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CIESP Oeste avança em novas parcerias bem sucedidas como as do SENAI com a CPTM

CIESP OESTE - Setembro/Outubro de 2008

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CIESP Oeste avança em novas parcerias bem sucedidas como as do SENAI com a CPTM

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O fortalecimento da indústria a partir da defesa dos interesses

dos empresários do setor requer esforços contínuos por

parte do sistema FIESP-CIESP. Ciente disso, o CIESP Oeste

passa a priorizar ações que levem o empresariado da região a

mergulhar concretamente na realidade de diferentes cenários

públicos locais e até mesmo nacionais, de modo a colocá-lo em

contato com uma dinâmica que surpreende tanto em relação a

potenciais desconhecidos quanto a problemáticas que precisam

ser superadas.

Esse modelo de ação, além de trazer aos nossos associados um

leque importante de informações, possibilita que, no âmbito cor-

porativo do ambiente industrial, sejam abertos debates em busca

de soluções via parcerias com os três níveis da administração

pública: federal, estadual e municipal. Exemplos dessa proposta

são as visitas que realizamos à Amazônia e aos bastidores da

Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Trabalhar em prol da indústria da região Oeste da capital e

área metropolitana vizinha significa, também, estar atento às

inovações da Tecnologia da Informação (TI). Fruto dessa opção

é a construção do grande portal de negócios on-line do CIESP

Oeste que, a partir do final de setembro, marcará uma nova era

no relacionamento dos associados com seus fornecedores.

Vale ressaltar, também, o empenho da Distrital Oeste em firmar

com empresas do comércio e prestação de serviços novos e

atraentes convênios, com vantagens significativas para quem está

filiado à entidade. É esse o panorama que procuramos mostrar

nesta edição bimestral da revista CIESP Oeste.

Fábio Paulo Ferreira

Diretor-Titular CIESP Oeste

Ações concretasDiretor Titular

Fábio Paulo FerreiraVice - Diretores

João Henrique MartinJosé Antonio Gregório

Conselheiros TitularesCarlos José Silva Bittencourt

Hélio de JesusThomas Barbosa DuckworthRodolfo Inácio Vieira Filho

Sebastião Aparecido Alves de CarvalhoOdila Sene GuandaliniCésar Rabay Chehab

Romolo CiuffoEdson AmatiHélio Mauser

Carlos BegliominiAccácio de Jesus

Pedro AmatiJorge Luiz Izar

Givaldo de Oliveira Pinto JuniorPaulo Antonini

Alcebíades de Mendonça AthaydeMarco Antonio Afonso da Mota

Conselheiros SuplentesBoaventura Florentim

Sérgio VezzaniBlanca Margarita Toro de Sasso

César Valentin ZanchetUrbano José FerreiraJosé Antonio Urea

José Rubens RadomyslerDelfim da Silva FerreiroRonaldo Amâncio GózGerente CIESP Oeste

Laura Gonçalves

CENTRO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIRETORIA DISTRITAL DA ZONA OESTE

Rua Pio XI, 500 – Alto da LapaCEP 05060-000 – São Paulo – SP

Tel. (11) 3641-0988 | Fax (11) 3641-1330Email: [email protected]

Site: www.ciespoeste.org.br

Revista Ciesp OesteProjeto, Edição e Comercialização: Página Editora

Ltda. Redação e Publicidade: Rua Marco Aurélio, 780. Vila Romana. Telfax: (011) 3874-5533. E-mail: [email protected]. Diretor: Ubirajara de Oliveira. Textos: Eduardo Fiora e Lúcia Helena Oliveira. Fotografia: Alexandre Virgílio, Julia Braga e Tiago De Carli. Produção de anúncios: Alcir Gomes. Publicidade: Marisa Pernicone, Patrícia Segura, Rosana Braccialli. Impressão: Arvato do Brasil Gráfica. Tiragem: 3 mil exemplares.

editorial

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Realidade sobre trilhos

Um dos principais problemas da região metropo litana de São Paulo, o transporte co-

letivo é assunto que preocupa os empresários da indústria. Exata-mente por isso foi escolhido pela diretoria do CIESP Oeste como o primeiro de uma série de temas sobre os quais eles terão a opor-tunidade de se informar melhor. A proposta da Distrital é promo-ver uma imersão dos associados na realidade da cidade, abrindo portas para que eles conheçam a situação atual, as soluções previstas e as formas de contri-buir para melhorar as condições de vida e trabalho sob diversos aspectos. Além do transporte público, temas como educação, saúde e meio-ambiente farão par-

Em visita à CPTM, associados do CIESP Oeste conhecem as me-

lhorias previstas para as linhas que cobrem a região e as cidades

vizinhas. Entre elas estão a redução do intervalo entre os trens

e a utilização de composições mais longas.

Visita ao Centro de Formação Profissional da CPTM-Senai incluiu palestra sobre investi-mentos e passagem pela sala de simulação de operações

te da pauta de assuntos a serem trabalhados.

O ponto de partida dessa imersão foi uma visita ao Cen-tro de Formação Profissional da Companhia Paulista de Trens Me-tropolitanos – CPTM, localizado na Vila Leopoldina, que incluiu um passeio por uma das linhas que cobre a região Oeste da ci-dade, ligando Osasco ao bairro do Grajaú, na Zona Sul.

Considerado referência na formação de mão-de-obra para o setor ferroviário, o centro tem uma parceria com o SENAI-SP, oferecen-do cursos de capacitação técnica e gerencial na área e treinando profissionais para trabalhar tanto na própria CPTM quanto em outras empresas de diversos segmentos.

ações

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Viagem monitorada possibiltou visão mais ampla do dinamismo da CPTM que investe em composições mais longas transportando mais passageiros/hora

CPTM em números· 6 linhas em operação· 261 KM de linhas férreas· 22 municípios atendidos· 89 estações· 1.850.000 passageiros atendidos/dia· 6.184 empregados· Serviços oferecidos aos usuários: Acessa São Paulo (inclusão digital); bicicletário; embarque preferencial de idosos, gestantes e pessoas com defici-ência física; estacionamento

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“É uma iniciativa pioneira que nasceu em 1943, nas antigas oficinas da São Paulo Railway (SPR)”, diz o diretor do Centro de Operações Ivan Aparecido de Souza Moreno. “Já a parceria com o SENAI data de 1961 e tem sido fundamental para dotar o centro de recursos de primeira linha”

Parceria Público-Privada

A existência de uma escola de formação profissional de primeira linha, no entanto, não garante a total eficiência do sistema de transporte sobre trilhos oferecido pela CPTM. De acordo com o próprio diretor do centro, há muito ainda a se fazer para melhorar os serviços prestados aos usuários. A boa notícia é que existe, hoje, a real perspectiva de transformar, a curto prazo, o transporte via trem metropolitano em uma das melhores opções de locomoção para quem mora ou trabalha na região Oeste de São Paulo.

Isso porque, por meio de uma Parceria Público Privada – PPP, já

sacramentada pelo governo, as li-nhas 8 e 9 da CPTM, que cobrem os bairros dessa área da cidade, che-gando até importantes municípios vizinhos, como Itapevi e Osasco, receberão, até 2011, investimentos da ordem de R$ 10 bilhões.

Os recursos serão utilizados na reforma e construção de no-vas estações, modernização dos trens, melhoria das vias férreas e da sinalização, além de controle e segurança de tráfego.”A previ-são é de que, em 2012, as duas linhas estejam atendendo a cerca de 3,3 milhões de passageiros, número significativamente su-perior aos 1,8 milhão atendidos atualmente”, informa o gerente de operações José Carlos Gan-zarolli.

Na linha 8 – que liga a estação Júlio Prestes, no centro da Capital, a Itapevi, na Grande São Paulo -, a reforma das estações, trará benefícios como maior oferta de lugares/hora/sentido que passará de 20 mil para 34 mil. O ramal

transporta 387 mil passageiros diariamente. Já a linha 9, que liga Osasco ao bairro do Gra-jaú (Zona Sul) teve aumentada a oferta de lugares em 12% no pico da manhã.

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Made in Brazil... na ChinaAo completar 50 anos, a metalúrgica paulista JotaeMe Fitafer

coloca em prática um agressivo plano estratégico, o que leva o

gerente geral Osvaldo Vicini a articular investimentos em tec-

nologia e capacitação de mão-de-obra.

Para nós brasileiros, acostu-mados a ler nas etiquetas de grande parte dos produtos

que consumimos o selo “Made in China” , o título acima pode surpreender. A boa notícia é que ele não está equivocado: de acordo com o último levanta-mento da Câmara de Comércio Brasil-China, o saldo da balança comercial entre os dois países está positivo para o nosso lado e é cada vez maior o número de empresas nacionais que conse-guem conquistar um lugar ao sol no cobiçado mercado chinês.

Uma das que comemoram o

feito é a JotaeMe Fitafer, indústria metalúrgica com sede em Fran-co da Rocha (SP). Ela acaba de fechar contrato com um grande fabricante do setor automobilís-tico recém-instalado na China para exportar componentes de autopeças.

Para chegar lá, o investimento em qualidade, marca registrada da empresa em seus 50 anos de atuação, foi fundamental. “Nossas peças tiveram a melhor avaliação entre as muitas analisadas pelos chineses em visita a diversas em-presas de várias partes do mundo”, explica o gerente geral Osvaldo

associados

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Funcionários recebem mais de 100 horas de treinamento por ano e trabalham em um ambiente que impressiona pela organização e limpeza.

Qualidade das peças produzidas pela JotaeMe Fitafer já são reconhecidas no Brasil e, agora, conquistam o exigente mercado chinês.

Vicini. “Fechar um grande contrato de exportação em um momento em que o real está supervalorizado é um feito a ser destacado”, come-mora.

Ao completar seu cinqüen-tenário, a JotaeMe Fitafer pro-cura guardar ainda “um suspiro de empresa familiar, mas com um forte ar de profissionalis-mo”, como gosta de descrever Vicini. Fundada pelo imigrante alemão Jacob Martin, que veio

para o Brasil em 1920 trazen-do na bagagem um profundo conhecimento de mecânica, a metalúrgica nasceu produzindo arruelas, peças de aço normal-mente usadas para auxiliar na fixação de parafusos.

Inclusão social

Passado meio século, o nú-mero de itens fabricados pela JotaeMe saltou para 1.200. Ela fabrica 50 milhões de peças por mês, para todos os tipos de seg-mentos: de autopeças a eletro-eletrônicos, passando pela moda e estética. “É essa diversidade de

produção e de setores atendidos que nos garante o equilíbrio”, diz Vicini. “Se um ou outro segmento vai mal, isso não chega a afetar a empresa”.

Localizada em uma área de 55 mil metros quadrados em Franco da Rocha, município da Grande São Paulo, a JotaeMe emprega 350 funcionários, alguns deles contratados via parceria firmada com o Hospital Psiquiá-trico da cidade. Por meio desse trabalho social, vários internos em tratamento no hospital são conduzidos diariamente à empre-sa, em veículos da metalúrgica, para trabalhar em setores como o de limpeza.

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Muito bem localizada dentro da re-gião metropolitana de São Paulo - próxima de dois aeroportos (Guarulhos e Viracopos), interligada por importantes rodovias (Fernão Dias e Anhanguera-Bandeirantes) e bem servida por transporte coletivo – a cidade de Franco da Rocha trabalha, hoje, para se tornar um pólo industrial e de serviços.

O município passa por um processo de revitalização da região central, que visa melhorar a “cara” da cidade, e investe na qualificação da mão- de-obra local, por meio de parcerias com o SEBRAE e FIESP-CIESP, além de uma moderna Escola Técni-ca Paula Souza, que proporcionam cursos e treinamentos para a população.

Qualificar cada vez mais a mão-de-obra local, mobilizar o empresariado e diversos segmentos em prol da melhoria da imagem do município, no sentido de

ser cada vez mais atraente para novos investidores e empreendedores, são os grandes desafios para o desenvolvimento da cidade, segundo o diretor de Desen-volvimento Econômico e Emprego do município, Arthur Galhano.

Para tanto, a administração munici-pal tem investido muito na formação de bases sólidas ou equipamentos públicos que atraiam ainda mais as indústrias e comércio para a região. “Hoje temos aproximadamente 150 indústrias instaladas em quatro pólos industriais localizados na cidade, além de grandes redes varejistas, como Casas Bahia,Pernambucanas, Eletro, Marabraz e Ponto Frio”, diz Galhano. “Mas o município tem potencial para dobrar o número de indústrias e movimentar ainda mais o comércio que hoje representa por volta de 38% do PIB local”.

Ligue chope

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· Empresa: JotaeMe Fitafer· Ano de fundação: 1958· Composição do capital: 100% nacio-nal· Área construída: 32 mil m2

· Produção: 50 milhões de peças por mês, para todos os tipos de segmentos: de autopeças a eletroeletrônicos, passando pela moda e estética.· Endereço: Rua Miguel Segundo Lerussi, 53, Parque Industrial – Franco da Rocha· Telefone.: (11) 4443-1100· Site: www.jmfitafer.com.br

PerfilP ara nós brasileiros, acostu-

mados a ler nas etiquetas de grande parte dos produtos

que consumimos o selo “Made in China” , o título acima pode surpreender. A boa notícia é que ele não está equivocado: de acor-do com o último levantamento da Câmara de Comércio Brasil-Chi-na, o saldo da balança comercial entre os dois países está positivo para o nosso lado e é cada vez maior o número de empresas na-cionais que conseguem conquis-tar um lugar ao sol no cobiçado mercado chinês.

Uma das que comemoram o feito é a JotaeMe Fitafer, indústria

metalúrgica com sede em Franco da Rocha (SP).

Franco da Rocha: cidade aberta para o progresso

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Relato de uma viagem de empresários e executivos ligados ao CIESP Oeste e CIESP Norte para con-hecer de perto uma das regiões mais cobiçadas do planeta

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A aeronave militar que trans-portava a comitiva cruzou o espaço da Amazônia legal,

envolvendo os Estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Ro-raima, além do Tocantins, Mato Grosso e o Oeste do Maranhão. O cenário, visto do alto, impressio-na. São florestas e rios a perder de vista. De fato, a Bacia Amazônica tem a mais vasta superfície drena-da do mundo. A região apresenta 23 mil km navegáveis e abriga 16% da água doce do planeta.

É o maior potencial hidrelé-trico total do país, apesar da baixa declividade do seu terreno. Só o Amazonas tem cerca de 7 mil afluentes. “E como ficamos nós, brasileiro, diante de tudo isso? Como ficamos politicamente, di-plomaticamente e militarmente? Precisamos ver se somos fortes o suficiente para impor as nossas condições. O preço da água que vamos vender, por exemplo. Por-que, sem dúvida, nós vamos ven-der água, muito mais valorizada que o petróleo”, alerta o general

Lessa.

Tesouro da biodiversidade

Se a Amazônia fosse somente água, já teria potencial suficiente para chamar a atenção interna-cional, afinal, não faltam fóruns globais pra a discussão de um tema ambiental de suma importância: o consumo da água como provável fator de desestabilização mundial. Mas a região não é apenas um tesouro genético imensurável. A floresta cobre 70% da região, perfazendo 75% das reservas brasileiras e 30% da mundial. “Estimam-se, para o conjunto, uma reserva madeireira de 50 bilhões de m3, com apenas 15 bilhões de m3 comerciáveis”, explica o general Lessa. A variedade vegetal na Amazônia mostra 200 espécies diferentes de árvores por hectare, 1.400 tipos de peixes, 1.300 tipos de pássaros e 300 tipos de ma-míferos. É um ecossistema que detém cerca de 30% do estoque genético do mundo. Isso quer dizer

Um território ricoRevista CIESP Oeste lança série de encartes especiais para

abordar a polêmica questão da soberania da Amazônia, uma

área repleta de recursos naturais no solo e subsolo e que vem

sendo objeto da cobiça e interesses internacionais.

Um mergulho na realidade dis-tante de um Brasil desconhecido pela maioria de seus habitantes que nem ima-ginam o tamanho e o valor das reservas naturais do solo e subsolo do seu País. Um relato detalhado e ao mesmo tempo didático de como esse imenso território (5 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a uma Europa inteira, exceto a Rússia) é fragilmente protegido pelo governo federal e, ao mesmo tem-po, fortemente cobiçado por interesses internacionais.

Foi esse o conteúdo da viagem informativa organizada pelo Comando Militar da Amazônia (CMA) que convidou um grupo de empresários e executivos li-gados ao CIESP Oeste e CIESP Norte para conhecer de perto a região, que hoje é o centro de um intenso e caloroso debate sobre soberania nacional e ameaça de in-vasão branca. Tanto em Manaus, onde fo-ram recebidos pelo comandante do CMA, general Augusto Heleno Ribeiro, como em São Paulo - onde o CIESP, FIESP e ou-tras entidades corporativas promoveram um seminário sobre o tema, que contou com a participação do ex-comandante do CMA e hoje na reserva, general Luiz Gonzaga Lessa – os empresários puderam ter uma clara idéia dos problemas que o Exército brasileiro enfrenta na sua missão constitucional de defender a soberania do território nacional.

“Apresentação”

PATROCÍNIO

especial

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que 30% de todas as seqüências de DNA que a natureza combinou estão no Brasil. “Imaginem o que isso não significa em termos po-tenciais para a indústria mundial de produtos farmacêuticos, bio-químicos e agronômicos”, lembra o general Heleno.

O avanço mundial da biotec-nologia aplicada à agricultura faz com que os cientistas busquem sua matéria-prima no patrimônio genético de plantas e animais. Não é à toa, portanto, que a Amazônia esteja no centro das atenções das grandes corporações transnacionais.

Riquezas minerais

Na Amazônia há também um incontável potencial de riquezas minerais. Podemos dizer que lá se encontram todos os tipos de

minerais conhecidos, inclusive os chamados minerais raros. O nióbio, por exemplo, é um metal biocompatível, similar à platina e ao titânio, mas mais barato. O Brasil tem 95% das reservas mun-diais desse metal localizadas na região da Cabeça do Cachorro, em torno de São Gabriel da Ca-

choeira, no Amazonas. O Brasil produz mais de 90% de todo o nióbio do mundo. Processado por técnicas modernas, ele pode ser usado em bocais para foguetes, fios-máquina para produção de parafusos, até próteses de ossos humanos, entre outras aplicações. Em 2005, a Alcoa, empresa

No primeiro dia da visita à região, as comitiva do CIESP Oes-te e CIESP Norte conheceram as instalações do Comando Militar da Amazônia (CMA), onde foram recepcionados pelo comandante, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira .“Participamos de uma palestra de quatro horas com o general, que expôs em detalhes a complexa situação da demar-cação de terras indígenas, a inge-rência estrangeira na Amazônia e o difícil patrulhamento da área

de fronteira, conta o diretor-titular do CIESP Oeste, Fábio Ferreira. “Depois da palestra participamos de um almoço no quartel”, acrescenta Ferreira.

Localizado na Avenida do Expedicio-

nário, no bairro Ponta Negra, em Manaus, a história do CMA remonta ao ano de 1956, com o então Grupamento de Elementos de Fronteira, em Belém do Pará, porta de entrada para a conquista da Amazônia e, hoje, ponto de partida para o seu desenvol-vimento. Mudou-se para capital Manaus em 1969, sede atual.

Com o passar dos anos, o Comando Militar da Amazônia cresceu de importância no cenário nacional e, hoje, engloba organi-zações militares de todas as armas e todos os serviços, participando do processo de con-solidação da defesa do território nacional, protegendo mais de 11 mil Km de fronteiras com sete países sul-americanos, fator que impõe ao CMA preocupação constante com o treinamento do seu contingente, formado em grande parte por índios e mestiços.

Palestra expôs cenário preocupante

General Heleno recebeu a comitiva do CIESP Oeste e CIESP Norte e revelou um quadro alarmante, que precisa ser discutido amplamente entre governo e sociedade.

Matas e rios guardam riquezas naturais. Cerca de 16% da água doce do planeta está na Amazonia, o que desperta a atenção das potencias globais.

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A aeronave militar que trans-portava a comitiva cruzou o espaço da Amazônia legal,

envolvendo os Estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Ro-raima, além do Tocantins, Mato Grosso e o Oeste do Maranhão. O cenário, visto do alto, impressio-na. São florestas e rios a perder de vista. De fato, a Bacia Amazônica tem a mais vasta superfície drena-da do mundo. A região apresenta 23 mil km navegáveis e abriga 16% da água doce do planeta.

É o maior potencial hidrelé-trico total do país, apesar da baixa declividade do seu terreno. Só o Amazonas tem cerca de 7 mil afluentes. “E como ficamos nós, brasileiro, diante de tudo isso? Como ficamos politicamente, di-plomaticamente e militarmente? Precisamos ver se somos fortes o suficiente para impor as nossas condições. O preço da água que vamos vender, por exemplo. Por-que, sem dúvida, nós vamos ven-der água, muito mais valorizada que o petróleo”, alerta o general Lessa.

Tesouro da biodiversidade

Se a Amazônia fosse so-mente água, já teria potencial suficiente para chamar a atenção internacional, afinal, não faltam fóruns globais pra a discussão de um tema ambiental de suma importância: o consumo da água como provável fator de desestabilização mundial. Mas a

região não é apenas um tesouro genético imensurável. A floresta cobre 70% da região, perfazendo 75% das reservas brasileiras e 30% da mundial. “Estimam-se, para o conjunto, uma reserva madeireira de 50 bilhões de m3, com apenas 15 bilhões de m3 comerciáveis”, explica o general Lessa. A variedade vegetal na Amazônia mostra 200 espécies diferentes de árvores por hecta-re, 1.400 tipos de peixes, 1.300 tipos de pássaros e 300 tipos de mamíferos. É um ecossistema que detém cerca de 30% do es-toque genético do mundo. Isso quer dizer que 30% de todas as seqüências de DNA que a natu-reza combinou estão no Brasil. “Imaginem o que isso não signi-fica em termos potenciais para a indústria mundial de produtos farmacêuticos, bioquímicos e agronômicos”, lembra o general Heleno.

O avanço mundial da bio-tecnologia aplicada à agricul-tura faz com que os cientistas busquem sua matéria-prima no patrimônio genético de plantas e animais. Não é à toa, portan-to, que a Amazônia esteja no centro das atenções das grandes corporações transnacionais.

Membros da Comitiva do CIESP Jorge Izar, Fábio Ferreira e Mário Santos, recepcionados pelo Comando Militar em São Gabriel da Cachoeira.

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“Na próxima edição,em novembro”

A demarcação das terras. O julga-mento no Supremo Tribunal Federal repercute nacionalmente e também no exterior, com a ONU acompanhando de perto a decisão da Suprema Corte brasi-leira a respeito da fragmentação ou não das reservas indígenas. Para o Exército nacional, a demarcação contínua deve ser evitada. Os generais afirmam que boa parte dos índios da região Raposa Serra do Sol é favorável à demarcações em ilhas. Segundo os militares, esse modelo facilita a ação constitucional das Forças Armadas.

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A partir de 25/9 os associados do CIESP Oeste vão poder contar com uma ferramenta

exclusiva on-line para compra e venda de insumos e serviços. O objetivo é possibilitar uma eco-nomia de 15 a 25% nos gastos que envolvem pesquisa de preços para aquisição dos mais diversos produtos necessários ao funcio-namento de uma indústria, como material de escritório e informá-tica, por exemplo.

O sistema, desenvolvi-do pela eOrbital Telecom em parceria com a AS Computadores, oferece a compradores e fornecedo-res soluções para facilitar, de um lado, as cotações de preço e, de outro, a expo-sição das condições para a aquisição dos produtos.

O Portal de Negócios CIESP Oeste difere dos serviços oferecidos hoje pelos sites de e-commerce, como Mercado Livre e Submarino, em um ponto crucial: é capaz de medir a qualidade

Ao alcance do mouseCIESP Oeste apresenta aos associados o seu portal de negócios,

que tem por objetivo facilitar a compra e venda de insumos

e serviços com qualidade e segurança. Meta é inaugurar o

sistema com cerca de 400 compradores.

dos fornecedores e compradores cadastrados. “Quem não estiver dentro dos padrões considera-dos satisfatórios será excluído ”, explica o diretor comercial da eOrbital, Ricardo de Souza Stefanone.

Vantagens na compra e venda

Para quem comprar pelo sistema, uma das vantagens é a facilidade e transparência. O comprador divulga as especificações e quantidades dos produtos que deseja adquirir e dire-ciona a lista a todos os fornecedores cadastrados ou apenas àqueles que quiser. Poderá visualizar as cotações recebidas por diversos parâmetros, como preço ou prazo de pagamento. Se não estiver satisfeito com o resul-tado, tem a opção de convidar os fornecedores a participar de um leilão on-line, no qual os preços são abertos.

Já os fornecedores têm a chan-ce de aumentar potencialmente suas vendas, pois contam com um cadastro de empresas com forte potencial comprador.

Fábio Ferreira, diretor-titular do CIESPOeste (C), com a equipe da eOrbital e AS Computadores: sistema será inaugurado com evento na sede da Distrital em 25/9.

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14 • CIESP OESTE

A atual política de juros altos adotada pelo governo não tem sido empecilho para as

exportações. De acordo com o diretor de Relações Internacionais e Comércio Exterior do CIESP, Ricardo Martins, o maior entrave ao engajamento das empresas, em especial das pequenas e médias, no comércio internacional é que os empresários ainda não encaram as ferramentas existentes hoje para acesso ao mercado externo como ponte para a exportação. “O CIESP tem toda a estrutura e profissionais gabaritados para dar o suporte a quem quer exportar”, diz.

É possível exportarDistrital Oeste organiza evento para mostrar a executivos

das pequenas e médias empresas os melhores caminhos

para atuar com sucesso no mercado externo. Seminário

contou com a parceria do Sebrae-SP, IPT e Banco do Brasil.

Com o objetivo de informar quem quer se inserir no mercado internacional, a Distrital Oeste realizou, em 21 de agosto, o Se-minário “Ferramentas de Acesso a Mercados”, que contou com a presença, como palestrantes, de especialistas do SEBRAE, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e do Banco do Brasil.

Para os pequenos e médios empresários, a orientação de Claudete Garcia, especialista em comércio exterior do SEBRAE-SP, é que procurem se inserir no mer-cado internacional por via indireta, apoiando-se em comerciais expor-

Ricardo Martins (E) e Fábio Ferreira, do CIESP: objetivo é dar subsídios para incentivar os associados que querem se inserir no mercado internacional.

seminário

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CIESP OESTE • 15

tadoras ou trading companies.

IPT-USP e BB como parceiros

Outra ferramenta interessante para quem está ingressando no mercado externo é o PROGEX, pograma de apoio tecnológico à exportação desenvolvido pelo IPT. “O PROGEX possibilita que, mediante a adequação técnica de produtos, a empresa amplie sua base exportadora, oferecendo mercadorias com maior conteúdo e valor agregado”, diz Ílio De Nardi Jr., responsável pela área no IPT.“Os produtos são adequa-dos de acordo com as exigências de cada país relativas à qualida-

de, custo, embalagem, design, certificação e normas técnicas”, explica.

Já o Banco do Brasil oferece, além de diversas linhas de finan-ciamento, programas e serviços específicos para quem quer se inserir no mercado externo. Um deles é o Exporta Mais, que presta assessoria completa às micro e pequenas empresas. O outro é o

IPT - tel: (11) 3767-4722 email: [email protected] site: www.ipt.brSEBRAE-SP - tel: (11) 3177-4738 Email: [email protected] Site: www.sebraesp.com.brBanco do Brasil - tel: (11) 3491-3939 Email: [email protected] Site: www.bb.com.br

Balcão de Comércio Exterior, no qual as empresas podem fazer negócios com parceiros estran-geiros utilizando o site do Banco do Brasil.

Durante o seminário, associados puderam tirar dúvidas e se informar sobre as ferra-mentas para exportação disponíveis para pequenas e médias empresas.

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16 • CIESP OESTE

O amigo dos livrosCom o apoio dos associados e conveniados do CIESP Oeste,

Carlos Furlan, idealizador do projeto Revista Leia Mais,

pretende difundir a leitura dentro das empresas. Ao atingir

trabalhadores, iniciativa pretende chegar a familiares e amigos.

Do projeto de Carlos Furlan faz parte, além da revista, uma livraria em Perdizes. O sonho do jornalista é criar uma fundação de incentivo à leitura.

Tiag

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e C

arli

Revista Leia Mais – (11) 3801-9272 [email protected]ço Leia Mais – (11) 3673-0622 [email protected] Rua Itapicuru, 419

Serviço

A revista Leia Mais, especiali-zada na divulgação de lança-mentos de livros, está passan-

do por uma reformulação. Ao invés de circular apenas com anúncios de obras literárias terá também espaço para que empresas de qual-quer ramo de atividade divulguem sua logomarca. Quem anunciar, receberá o selo “Empresa Amiga da Leitura”, que poderá ser usado como ferramenta de marketing.

O diferencial do contrato de publicidade é que o total do valor pago pelo anúncio volta para a própria empresa na forma de livros. “A empresa escolhe os livros que quer dentro do catálogo oferecido pela Leia Mais e pode dar o destino que quiser a eles, como criar uma biblioteca ou pre-miar funcionários”, explica Carlos Furlan, diretor da Leia Mais.

Como a Leia Mais é conve-niada ao CIESP Oeste, todas as empresas ligadas à entidade terão condições especiais nos anún-cios. Além disso, uma parte dos livros a que elas terão direito será

doada ao CIESP. A revista dará ao anunciante um espaço para que ele divulgue o destino dado aos livros.

Bons negócios à mesa

A sede do CIESP Oeste, no Alto da Lapa, abrigará, periodicamente, uma “feira de negócios” que vai expor os produtos e serviços oferecidos por conveniados e associados da entidade. O objetivo é estreitar o relacionamento e incentivar o intercâmbio comercial entre as duas partes.

“O CIESP deve ser, acima de tudo, um local para promover negócios e, por isso, vamos trabalhar para que todos que fazem parte da entidade possam encon-trar, aqui, bons parceiros comerciais”, diz o diretor-titular do CIESP Oeste, Fábio Ferreira.

No primeiro encontro, realizado em 18 de agosto, mais de 10 associados e conveniados expuseram seus produtos ou serviços durante um café da manhã. “É uma iniciativa muito importante, pois partiu das próprias empresas”, diz a diretora do Departamento de Relações Institucionais do CIESP Oeste, Cassiana Brito Nogueira, responsável pela organização da primeira edição da feira. “Pretendemos que esses encontros aconteçam uma vez por mês e reúnam um número cada vez maior de empre-sários”, ressalta.

Associados e conveniados se reúnem em café da manhã, que devem ser tornar periódicos, para promover intercâmbio comercial

Julia

Bra

gaconvênio

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