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Edição 011Setembro e

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city educaçãocity educaçãoPedagogia Waldorf

A Pedagogia Waldorf foi introduzida por Rudolf Steiner em 1919, em Stuttgart, Alemanha, inicialmente em de uma escola para os filhos dos operários da fábrica de cigarros Waldorf-Astória (daí seu nome), a pedido deles. Distinguindo-se desde o início por ideais e métodos pedagógicos até hoje revolucionários, ela cresceu continuamen-te, com interrupção durante a 2ª guerra mundial, e proibição no leste europeu até o fim dos regimes comunistas. Hoje conta com mais de 1.000 es-colas no mundo inteiro (aí excluídos os jardins de infância Waldorf isolados). A Pedagogia Waldorf concebe o homem como uma unidade harmôni-ca físico-anímico-espiritual e sobre esse princípio fundamenta toda a prática educativa. As escolas Waldorf sempre foram in-tegradas da 1a à 8a (ou 9a) séries, e até a 12a quando possuem o ensino médio, de 4 anos. Não há repetições de ano, e nem atribuição de notas no sentido usual. Uma das principais características da Pedagogia Waldorf é o seu embasamento na con-cepção de desenvolvimento do ser humano intro-

“Em realidade, na escola não deve-mos aprender para saber, mas deve-mos aprender para sempre podermos aprender com a vida.”

Rudolf Steiner, A Prática Pedagógica.

duzida por Rudolf Steiner. Essa concepção leva em conta as diferentes características das crianças e adolescentes segundo sua idade aproximada. O en-sino é dado de acordo com essas características: um mesmo assunto nunca é dado da mesma maneira em idades diferentes. Ela é uma pedagogia holística em um dos mais amplos sentidos que se pode dar a essa palavra quando aplicada ao ser humano e à sua educação. De fato, ele é encarado do ponto de vista físico, aní-mico e espiritual, e o desabrochar progressivo des-ses três constituintes de sua organização é abordado diretamente na pedagogia. Assim, por exemplo, cul-tiva-se o querer (agir) através da atividade corpórea dos alunos em praticamente quase todas as aulas; o sentir é incentivado por meio de abordagem artística constante em todas as matérias, além de atividades artesanais, específicas para cada idade. O pensar vai sendo cultivado paulatinamente desde a imaginação dos contos, lendas e mitos no início da escolarida-de, até o pensar abstrato rigorosamente científico no ensino médio. O fato de não se exigir ou cultivar um pensar abstrato, intelectual, muito cedo é uma das características marcantes da pedagogia Waldorf em relação a outros métodos de ensino. As escolas Waldorf são totalmente livres do ponto de vista pedagógico, pertencendo em geral a uma associação beneficente sem fins lucrativos. Idealmente, a administração escolar é feita pelos próprios professores. Cada escola é independente da outra: o único que as une é o ideal de concretizar e aperfeiçoar a pedagogia de R.Steiner, visando formar futuros adultos livres, com pensamento individual e criativo, com sensibilidade artística, social e para a natureza, bem como com

energia para buscar livremente seus objetivos e cumprir os seus impulsos de realização em sua vida futura. O amor que os professores Waldorf devem desenvolver pelos seus alunos, e o conhecimento profundo que eles adquirem de cada aluno são ou-tras características fundamentais da pedagogia. Por exemplo, idealmente durante os 8 anos do ensino fundamental cada classe tem um único professor que dá todas as matérias principais, isto é, fora ar-tes, artesanato, educação física e línguas estrangei-ras (em geral duas, nos 12 anos de escolaridade). No ensino médio há um professor que, durante os 4 anos, assume o papel de tutor da classe. Nos Es-tados Unidos, as melhores universidades costumam aceitar com preferência os ex-alunos Waldorf, pois sabem que se trata de jovens diferenciados, com uma vasta cultura, com capacidade de concentração e aprendizado, e alta criatividade. Nesse país, que tanto se caracteriza pela praticidade de seu povo e pela liberdade de ensino, houve nos últimos 30 anos uma explosão de escolas Waldorf, que passam hoje em dia de uma centena. No Brasil há 25 escolas Waldorf ou de ins-piração Waldorf sendo 4 em São Paulo (3 com en-sino médio). A mais antiga existente desde 1956 é a Escola Waldorf Rudolf Steiner de São Paulo, que tem cerca de 850 alunos e 75 professores. Pra saber mais: www.federacaoescolaswal-dorf.org.br/

EXPEDIENTEInformativo City Posto Padaria e Conveniência - edição 011

Av. Hélio Palermo esquina com Major NicácioDiretora: Giselly Cristina de Oliveira CastroContato: (16) 3721.1600Diagramação/Impressão: Quintal Publicidade - Rua Expedicionário Castro Garcia,nº 452 - Vila Monteiro Franca SP - (16) 3017.9093Artigos assinados e os anúncios são de responsabilidade de seus signatários e não

representam a opinião do Informativo.

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Tabus e Mitos alimentares.

Nutricionista City PostoEliana Campos Silva

CRN 12732

Tabus alimentares são crenças e su-perstições referentes à ingestão de alimentos ou à combinação deles, que seriam prejudiciais à saúde. Estão arraigados no senso comum e nas tradições religiosas e culturais e são trans-mitidos através das gerações. Alguns estão re-lacionados a fatos históricos e acabam sendo distorcidos com o passar do tempo.Alguns Tabus e Mitos estão relacionados abai-xo: •Comermangacomleitecausacon-gestão? Manga com leite não causa congestão nem faz mal à saúde. Essa crença se perpetuou na história a partir da escravidão. Os senhores de engenho inventaram o mito para impedir que seus escravos consumissem mangas e não to-massem o leite, que era destinado ao consumo da família da “casa grande”. Por isso, os feito-res espalhavam que a combinação fazia tanto mal que causava a morte. •Comerboloquentedádordebarri-ga? Esse bordão pode ter surgido em fa-mílias grandes como forma de amedrontar as crianças que queriam beliscar a comida antes da hora. A ordem era: espere todos sentarem à mesa e então comece a comer.

•Alimentos remosos prejudicam a ci-catrização? A palavra reima, deriva de reuma ou rheuma, emprestado do grego antigo, que sig-nifica secreção. Segundo a cultura popular, a “comida remosa ou reimosa”, é capaz de causar inflamação ou fazer mal a pessoas com saúde fragilizada. São eles: ovos, peixe, carne de porco, frutos do mar, etc. Porém não existe nenhuma comprovação científica que diga que atrapalhem a cicatrização, pelo contrário, geralmente são ali-mentos ricos em proteína, que auxilia no proces-so de construção de tecidos do corpo. •Beberáguaemjejumemagrece? A água é essencial para o bom funcio-namento do intestino e outras funções vitais do organismo. Porém apenas a ingestão de água não elimina peso, muito menos se for tomada em jejum. Para que haja o emagrecimento é funda-mental modificar maus hábitos alimentares e ter o balanço energético negativo, ou seja, comer menos calorias e gastar mais, sempre de maneira fracionada, por ex.: 3/3 horas. •Ficarsemcomeremagrece? Deixando de comer, o metabolismo fica mais lento, dificultando a eliminação de peso. Além disso, após ficar sem comer por um período, é comum a compulsão alimentar, ou consumo de alimentos em maior quantidade. Para que ocorra a eliminação de peso é fundamental comer de forma fracionada, na quantidade certa. •Beberáguacomberinjelaajudaare-duzirocolesterol? Não existe comprovação científica que esta “água” auxilie na redução do colesterol. Pos-sivelmente esta fama se deve ao alto teor de fibras presente na berinjela, que auxilia na saciedade e reduz o colesterol. Porém esta água não tem a quantidade de fibras adequadas para que este efeito aconteça.

•Águacomaçúcaracalma? Quando ingerido, o açúcar é transforma-do em uma fonte importante de energia, no entan-to não tem nenhuma propriedade sedativa para o sistema nervoso. •Ogásdorefrigeranteoudaáguacau-sacelulite? O que contribui para a celulite é a grande quantidade de água e sódio presentes. •Oazeitenãoengorda? O azeite , apesar de ser uma gordura saudável, engorda tanto quanto as outras gordu-ras. Cada colher de sopa contém 10g e fornece 90kcal. É um óleo excelente, rico em antioxidan-tes, que auxilia na saúde cardiovascular. •Os vegetais perdem seus nutrientesquandocongelados?Congelar os alimentos matem mais próximo do seu estado natural, desta forma, seus nutrientes não se perdem. Além disso, a baixa temperatura impede a cão dos microorganismos. •Engolirchicletesfazmal? O chiclete é formado por dois grupos de compostos, um constituído por substâncias como açúcar, corante, aromatizantes e conservantes que são absorvidas pelo estômago, e o outro é o látex que quando ingerido, nenhuma das nossas enzimas é capaz de destruí-lo. O que acontece é que o organismo manda o látex para o intestino eliminando-o, intacto. Alimentação é um tema que gera muita controvérsia, histórias e mitos. Comida e alimen-tação mexem com um instinto de sobrevivência do ser humano. Isso ajuda as pessoas a projeta-rem suas fantasias na comida. As pessoas falam, sonham e criam histórias com isso. Por isso é sempre importante procurar um profissional nutri-cionista para esclarecer e auxiliar na alimentação saudável do dia-dia, sempre respeitando hábitos e preferências alimentares.

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Para Você Pensar...Despertar nas Asas de uma Criança

Já pensaste em desper tar e começar a vida nas asas de uma criança?Ah... se pudéssemos começar o dia nas asas de uma criança.... Então seria começar muito bem... Afinal, os pequeninos são geniais... Possuem um frescor incomparável...São doces e delicados...

“Fica decretado que, a partir desse instante, haverá girassóis em todas as janelas; que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer o dia inteiro abertas para o verde, onde cresce a esperança.”Tiago de Mello Encha os vasos de terra.Coloque as sementes sobre ela e depois cubra com uma camada fina de terra 3 vezes maior do que o tamanho das sementes. Regue bastante, mas sem encharcar. Utilize um regador para a água cair em forma de chuva.Importante • Escolha bem a localização do vaso, lembrando que os girassóis vão girar a flor na direção do sol.

Criaturas apaixonantes...E sabe do que mais... Deveríamos dormir e acordar com a alma dos pequeninos... Já imaginou que maravilha?Sonhar com coisas simples e delicadas... e acordar leve... sem preocupações... sem preconceitos...

Plante Girassol

Acreditando que nossos problemas são pe-quenininhos e que logo logo se resolvem...Devemos ser adultos só ao longo do dia... onde resolvemos nossas preocupações... para depois deixa-las num cantinho qualquer e novamente deitar a cabeça no travesseiro e sonhar maravilhas tudo outra vez!!!

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CRUZADINHACompleteaCruzadinhacomonomedestasprofissões

FELIZDIADASCRIANÇAS

RESPOSTA

1 - motorista2 - sapateiro3 - Agricultor4 - Pedreiro5 - Carteiro6 - Professor7 - Peão8 - Dentista9 - Pescador

LIGUEOSPONTOSEDESCUBRAONDE

PODEMOSPRENDEROSACI

Pinte os desenhos

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JINGLE Um jingle é uma mensagem publicitária musicada e elaborada com um refrão simples e de curta duração, a fim de ser lembrado com fa-cilidade. É uma música feita exclusivamente para um produto ou empresa. É geralmente uma peça de áudio ou vídeo utilizada por emissoras de rádio ou TV para identificação da marca, canal, frequên-cia. Pode ser falada ou cantada. Um jingle é um slogan memorável, feito com uma melodia cativante, transmitido em rádio e, algumas vezes, em comerciais de televisão. Um jingle eficiente é feito para “prender” na me-mória das pessoas. Por isso é tão comum que as pessoas lembrem de jingles que não são mais transmitidos há décadas. O primeiro jingle foi produzido em 1926, nos EUA, para um cereal matinal chamado Whe-aties, cujo slogan principal é “Para um café da manhã de campeões”. O auge do jingle foi na dé-cada de 50, nos EUA, no boom econômico. Era usado em diversos produtos, como cereais mati-nais, doces, tabaco, bebidas alcoólicas, carros e produtos de higiene pessoal. A propaganda já existia em algumas emissoras de rádio no Brasil, na forma de mer-chandising, sem formato e frequência definidos. Em 1932, Ademar Casé, veiculou em seu progra-ma de variedades o primeiro jingle do Rádio no Brasil. Nássara, um dos redatores do programa, compôs o primeiro jingle da história no Brasil. Albino, um senhor português, dono da Padaria Bragança, foi abordado por Casé para ter seu co-mércio anunciado, no entanto Albino não se in-teressava pelo negócio, foi quando Ademar Casé lançou a proposta de anunciar sem compromis-so. Com a simples condição de que Albino só pagaria se gostasse. Nássara não perdeu tempo, aproveitando a nacionalidade do cliente fez três quadrinhas em ritmo de fado, que foi cantado com sotaque português na voz de Luís Barbosa, nas-

cendo assim o jingle da Padaria Bragança: Oh, padeiro desta rua, tenha sempre na lembrança, não me traga outro pão que não seja o pão Bragança;/ Pão inimigo da fome. Fome inimiga do pão, enquanto os dois não se matam, a gente não fica na mão;/ De noite, quando me deito e faço a oração, peço com todo o respeito que nunca me falte o pão”. Hoje em dia, com o custo crescente das licenças de músicas já existentes, diversas empre-sas redescobrem o jingle feito especialmente para o produto como uma forma mais barata de produzir seus comerciais.exemplo: músicas para políticos, festas, datas comemorativas, supermercados,lojas shopping centers.

No Brasil, existem muitos estúdios que se dedicam a essa atividade. A construção de um jin-gle tem seu início na venda. Em reunião, a agência de propaganda coleta o máximo de informações a respeito do produto e encaminha um briefing ao responsável pela criação. Uma vez criado, o mesmo retorna ao cliente para apreciação e efetiva apro-vação. Uma vez aprovado, dá-se início à produção com a escolha do arranjador, cantores e instrumen-tistas. Atualmente, o Brasil destaca-se pela criação de jingles. Em Franca, o Studio Nobre é pioneiro na criacão de jingles; Via Embratel, Franpisos, Sol relo-gios, Ótica Francana são alguns dos parceiros que fazem parte do portfólio do studio assim como di-versos jingles politicos de candidatos de Franca e de toda a região.

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Continuar sempre... Desde que iniciei meus estudos em Terapia Familiar, mais especificamente em perdas e luto, a cada dia me surpreendo com o ser humano na sua capacidade de enfrentamento, de superação e de amor. Quão difícil é ouvir uma mãe dilacerada pela perda do filho, com o coração banhado em sangue, uma mãe que vê os sonhos de continuidade inter-rompidos abruptamente. No entanto, essa mãe generosamente, num momento tão do-ído, doa os órgãos desse filho pensando no próximo que poderá se beneficiar da visão que seu filho não poderá ter. A mãe muitas vezes tira forças de onde não existe, para atender ao marido, ou ao outro filho que aparentemente está pior que ela. A mãe que tem a coragem e a bravura de deixar um vício ou mudar a direção de sua vida, de forma positiva, mesmo após ter per-dido uma de suas “joias raras”. E que ainda me diz ter aprendido a amar muito mais com essa perda, valorizando e exteriorizando o amor pelos outros filhos que ficaram. A mãe que, apesar de seu sofrimen-to, consegue correr ao encontro de outras mães na mesma situação e levar consolo em momentos em que acha que quem mais precisava era ela e, ainda assim, sente-se realizada em ajudar o próximo. Será possível tirar forças da dor? Acredito que não. Na convivência com tantas histórias de vida, aprendi que somen-te é possível resgatar forças do amor. Amor pelos que ficaram. Amor pelos que estão por vir. Amor pelos que se foram. Amor por si mesmo. Sem o amor, nada teria sentido, nada valeria a pena, nada teria como ser en-frentado.

Uma pequena palavra “amor”, mas com um poder transformador. Capaz de trazer esperança onde antes era escuridão. Capaz de trazer bálsamo e alívio onde antes eram feridas expostas. Amor que acolhe, amor que acalenta, amor que supre, amor que mostra que a vida pode e deve continuar, de outra forma, mas nem por isso pior. Assim como aquele que recebeu os órgãos

do filho que partiu, continuar enxergando pelo fi-lho, indo e apreciando lugares que ele gostaria de ter ido, sentir o cheiro da terra molhada ou o per-fume das flores por ele, saborear os prazeres da vida por ele. Através daqueles que o amam, esse filho continuará vivo! Longe dos olhos, mas muito pró-ximo do coração!

city parceiroscity parceirosDra. Sílvia CatinOAB/SP 172.238

Pós-graduanda em Terapia Familiar – UNIFESPEspecialista em Terapia de Luto

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Tradição hoje

Swami Satyasanganandaé mestra da linhagem

Satyananda Yoga , da Bihar School of yoga - Índia

Quando eu estava em Belo Horizonte, fui convidada para conhecer um lugar onde se cui-dam de crianças carentes e ensina Yoga a elas. Elas encenaram uma pequena peça para mim. Fiquei surpresa, pois a peça era sobre Shiva e Parvati. Shiva ensinava Yoga para Parvati, perto de um lago. E um peixe ouvia os ensinamentos de Shiva. Cada asana que Shiva ensinava o peixe também praticava. Assim, ele também obteve o conhecimento e evoluiu, tornando-se humano. Foi assim que a tradição do Yoga se iniciou. Shiva é consciência e Shakti é energia. Por essa história, precisamos compreen-der que a tradição está profundamente enraizada em cada ser vivo. É uma tradição universal, pois você é consciência e energia. Essa história nos mostra que cada um de nós herdou esta tradição ao nascer. E que essa tradição que herdamos foi criada para a nossa evolução, pois aquele peixe, ao praticar Yoga, tornou-se humano. Sua evolu-ção foi acelerada pelo Yoga e ele renasceu como humano, como Matsyen-dranatha, que foi o fun-dador do Hatha Yoga. Se um peixe, ao praticar Yoga, pode tornar-se humano, imaginar o que um humano pode se tornar praticando Yoga? Você pode se tornar se tornar um super-humano. O grande Yogi chamado Aurobindo disse que uma nova raça de super-humanos surgiria. Essa é a tradição na qual você foi iniciado simplesmente por praticar Yoga, quer você saiba ou não. Tal-vez você tenha chagado ao Yoga só porque queria praticar alguns exercícios, ou tinha problema al-gum problema de saúde. Mas quando compreen-de que você faz parte de uma tradição, aí o Yoga começa a fazer sentido e isso vai lhe trazer um benefício diferente. Pois quando você pratica Yoga de acordo com uma tradição, recebe o conheci-mento que o fundador pretendia compartilhar. Ele é transmitido a você. Por isso é importante praticar dentro de uma tradição. Muitas centenas

ou mesmo milhares de anos antes, o que o criador da tradição vislumbrou quando começou a ensinar aquela prática? É esse o benefício que você irá re-ceber. Tradição significa Continuidade. Sem con-tinuidade, sem homogeneidade não existe tradição. Quando alguém se mantém durante muito tempo, sem nenhuma quebra isso se torna uma tradição. E o melhor exemplo de tradição você pode tirar da na-tureza. Você vê os planetas, animais, plantas, peixes e percebe que existe uma continuidade. Você já viu algum dia em que o sol não nasceu na hora certa? Todos os dias, por milhões de anos, o sol nasce na hora correta. O mesmo acontece com a lua. E tam-bém as estações. Se existe alguma mudança nas estações, é por interferência dos humanos. É por causa dessa continuidade da natureza que a civi-lização, que os humanos puderam progredir e ser o que são e terem alcançado tantas coisas. É por causa dessa homogeneidade da natureza, dessa continuidade. Se a natureza fosse errática, se não seguisse ciclos, os homens teriam tido dificuldade em progredir. Além dessa homogeneidade, além dessa continuidade, outro fator importante é que deve ha-ver a habilidade de mudar e se adaptar de acordo com as necessidades de cada momento. As ne-cessidades do homem continuam mudando, pois a sociedade não é estática. As razões pelas quais as pessoas praticavam Yoga há 10 mil anos não são, necessariamente, as mesmas pelas quais as pes-soas praticam hoje. Por isso a tradição tem de ter a capacidade de se adaptar às necessidades dos homens, pois todas as tradições são feitas para o homem.Essas tradições não foram criadas por pessoas co-muns, como eu e você. Elas foram feitas por pes-soas iluminadas, que tinham uma visão de como a humanidade iria se desenvolver após centenas de anos. Como os homens evoluíram? Quais as suas

necessidades? As tradições que não têm essas ca-racterísticas talvez tenham surgido e se mantido por um curto período de tempo. Talvez tenham trazido algum tipo de benefício, mas, por fim, foram dei-xadas de lado. Uma tradição que dura milhares ou centenas de anos, sem interrupção adaptando-se, é uma tradição que foi testada pelo tempo. Ela é eficaz e sobrevive apenas porque é útil. Se não fos-se útil, teria sido descartada. E a tradição do Yoga tem essas qualidades. Ela realmente é uma cultura universal. Porque cada tradição que é útil, que pro-move a vida, que vale a pena não pode ser uma tra-dição sectária. Ela deve ser universal. Porque cada tradição que é útil, que promove a vida, que vale a pena não pode ser uma tradição sectária. Ele deve ser universal. Não pode ser aplicada apenas a certo grupo, povo ou país. Ela deve ser aplicada à huma-nidade como um todo, onde quer que as pessoas vi-vam, qualquer que sejam suas crenças e costumes. Há qualidades universais como raiva, ansiedade, ciúme e pesar. Existe algo que possamos chamar de raiva brasileira? Não. A raiva é igual aonde quer que você vá.

SwamiSatyasanganandaÉ uma mestra da linhagem do Satyananda Yoga, da Bihar School of Yoga, Índia. É a diretora e orientadora espiritual de Rikhiapeeth, local onde seu mestre Paramahamsa Sa-tyananda Saraswati se estabeleceu para fazer sádhanas, práticas elevadas do Yoga. Ao chegar a Rikhia e deparar-se com a pobreza extrema da região, ela colocou em prática os preceitos de seu guru – servir, amar e doar – o que culminou na recuperação dessa comunidade. Através de esforços incessantes, Swami Satsangi têm transformado Rikhia em um vibrante centro que cuida diariamente de mais de 2.000 crianças. No ashram (escola de Yoga), elas aprendem in-glês, informática, Yoga, dança canto de mantras e rituais da tradição hindu. Além disso, Rikhiapeeth auxilia viúvas e anciões das aldeias e oferece assistência econômica, médica e social abrangendo mais de 30.000 famílias em 160 vilarejos da região.

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- Filha! Vem comer o pão com mel...- Pa-ai! Pode belá?- Ahã?!- Pode belá o mel?- Ah! Tá... Pode lamber, sim! Mas lambe depressa porque tá em cima da hora.- Pa-ai! Tô belano o mel... Tô feliz!- Faz assim: vamos pro carro, que a mamãe já está esperando lá.(...)- Pa-ai! Tá de noite...- Não, filha. Já são sete e meia da manhã...- Não, Pa-ai! Olha a luz acessa.- Deve ser problema com o relê, filha. - Mas é de noite agora, pa-ai. Porque ela tava apagada...- Filha! É complicado pra você entender, mas...- Pa-ai! Porque é que a luz fica acesa “de dia” e apaga “de noite”?- É o que estou tentando te explicar. Deve ser problema com o relê, um dispositivo que é acionado pela cla-ridade de modo que a luz natural deveria fazer com que ele se desligasse automaticamente, mas não é isso que está acontecendo, talv...- Pa-ai! Olha outra lâmpada acesa... Olha aquela outra...- Pois é, filhota. Só nessa avenida têm várias!- Mas, pa-ai! Então tá de noite. A Tia Elaine não tá lá, só de dia...- Não, filha! Agora é dia. Faltam quinze pras oito.- Da noite?- Não! Da manhã... - Pai! Acabou o pão... Já belei o mel.- Lambeu né, filha! Pronto! Chegamos no CCI... Desce!- Pa-ai! Deixa eu tirar o DVD?- É um “CD”, filha! DVD tem imagem, CD só tem áudio! Pode deixar aí, que eu vou ouvir mais a viola!- É “Usina de Prata”, né pai-iê? Eu é a moça-bem-feita-de-rosto, viu?- Não é “eu é”, é “eu sou a moça”!- Não é você... é eu!- Tá certo... Mas, desce logo porque já estamos atrasados!- Não! O CCI tá fechado! É de noite agora!- De novo, filha? Agora já é dia...- Mas, olha outra luz acesa no poste, pa-ai! - Eu já te expliquei, filha. É problema de relê...- Então lá em casa tem relê, pa-ai?- Por que, filha?- Você deixou a luz da sala acesa...- Ah! Esqueci!- A luz da garagem também...(...)- O relê apaga, né pai?

city crônicascity crônicasRELÊ!

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Beto Chagas é escritor e psicó-logo, autor do livro de crônicas Palavras Contidas