, justifica pela necessidade de equilíbrio financeiro e atuarial do sistema

previdenciário, alegando a estabilidade das relações jurídicas.

DIREITO PREVIDENCIÁRIO Previdência social. Regime Geral. Direito adquirido

do segurado. Reconhecimento do benefício mais vantajoso. Equiparação ao ato

de revisão. Incidência do prazo decadencial. Artigo 103 da Lei n. 8.213/1991.

Cinge-se a controvérsia a saber se o prazo decadencial do caput do artigo 103 da Lei

n. 8.213/1991 é aplicável aos casos de requerimento de um benefício previdenciário

mais vantajoso, cujo direito fora adquirido em data anterior à implementação do

benefício previdenciário ora em manutenção. O Supremo Tribunal Federal - STF

ao analisar o tema da decadência do direito de o segurado revisar seu benefício,

assentou que o direito à previdência social constitui direito fundamental e, uma

vez implementados os pressupostos de sua aquisição, não há de ser afetado pelo

decurso do tempo, apenas no tocante ao crédito dele decorrente. O prazo

decadencial incide, portanto, sobre o conteúdo do ato administrativo: período básico

de cálculo; salários de contribuição; salário de benefício; a incidência ou não do fator

previdenciário sobre o cálculo; e a renda mensal inicial desse cálculo. Esses são os

aspectos econômicos do cálculo do benefício. O STF protege o núcleo do direito

fundamental. Permite possa o direito fundamental ao benefício previdenciário ser

exercido a qualquer tempo, sem que se atribua qualquer consequência negativa à

inércia do beneficiário. (…) Se há, realmente, um direito ao melhor benefício de

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aposentadoria, esse direito deve ser exercido em dez anos, porquanto o

reconhecimento do direito adquirido ao melhor benefício equipara-se à revisão,

quando já em manutenção na vida do trabalhador segurado uma aposentadoria. O

segurado tem, portanto, dez anos, para aferir a viabilidade de alteração do seu ato de

concessão de aposentadoria, após o qual caducará o direito adquirido ao melhor

benefício. (Informativo n.643. REsp 1.612.818-PR, Rel. Min. Mauro Campbell

Marques, por maioria, julgado em 13/02/2019, DJe 13/03/2019). (STJ,2019”nosso

grifo”)

O voto divergente do ilustre Ministro Napoleão Nunes Maia Filho seguido pela

Ministra. Regina Helena Costa entende pelo afastamento da incidência do prazo decadencial.

Justifica o relator que os benefícios previdenciários envolvem direito fundamental, razão pela

qual não se submetem a regime de preclusão temporal, além disso, a administração pública não

pode negar a concessão de um benefício incorporado ao patrimônio jurídico do trabalhador.

O reconhecimento do direito adquirido ao melhor benefício não pode ser interpretado

como uma revisão do ato concessório do benefício previdenciário. Se tal pleito não foi

analisado no momento da concessão assim entende o Min. Napoleão Nunes Maia Filho explica

que não há desequilíbrio financeiro atuarial com o reconhecimento de tal direito, pois, as

contribuições para a aquisição do direito ao benefício foram vertidas em época própria.

Ibrahim (2015) nos apresenta situações que não deverá ocorrer a incidência de prazo

decenal, uma sendo, se o segurado obedecido aos requisitos legais e obtido o benefício em

valor inferior ao correto, neste caso há uma relação jurídica de trato sucessivo, renovando-se a

cada mês de pagamento certamente poderá requer a revisão mesmo após os prazo de dez anos,

possibilitando a diferença do pagamento dos últimos cinco anos.

Outra situação em caso de indeferimento de benefício, de acordo com o autor, ao

segurado é garantido, pela Constituição Federal, o direito adquirido que é um reflexo do fundo

do direito do segurado, explica que funciona como uma espécie de pré-requisito jurídico para

as demandas pretendidas que a pessoa deve ser ou ter sido segurada da previdência social, neste

sentido o fundo do direito será preservado sendo possível a revisão.

O STF protege o núcleo do direito fundamental e no RE 626.489/SE o Relator Min.

Roberto Barroso firma entendimento que o direito a previdência social constitui um direito

fundamental e uma vez implementado os pressupostos de sua aquisição, não deve ser afetado

pelo decurso do prazo decadencial para a concessão inicial do benefício previdenciário.

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Ressaltamos que a Suprema Corte tem afastado pelo decurso do tempo a incidência

decenal em caso de superveniência de sentença trabalhista ao ato concessório, reconhecendo o

vínculo trabalhista, afastando também a incidência quando a adequação de benefícios

previdenciários ao teto constitucional Emenda Constitucional 20/1998 e 41/2003 conforme

REsp 1.612.818-PR.

É dever/direito a própria Administração rever ser atos (erros ou ajustes de benefício),

caso isso não ocorra, é possível ao segurado ingressar com novo pedido, solicitando o

cancelamento da prestação anterior, por se tratar de direito disponível.

Por derradeiro, cumpre mencionar que não há obstáculo para a revisão o fato de não ter

eventualmente ocorrido alteração legislativa entre a data do direito adquirido e a DER.

EMENTA:PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO. DIREITO ADQUIRIDO AO MELHOR

BENEFÍCIO. É devida a retroação do período básico de cálculo ainda que não

tenha havido alteração da legislação de regência, pois a proteção ao direito

adquirido também se faz presente para preservar situação fática já consolidada

mesmo ausente modificação no ordenamento jurídico, devendo a autarquia

previdenciária avaliar a forma de cálculo que seja mais rentável ao segurado. (TRF4, AC 5014187-19.2014.4.04.7200, TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DE

SC, Relator PAULO AFONSO BRUM VAZ, juntado aos autos em

11/09/2018)(TRF4,2018,”grifo nosso”)

Vejamos que o entendimento para a aplicação da revisão do melhor benefício não

encontra obstáculo quando o direito adquirido foi atendido na vigência de uma mesma lei.

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. FATOR

PREVIDENCIÁRIO. MELHOR BENEFÍCIO. CORREÇÃO MONETÁRIA E

JUROS. - No caso de aposentadoria proporcional por tempo de contribuição a ser

deferida com cômputo de tempo posterior à Lei 9.876, de 26/11/1999, há incidência

do fator previdenciário. - O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento

do RE 630.501 (Tema 334), submetido ao regime da repercussão geral, entendeu

que, em reconhecimento do direito adquirido ao melhor benefício, ainda que sob

a vigência de uma mesma lei, teria o segurado direito a eleger o benefício mais

vantajoso, consideradas as diversas datas em que o direito poderia ter sido exercido,

desde quando preenchidos os requisitos mínimos para a aposentação. - As teses

relativas ao percentual de juros e o índice de correção monetária devem ser diferidas

para a fase de execução, de modo a racionalizar o andamento do presente processo de

conhecimento. (TRF4, AC 5010870-76.2015.4.04.7200, TURMA REGIONAL

SUPLEMENTAR DE SC, Relator JORGE ANTONIO MAURIQUE, juntado aos

autos em 30/05/2019)

Sendo assim, referidas decisões servem de base de argumentação em processos que

almejam o melhor benefício, assegurando o direito, corrigindo falhas nos cálculos ou injustiças,

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pois, a muitos beneficiários aposentados em situações idênticas de salário, função ambos

atenderam os ditames legais, porém, os valores da renda mensal são distintos um por ter

requerido o benefício previdenciário em um mês o outro em mês diferente.

3.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao julgar o RE 630.501 o Supremo Tribunal Federal ampliou a margem de revisões

previdenciárias possibilitando aos segurados a luta pelo benefício mais vantajoso.

A tese firmada fundou-se no direito adquirido garantia constitucional que assegura aos

beneficiários que atenderam todos os requisitos legais, não sejam prejudicados diante de

alterações legislativas.

Importante frisar que a incidência de prazos decadenciais na revisão do melhor

benefício é defendida primeiramente que sob o argumento que a revisão tem como base o

direito adquirido, e neste não deveria sujeitar a prazos decadenciais. Outras questões também

servem de argumentação jurídica para defesa da não incidência, como situações não resolvidas

no processo administrativo questão já definida no STF e como orienta Martinez e Silva a

revisão para melhor benefício não se trata de pedido de revisão da RMI mais sim de

substituição da data de inicio do benefício por outra que lhe seja mais favorável com base o

direito adquirido.

O STJ recentemente julgou pela incidência do prazo decadencial, mas esta divergência

ainda não se definiu, ao passo que se refere a matéria constitucional cabendo ao STF discutir e

resolver a aplicação do prazo decadencial, visto esta decisão influencia na vida de muitos

beneficiários que poderá usufruir de seu direito adquirido com correção ou aumento na renda,

que consequentente poderá gerar impacto no financiamento da previdência. Assim, cabe ao

órgão julgador pesar o direito e as conseqüências financeiras da decisão.

Portanto, espera-se que o presente artigo possa agregar conhecimento e despertar

interesse a temática abordada, sirva de inspiração para conhecer o complexo contexto das

revisões previdenciárias ao passo que neste, não se esgotou o assunto.

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4. REFERÊNCIAS

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jun.2019.

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Previdência Social e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 de

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Estabelece rotina para agilizar e uniformizar o reconhecimento de direitos dos segurados e

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Constituição Federal de 1988. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 de jan.2015.

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BRASIL. Tribunal Regional Federal 4. Previdenciário. Revisão. Direito adquirido à

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Federal Luiz Stefanini, Julgado em 25 fev. 2019, Disponível em: <http://web.trf3.jus.br/base-

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