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Organizao da apresentao: Luiz Celso TarnowskiCoordenadoria do Patrimnio Cultural - CPC/ SEEC maio/2005 Deborah Noordegraaf texto: MARIA THEREZA B. LACERDA
ilustrao: CESAR ANTONIO MARCHESINICom esse sinal avanar para o prximo slide
Na velha cidade, em cima do picoMorava o boticrio Chico
Na velha cidade, em cima do picoBom cidado, crena, filhos, mulherTrabalho honesto, vida de colherMorava o boticrio Chico
No fim da tarde, acabada a lida L ia o bom Chico, feliz da vida
Cadeiras na calada colocarAlma lavada, a fresca tomar
Um por um, os amigos se chegandoNas cadeiras iam se acomodandoEram irmos procurando outro irmoCuia e bomba, prosa, chimarro
Riam, brincavam, contavam piadas
De poltica ede papagaiadasMas para eles melhor assuntoEram suas lembranas, em conjunto
Serenatas e baile da PrimaveraAlegres piqueniques e paqueras Lembravam a procisso do DivinoPinho, rojes, os fogos do Jovino
A sinuca no bar do BaianoA banda, no coreto, todo anoA praa, a avenida principal
Mil outras coisas etctera e tal
Um dia chegou o compadre EduMuito triste e mais que jururuAnunciando o fim do Grupo EscolarQue para eles fora um segundo lar
O velho prdio estava abandonadoEra a velha Lei que isto mandavaConforme o Prefeito anunciavaE deveria ser, assim, tombado
Enquanto uma grande indignaoTomava conta da reunio
Chico, calado, ouvia e pensavaTOMBADO?????Uma resoluo ele tomava
Ao amigo Prefeito perguntouPor que acabar o que o homem criouE, ainda mais, tudo o que o bom Deus fezQue do ndio tomou o portugus
Chico, comovido, se emocionavaA medida que o Prefeito explicava:Tombar num grande livro inscreverO monumento que se quer manter
A Lei existia pra garantirQue os bens do povo no podem ruir
A escola seria restaurada Mantida, pintada e conservada
Festas e leiles, teatro amadorPalco, cenrios e muito esplendorEm vez do Grupo a casa abrigariaClube para reunio com muita alegria
Quando o velho teatro caiu
Foi porque ningum tombou, ningum viuSe a igreja era conservadaAssim estava s por ser tombada
A boa nova foi participarPraqueles que seu cho sabiam amarChico entendeu quanto estava enganadoSoube que tombarnada tem de errado
A partir daquela revelaoChico vibrou e abriu seu coraoE de tanto e tanto defendeu a HistriaQue o povo o chamou deCHICO MEMRIA
Fotografias, livros, contratosEscrituras, papis, artesanatosMontes de cacos, arqueologiaSambaquis, da Histria os vigiasQuadros, coreto, msica, danaReceitas de comida que enche a panaRunas, cavernas com pinturasRestos de vilas e outras loucuras
E Chico, vigiando, sempre de graaPercorreu beco, alameda e praaDefendeu pssaro, peixe e mataFauna, rvore, flor e cascata
Chico levou a famlia passearOutras belas cidades visitar
Visitou CASTRO
Rio Negro, capela do TamanduPitangui, Bom Jesus do SaivVILA VELHA
e o Museu do TropeiroObras de Rebouas, o engenheiro
Garaqueaba e mais a Ilha do Mel
Comeu Barreado, filmou congadaDanou fandango, viu cavalgadaComprou polvilho para o bolinhoProvou polenta com frango e vinho
Quando os viajantes por Camb passaramEntre eles mesmos se perguntaramQuando os viajantes por Camb passaramEntre eles mesmos se perguntaram
E cidade nova no tem Histria No tem passado, nem feitos, nem glria?
E Chico aos filhos esclareceuQue a cidade nasceu e cresceuAo longo da vida, como pessoasCriou e guardou coisas ruins e boasE formando seus bens culturaisLembranas de pioneiros e cafezaisNovas igrejas que velhas seroCasas e prdios de muita expresso
Colgio e velha CatedralCmara, Associao ComercialOs mais belos e caros exemplaresPostos abaixo. Foram pelos ares
Chico e famlia, voltando aos seus pagosTudo protegem contra os estragosAcreditando que os bens da culturaSe mantidos, contam Histria pura
E assim, o nosso CHICO MEMRIAQue tanto amava sua histriaPassou toda a vida a protegerO Patrimnio que queria manter
Quando, um dia, o bom Chico morreuToda a cidade lhe agradeceuGuardando tambm de Chico a MemriaContando para todos sua bela estriaO epitfio que o povo lhe ofereceuFoi o mais belo que j se escreveuNOSSO CHICO MEMRIA AQUI JAZAMOU SUA TERRA, A ESTEJA EM PAZ