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ERICEIRA e seus Maio/Junho 2011 Nº1 Fotografia VS. Surf

Chilli Surf

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Trabalho realizado para a disciplina de Package no Curso de Design Grafico 2010/2011. Realizado por Henrique Casinhas. Escola Etic_

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Capa: Casinhas Design

É proibida a reprodução total ou parcial de textos e imagens sem prévia autorização escritas do editor. As opiniões expressas nos artigos são de exclusiva responsabilidade dos seus autores.

STAFFFundador Henrique Casinhas

Edição Henrique Casinhas

Fotografia Henrique Casinhas

Design Casinhas Design

Arte Final e Pós-Produção Casinhas Design

Impressão Etic_

Tiragem 5 exemplares

Email [email protected]

4News

Novidades fresquinhas.

5Interview

Metemo-nos à converça com (surfer)

6Ericeira e seus picos

Alguns dos spots mais carismaticos da nossa costa.

9Fotografia vs. Surf

Comentarios de surfista que partilham o gosto pela fotografia.

Maio/Junho 2011 Nº1

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2011 BodyboardBet Shark Island Challenge Uma das mais fantásticas provas de sempre, e tam-bém uma das que conta com mais tradição no mundo do bodyboard, está de volta já no próximo dia 2 de Junho.

A NoCode Bodyboards apresenta o Ex-Campeão Nacional Hugo Nunes. A NoCode é uma marca de pranchas de bodyboard fabricada em Portugal que irá estar brevemente disponível exclusivamente online.

João de Macedo com 9º em Punta de Lobos

Terminou no passado fim-de-semana o Quiksil-ver Ceremonial Punta de Lobos, evento de ondas grandes que faz parte do Big Waves World Tour e que toma lugar no região de Pichilemu no Chile e na onda de Punta de Lobos, uma esquerda pesada e tubular quando entra no inside e depois de um drop vertical.

NIKE 6.0 CASH FOR TRICKS SERIES 2011: Kikas destrói a concorrência na Praia Grande

O surfista júnior português Frederico Morais foi o grande vencedor da segunda prova deste ano do Nike 6.0 Cash for Tricks, que hoje se realizou, na Praia Grande, em Sintra. Os cerca de 35 surfistas convidados encontraram excelentes condições para a prática do surf criativo e inovador pedido nestas provas, graças a boas ondas, na casa do meio metro a um metro pela manhã, crescendo para um metro e meio pela tarde, com a maré vazia.

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Jon Frank foi o responsável pelo filme “Mick, Myself & Eugene”.

O australiano Jon Frank é um dos mais conceituados surfistas do mundo, contando, no seu currículo, com muitas capas de revistas de todo o planeta. Frank foi, também, o responsável pela aclamada biografia de Mick Fanning, “Mick, Myself & Eugene”, e é um dos amigos mais próxi-mos do bi-campeão mundial.

Jon, sabemos que trabalhas com fotografia e cinema. Qual foi o caminho que começaste a percorrer primeiro?JF: Primeiro que tudo, sou fotógrafo. Quando tinha cerca de 19 anos fiz um filme sobre cinema e televisão. Uma das disciplinas era fotografia, e desde o momento em que peguei numa câmara soube que queria ser fotógrafo. Dois anos depois, publiquei algumas fotografias na Tracks e comecei a pensar que seria possível viver da fotografia de surf. Este pensamento foi, talvez, um pouco ingénuo, considerando que os fotógrafos de surf não são muito bem pagos e somos todos muito loucos. Estamos constantemente à procura do momento ideal – a combinação ideal de marés, ventos, ondulações e outras variáveis. E então, quando dos os elementos se unem, podes estragar tudo – exposição, focagem, equipamento estragado, qualquer coisa. Na verdade, nos anos 90 quis desistir mas fui levado a fazer o Litmus com o Andrew Kidman. Nessa altura, estava pronto para pegar numa câmara de vídeo, por isso julgo que tive um bom tim-ming. O teu trabalho como fotógrafo tem aparecido nas capas de muitas revistas, de Portugal à Austrália. Qual con-sideraste a tua melhor capa?JF: Para dizer a verdade, não vivo muito preocupado com conseguir capas de revistas. Efectivamente, algum do meu melhor trabalho nunca foi visto – mantenho-o só para mim e para as pessoas que me são próximas. Principalmente tiro fotografias por mim. Isto pode soar a egoísmo, mas não tenho interesse em agradar a uma determinada audiência.

Tu fotografaste e dirigiste a biografia do Mick Fanning, “Mick, Myself & Eugene”. Como foi esta experiência com o Mick?JF: Foi fantastic porque viajei por todo o mundo com o meu amigo e divertimo-nos muito. Foi incrível! Nós íamos onde queríamos – Tahiti, Hawaii, Indonésia. Eu e o Mick damo-nos muito bem, ele é um tipo excelente. Todo o projecto levou 18 meses, e depois editei e produzi o filme com outro dos meus melhores amigos, Brendan McAloon. Nós fechamo-nos na minha casa em Tassie – trabalhámos, surfámos, fomos pescar e bebemos cerveja. Bons tempos! Quem são os teus surfistas favoritos para fotografar?JF: Bem, tenho feito muitas viagens ao longo dos anos, muitas vezes com as mesmas pessoas. É bom porque vejo-os crescer, passar de jovens a homens, vejo as mudanças e desenvolvimentos. Eu gosto disso porque eles já não são atletas à frente das lentes, mas pessoas reais, com questões reais. Se tivesse que nomear alguns, diria Mick [Fanning], Nathan Hedge, Taylor Knox, Pancho Sullivan e, mais recentemente, Matt Wilko [Wilkinson].

Neste momento estas a trabalhar em algum projecto especial?JF: Sim, estou a trabalhar num novo livro que, de uma só vez, é emocionante e frustrante. Na verdade, tenho trabal-hado mentalmente nele nos últimos dois anos! É uma jornada fotográfica desde as terras mais interiores até às profun-dezas do mar. Até este mês, 30% de todas as vendas das tuas fotografias são direccionadas para a Building Sustaiable Com-munities. Porque tomaste esta decisão?Bem, o facto da BSC ser uma comunidade pequena. Também, viajo muito para a Indonésia, e tenho visto as mudanças. A remoção de lixo as questões sanitárias são problemas muito graves! As pessoas na Indonésia são excelentes, com os seus grandes sorrisos e grande sentido de humor. Fico contente por saber que estou a ajudá-los através da recolha de dinheiro para que possam construir algumas casas-de-banho.

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COXOS

Situado cerca de 1 km da Praia de São Lourenço, aproximadamente 500 metros a Sul da Praia dos Coxos propriamente dita.

Chegando a Ribamar, tem que se virar à esquerda na indicação da Praia dos Coxos. Uma vez chegados à Praia dos Coxos o acesso ao spot é feito seguindo a linha de costa para Sul, ao longo de uma estrada de terra batida na qual, no entanto, podem circular automóveis “normais”. Este spot é um dos melhores (senão o mel-hor) local para praticar surf com mar grande na região da

Ericeira, sendo constituído por uma grande baía muito bonita, no meio da qual se situa o local de entrada e saída. É um spot que apenas serve para surfistas com muita experiência, pois o fundo de rocha, repleto de ouriços, não perdoa quem não sabe… Desenvolve ondas direitas perfeitas que, com mar pequeno, surgem na parte central da baía, e com mar maior surgem um pouco mais a Norte. De referir que os locais são muito zelosos em relação a este spot, opondo-se inclusivamente a que sejam nele realizadas importantes competições…e muito mais à presença de forasteiros ! Não dispõe de qualquer tipo de infra-estrutura de apoio.

PEDRA BRANCA

O acesso a este spot faz-se na extremidade Norte da povoação da Ericeira, através de uma estrada de terra batida, que começa mesmo ao lado da Marisqueira César (do lado do mar).

É um spot apenas para surfistas muito experientes, constituído por fundo de rocha (“point-break”), que de-senvolve ondas rasas e tubulares, sobre um recife que se encontra a pequena profundidade. Só funciona com vento off-shore. Não dispõe de qualquer infra-estrutura de apoio.

SANGUESSUGA

A verdadeira mutante da Ericeira, esta onda costuma funcionar com swell mais pequeno, mas cuidado, esta onda é bastante rasa.Encontra-se perto da Pedra Branca.

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RICARDO NASCIMENTO E A FOTOGRAFIA

Ricardo Nascimento é bodyboarder e fotógrafo. Com o mote “ama a vida”, fica a conhecer um pouco da sua vida e trabalho.Poucas pessoas te conhecem no mundo da fotografia de bodyboard. Fala-nos um pouco sobre ti...Sou o Ricardo Nascimento, mas há quem me conheça por “Besugo”, tenho 19 anos, moro em Oeiras e estou neste momento a tirar o curso de Engenharia Mecânica.

Como é que começou a aventura da fotografia?Começou há ano e meio. Na altura tirei umas fotos, gostei imenso e quando dei por mim estava a adquirir material melhor para poder tirar umas chapas com mais qualidade. Por isso é que poucos me conhecem, comecei há pouco tempo. Como o bodyboard sempre esteve bem presente na minha vida, quando me meti na fotografia este manteve

o seu lugar.

Que material usas hoje em dia?Canon 40D com teleobjectiva e mais umas coisas. Agora vou experimentar tirar umas fotos com uma caixa-estanque e a minha grande angular para passar a dedicar-me mais às fotos dentro de água.

Que spots mais gostas de fotografar?Carcavelos, Peniche, Ericeira e Praia Grande.

Já fizeste alguma trip? Há planos para fazer alguma em breve?Já fiz umas quantas cá dentro. Lá fora já fui a Cabo Verde e ao sul de França e este ano vou lá voltar. Por volta do fim do ano devo ir aos Açores. Também quero ver se até ao fim do próximo ano ia à Indonésia, mas isso é uma questão de arranjar um grupinho bacano...

Qual é a melhor altura do dia para fotografar? Como fazes para combater o contraluz?São nas matinais clássicas que se apanha as melhores fotos. Contraluz? Espero resolver quando tiver a caixa, salto para dentro de água e “deixa” de haver problema. Senão a opção é tentar apanhar os perfis.

Tens algum fotógrafo do meio que tenha servido de inspiração ou gostes de seguir o seu trabalho?Alex Ormerod e Jem Cresswell. Foi este último que me fez ter a certeza que queria começar a fotografar dentro de água.

Qual achas que vai ser a evolução da fotografia no futuro?Imagens de novos ângulos como já têm estado a surgir nalguns pontos do globo. Depois vai passar pelos fotógrafos a arriscarem cada vez mais den-tro de água para conseguir a fotografia na melhor secção.www.besugoonline.com

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DIOGO SOUTELO Diogo Soutelo, técnico farmacêutico de profissão, bodyboarder local de Carcavelos e fotógrafo nas horas vagas, apresenta-nos um fantástico conjunto de 30 imagens que compõem o seu portfólio (favor consultar a galeria em “Fo-tos”).

És conhecido na praia como Didi. Fala-nos um pouco sobre bodyboard...Continuo a surfar, infelizmente não tanto como gostaria, mas sempre que posso e tenho tempo combino com a malt-inha e arrancamos por aí à procura da melhor onda...

Como apareceu a fotografia na tua vida?Já foi há alguns anos. Um amigo estava a fotografar o circuito CRCQL e como não conseguiu ir a uma das etapas acabei por ser eu a fazê-lo. Estavam umas ondas boas nesse dia e o trabalho acabou por ficar bem melhor do que esperava. A partir daí o “bichinho” da fotografia foi crescendo. Tenho comprado algum material e tentado aperfeiçoar a minha técnica ao longo dos anos.

Enquanto bodyboarder, já apareceste uma ou outra vez na Vert. Como foi para ti veres-te na revista e que achas dessas imagens como fotógrafo?Para qualquer bodyboarder é um grande orgulho aparecer na Vert. As imagens que apareceram na revista são as minhas melhores fotos a surfar e agora que consigo fazer uma avaliação mais pormenorizada, considero-as de elevada qualidade.

O que procuras quando fotografas? Quais são os teus objectivos na fotografia?Procuro sempre a originalidade. Registar cada local ou cada objecto como sendo especial aos olhos de quem vê a foto. O objectivo passa por potencial-izar cada foto que tiro, transformar o que é banal em único e o que é vulgar em belo.

Gostas bastante de manipular imagens e criar mundos surreais. Achas que esse tipo de imagens poderiam ter espaço numa publicação como a Vert?Gosto de fazer arte com a fotografia. Esse género de fotos puxa pelo meu lado mais criativo, o mundo do imaginário. A Vert, na minha opinião, é uma revista aberta a novas ideias e porque não um registo fotográfico mais surreal? Também é possível fazê-lo no mundo do surf...

Achas importante haver bastante circulação e divulgação de imagens na internet, como se verifica hoje em dia, do bodyboard?Acho importante porque a internet hoje em dia é um meio de comunicação utilizado por milhares de pessoas. O facto de haver bastante circulação de im-agens e filmes de bodyboard faz com que este desporto seja mais reconhecido, acabando também por divulgar o trabalho dos surfistas e dos fotógrafos.

Qual é que achas que devia ser a posição da fotografia amadora no mercado de bodyboard?Penso o trabalho dos fotógrafos amadores devia ser mais reconhecido. Apesar de considerar a formação profissional importante, não se deve meno-sprezar um trabalho bem feito apenas porque o nome dessa pessoa não está lançado no mercado.

Gostavas de fazer da fotografia a tua vida profissional?Sim, isso começa a fazer bastante sentido para mim. Aliarmos o trabalho ao prazer é o que todos ambicionamos e fazer carreira de fotógrafo é uma das minhas grandes ambições.

Planos para o futuro?Em relação à fotografia, continuar a aprender cada vez mais. Aperfeiçoar a técnica que já adquiri de forma autodidacta e, quem sabe, formar-me profis-sionalmente. Um sonho que tem vindo a ser adiado. Quanto ao resto, que venham ondas boas para surfar e para o pessoal tirar boas “chapas”.

www.flickr.com/diogosoutelo

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