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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE GREGÓRIO ARRUÉ VICENTE FAUTH ESTUDO DE MERCADO PARA A ABERTURA DE UMA REDE DE COOPERAÇÃO DE VÍDEO-LOCADORAS CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO HABILITAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS Professora Orientadora: Elisabeth Cristina Drumm Novo Hamburgo, Maio de 2008

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE

GREGÓRIO ARRUÉ VICENTE FAUTH

ESTUDO DE MERCADO PARA A ABERTURA DE UMA REDE DE COOPERAÇÃO DE VÍDEO-LOCADORAS

CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO HABILITAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

Professora Orientadora: Elisabeth Cristina Drumm

Novo Hamburgo, Maio de 2008

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GREGÓRIO ARRUÉ VICENTE FAUTH ESTUDO DE MERCADO PARA A ABERTURA DE UMA REDE DE

COOPERAÇÃO DE VÍDEO-LOCADORAS

Monografia apresentada ao Centro Universitário Feevale, como requisito parcial para a obtenção da graduação no Curso de Administração de Empresas.

ORIENTADORA: PROF.ª ESP. ELISABETH CRISTINA DRUMM

NOVO HAMBURGO, MAIO DE 2008.

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GREGÓRIO ARRUÉ VICENTE FAUTH Trabalho de Conclusão do Curso de Administração – Habilitação Administração de Empresas, com título Estudo de mercado para a abertura de uma rede de cooperação de vídeo-locadoras, submetido ao corpo docente do Centro Universitário Feevale, como requisito necessário para a obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas. Aprovado por: __________________________ Profª. Espª. Elisabeth Cristina Drumm Orientadora ____________________________ Profª. 1 Banca Examinadora ____________________________ Prof. 2 Banca Examinadora

Novo Hamburgo, maio de 2008.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, quero agradecer ao senhor e salvador Jesus Cristo, por ser

um amigo fiel e verdadeiro a cada segundo em minha vida.

Existem dezenas de pessoas que devo agradecer pelo apoio recebido para

a realização de mais esta etapa de minha vida, iniciarei pela minha família: à minha

mãe Jane, por ter ensinado-me grandes valores e por ser uma grande mulher.

A minha noiva Taís Weber, que com seu jeitinho tem conquistado a cada dia

o meu coração. À minha dinda Sônia, por sempre se lembrar de mim no meu

aniversário. A todas minhas tias e tios, principalmente a meu tio Eduardo, que

enquanto não tive pai, foi a minha referência masculina em casa.

A minha orientadora, Profª. Elisabeth Cristina Drumm, que ajudou nesse

período de realização da monografia, inclusive ajudando a definir melhor o tema, a

conversar com pessoas, participar de reuniões, ler outros livros. E também gostaria

de agradecer à professora Daniela Muller de Quevedo, de estatística, por ter

ajudado em alguns cálculos.

A cada pessoa que me recebeu na sua casa e respondeu o questionário da

pesquisa, muitas vezes me oferecendo alguma coisa para comer ou beber,

agradecer aqueles que foram estúpidos e mal-educados ao me receber, e com isso

ver como os pesquisadores das instituições são recebidos, às vezes com carinho e

também com estupidez.

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Aos donos das vídeo-locadoras que responderam a pesquisa. Aos amigos,

principalmente o Rodrigo, o Maicon, o Carlos, o Clóvis e o Giles.

Enfim, a todos que de uma forma ou de outra estiveram presentes nesta

etapa, e contribuíram para a realização deste trabalho.

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RESUMO

Este trabalho apresenta um estudo de mercado para a abertura de uma rede de cooperação de vídeo-locadoras. O objetivo geral foi analisar a viabilidade de abertura de uma rede de cooperação de vídeo-locadoras na cidade de São Leopoldo/RS, utilizando-se de serviços inovadores. Como objetivos específicos buscou-se estudar a teoria relacionada ao empreendedorismo, plano de negócios e redes de cooperação; analisar as condições mercadológicas, financeiras e comerciais da viabilidade da rede de cooperação proposta. Para tanto, realizou-se inicialmente uma pesquisa bibliográfica sobre o empreendedorismo, sobre planos de negócios e sobre redes de cooperação onde consta, conceitos relacionados, o empreendedorismo no mundo e no Brasil segundo a última grande pesquisa sobre o tema realizada pelo GEM. A metodologia utilizada para a coleta de dados junto à população de São Leopoldo foi à amostragem não probabilística por conveniência e intencional, mediante aplicação de questionários nos Bairros Cristo Rei, Campina e Centro. Com a análise dos dados coletados, verificou-se que mais de 72% dos clientes das locadoras avaliam o atendimento como ótimo/bom, quais serviços são indispensáveis no ponto de vista desses clientes; a pesquisa mostrou que 61,6% têm acesso à internet, apesar disso apenas 15,4% afirmou ter baixado filme pela internet e 41% afirmou que gostaria de alugar DVD pela internet; além de outras variáveis. Junto aos donos de vídeo-locadoras formais da cidade, aplicou-se um questionário que visava saber se os mesmos gostariam de participar de uma futura rede de cooperação de vídeo-locadoras, onde 56% afirmaram que gostariam de participar desde que conhecessem melhor o programa. Palavras-chave: Empreendedorismo, Redes de Cooperação, Micro e Pequenas Empresas, Inovação.

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ABSTRACT

This work presents a study of market for the opening of a net of cooperation of video rentals. The general objective was to analyze the viability of opening of a net of cooperation of video rentals in the São Leopodo City/RS, using itself of innovative services. As specific objective searched to study the related theory versus the entrepreneurship, business plan and nets of cooperation; to analyze the marketing, financial and commercial conditions of the viability of the cooperation net proposal. For in such a way, a bibliographical research was become fulfilled initially on the entrepreneurship, business plan and nets of cooperation where it consists, concepts related, the entrepreneurship in the world and according to last Brazil great research on the subject carried through for the GEM. The methodology used for the collection of data together the population of São Leopoldo was the not probabilistic sampling for intentional and convenience, by means of application of questionnaires in the Quarters Christ King, Campina and Centro. With the analysis of the collected data, 72% of the customers of the landlords were verified as excellent/good, which services are indispensable in the point of view of these customers; the research showed that 61.6% have access to internet, despite this only 15.4% affirmed to have lowered film for the internet and 41% affirmed that it would like to rent DVD for the internet; beyond other variables. Together to the owners of formal video rentals of the city, a questionnaire was applied that it aimed at to know if someone would like to participate of one future net of cooperation of video rentals, where 56% had affirmed that they would like to participate since that it knew better the program. Words-key: Entrepreneurship, Nets of Cooperation, Micron and Small Business, Innovation.

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SUMÁRIO

LISTA DE GRÁFICOS................................................................................................ 9 LISTA DE TABELAS/QUADROS ............................................................................. 11 SIGLAS..................................................................................................................... 12 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 14 1 METODOLOGIA DA PESQUISA........................................................................... 19 1.1 Tipo de pesquisa............................................................................................. 19 1.2 Universo e amostra ......................................................................................... 22 1.2.1 Amostragem não probabilística por conveniência e intencional ............... 23

1.3 Técnicas de coleta de dados .......................................................................... 23 1.3.1 Questionários ........................................................................................... 24

1.4 Tratamento dos dados .................................................................................... 25 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 26 2.1 Empreendedorismo......................................................................................... 26 2.1.1 Dados sobre o Empreendedorismo no Brasil 2006 .................................. 28 2.1.2 Idéia e Oportunidade ................................................................................ 29

2.2 A Inovação ...................................................................................................... 32 2.2.1 A Importância da Inovação para os Empreendimentos Brasileiros .......... 34

2.3 Redes de Cooperação .................................................................................... 37 2.4 O Plano de Negócios ...................................................................................... 39

3 RESULTADOS DA PESQUISA ............................................................................. 47 3.1 Estruturada da Cidade de São Leopoldo ........................................................ 47 3.2 Apresentação das VÍdeo-Locadoras da Cidade.............................................. 48 3.2.1 Apresentação e Análise dos Dados das Vídeo-Locadoras....................... 49

3.3 Apresentação e Análise dos resultados da Investigação junto ao Público...... 58 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 93 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 98 ANEXOS................................................................................................................. 103

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01: Motivação............................................................................................... 49 Gráfico 02: Motivo da oportunidade.......................................................................... 50 Gráfico 03: Preço do DVD lançamento junto aos fornecedores ............................... 52 Gráfico 04: Preço do DVD lançamento para o cliente final....................................... 53 Gráfico 05: Se conhece programa redes de cooperação ......................................... 53 Gráfico 06: Avaliação do programa redes de cooperação........................................ 54 Gráfico 07: Gostaria de se associar a uma rede de cooperação.............................. 57 Gráfico 08: Preocupação em relação ao futuro das vídeo-locadoras ....................... 58 Gráfico 09: Vídeo-locadoras mais lembradas........................................................... 59 Gráfico 10: Percentual representativo de cada bairro............................................... 60 Gráfico 11: Sexo dos entrevistados.......................................................................... 60 Gráfico 12: Idade dos entrevistados e sexo.............................................................. 61 Gráfico 13: Escolaridade dos entrevistados ............................................................. 62 Gráfico 14: Renda familiar bruta dos entrevistados.................................................. 63 Gráfico 15: Famílias com filhos e sem filhos ............................................................ 66 Gráfico 16: Idade dos filhos ...................................................................................... 66 Gráfico 17: Famílias que possuem 1 filho, classificação por idade .......................... 67 Gráfico 18: Famílias com 1 filho e com dois filhos.................................................... 68 Gráfico 19: Aparelho de DVD ................................................................................... 69 Gráfico 20: Se possui cadastro em uma locadora, mais de uma locadora ou se não possui ....................................................................................................................... 70 Gráfico 21: Futuros clientes...................................................................................... 71 Gráfico 22: Principais motivos pelos quais os clientes tem cadastro em mais de uma vídeo-locadora.......................................................................................................... 72 Gráfico 23: Avaliação do atendimento das locadoras............................................... 73 Gráfico 24: Principais atividades nas horas de lazer ................................................ 75 Gráfico 25: Compra de DVD pirata........................................................................... 76 Gráfico 26: Se possui acesso à internet ................................................................... 77 Gráfico 27: Aonde acessa à internet......................................................................... 78 Gráfico 28: Se já baixou filmes pela internet ............................................................ 79 Gráfico 29: Gostaria de alugar DVD pela internet .................................................... 80 Gráfico 30: Gostaria de alugar DVD pela internet e a entrega ser pelos correios .... 82 Gráfico 31: DVD pela internet e tele-entrega de no máximo duas horas.................. 83 Gráfico 32: Valor das locações descontado em seu contra-cheque no final do mês 84 Gráfico 33: Se a sua locadora possui sistema de milhagem .................................... 85 Gráfico 34: Acha interessante o sistema de milhagem/brindes ................................ 85

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Gráfico 35: Sistema de relacionamento da locadora com o cliente .......................... 86 Gráfico 36: Como gostaria de receber as informações da sua locadora .................. 87 Gráfico 37: Se a sua locadora possui um cadastro seu (ex: sabe que tipo de filme você gosta) ............................................................................................................... 88 Gráfico 38: O valor de uma locação é importante para você.................................... 89 Gráfico 39: Se as promoções são importantes......................................................... 90 Gráfico 40: Se o prazo de devolução é importante para você .................................. 90

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LISTA DE TABELAS/QUADROS

Quadro 01: Número médio de clientes ..................................................................... 51 Quadro 02: Média de locações dos clientes ativos por mês..................................... 51 Quadro 03: Dificuldades que vê se viesse a participar de uma rede........................ 55 Quadro 04: Nota média atribuída as vantagens que vê em uma rede ..................... 56 Quadro 05: Pessoas que dependem da renda familiar ............................................ 65 Quadro 06: Se pretende adquirir DVD no corrente ano............................................ 69 Quadro 07: Nota média atribuída a estes serviços................................................... 74 Quadro 08: Justificativa dos entrevistados referente resposta “não” da questão 22 81 Quadro 09: Justificativa dos entrevistados referente resposta “não” da questão 23 82

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SIGLAS

ACIS/SL – Associação Comercial, Industrial e de Serviços de São Leopoldo BCB – Banco Central do Brasil CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CDT – Centro de Apoio Tecnológico CPP – Centro de pesquisa e planejamento da Feevale DVD – Disco de vídeo digital FEEVALE – Federação de Estabelecimentos de Ensino Superior em Novo Hamburgo FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos DNRC – Departamento Nacional de Registro do Comércio FCDL – Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Brasil GEM – Global Entrepreneurship Monitor IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística MTE – Ministério do Trabalho e Emprego P & D – Pesquisa e Desenvolvimento PINTEC – Pesquisa industrial sobre inovação tecnológica do IBGE no Brasil PMEs – Pequenas e Médias Empresas Brasileiras PN – Plano de Negócios

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SBA – Small Business Administration SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas SEDAI – Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais SELIC – Taxa Básica de Juros da Economia Brasileira (definida pelo BCB) START – UPS – Pequenas e Médias Empresas Norte-Americanas

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INTRODUÇÃO

O Brasil é um grande mercado, que oferece perspectivas de crescimento,

principalmente no ramo varejista. Prova disso é a atual expansão do crédito, queda

da taxa de juros, ganho real com o aumento do salário mínimo nos últimos anos. A

ampliação do emprego formal e da renda têm favorecido a alta das vendas no

comércio e impulsionado a produção industrial, conforme os últimos relatórios do

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), BCB (Banco Central do Brasil),

e FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas).

As pequenas e micro empresas brasileiras sempre estiveram presentes no

desenvolvimento do país, uma vez que a economia do Brasil é formada, em sua

maioria, por elas. Com a globalização, a abertura dos mercados e a concorrência

dos produtos estrangeiros, essas micro e pequenas empresas passaram a

configurar no foco da reestruturação produtiva e no desenvolvimento do país.

Cada vez mais às empresas, segundo Amato Neto (2000), vêm buscando

novas maneiras de organização mais enxutas e flexíveis como forma de se

manterem no mercado por mais tempo. Dentre às diversas formas de organização

criadas e desenvolvidas desde então, as redes de empresas, por seu aspecto

dinâmico, vêm cada vez mais ganhando espaço, e ramificando-se entre micro,

pequenas e médias empresas das mais diferentes áreas tanto industriais, como de

varejo e serviços.

Para o autor, às redes de empresas podem ser descritas como associações

de firmas, normalmente micro e pequenas empresas, que buscam através da

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coordenação e cooperação, o aumento de seu valor e sua perenidade no mercado.

Atualmente, segundo as últimas pesquisas mundiais sobre o tema, o

entretenimento é uma forma de passatempo, em que todas as classes sociais

procuram emoções, respostas, unir à família e os filmes muitas vezes retratam, a

vida das pessoas, o que faz com que pessoas do mundo inteiro pelo menos uma vez

por mês aluguem um filme/DVD.

A escolha pelo tema se deu também pela vontade de inovar no ramo de

entretenimento, pois pela observação direta do autor como consumidor observa-se a

falta de capacidade de gestão das empresas deste ramo, percebida no ponto de

vista da falta de qualidade no atendimento.

Diante disso, o presente trabalho apresenta como tema um estudo de

mercado para a implantação de uma rede de cooperação de vídeo-locadoras,

analisando o assunto sobre o ponto de vista dos consumidores e dos proprietários

de vídeo-locadoras.

O objetivo geral foi analisar a viabilidade de mercado para a abertura de uma

rede de cooperação de vídeo locadoras na cidade de São Leopoldo/RS, ou seja,

investigar junto aos atuais empresários da cidade se os mesmos aprovariam ou

rejeitariam, a abertura de uma rede de cooperação que viesse a agregar serviços

inovadores para os integrantes da rede, e posteriormente para os clientes das vídeo-

locadoras.

Sendo assim, para atingir o objetivo proposto, foi necessário delimitar

alguns objetivos específicos:

- Estudar a teoria relacionada ao empreendedorismo, plano de negócios,

especialmente estudo do mercado e redes de cooperação.

- Analisar as condições mercadológicas e comerciais da rede de

cooperação proposta.

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Do ponto de vista social, o presente trabalho mostra-se importante porque a

atuação em rede propicia que as empresas consigam reduzir e dividir custos,

qualificar produtos e serviços, acessar novas tecnologias, entre outras vantagens,

muitas vezes inatingíveis se atuassem isoladamente. Não esquecendo de

mencionar, que a pirataria vem sendo um grande problema para os donos de vídeo-

locadora, produtoras cinematográficas mundiais e nacionais, e também os varejistas

em geral.

Do ponto de vista acadêmico, a presente pesquisa é importante no sentido

de difundir o tema redes de cooperação para as empresas, que é novo no país, mas

que vem se tornando cada vez mais objeto de estudos, dada a sua importância, para

todos os tipos de organizações.

A metodologia foi à coleta de dados por meio da aplicação de questionário

junto aos empresários e população em geral de três (3) bairros do município de São

Leopoldo, Rio Grande do Sul, a saber: Campina, Centro e Cristo Rei.

As hipóteses do presente trabalho são as seguintes:

H1 – caso os resultados da pesquisa demonstrem que os empresários da

cidade gostariam de fazer parte de uma rede de cooperação, apresentamos outras

três hipóteses para o sucesso dessa nova rede ou nova organização que seriam.

H2 - o sucesso do empreendimento redes de cooperação de vídeo-

locadoras será a celebração de convênios com empresas, independente do ramo,

para que os colaboradores das mesmas aluguem filmes na futura rede de

cooperação de vídeo-locadoras, com desconto no final do mês nas respectivas

folhas, de pagamento dos mesmos.

H3 - o sucesso da rede de cooperação será também a utilização da internet

(aluguel e/ou venda dos DVDs) para os pedidos e o serviço postal brasileiro

(correios) e também como forma de inovar.

H4 – o sucesso da rede de cooperação será também a utilização da internet

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(aluguel e/ou venda dos DVDs) para os pedidos e o sistema de tele-entrega para a

distribuição, e também como forma de inovar.

Conseqüentemente, a rede de cooperação ajudaria às atuais vídeo-

locadoras a se informatizarem(a maioria não está informatizada) e atingirem o

público que utiliza à internet para verificação de filmes e para a sua posterior

locação. Com este sistema a futura rede não precisaria arcar com os custos de uma

grande equipe de pessoal ou de uma grande infra-estrutura física, podendo também

por meio da internet alcançar lares de várias cidades da região do Vale do Sinos,

após verificar à sua viabilidade, com conseqüente expansão da rede para outros

municípios da região e do Estado.

O presente estudo encontra-se dividido em cinco capítulos. O primeiro

apresenta os objetivos do trabalho, justificativa, bem como o problema em estudo e

as hipóteses levantadas para posterior aplicação de pesquisa.

No segundo capítulo, estão definidos os princípios metodológicos a partir

dos quais o estudo foi desenvolvido, apresentando seu caráter qualitativo e

quantitativo, bem como a técnica de investigação, o instrumento de coleta de dados

e as fontes secundárias de informação.

O terceiro capítulo do desenvolvimento do trabalho é a abordagem teórica,

destacando o que aborda a literatura atual nas questões mais relevantes para o

estudo, acerca da inovação, das redes de empresa, dados atuais sobre o

empreendedorismo no Brasil, a metodologia de desenvolvimento de um plano de

negócios.

O quarto capítulo apresenta o resultado dos dados coletados por meio de

gráficos e tabelas, bem como a interpretação e análise dos dados, de acordo com os

objetivos dessa investigação.

Finalmente, o quinto capítulo coloca as principais conclusões resultantes do

estudo e, considerando as limitações existentes, desenvolve algumas

recomendações e medidas para melhoria e continuidade do processo de gestão das

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locadoras formais estudadas, bem como a efetivação da rede de cooperação

proposta.

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1 METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia descreve como o trabalho será realizado já que “[...]

pesquisar também é planejar. É antever toda a série de passos que devem ser

dados para chegarmos a uma resposta segura sobre a questão que deu origem à

pesquisa” (PRODANOV, 2003, p.19).

1.1 TIPO DE PESQUISA

O estudo aqui exposto tem como base três tipos de pesquisa: a bibliográfica,

a exploratória qualitativa e quantitativa, e a descritiva. A pesquisa bibliográfica ou de

fontes secundárias, segundo Lakatos e Marconi (1991), “abrange toda à bibliografia

já tornada pública em relação ao tema de estudo” (p.183), no trabalho em questão

serão utilizadas entre as principais fontes secundárias, o relatório GEM sobre o

empreendedorismo no Brasil, relatórios do IBGE, pesquisas do Sebrae, dados sobre

a cidade provenientes da ACIS/SL e da Prefeitura de São Leopoldo, além de livros,

artigos, revistas sobre empreendedorismo de diversos autores. No entanto, para a

elaboração da metodologia de um plano de negócios será utilizado como base o

livro “Empreendedorismo Transformando Idéias em Negócios”, de Dornelas (2005).

As pesquisas exploratórias segundo Gil:

[...] têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado (GIL, 2002, p.41).

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A pesquisa exploratória qualitativa segundo Sâmara e Barros (1997) “é

adequada para se obter um conhecimento mais profundo de casos específicos,

porém não permite à generalização em termos de probabilidade de ocorrência”

(p.47). No trabalho em questão, pretende-se verificar a viabilidade de se abrir uma

rede de cooperação de vídeo-locadoras na cidade de São Leopoldo, e como fontes

primárias da pesquisa qualitativa foram aplicados dois questionários, um para os

proprietários de vídeo-locadoras formais1 da cidade, e outro questionário, para a

população amostral dos Bairros Cristo Rei, Campina e Centro da cidade de São

Leopoldo/RS.

Para Oliveira (2000, p. 61), “o método qualitativo sempre foi considerado um

método exploratório e auxiliar na pesquisa científica”. Para o referido autor com o

novo paradigma da ciência, com visão holística de mundo, este método é colocado

dentro de uma nova base de concepção teórica na mensuração, processamento e

análise de dados científicos.

A principal diferença entre o método qualitativo e quantitativo, segundo

Oliveira (2000) é que enquanto “o método quantitativo mensura o objeto, o método

qualitativo mensura suas categorias e atributos tais como: qualidade, relação, ação,

paixão, dor, amor, hábitos, atitudes, prazer e preferências, entre outras variáveis”

(p.61). Mas o autor complementa seu raciocínio observando que um método

complementa o outro e cita o seguinte exemplo:

Com o avanço da tecnologia da micro-informática, sofisticados programas de computador têm sido desenvolvidos para a realização de análises qualitativas com base em dados quantitativos. O inverso também ocorre, ou seja, abordagem quantitativa para o estudo de um problema ou eventos qualitativos (OLIVEIRA, 2000, p. 63).

O método ou as pesquisas descritivas na concepção de Gil:

[...] têm como objetivo primordial à descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática. (GIL, 2002, p.42).

1 Locadoras formais neste estudo são aquelas que estão regulares junto à Receita Federal, Governo do Estado e

Município com alvará do presente ano deste estudo.

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Segundo Prodanov (2003), dados primários são aqueles extraídos da própria

realidade, pelo trabalho do pesquisador, segundo ele, estes são úteis ao

pesquisador em todo o processo da pesquisa, e sem os mesmos não há pesquisa

propriamente dita, apenas especulação. Para Prodanov (2003), tanto os dados

primários, quanto os dados secundários, são fundamentais para o processo da

pesquisa e servem principalmente para: especificar o assunto em tema; definir o

problema da pesquisa; elaborar hipóteses; verificar a validade das hipóteses.

Na presente pesquisa os dados primários foram coletados junto á população

amostral dos Bairros Centro, Campina e Cristo Rei da cidade de São Leopoldo,

através de dois questionários, um para a população dos bairros acima citados e

outro para os empresários formais da cidade. E os principais dados secundários

foram extraídos de sites como o IBGE, o Sebrae, a ACIS/SL, entre outros relatórios.

Em suas colocações sobre os métodos e suas definições Oliveira (2000)

afirma que “[...] o método quantitativo na pesquisa científica está sempre associado

à experimentação e manipulação de um objeto estudado em uma população ou

universo” (OLIVEIRA, 2000, p.68).

No trabalho em questão este método auxiliará no estudo de plano de

negócio para verificar junto à população amostral de São Leopoldo e junto aos

proprietários de vídeo-locadoras, através de questionários a viabilidade de abertura

de uma rede de cooperação de vídeo-locadoras com diferenciais e serviços

inovadores.

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1.2 UNIVERSO E AMOSTRA

O universo da pesquisa é formado pelas trinta e quatro (34) vídeo-locadoras

existentes na cidade de São Leopoldo, para verificar a viabilidade junto aos

proprietários da viabilidade ou não de formação uma rede. (Anexo 1 – Listagem de

vídeo-locadoras). Esta pesquisa visa levar em consideração apenas as locadoras de

vídeos que são formais, ou seja, as que estão corretamente cadastradas junto aos

órgãos públicos federais, estaduais, e municipais. A listagem das vídeo-locadoras foi

solicitada e retirada junto á Prefeitura Municipal de São Leopoldo, e nela constam as

locadoras regulares e formais em 30/01/2008. Portanto as vídeo-locadoras informais,

que não têm alvará de funcionamento da Prefeitura, não têm inscrição no CNPJ, não

serão objeto de estudo desta pesquisa.

Durante a fase de aplicação dos pré-testes junto aos proprietários de vídeo-

locadoras, verificou-se que algumas locadoras que constam, na relação fornecida

pela Prefeitura, fecharam recentemente, e talvez não tivessem dado baixa junto à

autoridade municipal, após verificação pessoal do pesquisador. As locadoras que

fecharam são as seguintes: Sepp Locadora de Vídeo Ltda (Matriz e Filial), Vídeo

Jawa Ltda, Vídeo Locadora Garota, Eliton Paz de Medeiros ME, Luiz Carlos de

Freitas, Helena dos Santos, Eldorado Jogos Eletrônicos Ltda, Uebel e Uebel Ltda,

totalizando nove locadoras fechadas, a partir disso o universo das locadoras

pesquisadas diminui dos iniciais 34 empreendimentos para 25 empreendimentos

pesquisados.

Para o público amostral da cidade, foi aplicado outro questionário (Anexo 2),

visando responder as hipóteses do presente estudo, levando em consideração que a

população total da cidade ou o universo a ser pesquisado é de 209.611 mil

habitantes segundo o IBGE (estimativa de 2005), a amostra considerada mínima

pelo Centro de Pesquisa e Planejamento da Feevale – CPP – foi de 379 habitantes

para aplicação da pesquisa, esta amostra foi distribuída da seguinte forma nos

bairros: Campina (população: 11.323), Centro (população: 11.930), Cristo Rei

(população: 3.532 habitantes). Os dados da população desses bairros, que são

objeto de estudo deste trabalho, foram fornecidos pela Secretaria de Planejamento e

Urbanismo do Município e se referem ao ano de 2003.

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1.2.1 Amostragem não probabilística por conveniência e intencional

A amostragem não probabilística, por conveniência e intencional, para a

aplicação dos questionários, da amostra em questão, foi distribuída nos Bairros

Campina, onde foram entrevistados 160 habitantes, no Bairro Cristo Rei, onde foram

entrevistados 50 habitantes, e no Bairro Centro, onde foram entrevistados 173

habitantes, totalizando assim 383 habitantes, conforme cálculos efetuados pela

professora Dra. Daniela Muller de Quevedo, do CPP.

A presente pesquisa optou pela amostragem não probabilística por

conveniência e intencional por questões de tempo e custo. A Amostragem não

probabilística é aquela em que a seleção dos elementos da população para compor

a amostra depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador ou do

entrevistador no campo. (Mattar, F. 1996). Segundo a autor ela pode ser por

conveniência (acidental), intencional (julgamento) ou por quotas (proporcional).

1.3 TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS

A coleta de dados junto à população amostral de São Leopoldo foi da

seguinte maneira: os questionários foram entregues, em casas e apartamentos, para

que os moradores os preenchessem, e nos dias seguintes foram recolhidos para

posterior análise estatística. A coleta de dados junto às vídeo-locadoras foi feita

mediante pré-agendamento por telefone e e-mail.

A coleta de dados secundários foi realizada por meio de pesquisas em sites

específicos sobre a cidade de São Leopoldo, como o site da Prefeitura de São

Leopoldo, IBGE, ACIS/SL. A listagem das vídeo-locadoras foi solicitada e retirada

junto à Prefeitura Municipal de São Leopoldo e à ACIS/SL, pois foi de bastante

importância para a localização das locadoras.

Foram aplicados, portanto, dois tipos de questionários, um junto ao público

(amostra) da cidade, e outro junto aos proprietários de vídeo-locadoras formais da

cidade, durante os meses de Março e Abril de 2008.

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1.3.1 Questionários

Foi aplicado questionário (Anexo 3) junto aos proprietários de vídeo-

locadoras na cidade de São Leopoldo, com o propósito de investigar as seguintes

questões: o conhecimento sobre o programa redes de cooperação, sobre o desejo e

a intenção de participar de uma rede dentro do seu ramo de atividade, e qual a sua

avaliação em relação ao programa, entre outras perguntas. Além disso, esse

questionário também foi um instrumento para verificar quantos clientes a locadora

possui; qual a média de locações de cada cliente por mês; qual o preço dos

lançamentos para o cliente final; qual o preço de compra de DVDs junto aos

fornecedores; se o empreendedor quando abriu sua vídeo-locadora, abriu por

oportunidade ou por necessidade; se por oportunidade, qual a conveniência que o

mesmo verificou.

Foi elaborado ainda, como fonte de dados primários, para a amostra

populacional da cidade, um questionário com questões fechadas e abertas (Anexo

2) para verificar se os entrevistados aceitam ou reprovam receberem filmes nas suas

casas via Correios ou tele-entrega; levando em consideração que o tempo de

entrega dos correios é em torno de 7 dias e o de uma tele-entrega em no máximo

duas horas. Também se pretende verificar como os clientes assalariados

enxergariam a oportunidade de locar filmes em uma vídeo-locadora devidamente

associada a uma rede de cooperação e o valor das locações ser descontado

somente no final do mês no seu respectivo contra-cheque; se eles já possuem ficha

em uma ou mais vídeo-locadora; como os clientes avaliam o atendimento da

locadora que possuem ficha; se já compraram DVDs piratas; o motivo que os levou a

comprar; se recebem da locadora em que tem ficha alguma ligação de parabéns no

dia de seu aniversário ou outra forma de contato; se a locadora tem alguma espécie

de sistema de milhagens com posterior recompensa em brindes;etc.

Em ambos os questionários foram utilizados, a escala do tipo “Likert”, de

cinco pontos que apresenta cinco opções, do “mais” ao “menos”, ou do “muito

importante” ao “sem importância”, ou ainda do “discordo totalmente” ao “concordo

totalmente”, esta escala é atualmente muito utilizada em pesquisas de opinião,

segundo Mattar (1996).

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1.4 TRATAMENTO DOS DADOS

Para análise e interpretação dos resultados, os questionários coletados

foram reunidos e digitados em planilhas de excel, a partir dos dados obtidos da

realidade oriunda da pesquisa de campo.

Os dados foram analisados procurou-se estabelecer relações entre os dados

coletados e os referenciais teóricos da pesquisa apresentados, tendo em vista o

problema focado no início do trabalho, bem como seus objetivos propostos.

Portanto, após a coleta e análise de todos os dados e informações necessários, o

objetivo primordial da pesquisa descritiva que é “[...] a descrição das características

de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento entre

variáveis” (GIL, 2002, p.42), foi plenamente cumprido.

Ainda assim, para o referido autor são inúmeros os estudos que podem ser

classificados sob o título de pesquisa ou método descritivo, em suas colocações

afirma que a pesquisa descritiva tem como uma de suas características mais

significativas à utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o

questionário e a observação sistemática (GIL, 2002).

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo serão abordados os temas sobre empreendedorismo, os

dados mais recentes sobre os empreendimentos no Brasil, segundo a pesquisa do

GEM de 2006, a diferença entre idéia e oportunidade, conceitos de inovação, a

importância da inovação para os empreendedores brasileiros na era da

competitividade, além de uma abordagem sobre redes de cooperação e plano de

negócios seguindo a metodologia do autor referência neste assunto, José Dornelas.

2.1 EMPREENDEDORISMO

O conceito de empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, nos

últimos anos, intensificando-se no final da década de 1990. No caso brasileiro,

segundo Dornelas (2005), a preocupação com a criação de pequenas empresas

duradouras e a necessidade da diminuição das altas taxas de mortalidade desses

empreendimentos são, sem dúvida, motivos para a popularidade do termo

empreendedorismo, que tem recebido especial atenção por parte do governo e de

entidades de classe.

O tema empreendedorismo apesar de recente no país vem sendo estudado

por diversos autores, entre eles, Dolabela, e na sua linha de pensamento:

[...] o empreendedorismo é um neologismo derivado da livre tradução da palavra entrepreneurship e utilizado para designar os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação (DOLABELA, 1999, p. 43).

No seu livro “Oficina do Empreendedor” (1999), o empreendedorismo é

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utilizado por Dolabela:

Para designar principalmente as atividades de quem se dedica à geração de riquezas, seja na transformação de conhecimentos em produtos ou serviços, na geração do próprio conhecimento ou na inovação em áreas como marketing, produção, organização, etc. (DOLABELA, 1999, p. 43).

Tradicionalmente autores como Dornelas definem empreendedorismo como

o “envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação

de idéias em oportunidades, e a perfeita implementação destas oportunidades leva à

criação de negócios de sucesso” (DORNELAS, 2005, p. 39).

Outros autores como Hisrich e Peters afirmam que:

[...] empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as conseqüentes recompensas de satisfação e independência econômica e pessoal (HISRICH; PETERS, 2004, p. 29).

Já autores como Fialho (et al) afirmam que:

O empreendedorismo é um processo para iniciar e desenvolver um negócio ou um conjunto de atividades que resultem na criação de um novo empreendimento de sucesso. É a criação de valor através do desenvolvimento de uma organização por meio de competências que possibilitam a descoberta e o controle de recursos aplicando-os da forma produtiva [...] O empreendedorismo nada mais é do que a capacidade de criação, por meio do estabelecimento de objetivos e obtenção de resultados positivos. É a materialização de um sonho, de uma imagem mental. O objetivo a ser atingido origina-se na visão sistêmica que se destrincha na intenção dos atos do empreendedor (FIALHO, 2006, p. 26).

O empreendedorismo é também uma forma de realização pessoal, e

segundo Dolabela (2006, p. 25), “o empreendedor é um ser social, produto do meio

em que vive (época e lugar), já que se uma pessoa vive em um ambiente em que ser

empreendedor é visto como algo positivo terá motivação para ter o seu próprio

negócio”.

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Um outro aspecto interessante que não pode ser esquecido é:

O interesse dos governos, associações, escolas, universidades, organizações não governamentais, entre outros, pelo desenvolvimento local e pelo incentivo ao empreendedorismo, não é algo inovador e muito menos recente; vem de longa data a disposição de encontrar alternativas viáveis e coerentes com a realidade das comunidades para desenvolver um trabalho sério e atender aos anseios dos empreendedores, contribuindo assim para o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida das pessoas (ZENI, 2003, p. 105).

E esse é um fenômeno que vai transformando o Brasil num país

empreendedor, tanto pelas mudanças culturais, psicológicas, tecnológicas e

econômicas que o país vem sofrendo, mas o empreendedorismo no país irá ser

tratado no sub - capítulo seguinte.

2.1.1 Dados sobre o Empreendedorismo no Brasil 2006

A principal mudança no cenário empreendedor brasileiro apontado pela nova

pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que mede as taxas de

empreendedorismo mundial, foi o número de empresas estabelecidas de forma

consolidada no País. O percentual delas tem crescido regularmente, de 7,6%, em

2003, para 12,9% em 2006 (ou 14,2 milhões de empreendimentos).

Esse crescimento percentual de empresas estabilizadas traduz uma

melhoria nas condições de sobrevivência dos empreendimentos no País. No ranking

mundial, o Brasil está em 5º lugar no número de empreendedores estabelecidos,

mantendo a mesma colocação de 2005.

A pesquisa mostra que o Brasil é o décimo país com o maior número de

pessoas que abrem negócios no mundo. São cerca de 13,7 milhões de

empreendedores iniciais (que estão em fase de implantação do negócio ou que já o

mantêm por até 42 meses). Eles correspondem a 11,65% da população adulta de

118 milhões de brasileiros com 18 a 64 anos de idade.

O País passou de 7º colocado no ranking em 2005 para 10º em 2006, o que

pode ser explicado pela entrada de novos países no consórcio GEM apresentando

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taxas superiores às brasileiras, como por exemplo, Uruguai, Filipinas, Colômbia.

A pesquisa GEM trabalha com duas categorias para montar o ranking

mundial. Uma delas é a taxa de empreendedores em estágio inicial, medida a partir

da pesquisa com a população adulta (18 a 64 anos) que está ativamente envolvida

na criação de novos empreendimentos ou à frente de empreendimentos com até três

anos e meio. A outra categoria é a de empresas estabelecidas há mais de três anos

e meio (42 meses).

Na categoria de empreendedores iniciais, os países mais empreendedores

são Peru (40,15%), Colômbia (22,48%), Filipinas (20,44%), Jamaica (20,32%),

Indonésia (19,28%), China (16,19%), Tailândia (15,20%), Uruguai (12,56%) e

Austrália (11,96%). Já os cinco países menos empreendedores são Emirados

Árabes (3,74%), Itália (3,47), Suécia (3,45%), Japão (2,90%) e Bélgica (2,73%).

Os países que saem na frente na categoria de empresas estabelecidas são

Filipinas (19,72%), Indonésia (17,62%), Tailândia (17, 42%), Peru (12,37%) e Brasil

(12,09%), desbancando países como China (8,98%), Estados Unidos (5,42%) e

Japão (4,76%).

O relatório GEM mostra que entre 2005 e 2006, não houve variações

importantes nas taxas de empreendedores por oportunidade e por necessidade no

Brasil. O empreendedorismo por necessidade não variou significativamente e

passou de 5,3% para 5,6%. No ranking o Brasil ante os 42 países passou de 4º

colocado para 6º colocado. Já o empreendedorismo por oportunidade manteve-se

em 6° lugar em 2005 e 2006, fazendo o país ir da 15° para a 20° posição. A

princípio, é possível dizer que para cada indivíduo que empreende por oportunidade

existe outro que o faz por necessidade. (Relatório GEM 2006). A seguir serão

colocadas as principais diferenças entre idéia e oportunidade.

2.1.2 Idéia e Oportunidade

Além dos temas abordados anteriormente, outro motivo de reflexão, que não

pode ser esquecido, é a diferença fundamental entre idéia e oportunidade, a partir

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deste conceito consideramos que:

[...] empreendedores sem sucesso confundem idéia com oportunidade. O apego à idéia, por razões psicológicas, pode impedir que ela sofra um processo de validação e, não raro, faz com que se torne umas das causas de insucesso. O jovem empreendedor deve aprender a ver sua idéia com distanciamento emocional, de modo a poder fazer uma análise detalhada dela (DOLABELA, 1999, p. 34).

Existe a partir de então uma grande confusão entre idéia e oportunidade

entre os empreendedores iniciantes, pois segundo Dolabela:

Identificar e agarrar uma oportunidade é, por excelência, a grande virtude do empreendedor de sucesso. É necessário que o pré-empreendedor desenvolva a capacidade de distinguir entre idéia e oportunidade, praticando sempre. Atrás de uma oportunidade sempre existe uma idéia, mas apenas um estudo de viabilidade, que pode ser feito por meio do Plano de negócios, indicará seu potencial de transformar-se em bom negócio (DOLABELA, 2006, p. 62).

Segundo Dolabela algumas fontes de idéias são:

• Os negócios existentes: pode haver excelentes oportunidades em negócios em falência. É lógico que os bons negócios são adquiridos por pessoas próximas (empregados, diretores, clientes, fornecedores). • Franquias e patentes. • Licença de produtos: uma fonte de boas idéias é assinar revistas da área.Corporações, universidades e institutos de pesquisas não-lucrativos podem ser fontes de idéias. • Feiras e exposições. • Empregos anteriores: muitos negócios são iniciados por produtos ou serviços baseados em tecnologia e idéias desenvolvidas por empreendedores enquanto eles eram empregados de outros. • Contatos profissionais: advogados de patentes, contadores, bancos, associações de empreendedores. • Consultoria: dar consultoria pode ser uma fonte de idéias. • Pesquisa universitária. • A observação do que se passa em volta, nas ruas. • Idéias que deram certo em outros lugares. • Experiência adquirida enquanto consumidor. • Mudanças demográficas e sociais, mudanças nas circunstâncias de mercado. • Caos econômico, crises, atrasos (quando há estabilidade, as oportunidades são mais raras). • Uso de capacidades e habilidades pessoais. • Imitação. • Dar vida a uma visão. • Abordar um problema de forma a transforma-lo em oportunidade. • “Descobrir” o novo em algo que já existe: melhorar, acrescentar uma inovação a uma idéia pré-existente. • Combinar de forma nova. (DOLABELA, 2006, p. 62)

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Em vista disso, pode-se considerar como uma fonte de idéia os

restaurantes2 já que os mesmos englobam diversas oportunidades, que podem ser

segmentadas para os mais diversos tipos de públicos, como, por exemplo, os

restaurantes coloniais, orientais, árabes, etc, em vista disso sobre a oportunidade e

são muitas, Dolabela descreve:

• Ela deve se ajustar ao empreendedor. Algo que é uma oportunidade para uma pessoa pode não ser para outra, por vários motivos (know-how, perfil individual, motivação, relações, etc). • É um alvo móvel. Se alguém vê, ainda há tempo de aproveitá-la. • Um empreendedor habilidoso dá forma a uma oportunidade onde outros nada vêem, ou vêem muito cedo ou tarde demais. • Ideais não são necessariamente oportunidades (embora no âmago de uma oportunidade exista uma idéia). • A oportunidade é a fagulha que detona a explosão do empreendedorismo. • Há maior quantidade de idéias do que boas oportunidades de negócio. • Características da oportunidade: é atraente, durável, tem hora certa, ancora-se em um produto ou serviço que cria ou adiciona valor para seu comprador. • Apresenta um desafio: reconhecer uma oportunidade enterrada em dados contraditórios, sinais, inconsistências, lacunas de informação e outros vácuos, atrasos e avanços, barulho e caos do mercado (quanto mais imperfeito o mercado, mais abundantes são as oportunidades). • Reconhecer e agarrar oportunidades não são questão de usar técnicas, checklists e outros métodos para identificar e avaliar; não há receita de bolo (a literatura registra mais de 200 métodos) tudo depende da capacidade do empreendedor. (DOLABELA, 2006, p. 63)

Tradicionalmente, estudiosos como Dornelas, afirmam que:

[...] o empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam á transformação de idéias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva á criação de negócios de sucesso (DORNELAS, 2005, p. 39).

O empreendedor é de fato muito importante para o desenvolvimento e

crescimento de qualquer nação, ele é importante para a geração de empregos, para

o aumento da renda, e a transformação de uma comunidade, uma cidade, um bairro,

um país, mas antes de abrir seu negócio é preciso que ele não confunda idéia com

oportunidade e que ele não se apegue a emoções, que poderão levá-lo ao

insucesso empresarial, fechando a sua empresa e alimentando os tristes dados

estatísticos do Sebrae, os quais indicam que 60% das 500 mil pequenas e micro

2 Local onde pessoas se reúnem para almoçar, jantar, tomar café, ou até mesmo para confraternizar.

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empresas abertas todos os anos no Brasil fecham as portas antes de completarem

cinco anos. No sub-capítulo seguinte serão abordados conceitos de inovação.

2.2 A INOVAÇÃO

Este capítulo dedica-se a uma consideração sobre inovação, principalmente

os conceitos. Inicialmente para desenvolver este tema e de acordo com o

especialista norte-americano em marketing, Peter Drucker “[...] a empresa tem duas

– e somente duas - funções básicas: marketing e inovação. Marketing e inovação

produzem resultados, todo o restante é custo” (DRUCKER apud MCDONALD, 2001,

p. 108). Na concepção de Drucker (2003) “A inovação é o instrumento específico dos

empreendedores, o meio pelo qual eles exploram a mudança como uma

oportunidade para um negócio diferente ou um serviço diferente” (DRUCKER, 2003,

p. 25).

Considerando que:

Os empreendedores inovam. A inovação é o instrumento específico do espírito empreendedor. É o ato que contempla os recursos com a nova capacidade de criar riqueza. A inovação, de fato, cria um recurso (DRUCKER, 2003, p. 39).

Pode-se concluir que de fato a inovação acaba por gerar maiores riquezas

para a sociedade. Um exemplo é o fungo da penicilina3. Portanto, com este exemplo

pretende-se reforçar a importância da inovação que nada mais é que “[...] novas

soluções que ofereçam valor para o cliente“ (MCDONALD, 2001, p. 109).

Nos dias atuais muitos dirigentes empresariais confundem invenção e

inovação. Para Mcdonald (2001), “[...] invenção é trazer novos e tecnologias para o

mercado, ao passo que inovação é fornecer novas soluções que ofereçam valor

para o cliente” (MCDONALD, 2001, p. 109). Para o referido autor a inovação tem de

ser vista à longo prazo e ser direcionada para o cliente, pode-se considerar que “[...]

a inovação de sucesso é uma resposta as causas da mudança e requer uma 3 O fungo da penicilina era considerado uma praga pelos bacteriologistas que faziam tudo que era possível para

proteger suas culturas de bactérias da contaminação pelo fungo. Um dia, porém o médico londrino Alexander

Fleming percebeu que a dita praga do fungo era na verdade um recurso de valor, sendo utilizado há muitos anos

no tratamento das pessoas que têm diabetes. (apud BIRCH)

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estratégia de longo prazo direcionada para o cliente”. (MCDONALD, 2001, p.109)

Para o mesmo autor qualquer inovação seja de produtos/serviços novos ou no

aperfeiçoamento de serviços já existentes deve ser voltada para o cliente e criar

valor para o mesmo já que “[...] as inovações são novas soluções que ofereçam um

melhor valor para os clientes” (MCDONALD, 2001, p.119).

O economista austríaco Joseph Schumpeter (1984), em sua abordagem

mais ampla sobre a inovação, afirma que a mesma constitui-se no fenômeno

fundamental do desenvolvimento econômico, e pode manifestar-se por meio de uma

ou de algumas das seguintes situações:

a) introdução de um novo bem;

b) introdução de um novo método de produção;

c) abertura de um novo mercado;

d) conquista de uma nova fonte de oferta de matérias-primas ou bem

semimanufaturados;

e) estabelecimento de uma nova organização de qualquer indústria.

Para os seguidores desta abordagem como os autores Humphrey e Schmitz:

[...] a inovação pode ser chamada de upgrading, ou seja, consiste em fazer produtos de maneira mais eficiente, agregar valor aos produtos, fazendo bens e processos mais sofisticados... O upgrading pode ser de três tipos: de processo, em que ao reorganizar o sistema de produção ou ao usar uma nova técnica faz-se com que o processo seja mais eficiente; de produto, originado a partir da fabricação de produtos com maior valor agregado; funcional, originado de novas funções que a firma pode deter ao longo da cadeia, como design ou marketing (HUMPHREY; SCHMITZ apud NETO, 2005, p. 192).

É claro que a revolução tecnológica a partir da década de 90 no mundo

globalizado, trouxe muitas inovações para dentro das organizações tanto em termos

de novos processos como na construção de novos produtos/serviços, ou para fora

das organizações, onde as organizações a partir do mundo globalizado começaram

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a explorar novos mercados ou ter acesso a novas fontes de matérias-primas, em

vista disso “[...] a inovação tecnológica constitui uma ferramenta essencial para

aumentar a produtividade e a competitividade das organizações, assim como para

impulsionar o desenvolvimento econômico de regiões e países” (TIGRE, 2006, p.

07).

Neste capítulo aborda-se a inovação tecnológica, e conceitos sobre

inovação. O ato de inovar porém, pode ser bem simples e descomplicado, como

uma forma de enxergar uma nova oportunidade, uma nova maneira de fazer as

coisas, segundo um processo ou tecnologia já consolidado, como descreveu

Schumpeter (1984). Como exemplos, de um processo já consolidado, o antigo sabão

artesanal que nossas avós e mães faziam, de cheiro desagradável, sendo

atualmente apresentado com aromas e embalagens bem elaborados, e a produção

de velas artesanais utilizando um processo de produção já conhecido, mas

inovando, por exemplo, no design, nas cores, no odor e daí gerando um novo

produto.

2.2.1 A Importância da Inovação para os Empreendimentos Brasileiros

Segundo o relatório GEM do Brasil de 2006, embora o Brasil figure entre os

países mais empreendedores, os negócios, sejam eles iniciais (nascentes e novos)

ou estabelecidos, caracterizam-se, porém como pouco inovadores. Algumas razões

podem explicar este quadro. Uma das razões é a elevada taxa de participação do

empreendedorismo por necessidade, de aproximadamente 50% dos

empreendimentos iniciais realizados no Brasil de 2001-2006. Esse tipo de

empreendimento, com raras exceções caracteriza-se por baixo nível de investimento

e baixo conteúdo tecnológico (Relatório GEM 2006)

O fato é que os empreendimentos no Brasil caracterizam-se como de baixo

potencial de inovação e a maioria das atividades está relacionada ao comércio

varejista, sendo empreendedores mais freqüentemente identificados: vendedores

ambulantes de alimentos e bebidas, comerciantes de bebidas, vendedores de

artigos de vestiário e vendedoras autônomas de cosméticos e produtos de beleza

(Relatório GEM 2006).

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Inovar tecnologicamente, inovar até mesmo em algum processo de um tipo

de empresa já conhecida pelo mercado ou morrer, eis o dilema pelo qual passa toda

empresa, não só no Brasil, mas no mundo todo, pois:

Tem sido alto o número de empresas que não chegam a completar dois anos de vida no mercado. E são igualmente altos os índices referentes a empresas de pequeno porte gradativamente engolido pela globalização, por não terem se adequado à modernidade empresarial de competência e competitividade. Nas duas últimas décadas, mesmo grandes empresas tidas como sólidas, deixaram de existir no cenário brasileiro (HELENO, 2007, p.32).

Em 2005, o investimento médio das empresas brasileiras em P & D foi de

2,8% do faturamento, enquanto em países como a Alemanha este índice chega a

5%, considerado uma referência mundial. Com relação à introdução de produtos

tecnologicamente novos no mercado nacional o percentual de empresas inovadoras

é maior nas grandes organizações, acima de 250 empregados, onde atinge 33,4%

(apud4 HELENO, 2007, p. 33).

Entretanto, este índice diminui consideravelmente nas empresas menores.

Entre as empresas com 100 a 249 empregados, o percentual das inovadoras é de

6,5%, que cai para 3,7% entre empresas com 50 a 99 pessoas. Finalmente entre as

micro e pequenas empresas, de 10 a 49 empregados, o percentual das inovadoras é

de apenas 2,1% (apud HELENO, 2007, p. 33).

Quando se fala em inovação, pode-se pensar em tecnologias sofisticadas

e/ou processos complexos de trabalho, ou em grandes organizações como a 3M, a

Artecola, que desenvolveram e cultivam uma cultura inovadora, mas na verdade a

inovação pode ser bem simples e descomplicada, como uma forma de enxergar uma

nova oportunidade, uma nova maneira de fazer as coisas, segundo um processo ou

tecnologia já consolidado. Em decorrência deste enfoque:

[...] as inovações tecnológicas podem ser divididas em dois grandes grupos: de produto e de processo. O primeiro grupo pode assumir duas formas abrangentes, com produtos tecnologicamente novos ou produtos tecnologicamente aprimorados. Um produto tecnologicamente novo é

4 Usa-se obrigatoriamente a palavra latina apud, quando se faz uma citação de segunda mão, isto é, a citação de

uma citação. Em outras palavras, ela se refere à transcrição ou paráfrase de uma frase ou um trecho de que só

tomamos conhecimento no livro de outro autor.

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aquele cujas características técnicas ou usos pretendidos diferem daqueles produzidos anteriormente. Tais inovações podem envolver tecnologias radicalmente novas, ou podem basear-se na combinação de tecnologias existentes em novos usos (exemplo: rastreamento por satélite nas grandes cidades, importante item de segurança para automóveis, ônibus e caminhões). Quanto á inovação tecnológica de processo, trata-se da adoção de técnicas de produção novas ou significativamente melhoradas, incluindo métodos de entrega dos produtos. Tais métodos podem envolver mudanças no equipamento ou na organização da produção, ou uma combinação dessas mudanças, e pode derivar ainda do uso de novo conhecimento. Neste grupo estão serviços como tele-entrega, que têm se constituído em incremento de vendas com o diferencial do atendimento (HELENO, 2007, p. 35).

Nos dias atuais, “[...] além da busca da qualidade e do controle de custos, a

inovação é um fator de competitividade, que não é exclusiva para as empresas dos

setores de alto conteúdo tecnológico, mas sim para quem sabe criar” (HELENO,

2007, p. 36). Ou seja, a inovação deve estar presente em todas as organizações,

visto que a sobrevivência delas num mundo globalizado e altamente competitivo vai

depender de um maior investimento financeiro das empresas em pesquisa e

desenvolvimento, ou em novos processos; ou na busca de novos mercados; ou até

mesmo pela cooperação com empresas do mesmo ramo, assunto este abordado a

seguir.

Para Reis um exemplo da tentativa da busca da inovação é a constituição de

redes colaborativas:

A organização de pequenos varejistas em centrais de compras é um exemplo de inovação no processo de compra, antes realizada individualmente, mas não constitui uma rede de inovação. Para tanto precisam ir além do que somente buscar redução de preços. No momento em que atuarem junto aos fornecedores, sugerindo mudanças e melhorias, aí sim farão, efetivamente, parte de uma rede de inovação (apud HELENO, 2007, p. 36).

O Programa Redes de Cooperação é um exemplo dessa tentativa da busca

de inovação, desenvolvido desde 2000, pelo Governo do Estado do Rio Grande do

Sul, através da SEDAI, em parceria com a Feevale, que foi um agente de

operacionalização deste programa.

A Feevale teve um papel muito importante, pois foi o Centro Universitário

pioneiro na realização do programa e através deste na região do Vale do Rio do

Sinos encontram-se várias centrais de compra de pequenos varejistas, como

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exemplos: Mercados RedeFort, Mercados Unisuper, Mercados Redemax, Redlar (de

móveis projetados), Rede Agavidro, Rede Arte Cosmética, Auto Rede (de serviços

automotivos), entre outras redes.

Nesse sentido, esse assunto será abordado de maneira teórica no próximo

capítulo.

2.3 REDES DE COOPERAÇÃO

O programa Redes de Cooperação surgiu da necessidade de fortalecimento

de micro, pequenas e médias empresas, com o propósito de fazer frente às

mudanças no padrão de competição empresarial, para lidar com ás novas

tecnologias, a gestão profissional, a governança corporativa e as inúmeras variáveis

que a globalização vem colocando perante às Nações e principalmente ás empresas

(apud VERSCHOORE, 2004, p. 9-19).

No Rio Grande do Sul, conforme referido pela Secretaria de

Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais, em seu site, o programa Redes de

Cooperação foi concebido no ano de 2000 por iniciativa do Governo do Estado com

a finalidade de desenvolver a cultura associativa entre pequenas empresas da

indústria, comércio e serviços, garantindo melhores condições de concorrência

frente ás atuais exigências competitivas dos mercados.

No mesmo ano, o Centro Universitário Feevale, conforme consta em seu site

firmou convênio com o Governo do Estado para participar do programa redes de

cooperação, sendo a primeira instituição de ensino a fazê-lo e posteriormente

começou a operacionalizar o referido programa.

Conforme a Secretária do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais –

SEDAI5, o Programa Redes de Cooperação do Governo do Estado, são redes que

decorrem da união de empresas que tenham objetivos comuns na mesma área de

atuação. É formada uma nova entidade jurídica estabelecida sob uma nova e única

5 www.sedai.rs.gov.br

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marca, englobando todas as associadas, porém cada empresa mantém sua

independência e individualidade.

No Programa Redes de Cooperação da Feevale, as redes são constituídas

por grupos de empresas de um mesmo segmento que cooperam no

desenvolvimento conjunto de um projeto, complementando-se mutuamente e se

especializando na superação de problemas comuns, adquirindo eficiência coletiva e

aumentando a oportunidade de penetração em novos mercados.

Ainda, segundo consta no site do Programa Redes de Cooperação da

Feevale6, participar de uma rede significa:

- Preservar a individualidade;

- Valorizar seu negócio;

- Adquirir suporte gerencial e técnico contínuo;

- Participar de programas de capacitação;

- Fazer negociações em condições vantajosas;

- Construir marcas fortes;

- Realizar publicidade e propaganda do seu negócio;

- Oferecer produtos e serviços com melhor qualidade e com preços mais

vantajosos aos clientes.

Conforme descreve Verschoore (2004) a idéia de rede está irreversivelmente

consolidada na sociedade, e muito utilizada como explicação para fenômenos que

envolvam mais de dois agentes interligados e, devido a sua grande abrangência, em

diferentes áreas.

Para Teixeira (2005), as redes de empresas representam uma aliança

interorganizacional, que possui um projeto coletivo visando o aumento de

competitividade das empresas e que proporciona uma dinâmica específica das

relações existentes entre elas.

6 www.feevale.br

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Amato Neto (2000) apresenta de maneira mais abrangente a definição de

redes, salientando que consistem:

[...] em um tipo de agrupamento de empresas cujo objetivo principal é o de fortalecer as atividades de cada um dos participantes da rede, sem que, necessariamente, tenham laços financeiros entre si. Atuando em redes, as empresas podem complementar-se umas às outras, tanto nos aspectos técnicos (meios produtivos), como mercadológicos (redes de distribuição). Por outro lado ainda, a constituição de uma rede de empresas pode ter por objetivo, por exemplo, a criação de uma central de compras comum às empresas da rede. Trata-se, pois, de um modo de associação por afinidade de natureza informal e que deixa cada uma das empresas responsável por seu próprio desenvolvimento (NETO, 2000, p. 47).

Tradicionalmente, alguns estudiosos como Verschoore definem que “[...] as

redes constituem grupos de organizações fechadas, amplamente conectadas entre

si, gerando vantagens comparativas inacessíveis às empresas externas“

(VERSCHOORE, 2004, p. 23).

Para tanto as redes de cooperação precisam ir além do que somente buscar

redução de preços, o que acaba por acontecer na maioria das redes cooperação

constituídas no Vale do Sinos. No momento em que estas redes atuarem junto aos

fornecedores, sugerindo mudanças e melhorias, aí sim elas farão, efetivamente,

parte de uma rede de inovação e cooperação além de reduzirem os custos de

aquisição de seus produtos/serviços.

2.4 O PLANO DE NEGÓCIOS

Esta pesquisa limita-se ao estudo do empreendedorismo, com vistas à

formação de uma nova organização, por meio da ferramenta PN.

Segundo Dolabela (2006), a utilização do PN, é ainda incipiente no Brasil.

Para o autor, poucos empreendedores e empresas trabalham com essa

metodologia. O autor confirma que, na Europa, e principalmente no Canadá e nos

Estados Unidos, é uma ferramenta usual, utilizada por empreendedores novos e

antigos (DOLABELA, 2006).

Ainda segundo Dolabela, “[...] o plano de negócios pode ser visto como um

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mapa que indica os caminhos a serem percorridos pelo empreendedor”

(DOLABELA, 1999, p.149).

Para Sahlman (2002, p. 36) “[...] poucas áreas de negócios chamam tanto a

atenção quanto novos empreendimentos, e poucos aspectos da criação de novos

empreendimentos atraem tanto a atenção quanto o plano de negócios”.

Entre outros autores, Dornelas afirma, que:

O plano de negócios é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e, ainda, permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios (DORNELAS, 2005, p. 98).

Autores como Hisrich e Peters, definem que:

O plano de negócio é um documento preparado pelo empreendedor em que são descritos todos os elementos externos e internos relevantes envolvidos no início de um novo empreendimento. È com freqüência uma integração de planos funcionais como os de marketing, finanças, produção e recursos humanos (HISRICH; PETERS, 2004, p. 210).

O plano de negócios é uma excelente ferramenta de planejamento, tanto

para aquele que pretende abrir um negócio, como para aquele detentor de uma

organização, e quer planejar e situar a sua empresa tanto no curto prazo como no

longo prazo. O PN auxilia o empreendedor qual já possui uma organização, como

também aquele que pretende abrir uma, já que o mercado está em constante

mutação, visto que a concorrência muda, as pessoas mudam, adquirindo e

absorvendo novos costumes e novas culturas impostos pela globalização.

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Em detalhes o plano de negócios para Dolabela:

• É uma forma de pensar sobre o futuro do negócio: para onde ir, como ir mais rapidamente, o que fazer durante o caminho de forma a diminuir incertezas e riscos. • Descreve-se um negócio: os motivos da existência da oportunidade de negócio, como o empreendedor pretende agarrá-la e como irá buscar e gerenciar os recursos para aproveitá-la. • É mais um processo do que um produto. È dinâmico, vivo e deve ser sempre atualizado. • Não deve ser confundido com a empresa: o Plano de Negócios não é o negócio, mas sua descrição. O PN pode indicar que o empreendimento tem grande potencial de sucesso, mas também dar evidências de que ele é irreal, que existem obstáculos jurídicos ou legais intransponíveis, que os riscos são incontroláveis ou que a rentabilidade é aleatória ou insuficiente para garantir a sobrevivência da empresa ou do novo negócio. Pode sugerir também que a ação de empreender deva ser adiada. • É um instrumento de negociação interna e externa para administrar a interdependência com sócios, empregados, financiadores, incubadoras, clientes, fornecedores, bancos, etc...

• É um instrumento para obtenção de financiamentos, empréstimos, peça de persuasão de novos sócios, de controle interno, de integração da equipe e envolvimento dos empregados e colaboradores.(DOLABELA, 2006, p. 77-78).

Uma pesquisa realizada com ex-alunos de administração da Harvard

Business School, nos Estados Unidos, e de acordo com Dornelas, “concluiu que o

plano de negócios aumenta em 60% a probabilidade de sucesso dos negócios”.

(Dornelas, 2005, p.99). Para Bangs (apud Dornelas, 2005, p.99), muitas pessoas

deixam de escrever um plano de negócios por uma série de desculpas, como

exemplos: ”eu não necessito de um”; “eu tenho um em minha cabeça”; “eu não sei

como começar”; “eu não tenho tempo”;”eu não sou bom com os números”ou ainda

“eu tenho muito dinheiro e não preciso disso, pois já tenho sucesso”.

Para Bangs (apud DORNELAS, 2005, p. 99), pode ser até “óbvio que

sempre haverá pessoas de sorte, com sucesso nos negócios, sem o plano, e

também aquelas que ganham na loteria”. Mas serão casos isolados, pois para o

autor, com o plano é possível: entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio;

gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas; monitorar o

dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessário; conseguir

financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, investidores, capitalistas

de risco, etc, identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo

para a empresa; estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e

convencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores,

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associações, etc).

Segundo Dornelas, não existe um modelo padrão de plano de negócios, que

seja universal e aplicado a qualquer negócio, pois para o autor uma empresa de

serviços, é diferente de uma empresa que fabrica produtos ou bens de serviços. A

priori, segundo Dornelas “[...] qualquer plano de negócios deve possuir um mínimo

de seções as quais proporcionarão um entendimento completo do negócio”

(DORNELAS, 2005, p. 100-101). Seguindo a fundamentação teórica do autor tem-se

a seguinte estrutura de plano de negócios, que o autor recomenda para pequenas

empresas prestadoras de serviços:

A) Capa: Apesar de não parecer, é uma das partes mais importantes do

plano de negócios, pois é a primeira parte que é visualizada por quem irá ler o PN, e

deve ser feita de maneira limpa e com as informações necessárias e pertinentes.

B) Sumário: O sumário segundo o autor deve conter o título de cada seção

do PN e a respectiva página onde se encontra, assim como os principais assuntos

relacionados em cada sessão, para que o leitor do PN encontre rapidamente o que

lhe interessa.

C) Sumário Executivo: Segundo Dornelas (2005, p. 101), “o sumário

executivo é a principal seção do plano de negócios. O Sumário Executivo fará o

leitor decidir se continuará ou não a ler o plano de negócios”. Ele deve ser a última

sessão a ser escrita, pois depende de todas as outras seções do plano para ser

elaborado.

D) Descrição do Negócio: O que se tem claro segundo Dornelas é que:

O aspecto mais importante da descrição do negócio é mostrar que a empresa possui pessoas qualificadas e comprovadamente experientes nos níveis de comando. A equipe de gestão é o principal foco dos investidores quando analisam um plano de negócios. Só depois eles avaliam a oportunidade de mercado, a idéia inovadora e as perspectivas de altos lucros (DORNELAS, 2005, p. 129).

Para o referido autor a descrição das pessoas que decidirão os rumos da

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empresa assume papel essencial, outros aspectos, como estrutura legal,

localização, manutenção de registros, segurança e seguro, também devem ser

citados, se for o caso, mas os mais importantes são as pessoas que darão rumo á

futura empresa.

(a) Descrição dos Produtos/Serviços: De acordo com Dornelas (2005), essa

seção do PN descreve como os produtos/serviços da empresa serão produzidos,

quais os recursos utilizados, os fatores tecnológicos envolvidos, o processo de

pesquisa e desenvolvimento, se a futura empresa detém marca e/ou patente de

algum produto ou serviço.

(b) Mercado: Dornelas relata que na análise de mercado deve-se mostrar

que os executivos da empresa conhecem muito bem o mercado consumidor do seu

produto/serviço (por meio de pesquisas de mercado). Neste item devem ser

abordadas as análises da concorrência, sua participação de mercado, se existe

segmentação, como está segmentado, o crescimento desse mercado, as

características do consumidor e sua localização, se existe sazonalidade e como agir

nesse caso.

No presente trabalho, será abordada principalmente a análise de mercado

dentro do plano de negócios, onde o estudo abordará principalmente as

características do consumidor e a análise das vídeo-locadoras para verificar a

viabilidade de mercado para a implantação da rede.

(c) Localização: Para o autor apesar da localização ser considerada uma

questão referente à estratégia de marketing de um negócio, cabe uma breve

descrição a respeito desse assunto no PN. Para Dornelas (2005) se a empresa for

varejista/comercial, a localização deve ser numa região onde há grande tráfego de

pedestres, além de outros itens importantes: as instalações telefônicas, elétricas,

hidráulicas e de internet serem de qualidade e de fácil disponibilidade; se for

importante ter estacionamento para clientes; se o valor do aluguel é competitivo

(nem sempre o menor valor de aluguel significa um melhor custo/benefício); se a

área é adequada para as necessidades de ocupação da empresa; se o tipo de

negócio pode ser instalado naquela região da cidade (verificar na Prefeitura); se o

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local é de fácil acesso para fornecedores, clientes e funcionários; se o imóvel é novo

e de boa aparência; e se o imóvel é seguro e bem protegido.

Para o autor se o imóvel for da empresa, seu valor será transferido para o

balanço patrimonial da empresa. Caso o imóvel seja alugado, o valor será

transportado para a parte financeira do PN, nas projeções de custo mensal para o

fluxo de caixa.

(d) Competidores (concorrência): Sob o ponto de vista do autor a análise da

concorrência é de suma importância em qualquer PN. Afirma ainda que:

A concorrência (competidores) de uma empresa não se limita aos concorrentes diretos, aqueles que produzem produtos similares ao da empresa. Devem ser considerados também os competidores indiretos, aqueles que de alguma forma desviam a atenção de seus clientes, convencendo-os a adquirir os seus produtos (DORNELAS, 2005, p. 142).

O autor cita como exemplo as locadoras de vídeo e DVD. A primeira coisa

que vem à mente de qualquer um em relação aos seus concorrentes seria: outra

locadora, localizada no mesmo bairro ou região. Sem dúvida esta locadora é uma

concorrente direta do futuro negócio. Mas para Dornelas é importante a análise dos

concorrentes indiretos, no exemplo, o que faz com que os clientes deixem de alugar

um vídeo ou DVD no final de semana para realizarem outro programa. No tocante a

esta questão ele afirma que:

A questão neste caso é muito mais complexa e o empreendedor deve saber analisá-la.Na verdade, a locadora concorre em um mercado em grande ascensão, o de entretenimento. Cinemas, parques temáticos, clubes, etc. são concorrentes indiretos da locadora.(DORNELAS, 2005, p. 142).

Dornelas conclui afirmando que:

A análise do ambiente de negócios (oportunidades e ameaças) mostra como o mercado se apresenta para a empresa. No entanto, é preciso que a empresa conheça seus pontos fortes e fracos, para que consiga definir as oportunidades de negócio mais atrativas e a quais riscos (ameaças) está mais suscetível, para então definir objetivos e metas, bem como sua estratégia de negócio. (DORNELAS, 2005, p. 143).

Ele recomenda como técnica a elaboração de uma Matriz SWOT, que serve

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para a elaboração de uma análise do ambiente externo (oportunidades e ameaças)

e a análise do ambiente interno (forças e fraquezas). Com a matriz SWOT definida,

autor ressalta que a empresa pode identificar seus fatores críticos de sucesso, e

estes devem ser o foco de atenção de sua gestão. “Assim sendo os objetivos e

metas podem ser definidas com mais precisão e coerência” (DORNELAS, 2005, p.

160).

(e) Equipe Gerencial: Segundo Dornelas (2005), muitos investidores depois

de lerem o sumário executivo do plano, vão direto para os currículos das pessoas

que irão administrar a empresa. Para o autor, muitos investidores ao analisarem o

PN fazem “perguntas como: Por que eu deveria investir o meu dinheiro nessa

empresa? Na verdade podem ser traduzidas como Por que eu deveria investir o meu

dinheiro nessas pessoas?” (DORNELAS, 2005, p. 129).

Essas considerações, sobre a equipe que irá formar uma futura empresa,

através de um plano de negócio, são de grande valia para o Angel, ou investidor

pessoa física, segundo o autor pessoa muito comum nos Estados Unidos, sendo o

mesmo considerado um capitalista de risco que possui dinheiro e busca alternativas

para obter melhor rentabilidade para o seu dinheiro. É um tipo de investidor ainda

desconhecido no Brasil, “ele é quem coloca o seed money (dinheiro semente inicial)

necessário para a criação de muitos negócios. Mas para isso ele analisa muito bem

o plano de negócio da empresa e o seu potencial” (DORNELAS, 2005, p.177).

As pessoas ou a equipe gerencial são de extrema importância já que:

Os investidores normalmente investem em pessoas, que são o principal ativo das empresas nascentes. E quanto mais capacitadas em técnicas de gestão e experientes essas pessoas são, melhores as chances de a empresa conseguir o capital solicitado (DORNELAS, 2005, p. 131).

(f) Estrutura Funcional: Conforme o Sebrae uma empresa pode ser montada

sob diferentes formas jurídicas, conforme as leis do país, sendo as mais comuns no

Brasil classificadas como: empresa individual (no qual o empreendedor é quem

gerencia e é o único proprietário); sociedade por cotas de responsabilidade limitada

(empresa limitada possui mais de um sócio); e as sociedades anônimas (S/A),

utilizadas geralmente para empreendimentos econômicos de grande porte, as S/A

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podem ser de capital aberto (que tem suas ações negociadas em bolsas de valores)

e as de capital fechado (que não negociam suas ações em bolsas de valores,

empresas familiares).

Mostrando a natureza da empresa (se é micro, pequena ou média), é

possível verificar quais impostos incidirão sobre ela, se a empresa terá algum

benefício fiscal, em que regime tributário se encaixará e demais informações

pertinentes (DORNELAS, 2005).

Segundo Dornelas (2005), é importante explicar no PN, qual vai ser o

envolvimento dos sócios (se todos retirarão pró-labore, se há sócios com dedicação

parcial, etc.), além disso, é importante explicar como será feita a distribuição dos

lucros e de quem será a responsabilidade financeira por qualquer perda.

O PN segundo Dornelas (2005), deve conter nos dados financeiros: a fonte

dos recursos necessários; os investimentos necessários; o balanço patrimonial; a

análise do ponto de equilíbrio; o demonstrativo de resultado; a projeção do fluxo de

caixa; a análise de rentabilidade, além do respectivo cálculo dos indicadores de

liquidez, de atividade, de endividamento e de lucratividade. Ainda assim, entre os

cálculos considerados de suma importância pelo autor estão o prazo de payback, o

valor presente líquido, e a taxa interna de retorno.

Nesse capítulo foram analisados os aspectos que envolvem a elaboração de

um plano de negócios, desde a elaboração da capa, do sumário, do sumário

executivo até os principais indicadores financeiros para a efetiva abertura de um

negócio; e essas são as razões que explicam por que o PN é uma ferramenta

indispensável no planejamento de novas empresas, mas interessam ao objeto desta

investigação, o item “D” que é a Descrição do Negócio, em especial o subitem “b” o

mercado e a sua descrição para posterior formação de uma rede de cooperação.

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3 RESULTADOS DA PESQUISA

Conforme descrevem Hair Jr. (et al, 2005), os dados somente tornam-se

conhecimento depois de a análise ter identificado um conjunto de descrições,

relações e diferenças úteis na tomada de decisão. Diante disso, segue a análise e a

interpretação dos dados coletados para a presente monografia.

3.1 ESTRUTURA DA CIDADE DE SÃO LEOPOLDO

Antes da pesquisa referente à amostra da população, abaixo seguem alguns

dados socioeconômicos7 da cidade de São Leopoldo.

População Total: 209.611 habitantes (IBGE – estimativa de 1/7/2005)

Taxa de crescimento: 1,72%

Densidade Populacional: 2.048,78 hab/km²

Taxa de analfabetismo (2000): 4,78 %

Expectativa de vida ao nascer (2000): 69 anos

Coeficiente de mortalidade infantil (2004): 10,16 por mil nascidos vivos

PIB (2002): R$ 1.492.420.862

PIB per capita (2002): R$ 7.429

Exportações totais (2004): U$ FOB 154.822.611

ICMS (2004): R$ 88.218.296

7 Fonte: Tribunal Regional Eleitoral, Fundação de Economia e Estatística do RS, Prefeitura de São

Leopoldo/RS.

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Eleitores: 138.563

Comparecimento nas últimas eleições: 123.126 votantes (88,86%)·

A cidade possui 24 bairros (Arroio da Manteiga, Boa Vista, Campestre,

Campina, Centro, Cristo Rei, Duque de Caxias, Fazenda São Borja, Feitoria, Fião,

Jardim América, Morro do Espelho, Padre Réus, Pinheiro, Rio Branco, Rio dos

Sinos, Santa Teresa, Santo André, Santos Dumont, São João Batista, São José,

São Miguel, Scharlau, Vicentina); 100 praças; além de 2.868 quadras.

A infra-estrutura empresarial da cidade está dividida, conforme consta no

site da Prefeitura da seguinte maneira:

Bancos: 23

Indústrias: 406

Comércio: 2.008

Prestadores de serviços: 3.999

Autônomos: 5.780

Entidades sem fins lucrativos: 114

Comércio ambulante automotivo: 7

3.2 APRESENTAÇÃO DAS VÍDEO-LOCADORAS DA CIDADE

As empresas que integraram o universo da pesquisa são aquelas

registradas na Prefeitura Municipal de São Leopoldo, ou seja, as locadoras formais e

com devido alvará de funcionamento da autoridade municipal. As empresas que

fizeram parte da amostra estudada são as que seguem relacionadas.

- ST Fernandes Vídeo Locadora "Welt Vídeo"

- Vídeo Klip Com. E Loca. De Fitas e Vídeo Ltda

- Redeker, Redeker e Redeker Ltda "Vídeo Klip"

- Vídeo Klip Com. E Loca. De Fitas e Vídeo Ltda

- Jeane Inês Kremer "Vídeo Klip"

- Valquiria Rezende de Oliveira

- Cleber Airton F. Teixeira "Styllus Vídeo"

- Luis Carlos Amaral Martins e cia Ltda "Gaspar Games"

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- Valdonei de Moura ME "Charrua Vídeo Locadora"

- Neusa Maria de Oliveira Velho

- Fernando Guterres Martins "Locação Vídeo Store”

- Locação Vídeo Art Ltda

- Marcos F. Fagundes "Taty Vídeo"

- Jalusa Araujo Soares "Pop Vídeo"

- Patrícia Maria de Souza ME "Chaplin Vídeo"

- Jarlen Vídeo Ltda "Zepellin"

- Margarete Aparecida de Carvalho "Top Vídeo Locadora"

- Vídeo Pan ME " Vídeo Pan"

- Buhler Vídeos Ltda "Estação do Vídeo”

- R.E. Vídeo Locadora Ltda "Mídia Vídeo Locadora"

- Lancheria e Locadora de Vídeo Ltda

- Janice L. O Leite "Jamal Vídeo"

- Locadora Dika de Vídeo Ltda ME "Dika de Vídeo"

- D.E. Wingert

- Natalina Borges Prates

3.2.1 Apresentação e Análise dos Dados das Vídeo-Locadoras

O questionário aplicado aos donos e/ou sócios das empresas formais,

conforme se verifica no anexo 03, foi estruturado da seguinte forma: a primeira

pergunta é quando a organização iniciou, o empreendedor abriu a empresa por

oportunidade ou por necessidade.

Motivação

32

60

8

Necessidade Oportunidade Outros

Gráfico 01: Motivação Fonte: Coleta de dados

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50

Ao analisar os dados coletados do Gráfico 01, do total das vinte e cinco

locadoras que responderam à pesquisa, verifica-se que 60% abriram seu

empreendimento por oportunidade de mercado, enquanto que 32% por necessidade,

8% representando outros motivos (4% por hobby e os outros 4% consideram a

vontade de ter um negócio próprio).

O relatório GEM de 2006 mostra que entre 2005 e 2006, não houve

variações importantes nas taxas de empreendedores por oportunidade e por

necessidade. O empreendedorismo por necessidade não variou significativamente e

passou de 5,3% para 5,6%. No ranking do empreendedorismo por necessidade o

Brasil ante os 42 países passou de 4º colocado para 6º colocado.

Já o empreendedorismo por oportunidade manteve-se em 6° lugar em 2005

e 2006, fazendo o país ir da 15° para a 20° posição. A princípio, é possível dizer que

para cada indivíduo que empreende por oportunidade existe outro que o faz por

necessidade. (Relatório GEM 2006, p. 48). No caso da presente pesquisa pode-se

observar que 60% empreendeu por oportunidade diferentemente do que diz a

pesquisa GEM, mas há de considerar que o universo desta pesquisa é muito menor,

e a amostra das locadoras foi somente do município de São Leopoldo/RS e com as

locadoras formais.

Na questão dois, respondida somente por aqueles empreendedores que

abriram seu empreendimento por oportunidade, buscou-se verificar qual a

oportunidade que este empresário vislumbrou na época, conforme mostra o Gráfico

02:

Motivo da oportunidade

33%

54%

13%

Renda extra Mercado em expansão Outros

Gráfico 02: Motivo da oportunidade Fonte: Coleta de dados

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A principal oportunidade que verificaram foi que o mercado na época em que

abriram estava em expansão, e existia pouca concorrência segundo os

entrevistados, totalizando 54%; já 33% tem a locadora como uma forma de renda

extra (esses entrevistados afirmaram que possuem outro trabalho, seja como

funcionário de uma empresa, ou até mesmo como sócios de negócios de ramos

totalmente distintos), sendo a locadora uma forma de “renda extra”, os outros

13,33% citaram outros motivos para a oportunidade encontrada na época das

instalações.

Em relação ao número médio de clientes, as locadoras responderam: numa

escala de até 250 clientes á acima de 3.000 clientes, a pesquisa obteve os seguintes

resultados, conforme quadro 01:

Quadro 01: Número médio de clientes Fonte: Coleta de dados

Os dados coletados mostraram que 4% das locadoras formais possuem até

250 clientes ativos, 12% delas possuem entre 251 e 500 clientes ativos, 12%

mencionaram possuir entre 501 e 1.000 clientes ativos. Já 24% afirmaram que tem

entre 1001 à 2000 clientes ativos, outros 12% possuem entre 2.001 à 3.000 clientes,

e o dado mais relevante é que 36% das locadoras, ou seja, 9 locadoras possuem

acima de 3.000 clientes ativos.

A questão quatro dirigida aos proprietários das vídeo-locadoras perguntou:

qual a média de locações de cada cliente por mês e as respostas foram descritas no

quadro 02:

Até 2 locações 20%

Entre 3 e 4 locações 16%

Entre 5 e 6 locações 24%

Entre 7 e 8 locações 4%

Acima de 8 locações 32%

Não respondeu/Não avaliou 4% Quadro 02: Média de locações dos clientes ativos por mês Fonte: Coleta de dados

Até 250 clientes 4%

Entre 251 e 500 clientes 12%

Entre 501 e 1.000 clientes 12%

Entre 1001 e 2.000 clientes 24%

Entre 2.001 e 3.000 clientes 12%

Acima de 3.000 clientes 36%

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52

Ao analisar os dados coletados verifica-se que em 20% das locadoras os

clientes locam em média até duas vezes por mês, em 16% delas os clientes locam

em média entre 3 e 4 vezes, já em 24% delas os clientes alugam em média entre 5 e

6 locações, 4% responderam que os clientes alugam filmes em média entre 7 e 8

vezes por mês, e o dado mais relevante, 32% das locadoras, ou seja, 8 locadoras,

afirmaram que a média de locações de seus clientes é acima de 8 locações por mês.

Apenas 1 locadora, ou seja, 4% não quis responder à questão, justificando que a

informação era confidencial.

A questão cinco do questionário perguntou qual era o preço médio dos

DVD/lançamentos junto aos fornecedores, que as locadoras pagam.

Preço médio dos dvds lançamentos junto aos fornecedores

R$ 96,92R$ 80,00

R$ 119,00

R$ -

R$ 20,00

R$ 40,00

R$ 60,00

R$ 80,00

R$ 100,00

R$ 120,00

R$ 140,00

MÉDIA MÍNIMO MÁXIMO

Seqüência1

Gráfico 03: Preço do DVD lançamento junto aos fornecedores Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados pode-se afirmar que o preço mínimo de

DVDs/lançamentos pago junto aos fornecedores é de R$ 80,00, o preço médio é de

R$ 96,92, e o preço máximo é de R$ 119,00. Os donos de vídeo-locadora na

presente pesquisa revelaram que compram a maioria de seus filmes em Porto

Alegre, na Av. Farrapos, onde segundo os empresários se encontram a maioria dos

fornecedores de filmes/DVDs para o Estado do Rio Grande do Sul, também foi

citada uma revendedora de filmes em Novo Hamburgo.

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53

A questão seis da presente pesquisa perguntou para os empreendedores do

ramo qual era o preço dos DVDs/lançamentos para o cliente final. Os resultados se

encontram no Gráfico 04. Ao analisar os dados coletados verifica-se que o preço

médio de locação dos DVDs/lançamentos para o cliente final é de R$ 3,79, enquanto

que o preço máximo é de R$ 5,00 e o preço mínimo é de R$ 2,50.

PREÇO DE LOCAÇÃO DOS LANÇAMENTOS PARA O CLIENTE FINAL

R$ 3,79

R$ 2,50

R$ 5,00

R$ 0,00

R$ 1,00

R$ 2,00

R$ 3,00

R$ 4,00

R$ 5,00

R$ 6,00

MÉDIA MÍNIMO MÁXIMO

Seqüência1

Gráfico 04: Preço do DVD lançamento para o cliente final Fonte: Coleta de dados

A questão número sete para os empreendedores era “Conheces/já ouviu

falar do programa redes de cooperação?” antes de participarem da pesquisa, e os

resultados foram os seguintes:

SE CONHECE PROGRAMA REDES DE COOPERAÇÃO

44

56

SIM, CONHEÇO NÃO CONHEÇO

Gráfico 05: Se conhece programa redes de cooperação

Fonte: Coleta de dados

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54

Ao analisar os dados coletados, verifica-se que 56% dos entrevistados não

conhecem o programa redes de cooperação, ou seja, dos 25 empresários

entrevistados, 14 não conheciam o programa redes de cooperação, os outros 11 já

conheciam o programa redes, o que representa 44% dos entrevistados.

A questão de número oito foi respondida pelos proprietários do ramo de

vídeo-locadoras, após a leitura de um material, intitulado “Pequena ficha para o

empresário” (Anexo 4), houve também do pesquisador para explicações de como

funciona o programa redes de cooperação, e citando exemplos de redes bem-

sucedidas como a Redefort de Supermercados, e a Redemac, de materiais de

construção. Nesta questão os responsáveis pelas locadoras avaliaram qual a sua

impressão do programa, e as opções de escolha eram Ótima, Boa, Razoável, Ruim

ou Péssima. Os resultados foram os seguintes:

Avaliação do programa redes de cooperação

28

44

28

0 10 20 30 40 50

ÓTIMO

BOM

RAZOÁVEL

RUIM

PÉSSIMO

Seqüência1

Gráfico 06: Avaliação do programa redes de cooperação Fonte: Coleta de dados

Os dados constantes no gráfico demonstram que 28% avaliam o programa

como razoável, enquanto que 44% consideram o programa bom e 28% assinalaram

o programa como ótimo. Sendo assim, 72% aprovam o programa, ou seja, têm uma

impressão positiva do programa redes de cooperação.

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55

A questão nove perguntou para os empreendedores do ramo quais as

principais dificuldades que percebem se viessem a participar de uma rede de

cooperação.

Não vê dificuldade 12% Inadimplência no mercado 16% Compartilhar informações 40% Grau de instrução dos componentes da rede 20% Outros motivos 16% Quadro 03: Dificuldades que vê se viesse a participar de uma rede Fonte: Coleta de dados

Os dados coletados demonstram que 12% dos entrevistados não vêem

nenhuma dificuldade se viessem a participar de uma rede de cooperação; 16%

afirmam que a inadimplência do mercado é o fator inibidor para que participe de uma

rede; já 40%, ou seja, a maioria vê como principal dificuldade ter que compartilhar

informações com concorrentes do mesmo ramo; e outros 20% afirmam que a

principal dificuldade é o grau de instrução dos futuros componentes da rede. Os

outros motivos citados totalizam 12%, onde 4% afirma que a padronização para os

componentes da rede seria o fator inibidor, 4%(ou uma Locadora) afirmam que se

valeria a pena pela questão financeira participar de uma rede, ou seja, a locadora

afirmou se na hora da compra vale a pena mesmo para a redução do preço de

compra do DVD junto ao fornecedor, 4% afirmam que vêem dificuldade em participar

de uma rede por que teriam que negociar com concorrentes que trabalham com

pirataria, totalizando os referidos 12%.

Como a pesquisa evidencia, 40% dos entrevistados coloca como principal

empecilho de participar de uma rede, ter que compartilhar informações, essa é uma

característica não só dos empresários do ramo do entretenimento. Roese e Gitahy

(2003) apud Tigre (2006) ao estudarem pequenas empresas do ramo moveleiro

argumentam que entre as características do empresariado brasileiro está a falta de

informação, o imediatismo, o ceticismo e o individualismo, este último dado

confirmando os resultados da pesquisa.

A questão número dez trata das vantagens que a empresa percebe em uma

rede de cooperação. Nesta questão, o entrevistado tinha que classificar numa escala

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56

de 1 a 5, sendo: 1 sem importância, o 2 Pouco Importante, o 3 Parcialmente

importante, o 4 Importante e o 5 muito importante. As opções para avaliação de 1 à

5 eram: poder de compra; recursos humanos e capacitação; marketing,

comunicação e publicidade; a tecnologia e os sistemas de gestão utilizando técnicas

de administração. O valor médio para cada um dos itens foi o seguinte:

Poder de compra 4,4

Recursos Humanos e Capacitação 4,04

Marketing, Comunicação e Publicidade 4,04

A tecnologia e os sistemas de gestão utilizando técnicas de administração 4

Quadro 04: Nota média atribuída as vantagens que vê em uma rede Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados verifica-se que o marketing, comunicação e

publicidade e os recursos humanos e a capacitação receberam em média a nota

4,04, sendo considerados itens importantes pela grande maioria dos participantes, a

tecnologia e os sistemas de gestão utilizando técnicas de administração recebeu em

média a nota 4, e a maior nota média foi dada ao poder de compra, com 4,4 este

item foi considerado o mais relevante e o mais vantajoso para os proprietários das

vídeo-locadoras, conforme a Teoria dos Custos de Transação onde a mesma:

[...] vê as redes de empresas essencialmente como uma forma de reduzir custos, sem considerar seu potencial de cooperação para a complementação de recursos e aprendizagem, como propõe a teoria de dependência dos recursos (TIGRE, 2006, p. 219).

Em resumo, na atual conjuntura econômica, os pesquisados colocam que a

redução de custos na aquisição de filmes para as suas respectivas locadoras é de

maior importância, sendo este um dos objetivos do programa redes de cooperação.

A pergunta onze abordou para o empresário se o mesmo gostaria de se

associar a uma futura rede de cooperação de vídeo-locadoras.

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57

Gostaria de se associar a uma rede de cooperação

56

44

Sim, gostaria Não gostaria

Gráfico 07: Gostaria de se associar a uma rede de cooperação Fonte: Coleta de dados

Os dados coletados revelam que 56% dos entrevistados querem se associar

a uma futura rede de cooperação de vídeo-locadoras, porém como essa pergunta

poderia ser justificada no final, entre os que responderam que gostariam de se

associar, afirmaram que só se associariam depois que conhecessem “mais a fundo o

programa”, os outros 44% afirmaram que não gostariam de se associar, e como

justificativa, colocaram como respostas: E10 “Acredito que as locadoras irão acabar”;

E20 ”em função da decadência do ramo”; já E13 ”experiência negativa com a antiga

rede Cena 01”; E18 “não acredito nas pessoas, pois são egoístas”; E2, E4, E5, E6

”por causa da inadimplência”; E16 ”precisaria conhecer melhor o funcionamento”; E6

“terei que trabalhar com pessoas que trabalham com pirataria”, E15 “visão própria de

marketing para se firmar no mercado e depois expandir-se”.

A pergunta número doze colocou para os empresários do ramo qual a maior

preocupação deles em relação ao futuro das vídeo-locadoras. As respostas eram as

seguintes:1) A grande concorrência atual existente neste ramo; 2) A globalização e o

movimento econômico neoliberal; 3) O acesso facilitado a internet, com muitas

pessoas baixando filmes pela internet; 4) A pirataria; e a resposta 5) seria outro

motivo onde o empresário teria que justificar.

Nessa questão o empresário poderia assinalar mais de uma alternativa, ou

todas, e as respostas foram:

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58

Preocupação em relação ao futuro das vídeo-locadoras

84

96

16 12

Pirataria

População baixando filme pela internet

Produtoras locando filmes direto para o consumidor final"VODU"Outros motivos

Gráfico 08: Preocupação em relação ao futuro das vídeo-locadoras Fonte: Coleta de dados

Os dados revelam que; para 96% dos entrevistados a população baixando

filmes pela internet é a maior preocupação para o futuro do ramo; enquanto que 84%

revelam que a pirataria é um grande inimigo das vídeo-locadoras e para o futuro das

mesmas; as produtoras locando filmes direto para o consumidor final o chamado

“VODU” foi citado por 16% dos entrevistados; outros motivos totalizaram 12% (a

grande concorrência no ramo foi citado por 4%, a globalização e o movimento

econômico neoliberal também por 4%, a inadimplência das locadoras também 4%,

somando temos 12%).

3.3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS DA

INVESTIGAÇÃO JUNTO AO PÚBLICO

O questionário aplicado à população, conforme se verifica no anexo 02, é

estruturado da seguinte forma: a primeira parte quanto ao perfil do entrevistado; a

segunda parte, busca identificar o comportamento do entrevistado em relação ao

entretenimento. Porém antes do mesmo começar a responder seu questionário ele

tinha que responder á pergunta “quando você pensa em vídeo-locadora que nome

de vídeo-locadora que lembras”. As mais lembradas encontram-se no gráfico 09:

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59

Vídeo locadoras mais lembradas

53%

6%6%

5%

24%

6%Vídeo Klip

Chaplin

Taty Vídeo

Rota 110

Outras vídeo-locadoras

Não responderam

Gráfico 09: Vídeo-locadoras mais lembradas Fonte: Coleta de dados

Os dados revelam que para 53% dos entrevistados a marca mais lembrada

quando se pensa em vídeo-locadora é a Vídeo-Klip; 6% lembram da Chaplin; 6% se

lembram da Taty Vídeo; enquanto que para 5% a mais lembrada é a Rota 110; 24%

dos entrevistados citaram outras vídeo-locadoras, que não adquiriram um percentual

representativo para constarem neste gráfico; outros 6% não responderam à

pergunta.

A força da marca é de grande importância para as vendas de uma

organização e também para a longevidade das empresas, em vista disso:

Com tantas oportunidades de fracasso ou sucesso em todo ponto de contato com o consumidor, a força da marca é uma porta giratória que abre e fecha em diversos canais de cada vez. Trata-se de uma experiência de marca 360 graus. Gira e evolui a cada dia. E somente através de experiências holísticas, centradas no cliente, é que as marcas poderão sobreviver e prosperar nesse mercado circular e, muitas vezes, cíclico (MOONEY; BERGHEIM, 2002, p. 38).

A amostragem não-probabilística por conveniência e intencional, conforme a

metodologia da pesquisa mensurou anteriormente, para a aplicação dos

questionários, da amostra em questão, foi distribuída da seguinte maneira nos

Bairros Campina, onde foram entrevistados 160 habitantes, no Bairro Cristo Rei,

onde foram entrevistados 50 habitantes, e no Bairro Centro, onde foram

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60

entrevistados 173 habitantes, totalizando assim 383 habitantes, conforme cálculos

efetuados pelo CPP. Abaixo está o gráfico representativo dos bairros:

Percentual dos Bairros em relação ao total

13

42

45

Campina Centro Cristo Rei

Gráfico 10: Percentual representativo de cada bairro Fonte: Coleta de dados

Os dados coletados ficaram distribuídos no bairro Campina, 42%, onde

foram entrevistados 160 moradores, no bairro Centro 45%, onde foram entrevistados

173 moradores, e no bairro Cristo Rei 13%, onde foram entrevistados 50 moradores.

Todos os entrevistados totalizaram 383 habitantes do município.

O Gráfico 11 revela o sexo dos entrevistados:

Sexo dos Entrevistados

28%

72%

Masculino Feminino

Gráfico 11: Sexo dos entrevistados Fonte: Coleta de dados

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61

Ao analisar os dados coletados, verifica-se que 72% dos entrevistados são

do sexo feminino e 28% do sexo masculino. Uma das observações feitas durante a

coleta dos dados, é que nas famílias onde residiam casais quem respondia os

questionários eram as mulheres, e por isso a maioria dos entrevistados são do sexo

feminino.

Em relação à idade e ao sexo dos entrevistados tem-se o seguinte gráfico:

Idade dos entrevistados e sexo

5

3226

159

2128

97

53

41

23

33

0

20

40

60

80

100

120

de 14 a 19 de 20 a 29 de 30 a 39 de 40 a 50 de 51 a 65 Não informado

Masculino Feminino

Gráfico 12: Idade dos entrevistados e sexo Fonte: Coleta de dados

O gráfico 12 mostra que de 14 à 19 anos, 5 entrevistados responderam ser

do sexo masculino e 28 do sexo feminino; dos que responderam ter de 20 à 29

anos, 97 são do sexo feminino e 32 do sexo masculino; os que tem idade de 30 à 39

anos, 26 são do sexo masculino e 53 do sexo feminino. Aqueles que tem entre 40 à

49 anos, 15 são do sexo masculino e 41 do sexo feminino; e os que têm entre 51 à

65 anos, 9 entrevistados são do sexo masculino e 23 do sexo feminino. Os que

preferiram não identificar à sua idade, 21 são do sexo masculino e 33 do sexo

feminino. Pode-se concluir que 50% dos entrevistados são do sexo feminino e tem

entre 20 à 50 anos.

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62

A pergunta de número cinco do questionário é em relação à escolaridade

dos entrevistados, conforme gráfico 13:

Escolaridade dos entrevistados

11,519,6

57,7

11,2

010203040506070

1

Alfabetizado/1° Grau incompleto

1° Grau completo/2° Grau incompleto

2° Grau e/ou técnico completo/superior incompleto

Superior completo/pós graduados/mestrado/doutorado

Gráfico 13: Escolaridade dos entrevistados Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados em relação à escolaridade dos

entrevistados; 11,5% dos entrevistados possuem 1º grau incompleto; 19,6% afirmam

ter 2° grau incompleto; 57,7% ou mais da metade (quase 60%) afirmam ter 2° grau

completo / Superior incompleto e apenas 11,2% afirmam ter superior completo / pós-

graduação / mestrado / doutorado.

A questão 06 perguntou qual é a renda familiar bruta dos entrevistados. As

respostas encontram-se no gráfico 14:

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63

Renda familiar bruta dos entrevistados

3,39

15,93

39,95

18,2814,62

6,53

1,31-

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

40,00

45,00

1

Classe E Classe D Classe C Classe B2

Classe B1 Classe A2 Classe A1

Gráfico 14: Renda familiar bruta dos entrevistados Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados estatisticamente, a classe E (renda até R$394,00),

representa 3,39% dos entrevistados; a classe D (renda de R$395,00 á R$ 745,00)

representa 15,39% dos entrevistados; a classe C (renda de R$746,00 á R$1.600,00)

representa 39,95% e, portanto a maioria dos entrevistados. A classe B2 (renda de

R$1601,00 á R$2.664,00), representa 18,28% dos entrevistados; já a classe B1

(renda de R$2665,00 á R$4.425,00) representa 14,62% dos entrevistados. A minoria

dos entrevistados ficou por conta da classe A, a classe A2 (renda de R$ 4.426,00 á

R$8.353,00) representa 6,53%; e a classe A1 (renda de R$ 8354,00 ou acima)

representa 1,31% dos entrevistados. A divisão das classes sociais por renda em

E,D,C, B2, B1, A2, A1 está de acordo com o IBGE.

A questão 07 perguntou quantas pessoas dependiam da renda familiar

bruta, respondida na questão 06. O quadro 05 mostra os resultados, aonde 3

entrevistados da classe E responderam que até 1 pessoa depende dessa renda; 5

entrevistados da classe E responderam que de 2 à 3 pessoas dependem dessa

renda; 4 entrevistados da classe E responderam que de 4 à 6 pessoas dependem

dessa renda; 1 entrevistado da classe E respondeu que mais de 15 pessoas

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64

dependem dessa renda.

Na classe D, 21 entrevistados responderam que até 1 pessoa depende

desta renda; 32 entrevistados da classe D responderam que de 2 à 3 pessoas

dependem dessa renda; 6 entrevistados da classe D responderam que de 4 à 6

pessoas dependem dessa renda; 2 entrevistados da classe D responderam que de 7

à 9 pessoas dependem dessa renda.

Na classe C, 24 entrevistados afirmaram que até 1 pessoa depende dessa

renda; 104 entrevistados da classe C afirmaram que dependem da renda de 2 à 3

pessoas; 23 entrevistados responderam que dependem da renda de 4 à 6 pessoas;

e 2 entrevistados da classe C responderam que dependem dessa renda de 7 à 9

pessoas.

Na classe B2, 4 entrevistados responderam que até 1 pessoa depende

dessa renda; 52 entrevistados da classe B2 responderam que dependem dessa

renda de 2 à 3 pessoas; 13 entrevistados da classe B2 responderam que dependem

dessa renda de 4 à 6 pessoas; 1 entrevistado da classe B2 respondeu que

dependem dessa renda de 7 à 9 pessoas.

Na classe B1, 2 entrevistados responderam que dependem dessa renda até

1 pessoa; 24 entrevistados da classe B1 responderam que dependem dessa renda

de 2 à 3 pessoas; 29 entrevistados da classe B1 responderam que dependem dessa

renda de 4 à 6 pessoas; e 1 entrevistado da classe B1 respondeu que depende

dessa renda de 7 à 9 pessoas.

Na classe A2, 12 entrevistados responderam que dependem dessa renda de

2 à 3 pessoas; 10 entrevistados da classe A2 responderam que dependem dessa

renda de 4 à 6 pessoas; 3 entrevistados da classe A2 responderam que dependem

dessa renda de 7 à 9 pessoas.

Na classe A1, 2 entrevistados responderam que dependem dessa renda de

2 à 3 pessoas; 3 entrevistados da classe A1 responderam que dependem dessa

renda de 4 à 6 pessoas. As respostas encontram-se no quadro 05:

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65

Classe N° de entrevistados Pessoas que dependem da renda Percentual Classe E 3 até 1 pessoa 0,8% Classe E 5 de 2 à 3 pessoas 1,3% Classe E 4 de 4 à 6 pessoas 1,0% Classe E 1 Mais de 15 0,3% Classe D 21 até 1 pessoa 5,5% Classe D 32 de 2 à 3 pessoas 8,4% Classe D 6 de 4 à 6 pessoas 1,6% Classe D 2 de 7 à 9 pessoas 0,5% Classe C 24 até 1 pessoa 6,3% Classe C 104 de 2 à 3 pessoas 27,2% Classe C 23 de 4 à 6 pessoas 6,0% Classe C 2 de 7 à 9 pessoas 0,5% Classe B2 4 até 1 pessoa 1,0% Classe B2 52 de 2 à 3 pessoas 13,6% Classe B2 13 de 4 à 6 pessoas 3,4% Classe B2 1 de 7 à 9 pessoas 0,3% Classe B1 2 até 1 pessoa 0,5% Classe B1 24 de 2 à 3 pessoas 6,3% Classe B1 29 de 4 à 6 pessoas 7,6% Classe B1 1 de 7 à 9 pessoas 0,3% Classe A2 12 de 2 à 3 pessoas 3,1% Classe A2 10 de 4 à 6 pessoas 2,6% Classe A2 3 de 7 à 9 pessoas 0,8% Classe A1 2 de 2 à 3 pessoas 0,5% Classe A1 3 de 4 à 6 pessoas 0,8% Quadro 05: Pessoas que dependem da renda familiar Fonte: Coleta de dados

Ao analisar estatisticamente os percentuais mais representativos da tabela,

observa-se que 27,2% dos entrevistados são da classe C e essas famílias são

compostas de 2 a 3 pessoas, provavelmente, um casal e um filho (a), e 13,6% são

da classe B2 e essas famílias são compostas de 2 à 3 pessoas, provavelmente, um

casal e um filho(a). Somando esses dois abrange-se 40,8% do total dos

entrevistados.

A questão número 8 indagou sobre quem possuía filho. As respostas

constam no gráfico 15:

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66

Famílias com filhos e sem filhos

57,2

42,8

Com Filhos Sem filhos

Gráfico 15: Famílias com filhos e sem filhos Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, temos 42,8% dos entrevistados sem filhos e

a maioria, ou seja, 57,2 % dos entrevistados afirmando que possui filho.

A questão 9 perguntou qual era à idade dos filhos. Nesta questão o

entrevistado poderia colocar mais de uma resposta, dependeria do número de filhos

que tivesse.

Idade dos filhos

32,56

18,60

13,9511,63

9,30 9,30

2,33 2,33

-

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

Entre 9à 14

anos eentre 15à 21anos

Entre 0à 3 anose entre 4à 8 anos

Entre 0à 3 anose entre 9à 14anos

Entre 4à 8 anose entre15 à 21anos

Entre 4à 8 anose entre 9à 14anos

Entre 15à 21

anos eacimade 21anos

Entre 0à 3 anose entre15 à 21anos

Entre 9à 14

anos eacimade 21anos

Seqüência1

Gráfico 16: Idade dos filhos Fonte: Coleta de dados

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67

Dos entrevistados que tem dois filhos, 32,56% responderam que seus filhos

tem entre 9 à 14 anos e entre 15 à 21 anos; enquanto que 18,60% responderam que

seus dois filhos tem entre 0 à 3 anos e entre 4 à 8 anos; outros 13,95% que tem dois

filhos, os mesmos possuem entre 0 à 3 anos e entre 9 à 14 anos; 11,63% dos

entrevistados que tem dois filhos afirmam que à idade deles é entre 4 à 8 anos e

entre 15 à 21 anos. Famílias que tem dois filhos e a idade desses filhos é entre 4 à 8

anos e entre 9 à 14 anos somam 9,30%; mesmos 9,30% das famílias que tem seus

dois filhos entre 15 à 21 anos e acima de 21 anos; 2,33% das famílias que tem dois

filhos afirmaram que à idade deles é entre 0 à 3 anos e entre 15 à 21 anos; este

mesmo percentual de 2,33% vale para as famílias que afirmaram que seus dois

filhos tem entre 9 à 14 anos e acima de 21 anos. O total das famílias que tem dois

filhos é 43, do total de 219 que afirmam ter filhos, ou seja, 19,6%.

O restante das famílias, ou seja, 176 entrevistados ou 80,4% do total, possui

um filho e à idade dos seus filhos encontra-se no gráfico 17:

Famílias que possuem somente 1 filho, classificação por idade

18,8

23,9

13,1

18,8

25,6

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

Entre 0 à 3anos

Entre 4 à 8anos

Entre 9 à 14anos

Entre 15 à 21anos

Acima de 21anos

Seqüência1

Gráfico 17: Famílias que possuem 1 filho, classificação por idade Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, observa-se que 18,8% das famílias com

filho único sendo sua idade entre 0 à 3 anos; 23,9% das famílias com filho único e

idade entre 4 à 8 anos, 25,6% das famílias com filho único em idade entre 9 à 14

anos; enquanto que 13,1% das famílias com filho único sendo sua idade entre 15 à

21 anos; outros 18,8% dos entrevistados tem um filho e a idade desse é acima de 21

anos.

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68

O gráfico 18 mostra uma divisão percentual das 219 famílias que possuem

filhos mostrando às que tem 1 filho e às que possuem 2 filhos:

Famílias com um filho e com dois filhos

19,6

80,4

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

Dois filhos

Um filho

Seqüência1

Gráfico 18: Famílias com 1 filho e com dois filhos Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados tem-se 80,4% das famílias com um filho e

19,6% das famílias com dois filhos.

Para o maior best-seller em marketing da atualidade Philip Kotler:

[...] a família é a mais importante organização de compra de produtos de consumo na sociedade e tem sido exaustivamente estudada. Os membros da família constituem o grupo de referência primário mais influente (KOTLER, 2000, p.187).

O autor complementa seu raciocínio ao afirmar ainda que “uma influência

mais direta no comportamento de compra diário é a chamada família de procriação –

o cônjuge e os filhos” (KOTLER, 2000, p.187).

A pergunta de número 10 perguntou se a família possuía aparelho de DVD

em casa. As respostas constam no gráfico 19:

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69

Aparelho de DVD

6,5

92,4

1,0

0,0

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

1

Não po ssui DVD P o ssui DVD Não temos, mas pedimos emprestado Não sei

Gráfico 19: Aparelho de DVD Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, observa-se que 92,4% dos entrevistados

respondeu que à sua família possui aparelho de DVD em casa; apenas 6,5% não

possuí aparelho de DVD em casa; e 1% dos entrevistados apesar de não possuir

aparelho de DVD em casa, pedi emprestado. Todos os entrevistados responderam a

essa questão.

A pergunta 11 do questionário era somente para os 29 entrevistados que

não possuem aparelho de DVD em casa, se os mesmos tem interesse em adquirir

no presente ano, as respostas constam na quadro 06:

Situação Total em número Percentual Não possui DVD e pretende adquirir no corrente ano 16 55,2% Não possui DVD e não pretende adquirir no corrente ano 6 20,7% Não possui DVD e não sabe se vai adquirir no corrente ano 3 10,3% Não possui DVD, pedi emprestado e não pret. adquirir no corrente ano 1 3,4% Não possui DVD, pedi emprestado e pretende adquirir no corrente ano 3 10,3% Total 29 100% Quadro 06: Se pretende adquirir DVD no corrente ano Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados os dados coletados, observa-se que a maioria, ou seja,

55,2% dos que não possuem DVD, pretendem adquirir no corrente ano.

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70

A questão número 12 perguntou “você possui cadastro em quantas vídeo-

locadoras”, as respostas constam no gráfico 20:

Se possui cadastro em uma locadora, mais de uma locadora ou se não possui

50,9

31,1

18,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

1

Possui cadastro em maisde uma locadora

Possui cadastro em umalocadora

Não possui cadastro

Gráfico 20: Se possui cadastro em uma locadora, mais de uma locadora ou se não possui Fonte: Coleta de dados

Dos 383 entrevistados, 50,9% respondeu que possui cadastro em mais de

uma vídeo-locadora, 31,1% respondeu que possui cadastro em uma locadora, e

18% não possui cadastro em vídeo-locadora. Os dados coletados nos mostram que

31,1% dos entrevistados é fiel a uma só locadora, e para Kotler e Keller (2006)

“conquistar novos clientes pode custar até cinco vezes mais do que satisfazer e reter

os já existentes” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 153), portanto é mais importante

satisfazer e reter os clientes que a locadora já possui, do que a organização se

preocupar em buscar novos clientes (no caso desta amostra há 18% de futuros

clientes).

A pergunta número 13 do questionário era voltada para os que responderam

que não possuem cadastro em nenhuma locadora, se os mesmos tinham interesse

em abrir cadastro em alguma, as respostas constam no gráfico 21:

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71

Futuros clientes

56,5

34,8

8,7

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

1

Não tem cadastro em locadora e pretende abrir

Não tem cadastro em locadora e não pretende abrir

Não tem cadastro e não sabe se quer abrir

Gráfico 21: Futuros clientes Fonte: Coleta de dados

Dos 69 entrevistados que não tem cadastro em nenhuma locadora, 56,5%

pretende abrir, enquanto que 34,8% não tem cadastro e não pretende abrir, e

apenas 8,7% não tem cadastro e não sabe se quer abrir.

A questão 14 perguntou aqueles que têm cadastro em mais de uma vídeo-

locadora por que fizeram esta opção. As respostas encontram-se no gráfico 22:

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72

Principais motivos pelos quais os clientes tem cadastro em mais de uma locadora

28,7

17,9 17,9

30,8

4,6

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

1Uma das locadoras é do bairro onde moro, e na outra há mais opções

Tenho ficha em mais de uma locadora, por opção

Variedade

Preços e melhores alternativas de escolha

Outros motivos

Gráfico 22: Principais motivos pelos quais os clientes tem cadastro em mais de uma vídeo-locadora Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, dos 195 entrevistados que tem cadastro em

mais de uma vídeo-locadora, 28,7% dos entrevistados coloca que o motivo é por que

umas das locadoras é do bairro onde mora, e na outra há mais opções e

lançamentos; outros 30,8% coloca que são os preços e melhores alternativas de

escolha que o levam a ter cadastro em mais de uma vídeo-locadora; 17,9% coloca

que tem e é por pura opção mesmo; 17,9% colocam que o motivo de sua

infidelidade é por causa da variedade. Outros motivos totalizam 4,6% dos

entrevistados.

A pergunta 15 é a avaliação que os entrevistados fazem do atendimento

prestado pelas locadoras da cidade de São Leopoldo/RS, conforme consta no

gráfico 23:

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73

Avaliação do atendimento das locadoras

17,5

54,6

13,1

1,0

13,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

1

Ótimo

Bom

Razoável

Ruim

Péssimo

Não avaliaram/não responderam

Gráfico 23: Avaliação do atendimento das locadoras Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, 17,5% dos entrevistados avalia o

atendimento como ótimo; enquanto que 54,6% avalia como bom, ou seja, ao

somarmos os dois itens bom e ótimo temos um total de 72,1% aprovando o

atendimento das locadoras da cidade. Já considerando o atendimento como

razoável temos um total de 13,1%; enquanto que apenas 1% considera o

atendimento como ruim. Nenhum entrevistado avaliou como péssimo o atendimento

das locadoras, mas se somarmos a avaliação dos itens ruim e razoável temos um

total de 14,1% da amostra em questão. Nesta pergunta, 13,8% dos entrevistados, ou

seja, 53 pessoas não avaliou / não respondeu a essa questão.

Na questão 16, o entrevistado teve que dar uma nota de 1 á 5, conforme a

escala Likert, para os itens avaliados. No quadro 07 temos a nota média atribuída a

cada serviço avaliado pelos entrevistados:

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74

Serviço Nota média Cafezinho/Água/Lanche 2,3 Internet gratuita, para o cliente 2,82 Atendimento 4,69 Muitas opções de filmes 4,7 Relacionamento com equipe de atendimento 4,19 Ambiente Climatizado 3,69 Promoções 4,45 Quadro 07: Nota média atribuída a estes serviços Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, a nota média mais alta foi o atendimento

com 4,69 e muitas opções de filmes para escolha com nota 4,7, se aproximando da

nota máxima que é 5 (muito importante). As promoções receberam nota média de

4,45. O item relacionamento com equipe de atendimento recebeu nota média 4,19

se aproximando de 4 (considerado importante). Ter um ambiente climatizado

recebeu nota média de 3,69 pelos entrevistados, se aproximando da nota 4

(considerada importante). O item ter internet gratuita para quem é cliente da

locadora recebeu nota média de 2,82, se aproximando da nota 3 (considerada

parcialmente importante). O item que recebeu nota média mais baixa foi constar nas

dependências da locadora, cafezinho/água/lanche, este item recebeu nota média de

2,3, se aproximando de 2 (considerado pouco importante).

Nesta questão, 359 entrevistados responderam à pergunta, e apenas 24 ou

6,3% do total de 383 entrevistados não avaliaram/não responderam/anularam a

questão.

Na questão 17, a pessoa teve que descrever três coisas que gosta de fazer

no seu tempo de lazer, e por se tratar de uma pergunta aberta, as principais

respostas, (apenas 4% dos entrevistados não respondeu a essa questão)

encontram-se no gráfico 24:

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75

Principais atividades nas horas de lazer (%)

16,73

11,36 11,00

8,007,00 6,45 5,73 5,09 4,36 3,73

21,64

-

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

Filme

Estudar

Passear

esporte TV

Descansar/ Dormir

Viajar

Amigos

outros

Gráfico 24: Principais atividades nas horas de lazer Fonte: Coleta de dados

Analisando estatisticamente os dados coletados, para 16,73% atividades

relacionadas a filmes (assistir filmes) aparecem em primeiro lugar; estudar ficou em

segundo lugar com 11,36%; em terceiro lugar com 11,00% está passear; em quarto

lugar com 8,00% foi citado a família (estar/fazer programas com a família); em quinto

lugar com 7,00% estão atividades ligadas a música (ouvir/tocar); em sexto lugar com

6,45% estão atividades ligadas ao esporte (ver/praticar); em sétimo lugar com 5,73%

atividades ligadas à Televisão (principalmente assistir TV); em oitavo lugar com

5,09% descansar/dormir; em nono lugar 4,36% dos entrevistados citaram viajar; e

em décimo lugar com 2,64% estão atividades ligadas aos amigos. Pode-se concluir

que a atividade preferida pela amostra pesquisada é assistir filmes.

Outros motivos totalizaram 21,64%. Entre estes motivos, encontram-se

compras; games; outro hobby; camping; namorar; alimentação; cinema; chimarrão;

internet; religião; além de outros (tricotar, fazer crochê, artesanatos).

Uma das maiores preocupações das vídeo-locadoras atualmente conforme

consta na presente pesquisa é a pirataria, a questão 18 do questionário perguntou

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76

aos entrevistados se eles já compraram DVD pirata. As principais respostas constam

no gráfico 25:

Compra de DVD pirata(%)

50,7

14,9

26,9

4,2 2,9 0,50,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Sim,pois é maisbarato

Sim,mas nãocompro mais

Não, nempretendocomprar

Não, maspretendocomprar

Comprei, masestragou meuaparelho e nãopretendo maiscomprar

Nãoavaliaram/nãoresponderam

Seqüência1

Gráfico 25: Compra de DVD pirata Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, 50,7% dos entrevistados já comprou DVD

pirata, pois é mais barato; já 14,9% compraram alguma vez, mas não compram

mais. Outros 26,9% não compraram e nem pretendem comprar; enquanto 4,2% dos

entrevistados não compraram, mas pretendem comprar. Outros 2,9% responderam

que já compraram, mas estragou seu aparelho de DVD e não pretendem mais

comprar. Nesta questão apenas 0,5% dos entrevistados não respondeu/não avaliou.

Estes dados claramente mostram que mais da metade (50,7%) da amostra

já comprou DVD pirata, pelo fato do mesmo ser mais barato, e para 4,2% apesar de

ainda não terem comprado DVD pirata, pretendem comprar. A concorrência ilegal,

mas existente por parte da pirataria, tem espaço na sociedade civil em função do

preço do DVD pirata, que é mais barato e acaba por retirar parte dos lucros dos

empresários das vídeo-locadoras da cidade.

A pergunta 19 teve o objetivo de saber quem possui acesso à internet.

Sendo assim temos o gráfico 26:

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77

Se possui acesso à internet

61,6

37,9

0,5

Sim Não Não Avaliaram/Não Responderam

Gráfico 26: Se possui acesso à internet Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, 61,6% dos entrevistados possui acesso à

internet, enquanto que 37,9% não possui acesso à internet, apenas 0,5% não

avaliou/não respondeu à questão. Mooney;Bergheim coloca que:

Os computadores e a internet foram incorporados à vida moderna de tal maneira, que hoje são ferramentas comuns em nosso arsenal cotidiano de dispositivos de comunicação e informação. Como o telefone, a televisão e o rádio (e o telégrafo e a imprensa, se quisermos voltar bastante ao tempo), a internet conecta pessoas um às outras e empresas a consumidores de maneiras revolucionárias, eliminando as barreiras (MOONEY; BERGHEIM, 2002, p. 21).

A questão número 20 colocou para aqueles que tem acesso à internet,

aonde eles possuem este acesso, o entrevistado tinha três opções; em casa, na

escola, ou no trabalho. Das três opções ele pode marcar uma; mais de uma ou até

mesmo as três (casa,escola, trabalho). As respostas constam no gráfico 27:

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78

Aonde acessa á internet

75,4

31,8 31,8

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

Casa Escola Trabalho

Seqüência1

Gráfico 27: Aonde acessa à internet Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, dos 236 entrevistados, ou 61,6% que tem

acesso à internet, 75,4% ou 178 pessoas do total de 236 possui acesso à internet

em casa, 31,8%(75 pessoas) possui acesso à internet na escola, e outros 31,8%(75

pessoas) possui acesso à internet no trabalho.

Nos dias atuais:

Graças à internet, os consumidores hoje podem comparar os preços e recursos em questão de segundos, estudar doenças antes mesmo de as contraírem, trocar fotos e momentos depois de tirá-las, comprar o traje perfeito para a festa de amanhã e enviar um e-mail para qualquer empresa do planeta, com a certeza de que poderá receber uma resposta (MOONEY; BERGHEIM, 2002, p. 21).

Em vista do que Mooney; Bergheim (2002) descrevem, ou seja, os

consumidores podem até mesmo baixar filmes antes de eles chegarem ao cinema e

a questão 21 perguntou para os entrevistados se eles já baixaram filmes pela

internet. As respostas encontram-se no gráfico 28:

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79

Se já baixou filmes pela internet

15,4

81,7

2,9

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

Sim Não Não responderam

Seqüência1

Gráfico 28: Se já baixou filmes pela internet Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, observa-se que apenas 15,4% dos

entrevistados já baixou filmes pela internet; enquanto que 81,7% nunca baixou

filmes pela internet e apenas 2,9% dos entrevistados não respondeu à questão. A

questão 19 e o gráfico 26 mostram que 61,6% dos entrevistados possui acesso à

internet, no entanto o gráfico 28 da questão número 21 mostra que apenas 15,4% já

baixaram filmes pela internet, sendo esta uma das principais preocupações dos

donos das vídeo-locadoras em relação ao futuro das mesmas ao lado da pirataria,

mas não é uma tendência geral do mercado consumidor, conforme a amostra

avaliada.

A questão número 22 é uma das mais importantes do presente estudo, pois

pretende ajudar a responder a duas das quatro hipóteses do presente estudo que

são as hipóteses três e quatro. A pergunta colocou para o entrevistado se ele

gostaria de alugar DVD pela internet, a resposta poderia ser sim ou não:

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80

Gostaria de alugar dvd pela internet

41,0

56,9

2,1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Sim Não Não responderam

Seqüência1

Gráfico 29: Gostaria de alugar DVD pela internet Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, observa-se que a maioria, ou 56,9%, não

gostaria de alugar DVD pela internet; enquanto que 41% dos entrevistados gostaria

de alugar DVD pela internet, apenas 2,1% não responderam a essa questão.

É possível concluir que apesar da maioria não querer alugar DVD pela

internet, existe um mercado em potencial de consumidores dentro da amostra

coletada para que uma futura rede de cooperação ofereça esse serviço, que é

inovador no Vale do Sinos, mas independente da futura rede de cooperação

trabalhar “on-line ou off-line, por telefone ou por carta, ou face a face, os

consumidores exigem um alto nível de respeito, serviço e qualidade das empresas

com as quais fazem negócio” (MOONEY;BERGHEIM, 2002, p. 32), aqui a autora do

livro “Os dez mandamentos da demanda: afinal de contas, o que os clientes

querem?”, coloca que entre os mandamentos do comércio eletrônico pela internet,

está o respeito pelos dados que o consumidor fornece as empresas através da rede

mundial de computadores, para que os seus dados sejam antes de tudo,

respeitados. Philip Kotler (2000) coloca que os serviços on-line vêm se tornando

cada vez mais populares e oferecem três grandes benefícios: a conveniência (onde

o cliente pode fazer pedidos 24 horas por dia, independente de que local esteja), a

informação (onde os clientes podem comparar empresas, serviços, preços sem

deixar seu local de trabalho ou residência), e maior comodidade (onde os

consumidores não precisam entrar em fila e nem lidar com vendedores, e não se

expor a fatores de persuasão e emocionais). Não é objetivo deste trabalho analisar o

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81

futuro funcionamento da rede, mas a internet tornou-se um grande mercado para

qualquer organização deste mundo globalizado, e as locadoras atuais devem

aproveitar melhor as oportunidades que a rede mundial de computadores oferece.

Apesar de os dados coletados demonstrarem que a maioria dos

entrevistados, ou seja, 56,9% não gostaria de alugar DVD pela internet, estes

entrevistados que não gostariam de alugar pela internet DVD, colocaram entre as

principais justificativas, não possuir internet ou não possuir computador, ou não

achar seguro locar pela internet, ou preferir ir pessoalmente até a locadora.

No quadro 08 encontram-se as justificativas pelas quais os respondentes

(118 entr.) não gostariam de alugar DVD pela internet, dentro as quais destaca-se

que 27,1% não têm acesso a internet e/ou computador, 24, 6% consideram o

ambiente da internet inseguro e 17,8% prefere ir até a locadora.

Motivo Percentual Não têm acesso à internet/computador 27,1% Falta de segurança da internet 24,6% Prefere ir até a locadora 17,8% Não sei trabalhar na internet 6,8% Provável custo mais alto 3,4% Outros motivos 20,3% Total 100,00% Quadro 08: Justificativa dos entrevistados referente resposta “não” da questão 22 Fonte: Coleta de dados

Não pode-se esquecer que nos últimos quatro anos no Brasil migraram das

classes D e E para a classe C, 20 milhões de brasileiros (conforme IBGE), devido a

conquistas da economia brasileira, como estabilidade econômica, juros em

decadência, ampliação do emprego formal e da renda, aumento real do salário

mínimo, e estes “novos consumidores classe C” acabaram adquirindo computadores

e outros bens. Os esforços do governo federal são evidentes nos últimos 14 anos

para fazer do Brasil um grande consumidor de bens e serviços.

Portanto, nos próximos anos mais e mais cidadãos estarão consumindo

produtos e serviços oferecidos pela internet, ao adquirirem seus computadores e

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migrarem de classe social, indo da classe C para a B ou da classe B para a A, ou

das classes D e E migrando para a classe C.

À questão 23 perguntou aos entrevistados se eles gostariam de alugar DVD

pela internet e ter o filme entregue pelos correios, o que demoraria em torno de 7

dias para recebê-los, as respostas seguem no gráfico 30:

Gostaria de alugar dvd pela internet e a entrega ser pelos correios

5

77

414

0

20

40

60

80

100

Sim Não Nãoresponderam

Não sei

Seqüência1

Gráfico 30: Gostaria de alugar DVD pela internet e a entrega ser pelos correios Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, observa-se que 77% dos entrevistados não

gostaria de alugar DVD pela internet se a entrega fosse pelos correios; 5% gostaria

de alugar DVD pela internet e a entrega ser pelos correios; 14% dos entrevistados

não soube responder á questão; outros 4% não quis responder á pergunta.

Segue o quadro 09 dos entrevistados que justificaram o porquê não

gostariam de alugar DVD pela internet e esse ser entregue pelos correios:

Motivo Percentual Pela demora 77,80% Outros motivos 16,20% Não possui computador 3,40% Inseguro 2,60% Total 100% Quadro 09: Justificativa dos entrevistados referente resposta “não” da questão 23 Fonte: Coleta de dados

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83

Ao analisar a tabela as principais justificativas pelas quais os respondentes

(117) não gostariam de alugar DVD pela internet e esse ser entregue pelos correios,

destaca-se a demora com 77,80%, os outros motivos somam 22,2%.

A pergunta número 24 colocou para os entrevistados se os mesmos

gostariam de alugar DVD pela internet, e que o mesmo fosse entregue por tele-

entrega em no máximo duas horas, as respostas constam no gráfico á seguir:

Dvd pela internet e tele-entrega de no máximo duas horas

39

23

64

0

10

20

30

40

50

60

70

Nãoresponderam

Não sabem/sei Não Sim

Seqüência1

Gráfico 31: DVD pela internet e tele-entrega de no máximo duas horas Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, 64% dos entrevistados afirmam que

gostariam de alugar DVD pela internet e ter o filme entregue em no máximo duas

horas; outros 23% não querem esse serviço; enquanto que 9% não souberam

responder; outros 3% não responderam á essa questão. Para Dan Finkelman, vice-

presidente sênior de planejamento de marcas e negócios da The Limited, Inc., ao

comentar que algumas empresas não conseguem suprir as necessidades de seus

consumidores, não entendendo o valor da internet, ele coloca que “para os

varejistas, a internet não revolucionou nosso pensamento, revolucionou nossa

entrega” (FINKELMAN apud MOONEY, 2002, p. 100).

Entre aqueles que justificaram o “Sim”, que totalizaram 100 entrevistados,

todos colocaram que por ser mais rápido, ágil e prático é que gostariam desse tipo

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de serviço. Algumas frases: E19 “mais cômodo”, E113 “seria mais rápido”, E273 “por

ser mais rápido”, E300 “agilidade”.

À pergunta número 25 colocou para os entrevistados se eles gostariam de

alugar filmes e ter o valor descontado das locações em seu contra-cheque no final

do mês, as respostas constam no gráfico 32:

Valor das locações descontado em seu contra-cheque no final do mês

3,1 7,117,5

72,3

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Nãoresponderam

Não sabem Sim Não

Seqüência1

Gráfico 32: Valor das locações descontado em seu contra-cheque no final do mês Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, observa-se que 72,3% dos entrevistados

não quer ter o valor descontado das locações em seu contra-cheque no final do

mês; 17,5% quer ter o valor descontado das locações em seu contra-cheque no final

do mês; 7,1% dos entrevistados não soube responder à questão; outros 3,1% não

quiseram responder.

Todos os entrevistados (79 entr.) que justificaram o “não”, da questão 25,

colocaram como justificativa que preferem pagar no ato da devolução o filme, por

não quererem misturar lazer com trabalho.

A questão 26 perguntou ao entrevistado se a locadora dele possui algum

sistema de milhagem que viesse a lhe trazer brindes ou recompensas futuras. As

respostas constam no gráfico 33:

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85

Se a sua locadora possui sistema de milhagem

4,7

17,8 19,3

58,2

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Nãoresponderam

Não sabe/sei Sim Não

Seqüência1

Gráfico 33: Se a sua locadora possui sistema de milhagem Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, observa-se que 58,2% das locadoras

segundo os entrevistados não possui um sistema de milhagem que venha a lhe

trazer brindes ou recompensas futuras; já 19,3% afirmaram que a sua locadora

possui sim um sistema de milhagem que vem a lhe trazer brindes/recompensas

futuras; 17,8% dos entrevistados não soube dizer se a sua locadora possui algum

sistema de milhagem e outros 4,7% não respondeu a essa questão.

A questão 27 perguntou aos entrevistados se eles achavam interessante o

sistema de milhagem para recompensá-los com brindes/recompensas futuras. As

respostas encontram-se no gráfico 34:

Acha interessante o sistema de milhagem/brindes

4,711,0 12,5

71,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

Não r esponde r am Não se i / sabem Não S im

Seqüência1

Gráfico 34: Acha interessante o sistema de milhagem/brindes Fonte: Coleta de dados

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86

Ao analisar os dados coletados, 71,8% dos entrevistados acha interessante

o sistema de milhagem que venha a lhe trazer brindes/recompensas futuras; 12,5%

não acha interessante este sistema; 11,0% não soube responder; e 4,7% dos

entrevistados não respondeu á pergunta.

Nessa questão, o entrevistado poderia justificar, e entre aqueles que

justificaram o “sim”, todos os 78 entrevistados colocaram que este sistema atrai o

cliente incentivando-o a locar mais, por causa das promoções e dos brindes.

Tanto para Kotler (2000) como para Mooney; Bergheim (2002), a tática de

recompensar os clientes à medida que eles passem a comprar produtos/serviços

das organizações é uma estratégia de retenção e fidelização de clientes, visto que

“não basta dominar as técnicas para atrair novos clientes; a empresa deve retê-los”

(KOTLER, 2000, p. 69), e para reter os clientes, a organização segundo esse autor,

deve satisfazê-lo, e o presente estudo mostra que 71,8% acha interessante que a

locadora venha a lhe trazer brindes/recompensas futuras à medida que locam, mas

no entanto 58,2% afirmou que a sua locadora não tem um sistema de milhagem

recompensador.

A questão 28 perguntou aos entrevistados como é o sistema de

relacionamento da locadora. Os resultados encontram-se no gráfico 35:

Sistema de relacionamento da locadora com o cliente

0,3 1,3 1,3 5,711,2

80,2

0102030405060708090

Outra form

a

Ligam

/e-m

ail

para so

bre

ofertas

Ligam

/e-m

ail

no aniversário

Ligam

/e-m

ail

sobre

novidad

es

Não

resp

onderam

Não

entram

em contato

Seqüência1

Gráfico 35: Sistema de relacionamento da locadora com o cliente Fonte: Coleta de dados

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87

Ao analisar os dados coletados observa-se que 80,2% dos entrevistados

afirmou que a sua locadora não entra em contato; 11,2% não responderam à essa

questão; 5,7% afirmaram que a sua locadora liga ou envia e-mail para informar

sobre novidades; 1,3% afirmaram que a sua locadora liga ou envia e-mail no dia do

seu aniversário; 1,3% afirmaram que a sua locadora liga ou envia e-mail para

informar sobre ofertas; e 0,3% afirmaram que a sua locadora tem outra forma de

contato. No atual mundo globalizado em que os clientes têm sido estudados por

diversos autores, tanto para pesquisas de mercado, como para conseguir entender

os hábitos dos consumidores de uma determinada região, a pesquisa revela que as

locadoras da cidade não têm nenhum interesse pela fidelidade desses, já que 80,2%

afirmaram que as suas locadoras sequer entram em contato com eles.

A questão 29 perguntou aos entrevistados como ele gostaria de receber as

informações da sua locadora. As respostas encontram-se no gráfico 36:

Como gostaria de receber as informações da sua locadora

1,3

8,1 9,1

18,5

29,0

33,9

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

Outra form

a de

contato

Pelo site

Não

resp

onderam

Por telefone

Por e-mail

Não

gostaria,

prefere ir lá

pesso

almen

te

Seqüência1

Gráfico 36: Como gostaria de receber as informações da sua locadora Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, 33,9% dos entrevistados afirmou que não

gostariam de receber as informações da sua locadora, pois prefere ir pessoalmente

à sua locadora; no entanto para 29,0% dos entrevistados a forma ideal da sua

locadora repassar as suas informações é através de e-mail; o tradicional telefone foi

colocado como forma ideal de contato para 18,0% dos entrevistados; para outros

8,1% de entrevistados a forma de contato para saber as informações da locadora é

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88

através do site da locadora; outros 1,3% afirmaram ser outra forma de contato a

ideal para ter as informações da sua locadora. Não responderam a essa questão

9,1% dos 383 entrevistados.

Esses dados mostram que 29,0% dos entrevistados querem as informações

da sua locadora por e-mail, se somarmos os que preferem acessar um site (8,1%)

da sua locadora têm-se um total de 37,1% dos entrevistados preferindo receber as

informações da sua locadora por meio da internet. Para Kotler (2000) os serviços on-

line oferecem vantagens aos profissionais de marketing, como exemplos; ajustes

rápidos às condições do mercado; custos mais baixos; construção de

relacionamento e cálculo do número de visitantes (quando os mesmos acessam a

sites) o que leva á concluir que a melhor forma das locadoras atuais manterem seus

clientes informados é através da internet, por meio de site ou e-mail, não

esquecendo de ligar para aqueles que não têm acesso ao mundo virtual ou preferem

recados por telefone, o que ajudaria também as locadoras a diminuir o percentual,

constatado no Gráfico 34, em que os clientes afirmam que 80,2% das locadoras não

entram em contato.

À questão 30 perguntou se a locadora do entrevistado possuía um cadastro

detalhado, ou seja, se a locadora sabia que tipo de filme o cliente gostava (ex:

comédia, terror, etc). As respostas constam no gráfico 37:

Se a sua locadora possui um cadastro seu (ex: sabe que tipo de filme você gosta)

6,813,6 13,8

65,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Nãoresponderam

Sim Não sabe/Nãosei

Não

Seqüência1

Gráfico 37: Se a sua locadora possui um cadastro seu (ex: sabe que tipo de filme você gosta) Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, 65,8% dos entrevistados afirmaram que as

suas locadoras sequer sabem quais tipos de filme esses gostam; 13,8% dos

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89

entrevistados não souberam responder a questão; 13,6% afirmaram que as suas

locadoras sabem o tipo de filme que eles gostam; enquanto que 6,8% não

respondeu a essa questão.

A questão 31 perguntou se o valor de uma locação é importante na hora da

locação de um filme. As respostas constam no gráfico 38:

O valor de uma locação é importante para você

2,1 3,4 4,7 5,2

84,6

0,010,020,0

30,040,050,060,0

70,080,090,0

Não sei/Nãosabe

Não Nãoresponderam

Indiferente Sim

Seqüência1

Gráfico 38: O valor de uma locação é importante para você Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados, para 84,6% dos entrevistados o valor de

uma locação é importante na hora de locar um filme; enquanto 5,2% afirmaram que

o valor de uma locação é indiferente; 4,7% não respondeu a questão; para outros

3,4% o valor de uma locação não é importante na hora da locação de um filme;

outros 2,1% dos entrevistados não soube responder a questão.

A questão 32 perguntou se as promoções são importantes na hora da

locação de um filme. As respostas constam no gráfico 39:

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90

Se as promoções são importantes

1,0 3,1 4,7 5,5

85,6

0,010,020,030,040,050,060,070,080,090,0

Indiferente

Sim

Seqüência1

Gráfico 39: Se as promoções são importantes Fonte: Coleta de dados

Ao analisar os dados coletados para 85,6% dos entrevistados as promoções

são importantes na hora de locar filmes; para 5,5% dos entrevistados as promoções

são indiferentes; para 3,1% dos entrevistados as promoções não são importantes.

Nessa questão 4,7% dos entrevistados não respondeu a pergunta e outros 1,0% não

soube responder.

À questão 33 perguntou para os entrevistados se o prazo de devolução é

importante. As principais respostas constam no gráfico 40:

Se o prazo de devolução é importante para você

1,0 1,8 3,1 4,7

89,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Não sei/sabe Não Indiferente Nãoresponderam

Sim

Seqüência1

Gráfico 40: Se o prazo de devolução é importante para você Fonte: Coleta de dados

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91

Ao analisar os dados coletados para 89,3% dos entrevistados o prazo de

devolução é importante; 4,7% dos entrevistados preferiram não responder a esta

pergunta; outros 3,1% acham indiferente o prazo de devolução; para 1,8% dos

entrevistados o prazo de devolução não é importante; 1,0% dos entrevistados não

souberam responder a presente questão.

A questão número 34 e última do presente questionário eram para aqueles

que queriam fazer alguma sugestão, comentário final ou opinião. Apresenta-se a

seguir algumas frases dos 80 entrevistados que deixaram seu recado:

• E21 “Manter a qualidade das fitas; criar as promoções; receber mais

informações da locadora; funcionários treinados com conhecimento

dos filmes disponíveis (pelo menos os lançamentos)”;

• E34 “A parte do sistema de milhagem e brindes foi ótima idéia”;

• E118 “Nunca vi uma locadora que tivesse banheiro em suas

dependências. Eu acho isso importante”;

• E122 “O valor das locações e as promoções que proporcionam ficar

com os filmes por mais dias são muito importantes para mim”;

• E130 “A locação ter mais prazo de entrega e ser mais barata”;

• E206 “Não gosto desse meio virtual e nem que fiquem me ligando,

prefiro este contato direto que é muito mais importante e gera uma

amizade”;

• E277 “Achei a pesquisa sobre esse ramo muito importante, pois acho

que deveria existir mais atenção com esse ramo de atividade. Esta

faltando na nossa cidade e também no nosso bairro mais locadoras”;

• E281 ”Penso que as locadoras vão diminuir com o crescimento da

pirataria e falta de política para seu controle. Facilidade de acesso á

internet”;

• E283 “Uma boa locadora funciona com qualidade, quando oferece

lançamentos e variedades, preço e bom atendimento”;

• E286 “Com a facilidade que se compra DVD, no trabalho, na rua e

nos lugares mais diversos e por preços tão mais acessíveis eu acho

que as locadoras deveriam como nesta pesquisa se interessar mais

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92

pelo cliente fazendo promoções e buscando, levando e por que não

melhorando e facilitando a locação”.

A análise dos questionários da população amostral encerrou com a pergunta

34 onde o entrevistado poderia emitir uma opinião, sugestão ou comentário final

sobre o questionário que respondeu. A seguir serão apresentadas as considerações

finais sobre o presente estudo, além de serem respondidas todas as hipóteses

levantadas na introdução.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho fez referência que as micro e pequenas empresas encontram-

se no foco da reestruturação produtiva e no desenvolvimento de regiões e países.

Porém, isso não é suficiente para o sucesso. A grande maioria busca organizar-se

de forma a aumentar sua permanência no mercado. Dentre elas encontram-se as

redes de cooperação que por seu aspecto dinâmico vêm cada vez mais ganhando

espaço.

Constante no leque de assuntos que envolvem as pequenas empresas está

a formação das redes de empresas, que podem ser descritas como associações de

firmas, normalmente micro e pequenas empresas, que buscam através da

coordenação e cooperação, o aumento de seu valor e sua perenidade no mercado.

A presente monografia buscou verificar a viabilidade de mercado para a

formação de uma rede de cooperação de vídeo-locadoras na cidade de São

Leopoldo/RS. Para tanto foram utilizadas a pesquisa descritiva, bibliográfica,

qualitativa e quantitativa.

Para a coleta dos dados, foi aplicado aos donos das vídeo-locadoras formais

do município de São Leopoldo/RS, um questionário onde constavam questões

relacionadas a abertura de seu negócio; se a abertura do empreendimento ocorreu

por oportunidade ou por necessidade; quantos clientes a locadora possui; a média

de locações de cada cliente por mês; o preço médio de DVD/lançamento que as

locadoras pagam junto aos fornecedores; o preço do DVD/lançamento para o cliente

final. Além dessas, constavam duas questões com o objetivo de descobrir se os

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94

empresários do ramo conheciam o programa redes de cooperação; qual a impressão

que tinham do programa; quais as vantagens e as dificuldades que esses vêem em

uma rede de cooperação; e a pergunta fundamental que verificou junto a esses

empresários se gostariam de se associar a uma futura rede de cooperação. A

pergunta final colocava em cheque, qual seria a maior preocupação dos donos de

vídeo-locadoras em relação ao futuro das mesmas. Todos os vinte e cinco

entrevistados responderam o questionário.

Ao analisar o referencial teórico verifica-se que é unânime entre os autores a

importância da inovação nos dias atuais, não só para as grandes organizações, mas

também para as micro, pequenas e médias empresas de todas as áreas. E as redes

de cooperação têm oportunizado o trabalho unificado das empresas, oferecendo

entre as principais vantagens informações sobre o segmento em que as empresas

atuam, marketing compartilhado e redução de custos de aquisição, sendo também

uma forma de inovação organizada.

Através dos dados coletados e da análise realizada, pôde-se verificar que a

hipótese número 01 “caso os resultados da pesquisa demonstrem que os

empresários da cidade gostariam de fazer parte de uma rede de cooperação” foi

confirmada, pois as empresas pesquisadas têm interesse em participar de uma

futura rede de cooperação (56% disseram sim), mas gostariam de conhecer melhor

o programa antes de se associar.

Outra afirmação que pôde ser feita mediante a análise e verificação das

respostas apresentadas pelos entrevistados, constatou que 56% já conhecia o

programa antes mesmo do questionário ser aplicado; a avaliação do programa por

parte dos pesquisados é de ótima (28%) e boa (44%), totalizando 72% de aprovação

pelo empresariado pesquisado. No entanto, a principal dificuldade que estes

empresários vêem é a de compartilhar informações, citado como dificuldade por

40%.

Com relação à análise da amostra da população da cidade estudada,

verificou-se que os 383 que responderam à pesquisa, em sua grande maioria,

apesar de avaliar positivamente o atendimento das vídeo-locadoras (aprovação total

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95

de 72,1%), não recebe informações da sua locadora pelo fato delas não entrarem

em contato (80,2%), e ainda as locadoras não possuem sistema milhagem que

venha trazer recompensas/brindes para os clientes, segundo 58,2% dos

entrevistados, sendo que para 71,8% este sistema é interessante.

Ao analisar os dados coletados, a hipótese 02 levantada de que “o sucesso

do empreendimento redes de cooperação de vídeo-locadoras será a celebração de

convênios com empresas, independente do ramo, para que os colaboradores das

mesmas aluguem filmes na futura rede de cooperação de vídeo-locadoras com

desconto no final do mês nas respectivas folhas de pagamento dos mesmos”, foi

descartada já que 72,3% dos entrevistados não gostaria de ter em seu contra-

cheque no final do mês o desconto das locações, apesar disso existe uma parcela

da amostra analisada, 17,5%, que disseram sim, o que permite afirmar que existe

mercado para este serviço na cidade de São Leopoldo/RS.

A hipótese número 03 levantada no trabalho de que “o sucesso da rede de

cooperação será também a utilização da internet para os pedidos e o serviço postal

brasileiro (correios) para a distribuição”, foi descartada já que mais de 77% dos

entrevistados não gostaria de alugar DVD pela internet e o ter os filmes entregues

pelos correios, apesar disso existe uma pequena parcela da amostra analisada, 5%,

que disseram sim, o que permite afirmar que existe mercado para este serviço na

cidade de São Leopoldo/RS.

O uso da internet para comércio de bens/serviços já é uma realidade que

precisa ser encarada pelos empresários das vídeo-locadoras da cidade, visto que

61,6% da amostra da população pesquisada possui acesso à internet, sendo 75,4%

dos acessos em casa; na presente pesquisa constatou-se que 41% dos

entrevistados gostariam de alugar DVD pela internet.

A hipótese 04 “o sucesso da rede de cooperação será também a utilização

da internet (aluguel e/ou venda dos DVDs) para os pedidos e o sistema de tele-

entrega para a distribuição, e também como forma de inovar”, foi confirmada, já que

64% dos entrevistados afirmam que gostariam de alugar DVD pela internet e ter o

filme entregue em no máximo duas horas via tele-entrega, outros 23% não gostariam

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96

desse serviço, enquanto que 9% não souberam responder e 3% não responderam á

essa questão. Para Dan Finkelman, vice-presidente sênior de planejamento de

marcas e negócios da The Limited, Inc., ao comentar que algumas empresas não

conseguem suprir as necessidades de seus consumidores, não entendendo o valor

da internet, ele coloca que “para os varejistas, a internet não revolucionou nosso

pensamento, revolucionou nossa entrega” (FINKELMAN apud MOONEY;

BERGHEIM, 2002, p.100).

Por fim, cabe ressaltar que os entrevistados informaram, ainda que

gostariam de receber as informações da sua locadora por e-mail (29%) ou pelo site

(8,1%), portanto claramente a amostra analisada tem acesso à internet e quer

receber através da rede mundial de computadores as informações de sua locadora

por e-mail ou por site, mas não foi objetivo deste trabalho analisar o futuro

funcionamento de uma rede, e sim estudar a implantação de uma com serviços

inovadores.

Sem sombra de dúvida a internet tornou-se um grande mercado para

qualquer organização deste mundo globalizado, e as locadoras atuais devem

aproveitar melhor as oportunidades que a internet oferece, sejam sozinhas ou em

rede, e a quebra de barreiras culturais como o “não compartilhar informações” e o

“egoísmo”, precisam ser urgentemente superados para se trabalhar em rede,

fornecer serviços inovadores através da internet, compartilhar conhecimento e

marketing, reduzir custos de aquisição, que são os grande objetivos de uma rede de

cooperação, que pode vir a se formar, dependendo única e exclusivamente dos

empresários das vídeo-locadoras formais da cidade de São Leopoldo/RS, para quem

sabe uma expansão a nível de Vale do Sinos e posteriormente Rio Grande do Sul,

como é o caso da bem sucedida rede de mercados Redefort.

A realização da presente monografia trouxe ao pesquisador, além de um

conhecimento específico sobre os temas – micro e pequenas empresas,

empreendedorismo, inovação e redes de cooperação – a possibilidade de retomar

vários assuntos estudados durante todo o curso de Administração, que muitas

vezes, por não fazerem parte do dia-a-dia, vão sendo esquecidos. A grande

inspiração para escrever a monografia e buscar as respostas para as hipóteses

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levantadas teve origem no livro de Kelly Mooney e Laura Bergheim intitulado Os 10

mandamentos da demanda: afinal de contas, o que os clientes querem? Onde as

autoras falam sobre uma locadora localizada nos Estados Unidos, que utiliza os

correios para a entrega dos DVDs e a internet como forma de os clientes reservarem

seus filmes.

Com a realização da presente monografia, surgiram alguns questionamentos

que podem servir como base para a realização de novas pesquisas sobre o assunto.

As empresas têm real conhecimento do significado e da importância de se trabalhar

em rede? Até que ponto as práticas de gestão das redes já constituídas e

consolidadas, servem como modelo para a formação de novas redes de empresas?

Por que os pontos fundamentais das redes de cooperação (redução de custos de

aquisição, marketing compartilhado, e troca de informações sobre o segmento) que

aceleram a competitividade das micro e pequenas empresas, muitas vezes acabam

fracassando na tentativa de formação de uma nova rede (como exemplo a antiga

Rede Cena 01)?

Foram diversas as limitações encontradas para a realização do presente

trabalho. A primeira foi com relação ao tempo, já que poderiam ser feitos muitos

cruzamentos de informações pela quantidade dos dados coletados.

A segunda limitação foi à dificuldade em receber respostas aos

questionários entregues à amostra da população da cidade de São Leopoldo, onde o

objetivo final que era o de entrevistar 383 pessoas para testar três hipóteses (sendo

160 do bairro Campina, 50 do bairro Cristo Rei, e 173 do bairro Centro), o objetivo

final foi alcançado, e as hipóteses respondidas. Mas como os questionários eram

entregues em um dia para serem recolhidos no dia posterior, muitas pessoas (em

torno de 50), extraviaram esses documentos.

Diante disso, finaliza-se o presente trabalho com a expectativa inicial da

pesquisa e os objetivos alcançados. Espera-se a partir de agora novos estudos

sobre os temas – micro e pequenas empresas, empreendedorismo, inovação e

redes de cooperação – venham a ser realizados e incentivados, face o crescimento

do interesse corporativo sobre eles, como estratégias para o desenvolvimento e

perenidade de muitas empresas.

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ANEXOS

Anexo 1: Listagem das vídeo-locadoras

Anexo 2: Questionário para a população da cidade

Anexo 3: Questionário para os proprietários das vídeo-locadoras

Anexo 4: Pequena ficha para empresário

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Anexo 1: Listagem das Vídeo-locadoras

Bairro Nome da Locadora com nome fantasia entre aspas Centro ST fernandes Vídeo Locadora "Welt Vídeo" Centro Video Klip Com. E Loca. De Fitas e Vídeo Ltda “Vídeo Klip”Centro Redeker,Redeker e Redeker Ltda "Vídeo Klip" Cristo Rei Video Klip Com. E Loca. De Fitas e Vídeo Ltda “Vídeo Klip” Rio Branco Jeane Inês Kremer "Vídeo Klip" Feitoria Valquiria Rezende de Oliveira “Delta Vídeo” Feitoria Cleber Airton F. Teixeira "Styllus Vídeo" Santo André Luis Carlos Amaral Martins e cia Ltda "Gaspar Games" São Miguel Valdonei de Moura ME "Charrua Vídeo Locadora" Vicentina Neusa Maria de Oliveira Velho Centro Fernando Guterres Martins "Locação Vídeo Store" Centro Locação Vídeo Art Ltda “Vídeo Art” Centro Marcos F. Fagundes "Taty Vídeo" Centro Jalusa Araujo Soares "Pop Vídeo" Morro do Espelho Patricia Maria de Souza ME "Chaplin Vídeo" Santa Teresa Jarlen Vídeo Ltda "Zepellin" Cristo Rei Margarete Aparecida de Carvalho "Top Vídeo Locadora" São João Batista Vídeo Pan ME “Vídeo Pan” Scharlau Buhler Vídeos Ltda "Estação do Vídeo” Arroio da Mantega R.E. Vídeo Locadora Ltda "Mídia Vídeo Locadora" Arroio da Mantega Lancheria e Locadora de Vídeo Ltda Campina Janice L. O Leite "Jamal Vídeo" Scharlau Locadora Dika de Vídeo Ltda ME "Dika de Vídeo" Scharlau D.E. Wingert Campina Natalina Borges Prates

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Anexo 2: Questionário para a população da cidade

CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE

Curso de Graduação em Administração de Empresas

A presente pesquisa é um instrumento de coleta de dados que será utilizada para a monografia de conclusão de curso do aluno Gregório Arrue Vicente Fauth, intitulada “Plano de Negócio para uma rede de cooperação de vídeo-locadora – Viabilidade Econômica e Financeira”

Questionário 01 – Público em geral

1. Quando você pensa em vídeo-locadora, que nome de vídeo-locadora que lembras?

Parte 01 - Perfil do entrevistado

2. Nome (não é obrigatório identificar-se): __________________________________________________________

3. Sexo: 1 |__| Masculino 2 |__| Feminino

4. Idade: ____________________

5)Qual é a sua escolaridade? 1 |__| Alfabetizado / Primeiro Grau Incompleto 2 |__| Primeiro Grau Completo / Ensino Médio Incompleto 3 |__| Ensino Médio/Técnico Completo / Superior Incompleto 4 |__| Superior Completo / Pós Graduados / Mestrado / Doutorado

6)Qual é a renda familiar bruta? (Conforme IBGE) 1 |__| Até R$ 394,00 Classe E 2 |__| De R$ 395,00 á R$ 745,00 Classe D 3 |__| De R$ 746,00 á R$ 1600,00 Classe C 4 |__| De R$ 1601,00 á R$ 2.664,00 Classe B1 5 |__| De R$ 2.665,00 á 4.425,00 Classe B2 6 |__| De R$ 4.426,00 á R$ 8353,00 Classe A2 7 |__| De 8354,00 ou acima Classe A1

7)Quantas pessoas dependem dessa renda? 1 |__| até 1 2 |__| de 2 a 3 3 |__| de 4 a 6 4 |__| de 7 a 9 5 |__| de 10 a 15 6 |__| Mais de 15

8)Tem filhos? 1 |__| Sim 2 |__| Não

9) Se sim, qual é a idade dos filhos que residem com você? 1 |__| Entre 0 á 3 anos 2 |__| Entre 4 á 8 anos 3 |__| Entre 9 á 14 anos 4 |__| Entre 15 á 21 anos 5 |__| Acima de 21 anos

10) A sua família possui aparelho de DVD em casa? 1 |__| Não 2 |__| Sim, possui 1 aparelho (vá para a questão 12) 3 |__| Não sei 4 |__| Não temos DVD em casa, mas pedimos emprestado

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11) Se você não possui aparelho de DVD, pretende adquirir no corrente ano? 1 |__| Sim 2 |__| Não 3 |__| Não sei

12) Você possui cadastro em quantas Vídeo-locadoras? 1 |__| Não Possuo 2 |__| Sim, numa locadora (vá para a questão 15) 3 |__| Sim, em mais de uma locadora (vá para a questão 14)

13) Se não, você tem interesse em abrir um cadastro em alguma? (vá para a questão 16) 1 |__| Sim 2 |__| Não 3 |__| Não sei

14) Se você que possui cadastro em mais de uma vídeo-locadora, porque você fez esta opção?

1 |__| Uma das locadoras é do bairro em que moro, e nesta não possui muitas opções e nem muitos lançamentos, enquanto que na outra vídeo locadora tenho muitas opções

2 |__| Tenho ficha em mais de uma locadora, por pura opção mesmo 3 |__| Variedade 4 |__| Preços e melhores alternativas de escolha 5 |__|__________________________________________________________

15) Como você avalia o atendimento prestado pela(s) locadora(s)? 1 |__| Ótimo 2 |__| Bom 3 |__| Razoável 4 |__| Ruim 5 |__| Péssimo

Por quê? ________________________________________________________________

16) Enumere, em ordem decrescente de importância, quais os serviços indispensáveis que você procura em uma vídeo locadora?

Grau de Importância

5 - Muito Importante

4 – Importante 3 - Parcialmente Importante

2 - Pouco Importante

1 - Sem importância

1 Cafezinho/Água/Lanche

2 Existe acesso a internet gratuito, para quem é cliente

3 Atendimento

4 Muitas opções de filmes para escolha

5 Relacionamento com equipe de atendimento.

6 Ambiente (Climatizado) 7 Promoções 8 ..................................................

Parte 2 – Comportamento em relação ao entretenimento

17) Escreva três coisas que você gosta de fazer no seu tempo de lazer?

18) Você já comprou DVD Pirata? 1 |__| Sim, já comprei, pois é mais barato 2 |__| Sim, já comprei mas não compro mais 3 |__| Não comprei, nem pretendo comprar 4 |__| Não comprei, mas pretendo comprar 5 |__| Já comprei, mas estragou meu aparelho e não pretendo mais comprar

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19) Você possui acesso á internet? 1 |__| Não, Vá para a questão 22 2 |__| Sim

20) Se sim, onde tem acesso? 1 |__| Em casa 2 |__| Na escola 3 |__| No trabalho 21) Você já baixou filmes pela Internet? |__| Sim |__| Não

22) Você gostaria de alugar DVD pela internet? 1 |__| Sim 2 |__| Não, justificativa: _____________________________________________________

23) Se você alugasse pela internet DVD, você gostaria que o mesmo fosse entregue pelo correio, o que demoraria em torno de 7 dias para recebê-los?

1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Não sei Justificativa ____________________________________________________________

24) Se você alugasse pela internet DVD, você gostaria que o mesmo fosse entregue por tele-entrega em no máximo duas horas?

1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Não sei Justificativa ____________________________________________________________

25)Você gostaria de alugar filmes e ter o valor descontado das locações em seu contracheque no final do mês?

1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Não sei Justificativa ____________________________________________________________

26)A sua locadora possui algum sistema de milhagem que venha a lhe trazer brindes ou recompensas futuras?

1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Não sei

27) Achas interessante este sistema? 1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Não sei Justificativa ____________________________________________________________

28) Como é o sistema de relacionamento da sua locadora com você?

1 |__| Ligam ou enviam e-mail para informar sobre novidades 2 |__| Ligam ou enviam e-mail para informar sobre ofertas 3 |__| Ligam ou enviam e-mail no dia do meu aniversário. 4 |__| Não entram em contato. 5 |__| Outro ...........................................

29) Como gostaria de receber as informações da sua locadora? 1 |__| Pelo site da locadora 2 |__| Por e-mail 3 |__| Por telefone 4 |__| Não gostaria, prefiro ir até a locadora para me informar. 5 |__| ..............................................................................

30) A sua locadora possui seu cadastro detalhado(por exemplo: a locadora sabe que tipo de filme você mais gosta: se é comédia, terror, ficção científica, suspense, etc....

1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Não sei

31) O Valor de uma locação é importante para você? 1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Indiferente 4 |__| Não sei

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32) As promoções são importantes para você? 1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Indiferente 4 |__| Não sei

33) O prazo de devolução é importante para você? 1 |__| Sim. 2 |__| Não 3 |__| Indiferente 4 |__| Não sei

34) Alguma sugestão, comentário final ou opinião?

____________________________________________________________________

Muito obrigado pela sua atenção.

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Anexo 3: Questionário para os proprietários das vídeo-locadoras

CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE Curso de Graduação em Administração de Empresas A presente pesquisa é um instrumento de coleta de dados que será utilizada para a monografia de conclusão de curso do aluno Gregório Arrué Vicente Fauth, intitulada “Plano de Negócio para uma rede de cooperação de vídeo-locadora – Viabilidade Econômica e Financeira” 1) Quando abriu a vídeo-locadora a fez por oportunidade de mercado ou fez por necessidade, ou seja, para questões de sobrevivência? 2) Se fez por oportunidade, qual a oportunidade que o senhor vislumbrou na época? 3) Quantos clientes a locadora possui atualmente? 1 |__| Até 250 clientes 2 |__| Entre 251 e 500 clientes 3 |__| Entre 501 e 1.000 clientes 4 |__| Entre 1001 á 2.000 clientes 5 |__| Entre 2.001 á 3.000 clientes 6 |__| Acima de 3.000 clientes 4) Qual a média de locações de cada clientes por mês? 1 |__| Até 2 locações 2 |__| Entre 3 e 4 locações 3 |__| Entre 5 e 6 locações 4 |__| Entre 7 e 8 locações 5 |__| Acima de 8 locações 5) Qual o preço médio de DVD/lançamentos junto aos fornecedores que a sua empresa paga? 6) Qual o preço de locação dos lançamentos para o cliente final? 7) Conheces/já ouviu falar do programa redes de cooperação? 1 |__| Sim 2 |__| Não

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8) Qual a impressão que tens do programa? ( Escala likert Para avaliação) 1 |__| Ótima 2 |__| Boa 3 |__| Razoável 4 |__| Ruim 5 |__| Péssimo 9) Quais as principais dificuldades que o senhor vê se viesse a participar de uma rede de cooperação de vídeo-locadoras? 1 |__| Compartilhar informações 2 |__|O grau de instrução dos futuros componentes da Rede 3 |__| .........................................................................

10) Quais as vantagens que percebes em uma rede de cooperação?

Grau de importância: 5 - Muito Importante; 4 – Importante; 3 Parcialmente Importante 2 - Pouco Importante; 1 - Sem importância

1 |__| Poder de compra 2 |__| Recursos Humanos e Capacitação 3 |__| Marketing, Comunicação e Publicidade 4 |__| A tecnologia e os sistemas de gestão utilizando técnicas de administração 11) O Programa redes de cooperação oportuniza o trabalho unificado das empresas, no nosso caso a cooperação seria entre empresários do ramo de vídeo-locadoras, oferecendo vantagens aos mesmos, como a troca de informações sobre o segmento (Entretenimento), marketing compartilhado e redução de custos de aquisição, o senhor gostaria de se associar a uma futura rede de cooperação de vídeo-locadoras? 1 |__| Sim 2 |__| Não Justifique ...................................................................... 12) Qual a sua maior preocupação em relação ao futuro das vídeo-locadoras? 1 |__| A grande concorrência atual existente neste ramo 2 |__| A globalização e o movimento econômico neoliberal 3 |__| O acesso facilitado á internet, com muitas pessoas baixando filmes pela internet 4 |__| A pirataria 5 |__| Outro motivo(favor especificar):

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Anexo 4: Pequena ficha para empresário Programa Redes de Cooperação:

O programa Redes de Cooperação nasceram da necessidade de

fortalecimento de micro, pequenas e médias empresas, com o propósito de fazer

frente ás mudanças no padrão de competição empresarial, para lidar com ás novas

tecnologias, a gestão profissional, a governança corporativa e as inúmeras variáveis

que a globalização vem colocando perante ás Nações e principalmente ás

empresas.

Diante desse contexto, no ano de 2000, o Governo do Estado do Rio Grande

do Sul, através da Sedai (Secretaria de Desenvolvimento e dos Assuntos

Internacionais), e a Feevale começou a operacionalizar o Programa Redes de

Cooperação. E a Feevale teve um papel muito importante, pois foi a Universidade

pioneira na realização, reunião e operacionalização do Programa Redes de

Cooperação.

O Programa oportuniza o trabalho unificado das empresas, neste estudo

caso pretende-se verificar através de pesquisa se existe a viabilidade de cooperação

e aceitação dos empresários do ramo de vídeo-locadoras na cidade de São

Leopoldo, oferecendo vantagens aos mesmos, como a troca de informações sobre o

segmento, marketing compartilhado e redução de custos de aquisição. Fonte:

Folheto Guia de Integração de Redes da Feevale

Empreeendedorismo por oportunidade e empreendedorismo por necessidade:

Oportunidade: São empreendimentos que percebem uma oportunidade no

mercado, então esses empreendimentos aproveitam essa oportunidade que o

mercado está proporcionando para oferecer serviços novos ou até mesmo ofertar

serviços que já existiam, porém, aplicando porém conceitos de administração e

técnicas gerenciais, padronizando o produto/serviço, desenhando processos e

equipamentos, baseando o treinamento de seu pessoal na análise do trabalho a ser

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feito e a partir daí estabelecendo os padrões de qualidade que exigiria. As

organizações que fazem isso acabam, muitas vezes, criando um novo mercado e um

novo consumidor. Exemplos destes tipos de empresas: Mcdonalds, Habibs, China in

Box, etc. Fonte: Peter Drucker(Inovação e Espírito Empreendedor)

Necessidade: O casal que abre mais uma confeitaria ou mais um restaurante no

centro da cidade, ou que em grande parte, abre um negócio com o dinheiro da

rescisão do seu útimo emprego de carteira assinada. Portanto, entende-se por

empreendedorismo por necessidade, aquele empreendimento que acaba não

criando uma nova satisfação para o consumidor, e nem uma nova demanda para

ele.