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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL Análise das áreas de vivência em canteiros de obra Cezar Luciani Trotta Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos como parte dos requisitos para a conclusão da graduação em Engenharia Civil Orientadora: Profa. Dra. Sheyla Mara Baptista Serra São Carlos 2011

Check List Áreas de Vivências

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check list ótimo para verificação de atendimento normativo em canteiro de obras

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Page 1: Check List Áreas de Vivências

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Análise das áreas de vivência em canteiros de obra

Cezar Luciani Trotta

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos como parte dos requisitos para a conclusão da graduação em Engenharia Civil Orientadora: Profa. Dra. Sheyla Mara Baptista Serra

São Carlos 2011

Page 2: Check List Áreas de Vivências

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia à toda minha família, em especial aos meus pais, Geraldo Wladmir Trotta Junior e Maria Aparecida Luciani, a quem devo minha vida e minha formação pessoal e profissional, e que apesar de toda a distância sempre estiveram presentes no meu dia a dia. Meus sinceros agradecimento ao meu pai por acreditar em mim e depositar todas suas forças nos meus estudos desde sempre. Sem você, pai, esse trabalho não existiria. Muito obrigado a todos que me ajudaram nas dificuldades encontradas durante essa fase tão importante da minha vida. Essa conquista é nossa!

Page 3: Check List Áreas de Vivências

AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos aos professores do DECiv por todo o conhecimento transmitido durante os 5 anos de faculdade. Agradeço também a todos meus colegas e amigos de curso por todos os momentos de alegria e por todas as noites passadas em claro estudando! Tenho orgulho de levar para sempre algumas amizades que com certeza nunca acabarão. Muito obrigado a todos.

Page 4: Check List Áreas de Vivências

RESUMO

Na grande maioria das bibliografias da área de gestão de canteiros de obras, os autores

destacam a falta de dedicação por parte das empresas em itens substanciais, mas de

fundamental importância para um bom funcionamento da obra, que são as áreas de vivência

de forma geral. Com o objetivo de conhecer, analisar a realidade dos canteiros de obras e

comparar com estudos anteriores do setor, foi realizado um estudo através de um check list

em 3 obras de grandes construtoras da cidade de São Paulo.

Palavras-chave: instalações provisórias; áreas de vivência; canteiro de obra.

Page 5: Check List Áreas de Vivências

ABSTRACT

In most of the bibliographies of the management area construction sites, the authors

highlight the lack of commitment by companies in substantial items, but of fundamental

importance for a proper functioning of the work, which are different spheres of life in general.

In order to know, analyze the reality of construction sites and compare with previous studies

of the sector, a study was conducted through a checklist in three major construction works of

the city of São Paulo.

Key-words: temporary facilities, and areas of experience; construction site.

Page 6: Check List Áreas de Vivências

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Visão geral da obra A ............................................................................................ 12

Figura 2 Visão geral da obra B ............................................................................................ 13

Figura 3 Visão geral - Obra C .............................................................................................. 14

Figura 4 Notas - Obra A....................................................................................................... 15

Figura 5 Vestiário obra A ..................................................................................................... 16

Figura 6 Almoxarifado - Obra A ........................................................................................... 17

Figura 7 Almoxarifado - Obra A ........................................................................................... 17

Figura 8 Mictório - Obra A.................................................................................................... 17

Figura 9 Chuveiros - Obra A ................................................................................................ 18

Figura 10 Local para refeições / Escritório de engenharia - Obra A ..................................... 18

Figura 11 Tapumes - Obra A ............................................................................................... 19

Figura 12 Acesso coberto - Obra A...................................................................................... 19

Figura 13 Notas - Obra B..................................................................................................... 19

Figura 14 Almoxarifado - Obra B ......................................................................................... 20

Figura 15 Vestiário - Obra B ................................................................................................ 21

Figura 16 Avisos na entrada do vestiário - Obra B............................................................... 22

Figura 17 Escritório com vista para a torre/ Acesso coberto – Obra B ................................. 22

Figura 18 Placas fixadas no sanitário - Obra B .................................................................... 22

Figura 19 Notas - Obra C..................................................................................................... 23

Figura 20 Vestiário - Obra C ................................................................................................ 23

Figura 21 Local para refeições - Obra C .............................................................................. 25

Figura 22 Acesso coberto / Tapumes - Obra C.................................................................... 25

Figura 23 Comparação das notas obtidas............................................................................ 26

Figura 24 Análise do IBPC................................................................................................... 28

Page 7: Check List Áreas de Vivências

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Análise do vestiário - Obra A................................................................................. 15

Tabela 2 Análise do almoxarifado - Obra A.......................................................................... 16

Tabela 3 Análise do almoxarifado - Obra B.......................................................................... 20

Tabela 4 Análise dos vestiários - Obra B ............................................................................. 21

Tabela 5 Análise dos vestiários - Obra C............................................................................. 23

Tabela 6 Análise do almoxarifado - Obra C ......................................................................... 24

Tabela 7 Análise do local para refeições - Obra C ............................................................... 24

Tabela 8 Notas dos itens verificados nas instalações provisórias ........................................ 26

Tabela 9 Índice das instalações provisórias......................................................................... 27

Tabela 10 Valores do IBPC .................................................................................................... 28

Tabela 11 Check List de verificação .................................................................................... 33

Page 8: Check List Áreas de Vivências

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................... 1

1.1 Justificativa .......................................................................................................... 2

1.2 Objetivos............................................................................................................... 3

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................... 5

2.1 NR 18..................................................................................................................... 5

2.1.1 PCMAT............................................................................................................... 7

2.2 NR 9 – PPRA ......................................................................................................... 7

2.3 Saurin (1997)......................................................................................................... 8

2.4 Souza (2005) ......................................................................................................... 9

3. METODOLOGIA.......................................................................................................... 10

3.1 Revisão Bibliográfica ......................................................................................... 10

3.2 Estudo de caso................................................................................................... 10

4. RESULTADOS OBTIDOS ........................................................................................... 12

4.1 Caracterizaçao das obras visitadas .................................................................. 12

4.1.1 Obra A.............................................................................................................. 12

4.1.2 Obra B.............................................................................................................. 13

4.1.3 Obra C.............................................................................................................. 14

4.2 Análise das obras............................................................................................... 14

4.2.1 Obra A.............................................................................................................. 15

4.2.2 Obra B.............................................................................................................. 19

4.2.3 Obra C.............................................................................................................. 23

4.3 Comparação com pesquisas anteriores ........................................................... 25

4.4 Índice das Instalações provisórias ................................................................... 27

4.5 Índice de boas práticas nos canteiros de obra (IBPC) ....................................... 27

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 29

5.1 CONCLUSÕES.................................................................................................... 29

5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS................................................... 30

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ 31

7. ANEXO........................................................................................................................ 33

7.1 Check list ............................................................................................................ 33

Page 9: Check List Áreas de Vivências

1

1. INTRODUÇÃO

A atividade da construção civil é uma das atividades mais antigas do mundo. Sua

atuação movimenta diversos setores da economia global.

Esse segmento tem passado, ao longo dos anos, por um grande processo de

transformação nas suas diversas etapas: incorporação, planejamento, projetos,

suprimentos, execução, entre outros. Durante essas etapas, nas que necessitam de

operários envolvidos, existe um alto índice de acidente de trabalho além de doenças

ocupacionais.

São vários os fatores que podem colocar em risco a segurança e a saúde dos

trabalhadores em um canteiro de obra. Um deles é a falta de controle do ambiente de

trabalho e do processo produtivo; outro é a falta de orientação educativa aos operários.

Dessa forma, tem se tornado comum para as empresas do segmento a necessidade

de realizar investimentos nessa área, atuando diretamente nas instalações provisórias dos

canteiros de obras.

É fato que o canteiro de obras é uma estrutura que muda de tempos em tempos com

o desenvolver da obra. Enquanto a obra vai sendo executada, o mesmo assume

características e formas diferentes.

Para FELIX (2000), é possível classificar o canteiro de obras de acordo com a fase

da obra:

• Inicial: execução da infra-estrutura e estrutura até a desforma da laje do térreo. Na

maioria das vezes, esta fase envolve dificuldades de locação das instalações provisórias e

do local de áreas para carga e descarga dos materiais;

• Risco máximo de operários no canteiro: conforme o progresso da obra, chegará um

momento em que as instalações iniciais não atenderão mais às necessidades dos

trabalhadores do canteiro, necessitando assim da transferência de local ou de uma

ampliação da área de vivência;

• Encerramento da Obra: é fato que em toda entrega de obra, o engenheiro trabalha

em tempo integral, sendo importante se definir antecipadamente as soluções que serão

adotadas com relação às áreas de vivência nesta fase.

De acordo com SERRA (2001), as fases de organização de um canteiro também

podem variar em função da estratégia de execução adotada. Como exemplo, pode-se

analisar o caso da execução de uma torre de um edifício, seguida pela execução da periferia

(subsolo e térreo). É comum que as instalações e centrais de produção localizem-se na

Page 10: Check List Áreas de Vivências

2 periferia quando a torre do edifício está em execução. Já na execução da periferia, as

mesmas são transferidas para áreas de subsolo e térreo na projeção da torre.

TAMAKI (2000) diz que para que haja organização no canteiro de obras, devem ser

observados quatro princípios básicos, sendo eles:

• Disciplina e conscientização dos operários: todos devem ter conhecimento em relação

ao processo de trabalho e à melhoria de seu desempenho e especialização em suas

tarefas;

• Programação das atividades: de forma a evitar desperdícios e perca de tempo, é

necessário otimizar o fluxo de materiais e uso dos equipamentos.

• Organização do trabalho: é necessário respeitar o ritmo fisiológico do trabalhador e às

regras das jornadas de trabalho; distribuição das atividades ao longo do dia, de modo

que os serviços mais arriscados sejam realizados no início de cada jornada;

• Hierarquização da obra: divisão e definição das responsabilidades e autoridades.

1.1 JUSTIFICATIVA

Com a necessidade de rapidez nos processos executivos das edificações, os

canteiros de obra tem se tornado mini-fábricas da construção civil. Algumas construtoras

têm adotado rigorosos processos de gestão para controlar o planejamento das ações em

cada setor do canteiro, que envolve diretamente as áreas de vivência. Elas buscam cada

vez mais processos de otimização e gerenciamento das mais variadas formas.

Segundo Santos e Farias Filho (1998 apud BRANDLI e SOARES, 2000), as

empresas têm procurado investir na melhoria de seus processos de produção, frente às

crescentes pressões do mercado.

Frente a essa situação, é comum ter os canteiros divididos em centrais de trabalho,

cada qual com seu encarregado e operários. É comum que esses operários permaneçam

por 9 horas diárias no canteiro, entre as áreas de vivência, administrativas, ou nas frentes

de trabalho espalhadas pela obra.

Assim, torna-se importante que os diversos ambientes de trabalho proporcionem

condições adequadas de permanência aos trabalhadores, considerando os aspectos de

conforto ambiental e de satisfação do trabalho. MONTMOLLIN (1994) diz que para que o

trabalho seja bem organizado e realizado, é necessário que as condições de trabalho

permitam aos trabalhadores trabalhar bem.

Apesar disso, ainda não é comum ter canteiros de obra exemplares com relação a

esses critérios, tendo-se uma falha de processo, que justifica o estudo das boas práticas,

junto com as recomendações técnicas legais.

Page 11: Check List Áreas de Vivências

3 O canteiro de obra não se trata de um projeto único e fixo. Enquanto a obra vai

sendo executada, no decorrer de suas fases, o canteiro assume diferentes formas. É fato

que as áreas de vivência também irão mudar no decorrer da obra. Nessa mesma linha de

raciocínio, FRITSCHE et al (1996) alertam que as diferentes fases da obra exigem canteiros

diferenciados se adaptando à estratégia de ataque à obra. No início, por exemplo, quando a

execução da obra se concentra nos primeiros pavimentos, não costuma haver espaços para

as áreas de produção, administrativas e de vivência. Já quando a obra está sendo

executada com seu número máximo de operários, há necessidade de aumentar a área de

vivência. Já na fase final, a complexidade é a dinâmica da alteração das áreas, pois as

instalações provisórias deverão ser transferidas para áreas já finalizadas do edifício para

que se processem os serviços de acabamento.

Durante essas mudanças de fases, na grande maioria dos empreendimentos, as

instalações provisórias são construídas, ampliadas e posteriormente demolidas, gerando

uma grande quantidade de entulho e desperdício de material e energia, além de não

reaproveitar o material de tal forma a se ter um novo custo posteriormente.

Para ARSLAN (2005), é possível construir mesmo em curto prazo e com baixo custo

abrigos temporários com esses materiais se fossem desmontáveis, reciclados ou até mesmo

reutilizados. Para esse autor, trata-se apenas de uma questão de costume.

Com a obrigatoriedade da implantação de áreas de vivência nos canteiros de obra

regulamentada pela NR-18, os trabalhadores da construção conseguiram uma grande

vitória. A partir de então, as empresas são obrigadas a fornecer a eles um local adequado

para fazer refeições, tomar banho e guardar seus pertences durante o expediente de

trabalho. Além desses itens, a norma também exige a implantação de áreas de lazer e até a

instalação de ambulatório médico, banheiros, alojamentos e bebedouros com água filtrada

de fácil acesso aos trabalhadores.

O quesito “áreas de vivência” é um dos mais fiscalizados pelo ministério do trabalho,

pois ele é responsável por garantir as boas condições humanas para o trabalho. Além disso,

tal importância também é considerada, pois se sabe da influência do bem-estar do

trabalhador e sua produtividade além de diminuir a chance de quaisquer acidentes.

As condições de trabalho e a quantidade de acidentes em obras estão fortemente

ligados, na medida em que estas condições determinam as bases das relações sociais e o

estado psicológico dos trabalhadores.

1.2 OBJETIVOS

O objetivo principal desse trabalho de conclusão de curso é ter conhecimento de

parte da realidade da indústria da construção civil, com foco nas condições do ambiente de

trabalho em canteiros de obras situados na cidade de São Paulo.

Page 12: Check List Áreas de Vivências

4 Para isso, foram analisadas as áreas de vivência dos canteiros de obra, em

especial as instalações provisórias, a fim de verificar o cumprimento das normas e

recomendações vigentes para o setor.

Page 13: Check List Áreas de Vivências

5

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

De acordo com Saurin (2006), as instalações provisórias dos canteiros de obras são

compreendidas por alguns elementos tais como: guarita, escritórios, almoxarifado, as áreas

de vivência (vestiário, alojamento, refeitório, cozinha, área de lazer), estandes de venda,

entre outros.

É importante dizer que essas instalações fazem parte do dia a dia do canteiro, pois

servem de suporte e armazenamento para grande parte dos serviços do canteiro.

Para Oliveira (2006), o canteiro de obra pode ser definido como o conjunto de todas

as instalações, desde as áreas de vivência até as operacionais, responsáveis por oferecer

suporte e definir o andamento da construção de uma edificação.

2.1 NR 18

De acordo com Cruz (1996), em 1978 o Brasil deu um grande salto qualitativo com

relação à segurança do trabalho. Nesse ano, foram implementadas vinte e oito normas

regulamentadoras (NR’s) do Ministério do Trabalho. Ainda que todas as NR’s sejam

aplicáveis à construção, destaca-se entre elas a NR-18 (BRASIL, 1995), visto que ela é

específica para o setor da construção civil.

A NR 18 do Ministério do Trabalho abrange Condições e Meio Ambiente de Trabalho

na Indústria da Construção. Nela, são abordados parâmetros e diretrizes que devem ser

considerados na execução e planejamento de um canteiro de obra.

Para Souza (2000), a NR-18 ao prescrever ações voltadas à segurança do trabalho

tem no canteiro de obras o palco para sua implementação. A obrigatoriedade do Programa

de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), apesar

da exigência apenas do layout na fase inicial, induz à criação de um projeto completo do

canteiro, onde além dos cuidados específicos quanto à segurança, surge a necessidade de

se determinar o processo construtivo de forma a minimizar os riscos à saúde dos

trabalhadores e outros.

Entre as diretrizes, a NR18 lista o que os canteiros de obras devem conter para

garantir as condições de higiene do trabalhador:

A. VESTIÁRIO E ARMÁRIO: Os trabalhadores que não moram no canteiro de

obras têm direitos a vestiário com chuveiro e armário individual;

B. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS: Devem ser adequadas e em perfeitas

condições de higiene e limpeza, com lavatório, mictório e vaso sanitário na

Page 14: Check List Áreas de Vivências

6 proporção de um conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores, e chuveiro

na proporção de um para cada grupo de 10 trabalhadores;

C. REFEITÓRIO: O local para as refeições deve possuir piso de material lavável

e mesas com tampos lisos e laváveis. O refeitório não pode estar localizado

em subsolos ou porões das edificações;

D. ALOJAMENTOS: Se os empregados morarem no canteiro de obras, a

empresa deve proporcionar-lhes dormitórios confortáveis e arejados,

lavanderia e área de lazer;

E. BEBEDOUROS: Toda obra deve ter bebedouros com água filtrada e potável

na proporção de 1 bebedouro para cada grupo de 25 trabalhadores;

F. COZINHA: Deve estar presente sempre que houver preparo de refeições.

Além disso, deve estar previsto pia para lavar os alimentos e utensílios,

possuir instalações sanitárias, que com ela não se comuniquem, de uso

exclusivo dos encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e

utensílios e possuir equipamentos de refrigeração, para preservação dos

alimentos;

G. LAVANDERIA: Deve haver um local próprio, coberto, ventilado e iluminado,

para que o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de

uso pessoal. Este local deve ter tanques individuais ou coletivos em número

adequado;

H. AMBULATÓRIO: As frentes de trabalho com 50 (cinqüenta) ou mais

trabalhadores devem ter um ambulatório. Neste ambulatório, deve haver o

material necessário à prestação de Primeiros Socorros, conforme as

características da atividade desenvolvida. Este material deve ser mantido

guardado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.

Para Krüger (2002), essa norma tem por objetivo evitar situações que possam causar

acidentes e doenças do trabalho, levando em consideração algumas conformidades com as

etapas da construção da obra.

A NR 18 considera o projeto de execução das proteções coletivas, a especificação

técnica das proteções coletivas e também das individuais a ser utilizado em cada serviço, o

layout inicial do canteiro de obras considerando a locação das áreas, o dimensionamento

das áreas de vivência além de um programa educativo com a temática de prevenção de

acidentes e doenças do trabalho.

Essa norma foi de total importância para a elaboração do check list de verificação

desenvolvido por Saurin (1997).

Page 15: Check List Áreas de Vivências

7 Ao longo dos anos, e principalmente após a implantação da NR18, os canteiros de

obras passaram por mudanças para se adequarem a uma nova realidade. Um dos

indicadores que retrata essa mudança é a extinção, na grande maioria das construtoras, dá

prática de alojar funcionários nos canteiros. Antigamente, esses alojamentos eram comuns e

com pouco conforto e higiene. Como a NR-18 exige um padrão mínimo, muitas construtoras

desistiram desta prática.

2.1.1 PCMAT

A NR-18, especificamente no item 18.3, trata do programa de condições e meio

ambiente de trabalho (PCMAT). Nesse item, são esclarecidas condições e diretrizes de

segurança do trabalho para o setor da construção civil.

As medidas são referenciadas, tendo como seus principais objetivos:

• Prever os riscos aos quais os trabalhadores estão sujeitos no processo de

execução das obras;

• Estudar as melhores medidas de proteção individual e coletiva, de forma a

prevenir ações que possam colocar a vida do trabalhador em perigo;

• Aplicar técnicas de execução de serviços que diminuam os riscos de

acidentes e doenças;

O PCMAT é obrigatório para obras com 20 ou mais trabalhadores. Além disso, deve

contemplar as exigências contidas na NR 9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

– PPRA) (BRASIL, 1994). Ele deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão

regional do Ministério do Trabalho. A elaboração deve ser Fe ita e aplicada por um

profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho, sendo o responsável,

caso algo aconteça, o empregador.

2.2 NR 9 – PPRA

O programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA), é estabelecido pela NR 9 e

deve ser elaborado seguindo as regulamentações da NR 18.

Segundo a NR 9, para a elaboração do PPRA, é necessário considerar alguns itens

como:

• Estabelecer metas e prioridades nos serviços e cronograma.

• Procedimento de ação e tática.

• Forma de análise dos dados, compilação e exposição dos mesmos.

• Acompanhamento periódico feito por um profissional da área.

Seu objetivo é definir um plano de ação que preserve a saúde dos trabalhadores

frente aos riscos aos quais eles se submetem diariamente em cada frente de trabalho.

Page 16: Check List Áreas de Vivências

8 2.3 SAURIN (1997)

Em sua dissertação de mestrado, Saurin (1997) desenvolveu um check list baseado

na NR-18 e em alguns outros requisitos que julgou importante para a realização de uma

análise qualitativa dos canteiros de obra.

Seu principal objetivo era desenvolver uma ferramenta que permitisse uma análise

rápida dos principais problemas do layout do canteiro, e também que fosse de fácil

interpretação e implantação nos canteiros.

Na época, este check list foi aplicado em cerca de vinte e cinco obras no estado do

Rio Grande do Sul. Pode-se dizer que a principal contribuição deste trabalho foi propor um

indicador que, além de avaliar diretamente os canteiros de obras, serve de orientação para

as empresas planejarem seus canteiros.

Ao concluir seu trabalho, o autor percebeu que, de forma geral, grande parte dos

itens checados por sua planilha não eram observados nas obras, o que mostra a falta de

conscientização por parte das empresas a respeito do planejamento do canteiro de obras.

Para Saurin (1997), o planejamento do canteiro deveria ser estudado e bem

elaborado antes do início da obra. Porém, grande parte dos autores mostra que na prática

isso não acontece (Saurin, 1997, Saurin; Formoso, 2000, Andrade, et al., 2005), ficando isso

a cargo dos gerentes e coordenadores de obra reconhecer a necessidade de mudança e

dedicar mais atenção ao planejamento dos canteiros.

O check list desenvolvido por Saurin (1997) é dividido em três principais itens:

• Instalações provisórias;

• Segurança;

• Movimentação e armazenamento de materiais.

Para o quesito Instalações Provisórias são analisados itens como o escritório da

obra, tapumes, o refeitório, o almoxarifado, o vestiário, os acessos, as instalações sanitárias,

entre outros.

No grupo Segurança, encontra-se itens que foram identificados como requisitos

mínimos exigidos pela NR-18. Ainda nesse grupo, são avaliadas as condições de uso das

escadas até a proteção do poço do elevador, passando por itens como objetos de proteção,

plataformas e andaimes, uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva.

Por último, o grupo “Movimentação e Armazenamento de Materiais” avalia itens

como vias de circulação, entulhos, guincho, armazenamento de materiais e produção de

argamassa/concreto. Para Saurin (1997), é importante realizar um bom planejamento deste

sistema, visto que os processos de movimentação e armazenamento interferem diretamente

no processo produtivo do canteiro.

Page 17: Check List Áreas de Vivências

9 Para o preenchimento da planilha, os grupos citados acima são subdivididos em

outros itens que, por sua vez, se subdividem em elementos os quais devem ser assinalados

com as seguintes opções para cada um deles: “sim”, “não” ou “não se aplica”, conforme seja

constatado ou não no canteiro de obra (Costa et al., 2005a).

Com a planilha preenchida, é possível calcular o índice de desempenho das

instalações provisórias (IIP), o índice de segurança (IS) e o índice de movimentação e

armazenamento de materiais (IMAM). Com esses três índices, calcula-se o Índice de Boas

Práticas de Canteiros de Obras (IBPC). A nota resultante da aplicação deste check list é um

número de 0 a 10 que, conforme seu resultado pode auxiliar no diagnóstico de práticas

indesejáveis e auxiliar, também, na tomada de decisão (Costa et al., 2005a). As fórmulas

para o cálculo dos índices estão no capítulo 3 (metodologia) desse trabalho.

Para essa pesquisa, o foco foi a análise das instalações provisórias dos canteiros de

obra.

2.4 SOUZA (2005)

Uma pesquisa realizada no Rio Grande do Sul por Souza (2005) analisou dados de

41 obras de 21 construtoras da região.

A pesquisa foi realizada entre os anos de 2004 e 2005 no Clube do Benchmarking

apoiado pelo NORIE/UFRGS.

O objetivo principal do trabalho de Souza (2005) foi avaliar a eficácia da implantação

do indicador “Índice de boas práticas de canteiros de obras” em empresas de construção

civil, que participam de um projeto do Núcleo Orientado para Inovação de Edificação

(NORIE/UFRGS) chamado Sistemas de Indicadores de Desempenho para Benchmarking

para Construção Civil.

Aliado a isto, a pesquisa avaliou como este indicador tem sido utilizado pelas

empresas, levantando questões sobre os potenciais benefícios trazidos pela implantação

dele e quais são as suas limitações.

Page 18: Check List Áreas de Vivências

10

3. METODOLOGIA A fim de atingir os objetivos propostos, as atividades foram divididas de acordo com

os tópicos citados.

3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A revisão bibliográfica foi realizada com o objetivo de estudar e compreender a

questão das áreas de vivência em canteiros de obra, alinhado com as normas

regulamentadoras vigentes.

3.2 ESTUDO DE CASO

A fim de fazer um diagnóstico das instalações provisórias dos canteiros de obras

atuais, foi feito um estudo de caso em três obras de construtoras diferentes, de forma a

abranger uma maior amostragem do mercado da construção em São Paulo.

Para isso, como roteiro de investigação, foi utilizada uma planilha adaptada de

Saurin (1997) com um check list de itens a serem verificados de acordo com a NR 18. A

planilha com as notas obtidas em cada obra encontra-se listada no anexo A desse trabalho.

As informações necessárias para caracterização do canteiro de obras foram obtidas

por meio de entrevistas com os engenheiros e mestre de obras, por meio do preenchimento

do questionário e do registro das condições através de câmera fotográfica. As fotos serão

apresentadas durante as análises dos dados.

Para o preenchimento do questionário há três possíveis respostas: SIM, NÃO e NÃO

SE APLICA. Seguindo os critérios de Saurin (1997), as respostas assinaladas com a opção

“sim” representarão os aspectos positivos (cumprimento da norma) e as respostas

assinaladas com “não” representarão os aspectos negativos. Já as respostas “não se aplica”

(NSA) indicarão exigências que não eram necessárias no canteiro, seja devido à tipologia da

obra ou a fase de execução no dia da visita.

Feito isso, pode-se calcular o índice das instalações provisórias (IIP), o índice de

segurança (IS), o índice de movimentação e armazenamento de materiais (IMAM).

10xPP

POIIP

= 10x

PP

POIS

= 10x

PP

POIMAM

=

Onde:

PO = Pontos obtidos, ou seja, a quantidade de itens que foram assinalados

com a opção “SIM” no grupo analisado.

Page 19: Check List Áreas de Vivências

11 PP = Pontos possíveis, ou seja, o total de itens que foram assinalados com

“SIM” e “NÃO” de cada grupo. Para o cálculo do indicador exclui-se os itens assinalados

com “NÃO SE APLICA”.

Esses três índices formarão o Índice de Boas Práticas de Canteiros de Obras (IBPC),

de acordo com a fórmula a seguir:

103

xIMAMISIP

IBPC

++=

O único item a ser utilizado na análise dos resultados do presente trabalho é o IIP,

porém, viu-se necessário o cálculo de todos para que fosse possível calcular o IBPC de cada

obra.

O indicador final é multiplicado por 10, para que a nota possa variar em uma escala

de 0 a 10.

Page 20: Check List Áreas de Vivências

12

4. RESULTADOS OBTIDOS 4.1 CARACTERIZAÇAO DAS OBRAS VISITADAS

Segue abaixo uma descrição dos pontos mais relevantes observados in loco que

caracterizam as obras visitadas.

4.1.1 OBRA A

Figura 1 Visão geral da obra A

A obra A trata-se de um empreendimento de uma construtora e incorporadora de alto

padrão de abrangência nacional.

O empreendimento localiza-se na zona norte da cidade de São Paulo em um terreno

de aproximadamente 5.700 m².

O empreendimento consiste de 1 torre residencial de 22 pavimentos (20 tipo +

cobertura duplex), totalizando 84 unidades. A obra está prevista para ser entregue em

outubro de 2012.

Atualmente, a obra encontra-se na fase final da estrutura. No dia da visita, estava

sendo executada a montagem das formas da laje do 19o pavimento. Além disso, os serviços

de alvenaria externa e interna, gesso e instalações também estavam sendo executados.

No canteiro existem quatro entradas, sendo três para a entrada de materiais e

equipamentos e a outra exclusiva para o acesso da mão-de-obra e visitantes.

Os portões de acesso de materiais e insumos tem aproximadamente 5 m de largura,

sendo que dois se localizam na fachada principal do edifício ao lado do portão de pedestre e

Page 21: Check List Áreas de Vivências

13 um parte de trás do edifício. Segundo o engenheiro da obra, são necessários todos esses

portões devido às dificuldades da implantação do canteiro de obras, que conta com duas

casas que não venderam seus terrenos.

Na entrada de funcionários, há um segurança que vigia o controle de acesso de

pessoas na obra.

O terreno da obra vai de um lado ao outro do quarteirão, sendo que de um lado há

uma rua bastante movimentada, e do outro uma rua tranqüila. A entrada do edifício fica na

rua mais calma, e a descarga de materiais também é feita através dela, excluindo-se a

bomba de concretagem que tem um portão exclusivo para entrada na obra.

4.1.2 OBRA B

Figura 2 Visão geral da obra B

A obra B é um empreendimento de uma construtora de médio padrão, localizada na

zona norte da cidade de São Paulo.

O empreendimento consiste de 2 torres residenciais de 12 pavimentos em um

terreno de 3000 m²

Atualmente a obra encontra-se na fase de estrutura e tem entrega prevista para

setembro de 2012. Trata-se de uma obra de alvenaria estrutural, e no dia da visita, estavam

executando a primeira fiada do 11o pavimento. Além disso, os serviços de gesso liso e

instalações também estavam sendo executados.

No canteiro existem três entradas, sendo uma a definitiva e que dá acesso ao

estacionamento no subsolo. As outras duas se encontram na parte de trás do edifício, sendo

uma de acesso exclusivo de pessoas e a outra de materiais. Na entrada de pessoas, há um

porteiro que faz o controle de entrada e saída do canteiro.

Page 22: Check List Áreas de Vivências

14 4.1.3 OBRA C

Figura 3 Visão geral - Obra C

A obra C é um empreendimento comercial de uma construtora de alto padrão no

bairro Itaim Bibi em São Paulo.

A obra conta com cinco subsolos, térreo, mezaninos e torre com 18 pavimentos tipo

em um terreno de aproximadamente 7.900 m².

Localizada na zona de restrição de São Paulo, durante a etapa de execução da

estrutura foram estudadas, analisadas e aplicadas estratégias para concretagens e

descarga de materiais.

Atualmente consta com 2 acessos para caminhões e um acesso exclusivo para os

trabalhadores e visitantes.

O empreendimento encontra-se na fase de acabamentos finais. No dia da visita,

estavam sendo executados serviços de impermeabilização da periferia, gesso liso nos

últimos andares, pele de vidro na última face da fachada, além de serviços gerais de

instalações no interior dos andares.

A obra está prevista para ser entregue em junho de 2012.

4.2 ANÁLISE DAS OBRAS

Após as entrevistas com os responsáveis das obras e da aplicação da equação

proposta por SAURIN (1997), foram calculadas as notas entre 0 e 10 em cada quesito, de

forma a medir o nível de boas práticas encontradas nos canteiros.

A seguir, são apresentados os resultados e uma análise das 3 obras visitadas,

comparando a média geral das notas obtidas entre elas com resultados obtidos por Saurin e

Formoso (2000) e Souza (2005).

Além disso, segue também uma análise do Índice das Instalações Provisórias que foi

calculado para as três obras.

Page 23: Check List Áreas de Vivências

15 Posteriormente, há uma análise que foi feita através do indicador Índice de Boas

Práticas de Canteiros de Obra (IBPC).

4.2.1 OBRA A

A Figura 4 apresenta as notas obtidas através do check list da Obra A.

Figura 4 Notas - Obra A

Pode-se observar que o item “Vestiários” recebeu a menor nota da tabela (1,67).

A Tabela 1 mostra os itens que foram verificados nesse quesito.

Tabela 1 Análise do vestiário - Obra A

1.8 VESTIÁRIOS S/N/NA

1.8.1 São divididos conforme as equipes de produção

N

1.8.2 São divididos por subempreiteiros N

1.8.3 Tem piso de concreto, cimentado ou material equivalente (NR-18)

S

1.8.4 Tem bancos e cabides que não sejam de prego

N

1.8.5 Tem armários individuais dotados de fechadura e cadeado (NR-18)

N

1.8.6 Localizam-se em locais de alvenaria já concluídas no pavimento térreo

N

Número de chuveiros 10

Número de lavatories 2

Número de vasos sanitários 5

Número de mictórios 1

O check list avalia a presença ou não de alguns itens. Na Figura 5, é possível

observar os que receberam “N” como avaliação.

Os bancos dos vestiários contêm pregos, as instalações são de madeira e os

armários não estão divididos por equipes. Observa-se também o único item que recebeu “S”

no chek list, sendo ele o piso do vestiário que é de concreto.

Page 24: Check List Áreas de Vivências

16

Figura 5 Vestiário obra A

Dessa forma, a obra A obteve uma baixa nota nesse quesito apesar de o vestiário,

de um modo geral, ser passível de uso.

Outro item que recebeu nota bastante baixa na obra A foi o “Almoxarifado”. Neste

quesito são avaliados a presença de etiquetas com nomes de materiais e equipamentos, a

divisão do local em duas partes (uma para armazenamento e outra para atendimento com

janela) e a localização do almoxarifado em relação à descarga de caminhões.

Tabela 2 Análise do almoxarifado - Obra A

1.6 ALMOXARIFADO S/N/NA

1.6.1 Está perto do ponto de descarga dos caminhões N

1.6.2 Existem etiquetas com nomes de materiais e equipamentos

N

1.6.3 É dividido em dois ambientes, um para armazenamento de materiais e ferramentas e outro para sala do almoxarife com janela de expediente

S

O almoxarifado da obra localiza-se no 2o subsolo. O mestre da obra justificou que foi

necessária a instalação nesse local devido à fase da obra e ao início das atividades na

periferia, onde ele se localizava antigamente.

Apesar da organização do local, que pode ser observada na Figura 6, não haviam

etiquetas com os nomes dos materiais e equipamentos.

Page 25: Check List Áreas de Vivências

17

Figura 6 Almoxarifado - Obra A

Com relação à divisão da sala, ela existe e pode ser observada na Figura 7, sendo

esse o único item avaliado com “S” no check list.

Figura 7 Almoxarifado - Obra A

O quesito “Instalações sanitárias” merece atenção, pois, apesar de ter recebido nota

relativamente boa (6,67), oculta a realidade do local, que pode ser observada abaixo.

Figura 8 Mictório - Obra A

Na Figura 8, pode-se ver que apesar de existir o mictório, ele encontra-se sujo e com

vazamento.

Page 26: Check List Áreas de Vivências

18 O mesmo acontece no local onde estão instalados os chuveiros. Pode-se observar

na Figura 9 a presença de bolor nas paredes ao redor dos chuveiros, que deveriam ser de

algum material impermeável.

Figura 9 Chuveiros - Obra A

Destacam-se nessa obra os quesitos “Local para refeições” e “Escritórios” (Figura 10),

“Tapumes” e “Acessos” que podem ser observados na Figura 10 e Figura 12

respectivamente. Esses quesitos receberam 100% de avaliação positiva no check list.

Figura 10 Local para refeições / Escritório de engenharia - Obra A

Page 27: Check List Áreas de Vivências

19

Figura 11 Tapumes - Obra A

Figura 12 Acesso coberto - Obra A

Em especial no quesito “Acessos” foi cumprido o item “Existe caminho para pessoas,

calçado e coberto, desde o portão de entrada até a área edificada”, mesmo sendo grande a

distância entre a portaria e a área edificada, cerca de 30 metros, como pode ser observado

na Figura 12.

4.2.2 OBRA B

A Figura 13 mostra as notas obtidas através do check list na obra B. Através dela, é possível

observar que o quesito “Almoxarifado” recebeu a menor nota (3,33).

Figura 13 Notas - Obra B

A Tabela 3 mostra os itens que foram analisados nesse quesito.

Page 28: Check List Áreas de Vivências

20 Tabela 3 Análise do almoxarifado - Obra B

1.6 ALMOXARIFADO S/N/NA

1.6.1 Está perto do ponto de descarga dos caminhões

N

1.6.2 Existem etiquetas com nomes de materiais e equipamentos

S

1.6.3 É dividido em dois ambientes, um para armazenamento de materiais e ferramentas e outro para sala do almoxarife com janela de expediente

N

Apesar de existirem etiquetas com os nomes dos materiais/equipamentos como pode ser

observado na Figura 14, o almoxarifado tem aparência desorganizada e está longe do local

de descarga de caminhões. Além disso, ele não é dividido em duas partes e nem possui

janela de expediente.

Figura 14 Almoxarifado - Obra B

Outro quesito que recebeu nota relativamente baixa foi o “Vestiário” (5,0). A Tabela 4 mostra

os itens que foram analisados nesse quesito e suas respectivas notas.

Page 29: Check List Áreas de Vivências

21 Tabela 4 Análise dos vestiários - Obra B

1.8 VESTIÁRIOS S/N/NA

1.8.1 São divididos conforme as equipes de produção

N

1.8.2 São divididos por subempreiteiros S

1.8.3 Tem piso de concreto, cimentado ou material equivalente (NR-18)

S

1.8.4 Tem bancos e cabides que não sejam de prego

N

1.8.5 Tem armários individuais dotados de fechadura e cadeado (NR-18)

S

1.8.6 Localizam-se em locais de alvenaria já concluídas no pavimento térreo

N

Número de chuveiros 16

Número de lavatories 10

Número de vasos sanitários 4

Número de mictórios 4

Os vestiários não são divididos por equipe de produção, mas são divididos por

subempreiteiros. Como é possível observar na Figura 15, os bancos dos vestiários são

feitos com painéis unidos com pregos.

Ainda na Figura 15 observa-se que existem armários individuais com cadeados (cadeado

próprio de cada funcionário), porém alguns não contêm portas, estando em péssimas

condições de uso.

Figura 15 Vestiário - Obra B

Uma boa prática que foi observada no local, porém não entrou na avaliação do check list

são os avisos que estão fixados na entrada do vestiário. No local existem avisos sobre

proteção, sobre a escala de limpeza do vestiário de acordo com as empreiteiras e do horário

de almoço também de acordo com as empreiteiras. Os avisos podem ser observados na

Figura 16.

Page 30: Check List Áreas de Vivências

22

Figura 16 Avisos na entrada do vestiário - Obra B

Além desses avisos, destacam-se nessa obra os quesitos “Escritórios” e “Acessos”, que

alcançaram nota 10 no check list e podem ser observados na Figura 17.

Figura 17 Escritório com vista para a torre/ Acesso coberto – Obra B

Apesar do quesito “Instalações Sanitárias” ter recebido uma nota relativamente baixa (6,67)

na obra B, o local estava passível de uso e com placas que estimulam o bom uso do

banheiro, como se pode observar na Figura 18.

Figura 18 Placas fixadas no sanitário - Obra B

Page 31: Check List Áreas de Vivências

23 4.2.3 OBRA C

Na Figura 19 é possível observar as notas obtidas através do check list na obra C. Através

dela, é possível observar que o quesito “Vestiário” recebeu a menor nota (5) da tabela.

Figura 19 Notas - Obra C

Na

Tabela 5 é possível observar os itens que foram avaliados nesse quesito.

Tabela 5 Análise dos vestiários - Obra C

1.8 VESTIÁRIOS S/N/NA

1.8.1 São divididos conforme as equipes de produção

N

1.8.2 São divididos por subempreiteiros N

1.8.3 Tem piso de concreto, cimentado ou material equivalente (NR-18)

S

1.8.4 Tem bancos e cabides que não sejam de prego.

S

1.8.5 Tem armários individuais dotados de fechadura e cadeado (NR-18)

S

1.8.6 Localizam-se em locais de alvenaria já concluídas no pavimento térreo

N

Como descrito na Tabela 6, os vestiários não estavam divididos por equipes de produção e

nem por empreiteiras, caracterizando uma desorganização no local nos horários de entrada

e saída dos funcionários. O local pode ser observado na Figura 20 abaixo.

Figura 20 Vestiário - Obra C

Page 32: Check List Áreas de Vivências

24 Outro quesito que também recebeu nota baixa na obra C foi o “Almoxarifado”. A Tabela 6

mostra os itens que foram avaliados nesse quesito.

Tabela 6 Análise do almoxarifado - Obra C

1.6 ALMOXARIFADO S/N/NA

1.6.1 Está perto do ponto de descarga dos caminhões N

1.6.2 Existem etiquetas com nomes de materiais e equipamentos

S

1.6.3 É dividido em dois ambientes, um para armazenamento de materiais e ferramentas e outro para sala do almoxarife com janela de expediente

S

Como é possível observar, a única avaliação negativa que a obra recebeu nesse quesito foi

referente à distância entre local de descarga de caminhões e o almoxarifado. Segundo o

mestre da obra, o almoxarifado está localizado nesse local devido à fase em que a obra se

encontra (acabamentos finais). A justificativa é benquista, porém existe o trabalho de

transporte da entrada da obra até o almoxarifado.

O quesito “Local para refeições” teve apenas um item avaliado negativamente, como mostra

a Tabela 7.

Tabela 7 Análise do local para refeições - Obra C

1.7 LOCAL PARA REFEIÇÕES S/N/NA

1.7.1 Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior (NR-18)

S

1.7.2 Tem fechamento que permite isolamento durante as refeições (NR-18)

S

1.7.3 Tem piso de concreto, cimentado ou outro material lavável (NR-18)

S

1.7.4 Tem depósito com tampa para detritos (NR-18) S

1.7.5 Há assentos em número suficiente para atender aos usuários (NR-18)

N

1.7.6 As mesas são separadas de forma que os trabalhadores agrupem-se segundo sua vontade

S

Segundo o mestre da obra, há uma rotatividade muito grande de empresas atuando ao

mesmo tempo e que ficam poucos dias ou semanas na obra variando em torno de 500

funcionários/dia. Dessa forma não há local para todos almoçarem, sendo necessário fazer

um rodízio de empreiteiras que se inicia as 11 h finalizando em torno das 13 h.

Como mostra a Figura 21, o local para refeições contém um grande número de assentos.

Page 33: Check List Áreas de Vivências

25

Figura 21 Local para refeições - Obra C

Destacam-se na obra C os quesitos “Acessos” e “Tapumes” que receberam 100% de

avaliações positivas no check list.

Na Figura 22 é possível observar o acesso coberto da portaria à área edificada e uma visão

geral da obra C que mostra os tapumes em perfeito estado de conservação.

Figura 22 Acesso coberto / Tapumes - Obra C

4.3 COMPARAÇÃO COM PESQUISAS ANTERIORES

Na Tabela 8 são apresentadas as notas obtidas nas pesquisas de Saurin e Formoso (2000),

Souza (2005), das três obras visitadas e a média das notas obtidas nessas três obras.

Page 34: Check List Áreas de Vivências

26 Tabela 8 Notas dos itens verificados nas instalações provisórias

Obras visitadas (2011)

INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS Saurin e Formoso (2000)

Souza (2005) A B C MÉDIA (A,B e C)

Acessos 4,6 6,2 10 10 10 10,00

Escritório (Sala do mestre/Engenheiro) 6,2 8,2 10 10 6,67 8,89

Local para refeições 5,4 7,1 10 8,33 8,33 8,89

Tapumes 7,6 8,4 10 5 10 8,33

Instalações sanitárias 5,2 6,3 6,67 6,67 6,67 6,67

Tipologia das instalações provisórias 4 7,1 5,71 5,71 6,67 6,03

Almoxarifado 2,8 5,7 3,33 3,33 6,67 4,44

Vestiário 4,6 6,8 1,67 5 5 3,89

MÉDIA FINAL 5,05 6,98 7,17 6,76 7,50 7,14

Na Tabela 8, é possível notar que, de forma geral, a média das notas das obras visitadas foi

maior que o encontrado por Saurin e Formoso (2000) e Souza (2005), mostrando uma

evolução nas condições das instalações provisórias.

Como é possível observar na Figura 23, o quesito “Vestiários” teve média abaixo do

encontrado por Saurin e Formoso (2000) e por Souza (2005). Nesse quesito, foi observado

se o local era dividido conforme as equipes de produção/empreiteiras, se os bancos eram

fixados através de pregos, se existiam armários, se o piso era de concreto e o local onde o

vestiário se localizava.

Figura 23 Comparação das notas obtidas

Já o quesito “Tipologia das instalações provisórias” teve média abaixo somente referente ao

valor encontrado por Souza (2005). Esse quesito observava itens como a segurança das

instalações, a boa conservação dos materiais constituintes e se foi aproveitada alguma

construção anterior existente no terreno.

Page 35: Check List Áreas de Vivências

27 Do mesmo modo, o quesito “Almoxarifado” teve média abaixo do encontrado por Souza

(2005). Nesse quesito foi analisado a distância do local de descarga, a presença de

etiquetas com nomes nos materiais e equipamentos e se o ambiente era dividido em duas

partes, sendo uma de armazenamento e outra para atendimento.

4.4 ÍNDICE DAS INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS

O Índice das Instalações Provisórias (IIP) verifica a tipologia e condições das áreas de

vivência no canteiro de obra.

Tabela 9 Índice das instalações provisórias

OBRAS VISITADAS

ÍNDICES Saurin e Formoso

(2000) Souza (2005) A B C

MÉDIA (A, B e C)

IIP 5,10 7,00 6,90 6,70 7,40 7,00

Na Tabela 9 é possível observar o valor encontrado para o IIP nas três obras estudadas.

O cálculo desse indicador foi calculado através da seguinte fórmula:

10xPP

POIIP

= , onde

• PO = Total de pontos obtidos no quesito instalações provisórias (quantidade de

“SIM”).

• PP = Total de pontos possíveis no quesito instalações provisórias (quantidade de

“SIM”+ quantidade de “NÃO”).

A obra que obteve maior IIP foi a obra C. Apesar de ter a maior nota, é fato que apenas 74%

dos itens avaliados foram qualificados positivamente. Dentre os itens que foram avaliados

negativamente, há itens importantes tais como a localização do almoxarifado, a qualidade

dos vestiários e das instalações sanitárias. Esses itens, além de serem fundamentais para a

saúde dos trabalhadores, interferem também na produtividade da obra.

Contrapondo à maior nota, a obra B obteve a menor nota, sendo que somente 67% dos

itens avaliados foram qualificados positivamente, excluindo-se os itens em que a questão

não se aplicava.

É importante salientar que apesar de a média dos IIPs das obras avaliadas ter alcançado a

nota 7,00, e um valor superior quando comparado com Saurin e Formoso (2000) e Souza

(2005), o resultado ainda é insatisfatório visto a importância dos itens que foram utilizados

para calcular o índice.

4.5 ÍNDICE DE BOAS PRÁTICAS NOS CANTEIROS DE OBRA (IBPC)

Na Tabela 10 é possível observar os índices que foram calculados a partir do preenchimento

do check list, e por fim o IBPC.

Page 36: Check List Áreas de Vivências

28 Tabela 10 Valores do IBPC

OBRAS VISITADAS

ÍNDICES Saurin e Formoso

(2000) Souza (2005) A B C MÉDIA

IIP 5,10 7,00 6,90 6,70 7,40 7,00

IS 4,40 6,40 7,37 8,10 10,00 8,49

IMAM 6,10 5,90 7,10 7,74 8,70 7,85

IBPC 5,20 6,43 7,12 7,51 8,70 7,78

Todos os valores de IBPCs calculados para as obras visitadas foram maiores que os

encontrados por Saurin e Formoso (2000) e Souza (2005). O valor médio encontrado nas

obras para o IBPC foi de 7,78, cerca de 49% maior que o encontrado por Saurin e Formoso

(2000) e 21% maior que o encontrado por Souza (2005).

Como é possível observar na Figura 24, em 11 anos houve uma evolução nas boas práticas

encontradas nos canteiros de obra.

Porém, essa nota ainda é baixa e expõe uma realidade dos canteiros de obra mostrando

que ainda há falta de segurança para os trabalhadores, além de ocorrerem perdas de

diversos gêneros através de desperdícios de materiais e tempo.

Figura 24 Análise do IBPC

Page 37: Check List Áreas de Vivências

29

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

5.1 CONCLUSÕES

Como foi definido inicialmente, o objetivo principal deste trabalho foi analisar parte da

realidade das áreas de vivência da indústria da construção civil na cidade de São Paulo.

Através de visitas às obras, onde foram feitas entrevistas com engenheiros, mestres e

encarregados, foi possível preencher o check list de verificação que gerou os dados e

indicadores necessários para a avaliação dos canteiros e compará-los a estudos anteriores

de modo a verificar o desenvolvimento das áreas de vivência ao longo dos anos.

É importante salientar que ambos os autores, Saurin (1997) e Souza (2005), fizeram

seu estudos na região sul do país. Sendo assim, a comparação é válida por terem sidos

utilizados os mesmos critérios, porém características regionais e culturais podem ter

influenciado o resultado.

Em comparação com pesquisas e avaliações do setor nos últimos anos e pelas

obras estudadas nesse trabalho de conclusão de curso, foi possível concluir que houve uma

melhoria nas condições gerais das áreas de vivência. Na análise dos dados, verificou-se

que apenas um índice (IIP) de duas obras ficou abaixo do encontrado por Souza (2005),

sendo que a obra A obteve nota igual a 6,9 e a obra B a 6,7 enquanto Souza (2005) obteve

nota igual a 7,0.

Porém, de forma geral, o índice que leva em consideração todos os itens da planilha

(IBPC) teve uma evolução ao longo dos anos, chegando à média de 7,78 nas obras visitadas

mostrando que a preocupação por parte dos engenheiros e gerentes em relação a esses

quesitos vem aumentando, seja pela fiscalização do ministério do trabalho ou por iniciativa

própria da construtora.

Uma limitação encontrada na pesquisa diz respeito ao check list que verificou por

meio do registro de presença ou não de certo item da avaliação, sem levar em consideração

se o item era ou não passível de uso. Dessa forma, foi feito um registro fotográfico de cada

item analisado, e esse registro foi considerado na análise dos dados, mas não para o

cálculo das notas.

Com essas análises, pode-se concluir que, de forma geral, o tempo dedicado por

engenheiros e coordenadores para o planejamento dos canteiros de obras ainda é baixo,

apesar de se notar uma pequena evolução.

Assim, para um melhor funcionamento geral do canteiro em termos de planejamento,

áreas de vivência e segurança, é fundamental que esse quadro se reverta de modo a

Page 38: Check List Áreas de Vivências

30 melhorar significativamente o desempenho da produção, além de diminuir o número de

acidentes de trabalho no setor.

5.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

A partir dos resultados que foram obtidos neste trabalho e de todos os

conhecimentos que foram adquiridos durante o seu desenvolvimento, pode-se fazer

algumas sugestões para futuros trabalhos:

• Estudar novos itens a serem acrescentados no check list envolvendo as

diversas atividades da produção. Como por exemplo, um item importante que

deveria ser avaliado é a freqüência de treinamentos dos funcionários. É

comum nos canteiros de obra funcionários utilizarem equipamentos sem

cursos ou treinamentos, o que pode causar facilmente acidentes.

• Acrescentar no check list uma coluna que avalia a qualidade dos itens

analisados, e não apenas a presença ou não dele. Essa avaliação poderia ser

um fator multiplicador de 0 a 1 que pondera a nota final do quesito.

• Avaliar outras áreas do canteiro e registrar as boas práticas encontradas.

• Desenvolver procedimentos para ajudar no processo de elaboração dos

projetos das áreas de vivência em geral.

• Acompanhar as modificações das áreas de vivência ao longo do processo de

execução de uma mesma obra e suas diversas etapas.

Page 39: Check List Áreas de Vivências

31

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SERRA, S. M. B. Racionalização de processos e produtos na construção de edifícios.

2001. 42p. Curso de atualização profissional – Universidade Federal de São Carlos

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SOUZA, J.S. Avaliação da aplicação do Índice de Boas Práticas de Canteiros de obras em

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Recomendação técnica de procedimentos - Fundacentro, São Paulo, V. 1, 2007.

Page 41: Check List Áreas de Vivências

33

7. ANEXO 7.1 CHECK LIST

Abaixo, segue o check list utilizado para o roteiro de investigação nas obras analisadas. Na

Tabela 11, é possível observar as colunas das três obras visitadas (A, B e C).

Tabela 11 Check List de verificação

OBRA

A B C 1. INSTALAÇõES PROVISóRIAS SIM / NÃO / NA 1.1 TIPOLOGIA DAS INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS

· São utilizadas instalações móveis (containers)

N N N 1.1.1 Há modulação dos barracos S S S 1.1.2 Os painéis são unidos com parafusos S S S 1.1.3 Os painéis são pintados e estão em bom estado de conservação S S S 1.1.4 Foram aproveitadas construções existentes para instalação da obra N N N 1.1.5 Os barracos estão em locais livres da queda de materiais, ou então a sua cobertura tem proteção

S S S 1.1.6 Existe alojamento NA NA NA

NOTA PARCIAL 5,71 5,71 5,71 MÉDIA 5,71

1.2 TAPUMES 1.2.1 Existe alguma espécie de pintura decorativa e/ou logomarca da empresa S S S 1.2.2 Os tapumes são construídos de material resistente e estão em bom estado de conservação

S S S NOTA PARCIAL 10,00 10,00 10,00

MÉDIA 10,00 1.3 ACESSO 1.3.1 Existe portão exclusivo para entrada de pedestres (clientes e operários) S S S 1.3.2 Existe caminho para pessoas, calçado e coberto, desde o portão de entrada até a área edificada

S S S 1.3.3 Há possibilidade de entrada de caminhões no canteiro S S S 1.3.4 Se o prédio localiza-se em uma esquina, o acesso de caminhões é pela rua menos movimentada ou secundária

NA NA S NOTA PARCIAL 10,00 10,00 10,00

Page 42: Check List Áreas de Vivências

34 MÉDIA 10,00

1.4 GUARITA DO VIGIA/PORTARIA 1.4.1 Está junto ao portão de entrada de pessoas S S S 1.4.2 Na guarita ou na portaria são distribuídos capacetes para visitantes S N S

NOTA PARCIAL 10,00 5,00 10,00 MÉDIA 8,33

1.5 ESCRITÓRIO (Sala do mestre/Engenheiro) 1.5.1 Tem visão global do terreno S S N 1.5.2 A documentação técnica da obra está à vista e é de fácil localização S S S 1.5.3 Tem estojo com materiais para primeiros socorros S S S

NOTA PARCIAL 10,00 10,00 6,67 MÉDIA 8,89

1.6 ALMOXARIFADO 1.6.1 Está perto do ponto de descarga dos caminhões N N N 1.6.2 Existem etiquetas com nomes de materiais e equipamentos N S S 1.6.3 É dividido em dois ambientes, um para armazenamento de materiais e ferramentas e outro para sala do almoxarife com janela de expediente

S N S NOTA PARCIAL 3,33 3,33 6,67

MÉDIA 4,44 1.7 LOCAL PARA REFEIÇÕES 1.7.1 Há lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior (NR-18) S S S 1.7.2 Tem fechamento que permite isolamento durante as refeições (NR-18) S S S 1.7.3 Tem piso de concreto, cimentado ou outro material lavável (NR-18) S S S 1.7.4 Tem depósito com tampa para detritos (NR-18) S S S 1.7.5 Há assentos em número suficiente para atender aos usuários (NR-18) S S N 1.7.6 As mesas são separadas de forma que os trabalhadores agrupem-se segundo sua vontade

S N S NOTA PARCIAL 10,00 8,33 8,33

MÉDIA 8,89 1.8 VESTIÁRIOS 1.8.1 São divididos conforme as equipes de produção N N N 1.8.2 São divididos por subempreiteiros N S N 1.8.3 Tem piso de concreto, cimentado ou material equivalente (NR-18) S S S

Page 43: Check List Áreas de Vivências

35 1.8.4 Tem bancos e cabides que não sejam de prego N N S 1.8.5 Tem armários individuais dotados de fechadura e cadeado (NR-18) N S S 1.8.6 Localizam-se em locais de alvenaria já concluídas no pavimento térreo N N NA Número de chuveiros 10 16 Número de lavatories 2 10 Número de vasos sanitários 5 4 Número de mictórios 1 4

NOTA PARCIAL 1,67 5,00 6,00 MÉDIA 4,22

1.9 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS 1.9.1 Os banheiros estão ao lado do vestiário

S S S 1.9.2 O mictório e o lavatório são passíveis de aproveitamento S S N 1.9.3 Há banheiros volantes nos andares N N S 1.9.4 Há recipientes para depósito de papeis usados no banheiro (NR-18) S S S 1.9.5 Nos locais onde estão os chuveiros há o piso de material antiderrapante ou estrado de madeira (NR-18)

S S S 1.9.6 Há um suporte para sabonete e cabide para toalha correspondente a cada chuveiro (NR-18)

S S N 1.9.7 Há um banheiro somente para o pessoal de administração da obra (mestre, Engo., técnico)

S S N 1.9.8 Para deslocar-se do posto de trabalho até as instalações sanitárias é necessário percorrer menos de 150,0 m (NR-18)

N N S 1.9.9 As paredes internas dos locais onde estão instalados os chuveiros são de alvenaria ou são revestidas com chapas galvanizadas ou outro material impermeável

N N S NOTA PARCIAL 6,67 6,67 6,67

MÉDIA 6,67 1.10 SEGURANÇA NAS ÁREAS DE VIVÊNCIA 1.10.1 De um modo geral, as áreas de vivência estão em locais livre de riscos de queda?

S S S 2. SEGURANÇA NA OBRA 2.1 ESCADAS 2.1.1 Há corrimão provisório constituído de madeira ou outro material de resistência equivalente (NR-18)

S N S

Page 44: Check List Áreas de Vivências

36 2.1.2 Há escada ou rampa provisória para transposição de pisos com desnível superior a 40 cm (NR-18)

S N S 2.1.3 Quando da concretagem da escada já é deixada alguma espécie de espera para servir de montante para os corrimãos

N N NA 2.1.4 Os corrimãos são pintados e estão em bom estado de conservação NA NA S 2.2 ESCADAS DE MÃO 2.2.1 As escadas de mão ultrapassam em cerca de 1,0 m o piso superior (NR-18) NA NA NA 2.2.2 As escadas de mão estão fixadas nos pisos superior e inferior, ou são dotadas de dispositivo que impeça escorregamento (NR-18)

NA NA NA 2.3 POÇO DO ELEVADOR 2.3.1 Há fechamento provisório, com guarda-corpo e rodapé, de no mínimo 0,90 m de altura

N S S 2.3.2 O fechamento provisório é constituído de material resistente e está seguramente fixado à estrutura

NA S S 2.3.3 Há assoalhamento de madeira ou malha de ferros dentro dos poços para amenizar eventuais quedas

S S S 2.4 PROTEÇÃO CONTRA QUEDA NO PERÍMETRO DOS PAVIMENTOS 2.4.1 Há proteção efetiva, constituída por anteparo rígido com guarda-corpo e rodapé revestido com tela

NA S S 2.4.3 Há andaime fachadeiro? NA N S 2.5 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 2.5.1 Há identificação dos locais de apoio (banheiro, escritório, almoxarifado, etc.) que compõem o canteiro (NR-18)

N S S 2.5.2 Há alertas quanto a obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade executada, próximos ao posto de trabalho (NR-18)

N S S 2.5.3 Existe identificação dos andares da obra S S S 2.5.4 Há advertências quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste (NR-18)

N S NA 2.6 PLATAFORMA DE PROTEÇÃO (bandeja salva-vidas) 2.6.1 A plataforma principal de proteção está na primeira laje que esteja no mínimo um pé-direito acima do nível do terreno (NR-18)

S S NA

Page 45: Check List Áreas de Vivências

37 2.6.2 Existem plataformas secundárias de proteção a cada 3 lajes, a partir da plataforma principal (NR-18)

S NA NA 2.6.3 As plataformas contornam toda a periferia da edificação (NR-18) S S NA 2.6.4 Os painéis das bandejas são fixados com parafusos ou borboletas S S NA 2.6.5 A fixação das treliças é feita através de furo na viga, espera na laje ou solução equivalente

S S NA 2.6.6 A plataforma principal e as secundárias tem largura de 2,50 m + 0,80 m (à 45o) e 1,40 m + 0,80 m (à 45o) respectivamente (NR-18)

S S NA 2.6.7 O conjunto bandejas/treliças é pintado e está em bom estado de conservação

S S NA 2.6.8 Existe tela de proteção que cobre toda a periferia do edifício? S S NA 2.7 ABERTURAS NO PISO 2.7.1 Todas as aberturas no piso têm fechamento provisório resistente N N S 2.8 EPI’s 2.8.1 São fornecidos capacetes para uso dos visitantes S S S 2.8.2 Independente da função todo trabalhador está usando botinas e capacetes

S S S 2.8.3 Os trabalhadores estão usando uniforme cedido pela empresa (NR-18) N S S 2.8.4 Trabalhadores em andaimes externos ou qualquer outro serviço à mais de 2,0 m de altura, usam cinto de segurança com cabo fixado na construção (NR-18)

S S S 2.9 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 2.9.1 Inexistem partes vivas expostas de circuitos e equipamentos, tal como fios desencapados (NR-18)

S S S 2.9.2 Os fios condutores estão em locais livres do trânsito de pessoas e equipamentos, de modo que está preservada sua isolação

S S S 2.9.3 Todas as máquinas e equipamentos elétricos estão ligados por conjunto plugue e tomada (NR-18)

S S S 2.9.4 As redes de alta tensão estão protegidas de modo a evitar contatos acidentais com veículos, equipamentos e trabalhadores

S S S 2.10 ANDAIMES SUSPENSOS 2.10.1 Os andaimes dispõem de guarda-corpo e rodapé em todo o perímetro, exceto na face de trabalho (NR-18)

NA NA S

Page 46: Check List Áreas de Vivências

38 2.10.2 Existe tela de arame, náilon ou outro material de resistência equivalente presa no guarda-corpo e rodapé

NA S S 2.11 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO 2.11.1 O canteiro possui extintores para combate à princípios de incêndio S S S 2.12 ELEVADOR DE OBRA 2.12.1 A torre do guincho é revestida com tela

S S NA 2.12.2 As rampas de acesso à torre são dotadas de guarda corpo e rodapé, sendo ascendentes ou planas no sentido da torre (NR-18)

S S NA 2.12.3 Há pneus ou outra espécie de amortecimento para a plataforma do elevador no térreo

S S NA 2.12.4 O guincheiro trabalha em local com cobertura de proteção contra queda de materiais (NR-18)

S S NA 2.12.5 Há assento ergonômico para o guincheiro N N NA 2.12.6 A plataforma do elevador é dotada de contenção nas laterais em que não há carga/descarga

S S NA 2.12.7 No térreo o acesso a plataforma do elevador é plano, não exigindo esforço adicional no empurramento de carrinhos/gericas

S S NA 2.12.8 Nas concretagens são deixados ganchos de ancoragem nos pavimentos para atirantar a torre do guincho

S N NA 2.12.9 Caso o guincho utilize campainha, o operário pode acioná-la sem subir na plataforma do elevador

NA S NA 2.13 GRUA 2.13.1 Existe delimitação das áreas de carga e descarga de materiais (NR-18) N S NA 2.13.2 Foi feito o plano de cargas? S S NA 2.13.3 A grua possui alarme sonoro que é acionado pelo operador quando há movimentação de carga (NR-18)

N N NA 3. SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS 3.1 VIAS DE CIRCULAÇÃO 3.1.1 Há contrapiso nas áreas de circulação de materiais ou pessoas S S S 3.1.2 Existe cobertura para transporte de materiais da betoneira até o guincho NA NA NA 3.1.3 É permitido o trânsito de carrinhos/gericas perto dos estoques em que tais equipamentos fazem-se necessários

S S S

Page 47: Check List Áreas de Vivências

39 3.1.4 Há caminhos previamente definidos para os principais fluxos de materiais próximos ao guincho e em áreas de produção de argamassa e de armazenamento

N NA N 3.2 ENTULHO 3.2.1 São utilizadas caixas para desperdícios nos andares e/ou depósito central de desperdícios

S S S 3.2.2 O entulho é transportado para o térreo através de calha ou tubo coletor N N N 3.2.3 O canteiro está limpo, sem caliça e sobras de madeira espalhadas, de forma que não está prejudicada a segurança e circulação de materiais e pessoas

N S S 3.2.4 O entulho está separado por tipo de material e reaproveitado S S S 3.3 GUINCHO 3.3.1 A comunicação com o guincheiro é feita através de lâmpada ou campainha acionada em cada pavimento (NR-18)

NA N NA 3.3.2 Há utilização de tubofone em combinação com outro sistema de comunicação

NA N NA 3.3.3 Há placa com a logomarca da empresa na torre do guincho NA S NA 3.3.4 O guincho está na posição mais próxima possível do baricentro do pavimento tipo

NA S NA 3.3.5 O guincho está em frente a parede cega

NA S NA 3.3.6 A área próxima ao guincho está desobstruída, permitindo livre circulação dos equipamentos de transporte

NA S NA 3.3.7 As peças para acesso nos pavimentos são amplas, facilitando a carga/descarga e o acúmulo de materiais nestes locais

NA S NA 3.4 ARMAZENAMENTO DE MATERIAIS CIMENTO 3.4.1 Existe estrado sob o estoque de cimento N S S 3.4.2 As pilhas de cimento tem no máximo 10 sacos S N S 3.4.3 O estoque está protegido da umidade em depósito fechado e coberto. (Caso não exista depósito há cobertura com lona ou outro dispositivo)

S S S 3.4.4 Havendo depósito fechado é praticada estocagem do tipo PEPS (primeiro à entrar é o primeiro a sair)

N S S

Page 48: Check List Áreas de Vivências

40 3.4.5 No caso das pilhas estarem adjacentes à paredes (do depósito ou não) há uma distância mínima de 0,30 m para permitir a circulação de ar

N S N AGREGADOS 3.4.6 As baias para areia/brita/argamassa tem contenção em três lados N NA S 3.4.7 As baias tem fundo cimentado para evitar contaminação do estoque S NA S 3.4.8 A areia é descarregada no local definitivo de armazenagem (não há duplo manuseio)

S NA N 3.4.9 A argamassa é descarregada no local definitivo de armazenagem NA NA S 3.4.10 As baias de areia e argamassa estão em locais protegidos da chuva ou tem cobertura com lona

S NA S AÇO 3.4.11 O aço é protegido do contato com o solo N S NA 3.4.12 As barras de aço são separadas de acordo com a bitola S N NA TIJOLOS/BLOCOS 3.4.13 O estoque de tijolos está em local limpo e nivelado, sem contato direto com o solo

S S S 3.4.14 É feita a separação de tijolos por tipo

S S S 3.4.15 As pilhas de tijolos tem até 1,80 m de altura S S S 3.4.16 Os tijolos são descarregados no local definitivo de armazenagem S N S 3.4.17 O estoque de tijolos está em local protegido da chuva ou tem cobertura com lona

N N S TUBOS DE PVC 3.4.18 Os tubos são armazenados em camadas, com espaçadores, separados de acordo com a bitola das peças (NR-18)

S S S 3.4.19 Os tubos estão estocados em locais livres da ação direta do sol, ou tem cobertura com lona

S S S 4. CENTRAIS DE PRODUÇÃO 4.1 PRODUÇÃO DE ARGAMASSA/CONCRETO 4.1.1 A boca da betoneira descarrega do lado mais próximo ao acesso ao guincho S NA NA 4.1.2 A betoneira está próxima do guincho

NA NA NA 4.1.3 A betoneira descarrega diretamente nos carrinhos/masseiras ou existe base preparada para a argamassa produzida

S NA NA

Page 49: Check List Áreas de Vivências

41 4.1.4 Há indicações para a produção e elas estão em local visível (traço, programação, etc.)

S S NA 4.1.5 A dosagem do cimento é feita com equipamento dosador S S NA 4.1.6 A dosagem da areia é feita com equipamento dosador S S NA 4.1.7 A dosagem da água é feita com equipamento dosador S S NA

OBRA

A B C MÉDIA

Quantidade de SIM 79 87 74 80,00

Quantidade de NÃO 31 27 14 24,00

Quantidade de NÃO APRESENTA 0 0 0 0,00

Índice das instalações provisórias 6,90 6,70 7,4 7,00

Índice de segurança 7,37 8,10 10,00 8,49

Índice de movimentação e arm. de materiais 7,10 7,74 8,70 7,85

NOTA GERAL OBRA(IBPC) 7,12 7,51 8,70 7,78