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Citoesqueleto Rede complexa de pequenos tubos de proteínas denominados microtúbulos, microfilamentos e filamentos intermediários, que dão forma a célula, possibilita o movimentos das organelas e vesículas citoplasmáticas. Microtúbulos são estruturas encontradas no citoplasma e prolongamentos celulares, como os cílios e flagelos. Para fazer essa proteína tubular, a concentração de correta Ca 2+ no citoplasma é essencial. Os microtúbulos também dão origem a uma organela denominada centríolo, que auxilia na divisão celular. As células que não estão realizando divisão apresentam apenas dois centríolos dispostos em ângulos de 90 °, mas quando a célula está se preparando para a divisão os centríolos são multiplicados e vão para os polos celulares. Microfilamentos constituídos de actina, estes microfilamentos estão presentes em todas as células, contudo somente nas células muculares os filamentos de actina são estáveis. Nas células não musculares, os microfilamentos encontram-se agrupados na superfície interna da membrana celular, facilitando assim a movimentação da mesma. Também se encontram associados a organelas e vesículas, promovendo sua movimentação intracelular. Assim como os microtúbulos, os microfilamentos são importantes para a divisão celular, realizando a separação celular após a duplicação nuclear. Filamentos intermediários A célula produz outras proteínas filamentosas que auxiliam na sua estrutura, depende da sua especialização: Queratinas Produzidas pelas células epiteliais e encontram-se tanto no meio intra como no meio extracelular Vimentina está presente na maioria das células proveniente de um tecido embrionário denominado mesênquima. Desmina encontrada nos tecidos musculares, tem a função de ancorar a actina. Proteína fibrilar ácida da glia proteína intermediária dos astrócitos (células presentes no sistema nervoso central) Proteínas dos neurofilamentos encontradas nas células nervosas (neurônios).

Citologia Tecido Epitelial

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Resumo do tecido Epitelial

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7/16/2019 Citologia Tecido Epitelial

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Citoesqueleto

Rede complexa de pequenos tubos de proteínas denominados microtúbulos, microfilamentos

e filamentos intermediários, que dão forma a célula, possibilita o movimentos das organelas e

vesículas citoplasmáticas.

Microtúbulos – são estruturas encontradas no citoplasma e prolongamentos celulares,

como os cílios e flagelos. Para fazer essa proteína tubular, a concentração de correta Ca2+ no

citoplasma é essencial.

Os microtúbulos também dão origem a uma organela denominada

centríolo, que auxilia na divisão celular. As células que não estão realizando divisão

apresentam apenas dois centríolos dispostos em ângulos de 90°, mas quando a célula está se

preparando para a divisão os centríolos são multiplicados e vão para os polos celulares.

Microfilamentos – constituídos de actina, estes microfilamentos estão presentes em

todas as células, contudo somente nas células muculares os filamentos de actina são estáveis.

Nas células não musculares, os microfilamentos encontram-se

agrupados na superfície interna da membrana celular, facilitando assim a movimentação da

mesma. Também se encontram associados a organelas e vesículas, promovendo sua

movimentação intracelular.

Assim como os microtúbulos, os microfilamentos são importantes para

a divisão celular, realizando a separação celular após a duplicação nuclear.

Filamentos intermediários – A célula produz outras proteínas filamentosas que

auxiliam na sua estrutura, depende da sua especialização:

Queratinas – Produzidas pelas células epiteliais e encontram-se

tanto no meio intra como no meio extracelular

Vimentina – está presente na maioria das células proveniente

de um tecido embrionário denominado mesênquima.

Desmina – encontrada nos tecidos musculares, tem a função

de ancorar a actina.

Proteína fibrilar ácida da glia – proteína intermediária dos

astrócitos (células presentes no sistema nervoso central)

Proteínas dos neurofilamentos – encontradas nas células

nervosas (neurônios).

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Núcleo

Centro de controle celular, o material genético celular está contido no núcleo e é este material

que contém toda a informação passada de geração a geração. Este material genético édenominado Genoma.

Sua forma varia conforme a forma celular, podendo estar dentro da variação de arredondado a

alongado.

Normalmente a célula possui apenas um núcleo, contudo há exceções como o músculo

estriado esquelético que é multinucleado e as hemácias que são anucleadas.

Os principais componentes nucleares são:

Envoltório Nuclear, cromatina, nucléolo, matriz nuclear e nucleoplasma.

Envoltório Nuclear – Também conhecido como Carioteca, separa o conteúdo nuclear

do conteúdo citoplasmático. Constituído por duas membranas separadas por um espaço

denominado cisterna perinuclear, que está ligada com a região interna do Retículo

Endoplasmático, pois a membrana desta organela é formada pela continuidade da membrana

externa da carioteca.

Este envoltório apresenta poros que são preenchidos com uma

estrutura proteica, denominada Complexo do Poro. Este conjunto de proteínas que preencheo poro tem uma única função, transporte seletivo de moléculas para o núcleo. Além disso,

para proteção do genoma, o conjunto de membranas que forma o envoltório nuclear é

impermeável a íons e moléculas.

O diâmetro do canal do complexo do poro é de 9nm e substâncias com

diâmetro igual ou inferior a essa medida entram no núcleo por difusão passiva, já moléculas

maiores são transferidas por transporte ativo.

Na face interna do envoltório existe uma rede de proteínas que

formam a lâmina nuclear, que estabiliza o envelope nuclear e apoia cromossomos.

Cromatina – constituída pelo DNA, pode ser identificados dois tipos de cromatina:

Heterocromatina e a Eucromatina.

Heterocromatina – a fita genômica composta de DNA está extremamente

condensada, ou seja, sua fita está extremamente torcida e enovelada, aparentando grânulos

grosseiros na Microscopia Ótica. Esta cromatina está inativa ou momentaneamente não

funcional, pois a dupla hélice está muito compactada, impedindo a sua leitura e posterior

transcrição em RNA.

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Eucromatina – Aparenta ser levemente granulosa (lembrando areia) e de cor

mais clara, disposta por grande parte do núcleo e entre os grumos de heterocromatina. Nesta

cromatina os filamentos de DNA não estão condensados e podem ser transcritos para RNA,

sendo assim esta cromatina é a cromatina ativa, por tanto mais abundante.

Cada fita de DNA constitui uma estrutura denominada Cromossomo, determinadas sequênciasespecíficas de DNA do cromossomo formam um gene, e cada gene é traduzido em uma

proteína.

Em determinado momento da multiplicação celular, os cromossomos se condensam e tornam-

se visíveis ao microscópio ótico.

Nucléolos – são as regiões onde as subunidades ribossomais são montadas. Nas lâminas

coradas apresentam-se em forma arredondada e coradas intensamente. Constituídas

principalmente por RNA ribossomal e proteínas. Os Humanos possuem cinco genes capazes de

sintetizar rRNA podendo formar até cinco nucléolos mas normalmente eles se fundem dandoorigem a um ou dois nucléolos.

Matriz Nuclear – estrutura fibrilar proteica que dá sustentação aos cromossomos,

determinando sua localização dentro do núcleo.

Nucleoplasma – substância coloidal assim como o citoplasma, possui água, íons, aminoácidos,

metabólitos e precursores diversos de DNA e RNA, que são denominados ácidos nucleicos.

Divisão Celular

Existem dois tipos de divisão celular a Mitose e a Meiose, contudo a Mitose é a fase observada

em microscopia ótica comum.

No processo de mitose uma célula mãe divide-se e dá origem a duas células filhas idênticas.

Durante esse processo de divisão o material genético é duplicado e dividido igualmente entre

as novas células.

Durante o ciclo celular, em determinado momento a célula duplica seu DNA, preparando-se

para a Mitose. A mitose é um processo contínuo, contudo foi dividido em fases para o melhor

entendimento deste evento, suas fases são: prófase, metáfase, anáfase e telófase.

Prófase – Neste momento os cromossomos duplicados começam a condensar, dando origem

aos cromossomos mitóticos. No final dessa fase o envoltório nuclear começa a fragmentar-se

devido a reações químicas que ocorrem com a lâmina nuclear.

Os dois jogos de centríolos migram cada um para um polo celular, contudo entre esses

pares começam a aparecer microtúbulos, formando os fusos mitóticos. No final desta fase o

núcleo se desintegra, deixando os cromossomos livres no citoplasma.

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Metáfase – nesta fase os cromossomos migram para o plano equatorial da célula, e cada parte

duplicada do cromossomo, conhecido como cromátides, se liga a um fuso mitótico pela região

central, conhecida como centrômero.

Anáfase – as cromátides se separam e migram para os polos, seguindo o fuso mitótico em

direção ao centríolo.

Telófase – reconstrução do envoltório nuclear, os cromossomos gradualmente se

descondensam levando ao reaparecimento da cromatina. Á medida que o núcleo refaz, os

nucléolos se reconstituem. Juntamente com a formação do novo núcleo ocorre a citocinese,

que é iniciada na anáfase e termina após a telófase. Este processo consiste na formação de

uma faixa de actina miosina que diminui o diâmetro da célula na região equatorial, dividindo a

célula em duas partes iguais.

Ciclo Celular

Existem outros processos, que diferentemente da mitose, não são facilmente visualizados na

microscopia e possuem um papel fundamental na multiplicação celular. Por exemplo, a

duplicação do DNA, um processo de suma importância, ocorre na fase de intérfase.

Assim a intérfase e a mitose constituem as fases do ciclo celular, que são as modificações que

ocorrem na célula desde seu aparecimento até sua duplicação.

A intérfase é dividida em 3 fases: G1, S e G2.

G1  – vem logo após a mitose, ocorrem à síntese de RNA e proteínas, recuperando

assim o volume celular. Em tecidos com renovação rápida esta fase é muito curta, já em tecido

com baixa renovação a célula pode entrar em estado latente de G1, denominado G0.

Também é nessa fase que ocorre o ponto de restrição, onde a célula que teve

seu DNA danificado sofre apoptose* (morte celular programada).

S – nesse período ocorre a síntese de DNA e duplicação dos centríolos

G2  – A célula acumula energia para utiliza-la na mitose, sintetiza mais microtúbulos

para utiliza-los no fuso mitótio.

*Apoptose – morte celular programada, não ocorre somente quando o DNA é danificado.

Diversos processos fisiológicos utilizam esse tipo de morte para formar tecidos e controlar seu

crescimento. Também é importante no controle do câncer, pois células de defesa induzem as

células cancerígenas a apoptose.

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Meiose

Este tipo de divisão é muito restrita. Nos mamíferos ocorre apenas na formação de gametas,

que são as células que darão início a um novo ser.

A meiose consiste em dois ciclos próximos a mitose, contudo não ocorre a intérfase entreesses dois ciclos, dando origem a quatro células filhas com metade do genoma em cada uma.

Os ciclos de divisão são denominados Divisão I ou Reducional e Divisão II ou Equacional. Cada

uma possui Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase, seguidas do número da divisão: I ou II.

Divisão Reducional

Prófase I – os cromossomos foram duplicados e estão com suas cromátides ligadas pelo

centrômero (bivalentes) e ficam emparelhados. Neste momento pode ocorrer troca decromatina (Crossing-over).

Metáfase I – o fuso acromático liga-se a um cromossomo inteiro, ligando-se aos centrômeros

de cada par de cromossomos.

Anáfase I – os emparelhamentos são desfeitos e ocorre a separação dos pares homólogos

duplicados. Cada cromossomo, com suas cromátides irmãs, migra para os pólos.

Telófase I – ocorre a descondensação do nucléolo e formação de dois núcleos com metade do

número de cromossomos.

Divisão Equatorial

Prófase II – os cromossomos tornam-se mais condensados desaparece a membrana nuclear e

forma-se o fuso acromático. 

Metáfase II – os cromossomos ficam dispostos no plano "equatorial" e com as cromátides

voltadas cada uma para seu polo, ligadas às fibras do fuso .

Anáfase II – os centrômeros são quebrados separando as duas cromátides, passando a formar

dois cromossomos independentes que são tracionados para o polo celular em que se encontra

o centríolo que está liberando o fuso acromático.

Telófase II – atingindo os polos, os cromossomos descondensam-se e forma-se de novo um

núcleo em torno de cada conjunto, formando quatro células com 23 cromossomos cada

(haploides).