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Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Medicina - Departamento de Medicina Social Faculdade de Enfermagem – Departamento de Enfermagem Estudo de Caso 1 do Lote 2 da Região Sul – CHAPECÓ- SC

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Universidade Federal de PelotasFaculdade de Medicina - Departamento de Medicina SocialFaculdade de Enfermagem – Departamento de Enfermagem

Estudo de Caso 1 do Lote 2 da Região Sul – CHAPECÓ- SC

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A SELEÇÃO DO CASO

A perspectiva de estudar a integralidade a partir de uma abordagem qualitativa no Projeto de Monitoramento e Avaliação do PROESF realizado pela UFPel no lote 2 das regiões Sul e Nordeste assume a necessidade de buscar compreender particularidades das experiências no sentido de identificar as estratégias utilizadas para superar as dificuldades e, assim apontar formas de enfrentamento e potencialidades nas propostas implementadas.

Com esta perspectiva buscou-se identificar um município (espaço macro) e no interior dele uma UBS-PSF (espaço micro) com características favoráveis para o desenvolvimento de uma proposta de atenção em saúde orientada pela integralidade.

1. Indicadores de integralidade previstos no projeto- Acolhimento (como rede de relações englobando o acesso, a escuta, a recepção, o vínculo);- Fluxo;- Significado atribuído pelos sujeitos ao cuidado integral.

2. Critérios para definição do Caso:

O município contar com um movimento político-institucional de organização do sistema de saúde local que inclua em suas prioridades ações estratégicas que viabilizem a materialização dos indicadores de integralidade da atenção à saúde ; O serviço ser uma UBS com Equipe de Saúde da Família pré ou pós PROESF caracterizada como Unidade com organização para a

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integralidade da atenção à saúde bem sucedida na região urbana de seu município.

3. Critérios apontados pelos supervisores que fizeram o trabalho de campo da pesquisa quantitativa:

Critérios Gerais Com relação à Equipe comunidade- Tempo de funcionamento: quanto maior tempo melhor e mais condições de avaliar;- Estrutura: não é fundamental;- Capacitação;- Gestão – apoio do nível central;- Reuniões periódicas das equipes;- Capacidade de negociação = articular diferentes níveis.

- Conhecer: famílias, população, território;- Atividades fora da UBS;- Perfil – gostar de trabalhar com gente; visita domiciliar; grupo; generalista; - atenção voltada para prevenção; - conseguir trabalhar em equipe;- Vínculo;- Liderança na equipe que mobilize; - participar das decisões; - processo de trabalho; - autonomia nas decisões.

- Participação da comunidade no processo;- Conhecimento da população sobre o PSF.

4. Fontes de informação \ coleta de dadosA caracterização de UBS/PSF bem sucedida está sendo abstraída através de uma análise dos dados obtidos:

Nos questionários auto-aplicados aos gestores a partir da apreensão do planejamento e do conjunto de estratégias adotadas pela gestão para viabilizar negociações, superação dos obstáculos, reforço as potencialidades com vistas à integralidade;

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Nas entrevistas com presidentes dos Conselhos Municipais de Saúde a partir da compreensão e das ações desencadeadas pelo controle social com vistas à integralidade;

Nos questionários sobre a estrutura e processo de trabalho preenchido pela equipe de saúde das UBS que fazem parte do nosso projeto global de avaliação e nos remetem para articulações e movimentos da equipe de saúde visando viabilizar no cotidiano do trabalho à integralidade;

No instrumento de caracterização da demanda (Software PACOTAPS) que nos permite conhecer um perfil desta população e nos indicam em que aspectos o PSF apresenta avanços e limitações com vistas à integralidade;

Nos relatórios do trabalho de campo dos supervisores do estudo epidemiológico, nos quais eles relatam as facilidades, dificuldades, opiniões, sentimentos em relação ao campo empírico que envolve a UBS, as equipes, a população; Na sistematização feita da reunião de conclusão do trabalho de campo dos supervisores;

Na oficina realizada com os supervisores visando definir as características que contribuem para que no campo (empírico) determinada experiência se apresente como bem sucedida em relação à integralidade. Realização de grupo de discussão e aplicação da matriz de identificação de critérios e características das experiências bem sucedidas e solicitação aos supervisores que citassem por ordem de prioridade as UBS e respectivos municípios que se enquadram nos critérios e características por eles selecionados como determinantes.

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As experiências não poderão ser caracterizadas como bem sucedidas a partir de um critério que vá refletir exclusivamente arranjos locais, quase pessoais, que não indicam um comprometimento institucional, devido a fragilidade que tal experiência está exposta

5. Lote 2 da Região Sul- Município selecionado: Chapecó - SC- Justificativa: - tempo de implantação do PSF: possibilidade de sedimentação de propostas - tempo de PSF: 1995 – primeira equipe - tempo de gestão plena do sistema: desde 1998 -Condições de trabalho - Iniciativas de educação permanente – cursos e seminários / motivação da equipe como agente de mudança e autonomia do usuário - Adscrição nas UBS tradicionais o Coordenação colegiada de UBS - Indicação dos supervisores de campo como experiência bem sucedida - Projeto acolher: prêmio David Capistrano – 2004INDICADORES MUNICIPAIS SELECIONADOS:Pop. NºU

SFNºESF

% Cob. SF

Média/VD/familia

% Cob. PN

Tx. Hosp. pneumonia

Leito/ hab

Desp.totalhab

Desp.Munhab

169 255

15 19 33 0,06 ↑96*

↓15,5*

1,7 194,50

64,77

6. Preparação do trabalho de campo

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- Discussão final do trabalho de campo: Seminário Sobre Avaliação da Atenção básica- Fazer contato com municípios selecionados indicando:

i. Período;ii. Documentos básicos para análise (cópias);iii. UBS selecionada;iv. Suporte necessário: ACS, transporte;v. Divulgação.- Providenciar viagem e hospedagem:- Providenciar material:

i. Gravadores;ii. Papel, caneta, pastas, lápis, borracha, apontador;iii. Cópias dos instrumentos e cópias do consentimento livre e

esclarecido;iv. Mapas do município;v. Agenda com telefones e endereços de referência no município;- Definir suporte básico em Pelotas incluindo digitadores;- Preparação da equipe de trabalho (4 pessoas) incluindo revisão de aspectos fundamentais do estudo e coleta de dados;- Análise de dados disponíveis (abordagem quantitativa);- Fazer lista específica de tarefas e atividades para cada município;- Orientações para o trabalho de campo:

i. Contatar Secretaria Municipal de Saúde, coordenações e equipe da UBS para reunião de apresentação da proposta do estudo qualitativo;

ii. Definir dia para devolução e discussão dos dados;iii. Reuniões diárias de trabalho de campo no final do dia.iv. Durante a coleta de dados:

1. Apresentar-se na UBS, aos sujeitos a serem entrevistados, explicando os objetivos do estudo e solicitar a assinatura do consentimento livre e esclarecido;

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2. Testar gravador;3. Seguir procedimentos para observação e diário de campo;4. Acompanhar o trabalho na UBS incluindo fluxo dos usuários;

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CHAPECÓ

O município de Chapecó foi fundado em 25 de agosto de 1917. Está situado no oeste catarinense. Sua colonização foi basicamente Italiana, alemã e polonesa. Localiza-se a 630 km de Florianópolis e sua área é de 625,60km2. As sedes das principais empresas de suínos, aves e derivados do Brasil estão situadas em Chapecó. Pólo agroindustrial do sul do Brasil e centro econômico, político e cultural do oeste do Estado. Chapecó tem prestígio internacional pela exportação de produtos alimentícios industrializados de natureza animal.

O rápido e constante crescimento das agroindústrias ampliou o mercado de trabalho e transformou-se na base da economia da cidade, juntamente com a agricultura. Mais tarde, o setor metal-mecânico surgiu como alternativa de desenvolvimento e vem se especializando na produção de equipamentos para frigoríficos.

Localizada em meio a um entroncamento de rodovias federais e estaduais, com acesso fácil aos países do Mercosul - a

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Argentina está a 160 km - Chapecó é um ponto estratégico para negócios transfronteiras no sul do Brasil.

O município de Chapecó possui uma população de 146.967 habitantes destes 134.592 (91,57%) na área urbana e 12.375 (8,43%) na área rural. A cidade possui uma taxa de natalidade alta (19,9%), assim como, a expectativa de vida (76,29 anos). Os menores de 5 anos representam cerca de 9,69% da população, os idosos são cerca de 6,14% da população. O município possui uma porcentagem de pobres de 18,59 % que está abaixo da média do país, também apresenta uma alta taxa de alfabetização 90,5% da população. A rede de água chega a 82% da população, entretanto apenas 6,7% da população têm rede de esgoto.

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O município abriga 05 instituições de ensino superior entre as quais, 2 Universidades. Possui vários cursos da área da saúde como Enfermagem, Fisioterapia, Farmácia, dentre outros.

Chapecó possui 7 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 17 Unidades de Saúde da Família (USF). Das USF 5 estão na zona rural, 2 USF na zona central e 7 USF na periferia. A Secretaria de Saúde optou por construir três USF pertencentes a uma mesma equipe, pois o município possui áreas geográficas muito distantes.

São UBS Chico Mendes (11.163 pop.), Sul (6.710 pop.), Oeste (16.026 pop.), Cristo Rei (12.822 pop.), Santa Maria (14.221 pop.), Norte (13.936 pop.), EFAPI (18.297 pop.).

O município de Chapecó possui uma territorialização e adstrição de toda clientela da área geográfica do município. O município

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está dividido em 21 áreas. Estas áreas estão de acordo com o princípio de territorialização do PSF. A adstrição das famílias às ESF permite estruturar o sistema municipal de saúde regionalizado e hierarquizado, mas deve ser compatibilizada aos fluxos habituais das pessoas nos espaços urbanos (BRASIL, 2002).

Os profissionais de cada unidade de saúde estão fazendo o mapeamento das áreas de risco e ainda não possuem dados específicos sobre estas áreas. Os dados preliminares são de 59 área de risco sendo 2 localizadas na USF Seminário, 2 localizadas USF Leste e 2 na UBS Cristo Rei. Este mapeamento das áreas de risco visa o conhecimento da realidade socioeconômica das famílias, identificando os problemas de saúde e as situações de risco aos quais a população está exposta, ajudar no planejamento das atividades de saúde olhando a integralidade do cuidado, ajudar no desenvolvimento de atividades educativas e na prevenção de doenças e na promoção da saúde, além de ajudar na avaliação do trabalho e no estabelecimento de metas, definindo prioridades nas ações, estimulando o trabalho multiprofissional e intersetorial, como prevê o Programa Saúde da Família (PSF).

O começo da implantação do PSF no município de Chapecó foi em 1995 com 4 equipes, em 1996 mais equipes foram montadas para cobrir o área rural. Em 1997 a Secretaria Municipal de Saúde definiu que toda área rural seria coberta pelo PSF e na área urbana o PSF seria instalado em áreas específicas da cidade. O PSF foi apresentado como proposta de reorientação do modelo assistencial a partir da Atenção Básica, em conformidade com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Chapecó não tinha PACS antes da implantação do PSF.

As equipes de saúde da família (ESF) são constituídas por um médico, um enfermeiro, três ou quatro auxiliar de enfermagem, de 1 a 10 Agentes Comunitários de Saúde (ACS), um auxiliar de consultório

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dentário e um dentista. O município já está de acordo com as novas diretrizes do PSF que insere na equipe básica de saúde da família um dentista, e o número de agentes de cada equipe varia de acordo com o número de pessoas sob responsabilidade da equipe, numa proporção média de 1 ACS para cada 550 pessoas acompanhadas (BRASIL, 2001). Atualmente foi definido 1 ACS para cada 200 famílias.

Das enfermeiras que trabalham no PSF 28% tem especialização em saúde da família, e 42,8% tem especialização em Medicina Geral Comunitária. Dos cirurgiões dentistas 15,2% tem especialização em odontologia em Saúde Pública.

Das USF do município apenas uma tem população acima do que o PSF prevê de 4500 pessoas. Segundo a Secretaria de Saúde esta USF está passando por um processo de reestruturação, assim sendo criada mais 2 equipes além da que já atua no local.

O PSF no Município de Chapecó apresenta 31% da população coberta e pretende atingir a meta de cobertura 70%. Chapecó apresenta as seguintes equipes de saúde da família: Jardim América (2 equipes); Eldorado (1 equipe); Quedas do Palmital (1 equipe), Linha Cachoeira/Goio-Ên (1 equipe); Seminário (1 equipe); Santo Antônio (2 equipes); CAIC (2 equipe); Marechal Bormann (1 equipe); Colônia Cella/Belvedere (1 equipe); Leste (1 equipe); SAIC (1 equipe), Alto da Serra e Sete Figueiras (1 equipe); Aldeia Condá/ Toldo Ximbangue (1 equipe). Todas estas unidades possuem uma farmácia básica como prevê o PSF. Segundo o gestor é necessário ampliar os espaços físicos das equipes, bem como as equipes devido ao êxodo rural.

Chapecó desenvolve educação continuada com os profissionais do PSF para capacitar os mesmos em atividades como: acolhimento, vínculo, vigilância epidemiológica, diabetes, prevenção DST/AIDS, vacinação, saúde da criança. Segundo o Gestor está sendo elaborado um planejamento objetivando a atuação dos conhecimentos

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dos profissionais das diversas áreas, para melhoria dos indicadores. A capacitação é percebida pelos gestores como uma das alavancas da proposta de mudança e reorganização do modelo de atenção. Podendo esta, ser instrumento de gestão poderoso, ao provocar nos profissionais do PSF, o debate dos seus conhecimentos em relação à prática (BRASIL; 2002).

O município está habilitado em Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde (GPSMS) desde janeiro de 1998, o gasto em saúde é de 15,40%, o município vem aplicando recursos crescentes em saúde com o compromisso de consolidar o SUS garantindo o acesso, e a saúde como direito. O gestor é uma mulher, enfermeira, com pós-graduação, de 44 anos. Chapecó possui também uma coordenadora do PSF, 42 anos, médica com pós-graduação. No momento em que fomos ao campo as pessoas que respodem pela gestão municipal e pela coordenação do PSF estavam em processo de mudança de nomes.

O Conselho Municipal de Saúde (CMS) possui 28 membros titulares e 28 suplentes representado os seguintes segmentos: governo (5), profissionais de saúde (4), prestadores de serviço (5) e usuários (14), estes representam 50% do colegiado. O CMS reúnem-se mensalmente e segundo a presidente do conselho este é ativo na participação junto ao Gestor Local, deliberativo e fiscalizador. O CMS apóia o PSF e a Atenção Básica. A presidente do CMS representa os usuários. Está participando do CMS desde 1998, é uma mulher, 42 anos, pedagoga, representa o Sindicato dos Trabalhadores da Construção e Mobiliário

O município segundoo gestor de saúde conta com clínico geral, pediatra, dentistas e a carga horária varia de 20 a 40 horas semanais. O município não possui central de leitos.

O município possui serviços de referência para as UBS e USF que são: Laboratório Municipal, Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS II); Serviço de Atenção Psicossocial à Criança e ao Adolescente

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(SAPS); Centro de Referência de Especializado (CERES Geral); Centro de Referência de Especializado Bucal (CERES Bucal); Centro de Testagem Anônima (CTA); Pronto Atendimento (Clinica Médica e Pediatra). Os serviços de Médio e Alta Complexidade (MC e AC) são contratados. Existe o contrato com 8 Unidades de Laboratoriais Privado (oferece MC e AC em exames), os outros serviços especializados são ofertados através de 24 estabelecimentos contratados.

O município é referência para a Macro Região do Extremo Oeste Catarinense para serviços de Terapia Renal, Quimioterapia, Radioterapia, Litotripsia Extra Corpórea, Tomografia Computadorizada e Hemoterapia os demais serviços de AC é referenciado para Florianópolis.

O município possui um Hospital Regional Público de MC e AC com 260 leitos. Este hospital é referência da macro região para Urgência/Emergência II, Neurocirurgia II, Cirurgia Oncológica e Gestante de Alto Risco, os demais serviços são encaminhados para Florianópolis, e como não existe uma Central de Regulação no estado há dificuldades de acesso aos serviços.

Os agendamentos das consultas especializadas de MC dos serviços municipais (CERES) são realizadas diretamente pela UBS e USF. Para outros ambulatórios os agendamentos se dão através do Setor de agendamneto dos próprios serviços.

A integração da Atenção Primária a Saúde e os demais níveis de complexidade possibilita a organização da assistência ao usuário pelo ESF, para ter acesso à atenção especializada o usuário depende de encaminhamento da ESF. Segundo o Ministério da Saúde a integração é proporcionada pelo estabelecimento de mecanismos de referência e por realização da contra-referência (BRASIL; 2002).

Os principais instrumentos utilizados para o planejamento, gestão do sistema de saúde local e aprovação e expansão do PSF são os Conselhos Locais de Saúde (CLS) e o Conselho Municipal de Saúde

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(CMS). Segundo a Presidente do CMS ela não conhece os Conselhos Locais de Saúde, mas há uma tentativa de aproximação, pois antes as denúncias eram feitas diretamente a Secretaria de Saúde e agora se faz para o CMS. Os principais projetos aprovados pelo Conselho foram relacionados com a Saúde Bucal, melhoria do acesso e o Projeto Acolher Chapecó.

O PSF estava organizado de acordo com o Projeto Acolher Chapecó. Nas unidades as enfermeiras faziam uma escuta qualificada, garantindo o acesso e a resolubilidade das necessidades. Segundo a Presidente do CMS este Projeto acabou. Este Projeto ganhou em 2004 o Prêmio David Capistrano.

Fazendo um contraponto com a posição do atual gestor municipal, o projeto Acolher acabou por centralizar a atenção básica no espaço da unidade de saúde inviabilizando um movimento preconizado pelo PSF de centrar a atenção na vigilância em saúde. Ocorreu que os trabalhadores de saúde ficavam restritos a acolher toda e qualquer pessoa que necessitasse de atendimento individual, secundarizando grupos, intervenções comunitárias, educação em saúde. Segundo a gestão, os enfermeiros ficaram expostos a uma disputa com as entidades corporativas médicas, sendo que três destes vem sendo processados por atividades de prescrição realizadas no projeto Acolher.

Segundo o gestor existe um colegiado de coordenadores das UBS que permitem a descentralização da gerência tendo o coordenador da UBS o papel de coordenador da equipe de profissionais, este colegiado contribui para o processo de planejamento nas próprias unidades.

Chapecó possui os seguintes programas intersetoriais na saúde: Programa de combate a obesidade (Secretaria de Esporte e Lazer e CAPS II), Programa de Reeducação Postural (Secretaria de Esporte e Lazer e Fisioterapeutas), Programa Fome Zero (Secretaria da Educação, Secretaria de Assistência Social, PSF), Acolher Chapecó,

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Programa de Assistência ao Adolescente (Secretaria de Educação e SAPS), Horto Municipal (Secretaria da Agricultura e Secretaria de Saúde).

A vigilância Epidemiológica é responsável pelos seguintes programas: SINAN (Sistema de Agravos de Notificação); SINASC (Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos); SIM (Sistema de Informação de Mortalidade); API (Avaliação do Programa de Imunização); SIAIU (Sistema de Avaliação de Imunobiológicos Utilizados); Programa de Hepatite Virais; Setor de Vigilância Epidemiológica no hospital Regional Oeste; e Monitoramento de doenças Diarréicas Agudas. Esta vigilância faz a Supervisão nas Unidades de Saúde.

Chapecó foi reconhecida pelos participantes das oficinas ocorridas no Lote 2 Sul como uma experiência bem sucedida por apresentar uma avaliação de ações programáticas a partir do consolidado do SIAB

As unidades que fizeram parte da avaliação quantitativa foram Cristo Rei, Leste e Seminário.

CRISTO REI (2 equipes)

Características da demanda: A maioria dos usuários é mulher 69,9% A faixa etária mais atendida são adultos de 40 a 49

anos (18,3%), seguido de crianças de 1 a 4 anos, jovens adultos 20 a 29 anos e adultos de 50 a 64 anos (13,8%)

Das faixas etárias mais atendidas a maioria é mulher (respectivamente 80%, 86,7% e 66,7%), com exceção das crianças de 1 a 4 anos que a maioria é homem (73,3%)

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Os usuários têm o ensino fundamental incompleto (34,9%) e fora da idade escolar (22%)

As consultas realizadas pelos enfermeiros somam 45% dos atendimentos, as consultas médicas 22,9%, consulta odontológicas 21,1% e dos auxiliares 11%.

Os encaminhamentos para especialistas são de 3% Retornos são de 5,5% Exames solicitados 10,1% Ignorado 69,7% Os motivos de atendimento são bem variados os

principais são: exame dentário (16,5%); hipertensão (11,9%); citopatologico (7,3%); aconselhamento de contracepção e curativos (5,5%); resultados de exames, amenorréia, infecção de vias aéreas (4,6%).

A unidade Cristo Rei foi descartada da avaliação qualitativa por ser uma UBS tradicional, não fazendo parte dos critérios de seleção do local de estudo.

A UBS Cristo Rei realiza todas as ações de saúde com protocolos como por exemplo: diagnóstico e tratamento de diabetes e hipertensão, imunização, planejamento familiar, pré-natal, prevenção de colo uterino, promoção crescimento e desenvolvimento infantil, promoção do aleitamento materno, com exceção de visita domiciliar.

A UBS Cristo Rei realiza grupos de portadores de transtorno psíquico, pré-natal, hipertensos, diabéticos, puericultura.

A estrutura fisica da unidade Cristo Rei apresenta-se inadequada segundo o instrumento que avaliou estrutura, mesmo tendo acesso diferenciado para portadores de deficiência.

Os profissionais da UBS consideram satisfatório apenas os encaminhamentos para dermatologista, ginecologista e pediatria.

A estrutura de material permanente da unidade se adqua as normas do Ministerio. Não há falta de material básico como por

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exemplo: maca ginecológica, balança de adulto e criança, espéculos, termômetro, dentre outros. Apresenta todos os materias de consumo básico como por exemplo: agulhas, seringas, gaze, luvas, dentre outros. A unidade Cristo Rei apresenta todos medicamentos da farmacia básica.

Os exames complementares que são insuficientes para os profissionais da unidade são: colposcopia, RX sem contraste, ultrassonografia obstétrica. A UBS Cristo Rei faz todas as vacinas do calendário.

A característica dos profissionais da UBS Cristo Rei são: idade média de 34 anos, 88% são mulheres, 12% superior completo, 24% tem pós-graduação, 100% dos médicos e o 1 emprego, 56% ingressaram através de concurso público, 36% seleção interna, 4% seleção externa, 33% sao estatutários, 9,5% são CLT, 54% contrato temporario, 4,8% prestsador de serviço, 54% estao satisfeitos com o vínculo empregatício, 78% são contratados por 40 h, 13% são contratados 10 h, 4,3% são contratados 20 h, 4,3% sã contratados 30h, 17% tem vínculo e são cobertos pelo Plano de Cargos e Carreiras, 16% tem outro emprego. Sabe-se ainda que 72% fizeram treinamento introdutório, 75% receberam treinamento SIAB, 12,5% considera a qualidade do serviço ruim e 87% boa, 95% acredita que a capacitação influi na prática prodfissional.

Com relação a satisfação dos profissionais com a estrutura física da unidade a nota média foi 4,3, com relação ao atendimento individual; da demanda a nota média foi 6, com relação ao atendimento domiciliar a nota média foi 6,5. Com realção ao trabalho em equipe nota média 6,9, com relação ao preenchimento de relatórios a nota média é 6,6. Com relação as reuniões a nota média foi 6,6, com relação as reuniões na comunidade nota 5,7 e com relaçãoa coordenação local a nota média foi de 6,5.

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LESTE

Características da demanda: A maioria dos usuários é mulher 68,5% A faixa etária mais atendida são adultos de 20 a 29

anos (19,8%), seguido de adultos de 30 a 39 anos (18%), crianças de 5 a 14 anos e adultos de 50 a 64 anos (14,4%)

Das faixas etárias mais atendidas a maioria é mulher (respectivamente 77,3%, 85%, 56,3% e 81,3%),

Os usuários têm o ensino fundamental incompleto (20,7%) e ignorado (39,6%)

A consulta realizada pelo enfermeiro soma 27,9% dos atendimentos, a consulta médica 9,9%, consulta odontológicas 11,7% e dos auxiliares 50,5%.

Os encaminhamentos para especialistas são de 5,4% Retornos são de 2,7% Exames solicitados 9% Ignorado 51,4% Os motivos de atendimento são bem variados os

principais são exames gerais (25,2%); aconselhamento de contracepção (10,8%); exame dentário e vacinação (9%); exame de rotina de saúde da criança (6,3%); curativos (4,5%), Citopatologico (3,6%)

A USF Leste não reconhece reuniões, cronograma, dentre outros como planejamento/gestão/coordenação das ações de saúde e também não reconhece o SIAB como instrumento para gestão. O USF Leste não possui CLS.

A USF Leste realiza ações de saúde através de protocolo: diagnóstico e tratamento de diabetes e hipertensão, imunização, planejamento familiar, pré-natal, prevenção de colo uterino, promoção

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crescimento e desenvolvimento infantil e promoção do aleitamento materno.

A USF Leste tem apenas grupo de pré-natal, hipertenso, diabético, bolsa alimentação, nutrição e fisioterapia

A estrutura física da unidade Leste apresenta-se adequada tendo acesso e banheiros para portadores de deficiência.

Os profissionais da USF Leste acham apenas satisfatório os encaminhamentos para cardiologista, fisioterapia, ginecologia, neurologia pediatria e pronto socorro.

A estrutura de material permanente da unidade se adequa as normas do Ministério. Não há falta de material básico, como por exemplo, maca ginecoloógica, balança de adulto e criança, espéculos, termômetro, dentre outros. Apresenta todos os materiais de consumo básicos, como por exemplo, agulhas, seringas, gaze, luvas, dentre outros. Os únicos materias insuficientes segundo a avaliação são as fichas de cadastramento domiciliar e SIAB.

A unidade Leste apresenta todos medicamentos da farmácia básica com exceção de aminofilina, ampicilina, carbamazepina, cimetidina, diclofenaco de potássio, fenobarbital.

Dos exames complementares a USF Leste não faz colposcopia e acha insatisfatório o RX sem contraste. A USF Leste faz todas as vacinas do calendário

A característica dos profissionais da USF Leste são: idade média de 33 anos, 90% sao mulheres, 14% tem o superior completo, 18% tem pós-graduação, 18% 1 emprego (todos são ACS), 54% ingressaram através de concurso público, 36% ingressaram por seleção interna, 59% sao estatutários, 41% contrato temporário (ACS e recepcionista), 95% estão satisfeitos com o vínculo empregatício, 86% são contratados por 40h, 100% cumprem a carga horária, 18% são contemplados através do Plano de Cargos e Carreiras sabe-se que 19%

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tem outro tipo de emprego, 60% fizeram treinamento introdutório, 47% receberam treinamento SIAB.

Com relação a satisfação dos profissionais com a estrutura física da unidade a nota média foi 4,3, com relação ao atendimento individual a demanda a nota média foi 6, com relação atendimento domiciliar a nota média foi 6,5, com relação ao trabalho em equipe nota média 6,9, com relação ao preenchimento de relatórios nota média 6,6, com relação as reuniões a nota média foi 6,6, com relação as reuniões na comunidade nota 5,7 e com relação a coordenação local a nota média foi de 6,5.

SEMINÁRIO

Características da demanda: A maioria dos usuários é mulher 65% A faixa etária mais atendida são crianças de 5 a 14

anos (26,3%), seguido de jovens adultos de 20 a 29 anos e de adultos de 50 a 64 anos (14,6%), e 30 a 39 anos (10,9%).

Das faixas etárias mais atendidas a maioria é mulher (respectivamente 55,6%, 80%, 70% e 66,7%),

Os usuários têm o ensino fundamental incompleto (41,6%) e analfabetos (16,1%).

A consulta realizada pelo enfermeiro soma 2,2% dos atendimentos, a consulta médica 10,9%, consulta odontológicas 25,5% e dos auxiliares 61,3%.

Os encaminhamentos para especialistas são de 4,4% Retornos são de 2,2% Exames solicitados 7,3% Ignorado 30,7% Nenhum encaminhamento 54,7%

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Os motivos de atendimento são bem variados os principais são exames gerais (28,5%); exame de rotina de saúde da criança (14,6%), atendimento odontológico (7,3%), vacinação (4,4%), curativos (3,6%).

A unidade escolhida para ser avaliada no estudo qualitativo em Chapecó foi Seminário que é uma unidade pré-proesf. Ela tem maior tempo de funcionamento (5 anos). Possui uma população de baixa renda e apresenta o trabalho mais vinculado as diretrizes da integralidade.

A USF Seminário planeja/gestão/coordena as ações de saúde através da realização reuniões de equipe, reuniões com os ACS antes das visitas domiciliares (a finalidade desta é discutir a necessidade de cada usuário a ser visitado) e reunião da enfermeira e os ACS.

A recepção é feita por duas recepcionistas que encaminham os usuários para o setor que ele está agendado ou encaminham de acordo com sua necessidade. A médica atende 16 a 20 fichas clínicas por turno de trabalho.

Os cuidados de enfermagem são de 16 a 30 cada turno, a Unidade possui 4 auxiliares de enfermagem que são responsáveis pelos exames laboratoriais, sala de vacina, visita domiciliar, nebulização, recepção, administração medicamentos,

Os cuidados odontológicos são 12 fichas distribuídas uma vez por mês (o consultório odontológico é um trailer).

A USF Seminário possui ações programáticas com grupo de hipertenso e diabéticos (8 grupos que se reúnem a cada 40 dias) realizado pelos auxiliares enfermeiros e ACS. Grupo de crianças/bolsa alimentação (2 grupos todos os meses) realizado pelos ACS. Grupo de adolescente, idosos, puericultura. Desenvolve várias atividades como pré-natal, diagnóstico e tratamemnto de tuberculose, planejamento familiar, coleta de citopatologico, promoção do aleitamento materno,

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dentre outras. Realiza visitas domiciliares de enfermeiros e médico e auxiliares e ACS. As ações educativas em escolas sõ realizadas pelos ACS, auxiliares de enfermagem e enfermeiros, e dentista. A equipe ainda participa de um grupo de reeducação postural.

Os cuidados domiciliares estão organizados para verificar PA, fazer curativos, visitar pacientes acamados, troca de sondas, visitas ao asilo, orientações sobre educação em saúde e uso de medicações. A USF Seminário realiza todas suas ações através de protocolos.

Através do SIAB a equipe sabe o total de cadastrados, menores de 1 ano, gestantes, menores de 20 anos, RN de risco. A participação dos CLS a cada 2 meses são realizadas reuniões todos são convidados, mas poucos da equipe participam.

A estrutura fisica da USF Seminário tem algumas limitação, como por exemplo, o acesso que não é facilitado para portadores de deficiência, por ser uma casa alugada e adaptada para ser uma unidade de PSF

A USF Seminário possui algumas dificuldades nos encaminhamentos para dermatologista, ginecologista, oftalmologia, otorrinolaringologista, ortopedia, psiquiatra.

A estrutura de material permanente da unidade se adqua as normas do Ministério, não há falta de material básico, com por exemplo, maca ginecológica, balança de adulto e criança, espéculos, termômetro, dentre outros. Apresenta todos os materias de consumo básicos, como por exemplo, agulhas, seringas, gaze, luvas, dentre outros

A USF Semiário apresenta todos medicamentos da farmácia básica com exceção de aminofilina, carbamazepina, cimetidina, diclofenaco de potassio, fenobarbital.

Dos exames complementares a USF Seminario não faz colposcopia, eletrocardiograma, pesquisa de BAAR, RX sem contraste, ultrasonografia obstetrica, urocultura. a USF Seminário faz todas as

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vacinas do calendário com exceção da BCG (que é feita no Hospital ao nascer).

A caracterização dos profissionais da USF Seminário ficou assim: idade média de 31 anos, 86% são mulheres, 21% tem pós- graduação, 21% 1 emprego (todos são ACS), 71% ingressaram através de concurso público, 92% são estatutários, 100% estão satisfeitos com o emprego, 93% são contratados por 40 h, 100% referem não receber incentivo do PSF, 57% tem vínculo com Plano de Cargos e Carreiras, 21% tem outro tipo de emprego, 33% fizeram treinamento introdutório, 73% receberam treinamento SIAB, 71% considera boa a qualidade do serviço, 91% acredita que a capacitação influi na prática profissional.

Com relação a satisfação dos profissionais com a estrutura fisica da unidade a nota média foi 4,3, no atendimento individual e na a demanda a nota média 7. Com relação atendimento domiciliar a nota média foi 7,6, com relação ao trabalho em equipe nota média 8,5, com relação ao preenchimento de relatórios a nota média 6,5, com relação as reuniões a nota média foi 7,7, com relação as reuniões na comunidade nota 6,7; e com reçlação a coordenação local a nota média foi de 6,5.

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COORDENAÇÃO DO PROJETO:

Luiz Augusto Facchini, coordenador geral, UFPel-DMS, médico, epidemiologista, Ms.Sci., Ph.D.

Roberto Xavier Piccini, UFPel-DMS, médico, epidemiologista, Ms.Sci. Elaine Tomasi, UCPel, PMPel-SMSBE, assistente social,

epidemiologista, Ms.Sci., Ph.D.Elaine Thumé, UFPel-FEO, enfermeira, Ms.Sci.

COORDENAÇÃO DO ESTUDO QUALITATIVO:

Luciane Prado Kantorski, UFPel-FEO, enfermeira, Ph.D.Rita Maria Heck, UFPel-FEO, enfermeira, Ph.D.

EQUIPE TÉCNICA DO ESTUDO QUALITATIVO:

Luciane Prado Kantorski, UFPel-FEO, enfermeira, Ph.D.Vanda Jardim, UFPel-FEO, enfermeira, Ms.Sci., Doutoranda UFSC.

Florianópolis. SC.Valéria Coimbra, enfermeira, Ms.Sci., Doutoranda EERP-USP-Ribeirão

Preto.SP.Michele Oliveira, UFBa- EE, enfermeira, Ms.Sci., Doutoranda EERP-

USPUSP-Ribeirão Preto.SP.

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