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CURSO DE FORMAÇÃO DE AQUAVIÁRIOS MÓDULO GERAL CFAQ - II Manual do aluno MARINHA DO BRASIL DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO 1ª edição Rio de Janeiro 2003 Introdução à Arte do Marinheiro Controle e Prevenção de Avarias Sobrevivência no Meio Aquaviário

CFAQ II ArteMarinheiro

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CURSO DE FORMAÇÃODE AQUAVIÁRIOS

MÓDULO GERAL

CFAQ - II

Manual do aluno

MARINHA DO BRASILDIRETORIA DE PORTOS E COSTASENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO

1ª edição

Rio de Janeiro2003

Introdução à Arte do MarinheiroControle e Prevenção de AvariasSobrevivência no Meio Aquaviário

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© 2002 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas

________ exemplares

Diretoria de Portos e CostasRua Teófilo Otoni, nº 4 - CentroRio de Janeiro, RJ20090-000http://www.mar.mil.br/~dpc/[email protected]

Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto nº 1825, de 20 de dezembro de 1907

IMPRESSO NO BRASIL / PRINTED IN BRAZIL

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Sumário

INTRODUÇÃO À ARTE DO MARINHEIRO

Introdução .......................................................................................................... 71 Nomenclatura das embarcações...................................................................... 71.1 Embarcação ........................................................................................................ 71.2 Identificação das principais partes de uma embarcação ...................................... 71.3 Componentes estruturais ...................................................................................... 81.4 Sistemas de propulsão e governo .......................................................................12

2 Manobras de uma embarcação .......................................................................132.1 Manobras ...........................................................................................................132.2 Aparelhos de fundear e suspender ......................................................................132.3 Acessórios de convés .........................................................................................162.4 Dispositivos de atracação e amarração ..............................................................172.5 Aberturas ............................................................................................................182.6 Identificação de luzes e marcas ...........................................................................20

3 Noções de navegação......................................................................................263.1 Fundamentos básicos da navegação ..................................................................263.2 Carta náutica .......................................................................................................263.3 Rumo, proa e marcação ......................................................................................293.4 Declinação Magnética (dmg) ...............................................................................303.5 Plotagem de posição na carta .............................................................................303.6 Equipamentos náuticos ............................................................................... 31

CONTROLE E PREVENÇÃO DE AVARIAS

Introdução .........................................................................................................351 Estabilidade.......................................................................................................351.1 Conceito e principais esforços ............................................................................351.2 Principais definições ...........................................................................................351.3 Principais componentes estruturais .....................................................................381.4 Componentes mais importantes na estabilidade da embarcação........................391.5 Importância da correta distribuição longitudinal e transversal dos pesos a bordo 401.6 Necessidade de peação das cargas ...................................................................42

2 Prevenção de avarias .......................................................................................432.1 Princípios básicos da prevenção de avarias a bordo ..........................................432.2 Equipamentos de prevenção ...............................................................................452.3 Alarmes de detecção de fumaça, gases e de incêndio ........................................472.4 Importância dos procedimentos na prevenção de avarias ...................................47

3 Controle de avarias ..........................................................................................483.1 Extintores portáteis ..............................................................................................483.2 Sistemas fixos de borrifo .....................................................................................503.3 Redes de incêndio ..............................................................................................523.4 Procedimentos em fainas de controle de avarias ................................................55

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3.5 Técnicas utilizadas para reparos de emergência .................................................623.6 Plano de Segurança e Tabela Mestra ..................................................................62

SOBREVIVÊNCIA NO MEIO AQUAVIÁRIO

1 Necessidades básicas para sobrevivência ....................................................671.1 Introdução ...........................................................................................................671.2 A importância biológica da água .........................................................................671.3 Equilíbrio hídrico, água natural, água de constituição e água de oxidação ...........681.4 Mecanismos orgânicos que ocasionam a perda de água ....................................701.5 A importância da alimentação para o náufrago....................................................711.6 Fatores climáticos que afetam a sobrevivência ...................................................72

2 Perigos que ameaçam a sobrevivência ..........................................................742.1 Conseqüências de ingestão de água salgada .....................................................742.2 Perigos decorrentes da ingestão indevida de alimentos ......................................752.3 A instabilidade mental e emocional como fator de redução das chances de salvamento .762.4 Os efeitos do frio, do calor, da água salgada e da falta de água potável sobre o náufrago762.5 As principais espécies marinhas perigosas ........................................................79

3 Perigos que ameaçam a sobrevivência ..........................................................823.1 Procedimentos básicos para a sobrevivência .....................................................823.2 O processo de obtenção de alimentos oriundos do meio aquático e os cuidados

necessários na sua ingestão ...............................................................................843.3 Procedimentos básicos para enfrentar os desarranjos emocionais e mentais .....863.4 Procedimentos preventivos para conservação da saúde .....................................873.5 Procedimentos para abandono da embarcação ..................................................913.6 A importância da indumentária correta como proteção do corpo .........................923.7 A importância da utilização de destroços como recurso para flutuação ...............933.8 Ações a serem empreendidas antes, durante e após o abandono da embarcação 943.9 A importância do adestramento para enfrentar naufrágios ...................................95

4 Material de salvatagem .....................................................................................974.1 Convenção Internacional para Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS -1974)

– princípios e regras ............................................................................................974.2 A utilização do colete salva-vidas ........................................................................984.3 O lançamento e o embarque nas balsas salva-vidas ........................................ 1014.4 Acessórios e equipamentos da balsa salva-vidas e sua destinação ................. 1064.4.1 Emprego dos acessórios e equipamentos da palamenta da balsa ................... 1084.5 Procedimentos iniciais básicos após embarcar nas balsas salva-vidas ........... 1164.6 Utilização dos sinais de salvamento ................................................................. 119

Bibliografia ................................................................................................................ 124

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INTRODUÇÃO À ARTEDO MARINHEIRO

GERAL

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Introdução

Nesta disciplina são apresentadas definições básicas sobre a estrutura, propulsão,sistema de governo de embarcações, bem como, referentes às principais manobras queestas realizam. Estão descritos, também, as principais luzes e marcas existentes pelasplataformas, navios e pequenas embarcações, visando a prevenção de acidente no meioaquaviário e algumas informações sobre instrumentos, acessórios e meios utilizados nanavegação.

1 Nomenclatura das embarcações

1.1 Embarcação

Embarcação é uma construção flutuante, feita de madeira e/ou ferro, que transportacom segurança, sobre a água (salgada ou doce), pessoas e/ou carga.

Navio é o termo normalmente empregado para designar embarcações de grandeporte.

1.2 Identificação das principais partes de uma embarcação

Corpos – os navios são divididos ao meio formando os corpos de vante e de ré.

Proa (“Bow”) – é a região da extremidade de vante da embarcação. Estruturalmente,tem a forma exterior afilada para melhor cortar a água.

Bico de proa (“Nose”) – é a parte externa mais saliente da proa do navio.

Bulbo (“Bulb”) – Apêndice situado na proa, abaixo da linha de flutuação, cuja formaé projetada para reduzir a resistência à propulsão do navio.

Popa (stern) – é a região da extremidade de ré da embarcação. Estruturalmente,sua forma exterior é projetada para facilitar o escoamento da água e para tornar a ação doleme e do hélice mais eficiente.

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1.3 Componentes estruturais

Casco (“Hull”) – é uma espécie de vaso que serve de base à embarcação. Em suaparte inferior corre a quilha, que acompanha todo o casco, desde a proa até a popa,servindo-lhe de peça principal de sustentação da sua estrutura. A quilha funciona no cascocomo a coluna vertebral no corpo humano e o divide em dois bordos. Para a sustentação dochapeamento do casco, saem as cavernas para um bordo e para outro, como se fossem asnossas costelas, que partem da coluna vertebral. O conjunto de cavernas que dá forma aocasco é chamado de cavername. Depois de formado o esqueleto do casco, este recebeo chapeamento ou revestimento.

Costado (“Side”) – É a parte externa do casco, aproximadamente vertical, acimada linha de flutuação.

Fundo (“Bottom”) – É a parte externa do casco, aproximadamente horizontal, abaixoda linha de flutuação.

Meia-nau (“Midship”) – é a parte do casco que divide os dois corpos; é um referencialde uma região da embarcação que se situa entre a proa e a popa.

Bordo (Side) – cada uma das partes simétricas em que o casco é dividido por umplano longitudinal que corte a proa e a popa. Um observador posicionado na linha diametraldo navio e voltado para a proa, terá boreste (BE) à sua direita e bombordo (BB) à suaesquerda.

Bombordo (Port-side) – É o bordo à esquerda de quem olha da popa para a proa,com a pessoa situada no plano longitudinal.

Boreste (“Starboard-side”) – É o bordo à direita de quem olha da popa para aproa, com a pessoa situada no plano longitudinal.

Veja na figura a seguir um pouco sobre as direções que se pode obter, estando abordo de uma embarcação.

Bochechas – são as partes curvas do costado de um bordo e de outro, próximas àproa. Amura é o mesmo que bochecha, significa também uma direção qualquer entre aproa e o través.

Través – é a direção perpendicular ao plano longitudinal que corta o navio de proa a popa.

Alheta – são as partes curvas do costado de um bordo e de outro, próximas à popa.

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5,90 m

5,60 m

5,35 m

ESCALA DE CALADO

Encolamento (“Bilge”) – É a parte do casco entre o costado e o fundo. Quandoarredondado e geralmente saliente, é conhecido por bojo.

Amurada (“Side wall”) – É a parte interna do casco, acima ou abaixo da linha deflutuação. Na beira do cais, a amurada é chamada erroneamente de “amura” ou “mura”.

Linha d’água (Boottop) – é uma faixa pintada no casco da embarcação, querepresenta a região em que ela flutua. A linha de flutuação é a interseção entre o cascoda embarcação e a superfície da água em um determinado momento em que ela flutua.

Quando a embarcação está completamente carregada a linha de flutuação coincidecom a parte superior da linha d’água. Denomina-se flutuação leve a situação em que aembarcação flutua na parte inferior da linha d’água.

Na figura ao lado pode-se ver o casco naproa da embarcação, seu chapeamento e a linhad’água pintada de amarelo.

Calado (“Draft”) – é a distância verticalcompreendida entre o fundo da embarcaçào e asuperfície da água onde flutua a embarcação. Asembarcações têm marcadas nos costados, a BEe a BB, as escalas numéricas dos calados oumarcas de calado.

A graduação das escalas pode ser em decímetros, comalgarismos arábicos de 10 cm de altura (ou 5 cm em naviospequenos), ou em pés, com algarismos romanos de 12 polegadasde altura (ou 6 polegadas em navios pequenos). Muitos naviosadotam a escala em decímetros e algarismos arábicos a borestee a escala em pés e algarismos romanos a bombordo.

Cada número indica sempre o calado que o navio temquando a superfície da água está tocando o seu limbo inferior;consequentemente, quando a água estiver no seu limbo inferioracrescenta-se uma unidade ao calado. As frações são estimadasa olho.

Obras mortas (“Upper works”) - É a parte do casco que fica acima do plano deflutuação.

Obras vivas ou Carena (“Quick Works”) - É a parte do casco abaixo do plano deflutuação, ou seja, a parte realmente submersa do navio.

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Quilha (“Keel”) - Peça estrutural, em todo o comprimento do casco, no planolongitudinal e na parte mais baixa do navio, fechando a ossada inferior. Constitui a sua“espinha dorsal” e serve de apoio às cavernas.

Cavernas (“Frames”) - Peças de reforço colocadas transversalmente formando oarcabouço do navio. Suas extremidades inferiores são presas à quilha e as superioresligadas aos vaus que suportam o convés. Constituem as “costelas”. Servem de base aosconveses do navio.

Vaus (“Beans”) - Vigas estruturais no sentido transversal, de boreste para bombordo,servindo para ligar os dois ramos de uma baliza e, também para sustentar os conveses.

Hastilhas (“Floor”) - Reforços transversais na parte inferior das cavernas que vãode um bordo a outro, no fundo do navio.

Chapeamento ou forroexterno (“Plating”) - Conjunto dechapas que revestem o cavername donavio, formando um casco resistente ehermético. O chapeamento junto comas cavernas deverá ser capaz desuportar a pressão da água bem comoo impacto das ondas e as inevitáveisbatidas de encontro ao cais.

Balizas (“Stations”) - Peças,em geral, de forma curva dispostas nosentido transversal do navio, servindopara dar forma ao casco e sustentar oforro.

Pés de carneiro (“Stanchions”) - Colunas destinadas a suportar um vau ouaumentar a rigidez de uma estrutura, quando o espaço entre as anteparas estruturais égrande.

Anteparas (“Bulkheads”) - Estrutura vertical que subdivide o navio emcompartimentos ou regiões estanques. São as paredes do navio.

Compartimentos – são as divisões internas de uma embarcação.

Convéses (“Decks”)– são os pavimentos de uma embarcação.

Um convés é corrido quando não sofre interrupção de proa a popa, sendo o maiselevado chamado de convés principal (“Main deck”). Há vários outros conveses superioresnão corridos, sobretudo nas embarcações de passageiros. Neste caso, passam a sernumerados (convés 01, 02, 03 e assim por diante) e se situam na superestrutura daembarcação.

Superestruturas (“Superstructure deck”) – são as elevações construídas sobreo convés principal. Existem vários tipos de superestrutura, como castelo e tombadilho, sendoa principal denominada central. Em navios mercantes nela ficam situados diversos

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Superestrutura

compartimentos como: a câmara do comandante, os camarotes, o refeitório, o escritório, acozinha e o camarim de navegação.

Acima do convés principal os conveses são designados por letra ou número ordinalem ordem crescente, a partir do convés principal. São também conhecidos como convésessuperiores. Abaixo do convés principal (dentro do casco) os conveses são chamados deconvéses inferiores e numerados de cima para baixo.

O pavimento do fundo do casco chama-se cobro (“Ceiling”) e o espaço entre ele ea última coberta denomina-se porão.

Levam também o nome genérico de porões, os espaços destinados à carga,correspondentes a cada escotilha e como já vimos, são numerados de proa à popa ou devante para a popa ou para ré.

Porões (“Holds”) - Compartimentos estanques localizados entre o convés principale o fundo do navio ou duplo fundo. Destinam-se ao acondicionamento das mercadorias.São numerados a partir da proa, ou seja, de vante na direção da popa.

O castelo e o tombadilho são pequenos conveses situados na proa e na popa,respectivamente, usados nas manobras de atracação, desatracação e reboque. Os convesesse comunicam com o interior do casco e com a parte externa da embarcação por meio deaberturas, que serão vistas no subitem 1.8.

Castelo ou castelo de proa (“Forecastle deck”) – éuma espécie de plataforma na proa, onde ficam situados osescovéns (aberturas onde fica gurnida a âncora de vante ouferro de vante), as espias (cabos de amarração daembarcação), as buzinas (aberturas por onde passam as

espias para terra) e todo omaterial das fainas deatracação e fundeio.

Tombadilho (“Poop Deck”) – é a superestrutura situadana popa, destinada também às manobras de atracação,desatracação e reboque.

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Malaguetas

Hélice

Bucha telescópica

Eixo propulsor

1.4 Sistemas de propulsão e governo

Motor de propulsão – são asmáquinas que fornecem energia mecânica àpropulsão. As pequenas embarcações emgeral são movidas por motores diesel, quetransmitem um movimento de rotação a um eixoque possui um hélice em sua extremidade.

Eixo propulsor – são peças metálicas cilíndricasque servem para transmitir o movimento rotativodo motor ao hélice da embarcação. O eixo éapoiado em mancais que suportam seu peso e omatém alinhado. Um mancal muito importante é oda bucha telescópica do eixo que se localiza naabertura do casco por onde o eixo passa para forada embarcação.

Hélice – é o propulsor da embarcação instalado naextremidade do eixo propulsor. A tradição marinheiraconsidera hélice como palavra masculina. Assim, aoreferirmo-nos a essa peça, dizemos: o hélice, em vez de ahélice. Há navios que possuem mais de um hélice, emboraa maioria possua apenas um e este situa-se a ré, envoltopor uma peça robusta situada no extremo da quilha,denominada cadaste.

Roda do leme ou Timão – é uma roda de madeira ou metal cujogiro, para um bordo ou para o outro, ocasiona a movimentação doleme para o mesmo bordo de seu giro.

Malaguetas – são punhos fixados aocontorno exterior do timão por meiodos quais o timoneiro imprime a ele omovimento de rotação.

Leme – é o principal aparelho degoverno da embarcação e serve para dar a direção em queela navega.

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2 Manobras de uma embarcação

2.1 Manobras

Atracação – atracar é prender uma embarcação qualquer a um cais ou a outraembarcação que já esteja atracada. Neste caso diz-se que a atracação foi a contrabordode outra. A atracação de um navio faz-se por meio de cabos de grande bitola (espias). Porexemplo, as espias de vante e de ré são chamados, respectivamente, lançantes de vante elançantes de ré. O peso do navio e a força dos mares exigem a atuação de máquinas depropulsão e alguns equipamentos de convés para a aproximação do navio até o local daatracação. A desatracação é a manobrainversa da atracação, ou seja, desamarrar onavio do cais ou de outro navio.

Fundear ou ancorar é a manobra delançar uma âncora ao fundo para com elamanter a embarcação segura e parada emdeterminado local no mar. Suspender é içara âncora, recolhendo a amarra do fundo, parapermitir a movimentação do navio.

2.2 Aparelhos de fundear e suspender

Assim são chamadas as máquinas de convés usadas nas manobras de atracação,desatracação e fundeio da embarcação.

Máquina de suspender – funciona a vapor, motor elétrico ou por meio de sistemaelétrico-hidráulico. É provida de um tambor que colhe as espias e de uma coroa, chamadaCoroa de Barbotin, que recolhe as amarras, or ocasião do suspender. Quando o tamborfica na posição vertical, a máquina é chamada cabrestante e se na posição horizontal, demolinete.

amarra

tambor

Coroade

Barbotin

Molinete

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Amarra – é uma corrente que leva a âncora (ferro) ao seu fundeadouro. A amarra édividida em secções denominadas quartéis. O conjunto de quartéis de uma amarra formauma quartelada, que varia em seu comprimento, de acordo com o tamanho do navio.

Escovém – é um tubo por onde gurne a amarra da embarcação, do convés para ocostado.

Abita – é um cabeço de ferro, situado entre o cabrestante e o escovém, com nervurassalientes chamadas de tetas e serve para dar uma volta redonda com a amarra.

Mordente – é um aparelho fixado ao convés, situado entre o cabrestante e o escovém,normalmente provido de uma alavanca, que serve para agüentar a amarra, mordendo-a emum dos seus elos.

Paiol da amarra – a figura abaixo mostra o paiol onde a amarra fica recolhida.

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Âncoras ou ferros – são peças de peso do navio, destinadas a segurar aembarcação prendendo-a ao fundo e evitando que seja arrastada pela força da correntezaou do vento. São utilizadas nas fainas de fundeio e suspender das embarcações.

Nas embarcações pequenas o fundeio é bem simples, uma vez que um peso amarradoa um cabo ou corrente é suficiente para prender temporariamente a embaracação no localdesejado.

À medida que o tamanho das embarcações aumenta outros equipamentos e aparelhossão necessários para dar maior segurança ao fundeio. Já vimos a máquina de suspender eo molinete. Veremos agora alguns tipos de âncoras.

• âncora almirantado - é a mais antiga e tem um grandepoder de fixação ao fundo (poder de unhar), entretanto é difícil deiçar e estivar a bordo.

• âncora patente - surgiu em virtude dos problemas dotipo almirantado, facilitando o içamento e o alojamento noescovém por ter mobilidade nos braços.

• âncora danforth - tem grande poder de unhar,braços móveis e peso reduzido, sendo ideal paraembarcações pequenas.

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2.3 Acessórios de convés

Abaixo você verá ilustrações de acessórios e equipamentos situados no convés,destinados à manobra da embarcação.

Cabeço duplo - Serve para as mesmas

funções do cabeço singelo, sendo que a

espia não precisa ter alça, pois a fixação

pode ser feita com voltas falidas.

Cabrestante - É um aparelho constituído por

um tambor de eixo vertical, normalmente

acionado por motor elétrico ou manualmente,

destinado a içar amarras e a puxar espias

durante a atracação e a desatracação. Serve

também para efetuar outras manobras de

peso.

Espias - são cabos que servem para amarraro navio ao cais ou a outro navio.

Boças - são cabos destinados a amarrarembarcações miúdas.

Cabeço - É uma coluna de aço montada noconvés ou no cais, podendo ser singelo ouduplo.

Cabeço singelo - Serve para fixação daalça de uma espia da embarcação, ou daboça de uma embarcação miúda

Buzina – é uma peça de

aço robusta colocada na

borda para servir de guia

aos cabos de amarração

dos navios.

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Tamanca - É uma peça demetal fixada no convés parapassagem dos cabos deamarração dos navios.Serve para substituir umabuzina junto à borda daembarcação, com avantagem de reduzir o atrito,por possuir roletes ourodetes.

rodetes

2.4 Dispositivos de atracação e amarração

Espias - Cabos de fibra vegetal ou sintética ou de fio de arame de aço que se lançamdo navio para o cais ou outro navio, onde serão passados nos dispositivos de amarração.Recebem as seguintes denominações de acordo com sua posição em relação ao navio:

Lançantes - São os cabos que disparam para fora, da proa ouda popa, evitando o movimento do navio para vante ou para ré.Toma o nome da parte do navio de onde sai, por exemplo,lançante de proa ou lançante de popa.

Travéses - São os cabos que formam um ângulo reto (90o)com o plano longitudinal, evitando que o navio se afaste (abra) docais. Por exemplo: través de popa, través de proa e través a meianau.

Espringues - São os cabos que se dirigem para dentro da proaou popa, impedindo o movimento do navio para vante ou para ré.Toma o nome da parte do navio de onde sai, por exemplo, espringuede proa ou espringue de popa.

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2.5 Aberturas

Muitas são as aberturas encontradas nas embarcações. A seguir passaremos a definiras principais.

Portaló – abertura na borda da embarcação onde fica situada a escada de acessode pessoal e de pequenas cargas. As figuras abaixo mostram o portaló e sua escada.

Portas – são aberturas que permitem a passagemde pessoal de um compartimento para outro, no mesmoconvés.

Há portas na parte interna do navio que não permitema passagem de água ou de qualquer outro líquido, a fim deevitar alagamentos. Este tipo de porta possui um sistemaespecial de fechamento por meio de grampos e é chamadode porta estanque.

Existem ainda nas embarcações as portas de visitaque fecham as aberturas circulares ou elípticas dos tanquese permitem que eles sejam inspecionados.

Portaló Escada de portaló

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Escotilha – abertura no convés ou nas cobertas, geralmente retangular, por ondepassam a carga, o pessoal e a luz. Cobertas são os espaços compreendidos entre osconveses abaixo do principal.

Escotilhão – tipo de escotilha que dá acesso ao pessoal para as cobertas, porõese compartimentos de conveses inferiores. Seu fechamento é estanque.

Vigia – abertura circular no costado ou na anteparada superestrutura, guarnecida de gola metálica para fixaçãode tampa espessa de vidro. Pela vigia podem passar o ar ea claridade.

Olho de boi – abertura no convés ou numa antepara fechadacom vidro grosso para dar claridade a um compartimento.

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2.6 Identificação de luzes e marcas

Veremos detalhadamente as luzes e marcas que devem ser apresentadas pelasembarcações, a fim de evitar acidentes e garantir a segurança do tráfego aquaviário.

As regras referentes às luzes devem ser observadas do pôr do sol ao nascer do sol,não devendo ser exibidas outras luzes que possam originar confusão. Mesmo de dia, comvisibilidade normal, use as marcas adequadas à situação.

Embarcações de propulsão mecânica em movimento com mais de 50 metrosde comprimento

• luz de mastro de vante (alcance de 6 milhas);• luz de mastro de ré mais alta que a de vante (alcance de 6 milhas);• luzes de bordos (alcance de 3 milhas); e• luz de alcançado (alcance de 3 milhas).

Embarcação cujo comprimento fica entre 12 e 50 metros

• luz de mastro de vante (alcance de 5 milhas);• luz de mastro de ré (facultativa);• luzes de bordos; e• luz de alcançado.

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Embarcações menores que 7 metros

Independentemente do tipo de propulsão, essas embarcações devem apresentaruma luz branca; se tiver velocidade maior que 7 nós, deve apresentar também luzes debordo.

Luzes de reboque e empurra

Se o comprimento do reboque for inferior a 200m, a embarcação rebocada deveexibir:

• 2 luzes verticais de mastro a vante;• luz de alcançado;• luzes de bordo; e• luz de reboque (amarela) acima da de alcançado.

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Se o comprimento do reboque (o tamanho do cabo de reboque que vai da popa dorebocador até a proa do rebocado) tiver mais de 200 metros, o rebocador deverá mostrar:

• 3 luzes verticais de mastro a vante; e• todas as outras luzes iguais ao caso anterior (comprimento de reboque inferior a

200m) .

Se a embarcação estiver empurrando ou rebocando a contrabordo deverá mostrar:

• as mesmas luzes dos casos anteriores, exceto a luz amarela de reboque; e• se for incapaz de se desviar do seu rumo, deve também exibir as luzes de

embarcação com capacidade de manobra restrita.

Marca de reboque

De dia, quando o comprimento do reboque for superior a 200m, usar a marca ondemelhor puder ser vista.

O rebocado durante o dia deverá usar a marca sempre que possível,independentemente do comprimento do reboque.

Se a embarcação for incapaz de se desviar do seu rumo, a marca de embarcaçãocom capacidade de manobra restrita deve acompanhar a marca de reboque.

Embarcações engajadas na pesca

Veremos então como distinguir uma embarcação engajada nas pescas de arrasto enão de arrasto, de dia e de noite.

Pesca de arrasto

• 2 luzes circulares dispostas em linha vertical, sendo a superior verde e a inferiorbranca;

• 1 luz branca de mastro por ante-a-vante e acima da luz verde (barco maior que 50metros); e

• quando em seguimento, usar luzes de bordo e alcançado.

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Marcas

2 cones unidos pelo vértice; se menor de 20 mpoderá exibir um cesto.

Pesca não de arrastão

Exibirá à noite 2 luzes circulares dispostas em linha vertical, sendo a superiorencarnada e a inferior branca.

Quando em seguimento, usar luzes de bordo e alcançado.

Se o equipamento que usar tiver mais que 150 m (horizontalmente), uma luz brancacircular na direção do equipamento.

Marcas

Se o comprimento do equipamento for menor que 150 m:• 2 cones unidos pelo vértice; e• se o barco for menor de 20 m, exibir um cesto.

Quando o comprimento for maior que 150m, usar como marca adicional um conecom o vértice para cima na direção do equipamento

Como identificar, de dia e de noite, uma embarcação sem governo e umaembarcação com capacidade de manobra restrita.

Sem governo

De noite deve exibir 2 luzes circulares disposta em linha vertical. Com seguimento,luzes de bordo e alcançado

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Marca

De dia exibir 2 esferas

Com capacidade de manobra restrita

De noite exibir 3 luzes circularesposicionadas verticalmente, sendo que asuperior e a inferior encarnadas e a do meiobranca. Com seguimento usar luzes de bordoe alcançado

Marca

De dia, 2 esferas separadas por 2cones unidos pela base

Embarcação com restrição de manobra devido a seu calado

De noite exibirá 3 luzes encarnadas posicionadas verticalmente onde melhor possamser vistas. Se estiver em movimento, luzes de bordo e alcançado.

Marca

De dia exibirá um cilindro

Quando estiver encalhadaexibirá

De noite, duas luzes encarnadascirculares dispostas verticalmente, etambém as luzes de fundeio adequadasao seu comprimento

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Marca

De dia exibirá 3 esferas pretas

Quando estiver fundeada existirá:

Se à noite, na parte de vante luz circular branca e na parte de ré luz circular branca(mais baixa que a de vante)

As embarcações menores que 50m podem exibir apenas uma luz circular branca,onde melhor possa ser vista.

Marca

De dia uma esfera na parte de vante

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λλ

ϕϕ

ϕ

λ

3 Noções de navegação

3.1 Fundamentos básicos de navegação

Navegar é partir de um ponto conhecido e chegar a outro, com segurança.

Para identificar um ponto de partida temos que saber as nossas coordenadasgeográficas:

Latitude - É a distância angular medida ao longo do meridiano e contada a partir doEquador, 90º para o Norte e 90º para o Sul. O símbolo de latitude é a letra grega .

Exemplos: = 25º 20.0’ N = 28º 35.2’ S

Longitude - É o arco do paralelo ou ângulo no polo medido entre o Meridiano deGreenwich e o meridiano do ponto, 180º para Leste e 180º para Oeste. O símbolo da longitudeé a letra grega .

Exemplos: = 045º 30.5’ E = 174º 25.3’ W

3.2 Carta náutica

É a representação plana de um trecho da superfície da Terra apresentando partes deágua e de litoral.

Nas laterais das cartas náuticas estão representadas as latitudes e nas partes decima e de baixo, as longitudes.

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Em alguns pontos da carta náutica encontramos rosas-dos-ventos, com as orientaçõesNorte, Sul, Leste e Oeste.

Aparecem, em toda a extensão das áreas cobertas por água, vários números querepresentam as profundidades locais em metros.

Escala é uma informação que significa a relação entre o representado e o real.

A escala da carta a ser usada depende de que detalhamento o navegador necessita.Uma pequena escala de carta pode ser suficiente para uma navegação ao longo da costa,porém ela não dará informações detalhadas a respeito de perigos em águas interiores,fundeadouros ou entradas de portos. Essas informações estarão disponíveis em uma cartade maior escala.

A escala é uma informação mostrada logo abaixo do título da carta dando o númerode unidades medidas em terra que são representadas por uma unidade da carta ou, emoutras palavras, a escala da carta significa a relação entre o representado e o real. Ex. :carta 1711- escala 1:80.000.

As cartas náuticas são fabricadas em diferentes escalas, atendendo às necessidadesda navegação, sendo as de menor escala utilizadas em navegação em mar aberto e emaproximação às barras e as de maior escala, nos portos, baías e canais.

Informações oferecidas pelas cartas náuticas

Por meio de uma simbologia própria, uma série de informações de extrema utilidadepara o navegante são fornecidas pelas cartas náuticas. Entre tais informações destacamos:

• Título da carta e número de ordem: indicam o país, a parte do litoral e o trecho quea carta cobre. Por exemplo: carta 1711_Brasil-Costa Sul _ proximidades do porto de Santos.

• Profundidades e altitudes: são expressas em metros. As profundidades reduzidasaproximadamente ao nível da baixa-mar média de sizígia, ou seja, nas condições de mínimode água no local. As altitudes em metros acima do nível médio.

• Notas sobre precauções: geralmente em letras vermelhas e que devem sempreser lidas com atenção pelo navegante.

• Observação sobre continuação da carta: quando existente, escrita a carmim juntoàs laterais e margens.

• Outras cartas de maior precisão existentes no trecho: os limites de tais cartas eseus números são sempre traçados a carmim, ostentando o número da carta a que serefere o traçado.

• Rosa-dos-Ventos: normalmente traçada em um ou mais lugares da carta náutica.Quando existe uma só, ela tem sua direção N-S na direção dos pólos N e S verdadeiros daTerra e, portanto, quando usada fornecerá indicações verdadeiras. Quando existem duas (oque é mais comum), a rosa externa oferece indicações verdadeiras e a rosa interna,indicações magnéticas.

• Declinação magnética: no interior da Rosa-dos-Ventos está escrito o valor dadeclinação magnética do local, para um determinado ano, bem como o respectivo aumentoanual.

• Auxílios à navegação: faróis e rádios faróis, bóias e balizas, com suascaracterísticas, estão indicados na carta náutica.

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Assim, por exemplo, encontramos na carta 1711 (Proximidades do Porto de Santos),ao lado da representação do farol da Ilha de Moela, os seguintes dizeres impressos:

Oc. Alt. BBBE. 60s 110m 26MRC305 KHz contínuoNR ( _.._. )

Esta informação é traduzida como:• Farol de ocultação com lampejos branco, branco, branco e encarnado.• Ele tem uma altitude de 110m acima do nível do mar.• Em condições normais de visibilidade para um observador a cerca de 5,0m acima

da superfície tem um alcance de 26 milhas náuticas.• Ele é também um rádio farol com emissão em 305KHz, continuamente e seu sinal

identificador é NR ( _.._. ) no código Morse.

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3.3 Rumo, proa e marcação

Rumo é uma linha traçada na carta náutica, com direção e sentido definidos. Umaembarcação para ir de um ponto a outro, deve seguir um rumo.

Norte Verdadeiro é relativo à direção do polo norte geográfico da Terra, que estácontido no eixo terrestre orientado na direção norte-sul da Terra. Na carta náutica o rumotem este ponto como referência.

A Terra é um imenso imã e, por causa disso, possui magnetismo ao seu redor epolos magnéticos (norte e sul), que são defasados dos polos geográficos. O NorteMagnético é a direção de referência para onde apontam quaisquer barras imantadassuspensas livremente na superfície da Terra, tais como as bússolas ou agulhas magnéticas.

Proa é a direção horizontalinstantânea que uma embarcação tem emrelação a uma direção de referênciaqualquer. Difere do rumo por este ter caráterpemanente e ser referenciado a um norte.

Marcação é o ângulo medido entreuma direção de referência e a linha devisada de um objeto.

Marcação verdadeira é o ânguloentre o Norte Verdadeiro e o objeto queestá sendo marcado: farol, ilha, ponta, etc.

Marcação magnética é o ânguloentre o Norte Magnético e o objeto que estásendo marcado: farol, ilha, ponta, etc.

Tanto a proa como a marcação sãomedidas em graus de 000º a 360º .

Rumo Verdadeiro (Rv)

É o ângulo entre o Norte Verdadeiro e a proada embarcação. É contado de 000º a 360ºno sentido horário.

Rumo Magnético (Rmg)

É o ângulo entre o Norte Magnético e a proada embarcação. É contado de 000º a 360ºno sentido horário.

N m g

R m g

M m g

Ilha

M re la tiva

N v

R v

M v

Faro l

M re lativa

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3.4 Declinação Magnética (dmg)

É o ângulo entre os nortes Verdadeiro e Magnético. Ela varia não só em função dolocal na superfície da Terra onde é medida, como também anualmente com o passar dotempo. É contada para oeste ou para leste do norte verdadeiro. A carta náutica apresenta ovalor da declinação magnética local no interior das rosas dos ventos.

3.5 Plotagem de posição na carta

A determinação da posição na carta náutica é feita por meio das coordenadasgeográficas: latitude e longitude. São utilizados os instrumentos normais do navegador: arégua de paralelas e o compasso de navegação.

Régua de paralelas e compasso

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3.6 Equipamentos náuticos

Agulha magnética

É baseada na propriedade de que umabarra magnética suspensa levemente por um fioaponta sempre para o Norte Magnético. A bordo,a agulha magnética está instalada no tijupá, o maislonge possível das influências dos ferros de bordo.São requisitos essenciais para uma boa agulha:Sensibilidade e Estabilidade.

Piloto automático

É um aparelho para controle automático do rumo. Este aparelho permite manter onavio no rumo sem necessidade de timoneiro. Além de dispensar o homem do governo donavio, o piloto automático apresenta a vantagem no consumo de combustível e menordesgaste de máquina do leme.

Anemômetro

Instrumento utilizado para medir a velocidade do vento, que é medida em m/seg, km/h, nós/h ou através da escala de Beaufort, que coloca faixas de velocidade do vento numaescala que vai até a força 12 (furacões).

Radar

Radar é um aparelho eletrônico que usaa reflexão de ondas-rádio para detectar objetosque não são visíveis normalmente, por estaremna escuridão, ocultos por nevoeiros ou porestarem a grandes distâncias, etc.

A palavra Radar tem origem nas letrasiniciais da frase em inglês: “Radio DetectionAnd Ranging “.

Ecobatímetro

Os ecobatímetros medem a profundidade local, através da emissão de pulsos e arecepção do seu eco após tocar no fundo. A profundidade medida é até o fundo daembarcação; para encontrarmos a profundidade do local, deve-se somar o calado daembarcação.

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Sistema de posicionamento global (GPS)

O GPS é um sistema de rádio-navegação baseado em 24 satélites, dimensionado eaprovado pelo sistema de defesa dos Estados Unidos. O GPS permite que os usuários, emterra, no mar ou no ar determinem suas posições através das coordenadas geográficas:latitude e longitude, altitude, velocidade e hora. O sistema fornece informações vinte e quatrohoras para qualquer lugar do mundo, não sofrendo interferências das condições atmosféricasno local.