88
INSTITUCIONALIZAÇAO MUNICIPAL NA PARTICIPAÇAO E CONTROLE SOCIAL: UMA ESTRATÉGIA PARA EFICIENCIA PUBLICA

CF/88 –

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INSTITUCIONALIZAÇAO MUNICIPAL NA PARTICIPAÇAO E CONTROLE SOCIAL: UMA ESTRATÉGIA PARA EFICIENCIA PUBLICA. 1 CONCEITOS QUE INTEGRAM O PODER PUBLICO E CONSTITUEM O DIREITO DE PARTICIPAÇAO E CONTROLE SOCIAL: CONSTITUCIONAIS E ADMINISTRATIVOS. CF/88 – - PowerPoint PPT Presentation

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INSTITUCIONALIZAAO MUNICIPAL NA PARTICIPAAO E CONTROLE SOCIAL: UMA ESTRATGIA PARA EFICIENCIA PUBLICA

INSTITUCIONALIZAAO MUNICIPAL NA PARTICIPAAO E CONTROLE SOCIAL:UMA ESTRATGIA PARA EFICIENCIA PUBLICA1 CONCEITOS QUE INTEGRAM O PODER PUBLICO E CONSTITUEM O DIREITO DE PARTICIPAAO E CONTROLE SOCIAL: CONSTITUCIONAIS E ADMINISTRATIVOS

CF/88 Princpio essencial da REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL a sua constituio em Estado Democrtico de Direito CF/88- Art. 1- A Repblica Federativa do Brasil (...), constitui-se em Estado Democrtico de Direito (...).e tem como fundamentos:I (...)II (...)III (...)IV (...)V (...)Pargrafo nico- Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituio.

REPUBLICA forma de governo expressa a relao do poder poltico com os governados o Estado se expressa pelo povo (princpio republicano) por meio de eleio direta voto secreto e obrigatrio transfere legitimidade de poder poder representativo Governo o conjunto de rgos mediante os quais a vontade do Estado formulada, expressada e realizada, ou o conjunto de rgos supremos a quem incumbe o exerccio das funes do poder poltico (SILVA, 1996: 109) poder poltico - diviso de poderes baseada no princpio da separao dos poderes: o executivo, legislativo e judicirio. (SILVA, 1996: 109-110) - CF/88, artigo 2.

FEDERATIVA A Federao - forma de Estado Poder poltico - exercido com independncia poltica, administrativa e financeira, por meio dos Estados federados, Estados-Membros ou simplesmente, Estados. (SILVA, 1996: 101) Independncia dos Municpios artigo 18, CF/88. Tipo de Estado - o Estado democrtico de Direito - o poder do povo, a submisso do Estado a vontade do povo.Concluso: O Estado legitimado pelo povo, submisso a vontade do povo, porm, o grupo social mximo e total, detm de poder poltico superior a todos os poderes sociais, caracterizando a soberania estatal interna e externa. Um poder uno, indivisvel e indelegvel. (SILVA, 1996: 108)

Democracia representativaE a legitimao popular?A ordem do Estado democrtico de direito baseada no princpio republicano, que segundo Rui Barbosa citado por Jose Afonso da Silva,1996:105, implica a necessidade de legitimidade popular em todas as esferas de governo. E o principio participativo

Democracia participativa participar na formao da vontade desse governo (SILVA, 1996: 138). Fundamento: princpio participativo e principio republicano.Outros princpios que fundamentam a participao popular declarada no Estado Democrtico de Direito:- princpio da constitucionalidade, princpio democrtico, sistema de direitos fundamentais, princpio da justia social, como principio da ordem econmica e ordem social e a democracia participativa; princpio da igualdade; princpio da igualdade e da independncia do juiz; princpio da legalidade e segurana jurdica. (SILVA, 1996: 123). - atualmente, temos a participao popular e o controle social; ambos com o mesmo fundamento jurdico da cidadania, soberania popular e do princpio republicano (SIRAQUE, 2005:113).Alguns exemplos de previses constitucionais decorrentes desses princpios:

Art. 5, XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado; Ao mesmo tempo, a Carta Constitucional criou o direito de petio:XXXIV - so a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:a) o direito de petio aos Poderes Pblicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

Art. 29 - O Municpio reger-se- por lei orgnica, votada em dois turnos, com o interstcio mnimo de dez dias, e aprovada por dois teros dos membros da Cmara Municipal, que a promulgar, atendidos os princpios estabelecidos nesta Constituio, na Constituio do respectivo Estado e os seguintes preceitos:(...) XII - cooperao das associaes representativas no planejamento municipal;XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse especfico do Municpio, da cidade ou de bairros, atravs de manifestao de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; J o art. 31, 3, permite que qualquer contribuinte examine e aprecie as constas do Municpio:

Art. 31 - A fiscalizao do Municpio ser exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.(...) 3 - As contas dos Municpios ficaro, durante sessenta dias, anualmente, disposio de qualquer contribuinte, para exame e apreciao, o qual poder questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. O art. 62, 2 dispe sobre a participao popular nas leis complementares e ordinrias junto Cmara dos Deputados:

Quem exerce essa legitimidade popular, essa expresso da cidadania, a opinio pblica?

partidos polticos, sindicatos, associaes polticas, comunidades de base, imprensa livre. (SILVA, 1996: 140). sociedade civil (conselhos gestores de programas federais e setoriais de polticas pblicas, audincias publicas, oramentos participativos, movimentos sociais, etc) por meio de participao e controle social.

1.2 Conceitos de Direito Administrativo: Administrao Pblica; Regime Jurdico-Administrativo; Poderes e Atos Administrativos.

Direito Administrativo o conjunto de princpios que regem a Administrao Pblica. (DI PIETRO, 2009:47).A Administrao Pblica no sentido subjetivo amplo e estrito: Subjetivo amplo - Abrange o Governo e rgos administrativos, e Subjetivo estrito - faz referncia aos entes que exercem a atividade administrativa como pessoas jurdicas, rgos e agentes pblicos.

Objetivo apenas estrito _ Essa funo administrativa de forma predominante exercida pelo Poder Executivo, considerando que o ato de deciso, de planejar e determinar diretrizes (funo poltica ou de governo) e executar e determinar os servios pblicos (atividade essencial para a coletividade), fomento (subveno, financiamentos, favores fiscais, desapropriaes), polcia administrativa (limitaes administrativas), interveno (direta ou indireta) e regulao, e atos administrativos, para satisfazer as necessidades coletivas. (DI PIETRO, 2009:50-54).

Administrao o conjunto e rgos dependentes, subordinados ao poder Poltico (Governo) organizados material, financeira e humanamente, para a execuo das decises polticas em prol dos interesses da coletividade , (Meirelles, 2003)Quem o Governo?Poder poltico legitimado a representar o povo e o prprio povo (principio republicano e participativo)

Funo Administrativa o dever-poder operativo, exercitado em nome da coletividade e concretizador dos comandos primrios, gerais e abstratos contidos na norma legislativa ou, excepcionalmente, na norma constitucional. (VALLE, Vivian Cristina Lima Lpez. O Regime Jurdico Administrativo. Material parte integrante o Videoaulas on-line do IESDE BRASIL S/A/ www.videoaulasonline.com.br.2011)

Funo administrativa pblica = poder dever

Poder = de representar o povo e decidir de forma de governar com autonomia poltica, administrativa e financeira.

Dever = atender a finalidade publica (indisponvel e supremo)

Qual o limite desse poder dever?

Regime Jurdico Administrativo prerrogativas e sujeies sob pena de abuso de poder :excesso (fora da competncia-vcio do elemento competncia) desvio de poder ou finalidade (dentro da competncia-fora dos fins, vcio de finalidade). (GUEDES: p. 94-95, parte do material integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A. www.iesde.com.br)Desse poder administrativo (prerrogativas irrenunciaveis devido exigncia legal), ocorre um ato administrativo que por estarem subordinados a lei so passiveis de reviso judicial (SIRAQUE:2005).h requisitos de validade que condicionam o ato como a competncia, finalidade, forma, objeto e motivo.No atendidas s condies de validade do ato administrativo eles podem ser invalidados.

Qual o limite desse poder dever?A invalidao do ato administrativo se materializa pela Revogao ou Anulao.Alm da legalidade, usando sempre o interesse pblico como critrio nessa avaliao. (SIRAQUE:2005 cita FERNANDES:1968).Outrossim, para esse julgamento, controle, reviso, acompanhamento, os interessados devem se informar qual rgo praticou o ato administrativo (critrio subjetivo do ato) sempre o poder publico ou pessoa que o represente e, que tipo de ato, de atividade administrativa foi exercida (critrio objetivo do ato) matria administrativa. (DI PIETRO:2009)Averiguar e/ou demonstrar se o ato lcito, possvel, certo e moral, vlido, motivado conforme a finalidade pblica, nulo, anulvel, passvel de convalidao, formulado com desvio ou abuso de poder. (DI PIETRO:2009)

2 ADMINISTRAO PBLICA PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS ADMINISTRATIVOS2.1. Princpios: Conceito e Funo

2.1.1 Conceito:Celso Antnio Bandeira de Mello, tambm lembrado por Carlos Ari Sundfeld, da mesma forma afirma que os princpios so a base estrutural de qualquer sistema. Diz que:

o princpio o mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposio fundamental que se irradia sobre diferentes normas compondo lhes o esprito e servindo de critrio para a sua exata compreenso e inteligncia exatamente por definir a lgica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tnica e lhe d sentido harmnico. o conhecimento dos princpios que preside a inteleco das diferentes partes componentes do todo unitrio que h por nome sistema jurdico positivo. (SUDFELD, ob. Citada, p. 136)

2.1.2 Funo:

Logo, considerado que os princpios so as ideias fundamentais do sistema jurdico, vemos que eles detm a funo de conferir ao sistema sentido lgico, harmonioso e racional, facilitando a compreenso de seu funcionamento. (Miguel Reale)

2.2 Princpios ConstitucionaisA constituio o texto legal supremo, maior e fundamental de um Estado, e os princpios nela contidos expressamente, ou dela extrados, configuram-se como os princpios norteadores fundamentais de todo o ordenamento jurdico do Estado.

2.3 Princpios Constitucionais da Administrao Pblica

Antes da nova constituio de 1988, os princpios relativos Administrao Pblica no faziam parte expressamente do texto constitucional, todavia, a Constituio Federal/88 inovou consagrando em seu texto que a Administrao Pblica, em todos os nveis (federal, estadual e municipal), seja direta ou indireta, obedecer aos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. Mais recentemente, incorporou-se ao texto constitucional, atravs da Emenda Constitucional n 19/98, o princpio da eficincia (BRASIL, 1988). Prescreve o Artigo 37, CF/88 A administrao direta e indireta de qualquer dos poderes da unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, publicidade e eficincia (BRASIL, 1988). 2.3.1 Princpios (implcitos na Constituio)2.3.1.1 Legalidade

rgos da Administrao atuaro submissos lei. A lei estabelecer limites da atuao da administrao, que devem ser em prol da coletividade. Ex: legalidade na criao e extino de cargos, contratao de pessoal.

2.3.1.2 Moralidade

Os atos da administrao pblica deve observar as regras morais. Licitude e honestidade. Legalidade Administrativa basicamente a juno da aplicao da lei, da moralidade e do interesse pblico. Diz a CF/88 que:

Art. 5 - Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes: [...]LXXIII qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia; (grifo nosso) (BRASIL, 1988)

2.3.1.3 Impessoalidade

O interesse relativo a todos os atos da administrao pblica deve ser impessoal. Correlao Supremacia do Interesse Pblico, sem desvio de poder ou de finalidade.

2.3.1.4 Publicidade

A prtica dos atos pblicos exige publicidade para assegurar a transparncia, propiciando a fiscalizao da coletividade.

2.3.1.5 Eficincia

A Reforma Administrativa (EC 19/98) introduziu o princpio da eficincia para eliminar a burocracia possibilitando rapidez e eficcia no atendimento populao em relao atuao do agente pblico ou ao modo de organizar a Administrao Pblica.Para a aplicao prtica desse princpio, necessria a diferenciao de otimizar e o princpio da eficincia propriamente dito.A simplificao pelo senso comum em relao a interpretao do principio da eficincia em fazer mais com menos custo, na verdade, quer dizer otimizar. A eficincia requer entendimento mais amplo do ordenamento jurdico administrativo, anunciado que esse principio exige fazer mais com menor custo, e ainda, com qualidade, finalidade e moralidade pblica.A obedincia desses princpios, base das normas do sistema jurdico, a atuao prtica da norma constitucional e administrativa.A Constituio Federal deixou de ser somente uma inteno h muito tempo. Portanto a legalidade e a Supremacia do interesse pblico so os princpios mais importantes, pois o que est na lei e o administrador no cumpre, ser punido e que no est na lei, o homem honesto se valer da supremacia do interesse pblico sobre o seu.

A Administrao tem sofrido transformaes durante a histria. A formao da gesto passou vrios estgios, influenciados por vrios modelos de administrao: Patrimonialismo, Burocrtico e gerencial.

3 BREVE HISTRICO SOBRE ADMINISTRAAO PBLICA.

3.1 Modelo Patrimonialista

Na Administrao Pblica Patrimonialista = o Estado - extenso do poder soberano. Caractersticas: Estado dominante, ditador, soberania autoritria. Os direitos so concedidos segundo critrios pessoais e os cargos considerados premiaes, dando margem ao nepotismo, ditadura e corrupo. Esse modelo comea a se tornar inaceitvel com o fortalecimento do capitalismo e a democracia.

3.2 Modelo Burocratico

O controle executado pelo poder racional e controle a prioriCaractersticas: legal, orientados pela profissionalizao, idia de carreira, hierarquia funcional, formalismo e impessoalidade. Acredita-se que esse modelo combate a corrupo, o nepotismo incentivados pelo modelo patrimonialista, pois o controle rgido seria eficaz para o Estado garantir sua funes de executar, como admitir funcionrios, comprar, cumprir contratos. Contudo, a aplicao desse modelo sem medidas exatas, transforma o Estado na prpria razo de ser do funcionrio, simplesmente; e no como fim de servir sociedade, causando, ento, ineficincia do Estado.

3.3 Modelo Gerencial

Controle administrativo a posteriori dos resultados. Isso ocorre aps necessidade de flexibilizar os modelos anteriores de administrao para adaptar as transformaes do cenrio econmico, tecnolgico e social mundial, como a expanso das funes econmicas e sociais do Estado, do desenvolvimento tecnolgico e globalizao da economia mundial. Caractersitcas: a forma de controle concentra-se nos resultados e no mais nos processos. Um controle social que visa eficincia, fazer mais com menos em prol da sociedade, o cliente do Estado. Incorpora um processo decisrio descentralizado, pr-ativa e inovadora. Um servio cidadania.O Plano diretor da Reforma do Aparelho do Estado, no site da Cmara da Reforma do Estado ainda menciona a necessidade da descentralizao e a reduo dos nveis hierrquicos.

4 ADMINISTRAO PBLICA HOJE - NOVO CONCEITO GERENCIAL

O principal foco da administrao pblica gerencial alcanar o objetivo social atravs da tentativa de desestimular o Estado paternalista para alcanar um Estado voltado para o controle de resultados e descentralizado (DROPA, 2003)A governana a prtica da gesto publica com a autonomia que Bresser prega no modelo gerencial.Nesse contexto gerencial, uma governana bem diagnosticada, elaborada fundamental para a execuo dos atos administrativos e decises de governo em conformidade com a finalidade da Administrao Pblica, que essencial.Descentralizao produtividade controle a posteriori autonomia - governana pblica

Que tipo de governana deve ser aplicada para o alcance eficiente da finalidade publica administrativa?

PrincpiosLeiRecursoEspecificar demandas local em conformidade com direcionamento macroPlanejamento e execuo (marketing publico, tecnologia da informao , capacitao e valorizao institucional e funcionrio publico)Acompanhamento institucional interno e externo e socialInstitucionalizao de participao e controle social (regras, conscientizao e capacitao)Conscincia e envolvimento com a sociedade e o desenvolvimento local.

5 - PARTICIPAO E CONTROLE DA ADMINISTRAAO PUBLICA

Vanderlei Siraque, (2005:112) diferencia a Participao popular de Controle Social.Participao popular ocorre no momento da tomada de decises, antes ou concomitante elaborao do ato da Administrao; um poder poltico de elaborao de normas jurdicas.(...) partilha de poder poltico entre as autoridades constitudas e as pessoas(...).Controle Social pode concretizar-se em dois momentos, sendo anlise jurdica da norma e planejamento (participao), bem como, na fiscalizao da execuo ou aplicao dessas normas.

5.1 Fundamentos Da Participao e Controle Social

A essncia jurdica do controle social est nos direitos fundamentais de informao, de petio e de certido dos rgos pblicos e nos princpios da publicidade, da legalidade, da in disponibilidade do interesse pblico, da soberania popular, e em especial, no princpio republicano. (SIRAQUE:2005, apresentao, XI).

Paralelamente a fundamentao legal, Vanderlei Siraque ressalta a fundamentao social e poltica para importncia do exerccio do controle social, por meio do perene evento das tentativas do desvio as finalidades do interesse pblico, ensejando ineficincia do controle institucional interno e externo. (XVII, Introduo). Esse direito essencial como mais um instrumento de eficincia do servio pblico no alcance do interesse coletivo.

5.2 Espcies de Controle5.2.1. Controle Interno, Externo e Social

O autor Vanderlei Siraque nos ensina que podemos encontrar diversas concepes da palavra controle. E que , a palavra controle tem o significado de acompanhamento, de fiscalizao (...), (SIRAQUE:2005, p, 79) sendo de pouca serventia a inteno do texto constitucional diferenciar fiscalizao de controle, pois, fiscalizar e controlar , no texto supracitado, significam a mesma coisa e ambas as palavras tm o mesmo objetivo, isto , impedir que os atos do Executivo, tanto da Administrao direta quanto da indireta, desviem-se das finalidades determinadas pelas normas do ordenamento jurdico.(SIRAQUE:2005, p.79-80)O cidado tem a faculdade ou no de controlar, de exercer um direito pblico subjetivo, enquanto a Administrao tem o dever de exercer o seu poder poltico de julgar a controvrsia que foi a ela colocada.(SIRAQUE: 2005, p. 92)Controle Interno e Externo = espcie institucional de controle (SIRAQUE: 2005, p. 94);Controle Social = direito pblico subjetivo de todo cidado.

Consequncia de Controle possibilidade ou no de revogao (por inconvenincia e inoportunidade) ou obrigao de sua invalidao (por ilegalidade ou ilegitimidade) pela Administrao, mediante julgamento administrativo.( SIRAQUE:2005, p. 92), ou judicirio.Condio do exerccio de controle = legitimidade

Espcie de Participao e Controle

Conselhos gestores de programas do governo federal e setoriais de polticas publicasAudincias PublicasOramento Participativo

Consequncia da Participao

Estratgia Publica para qualificar o direito de participao e o alcance da finalidade administrativa publica = atender o interesse social de forma eficiente, moral e transparente.Cumprimento do mandamento constitucional de que todo poder emana do povo (principio republicano e participativo)

Condio do exerccio de participao = legitimidade

5.3 Legitimidade do Controle e Participao Social

A legitimidade legal por meio de todos os princpios constitucionais apresentados todos tem.Por outro lado, deve o detentor desse direito subjetivo de participar e controlar, agir ativamente por meio dos vrios mecanismos, instrumentos de participao e controle social existentes.

O controle social um direito publico subjetivo, que pode ser exercido por um cidado ou um conjunto de cidados, organizados ou no.

E a sociedade tem espao ou est preparada para exercer esse direito?Em quais segmentos?

(...) o controle social realizado por um particular, por pessoa estranha ao Estado, individualmente, em grupo ou por meio de entidades juridicamente constitudas, sendo que, nesse caso, no h necessidade de serem estranhas ao Estado, mas pelo menos de uma parte de seus membros ser eleita pela sociedade. Citamos, como exemplo de pessoas jurdicas de carter pblico, os Conselhos de Sade e a Ordem dos Advogados do Brasil, os quais foram institudos por lei. Como exemplo as de carter privado que podem fazer o controle social , mencionamos todas as organizaes no governamentais constitudas h mais de um ano, desde que tal finalidade conste de seus estatutos sociais. (SIRAQUE: 2005, p. 99)

A organizao da sociedade civil a melhor forma a fim de viabilizar condies no exerccio desses direitos controle e tambm participao, de modo a torna-la independente, emancipada. (termo utilizado por Vidal Serrano Nunes Junior, em Prefcio da obra de Vanderlei Siraque, Controle Social da Funo Administrativa do Estado: Possibilidades e limites na Constituio de 1988, 2005, ed Saraiva, So Paulo)Esse processo de legitimao, mobilizao e organizao social, no to simples, mas deve comear a ser lapidada, pois com a experincia que iremos aprender efetivamente o exerccio da democracia. E ns, povo e gestores, que fazem parte de uma mesma sociedade, apesar de subdividida em relao a diversos aspectos, devemos encontrar o melhor caminho para obter sucesso nessa relao democrtica.

No existem propriamente regras fixas de trabalhar com o povo. O que existem so apenas balizas, setas indicadoras. Cada um tem que assumir o risco, pois o risco faz parte de todo aprendizado que se funda principalmente na experincia (...) quanto mais delicada a tarefa, mais ateno, vigilncia e seriedade se h de ter, tanto na prtica quanto na compreenso prtica (...) assumir o risco, sim, mas o risco calculado (BOFF, 1985: 10-11)

Qualquer forma de manifestao e desejo de interveno para o desenvolvimento local, pelo combate corrupo, pela fiscalizao no planejamento e aplicao do recurso publico, pela participao nas decises governamentais, enfim, vlida. Apenas no devemos admitir a confuso do objetivo de controle social com o papel legitimado do Estado, ainda que este esteja passando por uma redefinio de suas funes devido o aumento de demandas e necessidade de utilizao racional dos recursos pblicos (DIAS & MATOS : 2012, 26), isto ; mesmo que a gesto publica atual compartilhada com outros agentes, o Estado continua a ter o papel central, com controle e direo. (DIAS & MATOS: 2012, 27)

Ento como garantir essa atuao de forma mais abrangente e eficaz possvel? Como garantir que as grandes organizaes sociais existentes , independente de sua forma, no ajam sem interesses paralelos? Como garantir uma maior probabilidade que no haja desvio da finalidade publica pelos entes pblicos?Talvez nunca acharemos uma resposta que oferea total sucesso e, h ainda quem diga, no passar de um ideal.Mas a educao no processo de amadurecimento dessa legitimidade no controle e participao social e a criao e implantao de regras especficas para garantir esses direitas essncias concretizao do Estado Democrtico de Direito que a base de nossa Republica Federativa do Brasil, talvez seja uma significativa contribuio a essa experincia fundamental para o alcance mais prximo possvel da eficincia da finalidade administrativa pblica.

5.3.1 Processo de legitimao: Rompimento de Interesses e Exerccio Regular e Institucionalizado da cidadania democrtica; Educao e Empatia (perceber o outro).

Processo de legitimao popular:rompimento de interesses; exerccio regular e institucionalizado da cidadania democrtica e participativa; educao; informao e transparncia; equilbrio nas relaes de classes; empatia (se colocar no lugar do outro)/tica O desejo de mudar o seu Mundo/Conscincia e envolvimento sociedade e desenvolvimento local

Participao no processo de deciso fundamental para a democracia. Faz-se necessrio cada vez mais criar mecanismos de envolvimento dos setores organizados da sociedade civil, rompendo de vez com a cultura do centralismo, do descompromisso das pessoas e da subalternidade das classes empobrecidas. O cidado aquele que exerce o papel poltico da participao, que pressupe descentralizao, respeito comunidade, ao poder local e ao microespao como lugares privilegiados de desenvolvimento da co-responsabilidade. (GUIA DA CIDADANIA SENAC:1997, 20)

No h saber, sem exercitar ou discutir direitos e deveres; no h convivncia, sem participao.As pessoas que normalmente contribuem para alguma diferena na vida pessoal e coletiva so aquelas com uma viso que ultrapassa os seus instintos naturais; ultrapassa a busca da justia natural e alm dos instintos deseja um equilbrio mediante acordo cvico (HOBBES, Thomas: 1588-1679) para alcanar um bem comum coletivo e no individual.Na seara da participao e controle social o principio, a garantia desses direitos j existem no mundo jurdico. Entretanto, carece de um acordo documental especifico peculiar a cada localidade para impedir duvidas ticas.Um pacto cvico entre os homens s justo se for advindo de uma reflexo democrtica desenvolvida pelo conhecimento e experincia; estrategicamente global e local; passvel de adequao, positivado e cumprido.Criado e aplicado esse acordo legal, impositivo, passa-se ao acompanhamento contnuo no alinhamento e execuo de cada ator.Ao e energia que precede de preparao, informao, estratgia.

5.3.2 Mecanismos ou Instrumentos de Controle e Participao Social

Para tanto, necessrio a sociedade ter conscincia dos papeis e possibilidades de participao e controle para optar em qual delas quer atuar.A participao e controle pode ser exercida pelos conselhos gestores de polticas pblicas, audincias pblicas, conferncias municipais e/ou oramento participativo. Mas todas as decises dirimidas desses instrumentos dependem de aprovao do poder executivo (representatividade). H ainda outros conselhos como de bairros ou de classes, ouvidorias e outras iniciativas.

Para controle temos os direitos de petio, informao transparente, remdios constitucionais a defesa dos interesses e direitos difusos, coletivos e individuais homogneos (habeas data; Mandado de Injuno; mandado de segurana individual e coletivo pblico - visa invalidar ato ou omisso de autoridade ofensivos ao direito individual ou coletivo, lquido e certo; ao civil pblica - visa proteger os interesses coletivos e individuais homogneos da sociedade e, ao popular (visa anular ato ilegal ou lesivo ao patrimnio, tambm admitida a forma preventiva e ainda, com o Ministrio Pblico, que atua como fiscal da lei e parte legtima para a produo de provas (art. 6, 4), mas que tambm pode intervir como autor da ao, caso o autor originrio desista.)

5.3.2.1 Conselhos Gestores de Polticas Pblicas

Foi a Constituio brasileira de 1988 que instituiu diversos mecanismos de participao e controle social, entre os quais os conselhos de polticas em diversas reas sociais, instrumentos importantes e peculiares de gesto( DIAS & MATOS : 2012, 165 apud BORGES : 2004.) Devido a previso constitucional permitindo a institucionalizar a participao da sociedade civil no processo governamental ( DIAS & MATOS : 2012, 167) de forma autnoma, consultiva fiscalizadora, e principalmente, normativa, deliberativa e paritria, e com maior tempo em prtica, so os conselhos gestores de polticas pblicas os mecanismos mais utilizados pelos governos municipais e devem ser criados por leis municipais de iniciativa do poder executivo.Os conselhos gestores de polticas pblicas so bem definidos no portal da transparncia e de controle social do Governo Federal.

Conselhos Gestores = instrumentos de gesto em diversas reas sociais

Legislao Bsica = Federal, Estadual e Municipal de cada Conselho, Resolues e CF/88

Capacitao dos Conselheiros = ?????

Nos Municpios na pratica conseguem atingir numero grande de pessoas que querem participar?

Como o processo de legitimao e capacitao ocorre no seu Municpio?

Se para o exerccio do poder-dever do Estado exige governos especializados devido as transformaes scias, tecnolgicas, comunicao, humanas (DIAS & MATOS, 2012, Prefcio e p. 1- 2 ); para o exerccio do poder dos governados se exige a aplicao legal e efetiva desse direito e uma educao contnua na sua prtica.O ponto negativo que os integrantes desses conselhos, principalmente em municpios de pequeno porte, so escolhidos partidariamente, ou ao reverso, no tem interessados na participao ocasionando a repetio de quase o mesmo grupo desde que obedea ao critrio temporal de exerccio.H os conselhos gestores de programas do Governo Federal e gestores de polticas pblicas setoriais.

A seguir a legislao bsica

Sade

Lei Federal 8.142, de 28/12/90 Dispe sobre a participao da comunidade na gesto do Sistema nico de Sade (SUS) e sobre as transferncias intergovernamentais de recursos financeiros na rea da sade.Lei Federal 8.689, de 27/7/93 Dispe sobre a obrigatoriedade do gestor do Sistema nico de Sade apresentar trimestralmente, ao Conselho de Sade e em audincia pblica nas Cmaras de vereadores, relatrio da rea.Resoluo 333, de 4/11/03, do conselho Nacional de Sade Aprova as diretrizes para a criao, reformulao, estruturao e funcionamento dos conselhos de sade.Resoluo 363, de 11/8/06, do Conselho Nacional de Sade Aprova a poltica Nacional de Educao Permanente para o Controle Social no Sistema nico de Sade (SUS), para implementao nas trs esferas de governo federal, estadual e municipal.Site Conselho Nacional de Sade (CNS) WWW.conselho.saude.gov.br

Educao

Lei Federal 11.494, de 20/6/07 regulamenta o Fundeb Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao dos Profissionais da Educao.Decreto 6.253, de 13/11/07 Regulamenta a Lei 11.494, de 20/6/07.Lei Federal 11.947, de 16/6/09 Dispe sobre o atendimento da alimentao escolar e do programa Dinheiro Direto na escola aos alunos da Educao bsica.Resoluo 38, de 19/9/08, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao/Conselho Deliberativo (FNDE/CD) Estabelece critrios para o repasse de recursos financeiros conta do Programa Nacional de Alimentao Escolar (Pnae), para atender alunos matriculados no ensino fundamental em escolas de educao integral, participantes do programa mais Educao. Site Conselho Nacional de Educao (CNE) e Portal do Programa Nacional de Capacitao de Conselheiros Municipais de Educao WWW.mec.gov.br/cne

Assistncia Social

Lei Federal 8.242, de 12/10/91 Cria o Conselho Nacional da Criana e do Adolescente (Conanda)Resoluo 105, de 15/6/05 do Conanda Dispe sobre os parmetros para a criao e funcionamento dos Conselhos dos Direitos das Crianas e do Adolescente e d outras providncias.Resoluo 144, de 11/09/05 Institui os Conselhos Municipais e Estaduais de Assistncia Social quanto a inscrio das entidades.Resoluo 237, de 14/12/06, do Conselho Nacional de Assistncia Social Estabelece diretrizes para a estruturao, reformulao e funcionamento dos Conselhos de Assistncia SocialResoluo 53, de 14/3/07 , do Conselho Nacional de Assistncia Social Aprova o plano de Acompanhamento e fortalecimento dos Conselhos de Assistncia Social e prope a criao da Comisso Temtica de Conselhos de Assistncia Social.Site do Conselho Nacional de Assistncia Social WWW.mds.gov.br/cnasSite do Conanda WWW.presidencia.gov.brOutrosSite de Controle social WWW.controlesocial.pr.gov.br

Os outros mecanismos citados como audincias pblicas, conferncias municipais e/ou oramento participativo tambm devem ser experimentados por toda a sociedade, buscando envolvimento com as demandas pblicas, seja de forma organizada ou no. No obstante, o oramento participativo o incio de todo o processo de tomada de deciso uma vez que trata da fator que possibilita um plano de governo realizvel e que deve envolver ate os conselhos gestores de polticas publicas e mais tarde, as audincias publicas; mas que infelizmente ainda pouco utilizado adequadamente.

5.3.2.2 Oramento Participativo

As definioes de Oramento Participativo o classificam como instrumento de participaao e controle social. (LIMA, Jose Ossion, ON LINE, 2012, 17/09/12, as 14h48).Segundo Jose Ossion Lima (ON LINE, 2012, 17/09/12, as 15h21), o oramento participativo foi adotado inicialmente de modo voluntrio, mesmo ainda com um baixo ndice de aceitao no conjunto dos municpios brasileiros. Afirma que sua legitimidade ocorreu pelas experincias exitosas em grande parte das cidades em que foi utilizado , embora a Constituio Federal tenha previsto esse instrumento de participao e controle social desde 1988, em alguns de seus artigos como exemplo o art. 1, regulamentao dos arts. 182 e 183, por meio do Estatuto da Cidade, o art. 29, inciso XII, da CF/88, suficiente para embasar toda a legislao que viesse depois dispondo sobre obrigatoriedade do oramento Participativo, devido sua interpretao intensiva, dando margem a mais um mecanismo de democracia participativa (principio constitucional)Esse mecanismo permite a populaao retomar o seu poder constitucional nas decisoes governamentais, no entanto, para a maioria nao ficar recem da informaao da minoria elitista deve ser educada, orientada a exercer adequadamente o seu papel.O Governo Federal define Oramento Participativo no site do Portal da Transparncia como um importante instrumento de complementao da democracia representativa, pois permite que o cidado debata e defina os destinos de uma cidade. Nele, a populao decide as prioridades de investimentos em obras e servios a serem realizados a cada ano, com os recursos do oramento da prefeitura. Alm disso, ele estimula o exerccio da cidadania, o compromisso da populao com o bem pblico e a co-responsabilizao entre governo e sociedade sobre a gesto da cidade. (ON LINE, Portal da transparncia, Governo Federal, 2012).

Algumas cidades implantaram o oramento participativo e desde ento se tem varias metodologias e experincias. E no seu Municpio? Foi implantado O Oramento Participativo? Como? Tem acompanhamento continuado e uma poltica para conscientizao e educao para quaisquer interessados?

O comparecimento, o comprometimento, a qualidade e a quantidade participao da populao dependem muito de cada lugar, da cultura de participao, de informao e a capacidade de transformar a informao e anseios em ao e fiscalizao de cada municpio. Ainda no Distrito Federal, h capacitao de membros de comisso do Conselho de Oramento Participativo, mas nenhuma cidade prope preparao contnua para as pessoas (populao) contriburem realmente com o plano de governo do lugar onde vivem.

Logo, acerca da capacitao e implementao de mecanismos de participao e controle social:

Conselhos Gestores = criados por Lei Municipal, tem capacitao com diretrizes a partir do governo Federal, mas no h poltica seria e continua de conscientizar a populao da importncia de fazer parte desses conselhos.Depende da iniciativa do poder executivo, porem sua criao e mais frequente devido o tempo de implementao e evoluo desse mecanismo e podendo considerar tambm, ser condio de repasse de verbas para o setor social respectivo.Oramento Participativo = Mecanismo de democracia participativa implementado de forma voluntaria. No ha lei que regulamente sua obrigatoriedade e nem capacitao e conscientizao da populao.

o principal ator para agir nessa mudana. Tem autorizao legal na CF e pode regulamentar a institucionalizao desses princpios e Leis Federais nos Municpios com mais excelncia no atendimento do esprito da Lei. uma estratgia de gesto na busca da eficincia da administrao publica.

De que forma os Municpios podem fazer para mudar esse cenrio na participao social?

A abertura, a qualidade e a continuidade da participao e controle social potencializa o cumprimento dos princpios constitucionais administrativos numa governana publica.

Por que?

as pessoas se sentem parte da administrao, portanto compreendem melhor as decises tomadas; otimiza o levantamento de problemas, dficits, insatisfaes reais; proporciona organizao na interlocuo entre a sociedade e o Poder Publico; aumenta o fluxo de ideias, informaes, solues, dilogo, troca de experincias; aperfeioa o surgimento de boas praticas de gesto publica e o fortalecimento da eficcia de polticas pblicas no desenvolvimento local viabiliza a qualidade na participao das pessoas e governos em rede.

De que forma?

A institucionalizao de regras de interlocuo entre o Poder Pblico, de conscientizao da sociedade na participao qualificada e continua nas decises governamentais no pode ser mais um papel, mas um meio de efetivar as conquistas constitucionais de participao e controle social, de poder social, como estratgia para eficincia na gesto pblica, ou seja, atender o interesse social de forma eficiente, moral e transparente.

Alm de conscientizao e presso popular por meio de parceria de organizaes no governamentais e de poucos e normalmente frgeis movimentos sociais e individuais, necessrio vontade poltica governamental.

O que falta?

5.3.3 Formas de Organizao da Sociedade Civil

H entidades de classes, associaes, partidos polticos, sindicatos, associaes de bairros e diversos movimentos sociais ou aes individuais.Independente da forma, a organizao da sociedade civil deve ser foco das pessoas que realmente desejam mudar o seu mundo.Juarez de Paula discorre muito bem sobre essas pessoas:

(...) que no h desenvolvimento sem mudanas (...) o segredo do desenvolvimento conquistar e seduzir pessoas, pois tudo depende unicamente delas. So as pessoas que fazem toda a diferena, (...) nisso reside a base da cooperao e da reciprocidade. So pessoas que sabem o valor da autenticidade e que nos dizem de muitos modos: seja voc mesmo, nem mais, nem menos.(...) o melhor lugar do mundo aqui e agora, (...) preciso ousar, arriscar e empreender, porque o medo de errar e de perder a nica coisa que nos separa do sucesso. (PAULA, Juarez, 2008:SEBRAE)

6 ETICA E MORAL, MORALIDADE ADMINISTRATIVA, LIDERANA "ESPIRITUALIZADA" E JUSTIA: REFERENCIAL ESTRATGICO

A Administrao pblica, j pelo seu fundamento, exige uma liderana diferenciada, e a avaliao e prtica contnua da tica pode ser um referencial estratgico de sustentabilidade da finalidade pblica, independente do modelo e pratica gerencial definida.Uma liderana pblica tem como base legal, obrigatria, a moralidade no dever de atender um interesse coletivo.A moralidade administrativa, imposta de dentro e vigora no prprio ambiente institucional e condiciona a utilizao de qualquer poder jurdico, mesmo o discricionrio (DI PIETRO, 2009: 76 apud BRANDO, RDA 25:54) Nesse sentido, o desvio de poder passou-se a ser visto como hiptese de ilegalidade, e no apenas imoral, sujeita, portanto, a apreciao do poder judicial.Mas, como saber o que bem ou mal, legal ou ilegal, o justo ou injusto, o conveniente e o inconveniente, o honesto ou desonesto (DI PIETRO, 2009:76).Esse julgamento muitas vezes pode ser discricionrio no ato de decidir e realizar de forma imediata, mas deve ser executado, na medida exata do necessrio, da finalidade do poder dever estatal.Qual a medida exata do necessrio da finalidade pblica? Tanto a lei como atos discricionrios deve se orientar pelo fim publico. se colocando realmente no lugar do outro, honrando o cargo que ocupa, o titulo que conquista, valorizando a vida e o nome com que foste presenteado.Esse termo liderana espiritualizada conhecida do livro do filsofo Mario Sergio Cortella que diz:

Lder espiritualizado aquele capaz de olhar o outro como o outro, de inspirar, de elevar a obra, em vez de simplesmente rebaixar as pessoas. Ento, essa espiritualidade a capacidade de respeitar o outro como o outro e no como um estranho e edificar, em conjunto, um sentido (como significado e direo) que honre nossa vida. (Introduao)

Portanto, para enxergar o verdadeiro significado de administrar na rea publica, exige um lder espiritualizado, de pessoas que se coloquem no lugar do outro a todo o momento, seja para cumprir a Lei, seja para discutir mudanas na Lei. E no h como identificarmos lderes espiritualizados e exigir melhoras de outros tipos de lderes, se no nos tornamos tambm liderados espiritualizados.

Um poder que se serve, em vez de servir, um poder que no serve.(Mrio Srgio Cortella)

A Justia um convite oportuno para renunciarmos as disputas polticas e avaliarmos se somos capazes de ter uma discusso sensata sobre em que tipo de sociedade realmente queremos viver.(Jonathan Re, the observer)

Precisa-se de matria prima para construir um pas (...). O Problema est em ns. Ns como povo. Ns como matria prima de um Pas. Porque perteno a um pas onde a esperteza a moeda que sempre valorizada (...).Como matria primade um pas, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres de que nosso pas precisa(...).Mas enquanto algum no sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vcios que temos como povo, ningum servir (...) O que nos falta Educao! (Joo Ubaldo Ribeiro)

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