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Circo 4 - Capa

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Circo da FCS - Número 4

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Page 1: Circo 4 - Capa

C I R C O D A F C SO DIÁRIO APERIÓDICO DA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA UERJ

RIO DE JANEIRO, 28 DE JUNHO DE 2010 - NÚMERO 4

Vai que é tua, Helal!

As enchentes que aterrorizaram o Rio de Janeiro há quase três meses deixaram o professor Ronaldo Helal, da Faculdade de Comunicação Social da Uerj, sem carro. Mas engana-se quem pensa que o acadêmico ficou chateado. O dinheiro que recebeu do seguro proporcionará a realização de um sonho antigo de Helal: Assistir a uma Copa do Mundo ao lado dos sociólogos Umberto Eco e Roberto da Matta:

- Eu, como estudioso das ciências humanas, nunca acreditei muito nisso de deus. Nem mesmo quando se trata-va do Maradona, que estudei por anos na Argentina. Mas depois de perder o carro dessa forma, às vésperas da Copa, revi meus conceitos. Estar ao lado das minhas duas referências era inimaginável até as chuvas.

Como bom pesquisador, Ronaldo Helal deixa claro que não vai se contentar em apenas assistir à Copa:

- Pretendo comprar todos os jornais do Brasil e mais alguns

em outras línguas para estudar o fenô-meno Felipe Mello. É impressionante a idolatria que ele causa no povo brasilei-ro, tenho para mim que essa pode ser a Era Mello, e serei o primeiro a escrever sobre ela.

As grandes redações brasileiras já pensam uma maneira de suprir a falta de Helal em debates sociológicos na época da Copa:

- Sabemos que será difícil. Estamos tentando uma intervenção ao vivo com ele, via Skype, mas o Roberto da Mat-ta está dificultando. Não conseguimos nenhum outro nome gabaritado para falar de Copa do Mundo aqui no Brasil,

agora vamos atrás de algum russo doidão - disse um produtor loirinho, de olhos azuis, produtor de um jornal semanal, em um canal dado à filantropia em troca de isenção de impostos.

Felizmente, o Circo tem um repórter na Copa - sem diplo-ma, é verdade - que promete uma exclusiva com o professor, direto da África.

Professor vai para a Copa do Mundo; Circo fará exclusiva na África

Thompson Piñarondo Alzirão

Caloura da FCS dá 118 tocos na choppada e entra para o Guinness Book

do Varandas da Lapa

Momento “vuvuzela imaginária”

Reprodução/YouTube

No último dia 19, a caloura da FCS Bárba-ra Viana bateu involuntariamente um recorde que durava 42 anos. Ela foi a primeira mulher a dar 118 tocos em uma festa. A façanha era de Ethienne du Rôle, Miss Bordeaux, que pro-porcionou infelicidade a 117 homens em uma festa em um dormitório durante a revolução de 1968 na França.

Giuseppe Peregrino, juiz do Guinness Book afirmou que a contagem poderia ter sido maior:

- Soubemos que antes de chegar à festa, a Bárbara deu um toco no porteiro e no taxista que a levou para Lapa. Nós só começamos a contar a partir dos tocos nos seguranças da choppada. E antes que reclamem do resulta-do, não registrei na súmula os dois foras que ela deu em mim.

A notícia repercutiu pelo mundo e causou comoção em diversas personalidades, como o matemático russo Grigory Perelman, que solucionou um dos desafios mais complexos da história:

- Resolver a conjectura de Poincaré é difí-cil. Mas essa Bárbara é muito mais.

Kiefer Sutherland, ator da série “24 Horas”, também falou emocionado ao Circo:

- Se eu der um toco a cada 12 minutos, consigo 118 em 24 horas. Essa menina é um monstro sagrado. Não tenho palavras... Vou ver um pouco de MacGyver.

De acordo com cálculos feitos pela Polícia Militar, 100 homens e 18 mulheres tentaram frustradamente um approach com Bárbara. O único rapaz da festa que não tentou foi Thia-go Pontes, talvez por ser professor da arte do approach, nem se atreveu (ver página 2). Ele teve tanto medo que ainda levou a namorada para poder se resguardar. Seu amigo Pedro Staite não teve a mesma sorte:

- Assim que ela disse “não” pra mim, caí-ram umas bolas do teto e apareceu um mes-tre de cerimônias do Guinness. Eu era o 118º toco da noite. Com toda essa tristeza, só me resta escrever uma matéria debochando de mim mesmo no meu jornal mural. E matar a aula amanhã por causa disso.

Bárbara não quis falar com o Circo. Ela es-tava receosa de que a reportagem chegasse nela também.

“Não consegui dançar uma música sequer, eles não deixavam”, diz a jovem Viemos por meio desta mostrar nosso mais cristalino arrependimento por atrasarmos a quarta edição do Circo da FCS. Os repórteres do Circo quase caíram em desgraça depois que uma onda de deslumbramento desa-guou sobre eles, tal qual uma tsunami de vaidade. As brigas de ego ficaram constantes e o clima de disputa, insu-portável. Várias pessoas presenciaram discussões, alfinetadas e solavancos emocionais vindos dos nossos inte-grantes.

Tanto é que eles sumiram do mapa por uns tempos. Brian Bolaños foi para a Argentina fazer um trabalho de consultoria no Clarín. Thompson Piñaron foi para bailes na Chatuba e arranjou várias confusões com Isabel Richards, sua noiva e próxima capa da Playboy. Pablo Smith traçou um itinerário por todos os programas de auditório da TV aberta com o intuito exclusivo de difamar seus parceiros e fazer autopropaganda.

NOTA DE DESCULPAS