Escola Estadual Professor Pedro Reys 3 Ano B Do Ensino Mdio

Clarice Lispector

Igreja Nova Al, 07 de Outubro de 2014Clarice Lispector

Alunos : David Estcio Mariano Erica Jayne Dos Santos Fabricia Dos Santos Lima Maria Franciely De Oliveira Santos Tayslaine Bezerra Dos Santos

Trabalho solicitado pelo professor Evilasio na disciplina de Lngua portugus .

Igreja nova Al, 07 de Outubro de 2014 Biografia Nascida Haya Pinkhasovna Lispector (em russo: ) numa famlia judaica, Clarice foi a terceira filha de Pinkhas Lispector e de Mania Krimgold Lispector. Nasceu na cidade de Chechelnyk enquanto seus pais percorriam vrias aldeias da Ucrnia fugindo da perseguio aos judeus durante a Guerra Civil Russa de 1918-1920, chegando ao Brasil quando tinha um ano e dois meses de idade.1 Sempre que questionada sobre sua nacionalidade, Clarice afirmava no ter nenhuma ligao com a Ucrnia: "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: Fui carregada de colo" - e que sua verdadeira ptria era o Brasil.2

Esttua de Clarice Lispector em Recife, Pernambuco, Brasil.

A famlia chegou a Macei em maro de 1926, sendo recebida por Zaina, irm de Mania, e seu marido e tambm primo, Jos Rabin. Por iniciativa do pai, todos mudaram de nome, apenas externamente, pois continuaram com seus nomes nos registros de nascimento. Tnia, sua irm, continuou com seu nome tanto nos documentos quanto usando normalmente, pois seu nome era comum no Brasil. O pai passou a se chamar Pedro; Mania, Marieta; Leia, sua irm, Elisa; e Haya, por fim, Clarice. Pedro passou a trabalhar com Rabin, j um prspero comerciante.1 Com dificuldades de relacionamento com Rabin e sua famlia, Pedro decide mudar-se para o Recife, centro urbano mais importante da Regio Nordeste.Clarice Lispector comeou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade de Recife, onde sua famlia foi viver em 1930, onde passou parte da infncia no bairro de Boa Vista. Estudou no Ginsio Pernambucano de 1932 a 1934. Falava vrios idiomas: No Brasil, aprendeu a ler e escrever em portugus, francs e o ingls. Cresceu ouvindo no mbito domiciliar o idioma materno, o idiche, primeiro idioma que comeou a falar.Sua me morreu em 21 de setembro de 1930, quando Clarice tinha apenas nove anos, aps vrios anos sofrendo com as consequncias da Sfilis, contrada por conta de um estupro coletivo sofrido por ela durante a Guerra Civil Russa, enquanto a famlia ainda estava na Ucrnia, e guerrilheiros invadiram a residncia da famlia, como faziam em todas as casas, roubando, batendo, estuprando e matando moradores. A doena da me s foi descoberta no Brasil, por que seu pai tambm foi infectado, pois mantinha relaes com a esposa sem proteo, e por ser homem, a doena logo foi diagnosticada e curada. Como precauo, foram feitos exames na me de Clarice, e foi descoberto que ela tambm possua essa doena sexual, mas nada pde ser feito por sua me, pois a doena j estava em estgio avanado, justamente pela mulher ter maior dificuldade de um diagnstico preciso. Clarice sofreu muito com a morte da me, vendo-a definhar de dor na cama, pouco a pouco, e muitos de seus textos refletem a culpa que a autora sentia em no poder fazer nada para ajudar a me. Ela tambm desenhava figuras de milagres que salvariam sua me da morte.2No entanto, a tese de que a me teria sido vtima de estupro e, por consequncia, teria contrado sfilis, controversa, j que no h nenhum registro documental que ateste tais fatos. Alis, quem conta essa histria no Clarice Lispector. Esta, em crnica, menciona apenas que a me tinha "uma doena", mas no especifica qual doena era. A partir dessa afirmao genrica, muitas hipteses poderiam ser levantadas. Quem conta essa histria Elisa Lispector, em textos autobiogrficos. Elisa Lispector afirma que durante um pogrom (ataque a populaes judaicas) a me foi vtima de violncia - (e eram vrios os tipos de violncia praticados contra os judeus) mas no menciona que houve estupro. E afirma que a me sofria de hemiplegia (paralisia da metade do corpo), em decorrncia da violncia de bolcheviques.3 Um violento golpe traumtico poderia ter causado leso cardiovascular com alterao no crebro, provocando hemiplegia. Elisa Lispector afirma tambm que a me sofria de mal de Parkinson, que lhe causava tremores pelo corpo.4 Um terceiro registro sobre a doena da me o do atestado debito, que menciona "congesto edematosa no curso de tuberculose". Portanto, qualquer afirmao referente ocorrncia de estupro e sfilis pode ser aceita apenas como hiptese, como tantas outras hipteses que poderiam ser levantadas a partir da constatao da extrema violncia por que passou a Ucrnia nesse perodo de perseguio aos judeus.crebro, provocando hemiplegia. Elisa Lispector afirma tambm que a me sofria de mal de Parkinson, que lhe causava tremores pelo corpo.4Um terceiro registro sobre a doena da me o do atestado de bito, que menciona "congesto edematosa no curso de tuberculose". Portanto, qualquer afirmao referente ocorrncia de estupro e sfilis pode ser aceita apenas como hiptese, como tantas outras hipteses que poderiam ser levantadas a partir da constatao da extrema violncia por que passou a Ucrnia nesse perodo de perseguio aos judeus.ObraEm dezembro de 1943, publicou seu primeiro romance,Perto do Corao Selvagem. Escrito quando tinha 19 anos, o livro apresenta Joana como protagonista, a qual narra sua histria em dois planos: a infncia e o incio da vida adulta. Aliteratura brasileiraera nesta contando as dificuldades da realidade social do pas na poca. Clarice Lispector altura dominada por uma tendncia essencialmenteregionalista, com personagens surpreendeu a crtica com seu romance, seja pela problemtica de carterexistencial, completamente inovadora, seja pelo estilo solto,elpticoe fragmentrio. Este estilo de escrita se tornou marca caracterstica da autora, como pode ser observado em seus trabalhos subsequentes.Na poca da publicao, muitos associaram o seu estilo literrio introspectivo aVirginia WoolfouJames Joyce, embora ela afirme no ter lido nenhum destes autores antes de ter escrito seu romance inaugural.6A epgrafe de Joyce e o ttulo, inspirados em citao do livro de JoyceRetrato do Artista quando Jovem, foram sugeridos por Lcio Cardoso aps o livro ter sido escrito.Perto do corao selvagem ganhou o prmio daFundao Graa Aranhade melhor romance de estreia, em outubro de 1944.5Em 1946, em uma viagem aoRio de Janeiro, lana seu segundo livroO Lustre.Em 1949, lana o livro"A Cidade Sitiada", o seu terceiro romance.Em 1961,"A Ma no Escuro".Em 1964 Clarice lana dois livros:A Legio Estrangeira, uma coletnea de contos, e o romanceA Paixo segundo G.H.. Ambos os livros foram publicados pela Editora do Autor, liderada pelos amigosFernando SabinoeRubem Braga.Em 1969 "Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres".Em 1970, comea a escrever um novo livro com o ttulo deAtrs do Pensamento: Monlogo com a Vida. Mais tarde renomeado de Objeto Gritante. Finalmente lanado em 1973 com o ttulo definitivo degua Viva. O livro foi sucesso de crtica e pblico, ao ponto de o cantorCazuzao ter lido 111 vezes25.Durante a dcada de 1970, aps ser demitida doJornal do Brasil(todos os judeus que trabalhavam na publicao foram demitidos neste perodo), a autora comea a traduzir obras do francs e do ingls para a Editora Artenova. Entre as obras esto contos deEdgar Allan Poe, adaptao deO Retrato de Dorian Gray7deOscar Wilde, dois romances deAgatha ChristieeEntrevista com o VampirodeAnne Rice.2http://www.releituras.com/clispector_bio.aspEm 1974, publicou mais dois livros de contos, novamente pela Artenova:A Via Crucis do CorpoeOnde Estivestes de Noite. A primeira edio deste ltimo foi retirada de circulao porque foi colocado um ponto de interrogao no ttulo, erroneamente.5JA Via Crucislevantou polmica com seu alto carter sexual, e por no ter sido considerado altura dos outros trabalho de Clarice, a revistaVejae oJornal do Brasilchegaram a chamar a obra de "lixo".2Porm, a prpria autora no se importava com a crtica. De acordo com Clarice, o livro de contos nasceu a partir da encomenda de seu editor na Arte Nova (o poeta lvaro Pacheco), que contou trs histrias para ela, cujo assunto era "perigoso". Segundo a autora, "se h indecncias nas histrias a culpa no minha.8Nos treze contos que compem o livro, mais do que revelar os desejos inconfessveis do corpo, insinuam-se os delrios da alma crivada pelas experincias da velhice, da morte, do desejo carnal e dos momentos de fracasso.Capa da edio original de Paixo Segundo G.H.