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Citotoxicidade mediada Citotoxicidade mediada
pelos anticorpos
monoclonais terapêuticos
Amanda MoraesGrupo de Pesquisa Translacional em Linfomas
Coordenação de Pesquisa Clínica/INCA
Princípios da tecnologia dos hibridomas
Os linfócitos esplênicos não
sobrevivem em cultura
As células de mieloma parentais são
eliminadas por cultura em meio
seletivo apropriado
Linfócitos esplênicos obtidos de
animais imunizados
Linfócitos esplênicos obtidos de
animais imunizados
Linhagens celulares derivadas de
mieloma humano
Linhagens celulares derivadas de
mieloma humano
Fenotipicamente, os hibridomas são
similares às células de mieloma parentais e
produzem grandes quantidades de
anticorpos expressos por linfócitos
derivados de um animal imunizado
Hibridomas (fusão de células)
Para um tipo de anticorpo
específico
Hibridomas (fusão de células)
Para um tipo de anticorpo
específico
Prêmio Nobel de Medicina ou Fisiologia (1984)
Georges Jean Franz Köhler
1946-1995
César Milstein
1927-2002
� Homodímeros de duas cadeias leves e duas cadeias pesadas
� A maioria dos anticorpos são da classe IgG
� Possuem regiões Fab e Fc
Anticorpos monoclonais
Estrutura dos anticorpos monoclonais terapêuticos
Domínio Fc
Domínio Fab
� Os anticorpos monoclonais tornaram-se um componente crítico de
regimes terapêuticos para uma variedade de indicações:
� Câncer
� Inflamação
� Doenças cardiovasculares
� Rejeição de transplantes
Anticorpos monoclonais
� Rejeição de transplantes
� Doenças infecciosas
� Atualmente, 27 anticorpos monoclonais são aprovados pelo FDA para
o tratamento das doenças, sendo 11 direcionados para o câncer.
Anticorpos monoclonais
Murino Quimérico Humanizado Humano
Natureza dos anticorpos monoclonais terapêuticos
Diminuição da imunogenicidade
O = murinoO = murino Xi = quiméricoXi = quimérico Zu = humanizadoZu = humanizado U = humanoU = humano
MuromomabMuromomab RituximabRituximab TrastuzumabTrastuzumab OfatumumabOfatumumab
TositumomabTositumomab CetuximabCetuximab AlemtuzumabAlemtuzumab IpilimumabIpilimumab
CatumaxomabCatumaxomab BrentuximabBrentuximab BevacizumabBevacizumab PanitumumabPanitumumab
� Neutralizando alvos solúveis (citocinas)
� Interferindo nas interações receptor-ligante
� Influenciando na sinalização celular (ação direta)
� Interferindo diretamente no crescimento celular (inibição da proliferação)
� Desencadeando processos de morte celular (direta ou por crosslinking)
� Mediando funções efetoras imunes (mecanismos “Fc dependentes”):
Mecanismos Efetores
Mecanismos de ação dos anticorpos monoclonais terapêuticos
� Citoxicidade dependente de complemento (CDC)
� Citotoxicidade celular dependente de anticorpo (CCDA)
� Fagocitose celular dependente de anticorpo (FCDA)
Mecanismos Efetores
� Morte celular direta via receptores Fab:
� A indução de morte é através das ativação ou downregulação de
proteínas quinases, fosfatases, caspases e membros da família Bcl2
Mecanismos Efetores
� Morte celular induzida via crosslinking do anticorpo monoclonal:
� O crosslink pode ocorrer através de anticorpos secundários ou por
células com receptores Fc
Apoptose
AcMo
Ac Secundário
NK
FcRAcMo
Apoptose
� Citoxicidade dependente de complemento (CDC)
� A proteína C1q se liga ao complexo anticorpo monoclonal-antígeno e
ativa a via clássica do sistema complemento
Mecanismos Efetores
� Citoxicidade celular dependente de anticorpo (CCDA)
� As células efetoras (NK, macrófagos, neutrófilos) se ligam ao
complexo antígeno-anticorpo através do receptor Fc (FcR) e promove
a liberação de granzimas, perforinas e granulisina.
Mecanismos Efetores
� Fagocitose celular dependente de anticorpo (FCDA):
� Os fagócitos mononucleares e neutrófilos possuem FcRs (que se liga
a porção Fc do anticorpo) e receptores do complemento (CR – que
se ligam a C3b) e ativam a fagocitose.
Mecanismos Efetores
� Sinergia dos mecanismo efetores:
� O mecanismo dominante pode ser de acordo com o anticorpo
monoclonal utilizado, a localização anatômica , níveis de expressão e
do grau de modulação da molécula alvo.
Mecanismos Efetores
Mecanismos Efetores
� Indução da imunidade adaptativa:
� Através da CDC, CCDA e FCDA
� Os fragmentos de células tumorais gerados nesses mecanismos
promove o recrutamento das apresentadoras de antígenos (APC)
profissionais. profissionais.
� Porém, o microambiente tumoral é determinante se a resposta
adaptativa vai promover tolerância ou resposta anti-tumoral.
O desafio atual no desenvolvimento de novos anticorpos terapêuticos
� Neutralizar fatores tolerogênicos para promover a imunidade adaptativa.
� Descoberta de antígenos de superfície celulares específicos das células
tumorais.
� Identificação de mecanismos efetores críticos envolvidos na terapia com Identificação de mecanismos efetores críticos envolvidos na terapia com
anticorpos.
� A identificação dos mecanismos subjacentes à resposta clínica de pacientes
tratados com anticorpos monoclonais é fundamental para otimizar sua
aplicação na prática clínica e na melhor seleção de pacientes.