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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org A Associação tem como princi- pal objetivo interferir nas mudanças com- portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien- tal, sustentabilidade e paz social, refloresta- mento, incentivo à agricultura orgânica, hor- tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta- gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul- gado através deste veículo de interação. Projetos integrados: Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula- res de cada região. Inicialmente iremos for- mar turmas que terão a finalidade de multi- plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti- vas comunidades. Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ- nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci- mento adquirido em cada comunidade. Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali- dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for- mação de cooperativas ou grupos preserva- cionistas em suas comunidades. Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res- ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos. # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa Edição 53 Ano IV Abril 2012 Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê Monteiro Lobato Árabes, Muçulmanos e Islâmicos Sala de Aula A saúde no Brasil Saúde x Religião Pêra, Uva, Maçã ou Salada Meio Ambiente Economia Familiar Piauí - Estado Laicidade, Educadores e ... O Professor e a Escola Ética e Educação DROGAS Os professores e a Lei Lusofonia - Notícias Profissão: Professora Datas importantes ABRIL 01 - Dia do Humorista Dia da mentira 02 - Dia Internacional Livro Infantil Nascimento Chico Xavier Morte de João Paulo II 04 - Morte de Assis Chateaubriand 07 - Dia Mundial da Saúde Abdicação de D. Pedro I 08 - Domingo de Páscoa 12 - Primeiro vôo Espacial tripulado 16 - Nascimento de Charles Chaplin 17 - Massacre de Eldorado dos Carajás 18 - Dia Nacional do Livro Infantil Nascimento Monteiro Lobato Início da Semana Monteiro Lobato 19 - Dia do Índio Aniversário de Roberto Carlos 20 - Aniversário de Caraguatatuba 21 - Inauguração de Brasília 22 - Descobrimento do Brasil Início da semana da educação Dia da comunidade Luso-brasileira Aniversário cidade Itanhaém 23 - Dia Mundial do Livro Nascimento de William Shakespeare 25 - Dia da Revolução dos Cravos (Portugal) 26 - Celebração 1ª. Missa no Brasil Desastre nuclear de Chernobyl 28 - Dia da Educação 29 - Aniversário de Campos do Jordão Dia Internacional da dança 30 - Dia Nacional da Mulher ABORDE ESTAS DATAS NA SALA DE AULA 28 de Abril - Dia da Educação Dia do índio - Explore esse tema ! Você sabia ? Há 159 anos nascia o holandês Vincent van Gogh, considerado um dos pintores mais geniais e influentes da história. “O pior cárcere não é o que aprisiona o corpo, mas o que asfixia a mente e algema a emoção. Sem liberdade, as mulheres sufocam seu prazer. Sem sabedoria, os homens se tornam máquinas de trabalhar.” — Augusto Cury

Cidadania 28 de Abril - Dia da Educação e Meio Ambiente ...técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se

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Page 1: Cidadania 28 de Abril - Dia da Educação e Meio Ambiente ...técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se

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Cidadania e

Meio Ambiente

Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org

A Associação tem como princi-pal objetivo interferir nas mudanças com-portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien-tal, sustentabilidade e paz social, refloresta-mento, incentivo à agricultura orgânica, hor-tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta-gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul-gado através deste veículo de interação.

Projetos integrados: • Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula-res de cada região. Inicialmente iremos for-mar turmas que terão a finalidade de multi-plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti-vas comunidades.

• Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ-nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci-mento adquirido em cada comunidade.

• Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali-dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for-mação de cooperativas ou grupos preserva-cionistas em suas comunidades.

• Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res-ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos.

# SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco

0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org

Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins

lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa

Edição 53 Ano IV Abril 2012 Distribuição Gratuita

Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

Monteiro Lobato

Árabes, Muçulmanos e Islâmicos

Sala de Aula

A saúde no Brasil

Saúde x Religião

Pêra, Uva, Maçã ou Salada

Meio Ambiente

Economia Familiar

Piauí - Estado

Laicidade, Educadores e ...

O Professor e a Escola

Ética e Educação

DROGAS

Os professores e a Lei

Lusofonia - Notícias

Profissão: Professora

Datas importantes ABRIL

01 - Dia do Humorista Dia da mentira 02 - Dia Internacional Livro Infantil Nascimento Chico Xavier Morte de João Paulo II 04 - Morte de Assis Chateaubriand 07 - Dia Mundial da Saúde Abdicação de D. Pedro I 08 - Domingo de Páscoa 12 - Primeiro vôo Espacial tripulado 16 - Nascimento de Charles Chaplin 17 - Massacre de Eldorado dos Carajás 18 - Dia Nacional do Livro Infantil Nascimento Monteiro Lobato Início da Semana Monteiro Lobato 19 - Dia do Índio Aniversário de Roberto Carlos 20 - Aniversário de Caraguatatuba 21 - Inauguração de Brasília 22 - Descobrimento do Brasil Início da semana da educação Dia da comunidade Luso-brasileira Aniversário cidade Itanhaém 23 - Dia Mundial do Livro Nascimento de William Shakespeare 25 - Dia da Revolução dos Cravos (Portugal)

26 - Celebração 1ª. Missa no Brasil Desastre nuclear de Chernobyl 28 - Dia da Educação 29 - Aniversário de Campos do Jordão Dia Internacional da dança 30 - Dia Nacional da Mulher

ABORDE ESTAS DATAS NA SALA DE AULA

28 de Abril - Dia da Educação

Dia do índio - Explore esse tema !

Você sabia ?

Há 159 anos nascia o holandês Vincent van Gogh, considerado um dos pintores mais geniais e influentes da

história.

“O pior cárcere não é o que aprisiona o corpo, mas o que asfixia a mente e algema a emoção. Sem liberdade, as mulheres sufocam seu prazer. Sem sabedoria, os homens se tornam máquinas de trabalhar.” — Augusto Cury

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Abril 2012 Gazeta Valeparaibana Página 02

A Gazeta Valeparaibana é um jornal mensal gratuito distribuído mensalmente para download e visa a atender ao Cone Leste Paulista, que é composto pelas seguintes regiões:

Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê.

Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J Diretora Pedagógica dos Projetos: Profª. Elizabete Rúbio

Revisão de textos: Profª. Francisca Alves Veículo divulgar da OSCIP “Formiguinhas do Vale”

CULTURAonline

Gazeta Valeparaibana é um MULTIPLICADOR do Projeto Social

“Formiguinhas do Vale” e está presente mensalmente em mais de 80 cidades do Cone Leste Paulista, com distribuição gratuita em

cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de Ensino Fundamental e Médio. “Formiguinhas do Vale”

Uma OSCIP - Sem fins lucrativos www.formiguinhasdovale.org

Responsabilidade Social

Rádio web CULTURAonline Brasil

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós. A Rádio web CULTURAonline, prioriza a Educação, a boa Música Nacional e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania e nas temáticas: Educação, Escola, Professor e Família. Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, a Educação se discute num debate aberto, crítico e livre.

Acessível no links: www.culturaonlinebr.org

Valores

SEMENTE DO FUTURO

Mostre a sementinha para uma criança e explique sua função... Certamente ela a colocará na terra e com encantamento a verá bro-tar, cuidará dela, acompanhará seu crescimento, aproveitará sua co-lheita, entenderá o que representa essa pequena vida e sua impor-tância para o desenvolvimento do ser humano.

Explique-lhe sobre o lixo e ela dará o destino certo a ele separando-o adequadamente.

Mostre maneiras simples de viver a vida e, naturalmente, excluirá os shoppings, televisão, computadores do confinamento tecnológico e consumista a que está submetida.

Leia junto todos os dias com a criança e ela gostará de poesias, se distrairá com histórias e não com supérfluos. Ensine-a comer e senti-rá, com prazer, o sabor da comida.

Deixe-a ter vida de criança e se tornará um adulto consciente e res-ponsável. Sem infância, será “criança grande”, exigente, carente, in-segura e os pais, geralmente ausentes, indiretamente, a tornará vul-nerável aos apelos avassaladores da vida.

Os adultos querem salvar a Terra dos males que causaram a ela,mas são escravos do próprio corpo e do que tem. Querem viver cada vez mais, porém, não sabem o que fazer com seu próprio lixo, não se respeitam e não tem limites. Vivem discursando que não fazem nada de mau, mas não conseguem fazer o bem.

É necessário treinar o olhar para desenhar o futuro de uma criança e ela poderá contribuir para a preservação da natureza. Aprendendo, ela será o exemplo e cobrará atitudes dos seus governantes e de seus pais.

Precisamos de uma nova geração, que cause impactos, mostrando caminhos para a prática de medidas satisfatórias e que resultem em mudanças que assegurem a preservação do meio ambiente.

Dê a criança doses de atitudes ao longo da vida e irão tirar da caldei-ra nossa fauna e flora e a esperança se renovará a cada dia mudan-do hábitos, encerraremos esse ciclo que é uma máquina de moer gente, pois a Terra, ao contrário do homem, não morre, recupera-se.

Essa é nossa esperança para acabar com a “política hipócrita” que tenta impedir o verdadeiro equilíbrio da natureza com atitudes imedia-tistas que visam apenas o lucro, sem medir consequências.

Hoje, a humanidade está tomada pelo medo do que vem pela frente.

O futuro, minha gente, é para se esperar e não para se temer.

Genha Auga – Jornalista MTB 15.320

É então mais que natural que o homem faça cada vez mais indagações sobre a verdadei-ra essência e sua própria existência, pois, as conquistas e os acontecimentos materiais que o acercam não os realizam e não trazem a plenitude sensitiva.

A sensação de realização só se é percebida através das conquistas oriundas da prática da sabedoria.

Ora a sabedoria sendo amiga é ao mesmo tempo amante e companheira e esta relação é que traz complemento e realização para o

ser, pois sente - se a plenitude tanto em matéria quanto em espírito.

É também através da frequência correta que o ser se sintoniza com maiores graus de sabedoria e conquistam a plenitude em seus relacionamentos.

É senão um caminho árduo, também duro e exigente, pois, só é através da evolução e elevação que se conquista a correta freqüência e sintonia para se alcançar os verdadeiros mistérios, que de oculto nada tem.

Os homens apenas entendem como oculto, pois estão por demais afastados do que é comum em essência. Ora se a observação ocorresse de fora para dentro, neste ordem, não haveriam questões ocultas e sim frutos naturais da ressonância da personalidade Divina, expressas na própria natureza huma-na e selvagem.

Ora se só se alcança tal grau se conseguir enxergar através da lente espiri-tual, e vou exemplificar tal citação:

- Não é possível enxergar com clareza através de um vidro embaçado pelo vapor, logo este não possui a clareza necessária para a correta visão do que se poderia verificar externamente, mas se este vidro estivesse límpido, logo enxergaríamos com clareza o outro lado e assim o é com as sintonias, freqüências e ressonâncias.

Só se é possível perscrutar o outro lado se a lente for límpida.

Os opostos não se atraem, antes mentem - se lado a lado se repelindo, um ao outro, constantemente, só é possível o equilíbrio se uma das partes for mais forte que a outra, ou a disputa continuará e assim influenciando a sin-tonia e a freqüência para a obtenção e o alcance das outras realidades por detrás das lentes invisíveis dos mundos não - observáveis.

Waltinho Carol Uilian

Não vivemos pela quantidade imediata dos acertos, mas pela capacidade de entendermos aonde estamos errando,

transformando as falhas em ajustes consistentes, feitos no tempo adequado para a manutenção das direções, métodos e

pessoas.

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O medo é inerente à vida porque viver é perigoso e sempre comporta riscos. Estes nos obrigam a mudar e reforçam a

esperança. O que o povo mais quer, não as elites, é mudar, para que a felicidade e o amor não sejam tão difíceis.

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Abril 2012 Gazeta Valeparaibana Pagina 03

Monteiro Lobato

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Todos sabemos que programas sobre educação onde se abordem verdades e se discuta o assunto de forma imparcial, suprapartidari-amente e com ética são raros na mídia convencional. São raros porque infelizmente não

dão IBOPE e a mídia convencional busca imagem e IBOPE, pois so-mente assim conseguirá patroci-nadores e valorizará seus espaços publicitários.

EDUCAR Uma janela para o mundo

Nosso programa no ar todos os Sábados, das 20h às 22h e, o ou-vinte poderá interagir com suas

sugestões, críticas ou

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José Bento Re-nato Monteiro

Lobato

Nasceu em Taubaté, a 18 de abril de 1882 e faleceu em São Paulo, no

dia 4 de julho de 1948. Foi um dos mais influentes escritores brasileiros do século XX.

Foi um importante editor de livros iné-ditos e autor de importantes tradu-ções. Seguido a seu precursor Figuei-redo Pimentel ("Contos da Carochi-nha") da literatura infantil brasileira, ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo de sua obra de livros infantis, que constitui aproxima-damente a metade da sua produção literária.

A outra metade, consistindo de contos (geralmente sobre temas brasileiros), artigos, críticas, crônicas, prefácios, cartas, um livro sobre a importância do petróleo e do ferro, e um único ro-mance, O Presidente Negro, o qual não al-cançou a mesma popularidade que suas obras para crianças, que entre as mais famosas destaca-se Reina-ções de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933) e O Picapau Ama-relo (1939).

Os primeiros anos

Criado em um sítio, Monteiro Lobato foi alfabetizado pela mãe Olímpia Au-gusta Lobato e depois por um profes-sor particular. Aos sete anos, entrou em um colégio.

Nessa idade descobrira os livros de seu avô materno, o Visconde de Tre-membé, dono de uma biblioteca imen-sa no interior da casa.

Leu tudo o que havia para crianças em língua portuguesa. Nos primeiros anos de estudante já escrevia peque-nos contos para os jornaizinhos das escolas que frequentou. Aos onze anos, em 1893, foi transferi-do para o Colégio São João Evange-lista.

Ao receber como herança antecipada uma bengala do pai, que trazia grava-da no castão as iniciais J.B.M.L., mu-dou seu nome de José Renato para José Bento, a fim de utilizá-la.

No ano seguinte, os pais o presentea-ram com uma calça comprida, que usou bastante envergonhado. Em de-zembro de 1896 foi para São Paulo e, em janeiro de 1897, prestou exames das matérias estudadas na cidade natal, mas foi reprovado no curso pre-paratório e retornou a Taubaté.

Quando retornou ao Colégio Paulista, fez as suas primeiras incursões literá-rias como colaborador dos jornaizi-nhos "Pátria", "H2S" e "O Guarany", sob o pseudônimo de Josben e Nhô Dito.

Passou a colecionar avidamente tex-tos e recortes que o interessavam, e lia bastante.

Em dezembro prestou novamente os exames para o curso preparatório e foi aprovado.

Escreveu minuciosas cartas à família, descrevendo a cidade de São Paulo. Colaborou com "O Patriota" e "A Pá-tria". Então, se mudou de vez para São Paulo, e tornou-se estudante in-terno do Instituto Ciências e Letras.

No ano seguinte, a 13 de junho de 1898, perdeu o pai, José Bento Mar-condes Lobato, vítima de congestão pulmonar.

Decidiu, pela primeira vez, participar das sessões do Grêmio Literário Álva-res de Azevedo do Instituto Ciências e Letras. Sua mãe, vítima de uma de-pressão profunda, veio a falecer no dia 22 de junho de 1899.

Tendo forte talento para o desenho, pois desde menino retrata a Fazenda Buquira, tornou-se desenhista e cari-caturista nessa época. Em busca de aproveitar as suas duas maiores pai-xões, decidiu ir para São Paulo após completar 17 anos.

Seu sonho era a Escola de Belas-Artes, mas, por imposição do avô, que o tinha como um sucessor na ad-ministração de seus negócios, acabou ingressando na Faculdade do Largo de São Francisco para cursar Direito. Mesmo assim seguiu colaborando em diversas publicações estudantis e fun-dou, com os colegas de sua turma, a "Arcádia Acadêmica", em cuja sessão inaugural fez um discurso intitulado: Ontem e Hoje.

Lobato, a essas alturas, já era elogia-do por todos como um comentarista original e dono de um senso fino e sutil, de um "espírito à francesa" e de um "humor inglês" imbatível, que car-regou pela vida afora.

Dois anos depois, foi eleito presidente da Arcádia Acadêmica, e colaborou com o jornal "Onze de Agosto", onde escreveu artigos sobre teatro. De tais estudos surgiu, em 1903, o grupo O Cenáculo, fundado junto com Ricardo Gonçalves, Cândido Negreiros, Godo-fredo Rangel, Raul de Freitas, Tito Lívio Brasil, Lino Moreira e José Antô-nio Nogueira.

Era anticonvencional por excelência, dizendo sempre o que pensava, agra-dasse ou não. Defendia a sua verda-de com unhas e dentes, contra tudo e

todos, quaisquer que fossem as con-sequências. Venceu um concurso de contos, sendo que o texto Gens En-nuyeux foi publicado no jornal "Onze de Agosto". (11/08).

Livros Infantis:

• 1920 - A menina do narizinho arrebi-tado

• 1921 - Fábulas de Narizinho

• 1921 - Narizinho arrebitado (incluído em Reinações de Narizinho)

• 1922 - O marquês de Rabicó (incluído em Reinações de Narizinho)

• 1924 - A caçada da onça

• 1924 - Jeca Tatuzinho

• 1924 - O noivado de Narizinho (incluído em Reinações de Narizinho, com o nome de O casamento de Nari-zinho)

• 1928 - Aventuras do príncipe (incluído em Reinações de Narizinho)

• 1928 - O Gato Félix (incluído em Rei-nações de Narizinho)

• 1928 - A cara de coruja (incluído em Reinações de Narizinho)

• 1929 - O irmão de Pinóquio (incluído em Reinações de Narizinho)

• 1929 - O circo de escavalinho (incluído em "Reinações de Narizi-nho, com o nome O circo de cavali-nhos)

• 1930 - A pena de papagaio (incluído em Reinações de Narizinho)

• 1931 - O pó de pirlimpimpim (incluído em Reinações de Narizinho)

• 1933 - Novas reinações de Narizinho

• 1921 - Destaca-se também a coletâ-nea “Sitio do picapau amarelo.

1938 - O museu da Emília (peça de tea-tro, incluída no livro Histórias diversas)

Editado por: Filipe de Sousa

Fonte: Wikipédia

Page 4: Cidadania 28 de Abril - Dia da Educação e Meio Ambiente ...técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se

Abril 2012 Gazeta Valeparaibana Pagina 04

BRAZIL COM Z Já foi dito que educação é liberdade, mas parece que nem todos puderam ouvir. Talvez tenha sido por causa do barulho da tevê, que naquele momento devia estar anunciando mais um novo escândalo político ou mais uma nova propa-ganda capitalista; ou talvez seja por causa dos gritos da fome, das buzinas noturnas que seduzem as nossas meninas, dos ruídos dos facões ao cortarem sisal, das pisadas ao adentrarem os canaviais; ou ainda, quem sabe, tenha sido por causa do coral das britadeiras, que passam o dia entoando, com suas vozes agudas e sem jamais desafinar, a Canção da Construção – não aquela do Chico Buarque, mas a dos novos estádios para copa de 2014. Sincera-mente, não sei. Mas se é mesmo verdade que a educação é liberdade, por que ainda é comum vermos nossa gente presa à miséria? A resposta parece também estar presa em algum lugar desconhecido pela nossa limitada racionalidade – mas para que tentar entender aquilo que batiza-ram de “inexplicável”? Há coisas na vida que nem Freud explica, outras, porém, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê e acontece: BRASIL, SEXTA MAIOR POTÊNCIA ECONÔMICA MUNDIAL. Fora isso, nenhuma outra novidade: a Saúde, a Segurança e a Educação permanecem hospitalizadas, dentro de uma UTI, logo após terem sido baleadas na saída da escola; a Fome ainda não estagnara seu crescimento, principalmente lá paras bandas do nordeste brasileiro e das grandes metrópoles; a Justiça, de venda nos olhos, finge não ver nada do que está acontecendo, e com sua balança desajustada nas mãos, vive dizendo que programas de caráter filantrópico têm o mesmo peso que políticas públicas. Sei não..., mas se o país do futebol continuar chutando os livros e jogar as cartilhas do bê-á-bá para escanteio, pode crer: não abandonaremos por tão cedo os assentos dos últimos lugares no PISA. Contudo, vale salientar que alimento para cabeça não mata a fome de ninguém. Bem..., se a educação é liberdade, eu não sei, mas se for realmente, então isso que temos no Brasil está muito longe de se chamar educação. Autor: Edvaldo dos Reis Oliveira Filho [email protected] http://edvaldodosreis.blogspot.com/

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A Gazeta Valeparaibana, um veículo de di-vulgação da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, somente pu-blica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de aulas, tais como: educação, cultura, tradi-ções, história, meio ambiente e sustentabilida-de, responsabilidade social e ambiental, além da transmissão de conhecimento. Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conhe-cimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, to-dos devemos nos unir, na busca de uma soci-edade mais justa, solidária e conhecedora de suas responsabilidades sociais. No entanto, todas as matérias e imagens se-rão creditadas a seus editores, desde que ad-judiquem seus nomes. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato.

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Sempre é bom saber!! Árabes, muçulmanos e islâmicos Se você está atento às notícias na TV, nos jornais ou na internet, prin-cipalmente nos assuntos ligados aos conflitos Árabe-Israelenses ou à Guerra do Iraque, entre muitos ou-tros, com certeza já se deparou com termos como árabe, muçulmano ou islâmico. No entanto, o que esses termos significam? Existem diferenças entre eles? Se sim, quais? É justamente essas questões que vamos tentar resolver aqui. Vamos começar pelo termo islâmi-co. Esse termo se refere aos segui-dores do Islamismo, que é uma reli-gião monoteísta criada no século VII d.c. por Maomé e que hoje conta com seguidores no mundo todo. Portanto, islâmico é todo seguidor da religião Islâmica, assim como os seguidores do Cristianismo são cha-mados de cristãos e os adeptos do Judaísmo de judeus. Mapa do Islamismo pelo mundo Muçulmano é apenas um sinônimo de islâmico, não havendo nenhuma diferença entre os termos. Portanto, se você ouvir alguém dizer que é muçulmano, isso significa que essa pessoa é islâmica, ou seja, seguido-ra do Islamismo. O termo árabe se refere a uma etni-a, ou seja, à etnia árabe, que é ca-racterizada pela língua árabe. As-sim, todos os povos que têm a lín-gua árabe como oficial podem ser

chamados de árabes. Como exem-plo, podemos citar os iraquianos, os egípcios, os marroquinos, os pales-tinos, os sauditas, entre muitos ou-tros. Aqui vemos a cidade de Meca, na Arábia Saudita, considerado o lugar mais sagrado do Islamismo. Nós devemos, portanto, ter em mente que islâmico e muçulmano são referentes a uma religião, en-quanto árabe é referente a uma et-nia. Essa confusão se dá porque a reli-gião islâmica foi criada pelo povo árabe, e entre esse povo o islamis-mo ganhou muitos adeptos. No en-tanto, devemos lembrar que nem todo muçulmano (ou islâmico) é árabe. Os turcos, os iranianos e os afegãos são povos muçulmanos, mas não árabes. Isso porque não falam a língua árabe. O país que possui a maior população muçulma-na do mundo é a Indonésia, que também não é árabe. Devemos ain-da lembrar que na Europa, há diver-sos povos muçulmanos, como é o caso dos Albaneses, dos Bósnios, dos Chechenos. Além disso, há muitos imigrantes muçulmanos em países como França, Alemanha e Inglaterra. Agora sabemos que nem todo mu-çulmano é árabe. No entanto, todo árabe é muçulma-no? A resposta para essa pergunta é não. Apesar de a maioria dos povos árabes professarem o islamismo, há o caso do Líbano e da Síria, que apesar de serem países árabes – já que têm o árabe como língua oficial – e terem a maior parte de suas

populações seguidoras do Islamis-mo, os dois países possuem uma expressiva parcela de sua popula-ção que é adepta do Cristianismo. Ou seja, nesses países existem muitos árabes que não são muçul-manos, já que não seguem o Isla-mismo. Você já sabe, então, que islâmico e muçulmano são palavras sinônimas, mas que, apesar de estarem associ-adas ao termo árabe, não têm o mesmo significado. Caso você te-nha alguma dúvida se determinado povo é ou não árabe, confira em um Atlas Geográfico a língua que eles falam e você terá a resposta. Vale lembrar ainda que no Brasil, há o costume de referir-se aos imigran-tes árabes em geral como turcos, no entanto, isso é um equívoco, uma vez que, como já dissemos, os turcos são muçulmanos mas não são árabes, uma vez que não falam a língua árabe. Esse equívoco se deu porque quan-do os primeiros imigrantes vindos da Síria e do Líbano, países árabes, chegaram ao Brasil, esses países estavam sob o domínio do Império Turco-Otomano e, portanto esses imigrantes entravam no Brasil regis-trados como turcos, por isso então se criou o costume de referir-se a todos esses imigrantes como tur-cos. No entanto, hoje esses países são independentes, e devemos desfazer esse equívoco, lembrando que um libanês não deve ser chamado de turco, por tratar-se de povos distin-tos. Autor: Filipe de Sousa

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Abril 2012 Gazeta Valeparaibana Página 05

Sala de aula - maternal

Projeto: ”Ciranda do livro” A leitura é um hábito que se cria desde a infância. O hábito de ler, além de melhorar a oralida-de nos pequenos, permite que estes cri-em e imaginem situa-ções através das a-

venturas trazidas nos livros. Este projeto tem por objetivo estimular o gosto da leitura pelas crianças e in-centivar pais e mães a lerem com seus filhos criando nos pequenos um com-portamento leitor. Diariamente, as professoras fazem a leitura fruição para seus alunos e na sexta-feira feira todos os alunos levam um livro para casa com o intuito de pro-mover a leitura em família, sendo que, a cada sexta-feira um aluno levará um Kit leitura, que contém uma sacolinha com um livro, um caderno viajante e um ta-petinho. Material: • Livro • Caderno viajante • Tapetinho • Sacolinha O livro deve estar ao alcance da crian-ça para que ela escolha o livro que quer levar para casa. O caderno viajante tem por objetivo registrar os comentários feitos por todos que participaram da leitura e/ou dos responsáveis. O tapetinho entra como um símbolo do momento de reunião e aconchego para a criança e propõe que se procure na casa um cantinho para colocá-lo e da-rem início à leitura. A sacolinha serve para reunir os mate-riais a “Ciranda do livro”.

Francisca Alves Professora Coordenadora Pedagógica

A História do Lápis

O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura perguntou: -Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? -E, por acaso, é uma história sobre mim? A avó parou a carta, sorriu, e comen-

tou com o neto: -Estou escrevendo sobre você, é ver-dade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse. O menino olhou para o lápis, intriga-do, e não viu nada de especial. E dis-se: -Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida! No entanto, a avó respondeu: - Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades

nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo: Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esque-cer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Essa mão nós cha-mamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade. 'Segunda qualidade: de vez em quan-do eu preciso parar o que estou es-crevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas do-res, porque elas o farão ser uma pes-soa melhor. Terceira qualidade: o lápis sempre

permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça. Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você. Finalmente, a quinta qualidade do lá-pis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação. Fonte: http://www.clubedoprofessor.com.br/mensagem/index.html

Utilidade Pública

www.culturaonlinebr.org

NOVO PROCON

"PROCON é coisa do passado. A Revista Exame traz uma re-portagem sobre um site chama-do "Reclame Aqui". A ideia é que seja um mural (ESPÉCIE DE MURO DAS LA-MENTAÇÕES) onde as pessoas expõem suas queixas sobre serviços ou produtos, visível a todos que acessarem o site. O interessante é que, sem buro-cracia, os problemas são solu-cionados com mais rapidez. Quando um consumidor recla-ma de um produto de alguma empresa, essa empresa recebe um e-mail dessa queixa.

E como a empresa preza por sua imagem, ela tende a ser eficiente na solução, que será aberta ao público.

O que tem dado muito certo, já que 70% dos casos são resolvi-dos! E o tempo médio é de me-nos de uma semana, diferente do PROCON que tem a média em 120 dias.

Acesse: www.reclameaqui.com.br

A lição da borboleta

Um dia, uma pequena abertura apareceu em um casulo. Um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer

com que seu corpo passasse através d a q u e l e p e q u e n o b u r a c o . Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso.

Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais. O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o res-tante do casulo. A borboleta então saiu facilmente.

Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a bor-boleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo que iria se afirmar com o tempo.

Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o res-to da sua vida rastejando com um cor-po murcho e asas encolhidas. Ela nun-ca foi capaz de voar.

O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo com que Deus fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de modo que ela estaria pronta para voar uma vez que estives-se livre do casulo. Algumas vezes, o esforço é justamen-te o que precisamos em nossa vidas. Se Deus nos permitisse passar atra-vés de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos deixaria aleijados.

Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca pode-ríamos voar... Autor: Desconhecido

PAIS EDUCADORES

1) Atualizem -se e estudem com seus filhos. Estimulem-nos a ter seu horá-rio de estudo em casa. A ter disciplina. 2) Perguntem

sempre: o que vocês aprenderam na escola, hoje? Seu filho(a) vai ter que prestar atenção e cumprir com as tare-fas escolares para responder, isto vai ajudá-los a não participarem de confu-são. 3) Dê o exemplo. Mostrem como é legal ler e estudar. Leiam o que eles lêem na escola. 4) Leiam para eles. Esse simples ato evitará a dificuldade de quem ainda está aprendendo a ler. 5 ) Descubram se seus filhos tem algu-ma dificuldade de relacionamento na escola. Incentivem- nos a ser simpáti-cos, fazer amigos, admirar seus pro-fessores, aprender a valorizar um pro-fissional. 6 ) Vão a todas as reuniões de pais e mestres. Participem e dêem a sua opi-nião. 7) Informem -se sobre os problemas da escola: há professores que faltam demais? 8 ) Façam elogios sinceros e reconhe-çam o potencial de seu filho ou filha. 9 ) Jamais permitam que os filhos a-bandonem os estudos ou faltem às aulas sem precisar. 10) Acompanhem a ficha avaliativa dos filhos e comemorem os avanços! O importante é que eles se sintam va-lorizados. 11) Conversem com os dirigentes es-colares e participem do Conselho Es-colar. 12) Dar uma Educação de Qualidade, para cobrar uma educação de qualida-de da escola, isto é papel dos pais. Fonte: http://amagiadeeducar.spaceblog.com.

Diga não ao consumismo

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Abril 2012 Gazeta Valeparaibana Página 06

Saúde no Brasil BRASIL

DÍVIDAS SOCIAIS HISTÓRICAS

Falar-se em Saúde, Educação e Se-gurança no Brasil, é falar em defici-ência e mau uso administrativo dos recursos públicos. O que estamos assistindo é a retóri-ca e falácias no que tange a serviços públicos. Na verdade o que se vê é a mercanti-lização destes serviços para quem pode pagar e, o faz de conta que se faz no que tange aos mesmos, para a comunidade que não pode pagar. Todos os anos a igreja católica no tempo da quaresma lança uma cam-panha conhecida como Campanha da Fraternidade, onde sempre abor-da temas ligados a problemas en-frentados pela grande maioria, quan-do não, pela totalidade da população, tentando sensibilizar a todos para que se possa dar alguma contribui-ção. O tema do ano 2012 é “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a Terra”. Não deixa de ser uma forma de sen-sibilizar as autoridades por um lado, mas por outro este tipo de campanha

pouco tem mostrado de resultados concretos. Não é novidade para ninguém o caos histórico, antigo e atual, como o Bra-sil trata a saúde pública. O que é preconizado pelo MS (Ministério da Saúde) e a legislação para atenção a saúde básica do SUS é muito bonito e se funcio-nasse seria quase que simplesmen-te impecável digno de serviço de pri-meiro mundo. Muitos afirmam que é o projeto mais bem formulado, no que tange a saúde pública, no mun-do. Mas, a realidade passa muito longe do que vemos no papel e na retórica. Infelizmente o que constatamos é que é um sistema que funciona muito aquém do que se possa falar de efici-ência e isso na grande maioria dos Municípios, muitos deles falidos e sem possibilidades de o implantar. Como exemplo pode-se enunciar di-versos projetos na área de saúde,

começando pelo programa ”Estratégias da Saúde da Família”. Aqui nos deparamos com um projeto bem estruturado no papel, mas que na maioria dos Municípios ou está implantado de forma deficiente, ou então nem implantado, não contando com o mais importante. Médicos. Outro programa como o Hiperdia (acompanhamento de hipertensos e diabéticos) sem funcionar nos mol-des do estruturado; Outros programas como o de incenti-vo ao combate do tabagismo e outros tipos de drogas incluindo o alcoolis-mo sem nenhum profissional capaci-tado para fazer o programa gerar re-sultados.

No caso da odontologia, encontra-mos equipamentos odontológicos obsoletos, locais totalmente insalu-bres e outras incontáveis deficiên-cias já na atenção primária e isso na maioria do municípios brasileiros. Dos outros setores da saúde, como UBs, Unidades de pronto atendimen-to e hospitais, a mídia convencional nos dá fartos exemplos de descom-promisso e de ineficiência. A idéia seria investir na prevenção. Sabe-se que, deixar a população a-doecer onera muito mais os cofres públicos. No entanto os maiores in-vestimentos que se vêm são em O-bras de construção e reforma. Aliás, todo o mundo sabe que político ado-ra obras. Mas, coisas simples com saneamen-to básico e atendimento preventivo nas UBs, que funcionassem, seriam uma boa forma de prevenir e ao mes-mo tempo desonerar no processo de cura, que como todos sabem é bem mais oneroso. Estamos vivendo uma época onde retrocedemos em muitos aspectos; doenças erradicadas votando a ma-tar e doenças novas aparecendo e ceifando milhares de seres humanos. A falta de unidades de saúde estru-turadas, de profissionais qualificados, de incentivo financeiro a esses profis-sionais; a falta de sensibilização e responsabilidade de alguns dos ges-tores, aliada à deficiência na medica-lização e enfim o não cumprimento dos princípios básicos do SUS tem vindo a manter este caos no que tan-ge a serviços públicos. Com isso, to-das estas deficiências, deixam os mais necessitados absolutamente

fora do contexto de qualidade de a-tendimento efetivo, o qual somente se dá no papel e na retórica. Com freqüência assistimos nos tele-jornais inúmeras mortes pela falta de atendimento médico frente a uma emergência. Às vezes negligência por falta de profissionais qualificados e comprometidos e em outras vezes em virtude da precariedade das uni-dades de atendimento, falta de leitos, de condições de salubridade, etc. Como se não bastasse o Governo Federal já no início deste ano, cortou dessa mesma saúde “doente” R$5,4 bilhões para pagar divida pública. Não sabemos onde iremos parar. Em qual buraco nos estamos metendo. Somente esperamos que o fundo do poço não seja raso. Por isso que campanhas como essa da fraternidade, aliadas a uma verda-deira ação cidadã e isso depende de todos nós cidadãos, podem vir a con-tribuir de alguma forma para a solu-ção destes e de outros problemas com que nos deparamos em nosso dia a dia. Não nos conformando ou aceitando, mas exigindo o que na verdade nos é de direito. Para isso, temos de passar da retóri-ca á ação, ou então cairemos no mesmo erro dos Governos, onde qualidade na Educação, na Saúde e na Segurança, são meras propagan-das e bordões de palanques eleito-rais. Filipe de Sousa Colaboração: Flavia Rodrigues Cirurgiã Dentista e Coordenadora do Projeto Saúde na Família

Saúde e religião A parceria entre saúde e religião é antiga e muito anterior às religi-osidades presen-tes na contempo-raneidade. Ela não é exclusi-vidade de uma

única religião, embora ocorra com muita evidência no cristianismo. A maioria dos hospitais que costumamos frequentar ainda mantém uma capela, lugar sagrado onde os doentes ou as pessoas que por eles intercedem pos-sam se dirigir, quando a medicina atinge seu limite de eficiência. A ancestralidade da relação ente saúde e religiosidade podem ser percebidas pelo versículo profético que motiva os debates sobre a saúde pública na Cam-panha da Fraternidade/2012 da CNBB. O fragmento retirado de um livro do Anti-go Testamento, considerado por muitos cristãos como apócrifo, mas não de me-nor importância, possivelmente tenha

sido escrito entre os anos 190 e 180 a.C. Costuma-se viver um quadro caótico em relação à saúde púbica no Brasil. E mesmo os que têm condições de man-ter um plano de saúde particular, costu-mam com frequência se deparar com descasos e problemas. A mercantilização da saúde é uma das invenções mais cruéis do ser humano. E além da perversidade que ela costuma carregar, consegue ainda passar a ideia de que é possível manter para sempre a vida por aqui. Em texto publicado pelo Correio da Cidadania (1º/03/2012), Frei Betto levanta algumas questões para a reflexão as quais nos reportaremos em parte. No que tange à saúde dos brasileiros, após destacar um quadro onde esta evo-luiu positivamente, como a longevidade, por exemplo, constatam-se alguns as-pectos preocupantes. O consumismo e a falta de educação nutricional mudaram o padrão físico do brasileiro. O excesso de peso ou sobre-peso e a obesidade explodiram. Segun-

do o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009, o sobrepe-so atingiu mais de 30% das crianças en-tre cinco e nove anos de idade; cerca de 20% da população entre dez e 19 anos; 48% das mulheres; 50,1% dos homens acima de 20 anos. Em suma, 48,1% da população brasileira estão acima do pe-so e 15% são obesos. Trata-se de verdadeira epidemia. Desde 2003, a Pesquisa Orçamentária Familiar (POF) indica que as famílias estão subs-tituindo a alimentação tradicional na dieta do brasileiro (arroz, feijão, hortaliças) pela industrializada, mais calórica e me-nos nutritiva, com reflexos no equilíbrio do organismo, podendo resultar em en-fermidades como o descontrole da pres-são arterial e o diabetes. Além disso, os investimentos públicos em saúde no Brasil, quando não manipu-lados, se comparados a outros países, ainda são modestos. O Brasil conta com mais de 192 milhões de habitantes e 5.565 municípios. Entretanto, vários municípios, principal-mente das regiões Norte, Nordeste e

Centro Oeste, não dispõem de profissio-nais de saúde para os cuidados básicos, sendo que, em centenas deles, não há médicos para atendimento diário à popu-lação. Cerca de 150 (78% da população) milhões de brasileiros dependem do Sis-tema Único de Saúde (SUS) para ter a-cesso aos serviços de saúde. Por outro lado, é estranho constatar que em Mare-chal Cândido Rondon, município de des-taque no cenário paranaense, o atendi-mento local pelo SUS simplesmente te-nha deixado de existir. Frei Betto conclui sua reflexão buscando na inspiração bíblica outro fragmento que, na ressemantização, volta-se para a relação transcendental entre saúde e religião, mas que também denuncia as distorções que persistem: “Vim para que todos tenham vida e vida em abundân-cia” (Jo. 10: 10). Na visão do religioso, uma nação saudá-vel estaria na dependência da pressão social e de um voto de cidadania ainda não plenamente exercido. Autor: Tarcísio Vanderlinde

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Abril 2012 Gazeta Valeparaibana Página 07

Ética e Educação

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A educação é um processo que se inicia na família e passa pela escola formal, desde a alfabetização.

Segue nos demais níveis de ensino, até onde for o educando. A ética a-companha o ser desde o berço, pas-sando pela alfabetização e seguindo-o em todas as etapas do processo educacional.

Mas que ética?

Ética, segundo definem inúmeros di-cionaristas, deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pesso-a).

Assim, ética pode ser definida com um conjunto de valores morais e prin-cípios que norteiam a conduta huma-na na sociedade.

Esse “conjunto de valores morais e princípios” estão, portanto, relaciona-dos a inúmeros fatores, que mudam de acordo com os valores e princípios de cada civilização, povo, nação, tri-bo. Entram nessa composição, ainda, ou-tros fatores imponderáveis.

A educação, em todos os níveis, é conduzida por processos que variam em função das leis e dos valores e princípios de cada país, nação ou co-munidade.

Educação e ética são, portanto, ques-tões que sofrem, no mínimo, a influên-cia das condições sociais e econômi-cas, locais e regionais.

Dois temas fáceis de serem definidos, mas de difícil promoção. No lar, na escola, no trabalho, no lazer, na soci-edade. Em qualquer situação, lugar ou momento.

Ética e educação não podem, contu-do, caminhar dissociadas. Não há éti-ca sem educação. Não há educação sem ética.

Educadores e educandos, famílias e governantes têm desafios em relação a tema tão delicado, polêmico e, ao mesmo tempo, indispensável para a boa convivência, para a paz, a frater-nidade. Especialmente, em tempos de violência gratuita, no lar e na escola.

Mas não existe um valor ético univer-sal?

Creio que, pelo menos para os cris-tãos, existe. Qual seria?

O líder de todos os cristãos – Jesus de Nazaré –, não importa a denomi-nação religiosa, deixou uma orienta-ção para todos os seus seguidores, que pode ser traduzida em linguagem comum para “não fazer aos outros o que você não gostaria que fizessem a você”.

Todavia, essa orientação aparece, em todas as religiões ou seitas ocidentais e orientais, com mais ou menos o mesmo mandamento.

Está, também, na Bíblia.

Caso tenhamos – educadores e edu-candos – condições de internalizar e viver essa orientação ética universal, todos ganharemos, vivendo em ambi-entes mais fraternos e menos compe-titivos.

Por que não tentarmos?

Autor: prof. Paulo Cardim

O Professor e a Educação Falar sobre educação no Brasil é tocar em um assunto muito com-plexo e delicado. Não pode haver desenvolvimento de um país se não houver investimento em edu-cação. Mudam os governos e a educação continua não sendo prio-ridade. Tivemos alguns avanços: o ín-dice de analfabetismo caiu, alguns programas foram criados, como o bolsa educação, EJA (Educação de Jovens e Adultos ) e outros, mas ainda há muito a ser feito para melhorar a qualidade do ensino brasileiro. Parece que virou moda jogar toda a responsabilidade do que acontece no ensino em cima dos professores. O índice de repro-vação diminuiu, mas ainda é preo-cupante, a evasão escolar, o baixo rendimento dos alunos, as escolas sucateadas, a falta de materiais didáticos, de funcionários, de do-centes, os baixos salários dos pro-fessores, retratam a nossa realida-de. Qualificar e dar ênfase a forma-ção do docente é uma medida de fundamental importância para me-lhorar a qualidade da educação no Brasil. Bons salários, planos de carreira, investir em cursos de ca-pacitação para professores, é con-dição fundamental para o avanço nessa área, valorizar o trabalho dos professores, essa deveria ser uma das metas do governo. A Edu-cação de qualidade está direta-mente ligada ao desenvolvimento econômico, precisamos de pesso-as qualificadas para preencher as vagas de um mercado de trabalho cada vez mais exigente, e isso não se consegue com um ensino de baixa qualidade. Mais instrução, melhor salário, e consequentemen-te isso irá se refletir em uma me-lhor qualidade de vida. Valorizar o docente, melhorar a qualidade e a eficiência do ensi-no, fazer o uso correto dos recur-sos públicos, integrar os governos regionais, estaduais e municipais em prol da educação, um trabalho e um longo caminho a percorrer. Não achar que a educação vai re-solver todos os problemas do país, mas ter a consciência que o desen-volvimento de uma nação passa por ela, e que os professores não podem ser responsabilizados por todo esse descaso com que esse tema é tratado em nosso país. Autor: Mari Freitas

Laicidade Educadores e

responsabilidade política Numa escola de educação infantil, uma criança de 5 anos foge ao ouvir o som do berimbau numa roda de capo-eira; ela explica ao professor que a-quilo "era coisa do demônio". A diretora da escola coloca um crucifi-xo e a Bíblia ao lado do livro de ponto e só os retira quando uma professora ameaça trazer seus guias e orixás (com ironia, argumenta: "se não é lai-ca, que seja ecumênica!"). Numa escola de ensino médio um pastor alerta o professor de português que seus alunos não deveriam ler O cortiço , por ser uma obra "imoral". Essas histórias, todas relatadas por professores comprometidos com os ideais republicanos de uma escola laica, são versões contemporâneas do persistente conflito entre as esfe-ras religiosa e secular na luta pelo es-tabelecimento do campo de legitimi-dade das práticas e dos princípios de ação educativa. Em sua imagem clássica esse conflito tomava a forma de um duelo entre forças de inspiração iluminista e o cle-ro conservador, como na cena do fil-me A língua das mariposas em que o pároco discute com o mestre-escola acerca das transformações que a ex-periência escolar produzira no garoto Moncho. Mas nas escolas brasileiras

de hoje o conflito tem apresentado uma peculiaridade: não é um embate entre instituições sociais em antago-nismo, mas uma cisão profunda den-tro da própria escola. Embora o dis-curso legal afirme o caráter laico da escola pública, seu cotidiano está im-pregnado de religiosidade. Preces di-árias, hinos eclesiásticos em cerimô-nias de formatura e uma pregação moral de natureza religiosa parecem ser tão recorrentes no cotidiano esco-lar quanto os ditados, mapas, filas, cadernos e diários de classe. Como compreender essa indistinção entre os domínios da religião - moderna-mente concebida como uma decisão do âmbito privado - e o da formação escolar numa instituição pública? O crescimento da presença social e política das diversas religiões pente-costais não pode ser ignorado, mas não é por si só capaz de explicar a peculiaridade do fenômeno. Há o fato inegável de que tanto o Estado quan-to setores significativos da sociedade esperam que, para além de informar e capacitar crianças e jovens, as esco-las venham a conformá-los moralmen-te; que logrem levá-los a agir em con-formidade com certos modelos morais ideais. Essa esperada conformação moral pode encontrar fundamento em doutri-nas religiosas ou formas de vida políti-ca, em juízos estéticos ou numa tradi-ção cultural. Pode recorrer a vários desses elementos, amalgamando-os num discurso escolar que se crê ca-

paz de fundir a todos e harmonizá-los, como se convergissem necessaria-mente para o mesmo ideal. Ocorre, no entanto, que a formação de um bom cristão não coincide com a de um cidadão ativo; e não é certo que este resultará num patriota... Por ve-zes, o Deus de um pode ser o demô-nio do outro! Não obstante, muitos docentes po-dem de fato crer que contribuem para a formação ética de seus alunos ao lhes ensinar orações ou ao difundir preceitos de sua fé religiosa. Ao as-sim fazer, contudo, violam um princí-pio ético-político fundamental da es-cola pública moderna: o da laicidade. Princípio este que não faz da escola uma instituição antirreligiosa. Apenas procura garantir que a esco-lha de uma religião - ou de nenhuma - seja uma decisão privada e autôno-ma; e como tal respeitada por uma instituição pública. Mas os professores, além de profis-sionais da educação, são homens ou mulheres, torcem para um time, vo-tam em um partido, são fiéis de uma igreja. Deles não se deve esperar que es-condam sua marca singular e pesso-al; mas tampouco que venham a faltar para com a responsabilidade política decorrente de seu pertencimento a uma instituição pública. Autor: José Sérgio Fonseca de Carvalho Doutor em filosofia da educação pela Feusp

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Abril 2012 Gazeta Valeparaibana Página 8

Piauí (PI)

Resumo:

Situa-se a noroeste da região Nor-deste, tendo como limites o Oceano Atlântico ao norte, Ceará e Pernam-buco a leste, Bahia ao sul e sudeste, Tocantins ao sudoeste e Maranhão a oeste e noroeste. A região do Piauí só começou a ser povoada no século XVII, quando os vaqueiros, vindos principalmente da Bahia, chegaram procurando pastos.

Seu ecossistema é semelhante o da Amazônia, com grande número de ilhas, lagoas, igarapés entre outros. A economia do estado é baseada no setor de serviços, na indústria (química, têxtil e de bebidas), na pe-cuária extensiva e agricultura (arroz, algodão, cana-de-açúcar, mandioca, soja).

No norte do estado, o turismo ganha destaque no litoral, nos municípios de Parnaíba e Luís Correia, assim como em parques nacionais, grande parte deles localizados no sul do es-tado.

O Piauí é uma das 27 unidades fede-rativas do Brasil. Está localizado a noroeste da região Nordeste e tem como limites o oceano Atlântico (N), Ceará e Pernambuco (L), Bahia (S e SE), Tocantins (SO) e Maranhão (O e NO). Ocupa uma área de 251 529 km²[6] (pouco maior que o Reino Unido) e tem 3 032 421 habitantes. Sua capi-tal é a cidade de Teresina.

As cidades mais populosas são Tere-sina (802 537 hab), Parnaíba (146 059 hab), Picos (73 021 hab), Piripiri (62 107 hab), Floriano (57 968 hab), Campo Maior (46 068 hab), Barras (44 913 hab), União (43 135 hab), Altos (39 735 hab) e São Miguel do Tapuio (37 850).

O relevo é moderado e a topografia regular, com mais de 53% abaixo dos trezentos metros. Parnaíba, Poti, Ca-nindé, Piauí e Gurguéia são os rios principais.

O topônimo "Piauí" veio da língua tupi, na qual significa "rio das pia-bas".

História Pré-História

No Piauí, há vestígios da presença

do homem americano que datam até 50 000 anos. Estes estão presentes no Parque Nacional da Serra da Ca-pivara, na Serra das Confusões e em Sete Cidades. O Parque Nacional da Serra da Capivara é, sem dúvida, o mais importante. Lá, foram encontra-dos a cerâmica mais velha das Amé-ricas, um bloco de tinta de 10 000 anos, fósseis humanos e animais, pinturas rupestres e outros artefatos antigos.

A Serra da Capivara foi descoberta por caçadores nas proximidades da cidade-sede: São Raimundo Nonato, os quais, sem saber de que se trata-vam as pinturas rupestres, chama-ram o prefeito que, surpreso, tirou fotos. Seis anos depois, em uma con-ferência em São Paulo, o mesmo prefeito, coincidentemente encontrou Niède Guidon. Ele mostrou as fotos à pesquisadora, que tanto se interes-sou, o que levou a se mudar para a Serra, onde ainda reside, fazendo pesquisas. Economia do Piauí antes da

Independência Antes da independência do Piauí de Portugal, a sua economia se baseava na criação de gado, no cultivo do al-godão, que era considerado o melhor do Brasil, na cana-de-açúcar, no fu-mo, entre outros.

Independência de Portugal

Com a independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, algumas pro-víncias continuaram como colônias portuguesas, dentre elas, o Piauí.

Com medo de perder a província do Piauí, a coroa portuguesa mandou a Oeiras, que era a capital da provín-cia, o brigadeiro João José da Cunha Fidié, que comandava uma tropa mili-tar, a fim de manter o Piauí como co-lônia portuguesa.

Em 19 de outubro de 1822, a Câma-ra Provincial de Parnaíba declarou a independência de Parnaíba. Para conter os revoltosos, Fidié e sua tro-pa militar foram a Parnaíba, onde fi-caram por quase dois meses e de-pois voltaram a Oeiras.

Na volta para a capital, ao passar por Piracuruca, viram que a cidade esta-va deserta. Isso serviu de sinal para o que aconteceu mais adiante: em Campo Maior, nas proximidades do Riacho do Jenipapo, houve um con-fronto entre portugueses e piauien-ses, onde os portugueses possuíam armas avançadas, munição e alimen-to garantido, mas os piauienses ti-nham apenas equipamentos rudi-mentares.

Essa batalha foi chamada de Batalha do Jenipapo. Com o fim desta, os piauienses que sobreviveram rouba-

ram toda a munição e alimento dos portugueses que, desesperados, fo-ram para União e, de lá para Caxias, no Maranhão, onde foram presos por Manoel de Sousa Martins. Fidié ficou preso em Oeiras por três meses. De lá, foi mandado ao Rio de Janeiro e, depois, a Lisboa.

Colonização

No começo do século XVII, fazendei-ros da região do rio São Francisco procuravam expandir suas criações de gado. Os vaqueiros, vindos princi-palmente da Bahia, chegaram procu-rando pastos e passaram a ocupar as terras ao lado do rio Gurgueia. Em 1718, o território, até então sob a ju-risdição da Bahia, passou para a do Maranhão. O capitão Domingos A-fonso Mafrense, ou capitão Domin-gos Sertão, como era conhecido, foi um dos sesmeiros que ocuparam es-sas terras; possuía trinta fazendas de gado e foi o mais alto colonizador da região, doando suas fazendas - após sua morte - aos padres jesuítas da Companhia de Jesus.

A contribuição dos padres jesuítas foi decisiva, principalmente no desenvol-vimento da pecuária, que, em mea-dos do século XVIII, atingiu seu au-ge. A região Nordeste, o Maranhão e as províncias do sul eram abasteci-das pelos rebanhos originários do Piauí até a expulsão dos jesuítas (período pombalino), quando as fa-zendas foram incorporadas à Coroa e entraram em declínio. Quanto à colonização, esta se deu do interior para o litoral.

Em 1811, o Piauí tornou-se uma ca-pitania independente. Após a inde-pendência do Brasil em 1822, algu-mas províncias continuaram sobre o poder de Portugal (entre essas, o Pi-auí). Portugal, com medo de perder essa província, mandou, de Oeiras à cidade de Parnaíba, tropas portugue-sas; o grupo recebeu adesões, mas acabou derrotado em 1823, por oca-sião da Batalha do Jenipapo, onde piauienses lutaram contra os portu-gueses com armas brancas em Cam-po Maior. A tropa de Fidié, capitão da tropa portuguesa, saiu enfraquecida e este acabou por ser preso em Caxi-as, no Maranhão. Alguns anos de-pois, movimentos revoltosos, como a Confederação do Equador e a Balai-ada, atingiram também o Piauí.

Em 1852, a capital foi transferida de Oeiras para Teresina, tendo início um período de crescimento econômico. A partir da proclamação da república brasileira (1889), o estado apresen-tou tranquilidade no terreno político, mas grandes dificuldades na área econômico-social.

A cidade de Floriano recebeu, a partir de 1889 um influxo migratório da Sí-ria que durou mais de cem anos, de

modo que essa etnia se faz assaz presente naquela cidade.

Em 1880, em troca do município de Crateús, a então Província do Ceará cedeu ao Piauí a cidade de Parnaíba, possibilitando ao estado a tão alme-jada saída para o mar.

Relevo

O relevo piauiense abrange planícies litorâneas e aluvionares, nas faixas das margens do rio Parnaíba e de seus afluentes, que permeiam a par-te central e norte do estado.

Ao longo das fronteiras com o Ceará, Pernambuco e Bahia, nas chapadas de Ibiapaba e do Araripe, a leste e da Tabatinga e Mangabeira, ao sul, en-contram-se as maiores altitudes da região, situadas em torno de nove-centos metros de altitude.

Entre essas zonas elevadas e o cur-so dos rios que permeiam o estado, como, por exemplo, o Gurgueia, o Fidalgo, o Uruçuí Preto e o Parnaíba, encontram-se formações tabulares, contornadas por escarpas íngremes, resultantes da áreas erosivas das águas.

Hidrografia

Enquanto quase todos os estados do Nordeste oriental contam com ape-nas um rio perene, o rio São Francis-co, com aproximadamente 1 800 qui-lômetros dentro de seus territórios, o Piauí conta com o rio Parnaíba e com alguns de seus afluentes, entre eles o Uruçuí Preto e o Gurgueia, que, somando-se seus cursos permanen-tes, ultrapassam 2 600 km de exten-são.

O estado conta ainda com lagoas de notável expressão, tais como a de Parnaguá, Buriti e Cajueiro, que vêm sendo aproveitadas em projetos de irrigação e abastecimento de água na região.

A perenidade dos rios piauienses, entretanto, encontra-se ameaçada. Os rios sofrem intenso processo de assoreamento, sempre crescente, em decorrência do desmatamento acentuado que ocorre no estado, principalmente nas nascentes e nas margens dos rios. Fonte: Wikipédia

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Abril 2012 Gazeta Valeparaibana Página 9

Economia Familiar

Uma semana de pastoral com emigrantes portugueses na região da Bretanha (França) trouxe algu-mas surpresas. Na região de Ren-nes, onde há umas duas mil famí-lias portuguesas, algumas mistas e de duas e três gerações, obser-va-se um movimento inovador nestas famílias mas ainda mais em várias dezenas de famílias francesas visitadas. São em número crescente as que estão a apostar na sua horta fami-liar, por vezes combinada com o pequeno pomar. A razão principal não exclui a poupança mas assen-ta na decisão de consumir produ-tos biológicos. Há uma vontade forte de se defenderem dos produ-tos químicos nocivos que avassa-lam muitos produtos do mercado. O responsável diocesano dos imi-grantes, a par da pastoral, tem de-senvolvido o alerta aos danos de muitos alimentos industriais das multinacionais e dá o exemplo com a sua mini-horta biológica. Na dinâmica da concorrência mui-tas empresas não hesitam em re-c o r r e r a q u í m i c o s q u e “artificializam” a rapidez do cresci-mento e o tamanho dos produtos para esmagar a concorrência es-magando igualmente a saúde dos consumidores. As hortas familiares não entram, porém, na luta pelos mercados. Vão-se constituindo grupos de vizi-nhos em círculos de alguns quilô-

metros que estabelecem contactos e trocam informalmente entre si os seus produtos, alguns também de animais criados de forma biológi-ca. Não circula dinheiro, só trocas de gêneros e de amizade. Estas trocas estendem-se ainda às se-mentes e às plantas de alfobre pa-ra transplantar, melhoradas e sele-cionadas por cada vizinho na sua horta. As pequenas hortas familia-res estendem-se a outras regiões da França. Vão alastrando nos seus variados efeitos. É ainda cedo para tirar conclusões: se é apenas mais u-ma onda ou se vai imprimir mu-danças socioeconômicas no futu-ro. Já é saudável comer favas, ra-banetes, cerejas, alface colhidos no dia ali ao lado na horta e pomar e ouvir: mais dois euros, mais três euros de poupança e menos “importação”, etc. Durante esses dias uma rádio francesa dava a notícia de que na Alemanha se estavam a constituir bolsas análogas de sementes e plantios dentro do mesmo espírito: produtos saudáveis e defesa con-tra as multinacionais que desde há decênios, de forma sistemática, se têm apoderado sub-repticiamente, do monopólio de sementes, não raro com falsas razões de que as suas sementes são “especiais”, têm esta e aquela propriedade ali-mentar apesar de não se poder fundamentar cientificamente essa afirmação e ser mais provável o contrário. O aspecto de economia doméstica deste sistema de produção familiar é igualmente importante porque reduz as importações da família e os respectivos gastos. Tratando-se simultaneamente de um hobi sem horários sobrecarregados e de um exercício físico saudável, só se contabilizam os benefícios para a

saúde e vida fora dos centros cita-dinos poluídos. São iniciativas fa-m i l i a r e s d e m i c r o -empreendimentos inteligentes pa-ra promover a saúde e indepen-dência familiar. Só é de esperar que as grandes empresas lucrati-vas não pressionem os poderes políticos para as sobrecarregarem de impostos e manterem a concor-rência. Há, porém, outras vantagens para a família. Os mais novos, de forma permanente ou por períodos, em vez de artificialismos, beneficiam no seu crescimento da pedagogia de realidade de trabalhar o solo, semear os grãozinhos, plantar ve-getais minúsculos e ter a experiên-cia de ver crescer as plantas a um ritmo natural, de as regar, de lim-par as ervas e, finalmente, de co-lher os frutos do trabalho. Ver que não há colheita sem se-menteira e cultivo (cultura) sem trabalho. Note-se que há grandes coincidências entre a desagrega-ção da família e a destruição da agricultura familiar: as crianças começaram a viver no irreal, as famílias tornaram-se “estéreis”, as crianças obesas, os jovens “poluíram-se” com tantos produtos inundados de conservantes, “tintas” de coloração, artificializa-das com açúcar e mil e um artifí-cios orientados para a manipula-ção e o lucro, para não falar da calamidade da droga. O fato de desenraizar as pessoas da cultura da terra reduziu a sua autonomia, tornou-as joguetes do artificial, dos cordeirinhos dos po-deres difusos e impessoais do lu-cro que as têm lançado em varia-das crises e novas escravaturas. Autor: Padre Aires Gameiro

Economia familiar e saúde

ATENÇÂO

A Gazeta Valeparaibana, um veículo de divulgação da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrati-vos, somente publica matérias, relevan-tes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de aulas, tais como: educação, cultura, tradições, história, meio ambiente e sustentabilida-de, responsabilidade social e ambiental, além da transmissão de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias sele-cionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conhecimento adqui-rido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, to-dos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhe-cedora de suas responsabilidades soci-ais.

No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes.

Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em contato.

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Abril 2012 Gazeta Valeparaibana Página 10

Meio Ambiente

Cidades vão ganhar 15% da área da Europa

até 2030

Cidades superpopulosas, como Xangai, na China, podem repre-sentar uma ameaça à sobrevivên-cia humana.

Com cada vez mais pessoas mo-rando em cidades, o espaço ocu-pado pelos centros urbanos deve ganhar uma área extra de 1,5 mi-lhão de quilômetros quadrados até 2030 – o equivalente a 15% do continente europeu ou aos territórios da Alemanha, Espanha e França somados – afirmou nes-sa terça-feira um grupo de espe-cialistas durante um evento sobre desenvolvimento sustentável em Londres, na Inglaterra.

A estimativa foi elaborada no ciclo de palestras da Planet Un-der Pressure, a última grande conferência sobre mudanças cli-máticas do mundo antes da Ri-o+20, que será realizada no iní-cio de junho no Rio de Janeiro.

Segundo os especialistas, o cres-cimento no número de pessoas vivendo em cidades deve elevar a pressão sobre o meio-ambiente, o que pode representar um risco à sobrevivência humana.

Eles acreditam, entretanto, que a urbanização é um "processo irre-versível" e defendem, por isso, que países e governos concen-trem esforços em mitigar os efei-tos negativos decorrentes do au-mento da população mundial, principalmente da que vive em

centros urbanos.

Mais cidades, mais problemas

A poluição é um dos inúmeros problemas que afetam os centros urbanos, como em São Paulo.

O número de centros urbanos acompanhou o aumento da popu-lação mundial. Há um século, a quantidade de cidades com mais de 1 milhão de habitantes não passava de 20; hoje, são mais de 450. Juntas, as zonas urbanas ocupam menos de 5% da superfí-cie da Terra, mas impõem inú-meros desafios, diz Michail Fragkias, professor de ciências da Universidade do Estado do Arizona.

"A maneira descontrolada como a expansão urbana está ocorren-do representa um sério risco à humanidade pelos problemas ambientais que ela provoca", a-firmou.

Fragkias, um dos 2.800 especia-listas que participaram do even-to, acredita, por outro lado, que cidades com alta densidade po-pulacional, mas estruturadas de forma inteligente, podem pavi-mentar um caminho promissor rumo ao desenvolvimento sus-tentável, inclusive, ao conceber novas soluções para os proble-mas ambientais.

Tal opinião, ainda que defendida por inúmeros especialistas, ainda enfrenta resistência de um grupo de acadêmicos e cientistas, para quem as cidades, por serem mais compactas, causam menos danos ao meio ambiente do que as zo-nas rurais, se levada em conta apenas a emissão de poluentes

por habitante das duas áreas.

Impacto ambiental

As cidades respondem, hoje, por 70% da emissão total de CO2 no mundo -- e essa proporção ainda tende a aumentar nos próximos anos. Em 1990, as áreas urbanas emitiam 15 bilhões de toneladas métricas de gás carbônico; em 2010, essa taxa passou para 25 bilhões podendo chegar a 36,5 bilhões em 2030, segundo esti-mativas mais recentes.

Para analistas, os governos deve-riam buscar meios para aumentar a qualidade da vida urbana, utili-zando, por exemplo, tecnologias que reduzam os engarrafamentos. Pesquisas apontam que só os congestionamentos custam, em média, de 1% a 3% do PIB mun-dial por ano - um problema não só causado pela poluição emitida dos carros, mas também pelo tempo que os motoristas perdem no trânsito.

"Temos, agora, uma oportunida-de única para planejar como en-frentaremos uma explosão da urbanização. Não podemos per-der essa chance", disse Roberto Sanchéz-Rodríguez, professor de ciências ambientais da Unidade da Califórnia, Riverside.

1 milhão por semana

Dados divulgados pela ONU em 2009 apontam que a população mundial deve saltar dos atuais 7 bilhões para 9 bilhões nas próxi-mas quatro décadas - um aumen-to de 1 milhão de pessoas por semana.

Tal crescimento ocorrerá, quase que integralmente, nas cidades, que devem receber outros 1 bi-lhão de novos moradores com a migração da população do campo para as áreas urbanas.

Segundo as Nações Unidas, o número de pessoas vivendo em cidades deve crescer de 3,5 bi-lhões em 2012 para 6,3 bilhões até 2050.

Fonte: BBC Brasil

TÉCNICA PARA NÃO RECEBER CORRESPONDÊNCIAS e TELEFONEMAS

INDESEJADOS Um editor de notícias da CBS nos brinda com es-sas preciosas dicas sobre como lidar com as agres-sões de marketing que nos bombardeiam todos os dias. 1) Um método que realmente funciona: Ao receber uma chamada de telemarketing oferecendo qual-quer coisa, diga apenas: - "Por favor, aguarde um momento...” Diga isso, deixe o fone sobre a mesa e vá cuidar de outras tarefas (ao invés de simplesmente desligar o telefone de imediato). Isso vai fazer com que cada chamada de telemar-keting que fizerem tenha uma duração muito longa, arruinando as metas do marqueteiro que lhe ligou. Periodicamente verifique se o marqueteiro ainda está na linha e reponha o fone no gancho somente após ter certeza de que ele desistiu e desligou. Isso dá uma lição de alto custo para esses intrusos. Se difundirmos esse método ajudaremos a eliminar ofertas indesejadas por telefone. 2) Alguma vez você já atendeu ao telefone, e pare-cia não haver ninguém do outro lado? Esta é uma técnica de telemarketing onde um siste-ma computadorizado faz a ligação e registra a hora em que a pessoa atendeu. Esta técnica é utilizada por marqueteiros para de-terminar a melhor hora do dia em que uma pessoa real deverá ligar, evitando assim que o "precioso" tempo de ligação deles venha a ser desperdiçado, c a s o v o c ê n ã o e s t e j a e m c a s a . Neste caso, ao receber este tipo de ligação, não desligue. Ao invés disso, pressione o botão "#" no seu telefone seis ou sete vezes seguidas, em rápi-da sucessão. Isso normalmente confunde o computador que dis-cou seu número, fazendo registrar que seu número é inválido, e eliminando seu número do banco de dados. Ah, que pena, eles não têm mais seu núme-ro para ligar de novo... 3) Propaganda inserida em suas contas recebidas pelo correio: Todos os meses recebemos propaganda indeseja-da inserida em nossas contas de telefone, luz, á-gua, cartões de crédito, e outros. Muitas vezes es-sas propagandas vêm com um envelope de respos-ta comercial, que "não precisa selar; o selo será pago por..." Insira nesses envelopes pré-pagos a propaganda recebida e coloque de volta no correio, COLOCAN-DO A PRÓPRIA COMPANHIA COMO DESTINA-TÁRIO. Caso queira preservar sua privacidade, remova qualquer coisa que possa identificá-lo antes de in-serir no envelope. Isso funciona excepcionalmente bem para ofertas de cartões, empréstimos, e outros itens "pré-aprovados" . Não jogue fora esses envelopes pré-pagos. Devolva-os com as propagandas recebidas. Faça essas companhias pagarem duas vezes pela propaganda enviada. Aproveite para inserir anúncios da pizzaria local, de lavanderias, supermercados, ou qualquer outro item i n o p o r t u n o q u e e s t e j a à m ã o . . . Algumas pessoas já estão praticando isso e devol-vendo esse lixo de volta a essas companhias. Mas, veja bem, temos que dar nosso recado. Precisamos ter números expressivos de pessoas aplicando es-sas técnicas eficazes de protesto.

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Abril 2012 Gazeta Valeparaibana Página 11

Educar

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Pêra, Uva, Maçã ou Salada Mista

A Educação é direito de todos, mas, a igualdade de condições para acesso e permanência na instituição escolar, bem como sua qualidade social, está longe de ser igualitária e efetiva, haja vista que este conceito perpassa por uma série de convicções, que nem sempre são leva-das em consideração, quando das dis-cussões e tentativas de solucionar essa constante “crise escolar”. Tendo como pressuposto uma educação igualitária e humanista, e considerando que somos seres humanos diferentes, construídos a partir de nosso conheci-mento, experiência cultural e histórica de mundo, a prática educativa, não poderia conceber uma ação pedagógica massifi-cada e descontextualizada, distante do ser que aprende, haja vista, os tempos de vida de cada individualidade para ca-da aprendizagem distinta. “Lamentavelmente, o ensino tradicional está amparado por pressupostos enga-nosos, que condicionam a natureza e a didática da ação pedagógica. Por des-considerar seus alunos conhecimentos, valores, linguagens e necessidades a escola impõe normas, comportamentos e conteúdos como se ela fosse a responsá-vel por todo o saber, a detentora da ver-dade única e indiscutível. Os educadores têm a pretensão de iniciar seus trabalhos pelo “marco supostamente zero de co-nhecimento”, a partir do que se planeja a evolução das atividades pedagógicas que, por sua vez, apenas pretendem cumprir o papel de” preencher cabeças vazias e ignorantes”, isto é, sem levar em consideração os processos cognitivos que se processam naquele que aprende”. (COLELLO, 2004, p.49) É comum nas ementas dos cursos de Pedagogia, aprendemos diversas teorias, metodologias e didáticas para que a atu-ação docente aconteça de forma plena e legítima. Na mesma medida, as chama-das teorias de aprendizagem são de su-ma importância porque possibilitam ao professor a utilização das ferramentas didáticas de forma consistente baseada em conhecimentos, incluindo da forma-ção da pessoa. As teorias de aprendizagem estabele-cem, portanto, a dinâmica do ensinar e aprender, partindo do reconhecimento da evolução cognitiva do homem e a relação entre o conhecimento pré-existente e um novo conhecimento. Estas teorias gera-ram na sua prática alguns paradigmas importantes, marcos do entendimento do sujeito, conhecimento este imprescindível

para que o educador tenha domínio do objeto ou "natureza" na qual se pretende intervir. É importante no processo educativo com-preender o modo como as pessoas a-prendem e as condições necessárias para a aprendizagem, bem como, identifi-car a função do professor neste contexto. Nesta medida, diversas correntes de pensamento advindos da Psicologia fo-ram definidas como “adequadas” como modelos educacionais, o que nem sem-pre na prática facilita os processos de ensino-aprendizagem, mas interferem de forma incisiva, na visão do professor em relação à forma que o aluno é constituído e constrói conhecimento. Vejamos alguns destes conceitos que mais influenciaram e ainda dão o tom da escola da contemporaneidade: A primeira delas é a corrente de pensamento empi-rista fundamentando-se no princípio de que o homem é considerado desde o seu nascimento como sendo uma “tabula ra-sa”, ou seja, uma folha de papel em bran-co, sendo nela importante, então, impri-mir experiências e conhecimentos de “disciplinas técnicas”. Para esta aborda-gem, o conhecimento é apenas uma có-pia de algo dado no mundo externo, ou seja, é uma “descoberta” e é nova para o sujeito que a faz, entendendo-se nessa relação, que o que foi descoberto já se encontrava presente na realidade exteri-or. Esta escola influenciou a metodologia conhecida como a “tradicional”, muito difundida nas escolas do nosso país. Com objetivo de fortalecer as estratégias da escola tradicional associou-se à ela a teoria associacionista/ behaviorista, ba-seada em reforços positivos e negativos a fim de alcançar comportamentos ade-quados para o desenvolvimento dos su-jeitos. Seu conceito passa pela ideia de que “o comportamento é compreendido para poder prevê-lo e se possível transformá-lo”, ou seja, todo e qualquer comporta-mento está limitado a uma seqüência de relações entre estímulos e respostas, podendo ser classificado como inato ou natural (invariável), adquirido ou aprendi-do (variável) e em respondente ou ope-rante. Para ela, o ensino está intrinsecamente associado à transmissão cultural, haja vista, a transmissão dos conhecimentos, bem como dos comportamentos: éticos, práticos e sociais. Segundo Mizukami, 1986 em “Ensino, as abordagens do pro-cesso, a educação tem como objetivo básico promover mudanças desejáveis no sujeito, portanto, essas mudanças, implicariam na aquisição de novos com-portamentos e também na modificação dos comportamentos já existentes", onde o professor é o detentor do saber e o aluno mero coadjuvante no processo en-sino-aprendizagem. Na contramão desta teoria surgiu um movimento de renovação do ensino, a Escola Nova, onde se propunha que a educação deveria deixar a visão única da transmissão de conhecimentos, onde a aquisição do conhecimento fosse um

produto mais centrado na experiência do aluno, do que apenas na propositura do “magister”. Lourenço Filho nos fala sobre a escola nova: "As classes deixariam de ser locais onde os alunos estivessem sempre em silêncio, ou sem qualquer comunicação entre si, para se tornarem pequenas soci-edades, que imprimissem nos alunos atitudes favoráveis ao trabalho em comu-nidade." (Lourenço Filho. Introdução ao estudo da Escola Nova. São Paulo: Me-lhoramentos, 1950. p. 133.) No Brasil, esta proposta oportunizou inclusive, a criação de uma “educação para todos”, a escola pública, como a conhecemos ho-je, a partir de um movimento do Educa-dor Anísio Teixeira. Anos depois, a partir de estudos e pes-quisas mais ampliadas na questão do estudo da mente e da inteligência huma-na no que se refere às construções e processo de representação mentais do sujeito, obteve-se uma noção mais ampla sobre o “funcionamento” biológico do processo de ensino-aprendizagem. Jean Piaget foi um dos pesquisadores referên-cia nesta área, conceituando a inteligên-cia, nesta perspectiva como “o equilíbrio entre o organismo e o meio” e para tanto, o autor considera este evento, através da interação entre dois processos denomi-nados por ele como: assimilação e aco-modação. Para ele, o individuo ao nascer não possuiria qualquer base fixa de co-nhecimento, apenas reflexas como suc-ção, por exemplo. No mesmo período, outro pesquisador o bielo-russo Lev Vygostsky, a partir de uma abordagem sócio–interacionista, pautou-se, na busca pela origem social da inteligência e no estudo dos proces-sos sócio-cognitivos de seu desenvolvi-mento. Para o psicólogo, o individuo é considerado um ser histórico–cultural, ou seja, suas conexões psicológicas superi-ores, são construídas ao longo da sua história social. Essa corrente está funda-mentada principalmente na relação entre a educação, a aprendizagem, o desen-volvimento, na função da mediação soci-al, na atividade psíquica intra-individuais e a passagem entre o “interpsíquico” pa-ra o “intrapsíquico” nas situações de co-municação social. Para Vygotsky, o de-senvolvimento é considerado como uma conseqüência da aprendizagem, ou seja, a partir das interações sociais, das trocas de cultura, vivência e aprendizagem en-tre os sujeitos é que se torna possível o desenvolvimento, ao contrário de se an-tecessor, Piaget (que considerava o de-senvolvimento da maturação cognitiva primordial para a aprendizagem). As pesquisas de Vygotsky o levaram a considerar que o sujeito não atua direto sobre o meio, se utilizando para esse fim de dois elementos de mediação: a Medi-ação por “Ferramenta” e por “Signos”. O elemento mediador por “signos” ou sím-bolos, tratam da relação entre as ações do sujeito, principalmente através da lin-guagem oral, (sistema de sinais). O sig-no atua sobre a interação do sujeito com o seu meio, favorecendo a aprendiza-gem, já que serve como condutora da

influência humana na resolução das ativi-dades a serem desempenhadas, provoca mudanças. A função do professor, nesta abordagem seria a de orientar de forma ativa e servir de guia para o aluno, de forma a oferecer apoio cognitivo. Em meio há tantas teorias, visões de su-jeito e possibilidades de entendimento dos processos educacionais, qual seria a melhor alternativa para uma educação consistente e efetiva? Nas minhas andanças por este mundão, nas escolas e universidades, esta é dis-cussão recorrente, haja vista a dificulda-de dos mesmos em colocar na prática essas fundamentações. Em muitos ca-sos, uma prática educativa fundamenta-da em um projeto de sujeito, na perspec-tiva de qual cidadão “queremos” formar, transformou-se em uma “mescla” de con-ceitos, ou mesmo, uma “salada mista” de teorias e práticas que não se conversam, e, por conseguinte, não tornam significa-tivo o aprendizado. Paulo Freire no livro “Conscientização” argumenta que “é importante preparar o homem por meio de uma educação au-têntica: uma educação que liberte, que não adapte, domestique ou subjugue”. Com certeza nos levando a uma pers-pectiva mais próxima da valorização his-tórica social dos sujeitos em construção. Isto nos convoca enquanto educadores e gestores educacionais uma revisão pro-funda dos sistemas e métodos, outrora estabelecidos, mas, inconsistente à cri-ança de hoje, haja vista os altos índices de analfabetismo funcional e defasagem idade-série notoriamente conhecidos por todos nós. Na mesma perspectiva da argumentação do educador Paulo Freire, supramencio-nada, podemos entender que uma con-cepção de educação para a contempora-neidade deve procurar entender o desen-volvimento do individuo de uma forma menos compartimentada, e mais integral, focadas nas dimensões físicas (corpóreas e cognitivas), bem como psi-cológica-afetiva. A visão de sujeito e a escolha da metodologia estão em nossas mãos, educadores e educadoras do nos-so país e não há possibilidade de esco-lha sem o conhecimento delas, em seu cerne, mas, após o movimento inicial, desta pesquisa e busca por sentido de qual caminho seguir, ou mesmo, antes de transformarmos os processos educati-vos num “tudo junto misturado”, sem sen-tido, tanto para o processo, quanto para o aluno, acredito existir uma questão nor-teadora que possibilite uma escolha mais coerente: Será que uma criança, que não é valorizada enquanto indivíduo no seu tempo de vida e aprendizagem, que não tem seu espaço e sua história de vida respeitada e inserida no contexto da a-prendizagem, terá a sua construção de conhecimento e desenvolvimento pesso-al privilegiados no seu processo de for-mação educativa formal? Pensemos! Autora: Yve de Oliveira Pedagoga, Palestrante e Coach Educacional e-mail: [email protected]

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Os professores e a Lei

CULTURAonline Brasil

Desde o final de 2011 que ouvimos falar em uma mobilização nacional para forçar os Estados, os Municípios e o Distrito Federal a cumprirem a Lei n. 11.738 de 2008 (chamada Lei do Piso) que institui nos seus oito artigos o piso salarial na-cional dos profissionais do magistério público da educação básica, a composi-ção da jornada de trabalho, reservando o limite máximo de 2/3 da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos e 1/3 em Aula de Trabalho Pedagógico Coletivo (ATPC) e Aula de Trabalho Pedagógico Livre (ATPL) e, também sobre o Plano de Carreira. Pois bem, desde 2008 que vem se travando a discussão sobre essa Lei, e pouquíssimos Sistemas de Ensino vem cumprindo-a integralmente. Alguns cumprem a parte do salário, outros cum-prem com o Plano de Carreira. Não co-nhecemos nenhum que cumprissem com as horas de atividade com alunos. O que nos chamou a atenção foi a au-sência desse debate desde que a Lei foi publicada em 2008. Nas escolas foram raras as oportunidades de discussão durante as Horas de Trabalho Pedagógi-co Coletivo (HTPC), agora denominadas ATPC. Nas redes sociais, também pouco se falou. Entretanto, há alguns meses esse debate ganhou espaço (nas redes sociais). Indiferentes a isso, continuamos sem debater esses assuntos nas esco-las. O tempo foi passando e a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhado-res em Educação) convocou uma parali-sação nacional para os dias 14, 15 e 16 de Março de 2012. Desde o início de 2012 que estamos acompanhando essa tentativa de mobilização. Independente-mente do corrente ano eleitoral e dos interesses políticos e, sobretudo partidá-rios que permeiam esse debate, gostarí-amos de centrar nosso foco sobre a figu-ra do professor e sua formação filosófica, ou política. Já faz algum tempo que as ciências hu-manas perderam sua função na educa-ção básica (se é que alguma vez, real-mente tiveram essa função) que é a de proporcionar ao aluno uma reflexão críti-ca e autônoma sobre os acontecimentos sociais. Com a expansão descontrolada e a monetarização desenfreada do ensi-no superior no Brasil as ciências huma-nas também perderam seus espaços (inclusive dentro dos próprios cursos de ciências humanas). É comum hoje verifi-car cursos de Pedagogia, Filosofia, His-tória, Geografia, Letras, Sociologia, entre outros, uma formação a “toque de caixa”,

sem que haja leituras essenciais para a formação deste profissional ou debates em torno das ideias centrais do seu ramo de atuação. Isso posto, é de se esperar que o futuro profissional não domine sua área de atuação e seja um trabalhador “meia boca”. Para deixar mais claro, é possível citar José Carlos Libâneo (Adeus Professor, Adeus Professora?

Novas exigências educacionais e profis-

são docente. Ed. Cortez, 1998) em que no terceiro capítulo o autor faz uma bri-lhante análise da desprofissionalização do docente, mediante o sistema neolibe-ral de ensino. Em que o professor é for-mado sem que haja condições deste par-tir para o mercado de trabalho plenamen-te qualificado e, sendo assim, também formará alunos sem qualificação. O que queremos discutir aqui é que os professores, diferentemente de outras categorias (tais como os metalúrgicos, os petroleiros, os mineradores, os caminho-neiros...) não sabem, ou não querem, brigar pelos seus direitos trabalhistas. Talvez a sensibilidade do professor dian-te do turbilhão de atividades e controvér-sias que permeiam seu trabalho tenha diminuído seu interesse em formar cida-dãos livres e conscientes do seu papel social. Entretanto, cabe outra citação. Desta vez, verificamos em Paulo Freire (Pedagogia do Oprimido. Ed. Paz e Ter-

ra, 1987) é dito que é preciso ensinar ao oprimido que ele o é, e portanto, a partir da sua consciência de oprimido adquiri-da, o mesmo tenha condições de eman-cipar-se intelectualmente. Pois bem, faz-se a questão: Como ensinar a um oprimi-do que ele o é, se o professor também o é e não sabe? Como criar uma sociedade emancipada e democrática se o professor, papel cen-tral neste processo, não é emancipado e muito menos democrático? Como formar um aluno crítico e consciente dos seus deveres e direitos se o professor também não tem consciência dos seus? As faculdades não proporcionam tal for-mação para seus alunos, por conta de um currículo enxuto, mensalidades bai-xas para atrair qualquer tipo de aluno-pagante, salas superlotadas (100 – 150 alunos, sem exagero), professores mal remunerados, e portanto, sobrecarrega-dos de aulas e sem estímulo para conti-nuarem sua formação (até porque se continuarem a formação se tornarão pro-fissionais mais caros), falta de pesquisa e publicações acadêmicas, cortes de custos a qualquer preço, a quantidade e o lucro em detrimento da qualidade do ensino, são alguns dos fatores que con-tribuem para o círculo vicioso, má forma-ção gerando má formação, ou seja, o professor mal formado no ensino básico, também é mal formado no ensino superi-or e vai contribuir com a má formação no ensino básico. Se formos analisar a situação sob esta ótica, veremos que os sindicatos e seus diretores, pessoas astutas e possuidores

de uma oratória invejada, utilizam-se deste círculo vicioso na razão direta dos seus interesses políticos-partidários, pois sabendo que o professorado é mal for-mado politicamente e também não cons-ciente da sua posição de formador de opinião, usam os mesmos como massa de manobra, assim como o governo, usa desse expediente para reforçar o círculo vicioso que resulta na má formação do aluno que por sua vez ao se formar nu-ma faculdade também terá grandes chances de ser um mal profissional. Tal situação, a má formação do profes-sor, foi no citada no “Jornal da Educa-ção” em sua edição on-line nos idos de 2007 onde é dito que os mestres e dou-tores, responsáveis pela formação dos profissionais da educação, deveriam as-sumir parte na responsabilidade da má formação dos alunos da educação bási-ca, pois eles tem participação nesse pro-cesso, haja visto que eles formam os professores. O mesmo jornal cita ainda a possibilidade, caso o governo fosse sério (adendo nosso), de que todos os profes-sores poderiam ser chamados a fazer atualizações e especializações GRÁTIS (grifo nosso). Impossível? Não nos pare-ce. Afinal seria uma bela demonstração de seriedade. Alguns, menos avisados, poderiam aventar de que o governo já proporciona bolsa mestrado e doutorado para os professores da rede. Mas, isso é em número reduzido e insignificante para uma rede de aproximadamente 200 mil profissionais da educação. É necessário mais, muito mais. Segundo Cunha (CUNHA, M. I. Aprendi-zagens significativas na formação inicial de professores: um estudo no espaço dos Cursos de Licenciatura. Artigo on line, disponível em: h t t p : / / 1 6 8 . 9 6 . 2 0 0 . 1 7 / a r / l i b r o s /anped/0425T.PDF), ”Não são os conteúdos ou as informa-ções que carregam as relações sociais que geram a reprodução social ou cultu-ral, mas a forma de transmissão, enten-dida como a teia de relações de poder e de subjetividade que a permeiam”. Daí deduz-se que o especialista recém-formado, muitas vezes, não detém a ca-pacidade necessária para a devida trans-missão do conhecimento adquirido. Ele é de fato um especialista em sua área, porém em um mundo globalizado e con-textualizado, como o de hoje, talvez fos-se necessária uma formação acadêmica global. Seria o professor do tipo “canivete suíço”. Como um professor desse naipe, provavelmente, custaria mais caro às universidades e faculdades elas acabam optando por aqueles que possuem o conteúdo, porém vazios de competência. Onde isso irá desembo-car? Claro, evidentemente na má forma-ção do aluno do Ensino Básico. Ainda referenciando Cunha, ”esse profis-

sional mal preparado vai encontrar difi-

culdade para se encaixar no mercado.

Vai, então, para a especialização na Pós

-Graduação. Escolhe uma área específi-

ca, forma-se, e vai dar aula. Seu método

será o mesmo utilizado pelo professor

que ele teve durante a graduação. E a

inovação? Sem ela, não há mudança.” De fato, como o professor ,durante a sua especialização, não inovou em nada, há de se entender que nada irá mudar e ele agora com diploma na mão irá ensinar exatamente aquilo que aprendeu e da forma que aprendeu. Faz-se necessária uma ruptura epistemológica que permita reconfigurar os conhecimentos para além das regularidades propostas pelo para-digma da modernidade. Percebemos então que, o balaio é muito maior do que imaginávamos inicialmente. Por fim, podemos concluir afirmando que há interesses por parte de alguns grupos sociais para que a formação inicial e con-tinuada do professor seja de baixa quali-dade. Há interesses políticos e econômi-cos evidentes para que a formação da educação básica seja de baixa qualida-de. Esses interesses partem de diversos lugares, tanto do Governo, quando dos sindicatos e das empresas que precisam de mão-de-obra semi qualificada e bara-ta. Para quebrar esse ciclo só existe um meio: Estudar. Amigo professor, é preci-so estudar mais!

Omar de Camargo Técnico Químico Professor em Química Pós-Graduado em Química [email protected]

Ivan Claudio Guedes Geógrafo e Pedagogo. Professor de Geografia na Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. Professor do curso de Pedagogia da Fa-culdade Método de São Paulo. Palestrante e consultor nas áreas de Meio Ambiente e Educação. [email protected]

FRASE DA SEMANA

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Abril 2012 Gazeta Valeparaibana Página 14

DROGAS - Interesses obscuros

DROGAS As drogas ilícitas são substâncias proibi-

das de serem produzidas, comercializadas e consumidas.

Em alguns países, determinadas drogas são permitidas sendo que seu uso é considerado normal e integrante da cultura. Tais substâncias podem ser estimulantes, depressivas ou perturbadoras do sistema ner-voso central, o que perceptivelmente altera em grande escala o organismo. São drogas ilícitas: maconha, cocaína, crack, ecstasy, LSD, ayse, inalantes, heroína, barbitúricos, morfina, skank, chá de cogume-lo, anfetaminas, clorofórmio, ópio e outras. Por serem proibidas, as drogas ilícitas entram no país de forma ilegal através do tráfico que promove a comercialização negra, ou seja, a comercialização feita sem a autorização das autoridades. Dentre as consequências que as drogas ilíci-tas trazem pode-se dar ênfase à violência gerada por elas em todas as fases de produ-ção até o consumidor final. As demais conse-quências são: arritmia cardíaca, trombose, AVC, necrose cerebral, insuficiência renal e cardíaca, depressão, disforia, alterações nas funções motoras, perda de memória, disfun-ções no sistema reprodutor e respiratório, câncer, espinhas, convulsões, desidratação, náuseas e exaustão. É importante esclarecer que a dependência das drogas é tratável, ou seja, através do au-xílio médico e familiar uma pessoa pode dei-xar o vício e voltar a ter uma vida normal sem que necessite depositar substâncias que criam falsas necessidades no organismo..

-------------------------------------------------- $ 352 Bilhões de dólares em Dinheiro da

Droga foram Injetados na Economia Mun-dial isso só no ano de 1998 para salvar

bancos da crise iniciada este ano.

Sem esse dinheiro, a economia global teria se desmoronado desde então e vários bancos na Europa e os EUA teriam ido à falência. Cartéis da Droga controlam o México. Estas estruturas criminosas são corporações transnacionais que produzem e distribuem drogas no México e desfrutam de seu reinado sem problema no país. O cartel Zetas é um fenômeno especial no México, porque foi literalmente criado e desenvolvido pelos ser-viços especiais dos EUA. A guerra contra as drogas é uma farsa. O dinheiro da droga é uma parte importante da economia global, e sem ele o mesmo colpasa-ría como um todo. Este grupo criminoso apareceu originalmente como uma estrutura militar. O grupo foi cria-do para apoiar as atividades do Cartel do Golfo. Durante a década de 1990, o Golfo atraiu militares e funcionários das unidades especiais da polícia no país: GAFE, ou Gru-po de Forças Especiais Aéreas, e BFP, a Bri-gada Aérea do Exército Mexicano. Todos os desertores, que compõem o coração de Los Zetas, foram treinados nas bases da CIA nos EUA, assim como na Escola da A-mérica do Sul (SOA) do Instituto do Hemis-fério Ocidental para Cooperação e a Seguran-ça. Os militares de elite do instituto foram envia-dos para os regimes sul-americanos controla-dos pelos EUA na América Latina, enfatizan-do a eliminação dos movimentos de guerrilha e a luta contra a distribuição de drogas. Os soldados das Forças Especiais da Guate-mala, também treinados pela CIA, se junta-ram ao grupo de ex-soldados mais tarde. De-pois que os EUA se livraram do traficante colombiano Pablo Escobar, a logística de carregamentos e mobilização de drogas mu-dou consideravelmente. Os mexicanos assumiram o grupo. Eles cos-tumavam enviar a cocaína colombiana para os Estados Unidos, mas depois eles começa-ram a ditar os termos aos fabricantes de dro-gas colombianos. Os cartéis estavam sendo desenvolvidos, mas

os líderes do negócio internacional de drogas não queriam se juntar em um supercartel ou aliança. Eventualmente eles decidiram usar um velho estilo de luta contra “os ratos a bordo.” Eles estabeleceram os “ratos come-dores”. Los Zetas, cujos membros foram treinados nos EUA em centros de operações de coman-dos, se tornaram esses ratos comedores que destruíram alguns dos cartéis e os restos da estrutura do Estado mexicano, como foi pedi-do pelo seu Mestre. Em 1999, após a captura do líder do Cartel do Golfo, os Zetas mostraram que eles eram capazes de gerenciar o negócio sozinho. En-tão, eles usaram métodos brutais para lutar com os seus concorrentes, decapitando pesso-as, deixando seus corpos desmembrados em locais públicos. O presidente mexicano, Felipe Calderón, á época, declarou guerra à máfia das drogas. Desde então, 45.000 pessoas morreram em confrontos entre cartéis mexicanos e tropas do governo. Outra guerra entre os Zetas e o cartel do Golfo começou no início de 2010 no norte do México. A estrutura dos Zetas é muito complicada. Eles dizem que o cartel tem vários níveis, mas praticamente representam diferentes formas das forças terrestres – o grupo de combate a cartéis. Eles são The Falcons (os Falcões) – pessoas locais que monitoram a situação nos territórios sob seu controle. O time é liderado pelos Cobras, que também são compostos por pessoas locais. Os chamados Novos Zetas são grupos milita-res de outros países como a Guatemala, que começaram a trabalhar para o cartel. Os Anti-gos Zetas são os que se juntaram da organiza-ção GAFE no final da década de 1990. Estes grupos formam o núcleo da organiza-ção. Há grupos especiais regionais, como o Scorpions, criados pelo comandante local do cartel. Mas, na verdade, a estrutura é muito mais complicada. É composta de vários gru-pos autônomos. A falha ou destruição de um desses grupos não afeta o trabalho de outros. “O dinheiro, honra e respeito são mais impor-tantes para nós. Dominamos o comércio de drogas, e pedimos as autoridades do México e os EUA para não colocar obstáculos no nosso negócio. Eles não serão capazes de destruí-lo por uma razão: Los Zetas sabem tudo sobre o trabalho da polícia e serviços especiais; mas os serviços especiais e polici-ais não sabem nada sobre as atividades de Los Zetas “, disse Arturo DeSena, um ex-tenente e fundador de Los Zetas. Parece que Washington não pode parar o negócio da droga, já que desestabilizaria o sistema financeiro dos Estados Unidos. O sistema depende de investimentos de vá-rios bilhões de dólares que se originam de cartéis de drogas ao redor do mundo. Antonio Maria Costa, diretor do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, disse que há vários anos os cartéis da droga salvaram vá-rios bancos durante a crise de 1998. Os maiores cartéis do mundo transferiram 352.000 milhões de dólares aos bancos du-rante o período mais duro da crise, disse o funcionário.

O produto do crime organizado foi o “único capital de investimento líquido”, disponível para alguns bancos que entrariam em colapso em 1998. “Empréstimos interbancários foram financiados pelo dinheiro que se originou do tráfico de drogas e outras atividades ilegais … Havia sinais de que alguns bancos foram resgatados dessa forma”, disse Costa ao Ob-servar em 2009. A maioria dos 352.000 mi-lhões de dólares da droga foram absorvidos pelo sistema econômico, disse ele. De acordo com Costa, os cartéis da droga salvaram bancos da Grã Bretanha, EUA,

Suíça e Itália. As drogas tornaram-se um desastre nacional nos Estados Unidos há muito tempo. Parece também que é uma boa maneira de controlar

a população. Até dez milhões de americanos usam cocaína regularmente (diariamente), de acordo com estatísticas oficiais. Até 40 milhões de pessoas usam cocaína com menor freqüência. Se esse consumo fosse bloqueado das pesso-as o país afundaria no caos.

DROGAS E A FAMÍLIA

É muito comum ouvirmos afirmações do tipo: Eu nunca pensei que isso fosse aconte-cer na minha família! É claro que ninguém espera, e muito menos deseja, que um membro da família, ou um amigo, venha a se envolver com drogas. Mas, infelizmente, isto pode acontecer. Prin-cipalmente com as proporções epidêmicas que o uso e o abuso das drogas vêm atingin-do no mundo inteiro, inclusive aqui. O problema, muitas vezes, começa na própria família, com drogas lícitas como o álcool, o cigarro, os medicamentos e outros produtos, que aparecem entre as principais causas de morte evitáveis. O combate pode ser feito por várias ações: a repressão ao tráfico, a redução da produção e, principalmente, pela prevenção, reduzindo o consumo e evitando que as pessoas comecem a consumir. É a ação mais eficaz, sem dúvida, e pode ser praticada por todos nós.

COMO AJUDAR OS FILHOS?

Afeto: Manifestações de carinho e amor são sempre bem vindas. Abrace, beije, incen-tive os filhos, mesmo em público. Fortaleça os vínculos entre os membros da família, incentivando o clima de afetividade, sinceri-dade e companheirismo entre todos. Ambiente: Reduza a influência negativa que possa vir de outros grupos. Faça com que o ambiente familiar seja atrativo e aconche-gante. Faça com que seu filho se sinta bem em sua própria casa. Diálogo: Ache tempo para conversas e consultas freqüentes sobre qualquer assunto. Reserve um tempo especial para cada mem-bro da família. Mantenha em casa um clima de diálogo franco e aberto. Converse com seus filhos sobre o consumo de álcool e de outras drogas, mas também sobre demais assuntos que fazem parte de seus interesses. Exemplo: Álcool e cigarro são drogas lícitas, mas evite consumi-las, se não quiser estimular os filhos a fazer o mesmo. Viva o que você recomenda aos seus filhos.

Mesmo que os contestem ou questionem, terão nos pais os melhores exemplos e guias. Liberdade: Mais autonomia significa mai-or capacidade de decisão. Incentive a respon-sabilidade de cada um. Respeite os valores e os sentimentos de seu filho. Evite criticá-lo o tempo todo. Modelo: Cuide para que a relação com os filhos seja fundamentada na confiança e no respeito. Isso cria um modelo de comporta-mento para eles. Os jovens precisam de bons modelos. Ocupação: Encoraje as atividades criati-vas e saudáveis de seus filhos, ajude-os a lidar com as pessoas de seu meio, motive-os a tomar decisões, ensine-os a assumir respon-sabilidades e estimule-os a desenvolver valo-res fortes e o senso crítico diante das mais diferentes situações, inclusive das drogas. Participação: Tome decisões em conjun-to, assim todos percebem que suas opiniões e pontos de vista são respeitados. Presença: Reforce as relações familiares, participe mais das atividades dos filhos. Cresça com seus filhos. Prevenção: Explique sempre aos filhos quais são os riscos do uso de drogas. Ensine-os a não experimentá-las. Princípios: Evidencie os princípios espiri-tuais, em contraposição aos valores materiais. Regras claras: Imponha limites. Quando fizer alguma proibição, não deixe dúvida sobre suas razões. O amor de pai e de mãe

precisa ser exigente. Esse amor acompanha, coloca limites, exige comportamentos, orien-ta respostas, deixa as regras claras e alerta para os sinais de fraqueza. Confie em seus filhos.

EDUCANDO COM VALORES

A educação dos filhos é uma das tarefas mais importantes que podemos realizar, mas é também aquela para a qual menos nos prepa-ramos. Quase todos aprendemos a ser pais seguindo o exemplo que nos deram nossos próprios pais. Hoje em dia, a extensão do uso do álcool e de outras drogas a nossos filhos, famílias e co-munidades tem uma força que era desconhe-cida até 30 ou 40 anos atrás. Sinceramente, somos muitos os que necessi-tamos de ajuda para enfrentarmos esta temí-vel ameaça à saúde e ao bem estar de nossos filhos. Por sorte, também temos mais infor-mações sobre o que funciona para prevenir que estes usem drogas. Como pais, podemos utilizar este progresso em benefício de nossa família.

ENSINANDO PRINCÍPIOS UNIVERSAIS

Cada família tem suas expectativas de condu-ta que vêm determinadas pelos princípios. Com muita freqüência são estes princípios que ajudam nossos filhos a decidir que não tomarão álcool nem outras drogas. Os princípios sociais, familiares e religiosos são os que dão aos jovens os motivos para dizer “não” e os que os ajudam a manter sua decisão. Provavelmente, você já sabia disto e, certa-mente, já o havia posto em prática em sua casa. Mas não será demais examinar nossas ações como pais. Algumas maneiras que aju-dam a clarear os princípios familiares: Comunicar os princípios abertamente. Fa-lar sobre a razão da importância de princípios como a honestidade, a fidelidade, a integrida-de, a confiança em si mesmo e a responsabi-lidade, assim como da utilidade que eles têm para ajudar seus filhos a tomar decisões cor-retas.

Ensine a seus filhos que cada decisão se ba-seia em uma decisão anterior, tomada quando se está formando o caráter, pelo que uma boa decisão faz com que seja mais fácil tomar a seguinte. Somos o resultado das escolhas que fizemos em nosso passado.

Reconheça como afeta suas ações o desen-volvimento dos princípios de seus filhos. Os filhos copiam a conduta dos pais.

Se os pais fumam os filhos tem mais possibi-lidades de converter-se em fumantes. Trate de avaliar como você usa o fumo, o álcool, os remédios receitados e inclusive os que se compram sem receita. Considere que com suas atitudes e atos pode estar contribuindo à formação da decisão de seus filhos de tomar, ou não, álcool e outras drogas. Isto não significa que, se você costuma beber um pouco de vinho nas refeições, ou a tomar ocasionalmente uma cerveja, precisa deixar de fazê-lo. Os filhos podem entender e acei-tar que haja diferenças entre o que podem fazer os adultos, legal e responsavelmente, e o que se torna apropriado e legal para eles. Deve manter, no entanto, esta distinção com toda clareza. A este respeito, seus filhos não devem intervir em absoluto: não devem pre-parar seu copo nem trazer-lhe a cerveja. E por mais inofensivo que pareça, não permita que provem uns goles. Muitos de nós fazemos algumas coisas sem pensar no que significam. É algo normal. Porém, se queremos trans-mitir a nossos filhos a mensagem correta, convém que sejamos precavidos ante de-

terminadas condutas.

Editoração: Filipe de Sousa

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Abril 2012 Gazeta Valeparaibana Página 15

Analfabetismo funcional AS RELAÇÕES ENTRE

MULHERES, EDUCAÇÃO E ESCOLA

PROFISSÃO: PROFESSORA Por sermos mulheres já possuí-mos uma identidade, mas a pergunta é: nascemos assim, com essa divi-são de gênero, ou nos tornamos ho-mens e mulheres? O gênero mulher já nos confere um lugar na socieda-de, isso pode nos trazer certas limita-ções, uma vez que nossa sociedade tem uma história que é baseada na sociedade patriarcal, ainda hoje ela carrega esses traços. Podemos dizer que existem bar-reiras e também oportunidades que se estendem ao tipo de sociedade, de cultura, a temporalidade e ao es-paço em que ocorrem. Faz-se neces-sário aqui uma distinção entre gêne-ro e sexo. “A palavra sexo provém do latim, se-xus e refere-se à condição orgânica que distingue o macho da fêmea. Sua principal característica reside na establidade através do tempo. A ca-tegoria de gênero provém do latim genus e refere-se ao código de con-duta que rege a organização social das relações entre homens e mulhe-res. Sua principal característica esta na mutabilidade”.( YANNOULAS et al, 2000, p. 427) O conceito de gênero é mais a-brangente, mais cultural, podemos dizer que em termos de poder, existe uma desigualdade muito grande en-tre homem e mulher, com a mulher em desvantagem. Cabe aqui uma investigação sobre a educação ter sido considerada por muito tempo atribuição feminina. Se voltarmos um pouco no tempo, veremos que a reli-gião teve influência nesse papel atri-buído a mulher. Escolas femininas onde os edu-cadores são mulheres, a própria bí-blia tem várias passagens onde diz como a mulher deve se portar e o que se deve esperar dela. Aos pou-cos a mulher vai sendo moldada, despersonalizada e adquirindo atri-

buições e deveres que lhe são im-postos como coisas que são de mu-lheres. Conceitos criados por uma sociedade desigual, onde existe a predominância do gênero masculino sobre o feminino, assim como o que cabe a cada um foi sendo legitimado através dos tempos, a profissão de professora ficou muito mais a cargo da mulher. É sabido que a maior parte do corpo docente das escolas é forma-do por mulheres, historicamente sa-bemos que esse papel nos foi em-purrado pela igreja, pelos homens, a mulher era considerada o sexo frágil, tinha que tomar conta do lar, dos fi-lhos e do marido, no máximo podia lecionar, pois estaria fazendo algo que lhe cabia, que era educar. Se não casasse, então seria uma opção para que pudesse sobreviver, essa era a missão e a vocação da mulher. Com a predominância da mulher na carreira do magistério, era natural que ocorresse a feminização do ensi-no, e ainda hoje em pleno século XXI ainda existe a ideia de que a mulher tem mais vocação para o magistério. Por muito tempo ser professora era considerado a única profissão respei-tável e o único trabalho tolerado, ser professora era um prolongamento de ser mãe, dona de casa, boa esposa, ou seja, éramos consideradas quase seres assexuados. Segundo Bruschini (1988), “Embora o encargo da mulher com a socialização infantil seja fruto da divi-são sexual do trabalho, diferenças biológicas são invocadas para justifi-car esse fato como natural. Daí a considerá-lo uma vocação é apenas um pequeno passo”. Com a feminização do magistério ocorre também a desvalorização da profissão, com salários menores, percebe-se que os homens procuram por trabalhos mais valorizados e me-lhor remunerados. Essa cultura em que é atribuído a mulher um papel passivo não se sustenta mais, uma vez que existem variantes culturais que não podem ser negadas, e den-tro de uma mesma cultura e socieda-de também existem variantes. A identidade feminina sempre foi vinculada ao gênero, assim a socie-dade impõe a cada um o seu papel, o homem é o provedor, e a mulher a mãe, dona de casa, etc, esse papel de submissão à autoridade do ho-mem teve seus momentos de insu-bordinação, algumas mulheres mar-caram épocas por isso, tivemos al-guns movimentos feministas mos-trando que essa posição que nos foi

imposta não nos agradava muito. A partir da industrialização a mu-lher viu que poderia tomar outros ru-mos, participar do mercado de traba-lho atuando em outras áreas que não fosse só o magistério. Mas esse no-vo mercado de trabalho que se abria era inadequado, e continuava a não valorizar as mulheres, os salários continuavam baixos, as leis eram precárias, no sentido de ofereceram benefícios as mulheres, principal-mente as gestantes, e as mulheres continuavam sem voz ativa nas deci-sões. A inserção das mulheres no mer-cado de trabalho, nas universidades, na política, e na sociedade como um todo, aconteceu de forma lenta e gradual. Houve um processo de des-valorização social da mulher que per-durou por muitos anos e veio refletir na profissão de professora que era uma profissão eminentemente femi-nina, por tudo que já foi dito aqui dá para perceber que a desvalorização da mulher reflete no exercício do ma-gistério, uma vez que afeta salário e nos impõe condições precárias de trabalho. O educador Paulo Freire nos mostra em seu livro “Professora Sim, Tia Não” que a tarefa de ensinar é uma ação profissional. O fato de pro-fessoras serem chamadas de tias é uma forma sutil de desvalorização da profissão, porque para ser tia não é necessário especialização, não é ne-cessário ser uma profissional, qual-quer um pode ser, vai depender do parentesco. Essa forma de nos ca-racterizar como tia também é uma maneira de nos fazer calar, de nos desencorajar na luta por aquilo que achamos justo. Por todos os argumentos utiliza-dos podemos perceber que ao longo da história vários foram os fatores que nos levaram a feminização do magistério, a desvalorização princi-palmente por ser mulher, esse fato já nos coloca em situações que podem ser boas ou não. É necessário enten-der como se forma a identidade. Ha-bermas nos diz que: A identidade é gerada pela sociali-zação, ou seja, vai se processando à medida que o sujeito - apropriando-se dos processo simbólicos – integra- se antes de tudo, num certo siste-ma social, ao passo que, mais tarde, ela é garantida e desenvolvida pela individualização, ou seja, precisa-mente por uma crescente indepen-dência em relação aos sistemas so-ciais.( apud Cruz, 1997:37) A evolução e as mudanças sócio-

políticas ocorridas no século passa-do principalmente em relação a iden-tidade feminina, faz com que cada vez mais, as mulheres ocupem espa-ços antes considerados masculinos, chefiem famílias, são mantenedoras, ocupam cargos de chefias em em-presas, em nações, destacam-se na política e em todas as áreas que os homens atuam, mas mesmo assim ainda existe discriminação, precon-ceito e desigualdades. Quando falo em desigualdades não estou falando das diferenças que existem entre ser homem ou ser mulher, e sim, das desigualdades criadas por nossa sociedade ao lon-go da história. As diferenças existem mas não são defeitos e não devem ser consideradas negativas. Deve-mos ter outro olhar sobre esse as-sunto e nos percebermos como a-prendizes, questionando o que en-tendemos por diferenças, problemati-zar aquilo que é conhecido, que é tido como natural, como certo. O fato é que as mulheres ainda tem um longo caminho a percorrer. A sociedade em geral ainda é machis-ta, ainda predomina a mentalidade da mulher ser o sexo frágil. Neste contexto podemos afirmar que a mulher professora vem sendo produzida ao longo da história pelos conceitos criados em torno de ser mulher, pois ser mulher não pode ser reduzido a simplesmente ser fe-minino, envolve processos culturais e sociais, envolvem séculos de culpa que a mulher carrega, principalmente por querer ser a mulher ideal. Deve-res foram impostos as mulheres e elas nem questionam porque e por quem, não dá para se espantar quando notamos que às vezes existe uma confusão entre o magistério e a maternidade, ambos parecem liga-dos pois a professora acaba sendo uma mãe que tenta atender as ne-cessidades dos seus alunos, claro que aqui falamos de uma mãe no sentido figurado e não biológico. Esse papel nos foi atribuído ao longo da história e fica difícil mudar esse paradigma, mas não impossí-vel, tanto que as mudanças estão ocorrendo, agora podemos pensar que é professora quem quer, pelo menos quero pensar que a maior parte pensa assim. O desafio aqui é quebrar as regras desse jogo de po-der que nos desfavorece, romper os limites de sexo, de gênero, classe social, raça, fazermos nossas esco-lhas, nos posicionarmos no mundo, na vida por nós mesmas, e não por imposição cultural. Autora: Mari Freitas

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Responsabilidade Social

Edição nº. 53 Ano IV - 2012

Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável

Quando sur-gem as cri-ses, as divi-sões ficam mais aparen-tes.

Foi o que se viu nos últimos dias no reino da rai-nha Elizabeth e do Ray Charles.

Até agora, analistas de renome e ou-tros de plantão, na Europa e no mun-do, estão tentando entender o que está acontecendo pelas ruas da Ingla-terra, especialmente as de sua capi-tal, Londres.

De uma ponta, os manifestantes são chamados de arruaceiros, badernei-ros, marginais, aproveitadores, vân-dalos, gente sem escrúpulos nem va-lores. De outra, filhos de uma geração excluída por um Estado que, em cri-se, os exclui ainda mais.

Não cabe aqui apontar mocinhos ou bandidos.

O fato é que não é a primeira vez que a Inglaterra assiste a esse filme.

Em 1981, descendentes de imigran-tes africanos e caribenhos foram às ruas protestar contra a morte de um rapaz negro. Policiais ingleses foram acusados de não prestar socorro à vitima, que havia sido esfaqueada, e de negligência na investigação de sua morte.

Foi o fator detonador para uma série de protestos violentos por várias cida-des inglesas.

Naquela época, o país também en-frentava crise, também cortou gastos em programas sociais para os mes-mos imigrantes que ainda sofriam com o desemprego.

Agosto de 2011: a morte de um ra-paz de origem estrangeira em cir-cunstâncias estranhas durante um suposto confronto não comprovado com a mesma polícia provocou a on-da de protestos que o mundo acom-panha.

Os mesmos filhos de imigrantes, que sofrem com o desemprego, a maioria filhos de uma geração de mães soltei-ras que se sentem abandonados pelo Estado-pai em tempos de crise e com falta de perspectivas futuras.

Mas o reino inglês não está sozinho.

Desde setembro de 2008, o velho mundo e a América, então de George W. Bush, hoje de Barack Obama, não são mais os mesmos.

O povo saiu às ruas, em maior e em menor grau, em países como Grécia, Irlanda, Itália e Espanha, colocando em xeque o futuro da União Europeia e, além da moeda unificada, princí-pios que pautam esse projeto, como a liberdade de circulação de bens, ser-viços, capital e pessoas.

Prova disso é que, uma comissão da UE aprovou projeto da Espanha, que tem a mais alta taxa de desemprego dos países do grupo (20%), para bar-rar temporariamente a entrada de ro-menos que queiram trabalhar em ter-ritório espanhol.

Estes representam a maior população estrangeira na Espanha, com cerca de 800 mil. Destes, cerca de 200 mil estão desempregados.

A Romênia passou a integrar a UE em 2007.

A regra não atinge os romenos que já vivem na Espanha.

Também, a Dinamarca anunciou uma medida que joga uma pá de cal no Tratado de Schengen, de 1985, que abre a fronteira para cidadãos de 15 países da Europa: vai controlar a fron-teira com a poderosa Alemanha para evitar a imigração ilegal. Os alemães não gostaram, mas os dinamarqueses bateram o pé.

Quando suas economias velejavam por mares menos revoltos, os gover-nos incentivavam o consumo exacer-bado pela população desses países por meio da concessão de crédito fá-cil.

A mão de obra estrangeira era tam-bém muito bem-vinda, como foi o ca-so da Irlanda.

Agora, estão tirando o doce da boca de todo mundo.

No caso da população nativa, o corte de orçamentos de programas sociais; no caso dos estrangeiros, com medi-das restritivas para evitar que che-guem ou “estimular” que saiam. Como dizem os críticos do euro, da UE e sua parafernália capitalista, um sistema que exclui tanto os seus co-mo os de fora nunca pode dar certo.

A prova disso está no grito dos excluí-dos pelas ruas do velho mundo que, muito provavelmente, vamos continu-ar acompanhando por um bom tempo. Por: Adriana Cardoso, para a Rede Brasil Atual

NOTÍCIAS Lusófonas UNICEF Moçambique lançou no dia 28 o Relatório sobre a Situação Mundial da Infância 2012.

O relatório anual sobre a Situação Mundi-al da Infância centra-se, este ano, nos desafios da urbanização e o impacto que esta tem no universo das crian-ças.

O representante da UNICEF Moçambi-que, Jesper Morch, afirmou, na cerimônia de lançamento do relatório, ser importan-te prestar atenção à situação das crian-ças nos meios urbanos, tendo em consi-deração que se espera um aumento mais acelerado do índice de urbanização de Moçambique em resultado da atividade das indústrias de extração. Moçambique apresenta um nível relativa-mente baixo de urbanização (38%), mas aponta para uma taxa de crescimento de urbanização relativamente elevado (estima-se que se situe nos 3,8% ao ano, entre 2010 e 2930), o que irá criar pres-sões em termos de infraestruturas e servi-ços urbanos nas próximas décadas. As zonas periurbanas apresentam, no país, graves problemas de saneamento e a-brangem principalmente famílias mais pobres e vulneráveis, sem rendimentos estáveis e sem capacidade para prove-rem o seu sustento. Neste contexto, o relatório considera im-portante, entre outras medidas, o papel que a proteção social poderá desempe-nhar na proteção das crianças, em espe-cial pela redução da precariedade de ren-dimento das famílias mais vulneráveis e pela promoção da sua inclusão na socie-dade, nomeadamente através do recurso a programas de transferências monetá-rias.

---------------------------------------- O Ministério da Mulher e Acção Social (MMAS) liderou, com o apoio do UNICEF, o Seminário de Mapeamento dos Sistemas de Protecção da Criança.

Este seminário contou com a participação de mais de 60 repre-sentantes do Governo (Ministérios da E-ducação, Justiça, Interior, Saúde, Mulher e da Acção Social, Trabalho, Turismo e Instituto Nacional de Estatísticas) e socie-dade civil (ONGs nacionais, internacio-nais e grupos religiosos).

O seminário, facilitado pelas consultoras Rosemary McCreery e Sian Long permitiu aos participantes conhecerem as ferra-mentas elaboradas pela consultoria Ma-estral e iniciar o processo de consultas. Resultados preliminares deste processo serão apresentados na Primeira Confe-rência sobre Fortalecimento dos Sistemas de Protecção da Criança na África Sub-Sahariana que irá se realizar em Dakar, Senegal em Maio deste ano. Fonte: UNICEF Moçambique

------------------------------- Pelo menos 60 mulheres entre jovens e adultas da localidade de Metuchira, no distrito de Metuchira, bene-ficiaram recentemente de um curso de culinária vi-sando contribuir para aca-bar com a fome e malnutri-

ção que afecta principalmente crianças, mulheres grávidas e pessoas ido-sas. O curso foi promovido pelos ministérios da Mulher e da Acção Social e Indústria e Comércio, através do Projecto de Poten-ciação de Habilidades Empresarias Femi-ninas e Cozinha “Made in Mozambique”, respectivamente, com recurso a novos hábitos para o aproveitamento da produ-ção local. A capacitação ensinou as boas maneiras da culinária, higiene, processa-mento e conservação de alimentos para melhorar a dieta alimentar e criar fonte de rendimento para relançamento sócio-económico das mulheres nas zonas ru-rais. Para o administrador de Nhamatanda, uma boa alimentação consubstancia-se como um elemento importante para o de-senvolvimento das comunidades no meio urbano e rural, e concorre para uma boa saúde das populações. “As comunidades devem melhorar a dieta alimentar para fazer face ao impacto de doenças como HIV/SIDA (AIDS) e noutras que requerem uma alimentação adequada”, sublinhou Siona lembrando que durante a capacita-ção as mulheres aprenderam fazer boli-nhos de batata-doce e pão de milho, o que pode servir para o consumo familiar ou para a venda. Por seu turno, o director Provincial da Mulher e Acção Social de Sofala, José Diquisson Tole considerou “depois, desta capacitação não haverá motivos para as comunidades não se alimentarem ade-quadamente ou ouvirmos situações de crianças desnutridas em Metuchira”. Fonte: http://www.cipsocial.org NOTA DA REDAÇÃO: Textos mantidos na ortografia original.