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CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL DANIELA MICHAAN OS EFEITOS DA TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DA ANOREXIA São Paulo 2017

CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO ... · modificação do sistema funcional de crenças relacionadas à aparência e o aumento ... alimentar auto-imposta e um padrão

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CETCC- CENTRO DE ESTUDOS EM TERAPIA COGNITIVO-

COMPORTAMENTAL

DANIELA MICHAAN

OS EFEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-

COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DA ANOREXIA

São Paulo

2017

DANIELA MICHAAN

OS EFEITOS DA TERAPIA COGNITIVO-

COMPORTAMENTAL NO TRATAMENTO DA ANOREXIA

Trabalho de conclusão de curso Lato Sensu

Área de concentração: Terapia Cognitivo-Comportamental

Orientadora: Profa. Dra. Renata Trigueirinho Alarcon

Coorientadora: Profa. Msc. Eliana Melcher Martins

São Paulo

2017

Fica autorizada a reprodução e divulgação deste trabalho, desde que citada a fonte.

Michaan, Daniela Os Efeitos da Terapia Cognitivo-Comportamental no Tratamento da Anorexia Daniela Michaan, Renata Trigueirinho Alarcon, Eliana Melcher Martins – São Paulo, 2017. 25 f. + CD-ROM Trabalho de conclusão de curso (especialização) - Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC). Orientadora: Profª. Drª. Renata Trigueirinho Alarcon Coorientadora: Profª. Msc. Eliana Melcher Martins 1 Tratamento da anorexia através da Terapia cognitivo-comportamental, 2. Assunto do trabalho. I. Michaan, Daniela. II. Alarcon, Renata Trigueirinho. III. Martins, Eliana Melcher.

Daniela Michaan

Os Efeitos da Terapia Cognitivo-Comportamental no Tratamento da anorexia

Monografia apresentada ao Centro de Estudos em

Terapia Cognitivo-Comportamental como parte das

exigências para obtenção do título de Especialista

em Terapia Cognitivo-Comportamental

BANCA EXAMINADORA

Parecer: ____________________________________________________________

Prof. _____________________________________________________

Parecer: ____________________________________________________________

Prof. _____________________________________________________

São Paulo, ___ de ___________ de _____

DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a todos os meus colegas de sala que

foram parceiros e companheiros nessa trajetória e aos

coordenadores e professores do CETCC que contribuíram para

meu crescimento profissional.

AGRADECIMENTOS

A minha família e amigos que sempre me apoiaram e torceram por mim.

Aos professores e supervisoras que se dedicaram a passar seus conhecimentos.

Aos pacientes que confiaram em mim e me motivaram a estudar cada vez mais.

A minha orientadora Renata T. Alarcon pela paciência, ajuda e disposição no

trabalho.

RESUMO

A terapia cognitivo-comportamental baseia-se no modelo cognitivo, no qual os indivíduos atribuem significados a todos os aspectos de suas vidas. Esses significados influenciam em suas emoções, comportamentos, e no modo como interpretam a realidade. Por causa dessas interpretações, os indivíduos reagem ou respondem às situações de forma distinta. A anorexia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado por restrição alimentar auto-imposta, acompanhada de uma acentuada perda de peso, que está relacionada a um intenso temor de engordar. Para o tratamento dos transtornos alimentares são utilizados planos de restruturação cognitiva e o uso de medidas de autocontrole para estabelecer padrão regular de alimentação, entre outras técnicas, que focam na frequência de atividade física, possibilitando o aumento do peso, a diminuição do distúrbio da imagem corporal, a modificação do sistema funcional de crenças relacionadas à aparência e o aumento da autoestima. A terapia cognitivo-comportamental mostrou resultados de melhoras nutricionais na alimentação e aumento de peso, e na redução de pensamentos disfuncionais a respeito da alimentação e do peso, provocando melhora na autoestima.

Palavras-chave: Terapia cognitivo-comportamental; Tratamento; Anorexia.

ABSTRACT

The Cognitive behavioral therapy is based on the cognitive model, in which

individuals assign (attach) meanings to all aspects of their lives. These meanings influence your emotions, behaviors, and the way you interpret reality. Because of these interpretations, individuals react or respond to situations differently. Anorexia nervosa is an eating disorder characterized by self-imposed food restriction, accompanied by a marked loss of weight, which is related to an intense fear of gaining weight. For the treatment of eating disorders, plans of cognitive restructuring are used and the use of self-control measures to establish a regular pattern of feeding, among other techniques, that focus on the frequency of physical activity, allowing weight gain, decreased image disturbance Body, the modification of the functional system of beliefs related to appearance and increased self-esteem. Cognitive behavioral therapy showed results of nutritional improvements in diet and weight gain, and reduction of dysfunctional thoughts regarding diet and weight, leading to improvement in self-esteem.

Keywords: Cognitive behavioral therapy; Treatment; Anorexia.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8

2 OBJETIVO .............................................................................................................. 10

3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 11

4 RESULTADOS ....................................................................................................... 12

5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 20

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 21

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 22

8

1 INTRODUÇÃO

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) baseia-se no modelo cognitivo, no

qual os indivíduos atribuem significados às pessoas, aos eventos e a todos os

aspectos de suas vidas. Esses significados influenciam em suas emoções e

comportamentos, e as interpretações da realidade impactam na maneira como as

pessoas constroem hipóteses sobre o futuro e sobre si mesmas. Por causa dessas

diferentes interpretações, os indivíduos reagem ou respondem às situações de

forma distinta. (KNAPP & BECK, 2008)

Algumas interpretações podem gerar pensamentos, sentimentos, conclusões

ou comportamentos disfuncionais ou mal adaptativos, que acabam tornando-se

ideias consideradas verdades absolutas pelos indivíduos, resultando, então, em um

sistema de crenças que intervirá nas demais percepções individuais (DOBSON &

DOBSON, 2010).

A anorexia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado por restrição

alimentar auto-imposta e um padrão irregular de alimentação, acompanhados de

acentuada perda de peso, que está associada a um intenso temor de engordar e à

distorcida percepção da imagem corporal (SILVA, 2005).

Segundo Dalgalarrondo (2008), a distorção da imagem corporal é uma das

características do transtorno. Embora o indivíduo anoréxico esteja magro, ele se

percebe gordo. O pavor de engordar prossegue como uma ideia permanente,

mesmo o indivíduo estando com o seu peso bem abaixo do normal

(DALGALARRONDO, 2008. apud FILHO; MAGALHAES, TAVARES, 2009)

Segundo Duchesne e Almeida (2002) os transtornos alimentares são

definidos por várias causas e resultam da interação entre o biológico, o cultural e as

experiências pessoais. A TCC se preocupa em identificar e corrigir as situações que

favorecem o desenvolvimento e manutenção das alterações cognitivas e

comportamentais que são identificados nos casos clínicos. As técnicas cognitivas e

comportamentais são muito utilizadas no tratamento dos transtornos alimentares e

têm sido avaliadas e reconhecidas como estratégias eficazes na melhora dos

quadros clínicos.

Para Knapp (2004), os focos principais da TCC para os transtornos

alimentares são: o cognitivo e o comportamental. O foco cognitivo se preocupa com

9

o peso, a forma, as atitudes alternativas mais saudáveis em relação à comida e a

imagem corporal. E o foco comportamental visa ajudar os pacientes a estabelecer

conclusões e confirmar crenças.

O tratamento dos transtornos alimentares na TCC foi adaptado da teoria

estruturada por Beck e colaboradores (1982) do tratamento da depressão. Suas

características fundamentais são: a utilização de plano de restruturação cognitiva,

por meio da automonitoração de pensamentos relevantes e de comportamento; e o

uso de medidas de autocontrole para estabelecer padrão regular de alimentação.

Outras técnicas utilizadas para o tratamento da anorexia focam na frequência de

atividade física, possibilitando o aumento do peso, a diminuição do distúrbio da

imagem corporal, a modificação do sistema funcional de crenças relacionadas à

aparência e o aumento da autoestima (FINGER E OLIVEIRA, 2016, P.117-118).

10

2 OBJETIVO

O objetivo desse trabalho é estudar os efeitos da terapia cognitivo-

comportamental no tratamento da anorexia.

2.1 Objetivos específicos

Caracterizar a anorexia e a terapia cognitivo-comportamental como

tratamento para esse transtorno.

11

3 METODOLOGIA

O presente estudo foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica,

considerando o tema escolhido, buscando conhecer os efeitos da TCC no

tratamento da anorexia.

Segundo Fogliatto (2007) a revisão bibliográfica reune ideias provenientes de

diferentes fontes, tendo em vista construir uma nova teoria ou uma nova forma de

apresentação para um assunto já conhecido.

Para o desenvolvimento da pesquisa, o estudo foi elaborado a partir de

registros, análise e organização de dados bibliográficos. Tanto livros de referência

quanto artigos cientifícos foram utilizados.

As palavras chaves utilizadas foram: “Terapia cognitivo-comportamental”,

“tratamento”, “anorexia” (ou “cognitive behavioral therapy”, “treatment”, “anorexia”)

nas bases de dados: Google academico, Scielo, Pubmed, e Periódicos Capes.

Os critérios de inclusão para a realização dessa pesquisa foram textos, livros

e artigos nacionais e internacionais, atuais e sem delimitação de período, que

abordassem os seguintes temas: Terapia cognitivo-comportamental no tratamento

da anorexia.

Artigos, textos e livros que não foram condizentes com o tema, foram

excluídos, por não serem do interesse da desta pesquisa.

12

4 RESULTADOS

Os transtornos alimentares são quadros psiquiátricos caracterizados por

aspectos como o medo doentio de engordar, redução voluntária do consumo

nutricional, ingestão compulsiva de alimentos seguida de vômitos e uso abusivo de

laxantes e/ou diuréticos. São patologias graves e de prognóstico reservado

(American Psychiatric Association, 2003), que trazem aos pacientes grandes

prejuízos biopsicossociais e altos índices de mortalidade (CORDÁS, 2004 apud

OLIVEIRA E DEIRO 2013).

Faria e Shinohara (1998) mencionam que os transtornos alimentares se

desenvolvem por uma combinação de variados fatores: biológicos, psicológicos,

culturais e familiares. A maioria das pessoas com esses transtornos possuem

algumas características de personalidade em comum: sentimentos de

desesperança, baixa autoestima e medo de tornar-se gordo.

De acordo com Doyle e Bryant-Waugh (2000), a anorexia nervosa é um

transtorno do comportamento alimentar que afeta principalmente adolescentes e

adultos jovens do sexo feminino. O transtorno é caracterizado por uma excessiva

perda de peso por meio de dietas rígidas auto-impostas em busca desenfreada da

magreza, distorção da imagem corporal e amenorreia (ABREU e CORDÁS, no prelo,

apud ABREU e FILHO, 2004).

Os indivíduos que sofrem desse transtorno passam fome intencionalmente e,

se submetem a longos períodos de jejum, mesmo sentindo muita fome. Apesar de

estarem extremamente magros, têm absoluta certeza de que estão com excesso de

peso, se acham gordos, e este é um dos aspectos que mais preocupa médicos e

terapeutas. Assim como a bulimia nervosa, a anorexia nervosa caracteriza-se por

um medo intenso de ganhar peso. Existe uma recusa em manter o peso ideal e a

maioria faz dieta para emagrecer ainda mais, no caso da bulimia, provocam, muitas

vezes, o vômito. A magreza é considerada como um referencial importantíssimo

para a autoestima. Mesmo comendo quantidades mínimas de alimento, esses

pacientes se interessam pela comida, gostam de observar os outros comendo e de

cozinhar, preparam comida para a família e amigos, mas não participam das

refeições. Frequentemente, aderem severas rotinas de exercícios físicos para perder

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peso. Ocasionalmente é necessário que ocorra uma internação para prevenir a

inanição (FARIA E SHINOHARA, 1998).

Os procedimentos para o tratamento da anorexia nervosa têm como objetivo

diminuir a restrição alimentar e a frequência de atividade física, facilitando, assim, o

aumento do peso, a modificação do sistema disfuncional de crenças associadas à

aparência, alimentação e peso; a diminuição do distúrbio da imagem corporal e o

aumento da autoestima (DUCHESNE E ALMEIDA, 2002).

A distorção da imagem corporal e a baixa autoestima são os principais

elementos que reforçam a busca de um emagrecimento constante, levando à prática

de exercícios físicos, jejum e uso de laxantes ou diuréticos de uma forma ainda mais

intensiva (GARFINKEL E GARNER, 1982, HOLDEN, 1990 apud ABREU E FILHO,

2004)

Desde 1970, pacientes avaliadas clinicamente apresentavam um medo

excessivo de ganhar peso, sendo este o primeiro passo para incorporar o "medo

mórbido de engordar" como característica psicopatológica da anorexia nervosa,

juntamente com o emagrecimento, a distorção da imagem corporal e a ausência do

fluxo menstrual (RUSSELL, 1970 apud ABREU E FILHO, 2004).

Brunch (1962) foi o primeiro autor a mencionar a distorção da imagem

corporal, em pacientes com anorexia nervosa, como sendo um distúrbio na

percepção de seu corpo. (ABREU E FILHO, 2004)

O distúrbio da imagem corporal é considerado pela TCC como uma

abordagem central para o tratamento da anorexia. A definição de “imagem corporal”

envolve três componentes: a precisão da percepção do tamanho corporal; o grau de

ansiedade associado à aparência e o comportamento de evitar a exposição corporal

(DUCHESNE E ALMEIDA, 2002).

Para diminuir a distorção da percepção corporal pode-se solicitar à paciente que desenhe como percebe seu corpo, olhando-se em um espelho. Em seguida, o terapeuta desenha a silhueta real, para que a paciente possa observar a discrepância entre os desenhos. Essa medida pode reduzir a ansiedade associada à aparência e facilitar a exposição corporal, que é organizada de forma gradual, incentivando a paciente a usar roupas justas e curtas. Para maior redução da ansiedade, a paciente deve também modificar seu ideal de imagem corporal, aprendendo a lidar melhor com eventuais “imperfeições”. (DUCHESNE E ALMEIDA, 2002, p.50).

Para aumentar a autoestima dos pacientes com anorexia nervosa, é

importante fazer uma avaliação multifacetada de valor pessoal, fazendo com que a

14

autoestima apoie-se em outros atributos além da aparência. Deve-se, também,

incentivá-los a focar em seus sucessos e qualidades (DUCHESNE E ALMEIDA,

2002).

Oliveira (2004) comenta que desde os anos 40, a psicanálise passou a

entender e tratar dos transtornos alimentares e, segundo Bachrach (1975), nas

décadas posteriores, quando surgiram as estratégias de tratamento comportamental,

um regime baseado no reforço para ganhar peso, tornou-se popular. Entretanto,

conforme afirma Morgan e Russell (1975), a maior parte dos regimes de ganho de

massa corporal era efetiva em curto prazo, porém o índice de recaída era alto, e,

ainda que o peso fosse restabelecido, muitos pacientes continuavam apresentando

problemas em seus comportamentos relativos à alimentação e à forma física. Isto

levou ao desenvolvimento de terapias dirigidas aos transtornos cognitivos e

comportamentais específicos que descrevem esses pacientes. Embora sejam

recentes, os procedimentos do tratamento baseados no modelo cognitivo-

comportamental provam ser populares e aceitáveis aos pacientes e abriram novos

caminhos para essas difíceis doenças (FAIRBURN, PHIL & BEGLIN,1990 apud

OLIVEIRA E DEIRO, 2013).

Desta forma, a TCC tornou-se aceita como uma das abordagens essenciais

para o tratamento dos transtornos alimentares (DUCHESNE E ALMEIDA, 2002).

Mesmo sendo bastante utilizada nos dias de hoje, esta terapia ainda é um

referencial um tanto novo, especialmente no Brasil (RANGÉ, FALCONE E

SARDINHA, 2007, apud OLIVEIRA E DEIRO, 2013).

A TCC é uma abordagem de intervenção semiestruturada, objetiva e

orientada para metas, que busca identificar e corrigir as situações que favorecem o

desenvolvimento e manutenção das alterações cognitivas e comportamentais.

(DUCHESNE E ALMEIDA, 2002).

A TCC presume que o sistema de crenças de uma pessoa exerce um papel

importante no desenvolvimento de seus pensamentos e comportamentos. Assim

sendo, os pacientes com transtorno alimentar apresentam crenças distorcidas e

disfuncionais em relação ao peso, à alimentação, ao formato corporal e ao valor

pessoal, que são significativas para a manutenção do transtorno. Uma das crenças

disfuncionais centrais para os transtornos alimentares é a que agrega valor pessoal

ao formato corporal e ao peso, desconsiderando outros fatores (DUCHESNE E

ALMEIDA, 2002).

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Channon e Wardle, (1994) afirmam que os planejamentos de tratamento da

TCC para os transtornos alimentares baseiam-se especialmente nas técnicas para

reduzir a ansiedade, ter autocontrole do comportamento e modificar as cognições

disfuncionais. Os elementos comportamentais dos transtornos alimentares recebem

maior destaque no tratamento, quando comparados com a terapia para outros

transtornos, como, por exemplo, a depressão. Isto ocorre porque os

comportamentos mal-adaptativos, como jejuns ou vômitos, são aspectos centrais

dessas doenças e necessitam de controle. (OLIVEIRA E DEIRO, 2013).

Oliveira e Deiro (2013) destacam que Fairburn é um dos principais

representantes do modelo cognitivo-comportamental para os transtornos

alimentares. Sua abordagem conecta pensamento, emoção e comportamento

manifesto. O tratamento tem como finalidade fazer com que o paciente avalie o

quanto suas crenças são válidas e mude os comportamentos disfuncionais. Nestes

quadros, as distorções cognitivas são identificadas e examinadas cautelosamente, a

fim de modificar as suposições e pensamentos automáticos.

Um exemplo disso é que os pacientes adotam regras dietéticas rígidas e

inflexíveis, onde pequenos deslizes são compreendidos como evidência de fracasso

e carência de autocontrole e isso pode ser acompanhado de um temporário

abandono do domínio sobre a alimentação. Comumente, eles pensam: “Se não

estou completamente com o controle, isso significa que perdi todo o controle, que

está tudo perdido, e que posso então me fartar”. Geralmente ao invés de considerar

outras situações em que demonstram bom autocontrole e perceber que são as

regras que estão distorcidas, consideram as falhas de autocontrole como uma

incapacidade pessoal, reforçando, assim, a baixa autoestima (FAIRBURN, 1991).

Os pacientes tendem a observar os acontecimentos de forma seletiva, que

comprovam suas crenças, ignorando ou distorcendo as situações que se

contrapõem a elas. Essa tendência é uma das responsáveis pela manutenção do

sistema de crenças, pois os dados que poderiam questioná-las são

desconsiderados. Tal situação pode ser acentuada à medida que o transtorno

alimentar progride. Isso pode fazer com que os pacientes se tornem cada vez mais

isolados do convívio social (FAIRBURN, 1991).

Além disso, nos transtornos alimentares, as modificações na cognição são

essenciais para o tratamento, pois levam a sentimentos de angústia e resultam em

comportamentos disfuncionais. Para esses pacientes a magreza está associada ao

16

autocontrole, superioridade e competência, transformando-se assim, associada à

autoestima. Primeiramente, o comportamento de fazer dieta é aprovado pelas

pessoas próximas e pela sociedade, posteriormente, a experiência de exercer

controle sobre o corpo e sobre a alimentação é reforçada por um sentimento de

controle, sucesso e conquista, tornando-se em um reforçados por si próprio.

(FAIRBUN, 1997)

Na visão desses pacientes, o esquema da “magreza” é fundamental para que

seus problemas sejam resolvidos. As pessoas magras seriam bem sucedidas, e as

gordas, malsucedidas e infelizes. (FAIRBUN, 1997).

Como consequência de diversas tendências disfuncionais de raciocínio, o

sistema disfuncional das crenças pode perpetuar.

Para modificar o sistema de crenças, são utilizadas diversas técnicas pela

TCC. Uma delas é ensinar o paciente a identificar os pensamentos distorcidos, em

seguida ela é estimulada a avaliar todas as evidências disponíveis que possam

confirmar ou contestar o pensamento disfuncional, tornando-o mais funcional. Para

modificar as crenças, podem ser utilizadas algumas estratégias que foram descritas

para o tratamento da imagem corporal. Por exemplo, a exposição gradual do corpo e

o desenho da imagem corporal permitem que o paciente modifique suas crenças de

que está gordo e de que será rejeitado em função disto (DUCHESNE E ALMEIDA,

2002).

Um indivíduo que se priva de alimentação pode desenvolver alterações

persistentes do padrão alimentar, causando, também, modificações na cognição e

no humor. Para normalizar a alimentação, deve-se analisar quais os motivos que

sustentam a manutenção da restrição dietética e orientar em relação a alimentação

e regulação de peso. O tratamento concentra-se em estabelecer horários regulares

para alimentação e em expor progressivamente situações e alimentos

frequentemente evitados (DUCHESNE E ALMEIDA, 2002).

Knapp (2004) menciona que o tratamento da anorexia nervosa é conduzido

ao longo de um a dois anos e pode incluir um período de reabilitação nutricional em

meio hospitalar.

Pacientes com anorexia apresentam, também, dificuldades nas habilidades

sociais (DUCHESNE E ALMEIDA, 2002). As relações entre essas dificuldades

interpessoais e os restritivos hábitos alimentares, devem ser tratadas e identificadas

nas áreas de resolução de problemas, onde a anorexia nervosa formou uma solução

17

inadequada, e deve-se, desenvolver novas habilidades para a solução de problemas

(KNAPP, 2004).

O autor alega que a maior dificuldade identificada no tratamento dos

transtornos alimentares é a falta de incentivo para participar corretamente do

tratamento. Pedir aos pacientes que deixem de cumprir estes hábitos, é fazê-los

desistir do recurso mais utilizado e mais forte para enfrentar os problemas

interpessoais (KNAPP, 2004).

Uma boa relação terapêutica, baseada principalmente na confiança, é

essencial. O psicoterapeuta deve avaliar a motivação do paciente para o tratamento,

e explicar, de forma didática, o que são os transtornos alimentares e quais são as

consequências físicas (fazer a psicoeducação sobre o transtorno) (FARIA E

SHINOHARA, 1998).

Para tratar os transtornos alimentares, tanto a parte física como a psicológica

são envolvidas. A essa complexa interação de problemas fisiológicos e emocionais

faz-se necessário um plano de tratamento que abrange diversas abordagens e

especialistas. O ideal seria ter uma equipe multidisciplinar composta por um

nutricionista, um clínico, um psicoterapeuta individual e, se possível, um

psicoterapeuta grupal ou familiar e um psicofarmacologista, que tenha ciência dos

medicamentos psicoativos usados para o tratamento do transtorno. Porém, na

prática, este tratamento que envolve toda equipe multidisciplinar nem sempre é

viável. A combinação de terapia individual com a assistência médica apresentou

bons resultados. A National Institute of Mental Health (O Instituto Nacional de Saúde

Mental é a maior organização de pesquisa do mundo especializada em saúde

mental) financiou vários estudos que avaliaram o êxito de juntar medicamentos e

psicoterapia. Foi analisado, em um estudo sobre bulimia, que o uso combinado de

medicamentos antidepressivos e a terapia cognitivo-comportamental foi muito

benéfico. Especialmente em relação à recaída, o tratamento mostrou ser bastante

efetivo ao suspender o medicamento (FARIA E SHINOHARA, 1998).

A psicoterapia vem mostrando cada vez mais excelentes resultados e é cada

vez mais reconhecida como parte essencial no tratamento dos transtornos

alimentares. Ajudar as pessoas a lidar com o seu transtorno e suas questões

emocionais não manifestas é um dos principais propósitos da psicoterapia. O

psicoterapeuta deve proporcionar ao paciente um apoio emocional contínuo para

18

que entenda e enfrente seu transtorno, afim de estabelecer uma boa relação com o

mesmo (FARIA E SHINOHARA, 1998).

A TCC para os transtornos alimentares foi desenvolvida a partir de uma

análise sistemática das perturbações emocionais, cognitivas e comportamentais. Os

planejamentos de tratamento se constituem nas técnicas básicas para a redução da

ansiedade, auto-manejo do comportamento e modificações mal-adaptativas.

(CHANNON E WARDLE, 1994 apud FARIA E SHINOHARA, 1998).

Nos dias de hoje, Os procedimentos propostos pela TCC para o tratamento

dos transtornos alimentares têm como finalidade: a modificação do sistema

disfuncional de crenças associadas à alimentação, aparência e peso; o aumento da

autoestima e a diminuição da restrição alimentar, da compulsão alimentar, dos

episódios bulímicos, da frequência de atividade física, e do distúrbio da imagem

corporal. (DUCHESNE & ALMEIDA, 2002).

O procedimento se desenvolve através de três fases, cada uma com oito

encontros realizados duas vezes por semana. No começo do tratamento, o

compromisso do paciente com a terapia é o principal objetivo e pode desenvolver

outros fins como expectativas positivas e esperança. É muito importante formar

expectativas positivas sobre a terapia. O controle da ingestão é o objetivo posterior

desta primeira fase. É recomendado um planejamento alimentar estável, afim de

evitar que o paciente passe de uma dieta restritiva que lhe causa fome para um

episódio bulímico, com técnicas comportamentais (OLIVEIRA E DEIRO, 2013).

A segunda etapa é dirigida para a restruturação cognitiva, e procura modificar

as crenças não funcionais que reforçam e mantém os padrões disfuncionais.

Métodos alternativos de resolução de problemas são investigados, para a

manutenção deste transtorno nestes pacientes, os valores e crenças são essenciais,

e não apenas sintomáticos. Sendo assim, deve ocorrer a modificação das crenças e

valores para que o paciente se recupere e evolua (HERCOVICI & BAY, 1997, apud

OLIVEIRA E DEIRO, 2013). É fundamental que os pacientes compreendam a

relação entre seus pensamentos, sentimentos e comportamentos disfuncionais. É

importante que o paciente entenda que o peso não é o verdadeiro problema, mas

sim, que outros problemas relevantes estão conduzindo e mantendo o transtorno

alimentar (White & Freeman, 2003 apud OLIVEIRA E DEIRO, 2013).

A terceira fase tem como objetivo manter as conquistas das fases anteriores e

fazer um plano para prevenir que haja recaídas, antecipando e preparando

19

situações que enfrentam o estresse que antes ativavam as práticas disfuncionais

(Hercovici & Bay, 1997). A TCC, além de seguir um plano apropriado de tratamento,

valoriza a qualidade da relação terapêutica fundamental. É relevante deixar claro

para o paciente que existe um verdadeiro interesse em ajudá-lo, onde ele não será

enganado e que os sintomas podem ser controlados (Fairburn & Cooper, 1991 apud

OLIVEIRA E DEIRO, 2013 ).

Para a TCC é importante estabelecer uma forte relação colaborativa entre as

duas partes, na qual o terapeuta tem um papel ativo. O profissional deve ter empatia

com o paciente, a fim de constituir um bom vínculo, para que consigam desenvolver

tarefas de casa e objetivos. Porém, esta não é uma tarefa simples, o

descontentamento com o vínculo é a causa mais frequente do abandono da terapia

(OLIVEIRA E DEIRO, 2013).

O envolvimento da família no tratamento é extremamente importante,

principalmente se as relações do paciente com seus pais ou cônjuges tornaram-se

uma luta continua relativa ao alimento e à alimentação (FARIA E SHNOHARA,

1998). O papel da família pode se tornar um meio facilitador de mudanças.

Argumentar o que a doença pode desempenhar no sistema familiar contribui para as

mudanças na forma como os membros interagem. O objetivo terapêutico na

anorexia nervosa é aumentar a comunicação entre os integrantes da família,

melhorar suas percepções distorcidas, aprimorar as técnicas de solução de conflitos

e fazê-los estabelecer juntos novos limites de aceitação das diferenças individuais.

(OLIVEIRA E DEIRO, 2013).

A participação da família tem mais um objetivo, que é reconstituir uma

hierarquia familiar apropriada, onde os pais estarão no papel de autoridade e

possibilitando diálogos. Logo, deve-se ajudar o paciente a alcançar sucessivamente

a liberdade, de acordo com suas capacidades e idades (OLIVEIRA E DEIRO, 2013).

Na área da psicologia clínica, a TCC tem sido bastante reconhecida como

uma abordagem eficaz no tratamento, o que causou o aumento de sua reputação na

área. Tal eficácia é comprovada por diversos estudos empíricos (BARRETO &

ELKIS, 2004, BUTLER, CHAPMAN, FORMAN & BECK, 2006, JURUENA, 2004). As

pesquisas demonstraram que o tratamento cognitivo-comportamental é o que teve

maior reconhecimento nos últimos vinte anos (ROBINS, GOSLING & CRAIK, 1999),

e a melhor validada e mais significativa entre as diferentes abordagens.

20

5 DISCUSSÃO

Segundo Beck, a abordagem cognitiva sugere que o pensamento

disfuncional, que influencia o humor do paciente, é comum a todos os transtornos

psicológicos. Ao aprender a avaliar seus pensamentos de forma mais funcional e

realista, os pacientes conquistam uma evolução em seu estado emocional e no

comportamento. Para que tenha uma melhora prolongada no comportamento e no

humor do paciente, os terapeutas cognitivos trabalham as crenças básicas do

paciente sobre si mesmo, seu mundo e as outras pessoas, em um grau mais

profundo de cognição. Ao modificar as crenças disfuncionais subjacentes, uma

transformação mais duradoura é apresentada (BECK, J.S, 2013, p.23).

Com base nesse trabalho, acredita-se que o efeito da TCC no tratamento dos

transtornos alimentares, além de produzir respostas rápidas, que vão de acordo com

a bibliografia, que alega que este é um dos objetivos desta abordagem, existe a

aplicação de um plano de prevenção à recaída. Sendo assim, alguns especialistas

aprimoram essa ideia, destacando que o foco no fim do tratamento deve ser na

prevenção da recaída (DUCHESNE E ALMEIDA 2002).

Autores como Duchesne e Almeida (2002), Fairburn e Cooper (1991) e

Hervcovici e Bay (1997) partilham da teoria de que as estratégias, planos, técnicas e

tarefas da TCC são eficientes no tratamento dos transtornos alimentares.

A literatura ressalta a importância do vínculo, o psicólogo deve conquistar a

confiança do paciente, principalmente no início do tratamento, para que seja

possível desenvolver objetivos e tarefas, afim de que haja um engajamento do

paciente com a terapia, evitando assim, a insatisfação do paciente com a terapia e

um possível abandono do tratamento.

Ter uma intervenção semiestruturada da um maior direcionamento para o

tratamento, o que pode agregar para sua eficácia. Ao trabalhar a resolução de

problemas é possível alterar o sistema de crenças, deixando-os mais funcionais,

modificando, assim, o problema, que por sua vez melhora o comportamento.

21

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho buscou estudar os efeitos da TCC na anorexia. Os

resultados mostraram que essa abordagem de terapia é eficaz para o tratamento do

transtorno, uma vez que é capaz de modificar as crenças subjacentes, que por sua

vez consegue mudar o pensamento, e, por fim, alterar os comportamentos do

indivíduo.

A anorexia é um quadro complexo causado e mantido por fatores biológicos,

psicológicos e sociais. Pode haver graves consequências, uma vez que, a cada dez

casos, ocorre uma morte por desnutrição, suicídio ou parada cardíaca. Estar

consciente sobre os riscos motivou algumas pessoas a procurar auxílio. Porém,

poucos admitem ter o problema, e os demais não procuram ajuda médica e

psicológica.

A TCC mostrou resultados de melhoras nutricionais na alimentação e

aumento de peso. Apresentou, também, redução de pensamentos disfuncionais a

respeito da alimentação e do peso, provocando melhora na autoestima.

A TCC considera a relação terapêutica essencial para alcançar a cura dos

transtornos alimentares, na qual o terapeuta deve apresentar a terapia como um

trabalho em equipe, na qual ambos tem participação ativa na identificação das

causas escolha das estratégias usadas no tratamento. O terapeuta deve, também,

ter empatia em relação às necessidades e dificuldades do paciente.

A participação da família no tratamento da anorexia, pode auxiliar o paciente

a colaborar com terapia de uma forma mais estruturada. É fundamental que o

tratamento seja efetuado em equipe multidisciplinar, incluindo psicólogos, médicos

clínicos, psiquiatras e nutricionistas.

22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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25

ANEXO

Termo de Responsabilidade Autoral

Eu Daniela Michaan, afirmo que o presente trabalho e suas devidas partes

são de minha autoria e que fui devidamente informado da responsabilidade autoral

sobre seu conteúdo.

Responsabilizo-me pela monografia apresentada como Trabalho de

Conclusão de Curso de Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental, sob

o titulo “OS EFEITOS DA TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL NO

TRATAMENTO DA ANOREXIA”, isentando, mediante o presente termo, o Centro de

Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC), meu orientador e

coorientador de quaisquer ônus consequentes de ações atentatórias à "Propriedade

Intelectual", por mim praticadas, assumindo, assim, as responsabilidades civis e

criminais decorrentes das ações realizadas para a confecção da monografia.

São Paulo, __________de ___________________de______.

_______________________

Assinatura do (a) Aluno (a)