Circuitos de comando e automação 2

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    Curso Tcnico de Eletrnica 1

    Circuitos de Comandoe Automao - CCA

    Volume IICCiirrccuuiittooss ee DDiiaaggrraammaass EEllttrriiccooss

    Unidade Operacional - Senai Alvimar Carneiro de Rezende

    SENAI-CFP Alvimar Carneiro de RezendeVia Scrates Marianni Bittencourt, 711 CINCO

    CONTAGEM MG Cep. 32010-010Tel. 31-3352-2384 E-mail: [email protected]

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    2 Curso Tcnico de Eletrnica

    Presidente da FIEMGRobson Braga de Andrade

    Gestor do SENAIPetrnio Machado Zica

    Diretor Regional do SENAI eSuperintendente de Conhecimento e TecnologiaAlexandre Magno Leo dos Santos

    Gerente de Educao e TecnologiaEdmar Fernando de Alcntara

    Digitalizado e Modificado Por:Prof. Srgio Goulart Alves Pereira

    Edio

    2 Edio 1/2005

    Unidade Operacional

    Centro de Formao profissional Alvimar Carneiro de Rezende

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    Curso Tcnico de Eletrnica 3

    Sumrio

    3. EXERCCIOS DE RACIOCNIO ___________________________________________________________________ 884. EXERCCIOS DE DESAFIO _______________________________________________________________________ 93REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS __________________________________________________________________ 95

    LISTA DE FIGURAS E GRFICOS ___________________________________________________________________ 4APRESENTAO __________________________________________________________________________________ 5 INTRODUO ____________________________________________________________________________________ 61. CIRCUITOS E DIAGRAMAS ELTRICOS __________________________________________________________ 7

    Tipos de diagramas 7Identificao de componentes do diagrama funcional 9

    Identificao literal de elementos Normas VDE 12Principais Siglas das principais normas nacionais e internacionais 18

    Motores eltricos 19Tipos de Motores Eltricos 20

    Ligao de cargas a um sistema monofsico 21Sistema trifsico de corrente alternada 22

    Caractersticas de ligaes eltricas de sistemas trifsicos 23Caractersticas importantes dos motores eltricos 26

    Corrente de partida dos motores de induo 31Sistema de partida dos motores eltricos 32

    Esquemas de fechamento externo de terminais de motores 33Sistema de partida direta de motores trifsicos 34

    Sistema de partida direta com reverso de motores trifsicos 41Sistema de partida estrela-tringulo de motores trifsicos 45

    Sistema de partida com autotransformador (compensadora) de motores trifsicos 52Comparao entre chaves estrela-tringulo e compensadoras automticas 60

    Comutao polar de motores trifsicos 61Sistemas de frenagem de motores trifsicos 65

    Frenagem de motores trifsicos por contracorrente 66Frenagem de motores trifsicos por corrente retificada 68

    Sistema de localizao de contatos 71Partida consecutiva automtica de motores trifsicos 72

    Partida com acelerao retrica automtica 742. EXERCCIOS DE FIXAO _______________________________________________________________________ 78

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    4 Curso Tcnico de Eletrnica

    Lista de figuras e grficos

    Fig. 1.1 - Diagrama multifilar completo ____________________________________________ 7Fig. 1.2 - Diagrama funcional ____________________________________________________ 8Fig. 1.3 - Diagrama de disposio ou layout _________________________________________ 9Fig. 1.4 - Identificao de componentes letras e nmeros _____________________________ 9Fig. 1.5 - Identificao de componentes smbolos grficos ____________________________ 10Fig. 1.6 - Identificao de rels e contatores auxiliares ________________________________ 10Fig. 1.7a -Identificao numrica de funes ________________________________________ 11Fig. 1.7b -Principais simbologias utilizadas em comandos eltricos ______________________ 18Fig. 1.8 - Exemplo ilustrativo de motor eltrico _____________________________________ 20Fig. 1.9 - Ligao de cargas num sistema monofsico srie ___________________________ 22Fig. 1.10 -Ligao de cargas num sistema monofsico paralelo ________________________ 22Fig. 1.11 - Grfico de sistema trifsico CA __________________________________________ 23Fig. 1.12 - Ligao tringulo ou _________________________________________________ 23Fig. 1.13 - Tringulo das impedncias, ligao tringulo _______________________________ 24Fig. 1.14 - Ligao estrela ou Y___________________________________________________ 25Fig. 1.15 - Tringulo das impedncias, ligao estrela _________________________________ 25Fig. 1.16 - Caixa de ligao de bornes de motor trifsico _______________________________ 32Fig. 1.17 - Esquema de fechamento externo de terminais 6 terminais ____________________ 33Fig. 1.18 - Esquema de fechamento externo de terminais 12 terminais ___________________ 33Fig. 1.19 - Partida direta de motores - diagrama de fora _______________________________ 34Fig. 1.20 - Partida direta de motores - diagrama de comando parcial ______________________ 35Fig. 1.21 - Partida direta de motores - diagrama de comando parcial ______________________ 36Fig. 1.22 - Partida direta de motores - diagrama de comando parcial ______________________ 36Fig. 1.23 - Partida direta de motores - diagrama de comando parcial ______________________ 38Fig. 1.24 - Partida direta de motores - diagrama de comando completo ____________________ 38Fig. 1.25 - Chave de partida direta Siemens - GSP00 e GSP0 - P15 CV em 440V___________ 39Fig. 1.26 - Chave de partida direta Siemens - GSP1 e GSP2 - P20 CV em 440V___________ 39Fig. 1.27 - Chave de partida direta Siemens CPD - P500 CV em 440 V _________________ 40Fig. 1.28 - Diagrama de comando local e comando distncia Chave Siemens - CPD_________ 40Fig. 1.29 - Partida direta com reverso de motores - diagrama de fora ____________________ 42Fig. 1.30 - Partida direta com reverso de motores - diagrama de comando _________________ 43Fig. 1.31 - Painel para partida direta com reverso Siemens 3TD - P375 CV em 440 V_____ 45Graf. 1 - Curvas de conjugado e de corrente de partida de motores em Y/ _______________ 47Fig. 1.32 - Partida Y/ de motores - diagrama de fora ________________________________ 47Fig. 1.33 - Partida Y/ de motores - diagrama de comando _____________________________ 48Fig. 1.34 - Painel para partida Y/ Siemens 3TE - P375 CV em 440 V__________________ 50Fig. 1.35 - Diagrama F&C - Painel para partida Y/ Siemens 3TE - P375 CV em 440 V____ 51Graf. 2 - Curvas de tenso partida de motores com chave compensadora _________________ 53Graf. 3 - Curvas de rotao de um motor de 425 CV, seis plos, 4160 V _________________ 54Fig. 1.36 - Partida Y/ de motores - diagrama de fora ________________________________ 55Fig. 1.37 - Partida Y/ de motores - diagrama de comando _____________________________ 56Fig. 1.38 - Painel para partida chave compensadora Siemens CAT - P375 CV em 440 V____ 58Fig. 1.39 - Diagrama F&C - Painel para chave CAT 1.0Z.0 at 1.Z1.0 e CAT 2.1Z.0 at 14.12.8 59Fig. 1.40 - Ligaes de motor com enrolamento separado, 4/6 plos, e 1800/1200 rpm _______ 61Fig. 1.41 - Ligaes de motor com ligao dahlander 4/8 plos, e 1800/900 rpm ____________ 61Fig. 1.42 - Partida de motor com ligao dahlander 4/8 plos diagrama de fora ___________ 62Fig. 1.43 - Partida de motor com ligao dahlander 4/8 plos diagrama de comando ________ 63Fig. 1.44 - Frenagem de motores trifsicos por contracorrente diagrama de fora __________ 65Fig. 1.45 - Frenagem de motores trifsicos por contracorrente diagrama de comando _______ 66Fig. 1.46 - Frenagem de motores trifsicos por corrente retificada diagrama de fora ________ 68Fig. 1.47 - Frenagem de motores trifsicos por corrente retificada diagrama de comando_____ 68Fig. 1.48 - Sistema de localizao de contatos _______________________________________ 70Fig. 1.49 - Partida consecutiva automtica de motores trifsicos diagrama de fora _________ 71Fig. 1.50 - Partida consecutiva automtica de motores trifsicos diagrama de comando ______ 72Graf. 4 - Curvas torque x velocidade de um motor de anis partindo com reostato __________ 74Fig. 1.51 Partida de motor de rotor bobinado, comutao automtica - resistores - fora _____ 75Fig. 1.52 - Partida de motor de rotor bobinado, comutao automtica - resistores comando__ 75

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    Curso Tcnico de Eletrnica 5

    Apresentao

    Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade doconhecimento.

    Peter Drucker

    O ingresso na sociedade da informao exige mudanas profundas em todos osperfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produo,coleta, disseminao e uso da informao.

    O SENAI, maior rede privada de educao profissional do pas,sabe disso , e,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a gide do conceitoda competncia: formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo,com iniciativa na resoluo de problemas, com conhecimentos tcnicos aprofundados,flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e conscincia da necessidade deeducao continuada.

    Vivemos numa sociedade da informao. O conhecimento , na sua reatecnolgica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualizao sefaz necessria. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliogrfico, da sua infovia,da conexo de suas escolas rede mundial de informaes internet - toimportante quanto zelar pela produo de material didtico.

    Isto porque, nos embates dirios,instrutores e alunos, nas diversas oficinas elaboratrios do SENAI, fazem com que as informaes, contidas nos materiaisdidticos, tomem sentido e se concretizem em mltiplos conhecimentos.

    O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didticos, aguar a suacuriosidade, responder s suas demandas de informaes e construir links entreos diversos conhecimentos, to importantes para sua formao continuada !

    Gerncia de Educao e Tecnologia

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    6 Curso Tcnico de Eletrnica

    Introduo

    Os circuitos de acionamento eltrico industrial so compostos de vrios dispositivos com

    funes definidas para proteo, controle, sinalizao, conexo, temporizao, comutao

    etc.

    Os dispositivos so dimensionados de acordo com as caractersticas eltricas das cargas

    que iro acionar, e tambm sofrem influncia das condies ambientais atuantes.

    Seu bom desempenho depende, ainda, de uma srie de fatores, como: procedncia de

    fabricao, tempo de uso e, principalmente de sua correta instalao.

    O tcnico deve estar seguro e ser eficiente ao fazer montagem de circuitos, reparos ou

    substituio de dispositivos que compem os circuitos para garantir a eficcia no

    funcionamento dos mesmos.Sendo assim, necessrio conhecer as principais

    caractersticas destes dispositivos.

    O objetivo deste trabalho fornecer informaes tecnolgicas sobre os principais

    dispositivos usados nas instalaes eltricas dos circuitos eltricos industriais, a fim de que

    o tcnico alcance um desempenho eficiente na interpretao de diagramas, montagem e

    manuteno de circuitos de comandos eltricos e possa obter dados necessrios nos

    catlogos de fabricantes e/ou nas placas dos dispositivos, de forma objetiva e rpida.

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    Curso Tcnico de Eletrnica 7

    CAP. 1 Circuitos e diagramas Eltricos

    Tipos de diagramas

    Diagrama tradicional ou multifilar completo

    como uma fotografia do circuito eltrico, ou seja, representa a forma com que este

    implementado. Sua aplicabilidade se torna invivel para circuitos complexos, devido ao

    grande nmero de linhas e smbolos a serem utilizados.

    Fig. 1.1 - Diagrama multifilar completo

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    8 Curso Tcnico de Eletrnica

    Representa os caminhos de corrente, os elementos, suas funes, suas interdependncias e

    seqncia funcional, sendo subdividido em dois outros, a saber: circuito principal e circuito

    de comando, bastante prticos e de fcil compreenso.

    Fig. 1.2 - Diagrama funcional

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    Curso Tcnico de Eletrnica 9

    Diagrama de disposio ou layout

    Representa, de forma clara e objetiva, o arranjo fsico dos dispositivos. A combinao dos

    diagramas funcional e de layout define, de maneira prtica e racional, a melhor forma de

    elaborao de diagramas para anlise, instalao ou manuteno de equipamentos.

    Identificao dos componentes no diagrama funcional

    So representados conforme simbologia adotada e identificados por letras e nmeros ou

    smbolos grficos.

    Exemplos:

    a) Identificao por letras e nmeros.

    Fig. 1.3 - Diagrama de disposio ou layout

    Fig. 1.4 - Identificao de componentes letras e nmeros

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    10 Curso Tcnico de Eletrnica

    b) Identificao por smbolos grficos.

    c) Rels e contatos auxiliares.

    Fig. 1.5 - Identificao de componentes smbolos grficos

    Fig. 1.6 - Identificao de rels e contatores auxiliares

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    Curso Tcnico de Eletrnica 11

    Observao

    Nos dispositivos, contatores ou rels, os contatos so identificados por nmeros, que

    representam:

    Ordem ou posio representada pelo primeiro algarismo, indica entrada ou sada e

    a posio fsica em que se encontram nos contatores ou rels. Essa indicao nos

    diagramas geralmente acompanhada da indicao do contator correspondente ou

    dispositivo.

    Funo podem ser contatos do tipo abridores NF (normalmente fechado), cujos

    nmeros utilizados so 1 e 2, ou fechadores NA (normalmente aberto), cujos

    nmeros utilizados so 3 e 4.

    A figura 1.7 mostra um exemplo a fim de ilustrar o que foi descrito.

    Fig. 1.7 - Identificao numrica de funes

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    12 Curso Tcnico de Eletrnica

    Identificao literal de elementos Normas VDE

    Denominao Aparelho

    a0 Disjuntor principal.

    a1, a2,... (a11,a12...) Seccionadora, seccionadora sob carga, chave comutadora.

    a8 Seccionadora para terra (MT).

    a9 Seccionadora de cabo (MT).

    a21...... Disjuntor para comando.

    b0 (b02......) Boto de comando desliga.

    b1 (b12......) Boto de comando liga.

    b2 (b22......) Boto de comando - esquerda/direita.

    b3 Boto de comando desliga buzina.

    b4 Boto de comando quitao.

    b5 Boto de comando desliga lmpadas.

    b6 Boto de comando teste lmpadas (teste sistema de alarme).

    b11 Chave comutadora para voltmetro.

    b21 Chave comutadora para ampermetro.

    b31 Chave fim de curso para carrinho (MT).

    b32 Tomada para carrinho (MT).

    b33 Chave fim de curso no cubculo (MT).

    b91 Chave para aquecimento.

    c1,c2,c3 Contator principal.

    d11...(d11, d21, d23...) Contator auxiliar, rel de tempo, rel auxiliar.

    e1, e2, e3 Fusvel principal.

    e4, e5, e6 Rel bimetlico.

    e11... Fusvel para voltmetro.

    e21... Fusvel para comando.

    e71... Rel de proteo.

    e8 Segurana de sobretenso.

    e91 Fusvel para aquecimento.

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    Curso Tcnico de Eletrnica 13

    Denominao Aparelho

    e92 Termostato para aquecimento.

    f1(f11...) Transformador potencial.

    f2(f21...) Transformador de corrente.

    F25 Transformador de corrente auxiliar.

    g11...g14 Voltmetro.

    g15... Freqencmetro.

    g16 Voltmetro, duplo.

    g17 Freqencmetro, duplo.

    g18 Sincronoscpio

    g19 Contador de horas/ indicador de seqncia de fases.

    g21... Ampermetro.

    g31 Watmetro.

    g32 Medidor de potncia relativa.

    g33 Cossifmetro.

    g34 Contador watt-hora.

    g35 Contador de potncia reativa.

    h0 (h02...) Armao de sinalizao desliga.

    h1 (h12...) Armao de sinalizao liga.

    h2 (h22...) Armao de sinalizao direita/ esquerda.

    h3 Armao de sinalizao alarme.

    h31 Buzina.

    k1... Condensador.

    m1 Motor, transformador principal.

    m2 Autotransformador.

    m31 Transformador de comando.

    r91... Aquecedor.

    s1... Travamento eletromagntico.

    U1... Combinao de aparelhos.

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    14 Curso Tcnico de Eletrnica

    Denominao Aparelho

    R1, S1, T1, N Circuito de comando C.A.

    P1, N1 Circuito de comando C.C.

    R11, S11, T11, N11 Circuito de medio, tenso, C.A.

    R, S, T, N Circuito de medio, corrente, C.A.

    A, B Fileira de bornes para AT e MT.

    C, D Fileira de bornes para BT.

    Indicao literal de elementos

    Normas UTE contadores principais e contadores auxiliares. Utilizaremos uma

    designao por meio das iniciais que caracterizam sua funo:

    S sobe.

    D desce.

    F frente.

    A atrs.

    L linha.

    T translao.

    B broca etc.

    E para outros aparelhos:

    RT rels de proteo trmica.

    RI rels instantneos.

    S1, S2, S3, - selecionadores.

    R1, R2, R3, - resistncias.

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    Curso Tcnico de Eletrnica 15

    FU1, FU2, - fusveis.

    B (seguido de uma letra ou de uma letra e de um nmero significativo) botes.

    Exemplo:

    BM (marcha)

    Bp1 (parada 1)

    Sinalizadores V1, V2.

    Transformadores Tr.

    Retificadores Rd.

    Condensadores Cd.

    Placas de bornes (quando houver vrias) B1, B2.

    Bornes (identificao individual) 1, 2, 3, 4, etc.

    Siglas das principais normas nacionais e internacionais

    No projeto, construo e instalao de componentes, dispositivos e equipamentos eltricos,

    so adotadas normas nacionais e internacionais, cujas principais abreviaturas, significado e

    natureza so apresentados a seguir.

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas Atua em todas as reas tcnicas

    do pas. Os textos das normas so adotados pelos rgos governamentais (terminologia),

    SB (simbologia), EB (mtodo de ensaio) e PB (padronizao).

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    16 Curso Tcnico de Eletrnica

    ANSI American Nacional Standards Institute - Instituto de normas dos Estados

    Unidos, que publica recomendaes e normas em praticamente todas as reas tcnicas. Na

    rea dos dispositivos de comando de baixa tenso, tem adotado freqentemente,

    especificaes UL e da NEMA.

    BS Britsh Standards Normas tcnicas da Gr-Bretanha, j em grande parte adaptadas

    IEC.

    CEE International Comissiono on Rules of the Approvel of Electrical Equipment

    Especificaes internacionais, destinadas sobretudo ao material de instalao.

    CEMA Canadian Electrical Manufactures Association Associao canadense dos

    fabricantes de material eltrico.

    CSA Canadian Standards Association Entidade canadense de normas tcnicas, que

    publica as normas para concesso de certificado de conformidade.

    DEMKO Danmarks Elektriske Materiel Kontrol Autoridade dinamarquesa de

    controle dos materiais eltricos, que publica normas e concede certificados de

    conformidade.

    DIN Deutsche Industrie Normen Associao de normas industriais alems. Suas

    publicaes so devidamente coordenadas com a VDE.

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    Curso Tcnico de Eletrnica 17

    IEC International Eletrotechnical Comission Essa comisso formada por

    representantes de todos os pases industrializados. Recomendaes da IEC, publicadas por

    esta comisso, so parcialmente adotadas pelos diversos pases ou,em outros casos, est se

    procedendo a uma aproximao ou adaptao das normas nacionais ao texto destas normas

    internacionais.

    KEMA Kenring Van Elektrotechnische Materialen Associao holandesa de ensaio

    de materiais eltricos.

    NEMA National Electrical Manufactures Association -Associao nacional dos

    fabricantes de material eltrico (USA).

    OVE Osterreichischer Verband fur Elektrotechnik - Associao austraca de normas

    tcnicas, cujas determinaes, geralmente, coincidem com as da IEC e VDE.

    SEN Svensk Standar Associao sueca de normas tcnicas.

    UL Underwriters Laboratories Inc. Entidade nacional de ensaio da rea de proteo

    contra incndio nos Estados Unidos, que, entre outros, realiza os ensaios de equipamentos

    eltricos e publica as suas prescries.

    UTE Union Tecnique de lectricit Associao francesa de normas tcnicas.

    VDE Verband Deustscher Elektrotechniker Associao de normas alems, que

    publica normas e recomendaes da rea de eletricidade.

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    18 Curso Tcnico de Eletrnica

    Simbologia para diagramas de comandos eltricos e eletrnicos

    A simbologia aplicada generalizadamente nos campos industrial, didtico e outros onde

    fatos da natureza eltrica necessitam ser esquematizados graficamente. Tem por objetivo

    estabelecer smbolos grficos que devem ser usados para, em desenhos tcnicos ou

    diagramas de comandos eletromecnicos, representar componentes e a relao entre estes.

    A seguir, sero mostrados smbolos e significados de acordo com as normas ABNT, DIN,

    ANSI, UTE E IEC.

    Veja a seguir as principais simbologias utilizadas em comandos eltricos:

    Fig. 1.7b Principais simbologias utilizadas em comandos eltricos

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    Curso Tcnico de Eletrnica 19

    MOTORES ELTRICOS

    Sempre que necessrio, necessitamos de um equipamento para realizar um determinado

    trabalho, utilizamos atuadores, que so dispositivos capazes de converter uma forma de

    energia em outra. Assim, podemos classificar esses atuadores em dois grandes grupos a

    saber:

    Atuadores lineares.

    Atuadores rotativos.

    Atuadores lineares

    Dispositivos que operam em linha, realizando trabalho com movimentos de ida e de volta.

    Exemplo: Cilindros pneumticos e/ou hidrulicos

    Atuadores rotativos

    Dispositivos que desenvolvem trabalho atravz do movimento rotativo de um eixo

    Exemplo: Motores pneumticos, hidrulicos, a exploso e eltricos.

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    20 Curso Tcnico de Eletrnica

    Embora sejam de total importncia todos os tipos de motores citados, centralizaremos

    nossos estudos nos motores eltricos, que so o objeto principal para o desenvolvimento do

    contedo que estamos tratando.

    O motor eltrico tem como funo a energia eltrica em mecnica.Por ter custo reduzido,

    devido a sua simplicidade de construo e grande versatilidade de adaptao as cargas dos

    mais diversos tipos, o mais usado de todos os tipos de motores.

    TIPOS DE MOTORES ELTRICOS

    Motores de corrente alternada

    So os de maior uso, devido ao fato de a energia eltrica ser normalmente distribuda em

    corrente alternada.Classificam-se em dois grupos principais:

    Motor sncrono

    Motor de induo

    Fig. 1.8 - Exemplo ilustrativo de motor eltrico

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    Curso Tcnico de Eletrnica 21

    Motor sncrono - Funciona com velocidade fixa.Seu uso limitado a grandes potencias,

    devido ao seu alto custo em tamanhos menores, ou quando necessria uma velocidade

    invarivel.

    Motor de induo - usado na grande maioria das maquinas e equipamentos encontrados

    na pratica. sem duvida o mais utilizado devido a sua simplicidade, robustez e baixo

    custo.Sua velocidade sofre ligeiras variaes em funo da variao da carga mecnica

    aplicada no eixo.

    Motor de corrente contnua

    Motor de custo elevado requer alimentao especial, fonte de corrente continua ou

    dispositivos capaz de converter a corrente alternada em corrente continua.Presta-se a

    controles de grande flexibilidade e preciso, devido elevada gama de valores de ajuste e

    velocidade. O uso deste motor restrito a casos onde tais exigncias compensam o elevado

    custo da instalao.

    Ligao de cargas a um sistema monofsico

    Podemos ligar uma ou mais cargas a um sistema monofsico de duas formas:

    Srie.

    Paralelo.

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    22 Curso Tcnico de Eletrnica

    Srie: As dois cargas so atravessadas pela corrente total ou mxima do circuito.A tenso

    em cada carga igual metade da tenso aplicada ao circuito, caso as cargas sejam iguais.

    Paralelo - A corrente em cada carga igual metade da corrente total do circuito,

    considerando-se que as cargas so iguais.A tenso em cada carga igual tenso aplicada

    no circuito.

    SISTEMA TRIFSICO DE CORRENTE ALTERNADA

    Um sistema trifsico formado por associao de trs sistemas monofsicos, de tenses

    V1, V2, V3, destacadas entre si, de 120 graus eltricos, assim temos que os atrasos em V1,

    Fig. 1.9 - Ligao de cargas num sistema monofsico srie

    Fig. 1.10 - Ligao de cargas num sistema monofsico paralelo

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    Curso Tcnico de Eletrnica 23

    em relao a V2, V3 em relao a vazo iguais a 120 graus considerando um ciclo igual a

    360 graus.

    Um sistema trifsico equilibrado o sistema no qual as trs tenses V1, V2, V3, tm o

    mesmo valor eficaz.Os fatos mencionados so ilustrados figura 1.11

    CARACTERSTICAS DE LIGAES ELTRICAS DE SISTEMAS TRIFSICOS

    Ligao tringulo ou

    Se ligarmos trs sistemas monofsicos entre si, conforme na figura abaixo, poderemos

    eliminar trs fios, utilizando apenas um em cada ponto de conexo, ficando o sistema

    reduzido a trs fios R, S, T.

    Fig. 1.11 - Grfico de sistema trifsico CA

    Fig. 1.12 - Ligao tringulo ou

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    24 Curso Tcnico de Eletrnica

    A tenso entre duas fases quaisquer R, S, T denomina-se a tenso de linha (VL), e a

    corrente em cada um destes fios, corrente de linha (IL). Analogamente a tenso em cada

    grupo ou elemento do circuito (Z1, Z2 e Z3), denomina-se tenso de fase (VF) e a corrente

    em cada um desses elementos, corrente de fase (IF). Na ligao triangulo a tenso de linha

    igual tenso de fase e a corrente de linha igual soma (fasorial) das correntes de fase.

    de dois elementos do circuito. (Fig. 1.13).

    Exemplo:

    Um sistema trifsico equilibrado de tenso nominal igual a 220 V, fornece uma corrente de

    linha a uma carga trifsica composta por trs cargas iguais ligadas em triangulo, igual a

    100A.Determine os valores da tenso e da corrente em cada uma das cargas.

    Soluo:

    VL = VF IL = IF.1,732

    Fig. 1.13 - Tringulo das impedncias, ligao tringulo

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    Curso Tcnico de Eletrnica 25

    VL = VF = 220 V

    IL = IF=1,732 IF = IL/1,372 IF =100A/1,732 IF = 0,58.100A IF = 58A

    Ligao estrela ou Y

    Se ligarmos um dos fios de cada sistema monofsico a um ponto comum entre os trs, os

    trs fios que restam formam um sistema trifsico em estrela.

    Esse ponto comum s vezes e aterrado originando um quarto fio denominado neutro,

    formando o sistema trifsico em estrela em 4 fios.

    As tenses e as correntes so definidas do mesmo modo que na ligao em triangulo.

    Assim a corrente em cada fio denomina-se corrente de linha, igual a corrente de cada

    elemento e a tenso entre dois fios denomina se tenso de linha igual soma fatorial das

    tenses nos elementos ligados a esse fio.

    Fig. 1.14 - Ligao estrela ou Y

    VL=1.732.VF IL=IF

    Assim temos, para cada carga: VF = 220 V e IF = 58A.

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    26 Curso Tcnico de Eletrnica

    Os voltmetros

    V1, V2, V3 medem tenses de fase, enquanto V4 e V5 medem tenso de linha.

    Os ampermetros h medem corrente de linha que neste caso igual a corrente de fase.

    Exemplo:

    Tem se uma carga trifsica de cargas igual ligada a uma rede trifsica. Sabendo que a V em

    cada carga 220 V e a I =8 A determine V e I que alimenta a carga trifsica. E da corrente

    absorvida.

    Soluo:

    VL = VF.1,732 VL = 220V.1,732 VL = 381,05V

    IL=IF=8 A.

    Caractersticas importantes dos motores eltricos

    Fig. 1.15 - Tringulo das impedncias, ligao estrela

    Assim a alimentao fornece VL = 381,05V e IL = 8 A.

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    Curso Tcnico de Eletrnica 27

    Denomina-se conjugado (tambm chamado de torque, movimento ou binrio) a medida do

    esforo necessrio para girar um eixo.Esse esforo igual ao produto da fora pela

    distancia radial do eixo, onde esta aplicada (raio da polia) expresso por:

    T=F.A

    Onde:

    T conjugado ou torque em kgfm (quilo grama fora metro)

    F fora aplicada em kgf (quilo grama fora)

    A raio da polia (em metros)

    Exemplo:

    Deseja-se mover uma carga de peso igual a 20 kgf usando um motor eltrico com polia de

    dimetro igual a 40 cm. Qual o torque desenvolvido?

    Soluo:

    T=F. a T=20kgf.0,2m T= 4kgfm

    Potencia mecnica

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    28 Curso Tcnico de Eletrnica

    A potncia exprime a rapidez com a qual a energia ou trabalho aplicado. determinado

    dividindo-se o trabalho realizado pelo tempo gasto para faz-lo.A propsito o trabalho (w)

    representa o produto da fora aplicada (f) pelo deslocamento(d), assim temos:

    P=W/t e W=F.d

    Onde:

    P - potncia mecnica em kgfm/s (quilo-grama-fora-metro por segundo)

    W - trabalho em kgfm (quilo-grama-fora-metro)

    d - distncia em m(metros)

    t - tempo em s (segundo)

    Exemplo:

    Um guincho eltrico ergue um peso de 200kgf a uma altura de 15m em 25s. Qual a

    potncia do motor do guincho?

    Soluo

    P = W/t P = F.d/t P = 200kgf.15m/25s P = 120kgfm/s

    A unidade usual de potncia mecnica o CV (cavalo vapor) e vale 75kgfm/s. Assim, a

    potncia do motor anterior, expressa em CV, ser:

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    Curso Tcnico de Eletrnica 29

    P (CV) = 120kgfrm/s / 75kgfm/s P(CV) = 1,6 CV

    Potncia eltrica

    Em um sistema monofsico com carga resistiva, a potncia representa o produto de tenso

    da rede pela corrente, dado por:

    P =V.I

    Em se tratando de sistema trifsico, com carga resistiva, a potncia em cada fase da carga

    ser:

    PF = VF.IF

    A potncia total do sistema trifsico ser igual soma das potncias das trs fases, ou seja,

    P =3PF ou 3.VF.IF. Sabendo-se que, para a ligao tringulo, VL= VF .1,732 e IL=IF, a

    equao dec potncia para qualquer caso ser:

    Esse produto exprime o valor da potncia aparente em sistemas trifsicos (Pa).

    Considerando-se cargas reativas, ou seja, onde existe defasagem (atraso ou adiantamento)

    da tenso em relao corrente, esta tem que ser levada em considerao. Isso ocorre com

    os motores de induo, passando a expresso anterior a valer:

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    30 Curso Tcnico de Eletrnica

    A potncia eltrica tem como unidade usual o watt (W), com mltiplos e submltiplos,

    dentre os quais citamos o quilo watt (kW), cujo valor 1000W. Essa unidade vlida

    somente quando se considera a defasagem, caso contrrio teremos o valor da potncia

    aparente expresso, cuja unidade de medida usual o voltampre (VA) ou seu mltiplo, o

    quilo-volt-ampre (kVA).

    Rendimento() - Representa a eficincia com a qual a energia eltrica absorvida

    transformada em energia mecnica disponvel no eixo (Pu) e a potncia eltrica absorvida

    da rede (Pe), o rendimento ser a relao entre elas , expresso por:

    = Pu/Pe ou % = (Pu/Pe).100

    Onde:

    - rendimento

    Pu- potncia mecnica til em W (736.P (CV))

    Pe- potncia eltrica em W

    Fator de potncia (cos ) - Expressa a relao entre a potncia eltrica real ou ativa (Pe) e

    a potncia aparente (Pa). Assim, tem-se:

    cos = Pe/Pa

    Observao:

    1 CV = 736W ou 0,736kW.

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    Curso Tcnico de Eletrnica 31

    Fator de servios (Fs) - o fator que, aplicado potncia nominal, indica a carga

    permissvel que pode ser aplicada continuamente ao motor, sob condies especificadas.

    Velocidade nominal - a velocidade (rpm) do motor funcionando potncia nominal, sob

    tenso e freqncias nominais.

    Corrente nominal (A) - a corrente que o motor funcionando potncia nominal, sob

    tenso e freqncia nominais.

    Corrente de partida dos motores de induo

    A partida dos motores trifsicos de induo dever, sempre que possvel, ser direta, por

    meio de contatores. Porm, h casos em que a corrente de partida dos motores elevada,

    tendo as seguintes conseqncias prejudiciais:

    Queda de tenso elevada no sistema de alimentao da rede. Isso provoca no sistema de

    alimentao da rede. Isso provoca perturbaes em equipamentos instalados no sistema.

    Elevao no custo da instalao, uma vez que o sistema de proteo e controle (cabos,

    contatores etc.), devero ser superdimensionados.

    Imposio da concessionria de energia eltrica, que limita a queda de tenso da rede.

    Caso o sistema de partida direta no seja possvel, devido s implicaes citadas acima,

    pode-se optar por um sistema de partida indireta, a fim de reduzir a corrente de partida.

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    32 Curso Tcnico de Eletrnica

    Em alguns casos, pode-se necessitar ainda de um alto conjugado de partida, com corrente

    de partida baixa, devendo-se ento utilizar um motor de anis.

    SISTEMAS DE PARTIDA DE MOTORES ELTRICOS

    1) Partida Direta

    feito o fechamento, na caixa de ligaes do motor, compatvel com a tenso de

    alimentao da rede, em estrela ou tringulo.

    O sistema de proteo (fusvel e rel trmico de sobrecarga) escolhido e ajustado a partir

    de curvas caractersticas j estudadas e dos valores nominais de corrente e tempo de

    acelerao da carga (curvas de conjugado).

    A corrente de partida direta dos motores de induo varia de aproximadamente seis a sete

    vezes o valor da corrente nominal do motor.

    IP 6. IN

    Fig. 1.16 - Caixa de ligao de bornes de motor trifsico

    Importante:

    No caso do motor de anis a corrente diminui e o torque aumenta.

    Ip alta >> Tp baixo

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    Curso Tcnico de Eletrnica 33

    Esquema de fechamento externo de terminais dos motores

    a) Seis terminais

    b)

    Doze

    terminais

    Fig. 1.17 - Esquema de fechamento externo de terminais 6 terminais

    Fig. 1.18 - Esquema de fechamento externo de terminais 12 terminais

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    34 Curso Tcnico de Eletrnica

    Sistema de partida direta de motores trifsicos

    A figura 1.19 ilustra o diagrama principal (fora ou potncia).

    A seguir sero apresentadas, em seqncia, as etapas a serem seguidas para elaborao do

    circuito de comando. importante ressaltar que o processo descrito para elaborao de

    circuitos simples tambm utilizado para circuitos complexos, ficando claro que, uma vez

    Fig. 1.19 - Partida direta de motores - diagrama de fora

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    Curso Tcnico de Eletrnica 35

    entendida a aplicao de tal processo, torna-se extremamente fcil compreendermos de

    qualquer circuito de comando.

    Necessitamos alimentar a bobina do contator c1 a fim de que ela possa acionar os contatos,

    colocando em funcionamento o motor. Para isso, importante observar o valor da tenso

    de alimentao da bobina. Caso seja do mesmo valor da tenso da rede, podemos obter as

    linhas de alimentao do circuito de comando a partir da prpria rede, conforme mostrado

    a seguir. Em caso de valor diferente da rede, devemos utilizar um transformador para obter

    o valor de tenso necessrio. Acompanhe os fatos.

    A partir de duas linhas de alimentao, protegidas por fusveis, fazer as conexes dos

    terminais da bobina.(fig. 1.20).

    Podemos observar que, ao energizar a rede trifsica (R, S e T), teremos tenso nas linhas

    de comando (R e S), e atravs dos fusveis de proteo (e21 e e22) ser feita a alimentao

    instantnea da bobina (c1). A fim de que possamos ter controle sobre os atos de ligar e

    Fig. 1.20 - Partida direta de motores - diagrama de comando parcial

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    36 Curso Tcnico de Eletrnica

    desligar o motor, acrescentaremos ao circuito um boto de comando, com trava ligado em

    serie com a bobina,

    desencadeando tais efeitos, como

    mostrado na figura 1.21.

    Podemos utilizar, tambm, botes de comando sem trava, bastando para isso acrescentar

    dois elementos, que so, um boto para desligar (b0) e um contato NA do contator, o qual

    ter a funo de selo ou reteno, em paralelo com o boto liga (b1), para obtermos a

    condio de, ao desacionar o boto liga (b1), a bobina permanecer ligada atravs do selo

    (contato na de c1).(fig.1.22).

    Fig. 1.21 - Partida direta de motores - diagrama de comando parcial

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    Curso Tcnico de Eletrnica 37

    Descrio

    funcional

    Podemos observar que, ao ser energizada a rede trifsica (R, S e T), teremos tenso nas

    linhas de comando (R e S), e atravs dos fusveis de proteo (e21 e e22) ser feita a

    alimentao dos pontos superior do boto de comando desliga (b 0) e inferior da bobina c1

    (lado b). Estando b0 no repouso, seu contato est fechado, mantendo energizados os pontos

    superiores do boto liga (b1), e do contato normalmente aberto de c1 ao ser acionado o

    boto liga (b1), seu contato se fecha, energizando o ponto superior da bobina c1 (lado a).

    Ento, a bobina c1 fica sujeita tenso da rede em seus terminais (a e b), acionando seus

    contatos e fechando-os tanto no circuito de fora quanto no de comando. Assim podemos

    desacionar b, visto que a corrente eltrica, que alimenta a bobina, fluir atravs do contato

    c1, agora fechado. Nessas condies, o motor parte e permanece ligado ate que seja

    acionado o boto desliga (b0). Quando isso acontece, interrompido o percurso da

    corrente, que flua pelo contato c1, desenergizando a bobina c1 e, em conseqncia disso,

    Fig. 1.22 - Partida direta de motores - diagrama de comando parcial

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    38 Curso Tcnico de Eletrnica

    interrompendo a alimentao do motor ate a sua paralizao. O contato de c1 aberto de b1

    desacionado recolocam o circuito na condio de ser dada nova partida.

    Com a finalidade de proteger o motor contra sobrecargas, inserimos o contato

    normalmente fechado (NF) do rel trmico de sobrecarga em srie com o boto desliga

    (b0), passando o circuito de comando a ser o ilustrado na figura 1.23.

    Finalmente, so numerados os contatos e apresentada a concluso do circuito de comando,

    que ilustrada na figura 1.24.

    Fig. 1.23 - Partida direta de motores - diagrama de comando parcial

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    Curso Tcnico de Eletrnica 39

    Nas ilustraes a seguir, podemos observar trs tipos de

    chaves de partida direta Siemens, com a indicao de potncia mxima a ser acionada e

    respectivos diagramas e eltricos.

    GSP00 e GSP0 Destinam-se ao comando e proteo de motores trifsicos de at 11Kw

    (15 CV) em 440 V(CA), nas categorias de utilizao AC2/AC3, podemos, tambm,

    manobrar outras cargas. (fig.1.25).

    Fig. 1.24 - Partida direta de motores - diagrama de comando completo

    Fig. 1.25 - Chave de partida direta Siemens - GSP00 e GSP0 - P15 CV em 440V

    Macete: 1234

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    40 Curso Tcnico de Eletrnica

    GSP1 e GSP2 destinam-se ao comando e proteo de motores trifsicos de at 15kW (20

    CV), nas categorias de utilizao AC2/AC3, podendo, tambm, manobrar outras cargas.

    (fig.1.26).

    CPD destinam-se ao comando e proteo de motores trifsicos de at 375Kw (500 CV)

    em 440 V(CA), nas categorias de utilizao AC2/AC3, podendo, tambm, manobrar outras

    cargas.(fig.1.27).

    Fig. 1.26 - Chave de partida direta Siemens - GSP1 e GSP2 - P20 CV em 440V

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    Curso Tcnico de Eletrnica 41

    A partir deste ponto, passaremos a analisar outros tipos de diagramas de sistemas de

    partidas de motor eltrico, sem, no entanto enumerar passos para a confeco do circuito

    Fig. 1.27 - Chave de partida direta Siemens CPD - P500 CV em 440 V

    Fig. 1.28 - Diagrama de comando local e comando distncia Chave Siemens - CPD

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    42 Curso Tcnico de Eletrnica

    de comando. Devemos ter em mente o seguinte; sempre que quisermos impor ao circuito

    uma determinada condio de funcionamento, devemos definir inicialmente qual o tipo de

    efeito que esperamos obter. Assim, caso queiramos que o efeito seja de acionamento,

    devemos inserir ao circuito, ou aos pontos onde desejamos que isso ocorra, contatos

    normalmente abertos (NA) ligados em paralelo a esses pontos ou em srie, caso

    pretendamos introduzir uma seqncia de operaes.

    Caso o efeito esperado seja de bloqueio (desligamento), devemos inserir contatos

    normalmente fechados ligados em srie com tais pontos.

    PARTIDA DIRETA COM REVERSO

    Sabemos que, para um motor trifsico sofrer inverso no seu sentido de giro, devemos

    inverter duas de suas fases de alimentao. Isso vezes necessrio para que uma mquina

    ou equipamento complete o seu ciclo de funcionamento. Podemos citar como exemplos

    portes de garagem, plataformas elevatrias de automveis, tornos mecnicos etc. abaixo

    so sugeridos os diagramas de foras (fig.1.29) e comando (fig.1.30) , bem como sua

    anlise funcional.

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    Curso Tcnico de Eletrnica 43

    Anlise

    funcional

    Estando energizada a rede trifsica (r,s e t), estaremos energizando o borne 95 do rel

    trmico de sobrecarga, e os pontos inferiores (lado b) das bobinas c1 e c2, atravs dos

    fusveis e21 e e22. o contato NF (95.96)do rel trmico de sobrecarga ligado em srie

    como contato NF dos botes conjugados (b1e b2). Estes garantem energizados os contatos

    na de b1, b2, c1 e c2 de nmeros 3-4 e 13-14, respectivamente. Pelo fato de serem

    conjugados os botes b1 e b2, ao pressionar um deles desencadeada a ao de abrir o seu

    Fig. 1.29 - Partida direta com reverso de motores - diagrama de fora

    Fig. 1.30 - Partida direta com reverso de motores - diagrama de comando

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    44 Curso Tcnico de Eletrnica

    contato NF e em seguida fechar o contato na. Como existe dependncia nos dois braos do

    circuito de tais botes, ao acionar b1, bloqueia-se a bobina c2, atravs do NF de b1, e

    pressionando b2, bloqueia-se a bobina c1, atravs do NF de b2 . a essa dependncia

    denominamos intertravamento eltrico. Os contatos NF (21e22) de c1 e c2 tem funo

    anloga dos botes (NF de b1 e de b2). Isso necessrio, pois os contatores (c1 e c2) no

    podem ser ligados simultaneamente sob pena de ocorrer um curto-circuito entre duas fases

    do sistema, caso isso acontea. em algumas complicaes so usados contatores dotados de

    uma trava mecnica (pino), que impede a ligao simultnea destes. nesse caso,

    denominado intertravamento mecnico.

    Assim, acionando b1 energizada a bobina c, atravs do NF de c2. o contato NF de c1

    (21e22) abre, bloqueando a bobina c2, e o na (c1-13,14) faz o selo da bobina c1. no

    circuito de fora, c1fecha os contatos na, alimentando os contatos do motor, fazendo-o

    partir e permanecer ligado em um determinado sentido de giro.

    Quando for necessria a mudana no sentido de giro do motor, deve-se acionar b0,

    desligando a bobina c1. Assim, o contato c1 (13e14) abre, desfazendo o selo da bobina c1

    e o contato Z (21,22) fecha, permitindo que a bobina c2 seja ligada. Agora, acionando b2,

    a bobina c2 energizada atravs de contato c1(21,22). O contato c2 (21,22) abre

    bloqueando a bobina c1, o contato c2 (13, 14) fecha fazendo o selo da bobina c2. No

    circuito de fora, c2 fecha os contatos na, proporcionando a inverso das fases s e t e a

    mudana no sentido de giro do motor. Caso haja, em algum instante, uma sobrecarga no

    motor, o rele trmico aciona seu contato NF (95, 96), fazendo-o abrir e desenergizar a

    bobina que estiver ligada (c1, ou c2).

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    Curso Tcnico de Eletrnica 45

    Na fig. 1.31 mostrada, a titulo de ilustrao, uma chave de partida direta com reverso

    semens 3td, que se destina ao comando e proteo de motores trifsicos de at 375kw (500

    CV) em 440 V(CA), acoplados a maquinas que partem a vazio ou com a carga, podendo a

    reverso se dar fora do regime de partida nas categorias de utilizao ac2/ac3 ou dentro, na

    categoria de utilizao AC4.

    Sistema de partida estrela-tringulo de motores trifsicos

    Condies essenciais:

    O motor no pode partir sob carga. Sua partida deve se dar a vazio ou com conjugado

    resistente baixo e principalmente constante.

    Fig. 1.31 - Painel para partida direta com reverso Siemens 3TD - P375 CV em 440 V

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    46 Curso Tcnico de Eletrnica

    O motor deve possuir, no mnimo, seis (6) terminais e permitir a ligao em dupla

    tenso, sendo que a tenso da rede deve coincidir com a tenso do motor ligado em

    tringulo.

    A curva de conjugados do motor dever ser suficientemente grande para poder garantir

    a acelerao da mquina de at, aproximadamente, 95% da rotao nominal, com a

    corrente de partida.

    Caracterstica fundamental

    Na partida, ligao estrela, a corrente fica reduzida a aproximadamente 33% do valor da

    corrente de partida direta, reduzindo-se tambm o conjugado na mesma proporo. Por esta

    razo, sempre que for necessria uma partida estrela-tringulo, dever ser usado um motor

    com curva de conjugado elevado. O conjugado resistente da carga no pode ser maior que

    o conjugado de partida do motor, nem a corrente no instante de comutao de estrela para

    tringulo poder ser de valor inaceitvel. Por essa razo, o instante de comutao deve ser

    criteriosamente determinado, para que esse sistema de partida seja vantajoso nas situaes

    onde o sistema de partida direita no possvel. Na pgina seguinte, so ilustradas duas

    situaes de partida estrela-tringulo de motor trifsico. Uma, com alto conjugado

    resistente de carga (situao A), onde o sistema de partida no se mostra eficaz, pois

    perceba que o salto da corrente, no instante da comutao (85% da velocidade), elevado

    representando cerca de 320% de aumento no seu valor, que era de aproximadamente

    190%, isso no nenhuma vantagem.

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    Curso Tcnico de Eletrnica 47

    Outra, com conjugado resistente de carga bem menor (situao B), onde o sistema se

    mostra eficiente, pois o salto de corrente, no instante da comutao (95% da velocidade),

    no significativo, passando de aproximadamente 50% para 170%, valor praticamente

    igual ao da partida. Isso uma vantagem, se considerarmos que o motor absorveria da rede

    aproximadamente 600% da corrente nominal, caso a partida fosse direta. (Graf. 1).

    Graf. 1 - Curvas de conjugado e de corrente de partida de motores em Y/

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    48 Curso Tcnico de Eletrnica

    A seguir so mostrados os diagramas de fora (Fig. 1.32) e comando (Fig 1.33) de um

    sistema de partida estrela-tringulo, bem como sua anlise funcional.

    Anlise funcional

    Estando energizada a rede trifsica (R, S, e T), estaremos energizando o borne 95 do rel

    trmico de sobrecarga, e os pontos inferiores (lado b) das bobinas C1, C2, C3 e d1 atravs

    dos fusveis e21 e e22. O contato NF (95, 96) do rel trmico de sobrecarga, ligado em

    srie com o contato NF (1, 2) do boto desliga (b0), proporciona a energizao dos bornes

    superiores do boto liga (b1) e dos contatos NA e C1 (13 e 43). Acionando b1, so

    energizadas as bobinas de C2 e d1, atravs dos contatos NF de C3 (21, 22) e d1 (15, 16). O

    rel de tempo (d1) inicia a contagem, tendo como referncia o perodo pr-ajustado, para

    operar seu contato NF (d1 -15, 16). C2 por sua vez abre o contato NF (21, 22), fechando os

    contatos NA (13, 14 e 43, 44), cujas respectivas funes so garantir o bloqueio de C3enquanto o motor estiver em regime de partida (estrela), fazer o selo da bobina C2 e

    Fig. 1.32 - Partida Y/ de motores - diagrama de foraFig. 1.33 - Partida Y/ de motores - diagrama de comando

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    Curso Tcnico de Eletrnica 49

    energizar a bobina C1. Sendo a bobina C1 energizada, atravs do contato NA de C2 (43,

    44), so acionados os contatos NF (21, 22) e NF (13, 14 e 43, 44), cujas respectivas

    funes so impossibilitar o acionamento de C2 aps a comutao de estrela para tringulo,

    a menos que seja acionado o boto desliga (b0), selo da bobina C1, e condio de

    acionamento para C3 logo aps a desenergizao de C2 (comutao de estrela para

    tringulo).

    No circuito de fora, estando energizados C2 e C1, o motor encontra-se em regime de

    partida (ligao estrela), recebendo em cada grupo de bobina aproximadamente 58% da

    tenso da rede. Com a reduo no valor da tenso aplicada, a corrente e o conjugado so

    tambm reduzidos mesma proporo.

    Decorrido o tempo pr-ajustado em d1, seu contato NF (15, 16) acionado (abre), sendo

    desenergizadas as bobinas C2 e d1. C2 abre os contatos NA (13, 14 e 43, 44) e fecha o

    contato NF (21, 22), oportunidade na qual C3 energizado, visto que o contato NA de C1

    (43, 44) permanece fechado. Uma vez desenergizada a bobina d1, seu contato NF (15, 16)

    retorna posio de repouso (fecha); porm, o contato NF de C3 (21, 22) impede o seu

    religamento bem como o de C2. Caso ocorra uma sobrecarga, tanto na partida quanto em

    normal, o rel trmico de sobrecarga aciona seu contato NF (95, 96), desenergizando

    qualquer bobina que esteja ligada (C1, C2 ou d1). Se for necessrio desligar o motor em

    qualquer instante, podemos faz-lo atravs do boto desliga (b0).

    No circuito de fora, estando energizados C1 e C3, o motor encontra-se em regime de

    marcha (tringulo), com os seus grupos de bobina sendo alimentados diretamente pela

    tenso da rede e os valores de corrente e conjugado prximos do nominal. O ajuste do rel

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    50 Curso Tcnico de Eletrnica

    trmico de sobrecarga feito a 58% do valor da corrente nominal do motor e do rel de

    tempo, um valor suficiente para a partida (prximo de 90% da velocidade).

    Conforme feito anteriormente, ilustrada na figura 1. 34, a ttulo de exemplo, a chave

    estrela-tringulo 3TE, SIEMENS, que se destina ao comando e proteo de motores

    trifsicos de at 375kW (500CV) em 440V (CA), na categoria de utilizao AC3,

    acoplados a mquinas que partem em vazio ou com conjugado resistente baixo e

    praticamente constante, tais como mquinas ferramentas clssicas, para madeira e

    agrcolas.

    Fig. 1.34 - Painel para partida Y/ Siemens 3TE - P375 CV em 440 V

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    Curso Tcnico de Eletrnica 51

    Fig. 1.35 - Diagrama F&C - Painel para partida Y/ Siemens 3TE - P375 CV em 440 V

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    52 Curso Tcnico de Eletrnica

    Sistema de partida com autotransformador (compensadora) de motores trifsicos

    A chave compensadora pode ser usada para partida de motores sob carga. Com ela,

    podemos reduzir a corrente de partida, evitando sobrecarga na rede de alimentao,

    deixando, porm, o motor com um conjugado suficiente para a partida e acelerao. A

    reduo de tenso conseguida a partir de um autotransformador, que possui normalmente

    taps de 50%, 65% e 80%. Para os motores que partirem com tenso reduzida, a corrente e o

    conjugado de partida devem ser multiplicados pelos fatores K1 (fator de multiplicao da

    corrente) e K2 (fator de multiplicao do conjugado) obtidos no grfico abaixo. (Graf. 2)

    Ex

    em

    plo

    :

    Graf. 2 - Curvas de tenso partida de motores com chave compensadora

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    Curso Tcnico de Eletrnica 53

    Para 85% da tenso nominal:

    Ip/In*85% = K1*Ip/In*100% = 0,8*Ip/In*100%

    C/Cn*85% = K2*C/Cn*100% = 0,64*C/Cn*100%

    O Grf. 3 ilustra as caractersticas de desempenho de um motor de 425CV, 6 plos, 4160V,

    quando parte com 85% da tenso.

    Graf. 3 - Curvas de rotao de um motor de 425 CV, seis plos, 4160 V.

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    54 Curso Tcnico de Eletrnica

    A seguir, e apresentado e feita uma anlise dos circuitos de fora (Fig. 1.36) e comando

    (Fig. 1.37) para partida compensada automtica de um motor trifsico.

    Fig. 1.36 - Partida Y/ de motores - diagrama de fora

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    Curso Tcnico de Eletrnica 55

    Anlise funcional

    Estando energizada a rede trifsica (R, S e T), estaremos energizando o borne 95 do reltrmico de sobrecarga, e os pontos inferiores (lado b) das bobinas C1, C2, C3 e d1 atravsdos fusveis e21 e e22. O contato NF (95, 96) do rel trmico de sobrecarga, ligado emsrie com o contato NF (1,2) do boto desliga (b0), proporciona a energizao dos bornessuperiores do boto liga (b1) e dos contatos NA de C1, C2 e C3 (13). Acionando b1, soenergizadas as bobinas de d1 e C1, atravs dos contatos NF de C2 (61, 62), d1 (15, 16) e C2(21, 22). O rel de tempo (d1) inicia a contagem, tendo como referncia o perodo pr-ajustado, para operar seu contato NF (d1-15, 16). C1, por sua vez, abre o contato NF (21,22), fazendo o bloqueio de C2, e fecha os contatos NA (13, 14 e 43, 44), tendo comorespectivas funes selo de C1, d1, e energizao de C3. Uma vez ligado C3 fecha seuscontatos NA (13, 14 e 43, 44), que tm ambos a funo de selo, isto , manter C3 ligadoindependentemente da desenergizao de C1.

    Fig. 1.37 - Partida Y/ de motores - diagrama de comando

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    56 Curso Tcnico de Eletrnica

    No circuito de fora, com C1 e C3 ligados, o motor encontra-se em regime de partidacompensada, com C1 alimentado o autotransformador trifsico, com a tenso da rede, eeste fornecendo tenso reduzida ao motor atravs de seus taps (derivaes).

    Decorrido o tempo pr-ajustado em d1, seu contato reversvel (15,16) acionado (abre),sendo desenergizada a bobina C1 e fecha (15, 18) energizando a bobina C2 atravs docontato NF de C1 (21, 22). C2 abre os seus contatos NF (21, 22-31, 32-e 61, 62) fazendo,respectivamente, o bloqueio da bobina C1, desligamento da bobina C3 e desligamento dabobina d1, e fecha os contatos NA (13, 14 e 43, 44) que tm a funo de selo, ou seja,manter C2 ligado. Perceba que no instante da comutao, o rel de tempo desliga apenas abobina C1, ficando energizada a bobina C3, mantendo assim o motor sob tenso atravs dosenrolamentos de cada coluna do autotransformador. Isso faz com que seja reduzido o picode corrente no instante da comutao (insero da bobina C2), pois o motor no desligado.

    No circuito de fora, com C2 ligado, o motor encontra-se em regime de marcha, isto comos valores de corrente e conjugado nominais.

    O rel trmico de sobrecarga dever ser ajustado para o valor da corrente nominal domotor, e o rel de tempo para um valor tal que garanta a acelerao do motor ataproximadamente 80% da velocidade.

    Mais uma vez, ilustramos o sistema de partida compensada (Fig. 1.38) com uma chavecompensadora CAT, Siemens, que se destina ao comando e proteo de motores trifsicosde at 375KW (500CV) em 440V (CA) na categoria de utilizao AC3, acoplados amquinas que partem com aproximadamente metade de sua carga nominal, tais comocalandras, compressores, ventiladores bombas e britadores. (Fig 1.38)

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    Curso Tcnico de Eletrnica 57

    Fig. 1.38 - Painel para partida chave compensadora Siemens CAT - P375 CV em 440 V

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    58 Curso Tcnico de Eletrnica

    Comparao entre chaves estrela-tringulo e compensadoras automticas

    Estrela-tringulo automtica

    Vantagens:

    muito utilizada por ter custo reduzido; Nmero ilimitado de manobras;

    Os componentes ocupam pouco espao;

    Reduo da corrente de partida para aproximadamente 33% do valor da corrente departida direta.

    Desvantagens:

    S pode ser aplicado a motores com, no mnimo, seis terminais.

    A tenso da rede deve coincidir com a tenso do motor em tringulo.

    Reduo do conjugado de partida para 33%. Pico de corrente no instante da comutao de estrela para tringulo, que deve acontecer

    no mnimo a 90% da velocidade, para que no seja alto.

    Fig. 1.39 - Diagrama F&C - Painel para chave CAT 1.0Z.0 at 1.Z1.0 e CAT 2.1Z.0 at 14.12.8

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    Curso Tcnico de Eletrnica 59

    Compensadora automtica

    Vantagens:

    O motor parte com tenso reduzida e o instante da comutao, ou seja, segundo pico decorrente, bem reduzido, visto que o autotransformador, por um curto intervalo detempo, torna-se uma reatncia, fazendo com que o motor no seja desligado.

    possvel a variao dos taps do autotransformador, variando o valor da tenso nosterminais do motor, proporcionando assim uma partida satisfatria.

    Desvantagens:

    Nmero limitado de manobras. O autotransformador determinado em funo dafreqncia de manobras;

    Custo elevado devido ao autotransformador;

    Construo volumosa devido ao tamanho do autotransformador, necessitando quadros

    maiores, elevando assim o seu custo.

    Comutao polar de motores trifsicos

    Existem aplicaes em que necessitamos de motores com velocidades diferentes paradesenvolver determinados tipos de tarefas. Para essas aplicaes podemos utilizar motoresdiferentes ou, a fim de reduzir o custo da instalao e obter economia de espao emmquinas, motores nicos; isto , motores que, dependendo da forma com que so ligados,giram em baixa ou em alta velocidade. Isto pode ser conseguido com os motores quepossuem duplo enrolamento, ou com os motores que tm uma caracterstica se fechamentointerno diferenciada denominada ligao dahlander.

    Para o primeiro grupo citado, ou seja, motores com enrolamentos separados, so mostradosabaixo (Fig. 1.40) as caractersticas de ligao externa, a ttulo de exemplo, de um motortrifsico, quatro e seis plos (4/6), de velocidades prximas de 1800/1200 rpm,respectivamente.

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    60 Curso Tcnico de Eletrnica

    Para o segundo grupo esto ilustradas, na figura 1.41, as ligaes externas de um motortrifsico com ligao dahlander, de quatro e oito plos (4/8), com velocidades prximas de1800/900 rpm, respectivamente.

    Fig. 1.40 - Ligaes de motor com enrolamento separado, 4/6 plos, e 1800/1200 rpm.

    Fig. 1.41 - Ligaes de motor com ligao dahlander 4/8 plos, e 1800/900 rpm.

    Observao

    A diferena bsica entre um motor com enrolamento separado e com ligao dahlander ,que, neste ltimo, as polaridades so uma o dobro da outra, tendo como conseqnciavelocidades com a mesma relao de dobro.

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    Curso Tcnico de Eletrnica 61

    A seguir so mostrados os diagramas de fora (Fig. 1.42) e comando (Fig. 1.43) paracomutao polar de motores trifsicos, com ligao dahlander, 4/8 plos, comandado porbotes.

    Fig. 1.42 - Partida de motor com ligao dahlander 4/8 plos diagrama de fora

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    62 Curso Tcnico de Eletrnica

    Anlise funcional

    Estando energizada a rede trifsica (R,S e T), estaremos energizando o borne 95 do reltrmico de sobrecarga (e1)e os pontos inferiores (lado b) das bobinas C1, C2 e C3 atravsdos fusveis e21 e e22. O contato NF (95, 96) do rel trmico de sobrecarga (e1), ligado emsrie com o contato NF (95, 96) do rel trmico de sobrecarga (e5) e contato NF (1, 2) doboto desliga (b0), proporciona a energizao dos bornes superiores dos contatos NF (1,2)dos botes b1 e b2 e NA (13, 14) dos contatores C1 e C2. Os contatos NA (3, 4) dos botesliga (b1 e b2) so energizados atravs dos contatos NF (1, 2) de b2 e b1, respectivamente,criando assim um intertravamento eltrico entre esses pontos. Acionando b1, energizamos abobina C1, atravs dos contatos NF (21, 22) de C3 e C2, cuja funo impedir oacionamento do motor em baixa rotao quando este estiver girando em alta rotao. Uma

    Fig. 1.43 - Partida de motor com ligao dahlander 4/8 plos diagrama de comando

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    Curso Tcnico de Eletrnica 63

    vez energizado, C1 abre seu contato NF (21, 22), fazendo o bloqueio dos contatores de altarotao, funo anloga descrita para os contatos NF de C3 e C2, e fecha o contato NA(13, 14), fazendo o seu selo.

    No circuito de fora, estando C1 energizado, os terminais 1, 2 e 3 do motor recebemalimentao trifsica, atravs do rel trmico de sobrecarga (e1), e este gira em baixarotao.

    Para que ocorra o acionamento do motor em alta rotao necessrio acionar o botodesliga (b0), e, em seguida, o boto liga (b2)

    Quando isso feito, C1, desenergizado, colocando na posio de repouso seus contatos,NA (13, 14) e NF (21, 22). Oportunamente, com b2 acionado, energizada a bobina C2atravs do contato NF de C1 (21, 22). C2 abre seu contato NF (21, 22), bloqueando C1, efecha seus contatos NA (43, 44) energizando a bobina C3 e (13, 14), fazendo o selo deambas. C3 energizado, abre o seu contato NF (21, 22) de funo anloga do NF de C2 (21,22).

    No circuito de fora, C2 fecha em curto os terminais 1, 2 e 3 do motor e C3 alimenta osterminais 4, 5 e 6 com a rede trifsica, atravs do rel trmico de sobrecarga e5. O motorgira em alta rotao.

    Sistemas de frenagem de motores trifsicos

    Em determinadas aplicaes, necessitamos da parada instantnea do motor que aciona a

    mquina ou dispositivo, a fim de garantir preciso do trabalho executado. Podemos citar,

    como exemplo, o processo de usinagem de uma determinada pea, no qual a ferramenta

    avana usinando at um determinado ponto, quando ento, ao alcan-lo, deve parar. Num

    sistema comum de parada do motor, a ferramenta ainda avanaria por um determinado

    intervalo de tempo, necessrio para fazer com que a inrcia de movimento do eixo seja

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    64 Curso Tcnico de Eletrnica

    vencida pelo conjugado resistente de carga. Podemos obter a parada instantnea do motor

    por dois mtodos: frenagem por contracorrente e por corrente retificada.

    No sistema de frenagem por contracorrente, um dispositivo acoplado ao eixo do motor

    mantm um contato NA, fechado, por ao de fora centrfuga, sendo que o momento de

    sua abertura pode ser ajustado externamente (fora que o mantm aberto).

    No sistema de frenagem por corrente retificada, aplica-se corrente contnua ao estator do

    motor trifsico obtendo um campo magntico fixo, fazendo com que o rotor (eixo) pare.

    Ambos os sistemas requerem um circuito de comando que identifique o momento da

    parada e efetive a alimentao do dispositivo de frenagem.

    Frenagem de motores trifsicos por contracorrente

    A seguir e apresentado e feita uma anlise dos circuitos de fora (Fig. 1.44) e comando

    (Fig. 1.45) para frenagem de motores trifsicos por contracorrente.

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    Curso Tcnico de Eletrnica 65

    Anlise funcional

    Ao ser energizada a rede trifsica (R, S e T, 0), teremos tenso nas linhas de comando (R e

    S), e atravs dos fusveis de proteo (e21 e e22), ser feita a alimentao do ponto superior

    do boto de comando desliga (b0) e do contato NA de C2 (13, 14), atravs do contato NF

    (95, 96) do rel trmico de sobrecarga, e inferior (lado b) das bobinas C1 e C2. Estando b0

    no repouso, seu contato NF (1, 2) est fechado e o NA (3, 4) aberto, mantendo energizados

    os pontos superiores do boto liga (b1) e do contato normalmente aberto de C1 (13, 14). Ao

    Fig. 1.45 - Frenagem de motores trifsicos por contracorrente diagrama de comando

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    66 Curso Tcnico de Eletrnica

    acionarmos o boto liga (b1) seu contato se fecha, energizando o ponto superior da bobina

    C1 (lado a) atravs do contato NF de C2 (21, 22). C1 abre seu contato NF (21, 22)

    bloqueando C2 e fecha seu NA (13, 14) fazendo seu selo.

    Nessas condies, o motor parte e permanece ligado, fazendo com que o dispositivo de

    frenagem (e3) feche seu contato NA (3, 4) por ao da fora centrfuga. Quando acionamos

    o boto desliga (b0), provocando a parada do motor, interrompido o percurso da corrente,

    que flua pelo contado NA de C1 (13, 14), desenergizado a bobina (C1) e energizando o

    contato NA de e3 (3, 4), com a abertura do contato NF (1, 2) e fechamento do contato NA

    (3, 4) de b0, respectivamente. Uma vez desligado, C1 fecha seu contato NF 921, 22),

    permitindo assim a energizao da bobina C2. O contato NF de C2 (21,22) abre,

    bloqueando C1, e o contato NA de C2 (13, 14) fecha, fazendo o seu selo. Como C2 inverte o

    sentido de rotao do motor, a velocidade deste tende a diminuir drasticamente nesse

    instante. Com a diminuio da velocidade o dispositivo de frenagem e3 abre seu contato

    NA (3, 4), desligando C2 e fazendo com que o motor permanea parado.

    O uso desse sistema de frenagem limitado pela potncia do motor, visto que, no alto da

    frenagem, solicitada uma corrente muito alta da rede.

    Frenagem de motores trifsicos por corrente retificada

    A seguir feita a apresentao e anlise dos circuitos de fora (Fig. 1.46) e comando

    (Fig. 1.47) para frenagem de motores trifsicos por corrente retificada.

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    Curso Tcnico de Eletrnica 67

    Fig. 1.46 - Frenagem de motores trifsicos por corrente retificada diagrama de fora

    Fig. 1.47 - Frenagem de motores trifsicos por corrente retificada diagrama de comando

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    68 Curso Tcnico de Eletrnica

    Anlise funcional

    Ao ser energizada a rede trifsica (R, S, T), teremos tenso nas linhas de comando (R e S),

    e atravs dos fusveis de proteo (e21 e e22), ser feita a alimentao do ponto superior do

    boto de comando desliga (b0), contato NF (1, 2) e NA (3, 4), atravs do contato NF (95,

    95) do rel trmico de sobrecarga, e inferior (lado b) das bobinas C1 C2 C3 C4, e bornes dos

    sinaleiros V1, V2, e V3. Estando b0 no repouso, seu contato NF (1, 2) fechado e o NA (3, 4)

    aberto, mantendo energizado os pontos superiores do boto liga (b1), do boto liga (b2), dos

    comandos NA de C1 (13, 14) e de C2 (13, 14), atravs dos contatos NF de C3 (21, 22) e C4

    (21, 22). Ao ser acionado o boto liga, seu contato NF (1, 2) abre, bloqueando C2 e o

    sinaleiro V2 e o NA fecha, energizando C1 e o sinaleiro V1, atravs do contato NF de C2

    (21,22). Ao ser energizado, C1 abre seu contato NF (21,22), cuja funo manter o

    bloqueio de C2 e V2 e fecha seu contato NA (13,14), fazendo seu selo.

    No circuito de fora, energizando C1, o motor assume a condio de partida direta e

    permanece ligado com sentido de giro determinado, por exemplo, sentido horrio.

    Quando for necessrio desligar o motor, dever ser acionado o boto desliga. Ao ser

    acionado, b0 abre seu contato NF (1,2) desligando C1 e V1, e fecha seu contato NA (3,4)

    energizando as bobinas C3 C4 e o sinaleiro V3. Sendo desenergizado, C1 volta posio de

    repouso, mantendo aberto seu contato NA (13,14) e fechando seu contato NF (21,22).

    No circuito de fora, sendo energizados C3 e C4, alimenta-se o transformador (Tr), cuja

    funo fornecer tenso reduzida para a ponte retificadora (Rd), que converte essa tenso

    de entrada alternada em contnua, conectando-a aos terminais do motor atravs do fusvel

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    Curso Tcnico de Eletrnica 69

    e3, respectivamente. Assim, ao receber corrente contnua no estator, o rotor desacelerado

    e o motor para imediatamente.

    Acionando-se o boto liga (b2) C2 e energizado, invertendo o sentido de giro do motor. A

    frenagem ocorre da mesma forma descrita anteriormente, ou seja, aciona-se b0 desligado o

    motor e energizando o sistema de freio.

    Sistema de localizao de contatos

    A fim de facilitar a localizao dos contatos nos diagramas de comando eltrico, podem ser

    inseridas tabelas de localizao abaixo das bobinas dos contadores, que indicam a linha ou

    coluna onde o contato NA ou NF se encontra. Poderemos entender isso mais facilmente

    com o exemplo da figura 1.48.

    Fig. 1.48 - Sistema de localizao de contatos

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    70 Curso Tcnico de Eletrnica

    Podemos perceber pelo exemplo que, ao ser energizada a bobina C1, sero desencadeadas

    aes de abertura e fechamento de contatos vistas na tabela abaixo nas linhas 3 e 7 e fecha

    seus contatos NA nas linhas 2 e 5.

    Partida consecutiva automtica de motores trifsicos

    A seguir e feita a apresentao e a anlise dos circuitos de fora (Fig. 1.49) e comando

    (Fig. 1.50) para partida consecutiva de motores trifsicos.

    Fig. 1.49 - Partida consecutiva automtica de motores trifsicos diagrama de fora

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    Curso Tcnico de Eletrnica 71

    Anlise simplificada do funcionamento

    Os fusveis (e21 e e22) energizam as linhas de comando. O lado (b) das bobinas d1, C1, d2,

    C2 e C3 j se encontram energizados pelo fusvel e22. Acionando o boto liga (b1) energiza-

    se d1 e C1 atravs dos contatos NF de e4, e5, e6, e b0, ligados em srie. O contator C1 fecha

    um contato na linha 3, fazendo seu selo, e outro na linha 4, dando condio de energizar C2

    assim que o rel de tempo d1 fechar seu contato nessa mesma linha (4). Assim, temos

    acionado o sistema de partida direta do motor (m1).

    Fig. 1.50 - Partida consecutiva automtica de motores trifsicos diagrama de comando

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    72 Curso Tcnico de Eletrnica

    Decorrido o tempo pr-ajustado em d1, seu contato na linha 4 se fecha, energizando as

    bobinas C2 e d2. O rel de tempo d2 comea a contar o tempo pr-ajustado para fechar seu

    contato na linha 6, enquanto C2 fecha um contato na linha 5, fazendo seu selo, e outro na

    linha 6, dando condio de C3 ligar assim que d2 fechar seu contato. Com isso acionado o

    motor (m2).

    Decorrido o tempo pr-ajustado em d2 seu contato na linha 6 se fecha, energizando a

    bobina C3. Uma vez energizada, C3 fecha um contato na linha 7, fazendo o seu selo. Dessa

    forma, o motor (m3) acionado.

    Sistema de partida com acelerao retrica automtica

    Caso a partida direta seja inconveniente e o conjugado de acelerao em partida estrela

    tringulo insuficiente, a seleo do motor pode recair num motor de rotor bobinado. Para

    partida de um motor de rotor bobinado, um reostato externo ou grupo de resistores externo

    conectado ao circuito rotrico atravs de um conjunto de escovas e anis deslizantes. Tal

    resistncia retrica adicional mantida no circuito, durante a partida, para diminuir a

    corrente de partida e aumentar os conjugados. possvel, ainda regular o valor da

    resistncia externa, de forma a obter o conjugado de partida igual ao prprio conjugado

    mximo.

    Abaixo ilustrada a curva caracterstica torque x velocidade de um motor de anis partindo

    com reostato.

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    Curso Tcnico de Eletrnica 73

    A

    resi

    st

    nci

    a

    ext

    ern

    a

    gra

    dua

    lmente reduzida, durante o perodo de acelerao, medida que aumenta a velocidade do

    motor. Quando o motor atinge sua velocidade nominal, a resistncia totalmente retirada

    do circuito e o enrolamento rotrico curto-circuitado, passando o motor a comportar-se

    como um motor de gaiola.A insero da resistncia adicional pode se dar de trs formas:

    Manual atravs de reostato, podendo ser a resistncia slida ou lquida.

    Semi-automtica, atravs de banco de resistores, curto-circuitados por contatores,

    comandados por botes.

    Automtica, atravs de banco de resistores, curto-circuitados por contatores,

    comandados por rels de tempo.

    A seguir so mostrados os diagramas de fora e comando para partida de motor trifsico de

    rotor bobinado, com comutao automtica de banco de resistores.

    Graf. 4 - Curvas torque x velocidade de um motor de anis partindo com reostato

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    74 Curso Tcnico de Eletrnica

    Fig. 1.52 - Partida de motor de rotor bobinado, comutao automtica - resistores - comando

    Fig. 1.51 Partida de motor de rotor bobinado, comutao automtica - resistores - fora

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    Curso Tcnico de Eletrnica 75

    Anlise funcional

    Estando energizada a rede trifsica (R, S e T), estaremos energizando o borne 95 do rel

    trmico de sobrecarga e os pontos inferiores (lado b) das bobinas C1, C11, C12, C13, d1, d2,

    d3, atravs dos fusveis e21 e e22. O contato NF (95, 96) do rel trmico de sobrecarga,

    ligado em srie com o contato NF (1, 2) do boto desliga (b0), proporciona a energizao

    dos bornes superiores do boto liga (b1) e do contato NA de C1 (13). Acionando b1,

    energizamos a bobina C1, atravs dos contatos NF (21, 22) de C1, C12, e C13. C1 fecha seu

    contato NA (13,14), fazendo o selo de sua bobina e energizando os bornes superiores dos

    contatos NA de C13 (31), d1 (18), C11(13), C12(13), d3(43), C11(43), C12(43) e NF de

    C11(31) atravs do contato NF de C13(31,32). Assim, a bobina do rel de tempo d1

    energizada atravs do contato NF de c11 (31,32). Passando a contar o tempo ajustado para

    fechar seu contato NA (15,18). Decorrido o tempo ajustado, d1 fecha o seu contato,

    fazendo energizao da bobina C11 atravs do contato NF de C12(31,32). C11 abre seus

    contatos NF (21,22 e 31,32), cujas funes so garantir que o motor parta com toda a

    resistncia inserida e desenergizar a bobina de d1, respectivamente, e fecha seus contatos

    NA (13,14) fazendo o selo de sua bobina e (43,44) energizando a bobina do rel de tempo

    d2 atravs do contato NF de d3 (31,32).

    Nessas condies, no circuito de potncia, temos que o motor alimentado com as trs

    fases da rede, comea a partir com toda a resistncia inserida e, logo em seguida,

    acelerado com a entrada de c11 que curto-circuita parte da resistncia.

    O rel de tempo d2 depois de decorrido o tempo ajustado, fecha seu contato NA (15,18),

    energizando a bobina c12 que absorve seus contatos NF (21,22 e 31,32), cujas respectivas

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    76 Curso Tcnico de Eletrnica

    funes so garantir a partida do motor com toda resistncia inserida e bloquear a

    alimentao do contato NA de d3 (13,14), evitando a energizao da bobina C13. C12

    tambm fecha seus contatos NA (13,14 e 43,44) com as respectivas funes d fazer o selo

    de sua bobina e energizar a bobina de d3