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CJ News - 26/01/2013
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Beshalach Shemot 13:17-17:16
Deus ordena o povo a seguir a Canaã, passando pelo Mar Vermelho.
O Faraó se arrepende da libertação dos judeus e sai à perseguição
deles. Com os egípcios em sua retaguarda, Deus divide o mar e os
israelitas o atravessam a seco. Quando os egípcios entraram, Deus
fechou as águas e eles se afogaram. Miriam leva as mulheres a
cantar e dançar para comemorar. Os israelitas começam a reclamar
da vida no deserto. Deus envia maná ao povo. Os israelitas
enfrentam os amalequitas e vencem.
Shabat TuBishevat
TuBishevat é a festa que mostra a relação do povo judeu com a
Terra de Israel. Nessa festa expressamos nosso amor pela terra,
nossa obediência pelos mandamentos que fazem referência à
terra. É a festa da renovação da natureza e da agricultura, a festa
do amor pelas árvores que nos recordam nossas raízes com o
povo na terra de Israel.
Todo ano quando chegava essa data, eram preparadas mesas
para a festa com frutas tradicionais: uvas, nozes, figos, tâmaras,
azeitonas, romãs e grãos que constituem as “sete espécies” da
terra. Com a volta do povo à sua terra, esta festa também
encontrou uma nova tradição, transformando-se num dia dedicado
ao plantio de árvores.
No século XVI, cabalistas de Safed (Tsfat) deram à festa novos
significados e criaram novos rituais para a observância da
cerimônia, semelhantes aos do seder de Pessach. Os membros
da família sentam-se ao redor de uma mesa com grande
quantidade de flores e frutas e garrafas de vinho branco e tinto.
CJנEWם
Ano XV nº 637 26 de Janeiro de 2012 15 de Shevat de 5773
Shabat Beshalach TuBishevat Shabat Shira
Em busca da verdadeira felicidade
A parashá desta semana, Beshalach, nos conta sobre a travessia miraculosa do Mar Vermelho [Yam Suf] por nossos antepassados. O Faraó, que havia enviado o povo de Israel após a décima praga, arrepende-se e sai com seu exército atrás do povo, alcançando-o às margens do Mar Vermelho. Então, os israelitas desesperaram-se, mas D’us faz um grande milagre e abre o mar em dois para a passagem dos hebreus, fechando-o em seguida sobre os perseguidores egípcios, que morreram afogados. Diante da grande salvação, os filhos de Israel alegram-se, entoando a conhecida Canção do Mar [shirat hayam], inaugurando sua longa jornada pelo deserto, em que começam a receber como alimento o fantástico Maná [Mán], que caía dos céus. Depois disso, D’us ainda faz água jorrar milagrosamente de uma pedra no deserto e faz a vitória do povo de Israel sobre a perversa nação de Amalek. Ainda assim, apesar de todos os grandes milagres ocorridos desde o Egito, o povo jamais deixou de reclamar e se queixar contra D’us e Moisés, pedindo carne, pão, água, pondo em xeque a liderança de Moises e o valor de sua liberdade. Pode parecer difícil de entender que uma geração como aquela, visivelmente libertada pela mão do próprio D’us e que presenciara um grau tão alto de revelação divina, reclamasse constantemente, já que tantas vezes já havia sido mostrado que D’us estava ao seu lado. A resposta para essa incógnita não está muito longe de nossa realidade; mesmo sem perceber, muitas vezes agimos de forma semelhante aos nossos antepassados no deserto – reclamamos. Muitos de nós, apesar de terem plenas condições materiais e não-materiais de levar uma vida longa, saudável, próspera e feliz, não o fazem. Quantas pessoas conhecemos que, mesmo nascendo e crescendo em uma família bem estruturada, tendo acesso a uma boa educação, tendo saúde, alimentando-se bem, vestindo-se bem, constituindo uma família, adquirindo amigos, viajando e se divertindo, não são felizes? Infelizmente, são muitas.
A verdadeira felicidade, trazida pela satisfação plena de aspirações e necessidades materiais e espirituais, seja em que época e em que condições seja, não depende apenas de fatores externos. A felicidade é, mais do que um aglomerado de fatos, sensações e objetos, uma busca constante que deve partir de cada indivíduo; cada um deve se esforçar ao máximo para, independentemente do que o cerca, buscar uma vida feliz e significativa. Como dizia o Rabi Nachman de Bretslav, ”o mais importante é ser feliz”.
Isso, é claro, não significa que devemos buscar apenas nossa felicidade pessoal. Ao contrário, a verdadeira felicidade está intrinsecamente ligada ao outro e à busca por um plano de relações humanas mais dignas e significativas, afinal, a felicidade só existe quando compartilhada.
Shabat Shalom David Rosenberg Krausz
Shabat Shirá
O shabat em que se lê a parashá Beshalach é conhecido por um nome especial, o Shabat Shirá, o Sábado da Canção, referindo-se a Canção do Mar que se recita na parashá desta semana. Essa canção (Az Iashir Moshe) é lida no serviço de schacharit de todos os dias levando fé e alegria ao coração de todos os judeus em todas as gerações.
Shabat na sinagoga de A Hebraica
Prédica: Breno Wasserstein Chazan: David Kullock
Musicista: Marcello Frenkiel Baalei Koré: Rony e Daniel Grabarz
Texto: Mauricio Mindrisz e David Rosenberg Krausz Ilustrações: Rubem Castro