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Principais doenças fúngicas da videira no Sul do Brasil Introdução As doenças fúngicas constituem-se num dos principais entraves para a produção qualitativa e quantitativa de uva. Em regiões onde as condições climáticas são favoráveis ao desenvolvimento das doenças fúngicas, os tratamentos fitossanitários podem atingir 30% do custo de produção da uva. Nestas condições, o manejo integrado é uma necessidade, visando reduzir o uso de fungicidas, e, conseqüentemente, diminuir o risco de contaminação do produtor, do consumidor e do ambiente. Vários patógenos fúngicos podem infectar a videira, variando sua importância com a região geográfica e a resistência varietal. O ambiente tem um papel muito importante neste contexto, podendo contribuir para aumentar ou limitar o desenvolvimento das doenças. Na Região Nordeste do Brasil, o clima seco é desfavorável para ocorrência de epidemias de míldio, por outro lado favorece as epidemias de oídio. Em contrapartida, a região Sul e Sudeste do Brasil, onde predomina uma maior quantidade de precipitações, distribuídas ao longo do crescimento vegetativo da videira, doenças como o míldio e as podridões do cacho, tornam-se severas acarretando altas perdas na produção, caso medidas de controle não sejam tomadas. Algumas espécies de fungos, causadores de doenças na videira, apresentam uma distribuição localizada, típica de patógenos de solo, como é o caso do Fusarium oxysporum f. sp. herbemontis, relatado em 1940 tem sido encontrado desde então, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e o “pé-preto”, causado por Cylindrocarpon destructans, relatado em 1999 nos vinhedos da Serra Gaúcha. Por outro lado, a ferrugem da videira, Phakopsora euvitis, encontrada inicialmente no Paraná e relatada no ano de 2003, tem sido também observada em outros estados como São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Uma importante ferramenta de controle é a resistência varietal. Cultivares americanas têm se mostrado mais resistentes ao míldio, ao oídio e a podridão cinzenta, do que as viníferas. Por outro lado, estas últimas são mais resistentes a mancha das folhas do que as cultivares americanas. 56 Circular Técnica ISSN 1808-6810 Autores Olavo Roberto Sônego, Eng. Agrôn., Embrapa Uva e Vinho, Caixa Postal 130, CEP 95700-000 Bento Gonçalves, RS Lucas da Ressurreição Garrido, Eng. Agrôn., Embrapa Uva e Vinho, Caixa Postal 130, CEP 95700-000 Bento Gonçalves, RS Albino Grigoletti Júnior, Eng. Agrôn., Embrapa Florestas, Caixa Postal 319, CEP 83411-000 Colombo, PR Bento Gonçalves, RS Dezembro, 2005

Circular 056

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Videira

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  • Principais doenas fngicas da videira noSul do Brasil

    Introduo

    As doenas fngicas constituem-se num dos principais entraves para aproduo qualitativa e quantitativa de uva. Em regies onde as condiesclimticas so favorveis ao desenvolvimento das doenas fngicas, ostratamentos fitossanitrios podem atingir 30% do custo de produo dauva. Nestas condies, o manejo integrado uma necessidade, visandoreduzir o uso de fungicidas, e, conseqentemente, diminuir o risco decontaminao do produtor, do consumidor e do ambiente.

    Vrios patgenos fngicos podem infectar a videira, variando suaimportncia com a regio geogrfica e a resistncia varietal. O ambientetem um papel muito importante neste contexto, podendo contribuir paraaumentar ou limitar o desenvolvimento das doenas. Na Regio Nordestedo Brasil, o clima seco desfavorvel para ocorrncia de epidemias demldio, por outro lado favorece as epidemias de odio. Em contrapartida,a regio Sul e Sudeste do Brasil, onde predomina uma maior quantidadede precipitaes, distribudas ao longo do crescimento vegetativo davideira, doenas como o mldio e as podrides do cacho, tornam-seseveras acarretando altas perdas na produo, caso medidas de controleno sejam tomadas.

    Algumas espcies de fungos, causadores de doenas na videira,apresentam uma distribuio localizada, tpica de patgenos de solo,como o caso do Fusarium oxysporum f. sp. herbemontis, relatado em1940 tem sido encontrado desde ento, principalmente nos estados doRio Grande do Sul e Santa Catarina, e o p-preto, causado porCylindrocarpon destructans, relatado em 1999 nos vinhedos da SerraGacha. Por outro lado, a ferrugem da videira, Phakopsora euvitis,encontrada inicialmente no Paran e relatada no ano de 2003, tem sidotambm observada em outros estados como So Paulo, Mato Grosso,Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.

    Uma importante ferramenta de controle a resistncia varietal. Cultivaresamericanas tm se mostrado mais resistentes ao mldio, ao odio e apodrido cinzenta, do que as vinferas. Por outro lado, estas ltimas somais resistentes a mancha das folhas do que as cultivares americanas.

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    ISSN 1808-6810

    Autores

    Olavo Roberto Snego,Eng. Agrn.,

    Embrapa Uva e Vinho,Caixa Postal 130,

    CEP 95700-000Bento Gonalves, RS

    Lucas da RessurreioGarrido,

    Eng. Agrn.,Embrapa Uva e Vinho,

    Caixa Postal 130,CEP 95700-000

    Bento Gonalves, RS

    Albino Grigoletti Jnior,Eng. Agrn.,

    Embrapa Florestas,Caixa Postal 319,

    CEP 83411-000Colombo, PR

    Bento Gonalves, RSDezembro, 2005

  • As principais doenas fngicas da parte areada videira so o mldio (Plasmopara viticola), aantracnose (Elsinoe ampelina), a podridocinzenta (Botryotinia fuckeliana), o odio(Uncinula necator), as podrides do cachocausadas por Melanconium fuligineum eGlomerella cingulata, a escoriose (Phomopsisviticola), a mancha das folhas (Isariopsisclavispora) e a ferrugem (Phakopsora euvitis);no sistema radicular, a fusariose (Fusariumoxysporum f. sp. herbemontis) e o p-preto(Cylindrocarpon destructans).

    A identificao correta do agente causal da

    doena, o conhecimento da resistnciavarietal, da biologia do patgeno e dascondies climticas favorveis aodesenvolvimento das epidemias fornecemsubsdios valiosos para estabelecer asmedidas adequadas de controle.

    Na literatura encontram-se escalasdiagramticas com os estdios fenolgicos davideira. Nesta publicao ser adotada aescala descrita por Eichhorn e Lorenz (1984),publicada pela EPPO (Fig. 1), paraidentificao dos estdios da videira e osmomentos mais adequados para controle dasdoenas.

    Fig. 1. Estdios fenolgicos da videira de acordo com Eichhorn & Lorenz.01 - gemas dormentes 23 - 50% das flores abertas (pleno florescimento)02 - inchamento de gemas 25 - 80% das flores abertas03 algodo 27 - frutificao (limpeza de cacho)05 - ponta verde 29 - gros tamanho chumbinho07 1 folha separada 31 - gros tamanho ervilha09 - 2 ou 3 folhas separadas 33 - incio da compactao do cacho12 - 5 ou 6 folhas separadas; inflorescncia visvel 35 - incio da maturao15 - alongamento da inflorescncia; flores agrupadas 38 - maturao plena17 - inflorescncia desenvolvida; flores separadas 41 - maturao dos sarmentos19 - incio de florescimento; 1asIflores abertas 43 - incio da queda de folhas21 - 25% das flores abertas 47 - final da queda de folhas

  • Doenas Fngicas

    Antracnose

    Tambm conhecida como varola, negro,varola ou olho-de-passarinho, causada pelofungo Elsinoe ampelina (de Bary) Schear,forma sexuada de (Sphaceloma ampelinum deBary, Gloeosporium ampelophagum (Pass)Sacc.).

    uma doena que pode causar srios danosno s produo do ano, como tambm sprodues futuras. Em condies muitofavorveis ao desenvolvimento do fungo, osdanos so to severos a ponto de serconsiderada, nestes anos, a principal doenada cultura.

    Sintomatologia

    O fungo pode infectar todas as partes verdesda planta, sendo mais prejudicial aos tecidosjovens e tenros. Nas folhas, aparecempequenas manchas castanho-escuras nolimbo, pecolo e nervuras, que causam adeformao da folha quando afetada na fasede crescimento (Fig. 2). As reas afetadastornam-se necrosadas, podendo ocorrer aperfurao do tecido do limbo foliar. Nopecolo observa-se cancros semelhantes aosformados nos ramos herbceos (Fig. 3).

    Nos ramos herbceos aparecem cancrosprofundos de contorno irregular e bem definido(Fig. 4); nas pontas dos brotos surgem lesesque coalescem, dando a impresso dequeimaduras (Fig. 5).

    Fig. 3. Cancros em pecolo causadospor antracnose

    Fig. 2. Necrose e deformao dafolha causada por antracnose

    Fig. 5. Leses e atrofia do broto apicalcausadas por antracnose

    Fig. 4. Cancros de antracnose emramo herbceo

  • Nas inflorescncias ocorre seca e,posteriormente, queda dos botes florais (Fig.6). Aps o desenvolvimento dos cachos, oataque pode ocorrer no pednculo e nasbagas, onde aparecem leses arredondadas,necrticas, deprimidas, de coloraocastanho-escura e circundadas por um halopardo-avermelhado, dando um aspecto deolho-de-passarinho (Fig. 7).

    Condies favorveis

    O fungo se desenvolve em uma ampla faixade temperatura, sendo que a temperaturatima para o desenvolvimento da doena estaentre 24C e 26C. Nas regies de primaverasmidas, com chuvas abundantes e associadasa ventos frios, a doena mais agressiva.Geralmente as cultivares mais afetadas soaquelas de brotao precoce, por encontrarem

    temperaturas e umidade favorveis no inciodo ciclo. Das cultivares americanas, a Concord considerada moderadamente resistente,enquanto que as demais so mais suscetveisdo que esta ltima. As cvs. Isabel e Seibel soconsideradas tolerantes. J as cultivaresvinferas so altamente suscetveis a doena.

    Medidas de controle

    - Evitar o plantio em baixadas midas eterrenos expostos a ventos frios, preferindoexposies que proporcionem boa insolao earejamento.- Utilizar cultivares mais resistentes.- Utilizar material vegetativo sadio e de boa

    qualidade.- Eliminar o maior nmero possvel de

    ramos com cancros, por ocasio da poda,retirando-os do vinhedo e queimando-os.

    - Usar quebra-vento.- Fazer tratamento de inverno com calda

    sulfoclcica (4 B).

    Como os tecidos jovens e tenros so os maissuscetveis, importante que o programa decontrole qumico inicie no estdio 05 (pontaverde), e repetir quando tiver condiesclimticas favorveis at o estdio 35 (incioda maturao).

    Escoriose

    A escoriose da videira, causada porPhomopsis viticola (Reddick) Sacc., umadoena cujos danos vo desde a reduo dasgemas brotadas e a seca dos ramos, podendocausar at a morte da planta. A incidncia nosfrutos poder diminuir a produo e aqualidade da uva.

    Fig. 6. Seca de botes floraiscausada por antracnose

    Fig. 7. Leses em baga causadas porantracnose

  • Sintomatologia

    Os sintomas caractersticos surgem na basedos ramos do ano, geralmente at o terceiroou quarto entren, no incio da brotao. Elesse apresentam na forma de crostas ouescoriaes superficiais de cor marrom-escura(Fig. 8), que podem envolver toda a partebasal do ramo, ou na forma de lesesalongadas longitudinais, escuras e superficiais(Fig. 9). Estas ltimas tambm podem serobservadas no pecolo, gavinhas epednculos. No ramo, tais sintomaspermanecem at o seu amadurecimento, ondese forma a estrutura reprodutiva do fungo.

    Os sintomas de escoriose podem serconfundidos com os da antracnose. Adiferena bsica est na forma e profundidadedas leses, que, no caso da antracnose, so

    arredondadas e profundas.

    No limbo foliar formam-se pequenas manchasclorticas pontuadas (Fig. 10), que mais tardese tornam necrticas. Nas nervuras, o ataquepoder causar a deformao da folha (Fig.11).

    Os ramos afetados apresentam umengrossamento na base, provocando oenfraquecimento na regio de insero,facilitando a quebra dos mesmos. Outrodistrbio provocado pela escoriose a mortedas gemas basais, dificultando a poda e,conseqentemente, promovendo umaexpanso indesejvel da planta.

    Condies favorveis

    Perodos prolongados de chuva e frio so ascondies ideais para o desenvolvimento dopatgeno. Os condios germinam em amplafaixa de Temperatura, 1C a 37 C, sendo atemperatura tima de 23C, com perodos de

    Fig. 8. Escoriaes na base doramo causada por escoriose

    Fig. 9. Leses de escoriose no ramo deuva americana

    Fig. 10. Leses de escoriose em folha

    Fig. 11. Deformao da folha causada porescoriose

  • gua livre ou umidade relativa prxima de100%. Os tecidos tenros na fase inicial debrotao so altamente sensveis infecopelo fungo. A doena ocorre tanto emcultivares americanas e hbridos, como emvinferas. O fungo sobrevive no inverno sob aforma de picndios formados na casca, oumiclio nas gemas da base dos ramos.

    Medidas de controle

    Quando a doena est instalada na planta,deve-se promover a reduo do inculo pelaremoo e destruio dos ramos atacados oupelo tratamento qumico de inverno com caldasulfoclcica aps a poda e antes da brotao.

    Na primavera, o controle qumico deve serrealizado nas fases iniciais da brotao, umtratamento no estdio 05 (ponta verde) e outrono estdio 09 (2 ou 3 folhas separadas),quando a planta encontram-se em sua fase demaior suscetibilidade. Uma pulverizaoadicional pode ser necessria aps chuvaspesadas. Estes tratamentos podem ser feitosjunto com as aplicaes para a antracnose.

    Mancha das Folhas

    Tambm conhecida como isariopsis, adoena, causada por Pseudocercospora vitis(Lv.) Speg (=Isariopsis clavispora (Berk. &Curtis) Sacc.), tem grande importncia emcultivares americanas e hbridas,principalmente em regies mais quentes, ondea doena evolui rapidamente. A desfolhaprecoce o principal dano, acarretando oenfraquecimento da planta e deficincia namaturao dos ramos e, conseqentemente,m brotao no ciclo seguinte.

    Sintomatologia

    Os sintomas se manifestam, principalmente,nas folhas, onde so bastante caractersticos.No limbo foliar aparecem manchas bemdefinidas, de contorno irregular e coloraoinicialmente castanho-avermelhada, que maistarde escurece. As manchas podem atingir at2 cm de dimetro e apresentam um haloamarelado ou verde-claro bem visvel (Fig. 12)na face oposta da folha, no tecidocorrespondente, ocorre uma colorao parda.No h perfuraes nem deformaes dafolha. As frutificaes do fungo sedesenvolvem tanto na face superior como nainferior da folha. O ataque severo da doenaprovoca a queda prematura das folhas, comconseqncias sobre o vigor para o cicloseguinte, por falta das reservas que seriamacumuladas aps a colheita da uva, eprejudicando a maturao dos ramos,podendo predisp-Ios a ataques de pragas edoenas.

    Condies favorveis

    A doena se desenvolve em condies de altatemperatura e umidade. As folhas basaisnormalmente so as mais afetadas. Oaparecimento dos sintomas ocorre,geralmente, no incio da maturao da uva. A

    Fig. 12. Sintomas de mancha da folha

  • ausncia ou um nmero insuficiente detratamentos para o controle do mldio podefavorecer o desenvolvimento da doena.

    Medidas de controle

    As medidas adotadas para o controle domldio, exceto os produtos cpricos,geralmente so suficientes para manter adoena em nveis baixos. Os tratamentosqumicos ps-colheita do uma melhorproteo folhagem, mantendo-a por maistempo na planta.

    Ferrugem da Videira

    A ferrugem da videira causada porPhakopsora euvitis foi observada pela primeiravez no Brasil no ano de 2001, no Paran.Alm do Paran, j foi relatada tambm no RioGrande do Sul, So Paulo, Mato Grosso doSul e Mato Grosso

    Sintomatologia

    Na superfcie superior da folha aparecempequenas leses necrticas angulares,enquanto que na superfcie inferior da folhaaparecem pequenas pstulas amareladas comfrutificao do fungo (Fig. 13). Geralmente aspstulas aparecem primeiro nas folhasmaduras, causando desfolha precoce daplanta.

    Condies Favorveis

    A doena mais severa em regies tropicais esubtropicais do que em regies temperadas.Os uredosporos podem germinar emtemperaturas entre 8C e 32C, sendo atemperatura tima de 24C, na ausncia deluz.

    Medidas de Controle

    Observaes em campo tem mostrado que ascultivares americanas so mais suscetveis aferrugem. Para o controle da doena podemser utilizados fungicidas do grupo dos triazise estrobilulinas.

    Mldio

    a doena de maior importncia para aviticultura no Brasil. Tambm conhecida comomufa, mofo ou peronspora, causada pelopseudofungo Plasmopara viticola (Berk. &Curtis) Berl & de Toni. P.viticola pertence aoreino dos chromistas.

    Os maiores prejuzos causados pela doenaesto relacionados destruio total ouparcial das inflorescncias e/ou frutos e queda prematura das folhas. O desfolhamentoprecoce, alm dos danos na produo do ano,afetar tambm a produo dos anosseguintes. Portanto a doena causa danos aqualidade e a quantidade da produo do anoe enfraquecimento da planta para as safrasfuturas.

    Sintomatologia

    O mldio pode afetar todas as partes verdesem desenvolvimento da planta, porm osprincipais sintomas so observados nasFig. 13. Pstulas de ferrugem na faceinferior da folha

  • folhas, flores e frutos.

    Nas folhas, os primeiros sintomas visveis somanchas de colorao verde-clara de aspectooleoso na face superior, conhecidas comomanchas de leo (Fig. 14). Em condies dealta umidade, na face inferior da regiocorrespondente a essas manchas, surgir umaeflorescncia branca (mofo branco) (Fig. 15)que so os rgos de frutificao dopseudofungo, ou seja, os esporangiforos comesporngios (Fig. 16), que saem atravs dosestmatos. As manchas tornam-senecrosadas e de colorao castanho-avermelhada (Fig. 17). Freqentemente asfolhas atingidas caem prematuramente,privando a planta de seu rgo de nutrio.

    Na inflorescncia, a doena causa deformaoda mesma, deixando-a com aspecto degancho (Fig. 18). Quando o ataque ocorre nafase de florao, as inflorescncias secam ecaem (Fig. 19).

    Fig. 14. Mldio: mancha de leo naparte superior da folha

    Fig. 15. Mldio: frutificao na parteinferior da folha

    Fig. 16. Esporangioforos e esporangiosde Plasmopara viticola

    Fig. 17. Mldio: manchas necrticas nafolha

    Fig. 18. Inflorescncia com frutificaode Plasmopara vitcola

    Fig. 19. Mldio: seca deinflorescncia

  • Nas bagas novas, o patgeno pode penetrardiretamente pelos estmatos ou pelo pedicelo.Com o desenvolvimento da doena, emcondies de alta umidade, haver, nasuperfcie das bagas afetadas, a formao deuma estrutura branca, constituda pelafrutificao do pseudofungo (Fig. 20 e 21).

    Nas bagas mais desenvolvidas, opseudofungo penetra pelo pedicelo e sedesenvolve no seu interior, tornando-asescuras e endurecidas, com depresses nasuperfcie, e destacando-se facilmente docacho (Fig. 22). Nesta fase a doena conhecida como peronspora larvada,devido semelhana com os sintomascausados pela mosca-das-frutas.

    O ataque nas inflorescncias e nos cachosso os mais prejudiciais, pois podemcomprometer totalmente a produo (Fig. 23).

    Os ramos herbceos so infectados na regio

    dos ns e o sintoma de escurecimento doramo se desenvolve nos entrens (Fig. 24).

    Fig. 20. Cachos com frutificao

    Fig. 21. Mldio: bagas com frutificao

    Fig. 22. Mldio: cachos com bagasmurchas

    Fig. 23. Mldio: cachos com bagassecas

    Fig. 24. Mldio: escurecimento doramo

  • Condies favorveis

    Em regies de clima temperado, onde avideira perde as folhas no inverno, asprimeiras infeces so oriundas de estruturasdenominadas osporos (esporo de origemsexuada, que so as estrutura de resistncia)(Fig. 25). Estas estruturas se formam no finaldo vero e durante o outono e passam oinverno nos resduos foliares at o final doinverno e incio da primavera. Em condiesde temperatura e umidade favorveis, ososporos germinam, formam osmacrosporngios com zoosporngios, queoriginaram os focos primrios. A partir destesfocos, desenvolvem-se os ciclos sucessivos(ciclos secundrios) da doena durante operodo vegetativo da videira.

    Todos os fatores que contribuem paraaumentar o teor de gua no solo, ar e plantafavorecem o desenvolvimento do mldio davideira. Portanto, a chuva considerada oprincipal fator epidemiolgico por propiciar taiscondies. A temperatura exerce papelmoderador, freando ou acelerando odesenvolvimento da doena. Dificilmenteocorre infeco se a umidade do ar for inferiora 75%; porm, ela ser grave quando operodo de gua livre (chuva, orvalho ou

    nevoeiro) for maior que trs horas.

    As mais srias epidemias de mldio ocorremquando um inverno mido seguido de umaprimavera tambm mida e de vero chuvoso.Estas condies garantem sobrevivncia dososporos, com abundante germinao naprimavera, e permitem o desenvolvimentorpido da doena na poca de crescimentovegetativo da planta. Sob condiesfavorveis de ambiente, o fungo podecompletar seu ciclo em apenas 4 dias.

    A contaminao (infeco) pode ocorrer emtemperaturas de 6 a 25 C, com condiestimas entre 18C e 22 C.

    O perodo de incubao pode variar de quatroa dezoito dias, diminuindo com o aumento daumidade do ar e da temperatura at 25 C. Emcondies timas de temperatura (22-25 C) operodo de incubao dura de quatro a seisdias.

    A esporulao ocorre quando a umidade do arest elevada. Com 98% de umidade, aesporulao ocorre em dez horas a 25 C,dezoito horas a 20 C e em vinte horas a 13 C.Abaixo de 70% de umidade no se observaesporulao.

    Todas as prticas culturais que aumentem oteor de umidade no dossel favorecem odesenvolvimento da doena, como plantiosadensados, utilizao de porta-enxertosvigorosos, altas doses de adubosnitrogenados, irrigao e podas incorretas. Ainstalao do vinhedo em baixadas propiciamuma maior ocorrncia de nevoeiros ou desolos mal drenados que favorecem oaparecimento dos focos primrios.

    Fig. 25. Osporos ou estruturas deresistncia de Plasmopara viticola

  • Medidas de controle

    O controle do mldio inicia-se com a escolhade uma rea adequada ao plantio da videira ede cultivares mais resistentes. As cultivares deV. vinifera so muito suscetveis a doena,enquanto que as cultivares de uvasamericanas e hbridas so mais resistentes.

    A aplicao de fungicidas ainda uma prticanecessria para o controle da doena. Com omonitoramento da doena, as aplicaespodem ser iniciadas com o aparecimento dosprimeiros sintomas (mancha de leo), ou noestdio 09 (duas a trs folhas separadas), erepetidas sempre que houver condiesfavorveis. At o estdio de gro ervilharecomenda-se a aplicao de produtosorgnicos, aps este estdio podem serempregados os fungicidas cpricos. No serecomenda a aplicao de cpricos durante aflorao, porque o cobre causa fitotoxicidades flores e na brotao nova, principalmentecom tempo frio e mido.

    No perodo crtico, que vai do estdio 17(inflorescncia totalmente desenvolvida; floresseparadas) at o estdio 31 (bagas tamanhoervilha), so necessrios os maiores cuidados.Nesta fase deve-se proteger as plantas comfungicidas sistmicos ou de profundidade, comintervalo de aplicaes de 08 a 10 dias.Recomenda-se no mximo de duas a trsaplicaes de cada princpio ativo, visandoevitar o surgimento de resistncia do patgenoa estes fungicidas.

    Os tratamentos com fungicidas de contato oude superfcie podem ser realizados emintervalos de sete a oito dias, porm quando aprecipitao superar a 20 mm, lavando o

    tratamento anterior, necessrio repetir aaplicao.

    Em anos em que a incidncia da doena muito severa, aconselha-se pulverizaes ps-colheita para reduzir o inculo e proteger afolhagem, mantendo-a por mais tempo naplanta.

    A utilizao de produtos indutores deresistncia tem aumentado em diversasculturas. Na videira, os fosfitos de potssiotem desempenhado este papel, tornando aplanta mais resistente ao ataque do agentecausador do mldio, e exercendo um excelentecontrole da doena.

    Outras medidas profilticas que contribuempara o controle, mas no substituem osfungicidas so: evitar o plantio em baixadas eem solos mal drenados, pois favorece aproduo do inculo primrio e secundrioresponsveis pelas infeces; a adubaodeve seguir as recomendaes tcnicas daanlise de solo, evitando o excesso de adubosnitrogenados que favorecem o crescimentovegetativo e maior suscetbilidade dos tecidosverdes da planta doena. Utilizarespaamento e poda adequados para melhorarejamento da planta, sistema de conduomuito baixo, cria microclima favorvel aopatgeno.

    Odio

    O odio, ou mldio pulverulento, causado pelofungo Uncinula necator (Schw.) Burril, formasexuada de Oidium tuckeri Berk., ocorre emtodas as regies vitcolas do mundo. Na regioNordeste do Brasil, a principal doenafngica da videira, tambm ocorrendo no

  • Noroeste de So Paulo e outras regies declima mais seco. Na Regio Sul do Brasil, noapresenta carter epidmico, pois ascondies climticas no so favorveis aoseu desenvolvimento. Entretanto, em anospropcios ocorre com maior ou menorintensidade sobre cultivares sensveis.

    Sintomatologia

    Todos os rgos verdes da planta podem seratacados pela doena.

    Os sinais do fungo podem ser encontradostanto na face superior como na inferior dasfolhas. Na face superior podem aparecermanchas clorticas semelhantes manchade leo do mldio . Na superfcie foliaraparece fina camada de p cinzento,facilmente removida, constituda pelafrutificao do fungo (Fig. 26).

    Nas inflorescncias os sintomas so bemcaractersticos, antes da florao, os botesflorais so cobertos por um p cinzento quecausa seca e queda dos mesmos. Aps aflorao, estas estruturas so facilmenteobservadas na superfcie das bagas (Fig. 27 e28).

    Em infeces precoces, as bagas tornam-secoriceas e racham, expondo as sementes

    (Fig. 29). Em ataques tardios as bagas noracham, mas apresentam manchas reticuladasescuras na superfcie, depreciando o produtose for uva de mesa.

    Nos ramos, aps o desaparecimento dafrutificao do fungo, h a formao demanchas marrom-escuras, que podem seaglutinar formando manchas maiores eirregulares (Fig. 30 e 31).

    Fig. 26. Odio: frutificao do fungo nasuperfcie da folha

    Fig. 27. Odio: frutificao do fungo nasuperfcie da baga

    Fig. 28. Odio: frutificao do fungo nasuperfcie da baga verde

    Fig. 29. Odio: rachadura das bagas

  • Condies favorveis

    Em condies climticas favorveis, o odio sedesenvolve de maneira contnua a partir dabrotao, pois as gemas infectadas no cicloanterior servem como ponto de partida para adoena, originando, na ausncia de controle,os focos primrios de onde surgiro asprximas contaminaes. A intensidade deinfeco depende essencialmente datemperatura e umidade. A germinao doscondios pode ocorrer em temperaturas baixas(4 C) e com umidade relativa de 25%; porm,as condies timas esto em torno de 25 C eentre 40 a 60% de umidade relativa. Perodossecos, quentes e com nebulosidade so ascondies favorveis ao desenvolvimento doodio, baixa luminosidade ou luz difusafavorece o desenvolvimento da doena.

    Novos esporos do patgeno podem serproduzidos nas folhas de videira, em 12 ou 5

    dias, quando a temperatura mdia for de 12Cou 26C, respectivamente. A temperaturamxima para infeco foi determinada ser em33C, embora os esporos possam germinarem temperaturas maiores.

    Medidas de controle

    Algumas praticas culturais podem reduzir aseveridade da doena e melhorar o controlequmico: sistema de conduo que no causemuito sombreamento, evitar excesso denitrognio.

    Recomenda-se aplicaes preventivas comprodutos a base de enxofre, ou produtossistmicos (IBS) no incio do aparecimento dossintomas. As cultivares americanas e hbridasso resistentes, dispensando o controlequmico. Deve-se evitar a aplicao deprodutos a base de enxofre nos horrios comtemperatura elevada (>30C) a fim de evitarsintomas de queimaduras (fitotoxicidade). Embaixas temperaturas (

  • Sintomatologia

    As infeces iniciam-se aps a florao epermanecem latentes at a maturao da uva,quando os sintomas so mais evidentes. Ofungo geralmente invade as bagas pelopedicelo, tornando-as pardas.

    Inicialmente se observa uma leso aquosamarrom que aumenta em forma de anisconcntricos at envolver toda a baga. Emcondies favorveis, aparecem pstulasescuras, irregulares e de tamanho varivel,que so as estruturas do fungo (Fig. 32).

    Quando os frutos midos so manipulados,liberam esporos semelhantes a resduosescuros. Os frutos atacados podem enrugar emumificar (Fig. 33).

    Condies favorveis

    O desenvolvimento e a esporulao do fungoso favorecidos por alta umidade etemperaturas em torno de 28 C. O vento, achuva e os insetos auxiliam na disseminaodos esporos do fungo. Ferimentos nos frutosfavorecem o estabelecimento do patgeno.Adubao com nitrognio em excessoproporciona alto vigor planta, o que favorecea infeco e o desenvolvimento da doena nofruto.

    Medidas de controle

    O fungo sobrevive principalmente nos frutosmumificados, portanto, a eliminao dessesfrutos uma medida importante no controle dadoena. Outras medidas, como promover umaboa aerao da planta pela poda verde eevitar ferimento nas bagas, so de grandevalia no controle da doena. Os tratamentosqumicos realizados para o controle do mldiogeralmente so suficientes para controlar apodrido amarga.

    Podrido cida do Cacho

    Este tipo de podrido muitas vezesconfundido com a podrido cinzenta da uvapor apresentar sintomas semelhantes. Mesmono sendo uma doena causadaexclusivamente por fungos, foi includa porquetem causado perdas significativas em anos deelevada precipitao no perodo de maturaodas uvas vinferas. A doena de etiologiacomplexa, onde esto envolvidas, comoagentes primrios, leveduras e bactriasacticas. A levedura transforma o acar dauva em lcool e a bactria transforma o lcoolem cido actico.

    Fig. 32. Frutificao do fungo embagas com podrido amarga

    Fig. 33. Sintomas de podrido amargado cacho em uvas Isabel

  • Sintomatologia

    Os sintomas so mais evidentes na faseavanada da doena, durante a maturao dauva. As bagas, no incio, tomam umacolorao marrom-clara de intensidadevariada, mantendo a turgidez. Em seguida, acasca se rompe escoando o suco para asbagas vizinhas, contaminando-as (Fig. 34).Nessa fase, o diagnstico fcil porque asbagas se tornam brilhantes, exalam um forteodor actico e observa-se a presenaconstante de moscas do vinagre (Drosophila),agente importante na disseminao dadoena. Tendo o suco escorrido, a pelculadas bagas desseca e escurece,permanecendo aderidas ao pednculo. Adiferena bsica entre a podrido cida e apodrido cinzenta que a ltima, geralmente,apresenta abundante frutificao acinzentadado fungo.

    Condies favorveis

    A temperatura e umidade altas durante amaturao da uva, associadas ao excesso devigor e cultivares com cachos compactos,favorecem o desenvolvimento da doena.Ferimentos provocados por chuva, granizo,insetos, pssaros e outras doenas aumentama intensidade da podrido cida. A doena se

    manifesta quando as bagas tm acima de 8%de acar. Embora no ocorra regularmente,em anos com condies climticas favorveispode causar perdas de 20% a 30% produo.

    Medidas de controle

    No existem meios diretos eficientes decontrole da podrido cida, entretanto,prticas como poda verde, favorecendo acirculao de ar, diminuindo a umidade noscachos; adubao nitrogenada equilibrada,evitando vigor em excesso; controle de outrasdoenas e insetos, evitando ferimentos nasbagas, podem reduzir a incidncia dapodrido. A aplicao preventiva de produtoscpricos poder reduzir a incidncia depodrido cida.

    Podrido da Uva Madura

    A podrido da uva madura, causada porGlomerella cingulata (Stonem.) Spauld. &Schrenk, forma sexuada de Colletotrichumgloeosporioides (Penz.) Penz. & Sacc.provoca perdas tanto na qualidade como naquantidade da uva produzida em regies comvero quente e chuvoso. Tambm tem sidorelatada a ocorrncia deste fungo em diversasespcies de fruteiras temperadas e tropicais,causando principalmente podrido dos frutos.

    Sintomatologia

    As infeces iniciam-se aps a florao epermanecem latentes at a maturao da uva.Os sintomas mais evidentes so observadosnos cachos na fase de maturao ou em uvascolhidas. Sobre as bagas atacadas surgemmanchas circulares, marrom-avermelhadas,

    Fig. 34. Sintomas de podrido cida docacho

  • que, posteriormente, atingem todo o fruto,escurecendo-o (Fig. 35). Em condiesfavorveis (alta umidade), aparecem asestruturas reprodutivas do fungo (acrvulos)na forma de pontuaes cinza-escuras,concntricas, das quais exsuda uma massarsea ou salmo, que so os condios dofungo (Fig. 36). Esta massa rsea serve paradiferenciar da podrido amarga. Estasdoenas podem ocorrer simultaneamente nomesmo cacho. Glomerella provoca a murchado cacho e a mumificao de parte ou detodas as bagas (Fig. 37).

    Condies favorveis

    Temperaturas entre 25 C e 30C e altaumidade so as condies ideais para aocorrncia e desenvolvimento da doena. Ofungo sobrevive em frutos mumificados epedicelos e na primavera com elevadaumidade produz abundante frutificao, que a fonte primria de inculo. O excesso denitrognio e ferimentos nas bagas favorecem ainfeco e o desenvolvimento da doena. Ainfeco pode ocorrer em todos os estdios dedesenvolvimento do fruto. No final da floraoou em bagas jovens, o fungo penetra nacutcula e permanece latente at o inicio damaturao da uva quando os sintomastornam-se visveis.

    Medidas de controle

    A remoo e queima de cachos mumificados edas partes podadas no inverno, quepermanecem da safra anterior so medidasque reduzem a doena, auxiliando no seucontrole. Utilizao de calda sulfoclcicadurante o inverno para reduo do inculo dopatgeno no vinhedo. O controle qumico deveser preventivo, iniciando na florao ereaplicado 2 a 3 vezes at a maturao,dependendo das condies climticas,histrico da ocorrncia de Glomerella na safraanterior e produto utilizado. Os fungicidascpricos no controlam a doena. Controle deinsetos-pragas para evitar ferimentos nasbagas, que podem proporcionar porta-de-entrada para o fungo. Outras medidasrecomendadas so: evitar o excesso deadubao nitrogenada, poda verde parafavorecer o arejamento dos cachos e apenetrao dos fungicidas e a alternncia defungicidas de contato e sistmico.

    Fig. 35. Podrido da uva madura:murchamento das bagas em uva branca

    Fig. 36. Sintomas de podrido da uvamadura: frutificao do fungo

    Fig. 37. Podrido da uva madura:mumificao das bagas em uva tinta

  • Podrido Cinzenta da Uva

    Tambm conhecida como mofo cinzento oupodrido de Botrytis, causada pelo fungoBotryotinia fuckeliana (de Bary) Whetzel,forma sexuada de Botrytis cinerea Pers.Fr.

    A doena acarreta danos tanto produtividadecomo qualidade da uva. Afeta diretamente aqualidade do vinho pela degradao decompostos qualitativos e pela presena desubstancias indesejveis para a vinificao,conservao e qualidade gustativa do vinho.As uvas com Botrytis contm fenoloxidases elacases, enzimas responsveis pela oxidaoenzimtica dos compostos fenlicos,produzindo a casse oxidasica prejudicando acor, o aroma e o sabor do vinho. Este fungoinfecta diversas outras espcies de frutas.

    Sintomatologia

    Os sintomas so observados principalmentenos cachos, que podem ser parcial outotalmente afetados (Fig. 38). A infecotambm pode ocorrer antes e durante aflorao, afetando os rgos florais que ficamaderidos inflorescncia e nesse caso, asflores secam e caem.

    Antes da maturao da uva as bagas sopouco receptivas ao patgeno, so infectadasem condies de alta umidade e se restosflorais permanecerem no cacho. Nestascondies as bagas tornam-se marrons comfrutificao do fungo, e se constituem emfocos da doena. Na fase da maturao dauva, os primeiros sintomas so manchascirculares, de colorao lils na pelcula dasbagas atacadas, que, posteriormente, tomamuma colorao parda nas uvas brancas. Emcondies favorveis, o fungo se desenvolveno interior da polpa, emitindo seus rgos defrutificao, que podem cobrir parcial outotalmente as bagas, ficando com aparnciade mofo cinzento (Fig. 39). Em cultivares decacho muito compacto, o fungo passa de umabaga para outra, podendo tomar todo o cacho.O fungo pode atacar as estacas armazenadastanto em cmaras frias como em cmaras deforagem, provocando a doena da teia(miclio semelhante teia de aranha).

    Infeco no pednculo causa a podridopeduncular (Fig. 40). O cacho pode sedestacar e cair ao solo ou ficar aderido aoramo, neste caso, a uva no tem maturaonormal .

    Fig. 38. Podrido cinzenta emcacho de uva

    Fig. 39. Cacho totalmente danificadopor Botrytis

  • Na folha, os sintomas so pouco freqentes,ocorrendo em forma de leses marrom-escuras (Fig. 41).

    Condies favorveis

    gua livre ou umidade relativa acima de 90%e temperaturas em torno de 25 C so ascondies ideais para o desenvolvimento dofungo.

    Cultivares com cachos compactos favorecema doena, pois a umidade persiste no interiordo cacho e a penetrao dos fungicidas dificultada. Alm disto, nestas cultivares asbagas se comprimem, sofrem rachaduras, o

    mosto escorre, favorecendo odesenvolvimento do fungo. Injrias em bagascausadas por insetos tambm favorecem asinfeces.

    A infeco se estabelece dentro de 18 horasquando a temperatura mdia situa-se entre 16e 21C. Perodos maiores de tempo parainfeco so requeridos em temperaturas maisbaixas.

    Medidas de controle

    A suscetibilidade das cultivares podrido deBotrytis diferenciada pela compactabilidadedo cacho, espessura e forma da pelcula, ecomposio qumica da baga.

    Em cultivares suscetveis, o controle dapodrido cinzenta deve ser feito pelacombinao de prticas culturais e controlequmico. Evitar vegetao excessiva atravsdo uso de porta-enxerto menos vigoroso e ocorreto uso do nitrognio, sistema deconduo adequado, manejo da copa (podaverde, desbrota e desfolha) so medidas queaumentam a aerao e a exposio doscachos ao sol, reduzindo a umidade econseqentemente a incidncia da doena.

    O tratamento qumico preventivo, devendoser iniciado no final da florao para facilitar apenetrao do produto no interior do cacho,evitando a contaminao e sobrevivncia dofungo nos resduos florais.

    recomendado o seguinte esquema detratamento nas cultivares mais suscetveis:aplicao no final da florao (estdio 25);aplicao no incio da compactao do cacho(estdio 33); aplicao no incio da maturao(estdio 35) e uma aplicao trs a quatro

    Fig. 40. Podrido peduncularcausada por Botrytis

    Fig. 41. Mancha necrtica em folhacausada por Botrytis

  • semanas antes da colheita, de acordo com operodo de carncia do produto.

    Fusariose

    A fusariose, causada por Fusarium oxysporumSchl. f. sp. herbemontis Tochetto, a principaldoena vascular causadora de morte devideiras na Serra Gacha. Os danos causadosso bastante significativos, principalmentepela reduo drstica da produtividade dovinhedo provocada pela morte de plantas econseqente reduo do nmero de plantasprodutivas.

    Sintomatologia

    Os sintomas so observados internamente nosistema vascular da planta e externamentenas folhas, ramos e frutos. Na parte area, noincio da brotao, verifica-se uma reduo nocrescimento dos ramos, as folhas apresentam-se pequenas, com necrose marginal,desprendendo-se em seguida. No final daprimavera e no vero devido ao calor, poderocorrer a morte sbita da planta. Nessa fase,as folhas basais murcham, tornam-seamareladas e caem. Muitas vezes, antes decair, elas apresentam uma necrose marginal.Os cachos murcham e secam, maspermanecem aderidos aos ramos (Fig. 42). Ossintomas podero aparecer somente num dosramos principais da planta, ou maisfreqentemente em toda a planta.

    Na regio dos vasos do xilema, verifica-se umescurecimento em forma de faixa contnua,que pode ir desde o sistema radicular at osramos principais, podendo atingir os ramos deano. fcil a observao do sintoma,retirando-se a casca do tronco,longitudinalmente, pode-se notar, na superfciedo lenho, a ocorrncia da faixa escuracaracterstica (Fig. 43), ou em cortetransversal do tronco observa-seescurecimento dos vasos do xilema (Fig. 44).

    Condies favorveis

    Os solos cidos e ricos em matria orgnicafavorecem a fusariose. O fungo responsvelpela doena vive no solo e infecta a plantapelas razes, penetrando diretamente ouatravs de ferimentos. Alm da sensibilidadevarietal, os principais fatores para a suadisseminao no vinhedo so os ferimentos

    Fig. 43. Sintoma de fusariose: cortelongitudinal mostrando escurecimentointerno

    Fig. 44. Sintoma de fusariose: cortetransversal mostrando escurecimento doxilema

    Fig. 42. Sintoma de fusariose: mortesbita da planta

  • provocados na raiz, seja por pragas ou porprticas culturais, como arao e gradagemprofundas. O contato das razes de plantasdoentes com as sadias e gua de enxurradastambm disseminam a doena. Estacascontaminadas podem propagar a doena alongas distncias

    Medidas de controle

    O controle das doenas radiculares muitodifcil. Os tratamentos qumicos so caros epouco eficazes. O ideal a utilizao decultivares menos suscetveis.

    So recomendadas as seguintes medidas decontrole, a fim de evitar a disseminao dadoena:- Plantio de material sadio e utilizao de

    cultivares tolerantes, como os porta-enxertos Paulsen 1103, R 99, Rupestris duLot e mais recentemente o 043-43 e a cv.Isabel de p franco;

    - evitar danos as razes durante as prticasculturais;

    - desinfetar as ferramentas aps utiliz-lasem reas contaminadas;

    - eliminar as plantas atacadas, retirando omximo de razes, aps aplicar calcrio (2kg/m2) e misturar bem com o solo;

    - manter isoladas as reas de vinhedoscontaminadas;

    - controlar a eroso;- antes do replantio em reas

    contaminadas, estas devem ficar emrepouso por no mnimo um ano, ou plantarcultura anual.

    Podrido Radicular deCilindrocarpon ou P-preto

    A doena, causada pelo fungo

    Cylindrocarpondestructans (Zins.) Scholten, tem sido relatadaem alguns pases da Europa (Itlia, Portugal,Espanha e Frana), nos Estados Unidos e noChile. Desde 1999, tem sido observada emalguns vinhedos da Serra Gacha,principalmente em cultivares americanas, comidade inferior a 5 anos e mudas provenientesde estacas (p-franco). Esta doena afeta osistema radicular e um problema decrescente incidncia nos vinhedos da regio.

    Sintomatologia

    A doena caracterizada pelo escurecimentoe apodrecimento do colo da planta, que,posteriormente, avana para o sistemaradicular (Fig. 45).

    Uma colorao negra observada nostecidos, no sendo restrita apenas ao xilema(Fig. 46). Com o passar do tempo, observa-sereduo do vigor, interndios curtos e reduodas brotaes da planta culminando nomurchamento da parte area e morte daplanta (Fig. 47).

    Fig. 45. Sintoma de p- preto:escurecimento da base da planta

  • Condies favorveis

    O fungo tem uma larga distribuio geogrfica,ocorrendo em todos os continentes, podendoser encontrado desde as florestas tropicais atem solo da tundra rtica. encontrado desdeas camadas mais superficiais do solo atvrios centmetros de profundidade, podendocrescer em baixas concentraes de oxignio. considerado um colonizador pioneiro derazes jovens devido a sua grande habilidadecompetitiva, rpida germinao dos esporos ecrescimento micelial, alm de certascaractersticas fisiolgicas, como a utilizaode nitrognio orgnico e inorgnico. Estefungo produz clamidsporos, responsveispela sobrevivncia em condies adversas doambiente.

    Medidas de Controle

    Como uma doena nova na regio da SerraGacha, as medidas de controle sugeridasso: utilizar mudas sadias, evitar ferimentosnas razes e colo da planta, desinfestarferramentas que tenham sido utilizadas emreas com histrico da doena para evitar adisseminao para outras reas e evitar oplantio em reas mal drenadas. J em reasonde observou-se a doena deve-se arrancare queimar as plantas com sintomas, adicionarcal ou calcreo na cova e a nova muda deveser plantada a alguns centmetros da covaanterior, evitando o contado direto deestruturas do patgeno com a nova planta.

    Declnio ou Morte Descendente

    A morte descendente da videira uma doenaque vem aumentando nos ltimos anos no RioGrande do Sul e em outros estados do Brasil.Dependendo da regio pode-se encontrar umaou outra espcie do agente causal, no sendoportanto causada por apenas um agenteetiolgico. Os principais agentes do declnioou morte descendente da videira identificadosno Brasil so: Eutypa lata, forma sexuada deLibertella blepharis, encontrada em vinhedosde So Paulo e do Rio Grande do Sul;Botryosphaeria spp., forma sexuada deBotryodiplodia theobromae, encontrada emSo Paulo e no Nordeste; Sphaeropsis sp. ePhomopsis viticola, so relatadosprincipalmente no Rio Grande do Sul. Ossintomas de declnio nas plantas aparecemcerca de 2 a 4 anos aps a infeco.

    Tanto Eutypa lata quanto Botryosphaeria spp.apresentam uma ampla gama de plantashospedeiras, destacando-se as fruteiras de

    Fig. 46. Sintoma de p-preto: cortetransversal

    Fig. 47. Sintoma de p- preto: morte daplanta

  • clima temperado e tropical.

    Sintomatologia

    Os sintomas do declnio so bastantegenricos, caracterizando-se peloretardamento da brotao na primavera;encurtamento dos entrens; deformao edescolorao dos ramos, as folhas somenores do que o normal, deformadas eclorticas, com pequenas necroses nasmargens, podendo murchar e cair; reduodrstica do vigor; superbrotamento; seca deramos e a morte da planta (Fig. 48).

    Verifica-se frutificao irregular e com menornmero de bagas. Cancros formados nosramos velhos e frutificao do fungo nesteslocais so caractersticas importantes paradiagnstico do agente envolvido no declnio.Corte transversal do ramo afetado mostra aextenso da doena, mostrando rea damadeira escura morta no funcional em formade cunha, nos estdios iniciais, contrastandocom a parte ainda viva (Fig. 49). O fungoinfecta as gemas causando escurecimento dasmesmas (Fig. 50).

    A doena se desenvolve lentamente nasvideiras e nenhum sintoma visto no primeiroou segundo ciclo de crescimento depois dainfeco. Aps o terceiro ou quarto ciclo oscancros podem ser observados eacompanhados pela manifestao dossintomas na folhagem. Vrios anos podem sepassar antes do comprometimento do braoou do tronco. Pelo seu lento desenvolvimento,o impacto econmico no sentido at que avideira atinja a fase adulta.

    Condies Favorveis

    As infeces so iniciadas quando osascosporos (esporos da fase sexual) oucondios entram em contato com ferimentosnovos. Chuvas so necessrias para aliberao dos esporos e tambm para otransporte e a deposio sobre os vasoscondutores, expostos pela poda. Asuscetibilidade dos ferimentos diminuemsensivelmente durante as duas semanas

    Fig. 48. Sintoma de morte descendente:definhamento da brotao

    Fig. 49. Sintoma de morte descendente: cortetransversal de ramos

    Fig. 50. Sintoma de morte descendentemostrando escurecimento da gema

  • seguintes a poda, e aps quatro semanas osferimentos esto cicatrizados e no seconstituem em porta de entrada para o fungo.

    A infeco ocorre pelos ferimentos da poda ououtras injrias produzidas sobre a planta.Estresse hdrico e desequilbrio nutricionalfavorecem o desenvolvimento da doena. Osfungos se desenvolvem numa ampla faixa detemperatura. A temperatura tima para Eutypaest entre 20C e 25C e para Botryosphaeriae Phomopsis entre 23C e 26C, sendo todosfavorecidos por alta umidade. A germinaodos esporos ocorre dentro dos vasoscondutores, usualmente a 2mm ou menos dasuperfcie do ferimento. O miclio proliferalentamente dentro dos vasos e depois dealgum tempo no lenho.

    Medidas de Controle

    Como a infeco por estes patgenos ocorrepelo corte da poda ou outros ferimentos,quanto mais rpida a cicatrizao dessesferimentos, menor o risco de infeco. Asuscetibilidade dos ferimentos ocasionadosdiminuem cerca de 2 a 4 semanas aps apoda. As observaes mostraram que mesmocom as causas primrias definidas, o declnioagrava-se quando a videira est em estressede qualquer natureza. A reduo da ao dosfatores que provocam estresse nas plantaspoder diminuir o efeito do declnio e, svezes, at control-lo. Como medidas geraisde controle recomenda-se: utilizao dematerial sadio; na poda retirar e destruir omaterial podado; evitar podas duranteperodos chuvosos; desinfetar as ferramentas;proteger os ferimentos da poda com fungicidaorgnico ou pasta bordalesa; eliminar aspartes atacadas e proteger os ferimentos com

    fungicida; eliminar os espores que nobrotaram e pulverizar as plantas durante orepouso e o estresse hdrico com os produtosindicados ou calda bordalesa. Plantasinfectadas por estes patgenos devem serpodadas bem abaixo dos cancros ou da reanecrosada, ou seja, onde for observado otecido interno sadio.

    Outras Doenas Fngicas

    Uma requeima das folhas de videirascausada por Alternaria alternata tem sidoobservada na regio de Jales, SP, no incio damaturao dos ramos. Os sintomas iniciaisnas folhas das videiras americanas sopontuaes escuras que progridem paramanchas arroxeadas escuras entre asnervuras na face superior das folhas. Emseguida, essas manchas tornam-se necrticasde cor marrom claro a cinza-escuro evoluindorapidamente para as bordas, e cobrindo quasetodo o limbo foliar. A seguir ocorre a morte equeda do limbo foliar, permanecendo ospecolos aderidos aos ramos. Esse problematem ocorrido com maior freqncia na cv.Nigara Rosada, quando ocorre no incio damaturao da uva, a mesma fica prejudicada ea uva no adquire cor para ser comercializada.Nas variedades de uvas finas tem sidoobservada durante o ciclo de formao (podacurta). Nestas variedades os sintomas iniciam-se tambm com as pontuaes escuras, queevoluem para manchas clorticas que com opassar do tempo tornam-se necrticas comhalos concntricos e com regies clorticas naperiferia da leso. Com o desenvolvimento daleso toda a folhagem comprometida dandoo aspecto de requeima. Para o controle dadoena tem-se efetuado aplicaes

  • preventivas com fungicidas Mancozeb,Iprodione e Triazis.

    Outros fungos foram observados em amostrasde videiras coletadas no Rio Grande do Sul,apresentando sintomas de declnio e mortesde plantas. Alguns deles como oPhaeoacremonium spp. tem sido relatado emoutros pases como um dos responsveis pela"esca", "black goo" ou morte de plantasjovens. Os sintomas observados no porta-enxerto so estrias escuras ou escurecimentode vasos prximo a regio central do caule,com pontuaes marrom escuras a pretas,exsudados e observados em corte transversal(Fig. 51, 52 e 53).

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    Fig. 51. Sintoma de morte de planta jovem:corte transversal

    Fig. 52. Sintoma de morte de planta jovem:corte longitudinal

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    WINKLER, A. J.; COOK, J. A.; KLIEWER, W.M.; LIDER, L. A. General viticulture.Berkeley: University of California Press, 1974.710 p.

  • CircularTcnica, 56

    Exemplares desta edio podem ser adquiridos na:Embrapa Uva e VinhoRua Livramento, 515 Caixa Postal 13095700-000 Bento Gonalves, RSFone: (0xx)54 3455-8000Fax: (0xx)54 3451-2792http:// www.cnpuv.embrapa.br

    1 edio1 impresso (2005):

    Comit dePublicaes

    Expediente

    Presidente: Lucas da Ressurreio GarridoSecretria-Executiva: Sandra de Souza SebbenMembros: Jair Costa Nachtigal, Ktia Midori Hiwatashi,Osmar Nickel, Viviane Maria Zanella Bello Fialho

    Reviso do texto: Ktia Midori HiwatashiTratamento das ilustraes: Olavo Roberto SnegoNormatizao bibliogrfica: Katia Midori Hiwatashi

    CGPE 5509

  • Tabela 1. Informaes para o controle qumico das principais doenas fngicas da videira.Doena/Patgeno Estdio fenolgico Princpio ativo

    Eficcia(a)

    Dose (i. a.) (g/100 l)(b)

    Intervalo entreaplicaes

    (dias)Perodo de

    carncia(dias)

    Classetoxicolgica

    mancozeb XX 200,0 a 280,0 7 a 10 7 IIIenxofre X 480,0 7 a 10 7 IVFamoxadone+mancozeb SI 46.2 5 a 7 7 II

    Escoriose (Phomopsisviticola

    Fazer duas aplicaes (estdios05 e 09)

    dithianon XXX 93,75 7 a 10 21 IIcaptan X 125,0 7 a 10 1 IIIfolpet X 65,0 7 a 10 1 IVdithianon XXX 93,75 7 a 10 21 IIClorothalonil X 200,0 7 a 10 7 IIDifenoconazole XXX 2 a 3 12 a 14 21 IImibenconazole XXX 15,0 7 a 15 7 II

    Antracnose (Elsinoeampelina)

    Iniciar tratamento no estdio05, repetir quando tivercondies de umidade etemperatura favorveis

    Tiofanato metlico XX 49,0 10 a 12 14 IIIMancozeb XXX 200,0 a 280,0 7 a 10 7 IIITiofanato metlico X 49,0 10 a 12 14 IIIDifeconazole XX 2 a 3 12 a 14 21 IDithianon XXX 93,75 7 a 10 21 II

    Mancha das folhas(Isariopsis clavispora)

    Iniciar os tratamentos nosprimeiros sintomas

    Tebuconazole XX 20 10 a 14 14 IIPropineb XX 210,0 7 A 10 7 IIDithianon XXX 93,75 7 a 10 21 IIFenamidone SI 15,0 7 a 10 7 IIIMancozeb XX 200,0 a 280,0 5 a 7 7 IIIfolpet XX 65,0 5 a 7 1 IVMetalaxyl + mancozeb XXX 216,0 7 a 10 21 IICymoxanil+famoxadone XX 31,5 7 a 10 7 IIICymoxanil + maneb XXX 180,0 7 a 10 7 IIIIprovalicarb + propineb XXX 135,0 7 a 10 10 IIIBenalaxyl + mancozeb XXX 146,0 7 a 10 21 IIIAzoxystrobin XX 12,0 7 a 10 7 IVFosetyl-Al XX 200,0 7 a 10 15 IVCaptan XX 120,0 5 a 7 1 III

    At final da florao: iniciar ostratamentos no aparecimentodos primeiros sintomas; repetirquando houver condiesfavorveis (umidade etemperatura)

    Aps a florao at a colheita cobre metlico XX 250,0 5 a 7 7 -

    Mldio (Plasmoparaviticola)

    Ps-colheita cobre metlico XX 250,0 a 500,0 5 a 7- -

    Enxofre X 240,0 a 320,0 7 a 10 7 IVFenarimol XXX 2,4 10 a 15 15 IITriadimenol XXX 15,5 a 18,7 10 a 15 30 IIITebuconazole XXX 25 10 a 14 14 IIDifeconazole XXX 2 a 3 12 a 14 21 I

    Odio(Uncinula necator)

    Aplicaes: iniciar noaparecimento da doena

    Pyrazophos XX 18 7 a 14 35 IITebuconazole XX 25 10 a 14 14 IICaptan X 125,0 7 a 10 1 IIIMancozeb X 200,0 a 280,0 7 a 10 21 III

    Podrides da uva(Glomerella cingulata/Greeneria uvicola)

    Iniciar os tratamentos noestdio 25

    folpet X 65,0 7 a 10 1 IV

  • Tabela 1. Cont.Doena/Patgeno Estdio fenolgico Princpio ativo

    Eficcia(a)

    Dose (i. a.) (g/100 l)(b)

    Intervalo entreaplicaes

    (dias)Perodo de

    carncia(dias)

    Classetoxicolgica

    Pyrimethanil XX 60,0 - 21 IIIIprodione XX 75,0 - 14 IVTiofanato metlico X 50,0 - 14 IIIProcymidone XX 50,0 - 14 III

    Podrido de botritis(Botrytis cinerea)

    Tratamentos estdios 23 e 33 einicio de maturao

    Folpet X 75,0 - 7 IIIcalda bordalesa

    (pulverizao) X 1,5% - - -

    pasta bordalesa(pincelamento)

    X 2% - - -

    Podrido descendenteBotryosphaeriaBotryodiplodiaEutypa lata

    Tratamento aps a poda deinverno

    Tebuconazole + tinta plsticaltex (pincelamento)

    X 2,0 ml em1 litro de tinta ltex

    - - -

    Fungos e insetos Tratamento deInverno

    calda sulfoclcicaconcentrao 4 B

    (a) Eficcia observada a campo. X at 70 %; XX = 70 a 90 %; XXX = maior 90 % e SI = Sem Informao(b) Doses mximas registradas no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento; i. a.= ingrediente ativo.

  • Tabela 2. Fungicidas registrados no Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento para controle das doenas fngicas da videira.AGROFIT (consulta 31/01/2006)

    Dosagem do p.c. Intervalo (dias)Ingrediente ativo Produto comercial Grupo Qumico

    Modode

    aoFormulao

    ClasseToxicolgica g ou ml/100 L g ou ml/Ha PC Incompatibilidade Observaes

    Azoxystrobin Amistar Estrobirulina S GrDa IV 24 240 7 leos em geral MBenalaxyl + Mancozeb Galben-M Fenilalamida S + C PM III 200 a 250 21 MBenalaxyl + Mancozeb Tairel M Fenilalamida S + C PM I 200 a 250 7 MBoscalida + Kresoxim-metil

    Collis Estrobirulina S SC III 500 24 O

    Captan 500 PM Fitalamida C PM III 240 1 Produtos alcalinos MCaptan SC Fitalamida C SC III 400 1 M,G

    Captan

    Orthocide 500 Fitalamida C PM III 240 1 B,MBravonil 500 Isoftalonitrila C SC I 400 7 leo mineral B,G,MBravonil 750 PM Isoftalonitrila C PM II 200 7 leo mineral A,MBravonil Ultrex Isoftalonitrila C GrDa I 150 7 leo mineral A,MIsatalonil Isoftalonitrila C PM II 200 7 A,MDaconil BR Isoftalonitrila C PM II 200 7 leo mineral A,B,G,MDaconil 500 Isoftalonitrila C SC I 300 7 leo mineral ADacostar 500 Isoftalonitrila C SC I 400 7 leo mineral A,MVanox 500 SC Isoftalonitrila C SC I 400 7 leo mineral A,B,G,MVanox 750 PM Isoftalonitrila C PM II 250 7 leo mineral A,B,G

    Chlorothalonil

    Dacostar 750 Isoftalonitrila C PM II 200 7 MCerconil PM Isoftalonitrila +

    benzimidazoleS+C PM II 200 14 leo mineral A,B,G,I,MChlorothalonil +

    Tiofanato metilCerconil SC Isoftalonitrila +

    benzimidazoleS+C SC III 200 14 A,B,I,M

    Cymoxanil +Famoxadone

    Equation Acetamida +Oxazolidinadiona

    S GrDa III 60 600 7 Produtos de fortereao alcalina

    M

    Cymoxanil + Mancozeb Curzate BR Acetamida +ditiocarbamato

    S+C PM III 250 7 Produtos de reaoalcalina

    M

    Cymoxanil + Mancozeb Academic Acetamida +ditiocarbamato

    S+C PM II 200 a 300 7 M

    Cymoxanil + Mancozeb Curathane Acetamida +ditiocarbamato

    S+C PM III 250 a 350 7 M

    Cymoxanil + Zoxamida Harpon WG Acetamida +Benzamida

    S WG III 30 a 35 7 M

    Cymoxanil + maneb Curzate - M + Zinco Acetamida +ditiocarbamato

    S+C PM III 250 2000 a 2500 7 Produtos de reaoalcalina

    M

    Cyproconazole Alto 100 Triazol S SC III 20 14 Sulfato de Zn e Mn ODifenoconazole Score Triazol S CE I 8 a 12 21 A,I,O

  • Tabela 2. Cont.Dosagem do p.c. Intervalo (dias)

    Ingrediente ativo Produto comercial Grupo QumicoModo

    deao

    FormulaoClasse

    Toxicolgica g ou ml/100 L g ou ml/Ha PC Incompatibilidade Observaes

    Dithianon Delan Antraquinona C PM II 125 21 Produtos alcalinos eleos derivados do

    petrleo

    A,M

    Cover DF Inorgnico C WG IV 200 a 400 ND Produtos de fortereao alcalina

    O,Ao acaricida

    Kumulus DF Inorgnico C WG IV 200 a 400 ND Produtos de fortereao alcalina

    O

    Enxofre

    Sulficamp Inorgnico C PM IV 500 ND Produtos a base deleo

    O,Ao de acaricida

    Famoxadone +Mancozeb

    Midas BR Oxazolidinadiona+ ditiocarbamato

    S + C WG II 120 7 E

    Fenamidone Censor Omidazolinona S SC III 30 300 7 MFenarimol Rubigan 120 EC Pirimidinil carbinol S CE II 15 a 20 15 OFolpet Folpan Agricur 500

    PMFitalamidas C PM IV 135 a 180 1 Produtos de forte

    reao alcalinaA,B,G,I,M

    Folpet Folpet Fersol 500PM

    Fitalamidas C PM IV 250 1 Produtos de fortereao alcalina

    M

    Fosetyl-Al Aliette Fosfonato S PM IV 250 15 xido cuproso, efertilizantes foliarescomo MAP e DAP

    M

    Contact Inorgnico C PM IV 150 a 200 7 Calda sulfoclcica ecarbamatos

    A,I,M,Pa

    Garra 450 WP Inorgnico C PM III 200 7 Calda sulfoclcica ecarbamatos

    M

    Garant BR Inorgnico C PM III 200 7 Ziram, dicloram ecarbamatos

    A,I,M,Pa

    Kocide WDGBioactive

    Inorgnico C GrDa III 180 7 Ziram e dicloran M

    Hidrxido de cobre

    Supera Inorgnico C SC III 250 a 300 7 MImibenconazole Manage 150 Triazol S PM III 100 14 A

    Rovral Dicarboximida C PM IV 200 14 BIprodioneRovral Dicarboximida C SC IV 150 a 200 14 B

    Iprovalicarb + Propineb Positron Duo Carbamato +ditiocarbamato

    S+C PM III 200 a 250 2000 a 2500 7 M

    Kresoxim metil Stroby Estrobirulina S SC III 200 21 O

  • Tabela 2. Cont.Dosagem do p.c. Intervalo (dias)

    Ingrediente ativo Produto comercial Grupo QumicoModo

    deao

    FormulaoClasse

    Toxicolgica g ou ml/100 L g ou ml/Ha PC Incompatibilidade Observaes

    Dithane NT Ditiocarbamato C PM III 250 a 350 7 Produtos de fortereao alcalina

    A,B,E,M,PaAo de acaricida,

    Manzate 800 Ditiocarbamato C PM II 250 ? Produtos de fortereao alcalina

    A,M,PaAo de acaricida

    MancozebSanachem 800 PM

    Ditiocarbamato C PM II 350 21 M

    Manzate Sipcam Ditiocarbamato C PM III 300 7 Produtos de fortereao alcalina

    M

    Mancozeb

    Manzate GrDa Ditiocarbamato C GrDa III 250 7 Produtos de fortereao alcalina

    A,M,PaAo de acaricida

    Mancozeb Persist SC Ditiocarbamato C SC III 640 7 Produtos de fortereao alcalina

    M,PaAo de acaricida

    Metalaxyl-M +Mancozeb

    Ridomil Gold MZ Fenilalmida +Ditiocarbamato

    S+C PM III 300 21 M

    Mancozeb + Oxicloretode cobre

    Cuprozeb Inorgnico +Ditiocarbamato

    C PM IV 350 7 Produtos de fortereao alcalina

    A,G,I,M,Pa

    Mancozeb+ Tiofanatometil

    Dithiobin 780 PM Benzimidazol +Ditiocarbamato

    S+C PM III 250 21 Produtos de fortereao alcalina

    A,B,O

    Maneb Maneb 800 Ditiocarbamato C PM III 350 7 Produtos de fortereao alcalina

    A,G,I,Pa

    Metconazole Caramba 90 Triazol S SC III 50 a 100 7 IMetiram +Pyraclostrobin

    Cabrio Top Ditiocarbamato +Estrobilurina

    S WG III 2000 30 M,O

    Myclobutanil Systhane Triazol S PM III 20 7 OAgrinose Inorgnico C PM IV 300 a 350 7 Calda sulfoclcica e

    carbamatosA,G,I

    Cupravit Azul BR Inorgnico C PM IV 300 7 MCuprogarb 500 Inorgnico C PM IV 250 7 MCupuran 500 PM Inorgnico C PM IV 220 ND MFungitol Azul Inorgnico C PM IV 275 7 Calda sulfoclcica e

    carbamatosA,G,M

    Fungitol Verde Inorgnico C PM IV 220 7 Calda sulfoclcica ecarbamatos

    A,G,M

    Hokko Cupra 500 Inorgnico C PM IV 250 a 300 7 A,I,MPropose Inorgnico C PM IV 300 7 I,MRamexane 850 PM Inorgnico C PM IV 250 7 TMTD, dicloran,

    carbamatosscloropropilate

    M

    Oxicloreto de Cobre

    Reconil Inorgnico C PM IV 300 7 TMTD, DNOC,enxofre clcico editiocarbamatos

    I,M

  • Tabela 2. Cont.Dosagem do p.c. Intervalo (dias)

    Ingrediente ativo Produto comercial Grupo QumicoModo

    deao

    FormulaoClasse

    Toxicolgica g ou ml/100 L g ou ml/Ha PC Incompatibilidade Observaes

    Procymidone Sialex 500 Dicarboximida S PM III 150 a 200 14 BSumilex 500 WP Dicarboximida S PM III 14 B

    Propineb Antracol 700 PM Ditiocarbamato C PM II 300 7 MPyraclostrobin Comet Estrobirulina S CE II 40 400 4 M,OPyrazophos Afugan Fosforotioato de

    HeterocicloS CE II 60 ? O

    Ao de inseticidaPyrimethanil Mythos Anilinopirimidina S SC III 200 21 BQuinometionato Morestan BR Quinoxalina PM III 40 14 O

    Ao de acaricidaSulfato de cobreAgrimar

    Inorgnico C PM IV 10.000 7 MSulfato de cobre

    Sulfato de CobreMicrosal

    Inorgnico C PM IV 600 a 700 7 M

    Elite Triazol S CE III 100 14 G,OFolicur 200 CE Triazol S CE III 100 14 G,OFolicur PM Triazol S PM III 100 14 C,I,OConstant Triazol S CE III 100 14 A,O

    Tebuconazole

    Triade Triazol S CE III 100 14 G,OTetraconazole Domark 100 EC Triazol S CE III 50 a 75 21 O

    Metiltiofan Benzimidazol S PM IV 100 14 Cpricos e produtosalcalinos

    A,B,G,I,M,O

    Cercobin 700 PM Benzimidazol S PM IV 70 14 Cpricos e produtosalcalinos

    A,B,G,I,O

    Tiofanato metil

    Tiofanato Sanachem500 SC

    Benzimidazol S SC IV 100 14 Cpricos e produtosalcalinos

    A,B,G,I,O

    Triadimefon Bayleton Triazol S PM III 200 15 OTriadimenol Shavit Agricur 250

    CETriazol S CE I 50 a 100 15 M,O

    Triflumizol Trifmine Imidazol S PM IV 40 a 80 7 OZoxamide + mancozeb Stimo WP Benzamida +

    DitiocarbamatoS+C PM III 1400 a 1800 7 Produtos de forte

    reao alcalinaM

    PM p molhvel; CE concentrado emulsionvel; SC suspenso concentrada; GrDa ou WG grnulos dispersveis em gua;S sistmico; C contato; P profundidade.P.C. Produto Comercial.A antracnose; B Botrytis, G Glomerella, I Isariopsis, M Mldio, O Odio e Pa Podrido amarga