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pesquisadores,num esforço so-litário, já tenta-ram recuperar amemória doNoroeste deMinas. Masmuito aindatem de se fazerpara que ahistoriografiamineira e nossaelite acadêmicacumpram o seu compromisso com areconstituição do nosso passado por meio dadivulgação, catalogação e preservação de do-cumentos históricos das cidades do Noroestede Minas, sistematização de informações atra-vés da publicação de livros, realização de cur-sos de educação patrimonial, exposição da artee do artesanato típico de nossa região,mapeamento dos bens patrimoniais e culturaisde cada município, introdução do ensino de his-tória local nas escolas e da História Regional noscursos universitários de nossa região, além, éclaro, da criação de espaços culturais como Ca-sas de Cultura, Museus, Cinemas e Teatroscomo instrumentos difusores do entretenimen-to cultural mediado pela valorização de nossastradições como patrimônio coletivo não maisvisto como propriedade ou monopólio de fa-mílias oligárquicas.
Repensar o Noroeste de Minas hoje soba perspectiva da identidade nativista e das re-presentações culturais e históricas de seu terri-tório, portanto, deveria ser meta prioritária dosprefeitos que tomaram posse recentemente,pois um povo cuja história é relegada aoetnocídio, não tem outra saída para o futuro senão condenar-se à vala da História e ao subde-senvolvimento. Os militantes culturais do No-roeste de Minas entre os quais me incluo rei-vindicam dos prefeitos, secretários municipais,instituições universitárias e do Governo Minei-ro, ações efetivas que valorizem as manifesta-ções culturais e a História do povo do Noroestede Minas. Esse é o momento para que junte-mos forças em prol de um projeto conjunto dedimensão regional que inclua as dezenove ci-dades de nossa região num só objetivo de cons-truir iniciativas capazes de conservar o que ain-da resta de nossas origens coloniais.
Buscar a historicidade de um povo, antes detudo, implica no reencontro dialético com suastradições e origens. O Noroeste de Minas, ter-ritório constituído por dezenove municípios deMinas Gerais, comemora nesse ano váriasefemérides. Unaí festeja 70 anos de emancipa-ção; Paracatu, o mais antigo, 215 anos de cria-ção do município; Arinos, Bonfinópolis de Mi-nas, Buritis e Formoso, também comemoram,juntos (?), 50 anos de vida emancipada. Apesarde tantas datas que remetem à identidade cul-tural e territorial, o momento não é fastigioso.Território colonizado, efetivamente, a partir doséculo XVIII, com a descoberta das jazidasparacatuenses, em 1744, a história de nossaregião tem matriz cultural nordestina, geralistaou geraizeira, que se fundiu com a cultura dazona mineradora do Alto São Francisco e Cen-tro-oeste de nosso país. Porém, mesmo comtanta riqueza e variedade cultural, o PatrimônioArtístico e Histórico da região está completa-mente abandonado por falta de políticas públi-cas que redirecionem o cuidado com a memó-ria coletiva como um projeto estratégico nadefinição de metas para o desenvolvimentoestrutural e a sustentabilidade dos mineiros quehabitam nossa região.
Diferentes autores como Stuart Hall,Kathryn Woodward, Homi K. Bhabha, CliffordGeertz, Néstor Garcia Canclini, Peter Burke,Alain Bourdin, Marc Augé, Jean Pierre Warmier,Hassan Zaoual, entre outros, já nos demonstra-ram quanto o conflito entre Globalização e Sa-beres Locais é o elemento definidor para a des-truição ou manutenção de identidades e valo-res culturais para um povo. Cuidar da Cultura eda História do Noroeste de Minas deveria seruma estratégia pensada e executada conjunta-mente pela Associação dos Municípios do No-roeste de Minas (AMNOR), pelas faculdades euniversidades que atuam em nossa região, epelas secretarias municipais de Educação e Cul-tura de cada um dos nossos municípios, emparceria com a Comunidade Cultural que, iso-ladamente, tem atuado quase sempre semapoio institucional de prefeituras e do governoestadual.
Desde o historiador Olímpio Gonzaga,que editou em 1910, o livro “Memória Históriade Paracatu”, passando por Oliveira Mello, queé seguramente o maior historiador de nossa re-gião, até Bernardo da Mata-Machado, vários
Xiko Mendes(Da Academia de Letras do
Noroeste de Minas, em Paracatu, Diretor Executivo da ONG Unifam e
do Movimento Nativista PaideiaCatrumana por uma Consciência
Baiangoneira).
Cadê a História doNoroeste de Minas?
Lições de LeXikoSofia
Opinião
Revista
Contextodas Gerais
Tem início implanta-ção de UniversidadeFederal Unaí18, 19, 20 e 21
EntrevistaDeputado DinizPinheiro06 e 07
AdministraçãoCalaminade Públi-ca em Formoso35, 36 e 37
EducaçãoArquitetura eFarmácia: osnovos cursos daTecsoma27
Website: www.contextodasgerais.com.br
Diretor Presidente: José Souto Júnior
Editor: Miguel Olímpio
Diagramação: Fábio Lima
Projeto Gráfico e Capa: Paulo César E. Oliveira
Revisores Linguísticos: Vinícius Aguiar e Kélia Rabelo
Correspondentes:
Arinos – Uruana – Urucuia: Ivone Ferreira
Bonfinópolis – Dom Bosco – Natalândia: Elber Pereira
Riachinho: Manoel Pires
Formoso: Wanderson Cavalcante
Lagamar – Vazante: Fabrício Júnior
Brasilândia: Lucas Leandro
Paracatu: Camilla Rabelo e Vinícius Aguiar
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InfraEstrutura
Patos de Minasterá voos notur-nos após reformado Aeroporto13
04
Calamidade pública
Quase toda frota da prefeitura de Formoso está em estado de sucata, maquinários para conserva-ção de estradas sem condição de uso, pavimento asfáltico das ruas da cidade totalmentedestruído, falta de materiais básicos para consumo, farmácia pública vazia, parte do funcionalismocom salários atrasados, dívidas de mais de um milhão de reais, protestos, inadimplência junto àPrevidência Social, parte do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) bloqueado, nome domunicípio inscrito no CADIM, INSS, SIAFI e SERASA.
Administração FORMOSO
Este é o estado do asfalto de Formoso que foi pago uma parte, mas o município ainda deve
Calamidade pública
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Seminário UNAÍ
Hospital do câncer; incentivo da implantaçãode indústrias de transformação; e na área dainfraestrutura, como a viabilização de um anelrodoviário em Unaí e obras em estradas da re-gião. Essas foram as principais demandas apre-sentadas na quinta-feira, 28 de fevereiro durantea quarta Reunião de Prestação de Contas Regio-nal, realizada pela Assembléia Legislativa de Mi-nas Gerais (ALMG) em Unaí. Estiveram presentesna reunião, que ocorreu na Câmara Municipal, opresidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro(PSDB), e os parlamentares Dilzon Melo (PTB), queé o 1º secretário da Casa, Inácio Franco (PV) eAnselmo José Domingos (PTC), além prefeitos, ve-readores e representantes de classe da região.
Dinis Pinheiro ressaltou o pioneirismo da ini-ciativa da ALMG ao levar essa prestação de con-tas para as diversas regiões do Estado. “Como re-presentantes do povo mineiro, devemos prestarcontas das iniciativas da instituição de formatransparente. Investimentos na área da saúde,como a construção de um hospital regional paratratamento Queremos também, nesta oportuni-dade, ouvir a sociedade e registrar seus anseiospara aprimorarmos nosso trabalho”, ressaltou.
O presidente da ALMG destacou ainda diver-sas ações da Casa no biênio 2011-2012, como acaravana Assine + Saúde, cujo objetivo é coletarassinaturas no Estado a fim de que mais recursossejam destinados à área pelo Governo Federal.Já foram coletadas cerca de 400 mil assinaturas.“A saúde é hoje uma tragédia no Brasil, que cele-bra ser a sexta economia do mundo. No entanto,há 150 países com mais investimentos na área. AArgentina, por exemplo, investe o dobro na saú-de. Municípios e Estado têm percentual definidopara aplicação no setor. A União, que tem 70% daarrecadação tributária, não tem valor constituci-onal mínimo para investir na saúde. Precisamosmudar essa lógica”, afirmou.
A presidente da Câmara Municipal de Unaí,vereadora Luciana Alves, parabenizou pela inici-ativa da ALMG de se aproximar da população.
Demandas
O prefeito de Unaí, ex-deputado Delvito Alves,disse que é preciso reconhecer o trabalho feitopela Assembleia em prol não só da Região Noro-este, mas também em todas as partes do Estado.Segundo o prefeito, importantes ações têm sidoimplantadas nos últimos anos, mas ainda é preci-
Hospital do câncer é principalreivindicação aos deputados em Unai
Investimentos em infraestrutura e no setor industrial também foram reivindicados no encontro
so investir na infraestrutura. “Mais de 1.350 qui-lômetros de asfalto já foram feitos na região, masé fundamental que esse trabalho continue, poistemos vocação agrícola. E de nada adianta essanossa produção, se não pudermos escoar essesprodutos”, afirmou.
Delvito ressaltou a construção do anel rodo-viário no município, cujo projeto de engenhariajá foi elaborado. “Aproximadamente 500 cami-nhões vindos de diversos locais circulam em Unaí.A cidade não comporta. Por isso, o anel rodoviá-rio é muito importante. Além disso, peço aten-ção para a necessidade de uma nova ponte sobreo Rio Preto, na BR-251”.
O prefeito também disse que investimentosna área da saúde, como a construção de um hos-pital regional do câncer, são essenciais. “Os índi-ces de câncer na região são muito altos. Hoje ospacientes enfrentam 700 quilômetros para fazertratamento em Barretos (SP). É um sofrimentopara a população daqui”, relatou. Investimentosno setor industrial na região também se fazemimportantes. De acordo com ele, é neces-sária a implantação de indústrias de trans-formação, vocacionadas com a produçãoagrícola, para gerar emprego e renda paraas comunidades.
Investimentos na educação, com a cons-trução de um novo espaço ou revitalizaçãoda Unimontes e implantação de escolas téc-nicas, bem como melhor estrutura no ae-roporto de Unaí, também foram questõeslevantadas pelos presentes.
O prefeito de Vazante, José Benedito dosReis, fez coro ao apelo para a construçãode um hospital regional para pacientes com
câncer. “Vazante transporta quatro ônibus,quatro vezes por semana, para Barretos.Um hospital de referência na região con-tribuiria para o tratamento dessas pesso-as”, contou.
Presidente do PTB mineirodestaca trabalho dos deputados
O deputado Dilzon Melo ressaltou agrande presença da comunidade nessareunião em Unaí e disse que não se espan-ta devido ao expressivo trabalho que aALMG realizou na região. “O desenvolvi-mento no Noroeste acontece de dez anospara cá, pois a região ficou muito tempoesquecida, sem investimentos. Temos quefazer uma nova história de acordo com aexpectativa da população. Por isso, a ALMGtem o dever de pedir para a comunidadeapresentar suas demandas e reivindica-ções”, destacou.
Dilzon Melo e Delvito: Amigos leais
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Esta é a situação apontada no rela
tório apresentado à prefeita de For
moso, Maria Domingas Marchese
(Nena) pelos novos secretários
Itamar Marchese da Fazenda, Dailson Carneiro
de Infraestrutura, Elisangela dos Santos da Saú-
de, Irene Dias da Educação e Zilma de Oliveira
da ação social, todos assessorados pelo Advo-
gado Carlos Fernando.
Com base no relato, a prefeita decretou Es-
tado de Calamidade Pública em seu município,
ato publicado no dia 11 de janeiro.
Objetivando prestar esclarecimentos de sua
atitude, a prefeita utilizou a rádio comunitária
Formoso FM em pronunciamento no último dia
23. Mesmo apresentando uma situação caóti-
ca em que ela e sua assessoria afirmam ter en-
contrado a prefeitura, fez questão de reafirmar
seu compromisso de valorizar cada dia de seu
mandato e demonstrou esperança em dias me-
lhores.
Diante das condições em que o ex-prefeito
Luizinho deixou o município, Nena pediu à po-
pulação seis meses para colocar a casa em or-
dem e a partir daí iniciar uma nova cultura na
administração de Formoso. Falou que ela e sua
equipe têm enfrentado dificuldades, já que não
encontrou dinheiro em caixa, como afirmou ter
deixado seu antecessor. Afirmou que existe
mesmo um saldo, mas que se encontra bloque-
ado pela justiça, na comarca de Buritis. A falta
destes recursos a impede de saldar pagamen-
tos como salários de funcionários não pagos no
A ligação do município com o Parque Grande Sertão e Veredas está interrompida. A ponte do Gentil e o caro aterro, feitos sem respaldo técnico, foram levados pelas primeiraschuvas
Administração FORMOSO
ano passado e de outras cobranças que chegam
todo dia na prefeitura. Outro fator que certa-
mente atrasará os objetivos da nova adminis-
tração é quanto ao “nome sujo” junto a forne-
cedores. Só nos Cartórios são dezenas de títu-
los protestados, o que impede o município de
realizar novas compras, firmar convênios com
Governos do Estado e Federal e ficam ainda
suspensos repasses de convênios firmados an-
teriormente. Só depois de tudo regularizado é
que o município recebe certidão negativa de
débitos. Se continuar como está, Formoso fica
parado.
A prefeita revelou que a todo momento vem
recebendo cobranças dos governos estadual e
federal indagando a respeito de obras que de-
veriam estar prontas mas que se encontram
inacabadas e o pior, diz Nena, é que não existe
dinheiro para finalizá-las.
Segundo a prefeita, para sanar os
impasses dos convênios inadimplentes
procurou deputados aliados na tentati-
va de encontrar uma saída já que as dívi-
das ultrapassam um milhão de reais her-
dadas da administração anterior, valor
considerado alto para municípios do por-
te de Formoso.
Em relação às péssimas condições do
asfalto em quase todas as ruas, a prefeita
promete notificar a empresa que reali-
zou o asfaltamento para que repare os
serviços mal feitos ou devolva o dinhei-
ro pago pela prefeitura, já que a obra ain-
da está dentro do prazo legal de garantia
e se preciso, buscará na justiça o direito
do município de Formoso e sentenciou:
“não vamos pagar duas vezes pelo mes-
mo serviço e de qualidade abaixo do acei-
tável”.
Há suspeita de que no último ano do
governo que passou aconteceu grande
número de nomeações de servidores e
muitos de forma irregular. Desconfia-se
que a chamada dos concursados não res-
peitou a posição dos classificados e pes-
soas foram empregadas em prejuízo dos
que tinham direito. A prefeita prometeu,
se confirmada as suspeitas, desfazer a
injustiça, anulando as nomeações feitas
fora da lei e dar posse a quem de direito.
Falando ainda dos servidores, afirmou
Prefeita Nena expós condição do município
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