Citologia e Histologia

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  • Citologia e Histologia DEFINIO ............................................. 20

    CLULAS ................................................. 20

    TEORIA CELULAR ................................... 20

    MODELO MOSAICO FLUIDO .................. 20

    COMPONENTES QUIMICOS DAS

    CLULAS ................................................. 21

    gua ................................................... 21

    Sais minerais ....................................... 21

    Carboidratos ....................................... 21

    Protenas ............................................ 21

    cidos nucleicos .................................. 21

    cidos desoxibonuclicos (DNA) ......... 21

    cido ribonucleico RNA ...................... 21

    Trifosfato de adenosina (ATP) ............ 21

    CLULAS ................................................. 22

    PROCARIONTES E EUCARIONTES ........... 22

    Procariontes ....................................... 22

    Eucariontes ......................................... 22

    MEMBRANA PLASMTICA ..................... 22

    Protenas integrais ............................. 22

    Protenas perifricas ........................... 22

    Glicoclice........................................... 22

    ESPECIALIZAO DA MEMBRANA ......... 23

    Microvilosidade .................................. 23

    Junes celulares ................................ 23 Junes apertadas .................................. 23 Junes comunicantes ............................ 23 Junes aderentes .................................. 23

    Desmossomos ..................................... 23

    Zonulas de ocluso ............................. 24

    Zonulas de adeso .............................. 24

    CITOPLASMA ......................................... 25

    Citoesqueleto ...................................... 25 Microtbulos .......................................... 25

    NCLEO CELULAR .................................. 26

    Envoltrionuclear ............................... 26

    Nuclolos ............................................ 26

    Matriz nuclear .................................... 26

    Nucleoplasma ..................................... 26

    Cromatina........................................... 26

    ORGANELAS .......................................... 27

    Mitocndrias ...................................... 27

    Ribossomos ........................................ 27

    Reticulo endoplasmtico .................... 27 Reticulo endoplasmtico ruguso (RER) .. 27 Reticulo endoplasmtico liso (REL) ........ 27

    Complexo de Golgi ............................. 28

    Lisossomos ......................................... 28

    Peroxissomos ...................................... 28

    TECIDOS ................................................ 29

    TECIDO EPITELIAL .................................. 29

    Formas e caracteristica ...................... 29

    Tipos epiteliais .................................... 29

    Epitlio de revestimento ..................... 29 Tecido epitelial simples .......................... 29 Tecido epitelial estratificado .................. 29

    TECIDO EPITELIAL GLANDULAR ............. 30

    Tipos de epitlios glndulares ............ 30 Glndulas endcrinas ............................. 30 Glndulas excrinas ............................... 30

    TECIDO CONJUNTIVO ............................ 31

    Clulas do tecido conjuntivo ............... 31 Fibrolasto ............................................... 31 Macrfagos ............................................ 31 Mastcitos ............................................. 31 Plasmocitos ............................................ 32

    Clulas adiposas ................................. 32

    Leuccitos ........................................... 32

    Fibras .................................................. 32 Fibras colgenos .................................... 32 Fibras reticulares.................................... 33

    SISTEMA ELSTICO...................................... 33

    Tipos de tecido conjuntivo .................. 33 Tecido conjuntivo propriamente dito .... 33

    Tecido conjuntivo frouxo .................... 33

    TECIDO ADIPOSO ................................... 34

    Tecido adiposo unilocular ................... 34

    Tecido adiposo multilocular ............... 34

    TECIDO CARTILAGINOSO ....................... 35

    Cartilagem hialina .............................. 35

    Cartilagem elstica ............................ 36

    Cartilagem fibrosa .............................. 36

    TECIDO SSEO....................................... 37

    Ostecitos .......................................... 37 Osteoblasto ............................................ 37 Osteoclasto ............................................ 37

    Tipos de tecido osseo ......................... 38

    Diviso histolgica ............................. 38

    Osteognese ....................................... 39

    TECIDO MUSCULAR ............................... 40

    Msculo esqueltico ........................... 40 Organizao das fibras ........................... 40 Retculo sarcoplasmtico e sistema de

    tbulos T ................................................ 41 Mecanismo de contrao ....................... 41

    Msculo cardaco ............................... 41

    Msculo liso ....................................... 42

    TECIDO NERVOSO ................................. 43

    Neurnio ............................................ 43 Corpo celular .......................................... 43 Dentritos ................................................ 44 Axnio .................................................... 44

    Clulas da glia .................................... 44 Oligodendrcitos .................................... 44 Astrcitos ............................................... 44 Clulas de Schwann ................................ 44 Clulas ependimrias ............................. 44 Microglia ................................................ 44

    SISTEMA CIRCULATRIO ........................ 45

    Arterolas ............................................ 45

    Artrias musculares............................ 46

    Grandes artrias elasticas .................. 46

    Venulas ps-capilares e capilares ...... 46

    Veias ................................................... 46

    Corao .............................................. 47

    Sistema linftico ................................. 47

    SISTEMA URINRIO ............................... 48

    SISTEMA RESPIRATRIO ........................ 50

    SISTEMA DIGESTRIO ............................ 53

  • 20

    DEFINIO

    Biologia a cincia que estuda a vida. O termo biologia vem do grego bios=vida e logos=estudo. Estuda os seres vivos e suas relaes, a fim de compreender suas peculariedades, a partir da anlise dos organismos e seus processos vitais, incluindo a origem, caracterizao, classificao, estrutura, atividade e evoluo.

    CLULAS

    Todos os organismos vivos so formados por clulas. As clulas so as unidades que constitui os seres vivos, podendo ocorrer isoladamente, nos seres unicelulares, ou formar arranjos, os tecidos, que constituem o corpo dos seres pluricelulares.A denominao clula foi dada em 1665 pelo ingls Robert Hook, para denominar pequenas cavidades no interior da cortia que ele havia observado com um microscpio simples. Ele visualizou figuras que se pareciam com celas, por isso as chamou de Clulas. O estudo das clulas teve grande avano aps Zacharias Jansen, desenvolver experimentos com tubos e duas lentes.Antonie Van Leeuwenhoek fez melhorias no microscpio, de sua poca, foi o primeiro a observar e descrever fibras musculares, bactrias, protozorios e o fluxo sanguneo nos capilares de peixes.

    Figura 1: (a)Robert Hook (1635-1703) Cientista experimental ingls do sc. 17 uma figura chave da revoluo cientifica, foi de grande ajuda na reconstruo que se seguiu ao grande incndio de Londres, em 1666; (b)Zacharias Jansen (1580-1703) Na poca em que realizou os experimentos com tubos e lentes, acredita-se que ele teve ajuda de seu pai que era fabricante de lentes; (c)Antonie Van Leeuwenhoek (1632-1723) comerciante de tecidos, cientista e construtor de microscpios. Seu microscpio tinha a capacidade de aumentas imagem cerca de duzentas vezes.

    TEORIA CELULAR

    Em 1838, Mathias Schleiden e Theodor Schwann, baseados em seus estudos microscpicos desenvolvidos em tecidos de plantas e animais propuseram a teoria celular para todos os organismos, segundo a qual todos os seres vivos so formados por clulas. Esta teoria foi complementada em 1855, quando o mdico russo Rudolf Virchow, sugeriu que a continuidade dos seres vivos depende da reproduo de clulas e criou o aforismoquetoda a clula provm de outra pr-existente.

    Figura 2: (a) Mathias Schleiden (1804-1881) Foi advogado em Hamburgo, um dos primeiros alemes a aceitar a teoria da evoluo de Charlles Darwin; (b) Theodor Schwann(1810-1882) Fisiologista alemo, fundador da histologia, descobriu e preparou a primeira enzima de um tecido animal: a pepsina. Criou o termo metabolismo; (c) Rudolf Virchow (1821-1902) Mdico e poltico alemo considerado pai da patologia, filho de um aougueiro formou-se em medicina em 1843. Ele dizia que as doenas eram uma mudana na clula.

    MODELO MOSAICO FLUIDO

    Em 1972, Seymour Jonathan Singer, e Garth L. Nicolson elaboraram o modelo do mosaico fluido, aceito para explicar o arranjo e a organizao da membrana celular. Refere-se ao estado quase lquido da bicamada lipdica e mosaica, diversidade das protenas que compem a membrana.

    Figura 3: (a) Seymour Jonathan Singer(1947) Qumico norte americano trabalhou no laboratrio de Linus Pauling, foi um dos descobridores da hemoglobina anormal nas clulas falciformes; (b) Garth L. Nicolson(1943-x) Qumico norte americano ganhou muitos prmios e homenagens, foi eleito presidente do instituto de medicina molecular de Huntington Beach, na Califrnia.

  • 21

    COMPONENTES QUIMICOS DAS

    CLULAS

    gua

    Corresponde a 70% do volume celular composto por gua, que dissolve e transporta matria e participa de inmeras reaes bioqumicas.

    Sais minerais

    So reguladores qumicos

    Carboidratos

    Compostos orgnicos formados por carbono, hidrognio e oxignio, insolveis em gua e solveis em ter, cetona e clorofrmio. Tem participao celular e fornece energia atravs da oxidao.

    Protenas

    Compostos formados por carbono, hidrognio, oxignio e nitrognio, que constituem polipeptdios. Tem funo e participao da estrutura celular, na defesa, no transporte de ons e molculas e na catalisao de reao qumica.

    cidos nucleicos

    Compostos constitudos por cadeias de nucleotdeos, cada nucleotdeo formado por uma base nitrogenada, um acar e um cido fosfrico.

    cidos desoxibonuclicos (DNA)

    Molcula em forma de hlice formada por duas cadeias complementares de nucleotdeos. responsvel pela transmisso hereditria das caractersticas.

    cido ribonucleico RNA

    Molcula formada por cadeia simples de nucleotdeo. O RNA controla a sntese de protenas.

    Trifosfato de adenosina (ATP)

    Tipo especial de nucleotdeo, formado por adenina, ribose e trs fosfatos. Tem a funo de armazenar energia nas ligaes fosfato.

  • 22

    CLULAS

    PROCARIONTES E EUCARIONTES

    As clulas so as unidades funcionais e estruturais dos seres vivos.A microscopia eletrnica demonstrou duas classes de clulas: os procariontes pro=primeiro, e cario=ncleo, nos procariontes os cromossomos no esto separados do citoplasma por membrana, e os eucariontes, eu=verdadeiro e cario=ncleo, com o ncleo individualizado e delimitado pelo envoltrio nuclear.

    Procariontes

    Constituem as bactrias, no apresentam envoltrio nuclear separando o material gentico dos outros constituintes celulares e no possuem histonas ligadas ao DNA, nem organelas citoplasmticas. Os seres que tm clulas procariontes so chamados de procariotas, compreendendo as bactrias. O citoplasma no apresenta outra membrana alm da que separa do meio externo. Nas clulas procariontes no h citoesqueleto.

    Eucariontes

    So maiores que os procariontes e apresentam envoltrio nuclear, histonas associadas ao DNA e tm o citoplasma dividido por membrana, em diversos compartimentos. Os eucariontes apresentam o citoplasma e o ncleo, o citoplasma envolto pela membrana plasmtica, e o ncleo, pelo envoltrio nuclear. O citoplasmas dos eucariontes possuem organelas, como mitocndrias, reticulo endoplasmtico, aparelho de Golgi, lisossomo e peroxisomas. Preenchendo o espao entre essas estruturas, encontra-se a matriz citoplasmtica, hialoplasma ou citosol.

    Figura 4: Figuras que demonstram as principais caracteristicas em comum dos dois tipos de clulas.

    MEMBRANA PLASMTICA

    Parte mais externa do citoplasma, separando o

    meio extracelular do intracelular. a principal

    responsvel pelo controle da penetrao e sada

    de substncia das clulas. Tem espessura de 7,5

    a 10nm, so compostas por duas camadas de

    molculas de fosfolipdios, organizadas com

    suas cadeias apolares (hidrofbicas) voltadas para

    o interior da membrana enquanto as cabeas

    apolares (hidroflicas) ficam voltadas para o meio

    extracelular ou para o citoplasma. Eles esto

    associados por interao hidrofbica de suas

    cadeias apolares. Os agrupamentos polares

    desses lipdios ficam nas duas superfcies da

    membrana. As protenas presentes nas

    membranas podem ser divididas em dois grupos:

    protenas integrais e protenas perifricas.

    Protenas integrais

    Esto diretamente incorporadas na estrutura da membrana. As protenas integrais esto fortemente ligadas aos lipdios. As molculas das protenas integrais esto ligadas aos lipdios da membrana por interao hidrofbica, deixando expostas ao meio aquoso apenas suas partes hidroflicas. Algumas protenas transmembranares possuem molculas longas e dobras longas, que atravessam a membrana.

    Protenas perifricas

    Esto fracamente associadas membrana, elas podem ser facilmente extradas. Elas no interagem com a regio hidrofbica da bicamada lipdica. Elas se ligam membrana por interao com as protenas integrais, ou interagindo com a regio polar dos lipdios.

    Glicoclice

    A superfcie externa da membrana recoberta por uma camada, rica em hidratos de carbono constitudo de cadeias de glicdios. Ela participa do reconhecimento entre as clulas e da unio entre elas, e com molculas extracelulares. Um exemplo de marcadores de superfcie so as glicoprotena e glicolipidios que determinam os grupos sanguneos.

    Figura 5: Representao das principais estruturas da membrana plasmtica.

  • 23

    ESPECIALIZAO DA MEMBRANA

    So reas especiais que facilitam a execuo de determinadas funes, como absoro, adeso e comunicao entre as clulas epiteliais.

    Microvilosidade

    So expanses flexveis da membrana que possuem actina e aumentam a superfcie de contato e a absoro celular. Revestem a superfcie interna do intestino delgado so colunares, dispostas em camada nica, e suas superfcies em contato com os alimentos apresentam numerosas digitaes.

    Figura 6: microfilos de clulas epiteliais do intestino delgado, eletromicrografia aumento de 25.000x

    Junes celulares

    So especializaes da membrana plasmticas, das clulas vizinhas ou entre clulas e a matriz extracelular. As junes celulares podem ser divididas em trs grupos:

    1. Tem a funo de unir fortemente as clulas umas s outras ou matriz extracelular: desmossomas e junes aderentes;

    2. Promove a vedao entre as clulas: zonulas oclusivas;

    3. Estabelece comunicao entre uma clula e outra: junes comunicantes.

    Junes apertadas

    Elas ligam duas clulas vizinhas tornando o meio extracelular impermevel no permitindo a passagem de pequenas molculas ou ons, suas protenas so Claudinas e as Ocludinas.

    Junes comunicantes

    Ligam duas clulas adjacentes permitindo a passagem de molculas e de ons entre as duas clulas. So canais proteicos nas quais h troca de pequenas molculas, ons e eltrons. Sua ocorrncia muito frequente, observado entre as clulas epiteliais de revestimento, epiteliais glandulares, musculares lisas, cardacas e nervosas. Sua funo estabelecer comunicao entre as clulas, permitindo que grupos celulares funcionem de modo coordenado. Cada juno tem a forma circular, constituda por um conjunto de tubos proteicos paralelos que atravessam as membranas das clulas.

    Figura 7: micrografia eletrnica de uma juno comunicante. Aumento de 190.000X

    Junes aderentes

    Rodeiam completamente as clulas. So encontradas em vrios tecidos. Circundam a parte apical das clulas, como um cinto contnuo, sendo desenvolvido no epitlio colunar simples com bordas estriadas, encontradas na mucosa do intestino. Existem vrios tipos de junes aderentes entre os desmossomos e os hemidesmossomos e zonulas de adeso.

    Desmossomos

    So reas em forma de botes que unem fortemente duas clulas epiteliais cada clula possui uma placa discoide para qual convergem os filamentos de queratina.

    Nas desmosomas, h uma camada amorfa, na face citoplasmtica de cada membrana, chamada placa de desmossoma. Nela se insere filamentos intermedirios de queratina, que se aprofundam no interior da clula. Os desmosomas so locais onde o citoesqueleto prende a membrana celular e, como as clulas aderem umas s outras.

    Figura 8: eletromicrografia de clulas epiteliais de revestimentos. Aumento de 100.000X h numerosos

    filamentos no citoplasma de duas clulas.

  • 24

    Zonulas de ocluso

    uma faixa contnua em torno da poro apical de certas clulas epiteliais, que veda total ou parcialmente o trnsito de ons e molculas por entre as clulas. Deste modo, as substncias que passam pela camada epitelial atravs das clulas, so submetidas ao controle celular. Outra funo permitir a existncia de potenciais eltricos diferentes, consequncia de diferenas nas concentraes inicas entre as duas faces das camadas epiteliais. As membranas de clulas adjacentes se unem integralmente, vetando os espaos intercelulares e impedindo que as substncias captadas voltem para o meio externo.

    Figura 9: microscopia eletrnica do revestimento do intestino delgado de rato. Na regio da znula de ocluso observa-se uma rede de salincia de uma lmina da membrana. Aumento de 68.000X

    Zonulas de adeso

    So zonas em forma de cinturo que aumentam a coeso entre as clulas. So formadas por vrios filamentos de actina, que circundam a regio do citoplasma superior das clulas epiteliais.

    Figura 10: representao esquemtica de todas as junes celulares.

  • 25

    CITOPLASMA

    O constituinte mais externo do citoplasma a membrana plasmtica, que o limite entre o meio intracelular e o ambiente extracelular. Nele se localizam o citoesqueleto, as organelas e os depsitos, de hidratos de carbono, protenas e pigmentos. O espao entre as organelas e os depsitos preenchido pela matriz citoplasmtica ou citosol, contendo diversas substncias, como aminocidos e protenas.

    Figura 11 (A) citoplasmas com as organelas; (B) citoplasmas

    sem organelas (CITOSOL).

    Citoesqueleto

    uma rede complexa de microtbulos, filamentos de actina e filamentos intermedirios. Elas influem na forma das clulas e, junto com as protenas motoras, possibilitando os movimentos de organelas e vesculas citoplasmticas.

    Figura 12: esquematizao das estruturas do citoesqueleto.

    Microtbulos

    So estruturas encontradas no citoplasma e tambm prolongamentos celulares, como clios e flagelos. So rgidos e desempenham papel significativo no desenvolvimento e na manuteno da forma das clulas. So constitudos pela polimerizao de um heterodmero de tubulina e , originando uma parede de 13 protofilamentos alinhados longitudinalmente. Os microtbulos so estruturas polarizadas sendo que a extremidade positiva, onde se encontra a tubulina , o local onde ocorre uma polimerizao mais acelerada. Na extremidade oposta, de polaridade negativa, estando exposta a tubulina , ocorre uma fraca polimerizao.

    Figura 13: Microtubulos e seus respectivos constituintes.

    Filamentos intermedirios

    Tm um dimetro entre o dos microtubulos e o dos microfilamento. Formam uma rede perinuclear, onde se estendem at membrana celular. Ocorrem sob a forma de pequenos feixes ou constituindo feixes muito compacto nas clulas epiteliais. constitudo por protenas fibrosas, de dimenses e sequncia muito variveis. As suas principais funes so:

    Desempenhar funes estruturais;

    Reforam as clulas;

    Organizao das clulas em tecidos;

    Reforam a membrana celular;

    Transporte de macromolculas e vesculas.

    Filamentos de actina (microfilamentos)

    A atividade contrtil do msculo resulta primariamente da interao de duas protenas: actina e miosina. A actina constitui uma rede no citoplasma e forma uma delgada camada prxima superfcie interna da membrana plasmtica, ela participa de processos como endocitose, exocitose e migrao das clulas esses filamentos, interagindo com a miosina, produzem correntes citoplasmticas que transportam diversas molculas e estruturas.

    Figura 14: Filamento de actina com suas estruturas

    constituintes.

  • 26

    NCLEO CELULAR

    O estudo do ncleo celular comeou com Franz Bauer que o descreveu pela primeira vez em 1802. Anos depois Mathias Jakob Scheiden, reconheceu a importncia do ncleo celular, ao relacion-lo com a diviso celular.O ncleo celular o centro de todas as atividades celulares porque contm, nos cromossomos, todo o genoma da clula. Chama-se genoma o conjunto de informaes genticas codificada no DNA. O ncleo tambm responsvel pela sntese de processamento de todos os tipos de RNA. Os principais componentes nucleares so o envoltrio nuclear, a cromatina, o nuclolo, a matriz nclear e o nucleoplasma.

    Figura 15: Franz Bauer (1758-1840) Artista e botnico ingls. Aps a chegada de Norbert Boccius, abade de Feldsberg, em 1763, produziu mais de 2000 aquarelas de espcimes vegetais.

    Envoltrionuclear

    O contedo intranuclear separada do citoplasma pelo envoltrio nuclear, o envoltrio nuclear constitudo por duas membranas separadas por um espao, a cisterna perinuclear. A membrana nuclear externa contm polirribossomos presos sua superficie citoplasmtica e contnua com o retculo endoplasmtico rugoso. O envoltrio nuclear apresenta pros, estruturas denominadas complexos de pros. Sua funo o transporte seletivo de molculas para fora e para dentro do ncleo, o envoltrios impermevel a ons e molculas.

    Nuclolos

    So fbricas para produo de ribossomos, constituidas principalmente por RNAr e protenas. As clulas podem apresentar vrios nuclolos.

    Matriz nuclear

    uma estrutura fibrilar, que fornece um esqueleto para apoiar os cromossomos, determinando sua localizao dentro do nucleo celular.

    Nucleoplasma

    um soluto com muita gua, ons, aminocidos, metablitos e precursores diversos, enzimas para a sntese de RNA e DNA.

    Cromatina

    H dois tipos de cromatina. A heterocromatina, aparece como grnulo grosseiro e bem visvel a olho n. A hlice heterocromatina inativa porque nela a hlice duplas de DNA est muito compacta o que impede a transcrio dos genes.A eucromatina aparece granulosa e clara, entre os gumes de heterocromatina. O filamento de DNA no est condensado e tem condies de transcrever os genes.

    Figura 16: (A) Eucromatina; (B) Heterocromatina; (C) nuclolo; Cabeas de setas: indicam a cisterna perinuclear; setas apontas para o nuclolo.

    Figura 17: Eletrn-micrografia: observa-se as duas

    membranas do envoltrio nuclear e os poros.

  • 27

    ORGANELAS

    Mitocndrias

    So organlas esfricas ou alongadas, sua distribuio na clula varia, tendendo a se acumular mais nos locais do citoplasma com maior gasto de energia. Elas transformam energia qumica em energia utilizvel pela clulas. So constituidos de duas membranas: a interna e a externa.

    A membrana interna apresenta projees para o interior da organela, as cristas mitocondriais. A membrana externa lisa e faz contato com o meio exterior. O espao entre essas duas membranas denominado deespao intermembranoso.

    O compartimento limitado pela membrana interna contm a matriz mitocondrial. Entre as cristas mitocondriais existe uma matriz amorfa, rica em protenas e contendo pequenas quantidade de DNA e RNA.

    Figura 18: ilustrao de uma mitocondria e uma foto de um

    microscpio eletrnico.

    Figura 19: o limite externo constitudo por duas membranas prximas (membranas mitocondriais externae interna).Aumento total 58.000 x.

    Ribossomos

    So pequenas partculas compostas de quatro tipos de RNAr. H dois tipos de ribossomos, um tipo encontrado nas clulas procariontes,o outro tipo encontrado em todas as clulas eucariontes. Os ribossomos desempenham um papel de decodificao, ou traduo de memsagens para sntese proteica.

    Reticulo endoplasmtico

    uma rede de vesculas redondas e tbulos, formadas por uma membrana contnua e que delimita um espao muito irregulara cisterna do retculo endoplasmtico. Alguns locais, a superficie externa da membrana que so injetados nas cisternas. Isto possibilita a diferenciao em dois tipos de reticulo endoplasmtico: o rugoso e o liso.

    Reticulo endoplasmtico ruguso (RER)

    abundante nas clulas especializadas na secreo de protenas, como as clulas do pncreas, fibroblastos. O RER consiste em cisternas saculares ou achatadas, sua principal funo segregar no citossol protenas destinadas a exportao, ou para uso intracelular.

    Reticulo endoplasmtico liso (REL)

    No apresenta ribossomos, sua membrana se dispe sob forma de tbulos que se anastomosam profundamente. Sua membrana contnua com o RER. Ele participa de diversos processos funcionais, produzem esterides, como a glndula adrenal, ocupando grande parte do citoplasma e contm enzimas para a sntese destes hormnios o REL abundante nas clulas do fgado, onde responsvel pelos processos de conjugaes oxidao e metilao.

    Figura 20: foto de um reticulo endoplasmtico tirada com um

    microscopio eletronico.

  • 28

    Complexo de Golgi

    um conjunto de vesculas achatadas empilhas, com pores laterais dilatadas. Localiza-se em regies determinadas do citoplasma. Ele completa modificaes, ps-traduo, empacota e coloca um endereo nas molculas sintetizadas pelas clulas, encaminhando-as para vesculas de secreo, para lisossomos ou para a membrana celular. As cisternas do aparelho de Golgi apresentam enzimas diferentes conforme a posio da cisterna.

    Figura 21: (1) aparelho de Golgi numa clula de Paneth no jejuno humano. Oberva-se a presena de material eltron-denso nas cisternas de Golgi e o desenvolvimento de grnulos de secreo em (2); (4) mitocondria.Aparelho de Golgi, suas vesculas de secreo.

    Lisossomos

    So vesculas delimitadas por membrana, com, mais de 40 enzimas, com funes de digesto intracitoplasmtica. Esto em todas as clulas, porm so mais abundantes nas fagocitrias, como os macrfagos e os leuccitos neutrfilos. Suas enzimas variam com a clula, porm todas tm atividade mxima em pH 5,0 e as mais comuns so: fosfatase cida, ribonuclease, desoxirribonuclease, protease, sulfatase, lipase e etc. em geral, so esfricos, e apresentam aspectos granulos. Sua membrana constitui uma barreira, impedindo que as enzimas ataquem o citoplasma.

    Figura 22 lisossomos e peroxissomos.ambos ostpos de vesculas contm enzimas digestria. As reaes nos peroxissomos geram perxido de hidrognio. (A) mitocondria; (B)lisossomo; (C) peroxissomo.

    Peroxissomos

    So organelas esfricas limitadas por membranas. Eles utilizam grandes quantidades de oxignio porm no produzem ATP. Receberam esse nome porque oxidam substratos orgnicos especficos, retirando tomos de hidrognio e combinando-os com oxignio molecular produzindo perxido de hidrognio (H2O2),substncia prejudicial para a clula, que eliminada pela enzima catalase.

    A catalase usa oxignio do per[oxido de hidrognio para oxidar diversos substratos orgnicos. Essas enzimas tambm decompe o perxido de hidrognio em gua e oxignio, segundo a reao:

    2H2O2 2H2O + O2 As enzimas mais abundantes nos

    peroxissomos humanos so urato oxidase, d-aminocido oxidase e catalase.

    Figura 23: eltron-micrografia de uma clula acinosa do pncreas. Observa-se varias vesculas ou grnulos de secreo (S), prximos a vesculas mais claras, os vacolos de condesao (C), que so vesculas de secreo ainda imaturas.

  • 29

    TECIDOS

    O organismo humano constituido por quatro tipos de tecidos: o epitelial, o conjuntivo,o muscular e o nervoso esses tecidos no existem, como unidades isoladas, mas associadas umas as outras em propores variveis,formando os diferentes rgos e sistemas do corpo. A maioria dos rgos podem ser dividida em dois componentes: o parnquima, composto pelas clulas responsveis pelas principais funes do rgo e o estroma, o tecido de sustentao.

    TECIDO EPITELIAL

    As clulas epiteliais so polidricas justapostas,geralmente aderem-se firmemente umas as outras por meio de junes intracelulares. A principal funo dosepitlios so o revestimento de superfcie, absoro demolculas, secreo,percepo de estmulos e contrao.

    Formas e caracteristica

    Todas as clulas epiteliais esto apoiadas sobre o tecido conjuntivo. A poro da clulas epiteliais voltada para o tecido conjuntivo denominada de poro basal. As pores da clula voltada para o o lmen chamada de poro apical e as superfcies epiteliais que confrontam clulas vizinhas so denominadas paredes laterais.

    Figura 24: (1) poro apical; (2)poro lateral;(3) poro basal. (a)cilios; (b) microvilosidades; (c) arelho de golgi; (d) ncleo; (e) mitocondria; (f) membrana basal.

    Tipos epiteliais

    So divididos em dois grupos, de acordo com sua estrutura e funo: epitlio de revestimento e epitlio glndulares.

    Epitlio de revestimento

    As clulas so organizadas em camadas que cobrem a superfcie externa do corpo, ou revestem as cavidades interna do corpo,e de acordo com o nmero de camada de clulas na camada superficial.

    Tecido epitelial simples

    O Epitlio simples: contm apenas uma camada de clula. O epitlio simples tambm pode ser classificado de acordo com a forma das suas clulas, o epitlio simples pode ser pavimentoso, cbico ou colunar.

    Figura 25: (1) epitlio de revestimento. (a) capilares; (b) lmina prpria; (c) membrana basal; (d) epitlio. (2) epitlio simples cbico. (a) capilares sanguneos; (b) lmina prpria; (c) membrana basal; (d) epitlio. (3) epitlio simples colunar ciliado. (a) cilios; (b) capilar sanguneo; (c) lmina prpria; (d) membrana basal; (e) epitlio; (f) barra terminais.

    Tecido epitelial estratificado

    O Epitlio estratificado: contm mais de uma camada de clulas.O epitlio estratificado tambm classificado em pavimentoso cbico, colunar ou de transio, de acordo com a clulas de sua camada mais superficial.

    O epitlio pseudo-estratificado, assim chamado porque, os ncleos parecem estar em vrias camadas, todas suas clulas esto apoiadas na lmina basal,mas nem todas alcanam a superfcie do epitlio, fazendo com que a posio dos ncleos seja varivel.

    O epitlio estratificado colunar, s est presente em poucas reas do corpo humano, como na conjuntiva ocular e nos ductos excretores de glndulas salivares.

    O epitlio de transio, reveste a bexiga urinria, o ureter e a parte superior da uretra, sua camada apical formada por clulas globosas.

    Figura 26: (1) epitlio estratificado pavimentoso. (a) epitlio; (b) membrana basal; (c) lmina prpria. (2) epitlio de transio. (a) clulas superfciais globosas;(b) membrana basal; (c) lmina prpria. (3) epitlio pseudo-estratificado ciliado. (a) muco; (b) clios; (c) barras terminais; (e) clulas caliciformes. (f) clulas epiteliais; (g) membrana basal; (h) lmina prpria.

  • 30

    TECIDO EPITELIAL GLANDULAR

    So constitudas por clulas especializadas na atividade de secreo. As molculas a serem secretadas so armazenadas em pequenas vesculas, chamadas de grnulos de secreo, essas clulas podem armazenar e secretar protenas e lipdios.

    Tipos de epitlios glndulares

    Podem ser classificados em: glndulas unicelulares so glndulas isoladas, e multicelulares e so compostas de agrupamento de clulas.As glndulas so formadas a partir de epitlio de revestimento cuja clulas proliferam e invadem o tecido conjuntivo, aps sofrerem diferenciao.

    Glndulas endcrinas

    Estas glndulas, no tm ductos e suas secrees so lanadas no sangue e transportadas para o seu local de ao pela circulao sangunea.

    Figura 27: (a) capilares; (b) poro secretora.

    Glndulas excrinas

    Mantm conexo com o epitlio do qual se originam. Esta conexo toma a forma de ductos tubulares formados por clulas epiteliais.

    Figura 28: (a) ducto; (b) poro secretora.

    Glndulas simples: Tem somente um ducto

    no ramificado. Elas tambm so classificadas de acordo com sua organizao celular. Dependendo da forma de poro secretora, elas podem ser tubulares simples, enoveladas, tubulares ramificadas.

    Figura 29: (a) tubulosa simples; (b) tubulosa simples ramificada; (c) tubulosa simples enovelada; (d) acinosa simples ramificada.

    Glndulas compostas: tm ductos ramificados que nas grandes glndulas podem atingir altos niveis de complexidade. Elas tambm podem ser tubulares ouacinosas.

    Figura 30: (a) acinosa composta; (b) tbulo acinoso composto; (c) tubulosa composta.

    O modo como os produtos de secreo deixo,

    as clulas podem ser classificadas em: mercrinas, holcrinas e apcrinas.

    As mercrinas a secreo liberada pela clula por exocitose sem perda de outro material celular.

    Ashalcrinas suas secrees so liberadas juntamente com toda a clula, processo que envolve a destruio da clula.

    As apcrinas suas secrees so liberadas pela clula junto com a poro apical.

    Figura 31: (1) halcrina; (a) desintegrao da clula esua secreo; (b) nova clula. (2) mercrina; (a) secreo; (b) clula. (3) apcrina; (a) poro que se desprendeu da clula.

    Figura 32:corte de uma poro secretora de uma glndula mamria. A secreo apcrina, caracteriza-se pela eliminao do produto de secreo acompanhado de parte do citoplasma.

  • 31

    TECIDO CONJUNTIVO

    So responsveis pelo estabelecimento e manuteno da forma do corpo. A matriz d o papel mecnico, ele conecta clulas e rgos, dando, suporte ao corpo.Estruturalmente, os componentes do TC podem ser divididos em trs classes: clulas, fibras e substncia fundamental.O principal constituite do tecido conjuntivo a matriz extracelular.

    Substncia fundamental: um complexo viscoso altamente hidroflico de macromolculas e glicoproteinas multiadesivas, que se ligam a protenas receptoras presentes na superficie de clulas. O TC originou-se do mesnquima, um tecido embrionrio formado por clulas alongadas, as mesenquimas.

    Essas clulas tem ncleo oval, muito seu citoplasma possui muitos prolongamentos.

    A matriz do tecido conjuntivo serve como meio de troca de nutrientes e catablitos entre as clulas e suprimentos sanguneos.

    Clulas do tecido conjuntivo

    Algumas clulas do TC so produzidas nele e permanecem nele, e outras vem de fora e permanecem nele. As clulas do TC so as seguintes:Fibroblasto, macrfago, mastcito, plasmcitos, clulas adiposas e leuccitos.

    Fibrolasto

    Sintetizam protenas colgena e elastina as molculas da matriz extracelular elas esto envolvidas na produo de fatores de crescimento. So as clulas mais comuns do TC, so capazes de modular sua capacidade metablica. Os fibroblastos tem intensa atividade metablica, e as que tem pouca atividade so os fibrcitos.O citoplasma do fibroplasto possui citoplasma abundante, seu ncleo ovide grande e seu citoplasma rico em RER, o aprelho de Golgi bem desenvolvido.

    Figura 33: (a) corte histolgico de TCF mostrando vrios fibroblastos (F) ativos com ncleo grande, nuclolo evidente e citoplasmas abudante e basfilo; (b) fibroblasto; (c) fibrocitos.

    Macrfagos

    Eles possuem caractersticas morfologicas variveis dependendo de seu estado de atividade funcional, e do tecido que habitam, possue um ncleo oval. Os macrfagos vem dos mancitos, que circulam no sangue. Em uma segunda etapa, elas cruzam as paredes das veias e penetram no TC, onde amadurecem e adquirem caracteristicas de macrfagos.

    Figura 34: micrografia eletrnica de um macrofago. Lisossomos secundrios (L), ncleo (N) e muclolo (Nu). As setas indicam vacolos de fagocitose.

    Mastcitos

    uma clula globosa, grande seu citoplasma tem muitos grnulos. O seu ncleo pequeno, esfrico e central. Esses grnulos secretores heterogneos contm mediadores qumico como a histamina e glicosaminoglicanas. Os mastcitos colaboram com as reaes imunes e tm papel importante na inflamao, reao alrgica e parasitria.

    Figura 35: micrografia eletrnica de mastcito humano. Os grnulos (G) contem heparina e histamina. Mitocondrias (M); fibrilas de colgenos; fibrilas elsticas (E); ncleo (N). a micrografia menor mostra o aspecto heterogneo dos grnulos.

  • 32

    Plasmocitos

    So clulas grandes e ovides, seu citoplasma basfilo, possui muito RER.O ncleo do plasmcito esfrico e excntrico e contm grumos de cromatina que se alteram regularmente com reas em um arranjo que lembra raios de carroa. O Complexo de Golgi e os centrolos se localizam em uma regio prxima ao ncleo.So poucos no TC, exceto nos locais sujeitos a penetrao bacteriana e protenas estranhas, como mucosa intestinal.

    Figura 36:(A) poro de um vilo intestinal que apresenta um processo inflamatrio crnico. Um conjunto de plasma caracterizado por seu tamanho abudante citoplasma basfilo na sntese e glicosilao inicial dos anticorpos. (B)estrutura de um plasmcito. A clula contm um RE bem desenvolvido com cisternas dilatada contendo imuloglobulinas.

    Clulas adiposas

    So clulas de TC que se especializaram no armazenamento de energia na forma de triglicrides (gorduras neutras).

    Figura 37

    Leuccitos

    So constituintes normais do TC, vindos do sangue por migrao (diapedese).

    Figura 38

    Fibras

    So formadas por protenas que se polimerizam formando estruturas alongadas. Os trs principais tipos so: as colgenos, as reticulares e as elsticas. A distribuio destes trs tipos de fibras variam nos diferentes tipos de tecidos conjuntivos. Existem dois sistemas de fibras:

    O sistema elstico, formado por fibras elsticas, elaunnicas e oxitalmicas.

    O sistema colgeno o tipo mais abundante de protena do organismo representa 30% do seu peso.

    Fibras colgenos

    Os colgenos podem ser classificados nos seguintes grupos:

    Colgenos que formam longas fibrilas: so formado pela agregao de vrias molculas de colgeno do tipo I, II, III IV e IX.

    Colgenos associados a fibrilas: so estruturas curtas ligadas a fibrilas do colgeno e a outros componentes da matriz extracelular pertencem a este grupo os colgenos do tipo IX e XII.

    Colgenos que formam redes: suas molculas associam-se para formar uma rede de colgeno do tipo IV, o principal componente das lminas basais.

    Colgeno de ancoragem: seu tipo ode VII esta presente nas fibrilas que ancoram o as fibras de colgeno lmina basal.

    Figura 39: (A) micrografia eletrnica de fibrilas colgenos em cortes transversais e longitudinais. Cada fibrila consiste em bandas clareas e escuras que se alternam. O espao entre as fibrilas preenchido por matriz extracelular fundamental. (B) colgeno do tipo T, cada molcula composta por duas cadeias peptidicas. As cadeias alfa so enroladas em alfa hlice com gira direita, sendo mantidos juntas por pontes de hidrognio e interaes hidrofbicas.

  • 33

    Fibras reticulares

    So formadas por colgenos do tipo III, so estremamente finas, formam uma rede extensa em certos rgos. As libras reticulares so abundantes em msculos lisos, endoneuro e nas trabculas dos rgos hematopoticos como o bao, nodulos linfticos e na medula ssea vermelha.

    Figura 40: corte histolgico da glndula adrenal mostrando fibras reticulares. Este corte espessoa para enfatizar a rede formada por estas fibrilas finas formadas por colgenos do tipo III.

    Sistema elstico

    Sua estrutura se desenvolve em trs estgios, no primeiro as fibras oxitalnicas consiste de feixes de microfibrilas compostas por fibrilas, essas formam o arcabouo necessrio para a deposio de elastina.As fibras oxitalnicas podem ser encontradas nas fibras de znulas do olho e em certos locais da derme, onde conecta o sistema elstico com a lmina basal.

    No segundo estgio de desenvolvimento ocorre uma deposio irregular de protena elastina, formando as fibras elaunnicas.

    No terceiro estgio, afibra elastina continua a acumular-se at ocupar todo feixe de microfibrilas.

    Figura 41: micrografia eletrnica das fibras elasticas em desenvolvimento. (A) oxitalmica, estagio inicial da formao, as fibras em desenvolvimento consistem em numerosas e delgada microfibrilas proteicas; (B) Elauninica,com o desenvolvimento, um agregadonanorfo de protena elastina deposita-se entre os microfibrilas; (C) fibras elsticas, elastina amorfa se acumula e finalmente ocupa o centro da fibra madura, a qual permanece envolvida por microfibrilas de fibrilina.

    Tipos de tecido conjuntivo

    H vrios tipos de tecido conjuntivo, seus nomes refletem o seu componente predominante ou organizao estrutural do tecido.

    Tecido conjuntivo propriamente dito

    So dois tipos de tecido conjuntivo propriamente dito: o frouxo e o denso.

    Tecido conjuntivo frouxo

    Suporta estruturas sujeitas a presses e atritos

    pequenos, muito comum e preenche espaos

    entre grupos de clulas musculares, clulas

    epiteliais e formam camadas em torno dos vasos

    sanguneos. Ele contm todos os elementos

    estruturais do tecido conjuntivo propriamente dito,

    suas clulas mais numerosas so os fibroblastos e

    os macrfagos. Ele tem uma consistencia

    delicada, bem vascularizada.

    Tecido conjuntivo denso

    Oferece resistncia e proteo aos tecidos,

    existem poucas clulas e uma predominncia de

    fibras de colgeno. pouco flexvel e mais

    resistente a tenso. Suas fibras colgenos so

    organizadas em feixes sem uma orientao

    definida, chamando-se de denso no modelado,

    nele as fibas formam uma trama tridimensional,

    dando lhe resistncia as traes exercidas em

    qualquer direo. O tecido denso modelado

    apresenta feixes de colgenos paralelos e

    alinhados com os fibroblastos.

    Figura 42: corte histolgico de pele de rato em fase de cicatrizao ps-leso. O tecido conjuntivo abaixo da epiderme um TC frouxo formado logo aps a leso. Nesta rea os fibroblastos so abundantes. A derme mais profunda constituida por um TC denso no modelado caracterizado por possuir poucos fibroblastos e muitas fibras espessas de colgnos orientado em diferentes regies. (A)epiderme; (B) conjuntivo frouxo; (C) conjuntivo denso.

  • 34

    TECIDO ADIPOSO

    um tipo especial de tecido conjuntivo, essas clulas podem ser encontradas isoladas ou em grupos, a maioria delas formam grandes agregados, constituindo o tecido adiposo espalhado pelo corpo. O tecido adiposo o maior depsito de energia do corpo, alm desse papel ele modela a superfcie do corpo sendo o responsvel pelas diferenas do contorno entre homens e mulheres. Formam coxins estruturas absorventes de choques, nas plantas dos ps e na palma das mos.So pssimos condutores de calor, contribuindo para o isolamento trmico, preenche o espao e ajuda a manter certos rgos em suas posies normais. H duas variedades de tecido adiposo, uma o tecido adiposo unilocular e a outra o tecido adiposo multilocular.

    Tecido adiposo unilocular

    Esse tecido encontrado em todo o corpo humano adulto, tambm forma a camada de panculo adiposo nos recm-nascidos, com a idade desaparece em algumas reas e surge em outras. So clulas grandes, isoladas so esfricas, eagrupadas so polidricas. Em cortes histolgicos tem a forma de um anel, pois, durante a colorao o xilol e o lcool retiram a gotcula lipdica. As clulas adiposas so envolvidas por uma lmina basal e suas membranas possuem vrias vesculas de pinocitose. A vascularizao do tecido adiposo muito abundante, se considerando sua pequena quantidade de citoplasma. No embrio as clulas adiposas uniloculares originam-se, apartir do mesmquima, os lipoblastos. As gotculas lipdicas so inicialmente separadas uma das outras, formando a gotcula nica.

    Figura 43: corte de tecido unilocular de mamfero. As setas indicam ncleos de adipcitos comprimidos contra a membrana celular pela presso dos lpidios.

    Tecido adiposo multilocular

    Sua distribuio no corpo humano limitada, localizando-se em reas determinadas. Esse tecido muito abundante em animais que hibernam. Suas clulas tem forma poligonal, com citoplasma carregado de gotculas lipdicas de vrios tamanhos com muitas mitocndrias. O tecido adiposo multilocular produz muito calor.

    Figura 44:fotomicrografia de tecido adiposo multilocular com clulas contendo ncleo esfrico centrais e multiplas gotculas de lipdios no citoplasma.

  • 35

    TECIDO CARTILAGINOSO

    uma forma de tecido conjuntivo especializado rgido. Tem a funo de suporte de tecidos moles, revestimentos de superfcies articulares, facilitam o deslizamento dos ossos nas articulaes. Sendo essencial para o crescimento dos ossos longos.

    Suas clulas so, os condrcitos, com muito material extracelular, que constitui a matriz, as cavidades da matriz so ocupadas pelos condrcitos, chamados de lacunas, contm um ou mais condrcitos. A cartilagem se diferencia em trs tipos: cartilagem hialina, cartilagem elstica e cartilagem fibrosa.

    Cartilagem hialina

    Muito frequente no corpo humano, forma, o primeiro esqueleto do embrio, que depois substituido por um esqueleto sseo. Entre a difise e a epfise dos ossos longos pode ser observado o disco epifisrio, de cartilagem hialina, responsvel pelo crescimento em extenso dos ossos. no adulto encontrado na parede das fossas nasais, traquia e brnquios, na extremidade ventral das costelas e recobrindo as superfcies articulares dos ossos longos.Todas cartilagens hialina, so envolvidas por uma camada de tecido conjuntivo denso, chamado de pericndrio, sendo fonte para novos pericndrios e responsvel pela nutrio, oxigenao e eliminao dos refugos metablicos da cartilagem, neles esto localizados vasos sanguneos e linfticos.Os condrcitos tem forma alongada, mais profundamenteso arredondados aparecendo em grupos de at oito clulas. Eles so secretores de colgenos do tipo II, proteoglicanas e glicoprotenas.

    A cartilagem hialina formada, por fibrilas de colgenos tipo II associadas ao cido hialurnico, proteoglicanas muito hidratada e glicoprotenas. A matriz tambm contm glicosaminoglicanas combinadas por covalncia com protenas, formando proteoglicanas. O alto contedo de gua de salvatao das molculas de glicosaminoglicanas atua como um sistema de absoro de choques mecnicos, de grande significado funcional, principalmente nas cartilagens articulares.

    Figura 45: fotomicrografia da cartilagem hialina. Os condrcitos esto localizados nas lacunas da matriz. Na parte superior e na inferior aparece o pericndrio corado em rosa.

    Pericndrio: todas as cartilagens hialinas so envolvidas por uma camada de tecido conjuntivo, denso chamado pericndrio uma fonte de novos condrcitos para o crescimento e responsvel pela nutrio, oxigenao e eliminao dos refugos metablicos da cartilagem. O pericndrio formado por tecido conjuntivo rico em fibras de colgeno tipo I na parte superficial. Condrcitos: na periferia da cartilagem hialina, os condrcitos apresentam forma alongada, com o eixo maior paralelo superfcie. Mais profundamente so arredondados e aparecem em grupos de oito clulas. Os condrcitos so clulas secretoras de colgenos tipo II, proteoglicanas e glicoprotenas. A cartilagem hialina degrada a glicose por mecanismo anaerbico, com formao de cido lctico como produto final. Histognese: no embrio, a cartilagem surge no mesnquima. A primeira modificao consiste no arredondamento das clulas mesenquimatosas, que retraem seus prolongamentos e, multiplicam-se formando aglomerados. As clulas assim formadas recebem o nome de condroblastos. Em seguida comea a sntese da matriz, o que afasta os condroblastos um dos outros. A diferenciao das cartilagens d-se do centro para a periferia, de modo que as clulas mais centrais j apresentam as caractersticas de condrcitos, enquanto as mais perifricas ainda so condroblastos tpicos.

    Figura 46: Histognese da cartilagem hialina. (A) mesnquima; (B) multiplicao das clulas mesenquimatosas forma um tecido muito celular; (C) em seguida, os condroblastos se afastam; (D) finalmente, a multiplicao mittica das clulas d origem aos grupos condrcitos.

    Crescimento: se deve a dois processos: o crescimento intersticial, por diviso mittica doscondrcitos preexistentes; e o crescimento aposicional, que se faz a partir das clulas do pericndrio.

    Figura 47: transio entre o pericndrio e a cartilagem hialina. medida que se diferenciam em condrcitos, as clulas alongadas do pericndrio tornam-se globosas e sua superfcie, irregular. (A) fibroblasto do pericndrio; (1) pericndrio; (B) condroblasto; (2) cartilagem; (C) matriz interterritorial; (D) condrcito; (E) matriz territorial.

  • 36

    Cartilagem elstica

    encontrada no pavilho auditivo e no conduto auditivo externo, na tuba auditiva na epiglote e na cartilagem cuneiforme da laringe, muito semelhante a cartilagem hialina. Possui pericndrio e cresce por oposio, menos sujeita a processos degenerativos. A presena de elastina confere uma cor amarelada, quando examinada a fresco. Ela pode estar presente isoladamente ou formar uma pea cartilaginosa junto com a cartilagem hialina.

    Figura 48: fotomicrografia de corte da cartilagem elstica, corada para fibras elsticas. As clulas no foram coradas.

    Cartilagem fibrosa

    Possui caracteristicas intermedirias entre o conjuntivo denso e a cartilagem hialina.Encontrado nos discos intervertebrais, nos pontos em que os tendes e os ligamentos se inserem nos ossos, e na snfese pubiana. A substncia fundamental escassa e limitada. aproximidade das lacunas que contm os condrcitos, onde forma cpsula basofilas. Na cartilagem fibrosas, as varias fibras colgenas constituem feixes, que seguem uma orientao irregular entre os condrcitos ou um arranjo paralelo ao longo dos condrcitos em fileiras.

    Figura 49:fotomicrografia da fibra de cartilagem. Note as fileiras de condrcitos separados por fibras colgenas.

  • 37

    TECIDO SSEO

    um tipo especializado de tecido conjuntivo, formado por clulas e material extracelular calcificado, a matriz ssea. Suas clulas so: os ostecitos, os osteoblastos e os osteoclastos.A nutrio dos ostecitos dependem de canalculos da matriz. Os ossos so recobertos interna e externamente, por camadas de tecido conjuntivo, endsteo internamente e o perosteo externamente.

    Figura 50: ossificao intramembranosa. Osteoblasto originado das clulas do mesnquima sintetiza a matriz orgnica que forma uma faixa. Em seguida o osteide se mineraliza aprisionando alguns osteoblastos que se diferenciam em ostecitos. (A) osteoblasto; (B) osteoclasto; (C) ostecito; (D) mesnquima; (E) matriz ssea; (F) matriz neoformadaosteide.

    Ostecitos

    So encontrados no interior da matriz ssea, ocupando as lacunas das quais partem canalculos. Cada lacuna contm apenas um ostecito. Dentro dos canalculos os prolongamentos dos ostecitos fazem contatos atravs de junes comunicantes, por onde passa pequenas molculas e ons. Os ostecitos so clulas achatadas, com forma de amendoa, com pouco RER, aparelho de Golgi pequeno e ncleo com cromatina condensada.

    Figura 51: fotomicrografia de fatia de tecido sseo seco e desgastado at ficar muito fino. Os canalculos se comunicam e constituem a via de intercmbio de molculas entre os ostecitos e o sangue dos capilares do peristeo e do endsteos.

    Osteoblasto

    So clulas que sitetizam a parte orgnica de matriz ssea. Concentram fosfato e clcio.Esto sempre na superfcie ssea, num arranjo que lembra um epitlio simples. Uma vez aprisionado pela matriz recm-sintetizada, ele passa a ser chamado de ostecito. A matriz se deposita ao redor do corpo da clula e de seus prolongamentos, formando as lacunas e os canalculos.

    Figura 52: trabcula ssea da calota craniana, recoberta por vrios osteoblastos responsveis pelo crescimento aposicional do osso.

    Osteoclasto

    So clulas moveis, gigantes, muito ramificadas, contm de seis a 50 ou mais ncleos. Suas ramificaes so irregulares, com forma e espessuravarivel. Eles tem citoplasma granuloso, algumas vezes com vacolos. So originrias de precursores mononucleares vindos da medula ssea, que ao contato com o tecido osseo unem-se formando os osteoclastos multicelulares. Eles secretam cido, colgenase e outras hidrolases que atuam localmente digerindo a matriz orgnica e dissolvendo os cristais de sais e clcio.

    Figura 53: corte mostrando trs osteoclasto (setas) digerindo matriz ssea. Esto localizados nas proximidades da matriz ssea em reabsoro.

  • 38

    Tipos de tecido osseo

    Osso formado por dois tipos de classificao: a macroscpicae a histolgica. Macroscpicamente: formado por partes com cavidades visveis, o osso esponjoso, e com cavidades invisveis, os ossos compactos.Osossos longos suas extremidades epifises so formadas por ossos esponjosos. A parte cilndrica difise totalmente compacta, com pouca quantidade de ossos esponjosos na parte profunda. Os ossos curtos tm o centro esponjosos, so recobertos por uma camada compacta.Nos ossos chatos existem duas camadas de ossos compactos, as tbuas interna e externa, separados por osso esponjoso,que nesse local recebe o nome de dploe.

    Figura 54: corte de um osso seco, osso cortical compacto (A) e o osso esponjoso (B).

    Matriz ssea: A parte inorgnica a medade do peso da matriz ssea. Os ons mais encontrados so o fosfato e o clcio. A parte orgnica da matriz formada por fibras colgenas constituidas de colgeno do tipo I e por pequena quantidade de proteoglicanas e glicoprotenas. A associao de hidroxiapatita com fibras colgenos responsvel pela dureza e resistncia do tecido sseo. Peristeo e endsteo: As superfes interna e externas dos ossos so recobertos por clulas osteognicas e tecido conjuntivo. A camada mais superficial do periosteo contem fibras colgenos e fibroblastos. Em sua poro profunda, o peristeo mais celular e apresenta clulas osteoblasto, desempenham papel no crescimento do osso e na repao de fraturas.O endsteo constituido as cavidads do osso esponjoso, o canal medular, os canais de Haves e os de Volkmann.As principais funes do endsteo e do peristeo so a nutrio do tecido sseo e o fornecimento de novos osteoblasto, para o crescimento e a recuperao do osso.

    Figura 55: esquema da parede da difise dos ossos longos. Aparecem trs tipos de tecido sseo lamelar: os sistemas de Havers e as lamelas circunfernciais externas e as internas. (A) trajeto helicoidal das fibras colgenas; (B) lamelas circunfernciais interinas; (C) endsteo; (D) canal de Havers; (E) peristeo; (F) canal de Volkmann; (G) lamela circunferncias externas; (I) sistema de Havers; (G) vaso sanguneo.

    Diviso histolgica

    existem dois tipos de tecido sseo o primrio e o secundrio, os dois tipos possuem as mesmas clulas e a matriz a mesma.

    Tecido sseo primrio: em todo osso o primeiro tipo a aparecer o primrio, sendo substituido gradativamente por tecido sseo secundrio. Ele apresenta fibras de colgeno dispostas em vrias direes sem organizao definida,tem pouco mineral, e tem mais ostecito do que o secundrio.

    Figura 56: corte mostrando uma terceira fase, da ossificao endocondral. Ocorrem tambm a reduo subsequente da cartilagem; os mesmos processo para a formao dos centro de ossificao primria. Restos calcificado0s da matriz cartilaginosa servem como guias na orientao dos osteoblastos para seus primeiros stios de fixao e funcionam como guia da ossificao, permanecendo ainda nos centra de ossificao primria. (A) cartilagem epifisria; (B) cartilagem seriada; (C) cartilagem hipertrfica; (D) substncia intercelular calcificada; (E) resto de substncia intercelular; (F) centro de ossificao endocondral; (G) medula ssea primria; (H) camadas fibrosa e osteognica do peristeo.

    Tecido sseo secundrio: possui fibras de colgenos organizadas em lamelas, que ficam paralelamente juntas umas as outras, ou se dispem em camadas concntricas em torno de canai com vasos, formando os sistemas de Haver. Cada um desses sistemas um cilindro longo, paralelo a difise e formado por quatro a 20 lamelas sseas concntricas. No centro h o canal de Havers, que contm vasos e nervos.

    Figura 57: fotomicrografia de tecido sseo lamelar (Secundrio) no qual as fibras colgenas podem estar paralelas umas s outras, como na esquerda da figura, ou organizadas em lamelas concntricas em volta de um canal neurovascular, para constituir os sistemas haversianos ou steons.

  • 39

    Osteognese

    O tecido sseo formado por dois processos chamados de : ossificao intramenbranosa e ossificao endocondral:

    Ossificao intramenbranosa, ocorre no interior de uma membrana conjuntiva. um processo formador do osso frontal, parietal e partes do occipital, do temporal e dos maxilares superiores e inferiores. Contribui para o crescimento dos ossos curtos e para o crescimento em espessura dos ossos longos, seu local de ossificao chama-se centro de ossificao primria.

    Ossificao endocondral, tem incio sobre uma pea de cartilagem hialina, de forma parecida do osso que vai ser formado, porm de tamanho menor. Ele o principal responsvel pela formao dos ossos curtos e longos.

    Figura 58: (1) estgios iniciais da ossificao endocondral. (falange de dedo, feto humano); (A) colar sseo pericondrial; (B) cartilagem hipertrfica; (C) pericndrio. (2) segunda fase da ossificao endocondral, o mesenquima vascular penetra pelo manguito sseo pericondrial at o centro de ossificao primria. (A) broto peristeo; (B) colar sseo pericondrial; (C) pericndrio; (D) medula ssea primria; (E) cartilagem hipertrfica; (F) cartilagem seriada; (G) cartilagem epifisria.

  • 40

    TECIDO MUSCULAR

    constituido por clulas alongadas, com grande quantidade de filamentos citoplasmticos de protenas contrteis, geradoras das foras de contrao, utilizando ATP. A origem dessas clulas mesodrmica, deacordo com suas caracteristicas morfolgicas e funcionais distinguem-se trs tipos de tecido muscular: O msculo estriado esqueltico, o msculo estriado cardaco e o msculo liso.

    Figura 59: estrutura dos trs tipos de tecidos muscular. (1) tipo de msculos: (a) msculo esqueltico; (b) msculo cardaco; (c) msculo liso. (A) ncleos; (B) discos intercalares. (2) atividades: (a) contrao forte, rpida, descontinua e voluntria; (b) contra forte, rpida, continua e involuntria; (c) contrao fraca, lenta e involuntria.

    Msculo esqueltico

    formado por feixes de clulas muito longas, as miofibrilas. Elas se originam no embrio pela fuso de clulas alongadas, os mioblastos, tm vrios ncleos localizados na periferia das fibras, nas proximidades do sarcolema. As fibras musculares esto organizadas em grupo de feixes, o conjunto de feixes envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo chamado epimsio dele partem finos septos de TC que se dirigem para o interior do msculo, separando os feixes eles so os perimsios. Cada fibra muscular envolvida pelo endomsio que formado pela lmina basal da fibra muscular, associada a fibras reticulares. Os vasos sanguneos penetram atravs dos septos de TC formando extensas redes de capilares que correm entre as fibras musculares.Alguns msculos se afilam nas extremidade, dando uma transio gradual de msculo para tendo.

    Figura 60: ilustrao da organizao do msculo estriado esqueltico. (A) capilares; (B) epimsio; (C) perimicio; (D) miofibrilas; (E) sarcolema; (F) fibras musculares; (G) capilar; (H) endomsio.

    Figura 61: corte transversal de msculo estriado esqueltico. (A) epimsio; (B) perimsio (seta); (C) endomsio (cabea de seta).

    Figura 62: msculo esqueltico em corte transversal (B) e em corte longitudinal (A). Os ncleos localizam-se na periferia da clula.

    Organizao das fibras

    Elas mostram estriaes transversais, pela alternncia de faixas claras e escuras. A faixa escura recebeu o nome de banda A, a faixa clara de banda I, no seu centro h uma linha escura a linha Z. as estriaes de miofibrila devida repetio de unidades iguais, chamadas de sarcmeros. As miofibrilas revelam a presena de filamentos finos de Actina e filamentos grossos de Miosina dispostas longitudinalmente nas miofibrilas e organizados paralelamente.

    Figura 63: Ilustrao e a posio dos filamentos finos e grossos do sarcmero..

  • 41

    Retculo sarcoplasmtico e sistema de tbulos T

    A contrao muscular depende da disponibilidade de ons Ca2+, a membrana do retculo sarcoplasmtico armazena e regula o fluxo de on Ca2+. Quando a membrana do retculo sarcoplasmtico despolarizado pelo estimulo nervoso, os canais de Ca2+ se abrem, esses ons, difundem-se nas cisternas do retculo, indo atuar sobre a troponina, possibilidando a formao de pontes entre a actina e a miosina. Quando cessa essa despolarizao, a membrana do retculo sarcoplasmtico, transporta Ca2+ para dentro das cisternas, o que interrompe a atividade contrtil. O sistema de tbulos T responsvel pela contrao uniforme de cada fibra muscular esqueltica. Esse sistema formado por uma rede de invaginaes tubulares da membrana plasmtica da fibra muscular, cujos ramos envolvem as junes das bandas A e I de cada sarcmero.Em cada lado do tblo T existe uma expanso terminal do retculo sarcoplasmtico. O complexo, formado de um tbulo T e duas expanes do retculo sarcoplasmtico, chamado de trade.

    Figura 64: Eltron-micrografia de corte de msculo estriado. Observa-se o sarcmero com as regies A, I, Z e H. (A) retculo sarcoplasmtico; (B) tbulo T; (C) tride.

    Mecanismo de contrao

    O sarcmero em repouso consiste em filamentos finos e grossos sobrepostos parcialmente. Durante a contrao os dois filamentos conservam seus comprimentos originais. A contrao deve-se ao deslizamento dos filamentos uns sobre os outros.A contrao se inicia na banda A. durante a contrao a actina e a miosina interagem, mas no repouso a miosina e a actina no se associam. Como resultado da ponte entre a cabea da miosina e a subunidade de actina, o ATP libera ADP e energia. Ocorre uma deformao da cabea e de parte do basto da miosina com a actina,o movimento da cabea da miosina empurra o filamento de actina,movendo seu deslizamento sobre o filamento de miosina.

    Figura 65: (1) a contrao muscular inicia-se pela combinao de Ca

    2+ com a subunidade Tnc da troponina, expondo o local

    ativo da actina (rea tracejada) que combina-se com a miosina. (2), a cabea da miosina liga-se a actina e o ATP se decompe em ADP e energia, produzindo movimento o filamento fino desliza sobre o filamento grosso. (A) cabea de molcula de miosina; (B) tropomiosiona; (C) local de ligao da miosina; (D) troponina,

    Msculo cardaco

    constituido por clulas alongadas e ramificadas, prendem-se por meio de junes intercelulares. Elas apresentam estriaes transversais parecidas com as do msculo esqueltico, mas, as fibras cardacas possuem apenas um ou dois ncleos centralizados. Elas so cincundadas por uma bainha de TC, equivalente ao endomsio do msculo esqueltico, contm muitos capilares sanguneos.

    O msculo cardaco possui linhas transversais, que aparecem em intervalos regulares ao longo da clula, estes so os discos intercalares, aparecem como linhas retas ou exibem aspecto de escada. Na parte escada, distinguem-se duas regies: a parte transversal e a parte lateral, nos discos intercalares, encontra-se trs especializaes juncionais: a znula de adeso, desmossomos e a junes comunicantes.O msculo cardaco contm muitas mitocndrias, que ocupam 40% do citoplasma. Msculo cardaco armazena cidos graxos sob a forma de triglecerdeos.As fibras cardacas apresentam grnulos secretores por membranas e localizadas prximas ao nucleo celular, na regio do aparelho de Golgi.

    No corao existe uma rede de clulas musculares cardacas modificadas, que tm o papel de gerao e conduo do estmulo cardaco,de tal modo que a contrao dos trios e ventrculos ocorrem em determinadas sequncias, permitindo ao corao exercer com eficincia sua funo.

    Figura 66: desenho de um corte de msculo cardaco. Observa-se os ncleos celulares centrais, as clulas musculares ramificadas, as estriaes transversais e os discos intercalares. (A) ncleos; (B) discos intercalares; (C) capilar; (D) clula muscular.

  • 42

    Msculo liso

    Formado pela associao de clulas longas espessas no centro, e afilando-se nas extremidades tem apenas um ncleo central. Sua clulas so revestidas por lminas basal e mantidas juntas por uma rede delicada de fibras reticulares, elas amarram as clulas musculares lisas umas as outras de tal modo que a contrao de apenas algumas clulas transformam-se na contrao do msculo inteiro.

    Duas clulas musculares lisas adjacentes formam junes comunicantes, que participam da transmisso do impulso de uma clula para outra. A regio justanuclear do sarcoplasma apresenta mitocndrias, cisternas de retculo endoplasmtico rugoso, grnulos de glicognio e aparelho de Golgi pequeno.

    Essa clulas apresentam os corpos densos que se localizam na membrana dessa clulas e alguns no citoplasma,tem importante papel na contrao das clulas musculares.

    Figura 67: fotomicrografia de clulas musculares ligar em cortes transversal (A) e em corte longitudinal (B). os ncleos localizam no centro das clulas.

  • 43

    TECIDO NERVOSO

    Acha-se distribuido pelo organismo interligando-se e formando uma rede de comunicao. constituido por prolongamentos dos neurnios situados no SNC ou nos gnglios nervosos. Apresenta dois componentes principais: neurnios e as clulas da Glia. No SNC a uma separao entre os corpos celulares dos neurnios e o seus prolongamentos, fazendo ser reconhecidas duas pores diferentes, chamadas de:

    Substncia cinzenta: mostra colorao acinzentada, formada por corpos celulares dos neurnios e clulas da glia.

    Substncia branca: no contm corpos celulares de neurnios constituida por prolongamentos de neurnios e por clulas da Glia. Sua colorao esbranquiada devido a um material chamado de Mielina.

    Figura 68: no centro, tem a medula espinhal. (1) substncia cizenta; (A) neurnio; (B) ncleo de clula da glia; (C) fibras nervosas. (2) substncia branca. (D) fibras nervosas.

    Figura 69: (A) corte da substncia cinzenta da medula espinhal mostrando vrios neurnios motores. Os neurnios esto circundados por prolongamentos neuronais e das clulas da Glia. (B) corte da substncia cinzenta da medula espinhal. Observa-se os prolongamentos dos neurnios e das clulas da glia.

    Neurnio

    Formados por um corpo celular, que contm o ncleo e da onde partem prolongamentos. Apresentam trs componentes:

    Corpo celular: o centro trfico da clula capaz de receber estmulos.

    Axnio: prolongamento nico, especializado na conduo de impulsos que transmitem informaes dos neurnios para outras clulas.

    Dentritos: prolongamentos numersos, que recebem estmulos do meio ambiente, de clulas epiteliais sensoriais ou de outros neurnios.

    Figura 70: neurnio multipolar com varios dendritos. O axnio e a regio do corpo celular de onde este se origina, o cone de implatao. (A) ncleos das clulas gliais; (B) dendrito; (C) cone de implantao do axnio.

    Podem ser classificados tambm de acordo

    com sua morfologia nos seguintes tipos: Neurnios multipolares: apresentam mais de dois prolongamentos celulares. Neurnios bipolares: possuem um dendrito e um axnio. Neurnios unipolares: apresentam prximo ao

    corpo celular, prolongamento nico, mas

    dividido em dois, diringindo-se um ramos paa a

    periferia e outro para o SNC.

    Corpo celular

    a parte que contm o ncleo e o citoplasma. Seus cromossomos acham-se distendidos, indicando alta atividade sinttica. Cada ncleo apresenta um nuclolo, grande e central. rico em RER, formando agregados de cisternas paralelas, o aparelho de Golgi localiza-se no pericrio e as mitocndrias so em quantidades moderadas no corpo celular, mas em grande quantidade no terminal axnico.

    Figura 71:a superfcie do neurnio coberta por terminaes sinpticas de outros neurnios por prolongamento de clulas da glia. (A) sinapse; (B) glia; (C) nissi; (D)sinapse; (E) cone de implatao; (F) microtbulos; (G) nissi; (H) glia; (I) sinapse.

  • 44

    Dentritos

    Eles aumentam a superfcie celular, possibilitando receber e integrar impulsos trazidos por vrios terminais axnicos de outros neurnios. Sua composio do citoplasma semelhante ao do corpo celular, porem no apresentam aparelho de Golgi. Os impulsos que chegam a um neurnio recebido por projees dos dendritos, as espinhas. So o primeiro local de processamento de sinais que chegam aos neurnios. Ele est localizado na superfcie da membrana ps-sinptica, essas espinhas participam da plasticidade dos neurnios relacionada com adaptao, memria e aprendizado.

    Axnio

    Todos os neurnios apresentam apenas um nico axnio, que um cilindro de comprimento e dimetro varivel. O axnio nasce de uma estrutura piramidal do corpo celular, chamada de cone de implantao. O neurnio em que o axnio mielinizado sua parte entre o cone de implantao e o inicio da banhia de mielina denominado segmento inicial. Ele recebe muitos estmulos, tanto excitatrios como inibitorios, cujo resultado origina um potencial de ao o impulso nervoso. O segmento inicial contm muitos canais inicos, importantes para a gerao do impulso nervoso. Seu citoplasma pode ser chamado de axoplasma muito pobre em organelas.

    Clulas da glia

    So vrios os tipos celulares presentes no SNC ao lado dos neurnios h aproximadamente 10 clulas da glia para cada neurnio as clulas da glia fornecem um microambiente para os neurnios e desempenha outras funes.

    Oligodendrcitos

    Produzem as bainhas de mielina que servem de isolante eltrico para os neurnios. Eles tem prolongamentos que se enrolam em volta dos axnio, produzindo a bainha de mielina.

    Figura 72: ve-se um oligodendrcito, cllula menor que os astrcitos, caracterizados por apresentar poucos e curtos prolongamentos celulares. (A) oligodendrcitos.

    Astrcitos

    So clulas com forma estrelada com vrios processo irradiando do corpo celular. Elas apresentam feixes de filamentos intermedirios constitudos pela protena fibrilar cida da glia, que reforam a estrutura celular. Eles ligam neurnios aos capilares sanguneos e pia-mater. Tambm participam de controle da decomposio inica e molecular do ambiente extracelular dos neurnios.

    Figura 73: astrcito de crebro humano, com dilataes distais alargados de seus prolongamentos, cobrem a parede dos pequenos vasos intracerebrais e constituem uma bainha de glia perivascular. (A) astrcitos; (B) veia pequena.

    Clulas de Schwann

    Tm a mesma funo das oligodendrcitos, porem esto em volta dos axnios do SNP cada uma delas forma um segmento de umnico axnio. Eles tem prolongamentos,que envolvem diversos axnios.

    Clulas ependimrias

    So clulas epiteliais colunares que revestem os ventrculos do crebro e o canal da medula espinhal.

    Microglia

    Pequenas e alongadas com prolongamentos curtos e irregulares, seus ncleos so escuros e alongados. Essas clulas so fagocitias e derivam de precursores trazidos da medula ssea pelo sangue, sendo o sistema mononuclear fagocitrio no SNC. Participam tambm da inflamao e da reparao do SNC.

    Figura 74: clula da Microglia.

  • 45

    SISTEMA CIRCULATRIO

    constituido pelo corao, artrias, os capilares, as veias e o sistema linftico. O sistema circulatrio dividido em macrocirculao, vasos de microcirculao.

    Os capilares so formados por uma nica camada de clulas endoteliais que se enrolam em forma de tubo, estas clula repouso em uma lmina basal. As clulas endoteliais so poligonais e seu eixo orienta-se na direo do fluxo de sangue. O ncleo da clula endotelial se projeta para dentro da luz capilar. Seu citoplasma contem poucas organelas, um aparelho de Golgi pequeno, mitocndrias, e cisternas de RER. As clulas endoteliais se prendem umas s outras, atravs de znulas de ocluso.

    Os vasos capilares se anastomoso, formando uma rede que interconecta as pequenas arterias com as veias. As arteriolas se ramificam em vasos pequenos emvoltos por uma camada descontnua de msculo liso, as metarteriolas, as quais terminam por formar capilares. A contrao do msculo liso das metarterolas ajuda a regular a circulao capilar.

    Figura 75: tipos de microcirculao formadas por pequenos vasos sanguneos. (1) sequencia usual de arterola para metarteriola para capilar para vnula e veia; (2) anastomose arteriovenosa; (3) sistema porta arterial como ocorre no glomrulo renal; (4) sistema porta venosa como ocorre no

    fgado.

    Tecidos que possuem taxas metablicas, como o rim, fgado e msculo cardaco e esqueltico, possuem uma rede capilar abundante. Os vasos capilares so chamados de vasos de troca, pois nestes locais so transferidos oxignio, gs carbonico, substratos e metablitos do sangue.

    Figura 76: pequenos vasos sanguneos da microvascularizao (arterolas e vnulas) envolvidos por componentes do tecido conjuntivo. As setas apontam fibroblastos. (A) vnulas; (B) capilar linftico; (C) clulas musculares lisas; (D), (E) e (F) arterolas.

    Os vasos sanguneos so compostos das seguintes camadas:

    Tnica ntima: apresenta uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a qual pode conter, clulas musculares lisas. Em artrias, a tnica ntima est separada da mdia por uma lmina elstica interna, a qual o componente mais externo da ntima.

    Tnica mdia: constituida por camadas concntricas de clulas musculares lisas organizadas helicoidalmente. Interpostas entre as clulas musculares lisas existem fibras e lamelas elsticas, fibras reticulares, proteoglicanas e glicoprotenas.

    Tnica adventcia: consiste em colgeno do tipo I e fibras elsticas. A camada adventcia torna-se contnua com o tecido conjuntivo do rgo pelo qual o vaso sanguneo est passando.

    Figura 77: (1) diagrama de uma artria muscular de preparado histolgico corado por hematoxilina-eosina (esquerda) e de uma artria elstica corada para estrutura elstica (direita). (A) ntima; (B) endotlio; (C) subendotelial; (D) lmina elstica interna; (E) mdia; (F) adventcia. (2) diagrama de uma artria muscular de mdio calibre. (A) adventcia; (B) ntima; (C) mdia; (D) lmina elstica interna; (E) endotlio.

    Figura 78: corte transversal de uma artria elstica. (1) endotlio. (A) tnica adventcia; (B) tnica mdia; (C) tnica intima; (D) lmina elstica. (2) pequenos vasos sanguneos.

    Arterolas

    A camada subendotelial muito delgada. Nas arteriolas pequenas a lmina elstica interna est ausente e a camada mdia composta de uma ou duas camadas de clulas musculares lisas; no apresentam nenhuma lmina elstica externa. Continuando-se com as arterolas encontram-se as pequenas artrias, que possuem uma tnica mdia mais desenvolvida e uma luz mais ampla do que as arterolas.

    Figura 79: corte oblquo de uma arterola do mesentrio com a organizao tripla de sua parede: (1) o endotlio e a lmina elstica. (2) uma camada nica de clulas musculares lisas constitui a camada mdia; (3) tecido conjuntivo, est ltima contm feixes de axnio amielinicos. (A) e separada do tecido conjuntivo intersticial pelo delgado prolongamento dos fibrocitos (F).

  • 46

    Artrias musculares

    Possiem a tnica mdia formada por clulas musculares lisas. Nelas a ntima possui uma camada subendotelial um pouco mais espessa do que das arteriolas. A adventicia consiste em TCF. As arterias musculares podem controlar o fluxo de sangue para os vrios rgos contraindo ou relaxando as clulas musculares lisas de sua tnica mdia.

    Figura 80: corte transversal mostrando parte de uma artria muscular. Pequenos vasos sanguneos observados na tnica adventcia. (1) endotelio; (2) pequenos vasos sanguneos. (A) lmina elastica interna; (B) tnica ntima; (C) tnica mdia; (D) tnica adventcia.

    Grandes artrias elasticas

    Estabilizam o fluxo sanguneo. Nelas incluimos a aorta e seus grandes ramos. A ntima, rica em fibras elsticas, mais espessa que a tnica correspondente de uma artria muscular. Entre as lminas elsticas situam-se clulas musculares lisas, fibras de colgenos, proteoglicanas e glicoprotenas. Durante a contrao ventricular, a lmina elstica das grandes artrias est distendida e reduz a variao da presso. Durante relaxamento ventricular, a pressoo no ventrculo cai, mas a propriedade elstica das grandes artrias ajuda a manter a presso arterial.

    Figura 81: corte transversal que mostra parte de uma artria elstica exibindo uma tnica mdica com vrias lminas elsticas. (1) endotlio; (2) pequenos vasos sanguneos. (A) tnica ntima; (B) tnica mdia; (C) tnica adventicia; (D) lmina elstica.

    Venulas ps-capilares e capilares

    Participam das trocas entre o sangue e os tecidos. A tnica ntima destes vasos e compostas de endotlio e de uma camada subendotelial muito delgada. A maioria das vnulas, do tipo muscular, possuindo pelo menos algumas clulas musculares lisas na sua parede.

    Figura 82: (a) corte longitudinal de uma vnula ps-capilar de msculo esqueltico mostrando a regio onde desemboca um capilar venoso, cujo endotlio se diferencia do remanescente pelo seu achatamento e pela presena das fenestraes existentes. (b) mostra um setor da parede com diafragma que fecham as fenestraes (setas).

    Veias

    A ntima possui uma camada subendotelial fina que pode estar muitas vezes ausente. A mdia consiste em pacotes de pequenas clulas musculares lisas entremeados com fibras reticulares e uma rede de fibras elasticas. Estas veias possuem vlvulas no seu interior. As vlvulas consistem em dobras da tnica ntima, em forma de meia-lua, que se projetam para o interior da luz. As vlvulas so numerosas em vasos dos membros inferiores.

    Figura 83: as setas direcionadas para a direita mostram a direo da circulao do sangue. No refluxo (setas direcionads para a esquerda) as vlvulas se fecham. (a) vlvulas venosas; (b) seio das vlvulas; (c) seio das vlvulas.

  • 47

    Corao

    rgo muscular que se contrais ritmicamente. Tambm, produz hormnios chamados de fator natriurtico atrial. As paredes do corao so constituidos de trs tnicas: a interna, ou endocrdio; a mdia, ou miocardio; e a externa, ou pericardio. A regio central chamada de esqueleto fibroso que serve de apoio para as vlvulas. O endocrdio formado por endotlio que repousa sobre uma camada sobendotelial delgada de RCF que contem fibras elsticas e colgenos e algumas clulas lisas. Conectando o miocrdio camada subendotelial, existe uma camada de TC, que contm veias, nervos e ramos do sistema de conduo do impulso do corao.

    O miocrdio consiste em clulas musculares cardacas organizadas em camadas que envolvem as cmadas do corao como uma espiral complexa.

    Externamente o corao revestido por epitelio pavimentoso simples que apoia numa fina camada de TC que constitui o epicrdio. Entre os folhetos viscerais e o folhetos parietais existe uma quantidade de fluido que facilita os movimentos cardacos. As vlvulas cardacas consistem num arcabouo central de TCD revestido em ambos os lados por uma camada de endotlio. As bases das vlvulas so presas aos anis fibrosos do esqueleto cardaco.

    Figura 84: (A) fibras de Purkinge do sistema de conduo do impulso; (B) grande aumento mostrando detalhes das clulas de Purkinje, as quais so caracterizadas pelo reduzido nmero de miofibrilas localizadas na periferia da clula. A rea mais clara em volta do ncleo (setas) das cpelulas condutora consequncia do acmulo de glicognio naquele local.

    Sistema linftico

    Retorna o lquido extracelular para o fluxo sanguneo. So canais de paredes finas revestidas por endotelio que coleta o fluido dos espaos intersticiais e o retorna para o sangue. Este fluido chamado de linfa, que circula somente na direo do corao. Os capilares linfticos so mantidos abertos atravs de vrias microfibrilas elasticas, quem mantm ancoradas ao TC que as envolve.

    Figura 85: estrutura de um capilar linftico, notemos a sobreposio das bordas livres colgenas de ancoragem, (AF).

  • 48

    SISTEMA URINRIO

    Formado pelos rins, dois ureteres, a bexiga e uretra. Os rins alm de produzir a urina tambm produz hormnios, como a renina, que participa da regulao da presso sangunea, e a eritropoetina, que estimula a produo de eritrcitos. Tambm ativam a vitamina D3.

    Rim

    Tem forma de feijo com uma borda conveza e outra cncava, onde est o hilo, de onde entra e saem vasos, entram nervos e saem os ureteres. O hilo contem os clices, que formam a plvis renal, parte superior, da ureter. O rim constituido pela cpsula, a zona cortical e a zona medular. A zona medula contm de 10 a 18 piramides medulares, cujas vrtices faxem salincia nos clices renais, ests so as papilas perfuradas por 10 a 25 orificios. Da base da primide parte os raios medulares, que penetram na cortical. Cada lobo renal formado por uma pirmide e pelo tecido cortical que recobre sua base e seus ladoss. Um lbulos constituido por um raio medular e pelo tecido cortical que lhe fica em volta, delimitado pelas arterolas interlobulares.

    Figura 86: (a) clice maior; (b) hilo; (c) plvis renal; (d) clice menores; (e) cortical; (f) medular; (g) glomrulo; (h) cortical; ( i) medular; (j) pirmide medular; (l) raios medulares; (m) coluna renal de Bertini; (n) ureter; (o) plvis renal.

    Cada rim possui mais de 3 milhoes de nfrons. Os nfrons so formados por uma parte diltada, o corpusculo renal, pelo tbulo contorcido proximal, pelas partes delgadas e espesso da ala de Henle, pelo tbulo contorcido distal e pelos tblos e ductos coletores.

    Figura 87: constituio de um nfron da zona cortical externa, mostrando sua vascularizao sangunea. (a) ducto coletor; (b) ala de Henle; (c) ala ascendente; (d) ala descendente; (e) plexo capilar peritubular; (f) artria e veia arciforme; (g) artrias e veia interlobulares; (h) arterola aferente; (i) arterola eferente; (j) cpsula de Bowman; (l) glomrulo; (m) cpsula; (n) veias estreladas; (p) tbulo proximal.

    Corpusculo renal

    formado por um tufo de capilars envolvidos pela cpsula de Bowman, que possui dois folhetos, junto aos capilares e formando os limites do corpsculo renal. Entre esses dois folhetos existe o espao capsular, que recebe o lquido filtrado atravs da parede dos capilares e do folheto visceral da cpsula de Bowman. Cada corpsculo renal possui um plo vascular por onde entra a arterolas aferente e sai a arterola eferente, e um polo urinrio onde sai o tbulo e sai a arterola eferente, e um plo urinrio onde sai o tbulo contorcido proximal. Nos capilares glomerulares circula sangue arterial, cuja presso regulada pela arterola eferente, que possui msculo liso a mais que o aferente. O epitlio externo da cpsula de Bowman constituido por epitlio simples pavimentoso, apoiado na lamina basal e numa fina camada de fibras reticulares.

    O folheto externo tem clulas chmadas de podcitos e formados pelo corpo celular, de onde partem diversos prolongamentos primrios que do roigem aos secundrios. Os podcitos localizam-se sobre uma membrana basal entre os prolongamentos secundrios dos podcitos existem espaos chamados fendas de filtrao. Os capilares do glomerulo so do tipo fenestrado. H uma membrana basal glomerular constituida de trs camadas, a lmina rara interna, a lamina densa e a lmina rara externa e, em contado com os podcitos.

    Figura 88: corpsculo renal, na parte superior o plo vascular com as arteriolas afeterentes e eferentes, e a macula densa. A parede da arteriola aferente mostra as clulas justaglomerulares. (a) orla em escova; (b) espao capsular; (c) camada parietal da cpsula de Bowman; (d) clulas justaglomerulares; (e) arteriola aferente; (f)tbulo distal; (g) mcula densa do tbulo distal; (h) arteriola eferente; (i) polo vascular; (j) camada visceral da capsula de Bowman (podcito); (l) camada parietal da cpsula de Bowman; (m) plo urinrio; (n) tbulo contorcido proximal.

    Figura 89: (1) artria interlobular d origem em direo direita a uma arteriola aferente que se dirige para o plo tubular do corpsculo renal. (a) arteriola aferente; (b) macula densa; (c) par de contordata do tbulo proximal. (2) corpsculo renal com o polo urinrio e o polo vascular, no plo urinrio, o baixo epitlio externo da cpsula de Bowman fica sobre o epitlio mais alto e mais corado do aparelho tubular que aque se inicia. (a) macula densa; (b) plo vascular; (c) plo urinrio.

  • 49

    Clulas mesangiais

    Esto em certas regies dos capilares glomerulars. Eles do suporte estrutural ao glomerulo, sintetizam a matriz extracelular, fagocitam e digerem substncias normais e patogena retidas pela barreira de filtrao, e produzem molculas como prostaglandinas e endotelinas.

    Figura 90: clula mesangial localizada entre dois capilares glomerulares. Os capilares mesangial est envoltos pela mesma membrana basal. (a) prolongamento de podcitos; (b) membrana basal; (c) citoplasma de clula endotelial. Micrografia eletrnica mostrando uma clula mesangial (AC) e a matriz mesangial que envolve a clula. O capilar da esquerda contm uma hemcia (RBC) e um leuccito (L). membrana basal (BM), clula endotelial (EC), prolongamentos dos podcitos (Pd), ncleo do podcito (PN), espao urinrio ou capsular (U).

    Tbulo contorcido proximal

    Possui epitlio cubide ou colunar baixo do tbulo contrcido proximal as clulas do tbulo proximal tm o citoplasma fortemente acidofilo devido a vrias mitocndrias alongadas. Citoplasma apical apresenta microvilos, que formam a orla em escova como essas clulas so largas, em cada corte transversal de um tbulo proximal aparecem apenas trs a quatro ncleos esfricos.

    O citoplasma apical das clulas dos tbulos proximais possui canalculos que partem da base dos microvilos e aumentam a capacidade de o tbulo proximal absorver macromolculas. Na sua poro, essas clulas apresentam muitas mitocondrias e prolongamentos lateriais que se interdigitam com as clulas vizinhas.

    Figura 91: Viso panoramixa da cortical do rim; (P) tbulos contorcidos proximais; (D) tbulos contorcidos distais; (G) glomrulos.

    Ala de Henle

    Estrutura em forma de U que consiste num segmento espesso e um segmento delgado. A parede da ala formada por clulas achatadas. Os nfrons justamedulares desempenham papel de estabelecer um gradiente de hipertonicidade no intersticio da medula renal, que base funcional para os rins produzirem urina hipertnica. A ala de Henle retem a gua. Os segmento delgado descendente da ala de Henle seja completamente permevel gua, o segmento ascendente inteiro e impermevel gua.

    Figura 92: (A) curva da ala de Henle corte longitudinal da zona da medula renal com segmento intermedirio delgado da ala de Henle revestido por epitlio plano. E representao de uma clulas da parte delgadas da ala de Henle.

    Tbulo contorcido distal

    Revestido por tecido epitlio cbico simples.as clulas dos tbulos distais tm invaginaes da membrana baso-lateral e acmulo de mitocndrias, caracterisitcas idicativas de transporte de ons. Esse tbulo encosta-se ao corpsculo de Malpighi do mesmo nfro e, sua parede se modifica. Suas clulas tornam-se cilindricas, altas, com ncleos alongados e prximas uns dos outros, essa modificaes, chama-se mcula desa.

    Figura 93: corte de crtex rena humano com glomrulo e tubulares proximais e distais. Os tbulos distais so mais claros, sua organizao celular mais nitida. (a) glomrulo; (b) tbulo distal; (c) tbulo proximal. E uma figura representativa de uma clulas de um tbulo contorcido distal.

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    Tbulo e ductos coletores

    Eles unem-se para formar tubos mais calibrosos, os ductos coletores que se dirigem para as papilas. Os tbulos coletores mais ligados so revestidos por epitlio cbico. A medida que se fundem e se aproximam das papilas, suas c[elulas ficam mais altas, a