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1 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Ciências Sociais Tema 6: Tecnologia e Sociedade Autor: Tarcisio Torres Silva Como citar este material: SILVA, Tarcisio Torres. Ciências Sociais: Tecnologia e Sociedade. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. Nesta aula, estudaremos o desenvolvimento da tecnologia e a forma como ela afeta nossas vidas diretamente. Em linhas gerais, a tecnologia tem transformado todas as áreas da sociedade, inclusive a medicina, por meio da informatização de exames, tornando os resultados mais detalhistas, com grande melhoria nas imagens produzidas e diagnósticos mais precisos. Ela interfere nos transportes, por meio do controle e da otimização do tráfego, assim como na engenharia e, até mesmo, no meio rural, por meio da mecanização e melhoria dos processos de produção. De todas essas perspectivas interessantes de análises, iremos escolher duas, pois pensamos que essas duas áreas têm grande influência sob a forma como a sociedade se organiza e se transforma. A primeira trata das mudanças no mundo do trabalho causadas pela tecnologia. A segunda é relativa ao impacto das tecnologias de comunicação no dia a dia das pessoas. Mudanças no Mundo do Trabalho Já no século XIX, com o advento da Revolução Industrial, Marx e Engels apontavam na Inglaterra as interferências negativas que as tecnologias de produção industrial causavam tanto na sociedade como no trabalhador individualmente. Para eles, a fragmentação do processo produtivo tinha como objetivo a otimização de recursos, incremento na produção e maior lucratividade, fatores benéficos ao detentor dos meios produtivos, o capitalista. Porém, esse processo gerava também a alienação do trabalhador, além de colocá-lo em uma situação de exploração e injustiça social. Filmes como Tempos Modernos, de Charles Chaplin, mostram com ironia o cotidiano do trabalhador dentro da linha de produção. A cobrança por resultados é constante. O trabalhador corre contra o tempo a fim de cumprir o estabelecido pelo industrial. O filme mostra também o descontentamento dos trabalhadores em relação às condições de trabalho impostas. Exibe cenas de greve e mobilização nas ruas.

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1© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma.

Ciências Sociais Tema 6: Tecnologia e Sociedade

Autor: Tarcisio Torres Silva

Como citar este material:

SILVA, Tarcisio Torres. Ciências Sociais: Tecnologia e Sociedade. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.

Nesta aula, estudaremos o desenvolvimento da tecnologia e a forma como ela afeta nossas vidas diretamente. Em linhas gerais, a tecnologia tem transformado todas as áreas da sociedade, inclusive a medicina, por meio da informatização de exames, tornando os resultados mais detalhistas, com grande melhoria nas imagens produzidas e diagnósticos mais precisos. Ela interfere nos transportes, por meio do controle e da otimização do tráfego, assim como na engenharia e, até mesmo, no meio rural, por meio da mecanização e melhoria dos processos de produção.

De todas essas perspectivas interessantes de análises, iremos escolher duas, pois pensamos que essas duas áreas têm grande influência sob a forma como a sociedade se organiza e se transforma. A primeira trata das mudanças no mundo do trabalho causadas pela tecnologia. A segunda é relativa ao impacto das tecnologias de comunicação no dia a dia das pessoas.

Mudanças no Mundo do Trabalho

Já no século XIX, com o advento da Revolução Industrial, Marx e Engels apontavam na Inglaterra as interferências negativas que as tecnologias de produção industrial causavam tanto na sociedade como no trabalhador individualmente. Para eles, a fragmentação do processo produtivo tinha como objetivo a otimização de recursos, incremento na produção e maior lucratividade, fatores benéficos ao detentor dos meios produtivos, o capitalista. Porém, esse processo gerava também a alienação do trabalhador, além de colocá-lo em uma situação de exploração e injustiça social.

Filmes como Tempos Modernos, de Charles Chaplin, mostram com ironia o cotidiano do trabalhador dentro da linha de produção. A cobrança por resultados é constante. O trabalhador corre contra o tempo a fim de cumprir o estabelecido pelo industrial. O filme mostra também o descontentamento dos trabalhadores em relação às condições de trabalho impostas. Exibe cenas de greve e mobilização nas ruas.

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Saiba Mais!

Cena de Tempos Modernos

TEMPOS Modernos. Direção Charles Chaplin. EUA. 1936. Comédia. 83 min.

Um operário de uma linha de montagem, que testou uma “máquina revolucionária” para evitar a hora do almoço, é levado à loucura pela “monotonia frenética” do seu trabalho. Após um longo período em um sanatório, ele fica curado de sua crise nervosa, mas desempregado. Ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista, que liderava uma marcha de operários em protesto. Simultaneamente, uma jovem rouba comida para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Elas não têm mãe e o pai está desempregado, mas o pior ainda está por vir, pois ele é morto em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs, mas, enquanto as menores são levadas, a jovem consegue escapar.

Fonte: <www.adorocinema.com>. Acesso em: jul. 2014.

Passado mais de um século desde que as ideias de Marx e Engels circularam pelo mundo, notamos que o processo produtivo industrial em muito mudou, ainda que as condições de alienação estejam mantidas em muitos casos. Essa mudança ocorreu, em grande medida, em função do desenvolvimento da tecnologia.

As máquinas ficaram mais ágeis e rápidas. Aos poucos, estão substituindo tarefas mais mecânicas anteriormente realizadas por humanos. O resultado disso tem sido o aumento do desemprego. É cada vez mais comum haver linhas de produção com um número bastante enxuto de trabalhadores. No Japão ou nos Estados Unidos, é possível encontrar linhas sem a participação de nenhum trabalhador operando máquinas. Tudo é feito por meio de robôs. Na Figura 6.1, por exemplo, vemos a foto de uma linha de produção da montadora americana Tesla Motors, especializada em carros elétricos. Note que não há mais trabalhadores operando as máquinas diretamente!

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Figura 6.1 Linha de produção da Tesla Motors.Fonte: por Steve Jurvetson. Disponível em: http://goo.gl/M8hmea. Acesso em: 2 jul. 2014.

Além do desemprego, outra preocupação dos países com o alto índice de automatização de suas fábricas é a concentração de lucros. Se não há trabalhadores, não há salários, e o dinheiro fica concentrado na empresa que fabrica os carros ou outros produtos. Se esse dinheiro não for colocado no mercado pela empresa em forma de investimentos, a renda fica concentrada, e o dinheiro deixa de circular, o que é prejudicial para a economia, que depende, entre outras coisas, do consumo das famílias para progredir.

Além disso, o processo industrial passou também por outras transformações, como a reengenharia de processos, um modelo administrativo que visa aumentar a produtividade, otimizar a produção e integrar os procedimentos. Neste modelo, a produção ocupa também menos trabalhadores.

Outra característica dessa nova fase do capitalismo, também chamada de capitalismo pós-industrial, é o aumento da terceirização do trabalho. Não só fábricas, mas também empresas de serviços optam por terceirizar seus trabalhadores para outras empresas. Com isso, tornam o processo de contratação e substituição mais ágil, além de não se envolverem diretamente com encargos trabalhistas. Tal atitude permite às empresas também focar seus esforços na atividade principal de seus negócios, utilizando os trabalhadores terceirizados nos cargos menos centrais.

A terceirização pode chegar a outras áreas e, até mesmo, à produção inteira de uma empresa. Hoje, a marca tornou-se algo tão importante que empresas preferem investir seus esforços em marketing e publicidade massiva e terceirizam todo o processo produtivo para outras empresas. Um exemplo é a grife Gucci, que encomenda com exclusividade os itens que comercializa com fornecedores. Por outro lado, o investimento em campanhas publicitárias da marca é altíssimo, elevando-a à categoria de grife de luxo.

Porém, nem tudo é necessariamente negativo dentro do capitalismo pós-industrial. Alguns autores veem com bons olhos essas transformações. Por exemplo, Pierre Lévy (apud COSTA, 2010, p. 172) acredita que a popularização da informática possibilitou a democratização do conhecimento. As pessoas hoje têm mais acesso à informação e podem monitorar seu processo de aprendizado constantemente, ficando menos dependentes de instituições para aprimorar seus conhecimentos a respeito de uma área ou uma técnica.

Manuel Castells (apud COSTA, 2010, p. 173) observa que existe hoje um deslocamento da mão de obra. Se, por um lado, a indústria fecha oportunidades de trabalho, por outro lado, os setores

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de serviços e varejo têm aumentado essas vagas. Esse movimento tem várias explicações, mas, em linhas gerais, pode-se dizer que, em um mundo em que se gasta menos tempo na produção de bens materiais, o consumo preenche cada vez mais a vida das pessoas. Ele passa a ser uma atividade de entretenimento e lazer que pode ser feita a qualquer momento.

Se pensarmos no comércio eletrônico, isso fica muito evidente. Por exemplo, um grande varejista da área de esportes, a Netshoes, que comercializa pela internet, não tem operários na linha de produção, pois apenas necessita de pessoas para administrar o processo de compra e negociação via internet. Assim, recruta pessoas com boa capacidade de comunicação para atuar no SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), monitorar redes sociais e administrar trocas.

Figura 6.2 Homepage da Netshoes.Fonte: <http://www.netshoes.com.br>. Acesso em: jul. 2014.

Se multiplicarmos este processo para toda a área de serviços, notamos que outra consequência do capitalismo pós-industrial é a maior exigência por qualificação profissional. Isso tem levado as pessoas a procurar maior qualificação, seja em nível técnico ou superior. Não é à toa que o número de matrículas nesses níveis no Brasil aumentou muito na última década.

Isso nos leva a outra questão que apontamos no início deste tema: o impacto das tecnologias de comunicação no dia a dia das pessoas.

As Tecnologias de Comunicação no Dia a Dia das Pessoas

O fato é que uma quantidade cada vez maior de pessoas atualmente não trabalha produzindo um bem material, um artefato físico. As pessoas cada vez mais têm trabalhado com informações. Produzem, colhem e analisam dados. Produzem informação nos meios de comunicação, nas escolas, nos órgãos públicos, nas redes sociais. Criam textos, fotos e vídeos. Na área da saúde, informam pacientes e alunos em clubes e academias. Nas exatas, projetam por meio de softwares prédios e condomínios. Por todos os lados observamos, portanto, a produção de um trabalho abstrato, também chamado de trabalho imaterial.

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Saiba Mais!

LAZZARATO, Maurizio; NEGRI, Antonio. Trabalho imaterial: formas de vida e produção de subjetividade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

Este livro reúne cinco ensaios sobre transformações do trabalho — estudos pioneiros sobre sua centralidade no pós-fordismo —, publicados em sua maioria na revista francesa Futur Antérieur (fundada pelo pensador da nova esquerda italiana, Antonio Negri). Em uma época marcada, por um lado, pela crise do taylorismo e do emprego formal baseado no chão fabril e, por outro, pelas multiplicações das pesquisas sobre o modelo neoindustrial de inspiração japonesa, estes textos apontam a qualidade nova, comunicacional e linguística do trabalho nos dias de hoje. Indeterminado e aberto, o tempo associado à realização de um ofício libera-se dos parâmetros rígidos e padronizados dos modelos de produção de outrora, assumindo contornos mais fluidos. O conceito de trabalho imaterial é proposto como o mais adequado para dar conta das dimensões pós-industriais. Negri e Lazzarato fundamentam-no em pesquisas empíricas e na recuperação das antecipações que Marx, nos Grundrisse, fez sobre socialização do trabalho e intelectualidade de massa.

Fonte: <www.travessa.com.br>. Acesso em: jul. 2014.

Esse mesmo trabalho tem se aproveitado das tecnologias da informação para otimizar seus processos. As pessoas utilizam a rede de informação disponibilizada pela internet para compartilhar ideias, dividir tarefas e melhorar o resultado final de suas atividades.

Por outro lado, justamente pelo trabalho estar hoje ocorrendo por meio dos fluxos de informação em rede, ganha poder também quem administra o fluxo dessas informações. Para Cristina Costa (2010), não é possível dizer que os sistemas informatizados são democráticos, justamente porque as informações estão concentradas nas mãos de um número reduzido de empresas. Esse processo de concentração de informações é o que a autora chama de capital-informação.

Empresas como Google, por exemplo, têm grande poder justamente por conseguirem, por meio dos serviços que oferecem gratuitamente a seus usuários, uma quantidade imensa de informações sobre navegação de usuários e fluxo de informações na internet.

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Ainda segundo a autora, esse processo de concentração espelha as desigualdades da própria sociedade. Para ela, “assim como a informatização faz aumentar a produção, agiliza também a concentração de capital e aprofunda as desigualdades entre grupos, classes e nações” (COSTA, 2010, p. 183).

A informação em rede também trouxe uma série de mudanças no modo como interagimos uns com os outros diariamente. Nossa sociabilidade vem se alterando à medida que novas tecnologias de comunicação nos são propostas. Desde que a internet se popularizou nos anos 1990, diferentes ferramentas de interação foram massivamente utilizadas desde então.

As primeiras foram o chat e as ferramentas de comunicação instantânea, começando como ICQ e depois com o Messenger do Hotmail. Depois vieram os blogs e, finalmente, em meados dos anos 2000, as redes sociais. Com a popularização dos smartphones, passamos por um novo processo de transição, com alguns aplicativos de comunicação, como o WhatsApp, tornando as relações entre as pessoas mais afetivas, instantâneas e extremamente imagéticas.

Sobre as imagens, Cristina Costa (2010) afirma que, por serem baseadas em um código binário (e não mais em uma plataforma física, como no caso do filme fotográfico), as imagens digitais podem ser alteradas a qualquer momento. É um processo de simulação da realidade que tem como resultado um embaralhamento da noção de realidade, pois fica mais difícil sabermos o que é real e o que é manipulado no mundo das imagens.

Sobre este assunto, a Dove fez uma campanha interessante mostrando como o rosto de uma modelo para uma campanha de maquiagem pode ser completamente alterado por meio de softwares de edição de imagem. Com a estratégia, a empresa pretendeu mostrar o quanto estamos sujeitos a uma idealização da beleza. Além disso, aproveita para valorizar o que pretende vender, uma “beleza real”.

Saiba Mais!

CAMPANHA Dove Real Beleza. Disponível em: http://goo.gl/ny9Q4v. Acesso em: 26 jun. 2014.

Nesta campanha, a empresa relativiza a noção de beleza ao mostrar que as imagens ideais de beleza que consumimos nos meios de comunicação são construídas por meio de ferramentas de manipulação de imagens. Ao final do vídeo lemos “Não é à toa que a nossa percepção de beleza é distorcida”.

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Capital-informação: a administração do fluxo de informações que trafegam pelas redes locais e mundiais de computadores é feita por receptores privilegiados. Tais gestores utilizam essas informações a seu favor, gerando lucro e novos negócios. O mercado de informações espelha as mesmas diferenças e desigualdades observadas na sociedade.

Reengenharia de processos: “Modelo de administração de empresas que visa repensar a estrutura produtiva procurando aumentar a produtividade, eliminando a divisão de trabalho e instituindo processos integrados que ocupam poucos trabalhadores. Foi o termo criado por Michael Hammer, ex-professor do MIT e consultor de empresas” (COSTA, 2010, p. 171).

Terceirização: “É o processo de reestruturação produtiva que implica o repasse de parte das atividades para empresas contratadas. A terceirização implica a redução da mão de obra e a centralização da produção em atividades centrais da empresa” (COSTA, 2010, p. 170).

Trabalho imaterial: espécie de trabalho cujo resultado não é um bem físico. Está ligado à produção de informação e à prestação de serviços. O trabalhador ainda troca sua força produtiva por salário, mas a diferença é que seu potencial não está mais na força física, mas na sua capacidade intelectual. Exemplos de trabalhadores que lidam com esse tipo de tarefa são professores, bancários, psicólogos e profissionais da indústria criativa.

Instruções

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

Para Marx e Engels, uma interferência negativa das tecnologias de produção industrial na sociedade seria:

a) A fragmentação do processo produtivo.

b) A otimização de recursos.

c) O incremento na produção.

d) Maior lucratividade.

e) Alienação do trabalhador.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

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Questão 2

A automatização das fábricas gera:

a) Maior empregabilidade e internacionalização da economia.

b) Desemprego e concentração de lucros.

c) Desemprego e menor produtividade.

d) Concentração de lucros e maior empregabilidade.

e) Menor produtividade e concentração de lucros.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 3

Pierre Lévy acredita que:

a) A popularização da informática possibilitou a democratização do conhecimento.

b) A popularização da informática dificultou a difusão do conhecimento.

c) Existe hoje um deslocamento da mão de obra por conta do aumento do setor de serviços.

d) Existe hoje um deslocamento da mão de obra em função da automação.

e) As pessoas hoje têm mais dificuldade para monitorar seu processo de aprendizado.

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 4

Por que a Netshoes pode ser citada como uma empresa típica do capitalismo pós-industrial?

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

Questão 5

Por que, para Cristina Costa (2010), os sistemas informatizados não são necessariamente democráticos?

Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito.

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Neste tema, observamos que o desenvolvimento da tecnologia tem impacto em diversos setores da sociedade. Chamamos atenção especificamente para as transformações que vêm ocorrendo no mundo do trabalho e também para o impacto da comunicação digital neste processo.

Com a perda do espaço do trabalho industrial, a sociedade precisou preencher as horas de trabalho liberadas com algo que a reconfortasse, o consumo, que será nosso próximo tema de estudo.

COSTA, Cristina. Sociologia: questões da atualidade. São Paulo: Editora Moderna, 2010.

LAZZARATO, Maurizio; NEGRI, Antonio. Trabalho imaterial: formas de vida e produção de subjetividade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

Questão 1

Resposta: Alternativa “E”.

Esse processo gerava a alienação do trabalhador, além de colocá-lo em uma situação de exploração e injustiça social.

Questão 2

Resposta: Alternativa “B”.

Além do desemprego, outra preocupação dos países com grande índice de automatização de suas fábricas é a concentração de lucros.

Questão 3

Resposta: Alternativa “A”.

A popularização da informática possibilitou a democratização do conhecimento.

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Questão 4

Resposta: A empresa comercializa pela internet, portanto, não tem necessidade de operários na linha de produção, mas sim de pessoas que administrem o processo de compra e negociação pela internet. Assim, recruta pessoas com boa capacidade de comunicação para atuar no SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), monitorar redes sociais e administrar trocas.

Questão 5

Resposta: Porque as informações estão concentradas nas mãos de um número reduzido de empresas, que geram o “capital-informação”. Por meio dessas informações, tais empresas geram lucro, novos negócios e mantêm o poder econômico para si ao espelharem as desigualdades existentes na sociedade.