Chega de Cabide

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Artigo publicado em A Tribuna, sobre o excesso de cargos comissionados, na Administração Pública, o que provoca o inchaço da máquina pública.

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  • VITRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 03 DE DEZEMBRO DE 2015 ATRIBUNA 29

    T R I BU NALIVRE

    Chega de cabide!

    ANao vive um momento de crise: econmica, polticae tica. Nunca se teve tantas notcias sobre corruponeste Pas como nos dias atuais. E, ao contrrio do quealguns possam dizer, este fato no se deve a uma ao gover-namental em investir recursos nas polcias, nem em dar-lhes aautonomia devida, mas, sim, a um trabalho corajoso da pol-cia, da imprensa, do Ministrio Pblico e das procuradorias.

    Em tempos de crise econmi-ca, todos devem pensar emmeios para reduzir despesas pa-ra atravessar o momento difcil.No governo, o nome que se d aisso ajuste fiscal.

    A despesa pblica deve ser re-duzida ao nvel necessrio, parahaver investimentos em reasestratgicas, de modo a possibi-litar a retomada da economia.Mas, ao mesmo tempo em que ogoverno fala que reduziu despe-sas, o que se percebe um au-mento do nmero de cargos co-m i s s i o n a d o s.

    Apesar de a Constituio di-zer que a regra para ingresso noservio pblico o concurso p-blico, v-se a mquina pblicainchada com ocupantes de car-gos comissionadosque, em muitos ca-sos, no sabem oque fazem.

    E quando se in-vestiga um pouco,descobre-se que omotivo verdadeirodo seu ingresso nosquadros do pessoalda Administrao porque aquela pes-soa trabalhou v o-l un ta ri am en te nacampanha eleitoralde algum poltico. isso mesmo: a pessoa trabalha nacampanha eleitoral de outra, emtroca de um cargo pblico no fu-turo prximo. Assim, quem pagaa conta o Poder Pblico.

    Segundo a Constituio, oscargos comissionados so de li-vre nomeao e exonerao, pa-ra cargos de direo, chefia e as-sessoramento. Mas, a nomeaoem cargos pblicos uma moe-da de troca para apoio poltico.Por isso a mquina pblica ficato grande que no consegue ses u st e n t a r.

    Muitos ministrios, secreta-rias, subsecretarias, diretores,assessores. Tudo para manter achamada governabilidade. Emque empresa isso ocorreria?Quando este quadro apresen-tado iniciativa privada ele pa-rece absurdo. E, na verdade, ele absurdo.

    Uma empresa que quer pros-perar coloca em posies estrat-gicas pessoas que possam contri-buir com o crescimento da em-presa. Uma seleo baseada nameritocracia: quem melhor,

    quem se destaca, assume posi-es de destaque.

    Isso tambm um ambientepropcio para a proliferao dencleos de corrupo. Pessoasque fazem qualquer coisa parase manterem no cargo que ocu-pam ficam mais susceptveis aaceitar pedidos de favor. O seuempregador no a Administra-o Pblica, mas algum quepode, a qualquer momento, exo-ner-los do cargo.

    A grande maioria dos agentespblicos condenados por atos deimprobidade administrativa soocupantes de cargos comissiona-dos, pessoas que no possuemum vnculo permanente com aAd m i n i st ra o.

    Outra medida que tambmcontraria a obriga-toriedade dos con-cursos a seleode estagirios, quetrabalham no lugarde servidores p-blicos. Quem fre-quenta os cartriosde qualquer frumpode ver isso.

    H cartrios ques possuem um ser-vidor efetivo, que ochefe de secretaria.As outras pessoasque empregam ali a

    sua fora de trabalho so estagi-rios. At sai mais barato, mas issoviola a Constituio, a lei e preju-dica o resultado final.

    O Ministrio Pblico Estadualcriou em junho deste ano 216novos cargos de assessores jur-dicos (comissionados), sob o ar-gumento de que seria mais bara-to do que nomear novos promo-tores de justia. Mais uma vez,cargos comissionados sendousados em substituio a cargosprovidos por concurso pblico.

    Assim, a sociedade deve ficaratenta: o concurso pblico uma seleo honesta, que garan-te a igualdade de condies en-tre os candidatos e que visa acontratao de pessoas capaci-tadas para o servio pblico eque desejam ali fazer carreira,de modo a contribuir com a so-ciedade. O concurso pblico aseleo de pessoal que est deacordo com os princpios demo-crticos. Vivamos a democracia.

    Rodrigo Santos Neves procuradorda Prefeitura de Linhares

    RODRIGO SANTOS NEVES

    CA RTASPa p e l

    A volta do voto com cdulas elei-torais de papel o retrato do Brasilque decresce, decai, se afunda.Nunca antes na histria desse Passe viu uma derrocada to grande.

    Suelem M. SantanaPraia do Su Vitria

    Projeto TamarA praia de Regncia um ponto

    muito importante para a desova detartarugas. Mas com a chegada dalama de rejeitos de minrio da bar-ragem da Samarco, no ms de no-vembro, esta desova tambm foia f e ta d a .

    Com isso pesquisadores do Proje-to Tamar comearam a alterar o cur-so natural de nascimento nos ani-mais, antes feito naturalmente eagora forado por mos humanas,para que a lama tenha a menor in-fluncia possvel na vida aqutica.

    importante saber que em meio atanta corrupo e descaso com anatureza exista um projeto que lutapela preservao da vida.

    Bibiane de Paulo FreitasBebedouro L i n h a re s

    Morte de um rio!Referindo-se lama da Samarco,

    em que foi vtima o Rio Doce, noquero dizer do csio 137, ocorrido emGoinia em 1987, o maior acidenteradioativo do Brasil, mas deixar aquium alerta: no deixa de ser lixo en-venenado, prejudicial sade de umpovo, dos animais e, por algumas d-cadas, tambm do meio ambiente!

    No adianta a presidente DilmaRousseff e a ministra do Meio Am-biente, Izabella Teixeira, sobrevoa-rem todo o Rio Doce e nada fazer!Somente a distribuio das garrafi-nhas de gua mineral populao,diante da tamanha catstrofe, norepresenta nada!

    O governo federal, em vez de apli-car altas multas Samarco, por queno obriga a empresa a desconta -minar todo o rio e reflorestar suasmargens? Por que o prprio governono constri no Estado tubulaespermanentes, desde as lagoas do Li-mo, Juparan e outras para abas-tecer Colatina e Linhares?

    Domingos Alfredo LossColatina (ES)

    Ed u c a oDizem que a educao a soluo

    para que a juventude cresa comdignidade, mas no se pode cons-truir uma boa sociedade com men-t i ra s . . .

    Hipocrisia. Bom seria se, aindacrianas, as pessoas fossem instru-das luz das Sagradas Escrituras,sem os enganos dos falsos profetas,mas isso impossvel para muitas,porque eles j dominam a Terra... omundo jaz nos malignos (Eclesias-tes 12, Oseias 4, Malaquias 2, II Tes-salonicenses 1:7 a 12, I Joo 5:19 eApocalipse 17:18).

    Cleovanis Felix da SilvaItaquari Cariacica

    A feiraA distribuio de cargos polticos

    em todas as frentes de governo pode

    ser comparada a xepa no final de fei-ras livres. O preo muitas vezes nemexiste, s favorzinho.

    O Pas est sem crdito, sem dire-o alguma, sem objetivos e semvergonha na cara de encarar na Eu-ropa tantos governantes de alto n-vel com metas traadas e realizadasa favor do povo.

    A diria no hotel ocupado pela go-vernante do Brasil e sua equipe ir-risria em relao situao crticaque est o Pas.

    Falta tudo ao povo brasileiro e aodesgoverno falta autocrtica.

    L a m e n tve l !Eliana Dantas

    Boa Vista II Vila Velha

    Fu t e b o lDcadas atrs, quando as comu-

    nicaes ainda no haviam chegadoao estgio atual, ns, capixabas, tor-camos por um time carioca, pelaproximidade territorial ou at por-que a mdia de ento, o rdio, stransmitia jogos dos cariocas.

    Ento tornvamos flamenguistas,tricolores, vascanos e botafoguen-ses. Hoje, o futebol carioca est embaixa, com equipes instveis, placa-res fora do previsto, um vexame!

    O Botafogo, habitual da segundadiviso do Brasileiro, est saindode onde o Vasco, campeo da Cam-peonato Carioca, est indo; o Flumi-nense, que j esteve vice no Brasi-leiro, sofre a possibilidade de serrebaixado; e o Flamengo, que estevebom tempo na lanterna do torneio,reagiu, mas apenas se instalou, es-ttico, no meio da tabela.

    Decepcionante e sem graa, o fu-tebol carioca a cara do Brasil.

    Roberto PimentelPraia do Canto Vitria

    L grimaA lgrima no tem cor, porque

    sangue do esprito que no tem cer-ne. Dentro do silncio, ecoa muitomais alto do que o grito, por ser maisverdadeira e mais pungente.

    Acontece porm que mais cruel emais devastadora a lgrima produ-zida pela fome, porque se ningumno a enxugar, ela definha, atrofia em ata .

    Como nos magoa!Vicente Nolasco Costa

    Centro Vila Velha

    R evoltaOs governantes gastam nossos

    tributos para exibir pela TV imagensde obras que pagamos para seremrealizadas.

    Fazem essas exibies como sefosse um favor da parte deles, gas-tam um dinheiro que serviria pararealizar outras obras e isso no ficab a rat o .

    uma forma de autopromoo,para se eleger na prxima eleio,um desrespeito nossa tributao.

    Os noticirios mostram o contr-rio do que eles exibem e do que pre-senciamos a todo o momento.

    Escolas sucateadas, sade naUTI, estradas e ruas esburacadas,pessoas sendo assaltadas onde elesdizem que h segurana vinte e qua-tro horas Nesse caso talvez haja po-liciais invisveis ou incapazes.

    Lourival de AlmeidaNovo Brasil Cariacica

    Tu b a r oz i n h oMelina recebeu o certificado Tu-

    barozinho, pela concluso do nvelintermedirio do programa infantilde natao, e mostrou pra Gisele, to-da entusiasmada: Mame, eu disseao tio que sou filha de um tubarocom uma... Continua, filha. Co mum peixe palhao.

    Ainda bem, Mel. Se voc falasseque com uma baleia, eu te jogariana piscina. Ai, mame! se eu fosserimar, eu ia falar que com uma se-reia.

    Anna Clia Dias CurtinhasBento Ferreira Vitria

    A lei se afrouxaAcabo de ler reportagem de um

    padrasto que estuprava a enteadados 12 aos 14 anos e acabou engra-vidando-a. A me desta adolescentecontraiu doena e est vivendo ocaos. O infrator ficou dois mesespreso e j foi solto.

    Veio-me mente um texto do livrode Habacuque 1:4: Por esta causa alei se afrouxa, e a sentena nuncasai; porque o mpio cerca o justo, esai o juzo pervertido. s vezes euchego a pensar, o que preciso fazerpara ficar preso. Vemos e ouvimoscasos terrveis como o acima citadoe quem fica preso a famlia da v-tima, agora refm do algoz.

    Aonde chegamos so tantos re-cursos e facilidades, que ficar preso muito difcil.

    Valdeci Carvalho FerreiraMata da Serra Se r ra

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    As cartas devem conter, obri-gatoriamente, nome completo,endereo, nmero da identida-de ou CPF e telefone. O tama-nho no pode exceder 800 ca-racteres (com espao), e a pu-blicao depende de avaliaoprvia de contedo, podendoser reduzida, se necessrio.

    O concursopblico aseleo de

    pessoal queest de acordo

    com ad e m o c ra c i a

    AGNCIA ESTADO - 08/11/2015

    J O G A D O R ES do Fla comemoram