Cientistas descobrem o que passa pela cabeça dos animais _ Superinteressante.pdf

7/25/2019 Cientistas descobrem o que passa pela cabea dos animais _ Superinteressante.pdf

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10/01/2016 Cientistas descobrem o que passa pela cabea dos animais | Superinteressante

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ESTUDOS E PESQUISAS INTELIGNCIA ANIMAL

COMPORTAMENTO ANIMAL

Golfinhos sosdicos, vacastm inimigas,

gatos ecachorros soexperts emdissimulao egalinhas fazemplanos para ofuturo. A cinciarevela o universooculto no crebro

dos animais

CINCIA

Cientistasdescobrem oque passa

pela cabeadosanimais

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POR Alexandre Versignassi, Eduardo Szklarz

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"Numa manh, enquanto Gregor Samsaacordava de sonhos inquietantes,descobriu que tinha se transformadonum inseto monstruoso. As vriaspernas, miseravelmente finas emcomparao com o resto do corpo,agitavam-se desesperadamente diante

de seus olhos. O que aconteceucomigo?, pensou." Sim: este ocomeo de AMetamorfose, do FranzKafka: Gregor Samsa acordatransformado numa barata. tudo umaalegoria sobre a solido, a timidez... Masse acontecesse essa desgraa com vocna vida real, no precisaria sepreocupar: uma barata s umamquina programada para encontrarcomida e fugir de chineladas. burracomo um glbulo branco. Uma baratano sabe que uma barata. Voc noteria nojo de voc mesmo se acordassecomo uma - s iria pensar em comer

uma lata de Nescau na cozinha. Mas umgolfinho sabe que um golfinho. Umelefante sabe que um elefante. Um

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cachorro sabe que ... gente. O incrvel que, at h pouco tempo, a cincia noaceitava isso. Dividia tolamente a vidaentre "humanos" e "animais" - como seuma baleia tivesse mais a ver com uma

ameba do que com voc. A noo geraldos cientistas hoje bem maiscomplexa: a diferena entre as nossasfaculdades mentais e as dos gatos,chimpanzs e periquitos seria de grau,no de tipo. como comparar umPorsche com um Fusca: h uma claradiferena de nvel entre eles, mas ambosso carros. E saram da prancheta domesmo projetista.

O prprio Charles Darwin umprecursor da noo moderna de como acincia v os animais. Para o homemque descobriu a identidade do projetista

de homens e animais (a seleonatural), a mente parecia seguir umacerta continuidade ao longo da evoluodas espcies. Os bichos mais abaixo naescala evolutiva tambm teriaminteligncia e sentimentos, s que emnveis distintos. E Darwin estava certo.

"As evidncias de hoje indicam quemuitos animais sentem alegria, tristeza,pena...", diz o bilogo Marc Bekoff, daUniversidade do Colorado.

Claro que as pesquisas tm limitaes:no existe uma mquina capaz de entrar

na cabea de um gorila, de um cachorroou de uma galinha e mostrar o que vero mundo com os olhos de um gorila, de


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um cachorro ou de uma galinha. Mas dpara chegar mais perto do que vocimagina.

CONSCINCIA

Um camaleo no sabe que estmudando de cor quando se camufla.Cobras no tm conscincia de queenganam predadores quando se fingemde mortas. E pelicanos voam numaformao em V sem compreender queassim poupam energia e facilitam acomunicao entre o bando e o lder.Tudo isso obra da seleo natural.Tem tanto a ver com inteligncia quantono conseguir tirar os olhos de umaoutra pessoa porque ela bonita. instinto cego, obra da natureza.

Por outro lado, um corvo que entortaum arame com o bico para utiliz-locomo vara de pesca no est agindo deforma programada. Corvos fazem issopara fisgar peixes. E tiveram de sercriativos para isso, tanto quanto ns,humanos, quando inventamos nossas

varas e anzis num dia qualquer h 80mil anos. Os corvos agregaram umanova ferramenta ao seu kit de instintos.Mas chamar isso de inteligncia pode,

Arnaldo? Pode, Galvo. No s podecomo deve.

Mas para comear a entender comofunciona a inteligncia em mentes queno so de Homo sapiens, temos que


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compreender como elas percebem omundo. Para os humanos, uma rosa uma flor romntica. Para um besouro,ela um territrio de caa. Um leopardomal percebe que as rosas existem. Um

cachorro no vai ligar pra ela, a menosque ela contenha xixi de outro cachorroou tenha sido tocada pelo dono. A, sim,ele vai dar rosa um monto designificados.

"Enquanto somos seres visuais, os cessentem a realidade com o focinho", diz apsicloga americana AlexandraHorowitz, especialista emcomportamento animal. Ao cheirar umcafezinho, por exemplo, algumaspessoas conseguem saber se ele foiadoado com uma colherinha de acar.J um beagle consegue farejar uma

colher de acar diluda numaquantidade de caf equivalente a duaspiscinas olmpicas.

Assim, o universo dos cachorros umestrato de cheiros diferentes. Talvez porisso eles no liguem para a prpria

imagem no espelho. Mesmo que noconcluam que a imagem a deles, nosentem nenhum cheiro diferente, entono interpretam como sendo outrocachorro. Esse supernariz tambm lhesconfere a habilidade de um detetive.Graas aos odores que voc exala e s

clulas epiteliais que deixa pelocaminho, seu co sabe quase tudo sobre

voc: por onde andou, que objetos


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tocou, o que comeu, se beijou algum ouse correu um pouco. Exceto a comida,claro, ele no se interessa pelos outrosdados. O olfato do co capaz at derastrear doenas em humanos, como

mostra um recente estudo daUniversidade Kyushi, no Japo. Olabrador Marine, de 8 anos, detectoucncer de intestino ao cheirar o hlito eas fezes de pacientes. Tumores de pele,pulmo e bexiga tambm j foramfarejados por ces em estudosanteriores. Mas nem vem, cachorrada:nossa capacidade de ler placas l longena estrada deixaria vocs morrendo deinveja...

Bom, para sentir inveja, um animalprecisaria ter autoconscincia - umanoo ampla sobre quem ele no

mundo. Chimpanzs, por exemplo, tmsentimentos complexos como inveja e

vergonha (escondem o rosto quandofazem alguma besteira). E quem tem

vergonha no menos consciente quens.

O teste mais clssico para auferirconscincia o do espelho. Seu cachorroou gato no passa por essa prova. Maschimpanzs, elefantes e golfinhos fazemisso sem problema. Eles no s sabemquem e o que so como tm o poder deanalisar o que os outros esto pensando.

A primatologista Jane Goodall observouque um chimpanz evita at olhar parauma fruta enquanto outros chimpanzs


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esto presentes - s para abocanh-lainteira quando est sozinho. Algunstampam a cara para impedir que osoutros saibam que esto com medo.Tudo bem que falar de chimpanzs

covardia: geneticamente, eles esto maisprximos de ns que dos gorilas - se umET chegasse Terra, provavelmente nosaberia distinguir a Scarlet Johanson deuma chimpanz mais ajeitada. Elepensaria: "Essa macacada tudoigual"... Voc no acha que ovelha, porexemplo, tudo igual? Claro. Mas asovelhas no. Uma pesquisa daUniversidade de Cambridge mostrouque elas identificam o rosto de pelomenos outras 50 ovelhas. isso a: atos animais menos brilhantes podemsurpreender. Mas nenhum tomalandro quanto os que a gente tem

dentro casa.

ESPERTEZA

Poucas coisas incomodam tanto quantochoro de gato com fome. Parece que ele

vai morrer se voc no der comida na

hora. Mas no se desespere: pode serum truque do bichinho. A cientistaKaren McComb, da Universidade deSussex, na Inglaterra, descobriu quealguns gatos emitem uma splica de altafrequncia, similar ao choro de um

beb, que dispara um senso de urgncia

no crebro humano. Resultado: osdonos se sentem compelidos a aliment-los. Isso um instinto que animais


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domsticos desenvolvem. Eles nascemsabendo isso. Ento no indcio deinteligncia para valer, certo? Errado:"Dos gatos que analisamos, s choravamassim os que viviam em casas habitadas

por uma s pessoa. Ou seja: gatosaprendem a enfatizar dramaticamente ochoro quando vivem com humanosnuma relao de um para um", dizMcComb.

Com esse miau histrico, Garfield e suaturma do um show de intelignciaemocional: eles sacam a fraqueza dodono para manipul-lo. Cachorros noso menos malandros. Eles tambmfazem suas demandas de acordo com opblico da casa. "Ces aprendem rpidoquem so as pessoas que podemcolaborar e as que no lhes do bola",

diz Horowitz.

Eles fazem isso melhor que qualqueroutro animal. Num ranking deinteligncia emocional, os ces seriamos campees, de longe. O segredo deles o contato visual. Eles so os nicos

bichos que sabem o que voc estpensando: olhando nos olhos elespodem detectar o nvel de ateno dosdonos e atuar de acordo com ele. Essahabilidade um atributo evolutivo: cesso descendentes de lobos que trocarama matilha pelas aglomeraes humanas

h 13 mil anos. Os que melhoremulavam o comportamento humano(incluindo a a habilidade de ler a mente


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do outro olhando nos olhos) crescerame se multiplicaram porque viraram ospreferidos dos humanos. Os que notinham esse dom ficaram pelo caminho.E hoje todo co um expert em contato

visual. Como eles sabem aplicar essahabilidade inata para resolver desafios(identificar seus potenciascolaboradores entre os humanos dacasa), no h como negar suainteligncia.

Mas o brilho da mente dos cachorros egatos no chega perto da de umconcorrente quase descerebrado: opapagaio. Um exemplar da espcie,

Alex, contava at 6 e manejava umvocabulrio equivalente ao de umacriana de 2 anos. O papagaio, mortoem 2007, aos 31 anos, tambm

distinguia objetos pelo formato, cor ecomposio. Sua treinadora, IrenePepperberg, lhe mostrava 5 objetos deplstico (3 amarelos, 1 roxo e 1

vermelho) e um pedao de madeiraverde. Depois perguntava: "Qual omaterial verde, Alex?". Ele respondia:

"Madeira". E quando ela indagava"Quantos amarelos tem aqui?", eletirava de letra: "Trs".

Essa capacidade de entender o mundosomada habilidade que os papagaiostm de imitar nossa voz fazia com que

Alex fosse visto como uma pessoa comasas, um desenho animado ao vivo. Eraa noo humana de inteligncia


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encarnada numa ave com o crebro dotamanho de 3 castanhas-do-par.

Por essas Alex jogou uma p de calnuma antiga noo da cincia: a de que

sempre h uma relao direta entre otamanho do crebro e a capacidadecognitiva. Com seu crebro de 9 g (onosso tem 1 500 g), o papagaio era maisperspicaz que um cachalote - dono domaior crebro do planeta, com quase 8quilos. A proporo entre o tamanho docrebro e o tamanho do corpo tambmno diz tudo, pois favorece bichinhosnada brilhantes. No esquilo, porexemplo, a relao entre o tamanho docrebro e o do corpo de 3%, contra 2%no homem.

Outra explicao clssica o tamanho

do neocrtex. a parte mais externa docrebro, justamente a que evoluiu porltimo no reino animal. S osmamferos tm (e o nosso enorme).Mas hoje sabbe-se que ele no indispensvel para o pensamento. Alex,que no era mamfero, no tinha

neocrtex. Mas raciocinava. E outrospssaros tambm do show deinteligncia. Principalmente os corvos.O zologo de Cambridge ChristopherBird (piada pronta: bird, hehe) viucorvos jogando pedras dentro de umreservatrio para fazer subir o nvel da

gua e, assim, poder tom-la. Elesselecionavam as pedras maiores paraque a gua subisse mais rpido. Nas

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praias do norte da Europa, corvospegam conchas com o bico na areia.Levam at o alto e jogam em cima daspedras. Depois de alguns arremessos asconchas quebram e eles comem o

recheio. Seus parentes de reas urbanasfazem a mesma coisa. S que jogam asconchas na faixa de pedestre dasavenidas beira-mar, esperam os carrospassar por cima e catam o recheioquando o sinal fica vermelho. fato: oscorvos entendem causalidade ("se eufizer X, acontecer Y"). Em outraspalavras, eles pensam muito bem. Emelhor do que qualquer outro animal,fora os primatas e cetceos.

LINGUAGEM

O Homo sapiens o nico animal capaz

de dominar sintaxe, formar frasescomplexas e registrar o que pensa. Fato.Mas alguns bichos podem compreendera nossa linguagem quase como sefossem uma pessoa - embora noconsigam reproduzi-la com adesevoltura de um papagaio .

Que o diga Kanzi, um bonobo (parentedo chimpanz) criado pela pesquisadoraamericana Sue Savage-Rumbaugh. Elecresceu exposto ao nosso vocabulrio edomina 400 palavras. Como no podefalar, Kanzi forma frases apontando

para um glossrio com smbolos. Elesrepresentam de substantivos e verbossimples, como "banana" e "pular", a


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conceitos complexos, como "antes" e"depois". Kanzi pode at conjugar

verbos - inclusive no passado e nogerndio. mais ou menos como voctentando se virar numa viagem para o

Camboja. Voc pode at voltarentendendo algumas palavras docambojano, mas dificilmente vai teraprendido a conjugar algum verbo.

bem mais difcil. E olha que cambojanose brasileiros so todos animais damesma espcie. Ponto para Kanzi,ento.

Golfinhos aprendem linguagensartificiais, como demonstrou o psiclogoLouis Herman, da Universidade doHava, EUA. Numa delas, palavrasrepresentadas por sons de computadorformavam 2 mil frases. Quando os

golfinhos ouviam "ESQUERDO BOLABATER", por exemplo, entendiam queera para bater na bola do lado esquerdo.E tambm compreendiam a ordem daspalavras. Sabiam que o pedido"PRANCHA PESA GUA" era para quelevassem uma prancha a uma pessoa

que estava na gua. J "PESAPRANCHA GUA" era para levar apessoa prancha na gua. No existediferena entre fazer isso e apremderum idioma. Ponto para os golfos.

Mas talvez nem eles sejam preo para

Chaser, uma border collie. A cadelaaprendeu o nome de mais de mil objetos- a maioria brinquedos, mas tudo bem.


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dgua. Alm disso, cada sinal variaconforme o contexto. Com os humanos igual: dependendo da situao, umapessoa que levanta a mo aberta querdizer "tchau", "pare" ou "custa R$ 5".

O mistrio sobre a lngua dos golfinhos -e a das baleias, que se comunicam deum jeito parecido com o de seus primos- continua. Mas a tecnologia pode daruma fora. Merlin, um golfinho nariz-de-tesoura que vive em Puerto

Aventuras, no Caribe mexicano, oprimeiro de sua espcie a usar iPad. Seutreinador, Jack Kassewitz, espera que atela sensvel ao toque do focinho comecea facilitar a comunicao entre humanose cetceos. Bom, tomara que eles nofiquem s jogando Angry Birds, comofazem os humanos quanto colocados

diante do tablet.

EMOES

Falando em Angry Birds, passarinhosno s ficam nervosos como amamtambm. Mais de 90% das aves so

monogmicas. Gansos e corvos passama vida fiis a um nico parceiro - j oscasais de pombos no so topombinhos assim: eles traem mas notiram a aliana da pata. "Desconfio queaves se apaixonam mesmo, porquealguma recompensa interna [a sensao

boa de amar algum] necessria paramanter um relacionamento de longoprazo", diz o bilogo Bernd Heinrich, da


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Universidade de Vermont, EUA.

realmente improvvel que o amortenha aparecido entre os Homo sapienssem nenhum precursor na escala

evolutiva. E, como imaginou Darwin, omesmo vale para o prazer, a dor... e asaudade.

Veja o caso dos cachorros. A espcieevoluiu para se tornar mais que umasubespcie de lobo. Emocionalmente eleest mais para um humano de quatropatas. Na alegria e na tristeza. Alguns serecusam a comer quando o dono vai

viajar e voltam a aceitar o prato depoisde ouvir a voz de seus pais humanos notelefone. uma forma primitiva desaudade.

Mas poucos animais mostram suasemoes com tanta clareza quanto oselefantes. Eles ficam de luto, porexemplo. Quando reconhecem a ossadade um membro do grupo, elesgentilmente se renem em volta dele.Joyce Poole, que estuda elefantes h

mais de 30 anos, acredita que rfosdessa espcie sofrem de depresso, at:filhotes que presenciaram a me sermorta acordam gritando. Chimpanzsrfos tambm so emotivos: passamhoras se despedindo do corpo da me.

Vacas tambm tm seus momentos

down. Mas a maior caracterstica delas outra: so fofoqueiras. Formampequenos grupos de amigas, tm rixas


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com outras vacas e guardam rancor poranos. Elas tambm sentem prazer ao

vencer desafios. Um estudo daUniversidade de Cambridge mostrouque, quando elas aprendiam a abrir uma

porta para obter comida, por exemplo,suas ondas cerebrais e seus batimentoscardacos mostravam um alto nvel deexcitao. Acontecia a mesma coisaquando elas estavam prestes a transar -mesmo quando quem vinha por trs eraoutra vaca, brincando de montar emcima dela.

O prazer com o sexo tambm pareceuniversal. E entre os mamferos parecido com o nosso. s vezes, melhor.

As fmeas de bonobo tm rgossexuais enormes, do tamanho de bolasde futebol. E clitris comparvel a um

dedo. Elas passam o dia se masturbandoe chamando para a cama qualquermacho que passe pela frente - at porisso os bonobos so os mais pacficosentre os grandes macacos: os homensno brigam por mulher. E mulher no

briga por homem: na falta de macho,

elas se viram entre si.

Nada to comum entre ns e as outrascoisas vivas do mundo quanto a buscapelo prazer. Hipoptamos estiram aspernas para deixar que os peixesmordisquem seus dedos, numa

verdadeira sesso de massagem. Osbatimentos cardacos dos cavalos caemquando tm o cabelo da nuca escovado.


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Eles relaxam. O perfume Obsession forMen, da Calvin Klein, atrativo parafmeas de guepardos. E existe o prazerem fazer o mal tambm. Golfinhos, porexemplo, tm um lado sdico: se

aproximam sorrateiramente de gaivotasque descansam na gua, do um caldonelas e as liberam depois de mant-lasalguns segundos debaixo dgua,sofrendo.

Mas o macaco rhesus, um primataasitico com jeito de babuno, est apara redimir seus colegas aquticos.Num estudo da UniversidadeNorthwestern, EUA, os macacosprecisavam apertar um boto paraganhar comida. Mas sempre que elesfaziam isso outros rhesus levavam umchoque (de leve, mas um choque).

Alguns macacos no se importaram.Mas com outros foi diferente. Opsiclogo americano Frans De Wallconta melhor: "Um macaco parou deapertar o boto por 12 dias depois de veroutro levar choque. Ele estava morrendode fome para no causar sofrimento aos

outros". Pois . No precisa ser gentepara pensar, se emocionar ou aproveitara vida. Nem para ser gente fina.

GALINHAS FAZEM PLANOS

Galinhas se preocupam com o futuro.

Cientistas ensinaram galinhas a bicar


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2 botes para obter 2 recompensas

distintas. Com o boto 1 elas

esperavam pouco (2 segundos) para

obter pouca recompensa (3 segundos

de acesso a comida). Com o 2, elas

esperavam muito (6 segundos) paraobter muito (22 segundos de

comilana). A concluso? A

pesquisadora britnica Christine Nicol

resume: "Com incentivo, as galinhas

foram capazes de exercer auto-

controle".

LNGUA PRIMATA

O vervet aqui em cima, um miquinho

africano, tem um idioma prprio.

um sistema de alarmes sonoros, em

que cada grunhido corresponde a um

predador. Grandes macacos, como

chimpanzs, tambm usam gestos e

expresses faciais. E tentam levar

vantagem em tudo. Um macaco que

tem uma leso na pata e descobre que,

enquanto estiver ferido, no atacado

pelo macho dominante, continua

mancando na frente dele depois de aferida ter sarado completamente.

QI canino

Os mais inteligentes

Border collie

Poodle

Pastor alemo Golden retriever

Doberman


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Os mais ou menos

Dlmata

Husky siberiano

Greyhound

Boxer Dinamarqus

Os menos

Shih-tzu

Chow chow

Buldogue

Basenji

Afghan hound

Os mais espertos

1 Grandes macacos e cetceos

Chimpanzs, gorilas, golfinhos e

baleias se comunicam bem entre si e

se entendem com os humanos.

2 Corvdeos

So aves superdotadas. Vivem em

sociedades complexas, se reconhecem

no espelho (coisa rara no mundo

animal). E confeccionam ferramentas.

3 Carnvoros sociais (lees,hienas, lobos)

No so grandes crnios, mas na hora

da caa cooperam com mais eficincia

que um time de futebol. Os cachorros,

parte desse grupo, so os que melhor

entendem nossa mente.

4 Animais de rebanho (vacas,

cabras)


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TAGS ESTUDOS E PESQUISAS INTELIGNCIA ANIMAL

COMPORTAMENTO ANIMAL

Tm cara de burros. So burros. Mas

mantm alguns vnculos sociais. E

sentem prazer, excitao e ansiedade.

Para saber mais

A Cabea do CachorroAlexandra Horowitz, Best Seller, 2010

Minding Animals

Marc Bekoff, Oxford University Press,2002

Wild MindsMarc Hauser, Henry Holt, 2000

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Comentrios 1

Lucas Lima de Almeida

S para informar. Tem muitos erros

ortogrficosno texto.

Mas achei a matria muito interessante. A

cincia uma coisa linda.

Sir Jones Kast, Ph.D.

Fodstico! Sempre soube e acreditei nisso.

Mas os exemplos e cincia comprovando fica

mais lindo.

Osmar Delmaschio

Onde esto os erros. No analisei commuito

cuidado, mas superficialmente no encontrei
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