CINERGÉTICA TÂNTRICA

Cinergética é um conceito central da Tantrik, é o movimento da

energia do PranaH pelas diversas camadas, pessoal, de

relacionamentos, de grupos, e também Espiritual. Pela

Cinergética colocamos em movimento as energias que são

chamadas de Shaktis, forças, ou simplesmente energia. Uma vez

dentro do nosso corpo, estas energias simbolizadas são imagens

que se manifestam como emoções ou sentimentos, assim

emoções ou sentimentos são imagens vivas feitas de energia –

PranaH. Nós lidamos com estas energias assimilando imagens e

impressões, e interagindo com elas dentro de nós e fora de nós.

A forma de usar este poder se dá pelo uso das palavras, tanto

para se pensar como para se comunicar com outras pessoas. A

palavra usada como um poder é Mantra, toda palavra é mantra,

é uma forma de mover a energia, em nós e nos demais. A

Cinergética tem como proposta devolver você ao seu próprio

campo de experiências no presente. A cinergética é justamente

usar a energia onde você a quer.

Existem três grupos de uso da energia, ou Shakti com um poder.

Cinergéticas do Autoconhecimento

CA1 - Auto Conhecimento – capacidade de reconhecer as

próprias energias/emoções (PranaH) e sentimentos quando elas

ocorrem; fluxo de energia ou Shakti.

CA2 - Auto Controle – capacidade de lidar com os próprios

sentimentos (PranaH), adequando-os a cada situação vivida;

Shakti mantra; Danda Pratik.

CA3 - Auto Motivação – capacidade dirigir o PranaH

(energia/emoções) a serviço de um objetivo ou realização

pessoal; uso do Danda Pratik.

Ninguém desperta kundaliní alguma por nenhum exercício ou

técnica alguma: o que ocorre é que gastamos uma enorme

quantidade de energia e kundaliní é justamente a energia, a mesma

da digestão, da visão dos pensamentos e no processo da cinergética

o que se faz é parar este gasto absurdo por uns momentos, e então a

energia que estava distribuída se torna axial e assim temos uma

experiência de poder se autoconhecer, então esta energia como

Kundaliní é como um poder possível, que já realiza inúmeras tarefas,

no nosso corpo e mente, e com a cinergética ela se torna axial, pois

toda energia tende a se deslocar circundando um eixo, e neste caso a

coluna, abandonando as tarefas comuns pois elas não precisam serem

realizadas naquele momento, e a cinergética ou meditação é apenas

isto, tirar os sentidos e trazê-los para dentro, ou recolhê-los e assim a

energia que sobra, é kundaliní.

Cinergéticas dos Relacionamentos

CR1 - Reconhecimento do PranaH( energias/emoções) em outras

pessoas, reconhecer emoções no outro e empatia de

sentimentos;

CR2 - Relacionamentos inter-pessoais, interação do PranaH

com outros indivíduos utilizando competências pessoais, sociais

e espirituais.

Cinergética Social

CS1 - Organizando a Cinergética dos Grupos, habilidades que

envolvem a iniciativa e a coordenação dos esforços de um

grupo para o melhor resultado, habilidade de obter do grupo o

reconhecimento da liderança passiva e uma cooperação

espontânea.

CS2 - Negociando as Soluções energéticas, característica do

mediador, prevenindo e resolvendo conflitos.

CS3 - Empatia energética é a capacidade de, ao identificar e

compreender os desejos e sentimentos dos indivíduos, reagir

adequadamente de forma a canalizá-los ao interesse comum.

CS4 - Sensibilidade Social - é a capacidade de detectar e

identificar sentimentos e motivos das pessoas.

Cinergética Espiritual

CE1 – Capacidade de mover o PranaH em seu próprio corpo ao

longo da Citriní Nadi na coluna vertebral, produzindo a

iluminação da consciência na Pralaya e consciência ativa na

Laya.

O uso da linguagem na Cinergética

Como toda palavra move forças, existe um tipo de linguagem

que deve ser evitada no dia-a-dia. Um conceito muito abordado

e importante dentro da Cinergética, é o hábito comum, gerado

e fortalecido pela comunicação com a verbalização, que o ser

humano adota desde cedo para gerar culpa, insatisfação e um

sofrimento reativo, quando se verbaliza um erro, um fracasso,

na maioria das vezes, este tipo de expressão gerou e irá gerar

sempre sentimentos de culpa, de incapacidade, de

incompetência repetidamente. Mas o fato pode ser encarado

sob a perspectiva dos resultados positivos, como imaginar a

frase desta forma: “ Eu tive um resultado insatisfatório quando

tomei essa decisão.” Assim, outros tipos de pensamentos são

provocados, como por exemplo, imaginar o que seria preciso

fazer para se obter um resultado satisfatório. Neste contexto da

aplicação do mantra pela Cinergética, os sentimentos de culpa e

de incapacidade são mais facilmente isolados, para que a

focagem seja a busca de soluções. Portanto, é fundamental estar

atento a que tipos de perguntas o indivíduo faz para si próprio,

no seu diálogo interno na CA (Cinergética de

autoconhecimento). Dizer expressões como “Tudo está errado

comigo, nada está bom.”, “Sempre dá tudo errado comigo.”,

“Sempre me prejudico.”, que é usar o mantra, e que por sua

vez usa o PranaH Udána para generalizar uma situação ruim ou

desagradável, o que acaba gerando uma espécie de

concordância interna que forma um circuito nos elementos mais

sutis no corpo de energia. O cérebro e a mente estão

programados para dizer sim para os pensamentos.

Deve-se tomar extremo cuidado com as palavras do tipo: "sempre",

"nunca", "impossível", "jamais", pois elas são limitadoras, sinônimos de

restrição e impossibilidade. Além de impedir o desenvolvimento

energético e espiritual em vários setores da vida, limitam a

possibilidade de encontrar a solução para os problemas e as

adversidades comuns.

O conjunto “Se” “Mas…” é outro tipo de linguagem a ser usada

cautelosamente, pois podem representar poderosos destruidores de

novas perspectivas, pensamentos e inovações e criação. Exemplo:

“Estou feliz com meu novo emprego, mas ainda preciso aumentar

minha renda.” Percebe-se como o “mas” acaba por minimizar e

anular a importância de estar feliz. Seria mais positivo imaginar isso

dito dessa forma: “Estou feliz com meu novo emprego, e ainda

quero aumentar minha renda.” No segundo exemplo, observa-se que

existe um grau maior de convicção, existe a evidência de um

sentimento importante. Esta postura faz grande diferença, pois a

pessoa sai de uma condição de vítima/passiva para uma condição de

comando sobre o que deve fazer.

Cinergética Espiritual

O objetivo da cinergética é fazer a alquimia do pranaH com o

apanaH. Os dois juntos são Kundaliní. Então. antes de adentrar no

tema da cinergética espiritual é necessário uma elucidação sobre esse

tema relacionado que causa muita confusão: Kundaliní.

Primeiro: Kundaliní não fazia parte da yoga. Não há citação

nenhuma em nenhum texto. Somente no século 10 da nossa era é

que se uniu o yoga com o tantra (mesmo assim o tantra não faz

parte do Sanatana Dharma do Hinduísmo). Foi com a publicação do

Sat Cakra Nirupana em 1914 que se trouxe uma luz sobre isto. Neste

manuscrito, elaborado em 1505, aparece kundaliní desenhada.

Enfim,Kundaliní é o nome da energia em seu estado POTENCIAL. Se

você pega toda a energia do corpo, toda ela é kundaliní mas usada

em algo como digestão e outras funções. Então, Kundaliní e PranaH

são quase a mesma coisa. Mas kundaliní como pranah no corpo se

chama de Pranuttana. Só existe uma forma de despertar esta força:

por exercício físico. Aqui entra a Cinergética Espiritual.

A cinergética vai usar essa energia para outras coisas como por

exemplo: se relacionar, meditar e o que for. Se faz isso parando o

gasto absurdo, que temos nas nossas funções corporais, por uns

momentos, e então a energia que estava distribuída se torna axial, e

assim temos uma experiência de poder se autoconhecer, então esta

energia como Kundaliní é como um poder possível, que já realiza

inúmeras tarefas, no nosso corpo e mente, e com a cinergética ela se

torna axial, pois toda energia tende a se deslocar circundando um

eixo, e neste caso a coluna, abandonando as tarefas comuns pois elas

não precisam serem realizadas naquele momento, e a cinergética ou

meditação é apenas isto, tirar os sentidos e trazê-los para dentro.

Então, o tantra buscou técnicas de retirar os sentidos dos orgãos de

ação e recolhê-los na mente. Esta reviravolta possibilita que

tenhamos contato com nossa consciência - sem os sentidos e sem a

interferência da gravidade.

Se quero meditar então tenho que tirar a energia de um monte de

coisas e deixar ela se manifestar. Tenho que levar o corpo a um

estado de imobilidade. A respiração é acalmada (ou parada) e por

fim os pensamentos são assimilados até que desapareçam por

completo, a partir daí começa a surgir uma vibração (spanda). Pra se

conseguir isso há exercícios secretos tântricos conhecidos como

PranaKriya.

O PranaKriya começa pelas chaves ou bandhas: jiva bandha,

jalandhara bandha, e mula bandha.

A parte da explicação dos exercícios ficará para um próximo texto.

Adendo:

Princípios fundamentais sobre a Cinergética Espiritual com Pranuttana

(Kundaliní).

1. Pranuttana é a energia total do ser humano usada em todos os

processos físicos e mentais.

2. Pode ser deslocada pelo eixo axial da coluna ou Merudanda.

3. Poder ser transmitida por outra pessoa pela indução na Diksha.

4. É despertada no abdome, pelo encontro do PranaH e do Apana.

5. Seguindo a ordem e o mantra doado, surge Udhyana Bandha, a

contração da cintura abdominal.

6. Entra no canal principal ou Citriní Nadi dentro de Sushumna

Nadi.

7. No canal Citriní o ar deixa de passar pelas narinas e surge o

Kevala Kumbhaka, uma respiração sem ar polarizado.

8. Com 12 dias na via real, com a energia no canal central, surge o

Samádhi.

9. Com o Samádhi o canal está desobstruído permanentemente.

10. Não é mais necessário o controle da respiração.

11. Surgem os sinais como odores, sons e a visão de cores.

12. A energia pode ser assentada pela Shambhavi. Olhar exterior

fixo.

13. Ou pelo olhar interior, Bhrumadhyadrsti, na pérola azul. Olhar

interior fixo.

14. Ou ouvindo o Náda interior. O som interior.

Asanas, drogas, mudras, são apenas facilitadores de um ou de outro

ponto. 12, 13 e 14 são os melhores assentamentos, 12,13 e 14 são

formas de separar a mente do corpo criando assim uma forma de

voltar ao estado sHunyata.

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