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CJ News 45 - Nitzavim Vaielech

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Nitzavim – Vaielech Devarim 29:9 – 31:30Na primeira porção da semana, Nitzavim, Moisés descreve a aliança entre Deus e os israelitas, incitando os israelitas a defender o Pacto e honrar a Torá, para que possam ser recompensados com a vida na Terra de Israel.Na segunda parashá da semana, Vaielech, Moisés conclui seu discurso aos israelitas, abençoa Josué e orienta a comunidade a se reunir a cada sete anos para ler publicamente a Torá. Deus prevê a dispersão do povo judeu.

SelichotO mês de Elul, o mês de nossas reflexões e de preparação espiritual para as grandes festas vai chegando ao fim. Mostrando que somos capazes de qualquer coisa para que nosso sincero pedido de arrependimento seja aceito, vamos às sinagogas ao primeiro minuto deste domingo e realizamos a cerimônia de selichot. Selichá em hebraico significa desculpas, constrangimento. Queremos aproveitar o silencio da noite para que Deus ouça melhor nosso pedido de arrependimento.

Shana Tová Umetuká

Shabat na sinagoga de A HebraicaPrédica: Mauricio Cunha

Chazan: David Kullock Musicista: Beto Borger

Baalei Koré: Rony e Daniel Grabarz

CJנEW ם

Ano XV nº 66931 de Agosto de 2013 25 de Elul de 5773

Shabat Nitzavim Vaielech

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Mas ninguém perguntou se eu quero ser judeu!! – Moshe e aliança herdada

(Dvar torá escrito pelo madrich David Rosenberg Krausz e pelo chanich Daniel Zaborowsky Graicer especialmente para o kabalat shabat da Colônia da CIP)

“Não é somente com vocês que Eu estou fazendo esta aliança e este juramento, mas com quem está de pé aqui conosco hoje perante o Eterno nosso D’us, e também com quem não está aqui conosco hoje.”Com essas palavras curiosas, que aparecem no início da parashá desta semana, Moshe se dirigiu ao povo judeu no deserto, no discurso que ele fez logo antes dos nossos

antepassados entrarem na terra prometida. Nesse discurso, ele quis deixar bem claro que o povo, para garantir seu sucesso na terra que estavam prestes a conquistar e a sua continuidade como nação, deveriam permanecer fiéis a uma aliança que D’us estava fazendo com eles e com seus descendentes.O detalhe é que, com essas palavras que ele usou, Moshe não incluiu na aliança só os judeus que estavam presentes lá naquele momento, mas também todos os que viriam nas gerações futuras, ou seja, inclusive nós, que estamos aqui em 2013, estamos incluídos nesse pacto!Ele fez isso de maneira que ninguém pode dizer, mesmo hoje em dia, algo do tipo: "Moisés fez um pacto com os nossos antepassados, mas não comoso. Se não dermos o nosso consentimento, não estamos vinculados a nada". Não, não é isso. Ao contrário, independentemente da nossa vontade, somos judeus e temos que lidar com essa condição.A pergunta é: como pode ser isso? Como pode ser que estamos incluídos em uma série de obrigações que não escolhemos? Isso é tudo muito estranho, mas a verdade é que, ainda que nos incomode um pouco, isto é, ainda que seja esquisito sermos obrigados a respeitar um acordo que não assinamos, o fato é que, de maneira geral, pensando fora da Torá, também não escolhemos tudo. Apesar de fazermos muitas escolhas na vida, a maioria das situações e condições em que nos encontramos não foram escolhidas por nós.Por exemplo, será que alguém escolheu seus pais? Ou sua nacionalidade? Alguém escolheu a família na qual cresceu? Ou sua classe social? E assim por diante, são muitas as coisas que não escolhemos... O que acontece, na realidade, é que muitas coisas, no fundo, não dependem das nossas escolhas. E o que nós temos que fazer é saber lidar com o que aparece, com aquilo que não escolhemos.E com o judaísmo não é diferente; tirando raras exceções (os convertidos), ninguém escolhe ser judeu. Não existe escolha para estar sujeito ou não a cumprir as leis judaicas, ser ou não ser judeu, pois, como lemos na parashá desta semana, há 3.500 anos atrás, ao concordarem em seguir a aliança, os nossos antepassados nos incluíram nela!O que temos que fazer agora é saber como lidar com essa situação da qual não podemos fugir. A escolha que temos hoje é a de seguir ou não e de como seguir aquela velha aliança da

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qual, mesmo sem terem perguntado para nós se queríamos participar, fazemos parte.Apesar de a gente não escolher ter nascido judeu, temos nas mãos a escolha de como vamos lidar com esse fato. Como dissemos antes, não está nas nossas mãos a decisão de estarmos dentro ou fora dessa aliança, mas o que sim está nas nossas mãos é a decisão de passar isso adiante, a decisão incluir ou não as próximas gerações na aliança que recebemos.Antes de mais nada, devemos refletir sobre como deve ser a nossa forma de lidar com isso e de transmitir o que recebemos, para que a nossa geração e as que ainda estão por vir possam lidar da melhor maneira possível, uma maneira boa, profunda e atual com o nosso judaísmo!

David Rosenberg Krausz

Shabat shalom umevorach! Leshaná tová tikatevu!

Cultura Judaica NewsTexto: Mauricio Mindrisz e David Rosenberg Krausz

Ilustrações: Rubem CastroCultura Judaica News (CJנEW (םé de responsabilidade do Depto.

de Cultura Judaica de A Hebraica.

HoráriosKabalat Shabat: 6ª f. 19h30

Schacharit: Sab 10 hsMincha, Maariv e Havdalá: sab 17h30

Todos os serviços são acompanhados de um kidush