Céu e Inferno

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Introduo AMaioria das religies e organizaes religiosas incluindo a maior parte das denominaes Crists, ensinam que as pessoas boas quando morrem vo para uma espcie de paraso, algures no cu; que , geralmente, descrito como um lugar de incomparvel felicidade o paraso perfeito. Ensina-se comumente, e assim as pessoas acreditam que, uma vez l , sero felizes para sempre. Entretanto, considerando um lugar to maravilhoso como se supe ser, ninguem tem pressa de ir para l. A morte que, de acordo com a maioria das crenas tradicionais, a porta de acesso ao cu, , igualmente por todos, tida como algo que devemos evitar a todo o custo. Atravs das cincias mdicas fazemos tudo para adiar a morte, tanto quanto possivel. Se houvesse um expresso para o cu, no lhe parece que quase ningum compraria bilhete ? No acha que a maioria das pessoas preferiria continuar a viver aqui, na terra, perante a hiptese de passar a viver no cu ? Nossas actitudes indicam que esta era a escolha da maioria de ns.

Uma eternidade fazendo o qu ?Talvs a razo da relutncia em passar a essa outra vida depois da morte est em que ningum domonstrou de modo convincente, do que faro as pessoas justas quando chegarem ao cu. Se acaso vamos l estar o resto da eternidade; no estranha que Deus no nos tenha informado, na Bblia, do que l nos espera ? Gastaremos todo o nosso tempo tocando harpa ? Ficaremos ali sentados, simplesmente comtemplando Deus ? Existem vrios conceitos populares acerca do cu, mas a maioria das pessoas no consegue sequer imaginar o que fazer por uma eternidade. Afinal, eternidade muito tempo ! Deveriamos perguntar-nos se estes conceitos comuns tm a sua origem na Bblia; muitas pessoas, na expectativa de ir para o cu, julgam poder encontrar algum apoio, por pequeno que seja, nas Escrituras . O histriador e autor Britnico, Paul Johnson pe assim a questo: cu carece de real motivao. Efectivamente no tem definio. um grande logro da Teologia ( Procura de Deus, 1996, pg. 173). Se o cu o objectivo de Deus para os seus servos, porque que Ele vevelou to pouco cerca disso na Sua Palavra, a Bblia ? H uma excelente razo para este vaziu nas Escrituras sobre o que faro no cu os salvos -aqueles que sero poupados de alguma forma de punio eterna. simples: A Bblia no diz que os justos recebrro o cu como recompensa. A Bblia revela, isso sim, que Deus tem um propsito algo incomparvelmente melhor, diferente e superior a tudo que as pessoas possam conceber como sendo o cu.

Questes dificeis sobre o infernoO cu, porm, no o nico problema quando consideramos as opinies populares sobre o tema: vida depois da mote . E quanto aos impios aqueles, que de acordo com o conceito comum nas diferentes Igrejas, no fazem parte do grupo dos salvos ? Que lhes acontecer ? Muitos professos cristos acreditam que estes impios vo para o fogo do inferno por tempo interminvel; pensam mesmo que isso que a Bblia ensina. Aqui precisamos pr uma simples questo: Ser que um Deus misericordioso infligiria to grande dor e tormento a seres humanos, por milhes e milhes de anos -por toda a eternidade ? Seria o grande Deus, criador do universo, to insencivel e indiferente ? Ainda que o salrio do pecado a morte (Rom. 6: 23), o Deus de amor, justia e misericrdia no quere que algum, mesmo o incorrigvel perverso, sofra em agonia por toda a eternidade.

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A Bblia realmente diz que Deus tem determinado um dia em que com justia h-de julgar o mundo(Actos, 17: 31). Naquele tempo, aqueles que aceitaram Cristo como seu salvador, recebero a vida eterna; poque em nenhum outra h salao, porque tambm debaixo do cu nanhum outro nome h, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos(Actos, 4: 12). Mas o que vai acontecer, naquele dia, com as pessoas que nunca tiveram a oportunidade de ouvir falar deste nome ? Sero eles lanados, gritando, no inferno juntamente com aqueles que, intencionalmente despresaram Deus ? Os que se declaram cristos so smente uma minoria da populao da terra; que , no seu total no excede os 28 por cento da populao mundial. Dos outros 72 por cento, a esmagadora maioria, nunca tiveram a oportunidade para se arrependerem sinceramente e aceitar Cristo para muitos deles, sem dvida, a nica causa o lugar onde vivem ; cujo nmero se eleva a milhes atravs dos sculos. Seria acertado e justo da parte de Deus, sujeit-los ao mesmo castigo que Ele reserva para aqueles que O rejeitam e, mesmo, se constituem Seus inimigos ? Estas questes no so triviais nem meras hipteses; elas afectam a maior parte das pessoas que alguma vez viveram. Quando analizadas, as respostas tradicionais tm reais implicaes sobre o caracter, natureza e julgamento do prprio Ser que os Cristos dizem adorar; precisamos encarar este assunto directa e honestamente. No j tempo de examinarmos a verdade contida na Bblia a respeito de to importante tema: CU E INFERNO? . Acompanhe-nos atravs das pginas da histria e da vossa Bblia. Encontrar as mais surpreendentes respostas!

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A Verdade Bblica sobre a Alma Imortal As crenas tradicionais acerca de Cu e Inferno baseiam-se essencialmente num ensino: -que todos tmuma alma imortal que, necessriamente, vai para algum lugar, logo que a sua vida fisica termine. Esta crena no se limita ao Cristianismo tradicional. Todas as religies afirmam que existe um compomente da pessoa humana que continua vivendo depois de terminada a vida fsica (Escritura Mundial, Antologia dos textos sagrados, Andew Wilson, editor, 1995, pg. 225). Por outras palavras, geralmente todas as religies acreditam em alguma forma de existncia imortal; um esprito que vive separadamente depois da morte do corpo. Muitos professos Cristos chamam a isso: a alma imortal . No entender apropriadamente este tpico a principal razo para que prevaleam as crenas concernentes ao cu e inferno . Se algo imortal existe no ser humano, deve deixar o corpo quando a pessoa morre. A ideia tpica acerca de cu e inferno, tem como seu fundamento a crena numa alma imortal que, na ocasio da morte, deixa o corpo. Que diz a Bblia sobre a existncia de uma alma imortal ? Tem esta crena algum fundamento nas Escrituras ? Muitos esto admirados de que as palavras imortal e alma nunca aparecem juntas em qualquer parte da Bblia Telogos admitem francamente que a expresso alma imortal no est na Bblia, mas particularmente declaram que as Escrituras persumem a imortalidade de toda a alma (O fogo que consome, Edward Williams fudge, 1994, pg. 22 enfase nossa). Que to importante suposio no esteja ensinada na Bblia no mnimo surpreendente, considerando o modo confiante como alguns Telogos sustentam esta doutrina. Se no se encontra na Bblia, onde est ento a origem desta ideia ? O Novo Dicionrio Bblico esclarece-nos de onde se funda esta doutrina no bblica da alma imortal. Os gregos viam o corpo como um impedimento para a verdadeira vida e ansiavam pelo tempo quando a alma se libertaria de seus entrves. Eles tinham um conceito de vida aps a morte em termos de imortalidade da alma (N.D.B. 1996, pg. 1010 ressurreio). De acordo com esta ideia, o corpo vai para a sepultura quando morre, enquanto que a alma continua a existir como uma entidade consciente separada do corpo. A crena em uma separao da alma do corpo no momento da morte era popular na sociedade Grega e foi ensinada por um dos seus mais famosos filsofos. a imortalidade da alma foi a principal doutrina do filsofo grego, Plato Para Plato, a alma era autnoma e independente a alma existia antes do corpo que habitou e ao qual sobreviveria (Fudge, pg. 32).

Como a ideia da alma imortal entrou no CristianismoQuando foi que entrou no mundo Cristo o conceito de imortalidade da alma ? O Antigo Testamento no ensina. A Enciclopdia Bblica Padro Internacional, explica: Somos, de algum modo, mais ou menos influnciados pelos Gregos, a ideia de Plato de que o corpo morre enquanto que a alma imortal totalmente contrria [antiga] persepo Israelita e no encontra fundamento no Antigo Testamento (E.B.P.I. 1960, vl. 2, pg. 812, morte). A Igreja do primeiro sculo, de nenhum modo partilhou esta crena. a doutrina (da alma imortal) tida como um acrscimo de inovao pos-apostlica, no s desnecessriamente mas altamente nociva interpretao e entendimento correcto da Bblia (Fudge, pg. 24). Se no localizamos tal doutrina na Igreja do tempo dos apstolos, como veio a ocupar um lugar to importante na doutrina Crist ? Muitas autoridades reconhecem que os ensinamentos de Plato e outros filsofos Gregos influnciaram profundamente o Cristianismo. Jeffrey Burton Russell afirma: a ideia, no bblica da imortalidade, no desaparece, antes desenvolve-se Porque alguns Telogos admiravam a filosofia Grega e encontraram nela apoio para a noo de imortalidade da alma (Uma histria do cu, 1997, pg. 79). O Dicionrio Bblico do interprete, no seu artigo sobre a morte,declara que, a sada (partida) do nephesh (alma) deve ser entendido como uma figura rectrica (modo de dizer) porque no continua a existir

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independentemente do corpo, mas morre com ele nenhum texto bblico autoriza a afirmao que a alma se separa do corpo quando este morre (D.B.I. 1962, vl. 1, pg. 802, morte). Devemos ento aceitar um ensino que no bblico ? Muitas pessoas do por assentado [tm por certo e irrrefutvel] que suas doutrinas, -aquelas em que sempre acreditaram- esto baseadas na vida e ensinos de Jesus Cristo e na Bblia. Porquanto Jesus disse na orao a Seu Pai,a Tua Palavra a verdade (Joo,17:17). D Deus, ao homem, o direito de vincular das filosofias do mundo, e incorporar suas crenas nos ensinamentos bblico ? Deus inspirou o apstolo Pedro a escrever: sabendo primeiramente isto, que nenhuma profecia da Escritura de particular interpretao, porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Esprito Santo (II Pedro, 1: 20, 21). Devemos atentar nas palavras de Cristo, dos profectas e dos apstolos, contidas nas Sagradas Escrituras, se que queremos entender a verdade a respeito da doutrina da imortalidade da alma ou qualquer outro ensino religioso. Examinemos sinceranente as Escrituras para ver o que a Bblia diz sobre a alma.

A Alma nas Escrituras HebraicasO Velho Testamento ensina que a alma morre. Em Gnesis, capitulo 2 e versculo 7 ns encontramos que quando Ado foi criado tornou-se uma alma vivente(verso de Joo Ferreira de Almeida, edio Revista e Corrigida). Em Gn. 9: 12 as mesmas palavras hebraicas so traduzidas igualmente, mas outros tradutores vertem por criaturas viventes ou seres viventes como o caso da nossa Al. Revista e Atualizada, e refere-se no a humanos mas a toda a espcie de animais diferentes do homem. Deus disse a Ado e a Eva, duas almas viventes, que certamente morrers se eles lhE desobedecessem, (Gn. 2: 1 7). Deus tambm disse a Ado que Ele o fez [tomou]do p da terra, e que ao p voltaria, (Gn. 3: 19). No Velho Testamento, o homem referido como alma (Nephesh, em hebreu) mais de 130 vezes; o mesmo termo tambm usado para referir-se a criaturas do mar (Gn. 1: 20, 21), aves (versculo 30), e a animais terrestre, incluindo gado e criaturas rastejantes -tal como os rpteis- insectos e feras da terra ( verso 24). Concluimos ento: Se argumentamos que o homem tem uma alma imortal, os animais tambm tm uma alma imortal, porquanto a mesma palavra hebrica usada tanto quando se refere ao homem como ao animal; desde o maior e mais possante ao mais nfimo e insignificante; ainda que os doutrinadores fora da Bblia no encaram sriamente esta afirmao refernte a animais. A verdade que o termo alma designa toda e qualquer criatura vivente (ser vivente Al. Revista e atualizada), quere se trate do homem ou de animais, e no separadamente como se fsse uma essncia de vida habitando temporriamente um corpo. Entre as claras afirmaes na Bblia, sobre o que sucede alma, aquando da morte, esto Ezequiel, 18: 4 e 18: 20; ambas passagens dizem de modo inequvoco que a alma que pecar, essa morrer (enfase nossa); estas Escrituras no dizem smente que a alma morre, aqui a alma identificada com um ser fsico no uma entidade espiritual separada que tem uma existncia independente do seu hospedeiro fsico. As Escrituras mostram-nos que o morto no tem conscincia, porque os vivos sabem que ho-de morrer, mas os mortos no sabem coisa nenhuma (Eclesiastes, 9: 5); no esto conscientes em algum estado ou local.

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Ensina a Bblia que temos uma Alma Imortal ?Algumas pessoas acreditam que vrios pontos nas Escrituras apoiam a crena em uma alma imortal . dessas passagens importantes e entendamos o que elas realmente dizem. Analizemos algumas

Mateus, 10: 28E no temais os que matam o corpo e no podem matar a alma; temei antes Aquele que pode lanar no inferno a alma e o corpo (Mat. 10: 28). Ser que neste versculo, Jesus ensina que a alma imortal ? De modo algum . Se atentar um pouco mais para esta Escritura ver que Jesus, realmente, diz que a alma pode ser destruida. Leia de novo. Aqui Jesus alerta os seus ouvintes para o julgamento de Deus: dizendo para no temer aqueles que smente podem destruir o corpo fisico do homem (Soma, em Grego) mas, para temer (no sentido de respeito, e acreditando que os juizos de Deus so justos) aquele [Deus] que tem o poder de destruir tambm a alma (Psyke, em Grego). Falando de modo simples, Jesus tornou claro que quando um homem mata outro, essa morte apenas temporria; Deus pode fazer voltar qualquer um a esta vida levantando-o de entre os mortos- (veja: Mateus, 9: 23-25; 27: 52; Joo, 11: 43, 44; Actos, 9: 40, 41 e 20; 9-11) ou, na vida vindoura. Devemos reverenciar Deus, o nico que pode anular todas as possibilidades de uma ressurreio para a vida. Quando Deus destri algum no inferno a destuio dessa pessoa total e definitiva. Que o inferno mencionado neste versculo ? A palavra grega usada aqui Gehenna que, por sua vez, a traduo da palavra hebrica Geh Hinnom que signfica vale (Geh) de Hinnom; e, originalmente, refere-se a um vale situado a Sul e S.O. de Jerusalm onde eram adoradas pseudo-divindades pags. -Informao adicional: Parte dessa adorao idlatra consistia em sacrifcios humanos [que, no raro, eram creanas], por favor confira com: II Crnicas, 28; 33: 6 e Jeremias, 32: 35. Por causa da sua reputao como um lugar abominvel, mais tarde paasou a ser o lugar onde jogavam o lixo para a ser queimado. Assim Gehenna veio a ser sinnimo de destruio pelo fogo; para onde se deitava fora tudo que fsse intil. Smente Deus pode destruir complectamente os seres humanos, eliminando qualquer esperana de reabilitao. As Escrituras ensinam que Deus eliminar os mpios pelo fogo; reduzindo-os a cinzas (Malaquias, 4: 3).

I Tessalonicenses, 5: 23Para muitos, a expresso que o apstolo Paulo usou na sua primeira carta aos crentes de Tessalnica, confusa porque diz: E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo;e todo o vosso esprito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensiveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (I Tessal. 5: 23) Que significa a frase de Paulo: e esprito, e alma, e corpo ? Por esprito (pneuma, em grego) Paulo refere-se mente hunana, onde reside a capacidade de razo, de creatividade e de anlise, durante a nossa existncia; por alma (Psyke) designa ele a vida fsica e suas caractersticas como aco, movimento, etc.; e por corpo (soma) alude Paulo quilo que em ns volume, ocupa espao; o corpo consistindo de mscculos, ossos e outros elementos. [(Visto que por meio do (corpo) fsico- que ns praticamos e dizemos tanto o bem como o mal]; no prprio exerccio da vida (alma) e tudo isto procede primriamente da mente (esprito). Paulo desejava que a pessoa no seu todo que inclui: mente (domnio dos pensamentos), e comportamento na vida (controlo dos actos), e o corpo fsico (como e para qu usamos os nossos membros), seja achado santificado e irreprovvel no regresso de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Apocalpse, 6: 9-11E, havendo aberto o quinto selo, vi dedaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da Palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: At qaundo, verdadeiro e santo Dominador, no julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra ? (Apoc. 6: 9, 10). Para entender esta escritura precisamos considerar o contexto. Joo estava a viver uma experincia singular nada menos que uma visoenquanto ele foi em esprito(Apoc. 4: 2) e sob inspirao ele presenciava eventos futuros sob a forma de simbolos. O quinto selo figurativo da grande tribulao, um tempo contorbado deste mundo, que precede o retorno de Cristo; e Joo viu debaixo do altar os mrtires crentes que sacrificaram as suas vidas pela sua fidelidade e f em Deus; estas almas (pessoas) simblicamente gritavam: vinga o nosso sangue; esta expresso pode ser comparada com o que lemos no livro de Gnesis onde se nos diz que, simblicamente, o sangue de Abel, desde a terra onde tinha sido derramado, clama para Deus. Claro que tanto as pessoas mortas como o sangue no podem, literalmente, falar, estas frases demonstram de modo fifurado que um Deus de justia no esquecer as mortes e outras creldades prepertradas contra os seus seguidores os que vivem conforme os seus ensinos. Este versculo me anlise no descreve almas que tenham ido para o cu; a Bblia confirma que ningum subiu ao cu seno o que desceu do cu, o Filho do Homem [que est no cu] (Joo, 3: 13). Mesmo o justo rei David, um homem conforme o corao de Deus (Actos, 13: 22), foi descrito por Pedro como estando morto e sepultado entre ns (Actos, 2: 29); no est a viver no cu nem em qualquer outro estado ou lugar..

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O que ensina o Novo Testamento O Novo Testamento contm vrias declaraes que nos informam que o mpio sofrer a morte definitiva. Em Mateus, 7: 13 e 14, exortando os seus discpulos para escolherem o caminho que leva vida, Jesus afirma que o fim daqueles que no escolhem a vida a destruio; Ele contrasta esta via com o caminho dos justos, dizendo: Estreita a porta e apertado o caminho que leva vida, e poucos h que a encontrem (Mat. 7: 14). O apstolo Paulo tambm nos diz que o inquo morrer; em Romanos, 6: 20 e 21, ele ensina a respeito daqueles que so escravos do pecado: o seu fim a morte. Assim aqueles que so escravos do pecado,que habitualmente cometem pecado, podem perecer complectamente. Romanos,6: 23 um dos versculos da Bblia mais conhecidos, ainda assim muitas pessoas o lm sem prestarem a necessria ateno ao que ele claramente diz, ou pretendem ver nele um significado complectamente diferente, Porque o salrio do pecado a morte, mas o dom gratuito de Deus a vida eterna por Cristo Jesus nosso Senhor. Neste versculo, o apstolo fala-nos de duas verdades cruciais: Primeiro diz que a punio do mpio a morte, no uma vida de eterno sofrimento em algum lugar; e segundo: que ns ainda no temos a vida eterna. A vida eterna o que Deus por Sua graciosa vontade nos d. Vemos neste versculo que um ser humano, enquanto fsico, no tem nada que seja imortal; Deus, necessriamente, d-nos a vida eterna por meio de nosso Salvador, Jesus o Messias. Na sua primeira carta a Timteo, Paulo diz que smente Deus tem a imortalidade (I Tim. 6: 16), e faz uma afirmao semelhante na sua carta aos Galatas Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifar a corrupo; mas o semeia no esprito, do esprito ceifar a vida eterna (Gl. 6: 8). Isto diz-nos o que acontecer: Eventualmente os pecadores iro colher a corrupo (destruio), mas aqueles que obedecem a Deus, no fim recebero a vida eterna. Em Filipenses, 3: 18, Paulo fala dos que so inimigos da cruz de Cristo; o versculo 19 diz que o seu fim a destruio, no o eterno tormento numa outra vida depois da morte. Finalmente, na segunda carta aos Tessalonicenses afirma enfticamente que o mpio chegar ao seu complecto fim Os quais, por castigo, padecero eterna perdio, ante a face do Senhor e a glria do Seu poder (II Tess. 1:9) , ento, o homem uma alma imortal ? Ou, tem o homem uma alma imortal ? A Bblia clara, e diz que o homem um ser temporrio, formado ou tomado do p da terra; no existe qualquer qualidade ou componente imortal inerente ao homem, salvo e nicamente quando o receber de Deus, mediante uma ressurreio. A Bblia esclarece que o homem se revestir de imortalidade, na ressurreio (I Cor. 15: 50-54), no no final de sua vida fsica. At quele tempo (da ressurreio) o homem no tem mais durabilidade nem outra condio diferente dos animais.

A Histria do ensino de alma imortalTemos mencionado vrias vezes as palavras: Alma imortalmas, na Bblia no encontramos esta frase. Onde se originou, ento, a ideia de que a alma imortal ? O conceito da suposta imortalidade da alma foi primeiramente ensinado no Egipto, e na Babilnia antigos. A crena de que a alma continua a existir depois de se desassociar do corpo expculao No expressamente ensinado em qualquer ponto das Santas Escrituras A crena da imortalidade da alma chega aos Judeus atravs do contacto que estes tiveram com os Gregos e principalmente da filosofia de Plat;o, seu principal interprete;que lhe chegou via Orphic e Eleusirian nos quais os mistrios do Egipto e da Babilnia estavam, aparentemente, estranhamente misturados(Enciclopdia Judaica, 1941, vol. 6, Imortalidade da alma). Plato (428-348), o filsofo grego e discpulo de Scrates, ensinou que o porpo e a alma separavam-se na ocasio da morte. Na Enciclopdia Bblica Internacional Normalizada e seu artigo: O conceito do antigo Israel sobre a alma, lemos: Sempre somos, de algum modo, mais ou menos influenciados pelas ideias de Plato, filsofo Grego, de que o corpo morre enquanto que a alma imortal; tal ideia totalmente alheia conscincia Israelita e no se alicersa no Velho Testamento. (1960, vl. 2, pg. 802, morte). No incio, quando o Evanglho era prgado no mundo Grego e Romano, a Cristandade sofreu as influncias dos filsofos Gregos; e em consequncia disso, por volta de 200 e.c. (era comum) a doutrina da imortalidade da alma era ponto controverso entre os que mantinham a crena Crist. O Dicionrio de Teologia Evanglica d nota que Orgenes, um notvel Telogo ao tempo dos comeos da Igreja, foi muito influenciado pelos pensamentos gregos: A espculao acerca da alma na Igreja dirigida pelos apstolos foi fortemente influ&nciada pela filosofia Grega. Vendo-se nisto que Orgenes aceitava as doutrinas de Plato da preexistncia da alma, originalmente como puro pensamento (nous, em Grego), a qual, por razo do seu afastamento de Deus caiu para a condio de

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alma (Psyke) perdendo a sua participao na divina chama de cuidar e guardar a terra (1992, pg. 1037, alma). Esta ideia era comum nas doutrinas de Plato em eras muito anteriores aos apstolos. Histriadores seculares mostram que o conceito de imortalidade da alma uma crena antiga que foi abraada por muitas religies pags e idlatras; Todavia no se trata de um ensino bblico ou apostlico.

Um Deus de Amor Punir as Pessoas no Inferno para Sempre ? Faa um simples teste, ou pensando melhor, imagine smente porque o teste demasiado doloroso.Imagine um fsforo aceso, e que submete sua pequena chama, um dedo, por apenas cinco segundos. O que acontece ? provvel que, involuntriamente soltaria um grito e sofreria vrios dias com a dor da queimadura. possivel que j tenha visto alguma pessoa desfigurada por queimaduras sofridas num horrivel acidente; a sua carne com cicatrizes disformes. Imagine algum andando entre chamas e como a sua carne ficaria queimada e a pessoa igualmente desfigurada. Como seria este tipo de agonia por apenas um minuto ? E por um ano ? E o tempo de uma vida ? Muitas pessoas acham a ideia terrificante, quase inimaginvel; ficariam aterrorizadas se soubessem que alguem quizesse fazer isso a outra pessoa. Ento porque h tanta gente que, de boa mente, aceita a ideia de que o Deus que adoram e de quem tm o mais elevado conceito quereria inflingir tal punio, no a uns poucos mas a uma enorme multido que morre todos os dias ? Qual a possibilidade de tal crena enquadrar-se na descrio que a Bblia faz de Deus como sendo infinitamente bondoso e misericordioso ? O Inferno atrvs dos sculos O tradicional conceito de inferno como um caldeiro abrasador de punio tem sido ensinado por sculos. H quem defenda a hiptese de que o primeiro a mencionar este conceito entre os Cristos foi Tertulliano que viveu cerca de 160-225 e.c. (era comum). No terceiro sculo Cypriano de Cartago tambm escreveu; O condenado ser queimado para sempre no inferno; chamas devoradoras ser a sua recompensa. Os seus tormentos nunca sero atenuados nem tero fim (Peter Tonn, Cu e inferno, uma prespectiva Bblica e Teolgica , 1968, pg. 163). Este ponto de vista tem sido reiterado oficialmente por muitos sculos. Um documento do Conclio de Constantinopla [actual Istambul] datado de 543 e.c. declara: Todo o que diz que a punio dos demnios e dos infiis no ser eterna seja antema (D.P. Walker, O declnio do inferno; discusses sobre o tormento eterno do stimo sculo , 1964, pg. 21) O Conclio da Igreja em Latro (1215 e.c.) reafirma a crena da eterna punio nestes termos: O condenado ir com o diabo para a condenao eterna (Tonn, pg. 164). Na confisso de Aubsburg de 1530 pode ler-se: Cristo retornar para dar vida eterna e interminvel felicidade aos crentes e eleitos e para condenar os maus e os que no tm Deus no inferno e castigo eterno(Tonn, pg. 131). Os ensinamentos sobre o tema inferno no tm sido concistentes em significado, atravs dos sculos; As crenas acerca do inferno tm variado imenso, dependendo das ideias do Telogo ou Historiador Eclesistico que se la. De um modo geral, a crena mais comum tem sido aquela em que inferno um lugar onde as pessoas so torturadas e nunca consumidas, por constantes e eternas chamas. Onde se situa o inferno continua sendo objecto de muita discusso; em tempos idos alguns lanaram a ideia de que se localiza no Sol. Mas durante sculos, tem sido ideia comum que o inferno dentro da terra num vasto espao subterrneo. A mais vvida descrio de inferno de um lugar assim, como o homem geralmente opina, no se fundamenta na Bblia e sim numa obra escrita pelo poeta Italiano, Dante Alighieri no sculo 14, Divina Comdia; Dante ilustra uma imaginria visita ao inferno replecto com os seus hospedes sofrendo no fogo. Uma cena grotesca e horripilante. O conceito popular de inferno uma mistura de, uma muito pequena, verdade bblica combinada com ideias pags e forte imaginao humana. Como veremos, isto tem resultado numa grosseiramente imprpria interpretao [imagem mental] do que acontece com os mpios depois da morte.

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Novas atitudes em relao ao inferno A mais moderna interpretao rejeita a ideia de um tormento fsico e afirma que a tortura do inferno a angstia mental causada pela separao de Deus. Um estudo recente de atitudes modernas revela que 53 por cento dos Americanos aceita esta prespectiva. (U.S. News & World Report, Jan. 31, 2000, pg. 47). O Papa Joo Paulo II declarou que o inferno no um castigo imposto externemente por Deus; mas a consequncia natural da escolha do pecador no arrependido em viver apartado de Deus (ibid., pg. 48). Ainda, outros rejeitam em absoluto a doutrina do inferno e acreditam que todos sero salvos. Porque h tanta divergncia de conceitos e ensinos acerca do inferno ? A razo que, como na crena da imortalidade da alma, o comum conceito errneo de inferno funda-se em abundantes e divergentes ideias de homens em vez dos ensinos da Bblia. Um Deus irado Uma das descries grficas mais veemente dos tormentos do inferno concebido por homens, vem-nos do ministro (pastor) Puritano Jonathan Edwards, num sermo seu em 1741, sob o ttulo, Pecadores nas mos de um Deus irado disse ele: O arco da ira de Deus est tenso e a flecha preparada(por) um Deus revoltado no mais que o Seu mero prazer de cumprir a inteno, que nutre desde o princpio, de levlo eterna destruio! O Deus que o mantm suspenso sobre o fosso do inferno, como se fra uma aranha suspensa (no fio de sua teia), ou algum repugnante insecto sobre o fogo; detesta-o e est terrivelmente provocado; sua ira contra si queima como fogo; olha-o sobranceiramente como algo que no presta seno para ser lanado no fogo sois a seus olhos mil vezes mais abominveis que uma detestvel serpente venenosa para ns. Tem-lo ofendido apesar disso Sua mo segura-o para no cair no fogo a qualquer momento pecador! considere o enorme perigo em que incorre: uma grande fornalha de ira, um fosso grande e sem fundo cheio do fogo da ira, sobre o qual ests suspenso nas mos de Deus Ests dependendo de um fio de linha, com o fogo da ira divina ardendo em redor, e pronto para a qualquer momento pegar-lhe (fogo), e queimando-o partir. Este conceito humano e sua descrio de inferno foi to terrvel que a prespectiva de tal destino causou grande angstia, medo e anciedade a muitos Puritanos, A exagerada nfase sobre o inferno e condenao combinada com o excessivo auto-exame levou muitos a um estado clnico de depresso: o suicdio parecia ser comum entre eles (Karen Armstrong, Uma histria de Deus 1993, pg. 284). Os Puritanos no foram os nicos a serem atormentados com o medo do inferno; muitas pessoas tm sido aterrorizadas (por estas descries do inferno) desde que este conceito no Bblico foi introduzido no ensino religioso. Outros ministros (pastores) e doutrinadores das mais variadas correntes de pensamento tm, como Jonathan Edwards, usado mtodos semelhantes para, pelo amedrontamento, levar as pessoas crena e obedincia. Uma das razes porque este conceito de inferno tem sobrevivido porque certos telogos acreditam que o mesmo e seus ensinos dissuadem as pessoas da prtica do mal. A ideia era que se o medo da condenao eterna fosse removido, muitas pessoas agiriam sem qualquer restrio moral, e a sociedade entraria em colapso e anrquica imoralidade (walker, pg. 4). Um Deus Misericordioso Torturaria para Sempre ? possivel conciliar a ideia de um Deus que aterroriza as pessoas com o medo do tormento eterno no inferno, com o Deus compassivo e misericordioso que encontramos na Bblia ? Deus um Deus de amor que no quere que ningum se perca, (II Pedro, 3: 9); Ele diz-nos para amarmos os nossos inimigos, (Mateus, 5: 44); Porque faz que o Sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desa sobre justos e injustos (versculo 45). Com a tradicional viso do inferno querem fazer-nos crer que Deus, vingativamente, pune os seus inimigos por toda a eternidade. A ideia de que Deus sentencia as pessoas a uma punio eterna (por meio de um tormento constante e interminvel) to repulsiva que tem afastado certas pessoas de crer em Deus e no Cristianismo; exemplo disso Charles Darwin, que escreveu na sua auto-biografia: A descrena, de modo lento mas progressivamente tem vindo a formar-se em mim at tornar-se complecta Efectivamente no consigo entender como algum pretenda ver que o Cristianismo verdade; sendo, a clara linguagem do texto parece mostrar que os no crentes sero punidos por toda a eternidade. E esta uma

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doutrina condenvel (Paul Martin, -A Cura pela Mente, a importante relao entre crebro e comportamento, imunizao e doena, 1997, pg. 327). [Nota: Esta doutrina tanto condenvel quanto condenatria]. A verdade que no a Bblia que ensina esta doutrina de condenao e sim os homens que entendem mal o que lm. Outros aspectos da doutrina tradicional acerca do inferno constituem ofena aos sentimentos; uma dessas crenas sustenta que os justos que so salvos, tero a capacidade de presenciar os tormentos infligidos aos perdidos. Parte da felicidade dos bem-aventurados consiste em contemplar o sofrimento dos condenados. Este facto d-lhes alegria porque a manifestao da justia divina e dio ao pecado [por parte de Deus]; mas principalmente porque estabelece um contraste da grave condio daqueles com o seu prprio estado de bem-aventurados (Walker, pg. 29). Este cenrio espicialmente revoltante por vrias razes: De acordo com to destorcido raciocnio, os pais iro inevitvelmente assistir ao sofrimento dos seus prprios filhos e vice-versa; maridos e esposas vero o seu marido ou sua esposa no crente a sofrer um tortura eterna. O pior de tudo que esta doutrina aponta-nos Deus como sendo sdico e cruel.

Escrituras Mal CompreendidasA ideia de que o inferno um lugar de tormento por meio de uma chama de fogo eterno resulta parcialmente de uma compreeno deformada do que se l em Apocalpse, 14: 9 e 10: E segui-os o terceiro anjo dizendo com grande voz: Se algum adorar a besta , e a sua imagm, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mo ser atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro (Apoc. 14: 9, 10). Repare que o versculo 8 indica-nos o tempo do cumprimento do que acabou de ler, refere-se iminente e inevitvel queda da moderna Babilnia , e trata-se dum sistema que ser destruido quando Cristo retornar. Em Mateus, 25: 31, temos a informao que Cristo, no seu regresso, vir acompanhado de todos os santos anjos; nessa altura Ele destruir o sistema idlatra chamado Babilnia, e aqueles que nele partiparam ficaro sujeitos ira de Deus. Aquela Escritura no nos diz que estas pessoas esto sendo atormentadas no inferno; antes afirma que o fumo do seu tormento sobe para todo o sempre (Apoc. 14:11). medida que o fumo sobe mistura-se com o ar, tornando-se mais e mais diluido no espao. David escreveu que Os mpios perecero (no torturados para sempre no inferno) e em fumo se desfaro (Salmo, 37: 20). O versculo em anlise no diz nada a respeito de pessoas que sejam punidas eternamente no inferno; o que a Bblia claramente ensina acerca da punio para os obstinadamente maus muito diferente, como pretendemos demonstrar neste opsculo. Quem acredita que a Bblia ensina a existncia de uma condenao eterna pelo fogo, deve perguntar-se se uma tal crena concordante com o que aprendemos nas Escrituras acerca de Deus. Por exemplo: Como proceder Deus, de modo justo, com aquelas pessoas que viveram e morreram, e nunca tiveram a oportunidade de serem salvos ? Esta situao inclui tanto os milhes que morreram quando creanas como os milhes de milhes de incrdulos ou idlatras que viveram e morreram, e nunca tiveram conhecimento de Deus e Seu Filho. Infelizmente a esmagadora maioria das pessoas que alguma vez viveram englobam-se nesta categoria. Alguns Telogos raciocinam a respeito desta dificuldade e concluem que, queles que nunca tiveram a oportunidade de conhecer Deus ou ouvir o nome de Jesus Cristo ser-lhes-h dado uma espcie de livre transito . Argumentam ainda, que por causa da sua condio de ignorantes, e, ou por circunstncias que escapam ao seu control, Deus permitir-lhes-h que entrem no cu, discurando a necessidade de arrependimento. A ser verdade, levanta-se aqui a questo da possibilidade de os esforos missionrios nesta area, serem a causa de perdio das pessoas que no aceitaram os seus ensinamentos. Dilemas tais como este tm silnciado muitos Telogos e outros sinceros Cristos por no encontrarem resposta. Consequentemente, alguns tm desafiado durante sculos o conceito tradicional de um inferno de tormento eterno, Em todas as geraes h sempre algum que questiona a crena ortodoxa de um tormento consciente por toda a eternidade (Quatro pontos de vista sobre o Inferno, editado por William Crokett, 1996, pg. 140). No obstante, como vimos, os Conclios Eclesisticos tm sustentado atravs dos tempos esta doutrina e ideias que, firmemnete enraizadas na crena Crist tradicional, nunca iro mudar. Um estudo recente feito nos EE.UU. mostra que mais Americanos crm no inferno, hoje, que nos anos de 1950 ou mesmo 10 anos requados (U.S. News & World Report, Jan. 31. 2000, pg.46). A prespectiva do inferno continuar a perseguir as pessoas. De acordo com o lemos em U.S. News: As poderosas imagens do inferno continuaro, sem dvida, a perseguir a humanidade, tal como tem feito h mais de 2000 anos, como uma sinistra e inquietante recordao da realidade do mal e suas consequncias (ibid.)

Mais que um Inferno na Bblia Qual a verdade acerca do inferno ? Que ensina a Bblia ? Muitas pessoas ficaro surpreendidas ao aprenderem que as Escrituras falam de trs infernos, -mas no no sentido em que a maioria acredita. Examinemos porque h tanta confuso acerca de um tema to sensvel. Nos originais Hebraico e Grego, linguas em que a Bblia foi escrita, encontramos quatro palavras que so traduzidas pela palavra Portugusa inferno . As quatro palavras exprimem trs diferentes significados. Vejamos: A palavra Hebraica sheol usada no Antigo Testamento, tem o mesmo significado que hades, uma das palavras Gregas vertidas para inferno no Novo Testamento. O Dicionrio Bblico Anchor

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explica o significado de ambas palavras: A palavra Grega hades algumas vezes, imprpriamente, traduzida por inferno nas verses Portugusas do Novo Testamento, e refere-se ao lugar dos mortos (sepultura) O antigo conceito Hebreu do lugar dos mortos, as mais das vezes chamado sheol usualmente traduzida por hades, e esta palavra Grega foi, natural e comumente, usada pelos Judeus que escreviam Grego (1992, vl. 3, pg 14, hades, inferno). Ambas, sheol e hades referem-se sepultura. Uma comparao das Escrituras no Velho Testamento e no Novo Testamento o confirmam. Comparemos: No Salmo 16 e verso 10 lemos, No deixars a minha alma no sheol (sepultura) nem permitirs que o teu santo veja a corrupo Em Actos 2: 27, o apstolo Pedro citou este versculo e explicou que era uma referncia a Jesus. Aqui a palavra Grega hades substitui a palavra Hebraica sheol. Para onde foi Jesus quando morreu ? Foi sepultado; o seu corpo foi colocado numa sepultura que pertencia a Jos de Arimateia. As duas passagens, em Salmos, e Actos dizem-nos que o corpo de Jesus no se decomps na sepultura porque Deus o ressuscitou. Na maioria das vezes que lemos nas Escrituras a palavra inferno, esta refere-se simplesmente sepultura, o lugar para onde vo todos quando morrem, quer sejam bons ou maus. A palavra sheol usada nas Escrituras Hebraicas 65 vezes. Na verso Portugusa de Joo Ferreira de Almeida Revista e Corrigida, traduzida por inferno 28 vezes; por sepultura 27 vezes; sepulcro, 5 vezes; 2 vezes simplesmente transliterada sheol; e ainda vertida por: terra, mundo invisivel, e sepultado uma vez cada. A palavra hades usada 11 vezes nas Escrituras Gregas (Novo Testamento). Na traduo Portugusa de Joo Ferreira de Almeida encontramos a palavra hades por transliterao de Hades, porm em Mat. 11: 23 e 16: 18; Luc. 10: 15; Apoc. 1: 18; 6: 8 e 20: 13, 14 verte para inferno e em I Cor.15: 55 onde o Grego -texto recebido- tem hades (hades) traduz por sepultura . Outras Duas Palavras Gregas Duas outras palavras Gregas no Novo Testamento, so traduzidas por inferno. Uma delas Tartaroo usada smente uma vez na Bblia -II Pedro, 2: 4 - , e com a qual se designa o lugar onde os anjos cados ou demnios, em restrio, aguardam o seu julgamento. O Dicionrio de Termos Bblicos do Prgador explica o significado de tartaroo, confinar no tartaros e que tartaros era o nome Grego para o mitolgico abismo onde os deuses rebeldes eram confinados (Lawrence Richards, 1985, Cu e Inferno). Nota: restrio e confinados so palavras que definem melhor a ideia que os Gregos tinham daquela condio, para aqual, nalgumas verses portugusas lemos cadeiase noutras prises .

Pedro fez esta referncia mitologia sua contempornea para mostrar que os anjos do pecado foram Lanados em cadeias de escurido (condio de trevas irreversves), ficando reservados para o juizo. Os anjos cados esto numa condio ou lugar, (Aqui, lugarnunca pode ser entendido como espao seres esprituais no esto sujeitos a restries de espao.) de restrio aguardando o julgamento final por sua rebelio contra Deus e sua influncia destrutiva e degradante da condio Humana. Tartaroo aplica-se nicamente em relao a demnios, nunca se refere a um inferno em chamas onde as pessoas so punidas depois da morte. A terceira palavra Grega que lemos na Bblia, traduzida por inferno, Gehenna e refere uma punio por fogo para os perversos mas no da maneira que figurada no inferno imaginado pelos homens. Gehenna alude a um vale imediatamente fora de Jerusalm; esta palavra derivada do Hebreu GehHinnom, Vale de Hinnom (Josu, 18: 16). No tempo de Jesus, este Vale era o que ns podemos chamar vasadouro da cidade o lugar onde o lixo e toda a espcie de detritos, e aquilo que no tinha qualquer aproveitamento era jogado e consumido num fogo que ardia permanentemente. As carcaas de animais mortos e corpos de detestveis criminosos eram igualmente lanado no Gehenna para serem queimados, at que no restasse mais que o ltimo residuo, cinzas. Jesus usava este lugar incomum e a sua utilizao, como ilustrao para nos ajudar a compreender o destino que sofrero, no futuro, os injustos no arrependidos. Existem Vermes Imortais no Inferno ? O que lemos em Marcos, 9: 47 e 48 uma referncia de Jesus ao Gehenna e ao que al ocorria; mas, sem um conhecimento adequado da histria daquele lugar, muitas pessoas concluem erradamente. Preste ateno s suas palavras: E, se o teu olho te escandalizar, lana-o fora; melhor para ti entrar no paraso de Deus com um s olho do que,tendo dois, seres lanado no fogo do inferno [Gehenna] onde o seu bicho no morre e o seu fogo nunca se apaga . Qualquer habitante de Jerusalm teria ententido

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imediatamente o significado destas palavras do Mestre, pois gehenna o Vale de Hinnom- situva-se justamente fora dos muros da cidade, no lado Sul. Sem entenderem isto, as pessoas, comumente caem em concepes erradas sobre os ensinos do Senhor nestas palavras. Alguns acreditam que bicho uma referncia angstia de conscincia que os condenados sofrem no inferno o bicho que no morre foi quase sempre interpretado figurativamente, como significando o peso de conscincia e remorso (Walker, pg. 61). E ainda que a frase o fogo que no se apaga uma aluso a chamas permanentes do fogo que tortura o condenado . Esta Escritura tem sido interpretada notriamente fora de contexto. Note que a frase: seu bicho no morre e seu fogo no se apaga uma citao que Jesus fez de Isaias, 66: 24; o correcto entendimento deste versculo o que segue. O contexto em Isaias refere-se ao tempo do qual Deus diz: vir toda a carne adorar perante mim (versculo, 23); e este um tempo quando o inquo j no existe mais. Que lhes sucedeu ? No verso 24 lemos que as pessoas Sairo, e vero os cadveres dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrer nem o seu fogo se apagar; e sero um horror a toda a carne Observe que Jesus citou um texto das Escrituras onde se diz que os corpos das pessoas afectadas pelos bichos, estavam mortos; no se trata de pessoas vivas contorcendo-se de sofrimento, no fogo. Quando Jesus retornar, lutar contra os que lhe resistirem (Apocalpse, 19: 11-15); e aqueles que tombarem na batalha no sero queimados, antes os seus corpos sero deixados no cho onde os abutres e larvas les consumiro a carne. Conforme a Teologia das Palavras do Velho Testamento (1980), no Hebraico original a palavra traduzida por bicho em Isaias, 66:24 e Marcos, 9: 47 e 48 significa: verme, gusano [ou] larva . Nunca Isaias ou Jesus falaram em vermes imortais; os vermes necrfagos (que se alimentam de cadveres) de que eles falam gusanos- no morrem, (porque algumas espcies) transformam-se em insectos voadores, que pem ovos dos quais saem mais larvas (larvas de insectos voadores) perpectuando deste modo o ciclo; e assim o bicho nunca se extingue daquele local. A informao atrs ajuda-nos a perceber melhor as palavras de Jesus. Naquele tempo, quando os corpos dos animais mortos ou dos criminosos executados eram lanados no queimadoro (incinerador que significa o local onde se queimam as coisas [ou corpos] at que no reste mais que cinzas) da amalgama de lixo do gehenna; aqueles corpos eram destuidos por vermes, por fogo que estava permanentemente a arder, ou por ambos. Antigamente, quando um corpo que, apesar de submetido s chamas, no se queimava era tido pelo povo e pelas autoridades religiosas como antema; hoje, em alguns meios diriam que se trata de um santo Que significam ento, as palavras de Jesus em Marcos, 9: 48 ? o fogo no se apaga. Com a explicao precedente podemos entender que o fogo arder sempre enquanto houverem corpos de inquos condenados a serem consumidos. Esta expresso usada com alguma frequncia nas Escrituras refere-se ao fogo que consome totalmente (Ezequiel, 20: 47). Um fogo no apagado aquele que no foi extinto; continua ardendo enquanto consome tudo, e at no haver mais material combustvel.

Lzaro e o Homem Rico: Prova o Cu e o Inferno ?Jesus deu uma parbola: Ora havia um homem rico, e vestia-se de prpura e de linho finssimo,e vivia todos os dias regalada e explndidamente. Havia tambm um certo mendigo, chamado Lzaro, que jazia cheio de chagas porta daquele;e desejava alimentar-se com as migalhas que caiam da mesa do rico; e os prprios ces vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abrao; e morreu tambm o rico e foi sepultado. E no hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abrao, e Lzaro no seu seio. E, clamando, disse:Pai Abrao, tem misericrdia de mim, e manda Lzaro,que molhe na gua a ponta do seu dedo e me refresque a lingua ,porque estou atormentado nesta chama. Disse, porm, Abrao: Filho lembra-te que recebeste os teus bens em tua vida, e Abrao smente males; e agora este consolado e tu atormentado. E, alm disso, existe um grande abismo entre ns e vs, de sorte que os que quisessem passar daqui para vs no poderiam, nem tampouco os de l passar para c. E disse ele: Rogo-te, pois, pai, que mandes a casa de meu pai, pois tenho cinco irmos; para que lhes d testemunho, afim de que no venham tambm para este lugar de tormento. Disse-lhe Abrao: Tm Moiss e os profectas; ouam-nos. E disse-lhe ele: No, pai Abrao; mas se algum dos mortos fosse ter com eles, arrependre-se-iam. Porm Abrao lhe disse: Se no ouvem a Moiss e aos profectas, tampouco acreditaro, ainda que algum dos mortos ressuscite. (Lucas, 16: 19-31). Quando olhamos para esta narrao luz das Escrituras e seus contextos histricos, percebe-se imediatamente que se trata de uma alegoria, uma histria familiar daquele tempo; que Jesus usou para destacar uma lio espiritual para aqueles que conheciam a Lei mas no a praticavam. Nunca houve inteno que fosse entendida literalmente pelos que O ouviam.

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O Comentrio Bblico dos Costumes Antigos, de Victor Novo Testamento-, Tratando desta passagem, esclarece que Jesus usava as reflexes dos Judeus seus contemporneos sobre o que ser depois da vida para destacar uma lio espiritual. No smente pensavam que o hades era dividido em dois compartimentos, como, segundo as crenas populares, eram possiveis conversaes entre as pessoas que estavam no Gan ou Eden [morada dos justos] e Gehinnom [morada dos injustos]. Antigos escritos Judicos descrevem o primeiro como uma terra verdejante, com guas frescas caindo por nmerosas cascatas; enquanto que Gehinnom no s uma terra rida, como, tambm as guas do rio que o separa de Gan se distanciam sempre que, desesperado e sequioso, o injusto se ajoelha e tenta beber Na histria que Jesus contou, Deus foi o nico socorro do mendigo, porque certamente o rico nunca faria nada por ele ! importante ver nesta parbola de Jesus como que uma continuao do seu conflito com os Fariseus sobre as riquezas. -Ele disse:no podeis servir a Deus e a Mamon (Luc. 16: 13). Quando os Fariseus se mostraram sarcsticos, Jesus respondeu: o que entre os homens elevado, perante Deus abominao (verso 15). No h duvida que os Fariseus no se convenceram Ento Jesus contou uma histria na inteno de sublinhar a importncia do que tinha acabado de dizer. Se vivesse neste tempo, o homem rico seria, seguramente, protagonista nos programas de TV dos anos de 1980:Estilos de Vida de Ricos e Fsmosos. As cmaras focariam a sua maravilhosa manso com seus decorativos portes de ferro forjado e as fabulosas festas que ele deu para regalo dos seus amigos importantes. Quando o equipamento de TV era levado para a casa do rico, um possante homem que transportava a cmara de filmar tropeou no rastejante mendigo, msero e abandonado que teimava permanecer no lado de fora da casa do rico Certamente ele era indigno de ser notado pelo dono da casa que nunca pensou no faminto que estava l fora; apesar de tudo Lzaro suspirava por uma migalha cada das abastadas mesas Entretanto, Jesus disse que ambos morreram ,e repentinamente as suas posies so invertidas! Lzaro est no seio de Abrao , a frase ilustra-o, sujestimamente, reclinando-se num lugar de honra num banquete que simboliza bem-aventurana eterna; enquanto que o homem rico encontra-se em tormento, separado do lugar de beno por um grande abismo (verso 26). Ainda que ele implore por uma gota de gua, Abrao tristemente abana a cabea. No possivel nem oportuno socorrer ! O rico tinha recebido muitas coisas boas e tinha-as usado egosticamente s em seu proveito a indiferena do rico para com Lzaro mostra quanto o seu corao estava afastado de Deus, e seus sentimentos estavam longe dos caminhos de Deus; Tinha riquezas e usava-as nicamente para si Assim o primeiro reparo de Jesus dirigido ao modo como sentiam; vs Fariseus no podeis amar a Deus e ao dinheiro, o amor ao dinheiro detestvel para Deus e vos levar a fazer obes que so totalmente reprovadas por Ele Mas Jesus no termina aqui; ilustra o homem rico como suplicando a Abrao para mandar Lzaro pervenir seus irmos que vivem tal como ele. Novamente Abrao recusa, dizendo: Eles tm Moiss e os profectas (versculo 31), isto , as Escrituras, se eles no do ateno s Escrituras tampouco se daro por avisados se algum voltar da morte. Em suma, Jesus fez uma acusao importante: A dureza e indisponibilidade dos Fariseus e doutores (mestres) da Lei em relao s palavras de Jesus, reflectem um endurecimento e mesmo despreso para com as Palavras do prprio Deus a quem estes homens pretendem honrar Este captulo todo adverte-nos de que, se levarmos a srio as realidades nele contidas; estas afectaro o nosso modo de ver o dinheiro [e outros bens] e de os usar, e o nosso comportamento face aos pobres e oprimidos [deste mundo](Lawrence Richards, Quick Verse software, 1992-1998).

Quando so Punidos os mpios ? Podemos perguntar, quando ocorrer esta punio ? Como vimos antes, Jesus citou o profecta Isaias, que escreveu profticamente acerca do que acontecer depois do Messias estabelecer o Seu Reino na terra. Smente ento ir toda a humanidade a adorar perante mim (volte a ler Isaias, 66: 23 e 24); e nesse tempo futuroque esta profecia ter o seu cumprimento. Jesus usou o lugar dos despejos comuns de que dispunham no Seu tempo -onde queimavam os lixos jogados no Vale de hinnom que ficava fora dos muros de Jerusalm- para ilustrar o destino final dos mpios,e que conhecido nas Escrituras por lago de fogo. Tal como as coisas rejeitadas da cidade (por serem inteis), eram consumidos por vermes (bichos) e fogo, tambm os inquos sero queimados ou consumidos por uma futura Gehenna qual fogo que ter lugar mais de mil anos depois do retorno de Cristo -Sua 2. vinda (Apoc. 20: 7-9 e 12-15). Pedro acrescenta que naquele tempo Os cus passaro com grande estrondo, e os elementos ardendo se desfaro, e a terra, e as obras que nela h, se queimaro (II Pedro,3:10); Isto significa que a superficie da terra se tornar como uma massa moldval, eliminando qualquer evidncia de impiedade humana. Que acontecer depois disto ? O apstolo Joo escreveu: E vi um novo cu, e uma nova terra, porque j o primeiro cu e a primeira terra passaram, e o mar j no existe (Apoc. 21:1). Toda a terra ser transformada numa habitao digna para os justos que, naquele tempo futuro, herdaro a vida eterna. A Destruio da Alma e Corpo no Inferno Um outro ponto nas Escrituras onde lemos que Jesus falou do fogo de gehnna encontra-se no Evanglho de Mateus, captulo 10 e verso 28 E no temais os que matam o corpo e no podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno [gehenna] a alma e o corpo . Notemos que Jesus no

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fala de pessoas que ficaro no inferno sendo atormentadas eternamente, antes disse que Deus pode destruir -aniquilar- ambos, o corpo e alma, no gehenna. Jesus torna claro que quando um homem mata outro, resulta nicamente, uma morte temporria porque Deus pode traz-lo de volta vida; ressuscitando-o, mas quando Deus destri no inferno [gehenna] resulta morte definitiva e eterna; uma situao irreversvel, logo, sem ressurreio possivel, o que na Bblia denominada de segunda morte; aqui lemos que os pecadores no arrependidos so lanados no lago de fogo ou gehenna , no fim dos tempos; Mas quanto aos tmidos, e aos abominveis, e aos homicidas, e aos fornicrios, e aos feiticeiros,e aos idlatras e a todos os mentirosos, a sua parte ser no lago que arde com fogo e enxofre, o que a segunda morte (Apoc. 21: 8). Como esclarecemos antes, os inquos sero destruidos; no vivero eternamente num outro lugar ou estado, em permanente angstia; tero a sua destruio no lago de fogo no fim dos sculos. Sero consumidos virtual e instantneamente pelo calor e chamas do fogo, e no vivero mais.

Sero Algumas Pessoas Torturadas para Sempre num Lago de fogo ?E o diabo que os enganava, foi lanado no lago de fogo e enxofre, onde est a besta e o falso profecta; e de dia e de noite sero atormentados para todo o sempre (Apocalpse, 20: 10). Diz este versculo que a besta e o falso profecta sero atormentados eternamente ? A besta e o falso profecta so seres humanos e sero lanados vivos no lago de fogo, E a besta foi presa, e com ela o falso profecta, que diante dela fizera os sinais,com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lanadso vivos no ardente lago de fogo e enxofre (Apoc. 19: 20). Lemos em Apocalpse, 14: 10 e 11 e Marcos, 9: 47 e 48 que qualquer ser humano lanado no lago de gogo ser destruido; perecer definitivamente e sua destruio ser eterna (de uma vez para sempre). Logo no ser atormentado por [uma] eternidade. Onde lemos na Bblia (Joo Ferreira de Almeida, edio revista e corrigida): E o diabo que os enganava, foi lanado no lago de fogo e enxofre, onde est a besta e o falso profecta; e de dia e de noite sero atormentados para todo o sempre(Apoc. 20:10); deviamos ler: [de acordo com o texto original (Grego)] E o diabo que os enganava, foi lanado no lago de fogo e enxofre, onde a besta, e o falso profecta [antes foram lanados] e de dia e de noite ser [o diabo] atormentado para toao o sempre (Apoc. 20: 10). Uma vez que a frase [antes foram lanados], no Grego subentendida, porque no precisa ser expressa, deu origem traduo incorrecta por : est ou, noutras verses esto. claro que no est ou esto porque quando o diabo (segundo a viso dada a Joo, o escritor de Apocalpse) foi lanado no lago de fogo, j estas entidades a besta e o falso profecta- tero desaparecido para sempre porque eram seres fsicos e no poderam resistir s devoradoras chamas daquele lago de fogo; restando deles nicamente as cinzas. E s foi traduzido deste modo, e o mesmo aconteceu com a palavra esto, na ltima parte do versculo, por influncia da ideia no bblica da imortalidade da alma . Satans, como ser espiritual que , de facto sofrer longo tormento depois dos mpios estarem reduzidos a cinzas. Os anjos que se rebelaram demnios- partilharo o tormento juntamente com o diabo (Mateus, 25: 41). A besta e o falso profecta deixaram de existir mais de mil anos antes. A Bblia permite-nos entender que Satans optou por ser adversrio; estar contra Deus e o Seu Plano, e tem liderado milhares de outros anjos em semelhante rebelio e oposio a Deus. nicamente Deus em Seu soberano saber capaz de exercer um julgamento justo para estes espritos adversos. Os detalhes deste julgamento no esto explicados na Bblia, mas ns podemos e devemos ter f que sero justos e verdadeiros, e com rectido e equilbrio. O que est bem claro o julgamento eterno que Deus tem determinado para a sua criao humana.

O tormento dos mpios Durar para Sempre ?Tambm o tal beber do vinho da ira de Deus,que se deitou, no misturado, no clice da Sua ira; e ser atormentado com fogo e enxofre diante dos anjos e diante do Cordeiro. E o fumo do seu tormento sobe para todo o sempre; e no tm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem e aquele que recebe o sinal do seu nome (Apocalpse, 14: 10 e 11) primeira vista parece confirmar a ideia tradicional de um escaldante inferno de fogo sulfuroso, atormentando impiedosa e etermamente as indefesas almas imortais. Mas, se no tivermos por irrefutvelmente certa a preconcebida figura mental do inferno, apercebemo-nos rpidamente que esta Escritura descreve uma circunstncia bem diferente. Primeiro notamos que o fumo do seu tormento sobe para todo o sempre; no diz que o tormento continua para sempre. Fumo o que resta dos corpos queimados daqueles que adoraram a besta e a sua imagem (verso 9) o sistema politico e de religio falsa que Jesus destruir e substituir quando regressar. Outras passagens bblicas deixam claro que o inquo ser destruido e se tornar em cinza que ser pisada debaixo dos ps dos justos: Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os cometem impiedade, sero como a palha; e o dia que est para vir os abrasar, diz o Senhor dos Exrcitos; de sorte que lhes no deixar nem raiz nem ramo. Mas para vs, os que temeis o Meu nome, nascer o Sol da justia, e salvao trar nas suas asas; e saireis, e saltareis como bezerros de cevadouro, pisareis os mpios porque se faro cinza debaixo dos vossos ps, naquele dia que estou preparando, diz o Senhor das Exrcitos (Malaquias, 4: 1-3) A referncia em Apocalpse, 14:11 os mpios que no teem repouso nem de dia nem de noite alude a os que adoram a besta e a sua imagem Uma vez que so lanados dentro deste inferno de fogo, sero totalmente queimados e no existem por mais tempo para serem atormentados.

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David entendia que os mpios no sero eternamente atormentados, antes iro desaparecer em fumo: Mas os mpios perecero, e os inimigos do Senhor sero como a gordura dos cordeiros; desaparecero e em fumo se desfaro(Salmo, 37: 20). O mpio no arrependido que, embora conhecendo, rejeita o sacrificio de Cristo e recusa submeter-se para obedecer e adorar a Deus, o Pai, ser destruido pelo fogo. O fumo do seu tormento subir para sempre, pois nese tempo j no h meio de evitar ou parar o processo. A palavra Grega aqui traduzida por para sempre nem sempre significa eternamente ou infinitamente; pode simplesmente referir-se a algo irreversvel (no caso de decises ou actos consumados) que no poder ser parado, que continuar desde e at que as condies ou circunstncias o permitam.

O mpio Reduzido a Cinzas Uma outra passagem bblica que ilustra grficamente a complecta destruio dos mpios encontra-se no livro de Malaquias: Eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e todos os que cometem impiedade sero como palha; e o dia que est para vir os abrasar; diz o Senhor dos Exrcitos,de sorte que lhes no deixar nem raiz nem rama (Malaquias, 4: 1). Isto ocorrer no fim dos tempos quando Deus retrbuir aos inquos as suas rebelies e os seus modos de vida repreensveis. Mas para aqueles que optarem por viver em obedincia a Deus, Ele diz: E pisareis os mpios porque se faro cinza debaixo dos vossos ps, naquele dia que estou preparando, diz o diz o Senhor dos Exrcitos (versculo 3). Por estas palavras do profeta Malaquias, o Eterno deixou claro qual o destino final dos mpios. Sero desarraigados como uma rvore improdutiva, no ficando nem raiz nem ramo; sero consumidos pelas chamas do lago de fogo restando smente cinzas. A Bblia realmente ensina que os mpios sero punidos por fogo mas no num mtico inferno imaginado pelos homens. Deus um Deus de misericordia e amor e smente aqueles que rejeitam o Seu caminho de vida caracterizado pela odedincia Sua Lei de amor morrero (Rom: 13: 10), no sofrero para sempre; sero consumidos pelo fogo e esquecidos. No sero torturados por toda a eternidade, nem Deus permite que a Sua preciosssima ddiva de vida eterna seja para aqueles que persistem na rebelio cantra Ele. At mesmo a morte final pelo fogo um acto de justia e misericordia da parte de Deus. Permitir que os no arrependidos continuem a viver na sua rebelio continuada na eternidade; causaria neles prprios, e nos outros, grande aflio e angstia. Deus no permite que recebam a vida eterna, e tampouco os tortura por toda a eternidade; A encorajante verdade da Bbila mostra-nos que Deus realmente um Ser de grande misericrdia, sabedoria, e juizos justos, tal como lemos no Salmo, 19: 9: Os juizos do Senhor so verdadeiros e justos juntamente

Diz a Bblia que o Fogo do Inferno Dura por Toda a Eternidade ?Uma Escritura que muitos referem como prova que os mpios sero torturados para sempre no inferno Mateus, 25: 41. Mas, ser assim ? Examinemos mais atentamente esta passagem do Evanglho. Primeiro vemos que os acontecimentos a narrados levam-nos ao tempo Quando o Filho do Homem vier em Sua glria (versculos 31 e 32); quando Ele apartar uns dos outros como o pastor aparta os bodes das ovelhas. As ovelhas representam os justos (versos 34-40). Quando do seu retorno por as ovelhas sua direita. Os bodes que, neste caso, representam os pecadores, junta-os ele (Jesus) ao seu lado esquerdo. Seguidamente lemos: Apartai-vos para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mat. 25: 41). -A palavra eterno usada neste versculo uma traduo da palavra Grega aonios. A chave para o correcto entendimento destas Escrituras est em saber o que se passar na eternidade; as pessoas sero continuada e infinitamente troturadas no fogo, ou tm estas palavras outro significado ? No versculo 46, notamos que Jesus falou de uma s sentena: de punio eterna (aonios) ou de vida eterna (aonios). Em virtude de, aos justos, ser-lhes dada a vida eterna, ou para todo o sempre; muitos Telogos acreditam que a punio dos mpios ter a mesma durao da vida dada aos justos; todavia, esta ideia no pode conciliar-se com a declarao de que aqueles que so lanados no lago de fogo perecem. Esto mortos e no vivos sendo torturados; no conceito comum que, conforme ensina a Bblia, os mortos descanam dos seus sofrimentos ? Pois bem ! Os mpios sofrero a morte -a segunda morte (Apoc. 2: 11; 20: 14 e 21: 8). O significado, claro e simples do versculo 46 do captulo 25 de Mateus e que concorda com todo o ensino da Bblia sobre este tema, que: os mpios sero lanados no lago de fogo que os aniquilar, deixando, por isso, de existir de uma vez para sempre. A consequncia resultante de ser lanado no fogo eterno (aonios) nica e definitiva, isto , a morte eterna; no esto sujeitos a uma punio continua e para sempre, porque simplesmente tero deixado de existir. Os inquos jamais volato vida, porque sero complectamente desdruidos. O fogo um meio de condena o eterna; e no constante e interminvel. Esta a nica explicao concordante com o resto das Escrituras. Neste ponto, precisamos fazer um esclarecimento adicional acerca da palavra Grega aonios, que vem, nas nossas Bblias, comumente traduzida por eternidade e eternamente. No captulo 19 do livro bblico de Gnesis encontramos descrita a destruio, por parte de Deus, de duas cidades Sodoma e Gomorra por causa das suas perverses: Ento o Senhor fez chover enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra (Gn. 19: 24). As pessoas daquelas cidades foram total e complectamente destruidas consumidas

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pelo fogo. No Novo Testamento, o livro de Judas alude a este facto nestes termos: foram postas como exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno [aonios] (versculo 7) bvio que o fogo que destruiu Sodoma e Gomorra no continua ardendo; no caso destas cidades e igualmente dos mpios que sero lanados no fogo eterno [aonios] o fogo queima e destri complectamente. O que eterno neste fogo o seu efeito, nunca significando o tempo em que literalmente arde.

o Cu a Recompensa de Deus para os Justos ? a recompensa dos justos, uma eternidade no cu ? A avaliar pelas informaes que damos a seguir, parece que sim. Ora vejamos: Numa sondagem feita nos EE.UU. 78 por cento dos entrevistados assim acreditam (Reviso Nacional, Nov. 9. 1998); e tambm tem sido esta a esperana ensinada, atravs dos sculos pelo Cristianismo tradicional. Indo para o cu, como ser ? Quando l chegarmos, que faremos ? Como que a Bblia descreve o cu? As crenas sobre o cu como recompensa dos salvos tm variado imenso na longa e diversssima histria da humanidade, no que respeita a crenas e mitos. As mais comuns e tpicas representaes tradicionais do cu mostram uma entrada encimada por um arco iris; ilustram o que parece ser uma ponte de ouro ou vidro e tendo S. Pedro como porteiro. Vem-se os seus habitantes acompanhados por anjos, ou podem eles mesmos parecerem como anjos, tendo postas, aparentemente, um par de asas. Noutra concepo igualmente comum na imaginao popular, os hospedes do cu andam entre as nuvens tocando harpas; e a sua decorao consta de joias, de estrelas, de velas e trombetas. Estas imagens podem represntar um conceito do cu tal como visionado por artistas; outros ainda, nutrem ideias diferentes de como eles imaginam que pode ser o cu. Durante sculos, Telogos e filsofos tm adoptado seus conceitos influnciados pela sociedade que os rodeia. Monges e frades, dependendo do que mais sentiam no seu meio, campo ou cidade, prgavam um cu definido, primriamente em termos de ambiente (Collaan McDannell and Bernhard Lang, Cu: uma histria, l988, pg. 108). Por outras palavras: mentes religiosoas, dependendo das suas prprias experincias e perferncias, enquadravam o cu num paraiso rural ou algo mais urbano. Cu tornou-se uma cidade ou a visionria experincia de castelos celestiais, outras ilustraes so ruas de ouro, construes com pedras preciosas e residentes ricamente vestidos; estas definies podem ouvir-se em todo o mundo . (ibid.). Na era renascentista os homens imaginavam-no como uma espcie de paraso, De forma impdica, a Nova Teologia imaginava o cu como um lugar de ertico amor humano num potico espao de uma confortvel paisagem natural (ibid, pg. 112). Uma eternidade no cu fazendo o qu ? O tipo de relacinamento dos habitantes do cu com Deus tem sido amplamente discutido . Um autor moderno descreve a interao com Deus, deste modo: L, eternamente e sem interrupo, os santos iro fixar nEle os seus olhos e contemplar sempre a Sua gloriosa perfeio (John McArthur, A glria do cu , 1996, pg. 221); outros crm que se isto o que faro sempre e eternamente o cu revela-se ser um lugar momtomo; pelo que certo escritor sugeriu que a orao de muita pessoas piedosas ser: Por favor Deus, no me leve j para o cu Eu ainda no fui ao Hawai! (McArthur, pg. 49). Segundo outro escritor o moderno conceito Cristo de cu , apresenta um panorama ainda diferente, Eu tenho uma teoria de que o cu oferecer aos crentes Cristos o que eles sacrificaram na terra pelo nome de Jesus; um amigo meu que escala montanhas e que, por sua prpria opo, vive numa area degradada da cidade, ter um lindo vale s para ele. Um doutor missionrio que vive numa zona pobre do Sudo, ter sua prpria floresta privada, e com abundante gua, para explorar (Philip Yancey, Para que um cu ? , Cristianismo de hoje, Out. 26, 1998). Para muitos o aspecto mais importante do cu a oportunidade de ver as pessoas que amaram: Alm de que o elmento mais persuasivo do moderno cu para muitos Cristos contemporneos a esperana de voltar a reunir-se com os seus familiares. Numerosas seces in memrium de jornais da Europa e da mrica reflectem a crena de que os ente-queridos separados pela morte sero reunidos no cu (McDannell and Lang, pg. 309). Como veremos, Deus tem um plano para reunir as pessoas queridas, porm a ideia e crenas populares acerca do cu, no esto, sequer, perto de descrever a magestade e propsito do plano de Deus.

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Crena Pr-Crist de uma Vida Posterior no CuA ideia, de que quando a pessoa morre a alma vai para o cu, muito anterior ao Cristianismo. Uma breve olhadela na histria antiga revela que as pessoas da Babilnia e do Egipto, bem como os cidados de outros Reinos de tempos requados, exibiam crenas semelhantes. De acordo com Este Crdulo Mundo de Lewis Brown, o deus Egpcio osris foi, supostamente, assassinado e acreditado como tendo sido ressuscitado e levado para o cu: Osris voltou vida; foi miraculosamente ressuscitado da morte e levado para o cu; e a (no cu), a mitologia declara que ele vive eternamente(1946, pg. 83). Brown esclarece que: Os Egipcios raciocinavam que se o destino do deus Osris foi ter ressuscitado depois de morto; Ento devia encontrar-se um modo de ser esse o destino do homem, tambm A felicidade da imortalidade que tinha formalmente sido reservada smente para Reis, foi ento prometida a todos os homens A celestial existncia dos mortos foi transportada ao domnio de Osris, e isto foi descrito com considervel detalhe pelos Telogos Egpcios. Erta sua crena que, aps a morte a alma do homem fixava-se no objectivo de alcanar a sala dos julgamentos, nas alturas e, a ficar perante o trono celestial de Osris, o juiz; e ento prestar as suas contas a Osris, e a seus quarenta e dois deuses associados (pg. 84). Se a alma satisfazer os deuses, A alma estrar directmente nos domnios de Osris. Mas se no, se foi achada em falta quando foi pesada nas balanas celestiais, ento foi lanada num inferno, cortado em pedaos e deste modo devorado. Smente as almas justas, nicamente os inocentes, eram dignos de receber a vida eterna (pgs. 86 e 87). Brown continua: A humanidade em todas as latitudes [lugares no planeta], no Mxico e Terras Geladas, no Zulu e China fazem mais ou menos as mesmas adivinhes num esforo frentico na tentativa de resolver o enigma da existncia. por isso que encontramos esta estranha ideia de um deus assassinado e ressuscitado, comum em muitas partes do mundo. Bem cedo no tempo, esta ideia extendeu-se no s entre os Babilnios e Egpcios mas , tambm entre as tribos brbaras, dentro e em volta da Grcia Estes mistrios vieram do Egipto e Asia Menor Eles declaram que todo o homem, no importa seja ele pobre ou depravado, tem um lugar no cu; tudo o que tem a fazer ser iniciadonos segredos do culto Ento a salvao estava-lhe assegurada, e os excessos de perverso e imoralidade no podero fechar-lhe na sua cara as portas do paraso. Estava salvo para sempre (pgs. 96-99). A mais remota aspirao do homem viver e viver sem ter que passar pela morte, apesar de este mundo e tudo quanto tem para lhe oferecer nunca o ter satisfeito; antes tem criado no homem um sentimento de frustrao que, por sculos, o tem conduzido numa busca incessante de segurana e felicidade, sempre alimentando uma derradeira esperana: ir para o cuquando morrer. Lamentvelmente, nesta ancia, (o homem) tem abraado crenas que no pode provar ser verdade. S Deus conhece as respostas para os mistrios da vida e da morte e Ele no-los revela na Sua Palavra, a Bblia Sagrada; e contrariamente ao que muitas pessoas pensam, Deus no nos promete que iremos para o cu quando morrermos. Ao invs disso, Jesus disse que aquele que vencer reinar com Ele no vindouro Reino de Deus que ser estabelecido na terra por ocasio do Seu retorno (Apocalpse, 3: 21; 5: 10 e 11: 15).

As pessoas vo para o cu quando morrem ? A crena popular que uma pessoa boa, quando morre vai imediatamente para o cu; todavia, para o cristianismo tradicional as coisas no so assim to simples. De acordo com o ponto de vista destes ltimos, o corpo vai para a sepultura enquanto que a alma ascende ao cu. A confisso de f de Westminster, escrita no sculo 17 declara, em parte: O corpo dos homens depois de morrer volta ao p, e v a corrupo; mas as suas almas (que nunca morrem nem dormem), tm uma subsistncia imortal, retornam imediatamente a Deus que as deu. As almas dos justos, tornadas perfeitas em santidade so recebidas (entram) nos altos cus, onde contemplam a face de Deus em luz e glria; aguardando a complecta redeno dos seus corpos Mas, encontramos este conceito na Bblia ? Declaram as Escrituras que os justos vo para o cu quando morrem ? David, o rei de Israel e autor de muitos dos Salmos, e a quem Deus designou como Um homem segundo o meu corao(Actos, 13: 22), no foi para o cu quando morreu; acerca desta realidade e sob inspirao de Deus, o apstolo Pedro escreveu: Homens irmos, seja-me lcito dizer-vos livremente acerca do patriarca David, que ele morreu e foi sepultado, e entre ns est at hoje a sua sepultura(Actos, 2: 29); e acrescentou: David no subiu aos cus (versculo 34). David foi incluido pelo autor da epistola aos Hebreus, entre os morreram na f (Heb. 11: 32); sendo um de quem est escrito: E todos estes, tendo tido testemunho pela f, no alcanaram a promessa (versculo 39).

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O prprio Jesus, falando cerca de mil anos depois da morte de David, disse: Ora ningum subiu ao cu seno o que desceu do cu, o Filho do Homem (Joo, 3: 13). Isto significa que Abrao, Moiss, David, os profectas e todos os outros homens e mulheres justos que viveram antes da primeira vinda de Cristo no foram para o cu; foram sepultados como o foi David. O conceito de que a alma vai para o cu quando a pessoa morre ainda que mantido por muitas pessoas de boa f- no encontra fundamento na Bblia; resulta, isso sim, da falta de entendimento das Escrituras e muita confuso sobre o ensino nelas contido a respeito da ressurreio.

O Desejo de Paulo de Partir e Estar com CristoO apstolo Paulo dedicou a sua vida prgao do Evanglho do Reino de Deus (Actos, 14: 22; 19: 8; 20: 25; 28: 23-31); sendo sujeito a perseguies, espancamentos e prises por vrios periodos. Qaundo escreveu a sua carta aos Filipenses, estava ele em Roma sob priso domiciliar; sabendo que as autoridades Romanas tinham poder para matar os prisioneiros, no podia ignorar o que o futuro lhe reservava, e que podia ser a sua execuo por um lado, ou a libertao por outro. Razo porque em sua carta aos crentes de Filipos ele referiu as duas possibilidades, Mas de ambos os lados estou em aperto, tenho desejo de partir e estar com Cristo, porque isto ainda muito melhor. Mas julgo mais necessrio, por amor de vs, ficar na carne (Fil. 1: 23, 24). Muitas pessoas deduzem destas palavras do apstolo, que ele acreditava que, no momento da sua morte se juntaria a Cristo, no cu; entretanto no foi isso que ele disse, nem poderia ser, pois sabia que se fosse executado iria para a sepultura, e ali repousariam seus restos at ao tempo determinado por Deus para a ressurreio; sabia tambm, que os mortos esto simples e definitivamente privados de todos os seus sentidos, e que s no seu prximo despertar estaria com o Messias, Jesus, quando tiver retornado, juntando-se a Ele com os outros santos que igualmente ressuscitaro. Paulo escreveu Igreja de Tessalnica sobre esta ressurreio, no regresso de Cristo: Porque o mesmo Senhor descer do cu com alarido, e com voz de arcanjo, e com trompeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitaro primeiro (I Tess, 4: 16); estava ciente que s naquele tempo, ainda no futuro, que ressuscitaria para estar com Cristo; e ento tanto ele como os outros servos de Deus que perseveraram na f recebero a vida eterna no Reino que, por esse tempo, o Senhor estabelecer na terra e no no cu. Mais tarde, quando ele soube que estava condenado e seria executado (II Tim. 4: 6 e 7), escreveu acerca desse tempo que se aprximava: Desde agora, a coroa da justia me est reservada, a qual, o Senhor, justo juiz, me dar naquele dia; e no smente a mim, mas tambm a todos que amarem a sua vinda (versculo 8). Ele sabia que a sua recompensa viria naquele dia o dia da Sua vinda (a 2. vinda de Cristo)- e nunca no momento da sua morte. O espao de tempo que mediava entre o ltimo pensamento de Paulo como ser humano e o momento em que veria Cristo, na ressurreio, apresentou-se-lhe como um instante; j a Bblia nos mostra que os mortos no sabem coisa nenhuma (Eclesiastes, 9: 5), e esta a razo porque Paulo escreveu naqueles termos aos Filipenses.

Poqu uma ressurreio ? Os Telogos reconhecem muito bem que a Bblia fala de uma ressurreio, ainda que no estejam seguros do que isso significa ou quando acontecer. O conceito mais comum que, na ressurreio, o corpo ergue-se para voltar a unir-se alma no cu, Mas, como referimos antes, o conceito de imortalidade da alma a alma existindo como algo aparte do corpo- no bblico; tem a sua origem nos filsofos Gregos e no nos escritores sagrados. Podemos ento pr outras questes: Se fosse verdade que, na ressurreio, o corpo sai do sepulcro para reassumir a sua alma no cu, porque faria Deus as coisas deste modo ? Que porpsito serviria a ressurreio ? Porqu manter o corpo na sepultura ? Se os justos vo imediatamente para o cu quando morrem, porque no mandaria Deus para o cu, simultneamente, o ser complecto corpo e alma- ao invs de manter separados, o corpo da alma, durante sculos ? Ou mesmo, porqu uma ressurreio ? Se a alma vai imediatamente para o cu, porqu a preocupao em trazer os corpos de volta vida ? Inegvel que, de acordo com os ensinamentos populares acerca do cu, no se vislumbra qualquer razo lgica para uma ressurreio. Porque existe tanta confuso acerca de como harmonizar a ressurreio com o tradicional conceito de cu ? Talvs e niamente porque esta ideia de ir para o cu aquando da morte no se alicersa na Bblia. Que o Reino dos cus ? Muitas pessoas acreditam que vo para o cu porque Jesus falou repetidamente do Reino dos Cus como lemos em Mateus, 5:3, Bem-aventurados os pobres de espirito porque deles o Reino dos Cus outros trs versculos do capitulo cinco de Mateus referem a entrada no Reino dos Cus dos que tm f. Encontramos a frase Reino dos Cus no livro de Mateus num total de 32 vezes. Entretanto repare que Mateus o nico escritor bblico que usa este termo Reino dos Cus; os outros, incluindo os dos

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Evanglhos, optaram por Reino de Deus, por exemplo Lucas, reportando-se ao mesmo evento descrito acima, registra deste modo as palavras de Jesus Bem-aventurados sois vs, os pobres porque vosso o Reino de Deus (Luc. 6: 20). Ambos os termos so intercambiveis, isto , ora usam um, ora outro, porque significam o mesmo. A frase Reino de Deus usada 69 vezes no Novo testamento, mormente nos Evanglhos de Mateus (perferindo este a forma Reino dos Cus), Marcos, Lucas e Joo. Como veremos, Jesus nunca disse aos seus discipulos que tivessem como esperana ir para o cu ; ao invs disso, Ele falou de um Reino com origem em Deus no cu, mas que ser estabelecido na terra na Sua segunda vinda. Atentemos para a explicao de Jesus de que se juntar aos seus seguidores na terra, por ocasio do seu retorno, em vez de lev-los para o cu para estar com Ele onde actualmente reside. Depois da Sua crucificao, Jesus ficou 40 dias com os seua discpulos ensinando-os e instruindo-os acerca do Reino de Deus (Actos, 1: 3), seguidamente Ele foi para junto de Seu Pai no cu e deixou-nos informao de que seus discpulos receberam instruo, depois Ele foi elevado ao cu. E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado s alturas e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no cu, enquanto Ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Vares Galileus, porque estais olhando para o cu ? Esse Jesus que dentre vs foi recebido em cima no cu, h-de vir assim como para o cu o vistes ir (Actos, 1: 9-11). Vrias vezes Jesus falou do Seu retorno para estabelecer o Reino de Deus na terra, (Mateus, 23: 31-34; Lucas, 21: 27-31). Ele voltar terra e aqui estabelece o Seu Reino no no cu.. Na orao que comumente conhecida por Orao do Senhor,ou Pai Nosso Jesus instrui os seus seguidores a orarem ao Pai Celestial, dizendo: Venha o Teu Reino (Mat. 6: 10 e Luc. 11:2); este Reino o objectivo de cada Cristo (Mateus, 3: 33), e ns oramos por sua vinda. Falando de si mesmo, numa parbola, Jesus comparou-se a Certo homem nobre partiu para uma terra remota, afim de tomar para si um reino e voltar depois (Luc. 19: 12). A terra remota o lugar de residncia de Seu Pai, que o cu; e quando voltar Jesus trar o Reino de Deus. Mateus algumas vezes refere-se-lhe com Reino dos Cus porque, de facto, trata-se de um reino celestial, de origem divina; repare tambm que chamado de Reino dos cus e nunca referido como Reino no cu. A razo porque sempre se indica a origem e no o lugar. (Se deseja compreender melhor o que asEscrituras ensinam acerca do Reino de Deus, pea uma cpia gratuita do livreto: O Evanglho do Reino).

Foi Elias para o cu ?Um acontecimento bblico muito citado para, supostamente, suportar a crena de que os justos vo para o cu quando morrem, envolve o profecta Elias, que foi um profecta de Deus no nono sculo a.e.c. (antes da era comum). A Bblia declara que Elias subiu ao cu num redemoinho (II Reis, 2: 11). Mas isto contradiz o testemunho de Jesus que declarou, cerca de 900 anos depois do tempo de Elias, que Ningum subiu ao cu seno o que desceu do cu, o Filho do Homem (Joo, 3: 13). Como podemos explicar esta aparente discrepncia bblica ? Um olhar mais atento motra-nos que as duas passagem podem fcilmente ser conciliadas. Se estudarmos atentamente, e sem ideias preconcebidas sobre este assunto, encontramos que na Bblia se faz referncia a trs cus: Um o lugar da habitao de Deus o lugar do Seu trono- e onde o ressuscitado Jesus est hoje; como lemos: Temos um sumo sacerdote tal, que est assentado nos cus dextra do trono da Magestade (Hebreus, 8: 1). EsteCu, especialmente chamado o lugar da habitao de Deus (Deuterenmio, 26: 15). Outro cu mencionado na Bblia, o que ns chamamos espao exterior; o domnio da Lua, planetas, cometas, asterides, Sol e estrelas; foi a este espao e seu contedo que David se referiu quando, reflectindo sobre as maravilhosas obras criadas pelas mos de Deus, descreveu como: Teus cus, obra dos Teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste (Salmo, 8: 3). Muitas Escrituras mencionam as estrelas do cu(Gn. 26: 4; Deut. 1: 10 e 28:62; e Isaias,13: 10). E ainda outro cu, o envolucro de ar que rodeia o nosso planeta, constituido de oxignio e outros gases. Este cu, -a atmosfera da terra- mencionado em passagens tais como a que descreve o grande dilvio nos dias de No e as janelas do cu se abriram, e houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites (Gn. 7: 11 e 12); e quando fala de aves do cuque vam bem perto, por cima da nossa cabea (Job, 35:11 e Jeremias, 16: 4). Para determinar qual o cu referido na passagem bblica, precisamos considerar o contexto; depois de cuidadoso exame, concluiu-se que se enquadra no terceiro tipo de cu, -a atmosfera da terra- aquele a que Elias foi tomado. Permita-nos que apresentemos a prova: -Deus mandou a Elias que ungisse um homem chamado Elizeu como profecta, e o designasse seu sucessor (I Reis, 19: 16); por fim, como ambos caminhavam juntos, Elias disse a Elizeu: Pede-me o que queres que te faa, antes que seja tomado de ti(II Reis, 2: 9). Isto levanos transferncia, feita por Deus, do oficio de profecta que vinha sendo exercido por Elias, E sucedeu que indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao cu num redemoinho (versculo 11), Agora Elias foi embora; o grupo de discpulos de Elias ficaram a saber que o seu novo lider, a partir daquele momento, Elizeu, vendo-o, pois, os filhos dos profectas que estavam defronte de Jeric, disseram: O esprito de Elias repousa sobre Elizeu (II Reis, 2: 15). Muiots estudantes da Bblia e outros leitores assiduos esto convencidos de que Elias nesta altura foi tornado imortal e levado para o cu onde Deus reside, porm, no foi isso que acontrceu, e os filhos (entenda-se discpulos) dos profectas tiveram outra experincia e sabiam que o redemoinho apenas havia removido Elias, o seu mestre, para outro local na terra; e disseram a Elizeu Eis que com teus servos h cinquenta homens valentes. Ora deixa-os ir para buscar o teu senhor; pode ser que o elevasse o Espirito

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do Senhor e o lanasse nalgum dos montes, ou nalgum dos vales (II Reis, 2: 16). Os discpulos estavam preocupados pela segurana de Elias, e mandaram um grupo de 50 homens para o procurar; estes homens valentes procuraram por trs dias mas no o encontraram , (II Reis, 2: 17). Existe prova conclusiva que Elias no foi para o cu; pois a Bblia registra que Elias escreveu uma carta para Jeoro, rei de Judah, alguns anos depois de ter sido elevado ao cu num redemoinho. Repare na sequncia dos acontecimentos, de acordo com o que lemos na Bblia: O ltimo registo datado de um atco de Elias ocorreu durante o reinado de Acazias, rei de Israel, quando Elias lhe disse que ele morreria por causa dos seus pecados, (II Reis, 1: 3,17); o reinado de Acazias durou apenas um ano, por volta de 850 a.e.c. (antes da era comum). A histria da remoo de Elias e sua substituio por Elizeu, encontramo-la no prximo captulo, o segundo de II Reis; e continua com incidentes da vida de Elizeu, incluindo um encontro com Jeosaf, rei de judah, (II Reis, 3:11-14). Vrios anos depois Jeoro, filho de Jeosaf, sucedeu a seu pai no trono de Judah; isto aconteceu cerca de 845 a.e.c. (II Reis, 8: 16). Jeoro mostrou-se um rei inquo que liderava a nao de Judah na rebelio aos mandamentos de Deus; ora, decorridos que foram, poucos anos de reinado de Jeoro, e ainda mais tempo tinha passado depois da remoo de Elias; este escreveu uma carta a Jeoro advertindo-o das consequencias dos seus horriveis pecados, a qual ficou registrada no captulo 21, e versculos 12-15 do 2. livro de Crnicas. Esta carta prova que o profecta Elias continuou vivo, algures na terra, alguns anos depois de ter sido removido pelo redemoinho e, acto continuo, substituido por Elizeu. Deus escolheu Elizeu para suceder Elias como protecta, tambm removeu Elias corporalmente, para outro ludar onde continuou a viver vrios anos mais, -assim o demonstra a sua carta para Jeoro. A Bblia no nos informa mais nada sobre Elias depois de haver escrito a referida carta; mas, eventualmente, depois ele morreu como qualquer outro homem, porque aos homens est ordenado morrerem uma vez(Heb. 9: 27). Elias, como os outros profectas e homens justos do tempo antigo, morreu na f, no tendo recebido a vida eterna que Deus prometeu, (Heb. 11: 39). Como estas passagens deixam claro, uma leitura atenta das Escrituras mostra que a remoo miraculosa de Elias com envolvimento de carro de fogo e um redemoinho transportaram-no para outro local na area. No foi para o cu, afim de a desfrutar a vida eterna ! -Nota: Muitos opinam, de forma simplista ,que Elias escreveu aquela carta, profecticamente e com alguns anos de antecedncia antes do episdio descrito no captulo 2 do 2. Livro de Reis- sobre os males que sobreviriam a Jeoro, rei de Judah. Esta teoria, potm, parece-nos insustentvel: Primeiro, no sendo a profecia, acto humano, (segundo II Pedro,1:20 e 21, acto divino), seria de todo desnecessrio, ainda que possivel, a existncia de tal carta; visto que Deus transferiu o oficio de profecta de Elias para Elizeu, continuando este em seu lugar, e de acordo com a evidncia bblica, com o mesmo esprito e eficccia; podendo, portanto ser ele a cumprir tal funo. Tanto mais que Elizeu, j com a ausencia de Elias, encontrou-se com Jeosaf, rei de Judah e pai de Jeoro (II Reis, 3: 11-14); e o que lemos nesta passagem da Escritura permite-nos perceber que a relao de Elizeu com a casa de Judah era suficientemente boa , a ponto de lhe facilitar a tarefa caso Elias no estivesse na terra. Depois, sendo Jeoro um apstata (II Cr. 21: 10 e 11), tal como denunciado na dita carta (versculos 12 e 13), improvvel que desse crdito a uma mensagem vinda de algum que, -a ser verdade, ele de certeza saberia- j no se encontrava na terra havia alguns anos. Soar-lhe-ia a uma mensagem vinda do alm, o que de todo contrrio ao ensino e princpios bblicos.

Os Seres Humanos Vo para o Cu ?E, depois destas coisas ouvi no cu como que uma grande voz de uma grande multido, que dizia: Aleluia ! Salvao, e glria, e honra, e poder pertencem ao Senhor nosso Deus (Apocalpse, 19: 1) Quem so esta grande multido ? As vozes dos que glorificam a Deus, so os seres humanos salvos, que, agora vivem no cu ? Ascendeu alguma vez qualquer ser humono ao cu ? A crena popular que, quando os Cristos morrem vo imediatamente para o cu, onde ocupam residncia no seu domiclio permanente. Mas, podemos encontrar tal ensino na Bblia ? Em Joo, 3: 13 lemos: Ora ningum subiu ao cu seno o que desceu do cu, o Filho do Homem [Jesus Cristo] Nesta Escritura temos dois pontos significativos que passamos a examinar: Primeiro, estas so palavras do prprio Jesus; se algum tivesse ido ao cu, ou para o cu, Jesus o saberia. Segundo, Joo registrou estas palavras muitos anos depois de Jesus ter morrido e ascendido aos cus afirmando, inclusiv, que nenhum outro a no ser Jesus, foi para o cu. Ento de quem eram as vozes que Joo ouviu ? conforme escreveu no livro de Apocalpse, ele ouviu e viu. Joo refere-se a vozes em muitas passagens deste livro; eis dois exemplos: Primeiro, E os quatro animais tinham, cada um de per si seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e no descanavam nem de dia nem de noite dizendo: Santo, santo, santo, o Senhor Deus, o Todo Poderoso, que era, e que , e que h-de vir (Apoc. 4: 8). Segundo: E, quando os animais davam glria, e honra, e aces de graas ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre, os vinte e quatro ancios prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono e adoravam o que vive para todo o sempre; e lanavam as suas coras diante do trono dizendo: Digno s Senhor, de receber glria, e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas,e por tua vontade so e foram criadas (Apoc. 4: 9-11). Lemos na Bblia que muitos milhares de anjos aparecem diante do trono de Deus e falam em altas vozes, E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos, ao redor do trono, e dos animais, e dos ancios; e era o nmero deles milhes de milhes, e milhres de milhres, que com grande voz diziam: Digno o cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e fora, e honra, e glria, e aces de graas (Apoc. 5: