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Recuperação de energia Embalagens fabricadas Reciclagem Separação de coleta Indústria de papelcartão Manejo sustentável de florestas ANO JAN Criatividade na logística reversa Embalagens e o meio ambiente Ibema lança 3 novos produtos Ciclo de vida do Papelcartão página 09 página 30 página 36 A capa desta revista foi impressa em papelcartão 300g 5 2018 13

Ciclo de vida do Papelcartão - Ibema · (ABNT NBR ISO 14040 e 14044, 2009). 1 2 Rotulagem Ambiental Fonte: Embalagem e Sustentabilidade – Desafios e orientações no contexto da

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Recuperaçãode energia

Embalagensfabricadas

Reciclagem

Separaçãode coleta

Indústria depapelcartão

Manejosustentávelde florestas

ANO JAN

Criatividade na logística reversa

Embalagens e o meioambiente

Ibema lança 3 novos produtos

Ciclo de vida do Papelcartão

página 09 página 30 página 36

A capa desta revista foi impressa em papelcartão

300g

Nº5 201813

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PALAVRA DO PRESIDENTE

Nilton Saraiva | Presidente Ibema

A embalagem de papelcartão faz parte de uma cadeia

produtiva que possui balanço de carbono positivo, ou

seja, contribui efetivamente para a retirada do gás

carbônico do ar por meio de suas florestas plantadas.

Ainda que alguns setores defendam posições contrárias

sobre a contribuição do CO2 nas mudanças climáticas

que estamos vivenciando, é evidente que a poluição

tem efeitos nefastos para nossa saúde e para a

sustentabilidade do planeta.

Não podemos esquecer que este segmento é

extremamente importante para o desenvolvimento

socioeconômico do Brasil. Afinal, graças às

condições climáticas favoráveis e ao impressionante

desenvolvimento biotecnológico, o país é atualmente

o maior exportador do mundo do principal insumo da

indústria de papelcartão: a celulose.

É por isso que decidimos usar esta edição da Revista

Ibema Por Você como um veículo disseminador dos

benefícios do papelcartão. Precisamos informar de

forma mais eficaz que, dos pontos de vista ambiental

e socioeconômico, esta é uma das melhores opções de

matéria-prima para embalagens.

Nas próximas páginas será possível encontrar

entrevistas e artigos de especialistas de órgãos como

Ibá, Two Sides, Boomera, personalidades do setor de

embalagens, entre outros.

Aproveite a leitura!

A Revista Ibema por Você é uma publicação

trimestral da Ibema / www.ibema.com.br

TIRAGEM:

6 mil exemplares

COORDENAÇÃO E EDIÇÃO:

Juliana Gomes e Fabiana Biriba

Equipe de Marketing Ibema

PRODUÇÃO DE CONTEÚDO:

Smartcom Inteligência em Comunicação

www.smartcom.net.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL:

Silvana Piñeiro Nogueira - MTB 2375/PR

REDAÇÃO:

Silvana Piñeiro Nogueira e Juliana Vitulskis

PROJETO GRÁFICO:

433 AG

Participe enviando sugestões de assuntos, críticas

ou elogios. Fique à vontade, colabore para que

este espaço traga a informação que você quer saber.

Envie sua mensagem para [email protected]

EMBALAGEM EM PAUTAProblema ou solução quando o tema é sustentabilidade?

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ARTIGO: SÉRGIO ROSSIO que o impressor pode fazer para contribuir com a sustentabilidade?

PRODUTO DESTAQUEIbema lança três novos produtos.

IBEMA EM AÇÃO

PAPO DE VALORGarantia de sustentabilidade e qualidade.

PRÊMIO ABREEmbalagem com papelcartão pós-consumo é premiada

como a mais sustentável do ano.

MERCADO EXTERNOIbema mantém parceria sólida com o mercado argentino.

ARTIGO: FABIO MESTRINERA criativa logística reversa do Brasil.

SUSTENTABILIDADE EM PAUTAA embalagem de papelcartão e o meio ambiente.

MUNDO IBEMANova parceria na reciclagem de papelcartão.

MATÉRIA DE CAPAPor que escolher o papelcartão?

SALA VIPNilton Saraiva.

expediente

índi

ce

Quando entrei na Ibema, uma das características que mais

me chamou atenção no negócio foi a força do papelcartão

como produto sustentável, ou seja, proveniente de fontes

renováveis, facilmente reciclável e, acima de tudo,

biodegradável. Percebi que, mais que fabricar, a empresa

se dedica a desenvolver toda a sua cadeia produtiva de

forma integrada ao meio ambiente. O cuidado vai desde

as certificações de processos até programas sociais e de

desenvolvimento humano.

Por outro lado, a indústria de papelcartão vem sofrendo

forte competição de outros tipos de matérias-primas

para a produção de embalagens, especialmente o

plástico. Creio que falta ao setor levar à sociedade mais

informações a respeito das vantagens do papapelcartão.

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EMBALAGEM:PROBLEMAOU SOLUÇÃO QUANDO O TEMA ÉSUSTENTABILIDADE?

EMBALAGEMEM PAUTA

FABIANESTASCHOWER

Um estudo feito no Reino Unido* sobre a indústria de

alimentos mostra que as embalagens utilizadas no

setor representam 1% da emissão dos gases de efeito

estufa no planeta. Em comparação, o impacto, muitas

vezes não contabilizado, dos processos de cultivo,

colheita, processamento dos alimentos, armazenagem,

transporte e descarte resulta em 17,4% da emissão.

Isso prova que a produção de alimentos traz impacto

muito superior ao gerado pelas embalagens na

indústria alimentícia.

Por isso, algumas escolhas são importantes para

definir como desenvolver cada embalagem. São elas:

MATERIAL UTILIZADO

É fundamental preferir materiais vindos de fontes

renováveis (que não serão esgotadas com a sua

utilização) e materiais que possam ser reciclados – de

preferência monomaterial, para facilitar o processo de

reciclagem. Sempre que possível opte por materiais

reciclados.

DIMENSIONAL

É importante utilizar embalagens que tenham tamanho

adequado a cada produto e evitar as sobre-embalagens.

Além disso, é imprescindível que as gramaturas sejam

adequadas para cada caso, porque de nada adianta

elaborar embalagens que utilizem menos material,

mas que não protejam suficientemente o produto e

resultem em mais desperdício.

UTILIZAÇÃO DE ROTULAGEM AMBIENTAL

Este tipo de rotulagem é necessário para auxiliar tanto

o consumidor, para que saiba exatamente o que está

consumindo, como as cooperativas de reciclagem e

reaproveitamento, para que direcionem os materiais

para a separação adequada. Existe um programa de

autodeclaração ambiental promovido pela ABRE -

Associação Brasileira de Embalagem (www.abre.org.

br) em que é possível encontrar todas as simbologias

para utilizar nas embalagens gratuitamente.

BOA COMUNICAÇÃO

A própria embalagem já é um meio incrível de comunicação

e pode ser mais explorada para contar aos consumidores

sua importância, as atitudes que a empresa vem tomando

sobre sustentabilidade, os atributos da embalagem que

ajudam a reduzir o impacto no meio ambiente e formas

como o consumidor pode ajudar a manter o planeta mais

sustentável.

Além destas questões, é necessário avaliar também

o ciclo de vida do produto a ser embalado, desde a

sua produção até o seu descarte e reciclagem. Assim,

é possível tomar as melhores decisões quanto às

embalagens, em especial trabalhar para acrescentar

ao ciclo a economia circular, em que os materiais

podem ser reciclados, reutilizados ou recuperados.

O consumidor já esta sensibilizado pelo tema, mas, de

maneira geral, ainda não age da forma mais adequada.

Portanto, a educação é um ponto fundamental a

ser considerado. De nada adianta ter todas essas

preocupações no desenvolvimento das embalagens

se nós, enquanto consumidores, não formos os

protagonistas desta história. Atitudes como realizar

a separação e descarte adequado das embalagens

dentro de casa e escolher no mercado as marcas que

destacam a sustentabilidade fazem a diferença nessa

empreitada.

Fabiane Staschower é

Executiva de Inovação de

Embalagens da Ibema

Papelcartão.

Nesse contexto, é mais importante pensarmos em

formas de tornar as embalagens mais sustentáveis e

mostrar ao mundo que nosso mercado é uma solução,

não um problema.

*Cooking up a storm: Food, greenhouse gas emissions and our changing climate. Tara Garnett. Food Climate Research Network. Centre for Environmental Strategy. University of Surrey. September 2008.

Embalagens são as primeiras a serem consideradas vilãs quando falamos em

sustentabilidade. Claro que não podemos negar que há empresas que ainda

não entenderam este conceito, bem como muitos consumidores, que ainda não

veem a necessidade de separar seu lixo, ou mesmo governos, que preferem não

se relacionar de maneira mais ativa com o tema.

Esta culpa atribuída às embalagens está especialmente relacionada à

destinação final que elas recebem pós-consumo. Além da grande quantidade

de lixo que acaba nos aterros, 6,4 milhões de toneladas de lixo sólido não

foram coletados em 2011, por terem sido descartados em locais impróprios,

como rios e terrenos baldios ou por terem sido queimados. Estes valores são

assustadores.

No entanto, as embalagens são um recurso indispensável atualmente. Sem a

proteção que caixas e pacotes oferecem, teríamos provavelmente um planeta

ainda menos sustentável. Perderíamos milhares de quilos de alimentos

diariamente devido à contaminação, ao menor tempo de conservação, ou devido

a perdas durante o transporte. Não podemos esquecer que as embalagens

surgiram, e ainda são fundamentais, justamente para proteger diversos itens

no momento de transporte e armazenamento. Não conseguiríamos trazer para

casa muitos tipos de alimentos ou mesmo escovar nossos dentes ou consumir

medicamentos sem que os produtos fossem devidamente embalados.

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Diretrizes da Associação Brasileira de

Embalagem (ABRE) para embalagens mais

sustentáveis

As diretrizes da ABRE para embalagens sustentáveis

são divididas na otimização de três grandes dimensões:

função da embalagem; otimização da embalagem e

embalagem na economia circular. As questões-chave

no processo são:

A otimização do ciclo de vida do produto, com o mínimo

consumo de recursos e geração de resíduos.

A valorização da função da embalagem ao longo de

toda a cadeia de valor do produto.

A orientação para a especificação e projeto de

embalagem visando a facilitar sua revalorização e a

eficácia de seu desempenho.

A eficiência na revalorização da embalagem,

considerando o sistema e infraestrutura atuais

e futuros para sua reutilização, remanufatura e

reciclagem, promovendo uma transição para o modelo

de economia circular.

A comunicação e educação ambiental do consumidor

quanto ao uso do produto e destinação adequada da

embalagem.

A rotulagem ambiental tem como função comunicar aos

consumidores os benefícios ambientais dos produtos e

embalagens. Isso estimula a demanda por produtos

com menor impacto ambiental, promovendo educação

e o desenvolvimento sustentável. A simbologia técnica

identifica o material e fortalece a cadeia de reciclagem

e a revalorização de materiais.

Rotulagem Ambiental do Tipo 1 - ISO 14024:1999 e

ABNT NBR ISO 14024:2004: Essa norma “estabelece

os princípios e procedimentos para o desenvolvimento

de programas de rotulagem ambiental do Tipo I,

incluindo a seleção de categorias de produtos, critérios

ambientais e características funcionais dos produtos,

além de parâmetros para avaliar e demonstrar sua

conformidade. Essa norma também estabelece os

procedimentos de certificação para a concessão do

rótulo”. São selos ambientais, baseados num conjunto

de critérios e definidos por estudos de Avaliação do

Ciclo de Vida (ACV).

Rotulagem do Tipo II - Autodeclarações Ambientais

- ISO 14021:1999 e ABNT NBR ISO 14021:2004: Norma

que especifica os requisitos para autodeclarações

ambientais no que se refere aos produtos, incluindo

textos, símbolos e gráficos. Além da metodologia de

avaliação e verificação geral para autodeclarações

ambientais e métodos específicos de avaliação e

verificação para as declarações selecionadas na

própria norma, ela descreve também os termos usados

comumente em declarações ambientais e fornece

qualificações para o uso deles.

Declarações Ambientais do Tipo III - ISO

14025:2006: A Declaração Ambiental do Tipo III,

mais comum em relações B2B, exige a avaliação de

ciclo de vida segundo as normas da série ISO 14040

(ABNT NBR ISO 14040 e 14044, 2009).

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Rotulagem Ambiental2

Fonte: Embalagem e Sustentabilidade – Desafios e orientações no contexto da Economia Circular (Cetesb - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo e ABRE - Associação Brasileira de Embalagem, 2016 - www.abre.org.br). http://www.abre.org.br/wp-content/uploads/2012/08/embalagem_sustentabilidade.pdf

Fonte: Cartilha de Rotulagem Ambiental para Embalagens ABRE http://www.abre.org.br/wp-content/uploads/2012/07/cartilha_rotulagem.pdf

MERCADOEXTERNO

IBEMA MANTÉM PARCERIA SÓLIDA COM O MERCADO ARGENTINO

Cerca de 14% da produção da Ibema é exportada para a

Argentina atualmente, que é o principal parceiro comercial da

empresa na América Latina. A produção nacional de papelcartão

da Argentina atende aproximadamente 50% do mercado interno

do país, por isso existe amplo espaço para a importação e os

vizinhos têm preferência pelo papelcartão fabricado no Brasil.

Historicamente, os dois países são fortes parceiros comerciais

e não seria diferente no setor de papel, como analisa o Gerente

de Exportação da Ibema, Diego Gracia. “O Brasil é um caminho

natural para a Argentina, afinal, conseguimos dar àquele

mercado a mesma atenção que damos ao nosso. Portanto,

temos uma relação próxima com os clientes argentinos”, diz.

A relação com os clientes no país vizinho vem de longa data,

conta Diego. “Foi neste mercado que a Ibema deu seus

primeiros passos na exportação, então acompanhamos o

crescimento de muitos clientes, que também acompanharam

nosso desenvolvimento.”

Mas, além disso, a Ibema oferece produtos com qualidade,

entregas no prazo e um suporte técnico ativo, com flexibilidade

Proximidade

física e agilidade

na entrega

contribuem para

a Argentina ser o

maior importador

do papelcartão

brasileiro na

América Latina

Diego Gracia, Gerente de Exportação na Ibema.

98

e assistência especial às empresas argentinas, pois

conhece de perto a realidade e a necessidade de

cada um dos clientes que atende por lá. “O nosso

representante na Argentina, Daniel Bedetta, tem pleno

domínio do mercado e habilidade para promover a

interação entre fábrica e cliente. Felizmente, temos

sido assertivos em todos estes pontos”, afirma.

Na Argentina, a indústria alimentícia é a que mais

utiliza papelcartão, seguida dos setores farmacêutico,

têxtil e de calçados. O segmento de cosméticos fica em

último lugar, diferente do Brasil, onde o setor é um dos

que mais consome o insumo.

CENÁRIO

O mercado da América Latina costuma ser

movimentado, segundo Diego, por ser composto por

países com economias voláteis, especialmente devido

à instabilidade no cenário político. Por isso, é preciso

que as empresas consigam adaptar-se rapidamente às

oscilações da economia.

Porém, nem sempre as indústrias conseguem absorver

os impactos sem repassá-los ao restante da cadeia.

“Hoje existe uma forte pressão no que diz respeito ao

preço, especialmente pelo forte aumento da celulose

no mercado mundial, o que afeta diretamente a matriz

de custos do produtor de papelcartão”, pondera Diego.

Para contornar as dificuldades, a Ibema está

constantemente atenta às necessidades dos clientes

e do mercado. Este é o gatilho para buscar melhorias,

como o desenvolvimento de novos produtos ou o

upgrade nas características dos produtos já existentes

e consolidados. “Além de um departamento de

exportação estruturado e experiente, há sinergia entre

as áreas da empresa, o que facilita qualquer projeto

de expansão. O reflexo disso é maior flexibilidade

e rapidez nos processos e clientes cada vez mais

satisfeitos”, avalia o Gerente.

Por isso a empresa vem apresentando crescimento

em outros mercados, como Paraguai, Bolívia e, mais

recentemente, Colômbia, além de manter a parceria

consolidada com a Argentina – que, em volume, ainda

é o mercado mais representativo no continente. A

expectativa, segundo Diego, é que o cenário se repita

em 2018.

FABIOMESTRINER

ARTIGO

A CRIATIVA LOGÍSTICA REVERSA DO BRASILUm arranjo informal e criativo destina mais de 60% das embalagens

produzidas no Brasil para as fábricas, após entregar seu conteúdo aos

consumidores de todo o país. A produção de embalagens é um componente

importante na economia das nações desenvolvidas. Isto se deve ao fato

dos produtos precisarem estar protegidos, fracionados e rotulados para

serem distribuídos. Hoje, mais de 80% do que é produzido nas fábricas

acaba sendo encaminhado ao mercado dentro de algum tipo de embalagem.

As motocicletas Harley-Davidson, por exemplo, produzidas na fábrica de

Manaus, chegam às concessionárias embaladas em caixas de papelão

ondulado, reforçadas internamente com suportes de madeira. Os

equipamentos industriais são embalados em caixotes de compensado, o

café é exportado em sacos de ráfia, o suco de laranja em tambores de 200

litros, as frutas e verduras são levadas das lavouras em caixas e quase

todas as embalagens de produtos menores circulam pelo país dentro de

caixas de papelão.

O fornecimento de embalagens é tão importante que, na eventualidade da

falta deste insumo na produção, a maioria dos produtos não conseguiria

deixar as fábricas e as empresas parariam de emitir notas fiscais.

Fabio Mestriner é

Consultor da Ibema,

Professor Coordenador

do Núcleo de Estudos

da Embalagem ESPM,

Professor do MBA de

Marketing da Fundace

USP e autor dos livros

“Design de Embalagem

- Curso Avançado” e

“Gestão Estratégica de

Embalagem”.

Representante Comercial da Ibema na Argentina, Daniel Bedetta, e o Gerente de Exportação da Ibema, Diego Gracia.

1110

A indústria brasileira de embalagem está alinhada

tecnologicamente e em capacidade de produção com

suas congêneres internacionais que estão presentes

no Brasil – 18 das 20 maiores do mundo no segmento.

O Brasil produz e exporta muitos tipos de embalagens

e o setor gerou, em 2014, o faturamento de R$ 48

bilhões, o que representa uma parcela significativa do

PIB nacional.

As empresas que atuam no segmento de consumo,

a indústria farmacêutica, os fabricantes de bebidas,

cosméticos, eletroeletrônicos e todos os demais

produtores que utilizam embalagens despejam

diariamente no mercado milhões e milhões de unidades.

Para se ter uma ideia, um fabricante de cereal matinal

produz 45 milhões de caixas por mês, ou 1,5 milhão

delas por dia; uma única marca de sabonete consome

mais de 200 toneladas por mês de papelcartão para

suas caixas e um fabricante de doces coloca no

mercado mensalmente 4,5 milhões de quilos de balas

embaladas uma a uma. Milhões de garrafas de cerveja,

refrigerantes e água mineral circulam pelo país, sem

falar nos medicamentos distribuídos em farmácias,

hospitais e postos de saúde, numa operação logística

grandiosa que enche as estradas de caminhões

carregados.

Fazer com que todas estas embalagens recebam um

encaminhamento adequado após serem entregues

no destino final não é tarefa fácil. O destino destas

embalagens pós-consumo se torna um problema para

as prefeituras municipais, a quem cabe providenciar a

coleta de lixo, pois este é o destino dos assim chamados

“Resíduos Sólidos Urbanos”, em que as embalagens

figuram como um dos componentes.

Quando se trata deste tema, a questão ambiental tem

dominado de tal forma os debates sobre o que fazer

com o lixo urbano que vem sobrepujando inclusive a

questão do saneamento público, a ponto de merecer a

promulgação de uma lei federal específica para tratar

do destino de tais resíduos. Esta legislação prevê a

ação integrada e a responsabilidade compartilhada

entre estado, empresas e sociedade e objetiva reduzir

os problemas decorrentes do impacto ambiental

causado pelo lixo urbano.

Um dos seus principais objetivos é ampliar os índices

de reciclagem por meio de compromissos com metas

a serem alcançadas progressivamente. Sem dúvida, a

adoção da Lei de Resíduos Sólidos vai trazer no futuro

benefícios para os três agentes comprometidos com

sua aplicação, ou seja, o poder público, as empresas e

a sociedade em geral. Vale a pena dar uma olhada no

panorama atual da reciclagem de embalagem no Brasil

e a logística reversa empregada em sua operação para

avaliarmos o estágio em que nos encontramos.

Mas antes vale lembrar que não é de hoje que a

reciclagem de embalagem está presente na vida

cotidiana dos brasileiros. Desde os tempos do Brasil

Colonial, escravos com seus cestos na cabeça

percorriam as ruas apregoando seu característico

grito “garrafeeeeeiro”. O garrafeiro com seu pregão faz

parte das nossas tradições, aparecendo no cancioneiro

popular, na poesia e na iconografia de época. Quando

menino, no interior, meus amigos e eu coletávamos

garrafas, papel, papelão e outros materiais para

vender no “depósito de ferro velho” e, com o dinheiro

arrecadado com esta venda, comprávamos a bola e o

jogo de camisas do nosso time.

Estes depósitos formam, desde o início do século, uma

rede de sucateiros que se propõe a comprar o que as

pessoas levam até eles e o que os catadores por eles

estimulados ou empregados recolhem nas ruas e nas

casas.

Da mesma forma, a coleta e a reciclagem de

embalagens no Brasil funciona com a organização

informal de milhões de pessoas que se mobilizam por

dinheiro, necessidade, ou por idealismo militante para

encaminhar embalagens para os centros recicladores

e sucateiros, fazendo com que, a partir deles, elas

cheguem às fábricas para serem reprocessadas.

É importante frisar que o grande promotor desta

atividade é a própria indústria de embalagem, que tem

forte interesse econômico na reciclagem e procura

adquirir tudo o que consegue encontrar, pois produzir

a partir de material reciclado é, na maioria das vezes,

bem melhor e mais lucrativo do que produzir a partir da

matéria-prima virgem. Podemos citar como exemplo a

produção de papel com aparas e material recolhido

do lixo de escritórios e residências, oriundos da

reciclagem, pois o custo de produção de uma tonelada

de produto acabado cai pela metade em relação ao

fabricado com celulose virgem originária das florestas

plantadas.

No caso do vidro, este número é também bastante

expressivo, por causa da economia de energia obtida

com a redução na temperatura necessária para fundir o

vidro reciclado, que é bem mais baixa, gerando economia

substancial no consumo de gás ou eletricidade. Tanto

é assim que os fornos que estão produzindo hoje

embalagens de vidro âmbar funcionam alimentados

com 90% de cacos reciclados, em substituição à areia,

ao calcário e ao feldspato, materiais com que o vidro

originalmente é feito. Coisa semelhante acontece com

a produção de aço. Hoje no mundo, 60% da produção é

feita a partir do aço reciclado e só 40% com minério.

A indústria, portanto, tem muito a ganhar com a

reciclagem de embalagem e se empenha para conseguir

alcançar índices cada vez maiores na substituição das

matérias-primas virgens pelo material reciclado.

Mas e a sociedade, o que ganha com isso e que interesse

tem em participar desta atividade? A sociedade tem

tanto a ganhar quanto a indústria, pois além dos ganhos

ambientais que a reciclagem promove, ela é fonte de

trabalho e renda para quase um milhão de brasileiros

excluídos, que com esta atividade conseguem obter

seu sustento e empreender no caminho de volta à

sociedade. Portanto, um enorme ganho ambiental e

social.

No conjunto, os benefícios econômicos e

socioambientais da reciclagem de embalagens podem

ser sumariamente exemplificados com os seguintes

números: mais de 820 mil brasileiros tiram seu sustento

desta atividade, 1.200 cooperativas de catadores

empregam 30.400 pessoas que já arrecadaram mais

de R$ 700 milhões.

A atividade de reciclagem de embalagens no Brasil,

incluindo as indústrias recicladoras, gerou mais de

R$ 10 bilhões em 2012 e estima-se que um valor

semelhante ainda pode ser resgatado do lixo a partir

da coleta seletiva e dobrar o faturamento deste setor.

Existe um elo fraco que ainda não encontrou os ganhos

necessários para uma maior inserção na cadeia da

reciclagem. A maioria das prefeituras tem muitas

dificuldades em montar programas de coleta seletiva,

porque esta modalidade de serviço custa em média

quatro vezes mais caro que a coleta convencional.

QUANTO VALEUSADA?A EMBALAGEM

1312

A necessidade de aumentar os índices de reciclagem

agora está expressa em lei e todos os elos da cadeia

precisarão se mobilizar para alcançá-los. Para que

isso aconteça, algumas melhorias precisam ser

implementadas. É preciso que as prefeituras municipais

incentivem o aumento da coleta seletiva com a

implantação de programas e de galpões de separação

de embalagens para reciclagem, operados por

cooperativas de catadores ou funcionários municipais.

Hoje apenas 14% dos municípios brasileiros têm algum

tipo de coleta seletiva parcial. No Rio de Janeiro, por

exemplo, o índice de coleta seletiva é de 1% do total

de lixo coletado. Já em São Paulo o recolhimento não

passa de 2%. Nas raras cidades com índices maiores

de coleta seletiva, este número não chega a 20%.

Um dos obstáculos da implantação da coleta seletiva

é o custo elevado em relação à coleta convencional, o

que contribui para o entrave. Outro ponto que precisa

receber atenção é a legislação tributária pertinente

para empresas 100% recicladoras e que produzem a

partir de matérias-primas já tributadas em sua origem.

A legislação atual acaba tributando novamente quando

reciclada. Uma legislação mais justa, que promova e

incentive a indústria recicladora é uma das exigências

críticas para o crescimento deste setor.

IBEMA EM AÇÃO

A Ibema promove

a conscientização

sobre o meio

ambiente e a

sustentabilidade no

meio corporativo

por meio de

diversas ações

e movimentos

internos,

relacionados ao

setor social e

ambiental. Confira

algumas das ações

e novidades.

SELO SESI ODS,MAIS UMACONQUISTA!

Com o projeto IbemArte Sustentável, a Ibema conquistou em outubro de 2017

o Selo SESI ODS, que reconhece e divulga práticas de instituições paranaenses

comprometidas com os objetivos da agenda 2030 para o Desenvolvimento

Sustentável, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015.

O IbemArte está envolvido diretamente com dois dos 17 objetivos de

Desenvolvimento Sustentável: o ODS 5, relacionado ao empoderamento de

mulheres, e o ODS 8, que visa ao crescimento econômico inclusivo e sustentado,

emprego pleno e trabalho decente para todos. “O reconhecimento é muito

importante, porque estes propósitos foram efetivamente alcançados junto às

artesãs”, comemora a Coordenadora do Projeto e Analista de Responsabilidade

Social da Ibema, Clarice Battistelli.

1514

PROGRAMAQUE INSPIRA

COLETA SELETIVADENTRO DE CASA

O projeto usa conceitos de ecodesign e, com o

reaproveitamento de resíduos da produção de

papelcartão, desenvolve peças de artesanato com

qualidade, beleza e durabilidade. “Desde sua criação,

em 2014, o IbemArte buscou caracterizar-se como um

artesanato profissional e encontrou reconhecimento

e espaço comercial por isso”, explica a Coordenadora.

O principal objetivo do programa é a geração de renda

para mulheres do entorno da indústria, colaborando

com o desenvolvimento socioeconômico da comunidade

local.

Atualmente existem dois grupos de artesãs na região

da fábrica em Turvo (PR), coordenadas pelo Centro

Comunitário Ibema, que produzem caixas, cestas,

porta-lápis, porta-garrafas e muitos outros objetos. Em

2018, o projeto será estendido para a comunidade da

fábrica em Embu das Artes (SP).

IBEMA PELA VIDA

Durante o mês de setembro a unidade de Turvo (PR) deu

início ao programa Ibema Pela Vida, com a coleta de 43

bolsas de sangue e também de medula óssea, em parceria

com o banco de sangue da região e com o apoio de doadores

voluntários da empresa. O programa já tem as próximas

coletas previstas nos municípios de Araucária, Curitiba e

Embu das Artes. A ação será anual, com a realização de três

coletas por ano em todas as unidades.

Com mais de 800 colaboradores em suas três unidades (sede

administrativa, fábricas e CDD), a Ibema conta com uma iniciativa

interna denominada Programa Inspiração, que estimula o

comportamento criativo dos colaboradores, para que proponham

melhorias dentro da organização a fim de acelerar a inovação,

economia de processos, além de questões de segurança,

ambientais e sociais.

Todas as iniciativas são analisadas pelos gestores das áreas,

que estudam a viabilidade da ideia. “Depois de implementadas,

se evidenciada a eficácia destas iniciativas, elas passam pela

aprovação do Comitê de Inovação, que tem a responsabilidade de

verificar as melhores ideias a serem reconhecidas ou premiadas”,

explica a Coordenadora do Programa, Loeci Estrela.

“O programa estimula que os próprios colaboradores contribuam para melhorar a produção e a redução de gastos e focar na

segurança do trabalho. Uma das ideias implementadas este ano, por exemplo, foi a reciclagem de pallets para a construção

de móveis para o Espaço Clube Cultural Ibema da unidade de Embu da Artes”, conta a Responsável pela Comunicação

Interna da Ibema, Mariane Alves Rainha. A ideia partiu dela, e os novos móveis mobiliaram o espaço, que é voltado à troca

de livros e DVDs entre os colaboradores.

O programa estimula que os próprios colaboradores contribuam para melhorar a produção e a redução de gastos e focar na segurança

Em 2017, a Ibema relançou a campanha de descarte de

resíduos, com o mote “a Ibema precisa da sua ajuda para

enfrentar o maior desafio: cuidar do planeta”. O objetivo é

promover a prática da coleta seletiva dentro da empresa.

“Voltada ao público interno, a campanha contou com

comunicados internos e peças de comunicação especiais,

com detalhes sobre cada tipo de resíduo, com as cores

que os identificam, além de adesivos nas lixeiras físicas

com estas orientações”, detalha a Responsável pela

Comunicação Interna da Ibema, Mariane Alves Rainha.

“Além disso, em datas comemorativas, como Dia da

Árvore, da Água, do Meio Ambiente, entre outras diversas,

reforçamos o tema da sustentabilidade com comunicados

internos, no Facebook e em quadros de aviso”, completa

Mariane.

Equipe Ibema recebendo o prêmio Selo Sesi ODS.

1716

A Ibema precisa da sua ajuda para enfrentar o maior desafio:cuidar do planeta.

A Ibema reconhece a importância do seu papel na preservação do meio ambiente. Também entende que se cada um fizer a sua parte, vamos transformar o mundo em um lugar melhor para viver. Por isso, contamos com a sua ajuda.

Descarte os resíduos corretamente nas lixeiras.

RESÍDUOSCONTAMINADOS

PAPEL VIDRO METAL RESÍDUOSORGÂNICOS

RESÍDUOSNÃO RECICLÁVEIS

PLÁSTICO

Todos os resíduos contaminados deverão ser destinados para a área de resíduos.

Jornais, folhetos, revistas, folhas de

rascunho, papéis de embrulho, caixas de papelão, folhas de caderno, caixas de

leite e suco.

Garrafas plásticas, tubos e canos, potes

de creme, frascos de shampoo, baldes, bacias, brinquedos e saquinhos de leite.

Garrafas, potes e jarros, vidros de

conserva, vidros de produtos de limpeza e frascos em geral.

Latas de refrigerante, tampinhas, arames, pregos, fios de cobre,

alumínio, bronze, ferro, chumbo e

zinco.

Cascas e bagaços de frutas e legumes,

restos de comida, borra de café, sachê

de chá, casca de ovos, folhas, restos de pão

e papel higiênico.

Estopas, rejeito de testes laboratoriais, papel contaminado,

espuma e isopor.

A meta é da maior campanha

mundial já realizada pela

organização para a redução

do lixo plástico nos oceanos

ONU QUER ELIMINAR PLÁSTICOS DESCARTÁVEIS NO MUNDO EM 5 ANOSCom a meta de retirar de circulação todos os plásticos

descartáveis do mundo em cinco anos, a campanha

global #CleanSeas (em português, #MaresLimpos), da

Organização das Nações Unidas (ONU), é a maior do

gênero na história da organização. Lançada em fevereiro

de 2017, em Bali, a campanha mundial pela limpeza dos

oceanos convoca toda a sociedade para o combate ao

lixo plástico marinho. O pedido aos governos é que criem

políticas para redução do uso do plástico; às empresas e

indústrias, que diminuam a produção de embalagens e

optem por materiais mais sustentáveis; aos consumidores,

que mudem principalmente seus hábitos de descarte.

Uma das ações de sensibilização da campanha é uma

exposição na entrada do escritório da ONU em Nairóbi,

capital do Quênia. Restos de chinelos encontrados no mar

dão forma a uma baleia azul saltando na água do mar, que

é representada por garrafas plásticas amarradas. Uma

prancha de surfe feita de garrafas plásticas e um polvo de

restos de sandálias – todos objetos encontrados no mar –

também compõem a exposição.

O alerta é sobre o aumento considerável de poluição nos

mares. Um texto informa que 8 milhões de toneladas

de plástico vão parar nos oceanos todos os anos. Um

milhão de garrafas plásticas são compradas no mundo a

cada minuto, e só 9% delas são recicladas. Mais de 100

mil mamíferos marinhos morrem anualmente devido à

poluição plástica, que também pode ter sido a causa da

morte de mais de 1 milhão de aves marinhas durante o

ano passado.

Até dezembro de 2017, 39 países aderiram à campanha,

o que traz a expectativa de que um terço das zonas

costeiras do mundo poderão estar limpas em 2030, se os

compromissos assumidos por eles forem cumpridos. O

Sri Lanka, por exemplo, prometeu banir o uso de plásticos

descartáveis no início de 2018. A Indonésia tem como

meta reduzir seu lixo plástico em 70% até 2025. No

Chile, um projeto de lei propõe proibir sacos plásticos em

cidades costeiras.

O Brasil se comprometeu a criar um Plano Nacional

de Combate ao Lixo no Mar. Em novembro de 2017, um

seminário nacional promovido pelo Ministério do Meio

Ambiente, a ONU Ambiente e o Instituto Oceanográfico

da Universidade de São Paulo teve como foco mapear o

problema no país. Segundo estimativas de 2016, o Brasil

produziu 60 bilhões de sacolas plásticas e está no 16º

lugar no ranking dos geradores de plásticos no mar.

Para saber mais sobre a campanha, visite o site na

internet: http://cleanseas.org/

*Com informações do jornal Valor Econômico.

1918

7º PRÊMIOIBEMA GRAVURA

O 7º Prêmio Ibema Gravura divulgou os vencedores no dia 7 de dezembro, em um vernissage no Museu da Gravura Cidade

de Curitiba, no Solar do Barão. As 20 obras selecionadas foram apresentadas juntamente com seus autores no evento

aberto ao público.

As obras foram analisadas pelo corpo de jurados, composto pela artista plástica e especialista em gravura Uiara Bartira,

pela artista e professora na Escola de Música e Belas Artes do Paraná – EMBAP Bernadette Panek, e pela artista e

coordenadora do Museu da Gravura Cidade de Curitiba, Juliana Leonor Kudlinski.

A lista com todas as obras ganhadoras você confere em www.premioibemagravura.com.br.

2120

MATÉRIADE CAPA

POR QUE ESCOLHERO PAPELCARTÃO?

Segurança, resistência e leveza são algumas das qualidades do papelcartão. Por

ser mais espesso, rígido e compacto, é ideal para confeccionar caixas e embalagens

de alimentos, cosméticos, medicamentos, bebidas, bem como capas de livros.

Com inúmeras possibilidades de design e excelente qualidade para impressão,

é também uma ótima ferramenta de comunicação. E o grande destaque fica por

conta de seu material ser biodegradável e 100% reciclável.

Design,

comunicação,

eficiência,

segurança e

sustentabilidade

fazem do material

a melhor escolha

para embalagens

Estas características fazem com que o papelcartão seja

considerado ideal para a confecção de embalagens,

segundo a Presidente Executiva da Indústria

Brasileira de Árvores (Ibá), Elizabeth de Carvalhaes.

“Ele é fundamental no dia a dia de comerciantes e

consumidores. É base, por exemplo, para a produção

de um material chamado ’Polpa Moldada’, que serve

para bandejas para transporte e proteção de diversos

produtos, como hortifrutigranjeiros, ovos, lâmpadas,

celulares, geladeiras, fogões, entre outros”, destaca.

Por isso, a Ibá criou recentemente um comitê que tem

como missão o desenvolvimento de ações institucionais

para a valorização do papelcartão e do papel para a

fabricação de embalagens. O comitê está ainda em fase

inicial, estabelecendo o seu planejamento estratégico,

e reúne executivos das áreas comerciais, de marketing

e de comunicação das empresas associadas à Ibá.

Ao mesmo tempo que o setor produtivo florestal é

capaz de intensificar a sua produção, garante altos

A matéria-prima básica do papelcartão é a celulose,

resultante principalmente do beneficiamento da

madeira de florestas plantadas e da reciclagem

de aparas de papel geradas durante o processo

industrial. O Brasil é pioneiro em sustentabilidade e

manejo responsável, com toda a produção nacional

proveniente de florestas plantadas – que ocupam

7,84 milhões de hectares, o correspondente a 0,9%

do território nacional.

padrões de gestão social, manutenção dos corredores

ecológicos, eficiência da proteção à biodiversidade,

preservação dos recursos hídricos e remoção de carbono

da atmosfera, segundo Elizabeth.

INDÚSTRIA SUSTENTÁVEL

O plantio de florestas é realizado pelas empresas do

setor e por meio de importantes programas de fomento,

que geram valor social, valorizam pequenos produtores e

ajudam a reduzir a pressão sobre florestas nativas com

a recuperação de solos degradados. Em 2015, 18 mil

famílias foram beneficiadas por programas de fomento

em todo Brasil. “As empresas investem em pesquisa,

tecnologia e inovação para desenvolver produtos mais

diversificados e sustentáveis. Investem também em todo

o ciclo de produção, melhorando processos e adotando as

melhores práticas socioambientais”, detalha a presidente.

Por meio desses programas, as empresas estabelecem

parcerias com pequenos produtores, diversificam

atividades locais, geram emprego e renda e contribuem

para o desenvolvimento das comunidades ao redor dos

plantios e das indústrias. Elas investem em programas

de saúde, educação, cultura e qualidade de vida, que

beneficiam cerca de 2 milhões de pessoas, o que faz do

setor também um importante agente de desenvolvimento

econômico e social do país.

Além disso, o plantio de árvores tem um importante

papel ambiental ao evitar o desmatamento de habitats

naturais, protegendo a biodiversidade, o solo e as

nascentes de rios e recuperando áreas degradadas.

Para cada hectare plantado para fins industriais, o setor

protege outro 0,7 hectare em áreas de reserva, segundo

a Ibá. São 5,6 milhões de hectares de áreas naturais na

forma de Áreas de Preservação Permanente (APPs), de

Reserva Legal (RL) e de Reserva Particular do Patrimônio

Natural (RPPNs).

As árvores são fontes de energia renovável e contribuem

para a redução das emissões de gases causadores do

Presidente Executiva da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Elizabeth de Carvalhaes.

2322

Efeito Estufa, por serem estoques naturais de carbono.

Os 7,84 milhões de hectares de florestas plantadas

pelo setor foram responsáveis pelo estoque de

aproximadamente 1,7 bilhão de toneladas de dióxido

de carbono equivalente em 2016 (CO2eq – medida

métrica utilizada para comparar o efeito dos vários

gases de Efeito Estufa e o potencial de aquecimento

global de cada um).

“O setor produtivo florestal é peça importante de um

movimento global que converge para a consolidação

de uma nova ordem econômica, essencialmente de

baixo carbono, em que a solução passa diretamente

pelas florestas plantadas que geram matéria-prima e

produtos sustentáveis, com ciclos renováveis”, afirma

a presidente da Ibá.

MERCADO

Com condições climáticas favoráveis, disponibilidade

de terras e indústria bem desenvolvida, o Brasil é

um dos maiores produtores de celulose e papel do

planeta. O setor vem aumentando a sua importância na

economia brasileira ano a ano. A área total de árvores

plantadas no Brasil alcançou 7,84 milhões de hectares

em 2016 (+0,5%), com uma receita bruta que totalizou

R$ 71,1 bilhões, o que representa 6,2% de participação

do setor no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em

2016 a Balança Comercial do setor alcançou números

inéditos, fechando o ano com superávit de US$ 7,8

bilhões (+3,2%), segundo a Ibá.

O segmento de papelcartão representou 6,4% da

produção de papéis em 2016. Desde 2013, quando o

Brasil embarcou em uma forte crise econômica, o

produto vem apresentando queda na produção (-10%),

influenciada principalmente pela queda nas vendas

domésticas (-9%), como pelas exportações (-12%). “A

boa notícia é que as vendas domésticas se estabilizaram

em 2016, na comparação com o ano anterior, com 505

mil toneladas comercializadas internamente”, aponta

Elizabeth.

O ano de 2017 sinaliza um cenário positivo de mudança

para o produto. Entre janeiro e setembro, a produção

de papelcartão cresceu 3,8% em relação ao mesmo

período do ano anterior, atingindo nos primeiros

nove meses do ano 522 mil toneladas fabricadas. O

mercado mostra sinais de recuperação com aumento

de consumo: as vendas domésticas cresceram 0,8%, as

exportações, 13,9% e as importações, 18,5%.

PAPELCARTÃO (1000 Ton) 2013 2014 2015 2016

Produção

Vendas Domésticas

Exportações

Importação

739

557

182

49

702

539

163

49

691

505

186

48

666

505

161

35

No panorama internacional, o Presidente da Ibema,

Nilton Saraiva, observa que a indústria de papelcartão

teve um excelente resultado na Europa nos últimos

anos. Os dez melhores grupos de cartão europeus

possuem uma participação de mercado de 40%, cada

um com capacidade de conversão superior a 50 mil

toneladas, segundo a Associação Europeia de Cartão

e Papelcartão Pro Carton. “O consumo do produto

vem crescendo de maneira consistente lá devido à

maior conscientização ambiental dos europeus e à

preocupação com a qualidade. É um modelo e um

exemplo a ser seguido pelo Brasil”, avalia.

Na comparação com o Brasil, o presidente aponta

que o consumo de embalagens com papelcartão vem

caindo no país, principalmente devido à concorrência

com o plástico, que é mais barato. “Em momentos de

crise, é comum que haja substituição de um pelo outro.

Mas a diferença de comportamento do consumidor,

e características como a taxa de lixo mais cara na

Europa, por exemplo, fazem muita diferença nesta

escolha”, explica.

O presidente lembra ainda que existem muitos mitos

sobre a indústria do papel, no Brasil e no mundo, que

precisam ser esclarecidos à população. “Por exemplo,

as florestas estão aumentando de tamanho no mundo,

enquanto no Brasil, ocorre o contrário. Mas nós

perdemos muitas florestas para agricultura e pecuária

predatórias aqui”, analisa.

Vantagens do papelcartão

Segundo a Associação Europeia de Cartão e Papelcartão Pro Carton (European

Association of Carton and Cartonboard Manufacturers), os principais motivos para

escolher cartões e papelcartão para embalagens são:

1 | Design Com alta qualidade de impressão, possibilidade de criar texturas e finalizações diferenciadas e técnicas especiais

de impressão, o papelcartão é versátil. Com o produto é possível criar estruturas variadas, como caixas em

diversos formatos, com tampas de abrir e fechar, cortes, aberturas, displays. Com isso, o material possibilita

uma infinidade de soluções inteligentes em embalagens, tanto para as marcas, como para os consumidores.

2 | Comunicação O papelcartão é parte fundamental do mix de publicidade e propaganda dos produtos. Além de displays, as

embalagens podem impactar e persuadir os consumidores, uma vez que 75% das decisões de compra são feitas

diante das prateleiras, com o contato visual com o produto. E a qualidade da embalagem é parte importante do

reconhecimento da marca.

Segundo um estudo do Instituto Karmasin, as embalagens em papelcartão são bem vistas pelos consumidores

por passarem a imagem de maior segurança e confiabilidade. São vistas como mais fáceis de reconhecer, abrir

e utilizar em relação a outros tipos de embalagem, e também consideradas ecofriendly, por serem a opção mais

2524

sustentável. E o papelcartão possibilita a inclusão

de mais informações nas embalagens, com mais

qualidade e clareza.

3 | Eficiência Com uma grande variedade de usos, o papelcartão pode

embalar alimentos secos, produtos farmacêuticos,

tabaco, cosméticos, tecidos, alimentos refrigerados

e congelados, itens de confeitaria, bebidas, entre

outros. Não é à toa que o papelcartão movimenta na

Europa cerca de 10 bilhões de euros por ano.

Outras vantagens são que, com o desenvolvimento

da tecnologia ao longo dos últimos 20 anos, o peso

do papelcartão diminuiu aproximadamente 40%;

as matérias-primas estão prontamente disponíveis

e são totalmente sustentáveis; a resistência e a

maior rigidez do papelcartão resultam em menor

desperdício no transporte dos produtos.

4 | Sustentabilidade Os recursos utilizados na produção do papelcartão

são renováveis. A maior parte da produção no mundo

vem de florestas plantadas e muito pouco se origina

de florestas nativas. Cerca de 40% do papelcartão na

Europa é feito de fibra virgem e 60% é proveniente

de fibra reciclada. E, todos os anos, as florestas

europeias aumentam, acumulando um crescimento

de mais de 30% desde 1950.

Certificações como o FSC® (Forest Stewardship

Council®) garantem que o manejo seja feito de maneira

sustentável. As árvores crescem absorvendo dióxido

de carbono e armazenando carbono – processo que

é medido em termos de carbono biogênico. Ou seja,

as árvores plantadas ajudam a remover o carbono da

atmosfera e contribuem para reverter o Efeito Estufa

no planeta – o carbono positivo.

E o papelcartão é totalmente reciclável. Suas fibras

podem ser recicladas cerca de cinco vezes e, quando

a reciclagem não é mais uma opção viável, podem

ser compostadas organicamente ou transformadas

em energia por incineração especial. Atualmente,

o papelcartão é o material de embalagem mais

reutilizado na União Europeia, com uma taxa de

reciclagem de 81,3%, segundo dados da Confederação

Europeia de Papel.

5 | Segurança Embalagens em papelcartão podem ser projetadas

para incorporar sistemas de segurança, como provas

de violação, resistência infantil ou outros benefícios

relacionados à marcação, design construtivo criativo,

tecnologias de sistema de impressão e tinta. Isto

também ajuda a reduzir as perdas e garante ao varejo

maiores níveis de confiança.

Na Europa, 62% do papelcartão produzido é usado

para embalar alimentos. E, ao proteger e reduzir o

desperdício de alimentos, o papelcartão contribui

para um consumo mais sustentável, beneficiando a

sociedade, trazendo modernização e conveniência

para nossas vidas. Sem as embalagens, os

preços finais dos produtos aumentariam, porque

os supermercados não conseguiram manipular,

armazenar e exibir a mesma gama de produtos que

conseguem oferecer hoje.

As embalagens representam uma porcentagem

de menos de 5% do preço final dos produtos.

Para medicamentos, o valor cai para menos de

0,1%. Considerando isto, o impacto ambiental das

embalagens acaba sendo equilibrado se comparado

aos benefícios que proporcionam, ao evitar o

desperdício de recursos mais caros, especialmente

dos alimentos.

SÉRGIO ROSSI FILHO

ARTIGO

O QUE O IMPRESSOR PODE FAZER PARA CONTRIBUIR COM A SUSTENTABILIDADE?

Sérgio Rossi é Engenheiro

Químico, Mestre em Tecnologia Nuclear

(IPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas

e Nucleares) e Pós-Graduado em Tecnologia Gráfica (RIT - Rochester Institute of Technology).

É ainda autor dos livros “Manual para a

solução de problemas em impressão offset”,

“Graphos - glossário de termos técnicos

em comunicação gráfica” e “Acabamento

- encadernação e enobrecimento de

produtos impressos”. Rossi é Consultor desde

1993, com mais de 35 anos de experiência no segmento gráfico, nas

áreas de pré-impressão e impressão offset.

Nos últimos anos, li dezenas de artigos sobre gráfica sustentável, todos eles

abordando de forma bastante técnica as variáveis relacionadas ao assunto,

como o uso de papéis reciclados, menor consumo de energia, uso moderado de

produtos químicos, tintas, solventes e outros emissores de VOC, etc.

De acordo com o site Design by Nature, o papel reciclado consome 27% menos

energia no processo de fabricação, libera 47% menos gases responsáveis pelo

Efeito Estufa, o desperdício de água é 33% menor e o do solo é de 54% e por

aí vai. Com base nisso, a escolha desse tipo de suporte significa uma grande

contribuição à causa. Porém, essa decisão nem sempre é de responsabilidade

da gráfica.

O que gostaria de discutir aqui é o que o impressor pode fazer para contribuir com

tudo isso, ou seja, qual a parte que lhe cabe quando o assunto é sustentabilidade.

Tenho a percepção de que o que mais agride o meio ambiente é o excesso de

descarte de toda sorte de material. No caso dos processos gráficos (pré-

impressão, impressão e acabamento) isto significa desperdício de papéis, tintas,

vernizes, adesivos, solventes, entre outros.

2726

Desse ponto de vista, quanto mais bem treinado for o profissional, menor será a quantidade de erros e perdas decorrentes.

Pelo mesmo motivo, quanto maior o conhecimento do impressor, menor será o consumo de tinta, de solução de molhagem,

de blanquetas, de rolos, de solventes e assim por diante. A título de contribuição, listo a seguir uma série de sugestões para

tornar o trabalho do impressor mais sustentável:

A prática comprova que as orientações acima contribuem significativamente para reduzir os problemas e os desperdícios.

Manusear o papel o mínimo possível. Dê

preferência em mantê-lo embalado até o

momento do uso.

Transportar o papel com equipamento adequado:

empilhadeira de clamp com controle de pressão

para bobinas e empilhadeira de garfo para

pallets.

Evitar remover desnecessariamente as primeiras

voltas da bobina, as chamadas mantas.

Para papel embalado em resmas, utilizar o

sistema non stop das impressoras e desembalar

poucas resmas por vez, para evitar que o papel

interaja com o ar ambiente da sala de impressão.

Se possível, evitar o pré-refilo, só o faça quando

absolutamente necessário.

Ajustar os acessórios das mesas de alimentação

e margeação de folhas (ventosas, roldanas,

cepilhos, palhetas, detectores etc.) com

a máxima precisão, para evitar falhas e

interrupções na produção.

Ajustar a tensão do papel em bobinas de acordo

com as recomendações do manual de operação

da impressora, para evitar quebras, variações de

registro de cores, de corte e de dobra.

Ajustar as alturas de chapas e blanquetas

com precisão, conforme as recomendações do

manual de operação da impressora.

Ajustar a rolaria com precisão, utilizando um

gabarito de faixa de rolo. Avaliar periodicamente

a dureza e o diâmetro dos rolos.

Iniciar um novo serviço com uma quantidade

de tinta e de solução de molhagem menor do

que a necessária e aumentar gradualmente

até alcançar a qualidade desejada. Isto evita

excessos.

Acertar a densidade das tintas de acordo com as

normas existentes (ISO 12647, GRACOL, SNAP,

SWOP).

Estabelecer uma velocidade compatível com

as características do trabalho a ser impresso.

Nem sempre velocidade maior garante maior

produtividade, embora se deva procurar sempre

a maior velocidade possível.

Implantar uma rotina de controle de processos

para monitorar as variações de densidade,

ganho de ponto, condutividade da solução de

molhagem, dureza dos rolos, umidade relativa

do ar etc.

PAPO DE VALOR

Certificações

como a IS0 14001

e FSC® evidenciam

o compromisso

das empresas

da indústria de

árvores com o

meio ambiente

GARANTIA DE SUSTENTABILIDADE E QUALIDADE

Fernando Sandri, responsável pela Diretoria Técnica, Pesquisa e Desenvolvimento na Ibema.

Existem diversos selos e sistemas de certificação que atestam a qualidade dos

produtos e a adequação de empresas a aspectos sociais e sustentáveis. Para

as empresas da indústria de árvores, as certificações ambientais garantem aos

parceiros, clientes e consumidores que as boas práticas de manejo florestal

são cumpridas e que a origem da matéria-prima dos produtos realmente é

sustentável.

Para obter as certificações, as empresas passam por uma auditoria independente

e externa, normalmente feita por órgãos certificadores. Assim, a partir de políticas

e padrões que visam à gestão dos recursos naturais com menor impacto e maior

benefício socioambiental, também auxiliam na melhoria contínua dos processos

produtivos, com eficiência nas atividades florestais e industriais, redução de

perdas e impactos potenciais.

Segundo o responsável pela Diretoria Técnica, Pesquisa

e Desenvolvimento da Ibema, Fernando Sandri, a postura

de submeter-se a certificações demonstra o alto grau de

compromisso da empresa com o tema. “Também faz com

que ganhe mais credibilidade e seja notada por outras

companhias e pessoas que fazem parte do negócio, agregando

consequentemente a redução do risco para o todo”, acrescenta.

Atualmente, no Brasil, dentre as principais práticas de

rotulagem e certificação para embalagens pelas empresas

estão a ISO 14001 e a FSC® (Forest Stewardship Council). A ISO

14001 avalia principalmente o sistema de gestão ambiental da

empresa, enquanto o selo FSC® certifica um produto específico

com relação à origem de suas fontes de fibras de madeiras.

2928

Para o Diretor Industrial da Ibema, Fabio Pereira,

o tema é fundamental para a empresa. “O pilar de

sustentabilidade é prioridade para nós, juntamente com

a segurança de nossos colaboradores”, afirma. Há seis

décadas, a Ibema investe em medidas socioambientais

efetivas, que contribuem significativamente para a

redução de seu passivo ambiental. Desde 2015, é

certificada pela norma internacional ISO 14001 e, desde

2009, pela FSC®. “Estas certificações são fundamentais

para o gerenciamento de oportunidades e riscos na área

ambiental e social dentro da nossa cadeia produtiva”,

avalia Fabio.

Atualmente, a Ibema envia menos de 1% do volume total

de resíduos da sua produção para aterros controlados,

descartando os demais refugos por meio de processos

limpos, como coprocessamento, reciclagem e a

reutilização. Por meio destes processos, são geradas 17

mil toneladas de resíduos recicláveis por ano. Os rejeitos

são enviados para a operação de coprocessamento, onde

são incinerados e reaproveitados – transformados em

energia ou reutilizados na produção de cimento.

A Ibema também conquistou as certificações ISO

9001, que atesta a conformidade com os requisitos

de um Sistema de Gestão da Qualidade reconhecido

internacionalmente, e o ISEGA, instituto sediado na

Alemanha que realiza a análise técnica do papel com

base nas legislações americanas (Food and Drug

Administration – FDA) e alemã (Bundesinstitut für

Risikobewertung – BfR), o que garante que o papelcartão

das embalagens pode entrar em contato com alimentos.

ISO 14001

A série de normas ISO 14000 tem base no Sistema de

Gestão Ambiental (SGA), editado pela ISO (International

Organization for Standardization). Ela apresenta

diretrizes para auditorias, avaliação de desempenho,

rotulagem ambiental e análise do ciclo de vida dos

produtos para atender aos requisitos do sistema. O

objetivo é equilibrar a proteção ambiental e a prevenção

da poluição com as necessidades sociais e econômicas

das instituições.

Dentre as normas, a ISO 14001 é a que fornece às

organizações as bases para a implantação de um sistema

de gestão ambiental eficaz, que, integrado a outros

requisitos de gestão, torna-se um suporte para atingir os

objetivos ambientais. Esta é a única norma auditável da

série e, por isso, é a mais implementada. Fernando Sandri

destaca que somente as grandes empresas do setor, que

demonstram real compromisso com a gestão ambiental,

possuem esta certificação. “A ISO 14001 certifica a nossa

gestão e proporciona um caminho seguro para a prática

empresarial e as relações com clientes, fornecedores,

colaboradores, acionistas e sociedade.”

As unidades da produtora de papelcartão localizadas

no Paraná — ou seja, a fábrica instalada no município

de Turvo, a sede administrativa de Curitiba e o Centro

de Distribuição Direta em Araucária – passaram por

auditorias internas e externas. Segundo Fernando Sandri,

a fabricante investiu R$ 3,7 milhões no aprimoramento

da estrutura e dos processos internos para a conquista

da certificação, válida por três anos. “Foram mais de

quatro anos de trabalho, muitas horas de treinamentos

e um forte desenvolvimento conjunto com os nossos

fornecedores e prestadores de serviço”, conta o diretor.

SAIBA QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DA ISO 14001

FSC®

O FSC® (Forest Stewardship Council®) foi criado em 1993,

como resposta às preocupações sobre o desmatamento

global e o destino das florestas mundiais. A certificação

do conselho atesta internacionalmente a produção

responsável de produtos florestais. É a certificação

florestal de maior credibilidade, que congrega os

interesses de grupos sociais, ambientais e econômicos.

Também possibilita que consumidores e empresas

tomem decisões conscientes, o que beneficia as pessoas,

o ambiente e agrega valor aos negócios.

A base dos produtos Ibema vem das florestas plantadas

administradas pela holding Ibemapar, que conta com uma

região de 8 mil hectares, dos quais 2.900 são de reserva

legal de preservação permanente e 4 mil são de floresta

plantada certificada – com árvores do gênero pinus. Além

disso, a Ibema utiliza seus canais de comunicação para

conscientizar colaboradores, clientes e parceiros sobre

a importância da valorização e do consumo de produtos

com garantia de origem, em todos os níveis da cadeia

produtiva, desde a floresta até o consumidor final.

A certificação FSC® garante internacionalmente que os

produtos madeireiros e não madeireiros são originados

do bom manejo florestal. Todo empreendimento, ligado

às operações de manejo florestal ou à cadeia produtiva

de produtos florestais, que cumpra com os princípios e

critérios do FSC® pode ser certificado. A certificação é

voluntária e são as certificadoras que concedem o uso do

selo FSC® e auditam as operações.

Conheça os 10 Princípios e Critérios FSC® de questões ambientais, econômicas e sociais:

Obediência às leis e aos princípios do FSC®

Responsabilidades e direitos de posse e

uso da terra

Direitos dos Povos Indígenas

Relações comunitárias e direitos dos

trabalhadores

Benefícios da floresta

Impacto ambiental

Plano de manejo

Monitoramento e avaliação

Manutenção de florestas de alto valor de

conservação

Plantações

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Redução dos custos com o gerenciamento de perdas;

ganhos com a otimização do consumo de energia e

materiais;

menores custos de distribuição;

estabelecimento de uma cultura de otimização de

recursos.

Fabio Pereira, Diretor Industrial da Ibema.

3130

MANOELMANTEIGASDE OLIVEIRA

SUSTENTABILIDADEEM PAUTA

A EMBALAGEM DE PAPELCARTÃO E O MEIO AMBIENTENotícias frequentes sobre guerras, atentados terroristas e crises

econômicas levam muitos de nós a acreditar que a qualidade de vida

global está piorando. Na verdade, é bem o contrário. Como nossa vida é

breve, acabamos por olhar apenas um pedacinho da história, das algumas

poucas décadas de que somos testemunhas. No entanto, se estendermos

nosso olhar para o período de vários séculos, fica claro que vivemos hoje

muito melhor que nossos antepassados. Sob qualquer critério, é certo

que a humanidade tem evoluído. Qualquer família de classe média em São

Paulo vive muito mais e melhor que a realeza na Idade Média.

No entanto, há questões urgentes que a humanidade tem que enfrentar

e resolver, para garantir a continuidade desse progresso. O resgaste

de grandes grupos populacionais que vivem em extrema pobreza, por

exemplo, é um desafio. Outro, que deveria preocupar a todos, é a questão

ambiental. Felizmente, cada vez mais pessoas e governos estão decididos

a agir, embora haja alguns retrocessos conjunturais.

A questão ambiental envolve, basicamente, três aspectos. Um é a

contaminação dos ecossistemas com vários tipos de detritos que, por não

serem biodegradáveis, não voltam a fazer parte dos ciclos naturais de

transformação. Esses detritos frequentemente são substâncias sintéticas

e muitas vezes tóxicas. Talvez o caso mais conhecido seja o dos polímeros.

A imagem das gigantescas “ilhas” de detritos plásticos flutuando no

Oceano Pacífico é bastante conhecida, mas eles estão por toda parte,

poluindo e contaminando o meio ambiente.

Manoel Manteigas de

Oliveira é Diretor Técnico

da Two Sides Brasil e da

Associação Brasileira

de Tecnologia Gráfica

(ABTG); especializado em

“Gestão de Instituições de

Ensino Profissionalizante”

pela Universidade Federal

de Santa Catarina e em

“Ensino de Tecnologia

Gráfica” pela Universidade

de Chemnitz – Alemanha;

graduado em Ciências

Sociais pela Universidade

de São Paulo e em

Química Industrial pela

Escola Superior de

Química Oswaldo Cruz.

Outro aspecto é o uso abusivo dos recursos

naturais. Matérias-primas não renováveis, extraídas

continuamente, podem ter suas reservas esgotadas,

comprometendo a sustentabilidade econômica. Solos

usados intensivamente e sem o manejo adequado

também podem se tornar inúteis. O desmatamento pode

promover a desertificação de extensas áreas.

O terceiro desdobramento da questão ambiental é a

elevação das temperaturas médias do planeta por

conta do Efeito Estufa, causado pela contaminação

da atmosfera com diferentes gases, principalmente o

dióxido de carbono.

Assim, o contínuo progresso da humanidade vai depender

de conseguirmos equilibrar crescimento econômico com

a redução drástica dos impactos ambientais e, ao mesmo

tempo, com a melhor distribuição dos benefícios desse

progresso.

Nesse contexto, as embalagens têm grande importância.

O fato de não consumirmos as embalagens, mas sim os

produtos que contêm, levam muitos a crer que elas são

inúteis e que poderiam ser dispensadas. Consumir menos

e dispensar o que é inútil podem ser atitudes sensatas

em prol do meio ambiente. No entanto, a maior parte

das embalagens ajuda a aproveitar melhor os recursos

naturais, evita desperdícios e melhora a distribuição de

riquezas.

As embalagens não surgiram sem uma razão forte.

Proteger alimentos e outros produtos durante seu

armazenamento e transporte reduz as perdas desses

itens. Mais alimentos seriam descartados e desperdiçados

se não fossem adequadamente embalados. Mais e

melhores embalagens são necessárias para que recursos

utilizados na produção sejam bem aproveitados e isso é

bom para o meio ambiente. Havendo mais bens em boas

condições à disposição, mais baratos e acessíveis eles

serão às populações de baixa renda.

Então, não é boa ideia eliminar as embalagens das

nossas vidas e isso nem seria possível. O que deve ser

feito é produzir embalagens que tenham o menor impacto

ambiental possível, de modo que sua utilização traga

vantagens ambientais e sociais, e não prejuízos.

Considerando os três aspectos mencionados acima,

uma boa embalagem deve ser, preferencialmente,

biodegradável, para que não vire um detrito eterno, a

poluir terras e mares. Deve ser produzida a partir de

matérias-primas renováveis e, se possível, contribuir

para mitigar o aquecimento global.

As embalagens de papelcartão atendem a esses requisitos

e são, portanto, as mais adequadas à preservação do

meio ambiente. Essas vantagens têm sido reconhecidas

nos países mais desenvolvidos, tanto por empresários

quanto pelos consumidores e, por isso, o aumento do uso

de embalagens de cartão é uma tendência mundial.

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O Instituto de Estudos Smithers Pira, da Grã-Bretanha,

publicou neste ano os resultados de uma pesquisa

realizada nos cinco maiores mercados europeus –

Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha. Foram

entrevistados os principais varejistas e donos de marcas a

respeito de suas percepções quanto ao tema embalagens

e sustentabilidade. Algumas conclusões:

• 96% dos entrevistados consideram a sustentabilidade

das embalagens importante para seus negócios;

• 81% consideram que reciclabilidade é importante, 48%,

que é crítica;

• 62% acreditam que a demanda por sustentabilidade das

embalagens deve aumentar;

• Embalagens de cartão são reconhecidas como as mais

sustentáveis;

• Plásticos são vistos como difíceis de reciclar, podem

usar fontes de matéria-prima não sustentáveis e conter

produtos químicos perigosos.

Cartão é feito de celulose, que é extraída de árvores. No

entanto, ao contrário do que muita gente pensa, toda

celulose produzida no Brasil vem de árvores plantadas

e nada vem de matas nativas. Trata-se, portanto, de

matéria-prima renovável que não esgota recursos

naturais. Em alguns países, usa-se árvores nativas, mas

para cada árvore cortada, outras são replantadas de

modo a garantir o crescimento das florestas. Na Europa,

por exemplo, as florestas que fornecem madeira para a

fabricação de papel, papelcartão e de outros produtos têm

crescido 44 mil quilômetros quadrados nos últimos dez

anos. Isso representa mais que a área de 1.500 campos

de futebol a cada dia.

Além disso, a água utilizada na fabricação de celulose e

papel não é perdida ou inutilizada. Mais de 90% do que

foi empregado nos processos industriais é devolvido ao

meio ambiente em condições adequadas, segundo os

critérios legais. Frequentemente isso significa que a água

devolvida é mais limpa do que a que foi captada dos rios.

As árvores que são plantadas constantemente, para

garantir o suprimento de matéria-prima para as fábricas

de celulose, contribuem para a redução do Efeito Estufa.

Elas crescem capturando carbono da atmosfera pelo

processo de fotossíntese, ou seja, limpam o ar. Papel e

cartão são altamente reciclados. A taxa de reciclagem

desses materiais no Brasil chega a 64%, segundo a

Associação Nacional dos Aparistas (ANAP) – e este

número tende a crescer. Na Europa a reciclagem de papel

e de cartão alcança 82%. Os produtos são biodegradáveis

e mesmo a fração que ainda não é reciclada será

reintegrada ao ciclo natural e não se tornará um resíduo

eterno como os plásticos. Você jamais verá pedaços de

papelcartão flutuando na imensa ilha de lixo do Oceano

Pacífico.

Two Sides é uma iniciativa global de empresas da indústria de comunicação gráfica, incluindo silvicultura, celulose, papel, tintas e produtos químicos, pré-impressão, impressão, acabamento, publicação, imprensa, envelopes e operadores postais. Nosso objetivo comum é promover a sustentabilidade do setor e dissipar os equívocos ambientais comuns, fornecendo aos usuários informações verificáveis sobre porque impressão e papel são um meio de comunicação atraente, prático e sustentável. Para obter mais informações ou para saber mais sobre Two Sides: www.twosides.org.br/, [email protected].

Sopa de plástico

Você sabia que existem manchas enormes de lixo nos oceanos? Elas se formam em

pontos onde as correntes marítimas convergem e são compostas principalmente

por lixo plástico. A duas maiores estão no Oceano Pacífico e, juntas, têm o dobro do

tamanho dos EUA. A maior parte deste lixo não é degradável e forma uma mistura

conhecida como Sopa de Plástico. Com o tempo, o plástico se dilui em pequenas

partículas, que são tragadas continuamente pelo mar e chegam a formar camadas de

até 10 metros de profundidade de lixo.

Além destes, existem outros pontos de convergência de correntes marinhas no

planeta que formam vórtices semelhantes. Sem contar que cerca de 70% do plástico

descartado afunda. No fundo do Mar do Norte, por exemplo, estima-se que há 600 mil

toneladas de plástico. Uma das consequências é a morte de mais de 1 milhão de aves

marinhas e de centenas de milhares de mamíferos marinhos e tartarugas a cada ano,

vítimas da ingestão de plástico e de complicações derivadas.

A causa ganhou destaque em 2017 com

o ativista e cantor Jack Johnson, com o

lançamento da música Fragments, parte

do documentário The Smog of The Sea,

projeto do artista que detalha os efeitos

da destruição por materiais plásticos nos

oceanos. A música faz parte de seu novo

álbum All the Light Above It Too, lançado

nas plataformas digitais em setembro e

apresentado em turnê no Brasil durante o

mês de novembro.

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SALAVIP

NILTON SARAIVAHá sete meses sob o comando da Ibema, o engenheiro mecânico Nilton Saraiva

vem agregar 25 anos de percurso no mercado de embalagens.

Natural de Curitiba, o executivo é formado pelo ITA – Instituto Tecnológico

de Aeronáutica, e acumula formações em instituições internacionais como a

americana RIT (Rochester Institute of Technology) e a suíça IMD (International

Institute for Management Development). Nilton também conta com um MBA em

Gestão Empresarial concluído na IMD.

O novo Presidente da Ibema começou como engenheiro trainee na extinta

Impressora Paranaense. Depois a empresa foi comprada pela Dixie Toga que, por

sua vez, foi adquirida pela Bemis, empresa

multinacional de soluções inovadoras de embalagens.

Nesta última, Nilton ocupou o cargo de Diretor de

Operações do Brasil e Chile e, posteriormente, foi Diretor

Geral das três plantas da empresa instaladas no México.

Conheça um pouco mais sobre o nosso Presidente:

Ibema por Você | O que chamou a sua atenção na Ibema?

Nilton Saraiva: Eu já conhecia a Ibema, pois a Bemis

comprava o papelcartão fabricado aqui. Mas, desde que

iniciei minhas atividades, o que mais me impressionou foi

o comprometimento dos colaboradores. Outros pontos

que também me chamaram atenção foram o cuidado

com a responsabilidade social, desenvolvimento humano,

além da forte preocupação com os aspectos ambientais.

Ibema por Você | Você consegue elencar alguns

exemplos?

Nilton Saraiva: A fábrica de Turvo, por exemplo, está

instalada em uma área rural no interior do Paraná e, ao

seu redor, se formou uma vila, que hoje conta com mais

de 4 mil pessoas, e depende direta ou indiretamente

das atividades da empresa. São admiráveis as ações

desenvolvidas pela Ibema e por seus colaboradores, como

projetos sociais, educacionais e de profissionalização

realizados pelo Centro Comunitário. Além disso, o fato

de nossas fontes de fibras serem certificadas pelo FSC®

(Forest Stewardship Council®) garante que a matéria-

prima utilizada é proveniente de florestas bem manejadas,

mantidas por um robusto programa de reflorestamento,

o que é um diferencial de mercado.

Ibema por Você | Por que estas questões são tão

importantes?

Nilton Saraiva: Porque hoje o consumidor está mais

exigente e busca consumir marcas que tenham o

engajamento com estas ações. Porém, creio que a

Ibema, enquanto importante fornecedor da cadeia de

embalagens, precisa comunicar mais e melhor sobre o

que faz e sobre os benefícios do papelcartão, um insumo

renovável e biodegradável. Se compararmos com os

demais produtos disponíveis no mercado, o papel é a

matéria-prima que melhor interage com o meio ambiente

e com a melhor capacidade de reciclagem. Tanto que na

Europa, onde a preocupação com o meio ambiente é mais

forte, o consumo de papelcartão vem aumentando ano a

ano.

Ibema por Você | Muitas pessoas ainda fazem ligação

entre o papel e o desmatamento de florestas, isso é um

mito?

Nilton Saraiva: Sim, é um mito que precisamos

combater. Não há relação entre o aumento do consumo

de papel e o desmatamento de florestas naturais, pelo

contrário. A matéria-prima utilizada para embalagens é

certificada e proveniente de florestas plantadas para este

fim. O plantio é feito em mosaicos, com florestas naturais

intercaladas com as plantadas para fins industriais. Esta

é uma das principais características do manejo brasileiro,

que permite a formação de corredores ecológicos. Esta

integração, combinada com outros usos da terra, compõe

a paisagem e assegura importantes serviços ambientais,

como a manutenção da biodiversidade, a regulação dos

recursos hídricos e a preservação de florestas naturais.

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PRODUTODESTAQUE

Ibema Royal

Coppa, Ibema

Digital e Ibema

Blindato

são soluções

inovadoras,

mais ágeis e

sustentáveis

IBEMA LANÇA TRÊS NOVOS PRODUTOSFocada em oferecer produtos que supram as

necessidades do setor de embalagens, a Ibema

lança três novas soluções únicas em suas categorias.

Uma delas é o primeiro papelcartão desenvolvido

e fabricado no Brasil e na América Latina para

a produção de copos e potes de papel: o Ibema

Royal Coppa. Com tecnologia exclusiva e matéria-

prima de fonte renovável, o produto apresenta

alta printabilidade, sendo ideal para projetos

personalizados com impressão de qualidade.

produtos finais, pois a matéria-prima é feita com fonte renovável

vinda de florestas plantadas. “O consumidor está cada vez mais

consciente e a sustentabilidade é uma preocupação em todo o

ciclo do produto. Optar por uma solução em papelcartão, além

de ser sustentável, facilita a comunicação com o mercado, já

que permite a impressão de imagens em altíssima resolução”,

detalha. Além disso, a gerente lembra que, com o lançamento, o

Brasil passa a ter uma alternativa nacional de matéria-prima de

qualidade, com assistência técnica exclusiva. “Agora ganhamos

agilidade com o fornecimento rápido para todo o território

nacional.”

A Executiva de Inovação de Embalagens da Ibema, Fabiane

Staschower, concorda e acrescenta: “O copo de papelcartão

é uma tendência mundial, muitos países já baniram as versões

plásticas”, afirma. A Executiva acredita que o produto deve ser

bem recebido pelo mercado nacional, que já possui maturidade

para apoiar a indústria brasileira em escolhas mais sustentáveis.

O lançamento oficial do Ibema Royal Coppa foi realizado no dia

21 de setembro de 2017, durante o Prêmio ABRE da Embalagem

Brasileira. A CartonDruck Gráfica Ltda produziu, em parceria com

a Ibema, copos para a ocasião. A ação foi um sucesso, segundo

a Gerente de Marketing da CartonDruck, Ticiana Baumgarten.

“A Ibema forneceu o papelcartão e nós fizemos a impressão e a

formação dos copos em que foi servido café durante o evento. O

produto é excelente, tem ótima printabilidade e qualidade para

formação, as principais características necessárias para produzir

copos e potes.” Ticiana conta que a CartonDruck é cliente de longa

data da Ibema, principalmente dos produtos para a produção de

embalagens.

Ibema Digital: o primeiro com certificação HP Indigo

Outro lançamento recente, o Ibema Digital é o primeiro papelcartão da América Latina com certificação HP Indigo,

o que garante melhor desempenho na impressora. Além disso, o produto é mais sustentável, pois economiza

tempo e mão de obra, evita desperdícios no corte, além de ser de fácil estocagem e manuseio. Distribuído em

embalagens especiais com sistema de proteção contra umidade e vincos, o Ibema Digital já vem com formato

e corte no sentido correto da fibra, característica que oferece um aumento de produtividade sem desperdícios.

Além disso, pode ser colocado diretamente na impressora, sem a necesidade de processos anteriores.

O Ibema Royal Coppa pode ser utilizado para bebidas e alimentos, quentes e frios.

Gerente de Marketing da Ibema, Juliana Menegasse Gomes.

Formulado com 100% de fibras virgens, o Ibema Royal Coppa é versátil, tem excelente

printabilidade, baixa absorção lateral e pode ser utilizado para bebidas quentes e frias.

Possui diferentes configurações que variam entre com ou sem coating e extrusados com

PE.

O produto possibilita o início da produção de copos de papel no Brasil feitos com matéria-

prima nacional, o que oferece novos benefícios e garantias de pós-venda para o cliente.

A Gerente de Marketing da Ibema, Juliana Menegasse Gomes, também destaca que a

novidade é uma opção para agregar valor, em termos de maior sustentabilidade, aos

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A impressão digital é apontada como a grande

tendência no mercado de embalagens. No entanto,

pela falta de produtos aprovados, uma alternativa

para as gráficas brasileiras, até então, era a

importação de papelcartão homologado para

impressão digital, como explica o Gerente de Canal

de Distribuição da Ibema, Fabiano Bissule. “Muitas

das gráficas ainda não utilizavam a tecnologia para

a produção de embalagens por não encontrarem

no mercado nacional cartões aprovados para o

segmento. Por isso, o Ibema Digital é a solução para

uma demanda que só aumenta. Estamos apostando

no crescimento deste nicho”, comenta.

O Grupo CAC foi o primeiro distribuidor a ofertar o

Ibema Digital. O Diretor Comercial do grupo, João

Carlos Ferreira Cassia, conta que o novo produto veio

em momento oportuno. “Quem precisava do papel

digital vinha adaptando em casa outros produtos,

cortando o papelcartão de forma inadequada, o que

comprometia a vida útil da máquina”, completa.

Ibema Blindato: até cinco vezes mais produtivo

O Ibema Blindato também é lançamento no

portfólio da fabricante de papelcartão. Ideal para

quem precisa proteger seu produto ou preservar

a embalagem, o Ibema Blindato tem uma camada

de polietileno no verso e/ou na capa, o que conclui

a etapa de extrusão e permite que o processo seja

otimizado. Por isso, não necessita da operação

posterior de laminação. É indicado para embalagens

de produtos que necessitem de maior proteção.

Segundo a Gerente de Marketing da Ibema, Juliana

Menegasse Gomes, o Ibema Blindato será a única

opção de papelcartão com polietileno com ampla

distribuição no mercado. “É o produto ideal para

gráficos que normalmente laminam o seu material.

Ele elimina processos internos e otimiza o tempo

e os ganhos. Por isso o Ibema Blindato é até cinco

vezes mais produtivo que os produtos semelhantes

disponíveis no mercado”, explica.

Outra vantagem é a maior agilidade no processo de

produção e entrega do gráfico. O produto é também

a melhor opção para pequenos e micrográficos,

pois suprime processos internos ou, até mesmo,

a necessidade de contratação de terceiros. “Ele

minimiza erros de produção e atrasos na entrega,

além de ser uma vantagem financeira real”, detalha

Juliana.

PRÊMIOABRE

Parceria entre

a Ibema, Grupo

Boticário e Kingraf

recebe duas

premiações

consideradas as

mais importantes

do mercado de

embalagens

EMBALAGEM COM PAPELCARTÃO PÓS-CONSUMO É PREMIADA COMO A MAIS SUSTENTÁVEL DO ANOA embalagem de Sombras em Refil, desenvolvida para a marca quem disse, berenice?,

unidade de negócios do Grupo Boticário especialista em maquiagem, recebeu o

Troféu Ouro de Sustentabilidade no 17º Prêmio da Embalagem Brasileira, promovido

pela Associação Brasileira de Embalagem (ABRE), entregue em setembro de 2017.

O projeto foi realizado para o Grupo Boticário em parceria com a Ibema e a Kingraf.

“A sustentabilidade faz parte da essência do Grupo Boticário. É uma honra receber

um reconhecimento tão importante juntamente com nossos parceiros”, comenta

Marcela Nogueira, Gerente de Categoria de quem disse, berenice?.

A embalagem também foi reconhecida pelo Prêmio Grandes Cases de Embalagens

2017 em outubro de 2017. Foram divulgados os 31 cases vencedores durante

uma cerimônia, que contou com certa de 500 profissionais da cadeia de valor do

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MUNDOIBEMA

Ibema conta agora

com a startup

Boomera,

especializada na

reciclagem de

resíduos

NOVA PARCERIA NA RECICLAGEM DE PAPELCARTÃO

Nova parceira da Ibema, a startup Boomera trabalha em conjunto com 200

cooperativas de coleta de resíduos sólidos em 17 estados do Brasil. Desde 2011,

a empresa atua no desenvolvimento de soluções tecnológicas para viabilizar a

reciclagem de resíduos mais complexos – como fraldas descartáveis e cápsulas de

café expresso, por exemplo.

Para desenvolver um novo produto com base em fibras pós-consumo (PCF – Post

Consumer Fibers), a Ibema vai comprar as aparas de papelcartão coletadas por

cooperativas de catadores de lixo, segundo a Executiva de Inovação de Embalagens

da Ibema, Fabiane Staschower: “Durante a produção do papelcartão, essas aparas

vão para uma espécie de liquidificador e passam por um tratamento químico para

compor o novo produto”, explica.

A Boomera também atua na redução dos gargalos que existem para a reciclagem

no Brasil, relacionados à operação de logística reversa, como detalha o responsável

pela Comunicação da empresa, Wendel Santos. “Era comum que as cooperativas

vendessem os materiais coletados para intermediários, que os revendiam para

indústrias. Mas, neste processo, a qualidade caía muito, como também a renda do

cooperado – que é a pessoa que faz a coleta e está na ponta da cadeia. Assim, o tempo

para o material chegar à indústria e o custo final eram maiores”, explica.

Com a parceria, a Ibema consegue obter a matéria-prima para a reciclagem com mais

agilidade e qualidade, além de poder contar com o know-how da Boomera na busca

de cooperativas, que recebem treinamentos e intervenções para garantir saúde e

segurança de trabalho aos seus cooperados.

Wendel Santos,

responsável pela

Comunicação na

Boomera.

Projeto realizado em parceria com O Boticário, Ibema e Kingraf recebeu Troféu Ouro de Sustentabilidade no 17º Prêmio da Embalagem Brasileira.

packaging, no Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro, em São Paulo. “Os dois prêmios são considerados os

mais importantes da cadeia de embalagens nacional”, enfatiza a Executiva de Inovação de Embalagens da Ibema, Fabiane

Staschower.

O estojo das sombras é reutilizável, o que possibilita a escolha de refis com cores e efeitos diferentes, com a facilidade

de poder trocá-los a qualquer momento. O produto é composto por materiais com menor impacto ambiental, como o

papelcartão Ibema Art Premium PCR, reciclado pós-consumo e o PET, que é 100% reciclado pré-consumo na embalagem

do refil, garantindo o aproveitamento máximo dos materiais no processo de fabricação do blister.

O Ibema Art Premium PCR é um papelcartão triplex com pós-consumo e com duplo coating na capa, indicado para

embalagens e para uso editorial e promocional. O grande destaque é que o produto tem em sua composição 30% de

material reciclado, vindo de cooperativas de catadores de resíduos. A reciclagem ocorre durante o processo de produção

realizado pela Ibema. “Por isso, o produto tem no nome a sigla PCR - post-consumer recycled (reciclado pós-consumo)”,

explica Fabiane.

O papelcartão, que é voltado aos setores farmacêutico e de cosméticos, é o único no mercado com fundo branco e material

reciclado. “O Ibema Art Premium PCR segue as definições da Política Nacional de Resíduos Sólidos, é um exemplo de

produto que garante o ciclo fechado na cadeia de papel”, destaca a Executiva. Atualmente, o material é aplicado em

embalagens do Grupo O Boticário e na caixa do Band-Aid, da Johnson & Johnson.

A embalagem premiada compõe a primeira linha da marca quem disse, berenice? a usar este tipo de matéria-prima e,

por isso, a realização do projeto exigiu testes para garantir a qualidade da embalagem, a resistência no transporte e a

durabilidade da decoração. Os estojos refiláveis para as sombras estão disponíveis nos formatos com duas, quatro ou oito

cores. Quando comparado às opções de mercado, o estojo de duas cores, por exemplo, pesa 18% menos e a embalagem

do refil é 4% mais leve – ou seja, consome menos material.

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A startup Boomera trabalha em conjunto com 200 cooperativas de coleta de resíduos sólidos em 17 estados do Brasil.

As cooperativas parceiras recebem treinamentos e intervenções para garantir saúde e segurança de trabalho aos seus cooperados.

A Boomera atua no desenvolvimento de soluções tecnológicas para viabilizar a reciclagem de resíduos mais complexos.

Com a parceria, a Ibema obtém a matéria-prima para a reciclagem com mais agilidade, qualidade e pode contar com o know-how da Boomera.

Crédito: Divulgação/ Boomera

Crédito: Divulgação/ Boomera

Crédito: Divulgação/ Boomera

Crédito: Divulgação/ Boomera

“Doamos equipamentos, como prensas, esteiras e

EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), sem

cobrar nada das cooperativas. Nosso trabalho é fazer

a conexão entre elas e a indústria, contribuindo para

melhorar a eficiência da cadeia produtiva”, diz Wendel.

Segundo o Presidente da Ibema, Nilton Saraiva, a parceria

é benéfica para todo o setor. “Com o trabalho da Boomera,

a seleção correta do material para reciclagem é garantida

e sabemos que as cooperativas que nos atendem realizam

o trabalho de maneira adequada, garantindo a segurança,

saúde e desenvolvimento dos recicladores”, completa.

A seleção correta do material para reciclagem é garantida e sabemos que as cooperativas que nos atendem realizam o trabalho de maneira adequada.

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NOVO SITE DA IBEMA OFERECE DOWNLOAD DE MANUAL DE DESIGN DE EMBALAGENS

A Ibema Papelcartão lança novas ferramentas digitais para

ampliar e aproximar o atendimento aos clientes. O site da

companhia foi reestruturado e agora oferece uma plataforma

mais dinâmica e responsiva, com possibilidade de navegação em

todos os dispositivos: tablets, computadores e smartphones.

A plataforma traz mais uma novidade: “Design de Embalagens

- Guia Definitivo”. Trata-se de um livro produzido por Fabio

Mestriner, Consultor da Ibema e Professor da Pós-Graduação

em Engenharia de Embalagem Mauá, que, de forma didática,

explica o processo de criação e consolidação da embalagem,

desde a matéria-prima até a sua importância no ponto de

venda. “As pessoas são carentes de informações sobre este

setor, por isso estamos oferecendo uma utilidade para qualquer

stakeholder, seja ele designer, end-user, profissional de agência

ou gráficos. É realmente uma prestação de serviço gratuita”,

conta Juliana Gomes, Gerente de Marketing da Ibema.

Este é o segundo livro da coleção “Manual de A a Z”, uma

iniciativa que tem como finalidade facilitar o acesso

ao conhecimento, fomentar a indústria de embalagens

e inspirar ideias. Para ter acesso ao conteúdo basta

preencher um formulário de cadastro. Juliana lembra que

o primeiro manual teve grande aceitação e contou com

milhares de acessos logo nas primeiras 24 horas.

O material segue o posicionamento do website da Ibema,

que agregou novas ferramentas para facilitar a navegação.

“Reunimos todas as informações em uma única plataforma

responsiva. Há ícones que levarão o visitante às aplicações

dos nossos produtos, solicitação de amostras, ações de

sustentabilidade e responsabilidade social, prêmios e

reconhecimentos, revistas e vídeos do nosso canal do

YouTube, enfim, tudo o que compõe o nosso mundo”, conta.

Em uma segunda fase do projeto do novo site, uma

exclusiva Área do Cliente oferecerá novos serviços,

com mais facilidades.

“Design de embalagens – Guia definitivo” poderá ser baixado gratuitamente

Novo site Ibema

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