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8/9/2019 CESPE_ATUALIZACAO n1 http://slidepdf.com/reader/full/cespeatualizacao-n1 1/62 CONCURSOS CESPE! Um dos maiores especialistas em Concursos Públicos do País ATUALIZAÇÃO 01 OUTUBRO/2011 WANDER GARCIA C O M O P A S S A R EM

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CONCURSOSCESPE!

Um dos maiores especialistas emConcursos Públicos do País

ATUALIZAÇÃO 01OUTUBRO/2011

WANDER GARCIA

C O

M O P A

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Lei 12.403/11 – Prisão e Medidas Cautelares

Lei 12.433/11 – Execução Penal

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Eduardo Dompieri

14. D e t P cess l Pen l – Atualização nº 1

1. F , P íp G , Ef á d LP T p E p

(Cartório/DF – 2008 – CESPE) Julgue o item seguinte.(1) A exigência de defesa técnica, para a observância

do devido processo legal, impõe a presença dopro ssional da advocacia na audiência de interro -gatório do acusado, sendo essa uma formalidadede cunho nitidamente constitucional.

Art. 5º, LIV e LV, da CF; art. 185 do CPP. G a b a r i t o 1 C

(Cartório/DF – 2008 – CESPE) Julgue o item seguinte.(1) A CF assegura aos acusados o contraditório e

a ampla defesa, com os meios e recursos a elainerentes. Entre tais meios, inclui-se o Pacto deSão José da Costa Rica, que prevê garantia judi-cial da comunicação prévia e pormenorizada daimputação. Em consonância com essa orientaçãoconstitucional, o CPP determina que a acusaçãodeve conter a exposição do fato criminoso, comtodas as suas circunstâncias, a quali cação doacusado ou esclarecimentos pelos quais se possaidenti cá-lo, a classi cação do crime e, quandonecessário, o rol de testemunhas.

Art. 41 do CPP. G a b a r i t o 1 C

(Procuradoria Federal – 2007 – CESPE) Julgue o itemseguinte.(1) Em relação à lei processual penal no tempo, vigora

o princípio do efeito imediato, segundo o qualtempus regit actum. De acordo com tal princípio,as normas processuais penais têm aplicaçãoimediata, mas consideram-se válidos os atosprocessuais realizados sob a égide da lei anterior.

Art. 2º do Código de Processo Penal. G a b a r i t o 1 C

(Defensoria Pública da União – 2010 – CESPE) Acerca da

aplicação da lei processual penal no tempo, julgueos itens que se seguem.(1) O direito processual brasileiro adota o sistema

do isolamento dos atos processuais, de maneiraque, se uma lei processual penal passa a vigorar

estando o processo em curso, ela será ime -diatamente aplicada, sem prejuízo dos atos járealizados sob a vigência da lei anterior.

(2) Em caso de leis processuais penais híbridas, o juiz deve cindir o conteúdo das regras, aplicando,imediatamente, o conteúdo processual penal efazendo retroagir o conteúdo de direito material,desde que mais bené co ao acusado.

1: conforme reza o art. 2º do CPP, a lei processual penal terá aplica-ção imediata, preservando-se os atos realizados sob a égide da leianterior; 2: há normas processuais penais que possuem naturezamista, híbrida, isto é, são dotadas de natureza processual e materialao mesmo tempo. Nesse caso, deverá prevalecer, em detrimentodo regramento estabelecido no art. 2º do CPP, a norma contida noart. 2º,caput e parágrafo único, do Código Penal. Em se tratandode norma mais favorável ao réu, deverá retroagir em seu benefício;se prejudicial a lei nova, aplica-se a lei já revogada. G a b a r i t o 1 C , 2 E

(CESPE – 2009) A lei processual penal(A) não admite aplicação analógica, em obediência

ao princípio da legalidade estrita ou tipicidadeexpressa.

(B) admite interpretação extensiva e o suplementodos princípios gerais de direito, por expressadisposição legal.

(C) tem aplicação imediata, devendo os atos pratica-dos sob a vigência de lei anterior revogada serrenovados e praticados sob a égide na nova lei,

sob pena de nulidade absoluta.(D) não retroagirá, salvo para bene ciar o réu, nãovigorando, no direito processual penal, o princípiotempus regit actum.

A e B: art. 3º do CPP; C e D: art. 2º do CPP. Adotou-se, quanto àe cácia da lei processual no tempo, oprincípio da aplicação imediata (tempus regit actum ), preservando-se os atos até então praticados.Vale, aqui, fazer uma ressalva. Quando se tratar de uma normaprocessual dotada de caráter penal material, há quem entenda quea sua e cácia no tempo deverá seguir o regramento do art. 2º,caput e p. único, do Código Penal, ou seja, a lei processual penal materialpoderá retroagir em benefício do réu. G a b a r i t o " B "

(CESPE – 2008) Assinale a opção correta de acordocom o CPP.(A) Com a aplicação imediata da lei processual penal,

os atos realizados sob a vigência da lei anteriorperdem sua validade.

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(OAB – CESPE – 2007.3) Acerca das garantias constitu-cionais referentes aos direitos processual e penal,assinale a opção correta.(A) São imprescritíveis, entre outros, os crimes de

racismo, tortura, trá co ilícito de entorpecentes,terrorismo e os de nidos como hediondos.

(B) Os princípios do contraditório, ampla defesa,devido processo legal, vedação das provasilícitas e publicidade têm expressa previsãoconstitucional.

(C) A violação do sigilo das comunicações telefô-nicas pode ocorrer por ordem judicial, para nsde investigação criminal, instrução processualpenal ou civil.

(D) A busca e apreensão em domicílio podem ocorrerdurante o dia ou à noite, desde que mediantedeterminação judicial.

A: art. 5º, XLII, XLIII e XLIV, da CF; B: art. 5º, LV, da CF (contraditório e

ampla defesa); art. 5º, LIV, da CF (devido processo legal); art. 5º, LVI,da CF (vedação das provas ilícitas); e art. 5º, LX, da CF (publicidade);C: art. 5º, XII, da CF; D: art. 5º, XI, da CF. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2007.3) Esse princípio refere-se aosfatos, já que implica ser ônus da acusação demons -trar a ocorrência do delito e demonstrar que oacusado é, efetivamente, autor do fato delituoso.Portanto, não é princípio absoluto. Também decorredesse princípio a excepcionalidade de qualquermodalidade de prisão processual. (...) Assim, adecretação da prisão sem a prova cabal da culpa

somente será exigível quando estiverem presenteselementos que justi quem a necessidade da pri -são. Edilson Mougenot Bon m. Curso de processopenal. 2.a ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 46 (comadaptações). O princípio especí co de que trata oexcerto acima é o do(a)(A) livre convencimento motivado.(B) inocência.(C) contraditório e ampla defesa.(D) devido processo legal.

Art. 5º, LVII, da CF. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2007.1) Com relação ao processo penal,assinale a opção incorreta.

(A) O acusado, embora preso, tem o direito decomparecer, de assistir e de presenciar, sobpena de nulidade absoluta, os atos processuais,notadamente aqueles que se produzem na fasede instrução do processo penal, que se realiza,sempre, sob a égide do contraditório.

(B) O direito de audiência, de um lado, e o direito depresença do réu, de outro, traduzem prerrogati-

vas jurídicas essenciais que derivam da garantiaconstitucional do due process of law .(C) São irrelevantes as alegações do poder público

concernentes à di culdade ou inconveniênciade proceder à remoção de acusados presos a

outros pontos do estado ou do país, pois razõesde mera conveniência administrativa não têmprecedência sobre as inafastáveis exigênciasde cumprimento e respeito ao que determina aConstituição.

(D) O estatuto constitucional do direito de defesaé um complexo de princípios e de normas que

amparam os acusados em sede de persecuçãocriminal, exceto os réus processados por supostaprática de crimes hediondos ou de delitos a estesequiparados.

A: art. 5º, LV, da CF; B: art. 5º, LIV, da CF; C: art. 5º, LV e LIV, dCF. Trata-se dodireito de audiênciae do direito de presença doréu ; D: art. 5º, LV, da CF. As garantias insculpidas na ConstituiçãoFederal aplicam-se aosacusados em geral , inclusive aos autoresde crimes hediondos e delitos a estes equiparados. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2006.2) Com referência às caracterís-ticas do sistema processual acusatório, assinale a

opção correta.(A) O sistema de provas adotado é o do livre conven-

cimento.(B) As funções de acusar, defender e julgar concen-

tram-se nas mãos de uma única pessoa.(C) O processo é regido pelo sigilo.(D) Não há contraditório nem ampla defesa.

É o sistema por nós adotado. Outras características: o processo épúblico; ampla defesa e contraditório assegurados; imparcialidadedo órgão julgador; e funções de acusar, defender e julgar atribuídasa pessoas distintas. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2006.1) Assinale a opção incorreta no quese refere aos princípios e garantias constitucionaisdo processo penal.(A) O preso em agrante delito, ainda que identi cado

civilmente, deve ser submetido a identi caçãocriminal, inclusive pelo processo datiloscópico efotográ co.

(B) Em consonância com o princípio da igualdade daspartes e do contraditório, sempre que for carreadoaos autos documento novo, relevante para adecisão, deve ser concedida à parte contrária, em

face da qual foi produzida a prova, oportunidadede manifestação a respeito.(C) Todo acusado tem direito à nalização do pro -

cesso criminal dentro dos prazos previstos na leiprocessual ou em tempo razoável, não se tole -rando demora injusti cável e abusiva por inérciade órgãos do estado-administração.

(D) O devido processo legal foi insculpido na Consti-tuição da República como cláusula pétrea, paravedar que qualquer cidadão seja privado da sualiberdade ou de seus bens sem que se realize um

julgamento justo, ou seja, informado pelo devido

processo legal.A: art. 5º, LVIII, da CF; B: art. 5º, LV, da CF; C: art. 5º, LXXVIda CF (acrescentado pela E.C. n. 45/2004); D: art. 5º, LIV, da CF(devido processo legal); e art. 60, § 4º, IV, da CF (cláusulas pétreas).

G a b a r i t o " A "

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EDuarDo DomPiEri

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(Analista – STF – 2008 – CESPE) Quanto à extradição, julgueos seguintes itens.(1) Se a nalidade da extradição for unicamente a de

interrogar o extraditando, não é necessário queconstem, nos autos e no pedido de extradição, oscrimes praticados pelo extraditando no territóriodo Estado requerente.

(2) Segundo o princípio da dupla tipicidade, aplicadoà extradição, somente se concederá a extradiçãose o fato que motivar o pedido não for consideradocrime no Brasil ou no Estado requerente.

1: STF, Ext. 1.083 – República Oriental do Uruguai, rel. Min. JoaquimBarbosa, Tribunal Pleno, j. 6.12.07; 2: arts. 5º, LII, da CF e 77, II,da Lei 6.815/80 (Estatuto do Estrangeiro). Nesse sentido: STF, Ext.1145 – Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, rel. Min.Celso de Mello, j. 18.12.08. G a b a r i t o 1 E , 2 E

(Analista – STJ – 2004 – CESPE) Julgue o seguinte item.(1) Não ofende o princípio do promotor natural a

designação de membro do Ministério Público porsorteio para atuar em processos originários desegunda instância.

1: de fato, a designação de membro do Ministério Público, pormeio de sorteio, para atuar em processos originários de segundainstância, decorre de critério objetivo que, por impedir manipulaçõescasuísticas por parte do chefe da instituição, amolda-se à perfeiçãoaoprincípio do promotor natural . Nesse sentido: STF, HC 71.429-SC,1ª T., rel. Min. Celso de Mello, j. 25.10.94. G a b a r i t o 1 C

(Técnico Judiciário – STF – 2008 – CESPE) Em ação penalajuizada contra um cidadão, um promotor de justiça

fez uma narração genérica dos atos que, a seu ver,haviam importado na con guração de um crime. Oprocesso foi bastante demorado e transcorreram-semais de 6 anos sem que sequer a sentença do juízodo primeiro grau de jurisdição tivesse sido prolatada.Um segundo promotor, que veio a substituir o primeiro,observou que o fato imputado ao cidadão na verdadenão con gurava crime e pediu ao juiz, em alegações

nais, que reconhecesse a atipicidade da conduta,ou seja, que a conduta do cidadão não con guravaqualquer delito. Tendo por base a situação hipotéticadescrita, julgue os itens que se seguem.(1) A ação penal, quando demasiadamente genérica,

impossibilita ao cidadão o exercício do direito dedefesa — um postulado básico do estado de direito— e pode atingir a própria dignidade humana.

(2) A duração prolongada, abusiva e não-razoável doprocesso penal, embora gere transtorno à vidado acusado, não chega a atingir qualquer normaconstitucional.

(3) A instauração da ação penal, quando evidentea atipicidade da conduta, constitui violação aosdireitos fundamentais, em especial ao princípio

da dignidade da pessoa humana.(4) O segundo promotor ofendeu o princípio da

unidade do Ministério Público, pois não poderiaatuar no caso discordando dos encaminhamentosrealizados pelo primeiro promotor de justiça.

1: arts. 1º, III, e 5º, LV, da CF; 2: art. 5º, LXXVIII, da CF; 3: art. 1º,III, da CF; 4: art. 127, § 1º, da CF. O membro do Ministério Públicopode, em vista doprincípio da unidade que rege a instituição, sersubstituído por outro na prática de certo ato, que poderá, em face doprincípio da independência funcional , atuar em consonância com suaconvicção, não estando, pois, vinculado ao posicionamento, nestecaso, do primeiro promotor. G a b a r i t o 1 C , 2 E , 3 C , 4 E

2. i q é P

(Magistratura/PI – 2008 – CESPE) Acerca do inquérito policial(IP), assinale a opção incorreta.(A) O réu não é obrigado a participar da reconstituição

do crime, pois ninguém é obrigado a produzirprova contra si.

(B) Entende a doutrina majoritária que, se o promotordetém elementos su cientes para denunciar, nãocabe o pedido de prisão preventiva do acusadosimultaneamente ao pedido de retorno do IP àdelegacia para novas diligências.

(C) Em nenhuma situação, a autoridade policialpoderá mandar arquivar autos de IP.

(D) Em caso de réu preso, a regra geral é a de que oprazo de conclusão do IP seja de 10 dias, salvoem caso de necessidade de diligências comple-mentares, quando o juiz poderá conceder dilaçãodo prazo, fundamentando a decisão, independen-temente da soltura do réu.

(E) Segundo o Código de Processo Penal, é cabívela incomunicabilidade do indiciado, que dependerá

sempre de despacho nos autos e somente serápermitida quando o interesse da sociedade ou aconveniência da investigação o exigir.

A: se o indiciado/réu se opuser a participar da reprodução simuladado crime, nenhuma infração cometerá, uma vez que não é obrigado aacusar a si próprio, a produzir prova contra si (nemo tenetur se dete- gere ); B: sustenta a doutrina que, se o Ministério Público requereu adevolução dos autos de inquérito para diligências complementares,porque ainda não há indícios de autoria su cientes para embasar adenúncia, também não há para justi car a decretação da custódiapreventiva; C: art. 17 do CPP; D: o decêndio contido no art. 10,caput ,do CPP deve ser cumprido à risca, não comportando qualquer espé-cie de dilação, isso porque se trata de restrição ao direito à liberdade;E: a incomunicabilidade do indiciado está prevista no art. 21 do CPP.Importante frisar que inúmeros autores consagrados sustentam ainconstitucionalidade do dispositivo. G a b a r i t o " D "

(Ministério Público/TO – 2006 – CESPE) Sobre o inquéritopolicial, assinale a opção incorreta.(A) No caso de crime sujeito à ação penal pública

condicionada, a requisição do ministro da Justiçaou a representação do ofendido para instauraçãodo inquérito é condição de procedibilidade: semela, a autoridade policial não pode dar início aoinquérito.

(B) Nos casos de crimes de trá co de entorpecentes,o prazo de conclusão do inquérito policial é dequinze dias se o indiciado estiver preso. Esseprazo pode ser duplicado pelo juiz, mediantepedido justi cado da autoridade policial.

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(C) É possível o desarquivamento do inquérito policialcaso haja notícias de novas provas. No entanto,para dar início à ação penal, em tal caso, exige oSTF a efetiva produção de novas provas.

(D) O inquérito policial tem como característica a o -cialidade, o que signi ca dizer que os órgãos dapersecução criminal agem de ofício, exceto noscasos de crimes sujeitos a ações penais públicascondicionadas ou privadas.

A: de fato, a requisição do ministro da Justiça e a representaçãodo ofendido constituem condição de procedibilidade. O Código deProcesso Penal, no art. 5º, § 4º, reza que o inquérito não poderáser instaurado sem o oferecimento da representação por partedo ofendido; no que concerne à requisição ministerial, o CPP, noentanto, nada disse. Tem a doutrina entendido que o membro doMinistério Público, titular da ação penal pública condicionada, aodirigir a requisição de instauração de inquérito à autoridade poli-cial, deverá encaminhar em anexo a requisição ministerial, peçaindispensável à instauração do inquérito; B: pela disciplina esta-belecida no art. 51,caput , da Lei 11.343/06 (atual Lei de Tóxicos),

o inquérito, estando o indiciado preso, será concluído no prazo de30 dias; se solto estiver, o prazo será de 90 dias. O parágrafo únicodo mesmo artigo dispõe que os prazos aludidos nocaput podemser duplicados mediante pedido justi cado da autoridade policial,sempre ouvido o MP. A assertiva, dada como certa, refere-se aosprazos da Lei 10.409/02, em vigor quando da aplicação do certame;C: segundo entendimento esposado na Súmula 524 do STF, nãose pode dar início à ação penal sem novas provas que alterem deforma signi cativa o anterior panorama probatório; D: atribuir aoinquérito policial a característica daofcialidade implica dizer queos órgãos encarregados de realizá-lo, elaborá-lo são o ciais, ouseja, é defeso a um particular a elaboração de um inquérito policial,ainda que se trate de ação penal de iniciativa privada. G a b a r i t o " D "

(Defensoria/SE – 2006 – CESPE) Julgue os itens seguintes.(1) De regra, não vigora, no inquérito policial, o

princípio do contraditório, todavia, tratando-se deprovas não renováveis, a exemplo do exame decorpo de delito, é admitido o contraditório, pois talprova não pode ser renovada em juízo para queo réu possa contraditá-la.

(2) O auto de prisão em agrante presidido, lavradoe assinado por um escrivão de polícia não perdeo seu caráter coercitivo, visto que o inquérito poli-cial, peça meramente informativa, não se sujeitaaos requisitos do ato administrativo.

1: não há, de fato, que se falar em contraditório na fase pré-processual;não há, nessa fase, acusação; há tão somente investigação; tratando-se de provas não renováveis, aplica-se o chamado contraditóriodiferido ou postergado, em que o exame de corpo de delito é feitona fase de inquérito e a oportunidade de impugná-lo é postergada;2: a inobservância das formalidades legais torna o auto de prisão em

agrante imprestável como peça coercitiva, conservando, entretanto,seu valor como peça meramente informativa. G a b a r i t o 1 E , 2 E

(Cartório/MT – 2005 – CESPE) Considerando o arquiva-mento de inquérito policial em decorrência de atipi-cidade do fato imputado ao indiciado, fundamento

essencial, permanente e não-passageiro da decisão judicial, assinale a opção correta.(A) Produzidas novas provas que modifiquem a

matéria de fato, pode-se desarquivar o inquéritopara o oferecimento da denúncia ou queixa.

(B) Arquivado o inquérito policial, ainda assim podeser iniciada a ação penal correspondente.

(C) A lei impossibilita que a autoridade policial, dianteda notícia de existência de novas provas, efetuede ofício diligências a respeito do fato que foiobjeto do inquérito arquivado.

(D) Não há a possibilidade do desarquivamento doinquérito policial.

Regra geral, se a autoridade policial tiver notícia de provas novas(substancialmente novas), poderá proceder a novas investigações,nos termos do art. 18 do CPP e da Súmula 524 do STF. Agora, seo arquivamento do inquérito se der por ausência de tipicidade, adecisão, nesse caso, tem efeito preclusivo (produz coisa julgadamaterial), impedindo o desarquivamento do inquérito. A esserespeito,Informativo STF 375. G a b a r i t o " D "

(Analista Judiciário/TJRJ – 2008 – CESPE) Julgue os itens aseguir, relativos ao inquérito policial.

I. Se a ação penal for de iniciativa privada, o inqué-

rito será instaurado a requerimento da vítima oude seu representante legal.II. Como o inquérito policial é procedimento admi-

nistrativo, deverá a autoridade policial garantiro contraditório e a ampla defesa, com os meiose recursos a ela inerentes, sob pena de havernulidade na ação penal subseqüente.

III. O inquérito policial pode ser arquivado, de ofício,pelo juiz, por membro do Ministério Público oupelo delegado de polícia, desde que que compro -vado que o indiciado agiu acobertado por causaexcludente da antijuridicidade ou da culpabilidade.

IV. Uma vez relatado o inquérito policial, o MinistérioPúblico não poderá requerer a devolução dosautos à autoridade policial, ainda que entendaserem necessárias novas diligências, imprescin -díveis ao oferecimento da denúncia. Nesse caso,deverá oferecer a denúncia desde já, requerendoao juiz que as provas sejam produzidas no cursoda instrução processual.

V. De acordo com o Código de Processo Penal (CPP),a autoridade policial poderá decretar a incomuni -cabilidade do indiciado, pelo prazo máximo de três

dias. A quantidade de itens certos é igual a(A) 1.(B) 2.(C) 3.(D) 4.(E) 5.

I: art. 5º, § 5º, do CPP (item correto); II: o inquérito policial é inquisitivonele não vigoram o contraditório e a ampla defesa; III: o inquérito policiasó pode ser arquivado pelo juiz, a requerimento do Ministério Público,nos termos do que dispõe o art. 28 do CPP; IV: reza o art. 16 do CPP que,

uma vez relatado (concluído) o inquérito, o MP poderá requerer a devo-lução dos autos à autoridade policial, desde que para novas diligênciasimprescindíveis ao oferecimento da denúncia; V: somente o juiz poderádecretar a incomunicabilidade a que alude o parágrafo único do art. 21do CPP. Tal providência é combatida por vários autores, que alegam queeste dispositivo não foi recepcionado pela Carta de 1988. G a b a r i t o " A "

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(Magistratura Federal – 5ª Região – 2005 – CESPE) Julgue oseguinte item.(1) De acordo com o entendimento do STF, a decisão

que determina o arquivamento do inquérito policial,a pedido do Ministério Público, quando o fato neleapurado não constituir crime (atípico), produz, maisque preclusão, coisa julgada material, impedindo

ulterior instauração de processo que tenha porobjeto o mesmo episódio, ainda que a denúnciase baseie em novos elementos de prova.

Informativo STF 375. G a b a r i t o 1 C

(Defensoria Pública da União – 2007 – CESPE) Julgue oseguinte item.(1) Caso o Ministério Público requeira o arquivamento

de inquérito policial, em ação penal pública incon-dicionada, com o qual concorde o magistrado,nessa situação, poderá o ofendido (vítima) impug -nar judicialmente, via mandado de segurança,em matéria criminal, a manifestação do órgãoacusatório, a m de ver aplicado o disposto noartigo 28 (remessa ao procurador-geral) do CPP.

O despacho que determina o arquivamento de inquérito policial éirrecorrível. G a b a r i t o 1 E

(Delegado Federal – 2004 – CESPE) Julgue o seguinte item.(1) No inquérito policial em que gure como indiciado

um inimigo do delegado de polícia responsávelpelas investigações, o Ministério Público oporáexceção de suspeição em relação a esse dele-gado.

Art. 107 do CPP. G a b a r i t o 1 E

(OAB – CESPE – 2009.1) Em relação ao inquérito policial,assinale a opção incorreta.(A) Caso as informações obtidas por outros meios

sejam su cientes para sustentar a inicial acusa -tória, o inquérito policial torna-se dispensável.

(B) O MP não poderá requerer a devolução doinquérito à autoridade policial, senão para quesejam realizadas novas diligências, dado queimprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

(C)

Nas hipóteses de ação penal pública, condicio-nada ou incondicionada, a autoridade policialdeverá instaurar, de ofício, o inquérito, sem queseja necessária a provocação ou a representação.

(D) A autoridade policial não poderá mandar arquivarautos de inquérito, uma vez que tal arquivamentoé de competência da autoridade judicial.

A: de fato, o inquérito policial não constitui fase imprescindível dapersecução criminal, podendo, portanto, o titular da ação penaldele abrir mão se dispuser de elementos su cientes para lastreara peça exordial (arts. 12, 39, § 5º, e 46, § 1º, do CPP); B: art. 16do CPP; C: art. 5º, § 4º, do CPP. Em se tratando de crime de ação

penal pública condicionada à representação do ofendido ou de seurepresentante legal, é imprescindível o oferecimento desta para ainstauração do inquérito policial; na hipótese de ação penal públicaincondicionada, a autoridade policial tem a obrigação de instauraro inquérito, independente de provocação do ofendido; D: arts. 17 e18 do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2008.3) Com base no CPP, assinale aopção correta acerca do inquérito policial.(A) O MP, caso entenda serem necessárias novas

diligências, por considerá-las imprescindíveisao oferecimento da denúncia, poderá requerer adevolução do inquérito à autoridade policial.

(B) Se o órgão do MP, em vez de apresentar a denún-

cia, requerer o arquivamento do inquérito policial,o juiz determinará a remessa de o cio ao tribunalde justiça para que seja designado outro órgãode MP para oferecê-la.

(C) A autoridade policial, caso entenda não estarempresentes indícios de autoria de determinadocrime, poderá mandar arquivar autos de inqué -rito.

(D) Depois de ordenado o arquivamento do inquéritopela autoridade judiciária, por falta de base paraa denúncia, a autoridade policial não poderáproceder a novas pesquisas, ainda que tome

conhecimento de outras provas.A: art. 16 do CPP; B: art. 28 do CPP; C: art. 17 do CPP; D: art. 18do CPP. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2008.1) O inquérito é um procedimentoinvestigativo que pode ser realizado pela polícia

judiciária ou por outras autoridades. Nesse contexto,assinale a opção correta acerca dos inquéritos.(A) As comissões parlamentares de inquérito têm

poderes de investigação próprios das autoridades judiciais para a apuração de fato determinado epor prazo certo, sendo suas conclusões enca-minhadas à respectiva mesa do Senado ou daCâmara para promover a responsabilidade civile criminal.

(B) O poder de polícia da Câmara dos Deputados edo Senado Federal, em caso de crime cometidonas suas dependências, compreende a prisão em

agrante do agente e a realização do inquérito.(C) Quando, no curso das investigações, surgir indício

da prática de infração penal por parte de membroda magistratura, após a conclusão do inquérito, adenúncia deve ser remetida ao tribunal ou órgãoespecial competente para o julgamento.

(D) O inquérito judicial ocorre nos casos das infra-ções falimentares e deve ser presidido pelo juizde direito da vara em que esteja tramitando oprocesso de falência.

A: art. 58, § 3º, da CF; B: Súmula n. 397, do STF; C: art. 33,parágrafo único, da Lei Complementar n. 35/1979 (Lei Orgânicada Magistratura). Os autos do inquérito devem ser remetidos aotribunal competente assim que surgirem indícios da prática deinfração penal por parte de membro da magistratura; D: o inquéritojudicial foi extinto pela Lei n. 11.101/ 1995. A atribuição para apurarcrimes falimentares, antes do juiz de direito, passou para a PolíciaJudiciária. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2008.1) Assinale a opção correta acercado inquérito policial e da ação penal.(A) O despacho que indefere o requerimento de

abertura de inquérito policial é irrecorrível.

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(B) Caso seja instaurado um inquérito policial para aapuração de um crime de roubo e, por não haverprovas da autoria, seja arquivado o inquérito, épossível reabrir a investigação, independente-mente de novas provas, se houver pressão daimprensa.

(C) Qualquer pessoa pode encaminhar ao promotorde justiça uma petição requerendo providências efornecendo dados e documentos, para que seja,se for o caso, instaurado inquérito policial.

(D) Considere a seguinte situação hipotética. Célia,pessoa comprovadamente carente de recursos

nanceiros, foi vítima de estupro e fez a comunica-ção do crime à autoridade competente, solicitandoprovidências para apurá-lo e punir seu autor.

Apurada a autoria do crime e con rmada a mate -rialidade, o promotor ofereceu a denúncia. Nessasituação, a representação pode ser retratada atéa sentença condenatória recorrível.

A: art. 5º, § 2º, do CPP; B: art. 18 do CPP; C: art. 27, CPP; D: art.25 do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2007.3) Com relação ao inquérito policial,assinale a opção correta.(A) É indispensável a assistência de advogado ao

indiciado, devendo ser observadas as garantiasconstitucionais do contraditório e da ampladefesa.

(B) A instauração de inquérito policial é dispensávelcaso a acusação possua elementos su cientespara a propositura da ação penal.

(C) Trata-se de procedimento escrito, inquisitivo,sigiloso, informativo e disponível.(D) A interceptação telefônica poderá ser determinada

pela autoridade policial, no curso da investigação,de forma motivada e observados os requisitoslegais.

A: art. 5º, LV e LXIII, da CF (o contraditório e a ampla defesa só seaplicam ao processo; o inquérito policial é inquisitivo). Além disso,a assistência de advogado constitui direito do preso/indiciado.Incumbe à autoridade policial dar-lhe ciência disso; B: arts. 12,39, § 5º, e 46, § 1º, do CPP. O inquérito policial não é essencial aooferecimento da denúncia ou queixa, desde que a inicial contenha

elementos su cientes (existência do crime e indícios su cientes deautoria); C: de fato, o inquérito policial é escrito, inquisitivo, sigilosoe informativo, mas, por força do que dispõe o art. 17 do CPP, éindisponível, na medida em que a autoridade policial não poderádeterminar o arquivamento dos autos de inquérito; D: art. 5º, XII,da CF; Lei n. 9.296/1996. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2007.1) Acerca do inquérito policial (IP),assinale a opção correta.(A) Do plexo de direitos dos quais é titular o indi-

ciado — interessado primário no procedimentoadministrativo do IP —, é corolário e instrumentoa prerrogativa do advogado de acesso aos autosrespectivos, explicitamente outorgada pelo Esta-tuto da Advocacia, da qual, porém, excluíram-seos Ips que correm em sigilo.

(B) Não é direito fundamental do indiciado, no cursodo IP, fazer-se assistir por advogado.

(C) No curso do inquérito policial, ao indiciado não édado o direito de manter-se em silêncio.

(D) Todo IP é modalidade de investigação que temseu regime jurídico traçado a partir da Constitui-ção Federal, mecanismo que é das atividadesgenuinamente estatais de segurança pública.

A: art. 133 da CF; art. 7º, XIV, da Lei n. 8.906/1994; B: art. 5º, LXI

da CF; C: art. 5º, LXIII, da CF; D: art. 144, § 1º, IV, e § 4º, da CF G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2006.1) Com relação ao inquérito policial,considerando a legislação pertinente, a doutrina ea jurisprudência do STJ, assinale a opção correta.(A) Quando se trata de ação penal privada, a autori-

dade policial pode tomar a iniciativa para instau-ração do inquérito policial se tiver presenciado ocrime.

(B) Projetam-se na ação penal eventuais irregulari-dades praticadas no respectivo inquérito policial.

(C) O inquérito policial tem natureza de peça informa-tiva, de cunho inquisitivo, e contém o resultado dasinvestigações, para a formação da opinio delicti .

(D) O princípio do contraditório se aplica ao inquéritopolicial.

A: art. 5º, § 5º, do CPP; B: vícios porventura existentes no inquéritonão têm o condão de acarretar nulidades processuais; C: a naturezainquisitiva do inquérito policial está contida nos arts. 14 e 107 doCPP (não vigora o contraditório); ademais disso, trata-se de peçameramente informativa, segundo doutrina e jurisprudência pací cas;D: oprincípio do contraditório não se aplica ao inquérito policial,que tem caráter inquisitivo, o que ca evidenciado nos arts. 14 e107 do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2004.ES) Com referência a inquéritopolicial (IP), assinale a opção correta.(A) É peça indispensável à propositura da ação penal,

tendo em vista que se destina a apurar a autoriae a materialidade do crime.

(B) Os vícios existentes no IP acarretam nulidadesno processo subseqüente.

(C) No IP, devem ser observadas as garantias cons-titucionais do contraditório e da ampla defesa,sendo indispensável a assistência de advogadoao indiciado.

(D) Arquivado o IP por falta de provas, a autoridadepolicial poderá, enquanto não se extinguir apunibilidade pela prescrição, proceder a novaspesquisas e diligências, desde que surjam novasprovas.

A: o inquérito não é essencial ao oferecimento da denúncia ou queixa,desde que o titular da ação disponha de elementos su cientes parasua propositura; B: não acarretam, como já dito, por se tratar depeça meramente informativa; C: o inquérito policial é procedimentoinquisitivo, no qual, portanto, não vigoram o contraditório e a ampladefesa; D: art. 18, CPP. G a b a r i t o " D "

(Analista – STF – 2008 – CESPE) Julgue os próximos itens,acerca do inquérito policial.

(1) Como o inquérito policial é peça dispensável aooferecimento da denúncia, o MP pode, mesmosem o inquérito, oferecer a denúncia, desde que

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entenda que há indícios mínimos de autoria e dematerialidade de fatos supostamente criminosos.Todavia, uma vez instaurado o inquérito, o MP nãopode oferecer a denúncia sem o relatório nal daautoridade policial.

(2) Dados obtidos em interceptação de comunicaçõestelefônicas e em escutas ambientais judicialmente

autorizadas para produção de prova em inquéritopolicial podem ser usados, em procedimentoadministrativo disciplinar, contra servidores cujossupostos ilícitos tenham despontado à colheitadessa prova.

1: o inquérito policial não é indispensável ao oferecimento dadenúncia, consoante rezam os arts. 12 e 46, § 1º, do CPP. Se o titularda ação penal, desse modo, dispuser de informações su cientespara exercê-la em juízo, nada obsta que o faça, independentementeda conclusão doinquérito policial , podendo o magistrado, pelasmesmas razões, recebê-la. Nesse sentido: STF, RHC 62.300-RJ, 1ªT., rel. Min. Aldir Passarinho, j. 13.12.84; 2: art. 5º, XII, da CF e art.

1º da Lei 9.296/96. Vide: STF, Inq. 2424 QO QO-RJ, Pleno, rel. Min.Cezar Peluso, j. 20.6.07. G a b a r i t o 1 E , 2 C

(Analista – TRE/BA – 2010 – CESPE) Julgue o item quese segue, relativo a inquérito policial (IP) e prisãotemporária.(1) A autoridade que preside o IP assegurará o sigilo

necessário à elucidação do fato ou exigido pelointeresse da sociedade. Dessa forma, o advo-gado do indiciado não terá acesso ao IP quandoa autoridade competente declarar seu carátersigiloso.

O inquérito policial é, em vista do que dispõe o art. 20 do CPP,sigiloso. Ocorre que, a teor do art. 7º, XIV, da Lei 8.906/94 (Estatutoda Advocacia), constitui direito do advogado, entre outros: “examinarem qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de

agrante e de inquérito, ndos ou em andamento, ainda que con-clusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos”.Sobre este tema, o STF editou a Súmula Vinculante nº 14, a seguirtranscrita: “É direito do defensor, no interesse do representado, teracesso amplo aos elementos de prova que, já documentados emprocedimento investigatório realizado por órgão com competênciade polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito dedefesa”. G a b a r i t o 1 E

(Analista – TRE/MT – 2010 – CESPE) Com base no Código deProcesso Penal, assinale a opção correta a respeitode inquérito policial, ação penal e competência.(A) Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento

da existência de crime de ação penal públicapoderá comunicar o fato à autoridade policial, aqual ca obrigada a instaurar o inquérito respec -tivo.

(B) Nas ações penais públicas condicionadas à repre-sentação, o inquérito policial pode ser instauradosem representação do ofendido ou de seu repre-sentante legal, desde que a parte se comprometaa juntar a representação antes da apresentaçãodo relatório nal.

(C) O Ministério Público não poderá repudiar açãopenal privada subsidiária da pública e, em seulugar, oferecer denúncia substitutiva.

(D) A competência é, de regra, determinada pelo lugarem que se consumar a infração, ou, no caso detentativa, pelo lugar em que for praticado o últimoato de execução.

(E) Não sendo conhecido o lugar da infração, a com-petência regular-se-á pelo domicílio ou residênciada vítima.

A: trata-se da chamadadelatio criminis . Antes de determinar a ins-tauração de inquérito policial, o delegado de polícia deverá veri cara procedência das informações que chegaram ao seu conhecimento– art. 5º, § 3º, CPP; B: o inquérito, neste caso, não poderá ser iniciadosem a representação. É o que prescreve o art. 5º, § 4º, do CPP; C: élícito ao Ministério Público, nos termos do art. 29 do CPP, repudiara ação penal privada subsidiária da pública e, em seu lugar, oferecerdenúncia substitutiva; D: art. 70,caput , do CPP; E: neste caso, acompetência será regulada pelo domicílio ou residência do réu, nãoda vítima - art. 72,caput , do CPP. G a b a r i t o " D "

(Analista – TJ/AP – 2008 – CESPE) De acordo com a Cons-tituição Federal de 1988, às polícias civis, dirigidas

por delegados de polícia de carreira, incumbem,ressalvada a competência da União, as funções depolícia judiciária e a apuração de infrações penais,exceto as militares. A respeito do inquérito policial,considerado procedimento legal destinado à apu-ração de fatos tidos como criminosos, com penasuperior a dois anos, julgue os itens subseqüentes.(1) Apesar de se tratar de procedimento administra-

tivo, o prazo para conclusão do inquérito policialé processual.

(2) Em inquérito policial, o poder discricionário daautoridade policial em realizar as diligências soli-citadas pelo ofendido ou seu representante legaldeve ser mitigado quando se tratar de exame decorpo de delito.

(3) Se o Ministério Público requerer o arquivamentodo inquérito policial que apurou crime de açãopública, o ofendido poderá, discordando dosmotivos alegados, oferecer queixa-crime.

(4) O juiz é obrigado a arquivar o inquérito policialcaso o procurador-geral insistir no arquivamento

já solicitado pelo órgão do Ministério Público.

1: por se tratar de prazo processual, a regra a ser aplicada é a doart. 798, § 1º, do CPP. Há doutrinadores, no entanto, que entendemque o prazo de 10 dias para conclusão do inquérito de pessoa presatem natureza de norma processual penal material, razão pela qual oprazo, aqui, deve ser contado nos moldes do art. 10 do Código Penal,incluindo-se, dessa forma, o primeiro dia e excluindo-se o derradeiro,já que o que está em discussão é o direito à liberdade; 2: arts. 14 e184 do CPP; 3: a ação penal privada subsidiária da pública – arts.5º, LIX, da CF; 29 do CPP; e 100, § 3º, do CP – somente terá lugarna hipótese de inércia, desleixo do membro do Ministério Público,o que não cou caracterizado no caso acima; 4: art. 28 do CPP.

G a b a r i t o 1 C , 2 C , 3 E , 4 C

(Analista – TJ/AP – 2008 – CESPE) Tadeu, imbuído deanimus necandi , junto com Liberato, que segurou avítima por trás, desferiu duas facadas em Aurelino,causando-lhe ferimentos. Aurelino não morreu por-que os agressores foram impedidos de prosseguir noseu intento homicida por pessoas que presenciaramo fato, que também levaram a vítima para o hospital,

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

onde recebeu atendimento e caz. Tadeu agiu pormotivo torpe, para vingar-se de anterior luta corporalem que foi vencido. Liberato concordou em ajudá-lo,mesmo desconhecendo a razão que impelia o amigo.O laudo psiquiátrico de Tadeu, realizado a pedidoda defesa, concluiu o seguinte: Periciando eviden-cia quadro psiquiátrico compatível com transtorno

mental decorrente de disfunção cerebral, anulandoa capacidade de entendimento e autodeterminação;é imprescindível que o periciando seja submetido atratamento especializado por tempo indeterminado.Com base nessa situação hipotética, julgue os itenssubseqüentes.(1) A notitia criminis do fato, quando levada, por

qualquer modo, ao conhecimento da autoridadepolicial, implica obrigatoriamente a instauraçãodo inquérito policial, sob pena de caracterizar ocrime de prevaricação.

(2) O inquérito policial, uma vez instaurado, deve serconcluído no prazo de dez dias, se o réu estiverpreso, ou de trinta dias, se responder solto,podendo esse prazo ser prorrogado, em caso denecessidade, pela própria autoridade que presidiro inquérito, quando se tratar de casos de alta com-plexidade ou houver pluralidade de indiciados.

(3) O inquérito policial será nulo, não havendo possi-bilidade de que o MP, com base nas informaçõesnele contidas, ofereça a denúncia, se a autoridadepolicial tiver atuado fora dos limites da sua circuns-crição.

1: em vista doprincípio da obrigatoriedade (legalidade), está aautoridade policial obrigada a instaurar inquérito policial quandose tratar de crime que se apure mediante ação penal pública; 2:art. 10, § 3º, do CPP; 3: não constitui nulidade em inquérito policialo fato de a autoridade de determinada circunscrição realizar atosinvestigatórios em outra, o que é, diga-se, tema pací co tanto nadoutrina quanto na jurisprudência. G a b a r i t o 1 C , 2 E , 3 E

(Técnico Judiciário – STJ – 2004 – CESPE) Em um municípiodo interior do estado de Goiás, a autoridade policialtomou conhecimento, por meio de comunicaçãofeita por policial militar, da ocorrência de crime de

homicídio em um assentamento de reforma agrária.Cinco dias após o homicídio, o autor da infração penalcompareceu espontaneamente perante a autoridadepolicial, oportunidade em que confessou o crime. Apartir da situação acima, julgue os itens a seguir.(1) Antes da confissão da autoria do crime, a

autoridade policial não poderia, de ofício, instaurarinquérito policial.

1: A con ssão não constitui condição para a instauração de inquéritopolicial. Tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada,a teor do art. 5º, I, do CPP, a autoridade policial, assim que tiverciência do cometimento de um fato criminoso, deverá determinara instauração de inquérito policial por meio de portaria. Se, poroutro lado, cuidar de crime de ação penal pública condicionada arepresentação do ofendido, é defeso ao delegado de polícia dar inícioao inquérito sem a provocação da vítima ou de seu representantelegal, conforme preleciona o art. 5º, § 4º, do CPP. G a b a r i t o 1 E

(Técnico Judiciário – TJ/RR – 2006 – CESPE) Suponha que aautoridade policial, por meio das suas atividades derotina, tenha tomado conhecimento da existência deum crime de homicídio. Considerando essa situação,assinale a opção correta.(A) A forma como a autoridade policial tomou conhe-

cimento do delito é denominada notitia criminis de

cognição coercitiva.(B) Sendo o homicídio crime de ação pública penalcondicionada, caberá à autoridade policialaguardar requisição do Ministério Público parainiciar as investigações.

(C) Sem provocação de quem quer que seja, aautoridade policial deve iniciar o inquérito policialde ofício, pois se trata de crime de ação públicaincondicionada.

(D) Na situação descrita, a autoridade policial deve,tão logo tenha conhecimento do fato, determinardiligências no sentido de realizar a prisão em

agrante do autor do delito, a qual somente serálegal se ocorrer no prazo legal de 24 horas.

A:notitia criminis de cognição coercitiva se dá na hipótese de prisãoem agrante, quando a autoridade policial toma conhecimento dofato criminoso com a apresentação que lhe é feita do autor. Não éeste o caso. Trata-se, sim, da chamadanotitia criminis de cogniçãodireta ou imediata, na medida em que a autoridade, neste caso,teve conhecimento do fato delituoso por meio de suas atividadesrotineiras; B: o crime de homicídio – art. 121 do CP – é de açãopenal pública incondicionada. Assim que dele tiver conhecimento aautoridade, deverá, de ofício, providenciar a instauração de inquéritopolicial – art. 5º, I, do CPP; C: art. 5º, I, do CPP; D: sempre que tive

conhecimento da prática de infração penal, a autoridade policialdeverá proceder como determina o art. 6º do CPP. Gabarito “C

3. a P(Magistratura/PI – 2008 – CESPE) Os princípios da açãopenal privada não incluem(A) legalidade.(B) conveniência e oportunidade.(C) disponibilidade.(D) indivisibilidade.(E) intranscendência.

O princípio da legalidade (art. 1º do CP) não tem incidência na açãopenal privada. G a b a r i t o " A "

(Ministério Público/AM – 2008 – CESPE) A respeito de denún-cia, assinale a opção correta.(A) Denúncia alternativa é aquela que omite a des-

crição de comportamento típico e sua atribuiçãoa cada autor individualizado.

(B) Se o promotor denuncia o autor de crime dehomicídio por crime quali cado por motivo fútilou torpe, trata-se de denúncia genérica.

(C) O acórdão que provê recurso contra rejeição dadenúncia vale, desde logo, por seu recebimento,se não for nula a decisão de primeiro grau.

(D) É inepta a denúncia que, nos crimes societários,não descreve e individualiza a conduta de cadaum dos sócios.

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(E) Rejeitada a denúncia por falta de condição daação, ca obstado posterior exercício da açãopenal, em face da coisa julgada material.

A: denúncia alternativa consiste na possibilidade conferida aotitular da ação penal de atribuir, em face da dúvida decorrente dasprovas coligidas em inquérito policial, duas condutas ao réu deforma alternada, isto é, o órgão acusador pugna pela condenaçãoem determinado tipo penal, que, se acaso não car comprovado,poderá ser condenado subsidiariamente pela outra; B: denúnciagenérica é a que deixa de especi car, individualizar a conduta dosagentes no concurso de pessoas; C: art. 581, I, do CPP (recurso emsentido estrito); D: há julgados do STF que admitem, nos chamadoscrimes societários, a narração genérica da conduta dos coautores epartícipes; E: a rejeição, neste caso, não faz coisa julgada material.

G a b a r i t o " C "

(Ministério Público/RR – 2008 – CESPE) Julgue o item quese segue, relativo à ação penal.(1) Considere a seguinte situação hipotética. Foi

instaurado inquérito policial contra Sérgio, visando

apurar a prática de crime contra as relações detrabalho. O inquérito foi encaminhado ao promotorde justiça, que promoveu o arquivamento do feito,considerando que o fato em apuração não eratípico, argumentação que foi acolhida pelo juiz.Posteriormente, o fato foi levado a conhecimentodo procurador da República, que entendeu ter-se con gurado crime, sendo a competência da

justiça federal, uma vez que teria havido ofensaa direitos coletivos do trabalho. Assim sendo,ofereceu denúncia contra Sérgio. Nessa situação,a denúncia deverá ser recebida, uma vez que o

arquivamento foi determinado por juiz absoluta-mente incompetente.

A decisão que determina o arquivamento de inquérito policial porausência de tipicidade tem efeito preclusivo (produz coisa julgadamaterial), impedindo, dessa forma, o desarquivamento do feito. Aesse respeito,Informativo STF 375. G a b a r i t o 1 E

(Procurador do Estado/CE – 2008 – CESPE) Nos casos em quesomente se procede mediante queixa, não será con -siderada perempta a ação penal quando o querelante(A) deixar de promover, após iniciada a ação penal

privada, o andamento do processo durante trinta

dias seguidos.(B) deixar de comparecer, sem motivo justi cado, aqualquer ato do processo a que deva estar pre-sente.

(C) deixar de formular o pedido de condenação nasalegações nais.

(D) deixar de apresentar o rol de testemunhas naqueixa-crime.

(E) for pessoa jurídica e esta se extinguir sem deixarsucessor.

A: art. 60, I, do CPP; B: art. 60, III, 1ª parte, do CPP; C: art. 60, III, 2ªparte, do CPP; D: art. 41 do CPP; E: art. 60, IV, do CPP. G a b a r i t o " D "

(Defensoria/PI – 2009 – CESPE) Caberá ação penal privadasubsidiária da pública se o representante do parquet(A) determinar o arquivamento das peças de informa-

ção.

(B) determinar o arquivamento do inquérito policial.(C) requisitar as diligências necessárias à obtenção

de dados informativos que aperfeiçoem o acervoque contém a informatio delicti.

(D) excluir algum indiciado da denúncia.(E) se mantiver inerte, não oferecendo a denúncia,

no prazo legal, desde que não tenha ele, tempes-tivamente, pugnado pela necessidade de novasdiligências a serem realizadas pela autoridadepolicial, nem tenha se manifestado pelo arquiva-mento dos autos.

Aação penal privada subsidiária da pública ou substitutiva , quesomente terá lugar na hipótese de inércia do membro do MinistérioPúblico, encontra previsão nos arts. 5º, LIX, da CF, 100, § 3º, do CPe 29 do CPP. G a b a r i t o " E "

(Defensoria/SE – 2006 – CESPE) Julgue o seguinte item.(1) Nos casos de ação penal pública condicionada, o

Ministério Público deve dispensar o inquérito poli-cial se, com a representação, forem oferecidos oselementos que o habilitem à ação penal, devendo,nesse caso, oferecer a denúncia no prazo de 15dias.

Art. 39, § 5º, do CPP. G a b a r i t o 1 C

(Cartório/DF – 2008 – CESPE) Julgue o item seguinte.(1) Faltará justa causa para a ação penal nas seguin -

tes situações: quando o fato narrado na acusaçãonão se enquadrar no tipo legal; quando a acu-sação não tiver sido formulada por quem tenhalegitimidade para fazê-lo ou perante quem devao pedido ser feito; e quando inexistir o interessede agir.

O inciso III (falta de justa causa) abrange o disposto nos demaisincisos (I e II) do art. 395 do CPP. Poderia o legislador, poressa razão, ter inserido tão somente o inciso III no dispositivo.Não o fez. De toda sorte, a modi cação implementada pela Lei11.719/08 parece-nos salutar em relação ao revogado art. 43 doCPP. G a b a r i t o 1 C

(Analista Judiciário/TJRJ – 2008 – CESPE) Quanto à açãopenal, assinale a opção correta.

(A) Salvo disposição em contrário, em caso de açãopenal pública condicionada à representação,o direito de representação prescreve, para oofendido, se ele não o exercer dentro do prazode seis meses, contado do dia em que o crime foipraticado.

(B) A representação é ato formal, exigindo a leiforma especial, isto é, deve ser feita por procu-rador especial, em documento em que conste ocrime, o nome do autor do fato e da vítima, alémda assinatura do representante e do advogadolegalmente habilitado.

(C) Nos crimes sujeitos à ação penal pública incon-dicionada, se o Ministério Público não oferecera denúncia no prazo legal ou se requerer oarquivamento do inquérito policial e o juiz nãoconcordar com o pedido, será admitida açãopenal privada.

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(D) A queixa, ainda quando a ação penal for privativado ofendido, poderá ser aditada pelo MinistérioPúblico, a quem caberá intervir em todos ostermos subseqüentes do processo.

(E) Ainda que a representação contenha elementosque habilitem o Ministério Público a promovera ação penal, não poderá o promotor oferecer

denúncia imediatamente, devendo remeter arepresentação à autoridade policial para que estaproceda ao inquérito.

A: art. 38,caput , do CPP; B: a representação não exige qualquerformalidade, sendo tão somente necessário que o ofendido manifestede forma inequívoca sua vontade em ver processado seu ofensor.Nesse sentido: STJ, RHC 8.826-SP, 5ª T., Rel. Min. Edson Vidigal,14.12.1999; C: a ação penal privada subsidiária só será admitidana hipótese de desídia, inércia do membro do Ministério Público.O pedido de arquivamento de autos de inquérito policial por partedo promotor não pode ser entendido como desídia, ainda que comele não concorde o magistrado, caso em que terá incidência o art.28 do CPP; D: art. 45 do CPP; E: art. 39, § 5º, do CPP. G a b a r i t o " D "

(Procuradoria Federal – 2007 – CESPE) Julgue os seguintesitens.(1) Diversamente do que ocorre em relação ao

processo civil, no processo penal não se admiteque, em caso de morte da vítima, os familiaresassumam o lugar dela, no pólo ativo da açãopenal privada, para efeito de apresentação dequeixa.

(2) A renúncia ao exercício do direito de queixa e operdão do ofendido, em relação a um dos autoresdo crime, a todos se estenderá, sem que produza,todavia, efeito em relação ao que o recusar.

1: art. 31 do CPP; 2: art. 49 do CPP (renúncia); arts. 106, I e III, doCP, e 58 do CPP (perdão). G a b a r i t o 1 E , 2 E

(Defensoria Pública da União – 2007 – CESPE) Julgue oseguinte item.(1) A desistência da ação penal privada pode ocorrer

a qualquer momento, somente surgindo óbiceintransponível quando já existente decisão con -denatória transitada em julgado.

O ofendido, na ação penal privada, pode, a qualquer momento, atéo trânsito em julgado da sentença penal condenatória, dispor doconteúdo do processo, lançando mão doperdão ou daperempção ,previstos, respectivamente, nos arts. 51 e 60 do CPP. G a b a r i t o 1 C

(OAB – CESPE – 2008.3) Assinale a opção correta de acordocom o que dispõe o CPP acerca da perempção.(A) Na ação penal pública, a perempção é causa

extintiva da punibilidade.(B) A perempção se aplica à ação penal privada

subsidiária da pública.(C) Considera-se perempta a ação penal privada

quando, iniciada esta, o querelante deixa de pro-mover o andamento do processo durante trintadias seguidos.

(D) A ausência de pedido de condenação, nas alega-ções nais, por parte do querelante, não enseja aperempção.

A: art. 60,caput , do CPP. Trata-se de instituto exclusivo da ação penalprivada; B: não há se falar em perempção em ação penal privadasubsidiária da pública. Isso porque, nos termos do art. 29 do CPP, seo querelante agir com inércia ou negligência, pode o Ministério Públicoretomar a titularidade da ação; C: art. 60, I, do CPP; D: art. 60, III, part

nal, do CP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2008.2) Assinale a opção correta acercada ação penal.(A) Se, em qualquer fase do processo, o juiz reco-

nhecer extinta a punibilidade, deverá aguardaro requerimento do MP, do querelante ou do réu,apontando a causa de extinção da punibilidade,para poder declará-la.

(B) A renúncia ao exercício do direito de queixa,em relação a um dos autores do crime, não seestende aos demais agentes.

(C) A queixa contra qualquer dos autores do crimeobrigará ao processo de todos, e o MP velarápela sua indivisibilidade.

(D) O perdão concedido a um dos querelados aprovei-tará a todos, inclusive ao querelado que o recusar.

A: art. 61 do CPP; B: art. 49 do CPP; C: art. 48, CPP. O ofendido podoptar entre ajuizar ou não a queixa; não poderá, todavia, escolhercontra quem irá propor a ação penal (princípio da indivisibilidade);D: art. 51 do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2008.1) A respeito das condições deprocedibilidade, assinale a opção correta.(A) Nos crimes comuns e de responsabilidade pratica-

dos pelo presidente da República, é condição de

procedibilidade a autorização do Senado Federalpara ser instaurado o processo.(B) Havendo vestígios nos crimes contra a proprie-

dade imaterial, o exame pericial é condição deprocedibilidade para a ação penal.

(C) Nos crimes contra a honra do presidente daRepública, a requisição do ministro da Justiça écondição de procedibilidade para a ação penal,que deve ser providenciada no prazo legal de seismeses a contar da data do fato.

(D) Nos crimes cometidos fora do território nacional,são condições de procedibilidade a entrada do

agente no território nacional e o fato de os crimesnão serem puníveis no país em que foram pratica-dos.

A: arts. 51, I, 52, I, e 86, da CF; B: art. 525, CPP; C: o CPP não xaprazo. Dessa forma, o ministro da Justiça não estará limitado ao prazode seis meses, podendo, portanto, oferecer a requisição enquanto nãoestiver extinta a punibilidade; D: art. 7º, § 2º,b , do CP. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2006.3) Assinale a opção correta acercada ação penal.(A) Em se tratando de crime de ação penal pública

condicionada, exige-se rigor formal na represen-tação do ofendido ou de seu representante legal.

(B) O perdão do ofendido, seja ele expresso ou tácito,pode ser causa de extinção da punibilidade noscrimes que se apuram por ação penal públicacondicionada.

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(C) A representação será retratável depois de ofere -cida a denúncia.

(D) Nos crimes contra os costumes, uma vez atestadaa pobreza da vítima pela autoridade policial oupor outros meios de prova, a ação penal passa aser pública condicionada à representação, tendoo Ministério Público legitimidade para oferecer adenúncia.

A: a representação (art. 39,caput e §§ 1º e 2º, do CPP) não temrigor formal. Os tribunais, inclusive o STF, já se manifestaram nessesentido. É su ciente, desse modo, que a vítima demonstre a intençãode ver processado o suspeito; B: o perdão do ofendido (art. 107, V,do CP) é instituto que só se aplica à ação penal privada; C: art. 25do CPP; D: outra relevante modi cação produzida pela Lei 12.015/09diz respeito à ação penal nos crimes sexuais. Antes, a ação penalnesses crimes era, em regra, de iniciativa privada (art. 225, caput,do CP). Hoje, ao revés, a ação penal é, em regra, pública condicio-nada à representação. Será, entretanto, pública incondicionada emduas situações: se a vítima é menor de 18 anos; ou se é pessoavulnerável. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2004.ES) Assinale a opção correta quantoà ação penal.(A) Na ação penal pública condicionada, a represen-

tação será retratável até a prolação da sentençade primeiro grau.

(B) A ação penal é pública, salvo quando a lei expres-samente a declare privativa do ofendido.

(C) O direito de queixa, nas ações penais privadas,não pode ser renunciado, pois é direito perso-nalíssimo.

(D) Admite-se o perdão do ofendido, nos crimes de

ação penal privada, em qualquer tempo e grau de jurisdição.

A: art. 25 do CPP; B: art. 100,caput , do CP; C: a ação penal privadaé informada pelos princípios daoportunidade e disponibilidade .Signi ca que o ofendido tem afaculdade , não a obrigação, depromover a ação (oportunidade), bem como tem ele, ofendido,a prerrogativa de prosseguir ou não até o término do processo(disponibilidade). São princípios que não se aplicam à açãopenal pública; D: o perdão do ofendido só terá lugar a partir doinício da ação penal e antes do trânsito em julgado da sentençacondenatória. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2006.1) Com relação à ação penal, é

correto a rmar que(A) A Constituição da República deferiu ao Ministério

Público o monopólio da ação penal pública.(B) O inquérito policial é obrigatório e indispensável

para o exercício da ação penal.(C) O princípio da indivisibilidade aplica-se à ação

penal pública, já que o oferecimento da denúnciacontra um dos acusados impossibilita posterioracusação de outro envolvido.

(D) O prazo para a ação penal privada é de seis meses,estando sujeito a interrupções e suspensões.

A: art. 129, I, da CF; art. 100, § 1º, do CP; e art. 24, CPP; B: arts.12 e 39, § 5º, do CPP; C: oprincípio da indivisibilidade , aplicáveltanto à ação penal pública quanto à ação penal privada, impõe aotitular da ação penal o dever de processar todos aqueles que come-teram o crime, ou seja, é defeso escolher quem será processado.Ademais disso, a denúncia oferecida contra um dos acusados

não inviabiliza posterior acusação de outro envolvido; D: é prazodecadencial (art. 38 do CPP), não sujeito, pois, a interrupção esuspensão. G a b a r i t o " A "

(Analista – STF – 2008 – CESPE) Acerca das ações penais, julgue os itens que se seguem.(1) Nas ações penais privadas, considerar-se-á

perempta a ação penal quando, iniciada esta, oquerelante deixar de promover o andamento doprocesso durante 30 dias seguidos.

(2) Nas ações penais privadas, a renúncia ao exercíciodo direito de queixa em relação a um dos autoresdo crime aproveitará a todos, sem que produza,todavia, efeito em relação ao que o recusar.

(3) Nas ações penais públicas condicionadas àrepresentação, será esta irretratável, depois deoferecida a denúncia.

1: art. 60, I, do CPP; 2: art. 49 do CPP e art. 104 do CP. Arenúncia ,ao contrário doperdão , constitui ato unilateral do ofendido, queprescinde, assim, de aceitação do ofensor; 3: art. 25 do CPP.

G a b a r i t o 1 C , 2 E , 3 C

(Analista – STJ – 2008 – CESPE) A respeito da ação penal, julgue o item subseqüente.(1) Não gera nulidade a ausência de intimação do

acusado e de seu defensor, para sessão em quese delibere acerca do recebimento ou rejeição dadenúncia, nos casos de ação penal originária.

1: “Implica nulidade absoluta, por cerceamento de defesa, a rea-lização de sessão em que se delibera acerca do recebimento ourejeição da denúncia, nos casos de ação penal originária, sem aprévia intimação do acusado e de seu defensor.”: STJ, HC 58.410-PE, 5ª T., rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, j. 14.4.07. Também nessesentido: STJ, REsp 963551-AM, 5ª T., rel. Min. Felix Fischer, j.28.2.08. G a b a r i t o 1 E

(Analista – TRE/GO – 2008 – CESPE) Acerca da ação penalpública, assinale a opção correta.(A) Quando o ofendido for declarado ausente por

decisão judicial, haverá caducidade do direito derepresentação.

(B) Seja qual for o crime, quando praticado emdetrimento do patrimônio ou interesse da União,estado ou município, a ação penal será pública.

(C) Depois de iniciado o inquérito policial, a repre-sentação, no caso de ação penal pública a elacondicionada, será irretratável.

(D) Se o órgão do MP, em vez de apresentar a denún-cia, requerer o arquivamento do inquérito policialou de quaisquer peças de informação, o juiz, nocaso de considerar improcedentes as razõesinvocadas, remeterá os autos a outro promotor,para que esse ofereça a denúncia.

A: art. 24, § 1º, do CPP; B: art. 24, § 2º, do CPP; C: art. 25 do CPP;D: art. 28 do CPP. G a b a r i t o " B "

(Analista – TRE/GO – 2008 – CESPE) Com relação à açãopenal privada, assinale a opção correta.(A) A queixa, quando a ação penal for privativa do

ofendido, não poderá ser aditada pelo MP, queem tal situação atua apenas como scal da lei.

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(B) O perdão concedido a um dos querelados apro-veitará a todos, não havendo possibilidade derecusa, pois se trata de ato unilateral.

(C) O perdão somente pode ser expresso, nãoadmitindo, o Código de Processo Penal (CPP), operdão tácito.

(D) A queixa contra qualquer dos autores do crimeobrigará ao processo de todos, e o MP velarápela sua indivisibilidade.

A: art. 45 do CPP; B: operdão é ato bilateral, na medida em que sógera a extinção da punibilidade se for aceito pelo querelado – art. 51do CPP e art. 105 do CP; arenúncia , ao contrário, é ato unilateral,que independe, portanto, da manifestação de vontade do ofensor– art. 49 do CPP e art. 104 do CP; C: art. 106 do CP; D: art. 48 doCPP. G a b a r i t o " D "

(Analista – TRE/MA – 2009 – CESPE) Em relação aos prin-cípios gerais de direito processual penal e à açãopenal, assinale a opção correta.(A) Ação penal secundária é aquela em que a lei

estabelece um titular ou uma modalidade de açãopenal para determinado crime, mas, mediante osurgimento de circunstâncias especiais, prevê,secundariamente, nova espécie de ação paraaquela mesma infração.

(B) No caso de morte do ofendido ou quando decla-rado ausente por decisão judicial, o direito de ofe-recer queixa ou prosseguir na ação penal privadapersonalíssima passa ao cônjuge, ascendente,descendente ou irmão.

(C) O princípio da par conditio signi ca que o juiz

forma sua convicção pela livre apreciação daprova produzida em contraditório judicial, sendo-lhe vedado fundamentar sua decisão exclusiva-mente nos elementos informativos colhidos nainvestigação, ressalvadas as provas cautelares,não repetíveis e antecipadas.

(D) Pelo princípio da iniciativa das partes, cabe à parteprovocar a prestação jurisdicional, sendo vedadoao juiz agir de ofício, especialmente quanto aquestões probatórias.

(E) Em regra, o ofendido, ou seu representante legal,decai no direito de queixa ou de representação,

se não o exercer dentro do prazo de seis meses,contado da data do crime.

A: veri ca-se a chamadaação penal secundária quando as circuns-tâncias do caso concreto fazem variar o tipo de ação a ser ajuizada; B:naação penal privada personalíssima inexiste sucessão por morte ouausência, razão por que não tem incidência o art. 31 do CPP. Tal se dáporque, nesta modalidade de ação privada, a titularidade é conferidaúnica e exclusivamente ao ofendido. Com a morte deste, a ação penalnão poderá ser proposta por outra pessoa. Havia no Código Penal doiscasos. Com a revogação do art. 240, CP (crime de adultério), restoutão-somente o delito deinduzimento a erro essencial e ocultação deimpedimento , capitulado no art. 236 do CP; C: o art. 155,caput , do

CPP consagra oprincípio do livre convencimento motivado (art. 93,IX, da CF), limitando a formação da convicção do magistrado às pro-vas produzidas sob o crivo do contraditório, sendo-lhe defeso, pois,fundamentar sua decisãoexclusivamente nos elementos colhidosna investigação, exceção feita às provas cautelares, não repetíveis eantecipadas; D: art. 156, I, do CPP; E: art. 38 do CPP. G a b a r i t o " A "

(Analista – TRE/PA – 2005 – CESPE) Acerca da classi caçãoda ação penal, assinale a opção correta.(A) A ação penal, sendo pública condicionada à

representação, inicia-se mediante o oferecimentode queixa por parte do ofendido ou de seu repre-sentante legal.

(B) A ação penal pública incondicionada é promovida

pelo Ministério Público por meio de denúncia, quedeve ser oferecida no prazo decadencial de 6meses, contados do dia em que ocorreu a infraçãopenal.

(C) A ação penal é pública quando a lei expressa-mente a declara de titularidade do Estado, oque equivale a dizer que, no silêncio da lei arespeito da ação penal, ela será exclusivamenteprivada.

(D) Quando o crime é de ação penal privada subsidiá -ria da pública, o Código Penal ou lei especial, apósdescrever o delito, faz referência à titularidade doofendido, empregando a expressão “somente seprocede mediante representação”.

(E) A ação penal pública, seja ela condicionada ouincondicionada, é promovida pelo MinistérioPúblico por meio de denúncia, que constitui suapeça inicial.

A: aação penal pública , condicionada ou incondicionada, tem comopeça inaugural adenúncia , oferecida pelo Ministério Público; aqueixa é a peça exordial daação penal privada ; B: adecadência –causa extintiva da punibilidade – não tem incidência na ação penalpública incondicionada (art. 38 do CPP e art. 103 do CP). Já osprazos de que dispõe o Ministério Público para oferecimento dadenúncia estão estabelecidos no art. 46 do CPP; C: art. 100 do CPe art. 24 do CPP; D: a ação penal privada subsidiária da pública terálugar na hipótese de inércia do Ministério Público, isto é, quandoeste, dentro do prazo legal (art. 46 do CPP), na ação penal pública,não se manifesta depois do recebimento do inquérito policial. Dessaforma, a lei não faz menção alguma à titularidade do ofendido noque tange à ação penal privada subsidiária porque esta pode sermanejada, em princípio, em toda ação penal pública, bastando,para tanto, a inércia do MP; E: art. 100, § 1º, do CP e art. 24 doCPP. G a b a r i t o " E "

(Analista – TJ/AP – 2008 – CESPE) Tadeu, imbuído deanimus necandi , junto com Liberato, que segurou avítima por trás, desferiu duas facadas em Aurelino,causando-lhe ferimentos. Aurelino não morreu porqueos agressores foram impedidos de prosseguir no seuintento homicida por pessoas que presenciaram o fato,que também levaram a vítima para o hospital, onderecebeu atendimento e caz. Tadeu agiu por motivotorpe, para vingar-se de anterior luta corporal em quefoi vencido. Liberato concordou em ajudá-lo, mesmodesconhecendo a razão que impelia o amigo. O laudopsiquiátrico de Tadeu, realizado a pedido da defesa,concluiu o seguinte: Periciando evidencia quadro psi-quiátrico compatível com transtorno mental decorrentede disfunção cerebral, anulando a capacidade deentendimento e autodeterminação; é imprescindívelque o periciando seja submetido a tratamento espe-cializado por tempo indeterminado. Com base nessasituação hipotética, julgue os itens subseqüentes.

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(1) Estando o réu preso, se o MP não oferecer adenúncia em cinco dias, contados da data em querecebeu os autos de inquérito policial, a própriavítima, Aurelino, poderá assumir a titularidade dacausa, oferecendo a queixa-crime substitutiva dadenúncia, prosseguindo na causa como autor,cabendo ao órgão do parquet atuação comocustos legis .

(2) Na ação privada subsidiária, a queixa-crimedeverá conter a exposição do fato criminoso,com todas as circunstâncias, a quali cação doacusado ou esclarecimentos pelos quais se possaidenti cá-lo, bem como o rol de testemunhas,cabendo ao juiz proceder à classi cação do crime,de acordo com o axioma latino daha mihi factadabo tibi jus (dá-me os fatos que eu te darei odireito).

1: art. 29 do CPP e art. 100, § 3º, do CP; 2: os requisitos contidos noart. 41 do CPP aplicam-se tanto à denúncia quanto àqueixa , inclusive

quando esta inaugura a ação penal privada subsidiária. Além disso,aclassi cação do crime , nesta fase inaugural, é atribuição exclusivado titular da ação penal, não cabendo ao juiz, no ato de recebimentoda inicial, conferir de nição jurídica aos fatos narrados na exordial.Se o magistrado,ao término da instrução , já na fase de sentença,entender cabível outra tipi cação, poderá fazê-lo, já que o acusadose defende dos fatos contra ele alegados, e não de sua capitulaçãolegal – art. 383 do CPP. G a b a r i t o 1 C , 2 E

(Analista – MPU – 1999 – CESPE) Assinale a opção correta.(A) Em razão do princípio constitucional que de ne o

estado de inocência, ninguém pode ser privadode sua liberdade senão em virtude de sentençapenal condenatória transitada em julgado.

(B) A autoridade policial assegurará ao inquéritopolicial o sigilo necessário pelo interesse dasociedade, mas esse sigilo não se estenderá aoMinistério Público.

(C) Em razão do princípio da indivisibilidade, a que sesujeita a ação penal pública, o Ministério Públiconão pode aditar a denúncia já oferecida para nelaincluir co-autor do crime.

(D) A Constituição Federal previu a titularidadeexclusiva do Ministério Público para a ação penal

pública, silenciando-se a respeito da possibilidadeda ação penal privada subsidiária em tais casos;por isso, entende-se que não mais cabe, noprocesso penal, a queixa-crime subsidiária dadenúncia, nesses casos.

A: o dispositivo constitucional (art. 5º, LVII) prescreve queninguém será considerado culpado até o trânsito em julgadode sentença penal condenatória; B: de fato, o sigilo a que fazreferência o art. 20 do CPP não se aplica ao Ministério Público,titular da ação penal pública e a quem cabe exercer o controleexterno da atividade policial – art. 129, I e VII, da CF; C: peloprincípio da indivisibilidade - art. 48 do CPP, o titular da ação

penal, seja ela privada ou pública, tem o dever de promovê-lacontra todos os agentes identificados que cometeram a infraçãopenal; D: art. 129, I, da CF. A ação penal privada subsidiária,que terá lugar na hipótese de desídia do membro do MinistérioPúblico, está prevista no art. 5º, LIX, da CF, e também nos arts.29 do CPP e 100, § 3º, do CP. G a b a r i t o " B "

(Técnico Judiciário – STJ – 2004 – CESPE) A respeito dasespécies de ação penal, em cada um dos itensa seguir, é apresentada uma situação hipotética,seguida de uma assertiva a ser julgada.(1) Rita, vítima de crime de estupro, por não ter

condições de prover as despesas do processosem privar-se de recursos indispensáveis a sua

manutenção, apresentou representação criminalpara que o Ministério Público propusesse açãopenal contra o seu ofensor, Fábio. Por se tratarde crime de ação penal pública condicionada arepresentação, de posse da representação davítima, o Ministério Público ofereceu denúnciacontra Fábio. Antes de o juiz receber a denúncia,Rita apresentou retratação da representação.Nessa situação, por ser a representaçãoirretratável, o juiz deve receber a denúncia.

(2) Mauro foi vítima de crime de injúria, de açãopenal privada, praticado por Manuel e Pedro. Por

meio de uma declaração expressa, o ofendidorenunciou ao exercício do direito de queixa emrelação a Manuel. Nessa situação, a renúncia seestenderá a Pedro.

(3) A pedido do Ministério Público, foram arquivadosos autos de um inquérito policial que apuravaum crime de ação penal pública incondicionada.Nessa situação, será cabível ação penal privadasubsidiária da pública.

1: em vista do disposto nos arts. 25 do CPP e 102 do CP, noscrimes de ação penal pública condicionada, arepresentação poderáser retratada até o oferecimento da denúncia. No mais, em razão

das modi cações implementadas pela Lei 12.015/09, a ação penal,nos crimes sexuais (de nidos nos Capítulos I e II do Título VI),passou a ser, em regra, pública condicionada à representação (art.225,caput , do CP); será, entretanto, pública incondicionada a açãopenal quando se tratar de vítima menor de 18 anos ou de pessoavulnerável (art. 225, p. único, CP); 2: art. 49 do CPP; 3: conformese depreende do art. 29 do CPP, só há que se falar em ação penalprivada subsidiária da pública na hipótese de desídia do membro doMinistério Público. Dessa forma, o pedido de arquivamento de autosde inquérito policial não caracteriza omissão, inércia do MinistérioPúblico. G a b a r i t o 1 C , 2 C , 3 E

4. S p C d d P

(OAB – CESPE – 2007.3) Assinale a opção correta quantoà suspensão condicional do processo.(A) Corre prescrição durante o prazo de suspensão

do processo.(B) O juiz pode especi car condições não-expressas

em lei a que ca submetida a suspensão, desdeque adequadas ao fato e à situação do acusado.

(C) O não-cumprimento da condição de reparação dodano, sendo possível ao réu fazê-lo, é causa derevogação facultativa.

(D) A instauração de processo por suposta prática

de outro crime no período de prova é causa derevogação facultativa.

A: art. 89, § 6º, da Lei n. 9.099/1995; B: art. 89, § 2º, da Lei n.9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais); C e D:art. 89, § 3º, da Lei n. 9.099/1995. G a b a r i t o " B "

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(OAB – CESPE – 2004.ES) Quanto à suspensão condicionaldo processo, assinale a opção incorreta.(A) A suspensão será revogada se, no curso do

prazo, o bene ciário vier a ser processado poroutro crime.

(B) A suspensão será revogada se, no curso do prazo,o bene ciário não efetuar, sem motivo justi cado,

a reparação do dano.(C) Expirado o prazo sem revogação, o juiz declararáextinta a punibilidade.

(D) Correrá a prescrição durante o prazo de suspen -são do processo.

A e B: art. 89, § 3º, da Lei n. 9.099/1995; C: art. 89, § 5º, da Lei n.9.099/1995; D: art. 89, § 6º, da Lei n. 9.099/1995 (Lei dos JuizadosEspeciais Cíveis e Criminais). G a b a r i t o " D "

5. Ação Civil

(Defensoria/SE – 2006 – CESPE) Julgue os itens seguintes.

(1) Confere-se à sentença condenatória irrecorrível anatureza de título executório no tocante à indeni-zação civil, todavia, no juízo cível, o interessado,para obter a reparação do dano causado peloilícito penal, é obrigado a comprovar a materiali-dade, a autoria e a ilicitude do fato.

(2) Faz coisa julgada no cível a sentença absolutóriaquando reconhecida categoricamente a inexistên-cia material do fato, não podendo, nessa hipótese,ser proposta ação civil para o reconhecimento dofato objeto da sentença penal.

(3) Conforme orientação do STF, a sentença queconcede o perdão judicial é condenatória, entre-tanto, não vale como título executivo, visto quea extinção da punibilidade, por qualquer causa,exclui a obrigação do sujeito à reparação do dano.

1: com o trânsito em julgado da sentença condenatória no juízocriminal, pode esta ser levada ao juízo cível para que a vítimaobtenha a reparação do dano porventura experimentado. Nãoserão discutidos, no juízo cível, materialidade, autoria e ilicitudedo fato, temas já superados no juízo criminal. A discussãolimitar-se-á aoquantum debeatur , isto é, ao montante que deveráser pago à vítima a título de indenização; 2: art. 66 do CPP; 3:segundo posição adotada pelo Supremo Tribunal Federal, cuida-se dedecisão de natureza condenatória ; vale salientar que oSuperior Tribunal de Justiça, por meio da Súmula 18, consagrouentendimento diverso, segundo o qual a sentença concessivade perdão judicial temnatureza meramente declaratória ; dequalquer forma, pode ela ser executada como título no juízocível. G a b a r i t o 1 E , 2 C , 3 E

(CESPE – 2008) Segundo o CPP, não faz coisa julgadano cível a sentença penal que reconhecer ter sido oato praticado em(A) Estrita obediência à ordem, não manifestamente

ilegal, de superior hierárquico.(B) Estado de necessidade.(C) Legítima defesa.(D) Estrito cumprimento de dever legal.

Art. 65, CPP. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2010.1) Acerca da ação civil ex delicto ,assinale a opção correta.(A) A execução da sentença penal condenatória no

juízo cível é ato personalíssimo do ofendido e nãose estende aos seus herdeiros.

(B) Ao proferir sentença penal condenatória, o juizxará valor mínimo para a reparação dos danos

causados pela infração, considerando os pre- juízos sofridos pelo ofendido, sem prejuízo daliquidação para apuração do dano efetivamentesofrido.

(C) Segundo o CPP, a sentença absolutória no juízocriminal impede a propositura da ação civil parareparação de eventuais danos resultantes dofato, uma vez que seria contraditório absolvero agente na esfera criminal e processá-lo noâmbito cível.

(D) O despacho de arquivamento do inquérito policiale a decisão que julga extinta a punibilidade são

causas impeditivas da propositura da ação civil.A: Opção incorreta. O art. 63 do CPP garante a legitimidadepara a execução da sentença penal condenatória ao ofendido, aseu representante legal ou a seus herdeiros; B: Opção correta.Cuida-se da previsão do art. 63, parágrafo único, c/c art. 387, IV,ambos do CPP. A resposta é fruto da reforma do CPP, em 2008;C: Opção incorreta. Apenas na hipótese de ter sido reconhecida,categoricamente, a inexistência material do fato, mediante sentençaabsolutória, é que se impede a propositura da ação civil (CPP, art.66); D: Opção incorreta. As causas apontadas na assertiva nãoimpedem a propositura da ação civil, conforme previsto no art.67, I e II, do CPP. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2009.3)

Impede a propositura da ação civilpara a reparação do dano causado pelo fato delituoso(A) a sentença penal que reconhecer ter sido o ato

praticado em estrito cumprimento de dever legal.(B) a sentença absolutória que decidir que o fato

imputado não constitui crime.(C) o despacho de arquivamento do inquérito ou das

peças de informação.(D) a decisão que julgar extinta a punibilidade.A: art. 65 do CPP; B: art. 67, III, do CPP; C: art. 67, I, do CPP; D: ar67, II, do CPP. G a b a r i t o " A "

6. J d C p ê . C x C ê

(Magistratura/AC – 2008 – CESPE) Natália foi denunciadapor ter cometido os crimes de dano, disposto noart. 163 do Código Penal, e de furto quali cado peloconcurso de pessoas e emprego de chave falsa, nostermos do art. 155, § 4.º, incisos III e IV, em situaçãode conexão, pois a prova de uma infração ou dequalquer de suas circunstâncias elementares in ui naprova da outra infração. Com base nessa situação,

assinale a opção correta.(A) Deve-se aplicar a regra do forum attractionis, pre-

valecendo a competência do órgão jurisdicionalda infração penal com pena mais grave, isto é, o

juízo criminal comum.

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(B) A conexão de crime da competência do juizadoespecial criminal (JEC) com crime da compe-tência do juízo criminal comum não determina acompetência deste juízo, em razão da prevalênciada norma constitucional, institucionalizadora dosJECs. Nesse caso, Natália deverá ser processadae julgada por ambos os crimes no JEC.

(C) Na hipótese, deverá haver desmembramento, istoé, Natália deverá ser processada e julgada pelocrime de dano perante o JEC e pelo crime de furtoquali cado perante o juízo criminal comum.

(D) É competente o juízo criminal comum, nãohavendo aplicação dos institutos da transaçãopenal, suspensão condicional do processo ecomposição civil dos danos.

Art. 78, II,a , do CPP. G a b a r i t o " A "

(Magistratura/PI – 2008 – CESPE) Quanto a jurisdição ecompetência, assinale a opção correta.

(A) Ocorre conexão intersubjetiva por simultaneidadequando vários agentes cometem crimes, unscontra os outros.

(B) Em caso de crimes continuados ou permanentes,cuja execução se prolonga no tempo, podendoatingir o território de mais de uma jurisdição, acompetência será da justiça federal.

(C) Compete à justiça federal o julgamento de con-travenção penal praticada em detrimento debens, serviços ou interesses da União ou de suasentidades.

(D) Para processo e julgamento de um crime de

homicídio praticado a bordo de uma embarcaçãobrasileira que esteja em alto-mar, vindo da Françapara o Brasil, é competente o foro do lugar denascimento do autor do crime.

(E) Em caso de conexão entre crime de competênciado juizado especial criminal e crime de competên-cia do juízo comum, prevalecerá a competênciadeste último, que deverá aplicar os institutos datransação penal e da composição dos danos civis.

Art. 60,caput e parágrafo único, da Lei 9.099/95. G a b a r i t o " E "

(Magistratura/SE – 2008 – CESPE) Segundo entendimento

dos tribunais superiores sobre competência, assinalea opção correta.(A) Viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa

e do devido processo legal a atração por continên-cia do processo do co-réu ao foro por prerrogativade função do outro denunciado.

(B) A competência do tribunal de justiça para julgarprefeitos restringe-se aos crimes de competênciada justiça comum estadual.

(C) A competência constitucional do tribunal do júrinão prevalece sobre o foro por prerrogativa defunção estabelecida exclusivamente pela Cons-tituição estadual.

(D) o processo e julgamento dos crimes conexos decompetência federal, eleitoral e estadual competeà justiça federal, uma vez que prevalece a justiçaespecial em relação à comum.

(E) O processo por contravenção penal praticada emdetrimento de bens da União compete à justiçafederal.

O privilégio a que alude o art. 29, X, da CF diz respeito tão somenteaos crimes comuns. Os delitos de responsabilidade, capituladosno Dec.-lei 201/67, serão julgados pela Câmara de Vereadores,conforme jurisprudência pací ca. G a b a r i t o " B "

(Procurador do Estado/CE – 2008 – CESPE) Acerca de jurisdi-ção e competência, assinale a opção correta.(A) Tratando-se de infração continuada ou perma-

nente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a competência será determinada pelolugar em que tiver sido praticado o último ato deexecução.

(B) Não sendo conhecido o lugar da infração, a com-petência será rmada pela prevenção.

(C) A competência será determinada pela conexãoquando duas ou mais pessoas forem acusadas

pela mesma infração.(D) A distribuição realizada para o efeito da concessãode ança ou da decretação de prisão preventivaou de qualquer diligência anterior à denúncia ouqueixa não torna o juízo prevento para a futuraação penal relativa a tais diligências.

(E) Veri cada a reunião dos processos por conexãoou continência, ainda que, no processo da suacompetência própria, o juiz profira sentençaabsolutória ou que desclassi que a infração paraoutra que não se inclua na sua competência, elecontinuará competente em relação aos demais

processos.A: art. 71 do CPP; B: art. 72,caput , do CPP; C: a conexão pres-supõe a existência de duas ou mais infrações penais ligadas dealguma maneira entre si; na continência, diferentemente, umacausa está contida na outra; D: art. 83 do CPP. A prevençãoconstitui critério supletivo de fixação de competência. O juízoficará prevento sempre que tomar alguma medida relativa aoprocesso antes do oferecimento da denúncia ou da queixa; E:art. 81,caput , do CPP. G a b a r i t o " E "

(Magistratura Federal – 5ª Região – 2005 – CESPE) Julgue oitem seguinte.(1)

A homologação de sentenças estrangeiras e aconcessão de exequatur às cartas rogatórias é decompetência originária do STJ, abrangendo todosos pedidos ainda em curso de processamento noSTF.

Art. 105, I,i , da CF, e Res. STJ 9/2005. G a b a r i t o 1 C

(Magistratura Federal – 5ª Região – 2007 – CESPE) Julgue oitem seguinte.(1) Compete ao STF conhecer originariamente de

habeas corpus contra ato de turma recursal do juizado especial federal criminal.

O STF já consolidou entendimento no sentido de que não cabe àquelaCorte apreciarhabeas corpusimpetrado contra decisões de colegia-dos recursais. A competência, neste caso, é do Tribunal RegionalFederal da região respectiva. A esse respeito: STF, HC 85.240-SP,Tribunal Pleno, Rel. Min. Carlos Britto, j. 14.2.2008. G a b a r i t o 1 E

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(Procuradoria Federal – 2007 – CESPE) Julgue o itemseguinte.(1) Competem à justiça estadual o processo e o jul-

gamento dos crimes contra a economia popular.

Súmula 498 do STF. G a b a r i t o 1 C

(CESPE – 2008) Compete à justiça federal processar

e julgar (A) Crime contra a organização do trabalho.(B) Crime de transporte de eleitores no dia da vota-

ção.(C) Furto de bem de sociedade de economia mista.(D) Crime de deserção praticado por bombeiro militar.

Art. 109, VI, da CF. G a b a r i t o " A "

(CESPE – 2008) Com base no CPP, assinale a opçãocorreta acerca da competência.(A) Levando-se em consideração apenas delitos prati-

cados integralmente dentro do território brasileiro,aplica-se a teoria da atividade.(B) O foro competente no caso de tentativa é o local

onde o agente praticou o primeiro ato executório.(C) Reserva-se a teoria da ubiqüidade para a hipó-

tese do delito que tenha se iniciado em um paísestrangeiro e ndado no Brasil ou vice-versa.

(D) Nos casos de exclusiva ação privada, o forocompetente corresponde ao do lugar da infração,não cabendo à vítima optar pelo domicílio ouresidência do réu.

A: o art. 70,caput , do CPP adotou ateoria do resultado ; B: em setratando decrime tentado , por força do que dispõe o art. 70,caput ,segunda parte, do CPP, competente será o foro do lugar onde sedeu o derradeiro ato executório; C: art. 70, §§ 1º e 2º, do CPP. Sãoos chamados crimes a distância ou de espaço máximo; D: art. 73do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2010.1) Acerca da competência no âmbitodo direito processual penal, assinale a opção correta.(A) Caso um policial militar cometa, em uma mesma

comarca, dois delitos conexos, um cujo processoe julgamento seja de competência da justiça esta-dual militar e o outro, da justiça comum estadual,

haverá cisão processual.(B) Os desembargadores dos tribunais de justiçados estados e dos tribunais regionais federaispossuem prerrogativa de foro especial, devendoser processados e julgados criminalmente no STF.

(C) A competência para processo e julgamento porcrime de contrabando ou descaminho de ne-sepela prevenção do juízo federal do local por ondeas mercadorias sejam indevidamente introduzidasno Brasil.

(D) Caso um indivíduo tenha cometido, em umamesma comarca, dois delitos conexos, um cujoprocesso e julgamento seja da competência da

justiça federal e o outro, da justiça comum esta-dual, a competência para o julgamento uni cadodos dois crimes será determinada pelo delitoconsiderado mais grave.

A: Opção correta. Previsão do art. 79, inciso I, do CPP eentendimento solidificado na Súmula 90 do STJ; B: Opçãoincorreta. O art. 105, inciso I, alínea “a”, da CF prevê talcompetência ao STJ; C: Opção incorreta. Segundo a Súmula 151do STJ: “A competência para o processo e julgamento por crimede contrabando ou descaminho de ne-se pela prevenção do juízofederal do lugar da apreensão dos bens.”; D: Opção incorreta.Nessas hipóteses, a competência será da justiça federal, aindaque o delito afeto à justiça comum estadual tenha pena superior(STJ, Súmula 122). G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2009.3) Determinada rede de lancho-netes estabelecida nos Estados Unidos da Américautiliza navios próprios para fornecer mercadoriasaos seus franqueados fora daquele país. A bordode um desses navios, em águas pertencentes aomar territorial brasileiro, paralelas ao estado dePernambuco, houve um crime contra o patrimônio e,algumas horas após esse fato, a embarcação atra-

cou no porto de Santos – SP, onde, de acordo como respectivo plano de viagem, seria sua primeira eúltima parada no território brasileiro.Em face dessa situação hipotética, assinale a opçãocorreta no que se refere à competência para proces-sar e julgar o mencionado delito, de acordo com aCF, o CP e o CPP.(A) A competência para processar e julgar o referido

crime será da justiça federal de Pernambuco.(B) A competência para processar e julgar o referido

crime será da justiça federal de Santos.(C) A justiça brasileira não tem competência para

processar e julgar tal crime, pois a lei penal pátrianão se aplica aos delitos cometidos a bordo denavios estrangeiros.

(D) O mencionado crime deve ser processado e julgado pela justiça do DF.

Art. 109, IX, da CF; art. 89 do CPP; e art. 5º, § 2º, do CP. É hipótesede territorialidade. Nesse sentido: STF, 1ª T., RHC 86.998-SP, rel.Min. Marco Aurélio Mello, j. 13.2.2007. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2008.2) No que se refere às disposiçõesdo CPP acerca da competência por conexão oucontinência, assinale a opção incorreta.(A) No concurso entre a competência do júri e de

outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá acompetência do júri.

(B) No concurso entre a jurisdição comum e a espe-cial, prevalecerá a jurisdição especial.

(C) A conexão e a continência importarão unidadede processo e julgamento, inclusive no concursoentre a jurisdição comum e a militar.

(D) A conexão e a continência no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores impor-tarão separação de processos e de julgamento.

A: art. 78, I, do CPP; B: art. 78, IV, do CPP; C: art. 79, I, do CPP; Dart. 79, II, do CPP. G a b a r i t o " C "

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(OAB – CESPE – 2008.2) Assinale a opção correta acercada conexão e da continência, segundo o Código deProcesso Penal (CPP).(A) No concurso entre a competência do júri e a de

outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá acompetência deste último.

(B) No concurso de jurisdições da mesma categoria,preponderará a do lugar da infração à qual forcominada a pena mais grave.

(C) A conexão e a continência importarão unidadede processo e julgamento, inclusive no concursoentre a jurisdição comum e a do juízo de menores.

(D) No concurso entre a jurisdição comum e a espe-cial, prevalecerá aquela.

A: art. 78, I, do CPP; B: art. 78, II,a , do CPP; C: art. 79, II, do CPP;D: art. 78, IV, do CPP. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2008.1) Em relação à delimitação da

competência no processo penal, às prerrogativasde função e ao foro especial, assinale a opçãocorreta.(A) No caso de conexão entre um crime comum e um

crime eleitoral, este deve ser processado perantea justiça eleitoral e aquele, perante a justiçaestadual, visto que, no concurso de jurisdiçõesde diversas categorias, ocorre a separação dosprocessos.

(B) Não viola a garantia do juiz natural a atraçãopor continência do processo do co-réu ao foroespecial do outro denunciado, razão pela qualum advogado e um juiz de direito que pratiquemcrime contra o patrimônio devem ser processadosperante o tribunal de justiça.

(C) O militar que, no exercício da função, praticacrime doloso contra a vida de um civil deve serprocessado perante a justiça militar.

(D) Membro do Ministério Público estadual que praticacrime doloso contra a vida deve ser processadoperante o tribunal do júri e, não, no foro porprerrogativa de função ou especial, visto que acompetência do tribunal do júri está expressa na

Constituição Federal.A: art. 78, IV, do CPP; B: art. 96, III, da CF; e art. 78, III, do CPP; C:art. 125, § 4º, da CF; D: prevalece o foro por prerrogativa de função(art. 96, III, da CF), uma vez que a própria Constituição estabelecea exceção à competência do Tribunal do Júri. No entanto, se acasoa competência por prerrogativa de função não estiver contidana Carta Magna, o julgamento deverá ocorrer perante o TribunalPopular. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2007.2) A competência jurisdicional nãoé determinada em função(A) Do lugar da infração.

(B) Do domicílio ou residência da vítima.(C) Da prevenção.(D) Da distribuição.

Art. 69, II, do CPP. A competência é determinada em função dodomicílio ou residência do réu, e não da vítima. G a b a r i t o " B "

(Analista – STJ – 2004 – CESPE) Julgue o seguinte item.(1) É legítima a atuação de membro do Ministério

Público que, após requerer o arquivamento denotitia criminis , oferece denúncia pela prática dedenunciação caluniosa no mesmo juízo que deter-minou o arquivamento, em face da competênciapor conexão.

1: art. 76, III, do CPP. Nessa ótica: STF, HC 74.052-RJ, 2ª T., rel.Min. Marco Aurélio, j. 20.8.06. G a b a r i t o 1 C

(Analista – TRE/PA – 2005 – CESPE) Acerca dos critérios dedeterminação de competência, julgue os itens abaixo.I. Se o presidente da República Federativa do

Brasil, na condução de seu carro particular, porimprudência, causasse um acidente de trânsitoque resultasse na morte do motorista do outroveículo envolvido, diante da prática de umhomicídio culposo, o presidente da Repúblicaseria processado e julgado pelo Senado Federal.

II. Não sendo conhecido o lugar da infração penal,a competência para o processo e julgamento docrime regular-se-á pelo domicílio ou residênciado réu.

III. Havendo mais de um juiz competente no forodo processo, a decretação de prisão preventiva,a concessão de fiança, bem como a préviadeterminação judicial de qualquer diligência,tornam o juízo competente para a futura açãopenal.

IV. Compete ao tribunal do júri o julgamento doscrimes dolosos contra a vida, incluindo-se nacompetência daquele colegiado os crimes delatrocínio e extorsão quali cada pelo resultadomorte.

V. Tratando-se de crime funcional praticado porservidor público estadual contra a administraçãoestadual, o processo e o julgamento competem à

justiça federal, uma vez que os crimes relacionadoscom o exercício de função pública são da exclusivacompetência da jurisdição federal.

A quantidade de itens certos é igual a(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5

I: compete ao Supremo Tribunal Federal, nos termos do art. 102, I,b , da CF, processar e julgar, originariamente, nasinfrações penaiscomuns , o presidente da República; se se tratar, no entanto, decrime de responsabilidade , em conformidade com o disposto noart. 52, I, da CF, o presidente será julgado pelo Senado Federal; II:art. 72 do CPP; III: art. 83 do CPP; IV: olatrocínio (art. 157, § 3º,2ª parte, do CP) e aextorsão quali cada pelo resultado morte (art.158, § 2º, do CP) não constituemcrimes dolosos contra a vida (art.5º, XXXVIII,d , da CF). Seus autores não se submetem, portanto,ao julgamento perante o Tribunal Popular; V: seria da competênciada Justiça Federal se o delito fosse praticado contra bens, servi-ços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou

empresas públicas (art. 109, IV, da CF), ou ainda na hipótese deo crime ser perpetrado contra funcionário público federal, desdeque relacionado com o exercício da função (Súmula 147 do STJ).O crime funcional praticado por servidor público estadual contraa administração estadual é de competência da Justiça comumestadual. G a b a r i t o " B "

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(Analista – TJ/AP – 2008 – CESPE) Quanto à competência, julgue os itens que se seguem.(1) Nos crimes de maior potencial ofensivo, adotou-se

a teoria da ubiqüidade para a xação da compe -tência ratione loci .

(2) A competência deve ser xada pela continênciaquando o agente incorrer em aberratio ictus .

(3) Na hipótese de ocorrer crime eleitoral e crimecomum conexos, a competência para julgá-los éda justiça eleitoral.

1: em vez dateoria da ubiquidade , acolhida pelo Código Penalem seu art. 6º para estabelecer olugar do crime , o Código deProcesso Penal, diferentemente, adotou ateoria do resultado para a xação de competência, fazendo alusão aolugar da con- sumação - art. 70 do CPP. No que concerne àsinfrações penaisde menor potencial ofensivo , reza o art. 63 da Lei 9.099/95 que acompetência do Juizado será determinada pelo lugar em que foipraticada a infração penal. Há divergências na doutrina quanto aosentido do termo “praticada”; 2: a competência será determinadapelacontinência , nos termos do art. 77 do CPP, quando duas oumais pessoas forem acusadas pela mesma infração, bem assimnas hipóteses deconcurso formal de crimes (art. 70 do CP),errona execução (aberratio ictus – art. 73 do CP) eresultado diversodo pretendido (aberratio criminis – art. 74 do CP); 3: art. 78, IV,do CPP. G a b a r i t o 1 E , 2 C , 3 C

(Técnico Judiciário – STJ – 2004 – CESPE) Acerca dacompetência no processo penal, em cada um dositens que se seguem, é apresentada uma situaçãohipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.

(1) Marcos enviou uma carta-bomba, por meio deuma agência dos correios de Brasília – DF, paraVinícius, que residia na Argentina, com a intençãode matá-lo. Vinícius faleceu após abrir a cartadevido à explosão da bomba. Nessa situação,a competência para processar e julgar Marcosserá da vara do tribunal do júri da circunscrição

judiciária de Brasília – DF.

(2) José foi vítima de calúnia, crime de ação penalprivada, praticada por Renato na cidade de Natal

– RN. Renato era residente e domiciliado emPorto Alegre – RS. Nessa situação, é possível apropositura, por José, de ação penal privada nacomarca de Porto Alegre – RS.

(3) Um indivíduo, para ocultar furto que praticaraem uma residência e conseguir impunidade docrime, matou o vigia que trabalhava no local.Nessa situação, o tribunal do júri será o órgãocompetente para processar e julgar os crimes defurto e homicídio.

1: incidirá, aqui, ateoria da ubiquidade , consagrada no art. 6º doCP e aplicável aos chamadoscrimes a distância ou de espaçomáximo , que são aqueles em que a execução se inicia em um paíse a consumação se opera em outro. Com base no que dispõe o art.70, § 1º, do CPP, a competência, no Brasil, será rmada pelo lugarem que tiver sido praticado o último ato de execução. Neste caso,na circunscrição judiciária de Brasília-DF; 2: art. 73 do CPP; 3: arts.76, II, e 78, I, do CPP. G a b a r i t o 1 C , 2 C , 3 C

7. Q õ P i d

(Magistratura/AL – 2008 – CESPE) Com relação à compe-tência, exceções e incidente de falsidade, julgue ositens a seguir.I. A exceção de incompetência do juízo poderá ser

oposta, verbalmente ou por escrito, a qualquer

momento.II. As exceções processuais penais são processa-

das em autos apartados e sempre suspendemo andamento da ação penal.

III. A argüição de falsidade de documento constantedos autos não precisa ser feita por procuradorcom poderes especiais.

IV. A decisão do juiz criminal acerca da argüiçãode falsidade documental faz coisa julgada emulterior processo civil.

V. É incabível a oposição de suspeição às autori-dades policiais nos atos do inquérito.

A quantidade de itens certos é igual a

(A) 1.(B) 2.(C) 3.(D) 4.(E) 5.

I: art. 108,caput , do CPP; II: art. 111 do CPP; III: art. 146 do CPP;IV: art. 148 do CPP; V: art. 107 do CPP. G a b a r i t o " A "

(Ministério Público/AM – 2008 – CESPE) Poderá ser levantadoo seqüestro de bensI. se a ação penal não for intentada no prazo

de 60 dias, a contar da data da conclusão dadiligência.

II. se o terceiro, a quem tiverem sido transferidosos bens, prestar caução idônea.

III. se for extinta a punibilidade do réu, por sentençade nitiva.

IV. se o réu for absolvido por sentença de nitiva. Aquantidade de itens certos é igual a

(A) 0.(B) 1.(C) 2.(D) 3.(E) 4.

I: art. 131, I, do CPP; II: art. 131, II, do CPP; III: art. 131, III, 1ª partedo CPP; IV: art. 131, III, 2ª parte, do CPP. G a b a r i t o " E "

(Ministério Público/RO – 2008 – CESPE) No que se refere arestituição de coisas apreendidas, medidas assecu-ratórias, exame de insanidade mental do acusado,questões e processos incidentes, assinale a opçãoincorreta.(A) De acordo com o CPP, caberá o seqüestro dos

bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com osproventos da infração, ainda que já tenham sidotransferidos a terceiro, bastando, para isso, aexistência de indícios veementes da proveniênciailícita dos bens. Poderá o seqüestro ser decretado

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pelo juiz, de ofício, a requerimento do MP ou doofendido, ou mediante representação da autori-dade policial, em qualquer fase do processo oumesmo antes de oferecida a denúncia ou queixa.

(B) O incidente de falsidade de documento constantedos autos poderá ser requerido por quaisquerdas partes, mas o juiz não poderá, de ofício, pro -ceder à veri cação da falsidade. Reconhecida afalsidade por decisão irrecorrível, o juiz mandarádesentranhar o documento e remetê-lo-á, comos autos do processo incidente, ao MP, fazendoessa decisão coisa julgada em relação a ulteriorprocesso penal ou civil.

(C) Se os peritos concluírem que o acusado era, aotempo da infração, inimputável por doença mental,o processo-crime prosseguirá, com a presença docurador. Por outro lado, se car constatado que adoença mental sobreveio à infração, o processocontinuará suspenso até que o acusado se res -tabeleça, podendo o juiz, nesse caso, ordenar a

internação do acusado em manicômio judiciárioou em outro estabelecimento adequado.(D) Antes de transitar em julgado a sentença nal, as

coisas apreendidas não poderão ser restituídasenquanto interessarem ao processo.

(E) Com relação ao pedido de restituição de coisaapreendida, em caso de dúvida sobre quem sejao verdadeiro dono, o juiz remeterá as partes parao juízo cível, ordenando o depósito das coisas emmãos de depositário ou do próprio terceiro que asdetinha, se for pessoa idônea.

A: arts: 125, 126 e 127 do CPP; B: arts. 147 e 148 do CPP; C: arts.151 e 152, § 1º, do CPP; D: art. 118 do CPP; E: art. 120, § 4º, doCPP. G a b a r i t o " B "

(Magistratura Federal – 5ª Região – 2005 – CESPE) Julgue oitem seguinte.(1) O exame de insanidade mental, que objetiva

à demonstração da higidez psíquica do réu nomomento da prática da infração penal, deve serdeferido pelo juiz sempre que houver requeri-mento da defesa, sob pena de cerceamento dedefesa e constrangimento ilegal.

O juiz somente ordenará o exame de insanidade mental do acusadose houverdúvida razoável acerca de sua integridade mental, con-forme determina o art. 149,caput , do CPP. Não há recurso contra oindeferimento da instauração do incidente. Se se tratar, no entanto,de réu nitidamente doente, é possível, em princípio, impetrarhabeascorpus. G a b a r i t o 1 E

(Procuradoria Federal – 2007 – CESPE) Julgue o itemseguinte.(1) Considere a seguinte situação hipotética. Rubens

foi denunciado pelo Ministério Público por terpraticado crime de tentativa de homicídio simplescontra seu pai. Nessa situação, existindo açãocivil negatória de paternidade em curso, trata-sede questão prejudicial obrigatória, devendo o juizsuspender o feito até a sentença cível de nitiva,tendo em vista que a con rmação da paternidadeé circunstância agravante.

A agravante genérica presente no art. 61, II,e , do CP não constituiprejudicial obrigatória, já que a solução a ela relativa não repercu-tirá na tipicidade ou atipicidade do fato criminoso. O magistrado,segundo seu prudente critério, poderá ou não suspender o feito (art.93 do CPP). G a b a r i t o 1 E

(Defensoria Pública da União – 2010 – CESPE) Julgue o itemsubsequente, que versa sobre questões e processosincidentes.(1) Vigora, no Brasil, o sistema eclético ou misto,

segundo o qual, em relação às questões prejudi-ciais heterogêneas relativas ao estado civil daspessoas, aplica-se o sistema da prejudicialidadeobrigatória, de forma que compete ao juízo cívelresolver a questão, ao passo que, no que con-cerne às demais questões heterogêneas, utiliza-se o sistema da prejudicialidade facultativa.

Arts. 92 e 93 do CPP. G a b a r i t o 1 C

(Advogado da União/AGU – CESPE – 2009) Julgue os itensque se seguem acerca da restituição das coisasapreendidas e do perdimento de bens.(1) A restituição, por constituir ato privativo da auto-

ridade judicial, não poderá ser ordenada pelaautoridade policial, ainda que não exista dúvidaquanto ao direito do reclamante.

(2) Mesmo que haja dúvida sobre a titularidade dobem apreendido, compete ao juiz criminal decidirsobre o incidente.

1: art. 120,caput , do CPP; 2: art. 120, § 4º, do CPP. G a b a r i t o 1 E , 2 E

(CESPE – 2008) De acordo com o CPP, considera-seimpedido o juiz(A) Que seja amigo íntimo ou inimigo capital de qual-

quer das partes.(B) Cujo cônjuge ou parente, consanguíneo ou a m,

em linha reta ou colateral até o terceiro grau,inclusive, tenha funcionado como defensor ouadvogado, órgão do Ministério Público, autoridadepolicial, auxiliar da justiça ou perito.

(C) Que tenha aconselhado qualquer das partes.(D) Que esteja respondendo a processo por fato

análogo, sobre cujo caráter criminoso haja con -trovérsia.

A: art. 254, I, do CPP. É hipótese de exceção de suspeição; B:art. 252, I, do CPP; C: art. 254, IV, do CPP. Outra hipótese desuspeição; D: art. 254, II, do CPP. Também é causa geradora desuspeição. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2010.1) Márcio foi denunciado pelocrime de bigamia. O advogado de defesa peticionouao juízo criminal requerendo a suspensão da açãopenal, por entender que o primeiro casamento deMárcio padecia de nulidade, fato que gerou ação civil

anulatória, em trâmite perante o juízo cível da mesmacomarca. Nessa situação hipotética,(A) deverá o juízo criminal, de ofício, extinguir a

punibilidade de Márcio, uma vez que o delito debigamia foi revogado.

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(B) considerando-se a independência das instâncias, oprocesso criminal deverá ter seguimento indepen -dentemente do desfecho da ação anulatória civil.

(C) apesar de as instâncias cível e criminal seremindependentes, o juízo criminal poderá, por cautela,determinar a suspensão da ação penal até quese resolva, no juízo cível, a controvérsia relativa ànulidade do primeiro casamento de Márcio.

(D) a ação penal deverá ser suspensa até que anulidade do primeiro casamento de Márcio sejaresolvida de nitivamente no juízo cível.

A: Opção incorreta. A Lei n.º 11.106/2005, que alterou o CódigoPenal, revogou, no capítulo referente aos crimes contra o casamento,entre outros, apenas o delito de adultério (antigo art. 240), de formaque a gura típica da bigamia continua em vigor (art. 235); B:Opção incorreta.Videjusti cativa à opção D; C: Opção incorreta.Videjusti cativa à opção D; D: Opção correta. Trata-se de hipótesede suspensão obrigatória (CPP, art. 92). Nesse sentido, ainda:Fauzi Hassan Choukr. Código de Processo Penal – comentáriosconsolidados e crítica jurisprudencial. Rio de Janeiro: Lumen Juris,

2007, p. 233. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2009.3) Acerca de incidente de insani-dade mental do acusado, assinale a opção correta.(A) Não se admite a instauração de exame de

sanidade mental do acusado após o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, uma vezque a medida não terá mais e cácia.

(B) O exame de avaliação da saúde mental do acu-sado poderá ser ordenado na fase do inquérito,mediante representação da autoridade policial ao

juiz competente.(C)

Caso seja comprovada a insanidade mental doacusado, ao tempo da infração penal, o processodeverá ser imediatamente extinto, decretando-sea extinção da punibilidade do réu.

(D) Para efeito do exame, o acusado acometido deinsanidade mental, se estiver preso, deverá serimediatamente libertado, para que a família o con-duza para a análise clínica em estabelecimentoque entenda adequado.

A: se a doença mental surgir no curso da execução da pena, aplica-seo art. 154 do CPP; B: art. 149, § 1º, do CPP; C: art. 151 do CPP; D:art. 150,caput , do CPP. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2009.2) Assinale a opção correta a res-peito da exceção de suspeição.(A) Sempre que houver arguição de suspeição de

jurado no procedimento do tribunal do júri, deveráo juiz determinar a suspensão do processo prin-cipal até que se decida o incidente.

(B) As partes não poderão arguir de suspeição osserventuários ou funcionários da justiça e osperitos não o ciais, pois tais servidores exercematividade meramente administrativa.

(C) Caso seja arguida a suspeição de membro doMP, a decisão caberá ao próprio juiz criminal queconduz o processo principal.

(D) Julgada procedente a exceção de suspeição do juiz pelo tribunal competente, o processo deveráser remetido ao seu substituto, com aproveitamentodos atos já praticados no processo principal.

A: art. 106 do CPP; B: art. 105 do CPP; C: art. 104 do CPP; D: art101 do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2009.1) Acerca de exceções, assinalea opção correta.(A) Podem ser opostas exceções de suspeição,

incompetência de juízo, litispendência, ilegitimi-

dade de parte e coisa julgada e, caso a parteoponha mais de uma, deverá fazê-lo em uma sópetição ou articulado.

(B) Tratando-se da exceção de incompetência do juízo, uma vez aceita a declinatória, o feito deveser remetido ao juízo competente, onde deveráser declarada a nulidade absoluta dos atos ante-riores, não se admitindo a rati cação.

(C) A exceção de incompetência do juízo, que nãopode ser oposta verbalmente, deve ser apresen-tada, no prazo de defesa, pela parte interessada.

(D) A parte interessada pode opor suspeição às auto-

ridades policiais nos atos do inquérito, devendofazê-lo na primeira oportunidade em que tiver vistados autos.

A: arts. 95 e 110, § 1º, do CPP; B: art. 108, § 1º, do CPP; C: art. 108,caput, do CPP; D: art. 107 do CPP. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2008.3) Com relação ao sequestro comomedida assecuratória, assinale a opção correta, deacordo com o CPP.(A) Se o indiciado tiver adquirido bens imóveis

utilizando os proventos da infração, caberá osequestro desses bens, desde que não tenhamsido transferidos a terceiro.

(B) Para a decretação de sequestro, é necessáriaa existência de certeza acerca da proveniênciailícita dos bens.

(C) O sequestro pode ser embargado pelo acusado,mas não, por terceiro a quem os bens tenhamsido transferidos a título oneroso.

(D) Se for julgada extinta a punibilidade ou absolvidoo réu, por sentença transitada em julgado, osequestro será levantado.

A: art. 125 do CPP; B: art. 126 do CPP; C: art. 130, II, do CPP; D

art. 131, III, do CPP. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2008.3) Assinale a opção correta acercado sequestro de bens, segundo o CPP.(A) Caberá o sequestro dos bens imóveis adquiridos

pelo indiciado com os proventos da infração, salvose já tiverem sido transferidos a terceiro.

(B) O sequestro será levantado se for julgada extintaa punibilidade ou absolvido o réu, por sentençatransitada em julgado.

(C) Para a decretação do sequestro, exige-se a cer-teza acerca da proveniência ilícita dos bens.

(D) O juiz, de ofício, poderá ordenar o sequestro,desde que já tenha sido oferecida a denúncia ouqueixa.

A: art. 125 do CPP; B: art. 131, III, do CPP; C: art. 126 do CPP; Dart. 127 do CPP. G a b a r i t o " B "

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(OAB – CESPE – 2008.2) Assinale a opção correta acercado processo penal.(A) É vedado ao magistrado, na busca da verdade

real, determinar, de ofício, a oitiva de testemu-nhas.

(B) Se a decisão sobre a existência da infraçãodepender da solução de controvérsia, que o juiz

repute séria e fundada, sobre o estado civil daspessoas, o curso da ação penal cará suspensoaté que no juízo cível seja a controvérsia dirimidapor sentença passada em julgado, sem prejuízo,entretanto, da inquirição das testemunhas e deoutras provas de natureza urgente.

(C) Veri car-se-á a competência por prevenção todavez que, concorrendo dois ou mais juízes igual-mente competentes ou com jurisdição cumulativa,um deles tiver antecedido aos outros na práticade algum ato do processo ou de medida a esterelativa, desde que não seja anterior ao ofereci-

mento da denúncia ou da queixa.(D) Antes de a sentença nal transitar em julgado,as coisas apreendidas poderão ser restituídasmesmo se interessarem ao processo.

A: arts. 156, II, e 209 do CPP; B: art. 92, CPP; C: art. 83 do CPP; D:art. 118, CPP. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2008.1) Assinale a opção correta acercadas exceções no processo penal.(A) A exceção de incompetência, quando oposta, põe

m ao processo.(B) No tribunal do júri, a suspeição dos jurados deve

ser argüida após os debates orais da acusaçãoe da defesa.

(C) Quando constatar que alguma das circunstânciaslegais está presente, o juiz deve declarar-se sus -peito ou impedido de julgar a causa, remetendo oprocesso ao seu substituto legal, conforme dispõea organização judiciária.

(D) A exceção de litispendência é dilatória.

A: arts. 108 e 109 do CPP; B: art. 106 do CPP; C: art. 97, CPP(hipótese de a rmação de suspeição de ofício); art. 254, CPP(causas que tornam o juiz suspeito); art. 112, CPP (o juiz deve

declarar-se impedido; se não o zer, o obstáculo ao exercício dafunção jurisdicional poderá ser arguido pelas partes); arts. 252 e253, CPP (hipóteses geradoras de impedimento); D: a exceção delitispendência não é dilatória, e sim peremptória, na medida em queela elide o exercício da pretensão. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2007.3) A propósito da restituição debens apreendidos no processo penal, assinale aopção correta.(A) Tratando-se de coisas facilmente penhoráveis,

não se admite a realização de leilão público, poisa aplicação da lei processual civil é subsidiária.

(B) Não se admite a tutela de interesse de terceirosde boa-fé no bem apreendido.

(C) Antes do trânsito em julgado de decisão insertaem sentença, os bens apreendidos só podem serrestituídos se não mais interessarem ao processoe aos efeitos penais de uma condenação.

(D) Em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeirodono do bem apreendido, o juízo criminal é ocompetente para solucioná-la.

A: se se tratar de coisas facilmente deterioráveis, a lei (art. 120, § 5º,CPP) autoriza sejam avaliadas e levadas a leilão público, depositando-se o dinheiro apurado, ou entregues ao terceiro que as detinha; B: ointeresse de terceiro de boa-fé é tutelado em diversos dispositivos:arts. 119, 120, § 2º, e 122, parágrafo único, todos do CPP; C: art.118, CPP; D: art. 120, § 4º, do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2007.2) Assinale a opção correta acercado processo penal.(A) Caberá o seqüestro dos bens imóveis, adquiridos

pelo indiciado com os proventos da infração, salvose já tiverem sido transferidos a terceiro.

(B) Pode-se opor suspeição às autoridades policiaisnos atos do inquérito.

(C) A argüição de suspeição precederá a qualqueroutra, salvo quando fundada em motivo super-veniente.

(D) Antes de transitar em julgado a sentença nal, ascoisas apreendidas poderão ser restituídas, aindaque interessem ao processo.

A: art. 125 do CPP; B: art. 107 do CPP; C: art. 96, CPP; D: art. 118do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2006.1) No que diz respeito às exceçõesno processo penal, de acordo com a legislação pro-cessual penal e a doutrina pátria, assinale a opçãocorreta.(A) A litispendência visa impedir que, por um mesmo

fato punível, o réu responda em mais de um pro-cesso. Para tanto, esse instituto reclama o reco-nhecimento inequívoco dos seguintes requisitos:identidade de pessoas, de pedido e de causa depedir.

(B) Se, sendo ilegítima a parte, for instaurada a açãopenal, pode ser argüida exceção de suspeição.

(C) A argüição das exceções constitui incidente pro-cessual próprio da defesa, não sendo possívelque também o autor possa opô-la.

(D) São peremptórias as exceções de suspeição,incompetência e ilegitimidade da parte.

A: arts. 95, III, 110 e 111, do CPP. Ninguém pode ser julgado duasvezes pelo mesmo fato. É esse o fundamento desta exceção, cujoselementos que a identi cam são: pedido, causa de pedir e partes. Àfalta de um deles, não há se falar emexceção de litispendência ; B:legitimidade de parte é uma das condições da ação. Estas devemser analisadas pelo juiz quando do recebimento da peça acusatória;C: arts. 98 e 105, CPP; D: as exceções de suspeição, incompetênciae ilegitimidade de parte são dilatórias. G a b a r i t o " A "

(Analista – TRE/AL – 2004 – CESPE) Com relação ao direitoprocessual penal brasileiro, julgue o item que se segue.(1) Se duas autoridades judiciárias se consideram

competentes para conhecer do mesmo fato cri-minoso, ocorre con ito positivo de competência,que poderá ser suscitado por qualquer das auto -ridades judiciárias em causa.

1: arts. 113 e 114 do CPP. G a b a r i t o 1 C

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

8. P g v d a d

(Defensoria/PI – 2009 – CESPE) Segundo entendimento doSTF, os senadores e deputados federais(A) não dispõem da prerrogativa processual de serem

inquiridos em local, dia e hora previamente ajusta-dos entre eles e a autoridade competente, quandoarrolados como testemunhas.

(B) dispõem da prerrogativa de serem inquiridos emlocal, dia e hora previamente ajustados entre elese a autoridade competente, mesmo quando indi-ciados em inquérito policial ou quando guraremcomo réus em processo penal.

(C) que ostentarem a condição formal de indiciadoou de réu poderão sofrer condução coercitiva, sedeixarem de comparecer ao ato de seu interroga-tório.

(D) dispõem da prerrogativa processual de sereminquiridos em local, dia e hora previamenteajustados entre eles e a autoridade competente,quando ostentarem a condição de ofendidos.

(E) não dispõem de garantia constitucional que lhesassegure o estado de relativa incoercibilidadepessoal.

Informativonº 563 do STF. G a b a r i t o " D "

9. P v

(Magistratura/SE – 2008 – CESPE) Assinale a opção corretaacerca da prova criminal.(A) Quanto ao estado das pessoas, a observância

das restrições à prova previstas na lei civil é umalimitação à liberdade probatória do processopenal.

(B) A busca pessoal inclui bolsas e malas, bem comoo veículo que esteja na posse da pessoa, sendoindispensável o mandado judicial.

(C) Os menores de quatorze anos não podem sertestemunhas em juízo uma vez que, por nãoprestarem compromisso de dizer a verdade, nãorespondem por ato infracional correspondente afalso testemunho.

(D) A interceptação telefônica só será admitida emcrimes apenados com reclusão e desde que nãoexista outro meio de se produzir a prova parainstruir processo criminal ou cível.

(E) O conselho de sentença do tribunal do júri adotao sistema da livre convicção e tem liberdade paraapreciar a prova, desde que respeite critérioslegais de valoração da prova.

A: art. 155, parágrafo único, do CPP; B: a busca pessoal de fatoinclui bolsas e malas, bem como o veículo que esteja na posseda pessoa, sendo dispensável, em regra, o mandado judicial, nos

termos do disposto no art. 244 do CPP; C: preleciona o art. 208do CPP que os menores de 14 anos serão ouvidos como infor-mantes, já que a eles não se deferirá o compromisso a que aludeo art. 203 do mesmo Estatuto; D: art. 5º, XII, da CF e arts. 1º e 2ºda Lei 9.296/96; E: o sistema que prevalece no Tribunal popularé o da íntima convicção, no qual os jurados estão dispensados

de motivar suas decisões. O sistema da prova legal, que temaplicação bastante restrita no nosso ordenamento, não é aplicadopelos jurados. G a b a r i t o " A "

(Defensoria/SE – 2006 – CESPE) Julgue o item seguinte.(1) O artigo do Código de Processo Penal (CPP) que

estabelece que a con ssão não supre o examede corpo de delito guarda nítida ligação com osistema de prova tarifada ou da certeza moral dolegislador.

Quando o legislador estabelece, no art. 158 do CPP, que a con-ssão do acusado não supre o exame de corpo de delito, está, a

rigor, atribuindo a essa prova (con ssão) um determinado valor. G a b a r i t o 1 C

(Cartório/DF – 2008 – CESPE) Julgue os itens seguintes.(1) A doutrina da ilicitude por derivação — também

conhecida como teoria dos frutos da árvore enve -nenada — repudia, por serem constitucionalmenteinadmissíveis, os meios probatórios que, nãoobstante produzidos validamente em momentoulterior, acham-se afetados pelo vício da ilicitudeoriginária, que a eles se transmite, contaminando-os, por efeito de repercussão causal.

(2) Os elementos informativos de uma investiga-ção criminal, ou as provas colhidas no bojo deinstrução processual penal, desde que obtidosmediante interceptação telefônica devidamenteautorizada por juiz competente, podem ser com-partilhados para ns de instruir procedimentoadministrativo disciplinar.

1: art. 5º, LVI, da CF; art. 157, § 1º, do CPP; 2: desde que a intercep-tação tenha se realizado por meio de ordem judicial, é perfeitamentepossível, sim, que haja o empréstimo dessa prova para ns admi-nistrativos, em especial para lastrear procedimento administrativodisciplinar. G a b a r i t o 1 C , 2 C

(Delegado/PB – 2009 – CESPE) Assinale a opção corretacom base na legislação sobre interceptação tele-fônica.(A) A interceptação das comunicações telefônicas

pode ser determinada pelo juiz, a requerimentoda autoridade policial, na investigação criminal ou

na instrução processual penal.(B) O pedido de interceptação das comunicaçõestelefônicas deve ser feito necessariamente porescrito.

(C) Não se admite interceptação das comunicaçõestelefônicas quando o fato investigado constituirinfração penal punida, no máximo, com pena dedetenção.

(D) Somente após o trânsito em julgado da sentençapenal pode a gravação ser inutilizada, mediantedecisão judicial, ainda que não interesse à prova.

(E) Ainda que a diligência possibilite a gravação da

comunicação interceptada, é dispensada a trans-crição da gravação.

A: art. 3º, I, da Lei 9.296/96; B: art. 4º, § 1º, da Lei 9.296/96; C: art.2º, III, da Lei 9.296/96; D: art. 9º da Lei 9.296/96; E: art. 6º, § 1º, daLei 9.296/96. G a b a r i t o " C "

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(Magistratura Federal – 5ª Região – 2007 – CESPE) Julgue oitem seguinte.

(1) Os fatos axiomáticos são objetos de prova noprocesso penal.

Fatos axiomáticos ou intuitivos são os evidentes, que não precisamser provados; não constituem, por essa razão, objeto de prova,que diz respeito a tudo aquilo que deve ser provado. G a b a r i t o 1 E

(Defensoria Pública da União – 2007 – CESPE) Julgue o itemseguinte.

(1) Dados obtidos em interceptação de comuni-cações telefônicas e em escutas ambientais,

judicialmente autorizadas para produção deprova em investigação criminal ou em instruçãoprocessual penal, podem ser usados em pro-cedimento administrativo disciplinar, contra amesma ou as mesmas pessoas em relação àsquais foram colhidos, ou contra outros servido-

res cujos supostos ilícitos teriam despontado àcolheita dessa prova.

Tal utilização tem sido aceita pela jurisprudência, desde que a inter-ceptação tenha sido feita por meio de ordem judicial.

(OAB – CESPE – 2010.1) Com relação aos meios deprova no processo penal, assinale a opção corretade acordo com o CPP.(A) Se o juiz tiver notícia da existência de documento

relativo a ponto relevante da acusação ou dadefesa, não poderá providenciar, independen -

temente de requerimento das partes, a juntadaaos autos, uma vez que é mero espectador doprocesso, sem atuação de o cio na gestão daprova.

(B) Em regra, a testemunha não pode eximir-se daobrigação de depor. No entanto, o cônjuge doacusado à época do fato criminoso, ainda quedele se encontre separado judicialmente, poderecusar-se a testemunhar.

(C) Em regra, as partes deverão apresentar osdocumentos necessários à comprovação de suasalegações na primeira oportunidade que falaremnos autos, sob pena de preclusão.

(D) O procedimento de acareação só será admitidoentre acusados, sendo vedada a acareação entreacusado e testemunha.

A: Opção incorreta. O juiz pode atuarex of cioconforme o art.234 do CPP. Se o juiz tiver notícia da existência de documentorelativo a ponto relevante da acusação ou da defesa, providenciará,independentemente de requerimento de qualquer das partes, parasua juntada aos autos, se possível; B: Opção correta. Cuida-se daprevisão do art. 206 do CPP; C: Opção incorreta. Em regra, as partespoderão apresentar documentos em qualquer fase do processo(CPP, art. 231); D: Opção incorreta. Nos termos do art. 229 doCPP, “A acareação será admitida entre acusados, entre acusadoe testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunhae a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre quedivergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstânciasrelevantes. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2008.3) Com relação ao processo emgeral, assinale a opção correta de acordo com oCPP.(A) Considera-se álibi a circunstância conhecida e

provada que, tendo relação com o fato, autorize,por indução, concluir-se a existência de outra ououtras circunstâncias.

(B) Com exceção dos casos expressos em lei, as par-tes podem apresentar documentos em qualquerfase do processo.

(C) A fotogra a do documento, mesmo que devida-mente autenticada, não possui o mesmo valor dodocumento original.

(D) Não é permitida a apreensão de documento empoder do defensor do acusado, mesmo quandoconstituir elemento do corpo de delito.

A: art. 239 do CPP; B: art. 231 do CPP; C: art. 232, parágrafo único,do CPP; D: art. 243, § 2º, do CPP. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2008.3) Assinale a opção correta quantoàs provas ilícitas, de acordo com o Código de Pro-cesso Penal (CPP), segundo recentes alteraçõeslegislativas.(A) São entendidas como provas ilícitas apenas as

que forem obtidas em violação a normas constitu-cionais, devendo tais provas ser desentranhadasdo processo.

(B) São, em regra, admissíveis as provas derivadasdas ilícitas.

(C) Considera-se fonte independente aquela que,por si só, seguindo os trâmites típicos e depraxe, próprios da investigação ou instruçãocriminal, seja capaz de conduzir ao fato objetoda prova.

(D) As cartas particulares, ainda que interceptadasou obtidas por meios criminosos, são, em regra,admitidas em juízo.

A: art. 157,caput , do CPP; B: art. 157, § 1º, do CPP; C: art. 157, §2º, do CPP; D: art. 233 do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2008.3) No que se refere à prova

testemunhal, assinale a opção correta de acordocom o CPP.(A) As testemunhas serão inquiridas uma de cada

vez, de forma que umas não saibam nem ouçamos depoimentos das outras, devendo o juiz, naocasião da oitiva, adverti-las das penas comina-das ao falso testemunho.

(B) As perguntas devem ser formuladas pelas partes,por intermédio do juiz e não diretamente à teste-munha.

(C) Admite-se que as partes formulem perguntas que

possam induzir a resposta das testemunhas.(D) São admissíveis perguntas que não tenhamrelação com a causa.

A: art. 210,caput , do CPP; B C e D: art. 212,caput , do CPP. G a b a r i t o " A "

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(OAB – CESPE – 2008.2) Assinale a opção correta acercado exame de corpo de delito e das perícias em geral,segundo o CPP.(A) Se a perícia requerida pelas partes não for neces-

sária ao esclarecimento da verdade, o juiz ou aautoridade policial negará a perícia, exceto nahipótese de exame de corpo de delito.

(B) Se não for possível o exame de corpo de delitopor haverem desaparecido os vestígios, a provatestemunhal não poderá suprir-lhe a falta.

(C) O juiz cará adstrito ao laudo.(D) Se a infração deixar vestígios, a con ssão do

acusado poderá suprir o exame de corpo de delito,direto ou indireto.

A: art. 184, CPP; B: art. 167 do CPP; C: art. 182 do CPP; D: art. 158do CPP. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2008.2) Assinale a opção correta acerca

da con ssão e do interrogatório, segundo o CPP ea CF.(A) O réu pode retratar-se da con ssão, bem como

pode confessar a totalidade ou apenas uma partedo fato que lhe foi imputado.

(B) Se o acusado confessa o crime perante o juiz,na presença de seu advogado, é desnecessárioconfrontar a con ssão com as demais provas doprocesso para a veri cação de compatibilidadeou concordância.

(C) Antes de iniciar o interrogatório, o juiz esclareceráao réu que, embora não esteja obrigado a respon-der às perguntas que lhe forem formuladas, o seusilêncio poderá ser interpretado em prejuízo daprópria defesa.

(D) O silêncio do acusado importa em con ssão ctaou presumida.

A: art. 5º, LXIII, da CF; art. 200, CPP; B: art. 197 do CPP; C e D: art.186, parágrafo único, do CPP. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2008.1) Assinale a opção correta acercada prova no processo penal.(A) A prova, ainda que produzida por iniciativa de

uma das partes, pertence ao processo e podeser utilizada por todos os participantes da relaçãoprocessual, destinando-se à apuração da verdadedos fatos alegados.

(B) O sistema da livre convicção, adotado majori-tariamente no processo penal brasileiro, comfundamento na Constituição Federal, signi ca apermissão dada ao juiz para decidir a causa deacordo com seu livre entendimento, devendo omagistrado, no entanto, cuidar de fundamentá-lo, nos autos, e buscar persuadir as partes e acomunidade em abstrato.

(C) O sistema da persuasão racional é o que preva-lece no tribunal do júri.

(D) O juiz ca adstrito ao laudo pericial, não podendodecidir, de acordo com sua convicção, a matériaque lhe é apresentada.

A: trata-se doprincípio da aquisiçãoou comunhão da prova , segundoo qual as provas produzidas pertencem ao processo, e não às partes,porquanto destinam-se à formação da convicção do juiz; B:livreconvicção é o sistema relativo à valoração livre, desvinculada demotivação, não adotado entre nós. O sistema acolhido pelo processopenal brasileiro é o dapersuasão racional (art. 93, IX, CF); C: noTribunal do Júri prevalece o sistema dalivre convicção , na medidaem que os jurados não podem declarar o voto. É exceção à regra;D: art. 182 do CPP. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2007.3) Relativamente ao interrogatório,assinale a opção correta.(A) O interrogatório constitui meio de defesa e as

declarações oportunamente prestadas pelo acu-sado podem servir de fonte de prova.

(B) Trata-se, exclusivamente, de meio de prova.(C) A defesa técnica não pode se manifestar na rea-

lização do interrogatório.(D) Somente a autodefesa é exercida quando se

presta declarações em interrogatório.

Arts. 185 a 196 do CPP. Embora haja controvérsia a respeito damatéria, juristas consagrados como Frederico Marques e JulioFabbrini Mirabete entendem ser o interrogatório tanto meio deprova quanto meio de defesa. Guilherme de Souza Nucci, por seuturno, coloca omeio de defesanum patamar de superioridade emrelação aomeio de prova.Justi ca a rmando que o interrogatórioé, fundamentalmente, um meio de defesa, na medida em que aConstituição confere ao réu o direito ao silêncio. Agora, se quiserfalar, aquilo que disser, evidentemente, constituirámeio de prova.

G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2007.3) Relativamente ao instituto da

prova criminal, assinale a opção correta.(A) É permitida a juntada de documentos no plená -

rio do tribunal do júri, desde que trate de provarelativa ao fato imputado e esclareça a verdadereal.

(B) A existência de prova da materialidade e de indí-cios de autoria são su cientes para o recebimentoda denúncia, para a determinação de intercepta-ção telefônica e para a inclusão do réu no rol dosculpados.

(C) As provas periciais, ainda que produzidas duranteo inquérito policial, têm valor probatório, visto quese submetem a contraditório diferido.

(D) A con ssão feita durante o interrogatório judicialpode suprir a ausência do laudo de exame cada-vérico.

A: art. 479 do CPP; B: art. 2º da Lei n. 9.296/1996; art. 393, II, doCPP; C: as provas periciais não são renovadas em juízo, comoocorre com o interrogatório (realizado tanto na fase inquisitorialquanto na processual), porque os vestígios deixados pela infraçãojá desapareceram. Submetem-se, pois, ao contraditório diferido,postergado; D: art. 158 do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2007.2) Acerca da prova testemunhal,

assinale a opção correta.(A) Ao juiz é vedado ouvir outras testemunhas, além

das indicadas pelas partes.(B) As testemunhas da acusação e da defesa serão

inquiridas umas na presença das outras.

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(C) Se o juiz, ao pronunciar sentença nal, reconhecerque alguma testemunha fez a rmação falsa, calouou negou a verdade, remeterá cópia do depoi -mento à autoridade policial para a instauraçãode inquérito.

(D) A testemunha deve prestar o depoimento oral-mente ou trazê-lo por escrito.

A: arts. 156, II, e 209 do CPP; B: art. 210 do CPP; C: art. 211, CPP;D: art. 204, CPP. G a b a r i t o " C "

(Analista – STF – 2008 – CESPE) Com base no CPP, julgueos itens a seguir, relativos a provas.(1) Quando a infração deixar vestígios, será indis -

pensável o exame de corpo de delito, direto ouindireto. Não sendo possível sua realização emdecorrência de os vestígios terem desaparecido,a prova testemunhal ou a con ssão poderãosuprir-lhe a falta.

(2) Em caso de lesões corporais, se o primeiroexame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinaçãoda autoridade policial ou judiciária, de ofício,ou a requerimento do MP, ou do ofendido ou doacusado, ou de seu defensor. A falta desse examepoderá ser suprida pela prova testemunhal.

1: será de fato indispensável, quando a infração deixar vestígios, averi cação da prova da existência do crime; não sendo possível talveri cação, em vista do desaparecimento dos vestígios do delito,a prova testemunhal – e somente ela – poderá suprir-lhe a falta; acon ssão , nunca. É o teor dos arts. 158 e 167 do CPP; 2: art. 168,caput, e § 3º, do CPP. G a b a r i t o 1 E , 2 C

(Analista – TRE/MT – 2005 – CESPE) Sabendo-se que abusca da verdade real e o sistema do livre con-vencimento do juiz, que conduzem ao princípio daliberdade probatória, levam a doutrina a concluir quenão se esgotam nos artigos 158 e 250 do Código deProcesso Penal os meios de prova permitidos nalegislação brasileira, conclui-se que a previsão legalnão é exaustiva, mas exempli cativa, sendo admi -tidas as chamadas provas inominadas. A respeitodesse assunto, assinale a opção correta.

(A) Ilícitas são as provas que contrariam normas dedireito processual.(B) Ilegítimas são as provas que contrariam normas

de direito material.(C) Admite-se, no ordenamento jurídico pátrio, a

obtenção de provas por meios ilícitos, mas nãoilegítimos.

(D) Admite-se, no ordenamento jurídico pátrio, aobtenção de provas por meios ilegítimos, masnão ilícitos.

(E) Ilícitas são as provas que afrontam norma dedireito material.

Consideram-seilícitas as provas que violam normas de direitomaterial eilegítimas as obtidas com desrespeito à norma de direitoprocessual. Tanto uma quanto a outra é inadmissível, devendo, porforça do disposto no art. 157,caput , do CPP, ser desentranhada.Vide art. 5º, LVI, da CF. G a b a r i t o " E "

(Analista – TRE/AL – 2004 – CESPE) Com relação ao direitoprocessual penal brasileiro, julgue o item que sesegue.

(1) O juiz não poderá formar sua convicção sobreos fatos pela livre apreciação da prova, devendoprender-se aos seguintes critérios nesta ordem:laudo pericial, con ssão e depoimento testemu -nhal.

1: não adotamos osistema da prova legal , que impõe aomagistrado o dever de obedecer a determinados preceitos, édizer, o juiz ca, por esse sistema, vinculado ao critério xadopelo legislador, que estabelece uma hierarquia entre as provas,restando-lhe, por isso mesmo, pouca liberdade de apreciação.Acolhemos, sim, como regra, osistema da livre convicção ou dapersuasão racional,atualmente consagrado no art. 155,caput, do CPP. G a b a r i t o 1 E

(Analista – TJ/AP – 2008 – CESPE) Com relação à prova, julgue os itens a seguir.

(1) Em caso de acidente de tráfego e sobrevindo amorte da vítima, é dispensável o exame internodo cadáver quando as lesões externas permitiremuma conclusão acerca da causa da morte.

(2) O interrogatório é ato privativo e não preclusivodo juiz.

1: art. 162, p. único, do CPP; 2: art. 185 e seguintes do CPP. G a b a r i t o 1 C , 2 C

(Analista – TJ/CE – 2008 – CESPE) Fernando foi denunciadopor infringir os artigos 329, § 2.º (resistência), e 129

(lesão corporal leve) do CP. A instrução processualapurou o seguinte: o réu se opôs à revista pessoalde um dos componentes da guarnição da PolíciaMilitar que realizava blitz preventiva na via pública;na tentativa de desvencilhar-se, o réu foi contidopelo policial, ajudado por um colega de farda; daconfusão, resultou para o policial militar discretoedema no lábio inferior, decorrente de uma cabe -çada de Fernando, quando tentava desvencilhar-se;não havia qualquer irregularidade no veículo con-duzido pelo réu, que não ostentava nenhum sinalde embriaguez.

A partir dessa situação hipotética, julgue os itensa seguir.

(1) Ao realizar uma blitz preventiva, a autoridade poli-cial pode apreender e revistar qualquer pessoa,mesmo que esta não esteja praticando qualquerconduta suspeita, em nome dos interessesmaiores da coletividade, que prevalecem sobreo interesse individual.

(2) A hipótese configura abuso de autoridade ea representação do ofendido, para o início daação penal, poderá ser dirigida ao delegado, aocomandante da corporação militar ou diretamenteao órgão do MP.

1: art. 240, § 2º, do CPP; 2: art. 2º da Lei 4.898/65. G a b a r i t o 1 E , 2 E

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(Analista – TJ/DF – 2008 – CESPE) Acerca das provas noprocesso penal, julgue os itens a seguir com baseno Código de Processo Penal.

(1) Em caso de infração que deixe vestígio, o examede corpo de delito pode ser suprido pela con ssãodo acusado, desde que espontânea e efetivadaperante o juiz de direito.

(2) Quando o exame de corpo de delito tiver deser feito por intermédio de carta precatória,a nomeação dos peritos será feita pelo juízodeprecado, exceto se, em se tratando de açãopenal privada, as partes entabularem acordopara que a nomeação dos peritos seja feita pelo

juiz deprecante.(3) O juiz não ca vinculado ao laudo pericial apre-

sentado pelos dois peritos o ciais. No entanto, arejeição ao laudo deve ser integral, não podendoo juiz rejeitá-lo em parte e aceitá-lo em outra, pois,em tal caso, ele estaria criando um terceiro laudopericial.

1: art. 158 do CPP; 2: art. 177 do CPP; 3: art. 182 do CPP. G a b a r i t o 1 E , 2 C , 3 E

(Analista – MPU – 2010 – CESPE) Acerca das prisõescautelares e da liberdade provisória, julgue o itemsubsequente.

(1) No tocante aos sistemas de apreciação dasprovas, é correto a rmar que ainda existe noordenamento jurídico brasileiro procedimentoem que o julgador decide pelo sistema da íntimaconvicção, não se impondo o dever constitucionalde motivar a decisão proferida.

Adotamos, como regra, o sistema da persuasão racional ou livreconvencimento motivado, em que o magistrado decidirá com baseno seu livre convencimento, devendo, todavia, fundamentar suadecisão (art. 93, IX, da CF). Pelo sistema da prova legal, o juiz caadstrito ao valor atribuído à prova pelo legislador. Já o sistema daíntima convicção é o que vige no Tribunal do Júri, no qual o juradonão motiva seu voto. Nem poderia. G a b a r i t o " C "

(Técnico Judiciário – STJ – 2004 – CESPE) Quando a infraçãopenal deixar vestígios, será indispensável o examede corpo de delito, direto ou indireto, não podendosupri-lo a con ssão do acusado. Com relação a esseassunto, julgue os itens subseqüentes.(1) Os exames de corpo de delito devem ser

realizados exclusivamente por dois peritoso ciais.

(2) Desaparecidos os vestígios da infração penal,a prova testemunhal poderá suprir o exame decorpo de delito direto.

1: art. 159 do CPP; 2: será indispensável, sempre que a infraçãodeixar vestígios, a veri cação da prova da existência do crime; nãosendo possível tal veri cação, em vista do desaparecimento dosvestígios da infração penal, a prova testemunhal poderá suprir-lhea falta; a con ssão, nunca. É o teor dos arts. 158 e 167 do CPP.

G a b a r i t o 1 E , 2 C

10. S j P

(OAB – CESPE – 2010.1) Carlos, empresário reconheci -damente bem-sucedido, foi denunciado por crimecontra a ordem tributária. No curso da ação penal,seu advogado constituído renunciou ao mandatoprocuratório. Devidamente intimado para constituir

novo advogado, Carlos não o fez, tendo o juiz nome-ado defensor dativo para patrocinar sua defesa.Nessa hipótese, de acordo com o que dispõe oCPP, Carlos(A) será obrigado, por não ser pobre, a pagar os

honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz.(B) será obrigado, por não ser pobre, a pagar os

honorários do defensor dativo, arbitrados pelopróprio defensor.

(C) será obrigado, por não ser pobre, a pagar oshonorários do defensor dativo, os quais deverãoser postulados em ação própria no juízo cível dacomarca onde tenha tramitado a ação penal.

(D) estará desobrigado do pagamento dos honoráriosadvocatícios, visto que é incabível o arbitramentode honorários ao defensor dativo, ainda que o réunão seja pobre.

A: Opção correta. Dispõe o art. 263, parágrafo único, do CPP que“se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz,ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de suacon ança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação. Oacusado que não for pobre será obrigado a pagar os honorários dodefensor dativo, arbitrados pelo juiz”; B: Opção incorreta.Videtextodo art. 263, parágrafo único, do CPP, transcrito na justi cativa daopção A; C: Opção incorreta.Videtexto do art. 263, parágrafo único,do CPP, transcrito na justi cativa da opção A. Não há determinaçãolegal que obrigue o defensor dativo a postular em ação própria opagamento de seus honorários, os quais devem ser arbitradospelo próprio juiz da causa criminal; D: Opção incorreta.Videtextodo art. 263, parágrafo único, do CPP, transcrito na justi cativa daopção A. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2008.1) Acerca dos sujeitos processuais,assinale a opção correta.(A) A vítima pode intervir no processo penal por inter-

médio de advogado, como assistente da acusa-

ção, depois de iniciada a ação penal e enquantonão transitada em julgado a decisão nal.(B) O assistente da acusação pode arrolar testemu-

nhas e recorrer da decisão que rejeita a denúncia,pronuncia ou absolve sumariamente o réu, tendoo recurso efeito suspensivo.

(C) O juiz deve declarar-se suspeito caso seja amigoou inimigo das partes, esteja interessado no feitoou quando a parte o injuriar de propósito.

(D) A participação de membro do Ministério Públicono inquérito policial acarreta o seu impedimentopara o oferecimento da denúncia.

A: arts. 268 e 269, do CPP; B: art. 271,caput , parte nal, do CPP. Oassistente de acusação só está credenciado a recorrer, autonoma-mente, nos casos contidos no art. 271, CPP (arts. 584, § 1, e 598);C: arts. 252, IV (impedimento), 254 (suspeição) e 256 do CPP; D:Súmula n. 234, STJ. G a b a r i t o " A "

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11. C , i P

(Magistratura/SE – 2008 – CESPE) Acerca da citação do réuno processo penal, assinale a opção correta.(A) O réu será considerado revel se, apesar de pes -

soalmente citado, deixar de comparecer injusti -cadamente, sendo que o processo seguirá sem

a sua presença e haverá con ssão cta.(B) É válida a citação, por edital, de réu preso na

mesma unidade da Federação em que o juizexerce a sua jurisdição.

(C) O acusado que, citado por edital, não compare-cer nem constituir advogado terá seu processosuspenso, bem como interrompido o curso doprazo prescricional, devendo o juiz determinar aprodução antecipada das provas consideradasurgentes e a prisão preventiva.

(D) A citação válida torna prevento o juízo criminal,interrompe o curso do prazo prescricional e causalitispendência.

(E) A falta da citação estará sanada desde que oacusado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único m deargüi-la. Contudo, o juiz ordenará o adiamentodo ato, quando reconhecer que a irregularidadepoderá prejudicar direito da parte.

A: art. 367 do CPP. Não há que se falar, no processo penal, emcon ssão cta. No processo civil, conforme preleciona o art. 319do CPC, não contestada a ação, quando citado o réu, reputar-se-ãoverdadeiros os fatos articulados na exordial, o que não ocorre noprocesso penal; B: art. 363, § 1º, do CPP e Súmula 351 do STF; C:art. 366 do CPP; D: a citação válida não tem o condão de tornarprevento o juízo criminal, tampouco de interromper o curso doprazo prescricional, o que ocorre com o recebimento da denúnciaou da queixa, nos exatos termos do art. 117, I, do CP. Também nãoinduz litispendência, uma vez que a lide é considerada pendentecom o ajuizamento da demanda; E: art. 570 do CPP. G a b a r i t o " E "

(Magistratura/TO – 2007 – CESPE) Kátia foi denunciada peloMinistério Público pela prática de crime de recep-tação, supostamente cometido no dia 10/3/1997,cuja pena varia de 1 a 4 anos de reclusão e multa.Recebida a denúncia no dia 10/3/1998, a ré foi citada

por edital, mas não compareceu na data designadapara o interrogatório, nem constituiu advogado. Nodia 10/4/1998, o processo e o curso prescricionalforam suspensos com base no art. 366 do CPP.No dia 10/4/2006, os autos vieram conclusos ao

juiz. Nessa situação hipotética, estaria de acordocom entendimento mais recente do STF a atitudedo juiz que(A) determinasse a continuidade da suspensão

do processo e a retomada do curso do prazoprescricional, considerando-se como prazo desuspensão de que trata o art. 366 do CPP o tempoda prescrição em abstrato.

(B) determinasse a continuidade da suspensão doprocesso e do prazo prescricional.

(C) determinasse a retomada do curso do processoe do prazo prescricional.

(D) decretasse a prisão preventiva da ré, com funda-mento no art. 366 do CPP e na conveniência dainstrução criminal e na aplicação da lei penal.

Prevalece o entendimento de que o prazo prescricional deverá per-manecer suspenso pelo interregno correspondente ao prazo máximoem abstrato previsto para o crime narrado na peça acusatória. A esserespeito, Súmula nº 415 do STJ. G a b a r i t o " B "

(Ministério Público/AM – 2008 – CESPE) Dispõe o art. 366 doCPP, com a redação dada pela Lei n.º 9.271/1996:Se o acusado, citado por edital, não comparecer,nem constituir advogado, carão suspensos o pro -cesso e o curso do prazo prescricional, podendo o

juiz determinar a produção antecipada das provasconsideradas urgentes e, se for o caso, decretarprisão preventiva, nos termos do disposto no art.312. Com referência a esse dispositivo, assinale aopção correta.(A) O STF paci cou o entendimento de que, no caso,

é inconstitucional a suspensão da prescrição porprazo indeterminado.(B) Constitui constrangimento ilegal a determinação

de produção de prova testemunhal antecipadapelo juiz.

(C) A decretação da prisão preventiva do acusadodecorre de aplicação automática do art. 366 doCPP, independentemente dos demais requisitosda custódia cautelar.

(D) Em caso de necessidade de produção de provasantecipadas consideradas urgentes, dispensa-sea presença do MP e do defensor dativo, pois, umavez localizado o réu, as provas serão repetidas.

(E) A regra do art. 366 do CPP somente pode seraplicada aos fatos praticados após a vigência daLei n.o 9.271/1996.

A regra do art. 366 constitui norma de conteúdo misto (penale processual penal), razão penal qual, assim tem entendido ajurisprudência, não pode retroagir em prejuízo do réu. G a b a r i t o " E "

(Ministério Público/ES – 2010 – CESPE) O MP ofereceudenúncia contra Cláudio, imputando-lhe a prática doscrimes de desacato e falsa identidade, ambos do CP.Em face de não ter sido localizado, o denunciado foicitado por meio de edital. Cláudio não compareceuao interrogatório nem indicou advogado para a suadefesa. Na situação hipotética acima apresentada,ocorrerá(A) o arquivamento do processo até a localização do

réu.(B) a suspensão do processo e do curso do prazo

prescricional.(C) apenas a suspensão do processo.(D) o prosseguimento regular do feito à revelia do

autor.(E) apenas a suspensão do curso do prazo prescri-cional, o que possibilitará a produção de provas.

Art. 366 do CPP. Vide Súmula nº 415 do STJ, que trata do períododurante o qual deve durar a suspensão do prazo prescricional.

G a b a r i t o " B "

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(Ministério Público/RR – 2008 – CESPE) Acerca dos atosprocessuais, julgue o item subseqüente.

Considere a seguinte situação hipotética.Cristiano, ao ser indiciado em inquérito policial, com-pareceu para prestar depoimento acompanhado deseu advogado, que apresentou procuração, que foi

juntada aos autos do procedimento de investigação.Cristiano foi denunciado e o o cial de justiça, aocomparecer no endereço indicado no interrogatóriorealizado na delegacia, apurou que o acusado haviase mudado. O promotor de justiça, então, requereua citação do réu por edital, o que foi deferido pelo

juiz. Nessa situação, é correto a rmar que a citaçãoeditalícia foi nula.

A citação por edital (art. 363, § 1º, do CPP) constitui providênciade natureza excepcional, dela só podendo lançar mão o magistradodepois de esgotados os meios para localizar o réu. Essa tem sido aposição consagrada na jurisprudência. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2009.3) No que se refere a citações eintimações, assinale a opção correta.(A) É inadmissível no processo penal a citação por

hora certa.(B) Tratando-se de processo penal, a citação inicial

deve ser feita pelo correio.(C) Tratando-se de processo penal, não se admite a

citação de acusado por edital.(D) O réu preso deve ser citado pessoalmente.

A: a Lei 11.719/08 alterou a redação do art. 362 do CPP e introduziuno processo penal acitação por hora certa , a ser realizada poro cial de Justiça na hipótese de ocultação do réu; B: no processopenal, a citação inicial far-se-á por mandado, nos termos do art.351 do CPP; C: arts. 364, 365 e 366 do CPP; D: art. 360 do CPP.

G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2006.1) Assinale a opção incorreta acercada citação no processo penal.(A) Inexiste nulidade na citação feita por edital quando

o réu, procurado reiteradas vezes nos endereçosfornecidos, não é encontrado.

(B) A circunstância de a citação ter ocorrido no própriodia do interrogatório judicial constitui, por si só, ato

capaz de in rmar a validade formal do processopenal de conhecimento.(C) Residindo o réu em comarca diversa daquela em

que o juiz processante exerce sua jurisdição, acitação do acusado deve ser realizada por cartaprecatória.

(D) A menção do juízo perante o qual o citando devecomparecer, com o respectivo endereço, o dia ea hora marcados para o interrogatório são dadosconsiderados imprescindíveis para a validade dacitação.

A: art. 361, CPP. Esgotados os meios disponíveis para localizaro réu nos endereços fornecidos e, ainda assim, não sendo esteencontrado, procede-se à citação por edital; B: Súmula n. 523 doSTF. Para que tal ocorra (decreto de nulidade) é mister que restedemonstrado prejuízo para o réu; C: art. 353 do CPP; D: art. 352do CPP. G a b a r i t o " B "

(Analista – TRE/MT – 2005 – CESPE) Pedro, funcionáriopúblico civil, está sendo processado como incursono art. 312, caput , do Código Penal (peculato), porhaver-se apropriado de dinheiro, de que tinha a posseem razão do cargo, em proveito próprio. Oferecida adenúncia pelo Ministério Público, o juiz da vara cri-minal, pela qual tramita o processo, determinou suacitação para oferecimento de sua defesa prévia. Emface da situação hipotética acima, assinale a opçãoque corresponda à correta maneira de se promovera citação de Pedro.(A) Por meio de ofício requisitório ao superior hie-

rárquico, que deve con rmar ao juiz a ciência doacusado.

(B) Por mandado de citação para o servidor e noti -cação para o chefe.

(C) Por meio da requisição do réu.(D) Por mandado de citação para o chefe e noti cação

para o servidor.(E)

Por mandado de citação ao servidor e ofíciorequisitório ao superior hierárquico.

Art. 359 do CPP. G a b a r i t o " B "

(Analista – TRE/AL – 2004 – CESPE) Com relação ao direitoprocessual penal brasileiro, julgue o item que sesegue.(1) Segundo a legislação vigente, a intimação da sen-

tença penal condenatória será feita pessoalmenteao réu, se ele estiver preso.

1: art. 392, I, do CPP. G a b a r i t o 1 C

(Analista – MPU – 2010 – CESPE) Julgue o seguinte item:(1) A citação de acusado que esteja no exterior, em

local conhecido, deve ser efetuada, conformea sistemática processual penal brasileira, porintermédio de carta rogatória, ordenando-seexpressamente a suspensão do processo e oprazo prescricional, até o efetivo cumprimento daordem judicial.

A teor do art. 368 do CPP, estando o acusado no estrangeiro,em local conhecido, será citado por carta rogatória, devendo sersuspenso, tão somente, o curso do prazo prescricional até o seucumprimento. G a b a r i t o 1 E

12. P , m d d C L b d-d P v ó

(Magistratura/SE – 2008 – CESPE) No que se refere à liber-dade provisória, assinale a opção correta.(A) É ina ançável o crime doloso punido com pena

privativa de liberdade, independentemente de oréu ser ou não reincidente.

(B) A liberdade provisória com ança pode ser con-cedida independentemente de oitiva do MinistérioPúblico.

(C) Da decisão que concede ou nega o pedido deliberdade provisória cabe o recurso de agravo.

(D) O réu que quebrar a ança no processo nãopoderá mais ser solto.

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(E) A autoridade policial somente pode concederança nos casos de infração penal punida com

prisão simples.

A: com a modi cação a que foi submetido o art. 323 do CPP, ope-rada pela Lei 12.403/11, somente são ina ançáveis os crimes alilistados e também aqueles contidos em leis especiais, tais como oart. 31 da Lei 7.492/86 (Sistema Financeiro); art. 7º da Lei 9.034/05(Crime Organizado); B: art. 333 do CPP; C: da decisão que concederliberdade provisória cabe recurso em sentido estrito (art. 581, V,do CPP); agora, se o réu tem negado o seu pedido de liberdadeprovisória, resta-lhe impetrarhabeas corpus ; D: art. 342 do CPP; E:outra alteração implementada pela Lei 12.403/11 é que a autoridadepolicial, agora, pode arbitrar ança em qualquer infração penal cujapena máxima cominada não seja superior a quatro anos (reclusãoou detenção). Pela redação anterior do art. 322 do CPP, o delegadosomente estava credenciado a arbitrar ança nas contravenções enos crimes apenados com detenção. G a b a r i t o " B "

(Magistratura/SE – 2008 – CESPE) Assinale a opção incor-reta acerca da prisão no processo penal.(A) A recaptura do réu evadido não depende de prévia

ordem judicial e poderá ser efetuada por qualquerpessoa.

(B) Havendo consentimento do morador, o mandadode prisão poderá ser cumprido em domicíliodurante a noite.

(C) Entre as hipóteses legais de decretação da prisãopreventiva estão a garantia da ordem pública, aconveniência da instrução criminal e o clamorpúblico.

(D) Em geral, a prisão especial somente poderá serconcedida durante o processo ou inquérito policial,cessando o benefício após o trânsito em julgado.

(E) A prisão temporária não pode ser decretada deofício pelo juiz, que terá o prazo de 24 horas, apartir do recebimento do requerimento das partes,para decidir fundamentadamente.

Art. 312 do CPP. G a b a r i t o " C "

(Magistratura/TO – 2007 – CESPE) Os crimes para os quaisestá prevista prisão temporária não incluem(A) os crimes contra o sistema nanceiro.(B) o homicídio culposo.(C) o envenenamento de água potável ou substância

alimentícia ou medicinal quali cado pela morte.(D) o crime de quadrilha.

O homicídio culposo não está incluído no rol do art. 1º, III, da Lei7.960/89. G a b a r i t o " B "

(Defensoria/SE – 2006 – CESPE) Julgue os seguintes itens.(1) A prisão provisória ou cautelar antecipa a análise

da culpabilidade do réu, uma vez que se tratade privação de liberdade destinada a assegurar,antes da sentença de nitiva, a e cácia da decisão

judicial.(2) O relaxamento de prisão tem como causa uma

prisão em agrante ilegal, ou seja, em desconfor -midade com o que determina o CPP, enquanto aliberdade provisória tem como causa uma prisãoem agrante legal e, como conseqüência, a liber -dade vinculada do autor do fato.

1: a prisão provisória ou cautelar se justi ca dentro do ordenamentojurídico quando necessária ao processo; se concebermos a prisãoprovisória como um instrumento do processo, utilizado em situa-ções excepcionais, não estaremos, dessa forma, executando a penaprivativa de liberdade antes do trânsito em julgado; de outro lado,se a prisão cautelar decorrer de automatismo legal, sem que hajaqualquer demonstração de necessidade na decretação da custódia,aí sim, estaríamos antecipando o cumprimento da pena antes dotrânsito; 2: art. 5º, LXV e LXVI, da CF. G a b a r i t o 1 E , 2 C

(Magistratura Federal – 5ª Região – 2005 – CESPE) Julgue oitem seguinte.(1) De acordo com a orientação do STJ, o direito do

advogado, ou de qualquer outro preso especial,deve circunscrever-se à garantia de recolhimentoem local distinto da prisão comum. Não havendoestabelecimento especí co, poderá o preso serrecolhido a cela distinta da prisão comum, obser-vadas as condições mínimas de salubridade edignidade da pessoa humana.

1: julgados recentes do STJ rmaram o posicionamento segundoo qual o advogado comprovadamente inscrito nos quadros daOAB tem direito a permanecer provisoriamente preso em sala deEstado-maior, com instalação e comodidades dignas, ou, à sua falta,em prisão domiciliar (art. 7º, V, da Lei 8.906/94). Nesse sentido:HC 129.722-RS, rel. Min. Og Fernandes, j. 20.10.09. G a b a r i t o 1 C

(Magistratura Federal – 5ª Região – 2007 – CESPE) Julgue oitem seguinte.(1) Segundo o princípio da necessidade, não mais

existe na legislação brasileira prisão preventivapela natureza da infração penal, nem mesmoquando se trata de crimes hediondos.

Por este princípio, não há mais que se falar em automatismo legal,ou seja, a prisão cautelar (preventiva e temporária) somente serádecretada quando absolutamente indispensável a uma e cienteprestação jurisdicional, independentemente da natureza do crime(leia-se: sua gravidade abstrata). Hodiernamente, tendo em contaas mudanças implementadas pela Lei 12.403/11, que instituiu asmedidas cautelares alternativas à prisão provisória, esta, além deabsolutamente necessária, somente terá lugar diante da impossibili-dade de se recorrer às medidas cautelares. Dessa forma, a custódiaprovisória, como medida excepcional, deve também ser vista comoinstrumento subsidiário, supletivo. G a b a r i t o 1 C

(Magistratura Federal – 5ª Região – 2007 – CESPE) Considerea seguinte situação hipotética. Efetuando diligênciasrotineiras na rodoviária de determinada cidade às 14h, a polícia abordou uma pessoa em atitude suspeitae, revistando-a, localizou em seu poder grandequantia em dinheiro, além de um aparelho celularde cor rosa. Estranhando tais fatos, a polícia efetuouligações telefônicas para alguns números de telefoneque constavam na agenda do aparelho, lograndodescobrir que a dona do celular havia sido vítimade crime de roubo no mesmo dia, por volta das 9 h.

(1) Nessa situação, a prisão em agrante de tal pes -soa é legal. Há, no caso, agrante presumido, poisa pessoa foi encontrada com objetos que zerampresumir ser ela o autor da infração.

1: Art. 302, IV, do CPP. G a b a r i t o 1 C

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(Defensoria Pública da União – 2007 – CESPE) Ocorre o a-grante esperado quando alguém provoca o agente àprática do crime e, ao mesmo tempo, toma providên -cia para que tal crime não se consume. Nesse caso,entende o STF que há crime impossível.

Trata-se dochamado agrante preparado ouprovocado (delitode ensaio), que constitui modalidade de crime impossível (art.

17, CP). Neste caso, o agente provocador leva o autor à prática docrime, viciando a sua vontade, e, feito isso, o prende em agrante.A conduta é atípica, segundo posição do STF esposada na Súmula145: “Não há crime, quando a preparação do agrante pela políciatorna impossível sua consumação”. Diferentemente, noagranteesperado , a polícia ou o terceiro aguarda o cometimento do crime.Não há que se falar, pois, em induzimento. G a b a r i t o " E "

(Delegado Federal – 2004 – CESPE) Julgue o item seguinte.(1) Considere a seguinte situação hipotética. Evandro

é acusado de prática de homicídio doloso simplescontra a própria esposa. Nessa situação, recebidaa denúncia pelo juiz competente, é cabível adecretação da prisão temporária de Evandro, comprazo de 30 dias, prorrogável por igual período,haja vista tratar-se de crime hediondo.

Conforme preleciona o art. 1º, I, da Lei 7.960/89, a prisão temporáriaé uma modalidade de prisão provisória destinada a viabilizar asinvestigações acerca de crimes graves durante a fase de inquéritopolicial. Ademais disso, o prazo de trinta dias de prisão temporáriaa que alude o art. 2º, § 4º, da Lei 8.072/90 só incidirá nos crimesprevistos nessa legislação. O homicídio simples (art. 121,caput ,CP) só será considerado hediondo quando praticado em atividadetípica de grupo de extermínio, ainda que por um só agente (art. 1º,I, Lei 8.072/90). G a b a r i t o 1 E

(Delegado Federal – 2004 – CESPE) Julgue o item seguinte.(1) Em face de crime de ação penal privada, é cabível

a decretação de prisão preventiva.

Art. 311 do CPP. A decretação da prisão preventiva pode ocor-rer tanto na ação penal pública quanto na ação penal privada.

G a b a r i t o 1 C

(OAB – CESPE – 2009.2) Acerca das prisões cautelares,assinale a opção correta.(A) Em regra, a prisão temporária deve ter duração

máxima de cinco dias. Tratando-se, no entanto,de procedimento destinado à apuração da práticade delito hediondo, tal prazo poderá estender-separa trinta dias, prorrogável por igual período emcaso de extrema e comprovada necessidade.

(B) A apresentação espontânea do acusado à autori-dade policial, ao juiz criminal ou ao MP impede aprisão preventiva, devendo o acusado responderao processo em liberdade.

(C) Considere que Amanda, na intenção de obtervantagem econômica, tenha sequestrado Bruna,levando-a para o cativeiro. Nesse caso, a prisãoem agrante de Amanda só poderá ocorrer atévinte e quatro horas após a constrição da liber-dade de Bruna, devendo a autoridade policial,caso descubra o paradeiro da vítima após talprazo, solicitar ao juiz competente o mandado deprisão contra a sequestradora.

(D) São pressupostos da prisão preventiva: garan-tia da ordem pública ou da ordem econômica;conveniência da instrução criminal; garantia deaplicação da lei penal; prova da existência docrime; indício su ciente de autoria.

A: aprisão temporária , a ser decretada tão-somente por juiz dedireito, terá o prazo decinco dias , prorrogável por igual período

em caso de extrema e comprovada necessidade, nos termos do art.2º da Lei 7.960/89. Em se tratando, no entanto, de crime hediondoou a ele equiparado (tortura, trá co de drogas e terrorismo), acustódia temporária será decretada poraté trinta dias, prorrogávelpor igual período em caso de extrema e comprovada necessidade,em consonância com o disposto no art. 2º, § 4º, da Lei 8.072/90 (Leide Crimes Hediondos); B: embora a Lei 12.403/11 tenha revogadoo art. 317 do CPP, a apresentação espontânea do acusado à auto-ridade não impedirá a decretação de sua custódia preventiva noscasos em que a lei a autorizar; C: o crime perpetrado por Amanda– extorsão mediante sequestro (art. 159, CP) – é permanente, oque permite, com fulcro no art. 303 do CPP, a prisão em agrantede seus autores enquanto o processo de consumação não cessar.

Dito de outro modo, enquanto Bruna estiver no cativeiro, Amandapoderá, sim, ser presa em agrante, ainda que isso venha a ocorrerdias, semanas depois do arrebatamento da vítima; D: art. 312 doCPP. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2008.3) Relativamente à prisão, assinalea opção correta de acordo com o CPP.(A) Se o réu, sendo perseguido, passar ao territó-

rio de outro município ou comarca, o executorpoderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde oalcançar, apresentando-o imediatamente àautoridade local, que providenciará a remoção

do preso depois de haver lavrado, se for o caso,o auto de agrante.(B) Na hipótese de resistência à prisão em agrante,

por parte de terceiras pessoas, diversas do réu, oexecutor e as pessoas que o auxiliarem não pode-rão usar dos meios necessários para defender-seou para vencer a resistência.

(C) Na hipótese de o executor do mandado veri -car, com segurança, que o réu tenha entradoem alguma casa, o morador será intimado aentregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se nãofor atendido imediatamente, o executor convo-

cará duas testemunhas e, ainda que seja noite,entrará à força na casa, arrombando as portas,caso seja necessário.

(D) Ainda que haja tentativa de fuga do preso, nãoserá permitido o emprego de força.

A: art. 290,caput , do CPP; B: art. 292 do CPP; C: art. 293,caput ,do CPP; D: art. 284 do CPP. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2008.2) Os parâmetros previstos no CPPpara que a autoridade determine o valor da ançanão incluem(A)

A natureza da infração.(B) O grau de instrução do acusado.(C) A vida pregressa do acusado.(D) O valor provável das custas do processo.

Art. 326, CPP. G a b a r i t o " B "

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(OAB – CESPE – 2007.3) É compatível com a ConstituiçãoFederal de 1988(A) o processo iniciado, de ofício, pela autoridade

policial ou judiciária.(B) A prisão processual.(C) A prisão para averiguação.(D) A busca domiciliar determinada pela autoridade

policial.A:princíprio da ação ou da demanda (incumbe à parte provocara atuação da função jurisdicional). No que concerne à autoridadepolicial, vige oprincípio da obrigatoriedade , já que, assim que tenhaa notícia da prática da infração, deverá instaurar, de ofício, inquéritopolicial; B: arts. 282 e seguintes do CPP; C: art. 5º, LXI e LXV, daCF; D: art. 5º, XI, da CF. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2007.3) Acerca dos crimes hediondos,assinale a opção correta.(A) O rol dos crimes enumerados na Lei n.º 8.072/1990

não é taxativo.(B) É possível o relaxamento da prisão por excesso

de prazo.(C) O prazo da prisão temporária em caso de homi -

cídio quali cado é igual ao de um homicídiosimples.

(D) Em caso de sentença condenatória, o réu nãopoderá apelar em liberdade, independentementede fundamentação do juiz.

A: adotou-se ocritério legal , pelo qual consideram-se hediondos tão-somente os crimes contidos no rol do art. 1º da Lei n. 8.072/1990.Trata-se de rol taxativo; B: art. 5º, LXV, da CF; Súmula n. 697 doSTF; C: o prazo de prisão temporária, em se tratando de homicídioquali cado (art. 1º, I, Lei n. 8.072/90), é xado pela Lei de CrimesHediondos, em seu art. 2º, § 4º. O homicídio simples, salvo opraticado em atividade típica de grupo de extermínio, não é delitohediondo; D: Súmula 347, STJ; o art. 594 do CPP foi revogadopela Lei n. 11.719/2008. Hodiernamente, para decretar a prisãoprocessual, o juiz deve demonstrar a necessidade da medida. Nãohá mais se falar em prisão automática, incompatível com a novaordem constitucional. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2007.3) Acerca do instituto da prisão,assinale a opção incorreta.(A) A prisão temporária não pode ser decretada de

ofício e somente tem cabimento durante o inqué-

rito policial.(B) As hipóteses legais para a decretação da prisão

preventiva, incluem a garantia da ordem pública,a conveniência da instrução criminal e o clamorpúblico.

(C) Nos crimes de menor potencial ofensivo, em regra,não são admitidas a lavratura do auto de prisãoem agrante nem a imposição de ança quandoo autor do fato for encaminhado ao juizado.

(D) A prisão penal é a que ocorre após uma sen-tença penal condenatória transitada em julgadoe admite, preenchidos os requisitos legais, o

livramento condicional.A: arts. 1º, I, e 2º,caput , da Lei n. 7.960/1989; B: art. 312, CPP. Aexpressão “clamor público” não está contida no dispositivo legal;C: art. 69, parágrafo único, da Lei n. 9.099/1995; D: de fato,prisãopenal ouprisão-pena é aquela que decorre de sentença condena-

tória com trânsito em julgado; de outro lado,prisão processual ouprovisória é aquela decretada antes do trânsito em julgado desentença condenatória. E por falar nisso, com o advento da Lei12.403/11, instaurou-se uma nova realidade. Aprisão em agrante deixou de constituir modalidade de prisão cautelar (processualou provisória). Passamos a contar, a partir de então, com duasmodalidades de prisão cautelar, a saber:prisão preventiva eprisão temporária . Só para lembrar: aprisão decorrente de pronúncia e a

prisão decorrente de sentença recorrível deixaram de integrar o roldas prisões processuais com a entrada em vigor das Leis 11.689/08e 11.719/08 G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2007.1) Não há vedação expressa àliberdade provisória no diploma legal conhecido como(A) Estatuto do Desarmamento.(B) Lei sobre o trá co ilícito de drogas.(C) Lei Maria da Penha.(D) Lei das Organizações Criminosas.

A: art. 21 da Lei n. 10.826/2003; B: art. 44 da Lei n. 11.343/2006;C: Lei n. 11.340/2006; D: art. 7º da Lei n. 9.034/1995. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2006.2) Assinale a opção incorreta deacordo com o STJ e o STF.(A) Os conceitos de agrante preparado e esperado

se confundem.(B) Tão-somente os crimes militares, cuja de nição é

dada pelo Código Penal Militar, quando cometidospor agentes militares, poderão ser julgados pela

justiça castrense.(C) O estado de agrante delito é uma das exceções

constitucionais à inviolabilidade do domicílio, nos

termos da Constituição Federal.(D) A interposição de recurso, sem efeito suspensivo,contra decisão condenatória não obsta a expedi-ção de mandado de prisão.

A: veri car-se-á oagrante preparado sempre que o agente provo-cador induzir, levar alguém a praticar uma infração penal. Está-seaqui diante de uma modalidade de crime impossível (art. 17, CP),consubstanciada na Súmula n. 145 do STF; difere, dessa forma, dochamado agrante esperado , em que a polícia não controla a açãodo agente, apenas aguarda, depois de comunicada, a ocorrênciado crime. É hipótese viável de prisão em agrante; B: arts. 124,caput , e 125, § 4º, da CF; C: art. 5º, XI, da CF; D: Súmula n. 267,

STJ. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2004.ES) Eduardo, agente de políciaencarregado de desvendar a atividade de trá co dedrogas, induziu Márcio, suposto tra cante, a fornecer-lhe certa quantidade de droga. Como Márcio não apossuía no momento, saiu do local e retornou minutosdepois com a exata quantidade de entorpecentepedida por Eduardo que, no ato da entrega, lhe deuvoz de prisão. Na situação hipotética acima, ocorreuum agrante do tipo(A) Esperado.(B) preparado ou provocado.(C) prorrogado.(D) Compulsório.

É crime impossível (art. 17, CP). Súmula n. 145 do STF. G a b a r i t o " B "

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(Analista – STF – 2008 – CESPE) Com relação a prisõesprocessuais, julgue os itens subseqüentes, conside-rando a legislação e a jurisprudência do STF relativasa esse tema.

(1) Considere a seguinte situação hipotética. Júliofoi preso em agrante pela prática de crime detortura. Formulado o pedido de liberdade pro-visória, o magistrado alegou que analisaria opleito após o interrogatório, o que não foi feito.Em posterior sentença, Júlio foi condenado,tendo o magistrado negado a ele o direito derecorrer em liberdade, asseverando apenasque perduravam os motivos que ensejaram asua prisão. Nessa situação, a fundamentaçãoadotada pelo juiz foi idônea e su ciente, poisprevalece o entendimento de que o réu que coupreso durante o processo permanecerá preso emcaso de sentença condenatória.

(2) A prisão temporária deve ser decretada pelo juiz,após representação da autoridade policial ou derequerimento do MP, não sendo permitida a suadecretação de ofício. Em caso de representaçãoda autoridade policial, o juiz, antes de decidir,deve ouvir o MP e, em qualquer caso, deve decidirfundamentadamente sobre o decreto de prisãotemporária dentro do prazo de 24 horas, contadasa partir do recebimento da representação ou dorequerimento.

1: a prisão provisória somente se justi ca dentro do ordenamentojurídico quando necessária ao processo; deve, pois, ser utilizada emsituações excepcionais, já que a liberdade constitui a regra. Alémdisso, toda decisão judicial precisa ser fundamentada – art. 93, IX,da CF.Vide , também, art. 387, p. único, do CPP. De se registrar,ademais, que, pela nova sistemática introduzida pela Lei 12.403/11,que alterou a redação do art. 310 do CPP, impõe-se ao magistrado,quando do recebimento do auto de prisão em agrante, o deverde manifestar-sefundamentadamente acerca da prisão que lhe écomunicada. Pela novel redação do dispositivo, abrem-se para o juizas seguintes opções: se se tratar de prisão ilegal, deverá relaxá-lae determinar a soltura imediata do preso; se a prisão estiver em

ordem, deverá o juiz, desde que entenda necessário ao processo,converter a prisão em agrante em preventiva, sempre levando-seem conta os requisitos do art. 312 do CPP. Ressalte-se que, tendoem vista opostulado da proporcionalidade , a custódia preventivasomente terá lugar se as medidas cautelares diversas da prisãorevelarem-se inadequadas. Disso inferimos que a prisão em agranteperdeu sua autonomia, já que não mais poderá perdurar até o nal doprocesso como modalidade de prisão cautelar; poderá, por m, o juizconceder a liberdade provisória, com ou sem ança, substituindo,assim, a prisão em agrante. Daí podemos a rmar que, neste novopanorama, a prisão em agrante poderá ser substituída pela liber-dade provisória, que constitui um sucedâneo seu, ou mesmo pelaprisão preventiva, dado que o infrator não poderá permanecer presoprovisoriamente, como antes ocorria, “em agrante”, já que agorasomente há duas modalidades de prisão processual: preventiva etemporária. A prisão em agrante deixa de ter natureza processual.Deixa de constituir modalidade de prisão cautelar; 2: art. 2º da Lei7.960/89. G a b a r i t o 1 E , 2 C

(Analista – STJ – 2008 – CESPE) A respeito da prisão pre-ventiva e com base no entendimento atual do STJacerca dessa matéria, julgue os próximos itens.

(1) Se a prisão preventiva do acusado houver sidoanteriormente decretada de forma válida, amanutenção da custódia, em face de sentençapenal condenatória, poderá ser idoneamente

fundamentada mediante a repetição genérica,na sentença, dos argumentos da gravidade dodelito praticado e da necessidade da manutençãoda ordem pública, ainda que não haja qualquerelemento novo a justi car a prisão processual.

(2) A possibilidade real de o acusado de prática decrime contra a mulher no âmbito doméstico efamiliar cumprir ameaças de morte dirigidas a suaex-esposa basta como fundamento para a suasegregação, sobretudo ante a disciplina protetivada Lei Maria da Penha, que visa a proteção dasaúde mental e física da mulher.

1: o magistrado, ao prolatar a sentença condenatória, deverámanifestar-se, se preso estiver o réu, acerca da necessidade de suamanutenção no cárcere, sempre levando em conta os requisitos doart. 312 do CPP. Ausentes estes, deve o juiz, ante a desnecessidadeda prisão, revogá-la, permitindo ao acusado que aguarde o trânsitoem julgado da sentença em liberdade. É o teor do art. 387, p. único,do CPP, introduzido pela Lei 11.719/08; 2: arts. 7º, II, e 20 da Lei11.340/06; art. 313, III, do CPP. G a b a r i t o 1 E , 2 C

(Analista – TRE/AL – 2004 – CESPE) Com relação ao direitoprocessual penal brasileiro, julgue o item que sesegue.(1) Considere a seguinte situação hipotética. Jorge,

que falsi cou moedas metálicas de vinte e cincocentavos de real, foi encontrado, logo depois, comas moedas por ele falsi cadas. Nessa situação,Jorge deve ser preso em agrante, em modali -dade de prisão denominada, pela doutrina, de

agrante presumido.

1: agrante presumido ou cto (art. 302, IV, do CPP) é aquele em queo agente, sem ter sido perseguido, é encontrado logo depois do crimena posse de instrumentos, armas, objetos ou papéis em circuns-tâncias que revelem ser ele o autor da infração penal. G a b a r i t o 1 C

(Analista – TRE/BA – 2010 – CESPE) Julgue os itens que seseguem, relativos a inquérito policial (IP) e prisãotemporária.(1) A prisão temporária pode ser decretada pelo juiz

ou pelo delegado condutor das investigações.

A custódia temporária, em face do que dispõe o art. 2º,caput , daLei 7.960/89, somente pode ser decretada por juiz de direito, que ofará diante de representação formulada pela autoridade policial oude requerimento do Ministério Público. É defeso ao juiz, na prisãotemporária, determinar a custódia de ofício. G a b a r i t o 1 E

(Analista – TRE/MA – 2009 – CESPE) Assinale a opção cor-

reta com relação à prisão, à liberdade provisória eaos atos e prazos processuais.(A) No processo penal, contam-se os prazos da data

da juntada aos autos do mandado de intimaçãoou da carta precatória ou de ordem.

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(B) Na hipótese de concurso de crimes, a concessãode liberdade provisória considera cada condutaisoladamente, de forma que a ança deve serconcedida ainda que a soma das penas mínimascominadas seja superior a dois anos de reclusão,mas, individualmente consideradas, não ultrapas-sem tal prazo.

(C) Não cabe prisão preventiva na hipótese de crimeculposo, de contravenção penal e no caso de oréu ter agido acobertado por causa de exclusãoda ilicitude.

(D) A chamada prisão para averiguação é a privaçãomomentânea da liberdade fora das hipóteses de

agrante e sem ordem escrita do juiz competente. Apesar de ser inconstitucional, tal prisão nãocon gura crime de abuso de autoridade.

(E) O indivíduo que, tendo praticado o delito de rouboa uma farmácia, for perseguido, logo após, porautoridades policiais, e, durante a fuga, na iminên-cia de ser alcançado e preso, dirigir-se ao distritopolicial mais próximo para se entregar, não podeser preso em agrante, por ter-se apresentadoespontaneamente.

A: Súmula nº 710 do STF; B: Súmula nº 81 do STJ; C: de acordocom a nova redação dos arts. 313 e 314 do CPP, conferida pela Lei12.403/11, a prisão preventiva não terá lugar quando se tratar dedelito culposo, contravenção penal e também quando houver provade que o acusado agiu sob o manto de uma causa excludente deilicitude; D: a chamadaprisão para averiguação con gura, sim, emprincípio, o crime do art. 4º,a , da Lei 4.898/65; E: é hipótese de

agrante impróprio (art. 302, III, do CPP). G a b a r i t o " C "

(Analista – TJ/AP – 2008 – CESPE) O agente de polícia Silva,trabalhando em uma delegacia de repressão a tóxicos,saiu para cumprir a missão de identi car e prenderpossíveis usuários de drogas. Para tanto, ele levouconsigo certa quantidade de maconha e passou aoferecer a mercadoria, vendendo uma porção a Mário,que saiu do local da compra e foi imediatamente presoem agrante pelos demais componentes da equipe deSilva. Sabendo que trazer consigo para uso própriosubstância que causa dependência física ou psíquicaem desacordo com determinação legal é condutaprevista como crime na lei antitóxicos, julgue os itens

subseqüentes, em face dessa situação hipotética equanto à prisão em agrante.(1) A prisão de Mário foi ilegal, uma vez que se trata

de hipótese de agrante preparado, que exclui odelito.

(2) A prisão de Mário teria sido ilegal se a comprada substância tivesse sido feita de um tra canteverdadeiro e conhecido, caso a polícia estivesseem campana e deixasse a transação se consumar.

(3) Caso a prisão em agrante tenha sido ilegal, o juiz deverá decretar a liberdade provisória do

indiciado.(4) Na hipótese de quase- agrante, em que cabe a

lavratura do auto respectivo, o agente deve serperseguido logo após o crime em situação que sefaça presumir ser ele o autor da infração.

1: é modalidade decrime impossível (art. 17, CP), já que o policialinduziu, levou Mário à prática do delito, para, logo após, efetuarsua prisão. Nesse sentido a Súmula nº 145 do STF: “Não há crime,quando a preparação do agrante pela polícia torna impossível a suaconsumação”; 2: neste caso, estaríamos diante do chamadoagranteesperado , em que a polícia aguarda o momento de agir. Constituihipótese viável de agrante porquanto, aqui, inexiste induzimentoou instigação, mas mero monitoramento, acompanhamento; 3: sese tratar de prisão em agrante ilegal, deverá o juiz relaxá-la – art.5º, LXV, da CF; 4: art. 302, III, do CPP. G a b a r i t o 1 C , 2 E , 3 E , 4 C

(Analista – TJ/DF – 2008 – CESPE) A respeito das prisõesem agrante, preventiva e temporária, julgue ospróximos itens.(1) Nas infrações permanentes, entende-se o sujeito

ativo do crime em agrante delito nas primeiras24 horas após o início da execução do crime.

(2) Diferem a prisão temporária e a prisão preventivaporque esta pode ser decretada em qualquer

fase do inquérito policial ou da instrução crimi-nal, podendo ser decretada de ofício pelo juiz,enquanto a prisão temporária somente tem cabi -mento antes da propositura da ação penal e nãopode ser decretada de ofício pelo juiz.

1: art. 303 do CPP; 2: dada a mudança levada a efeito na redação doart. 311 do CPP, a prisão preventiva, que antes podia ser decretadade ofício pelo juiz em qualquer fase do inquérito policial ou da ins-trução criminal, doravante somente poderá ser decretada de ofíciopelo magistrado no curso da ação penal. Signi ca, pois, que, nodecorrer do inquérito policial, o juiz somente decretará a custódiapreventiva a requerimento do MP ou por representação da autoridade

policial; no que concerne àcustódia temporária , nada mudou, pois,conforme rezam os arts. 1º, I, e 2º,caput , da Lei 7.960/89, somenteserá decretada no curso das investigações do inquérito policial, e sópoderá ocorrer a requerimento do Ministério Público ou medianterepresentação da autoridade policial. O magistrado, assim, não estácredenciado a decretá-la de ofício. G a b a r i t o 1 E , 2 C

(Analista – TJ/RJ – 2008 – CESPE) Em uma ronda de rotina,policiais militares avistaram Euclides, primário, mascom maus antecedentes, portando várias jóias erelógios. Consultando o sistema de comunicaçãoda viatura policial, via rádio, os policiais foram infor -mados de que havia uma ocorrência policial de furtono interior de uma residência na semana anterior, noqual foram subtraídos vários relógios e jóias, que,pelas características, indicavam serem os mesmosencontrados em poder de Euclides.Com relação a essa situação hipotética, assinale aopção correta.(A) Euclides deverá ser preso em agrante delito, na

modalidade agrante presumido.(B) Euclides deverá ser preso em agrante delito, na

modalidade agrante próprio.(C) Euclides deverá ser preso em agrante delito, na

modalidade agrante retardado.(D) Euclides deverá ser preso em agrante delito, na

modalidade agrante impróprio.(E) Euclides não deverá ser preso, pois não há que

se falar em agrante no caso mencionado.

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

A expressãologo depois , inserta no inciso IV do art. 302 do CPP, quetrata do agrante presumido ou cto , tem a conotação deimediati- dade , não se podendo, por isso mesmo, a ela conferir elasticidadetemporal exagerada. Cremos que a expressão não comporta uminterregno superior a algumas horas. G a b a r i t o " E "

(Técnico Judic iário – STJ – 2004 – CESPE) Em um municípiodo interior do estado de Goiás, a autoridade policialtomou conhecimento, por meio de comunicaçãofeita por policial militar, da ocorrência de crime dehomicídio em um assentamento de reforma agrária.Cinco dias após o homicídio, o autor da infraçãopenal compareceu espontaneamente perante aautoridade policial, oportunidade em que confessouo crime. A partir da situação acima, julgue os itensa seguir.

(1) No momento em que o autor se apresentou àautoridade policial, esta deveria efetuar sua prisãoem agrante e lavrar o respectivo auto.

1: parte da doutrina defende que, sendo a principal nalidade da prisãoem agrante evitar a fuga do autor do crime, não haveria por que,diante da apresentação espontânea deste, autuá-lo em agrante. Nocaso narrado acima, com mais razão ainda não haveria lugar para o

agrante tendo em vista o tempo decorrido entre a prática delituosae a apresentação do autor da infração penal perante a autoridadepolicial. As hipóteses de agrante estão elencadas no art. 302 doCPP. G a b a r i t o 1 E

13. P P d

(Magistratura/AL – 2008 – CESPE) Depois de citado, o acu-sado deverá responder à acusação no prazo de 10dias. Após esse prazo, o juiz não poderá absolversumariamente o acusado se(A) car provada a inexistência do fato.(B) existir manifesta causa excludente da ilicitude do

fato.(C) existir manifesta causa excludente da culpabili-

dade do agente, salvo inimputabilidade.(D) o fato evidentemente não constituir crime.(E) estiver extinta a punibilidade do agente.

A: o rol do art. 397 do CPP não contempla a hipótese descrita nestaalternativa; B: art. 397, I, do CPP; C: art. 397, II, do CPP; D: art. 397,III, do CPP; E: art. 397, IV, da CPP. G a b a r i t o " A "

(Magistratura/AL – 2008 – CESPE) Acerca do procedimentocomum ordinário, assinale a opção correta.(A) No direito processual penal, não vigora o princípio

da identidade física do juiz, previsto na lei proces-sual civil.

(B) O juiz deverá, inicialmente, interrogar o acusado,para, em seguida e sucessivamente, ouvir astestemunhas e o ofendido.

(C) Em regra, as alegações nais serão orais, mas o juiz poderá, considerada a complexidade do casoou o número de acusados, conceder às parteso prazo de cinco dias sucessivamente para aapresentação de memoriais.

(D) Na instrução, poderão ser inquiridas até oito tes-temunhas arroladas pela acusação e oito, peladefesa, compreendidas nesses números aquelasque não prestem compromisso.

(E) A parte poderá desistir da inquirição de qualquerdas testemunhas arroladas, inclusive as testemu-nhas do juízo.

A: art. 399, § 2º, do CPP; B: art. 400,caput , do CPP; C: art. 403,§ 3º, do CPP; D: art. 401, § 1º, do CPP; E: art. 401, § 2º, do CPP. G a b a r i t o " C "

(Defensoria/SE – 2006 – CESPE) Nos casos de crimesafiançáveis de responsabilidade do funcionáriopúblico, a legislação processual penal prevê o con-traditório antes do recebimento da denúncia ou daqueixa, com a apresentação do que se denominadefesa preliminar.

Art. 514 do CPP. G a b a r i t o " C "

(Delegado/PB – 2009 – CESPE) No que concerne ao pro-cesso comum, assinale a opção correta.(A) A falta de justa causa para o exercício da ação

penal, considerada por muitos doutrinadorescomo a quarta condição da ação, não é hábil aensejar a rejeição da denúncia por parte do juiz.Isso porque, sendo o MP o titular da ação penalpública, não é dado ao magistrado analisar aviabilidade da denúncia sob o aspecto da justacausa, nesse momento processual.

(B) Nos crimes de ação penal pública incondicionada,após o oferecimento da denúncia, o juiz a recebe eordena a citação do acusado para ser interrogado,no prazo máximo de dez dias, em se tratando deréu preso.

(C) A absolvição sumária é instituto exclusivo doprocedimento do júri, cabendo nas hipótesesde existência manifesta de causa excludente dailicitude do fato ou da culpabilidade ou punibilidadedo agente.

(D) Finda a instrução, as partes têm o prazo de 24horas para requererem diligências que reputemimprescindíveis ao deslinde da causa.

(E) Vigora no processo penal o princípio da identidadefísica do juiz, segundo o qual o juiz que presidiua instrução deve proferir a sentença.

A: a teor do art. 395, III, do CPP, a falta de justa causa constituimotivo bastante a ensejar a rejeição da inicial; B e C: determina oart. 396 do CPP que o juiz, ao receber a inicial, determinará a citaçãodo acusado para que responda dentro no prazo de 10 dias. Logoapós esta fase daresposta escrita , dada a modi cação introduzidapela Lei 11.719/08, passou a ser possível aabsolvição sumária ,desde que presente alguma das hipóteses do art. 397 do CPP.Não sendo este o caso, designará o juiz audiência, e determinaráa intimação do MP, do acusado, de seu defensor e, sendo o caso,do querelante e do assistente de acusação, nos termos do art. 399.

Nesta audiência, em face do novo panorama estabelecido, realizar-se-á toda a instrução, e, ao nal, depois da ouvida do ofendidoe da tomada do depoimento das testemunhas, será interrogadoo acusado; D: o art. 402 do CPP não faz alusão a prazo; E: a Lei11.719/08 introduziu no art. 399 do CPP o § 2º, conferindo-lhe aseguinte redação: “O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a

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EDuarDo DomPiEri

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sentença”. O princípio da identidade física do juiz, antes exclusivodo processo civil, doravante será também aplicável ao processopenal. Como as restrições não foram disciplinadas no Código deProcesso Penal, deve-se aplicar, quanto a estas, o que dispõe oart. 132 do Código de Processo Civil. G a b a r i t o " E "

(OAB – CESPE – 2009.3) Assinale a opção correta quantoao procedimento comum previsto no CPP.(A) O juiz decidirá se realiza o interrogatório por

videoconferência em razão de pedido do MP, nãoprecisando fundamentar sua decisão.

(B) Na audiência de instrução e julgamento, deveráproceder-se à tomada das declarações do ofen-dido e do réu, designando-se nova data para ainquirição das testemunhas e dos peritos.

(C) Conforme a complexidade do caso, após a audi-ência de instrução e julgamento, poderá o juizconceder às partes prazo de cinco dias sucessi-vamente para a apresentação de memoriais.

(D) Caso a denúncia ou a queixa sejam manifesta-mente ineptas ou falte justa causa para a açãopenal, deverá o réu ser absolvido sumariamente.

A: art. 185, § 2º, do CPP; B: art. 400, § 1º, do CPP; C: art. 403, §3º, do CPP; D: se acaso a denúncia ou a queixa for absolutamenteinepta ou faltar justa causa para o exercício da ação penal, apeça inicial será rejeitada, nos termos do art. 395 do CPP. Ashipóteses de absolvição sumária estão contidas no art. 397 doCPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2009.2) Acerca das normas aplicáveisao processo e ao julgamento dos crimes de calúnia

e injúria, previstas no CPP, assinale a opção correta.(A) É pública incondicionada a ação penal por crime

contra a honra de funcionário público em razãodo exercício de suas funções.

(B) Caso seja oferecida a exceção da verdade ou danotoriedade do fato imputado, poderá o quere -lante contestar a exceção, podendo ser inquiridasas testemunhas arroladas na queixa.

(C) O juiz, antes de receber a queixa, oferece àspartes oportunidade para se reconciliarem,fazendo-as comparecer em juízo para seremouvidas, separadamente, na presença, obriga-tória, dos seus advogados, lavrando-se o termorespectivo.

(D) No caso de reconciliação, depois de assinadopelo querelante termo de desistência da queixa,esta será suspensa pelo prazo de dois anos, eo juiz xará as condições a serem respeitadaspelo querelado para que se opere a extinção dapunibilidade após o decurso do referido prazo.

A: nos termos do disposto no art. 145, p. único, do CP, se se tratarde crime perpetrado contra a honra de funcionário público emrazão de suas funções, a ação penal serápública condicionada à

representação do ofendido . Ocorre, no entanto, que o STF, por meioda Súmula 714, rmou entendimento segundo o qual nesses casosa legitimidade é concorrente entre o ofendido (mediante queixa) eo Ministério Público (ação pública condicionada à representaçãodo ofendido); B: art. 523 do CPP; C: art. 520 do CPP; D: art. 522do CPP. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2008.3) Considerando a redação atualdo CPP, assinale a opção correta no que diz respeitoao processo ordinário.(A) O acusado será citado para responder à acusa -

ção, por escrito, no prazo de 10 dias.(B) O acusado será citado para apresentar defesa

prévia, no prazo de 3 dias.(C) O acusado será citado para comparecer a audi -ência de introdução, debates e julgamento.(D) O acusado será citado para comparecer a audi -

ência de interrogatório.

Art. 396,caput , do CPP. Dispositivo introduzido pela Lei 11.719/08. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2007.3) Con gura hipótese de inépciada denúncia(A) Não-indicação de testemunhas por parte da acu-

sação.(B) Utilização de alcunha do acusado no texto da

exordial, mesmo constando o nome completo naquali cação.

(C) Exposição obscura de fato criminoso desprovidade todas as suas circunstâncias.

(D) A errônea classi cação do crime imputado nainicial acusatória.

Arts. 41 e 395, I, do CPP. A indicação do rol de testemunhas éfacultativa; o erro quanto à capitulação é irrelevante. A exposiçãodo fato criminoso com todas as suas circunstâncias, no entanto,deverá ser precisa, caso contrário poderá resultar em prejuízo paraa defesa. G a b a r i t o " C "

(Analista – TRE/GO – 2008 – CESPE) Nos processos doscrimes de responsabilidade dos funcionários públi-cos, estando a denúncia em devida forma, o juizdeterminará sua autuação e ordenará(A) a noti cação do acusado, para responder por

escrito, dentro do prazo de quinze dias.(B) a citação do acusado para ser interrogado sobre

os fatos narrados na inicial acusatória.(C) o afastamento liminar do acusado de suas

funções, até julgamento de nitivo do processocriminal.

(D) o sobrestamento do processo administrativo dis-ciplinar instaurado para apurar os mesmos fatosnarrados na denúncia.

Art. 514 do CPP. G a b a r i t o " A "

(Analista – TJ/DF – 2008 – CESPE) Julgue o seguinte item,relativo ao processo dos crimes de responsabilidadedos funcionários públicos.(1) Nos crimes de responsabilidade dos funcionários

públicos, cujo processo e julgamento competemaos juízes de direito, a denúncia deve ser instruída

com documentos que façam presumir a existênciado delito, não se admitindo, para suprir a falta detais documentos, declaração fundamentada deimpossibilidade de apresentação dos mesmos.

1: art. 513 do CPP. G a b a r i t o 1 E

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(Técnico Judiciário – STJ – 2004 – CESPE) Acerca doprocesso dos crimes de responsabilidade dosfuncionários públicos, julgue os itens seguintes.(1) Para a aplicação do rito do processo dos crimes

de responsabilidade dos funcionários públicos,basta que o sujeito ativo da infração penal sejafuncionário público.

(2) Se um funcionário público for denunciado pelaprática de crime de peculato em concurso depessoas com um particular, a noti cação pararesponder por escrito, dentro do prazo dequinze dias, deverá ser endereçada para os doisdenunciados.

(3) A noti cação do funcionário público, nos crimesde responsabilidade, para apresentar respostaou defesa preliminar, não dispensa sua citaçãoregular, na hipótese de recebimento da denúnciapelo juiz.

1: o procedimento especial a que alude o art. 514 do CPP temcomo objeto tão-somente crimes funcionais a ançáveis. No mais,vide Súmula nº 330 do STJ; 2: a defesa preliminar não é extensívelao particular que concorre com o funcionário público na prática docrime funcional, quer na qualidade de coautor, quer na qualidadede partícipe; 3: art. 517 do CPP. A noti cação, de fato, não afasta anecessidade de se proceder à citação do réu, visto que é imprescin-dível dar-lhe conhecimento da ação que foi ajuizada, conferindo-lheoportunidade para se defender. G a b a r i t o 1 E , 2 E , 3 C

14. P d C p ê d Jú

(Magistratura/AL – 2008 – CESPE) A respeito do procedi-mento relativo aos processos da competência dotribunal do júri, assinale a opção correta.(A) Ao receber a denúncia ou queixa, o juiz determi-

nará a citação do acusado, para oferecer respostaescrita, no prazo de dez dias. Apresentada aresposta, o juiz designará audiência de instruçãoe determinará a realização das diligências reque -ridas pelas partes, ainda que o acusado suscitequestões preliminares.

(B) Na audiência de instrução, serão ouvidas as tes-temunhas de acusação, as de defesa, o ofendido

e o acusado, nessa ordem.(C) Em caso de inimputabilidade por doença mentaldo réu, o juizp. ún não deverá absolvê-lo suma -riamente se a defesa sustentar a tese de legítimadefesa.

(D) Encerrada a instrução criminal, mandará o juiz darvista dos autos, para alegações, ao MP, pelo prazode cinco dias, e, em seguida, por igual prazo, eem cartório, ao defensor do réu.

(E) Caso não se convença da materialidade do fatoou da existência de indícios su cientes de autoriaou de participação, o juiz deve absolver sumaria-

mente o acusado.A: deverá o magistrado, no caso de a defesa prévia apresentar pre-liminares, ouvir a parte contrária, na forma estabelecida no art. 409do CPP; B: art. 411 do CPP; C: art. 415, parágrafo único, do CPP;D: art. 411, § 4º, do CPP; E: art. 414,caput , do CPP. G a b a r i t o " C "

(Magistratura/AL – 2008 – CESPE) No que concerne aoprocedimento do júri, assinale a opção correta.(A) A intimação da sentença de pronúncia sempre

será feita pessoalmente ao acusado. Não sendoeste encontrado, dá-se o que a doutrina chamade crise de instância, que inviabiliza a realizaçãodo júri.

(B) Se houver dúvida quanto à imparcialidade do júri,o juiz competente poderá representar ao tribunalde justiça, o qual poderá determinar o desafo -ramento do julgamento para outra comarca damesma região, onde não existam os motivos dadúvida, dando-se preferência às mais próximas.

(C) Preclusa a decisão de pronúncia, ainda quehaja circunstância superveniente que altere aclassi cação do crime, o juiz deverá aguardar arealização do júri.

(D) O libelo-crime acusatório é peça obrigatória,devendo o promotor apresentá-lo após a preclu -

são da decisão de pronúncia.(E) O desaforamento é cabível quando houver dúvidaquanto à imparcialidade do júri ou quanto à segu-rança pessoal do acusado ou ainda quando o

julgamento não se realizar no período de um ano,desde que, para a demora, não haja concorridoo réu ou a defesa, independentemente da com-provação de excesso de serviço.

A: art. 420 do CPP; B: art. 427 do CPP; C: art. 421 do CPP; D: aredação dos arts. 417 a 422 do CPP, que tratavam do libelo, foimodi cada pela Lei 11.689/08. Com isso, o libelo deixou de existir,de tal sorte que a acusação em plenário será norteada pela pronúncia;E: art. 428 do CPP. G a b a r i t o " B "

(Defensoria/SE – 2006 – CESPE) Julgue o item seguinte.(1) A pronúncia, conforme a melhor doutrina, é

sentença processual de conteúdo declaratórioem que o juiz proclama admissível a acusação.Tratando-se, portanto, de sentença proferida por

juiz singular, é cabível, como recurso, a apelação.

Antes denominadasentença , a pronúncia deve ser entendida comoa decisão interlocutória mista que julga admissível a acusação,encaminhando o caso para julgamento perante o Tribunal Popular.

G a b a r i t o 1 E

(OAB – CESPE – 2007.2) Assinale a opção correta acercado direito penal e processual penal.(A) O advogado que, por força de convênio celebrado

com o poder público, atua de forma remuneradaem defesa dos agraciados com o benefício da

justiça pública não se enquadra no conceito defuncionário público para ns penais.

(B) Vige, na fase da pronúncia, o princípio in dubio pro reo .

(C) Para a caracterização da legítima defesa real,exige-se a demonstração objetiva da existênciade suposição de fato que, por erro plenamente

justi cado pelas circunstâncias, legitime a açãodo agente.

(D) A decisão de pronúncia é mero juízo de admis-sibilidade da acusação, bastando para tanto que

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EDuarDo DomPiEri

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o juiz se convença da existência do crime e dosindícios de autoria.

A: art. 327 do CP; B: na fase da pronúncia vigora o princípioin dúbiopro societate ; C:legítima defesa real é aquela que é produto de umaagressão existente, efetiva (seus requisitos estão contidos no art.25, CP);legítima defesa putativa , por seu turno, é aquela em que oagente supõe haver agressão injusta, decorrente de erro, de engano;

D: art. 413,caput e § 1º, do CPP. Trata-se de decisão interlocutóriamista. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2006.1) Assinale a opção incorreta, deacordo com a legislação processual penal, conside-rando a jurisprudência do STJ.(A) O recurso de apelação de decisão do júri tem

caráter restrito, razão pela qual o tribunal ad quem só pode conhecer das alegações suscitadas nairresignação, não sendo lícito o reconhecimento,em desfavor do réu, de nulidades processuais quenão foram formalmente argüidas pelo MinistérioPúblico.

(B) As nulidades ocorridas durante o julgamentodevem ser alegadas em plenário do tribunal do

júri e constar da ata, sob pena de preclusão.(C) O ordenamento penal brasileiro permite a funda-

mentação das decisões dos juízes leigos do júri.(D) Em tema de nulidades processuais, o Código

de Processo Penal brasileiro acolheu o princípiosegundo o qual se deduz que somente há dese declarar a nulidade do feito quando, além dealegada opportuno tempore , for comprovado oefetivo prejuízo dela decorrente.

A: Súmula n. 713 do STF; B: art. 571, VIII, do CPP; C: art. 5º,XXXVIII,b , da CF; arts. 486 e 487, do CPP. Esses dispositivosasseguram e disciplinam o sigilo das votações, uma das caracte-rísticas essenciais do júri. Por essa razão, não há que se falar emfundamentação das decisões dos juízes leigos; D: arts. 563 e 571do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2009.1) A respeito do questionário uti-lizado no tribunal do júri, assinale a opção correta.(A) O juiz-presidente não deve formular quesitos

sobre causas de diminuição de pena alegadaspela defesa, visto tratar-se de matéria atinente à

xação da pena, que incumbe ao juiz-presidente,e não, aos jurados.(B) Havendo mais de um crime ou mais de um acu-

sado, os quesitos devem ser formulados em sérieúnica, dividida em capítulos conforme o crime ouo acusado.

(C) Se a resposta a qualquer dos quesitos estiver emcontradição com outra ou outras já apresentadas,o juiz-presidente deverá, de imediato, declarar anulidade da sessão de julgamento, designandooutra para o primeiro dia desimpedido.

(D) Se, pela resposta apresentada a um dos quesitos,

o juiz-presidente veri car que cam prejudicadosos seguintes, assim o declarará, dando por ndaa votação.

A: art. 483, IV, do CPP; B: art. 483, § 6º, do CPP; C: art. 490, caput ,do CPP; D: art. 490, p. único, do CPP. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2007.3) No que se refere ao tribunal do júri, assinale a opção correta.(A) Os crimes que são submetidos ao tribunal do

júri, incluem: aborto provocado pela gestante,instigação ao suicídio e homicídio simples naforma tentada.

(B) O tribunal do júri compõe-se de um juiz de direito

e quinze jurados, escolhidos dentre cidadãosmaiores de 18 anos.(C) Caso sejam julgados quatro réus na sessão ple-

nária do tribunal do júri, as partes terão quatrohoras para os debates e duas horas para réplicae tréplica.

(D) Os crimes de tortura, genocídio e latrocínio, portutelarem o bem jurídico vida, são submetidos aoprocedimento do tribunal do júri.

A: art. 5º, XXXVIII,d , da CF. Os crimes mencionados são todosdolosos contra a vida, porquanto estão contidos no Capítulo I doTítulo I da Parte Especial do Código Penal; B: art. 447 do CPP; C: art.

477 do CPP; D: os crimes de tortura, genocídio e latrocínio não sãodolosos contra a vida, já que não estão inseridos no Capítulo I doTítulo I da Parte Especial do CP. Somente estes (homicídio doloso,participação em suicídio etc.), exceção feita ao homicídio culposo(art. 121, § 3º, CP), são julgados pelo Tribunal Popular. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2007.1) Assinale a opção incorreta acercado desaforamento no processo penal, de acordo comentendimento do STF.(A) A mera suposição de parcialidade do júri, sem

nada que a demonstre, fundada tão-somente nacircunstância de a irmã da vítima ser funcionária

do juízo, é su ciente para a decretação do desa -foramento.(B) No processo penal, a competência é determinada

pelo lugar em que se consumou a infração, mas,nas hipóteses de julgamento pelo júri, é permitidoque seja ele realizado em outra comarca, sepresente alguma das circunstâncias previstas noCódigo de Processo Penal.

(C) O desaforamento reveste-se do caráter de medidaabsolutamente excepcional.

(D) A maior divulgação do fato e dos seus incidentese conseqüências, pelos meios de comunicação

social, não basta, só por si, para justi car o desa -foramento.

A: art. 427, CPP. A alegação de parcialidade dos jurados deve viracompanhada da respectiva comprovação. Caso contrário, não teráo condão de determinar o desaforamento; B: arts. 70 (competênciapelo lugar da infração), 427 e 428 do CPP; C: trata-se de medida decaráter excepcional que se presta a assegurar relevantes direitosconstitucionais, tais como a incolumidade física do réu e, maisrecentemente, a celeridade no julgamento; D: a maior divulgação dofato, pela imprensa local, não basta para justi car o desaforamento. Écomum, notadamente nas comarcas menores, a imprensa local agircom sensacionalismo, gerando, por vezes, uma falsa intranquilidadena comunidade local. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2004.ES) Não é princípio constitucionalbásico do júri popular o (a)(A) plenitude do direito de defesa.(B) Sigilo nas votações.

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(C) Competência para o julgamento dos crimes dolo-sos e culposos contra a vida.

(D) Soberania dos veredictos.

Art. 5º, XXXVIII,d , da CF. A competência do Tribunal Popular,assegurada aos crimesdolosos contra a vida, não se estende aoscrimesculposos . G a b a r i t o " C "

15. J d E p(Defensoria/SE – 2006 – CESPE) Julgue o item seguinte.(1) O crime de constrangimento ilegal, cuja pena é

de detenção de três meses a um ano ou multa,é da alçada do juizado especial criminal. Nessasituação, o delegado de polícia não deve lavraro auto de prisão em agrante, mas termo cir -cunstanciado, desde que o autor da infração sejaimediatamente encaminhado para o juizado ouassuma o compromisso de fazê-lo.

1: o crime de constrangimento ilegal está capitulado no art. 146do Código Penal; de fato, assim que tomar conhecimento daocorrência, deve o delegado de polícia proceder à lavratura dotermo circunstanciado; somente deverá lavrar o auto de prisãoem agrante na hipótese de o autor do fato se recusar a rmarcompromisso de comparecer ao Juizado Especial Criminal ou a elese dirigir incontinenti, nos termos do art. 69, parágrafo único, daLei 9.099/95. G a b a r i t o 1 C

(Defensoria/SE – 2006 – CESPE) Julgue o item seguinte.(1) Nos termos da Lei n.º 9.099/1995, a composição

dos danos civis, que deve ser reduzida a termoe valer como título executivo judicial, impede aproposição da ação penal quando esta for públicaincondicionada.

Art. 74 da Lei 9.099/95. G a b a r i t o 1 E

(OAB – CESPE – 2010.1) Considerando as disposiçõesprocessuais penais previstas na Lei federal n.º9.099/1995 (Lei dos Juizados Especiais), assinalea opção correta.(A) Os processos referentes aos juizados especiais

criminais devem orientar-se pelos critérios deoralidade, documentação, simplicidade, forma-

lidade, economia processual e celeridade, embusca, sempre que possível, da conciliação ouda transação.

(B) O juizado especial criminal, provido por juízestogados ou togados e leigos, tem competênciaapenas para a conciliação e o julgamento dasinfrações penais de menor potencial ofensivo,respeitadas as regras de conexão e continência.

(C) Na reunião de processos, perante o juízo comumou o tribunal do júri, decorrente da aplicação dasregras de conexão e continência, serão observa-dos os institutos da transação penal, excluindo-seos da composição dos danos civis.

(D) Os atos processuais serão públicos e poderãorealizar-se em horário noturno e em qualquer diada semana, conforme dispuserem as normas deorganização judiciária.

A: Opção incorreta. Dispõe o art. 2.º da Lei n.º 9.099/1995 que “oprocesso orientar-se-á pelos critérios de oralidade, simplicidade,informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sem-pre que possível, a conciliação ou a transação”. Do mesmo modo,também não há exigência, no sistema dos juizados especiais, queas provas sejam conservadas “por escrito”, o que afasta o critérioda “documentação”. Ada Pellegrini Grinover, Antônio Carlos deAraújo Cintra e Cândido Rangel Dinamarco lecionam que “quandose exige que as alegações ou provas orais sejam conservadas porescrito, falase no princípio da documentação” (Teoria Geral doProcesso. 18 ed., Malheiros Editores, 2002, p. 325); B: Opçãoincorreta. Dispõe o art. 60 da Lei n.º 9.099/1995 que “o JuizadoEspecial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos,tem competência para a conciliação, o julgamento e a execuçãodas infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas asregras de conexão e continência”; C: Opção incorreta. Dispõe oparágrafo único do art. 60 da Lei n.º 9.099/1995 que “na reunião deprocessos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentesda aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ãoos institutos da transação penal e da composição dos danos civis”;D: OOpção correta. Trata-se da redação expressa no art. 64 da Lei

n.º 9.099/1995. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2009.1) Acerca do procedimento relativoaos crimes de menor potencial ofensivo, previsto naLei n.º 9.099/1995, assinale a opção correta.(A) A reparação dos danos sofridos pela vítima não

é objetivo do processo perante o juizado especialcriminal, devendo ser objeto de ação de indeni-zação por eventuais danos materiais e moraissofridos, perante a vara cível ou o juizado especialcível competente.

(B) Não sendo encontrado o acusado, para ser citado

pessoalmente, e havendo certidão do o cial de justiça a rmando que o réu se encontra em localincerto e não sabido, o juiz do juizado especialcriminal deverá proceder à citação por edital,ouvido previamente o MP.

(C) Na audiência preliminar, o ofendido terá a opor -tunidade de exercer o direito de representaçãoverbal nas ações penais públicas condicionadase, caso não o faça, ocorrerá a decadência dodireito.

(D) Tratando-se de crime de ação penal pública incon-dicionada, não sendo o caso de arquivamento, o

MP poderá propor a aplicação imediata de penade multa, a qual, se for a única aplicável, poderáser reduzida, pelo juiz, até a metade.

A: art. 62 da Lei 9.099/95; B: arts. 66 e 68 da Lei 9.099/95; C: art.75, p. único, da Lei 9.099/95; D: art. 76, § 1º, da Lei 9.099/95.

G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2004.ES) Com relação ao procedimentosumaríssimo, preceituado pelas Leis n. os 9.099/1995e 10.259/2001, que dispõem sobre os juizados espe-ciais, assinale a opção correta.(A) Consideram-se de menor potencial ofensivo os

crimes punidos com reclusão ou detenção a queseja cominada pena máxima não superior a 2anos, a partir do advento da Lei n.º 10.259/2001,que ampliou o conceito de crime de menor poten-cial ofensivo.

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(B) O procedimento sumaríssimo do juizado especialcriminal não se aplica na justiça federal.

(C) Na ação penal privada ou pública condicionadaà representação, o acordo de composição dosdanos civis não acarreta a renúncia ao direito dequeixa ou representação.

(D) É cabível a transação penal nas ações penaisprivadas, sendo que a sentença homologatórianão gera reincidência, maus antecedentes ouefeitos civis.

A: art. 61, Lei n. 9.099/1995; B: art. 1º da Lei n. 10.259/2001; C:art. 74, parágrafo único, da Lei n. 9.099/1995; D: art. 76 da Lei n.9.099/1995. G a b a r i t o " A "

16. S , P C J g d

(Magistratura/BA – 2006 – CESPE) No que tange à sentençapenal e seus efeitos, julgue o próximo item.

Considere a seguinte situação hipotética. Um indi-víduo foi preso em razão da decretação de prisãopreventiva, permanecendo custodiado durante todaa instrução criminal do processo-crime. Na sentença,o juiz reconheceu a ocorrência de crime impossívele decretou a sua absolvição. Nessa situação, umdos efeitos da sentença penal será a expediçãode alvará de soltura, mesmo que haja recurso porparte do órgão do Ministério Público, sob pena deconstrangimento ilegal.

Art. 386, parágrafo único, I, do CPP. G a b a r i t o " C "

(Cartório/MT – 2005 – CESPE) Durante a instrução deprocesso criminal se colhem provas de que existemelementos essenciais de tipo penal — circunstânciaselementares — que não estão contidos, expressa ouimplicitamente, na denúncia. Nessa situação,(A) é desnecessário ser aberta vista à defesa para

manifestar-se.(B) deve o juiz baixar o processo a m de que a

defesa, no prazo de 8 dias, produza provas,podendo arrolar até 3 testemunhas.

(C) ao sentenciar, é lícito o juiz desclassi car o delito.(D) é correto o juiz dar nova de nição jurídica aocrime.

Com a nova sistemática implementada pela Lei 11.719/08, quemodi cou a redação do art. 384 do CPP, deverá o Ministério Público,neste caso, necessariamente, aditar a denúncia no prazo de cincodias. G a b a r i t o " B "

(Analista Judiciário/TJRJ – 2008 – CESPE) O juiz de direitosubstituto da 1.ª Vara Criminal da Comarca do Rio deJaneiro recebeu denúncia em face de Tertuliano, naqual constava que, no dia 10 de fevereiro de 2007,mediante grave ameaça, exercida com emprego dearma de fogo, Tertuliano subtraiu o carro e outrosbens que estavam no interior do veículo, tudo depropriedade da vítima Fabrícia. Por m, requereu opromotor signatário da denúncia a condenação deTertuliano nas penas do crime de furto — art. 155,

caput, do Código Penal (CP). Após regular trâmiteprocessual, tendo Tertuliano confessado que prati-cou os fatos na forma em que foram mencionadosna denúncia e tendo a vítima também asseveradoa veracidade de tais fatos, juntando-se aos autos,ainda, o laudo de e ciência da arma de fogo utilizadapor Tertuliano e apreendida pelos policiais, as partes

nada requereram em diligências (fase prevista noart. 499 do CPP). Em alegações nais, o MinistérioPúblico pediu a condenação nos termos da denúnciae a defesa requereu a absolvição do acusado por faltade provas. O juiz sentenciou o feito, condenando oacusado nas penas do art. 157, § 2.º, inciso I, do CP— roubo quali cado pelo emprego de arma. Nessasituação hipotética, é correto a rmar que a sentençaprolatada pelo juiz de direito substituto da vara(A) é nula de pleno direito, pois houve cerceamento

de defesa.(B) é relativamente nula, dependendo a declaração

de nulidade da comprovação, por parte da defesa,de que houve prejuízo para o réu.(C) é inexistente, pois foi proferida por juiz de direito

substituto e não pelo titular da vara.(D) é plenamente válida, tendo o juiz aplicado a norma

processual relativa à emendatio libelli.(E) é plenamente válida, tendo o juiz aplicado a norma

processual relativa à mutatio libelli.

Art. 383 do CPP. Se o juiz conhece o direito ( jura novit curia ), ésu ciente que os fatos sejam a ele narrados. Dessa forma, o réuse defende dos fatos que da inicial constam, e não da capitulaçãoconferida ao delito. G a b a r i t o " D "

(Analista – TRE/BA – 2010 – CESPE) Com relação às nulida-des e aos atos processuais, julgue o item seguinte.(1) A sentença que concede perdão judicial é deno-

minada pela doutrina de sentença suicida.

Na verdade, sentença suicida é a denominação conferida às sen-tenças cujo dispositivo não está em conformidade com as razõesapresentadas na fundamentação. A proposição, dessa forma, estáincorreta. G a b a r i t o " E "

17. N d d

(Ministério Público/RR – 2008 – CESPE) Julgue o itemseguinte.(1) Ana, servidora pública, foi indiciada pelo cometi-

mento do crime de prevaricação, crime a ançável,praticado contra a administração pública. Nãosendo cabíveis os benefícios previstos na Lein.o 9.099/1995, foi oferecida a denúncia. O juizdeterminou a citação da ré para o interrogatórioe não concedeu prazo para a apresentação daresposta prévia, prevista no art. 514 do Códigode Processo Penal. Nessa situação, operou-se

nulidade absoluta, devendo ser declarada a nuli-dade de todos os atos decisórios proferidos noprocesso.

A inobservância da formalidade contida no art. 514 do CPP (defesapreliminar) gera nulidade relativa; é a posição do STF. G a b a r i t o 1 E

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(B) As hipóteses de nulidade são apenas as previstasem lei, em decorrência do princípio processual-penal da legalidade.

(C) A regra do prejuízo é aplicável em qualquer hipó-tese de nulidade.

(D) Toda nulidade, em tese, pode ser convalidada.

A: aqui a violação é dirigida aos princípios constitucionais dodevido

processo legal , como contraditório, ampla defesa, juiz naturaletc.; B: trata-se de rol exempli cativo, já que outras nulidades,além daquelas contidas no art. 564, podem ser reconhecidas; C:o princípio do prejuízo (art. 563, CPP) não se aplica às nulidadesabsolutas, já que em relação a estas o prejuízo é presumido; D:o princípio da convalidação é aplicado às nulidades relativas (art.572 do CPP). G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2006.3) No processo penal, nenhumadas partes poderá argüir nulidade a que haja dadocausa, ou para que tenha concorrido. Tal enunciadorefere-se especi camente ao princípio(A) Da convalidação.(B) Da causalidade.(C) Do prejuízo.(D) Do interesse.

Art. 565, segunda parte, do CPP. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2006.2) Assinale a opção correta a res-peito das nulidades.(A) As nulidades relativas podem ser decretadas de

ofício.(B) Se houver sentença condenatória, as nulidades

absolutas não serão acobertadas pela coisa julgada, pois o julgamento poderá ser objeto derevisão criminal ou de habeas corpus .

(C) As nulidades relativas impedem que o ato sejaconvalidado.

(D) As nulidades relativas podem ser invocadas emqualquer tempo e grau de jurisdição.

A: só as nulidades absolutas podem ser decretadas de ofício pelojuiz; B: arts. 621 a 631, CPP (revisão criminal); arts. 647 a 667, CPP(habeas corpus ). Por se tratar de ofensa ao texto da ConstituiçãoFederal, a nulidade absoluta prescinde de alegação por parte doslitigantes e não preclui. Pode, pois, ser reconhecida de ofício pelojuiz; C: art. 572 do CPP. Oprincípio da convalidação aplica-se àsnulidades relativas; D: arts: 571 e 572 do CPP. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2006.1) Quanto à atuação do advogadono processo penal, tendo em conta a jurisprudênciapátria, assinale a opção correta.(A) É absoluta a nulidade decorrente de atos prati-

cados por advogado cujo exercício pro ssionaltenha sido suspenso pela OAB.

(B) A constituição de advogado para funcionar nadefesa criminal requer algumas formalidades. Nãobasta que o acusado, ao ser interrogado, declareo nome de seu defensor, independentemente doinstrumento de mandato.

(C) É direito líquido e certo do advogado o acessoirrestrito a autos de inquérito policial conduzidosob sigilo, ainda que o segredo das informaçõesseja imprescindível para as investigações.

(D) No processo penal, a falta da defesa constituinulidade absoluta, mas a sua de ciência só oanulará se houver prova de prejuízo para o réu.

Art. 564, III,c , do CPP; Súmula n. 523 do STF. G a b a r i t o " D "

(Analista – TRE/AL – 2004 – CESPE) Com relação ao direitoprocessual penal brasileiro, julgue o item que se

segue.(1) Poderá ser declarada a nulidade de ato proces -

sual, ainda que não tenha ele in uído na apuraçãoda verdade substancial ou na decisão da causa.

1: art. 566 do CPP. G a b a r i t o 1 E

18. r

(Magistratura/AL – 2008 – CESPE) Acerca dos recursos,assinale a opção correta.(A) Contra a sentença de impronúncia ou de absolvi-

ção sumária cabe apelação.(B) Da sentença que absolver sumariamente o acu-sado, deverá o juiz recorrer de ofício ao tribunalde justiça.

(C) No direito processual penal, em prol do direitode liberdade do réu e da incidência do princípioin dubio pro reo, admite-se recurso de parte quenão tenha interesse na reforma ou modi caçãoda decisão.

(D) Pelo princípio da fungibilidade recursal, aindaque presente a má-fé, a parte não será prejudi -cada pela interposição de um recurso por outro,

devendo o juiz, ao reconhecer a impropriedade dorecurso interposto pela parte, mandar processá-lode acordo com o rito do recurso cabível.

(E) Em caso de cabimento do recurso de apelação,poderá ser usado o recurso em sentido estrito, sea parte recorrer somente de parte da decisão.

A: art. 416 do CPP; B: art. 397 do CPP; C: art. 577, parágrafo único,do CPP; D: art. 579 do CPP; E: art. 593, § 4º, do CPP. G a b a r i t o " A "

(Ministério Público/RR – 2008 – CESPE) Acerca dos recursos, julgue os seguintes itens.(1) Considere a seguinte situação hipotética. Paulo,

que se encontrava preso preventivamente, foi con-denado pela prática de crime contra o consumo.

Apresentou apelação, mas teve seu recursodenegado pelo juiz prolator da sentença. Nessasituação, visando dar seguimento à apelação paraviabilizar o seu processamento, caberá a Pauloapresentar carta testemunhável.

(2) Considere a seguinte situação hipotética. Joséfoi condenado a pena de 20 anos de reclusãopelo crime de homicídio, sendo que os juradosdeclararam sua responsabilidade pela morte deFrancisca e Inês, e reconheceram a ocorrência decrime continuado. Nessa situação, considerandoo regulamento legal do protesto por novo júri, écorreto a rmar que não será cabível este recurso.

(3) Tanto o recurso em sentido estrito quanto a cartatestemunhável admitem o juízo de retratação.

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

1: acarta testemunhável (art. 639, CPP) será utilizada paraprovocar o processamento de um recurso que teve o seu trâmiteobstado pelo magistrado de forma indevida. Ocorre que, porforça do disposto no art. 581, XV, do CPP, o não recebimento daapelação comporta interposição derecurso em sentido estrito ,o que, de plano, afasta a incidência da carta testemunhável; 2: osarts. 607 e 608 do CPP, que disciplinavam o protesto por novojúri, foram revogados pela Lei 11.689/08; 3: arts. 589 e 643 doCPP. G a b a r i t o 1 E , 2 E , 3 C

(Defensoria/SE – 2006 – CESPE) Julgue o item seguinte.(1) No processo penal, admite-se a fungibilidade

recursal, desde que o recurso errôneo seja inter-posto no prazo daquele cabível e não se considereque tenha ocorrido erro grosseiro ou má-fé dorecorrente.

Art. 579 do CPP. G a b a r i t o 1 C

(Defensoria/SE – 2006 – CESPE) Julgue o item seguinte.(1)

No julgamento de uma apelação, pode o tribunalproceder a novo interrogatório do acusado, rein-quirir testemunhas ou determinar a realização dediligências que se façam necessárias.

Art. 616 do CPP. G a b a r i t o 1 C

(OAB – CESPE – 2010.1) Maurício foi denunciado pela prá-tica do delito de estelionato perante a 1.ª Vara Criminalde Justiça de Belo Horizonte – MG. Por entender quenão havia justa causa para a ação penal, o advogadocontratado pelo réu impetrou habeas corpus perante oTJ/MG, que, por maioria de votos, denegou a ordem.

Nessa situação hipotética, em face da inexistência deambiguidade, omissão, contradição, ou obscuridadeno acórdão, caberá recurso(A) ordinário constitucional ao STJ.(B) ordinário constitucional ao STF.(C) especial ao STJ e(ou) recurso extraordinário

ao STF, conforme o teor da fundamentação doacórdão.

(D) de embargos infringentes e de nulidade ao grupocriminal competente do TJ/MG.

A: OOpção correta. Cuida-se da previsão do art. 105, II, “a”, da CF/88;

B: Opção incorreta.Vide dispositivo constitucional mencionadona justi cativa da opção A; C: Opção incorreta.Videdispositivoconstitucional mencionado na justi cativa da opção A; D: Opçãoincorreta. Não cabem embargos infringentes e de nulidade, umavez que a decisão não unânime é fruto de ação, e não, de recursocriminal. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2009.1) Jaime foi denunciado pela práticade crime político perante a 12.ª Vara Criminal Federaldo DF. Acolhida a pretensão acusatória e condenadoo réu, a decisão condenatória foi publicada no Diárioda Justiça. Nessa situação hipotética, considerando-se que não há fundamento para a interposição de

habeas corpus e que não há ambiguidade, omissão,contradição ou obscuridade na sentença condenató-ria, contra esta cabe(A) recurso ordinário constitucional diretamente ao

STF.

(B) recurso ordinário constitucional diretamente aoSTJ.

(C) recurso de apelação ao Tribunal Regional Federalda Primeira Região.

(D) pedido de revisão criminal ao próprio juízo sen-tenciante.

Art. 102, II,b , da CF. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2008.3) Acerca das disposições geraissobre os recursos criminais, assinale a opção correta.(A) O MP poderá desistir de recurso que haja inter -

posto, desde que se veri que que o fato eviden -temente não constitui crime.

(B) Ainda que haja má-fé, em face do princípio dafungibilidade recursal, que possui natureza abso-luta no direito processual penal, a parte não seráprejudicada pela interposição de um recurso poroutro.

(C) No caso de concurso de agentes, a decisão dorecurso interposto por um dos réus, se fundadoem motivos que não sejam de caráter exclusiva -mente pessoal, aproveitará aos outros.

(D) O recurso não poderá ser interposto pelo réu, poistal ato é exclusivo de advogado.

A: à luz do princípio da indisponibilidade, é defeso ao MinistérioPúblico desistir da ação penal proposta (CPP, art. 42) e do recursointerposto (CPP, art. 576); B: art. 579 do CPP; C: art. 580 do CPP;D: art. 577 do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2008.3) Assinale a opção que representa,segundo o CPP, recurso cujas razões podem serapresentadas, posteriormente à interposição dorecurso, na instância superior.(A) Embargos de nulidade(B) Embargos de declaração(C) Apelação(D) Carta testemunhável

Art. 600, § 4º, do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2008.2) Assinale a opção correta acercado tribunal do júri.(A) Em se tratando de nulidades do júri, o CPP

determina que sejam elas suscitadas logo apósa réplica.

(B) O efeito devolutivo da apelação contra decisõesdo júri não é adstrito aos fundamentos da suainterposição.

(C) A soberania dos veredictos não é assegurada,pela CF, à instituição do júri.

(D) Se a decisão for manifestamente contrária à provados autos, ou seja, quando os jurados decidiremarbitrariamente, dissociando-se de toda e qual-

quer evidência probatória, caberá apelação.A: art. 571, I, V e VIII, do CPP; B: Súmula n. 713 do STF: “O efeidevolutivo da apelação contra decisões do júri é adstrito aos fun-damentos da sua interposição”; C: art. 5º, XXXVIII,c , da CF; D: art.593, III,d , do CPP. G a b a r i t o " D "

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(OAB – CESPE – 2008.2) Assinale a opção correta deacordo com as súmulas do STF.(A) A renúncia do réu ao direito de apelação, manifes-

tada sem a assistência do defensor, não impedeo conhecimento da apelação por este interposta.

(B) Admite-se a suspensão condicional do processopor crime continuado, se a soma da pena mínima

da infração mais grave com o aumento mínimode um sexto for superior a um ano.(C) A pena uni cada para atender ao limite de trinta

anos de cumprimento, determinado pelo CP, éconsiderada para a concessão de outros benefí-cios, tais como o livramento condicional ou regimemais favorável de execução.

(D) Inadmite-se a progressão de regime de cumpri-mento da pena ou a aplicação imediata de regimemenos severo nela determinada, antes do trânsitoem julgado da sentença condenatória.

A: Súmula n. 705, STF; B: Súmula n. 243, STJ; C: Súmula n. 715,STF; D: Súmula n. 716, STF. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2008.2) Assinale a opção correta acercados recursos, segundo o CPP.(A) O juiz deverá recorrer, de ofício, da sentença

concessiva de habeas corpus.(B) O MP poderá desistir de recurso que haja interposto.(C) Admite-se recurso da parte que não tiver interesse

na reforma ou modi cação da decisão.(D) A parte será prejudicada pela interposição de

um recurso por outro, ainda que tenha atuado deboa-fé.

A: art. 574, I, do CPP; B: art. 576 do CPP; C: art. 577, parágrafoúnico, do CPP; D: art. 579, CPP. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2008.1) Acerca do julgamento de recur-sos, assinale a opção correta.(A) No julgamento das apelações, poderá o tribunal,

câmara ou turma proceder a novo interrogatóriodo acusado, reinquirir testemunhas ou determinaroutras diligências.

(B) A apelação suspende a execução da medida desegurança aplicada provisoriamente.

(C) Não haverá revisão dos processos ndos, quandoa sentença condenatória for contrária ao textoexpresso da Lei Penal ou à evidência dos autos.

(D) Os recursos extraordinário e especial têm efeitosuspensivo.

A: art. 616, CPP; B: art. 596, parágrafo único, do CPP; C: art. 621, I,do CPP; D: art. 637 do CPP (recurso extraordinário); e art. 27, § 2º, daLei n. 8.038/1990 (recursos extraordinário e especial). G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2008.1) Acerca dos recursos no processopenal, assinale a opção correta.(A) No caso de crime político previsto na Lei de

Segurança Nacional, cabe recurso ordinárioconstitucional ao STJ.

(B) No caso de concurso de pessoas, a decisão dorecurso interposto por um dos réus se estendeaos demais, em face do princípio da igualdade,sendo irrelevante o fundamento.

(C) Admite-se protesto por novo júri quando a con-denação imposta em grau de recurso for igual ousuperior a vinte anos, desde que decorrente deconcurso material.

(D) É nula a decisão do tribunal de justiça que acolhe,contra o réu, nulidade não argüida no recurso daacusação, ressalvados os casos de recurso deofício.

A: art. 105, II, da CF; B: art. 580 do CPP; C: os artigos 607 e 608 doCPP, que disciplinavam oprotesto por novo júri , foram revogadospor força da Lei n. 11.689/2008; D: o tribunal só pode, em face dainércia da jurisdição a que se submete, julgar a matéria que lhe foidevolvida pelo recurso da parte. Não pode ir além. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2008.1) Assinale a opção correta acercado recurso de apelação.(A) O regular processamento de recurso de apelação

do condenado depende do seu recolhimento àprisão.

(B) O Código de Processo Penal (CPP) não permiteque o apelante recorra de apenas uma parteda sentença, como, por exemplo, do regime decumprimento da pena, visto que a apelação deveser interposta em relação a todo o julgado.

(C) O acesso à instância recursal superior consubs-tancia direito que se encontra incorporado ao sis-tema pátrio de direitos e garantias fundamentais.

(D) A apelação da sentença absolutória impedirá queo réu seja posto imediatamente em liberdade.

A: art. 5º, LXVI, da CF. A prisão processual automática é incompatívelcom a atual ordem constitucional; B: art. 599 do CPP; C: art. 5º, LVe § 2º, da CF; arts. 92 e seguintes, também da CF (“Do Poder Judi-ciário”). A garantia doduplo grau de jurisdição está implicitamenteprevista na Constituição Federal; D: art. 596 do CPP. G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2007.3) Com relação a recursos, assinalea opção correta.(A) O recurso em sentido estrito será declarado

deserto caso o réu fuja após haver recorrido.(B) No julgamento de apelação de decisão do tribunal

do júri em que a sentença seja contrária à decisãodos jurados, o tribunal ad quem deve determinarque o réu seja submetido a novo júri, em respeito

à soberania dos veredictos.(C) No julgamento de apelação de decisão do tribunal

do júri em que a decisão dos jurados seja manifes-tamente contrária à prova dos autos, o tribunal adquem deve determinar que o réu seja submetido anovo júri, em respeito à soberania dos veredictos.

(D) Na apelação das decisões proferidas por juizsingular, admite-se o juízo de retratação.

A: a fuga do réu não acarreta a deserção do recurso em sentidoestrito, como ocorre na apelação (art. 595, CPP – para alguns,trata-se de dispositivo inconstitucional); B: art. 593, § 1º, do CPP;C: art. 593, § 3º, do CPP; D: não há juízo de retratação.Gabarito “C

(OAB – CESPE – 2007.3) No processo penal, os instrumen-tos utilizáveis pela defesa e pela acusação incluem(A) A revisão criminal.(B) Os embargos infringentes.

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(C) O protesto por novo júri.(D) A carta testemunhável.

Art. 639, I, do CPP. “Recurso”, referido no dispositivo, pode ser:correição parcial; agravo em execução; e recurso em sentido estrito.Podem ser manejados tanto pela acusação quanto pela defesa. Osarts. 607 e 608 do CPP, que cuidavam do protesto por novo júri,foram revogados por força da Lei n. 11.689/2008. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2007.3) Em processo penal, os embargosinfringentes(A) Não são cabíveis, não se admitindo a aplicação

subsidiária da lei processual comum.(B) Têm cabimento se a decisão desfavorável ao réu

de segunda instância não for unânime.(C) Não são cabíveis se a divergência constante do

acórdão for parcial.(D) Têm efeito devolutivo pleno, portanto sua inter-

posição redunda em renúncia a interposição derecursos extraordinários, em caso de rejeição.

Art. 609, parágrafo único, do CPP. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2007.3) Com relação ao recurso especial,(A) Exige-se a demonstração da repercussão geral

das matérias versadas em recurso especial.(B) O prequestionamento, por não ser previsto em

lei, não constitui pressuposto de admissibilidaderecursal.

(C) Não se exige con ito analítico em caso de esteser fundamentado em dissídio jurisprudencial.

(D) Quando se fundar em dissídio jurisprudencial, orecorrente fará a prova da divergência mediante

certidão, cópia autenticada ou pela citação do repo-sitório de jurisprudência, o cial ou credenciado.

Art. 26, parágrafo único, da Lei n. 8.038/1990. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2007.1) Assinale a opção correta acercado processo penal.(A) No caso de concurso de agentes, a decisão do

recurso interposto por um dos réus aproveitaráaos outros, mesmo se fundado em motivos decaráter exclusivamente pessoal.

(B) Dispondo a sentença condenatória — transitadaem julgado para a acusação — que o réu pode

recorrer em liberdade, condicionando a execu-ção da pena ao trânsito em julgado, não pode otribunala quo , em apelação exclusiva da defesa,piorar a situação do condenado, para determinara imediata execução da reprimenda, pois issocaracteriza reformatio in pejus .

(C) O ato que determina a expedição de mandado deprisão — proveniente de tribunal (do relator de ape-lação, por exemplo) — dispensa fundamentação.

(D) Há que se falar em piora na situação do conde -nado por acórdão que, ao reduzir o quantum dacondenação, determina seu imediato cumpri-

mento, em oposição à sentença que determinaraque tal só ocorresse após o trânsito em julgado.

A: art. 580 do CPP; B: art. 617, CPP; C: art. 93, IX, da CF; D: a decisãoproferida em sede de recurso é bené ca ao condenado na medida emque lhe impõe pena inferior àquela xada no juízoa quo . G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2006.2) O recurso cabível da decisão querevoga o livramento condicional é o(a)(A) Arta testemunhável.(B) Recurso em sentido estrito.(C) Apelação.(D) Agravo.

Art. 197, Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execuções Penais). G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2004.ES) Não caberá recurso em sentidoestrito em(A) Decisão que não receber a denúncia ou queixa.(B) Decisão do tribunal do júri, quando ocorrer nuli-

dade posterior à pronúncia.(C) Decisão que concluir pela incompetência do juízo.(D) Decisão que julgar procedentes as exceções,

salvo a de suspeição.

É caso de interposição de recurso de apelação, por força do dispostono art. 593, III,a , CPP. G a b a r i t o " B "

(Analista – STJ – 2004 – CESPE) A respeito de recursos, julgue os itens que se seguem.(1) Considere a seguinte situação. Após absolvição

realizada pelo tribunal do júri, recorreu o Minis-tério Público, alegando decisão manifestamentecontrária à prova dos autos. Provido o recurso,foi o réu submetido a segundo julgamento, emque novamente foi absolvido. Nessa situação,em face da segunda absolvição, caso o promotorde justiça interponha recurso, alegando nulidadeocorrida durante o último julgamento, tal recursonão será conhecido.

(2) O apelado poderá reservar-se o direito de oferecercontra-razões na superior instância, independen-temente de tal opção por parte do apelante.

(3) Caso o réu empreenda fuga de onde esteja preso,após a apresentação da apelação, sendo presologo em seguida e antes do julgamento do recurso,deverá o juízo ad quem julgar deserto o recurso.

1: não será admitida a interposição de segunda apelação que tenhacomo base decisão manifestamente contrária à prova dos autos (art.593, III,d , do CPP). É o teor do art. 593, § 3º, 2ª parte, do CPP.Se o motivo invocado para a segunda apelação, no entanto, for a

nulidade ocorrida no último julgamento, o recurso poderá, sim, serconhecido; 2: art. 600, § 4º, do CPP; 3: art. 595 do CPP (trata-sede dispositivo de constitucionalidade bastante controvertida, vistoque sua incidência inviabilizaria o direito à ampla defesa e ao duplograu de jurisdição). G a b a r i t o 1 E , 2 E , 3 C

19. Habeas Corpus , m d d d S g-rança e Revisão Criminal

(Magistratura/TO – 2007 – CESPE) Assinale a opção corretaquanto ao entendimento do STF acerca de habeascorpus.(A) O habeas corpus não é o meio adequado para

impugnar o afastamento de acusado do cargo dedesembargador, ocorrido há mais de quatro anos,sem que a instrução criminal seja devidamenteconcluída.

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(B) É cabível habeas corpus em favor de bene ciadopela suspensão condicional do processo, visando-se ao trancamento da ação penal.

(C) O habeas corpus não é via idônea, em nenhumahipótese, para a restituição de bens apreendidosem cumprimento de decisão judicial.

(D) Cabe habeas corpus para tutelar direito de ir evir do paciente, ainda quando já extinta a penaprivativa de liberdade.

É perfeitamente possível que o bene ciado pelosursis processualimpetrehabeas corpus com o to de suscitar questões relevantes.A esse respeito: STF, HC 89.179-RS, 1ª T., Rel. Min. Carlos Britto,21.11.06. G a b a r i t o " B "

(Ministério Público/RO – 2008 – CESPE) Com relação aomandado de segurança em matéria penal, assinalea opção correta à luz do entendimento do STJ.(A) O MP não possui legitimidade para propor ação

mandamental com o m de conferir efeito suspen-sivo a recurso de agravo em execução.

(B) Cabe mandado de segurança contra decisão queconcede, nega ou revoga suspensão condicionaldo processo.

(C) A competência para a apreciação do mandado desegurança em matéria penal é xada em razão dacompetência jurisdicional, e não da autoridade daqual emanou o ato combatido.

(D) A comprovação do direito líquido e certo não écondição intransponível à concessão do mandadode segurança em matéria penal.

(E) É cabível mandado de segurança interposto porpessoa interessada, com a nalidade de impugnaro ato judicial que, acolhendo promoção do MP,determinou o arquivamento de inquérito policial.

STJ, RMS 25.736-SP, 5ª T., Rel. Laurita Vaz, j. 18.3.2008. As Leis1.533/51 e 4.348/64 foram expressamente revogadas pela Lei12.016/09, que estabeleceu nova disciplina para o mandado desegurança (individual e coletivo). G a b a r i t o " A "

(Procurador do Estado/CE – 2008 – CESPE) Felipe foi denun-ciado pelo Ministério Público pela prática de crime defurto. Presentes as condições objetivas e subjetivaspara tanto, o promotor de justiça ofereceu propostade suspensão condicional do processo, nos termosdo art. 89 da Lei n.º 9.099/1995. Felipe aceitou ascondições, tendo sido o acordo homologado pelo

juiz e suspenso o processo pelo prazo de dois anos,estabelecido para o cumprimento das condiçõesavençadas. Com base nessa situação hipotética,assinale a opção correta.(A) Felipe poderá impetrar habeas corpus para tran -

camento da ação penal por ausência de justacausa, apesar de ter aceitado a proposta desuspensão condicional do processo.

(B) No momento em que o acusado aceita livrementea proposta ministerial consubstanciada na sus-pensão condicional do processo, conseqüente-mente, ele renuncia ao interesse de agir, sendoimpossível buscar o trancamento da ação penalvia habeas corpus, com fundamento na falta de

justa causa para sua existência.

(C) Felipe somente poderá impetrar habeas corpuspara trancamento da ação penal com base naextinção da punibilidade prévia à aceitação daproposta ofertada pelo Ministério Público.

(D) O habeas corpus não se presta a trancar açãopenal por ausência de justa causa.

(E) Felipe somente poderá impetrar habeas corpuspara trancamento da ação penal com base naatipicidade da conduta que lhe foi imputada.

É possível impetrar-sehabeas corpus no curso de processo sus-penso nos termos do art. 89 da Lei 9.099/95 (sursis processual).

G a b a r i t o " A "

(Cartório/DF – 2008 – CESPE) Julgue o item seguinte.(1) De acordo com a jurisprudência do STJ, a alega-

ção de atipicidade da conduta por ausência dedolo é compatível com a via estreita do habeascorpus.

A alegação de atipicidade da conduta por ausência de dolo é incom-patível com a via estreita dohabeas corpus . A esse respeito: STJ,HC 66.656-SP, 5ª T., Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, j. 14.4.2009.

G a b a r i t o 1 E

(Procuradoria Federal – 2007 – CESPE) Julgue o itemseguinte.(1) Julgando procedente a revisão criminal, o tribunal

poderá alterar a classi cação da infração, absol -ver o réu, modi car a pena ou anular o processo,mas não poderá, em nenhuma hipótese, agravara pena imposta pela decisão revista.

Art. 626 do CPP. G a b a r i t o 1 C

(Defensoria Pública da União – 2010 – CESPE) A respeito darevisão criminal, julgue o próximo item.(1) A revisão criminal, que é um dos aspectos dife-

renciadores do mero direito à defesa e do direitoà ampla defesa, este caracterizador do direitoprocessual penal, tem por nalidade o reexamedo processo já alcançado pela coisa julgada, deforma a possibilitar ao condenado a absolvição,a melhora de sua situação jurídica ou a anulaçãodo processo.

arts. 621 e 626 do CPP. G a b a r i t o 1 C

(OAB – CESPE – 2008.3) Acerca da revisão criminal, assi-nale a opção correta.(A) A revisão poderá ser requerida em qualquer

tempo, antes ou após a extinção da pena.(B) Ainda que fundada em novas provas, não é admi-

tida a reiteração do pedido de revisão criminal.(C) A revisão não pode ser pedida pelo próprio

réu, pois é recurso de interposição privativo deadvogado.

(D) Julgando procedente a revisão, o tribunal poderáalterar a classi cação da infração ou absolver oréu, mas não poderá modi car a pena.

A: art. 622,caput , do CPP; B: art. 622, p. único, do CPP; C: art. 623do CPP; D: art. 626,caput , do CPP. G a b a r i t o " A "

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(OAB – CESPE – 2008.2) Durante uma blitz, um policialsimulou a descoberta de arma de fogo e substânciaalucinógena no porta-malas do carro de Rui, que foipreso em agrante. O agrante foi comunicado ao

juiz no prazo legal. O advogado de Rui apresentourequerimento adequado ao juiz de plantão, que inde-feriu o pedido, sob o fundamento de que as prisõesprovisórias não ofendem os preceitos constitucionais.Nessa situação hipotética, a providência cabível paraque Rui seja liberado será(A) O habeas corpus perante o tribunal de justiça.(B) O livramento condicional perante o juiz titular.(C) A reclamação à corregedoria de polícia.(D) O habeas corpus perante o STF.

Art. 5º, LXVIII, da CF; arts. 647 e 648, I, do CPP. O remédio cons-647 e 648, I, do CPP. O remédio cons-titucional deverá ser impetrado no Tribunal de Justiça porque aautoridade coatora, neste caso, é juiz de direito. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2008.1) No que se refere às ações autô-nomas criminais, assinale a opção correta.(A) Em face da soberania dos veredictos, das deci-

sões de mérito do tribunal do júri não se admiterevisão criminal.

(B) A revisão criminal pode ser requerida, desdeque antes da extinção da pena, pelo réu ou porprocurador, independentemente de habilitação.

(C) Cabe habeas corpus contra decisão condenatóriaa pena de multa ou quando já estiver extinta apena privativa de liberdade.

(D) Admite-se mandado de segurança para o advo-gado poder acompanhar diligência em processo

judicial, ainda que sigiloso.

A: prevalece hoje na doutrina e na jurisprudência o entendimentosegundo o qual cabe revisão criminal contra decisão de nitivaproferida pelo Tribunal Popular; B: arts. 622 e 623 do CPP; C: art.5º, LXVIII, da CF, e art. 647 do CPP; D: art. 5º, LXIX, da CF. AsLeis 1.533/51 e 4.348/64 foram expressamente revogadas pelaLei 12.016/09, que estabeleceu nova disciplina para o mandadode segurança(individual e coletivo).. Destina-se o mandado desegurança a amparar direito líquido e certo. A jurisprudência tementendido cabível o instrumento nos seguintes casos, dentre outros:direito de obter certidões; direito conferido ao advogado para acom-panhar o cliente na fase do inquérito; direito conferido ao advogadopara entrevistar-se com seu cliente. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2008.1) Adalberto, indiciado pelo crime deroubo, está preso preventivamente por mais de doisanos, sendo o excesso de prazo culpa do Poder Judi-ciário. Além disso, o juiz marcou a audiência de oitivade testemunhas do Ministério Público para 2009.Nesse caso, o advogado de Adalberto, a m de que esteaguarde o término do processo em liberdade, poderá(A) impetrar habeas corpus .(B) opor embargos de declaração da decisão do juiz

quanto à designação da audiência de oitiva detestemunhas para 2009.

(C) opor embargos infringentes da decisão do juizquanto à designação da audiência de oitiva detestemunhas para 2009.

(D) Merpor agravo em execução.

Art. 5º, LXVIII, da CF; arts. 647 e 648, II, do CPP. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2007.1) Assinale a opção correta acercado habeas corpus .(A) Cabe habeas corpus quando já extinta a pena

privativa de liberdade.(B) É incabível pedido de habeas corpus em favor

de bene ciado com a suspensão condicional doprocesso, já que inexiste ameaça à sua liberdade

de locomoção.(C) Em princípio, ressalvada manifesta ilegalidade,descabe o uso de habeas corpus para cassarindeferimento de liminar.

(D) É incabível habeas corpus para declarar-se aatipicidade da conduta, mesmo quando esta éveri cável de plano, primus ictus oculi , sem anecessidade de exame valorativo do conjuntofático ou probatório.

A: arts. 647 e 648 do CPP; B: em princípio é possível, sim,impetrar-sehabeas corpus para questionar processo suspensopor força do art. 89 da Lei n. 9.099/1995. Ocorre que, durante o

prazo de vigência da suspensão, o impetrante deve se submetera algumas regras; C: art. 648, CPP; D: o Superior Tribunal deJustiça assim já se manifestou: “O trancamento de ação penalpela via estreita dohabeas corpus é medida de exceção, sóadmissível quando emerge dos autos, de forma inequívoca esem a necessidade de valoração probatória, a inexistência deautoria por parte do indiciado ou a atipicidade da conduta”(HC 39.231-CE, 5ª Turma, rel. Laurita Vaz, 01.03.2005, D.J.28.03.2005). G a b a r i t o " C "

(OAB – CESPE – 2006.1) Assinale a opção correta acercado habeas corpus , considerando a jurisprudênciado STJ e do STF.

(A) O habeas corpus constitui ação constitucional quecomporta dilação probatória.(B) O trancamento de ação penal, pela via estreita do

habeas corpus , não é possível, ainda que, pelamera exposição dos fatos narrados na denúncia,

que constatada a imputação, ao acusado, de fatopenalmente atípico.

(C) É inviável o exame da dosimetria da pena por meiode habeas corpus , devido a eventual desacerto naconsideração de circunstância ou errônea aplica-ção do método trifásico, se daí resultar agranteilegalidade e prejuízo ao réu.

(D) O habeas corpus é remédio processual simples erápido destinado a restabelecer o direito à liber -dade de ir, vir e permanecer, quando já violado,ou preservá-lo, quando sob ameaça concreta,atual ou iminente, contra ilegalidade ou abusode poder.

A: ohabeas corpus é ação constitucional de natureza urgente, que sepresta a fazer cessar uma coação ou abuso à liberdade de locomoção.Dessa forma, não se destina a um exame minucioso e detalhado dasprovas contidas nos autos; B: é possível, sim, trancar a ação penalpor intermédio dohabeas corpus , e a ausência de tipicidade é aptaa gerar o trancamento. A jurisprudência transcrita na questão acima

é emblemática; C: diversos julgados já reconheceram a possibilidadede se apreciar a dosimetria da pena em sede dehabeas corpus ; D:art. 5º, LXVIII, da CF; arts. 647 e seguintes do CPP. Ohabeas corpus ,ação de índole constitucional, presta-se a evitar (preventivo) ou fazercessar (repressivo) violência ou coação ilegal na liberdade de ir evir de alguém. G a b a r i t o " D "

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(Analista – STJ – 2008 – CESPE) Julgue os seguintes itens,que versam acerca de habeas corpus e das relações

jurisdicionais com autoridade estrangeira.(1) O STJ entende possível o recebimento de habeas

corpus como substitutivo de revisão criminal,quando a ilegalidade for manifesta e não fornecessário o revolvimento de matéria fático-

probatória.(2) A alegação de ausência do estado de agrânciaé matéria de ordem pública e, por versar direta-mente sobre o direito de liberdade, ainda que nãotenha sido objeto de análise pelo tribunal a quo ,pode ser analisada pelo STJ.

1: nesse sentido, o julgado abaixo:PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 121, § 2º, I, III EIV, ART. 211 (DUAS VEZES), ART. 180, § 1º, E ART. 288, PARÁ-GRAFO ÚNICO, TODOS DO CP. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVODE REVISÃO CRIMINAL. POSSIBILIDADE. I - O recebimento dohabeas corpus como substitutivo de revisão criminal é viável tão-somente quando a ilegalidade for manifesta e não seja necessário orevolvimento de matéria fático-probatória (Precedentes). II - Dessaforma, havendo possibilidade de lesão ao direito de locomoçãodo paciente, deve o e. Tribunal a quo conhecer do habeas corpusimpetrado na origem, como substituto de revisão criminal, paraanálise, como entender de direito, das questões levantadas naimpetração, que não exijam o revolvimento de prova. III - Assim,no caso, deve o e. Tribunal de origem examinar as questõeslevantadas no writ referentes à dosimetria da pena (matéria dedireito). Contudo, não merece censura a decisão prolatada pelo e.Tribunal de origem em que não conheceu do mandamus na parteem que se buscava a revisão da condenação do paciente peloscrimes conexos. Isso porque é inegável que, neste caso, o examedo material probatório revelar-se-ia indispensável, posto que nãohá como se afastar uma condenação com base na alegação de faltade justa-causa sem que se veri que em que elementos probatóriosse apoia o juízo condenatório. Ordem parcialmente concedida.(HC 102.139/PA, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA,julgado em 17/06/2008, DJe 18/08/2008) 2: a alegação de ausênciado estado de agrância, para ser apreciada pelo STJ, há de tersido objeto de análise pelo tribunala quo , sob pena de con gurarindevida supressão de instância. Con ra, nesse sentido, o julgadoabaixo: HABEAS CORPUS. PRISÃO EM FLAGRANTE. HOMICÍDIODUPLAMENTE QUALIFICADO, POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGODE USO PERMITIDO E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. ALEGAÇÃO DEAUSÊNCIA DO ESTADO DE FLAGRÂNCIA. MATÉRIA NÃO EXAMI-NADA NO TRIBUNAL A QUO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. INDE-FERIMENTO DO PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA. AUSÊNCIADE JUSTIFICATIVA IDÔNEA AMPARADA EM FATOS CONCRETOS.CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. PRECEDENTES DOSTJ E DO STF. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESTAPARTE, CONCEDIDA, EM CONSONÂNCIA COM O PARECER MINIS-TERIAL. 1. A alegação de ausência do estado de agrância nãofoi objeto de análise pelo acórdão impugnado, o que inviabiliza oexame da matéria por esta Corte, sob pena de indevida supressãode instância. 2. É fora de dúvida que a manutenção da prisãocautelar, assim entendida aquela que antecede a condenaçãotransitada em julgado, há de explicitar a necessidade da medida,indicando os motivos que a tornam indispensável, dentre oselencados no art. 312 do CPP, como, aliás, impõe o art. 315 domesmo Código. 3. Como se veri ca da decisão que indeferiu o

pedido de liberdade provisória do paciente, con rmada pela CorteEstadual, manteve-se a segregação do acusado sob o argumentode que era necessária, mas sem apontar, objetivamente, asrazões pelas quais se mostra indispensável o seu encarceramentoprovisório, limitando-se a repetir os dizeres do art. 312 do CPP.4. Ordem parcialmente conhecida e, nesta parte, concedida, emconsonância com o parecer do MPF, mas apenas e somente para

deferir o pedido de liberdade provisória ao paciente, se por outromotivo não estiver preso, sem prejuízo de nova decretação, combase em fundamentação concreta. (HC 98.882/RJ, Rel. MinistroNAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, QUINTA TURMA, julgado e26/06/2008, DJe 04/08/2008). G a b a r i t o 1 C , 2 E

(Analista – STJ – 2004 – CESPE) Julgue o seguinte item.

(1) A concessão de habeas corpus para trancamentode ação penal por falta de justa causa autoriza aextensão da medida a co-réu, ainda que inerte,atendidos os requisitos de identidade fática ecircunstâncias pessoais.

1: art. 580 do CPP. G a b a r i t o 1 C

(Analista – TRE/GO – 2008 – CESPE) Acerca do habeascorpus , assinale a opção correta.(A) Se o habeas corpus for concedido em virtude

de nulidade do processo, os atos anteriorespoderão ser integralmente rati cados pelo juizcompetente.

(B) A autoridade que houver determinado a coaçãoreputada ilegal não poderá ser condenada nascustas, após a soltura do paciente em virtude dehabeas corpus .

(C) A concessão do habeas corpus não obstará nemporá termo ao processo, desde que este nãoesteja em con ito com os fundamentos daquela.

(D) Somente o advogado, regularmente inscrito naOrdem dos Advogados do Brasil, poderá impetraro habeas corpus .

A: art. 652 do CPP; B: art. 653 do CPP; C: art. 651 do CPP; D:art. 654 do CPP. Para a impetração dohabeas corpus não se faznecessário habilitação técnica, podendo fazê-lo, portanto, o própriopaciente. G a b a r i t o " C "

(Analista – TJ/DF – 2008 – CESPE) Julgue os seguintes itens,relativos ao habeas corpus .(1) No caso de habeas corpus repressivo, se o juiz

veri car, antes do julgamento do pedido de liminar,que a coação ilegal já cessou, não poderá julgarprejudicado o pedido, devendo enfrentar o mérito,tendo em vista que a coação ilegal representaviolação a direito humano fundamental e podevir a se repetir.

(2) Em caso de nulidade manifesta do processo, não

cabe habeas corpus , pois não há coação ilegal.Deve a parte, em tal caso, simplesmente peticio-nar ao juiz da causa, requerendo que declare anulidade do feito.

1: art. 659 do CPP; 2: art. 647, VI, do CPP. G a b a r i t o 1 E , 2 E

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(Analista – TJ/RJ – 2008 – CESPE) Em cada uma das opçõesa seguir, é apresentada uma situação hipotéticarelativa a habeas corpus , seguida de uma asser-tiva a ser julgada. Assinale a opção que apresentaassertiva correta.(A) Henrique foi preso em agrante delito por porte

de arma de fogo. Oferecida a denúncia, o juiz a

recebeu. Nessa situação, se for ilegal a prisão, aautoridade coatora passa a ser o juiz que recebeua denúncia e o habeas corpus não poderá serinterposto por estudante de direito que não sejainscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.

(B) Mário foi preso em agrante pela prática de crimede roubo. Na audiência de instrução e julgamento,constatou-se que Mário não havia sido intimadopara o ato e, apesar da manifestação da defesarequerendo o adiamento do ato e a intimaçãoregular do acusado, o juiz realizou a audiência.Nessa situação, se o tribunal conceder habeas

corpus em face da nulidade do processo, haverá,em conseqüência, o trancamento da ação penal.(C) Júlio foi denunciado pela prática de crime de furto,

embora casse constatado que ocorrera a prescri -ção entre a data do fato e a data do recebimentoda denúncia. Nessa situação, não cabe habeascorpus com a nalidade de trancar a ação penal,tendo em vista que não há coação ilegal, poisJúlio não estava preso.

(D) Porfírio foi preso em agrante pela prática deinfração penal punida com pena de detenção. Noentanto, a autoridade policial não lhe concedeu

ança, embora preenchidos os requisitos legaispara tanto, por entender que seria convenientepara a instrução do inquérito policial a manuten-ção da prisão de Porfírio. Nessa situação, não hácoação ilegal passível de ser sanada via habeascorpus .

(E) Hugo foi preso em agrante delito e, após deter -minação do juiz de direito no sentido de ele sercolocado em liberdade, em face de decisão deliberdade provisória com ança, o delegado depolícia, por má-fé, manteve Hugo preso por maisduas semanas. Nessa situação, ordenada asoltura de Hugo em virtude de habeas corpus , odelegado de polícia será condenado nas custas.

A: ohabeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa (art.654 do CPP), independentemente de habilitação técnica. Assim, oestudante de direito (impetrante), ainda que não inscrito na Ordemdos Advogados do Brasil, poderá impetrá-lo em favor do paciente.De outro lado, a autoridade coatora é de fato o juiz que recebeu adenúncia; B: art. 652 do CPP; C: art. 648, VII, do CPP; D: art. 648,V, do CPP; E: art. 653 do CPP. G a b a r i t o " E "

(Técnico Judiciário – TJ/RR – 2006 – CESPE) Com relação aohabeas corpus , assinale a opção correta.(A) Caberá habeas corpus contra decisão do juiz que

defere ao réu liberdade provisória em virtude deprisão em agrante, podendo o remédio jurídicoser interposto pela autoridade policial ou pelorepresentante do Ministério Público.

(B) O habeas corpus pode ser impetrado por meiode petição anônima, pois o juiz poderá concedera ordem desde que identi cado o paciente.

(C) Em inquérito policial instaurado pela autoridadepolicial mediante requisição judicial, a autoridadecoatora é o juiz de direito, pois o delegado depolícia não podia deixar de cumprir a requisição.

(D) Em nenhuma hipótese, a defesa do réu pode sercometida a pessoa leiga, não sendo possível aprática de qualquer ato privativo de advogado porpessoa não inscrita no órgão da classe, mesmoque em sede de habeas corpus .

A: não é admissível a impetração dehabeas corpus quando nãohouver violência ou coação à liberdade de locomoção – art. 5º,LXVIII, da CF e art. 647 do CPP; B: embora não se exija habilitaçãlegal, não se admite a impetração apócrifa, devendo esta, pois, serindeferida de plano; C: neste caso, a competência será do Tribunal;D: ohabeas corpus , no que se refere à sua impetração, não exigehabilitação técnica, podendo tal atribuição ser conferida a qualquerpessoa – art. 654,caput , do CPP. G a b a r i t o " C "

20. Ex P

(Magistratura/AL – 2008 – CESPE) Com base na Lei deExecução Penal (LEP) e acerca dos direitos, deverese disciplina do preso e (ou) condenado, assinale aopção correta.(A) O princípio da legalidade não se aplica ao

regime disciplinar previsto na LEP, de forma que

é possível haver falta disciplinar que não estejaprevista expressamente em lei ou regulamento, adepender de ato do diretor do presídio, rati cadopelo juiz competente.

(B) Não sendo possível identi car o preso que deuinício a motim em um corredor do presídio, odiretor do estabelecimento poderá aplicar sançãodisciplinar coletiva.

(C) O preso provisório não se submete ao regimedisciplinar diferenciado, que é aplicável somenteao condenado de nitivamente a pena privativa de

liberdade.(D) Sujeita-se ao regime disciplinar diferenciado o

condenado sobre o qual recaiam fundadas suspei-tas de envolvimento ou participação, a qualquertítulo, em organizações criminosas, quadrilha oubando.

(E) A inclusão no regime disciplinar diferenciado podeser aplicada por ato motivado do diretor do esta-belecimento prisional, com posterior homologaçãopelo juiz da execução.

A: oprincípio da legalidade aplica-se, sim, ao regime disciplinarprevisto na LEP, que contempla, por conta disso, um rol taxativode faltas disciplinares; B: art. 45, § 3º, da LEP. É mister que aconduta de cada preso seja individualizada; C: art. 52,caput e§ 1º, da LEP; D: art. 52, § 2º, da LEP; E: art. 60,caput , da LEP.

G a b a r i t o " D "

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(Magistratura/TO – 2007 – CESPE) Considere que Waleskatenha sido condenada pela prática de crime de roubo,com sentença transitada em julgado, à pena de 5anos e 4 meses a ser cumprida em regime semi-aberto. Considere, ainda, a inexistência de vaga emcolônia agrícola ou em colônia penal industrial ou emestabelecimento similar. Nesse caso, Waleska deve(A)

permanecer em liberdade, se por outro motivonão se encontrar presa, até que surja vaga emestabelecimento adequado.

(B) aguardar em regime fechado o surgimento devaga em estabelecimento adequado à execuçãodo regime semi-aberto.

(C) ser submetida a prisão domiciliar.(D) cumprir pena em colônia agrícola ou colônia

penal industrial ou em estabelecimento similar nacomarca mais próxima, dentro do mesmo estado.

A esse respeito, vide o julgado: STF, HC 87.985-SP, 2ª T., Rel. Min.Celso de Mello, 20.3.2007. G a b a r i t o " A "

(Ministério Público/AM – 2008 – CESPE) Acerca da execuçãopenal, assinale a opção correta.(A) Entende o STF que, em caso de cometimento

de falta grave pelo preso durante o cumprimentoda pena, haverá a perda dos dias remidos,aplicando-se analogicamente o disposto noart. 58 da Lei de Execução Penal, para limitara perda a trinta dias.

(B) Havendo rebelião em um pavilhão do presídio, nãose podendo identi car ao certo quem deu início aela, é cabível a punição de todos os condenados

desse pavilhão.(C) Segundo a Lei de Execução Penal, a tentativa épunida com sanção mais branda do que a corres-pondente à falta consumada.

(D) Em caso de regime disciplinar diferenciado, otempo de isolamento ou inclusão preventiva noregime não será computado no período de cum -primento da sanção disciplinar.

(E) É nula a decisão judicial que transfere o senten-ciado do regime fechado para o regime semi-aberto, sem oitiva e anuência prévias do MP.

A: neste caso, ante a mudança implementada no art. 127 da LEP

pela Lei 12.433/11, o juiz poderá revogar até 1/3 do tempo remido;B: art. 45, § 3º, da LEP. É a consagração do princípio daresponsa - bilidade pessoal , razão pela qual é necessária a identi cação dosparticipantes e individualização das condutas; C: art. 49, p. único, daLEP; D: art. 60, p. único, da LEP; E: art. 112, § 1º, da LEP. Gabarito ‘E’

(Ministério Público/ES – 2010 – CESPE) A respeito dos inci-dentes de execução penal, assinale a opção correta.(A) Não há previsão legal para a conversão de pena

de limitação de m de semana em privativa deliberdade.

(B) A legitimidade para requerer a concessão deindulto individual foi atribuída por lei apenas aosentenciado e ao MP.

(C) O tratamento ambulatorial pode ser convertido eminternação se o agente revelar incompatibilidadecom a medida, quando inexiste prazo mínimo deinternação.

(D) Contra as decisões proferidas pelo juiz dasexecuções cabe recurso de agravo, sem efeitosuspensivo, no prazo de cinco dias.

(E) Quando, no curso da execução da pena privativade liberdade, sobrevier doença mental ou pertur-bação da saúde mental do sentenciado, o juiz, deofício, deverá decretar a extinção da punibilidade.

A: esta possibilidade está prevista no art. 181, § 2º, da LEP; B: alémdo sentenciado e do MP, têm legitimidade para requerer o indultoindividual o Conselho Penitenciário e a autoridade administrativa (art.188, LEP); C: art. 184, parágrafo único, da LEP; D: proposição emconformidade com o art. 197 da LEP; E: neste caso, deverá o juiz,em vista do disposto no art. 183 da LEP, determinar a substituiçãoda pena por medida de segurança. G a b a r i t o " D "

(Ministério Público/RR – 2008 – CESPE) Com relação à exe-cução da pena, julgue os próximos itens.(1) Se um interno de um presídio tiver sido surpreen-

dido quando fazia uso de telefone celular, nessasituação, sua conduta pode ser enquadrada comofalta grave, tendo como conseqüência a perda dosdias remidos.

(2) O regime disciplinar diferenciado poderá serimposto aos presos provisórios e aos condenados,sendo cabível quando houver risco para a ordeme a segurança do estabelecimento penal ou dasociedade.

(3) Considere a seguinte situação hipotética. Iran foicondenado à pena privativa de liberdade de seisanos, em regime fechado, pela prática do crime deestupro, com violência real. Tendo cumprido doisanos da pena aplicada, requereu a progressãode regime, tendo sido expedido, pelo diretor dopresídio, atestado comprovando seu bom compor-tamento carcerário. O pedido foi deferido pelo juiz.Nessa situação, o juiz agiu incorretamente, tendoem vista que, tratando-se de delito praticado comviolência contra a pessoa, torna-se imprescindívela realização de exame criminológico.

1: arts. 50, VII, e 127 da LEP, cuja nova redação impõe ao magistrado,a título de perda decorrente do cometimento de falta grave, o limitede 1/3 dos dias remidos; 2: art. 52, § 1º, da LEP; 3: a nova redaçãoconferida ao art. 112 da LEP deixou de exigir o exame criminológico.Entretanto, a jurisprudência rmou o entendimento no sentido de queo Juízo da Execução, em face das peculiaridades do caso concreto,se entender necessário, pode determinar a sua realização. Nessesentido, a Súmula 471 do STJ. G a b a r i t o 1 C , 2 C , 3 E

(Procuradoria Federal – 2007 – CESPE) Julgue o item seguinte.(1) Ainda que a sentença condenatória tenha transi-

tado em julgado, cabe ao juízo criminal prolatorda sentença a aplicação de lei mais benignaposteriormente editada.

Art. 66, I, da LEP e Súmula 611 do STF. G a b a r i t o 1 E

(Defensoria Pública da União – 2007 – CESPE) Julgue o item

seguinte.(1) As hipóteses de saídas, reguladas pela Lei de

Execução Penal, são hipóteses taxativas e serãoautorizadas pelo diretor do estabelecimento,somente aos presos de nitivos em regime fechado.

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(2) De acordo com a Lei de Execução Penal e a jurisprudência do STJ e STF, o condenado punidopor falta grave sofre a perda da integralidade dosdias remidos.

1: art. 120 da LEP; 2: não mais. Em razão da modi cação operadano art. 127 da LEP, os dias perdidos corresponderão, no máximo,a 1/3 dos dias remidos. G a b a r i t o 1 E , 2 C

(CESPE – 2007) A perda dos dias remidos em virtude docometimento de falta grave durante o cumprimentoda pena(A) Viola o princípio da individualização da pena.(B) Viola o princípio da dignidade da pessoa humana.(C) Ofende ao princípio da isonomia.(D) Não signi ca ofensa ao direito adquirido.

O STF havia editado a Súmula Vinculante n. 9, por meio da qualrmara o entendimento de que a perda dos dias remidos na íntegra

não implicava ofensa ao direito adquirido. Hoje, com a modi caçãooperada na redação do art. 127 da LEP pela Lei 12.433/11, que veda

a possibilidade de perda total dos dias remidos em virtude de faltagrave, esta discussão está superada. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2009.3) Acerca do instituto da remição,previsto na Lei de Execução Penal, assinale a opçãocorreta.(A) O tempo remido não poderá ser computado para

a concessão de livramento condicional e indulto.(B) O condenado que for punido por falta grave não

perderá o direito ao tempo remido, que constituidireito adquirido do preso.

(C) Poderão ser bene ciados pela remição em razãodo trabalho o preso provisório e o preso conde-nado que cumpra a pena em regime fechado,semiaberto ou aberto.

(D) O preso impossibilitado, por acidente, de pros-seguir no trabalho continuará a se bene ciar daremição.

A: com a nova redação dada ao art. 128 da LEP pela Lei 12.433/11,consolida-se o entendimento segundo o qual o tempo remido deveser computado como pena cumprida, para todos os efeitos; B: nãohá que se falar em direito adquirido. Assim, em vista da nova redaçãoconferida ao art. 127 da Lei 7.210/84, o cometimento de falta graveacarretará a revogação, pelo juiz, de até um terço do tempo remido.Antes, estava credenciado o magistrado a revogar os dias remidosna sua totalidade, amparado que estava pelo posicionamento

rmado pelo STF na Súmula Vinculante nº 9; C: art. 126,caput , daLei 7.210/84 (redação modi cada pela Lei 12.433/11); D: art. 126,§ 4º, da Lei 7.210/84 (inserido pela Lei 12.433/11). G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2009.2) Com base no que dispõe a Lei deExecuções Penais, assinale a opção correta.(A) A execução da pena privativa de liberdade cará

sujeita à forma regressiva, com a transferênciapara regimes mais rigorosos, quando o conde-nado, por exemplo, praticar fato de nido comocrime doloso ou falta grave.

(B) A saída temporária destina-se aos condenadosque cumpram pena em regime fechado ousemiaberto e poderá ser autorizada para visita àfamília, frequência a curso pro ssionalizante oude instrução do ensino médio ou superior.

(C) Considere que James tenha sido de nitivamentecondenado pela prática de crime de estupro eque, posteriormente, no curso da execução detal pena, ele tenha sido condenado pela práticade crime de corrupção passiva. Nessa situação,como James já estava cumprindo a pena do crimede estupro, não poderá haver soma das penaspara determinação do regime.

(D) O ingresso do condenado no regime aberto emdecorrência da progressão do regime semiaberto

xado como inicial pela sentença condenatóriaconstitui resultado do cumprimento de parte dapena imposta e é automático, não pressupondoa aceitação do programa do regime aberto e deeventuais condições impostas pelo juiz.

A: art. 118 da Lei 7.210/84; B: art. 122 da Lei 7.210/84; C: art. 111, p.único, da Lei 7.210/84; D: arts. 113 e 114 da Lei 7.210/84. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2009.1) Acerca da substituição da penaprivativa de liberdade, assinale a opção incorreta.(A) As penas restritivas de direitos são autônomas

e substituem as penas privativas de liberdade,podendo ser aplicadas em casos de crimes come-tidos com grave ameaça, desde que não tenhahavido violência contra a pessoa.

(B) Se o condenado for reincidente, o juiz poderáaplicar a substituição, desde que, em face decondenação anterior, a medida seja socialmenterecomendável e a reincidência não se tenhaoperado em virtude da prática do mesmo crime.

(C) A pena restritiva de direitos converte-se emprivativa de liberdade quando ocorrer o descum-primento injusti cado da restrição imposta.

(D) A pena de multa descumprida não pode ser con-vertida em prisão.

A: Art. 44, I, do CP; B: art. 44, § 3º, do CP; C: art. 44, § 4º, primeiraparte, do CP; D: com a alteração implementada pela Lei 9.268/96,que modi cou a redação do art. 51 do Código Penal, ca vedada aconversão da pena de multa em prisão. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2008.3) Assinale a opção correta acercado regime disciplinar diferenciado, segundo a Lei deExecução Penal.(A) Estará sujeito a esse regime disciplinar, sem

prejuízo da sanção penal, o condenado que pra-ticar, enquanto preso, fato previsto como crimedoloso, causando com isso subversão da ordemou disciplina internas.

(B) O regime disciplinar diferenciado terá a duraçãomáxima de 6 meses.

(C) O preso provisório não se sujeita ao regime dis-ciplinar diferenciado.

(D) O preso não terá direito a visitas semanais.

A: art. 52,caput , da Lei 7.210/84 (Lei de Execução Penal); B:determina o art. 52, I, da Lei 7.210/84 que o regime disciplinar

diferenciado (RDD) terá a duração máxima de 360 dias; C: por forçado disposto nocaput do art. 52 da Lei 7.210/84, além do condenado,o preso provisório sujeitar-se-á ao regime disciplinar diferenciado; D:o preso, condenado ou provisório, terá direito a visitas semanais deduas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas,conforme prescreve o art. 52, III, da Lei 7.210/84. G a b a r i t o " A "

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(OAB – CESPE – 2008.2) Com base na Lei de ExecuçãoPenal, assinale a opção correta.(A) A assistência material ao preso consiste no for-

necimento de alimentação, vestuário, objetos dehigiene pessoal e da limpeza da cela, bem comoinstrumentos de trabalho e educacionais.

(B) A assistência à saúde do preso, de caráter preven -tivo e curativo, compreende atendimento médico,farmacêutico e odontológico.

(C) A autoridade administrativa pode decretar o isola-mento preventivo do preso faltoso e incluí-lo emregime disciplinar diferenciado, por interesse dadisciplina, independentemente de despacho do

juiz competente.(D) Os presos, sem distinção, têm direito a contato

com o mundo exterior por meio de visitas, inclu-sive íntimas, correspondência escrita, leitura edemais meios de comunicação e informação.

A: art. 41 da Lei de Execuções Penais; B: art. 14 da Lei n. 7.210/1984(Lei de Execuções Penais); C: art. 60 da Lei de Execuções Penais; D:art. 41, X e XV, da Lei de Execuções. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2007.3) No que diz respeito ao indulto,assinale a opção correta.(A) O indulto somente pode ser concedido por lei

elaborada pelo Congresso Nacional.(B) Trata-se de atribuição do presidente da República,

exercida por meio de expedição de decreto.(C) Não se admite indulto parcial.(D) Se o sentenciado for beneficiado por indulto

coletivo, este benefício não pode ser reconhe-cido, de ofício, pelo juízo das execuções penaiscompetente.

Art. 84, XII, da CF. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2007.2) A perda dos dias remidos emvirtude do cometimento de falta grave durante ocumprimento da pena(A) Viola o princípio da individualização da pena.(B) Viola o princípio da dignidade da pessoa humana.(C) Ofende ao princípio da isonomia.

(D) Não signi ca ofensa ao direito adquirido.Art. 127, Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execuções Penais); Súmulavinculante n. 9, do STF. Atualmente, tendo em conta a nova redaçãodada ao art. 127 da LEP, o juiz poderá revogar até um terço do temporemido. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2007.2) Acerca da execução penal,assinale a opção correta.(A) É permitido o emprego de cela escura.(B) São permitidas as sanções coletivas.(C) O condenado à pena privativa de liberdade é

obrigado a realizar qualquer trabalho que lhe forconferido, independentemente de suas aptidõese de sua capacidade.

(D) O trabalho externo será admissível para os presosem regime fechado somente em serviço ou obraspúblicas realizadas por órgãos da administração

direta ou indireta, ou entidades privadas, desdeque tomadas as cautelas contra a fuga e em favorda disciplina.

A: art. 45, § 2º, da Lei n. 7.210/1984; B: art. 45, § 3º, da Lei n. 7.210/1984;C: art. 31 da Lei n. 7.210/1984; D: art. 34, § 3º, do CP e arts. 36 e 37 daLei n. 7.210/1984 (Lei de Execuções Penais). G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2007.2)Da decisão que negar o livra-mento condicional, caberá

(A) Apelação.(B) Agravo.(C) Recurso em sentido estrito.(D) Recurso especial.

Art. 197, da Lei n. 7.210/1984. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2006.3) De acordo com jurisprudênciado STJ e do STF, assinale a opção correta no quese refere à execução penal.(A)

A Lei de Execuções Penais deixou de exigira submissão do condenado a exame crimino-lógico, anteriormente imprescindível para nsde progressão do regime prisional, sem, noentanto, retirar do juiz a faculdade de requerersua realização quando, de forma fundamentada eexcepcional, entender absolutamente necessáriasua confecção para a formação de seu conven-cimento.

(B) O agravo em execução possui efeito suspensivo.(C) Na execução penal, o condenado tem direito

adquirido ao tempo remido, independentemente

do cometimento de falta grave.(D) O exame criminológico pode ser consideradoisoladamente como fator para a denegação debenefícios.

A: art. 112, Lei n. 7.210/1984 (redação alterada pela Lei n.10.792/2003). A despeito da modi cação implementada pela Lei10.792/2003 no art. 112 da LEP, o STJ e o STF têm entendido queo magistrado pode, sempre que entender necessário e conveniente,determinar a realização do exame criminológico no condenado,como condição para aferir se preenche o requisito subjetivo paraprogressão de regime. Em outras palavras, não está o juiz impedidode determinar a realização de exame criminológico. Nesse sentido, aSúmula 439 do STJ; B: art. 197 da Lei de Execuções Penais; C: art.127 da Lei de Execuções Penais; Súmula vinculante n. 9, STF; D:não pode o exame criminológico ser considerado de forma isoladacomo fator para denegação de benefícios. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2006.3) Com relação à execução penal,assinale a opção correta.(A) A transferência de penitenciária pode ser decidida

no interesse do condenado, de forma que não lheseja cerceado o direito a visitas dos familiares.Contudo isso não constitui direito subjetivo dopreso, cabendo a decisão ao juízo da execução,com base em interesses administrativos, notada-mente a conveniência da segurança pública.

(B) É compatível com o cumprimento das penas emregime fechado a autorização para saídas tem-porárias que consistam em visitas periódicas aolar ou em trabalho extramuros.

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V. O indiciado ou acusado que colaborar voluntaria-mente com a investigação policial e o processocriminal na identi cação dos demais co-autoresou partícipes do crime e na recuperação totalou parcial do produto do crime, no caso de con-denação, poderá ser bene ciado com o perdão

judicial.

Estão certos apenas os itens(A) I e II.(B) I e III.(C) II e IV.(D) III e V.(E) IV e V.

I: art. 50, § 1º, da Lei 11.343/06; II: art. 51, parágrafo único, da Lei11.343/06; III: art. 53, parágrafo único, da Lei 11.343/06; IV: art. 42da Lei 11.343/06; V: art. 41 da Lei 11.343/06. G a b a r i t o " C "

(Ministério Público/RO – 2008 – CESPE) Acerca da intercep-tação das comunicações telefônicas, com base nalegislação pertinente, assinale a opção correta.(A) A interceptação telefônica poderá ser determinada

pelo juiz a requerimento da autoridade policial oudo MP, não podendo ser determinada de ofício.

(B) No caso de a diligência possibilitar a gravação dacomunicação interceptada, não há necessidadede sua transcrição, bastando a juntada de CDscom o conteúdo da comunicação.

(C) Deferido o pedido, os procedimentos de inter-ceptação telefônica poderão ser conduzidos pelaautoridade policial ou pelo MP, dando-se ciência,

em todos os casos, à corregedoria-geral de polícia.(D) Excepcionalmente, o pedido de interceptaçãode comunicação telefônica poderá ser feitoverbalmente, desde que estejam presentes ospressupostos que autorizem a interceptação,caso em que a concessão será condicionada àsua redução a termo.

(E) Ainda que a gravação não interesse à prova,não se admite a sua inutilização, devendo toda agravação permanecer arquivada, ao nal, juntocom os autos principais.

A: art. 3º da Lei 9.296/96; B: art. 6º, § 1º, da Lei 9.296/96; C: art. 6º,caput , da Lei 9.296/96; D: art. 4º, § 1º, da Lei 9.296/96; E: art. 9º daLei 9.296/96. G a b a r i t o " D "

(Cartório/MT – 2005 – CESPE) Acerca de interceptaçãotelefônica, objeto da Lei n.º 9.296/1996, julgue ositens a seguir. I A interceptação telefônica pode serfeita pela polícia com prévia autorização do Minis-tério Público e conduzida pelo juiz. II Desde queprecedida de autorização judicial, a interceptaçãotelefônica é válida para produzir prova em processocriminal. III Desde que precedida de autorização

judicial, a interceptação telefônica é válida para

produzir prova em inquérito policial. IV Essa inter-ceptação pode ser deferida pelo judiciário, desdeque haja requerimento da administração pública.Estão certos apenas os itens(A) I e II.

(B) I e IV.(C) II e III.(D) III e IV.

I: art. 3º da Lei 9.296/96; II: art. 3º, II, da Lei 9.296/96; III: art. 3º,I, da Lei 9.296/96; IV: art. 3º, I e II, da Lei 9.296/96. G a b a r i t o " C "

(Delegado/PB – 2009 – CESPE) Acerca do trá co ilícito edo uso indevido de substâncias entorpecentes, combase na legislação respectiva, assinale a opçãocorreta.(A) No caso de porte de substância entorpecente para

uso próprio, não se impõe prisão em agrante,devendo o autor de fato ser imediatamente enca-minhado ao juízo competente ou, na falta deste,assumir o compromisso de a ele comparecer.

(B) Para a lavratura do auto de prisão em agrante,é su ciente o laudo de constatação da naturezae quantidade da droga, o qual será necessaria -mente rmado por perito o cial.

(C) O IP relativo a indiciado preso deve ser concluídono prazo de 30 dias, não havendo possibilidade deprorrogação do prazo. A autoridade policial pode,todavia, realizar diligências complementares eremetê-las posteriormente ao juízo competente.

(D) Findo o prazo para conclusão do inquérito, a auto-ridade policial remete os autos ao juízo compe-tente, relatando sumariamente as circunstânciasdo fato, sendo-lhe vedado justi car as razões quea levaram à classi cação do delito.

A: art. 48, § 2º, da Lei 11.343/06; B: nos termos do art. 50, § 1º,

da Lei 11.343/06, na falta de perito o cial, o laudo de constataçãopoderá ser rmado por pessoa idônea. Nesse ponto reside o erroda assertiva; C: reza o art. 51, parágrafo único, da Lei de Drogasque o prazo para conclusão do inquérito relativo a réu preso, que éde 30 dias, pode ser duplicado pelo juiz, desde que ouvido o MP emediante pedido justi cado da autoridade policial; D: a autoridadepolicial, ao remeter os autos de inquérito policial ao juízo, já

ndos, deverá relatar de forma sumária as circunstâncias em queos fatos se deram, bem assim justi car as razões que a levaramà classi cação do delito, entre outras providências listadas no art.52 da Lei 11.343/06. G a b a r i t o " A "

(Magistratura Federal/5ª Região – 2009 – CESPE) Acerca dotrá co ilícito de substâncias entorpecentes, seu usoe seu procedimento penal, à luz da legislação emvigor, assinale a opção correta.

(A) A doutrina garantista, atenta ao princípio dareserva legal, aponta como lacuna de formulação,e não silêncio eloquente do legislador, a falta deprevisão, em relação aos crimes de trá co ilícitode substância entorpecente, da conduta de produ-zir drogas, de forma que, estando o agente nessasituação, somente com a ação controlada dospoliciais eventualmente in ltrados seria possívelprendê-lo em agrante, de modo a aguardar outraconduta prevista do tipo penal de ação múltipla.

(B) A in ltração de agentes de polícia em tarefas deinvestigação pode ser realizada em qualquer faseda persecução criminal, dependendo, no entanto,de autorização judicial e oitiva do MP.

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Como PaSSar Em CoNCurSoS CESPE!

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(C) Se restar comprovado, ao m da instrução crimi-nal, que o agente, em razão da dependência, erainteiramente incapaz de entender o caráter ilícitodo fato ao tempo da ação, o juiz, se absolver oacusado, não poderá determinar o seu encami -nhamento para tratamento médico adequado.

(D) Não há, na legislação específica, disposiçãoexpressa a respeito da pena de multa, devendoo juiz aplicar, subsidiariamente, os dispositivos doCPP acerca do tema.

(E) Reincidindo o agente na prática do crime de usode substância entorpecente, caberá a sua prisãoem agrante, devendo ser ele imediatamenteencaminhado ao juiz competente.

A: é verdade que o crime de trá co de entorpecentes, capituladono art. 33 da Lei 11.343/06, constitui um tipo de ação múltiplaou de conteúdo variado, de sorte que, para a sua consumação, ésu ciente a prática de uma das ações previstas no tipo. Ocorre quea conduta deproduzir drogas é uma das dezoito previstas no tipo doart. 33 da Lei de Drogas, que consiste emdar origem a algo que atéentão não existia . Por conta disso, é desnecessário lançar mão doexpediente da ação controlada para viabilizar a prisão em agrantepor outra conduta prevista no art. 33 da Lei; B: art. 53, I, da Lei11.343/06; C: art. 45, parágrafo único, da Lei 11.340/06; D: art. 43da Lei 11.343/06; E: não se imporá a prisão em agrante àquele queincorrer na prática do crime previsto no art. 28 da Lei de Drogas,mesmo que se trate de reincidente. G a b a r i t o " B "

(Magistratura Federal – 5ª Região – 2007 – CESPE) Julgue oitem seguinte.(1) Para a prorrogação do pedido de interceptação

das comunicações telefônicas, a lei exige a

transcrição integral das conversas até entãoobtidas, para que o juiz veri que a plausibilidadedo pedido.

O pedido de prorrogação formulado deve ser detalhado e minucioso,indicando de forma efetiva a necessidade da diligência e os meiosa serem empregados. De fato, a lei não exige a transcrição integraldos diálogos até então obtidos. G a b a r i t o 1 E

(Defensoria Pública da União – 2007 – CESPE) Julgue o itemseguinte.(1) Para fundamentação de pedido anteriormente

deferido, de que se prorrogue a interceptação deconversas telefônicas, a lei exige a transcriçãototal dessas conversas, sem a qual não se podecomprovar que é necessária a continuidade dasinvestigações.

Vide resposta dada à questão acima. G a b a r i t o 1 E

(OAB – CESPE – 2008.2) Manoel está sendo investigadopela prática do crime de lavagem de dinheiro. Pormeio de testemunhas, a autoridade policial tomouconhecimento de que, em sua residência, constamprovas da autoria do crime, tais como dinheiro,

registros contábeis e transferências bancárias.Considerando a situação hipotética acima, assinalea opção correta.(A) A autoridade policial pode realizar imediatamente

a busca e apreensão, visto que, quando realiza

a diligência pessoalmente, não necessita demandado judicial.

(B) Caso Manoel permita que a autoridade policialentre em sua residência, a diligência poderá serefetuada durante o dia ou à noite, com ou semmandado judicial.

(C) Cartas particulares encontradas durante a busca

e apreensão, estejam elas abertas ou fechadas,poderão ser apreendidas, quando a diligênciaocorrer mediante autorização judicial.

(D) Ainda que Manoel, durante a busca e apreensão,se negue terminantemente a abrir gavetas, sob oargumento de que tenha perdido as chaves, ospoliciais não poderão arrombá-las; caso o façam,estará caracterizado abuso de autoridade, indepen -dentemente da existência de mandado judicial.

Art. 5º, XI, da CF. G a b a r i t o " B "

(Analista – TJ/CE – 2008 – CESPE) Com base na legislaçãoatinente ao trá co de drogas, julgue o item abaixo.(1) Poderá o agente ser preso em seu domicílio, a

qualquer hora do dia ou da noite, se a políciativer informação segura da existência de grandequantidade de drogas ali guardadas capazes decausar dependência física ou psíquica.

1: tratando-se de crime permanente, em que a consumação se protraino tempo por vontade do agente, a prisão em agrante é possível,em princípio, enquanto não cessar a permanência – arts. 5º, XI eLXI, da CF e 303 do CPP. G a b a r i t o 1 C

(Analista – TJ/DF – 2008 – CESPE) Com base na legislaçãoespecial, julgue os seguintes itens.(1) Cabe suspensão condicional do processo, por

dois a quatro anos, devendo a proposta ser ofe-recida pelo Ministério Público, nos crimes em quea pena mínima cominada seja igual ou inferior aum ano, desde que o acusado não esteja sendoprocessado ou não tenha sido condenado poroutro crime e estejam presentes os demais requi-sitos que autorizariam a suspensão condicionalda pena.

(2) Aos crimes praticados com violência doméstica

e familiar contra a mulher, previstos na Lei Mariada Penha, independentemente da pena prevista,não se aplica a Lei dos Juizados Especiais Cri-minais.

1: art. 89 da Lei 9.099/95; 2: art. 41 da Lei 11.340/06. G a b a r i t o 1 C , 2 C

(Analista – TJ/DF – 2008 – CESPE) Acerca do Estatuto daCriança e do Adolescente, julgue os itens a seguir.(1) A medida de internação pode ser aplicada em caso

de prática de ato infracional cometido medianteviolência ou grave ameaça à pessoa ou em casode ato infracional semelhante a crime hediondo.

(2) Antes de iniciado o procedimento judicial paraapuração de ato infracional, o representante doMinistério Público pode conceder a remissão,atendendo às circunstâncias e conseqüênciasdo fato, ao contexto social, bem como à perso-

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nalidade do adolescente e sua maior ou menorparticipação no ato infracional. Essa remissãoimplica extinção do processo e reconhecimentoda responsabilidade por parte do adolescente.

1: a medida de internação somente terá lugar nas hipóteses elen-cadas no art. 122 da Lei 8.069/90 (ECA). O cometimento de atoinfracional correspondente a crime hediondo por si só não justi ca

a medida excepcional de internação (art. 121,caput , ECA), quesomente ocorrerá, reitere-se, nas hipóteses arroladas no art. 122;2: arts. 126 e 127 do ECA. G a b a r i t o 1 E , 2 E

(Analista – TJ/DF – 2008 – CESPE) À luz da Lei Maria daPenha, julgue o próximo item.(1) Nas ações penais públicas condicionadas à

representação da ofendida, esta pode renunciarà representação perante o juiz ou a autoridadepolicial, no máximo, até a data do oferecimentoda denúncia.

1: em consonância com o disposto no art. 16 da Lei 11.340/06, arenúncia à representação somente poderá ser feita perante o magis-trado, em audiência especialmente designada para essa nalidade eaté o recebimento da denúncia. G a b a r i t o 1 E

(Técnico Judiciário – TJ/RR – 2006 – CESPE) A Lei n.º8.072/1990, conhecida como Lei dos CrimesHediondos, além de de nir os delitos dessa natu -reza, trouxe diversas inovações de cunho penal eprocessual penal, que repercutiram na esfera daliberdade individual do cidadão. Acerca dos delitose do procedimento preceituados nessa Lei, assinalea opção incorreta.(A) Nos crimes hediondos é cabível, na execução da

pena, o benefício do livramento condicional, desdeque sejam preenchidos os requisitos necessáriosà sua concessão.

(B) O instituto da delação inserido na Lei dos CrimesHediondos impõe a redução da pena de um adois terços para o delator, quando sua delaçãopossibilita o desmantelamento de associaçõescriminosas ou de quadrilhas formadas paraprática de crimes hediondos dos quais o delatorfez parte.

(C) A prisão temporária, nos crimes consideradoshediondos, tem prazo de trinta dias, prorrogávelpor igual período em caso de extrema ecomprovada necessidade.

(D) A lei em referência veda a concessão de liberdadeprovisória, com ou sem ança, o que equivale adizer que a autoridade judiciária, em nenhumahipótese, poderá proceder ao relaxamento daprisão em tais crimes.

A: art. 83, V, do CP; B: art. 8º, p. único, da Lei 8.072/90; C: art. 2º,§ 4º, da Lei 8.072/90; D: o art. 5º, XLIII, da Constituição Federalveda tão-somente a concessão de ança nos crimes hediondos

e equiparados. Com o advento da Lei 11.464/07, que modi coua redação da Lei de Crimes Hediondos, que antes vedava aconcessão de ança e liberdade provisória, passou possibilitara liberdade provisória, já que foi extraída do dispositivo (art. 2º,II, da Lei 8.072/90). O relaxamento tem como pressuposto umaprisão ilegal. G a b a r i t o " D "

22. T C b d o T

(Magistratura/AL – 2008 – CESPE) Quanto ao acusado eseu defensor, à citação e à sentença condenatória,assinale a opção correta.(A) A falta de comparecimento do defensor, ainda

que motivada, não determinará o adiamento de

ato algum do processo, devendo o juiz nomearsubstituto, ainda que provisoriamente ou apenaspara o efeito do ato.

(B) Com o recebimento da denúncia, o processo penalterá completada a sua formação.

(C) Quando veri car que o réu se oculta para nãoser citado, o o cial de justiça deverá certi car aocorrência e proceder à citação com hora certa,na forma prevista no CPC.

(D) Ao proferir a sentença condenatória, o juiz xarátambém o valor máximo para a reparação dosdanos causados pela infração.

(E) O réu não poderá apelar sem se recolher à prisão,ou prestar ança, salvo se for primário e de bonsantecedentes, assim reconhecido na sentençacondenatória, ou condenado por crime de que selivre solto.

Art. 362 do CPP. G a b a r i t o " C "

(Procurador Federal – 2010 – CESPE) No que concerne acitação, sentença e aplicação provisória de interdi-ções de direitos e medidas de segurança, julgue osseguintes itens.

(1) O juiz não pode aplicar, ainda que proviso-riamente, medida de segurança no curso doinquérito policial.

(2) É cabível a citação por hora certa no processopenal, desde que o o cial de justiça veri que ecerti que que o réu se oculta para não ser citado.Nessa situação, para que se complete a citaçãocom hora certa, o escrivão deve enviar ao réucarta, telegrama ou radiograma, dando-lhe ciênciade tudo.

(3) O juiz não pode, caso o réu tenha respondido ao

processo solto, impor prisão preventiva quandoda prolação da sentença penal condenatória.

1: a aplicação de medida de segurança pressupõe o devido processolegal; 2: art. 362 do CPP; 3: art. 387, parágrafo único, do CPP.

G a b a r i t o 1 C , 2 C , 3 E

(OAB – CESPE – 2009.2) A respeito dos meios de provae das citações e intimações no âmbito do direitoprocessual penal, assinale a opção correta.(A) O procedimento de acareação, objeto de severas

críticas por violar o princípio da dignidade dapessoa humana, foi extinto pela recente reformado CPP.

(B) O o cial de justiça, ao veri car que o réu se ocultapara não ser citado, deve certi car a ocorrênciae proceder à citação com hora certa, na formaestabelecida no CPC.

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poderia. Trata-se de uma prisão processual (não há, pois, imposiçãode pena) ilegal, viciada, que há de ser combatida, relaxada; B: arts.156, I, e 225 do CPP; C: art. 567 do CPP; D: art. 149 e seguintesdo CPP. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2006.3) De acordo com jurisprudência doSTF e do STJ, assinale a opção correta.(A) É legal o decreto de prisão preventiva fundamen-

tado na necessidade de identi cação dos co-réuse de prevenção de reincidência.

(B) O promotor de justiça que participa na faseinvestigatória está impedido ou suspeito para ooferecimento da denúncia.

(C) O habeas corpus é meio próprio para apreciar-sea denúncia formalizada pelo Ministério Público.

(D) Arquivado o inquérito a requerimento do MinistérioPúblico, nova ação penal não pode ser iniciadasem novas provas.

A: art. 312 do CPP; B: Súmula n. 234 do STJ; C: arts. 647 e 648 doCPP; D: art. 18, CPP; Súmula n. 524, STF. G a b a r i t o " D "

(OAB – CESPE – 2006.3) Assinale a opção correta, consi-derando jurisprudência do STF e do STJ.(A) Competem à justiça federal o processo e o julga-

mento de feito que vise à apuração de possívelcrime ambiental em área de preservação perma -nente perpetrada em terras particulares, mesmoquando não restar demonstrada a existência deeventual lesão a bens, serviços ou interesses daUnião.

(B) As normas de direito processual penal são regidaspelo princípio do tempus regit actum .

(C) A lei que instituiu os juizados especiais criminaisno âmbito da justiça federal ampliou o rol dos deli-tos de menor potencial ofensivo, elevando paratrês anos o teto da pena abstratamente cominadaao delito.

(D) É inadmissível, segundo a lei processual penal,que as omissões da acusatória inicial possam sersupridas a todo tempo antes da sentença nal.

A: art. 109 da CF; B: art. 2º, CPP; C: art. 61 da Lei n. 9.099/1995; D:a denúncia (art. 41, CPP) poderá ser aditada, desde que o réu sejaouvido acerca do aditamento, sob pena de con gurar violação aoprincípio da ampla defesa. G a b a r i t o " B "

(OAB – CESPE – 2006.2) Assinale a opção correta deacordo com o STJ e o STF.(A) O oferecimento de denúncia ou queixa pressupõe

a existência de elementos probatórios mínimosque justi quem a abertura de ação penal.

(B) Incompetência relativa, como a relacionada aolugar da infração, pode ser reconhecida de ofício.

(C) O habeas corpus constitui meio idôneo paradiscussão de matéria de fato no processo.

(D) O defensor público e o dativo não têm a prerro-gativa de intimação pessoal.

A: arts. 41 e 395 do CPP; B: “A incompetência relativa não pode serdeclarada de ofício” (Súmula n. 33 do STJ); C: de fato não constituina medida em que ohabeas corpus é medida urgente, sendo, por-tanto, vedado, nesta sede, exame mais detalhado das provas; D: art.5º, § 5º, da Lei n. 1060/1950; e art. 370, § 4º, do CPP. G a b a r i t o " A "

(OAB – CESPE – 2006.1) No que se refere ao processopenal brasileiro, é correto a rmar que(A) A Lei de Execução Penal não se aplica ao preso

provisório.(B) O custodiado tem o direito de car em silêncio

quando de seu interrogatório policial e deve serinformado pela própria polícia, antes de falar, que

tem direito de comunicar-se com seu advogadoou com seus familiares.(C) A opinião do julgador sobre a gravidade em abs-

trato do crime constitui motivação idônea paraa imposição de regime mais severo do que opermitido segundo a pena aplicada.

(D) A Constituição da República determina que aprisão de qualquer pessoa e o local onde essapessoa se encontra devem ser comunicadosimediatamente ao juiz competente e à famíliado preso ou à pessoa por ele indicada. Assim, aomissão da autoridade no que se refere a esse

direito do preso, por si só, exclui a legalidade daprisão.

A: art. 2º, parágrafo único, da Lei n. 7.210/1984; B: art. 5º, LXIII,da CF; C: Súmula n. 718, STF; D: art. 5º, LXII, da CF. G a b a r i t o " B "

(Analista – TRE/MA – 2006 – CESPE) Julgue os itens abaixo,relativos ao juizado especial criminal, à competênciae aos sujeitos da relação processual.

I. A citação pessoal, no sistema vigente, é, deregra, realizada por mandado. No juizadoespecial criminal, inverte-se a regra: a citaçãodeve ocorrer, de preferência, no próprio juizadoe, somente quando isso não for possível, deveser efetuada por mandado.

II. Nos casos de ação penal de iniciativa privada, oMinistério Público deve intervir em todos os atosdo processo, na qualidade de titular da ação.

III. No Brasil, os juízes dos tribunais eleitorais nãosão vitalícios no exercício da jurisdição especial.São todos nomeados por apenas dois anos e sópodem ser reconduzidos ao cargo uma única vez.

IV. No concurso entre a jurisdição comum e

a jurisdição especial, os processos serãoseparados. Assim, por exemplo, se um crime deroubo for praticado em conexão com um crimeeleitoral, a justiça eleitoral será competente para

julgar a infração eleitoral, cabendo o processo eo julgamento do roubo à justiça comum.

V. Nas infrações de menor potencial ofensivo, ahomologação do acordo civil entre as partes teme cácia de título executivo judicial e acarreta,como conseqüência, a renúncia tácita ao direitode queixa ou de representação, o que, na formada lei, extingue a punibilidade do agente.

Estão certos apenas os itens(A) I, II e IV.(B) I, II e V.(C) I, III e V.

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Como PaSSar Em CoNCurSoS CESPE!

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14. DirEiTo ProCESSuaL PENaL aTuaLização Nº 1

(D) II, III e IV.(E) III, IV e V.

I: com efeito, a citação por mandado, feita por o cial de Justiça, nostermos do art. 351 do CPP, constitui a regra no sistema vigente.Situação diferente é a do Juizado Especial Criminal, em que a citaçãofar-se-á no próprio juizado, sempre que possível, ou por mandado,conforme preleciona o art. 66,caput , da Lei 9.099/95; II: o MinistérioPúblico, na ação penal de iniciativa privada, atua na qualidade decustos legis , já que o titular da ação, neste caso, é o ofendido ouseu representante legal – arts. 30, 45 e 48 do CPP; III: art. 121, §2º, da CF e art. 14,caput , da Lei 4.737/65 (Código Eleitoral); IV: art.78, IV, do CPP; V: art. 74 da Lei 9.099/95. G a b a r i t o " C "

(Analista – TRE/MT – 2010 – CESPE) Acerca de prisões eprovas, assinale a opção correta.(A) A prisão temporária pode ser decretada de ofício

pelo juiz, pelo prazo improrrogável de cinco dias,presentes as condições legais.

(B) A apresentação espontânea do acusado àautoridade não impede a decretação da prisão

preventiva nos casos em que a lei a autoriza.(C) Não se admite a decretação da prisão preventivanos crimes dolosos punidos com detenção.

(D) O juiz não pode fundamentar a sentença conde-natória em elementos informativos colhidos noinquérito policial, ainda que se trate de provascautelares, não repetíveis ou antecipadas.

(E) A prova da alegação incumbe a quem a zer, nãosendo admitido que o juiz determine provas deofício, pois tal atitude ofende o sistema acusatóriopuro, adotado pelo CPP.

A: a prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz,que deverá determiná-la diante da representação formulada pelaautoridade policial ou de requerimento do Ministério Público – art.2º, caput , da Lei 7.960/89. No mais, esta modalidade de prisãoprovisória terá o prazo de cinco dias, prorrogável por igual períodoem caso de extrema e comprovada necessidade, nos termos doart. 2º,caput , da Lei 7.960/89. Em se tratando, no entanto, decrime hediondo ou a ele equiparado (tortura, trá co de drogas eterrorismo), a custódia temporária será decretada por até trinta dias,prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovadanecessidade, em consonância com o disposto no art. 2º, § 4º, daLei 8.072/90 (Crimes Hediondos); B: assertiva correta, mesmo emface da expressa revogação do art. 317 do CPP; C: a nova redaçãoconferida ao art. 313 do CPP não mais leva em conta a qualidade dapena cominada, isto é, reclusão/detenção, mas a quantidade da penaprivativa de liberdade prevista; D: art. 155,caput , do CPP; E: nadaobsta que o magistrado, fazendo uso da prerrogativa que lhe confereo art. 156, II, do CPP, com o propósito de esclarecer dúvida acercade ponto relevante, determine, no curso da instrução ou antes deproferir sentença, de ofício e em caráter supletivo, diligências como to de se atingir a verdade real. Tal prerrogativa pode, inclusive,ser exercida antes de iniciada ação penal – art. 156, I, do CPP. OCódigo de Processo Penal não acolheu o sistema acusatório puro,já que o inquérito policial é sigiloso e, ademais, nele não vigoram ocontraditório e a ampla defesa. G a b a r i t o " B "

(Analista – TRE/MT – 2010 – CESPE) No que concerne à ação

penal, às provas, à prisão, à liberdade provisória eàs citações, assinale a opção correta.(A) O MP poderá desistir da ação penal, desde que

verifique estarem ausentes os pressupostosrelativos à justa causa.

(B) A renúncia ao exercício do direito de queixa éato personalíssimo e, como tal, não se estendea todos os autores do crime, quando formuladasomente em relação a um deles.

(C) Diferentemente do que ocorre no processo civil,no processo penal, em o caso de perícia, não há aprevisão, no Código de Processo Penal (CPP), de

formulação de quesitos e indicação de assistentetécnico pelas partes.

(D) A autoridade policial somente poderá concederança ao indiciado preso em agrante nos casos

de infração punida com detenção; nos demaiscasos, a ança dependerá de ordem judicial.

(E) Se o acusado, citado por edital, não comparecer,nem constituir advogado, carão suspensos o pro -cesso e o curso do prazo prescricional, podendo o

juiz determinar a produção antecipada das provasconsideradas urgentes e, se for o caso, decretar

prisão preventiva.A: a ação penal pública é indisponível, na medida em que, uma vezproposta, é defeso ao Ministério Público dela desistir, nos exatostermos do art. 42 do CPP; B: art. 49 do CPP; C: art. 159, § 3º, doCPP; D: com o advento da Lei 12.403/11, que modi cou, entreoutros, o art. 322 do CPP, a autoridade policial, a partir de agora,poderá conceder ança nos casos de infração cuja pena privativade liberdade máxima não seja superior a quatro anos; E: a assertivacorresponde à redação do art. 366 do CPP.Vide , a esse respeito,Súmula nº 415 do STJ, que trata do período durante o qual devedurar a suspensão do prazo prescricional. G a b a r i t o " E "

(Analista – TJ/CE – 2008 – CESPE) Com relação às decisõesno âmbito dos juizados especiais criminais (JECs),aos crimes de racismo e à injúria quali cada porconotação racial, julgue os itens seguintes.(1) Das decisões proferidas pelo juiz do JEC caberá

recurso de apelação que será julgado por umaturma especial recursal composta por três juízesem exercício no primeiro grau de jurisdição.

(2) Nos crimes de racismo, a ação penal privadacontra o ofensor poderá ser proposta nos JECs,

já que esses crimes são considerados delitos depequeno potencial ofensivo.

(3) Nos casos em que se con gure a injúria qua -li cada por conotação racial, a prova do fatoinsultuoso competirá ao querelante.

1: art. 82 da Lei 9.099/95; 2: os crimes de racismo, de nidos naLei 7.716/89, são de ação penal pública incondicionada e não estãosujeitos ao procedimento sumaríssimo previsto para as infraçõespenais de menor potencial ofensivo; 3: a partir do advento da Lei12.033/09, que alterou a redação do parágrafo único do art. 145 doCódigo Penal, a ação penal, até então de iniciativa privada, passoua ser pública condicionada nos casos de injúria consistente nautilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origemou a condição de pessoa idosa ou portadora de de ciência (formaquali cada). De toda forma, o ônus de provar o alegado, em regra,é da acusação, em vista do disposto no art. 156,caput , do CPP.

G a b a r i t o 1 C , 2 E , 3 C

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(Analista – MPU – 1999 – CESPE) Assinale a opção incorreta.(A) Se o juiz funcionou como delegado de polícia no

inquérito policial que serviu de base à ação penal,não poderá julgar esta última.

(B) O perdão do ofendido na ação penal privada éum ato processual de natureza dispositiva.

(C) O réu, quando maior de dezoito e menor de vinte

e um anos de idade, será citado na pessoa deseu representante legal.(D) A doutrina denomina noti cação à comunicação

que se faz à parte ou a outra pessoa acerca de

lugar, dia e hora de um ato processual a que devecomparecer, referindo-se, pois, a ato futuro, aindaa ser praticado.

A: art. 252, II, do CPP; B: o perdão constitui ato por meio do qual oquerelante desiste de prosseguir na ação penal privada. Ao contrárioda renúncia, somente gerará a extinção da punibilidade se aceitofor pelo querelado. Trata-se, portanto, de ato bilateral; C: a lei não

impõe essa formalidade; D: noti cação é o conhecimento que sedá à parte (ou a terceiro) de ato a ser praticado; intimação, porseu turno, é a ciência que se dá à parte (ou a terceiro) de um ato jápraticado. G a b a r i t o " C "