76
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL UTILIZAÇÃO DE MISTURAS DE ÓLEOS VEGETAIS NA RAÇÃO DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL FEVEREIRO/2017

CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

  • Upload
    others

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL

UTILIZAÇÃO DE MISTURAS DE ÓLEOS VEGETAIS NA

RAÇÃO DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO

CLAUDIANA DA SILVA SOUZA

MACAÍBA/RN-BRASIL

FEVEREIRO/2017

Page 2: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

CLAUDIANA DA SILVA SOUZA

UTILIZAÇÃO DE MISTURAS DE ÓLEOS VEGETAIS NA RAÇÃO DE

SUÍNOS EM TERMINAÇÃO

Orientador: Prof. Dr. José Aparecido Moreira

MACAÍBA/RN-BRASIL

FEVEREIRO/2017

Dissertação Apresentada à Universidade Federal

do Rio Grande do Norte – UFRN, Campus de

Macaíba, como parte das exigências para a

obtenção do título de Mestre em Produção

Animal.

Page 3: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

CLAUDIANA DA SILVA SOUZA

UTILIZAÇÃO DE MISTURAS DE ÓLEOS VEGETAIS NA RAÇÃO DE

SUÍNOS EM TERMINAÇÃO

APROVADO EM ___/___/___

BANCA EXAMINADORA

____________________________________

Prof. Dr. José Aparecido Moreira (UFRN)

Orientador

____________________________________

Prof. Dra. Mônica Calixto Ribeiro de Holanda (UFRPE)

____________________________________

Prof. Dra. Janete Gouveia de Souza (UFRN)

Dissertação apresentada à Universidade Federal

do Rio Grande do Norte – UFRN, Campus de

Macaíba, como parte das exigências para a

obtenção do título de Mestre em Produção

Animal.

Page 4: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

Dedico

As pessoas mais importantes da minha vida, meus pais Maria das Graças e Francisco

Barroso e irmãos Ivone, Cristiane, Joelma, Liberato e Cicero, por todo amor e dedicação

nessa caminhada.

Page 5: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

"É graça divina começar bem.

Graça maior é persistir na caminhada certa.

Mas a graça das graças é não desistir nunca."

(Dom Hélder Câmara)

Page 6: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

AGRADECIMENTOS

Durante a realização de qualquer caminhada, contamos com a amizade, dedicação, de

inúmeras pessoas. Nesta que agora termina quero agradecer a todos.

A Deus por sempre me proteger e estar sempre presente na minha vida, dando-me

força para vencer as dificuldades e pelas conquistas sempre alcançadas.

Á minha família pelo incessante apoio, incentivo, carinho e por ser meu porto

seguro nas horas mais difíceis.

À Universidade Federal do Rio Grande do Norte e ao Programa de Pós-Graduação

em Produção Animal, por todas as oportunidades que me foram proporcionadas.

A meu orientador, Prof. Dr. José Aparecido Moreira pela oportunidade, e

competência nos ensinamentos, e confiança no desenvolvimento do trabalho de tamanha

importância.

Á equipe do Laboratório de Nutrição Animal da UFRN, Professor Emerson Moreira

Aguiar, Bruna Maria Emerenciano das Chagas pelos seus ensinamentos, paciência por

me ensinar todos os procedimentos no laboratório.

ÁLuiz, Emanuelle e Chico (Francisco) pelo carinho, amizade e pela ajuda.

Á Adriana, pela paciência, e todo o carinho e grande ajuda na realização das

análises.

Ao seu Bira por ser essa pessoa maravilhosa, amigo, paciente, e pelo amor e

competência no que faz e por sempre me ensinar que bom humor é fundamental e que

tudo vai dar certo (meu muito obrigada).

A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço, Clara, Ielmom, Ana Flávia, Gizele, Igor,

Nathalia Rocha, Natalia Martins, pela contribuição fundamental para a realização deste

trabalho.

A meu noivo João Pedro Sabino por ser meu melhor amigo, pelo carinho das tuas

palavras que me levaram a nunca desistir, pela sua paciência, dedicação e por sempre

estar comigo nas horas mais difíceis me apoiando e me dando foças.

E a todos que direta ou indiretamente contribuíram para minha formação e

realização do trabalho.

MEU MUITO OBRIGADA!

Page 7: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

UTILIZAÇÃO DE MISTURAS DE ÓLEOS VEGETAIS NA RAÇÃO DE

SUÍNOS EM TERMINAÇÃO

SOUZA, C. S. UTILIZAÇÃO DE MISTURAS DE ÓLEOS VEGETAIS NA RAÇÃO

DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO, 2016. Dissertação (Mestrado em produção animal:

Sub área: Nutrição de Monogástricos. Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

Macaíba-RN 2017.

RESUMO

Objetivou-se avaliar a adição de diferentes Blends de óleos vegetais em rações para

suínos em terminação. Foram utilizados 24 suínos machos castrados, com peso médio

inicial de 72 ± 3,4 Kg/PV em delineamento em blocos casualizados contendo quatro

tratamentos e seis repetições. Os tratamentos consistiram de: Óleo de soja - 100%; e da

combinação dos diferentes óleos formando: Blend 1- (50% óleo de soja, 25% óleo de

linhaça, 12,5% óleo de oliva e 12,5% óleo de canola); Blend 2- (25% de óleo de soja,

50% de óleo de linhaça, 12.5% oliva e 12.5 % canola); e Blend 3- (25% de óleo de soja,

12,5% óleo de linhaça, 12,5% óleo de oliva e 50% óleo de canola). Foram avaliados o

desempenho, os parâmetros quantitativos e qualitativos da carcaça, o perfil de ácidos

graxos e a viabilidade econômica das dietas. O uso dos Blends nas dietas não influenciou

o desempenho nem a qualidade da carcaça, mas aumentou o marmoreio e o rendimento

de carcaça. O perfil de ácidos graxos do lombo apresentou maiores quantidades de ácido

esteárico no Blend 3 e maior percentual de ácidos graxos insaturados nos animais do

Blend 1, o tecido adiposo apresentou maior quantidade de ácido mirístico no Blend 1 e

ácido oleico no Blend 3. A ração controle foi a mais econômica. Os Blends não

ofereceram prejuízo no desempenho e características de carcaça e melhorou o perfil de

ácidos graxos da carne.

Palavras - chave: alimentos enriquecidos, ácidos graxos poli-insaturados, produção de

suínos, qualidade de carne

Page 8: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

USE OF MIXTURES OF VEGETABLE OILS IN THE FINISHED SWINE

FEEDING RATE

SOUZA, C. S. USE OF MIXTURES OF VEGETABLE OILS IN THE FINISHED

SWINE FEEDING RATE, 2016. Dissertation (Masters in animal production: Sub area:

Nutrition Monogastric) Federal University of Rio Grande do Norte, RN Macaíba- 2017.

ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the addition of different Blends of vegetable

oils in feed for finished pigs. Twenty - four castrated male pigs with initial mean weight

of 72 ± 3.4 kg / PV were used in a randomized complete block design with four treatments

and six replicates. The treatments consisted of: Control ration - soybean oil 100%; And

the combination of the different oils forming: Blend 1- (50% soybean oil, 25% flaxseed

oil, 12.5% olive oil and 12.5% canola oil); Blend 2- (25% soybean oil, 50% linseed oil,

12.5% olive and 12.5% canola); And Blend 3- (25% soybean oil, 12.5% flaxseed oil,

12.5% olive oil and 50% canola oil). The performance, the quantitative and qualitative

parameters of the carcass, the fatty acid profile and the economic viability of the diets

were evaluated. The use of Blends in the diets did not influence the performance nor the

quality of the carcass, but increased the marbling, and the carcass yield. The profile of

fatty acids of the loin presented higher amounts of stearic acid in Blend 3 and higher

percentage of unsaturated fatty acids in the Blend 1 animals, the adipose tissue presented

greater amount of myristic acid in Blend 1 and oleic acid in Blend 3. Control was the

most economic. The Blends did not adversely affect performance and carcass

characteristics and improved the fatty acid profile of meat.

Keywords: Fortified foods, polyunsaturated fatty acids, pork production, meat quality

Page 9: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

LISTA DE TABELAS

ARTIGO

BLENDS DE ÓLEOS VEGETAIS NA DIETA DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO

Tabela 1. Composição alimentar e nutricional das rações experimentais ..................... 43

Tabela 2. Consumo de ração diário, ganho de peso diário e conversão alimentar de

suínos alimentados com rações contendo Blends de óleos vegetais . ............................ 46

Tabela 3. Parâmetros qualitativos e quantitativos de suínos alimentados com rações

contendo Blends de óleos vegetais . .............................................................................. 49

Tabela 4. Perfil de ácidos graxos (%) e relação ácido graxo saturado/insaturado

(AGS/AGI) no lombo (Longissimus dorsi) e tecido adiposo de suínos alimentados com

rações contendo Blends de óleos vegetais ...................................................................... 48

Tabela 5. Avaliação econômica das rações de suínos alimentados com rações contendo

Blends de óleos vegetais ................................................................................................. 53

Page 10: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

LISTA DE ABREVIATURAS

AGMI Ácidos graxos monoinsaturados

AGI Ácido graxo insaturado

AGS Ácido graxo saturado

AGPI Ácido graxo poli-insaturado

EPA Ácido eicosapentaenóico

DHA Ácido docosahexaenóico

AA Ácido araquidônico

DPA Ácido docosapentaenóico

LDL Lipoproteína de baixa densidade

HDL Lipoproteína de alta densidade

VLDL Lipoproteína de muito baixa densidade

LA Ácido α-linoléico

ALA Ácido linolênico

ω-3 Ácido graxo ômega - 3

ω-6 Ácido graxo ômega - 6

ω-9 Ácido graxo ômega - 9

PUFA Ácidos graxos poli-insaturados

C12:0 Ácido láurico

C24:0 Ácido lignocérico

C14:0 Ácido mirístico

C16:0 Ácido palmítico

C18:0 Ácido esteárico

C:18:1 Ácido oleico

C18:2 Ácido linoléico

C18:3 Ácido linolênico

Page 11: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

SUMÁRIO

1. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................13

1.1 CENÁRIO MUNDIAL E NACIONAL DA SUINOCULTURA.............................13

1.2 REFERÊNCIAS........................................................................................................16

2.USO DE ÓLEOS VEGETAIS NO ENREQUECIMENTO DA CARNE SUÍNA ... 167

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA- .................................................................................... 178

RESUMO...................................................................................................................... 178

ABSTRACT ................................................................................................................... 18

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 18

CLASSIFICAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS................................................................21

ÓLEOS VEGETAIS........................................................................................................22

IMPORTÂNCIA DE ALIMENTOS ENRIQUECIDOS COM ACIDOS GRAXOS

INSATURADOS PARA A SAÚDE HUMANA............................................................28

CONCLUSÃO.................................................................................................................31

REFÊRENCIAS .............................................................................................................31

3. BLENDS DE ÓLEOS VEGETAIS NA DIETA DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO388

RESUMO........................................................................................................................ 39

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 400

MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................41

RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................46

CONCLUSÃO.................................................................................................................53

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 544

APÊNDICE .................................................................................................................... 59

ANEXOS ........................................................................................................................ 62

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO NA CIÊNCIA RURAL...........................................64

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO SCIENTIA AGRICOLA.........................................70

Page 12: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

12

1. REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 CENÁRIO MUNDIAL E NACIONAL DA SUINOCULTURA

A produção de suínos no Brasil vem crescendo consideravelmente nos últimos

anos, fruto dos investimentos nos diversos elos da cadeia produtiva, tais como,

desenvolvimento de técnicas de manejo, melhoramento genético das linhagens e,

sobretudo, da nutrição animal.

A relevância na suinocultura como atividade econômica pode ser comprovada pela

produção elevada e por ser a carne mais consumida do mundo, tendo como maiores

produtores a China (54.870 mil toneladas), responsável por quase 50% de toda carne suína

produzia no mundo, seguida pela União Europeia (23.440 mil toneladas) e Estados

Unidos (10.956 mil toneladas). O Brasil (3.480 mil toneladas) ocupa a quarta posição no

ranking mundial de produção. Segundo dados recentes da Associação Brasileira de

Proteína Animal (ABPA, 2016) a produção de carne suína cresceu cerca de 14,42% entre

os anos de 2011 e 2016, como consequência, o consumo interno aumentou

significativamente.

A produção total de carne suína em 2015 representou cerca 38% do total de carnes

produzida no mundo, estes valores elevam a suinocultura como a principal responsável

pela maior oferta de proteína de origem animal. As aves representaram no mesmo ano um

equivalente a 35% sendo a segunda colocada, enquanto a carne bovina representou 21 %

ficando na terceira colocação no ranking. Os mesmos dados revelam que a produção de

carne suína teve um aumento de 42 %, sendo os países em desenvolvimento os maiores

contribuintes nesse crescimento (Mapeamento da Suinocultura Brasileira, 2016).

Com relação á produção nacional, observa-se que o ranking nacional é liderado por

Santa Catarina com número estimado em 420.488 matrizes (24% do total), seguido de

Rio Grande do Sul com 340.416 matrizes (20%), Minas Gerais, com 273.197 matrizes

(19%) e Paraná com 264.371 matrizes (16%), na soma, estes quatro estados são

responsáveis por 76% de todo rebanho de matrizes do país, o que torna a região Sul a

principal produtora de suínos do Brasil (Mapeamento da Suinocultura Brasileira, 2016).

De acordo com Saraiva (2012), o desenvolvimento na suinocultura, constitui-se em

importante fator para a economia, a adoção de linhagens geneticamente adaptadas, as

Page 13: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

13

transformações organizacionais nos diversos elos da cadeia produtiva, a aplicação dos

conceitos de bem-estar animal, rastreabilidade e segurança alimentar devem ser adotadas

para o crescimento contínuo da suinocultura.

Segundo Frigg (2012) os investimentos para desenvolvimento da suinocultura

nacional partiram de produtores e especialistas da área, com inovações na evolução

genética dos rebanhos nos últimos anos, o que auxiliou nas características de carcaça do

suíno moderno, reduzindo em 31% a gordura da carne, 10% do colesterol e 14% de

calorias, tornando a carne suína brasileira mais magra e nutritiva.

Segundo Santos et al. (2013), a cadeia produtiva da suinocultura é dependente da

grande disputa em torno dos insumos disponíveis no mercado global. Um dos entraves ao

longo dos anos está associado ao preço dos ingredientes das rações, que é variável devido

a fatores climáticos. Desta maneira, o impacto negativo sofrido pelo produtor é repassado

á indústria e para o consumidor na base da cadeia, o que impacta negativamente nas

estimativas da FAO para 2030, que seria uma elevação no consumo da carne suína em

torno de 66% em nível mundial.

Além disso, a demanda da carne suína depende do mercado internacional dos grãos

de soja e milho. O país registrou suas duas piores crises na suinocultura nos anos de 2002

e 2008, sendo a primeira causada por uma redução na quantidade demandada e aumento

no preço do milho elevando os custos de produção (MOURA et al., 2014). A segunda

crise foi associada à valorização do real em relação ao dólar, elevou um aumento da venda

do produto para o mercado interno reduzindo, consequentemente, as exportações.

Segundo de Carvalho et al. (2012) o Brasil se tornou referência mundial quando se

trata de fornecimento de grãos e produção de carnes de alta qualidade. O aumento da

participação do Brasil nos negócios internacionais associados à produção primária criou

um ambiente favorável em que, alimentos como a carne suína, são exportados em grande

escala. Os autores comentam ainda, que para atender a esses nichos de mercado, a

tendência é de que os produtores brasileiros precisarão expandir sua produção, seja por

aumento da própria estrutura de produção, ou agregando mais produtividade por área e

nesse contexto, a pesquisa e a tecnologia ocupam papel primordial.

Entre as vantagens o Brasil para ocupar espaço de destaque no cenário de carnes e

a qualidade da sua matéria prima, o baixo custo de produção, a ausência de algumas

doenças importantes que acometem o rebanho de outros países grandes produtores e a

Page 14: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

14

existência de menores problemas ambientais para a expansão da atividade quando

comparada a determinados países europeus (MIRANDA, 2005).

Nos últimos anos o consumo de carne suína aumentou significativamente passando

de um consumo de 2.419 mil toneladas em 2000 para consumo de 2.986 mil toneladas

em 2015 (aumento de 19%). Apesar da grande demanda no exterior a carne suína é pouco

consumida no Brasil, com consumo per capta de 15,1 kg/habitante, quando comparada à

carne de frango e à carne bovina (ABPA, 2016).

Com o crescimento da população mundial, urbanização e aumento de renda dos

países em desenvolvimento estima-se que haja um aumento no consumo da carne suína

estimulada pelo aumento da demanda em torno de 66% até o ano de 2030. Estas previsões

exigem dos produtores adequações para o crescimento contínuo da cadeia (FAO, 2011).

A carne é um importante produto no fornecimento de nutrientes indispensáveis para

o ser humano, no entanto os consumidores têm se mostrado mais preocupados e

interessados em consumir alimentos de alta qualidade nutricional.

Segundo Bridi et al. (2009), a carne suína apresenta excelente contribuição

nutricional na alimentação, fornecendo proteínas de alto valor biológico, atua na

formação de hormônios e enzimas. Outra importante contribuição é o seu conteúdo de

mineras, como o selênio e zinco com alta disponibilidade. Em relação aos teores de

lipídeos, a carne suína apresenta resultados de 40% de ácidos graxos saturados, 47% de

monoinsaturados e 13% de poli-insaturados.

Segundo Fávero (2002), a carne suína possui alta densidade de nutrientes o que a

torna de excelente qualidade nutricional e quando produzida com qualidade apresenta

baixos valores de ácidos graxos saturados.

A composição geral da carne suína consiste de 72% de água, 20% de proteína, 7%

de gordura, 1% de minerais e menos que 1% de carboidratos, além disso a carne apresenta

fontes importantes de vitamina B1, contendo também como vitaminas principais B2, B6,

B12, A e C é (BRAGAGNOLO et al., 2001).

No entanto, técnicas de manejo alimentar vêm sendo estudadas e praticadas por

pesquisadores e produtores a fim de suprir as exigências dos consumidores modernos por

alimentos de alto valor biológico.

Page 15: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

15

1.2 REFERÊNCIAS

ABPA. Estatísticas da Carne Suína. Associação Brasileira de Proteína Animal, 2016.

Acesso em: 13 Fev 2017.

BRAGAGNOLO, NEURA. Aspectos comparativos entre carnes segundo a

composição de ácidos graxos e teor de colesterol. 2a Conferência Internacional Virtual

sobre Qualidade de Carne Suína, Concórdia, SC. 2001.

BRIDI, A.M.; SILVA, C.A. Avaliação da carne suína. Londrina: Midiograf, 2009.

120p.

CARVALHO, P. L. C.; VIANA, D. F. Suinocultura SISCAL e SISCON: análise e

comparação dos custos de produção, Custose@gronegócioonline, v.7, n. 3, set/dez

2012.

FAO. Gasto público para el desarrollo agrícola y rural: Tendências y desafios en América

Latina. Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, 2001.

FÁVERO, J. A. Carne suína de qualidade: uma exigência do consumidor moderno. In:

CONGRESSO LATINO AMERICANO DE SUINOCULTURA, 1., 2002, Foz do

Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: Porkworld, 2002. p. 56-66.

FRIGG, C. D. A. Determinação multiclasse de resíduos de agrotóxicos e

medicamentos veterinários em carnes empregando LC-MS/MS. (Tese de Doutorado)

Universidade Federal de Santa Maria. [S.l.], p. 152. 2012.

MIRANDA, C.R. Avaliação de estratégias para sustentabilidade da suinocultura.

224p. Tese (Doutorado) Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis SC, 2005.

MOURA, A. D. et al. Relatório Complementar de Caracterização da Cadeia

Produtiva do Arranjo Produtivo da Suinocultura de Ponte Nova (MG) e Região,

Outubro 2014. Acesso em: 2 jan. 2017

SANTOS, C. H. D.; PIRES, M. C. D. C. Qual a sensibilidade dos investimentos privados

a aumentos na carga tributária brasileira? Uma investigação econométrica. Revista de

Economia Política, São Paulo, v. 29, n. 3, p. 213-231, Jul-Set 2013.

SARAIVA, M. B. Índice de desempenho competitivo da suinocultura das principais

regiões produtoras de Mato Grosso: Análise e fatores determinantes. (Dissertação de

mestrado). Cuiabá: Universidade Federal de Mato Grosso. 2012.

Page 16: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

16

2. USO DE ÓLEOS VEGETAIS NO ENREQUECIMENTO NA CARNE SUÍNA

Trabalho que será submetido à revista:

Ciência Rural

Página eletrônica:

www.ufsm.br/ccr/revista ISSN: 0103-8478

Page 17: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

17

Uso de óleos vegetais no enriquecimento da carne suína 1

Use of vegetables oils in the enrichment of pork 2

3

Claudiana da Silva SouzaI* José Aparecido MoreiraI 4

5

(I)Pós Graduação em Produção Animal, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), 6

Campus Universitário Lagoa Nova, Caixa Postal 1524, CEP 590789-900, Natal, Rio Grande 7

Norte, Brasil. E-mail: [email protected] *Autor para correspondência. 8

-REVISÃO BIBLIOGRÁFICA- 9

RESUMO 10

Fornecer carnes mais saudáveis aos consumidores tem exigido dos suinocultores 11

adequação no manejo alimentar dos animais. Dentre as características favoráveis da carne suína 12

se destaca a sua composição em ácidos graxos, que podem ser modificados a partir da 13

alimentação dos animais. Desta maneira, a manipulação nutricional adequada das rações dos 14

suínos pode reduzir os teores de ácidos graxos saturados que estão, em sua maioria, associados 15

ao aumento dos níveis séricos de colesterol e do risco de doenças coronárias em humanos. A 16

substituição de ácidos graxos saturados da dieta por ácidos graxos mono e poli-insaturados 17

através da inclusão de óleos pode ser considerada uma estratégia para agregar valor às carnes 18

destes animais. Assim, objetivou-se revisar alguns aspectos da utilização de óleos na 19

alimentação dos suínos, bem como seus efeitos sobre a qualidade da carne. 20

21

Palavras - chave: alimentos enriquecidos, ácidos graxos poli-insaturados, produção de suínos, 22

qualidade de carne 23

24

Page 18: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

18

ABSTRACT 1

Providing healthier meats to consumers has required swine farmers to be adequately 2

prepared to handle animal feeding. Among the favorable characteristics of pork, its composition 3

in fatty acids, which can be modified from the feeding of the animals, stands out, in this way, 4

the appropriate nutritional manipulation of the pork rations can reduce the levels of saturated 5

fatty acids that are in its Associated with increased serum cholesterol levels and the risk of 6

coronary heart disease in humans. The substitution of saturated fatty acids of the diet by mono 7

and polyunsaturated fatty acids through the inclusion of oils can be considered a strategy to add 8

value to the meat of these animals. This article aimed to review some aspects of the use of oils 9

in pig feed, as well as the effects on the quality of the meat. 10

Keywords: Fortified foods, polyunsaturated fatty acids, pork production, meat quality 11

12

INTRODUÇÃO 13

14

A suinocultura no Brasil vem ocupando posição de destaque como quarto maior produtor 15

mundial de carne suína e ocupa a posição desde 2005, sendo a China o maior produtor, seguido 16

da União Europeia e Estados Unidos. O consumo per capita no país é de 15 kg, o que se 17

considera muito inferior em relação aos demais países (ABIPECS, 2015). 18

A carne suína apresenta importante papel no mercado mundial, devido seu alto valor 19

nutritivo. Os principais constituintes da carne com interesse nutricional são, proteínas de alto 20

valor biológico, minerais, vitaminas e ácidos graxos monoinsaturados. A carne possui em torno 21

de 40 % de ácidos graxos saturados, 47 % de ácidos graxos monoinsaturados e 13 % de ácidos 22

graxos poli-insaturados (BRIDI et al., 2009). 23

As mudanças decorrentes nos hábitos alimentares da sociedade moderna vêm fazendo 24

com que os consumidores procurem, cada vez mais, alimentos que lhes proporcionem menores 25

conteúdos de gordura. Neste sentido, a gordura da carne suína é vista pela maioria como um 26

Page 19: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

19

componente prejudicial visto sua composição em ácidos graxos saturados (CAMPOS et al., 1

2013). 2

As quantidades ingeridas de gordura total e colesterol, assim como, o grau de saturação 3

dos ácidos graxos estão associadas à elevação do LDL-colesterol, e consequentemente, ao 4

aumento do colesterol total sanguíneo, aumentando o risco para o desenvolvimento de doenças 5

cardiovasculares em humanos (SANTOS et al., 2013). 6

Os óleos e gorduras podem ser definidos como substâncias de origem vegetal, animal, 7

insolúveis em água, solúveis em solventes orgânicos, formadas principalmente por 8

triacilgliceróis (triglicerídeos), ésteres de ácidos graxos como o glicerol, além dos fosfatídeos, 9

álcoois, hidrocarbonetos e vitaminas. Estes se diferenciam no tamanho da cadeia carbônica e 10

na presença da insaturação. Quando contém apenas ligações simples, são chamados de 11

saturados (gorduras), quando há presença de uma ou mais ligações são chamados de insaturados 12

(óleo) (SILVA et al., 2014). 13

Os ácidos graxos possuem cadeias hidrocarbonadas de comprimento variado de quatro a 14

36 carbonos e podem ser classificados pelo seu grau de saturação: saturados (AGS), contendo 15

apenas ligações simples entre os carbonos ou insaturados (AGI), contendo uma ou mais 16

insaturações (dupla ligação) na cadeia carbônica. Os ácidos graxos insaturados são divididos 17

em monoinsaturados - AGMI apresentando uma insaturação e poli-insaturados - AGPI 18

apresenta duas ou mais insaturações, que podem ser divididos em ômega-6 (ω- 6) ou linoléico 19

e ômega-3 chamado de α - linolênico (LEONARDO, 2014). 20

Os ácidos graxos alfa-linolênico (ω-3) e ácido linoléico (ω-6) uma vez em desequilíbrio 21

na dieta humana, aumenta os riscos de doenças cardiovasculares. Desta forma dietas ricas em 22

alfa-linolênico (ω-3) e ácido linoléico (ω-6) podem ser encontrados em óleos vegetais e peixes 23

de água profunda sendo ricos em ácidos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) 24

(NELSON & MICHAEL, 2011). 25

Page 20: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

20

As propriedades físicas dos ácidos graxos e dos compostos que os contém são 1

principalmente determinados pelo comprimento e pelo grau de insaturação da cadeia de 2

hidrocarboneto. O ponto de fusão também é fortemente influenciado pelo comprimento e pelo 3

grau de insaturação da cadeia hidrocarbonada. Em temperatura ambiente os ácidos graxos 4

saturados de 12:0 a 24:0 apresentam consistência cerosa, enquanto que os ácidos graxos 5

insaturados do mesmo comprimento são líquidos. Essas diferenças nos pontos de fusão são 6

derivadas de diferentes graus de empacotamento das moléculas de ácidos graxos (NELSON & 7

COX, 2002). 8

Os lipídeos mais simples constituídos a partir de ácidos graxos são triacilgliceróis, 9

também chamados de triglicerídeos, representam uma forma típica de armazenamento de 10

energia nos organismos dos animais e vegetais, portanto, têm maior importância nutricional 11

para animais onívoros como os suínos. Os triglicerídeos são lipídeos formados por três 12

compostos de ácidos graxos acoplados a uma molécula de glicerol, aqueles contendo o mesmo 13

tipo de ácido graxo em todas as três posições são classificados como triacilgliceróis simples, 14

como tripalmitina, triestearina e trioleína, respectivamente, contudo, a maioria dos 15

triacilgliceróis, apresentam ácidos graxos mistos que contêm dois ou todos os ácidos graxos 16

diferentes (SILVA et al., 2014). 17

18

Classificação estrutural dos ácidos graxos 19

20

As gorduras e óleos são reconhecidos como essenciais em dietas humanas e animal, por 21

apresentarem certos ácidos graxos, que os animais não conseguem sintetizar. O ácido graxo 22

poli-insaturado, por exemplo, é extraído de vegetais, algas marinhas e alguns peixes de água 23

fria. Este apresenta benefícios sobre os níveis de colesterol do sangue, protegendo contra 24

doenças coronárias. O ácido Alfa-linolênico é encontrado em sementes de vegetais como o 25

Page 21: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

21

linho e a colza, o ácido eicosapentaenóico (EPA, 20:5 Ômega-3), encontrados em óleos de 1

peixes, e através da dessaturação e alongamento da cadeia do ácido alfa- linolênico, estes podem 2

ser obtidos pelo homem e pelos animais, e ainda podem ser incorporados às rações de suínos 3

(BRANDÃO et al., 2005). 4

Os ácidos graxos são divididos em três classes: de cadeia curta, cadeia média e os de 5

cadeia longa. O primeiro está representado pelos ácidos butanoico (C4) e ácido hexanóico (C6), 6

o segundo pelos ácidos que possuem acima de seis até 12 carbonos, e os de cadeia longa são os 7

que possuem de 12 a 18 carbonos, tendo como principal representante o ácido linoléico que 8

possui 18 átomos de carbono e duas duplas ligações, sendo uma no carbono nove e a outra no 9

carbono 12, pertencente à família ômega- 6. 10

Os ácidos graxos poli-insaturados da família ômega-6 principalmente os ácidos linoléico 11

e da família ômega -3 ácido linolênico, são sintetizados apenas pelos vegetais. Logo, os seres 12

humanos devem consumi-los via alimentação já que não possuem enzimas endógenas capazes 13

de realizar sua biossíntese (CORSINO, 2009). 14

Segundo BESSA (1999) a classificação funcional dos ácidos graxos divide-se em três 15

classes, de acordo com seu suposto efeito no metabolismo do colesterol: hipercolesterolêmicos: 16

ácido láurico (C12:0), ácido mirístico (C14:0) e o ácido palmítico (C16:0), neutros: ácido 17

miristoléico (C14:1), ácido palmitoléico (C16:1), ácido esteárico (C18:0), ácido butírico (C4:0) 18

e ácido cáprico (C10:0) e os ácidos graxos de que ainda não se dispõe de informação suficiente 19

para inclui-los em qualquer das três classes são mantidos numa quarta classe residual como os 20

ácidos graxos não identificados e os ácidos graxos ramificados, ácido pentadecílico (C15:0), 21

ácido margárico (C17:0). 22

23

ÓLEOS VEGETAIS 24

25

Page 22: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

22

O óleo de soja apresenta grande volume de produção e comercialização. Atualmente a 1

produção brasileira está em torno de 8,074 milhões de toneladas, com uma taxa crescente média 2

anual de 2,5 % podendo aumentar para 10,2 toneladas até 2024 (FAO, 2015), sendo o segundo 3

maior produtor e exportador mundial de grão, farelo e óleo de soja. De acordo com dados 4

estatísticos da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais - ABIOVE, o consumo 5

interno de 6,521 mil toneladas e 1,665 mil toneladas de óleo direcionados para exportação 6

(ABIOVE, 2016). 7

O óleo de soja contém 15% de ácidos graxos saturados, 24% de ácidos oléico (ω-9); 54% 8

de ácido linoléico (ω-6); e 7% de ácido linolênico (ω-3) (DELBEM, 2014). O seu uso em dietas 9

de suínos é feito nas fases iniciais da creche, para matrizes no final da gestação e animais em 10

terminação, sendo utilizados como fontes energéticas nas rações, além de participarem de outras 11

funções no organismo, constituição da parede celular, formação de hormônios esteroides e 12

absorção das vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K). Os lipídeos aumentam o nível energético 13

da ração, melhoram a conversão alimentar dos animais, diminuem a pulverulência das rações e 14

reduzem as perdas de nutrientes (PUNPA, 2004). 15

A canola é a terceira oleaginosa mais produzida no mundo, de cultura anual, herbácea, 16

pertencente à família das Brassicaceae que produz grão ricos em óleo de excelente qualidade 17

para o consumo humano (ESTEVEZ et al., 2014). 18

A semente contém cerca de 45 a 50% de óleo e apresenta excelente qualidade para 19

alimentação humana por apresentar relação entre os ácidos graxos saturados, insaturados e poli-20

insaturados, o que tem instigado uma crescente demanda pelo óleo de canola no mercado 21

(BERTOL & MAZZUCO, 1998). 22

Segundo FURUYA et al. (1997) o óleo de canola apresenta altos teores de ácidos graxos 23

insaturados 58% de ácido oléico, que apresenta a capacidade de reduzir os níveis de colesterol 24

Page 23: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

23

no sangue, assim como as lipoproteínas de baixa densidade (LDL- colesterol), 22% de ácido 1

linoléico e 10% de ácido linolênico. 2

Diante disso, BERTOL et al. (2013), em estudo de enriquecimento de carne suína, 3

alimentados com diferentes níveis de inclusão de óleos vegetais (3% de óleo de soja; 3% de 4

óleo de canola e 1,5% de óleo de canola + 1,5% de linhaça), observaram que o desempenho, 5

qualidade de carcaça e de carne não sofreram influência dos tratamentos, porém, o marmoreio 6

foi mais baixo nos animais alimentados com dietas contendo óleo de canola mais linhaça, 7

resultando em maior conteúdo de ácidos graxos monoinsaturados. 8

O óleo de linhaça possui propriedades funcionais por apresentar componentes 9

fisiologicamente ativos, trazendo benefícios para a saúde como, alto conteúdo de ácido Alfa 10

linolênico (ômega-3) e lignanas que podem prevenir e controlar o câncer de mama e de pulmão, 11

efeitos estes atribuídos aos compostos que possuem atividade antioxidante, como compostos 12

fenólicos que absorvem radicais livres e inibem a cadeia de iniciação ou interrompem a 13

propagação das reações oxidativa promovidas pelos radicais livres (SILVA et al., 2010). Além 14

disso, estudos tem demostrado que o consumo de linhaça pode reduzir o colesterol total e o 15

LDL (BIERENBAUM et al., 1993). 16

A adição do óleo de linhaça nas deitas dos animais apresenta grande interesse 17

principalmente pela sua composição rica em ácidos graxos linolênico (ômega-3), como uma 18

excelente alternativa para melhorar o teor lipídico e o perfil de ácidos graxos da carne. 19

(BERNARDI et al., 2015). Dietas suplementadas com quantidades adequadas de ácidos graxos 20

poli-insaturados (PUFAS) têm sido a associadas à redução de doenças cardiovasculares, 21

neoplasias, afecções inflamatórias autoimunes e colite ulcerativas (PITA et al., 2008). 22

Dos vegetais, a linhaça é um dos mais ricos em ácidos graxos poli-insaturados, 23

apresentando elevados teores de ácidos graxos ômega-3, contendo, 50-55 % linolênico, que é 24

biologicamente precursor dos ácidos eicosapentaenóicos (EPA), docosapentaenóicos (DPA), e 25

Page 24: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

24

docosahexaenóicos (DHA). Através dos processos de dessaturação e alongamento (OLIVEIRA 1

et al., 2013). 2

De acordo NUERNBERG et al. (2005) que avaliaram a inclusão de 5% de óleo de oliva 3

e 5% de óleo de linhaça em dietas para suínos e observaram que a composição da carcaça e a 4

qualidade da carne não foram afetadas pelas dietas, porém, a dieta que continha óleo de linhaça 5

aumentou significativamente o teor relativo de ácido graxo linolênico nos músculos, mas o 6

sabor foi negativamente influenciado pela suplementação do óleo de linhaça em comparação 7

ao de oliva. De acordo com OKROUHLÁ et al. (2013) o óleo de linhaça não apresenta efeitos 8

negativos para os parâmetros quantitativos e qualitativos com dietas contendo uma 9

suplementação de 150 g/kg de linhaça, porém aumenta o teor de PUFA, (ômega-3 n-3) e reduz 10

os ácidos graxos saturados. 11

Segundo dados do Conselho Oleícola Internacional (IOOC, 2014) o consumo de azeite 12

de oliva no Brasil foi de, aproximadamente 73 milhões de toneladas em 2012/2013 com 13

aumento do consumo perca pita que passou de 150 g em 2005/2006 para 365 g 2012/2013. 14

Dentre os óleos vegetais o azeite de oliva é o único que apresenta 60 a 80% de ácidos 15

graxos monoinsaturados, ácido oleico (ômega-9) e quantidades razoáveis de ácidos graxos 16

considerados essenciais, como o ácido graxo linolênico (ômega-6) e o ácido graxo linoléico 17

(ômega-3) (OLIVEIRA et al., 2008). 18

Outros constituintes importantes presentes no azeite de oliva seriam os tocoferóis, 19

compostos fenólicos, vários minerais e vitaminas do complexo B, que lhe confere propriedades 20

nutricionais específicas. Em função dessas características o azeite de oliva apresenta benefícios 21

a saúde humana na redução da incidência de doenças crônicas não transmissíveis (enfermidades 22

cardiovasculares, hipertensão, reumatismo, osteoporose, cânceres e diabetes, quando 23

consumido com maior frequência (MELLO et al., 2012). 24

Page 25: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

25

Com a finalidade de avaliar o efeito da suplementação de azeite de oliva sobre a 1

composição de ácidos graxos na carne de frangos de corte ZHANG et al. (2013) estudaram três 2

dietas fornecidas durante 21 dias (5% de sebo; 2% de azeite de oliva + 3% de sebo e 5% de 3

azeite de oliva). E observaram que a dieta que continha 5% de azeite de oliva diminuiu os níveis 4

de ácidos graxos saturados na carne. 5

O cártamo é uma oleaginosa chamada de açafrão-bastardo, pertencente à família 6

Asteraceae, de origem Mexicana, representa uma das culturas mais antigas do mundo, por ser 7

considerada uma planta adaptada a climas quentes e secos, tolerante à salinidade e seus grãos 8

podem conter até 40% de óleo de ótima qualidade tanto para o consumo humano, quanto para 9

as indústrias (VOSOUGHKIA et al., 2011). Os principais produtores mundiais do cártamo são 10

China, Estados Unidos, México, Rússia e Índia (RURAL SEMENTES, 2010). 11

A partir da semente é possível extrair o óleo de cártamo que apresenta diversas 12

propriedades e benefícios para o consumo humano, como a presença de lignanas, óleos 13

essências como: ácido oleico 20 a 30%, ácido linolênico 70%, e baixa porcentagem de ácido 14

linolênico 3% e vitamina E (YEILAGHI et al., 2012). 15

Uma das características químicas mais importantes do óleo de cártamo é sua composição 16

com 90% ácidos graxos insaturados, o que lhe confere fatores desejáveis para óleos destinados 17

ao consumo humano (FERREIRA et al., 2011). A ingestão aumentada de ácidos graxos 18

monoinsaturados e poli-insaturados na dieta pode vir a reduzir a doença coronária, diminuir o 19

colesterol no sangue e ainda estimular o sistema imunitário (PINTÃO & SILVA, 2008). 20

O Coco pertence à família Arecaceae (Palmae) e à subfamília Cocoideae. O óleo de coco 21

apresenta em sua composição basicamente ácidos graxos saturados de cadeia média, 20% de 22

ácido mirístico (C14:0) e 40% de ácido láurico (C12:0). O óleo pode ser utilizado para bases 23

de muitos produtos farmacêuticos, produção de biocombustível através da utilização de ésteres 24

metílicos (KUMAR, 2011). 25

Page 26: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

26

As gorduras vegetais são ricas em ácidos graxos insaturados, o óleo de coco e o de palma 1

são exceções, constituído principalmente de ácidos graxos saturados, no entanto, o consumo de 2

gorduras saturadas tem sido a associado ao surgimento de dislipidemia (CHAMPE & 3

HARVEY, 1996). 4

De acordo com LIPOETO, 2004; AMARASIRI, 2006, avaliando estudos com a 5

população do Pacifico Sul e da África, cujas alimentação contém grandes quantidades de 6

ingestão de óleo de coco, em torno de 80% de ingestão diária de lipídeos, observaram que não 7

houve associação da ingestão de óleo de coco com a ocorrência de dislipidemia. KUMAR, 8

(1996), em estudo na Kerala, sul da Índia, também não observou relação de doenças cardíacas 9

com a suplementação do óleo de coco. 10

Segundo HANN et al. (2014), existem poucos estudos que asseguram o uso de óleo de 11

coco com a finalidade de diminuição de gordura corporal, sendo necessário um maior número 12

de evidências científicas que comprovem a sua suplementação com esse fim. 13

O girassol é uma planta oleaginosa que apresenta características agronômicas 14

importantes, como adaptação a climas adversos. É uma das culturas produtoras de óleo mais 15

importantes do mundo por apresentar excelente qualidade do óleo comestível, cujos grãos 16

apresentam em torno de 38 a 53% que é extraído de suas sementes (SLUSZZ & MACHADO, 17

2006). 18

O óleo de girassol possui características valiosas do ponto de vista nutricional e culinário, 19

apresentando sabor suave e aromas neutros, geralmente seu consumo se dá na forma não 20

refinada, o que mantém naturalmente a matéria insaponificável e inclui valiosos antioxidantes. 21

Possui em sua composição baixa quantidade de ácidos graxos saturados e alta composição em 22

ácidos graxos poli-insaturados em torno de 80 a 90%, entre 60-75% de ácido linoléico, 2% de 23

ácidos graxos monoinsaturados e ausência ou traços de ácido linolênico (GUNSTONE, 2005). 24

Page 27: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

27

O milho (Zea mays L.) é um dos principais cereais mais produzidos no mundo. O Brasil 1

produziu no ano 2014/2015 84,7 milhões de toneladas ocupando posição de terceiro maior 2

produtor, seguido dos Estados Unidos e China (EMBRAPA, 2015). 3

O gérmen de milho é rico em óleo, em torno de 30%, apresentando alto valor nutricional 4

e propriedades sensórias desejáveis como um leve sabor de noz (MOREAU, 2005). Os 5

principais ácidos graxos que compõem o óleo de milho são: ácido palmítico 17%, ácido 6

linoleico 62%, ácido oleico 42%, e o ácido linolênico está presente em baixas concentrações. 7

Apesar da alta insaturação, o óleo apresenta boa estabilidade oxidativa devido aos altos níveis 8

de compostos insaponificáveis que inclui os fitosteróis e tocoferóis (GUNSTONE, 2005; 9

MOREAU, 2005). Grande parte da produção do óleo de milho é utilizado na produção de 10

margarinas e o restante na culinária como frituras e saladas. 11

12

Importância de alimentos enriquecidos com ácidos graxos instaurados para saúde 13

humana 14

15

Os ácidos graxos ômega - 6 e ômega - 3 são denominados como ácidos graxos essenciais, 16

por não ser biosintetizados em animais, incluindo o homem, devido à ausência de síntese 17

enzimática e segundo KAHVECI & XU, (2011) por serem compostos indispensáveis para a 18

saúde, precisam ser obtidos por fontes dietéticas. 19

Os ácidos graxos poli-insaturados linoléico ômega 6 é o principal precursor do ácido 20

araquidônico, que consiste em maior precursor de eicosanoides responsáveis por desencadear 21

processos inflamatórios e pró-agregatórios, enquanto que o ácido linolênico é o precursor do 22

eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) estão envolvidos na formação de 23

eicosanoides de ação anti-inflamatória e antiagregatória (SINN et al., 2012). 24

Page 28: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

28

Os ácidos graxos ômega 6 e ômega 3 competem pela mesma enzima envolvidas nas 1

reações de dessaturação e alongamento da cadeia, embora essas enzimas tenham maior 2

afinidade pelos ácidos graxos da família n-3, a conversão de ácido linolênico em PUFAs é 3

fortemente influenciada pelos níveis de ácido linoléico na dieta (MARTIN et al., 2006). 4

Os ácidos graxos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) são facilmente 5

encontrados nas carnes de peixes de águas frias, dando a estes animais posição de destaque 6

quando se trata de perfil lipídico de carnes (MAHECHA, 2002). Segundo ULBRICHT e 7

SOUTHGATE (1991), dietas que contenham níveis altos de ácido esteárico (C18:0), não 8

elevam os níveis de colesterol sérico, ácidos graxos de cadeia curta, ou seja, que apresentem 9

(abaixo de 10 carbonos), não aumentam o nível de colesterol no sangue desta forma, 10

concentrações elevadas de ingestão de ácido mirístico (C14:0), palmítico (C16:0) e láurico 11

(C12:0) aumentam a concentração das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) enquanto o 12

maior consumo de ácidos graxos insaturados (AGI) apresenta efeito inverso em humanos 13

(MENSINK et al., 2003). 14

Para aumentar o teor de ácidos graxos poli-insaturados como o ácido linoléico (C18:2) e 15

linolênico (C18:3) nas dietas dos suínos faz se adição de fontes lipídicas ricas em ácidos graxos 16

insaturados, podendo melhorar a relação entre os ácidos graxos poli-insaturados: saturados, nos 17

tecidos dos animais (MOREL et al., 2006; KOUBA & MOUROT, 2011). 18

A expectativa de vida das pessoas tem aumentado com o passar dos anos e ao mesmo 19

tempo a população tem adotado hábitos alimentares mais saudáveis, buscando um equilíbrio 20

alimentar. Diante disso, novas pesquisas têm sido realizadas para promover dietas equilibradas, 21

além de suprir as necessidades básicas do organismo, e prevenirem doenças (VIDAL et al., 22

2012). 23

Dentre os ácidos graxos poli-insaturados o ácido linolênico, eicosapentaenóico (EPA) e 24

o docosahexaenóico (DHA) e ácidos graxos poli-insaturados como os ácidos linoléico e o 25

Page 29: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

29

araquidônico, se destacam por apresentarem efeitos benéficos à saúde humana (PERIRI et al., 1

2010). 2

Segundo MATTAR & OBEID (2009), os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 e 3

ômega-6 desempenham papel importante na prevenção de doenças cardiovasculares e 4

aterosclerose, assim a razão entre a ingestão diária de alimentos ricos em ácidos graxos n-3 e 5

n-6 apresentam grande importância na nutrição humana. 6

O ômega 3 é considerado alimento funcional e pode ser encontrado de diversas formas, 7

natural (animais marinhos) ou artificial (Fármacos), considerado alimento muito importante, 8

pois age no organismo reduzindo o colesterol e doenças como a asma, diabetes ajudando a 9

reduzir danos vasculares, o colesterol total, além de desempenhar importante papel nos 10

processos inflamatórios, doenças como o câncer, a hipertensão arterial, distúrbios neurológicos 11

também são beneficiados por esse nutriente (VAZ et al., 2014). 12

Os dois mais importantes ácidos graxos poli-insaturados ômega 3 são os ácidos 13

eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA), onde os mesmos diferem nos efeitos de 14

muitas de suas atividades protetoras. O ácido graxo DHA parece ser mais responsável pelo 15

efeito benéfico na redução de lipídeos e lipoproteínas, na pressão sanguínea em comparação ao 16

EPA, enquanto que a mistura de DHA e EPA mostrou reduzir significativamente a agressão 17

plaquetária, em comparação ao uso isolado do ômega 6 o DHA e EPA parecem atuar 18

sinergicamente no metabolismo dos triglicerídeos, na pressão osmótica e excitabilidade 19

cardíaca (PIOVESAN, 2010). 20

A relação dos ácidos graxos n-6/n-3 apresenta grande importância para a produção de 21

ácidos graxos de cadeia muito longa, já que relações muito elevadas tendem a diminuir a 22

produção do ácido eicosapentanóico (EPA), resultando em condições para o desenvolvimento 23

de doenças alérgicas, inflamatórias e cardiovasculares, desta forma mais estudos seriam 24

Page 30: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

30

necessários para obter-se uma relação adequada de n-6/n-3 na dieta. Alguns autores 1

recomendaram valores de 2:1 e 4:1 (MARTIN et al., 2006). 2

Segundo SANTOS-SILVA et al. (2002), a relação dos ácidos graxos é utilizada para 3

avaliar o valor nutricional do perfil de ácidos graxos da dieta, entretanto, para essa avaliação 4

são utilizados apenas estruturas químicas dos ácidos graxos, o que torna essa relação 5

inadequada por atribuir os efeitos hipercolesterolêmicos a todos os ácidos graxo saturados, e 6

ignorando os efeitos hipocolesterolêmicos dos ácidos graxos monoinsaturados (AGMI). 7

De acordo com SIMOPOULOS, (2004) o que seria recomendado entre os ácidos graxos 8

ômega-3 e ômega-6 seria uma proporção entre 10:1 até 20:1. 9

Para ZAMBOM et al. (2004) a lipoproteína LDL em altas concentrações no organismo 10

eleva ataques cardíacos enquanto a lipoproteína HDL apresenta função contraria removendo o 11

excesso de colesterol dos tecidos. 12

Diante da busca por alimentos saudáveis pelos consumidores, diversos pesquisadores 13

estão manipulando a composição dos alimentos, principalmente aqueles relacionados a 14

problemas cardíacos, para oferecer produtos considerados saudáveis, (OLIVEIRA et al., 2013). 15

16

CONCLUSÃO 17

18

Estudos comprovam que alimentação de suínos com óleos vegetais ricos em ácidos 19

graxos insaturados pode proporcionar benefícios no enriquecimento de ácidos graxos poli-20

insaturados na carne suína, considerados como essências como o ômega 6 e ômega 3 que não 21

são biosintetizados pelos animais, devendo estar presentes nas fontes alimentares. 22

23

REFERÊNCIAS 24

25

Page 31: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

31

ABIOVE. Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais. Exportações do Complexo 26

Soja - Disponível em: http://www.abiove.com.br/export.html. Acesso em 23 de Out de 2016. 27

BERNARDI, D. M. efeito da inclusão de óleo de linhaça e antioxidantes naturais no 28

desempenho e qualidade da carcaça e da carne de suínos em terminação. Anais. SIAVS 2015. 29

BERTOL, T. M. et al. Effects of genotype and dietary oil supplementation on performance, 30

carcass traits, pork quality and fatty acid composition of backfat and intramuscular fat. Meat 31

Science. v. 93, p.507-516, 2013. 32

BERTOL, T. M; MAZZUCO, H. Farelo de canola: uma alternativa protéica para alimentação 33

de suínos e aves. EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Concórdia, SC, 34

nov./1998. 35

BESSA, R. J. B (1999). Revalorização nutricional das gorduras dos ruminantes. In:Symposium 36

Europeo - Alimentación en el Siglo XXI, Editado por R. Caleroe J.M. Gómez-Nieves, Colegio 37

Oficial de Veterinarios de Badajoz, 283-313. Apud LEONARDO, Ariádne Patricia. 38

Composição dos ácidos graxos e teor de colesterol da carne de ovinos pantaneiros, 2014. 39

42f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal da Grande Dourados- UFGD, Dourados, 40

2014. 41

BIERENBAUM, M. L., REICHSTEIN, R. and WATKINS, T.R. 1993. Reducing atherogenic 42

risk in hyperlipemic humans with flax seed supplementation: A preliminary report. Journal 43

American College Nutrition. v.12, p. 501-504. 44

BRANDÃO, P. Ácidos graxos e colesterol na alimentação humana. Agropecuária Técnica, 45

v.26, n.1, p.5–14, 2005. 46

BRESSAN, M. C. Efeito do peso ao abate de cordeiros santa inês e bergamácia sobre as 47

características físico-químicas da carne. Ciência Tecnologia Alimentos, Campinas, v.21, n.3, 48

p. 293-303, set. dez. 2001. 49

BRIDI, A.M.; Silva, C.A. 2009. Avaliação da carne suína. Midiograf, Londrina, PR, Brasil 50

Page 32: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

32

CAMPOS, P. F. 2013. Suplementação de vitamina E e selênio orgânico em dietas com 51

ractopamina para suínos em terminação. 93p. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de 52

Viçosa, MG, 2013. 53

CHAMPE, P.C; HARVEY, R.A. in: Bioquímica ilustrada. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 54

1996. C ap.16 e 17, p. 169-196 55

CORSINO, J. Bioquímica. Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2009. p. 213. 56

DELBEM, N. L. C. Desempenho, rendimento de carcaça e qualidade da carne de frangos 57

suplementados com óleo de soja e antioxidantes, 2014. 52p. Dissertação (Mestrado) – 58

Universidade Estadual Paulista- Faculdade de Medicina Veterinária, Botucatu, 2014. 59

EMBRAPA MILHO E SORGO – EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA 60

AGROPECUÁRIA. Acesso em: 15 fev de 2017. 61

ESTEVEZ, R. L. et al. A cultura da canola (Brassica napus var. oleifera), Scientia Agraria 62

Paranaensis, v.13, n.1, jan./mar., p.1-9, 2014. 63

FAO. Perspectivas Agrícolas no Brasil: desafios da agricultura brasileira 2015-2024. 64

Disponível em: <http://www.fao.org>. Acesso em: 28 mar. 2016. 65

FERREIRA, A.L.A et al. Síndrome metabólica: atualização de critérios diagnósticos e impacto 66

do estresse oxidativo na patogênese. Revista Brasileira de Clínica Medica. 2011; v. 9 p.1:54-67

61. 68

FURUYA, V. R. et al. Farelo de canola na alimentação da Tilápia no Nilo (Oreochromis 69

niloticus L.), durante o Período de Reversão de Sexo. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 26, 70

n. 6, p. 1067-1073, 1997. 71

GUNSTONE, Frank D. Vegetable Oils. In: SHAHIDI, Fereidoon. Bailey's Industrial Oil & 72

Fat Products: Edible Oil & Fat Products Chemistry, Properties & Health Effects. 6. ed. New 73

Jersey: Wiley Interscience, 2005. v.1. p. 213-268. 74

Page 33: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

33

KAHVECI, D; XU, X. Repeated hydrolysis process is effective for enrichment of omega 3 75

polyunsaturated fatty acids in salmon oil by Candida rugosa lipase. Food Chemistry, v.129, 76

p.1552–1558, 2011. 77

KOUBA, M.; MOUROT, J. A review of nutritional effects on fat composition of animal 78

products with special emphasis on n-3 polyunsaturated fatty acids. Biochimie, v.93, p.13-17, 79

2011. 80

KUMAR, P.P. The The role of coconut and coconut oil in coronary heart disease in Kerala, 81

South India. Tropical Doctor . vol 27. 215-217; 1996. 82

KUMAR, P.P. Variability in coconut (Cocos nucifera L.) germplasm and hybrids for fatty acid 83

profile of oil. Journal of Agricultural Food Chemistry. v. 59, p. 13050-13058, 2011. 84

LEONARDO, A. P. Composição dos ácidos graxos e teor de colesterol da carne de ovinos 85

pantaneiros, 2014. 42p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal da 86

Grande Dourados, Dourados, 2014. 87

LIPOETO, N.I.; AGUS, Z.; OEZIL, F.; WAHLQVIST, M.; WATTANAPENPAIBOON, N. 88

Dietary intake and the risk of coronary heart disease among the coconut consuming 89

Minangkabau in West Simatra, Indonesia. Asia Pacific Journal of Clinical Nutrition. v. 13 p. 90

377 – 384, 2004. 91

MAHECHA, H. S. Importância de ácidos graxos poliinsaturados presentes em peixes de cultivo 92

e de ambiente natural para a nutrição humana. Boletim do Instituto de Pesca, v. 28, n. 1, p. 93

101-110, 2002. 94

MARTIN, C, A. et al., Ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 e ômega-6: importância e 95

ocorrência em alimentos, Revista Nutrime, Campinas v. 19, n. 6, p. 761-770, nov-dez, 2006. 96

MATTAR M, OBEID O. Fish oil and the management of hypertriglyceridemia. Nutrition 97

Health. v. 20, n.1, p. 41-9, 2009. 98

Page 34: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

34

MENSINK, R. P. et al. Effects of dietary fatty acids and carbohydrates on the ratio of serum 99

total to HDL cholesterol and on serum lipids and apolipoproteins: a meta-analysis of 60 100

controlled trials. American Journal of Clinical Nutritio. v. 77 n.11, p. 46–55, 2003. 101

MOREAU, Robert A. Corn Oil. In: SHAHIDI, Fereidoon. Bailey's Industrial Oil & Fat 102

Products: Edible Oil & Fat Products Chemistry, Properties & Health Effects. 6. ed. New 103

Jersey: Wiley Interscience, 2005. v.2. Cap. 4, p. 149-172. 104

MOREL, P. C. H.; McINTOSH, J. C.; JANZ, J. A. M., 2006. Alteration of the fatty acid profile 105

of pork by dietary manipulation. Asian-Australasian Journal of Animal Sciences, 19: 431-106

437. 107

NELSON, D. L.; COX, M. M. Lehninger: Princípios de Bioquímica. 3ªed. São Paulo: Sarvier, 108

2002, 232p. 109

NELSON, D. L.; COX.; MICHAEL, M. C. Lipídeos. Princípios de Bioquímica de Lihniger. 110

Editora Artmed. 5 p.343-370, Porto Alegre- RS, 2011. 111

NUERNBERG, K. et al. Effects of dietary olive and linseed oil on lipid composition, meat 112

quality, sensory characteristics and muscle structure in pigs. Meat Science. v.70, n.1. p. 63-74, 113

2005. 114

OKROUHLÁ, O. et al. Effect of dietary linseed supplementation on the performance, meat 115

quality, and fatty acid profile of pigs. Czech Journal Animal Science, v. 58, n. 6, p. 279–288, 116

2013. 117

OLIVEIRA, D. D. et al. Fontes de lipídios na dieta de poedeiras: efeito sobre a produção e 118

o perfil de ácidos graxos na gema, 2008. 49p. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de 119

Minas Gerais, Escola de Veterinária – UFMG, Belo Horizonte, 2008. 120

OLIVEIRA, U. L. C. Influência da dieta, sexo e genótipo sobre o perfil lipídico da carne de 121

ovinos. Archivos de Zootecnia v. 62 n. 57-72. 2013. 122

Page 35: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

35

PERIRI, J. A. L. et al. Ácidos graxos poli-insaturados n-3 e n-6: metabolismo em mamíferos e 123

resposta imune. Revista Nutrime, Campinas v. 23, n. 6, p. 1075-1086, nov-dez, 2010. 124

PINTÃO, A. N, SILVA, I. F. A verdade sobre o açafrão, Workshop Plantas Medicinais e 125

Fitoterapêuticas nos Trópicos. IICT/CCCM, 29,30, 31 de outubro de 2008. Disponível em: 126

http://www2.iict.pt/archive/doc/ A_Pintao_wrkshp_plts_medic.pdf. Acesso em: 15 fev 2017. 127

PIOVESAN, C. H. Efeito da Modificação do Estilo de Vida sobre a qualidade da dieta em 128

indivíduos com síndrome metabólica. 2010.71p. Dissertação (Mestrado) – Pontifícia 129

Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. 2010. 130

PITA, M. C. G. et al. Efeito da suplementação de linhaça, óleo de canola e vitamina e na dieta 131

sobre a oxidação dos ácidos graxos na gema dos ovos de galinhas poedeiras Brazilian Journal 132

of Veterinary Research and Animal Science. São Paulo, v. 45, suplemento, p. 27-32, 2008. 133

PUNPA, J. M. R. Óleos e gorduras na alimentação de aves e suínos. Revista Eletrônica 134

Nutritime, v.1, n.1, p.69-73, jul.-ago de 2004. 135

RURAL SEMENTES. Cártamo Usos Industriais 2010. Acesso em: 15 jan. 2017. 136

SANTOS-SILVA, J.; BESSA, R.J.B.; SANTOS-SILVA, F. Effect of genotype, feeding system 137

and slaughter weight on the quality of light lambs: Fatty and composition of meat. Livestock 138

Production Science, v. 77, n. 2, p.187-194, 2002. 139

SILVA, F. L. Desempenho e qualidade de ovos de codornas europeias (Coturnix cortunix 140

cortunix) alimentadas com dietas contendo óleo de soja ou girassol e suplementadas de 141

vitamina E. 2014.80f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Agronomia e Medicina 142

Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, 2014. 143

SILVA, M. L. C. et al. Compostos fenólicos, carotenóides e atividade antioxidante em produtos 144

vegetais. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 31, n. 3, p. 669-682, jul./set. 2010. 145

SIMOPOULOS, A. P. Ômega-6/ômega-3 essential fatty acid ratio and chronic diseases. Food 146

Reviews. International, v. 20, p.77-90, 2004. 147

Page 36: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

36

SINN, N. et al. Effects of n-3 fatty acids, EPA v. DHA, on depressive symptoms, quality of 148

life, memory and executive function in older adults with mild cognitive impairment: a 6- month 149

randomised controlled trial. British Journal of Nutrition, v.107, p.1682–1693, 2012. 150

SLUSZZ, T.; MACHADO, J.A.D. Potencialidades agronômica, econômica e social das 151

principais oleaginosas matérias-primas do biodiesel e sua adoção pela agricultura 74 familiar. 152

In: XI CONGRESSO BRASILEIRO DE ENERGIA, 2006, Rio de Janeiro. Anais... Rio de 153

Janeiro: UFRJ, v. 1, p. 1-1, 2006. 154

ULBRICHT, T.L.V.; SOUTHGATE, D.A.T. Coronary heart disease: Seven dietary 155

factors. Lancet, v.338, p.985-992, 1991. 156

VAZ, D. S. S. et al. A importância do ômega 3 para a saúde humana: um estudo de revisão. 157

Revista Uningá Review. v. 20, n. 2, p. 48-54 out-dez, 2014. 158

VIDAL, A. M. et al. A ingestão de alimentos funcionais e sua contribuição para a 159

diminuição da incidência de doenças. Cadernos de graduação. Ciências Biológicas e da 160

Saúde, Aracaju, v.1, n. 15, p.43-52 out. 2012. 161

VOSOUGHKIA M, et al. Evaluation of oil content and fatty acid composition in seeds of 162

different genotypes of safflower (Carthamustinctorius L.). Internacional Journal 163

Agricultural Sciencie Resarch. 2011; v. 21:59-66. 164

YEILAGHI, H et al. Effect of salinity on seed oil content and fatty acid composition of 165

safflower (Carthamus tinctorius L.) genotypes. Jounal of Food Chemistry.Rodasht. Vol. 130. 166

Num. 3. 2012. p. 618-625. 167

ZAMBOM, M. A. Importância das gorduras poliinsaturadas na saúde humana. Tese 168

(Doutorado), Universidade Estadual de Maringá– Maringá - PR 2004. 169

ZHANG, Z. F.; ZHOU, T. X.; KIM, I. H. Effects of Dietary Olive Oil on Growth Performance, 170

Carcass Parameters, Serum Characteristics, and Fatty Acid Composition of Breast and 171

Page 37: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

37

Drumstick Meat in Broilers. Asian Australian Journal Animal Science. v. 26, n. 3, p. 416-172

422, 2013. 173

Page 38: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

38

3. BLENDS DE ÓLEOS VEGETAIS NA DIETA DE SUÍNOS EM TERMINAÇÃO

Artigo que será submetido à Revista: Scientia Agricola.

Página eletrônica: http://www.esalq.usp.br

ISSN: 0103-9016

Page 39: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

39

Blends de óleos vegetais na dieta de suínos em terminação 1

2

Claudiana da Silva Souza1* José Aparecido Moreira1 3 4

(1)Pós Graduação em Produção Animal, Universidade Federal do Rio Grande do Norte 5

(UFRN), Campus Universitário Lagoa Nova, Caixa Postal 1524, CEP 590789-900, Natal, 6

Rio Grande Norte, Brasil. E-mail: [email protected] *Autor para 7

correspondência. 8

Resumo: Objetivou-se avaliar a adição de diferentes Blends de óleos vegetais em rações 9

para suínos em terminação. Foram utilizados 24 suínos machos castrados, com peso 10

médio inicial de 72 ± 3.4 kg/PV em delineamento em blocos casualizados contendo 11

quatro tratamentos e seis repetições. Os tratamentos consistiram de: Ração óleo de soja 12

100 %; e da combinação dos diferentes óleos formando: Blend 1- (50 % óleo de soja, 25 13

% óleo de linhaça, 12,5 % óleo de oliva e 12,5 % óleo de canola); Blend 2- (25 % de óleo 14

de soja, 50 % de óleo de linhaça, 12.5 % oliva e 12,5 % canola); e Blend 3- (25 % de óleo 15

de soja, 12,5 % óleo de linhaça, 12,5 % óleo de oliva e 50 % óleo de canola). Foram 16

avaliados o desempenho, os parâmetros quantitativos e qualitativos da carcaça, o perfil 17

de ácidos graxos e a viabilidade econômica das dietas. O uso dos Blends, nas dietas não 18

influenciou o desempenho nem a qualidade da carcaça, mas aumentou o marmoreio e o 19

rendimento de carcaça. O perfil de ácidos graxos do lombo apresentou maiores 20

quantidades de ácido esteárico no Blend 3 e maior percentual de ácidos graxos insaturados 21

nos animais do Blend 1, o tecido adiposo apresentou maior quantidade de ácido mirístico 22

no Blend 1 e ácido oleico no Blend 3. A ração controle foi a mais econômica. Os Blends 23

não ofereceram prejuízo no desempenho e características de carcaça e melhorou o perfil 24

de ácidos graxos da carne. 25

Page 40: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

40

26

Palavras - chave: alimentos enriquecidos, ácido linoléico, desempenho, qualidade de 27

carne, monoinsaturados 28

INTRODUÇÃO 29

A carne suína apresenta características nutricionais desejáveis como alto teor de 30

proteína e baixo valor calórico, com cerca de aproximadamente 7 % de gordura total. 31

(Bragagnolo et al., 2002). Nesse sentido, tem se observado um aumento do consumo de 32

carne suína na última década em cerca de 13,9 % o que estimula os pesquisadores a 33

investirem no incremento nutricional deste alimento (ABPA, 2016). 34

Uma das maneiras mais usuais utilizadas para promover mudanças no perfil lipídico 35

das carnes é a utilização de óleos ricos em ácidos graxos poli-insaturados (Teye et al. 36

2006; Realini et al., 2010; Sobol et al., 2016). Os óleos de palma, peixe, girassol, linhaça, 37

e canola são exemplos testados em rações de suínos com efeitos sobre o desempenho, 38

características de carcaça e na composição de ácidos graxos da carne, no entanto, devem 39

ser adicionados em proporções dietéticas adequadas para que o produto final seja 40

beneficiado. 41

O consumo de gordura saturada (C12:0, C14:0 e C16:0) está relacionado ao 42

aumento do nível de colesterol sanguíneo por reduzir a atividade do receptor LDL- 43

colesterol, diminuindo os níveis de LDL na corrente sanguínea. Assim, a substituição de 44

ácidos graxos saturado da dieta por ácidos graxos mono e poli-insaturados através da 45

inclusão de óleos, pode ser considerada uma estratégia indireta para melhorar o controle 46

de doenças cardiovasculares (Grundy e Denke, 1990). 47

Diante desse contexto, objetivou-se avaliar a adição de diferentes Blends de óleos 48

vegetais em rações para suínos em terminação, sobre o desempenho, os parâmetros 49

Page 41: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

41

quantitativos e qualitativos da carcaça, o perfil de ácidos graxos e a viabilidade econômica 50

o uso das dietas. 51

MATERIAL E MÉTODOS 52

O estudo foi realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Unidade 53

Acadêmica Especializada em Ciências Agrarias (UFRN-EAJ), Macaíba-RN, Brasil. 54

Todos os protocolos e procedimentos experimentais foram aprovados pelo Comitê de 55

Ética em Experimentação Animal (CEUA) da UFRN (protocolo n º. 019/2015- CEUA / 56

UFRN). 57

Os animais foram alojados em galpão experimental com piso de concreto, contendo 58

comedouros simples, e bebedouros do tipo chupeta. Foram utilizados termômetros, de 59

máxima e mínima, colocados no interior do galpão para registro diário das temperaturas 60

durante todo o período experimental, as temperaturas mínimas e máximas do período 61

foram, respectivamente, 22,3 e 32,4 ºC e a umidade relativa de 87,8. 62

Utilizou-se 24 suínos híbridos comerciais, machos castrados, com peso médio 63

inicial de 72 ± 3.4 kg/PV, durante um período de 40 dias distribuídos em delineamento 64

de blocos casualizados, com quatro tratamentos e seis repetições com um animal por 65

unidade experimental. 66

As dietas experimentais foram à base de milho, farelo de soja, farelo de trigo, núcleo 67

comercial, óleo de soja, linhaça, oliva, canola, lisina e treonina para atender as exigências 68

nutricionais estabelecidas pelas Tabelas Brasileiras de Aves e Suínos (Rostagno et al., 69

2011) (Tabela 1). As demais dietas foram constituídas da combinação de diferentes fontes 70

de óleos vegetais em substituição ao óleo de soja, compondo os seguintes Blends: Blend 71

1- 50 % de óleo de soja, 25 % óleo de linhaça, 12,5 % óleo de oliva e 12,5 % óleo de 72

canola; Blend 2- 25 % óleo de soja, 50 % óleo de linhaça, 12,5 % óleo de oliva e 12,5 % 73

Page 42: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

42

de canola; Blend 3- 25 % óleo de soja, 12,5 % óleo de linhaça, 12,5 % óleo de oliva e 50 74

% de óleo de canola. 75

Tabela 1. Composição alimentar e nutricional das rações experimentais 76

Ingredientes (%) Tratamentos

Óleo de soja Blend 1 Blend 2 Blend 3

Milho 73,152 73,152 73,52 73,152

Farelo de soja 15,130 15,130 15,130 15,130

Farelo de trigo 6,455 6,455 6,455 6,455

Núcleo comercial1 3,000 3,000 3,000 3,000

Óleo de soja 2,000 1,000 0,500 0,500

Óleo de linhaça - 0,500 1,000 0,250

Óleo de oliva - 0,250 0,250 0,250

Óleo de canola - 0,250 0,250 1,000

HCL-Lisina 0,219 0,219 0,219 0,219

L-Treonina 0,043 0,043 0,043 0,043

Total 100,00 100,00 100,00 100,00

Composição calculada

Energia metabolizável (kcal kg-1) 3,241 3,241 3,241 3,241

Proteína bruta (%) 13,532 13,532 13,532 13,532

Fósforo disponível (%) 0,106 0,106 0,106 0,106

Metionina digestível (%) 0,232 0,232 0,232 0,232

Lisina digestível (%) 0,718 0,718 0,718 0,718

Treonina digestível (%) 0,481 0,481 0,481 0,481

Sódio (%) 0,154 0,154 0,154 0,154

Cloro (%) 0,042 0,042 0,042 0,042 11Níveis de garantia por kg do produto: ácido fólico (mim) 5 mg; ácido patotênico (min) 257 mg; BHT 77 (min) 133 mg; bacitracina (min) 1.333.33 mg; biotina (mim) 3,0 mg; cálcio (mim) 230 g; cálcio (max) 240 78 g; cobalto (mim) 5,66 mg; cobre (mim) 4,000 mg; colina (mim) 3,330 mg; ferro (mim) 3,333 mg; fitase 79 (mim) 16,65 ftu; flúor (max) 332 mg; fósforo (mim) 34,6 g; iodo (mim) 33,33 mg; manganês (mim) 1,333 80 mg; niacina (mim)569 mg; selênio (mim) 10 mg; sódio (mim) 58,5 g; vitamina a (mim) 116,800 ui; vitamina 81 b1 (mim)16,7 mg; vitamina b12 (mim) 353 mg; vitamina b2 (mim) 66,7 mg; vitamina b6 (mim) 16,7 mg; 82 vitamina d3 (mim) 25,000 ui; vitamina c (mim) 833,33 ui; vitamina k3 (mim) 49 mg; zinco (mim) 3,393 83 mg. Energia metabolizável (kcal kg-1) dos óleos: soja: 8.340; Linhaça: 8.220; Oliva: 8.400; Canola: 8.340. 84

85

Os animais receberam durante o período experimental ração e a água ad libitum e 86

as rações foram pesadas periodicamente. As sobras foram pesadas para determinação do 87

consumo diário de ração. As pesagens dos animais ocorreram no início e no final do 88

experimento, para o cálculo do ganho de peso e da conversão alimentar. 89

Ao atingirem peso médio 100 ± 6.28 kg/PV os animais foram destinados ao abate. 90

Os suínos permaneceram em jejum de sólidos por período de 12 horas e foram 91

Page 43: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

43

sacrificados após insensibilização por eletronarcose sendo posteriormente escaldados, 92

depilados e eviscerados. 93

Ao final da linha de abate, as carcaças foram separadas em duas por um corte 94

longitudinal na linha dorso-lombar, mensurando-se seu comprimento do bordo cranial da 95

sínfise pubiana até o bordo crânio ventral do atlas, com auxílio de fita métrica de acordo 96

com o Método Brasileiro de Classificação de Carcaça (ABCS, 1973). As meias carcaças 97

foram pesadas individualmente e na meia-carcaça esquerda foi realizado corte no ponto 98

P2 (correspondente à projeção perpendicular da última costela a quatro cm da coluna 99

vertebral), para a exposição do músculo Longissimus dorsi e da camada de toucinho. Para 100

a tomada da espessura de toucinho e da profundidade do músculo Longissimus dorsi 101

seguindo-se a técnica descrita por Bridi e Silva (2007). 102

A espessura de toucinho foi medida em três pontos da carcaça: na altura da primeira 103

costela, na última costela e entre a última e a penúltima lombar, com auxílio de um 104

paquímetro. A medida da área de olho de lombo (Longissimus dorsi) foi realizada na 105

altura da última costela (na região de inserção da última vértebra torácica com a primeira 106

lombar) os valores foram obtidos com auxílio de um paquímetro e expressos em 107

milímetros. 108

As carcaças foram pesadas, identificadas e resfriadas em câmara fria a 4 ºC por 109

período de 24 horas a uma temperatura média de 2 ± 1 ºC para avaliação dos parâmetros 110

quantitativos foram analisados o comprimento da carcaça, espessura de toucinho, 111

espessura do toucinho P2, peso de carcaça quente, peso de carcaça resfriada, quantidade 112

de carne resfriada, peso do pernil, rendimento de carcaça, rendimento de carne, 113

rendimento de carne na carcaça fria, perda de peso no resfriamento, profundidade do 114

músculo, área de olho do lombo, área de gordura e relação carne: gordura (anexo). Para 115

Page 44: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

44

as análises dos parâmetros qualitativos foram avaliados a medida de pH, marmoreio e cor 116

do músculo, de acordo com o Método Brasileiro de Classificação de Carcaça (ABCS, 117

1973; Bridi e silva, 2009). 118

O valor de pH foi obtido com auxílio de um pHmetro portátil, com eletrodo de 119

inserção, 45 minutos e 24 horas após ao abate. A cor do músculo foi determinada usando 120

um painel de cores em uma escala de um a seis do National Pork Producers Counci 121

(NPPC, 1998), onde o valor 1 representa carnes com baixa pigmentação e o valor seis 122

indica pigmentação elevada. A avaliação de marmoreio foi realizada através de escala de 123

marmoreio que varia de um a sete, sendo que as carnes com valor um apresenta somente 124

traços de marmoreio e valor sete apresenta marmoreio excessivo (Meat Evaluation 125

Handbook, 2001). 126

A análise do perfil de ácidos graxos do tecido adiposo e do lombo (Longissimus 127

dorsi) foi realizado de acordo com a metodologia proposta por Bligh e Dyer (1959). Uma 128

mistura contendo 5 g de amostra úmida triturada da gordura, 12,5 mL de clorofórmio e 129

12,5 mL de metanol foi homogeneizada em mesa agitadora por 20 minutos, sendo em 130

seguida deixada em repouso no freezer por 16 horas à -19 ºC. Após as 16 horas, a mistura 131

foi filtrada em papel filtro e transferida para um funil de separação de 250 mL, sendo 132

adicionado posteriormente 12,5 mL de clorofórmio e 12,5 mL de solução de sulfato de 133

sódio a 2 %, agitando-se vigorosamente e deixada em repouso por duas horas. 134

Formou-se um sistema bifásico e a fase inferior, contendo os lipídeos purificados 135

diluídos em clorofórmio, foi filtrada em papel filtro contendo sulfato de sódio anidro. As 136

amostras foram armazenadas em frasco de âmbar e congeladas a -20 ºC até o momento 137

da esterificação. Após a extração, o material foi saponificado, sofreu um processo de 138

metilação, de acordo com a metodologia de Hartman e Lago (1973). 139

Page 45: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

45

O material obtido foi submetido à cromatografia gasosa (Thermo Scientific – 140

CG/FID – FOCUS) com detector de ionização de chama (FID) e coluna capilar Supelco 141

SPTM SPTM-2560 (100 m x 0,25 mm x 0,2 µm). As temperaturas do detector e do injetor 142

foram de 270 e 230 ºC, respectivamente. A programação de aquecimento da coluna foi 143

iniciada com 40 ºC por três minutos, em seguida: 180 ºC por cinco minutos a uma taxa 144

de 10 ºC/minutos, 180 ºC a 220 ºC por três minutos a uma taxa de 10 ºC/minutos, 220 ºC 145

a 240 ºC por 25 minutos a uma taxa de 20 ºC/minutos. O volume de injeção foi de 1 µl 146

com razão de Split de 1:10. O gás de arraste utilizado foi o nitrogênio. A identificação e 147

a quantificação dos picos foram feitas por comparação do tempo de retenção e da área 148

dos picos das amostras com as de padrões de ésteres metílicos de ácidos graxos (Supelco 149

37 componentes FAME Mix, ref. 47885-U). 150

A viabilidade econômica da utilização de Blends de óleos nas rações de suínos em 151

terminação foi determinada de acordo com preconizado por Bellaver et al. (1985), onde: 152

Custo da Ração (kg) = Consumo de ração x Preço por Kg de ração

Ganho de peso 153

Os cálculos do Índice de eficiência econômica (IEE) e o índice de custo médio (IC) 154

foram realizados segundo Barbosa et al. (1992) utilizando-se as seguintes equações: 155

IEE =MCe

CTei x 100 IC =

CTei

MCe x100 156

Em que: MCe = menor custo médio em ração, por quilograma de peso vivo ganho, 157

observado entre os tratamentos; CTei = custo médio do tratamento i considerado. 158

Os preços dos ingredientes (expressos em R$/ quilograma) utilizados na elaboração 159

dos custos das rações foram coletados na região de Natal no mês de março de 2015. 160

Os resultados foram submetidos à análise de variância pelo procedimento PROC 161

GLM do SAS (2004), e as médias foram comparadas pelo teste de Duncan a 5 % de 162

significância. 163

Page 46: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

46

RESULTADOS E DISCUSSÃO 164

O desempenho dos suínos alimentados com as diferentes misturas de óleos vegetais 165

não apresentou efeito (P>0,05) entre os tratamentos (Tabela 2), possivelmente este evento 166

ocorreu devido as dietas terem sido isoenergéticas, resultando em teores de energia 167

adequados a exigência animal em todos os tratamentos, não afetando os parâmetros de 168

desempenho. 169

Tabela 2. Consumo de ração diário, ganho de peso diário e conversão alimentar de suínos 170

alimentados com rações contendo Blends de óleos vegetais 171

Variáveis Tratamentos

CV (%) Óleo de soja Blend 1 Blend 2 Blend 3

Peso inicial (kg) 72,33 72,33 72,16 72,00 4,85

Peso final (kg) 109,16 105,16 105,00 106,00 5,29

Ganho de peso (kg dia-1) 0,94 0,84 0,84 0,87 12,77

Consumo de ração (kg dia-1) 2,75 2,70 2,46 2,68 9,70

Conversão alimentar (kg kg-1) 2,92 3,21 2,93 3,08 9,87 Óleo de soja: 100 %; Blend 1- 50 % óleo de soja; 25 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de oliva e 12,5 % óleo 172 de canola; Blend 2- 25 % óleo de soja; 50 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de oliva; 12,5 % de canola; Blend 173 3- 25 % óleo de soja; 12,5 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de oliva e 50 % óleo de canola. 174 175

Entretanto alguns autores (Santos et al. 2008; Almeida et al., 2009; Murakami et 176

al., 2010), observaram efeito negativo do óleo de linhaça sobre o consumo de ração, todos 177

associados a fatores sensoriais como odor e sabor fortes, o que é bastante diferente do 178

óleo de soja utilizado usualmente nas dietas de suínos. Provavelmente as quantidades de 179

óleo de linhaça usados no presente ensaio não foram capazes de modificar a palatabilidade 180

das dietas, não influenciando o consumo de ração e a conversão alimentar dos animais. 181

Os resultados obtidos no presente estudo estão em consonância com os encontrados 182

por Bertol et al. (2013) que avaliaram o enriquecimento da carne suína com ácidos graxos 183

da família ômega-3 (ácido alfa linolênico) através da suplementação da dieta com óleo de 184

soja, óleo de canola e óleo de canola + óleo de linhaça e observaram que a combinação 185

Page 47: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

47

destes óleos não influenciaram o desempenho dos suínos na fase de terminação. No 186

mesmo sentido, Bečková Václavková (2010) e Nuernberg et al. (2005) também não 187

observaram nenhum efeito significativo sobre o ganho de peso dos suínos alimentados 188

com rações contendo óleo de linhaça. 189

Os resultados do presente estudo corroboram com os encontrados por Sobol et al. 190

(2016) que avaliaram dieta enriquecida com a mistura de 2 % de óleo de linhaça, 0,5 % 191

de óleo de canola e 5 % de óleo de peixe para suínos em terminação e não observaram 192

diferenças no desempenho. 193

Por outro lado, Okrouhlá et al. (2013) observaram efeitos na conversão alimentar 194

quando incluíram 150 g de óleo de linhaça na dieta dos suínos. Esses autores explicam 195

que isso pode ter ocorrido devido ao aumento do valor energético da dieta já que a ração 196

foi formulada para atender as necessidades energéticas do animal e só depois 197

suplementada com o óleo de linhaça. O que ajuda a explicar a divergência dos resultados 198

entre os dois trabalhos. 199

Os parâmetros de qualidade de carne, pH, cor do músculo, rendimento de carcaça, 200

quantidade de carne resfriada, quantidade de carne na carcaça, não foram influenciadas 201

(P>0,05) pelos Blends como apresentado na Tabela 3, exceto para a marmoreio que foi 202

maior para os animais que receberam as dietas que continham os Blends, sugerindo que 203

as combinações de óleos ricos em ácidos graxos poli-insaturados influenciam na 204

deposição de gordura intramuscular da carne. 205

Segundo Crespo e Esteve-Garcia, (2002), os ácidos graxos poli-insaturados, 206

especialmente os n-3, são preferencialmente depositados em fosfolipídios das 207

membranas, diferentemente dos ácidos graxos saturados que, quando consumidos em 208

Page 48: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

48

excesso, são depositados como triglicerídeos nos tecidos gordurosos o que não foi 209

observado no presente estudo. 210

Tabela 3. Parâmetros qualitativos e quantitativos de suínos alimentados com rações 211

contendo Blends de óleos vegetais 212

Médias seguidas de letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente pelo teste de Duncan ao nível 213 de 5 % de significância. Óleo de soja 100 %; Blend 1- 50 % óleo de soja; 25 % óleo de linhaça; 12,5 % 214 óleo de oliva e 12,5 % óleo de canola; Blend 2- 25 % óleo de soja; 50 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de 215 oliva; 12,5 % de canola; Blend 3- 25 % óleo de soja; 12,5 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de oliva e 50 % 216 óleo de canola. 217 218

O teor de marmoreio da carne pode ser visto como ponto positivo por ser um 219

atributo importante da qualidade da carne porque está associado com a suculência, maciez 220

e sabor. De acordo com Bridi e Silva (2009) que preconizam que níveis de gordura abaixo 221

de 2 % são prejudiciais a qualidade da carne, desta maneira, a gordura intramuscular 222

exerce extrema importância na conservação da mesma, além de melhorar a suculência, 223

sabor e maciez. 224

Variáveis Tratamentos

CV (%) Óleo de soja Blend 1 Blend 2 Blend 3

Parâmetros qualitativos

pH45 6,36 6,59 6,33 6,42 3,19

pH24 5,41 5,45 5,45 5,43 0,88

Cor 2,83 3,33 3,17 3,17 19,31

Marmoreio 1,00B 2,00A 2,00A 1,83A 35,85

Parâmetros quantitativos

Peso da carcaça quente (kg) 85,28 81,60 83,20 83,11 5,22

Peso da carcaça resfriada (kg) 84,31 80,90 81,51 82,28 5,54

Quantidade de carne resfriada (kg) 51,76 49,66 50,58 50,59 4,46

Peso do pernil (kg) 13,13 12,61 12,90 12,88 5,44

Rendimento de carcaça (%) 78,08AB 77,56B 79,25A 78,38AB 1,35

Rendimento de carne (%) 60,57 60,49 60,52 60,54 0,11

Rendimento de carne na caraça fria (%) 66,37 66,15 66,24 66,32 0,51

Perda de peso no resfriamento (%) 0,96 0,70 1,68 0,83 1,25

Comprimento de carcaça (cm) 101,91 99,83 101,33 100,83 2,46

Espessura de toucinho (mm) 28,18 26,60 28,50 27,88 12,98

Espessura de toucinho no P2 (mm) 16,30 19,00 17,72 16,87 28,62

Profundidade de músculo (cm) 6,66 6,07 6,28 6,35 7,57

Área de olho de lombo (cm2) 47,92 42,31 42,89 45,13 10,71

Área de gordura (cm) 21,33 22,09 21,98 20,83 26,15

Relação carne: gordura (cm2) 2,30 2,30 2,00 2,30 33,62

Page 49: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

49

Em estudo realizado por Bertol et al. (2013), foram testados 3 % de diferentes fontes 225

lipídicas (soja; canola e canola + linho) na dieta de suínos. Os pesquisadores concluíram 226

que a adição de diferentes óleos na ração não influenciou a qualidade de carne, porém 227

houve efeito na marmorização que foi menor na dieta com linhaça e canola diferindo dos 228

resultados do presente estudo. 229

Nuernberg et al. (2005), assim como nesse estudo, não observaram influência da 230

suplementação de azeite de oliva e óleo de linhaça na ração, sobre os parâmetros de 231

qualidade de carne. Kouba et al. (2003) adicionaram óleo de linhaça nas rações de fêmeas 232

Duroc e também notaram que as características de carcaça dos animais não sofreram 233

influência dos tratamentos estudados, semelhantes aos resultados verificados neste 234

trabalho. 235

Os Blends não influenciaram (P>0,05) os parâmetros de carcaça, como peso de 236

carcaça quente e fria, comprimento da carcaça, espessura de toucinho, profundidade de 237

lombo, peso do pernil, área de olho de lombo, gordura e relação carne gordura. 238

Avaliando os efeitos de três óleos (óleos de semente de palma, palma e soja) e dois 239

níveis de proteína (alta e baixa) sobre o desempenho e qualidade de carne em suínos Teye 240

et al. (2006), e observaram que não houve efeito significativo para qualidade da carcaça 241

em função dos tipos de óleos utilizados. 242

Realini et al. (2010), adicionaram 3 % de cinco fontes lipídicas diferentes (Sebo, 243

linhaça, peixe, girassol e girassol alto oleico), na dieta de suínos e também não 244

observaram efeitos sobre a qualidade de carcaça. 245

Observou-se diferença (P<0,05) no rendimento de carcaça em que os animais 246

alimentados com o Blend 2, apresentaram maior rendimento junto aos animais 247

alimentados com rações contendo Blend 3 e dieta controle. 248

Page 50: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

50

O melhor rendimento de carcaça com o Blend 2 pode ter ocorrido em função da 249

natureza lipídica na dieta, atuando no metabolismo dos animais sobre a partição de 250

nutrientes, principalmente para os ácidos graxos poli-insaturados que são absorvidos mais 251

facilmente promovendo, desta forma, melhor rendimento de carcaça. Estes resultados 252

contrariam os encontrados por Sobol et al. (2016) que avaliaram três fontes de óleos 253

vegetais (2 % óleo de linhaça; 0,5 % Canola e 0,5 % de Peixe) não observaram efeito para 254

rendimento de carcaça de suínos nas fases de crescimento e terminação. 255

A análise do perfil de ácidos graxos do lombo (Longissimus dorsi) (Tabela 4) 256

demonstrou que a combinação dos Blends de óleos não modificou o perfil dos ácidos 257

láurico, mirístico palmítico e palmitoléico, mas foi capaz de modificar (P<0,05) o perfil 258

do ácido esteárico, à medida que se aumentava os teores de óleo de linhaça e canola na 259

dieta, o Blend 3 foi o que apresentou maior conteúdo na carne. A quantidade de ácidos 260

graxos insaturados também apresentou diferença (P<0,05) entre os tratamentos 261

estudados, com os melhores resultados no corte dos animais alimentados com o Blend 2 262

seguido daqueles da dieta controle, Blend 3 e Blend 1 respectivamente. Apesar do perfil 263

de ácidos graxos insaturados ter sido influenciado pela dieta, estes não foram capazes de 264

promover modificação (P>0, 05) na relação AGS/AGI. 265

Dentre os ácidos graxos saturados, o esteárico tem sido o principal alvo de estudos 266

ao longo das últimas décadas devido a sua ação neutra no organismo animal, segundo 267

Martin et al. (2006) o ácido esteárico (C18:0) é o principal substrato para síntese do ácido 268

oleico, reação que é catalisada pela enzima ∆-9 dessaturase presente apenas nos 269

mamíferos. Desta maneira, o enriquecimento da carne de suínos com C18:0 pode 270

promover benefícios indiretos aos humanos. 271

Page 51: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

51

Tabela 4. Perfil de ácidos graxos (%) e relação ácido graxo saturado/insaturado 272

(AGS/AGI) no lombo (Longissimus dorsi) e tecido adiposo de suínos alimentados com 273

Blends de óleos vegetais 274

Médias seguidas de letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente pelo teste de Duncan ao nível 275 de 5 % de significância. Óleo de soja 100 %; Blend 1- 50 % óleo de soja; 25 % óleo de linhaça; 12,5 % 276 óleo de oliva e 12,5 % óleo de canola; Blend 2- 25 % óleo de soja; 50 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de 277 oliva; 12,5 % de canola; Blend 3- 25 % óleo de soja; 12,5 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de oliva e 50% 278 óleo de canola. 279

280

Outro benefício associado à ingestão de alimentos ricos em C18:0 está relacionado 281

à redução da absorção do colesterol, diferente dos ácidos graxos saturados 282

hipercolesterolêmicos (láurico, mirístico e palmítico), o C18:0 não suprime os receptores 283

Variáveis Tratamentos

CV (%) Óleo de soja Blend 1 Blend 2 Blend 3

Lombo

C12:0 Láurico 0,102 0,107 0,098 0,092 24,71

C14:0 Mirístico 0,690 0,773 0,797 0,665 32,32

C16:0 Palmítico 20,436 20,855 20,845 21,477 7,30

C16:1 Palmitoleico 1,515 1,391 1,426 1,372 26,30

C18:0 Esteárico 10,547B 10,815AB 11,414AB 11,757A 8,17

C18:1 n9C Oleico 25,192 24,354 27,501 25,694 14,80

C18:1 n9T Elaídico 0,145 0,153 0,147 0,187 31,84

C18:2 n6C Linoleico 21,824 20,606 19,986 20,151 16,45

C18:2 n6T Linolelaídico 0,146 0,145 0,40 0,163 21,30

C18:3 n6 γ-Linolênico 0,557 0,572 0,664 0,702 28,06

AGS 30,983 32,103 32,482 33,235 6,68

AGIN 48,532AB 46,046A 48,752B 47,112 AB 4,28

AGS/AGIN 1,553 1,445 1,500 1,413 7,49

Tecido adiposo

C12:0 Láurico 0,104 0,177 0,141 0,137 59,40

C14:0 Mirístico 1,076A 1,655B 1,256A 1,379AB 19,49

C16:0 Palmítico 24,003 22,871 22,987 22,828 16,09

C16:1 Palmitoleico 1,245 1,813 1,445 1,447 30,51

C18:0 Esteárico 16,016 16,181 15,853 14,867 14,40

C18:1 n9C Oleico 31,727B 34,379AB 35,925A 38,003A 9,24

C18:1 n9T Elaídico 0,194 0,162 0,147 0,143 40,73

C18:2 n6C Linoleico 17,109 17,150 15,269 14,596 18,28

C18:2 n6T Linolelaídico 0,261 0,284 0,234 0,240 21,77

C18:3 n6 γ-Linolênico 0,557 0,572 0,664 0,702 28,17

AGS 40,838 40,707 40,096 39,075 12,04

AGIN 50,081 47,827 53,810 54,219 12,63

AGS/AGIN 1,270 1,351 1,345 1,415 16,26

Page 52: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

52

de LDL e, consequentemente, não contribui para o aumento nos teores de colesterol 284

circulante (Schneider et al., 2000). 285

O uso dos Blends de óleos vegetais não alterou (P>0,05) a concentração de ácidos 286

graxos no toucinho dos suínos, exceto para o ácido mirístico (C14:0) e ácido oleico 287

(C18:1 n9C) que demonstraram maior deposição nos cortes dos animais que consumiram 288

as dietas com o Blend 1, Blend 3, Blend 2 e dieta controle, e Blend 3, Blend 2, Blend 1, e 289

dieta controle, respectivamente. A incorporação de ácido oleico em tecidos de suínos 290

através da manipulação da ração também foi verificada por Teye et al. (2005) e 291

Mithaothai et al. (2006) corroborando com os resultados do presente estudo, os autores 292

relatam ainda, que a manipulação das dietas deve ser estimulada para que os limites de 293

inclusão dos óleos seja estabelecida e assim possa se produzir carnes mais saudáveis. 294

O aumento no percentual de ácido oleico pode ter sido provocado pela maior 295

inclusão de óleo de canola no Blend 3 (50 %), produto rico em ácidos graxos poli-296

insaturados e que apresenta cerca de 61 % de ácido oleico em sua composição (Johnson 297

et al., 2007). A deposição de C18:1 no corte de suínos pode ser vislumbrado como ponto 298

positivo, pois o ácido oleico presente nos alimentos pode trazer benefícios à saúde 299

humana. Em revisão realizada sobre os benefícios da alimentação rica em óleo de canola, 300

Lin et al. (2013) revelaram que este alimento proporciona significativas reduções no nível 301

de colesterol e no LDL, bem como ações positivas no aumento dos níveis de tocoferol e 302

melhora da sensibilidade à insulina. 303

A análise de viabilidade econômica demostrou diferença (P<0,05) entre todas as 304

variáveis analisadas entre os tratamentos (Tabela 5). 305

306

Page 53: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

53

Tabela 5. Avaliação econômica das rações de suínos alimentados com rações contendo 307

Blends de óleos vegetais 308

Variáveis Tratamentos

CV (%) Óleo de soja Blend 1 Blend 2 Blend 3

Custo da ração (R$/kg) 1,83C 2,86AB 3,18A 2,45B 10,58

Índice de custo 100,00C 156,02AB 173,46A 133,66B 10,57

Índice de eficiência econômica 101,57A 65,68BC 58,25C 76,03B 8,84 Médias seguidas de letras diferentes na mesma linha diferem estatisticamente pelo teste de Duncan ao nível 309 de 5 % de significância. Óleo de soja 100 %; Blend 1- 50 % óleo de soja; 25 % óleo de linhaça; 12,5 % 310 óleo de oliva e 12,5 % óleo de canola; Blend 2- 25 % óleo de soja; 50 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de 311 oliva; 12,5 % de canola; Blend 3- 25 % óleo de soja; 12,5 % óleo de linhaça; 12,5 % óleo de oliva e 50 % 312 óleo de canola. 313 314

O custo médio foi mais elevado com o fornecimento das rações contendo os Blends. 315

O Blend 1, Blend 2 e Blend 3 elevaram o custo das rações em 55 %, 73 % e 33 %, 316

respectivamente, quando comparado à dieta controle. O Blend 2 apresentou maior custo 317

da ração, isto pode ser explicado pela maior concentração de óleo de linhaça na dieta (50 318

%), representando o óleo de maior valor. 319

Os melhores resultados econômicos, medidos pelos índices de eficiência econômica 320

e de custo, foram obtidos com a dieta controle, seguida pela dieta contendo o Blend 3, 321

Blend 1 e Blend 2, respectivamente. Assim como o custo médio da ração o óleo de linhaça 322

impactou negativamente o índice de eficiência econômica, a medida que sua quantidade 323

foi reduzida nos Blends esta variável foi consequentemente melhorada. 324

Ressalta-se, contudo, que os custos com as rações experimentais vão variar de 325

acordo com preços dos ingredientes, que continuamente têm seus valores modificados, 326

podendo em alguns períodos do ano se tornarem mais acessíveis. 327

CONCLUSÃO 328

A adição de Blends de óleos vegetais não prejudica o desempenho nem as características 329

de carcaça de suínos em terminação. O Blend 3 foi o melhor, pois enriqueceu a carne com 330

Page 54: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

54

ácido esteárico e ômega-9, o mesmo, apresentou maior valor, mas os benefícios do 331

enriquecimento tornam o produto viável por agregar valor ao produto. 332

REFERÊNCIAS 333

Almeida, A.P.S.; Pinto, M.F.; Poloni, L.B.; Ponsano, E.H.G.; Garcia Neto, M. 2009. 334

Effect of consumption of vitamin E line Effect of consumption of line oil and vitamin E 335

performance and characteristics of carcasses of broilers. Arquivo Brasileiro de 336

Medicina Veterinária e Zootecnia 6: 698-705 (in Portuguese, with abstract in English). 337

American Meat Science Association [AMSA]. 2001. Meat evaluation handbook. Savoy: 338

83-116. 339

Brazilian Association of Pig Breeders [ABCS]. 1973. Brazilian classification of 340

carcasses. 2ed. ABCS, Estrela, RS, Brasil. 341

Barbosa, H.P.; Fialho, E.T.; Ferreira, A.S.; Lima, G.J.M.; Gomes, M.F.M. 1992. Swine 342

triglyceres in the early stages of growth, growth and finishing. Revista da Sociedade 343

Brasileira de Zootecnia 21: 827-37 (in Portuguese, with abstract in English). 344

Bellaver, C.; Fialho, E.T.; Protas, J.F.S. 1985. Malt starch in feed for growing and 345

finishing pigs. Pesquisa Agropecuária 20: 969-974 (in Portuguese, with abstract in 346

English). 347

Bertol, T.M.; Campos, R.M.; Ludke, JV.; Figueiredo, E. A.; Coldebella, A .; Santos 348

Filho, J.I.; Kawski, V.L.; Lehr, N.M. 2013. Effects of genotype and dietary oil 349

supplementation on performance, carcass traits, pork quality and fatty acid composition 350

of backfat and intramuscular fat. Meat Science 93: 507–516. 351

Bridi, A.M.; Silva, C.A. 2009. Avaliação da carne suína. Midiograf, Londrina, PR, 352

Brasil (in Portuguese). 353

Page 55: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

55

Bridi, A.M.; Silva, C.A. Métodos de avaliação de carcaça e da carne suína Midiograf, 354

Londrina, PR, Brasil (in Portuguese). 355

Colmenero, F.J.; Carballo, J. and Cofrades, S. 2001. Healthier meat and meat products: 356

their role as functional foods. Meat Science 59: 5-13. 357

Costa, F.G.P; Souza, C.J; Goulart, C.C; Lima Neto, R.C.; Costa, J.S; Pereira, W.E. 2008. 358

Performance and egg quality of semidried hens fed diets containing soybean and canola 359

oils. Revista Brasileira de Zootecnia: 37 1412-1418 (in Portuguese, with abstract in 360

English). 361

French, P.; O'riordan, E.G.; Monahan, F.J.; Caffrey, P.J.; Moloney, A.P. 2003. Fatty acid 362

composition of intra-muscular triacylglycerols of steers fed autumn grass and 363

concentrates. Livestock Production Science: 81 307-317. 364

Gibson, R.A.; Makrides, M. 2000. n-3 polyunsaturated fatty acid requirements of term 365

infants. American Journal Clinical Nutrition 71: 251-255. 366

Herdmann, A.; Martin, J.; Nuernberg, G.; Wegner, J.; Dannenberger, D.; Nuernberg, K. 367

2010. How do n-3 fatty acid (short-time restricted vs unrestricted) and n-6 fatty acid 368

enriched diets affect the fatty acid profile in different tissues of German Simmental bulls? 369

Meat Science 86: 712-719. 370

Hartman, L.; Lago, B.C.A. 1973. A rapid preparation of fatty methyl esters from lipids. 371

Laboratory Practice 22: 475-477. 372

Grundy, S.M.; Denke, M.A. Dietary influences on serum lipids and lipoproteins. 1990. 373

The Journal of Lipid Research 31: 1149-1172 374

Kouba, M.; Enser, M.; Whittington, F.M.; Nute, G.R.; Wood, J.D. 2003. Effect of a high-375

linolenic acid diet on lipogenic enzyme activities, fatty acid composition, and meat 376

quality in the growing pigs. Journal of Animal Science 81: 1967-1979. 377

Page 56: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

56

Lima, F.E.L.; Menezes, T.N.; Tavares, M.P.; Szarfarc, S.C. e Fisberg, R.M. 2000. 378

Fatty acids and cardiovascular diseases: a review. Revista Nutraime 13: 73-80. 379

Martins, F.; Pinho, O.; Ferreira, O. 2004. Functional Foods: Concepts, Definitions, 380

Applications and Legislation. Alimentação Humana 20: (in Portuguese). 381

Moraes, F.P.; COLLA, L.M. 2006. Functional and Neutraceutical Foods: Definitions, 382

Legislation and Health Benefits. Revista Eletrônica de Farmácia 3: 109-122 (in 383

Portuguese, with abstract in English). 384

Murakami, K.T.T.; Pinto, M.F.; Ponsano, E.H.G.; Garcia Neto, M. 2010. Productive 385

performance and meat quality of broilers fed with flaxseed oil. Pesquisa Agropecuária 386

Brasileira 45: 401-407 (in Portuguese, with abstract in English). 387

NPPC. 1998. Pork quality targets. Des moines. IA National Pork Producers Councial, 388

pp. 1-2. 389

Nuermberg, K.; Fischer, K.; Nuernberg, G.; Kuechenmeister, U.; Klosowska, D.; Wenda, 390

G.E.; Fiedler, I.; Ender, K. 2005. Effects of dietary olive and linseed oil on lipid 391

composition, meat quality, sensory characteristics and nuscle structure in pigs. Meat 392

Science 70: 63-74. 393

Okrouhlá, M.; Stupka, R.; Citek, J.; Sprysl, M.; Brzobohaty, L. 2013. Effect of dietary 394

linseed supplementation on the performance, meat quality, and fatty acid profile of pigs. 395

Czech Journal, of Animal Science 58: 279-288 396

Ramos, E.M.; Gomide, L.A.M. 2007.Textura e maciez da carne p.438-444. In: Ramos, 397

E.M; Gomide, L.A.M eds. Avaliação da qualidade de carnes, fundamentos e 398

metodologias, Viçosa, MG, Brasil. 399

Page 57: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

57

Realini, C.E.; Duran-Montgé, P.; Lizardo, R.; Gispert, M. Oliver, M. A.; Esteve-Garcia, 400

E. 2010. Effect of source of dietary fat on pig performance, carcass characteristics and 401

carcass fat content, distribution and fatty acid composition. Meat Science 85: 606-12. 402

Rioux, V.; Legrand, P. 2007. Saturated fatty acids: simple molecular structures with 403

complex cellular functions. Current Opinion Clinical Nutrition Metabolic Care, 10: 404

752-775. 405

Rostagno, H. S., 3ed. 2011. Brazilian Poultry and Pork Tables: Food composition and 406

nutritional requirements. Viçosa, MG, Brasil 407

Santos, C.; Cambero, M.I.; Cabeza, M. C.; Ordónez, J. A. 2008. Enrichment of Dry-cured 408

Ham with α-linolenic Acid and α-tocopherol by the Use of Linseed Oil and α-tocopheryl 409

Acetate in Pig Diets. Meat Science, Barking 80 : 668-674. 410

Sobol, M.; Raj, S.; Skiba, G. 2016. Effect of fat content in primal cuts of pigs fed diet 411

enriched in n-3 polyunsaturated fatty acids on health-promoting properties of pork. 412

Journal of Animal and Feed Sciences 25: 20-28. 413

Teye, G.A.; Sheard, P.R.; Whittington, F.M; Nute, G.R.; Stewart, A.; Wood, J.D. 2006. 414

Influence of dietary oils and protein level on pork quality. 1. Effects on muscle fatty acid 415

composition, carcass, meat and eating quality. Meat Science 73: 157-165. 416

Wood, J.D.; Richardson, R.I.; Nute, G.R.; Fisher, A.V.; Campo, M.M.; Kasapidou, E.; 417

Sheard, P.R.; Enser, M. Effect of fatty acids on meat quality: a review. Meat Science: 66 418

21-32. 419

Schneider. C.L.; Cowles. R. L.; Stuefer-Powell. C.L. 2000. Dietary stearic acid reduces 420

cholesterol absorption and increases endogenous cholesterol excretion in hamsters fed 421

cereal-based diets. Jornal of Nutrition 130: 1232- 1238. 422

Page 58: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

58

Johnson, G.H.; Keast, D.R.; Kris-Etherton, P.M. 2007. Dietary modeling shows that the 423

substitution of canola oil for fats commonly used in the United States would increase 424

compliance with dietary recommendations for fatty acids. Jornal of the Americam 425

Dietetic Association107:1726–1734. 426

Martins, C.A.; Almeida, V.V.; Ruiz, M.R.; Visentainer, J.E.L.; Matshushita, M.; Souza, 427

N.E.; Visentainer, J.V. 2006. Ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 e ômega-6: 428

importância e ocorrência em alimentos, Revista Nutrime, Campinas 26: 153-156. 429

Lin, L.; Allemekinders, H.; Dansby, A.; Campbell, L.; Durance-Tod, S.; Berger, A.; 430

Jones, P.J.H.2013. Evidence of health benefits of canola oil. Nutrition Reviews 71: 370-431

385. 432

Mitchaothai, J.; Yuangklang, C.; Wittayakum, S.; Vasupen, K.; Wongsutthavas, S.; 433

Srenanul, P. Hovenier, R.; Everts, H.; Beynen, A.C. 2007. Effect of dietary fat type on 434

meat quality and fatty acid composition of various tissues in growing-finishing swine. 435

Meat Science 76: 95-101. 436

Bligh, E.C.; Dyer, W.J. 1959.A rapid method of total lipid. Extraction and purification. 437

Canadian Journal of Biochemistry and Physiology 37:911-917.438

Page 59: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

59

APÊNDICE

Page 60: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

60

Page 61: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

61

Page 62: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

62

ANEXO

Formulas para calcular o rendimento de carne e a quantidade de carne na carcaça:

De acordo com o Método Brasileiro de Classificação de Carcaça (ABCS, 1973; Bridi e

silva, 2009).

𝐑𝐞𝐧𝐝𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐫𝐜𝐚ç𝐚 (%) =𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑐𝑎ç𝑎 𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒𝑥 100

Peso vivo ao abate

𝐩𝐞𝐫𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐫𝐜𝐚ç𝐚 𝐧𝐨 𝐫𝐞𝐬𝐟𝐫𝐢𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 (%) = 100 − (𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑐𝑎ç𝑎 𝑟𝑒𝑠𝑓𝑟𝑖𝑎𝑑𝑎 𝑥 100

𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑐𝑎ç𝑎 𝑞𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 )

Rendimento de carne na carcaça resfriada (%) = 65,92-[(0,685 x espessura de

toucinho mm) + (0,094 x profundidade do músculo mm) – (0,026 x peso da carcaça

resfriada kg)]

Quantidade de carne resfriada (kg) = 7,38 – (0,48 x espessura do toucinho mm) +

(0,059 x profundidade do músculo mm ) + (0,525x peso da carcaça quente kg)

Rendimento de carne (%) = 60 – (espessura de toucinho mm x 0,58) + (profundidade

do músculo mm x 0,10)

Relação carne / gordura = Área do músculo 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑖𝑠𝑠𝑖𝑚𝑢𝑠 𝑑𝑜𝑟𝑐𝑖 (cm2)

Área da gordura subcutânea (cm2)

Rendimento de pernil (%) = Peso do corte x 100

Peso da meia carcaça resfriada

Page 63: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

63

ANEXOS

Page 64: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

64

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO CIÊNCIA RURAL

1. CIÊNCIA RURAL - Revista Científica do Centro de Ciências Rurais da Universidade

Federal de Santa Maria publica artigos científicos, revisões bibliográficas e notas

referentes à área de Ciências Agrárias, que deverão ser destinados com exclusividade.

2. Os artigos científicos, revisões e notas devem ser encaminhados via eletrônica e

editados em idioma Português ou Inglês. Todas as linhas deverão ser numeradas e

paginadas no lado inferior direito. O trabalho deverá ser digitado em tamanho A4 210 x

297 mm com, no máximo, 25 linhas por página em espaço duplo, com margens superior,

inferior, esquerda e direita em 2,5cm, fonte Times New Roman e tamanho 12. O máximo

de páginas será 15 para artigo científico, 20 para revisão bibliográfica e 8 para nota,

incluindo tabelas, gráficos e figuras. Figuras, gráficos e tabelas devem ser

disponibilizados ao final do texto e individualmente por página, sendo que não poderão

ultrapassar as margens e nem estar com apresentação paisagem.

3. O artigo científico (Modelo .doc, .pdf) deverá conter os seguintes tópicos: Título

(Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Introdução com

Revisão de Literatura; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusão e

Referências; Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes de Aquisição; Informe Verbal;

Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das referências. Pesquisa

envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer

de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão. Alternativamente

pode ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração Modelo Humano, Declaração

Modelo Animal).

4. A revisão bibliográfica (Modelo .doc, .pdf) deverá conter os seguintes tópicos:

Título (Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Introdução;

Desenvolvimento; Conclusão; e Referências. Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes

de Aquisição e Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes

das referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente

devem apresentar parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na

Page 65: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

65

submissão. Alternativamente pode ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração

Modelo Humano, Declaração Modelo Animal).

5. A nota (Modelo .doc, .pdf) deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e

Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Texto (sem subdivisão, porém

com introdução; metodologia; resultados e discussão e conclusão; podendo conter tabelas

ou figuras); Referências. Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes de Aquisição e

Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das referências.

Pesquisa envolvendo seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar

parecer de aprovação de um comitê de ética institucional já na submissão.

Alternativamente pode ser enviado um dos modelos ao lado (Declaração Modelo

Humano, Declaração Modelo Animal).

6. Não serão fornecidas separatas. Os artigos encontram-se disponíveis no formato pdf

no endereço eletrônico da revista www.scielo.br/cr. 35

7. Descrever o título em português e inglês (caso o artigo seja em português) - inglês e

português (caso o artigo seja em inglês). Somente a primeira letra do título do artigo deve

ser maiúscula exceto no caso de nomes próprios. Evitar abreviaturas e nomes científicos

no título. O nome científico só deve ser empregado quando estritamente necessário. Esses

devem aparecer nas palavras-chave, resumo e demais seções quando necessários.

8. As citações dos autores, no texto, deverão ser feitas com letras maiúsculas seguidas do

ano de publicação, conforme exemplos: Esses resultados estão de acordo com os

reportados por MILLER & KIPLINGER (1966) e LEE et al. (1996), como uma má

formação congênita (MOULTON, 1978).

9. As Referências deverão ser efetuadas no estilo ABNT (NBR 6023/2000) conforme

normas próprias da revista.

9.1. Citação de livro:

Page 66: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

66

JENNINGS, P.B. The practice of large animal surgery.Philadelphia :Saunders, 1985. 2v.

TOKARNIA, C.H. et al. (Mais de dois autores) Plantas tóxicas da Amazônia a bovinos e

outros herbívoros. Manaus : INPA, 1979. 95p.

9.2. Capítulo de livro com autoria:

GORBAMAN, A. A comparativepathologyofthyroid. In: HAZARD, J.B.; SMITH, D.E.

The thyroid.Baltimore : Williams & Wilkins, 1964. Cap.2, p.32-48.

9.3.Capítulo de livro sem autoria:

COCHRAN, W.C. The estimationofsamplesize. In: ______. Samplingtechniques. 3.ed.

New York : John Willey, 1977. Cap.4, p.72-90. TURNER, A.S.; McILWRAITH, C.W.

Fluidoterapia.In: ______. Técnicas cirúrgicas em animais de grande porte. São Paulo :

Roca, 1985. p.29-40.

9.4. Artigo completo:

O autor deverá acrescentar a url para o artigo referenciado e o número de identificação

DOI (Digital ObjectIdentifiers), conforme exemplos abaixo:

MEWIS, I.; ULRICHS, CH. Action of amorphous diatomaceous earth against different

stages of the stored product pests Triboliumconfusum(Coleoptera: Tenebrionidae),

Tenebriomolitor (Coleoptera: Tenebrionidae), Sitophilus granarius (Coleoptera:

Curculionidae) and Plodiainterpunctella (Lepidoptera: Pyralidae). Journal of Stored

Product Research, Amsterdam (Cidadeopcional), v.37, p.153-164, 2001.Disponível em: .

Acesso em: 20 nov. 2008. doi: 10.1016/S0022-474X(00)00016-3.

PINTO JUNIOR, A.R. et al (Mais de 2 autores). Resposta de Sitophilusoryzae (L.),

Cryptolestesferrugineus (Stephens) e Oryzaephilussurinamensis (L.) a diferentes

concentrações de terra de diatomácea em trigo armazenado a granel. Ciência Rural , Santa

Maria (Cidade opcional), v. 38, n. 8, p.2103-2108, nov. 2008 . Disponível em: . Acesso

em: 25 nov. 2008. doi: 10.1590/S0103- 84782008000800002.

9.5. Resumos:

Page 67: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

67

RIZZARDI, M.A.; MILGIORANÇA, M.E. Avaliação de cultivares do ensaio nacional

de girassol, Passo Fundo, RS, 1991/92. In: JORNADA DE PESQUISA DA UFSM, 1.,

1992, Santa Maria, RS. Anais... Santa Maria : Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa,

1992. V.1. 420p. p.236.

9.6. Tese, dissertação:

COSTA, J.M.B. Estudo comparativo de algumas caracterísitcas digestivas entre bovinos

(Charolês) e bubalinos (Jafarabad). 1986. 132f. Monografia/Dissertação/Tese

(Especialização/ Mestrado/Doutorado em Zootecnia) - Curso de Pós-graduação em

Zootecnia, Universidade Federal de Santa Maria.

9.7. Boletim:

ROGIK, F.A. Indústria da lactose. São Paulo: Departamento de Produção Animal, 1942.

20p. (Boletim Técnico, 20).

9.8. Informação verbal: Identificada no próprio texto logo após a informação, através da

expressão entre parênteses. Exemplo: ... são achados descritos por Vieira (1991 - Informe

verbal). Ao final do texto, antes das Referências Bibliográficas, citar o endereço completo

do autor (incluir E-mail), e/ou local, evento, data e tipo de apresentação na qual foi

emitida a informação.

9.9. Documentos eletrônicos:

MATERA, J.M. Afecções cirúrgicas da coluna vertebral: análise sobre as possibilidades

do tratamento cirúrgico. São Paulo: Departamento de Cirurgia, FMVZUSP, 1997. 1 CD.

GRIFON, D.M. Artroscopicdiagnosisofelbow displasia. In: WORLD SMALL ANIMAL

VETERINARY CONGRESS, 31., 2006, Prague, Czech Republic.Proceedings… Prague:

WSAVA, 2006. p.630-636. Acessado em 12 fev. 2007. Online. Disponível em:

http://www.ivis.org/proceedings/wsava/2006/lecture22/Griffon1.pdf?LA=1

UFRGS. Transgênicos. Zero Hora Digital, Porto Alegre, 23 mar. 2000. Especiais.

Acessado em 23 mar. 2000. Online. Disponível em:

http://www.zh.com.br/especial/index.htm

Page 68: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

68

ONGPHIPHADHANAKUL, B. Prevention of postmenopausal bone loss by low and

conventional doses of calcitriol or conjugated equine estrogen.Maturitas, (Ireland), v.34,

n.2, p.179-184, Feb 15, 2000.Obtido via base de dados MEDLINE. 1994-2000. Acessado

em 23 mar. 2000. Online. Disponível em: http://www.

Medscape.com/serverjava/MedlineSearchForm

MARCHIONATTI, A.; PIPPI, N.L. Análise comparativa entre duas técnicas de

recuperação de úlcera de córnea não infectada em nível de estroma médio. In:

SEMINARIO LATINOAMERICANO DE CIRURGIA VETERINÁRIA, 3., 1997, 37

Corrientes, Argentina. Anais... Corrientes : Facultad de CienciasVeterinarias - UNNE,

1997. Disquete. 1 disquete de 31/2. Para uso em PC.

10. Desenhos, gráficos e fotografias serão denominados figuras e terão o número de

ordem em algarismos arábicos. A revista não usa a denominação quadro. As figuras

devem ser disponibilizadas individualmente por página. Os desenhos figuras e gráficos

(com largura de no máximo 16cm) devem ser feitos em editor gráfico sempre em

qualidade máxima com pelo menos 300 dpi em extensão .tiff. As tabelas devem conter a

palavra tabela, seguida do número de ordem em algarismo arábico e não devem exceder

uma lauda.

11. Os conceitos e afirmações contidos nos artigos serão de inteira responsabilidade do(s)

autor(es).

12. Será obrigatório o cadastro de todos autores nos metadados de submissão. O artigo

não tramitará enquanto o referido item não for atendido. Excepcionalmente, mediante

consulta prévia para a Comissão Editorial outro expediente poderá ser utilizado.

13. Lista de verificação (Checklist .doc, .pdf).

14. Os artigos serão publicados em ordem de aprovação.

Page 69: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

69

15. Os artigos não aprovados serão arquivados havendo, no entanto, o encaminhamento

de uma justificativa pelo indeferimento.

16. Em caso de dúvida, consultar artigos de fascículos já publicados antes de dirigir-se à

Comissão Editorial.

17. Todos os artigos encaminhados devem pagar a taxa de tramitação. Artigos

reencaminhados (com decisão de RejectandRessubmit) deverão pagar a taxa de

tramitação novamente.

Page 70: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

70

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO SCIENTIA AGRICOLA

ESTILO DO MANUSCRITO

Defina o significado das abreviaturas na primeira vez que forem citadas no resumo

e no texto, e novamente nas tabelas e figuras. Uma vez que uma abreviação for

citada, ela deve ser usada em todo o manuscrito, exceto no início de uma frase.

O nome latino ou nomenclatura binomial (ou trinomial) e autoria deve ser utilizado

quando mencionado pela primeira vez que se menciona todas as plantas, insetos,

patógenos e animais.

Tanto o ingrediente ativo quanto o nome químico da substância de pesticidas devem

ser inseridos quando mencionado pela primeira vez.

Identifique os solos utilizando a taxonomia de solos do USDA

(http://soils.usda.gov/technical/classification/osd/index.html) até o segundo nível

(subordem) ou até o quarto nível (subgrupo). A classificação da FAO também pode

ser utilizada até o segundo nível. A tradução livre do nome e da classificação do

solo não é permitida.

Utilize o Sistema Internacional de Unidades em todo texto.

Verifique os caracteres gregos e figuras cuidadosamente.

Certifique-se que exceto quando seguidos por unidades, números de um a dez sejam

escritos por extenso. Para quantidades decimais <1, coloque um zero antes do ponto

decimal.

Use ponto (.) como separador decimal.

Porcentagens devem ser expressas como números inteiros, por exemplo: 35 % em

vez de 35,4 %, 48 %, em vez de 47,5 %, 79 %, em vez de 78,9 %.

Utilizar o formato potência negativa para notar e inter-relacionar unidades, e.g.: kg

ha–1; não inter-relacione unidades usando a barra vertical, e.g.: kg/ha.

Utilize um espaço simples entre as unidades, g L–1, e não g.L–1, ou gL–1.

Use o sistema horário de 24 h, com quatro dígitos para horas e minutos: 09h00,

18h30.

As datas devem ser escritas: primeiro o dia, depois o mês e o por último o ano: 18

mar. 2000, 01 fev. 1987.

Page 71: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

71

Abreviar os meses com mais de quatro letras: jan.; fev.; mar. etc.

PREPARAÇÃO DO MANUSCRITO

Texto e ilustrações submetidos à apreciação pelo corpo editorial devem ser escritos

em língua inglesa, segundo as regras ortográficas e gramáticas norte-americana.

Manuscritos devem ser organizados em um arquivo denominado documento

principal. MS Word ou software compatível devem ser utilizados para preparar o

documento principal, fonte Times New Roman 12, 3.0 cm de margens e duplo

espaço. Organize o documento principal na seguinte ordem: Página de

rosto, Resumo (máximo de 250 palavras), Palavras-chave (máximo de 5 palavras),

Introdução (30 linhas), Materiais e Métodos, Resultados, Discussão,

Agradecimentos (opcional), Referências, Figuras e Tabelas com suas respectivas

legendas.

O item Conclusão é opcional e, quando utilizado deverá vir após a seção de

discussão. O item Resultados e Discussão podem ser combinados e, a conclusão

pode ser incorporada à discussão.

O manuscrito deve ter um máximo de 30 páginas (papel A4); linhas e páginas

devem ser numeradas sequencialmente, ilustrações e tabelas inclusive.

Tabelas e Figuras devem ser incluídas no final do documento principal.

Página de rosto:

Cada artigo deve conter uma página de rosto contendo o título (máximo de 15

palavras), os nomes completos dos autores e afiliações completas em inglês.

Deverá ser fornecido um título abreviado de 40 caracteres ou menos (além do título

do trabalho completo).

Os autores devem selecionar uma categoria: Engenharia Agrícola; Microbiologia

Agrícola; Agrometeorologia; Ciência Animal e Pastagens; Biometria; Modelagem

e Estatística; Fitotecnia; Ecologia; Entomologia; Ciência e Tecnologia de

Alimentos; Ciências Florestais; Genética e Melhoramento de Plantas;

Fitopatologia; Fisiologia Vegetal e Bioquímica; Solos e Nutrição de Plantas;

Zoologia.

Page 72: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

72

O autor correspondente deve ser identificado(a) com um asterisco e um endereço

eletrônico institucional do autor(a) correspondente deve ser informado.

A afiliação/endereço atual dos autores(as) deve ser informado da maneira mais

detalhada possível.

O autor correspondente deverá assumir a responsabilidade plena pelo manuscrito,

incluindo o cumprimento das políticas do periódico, e será o contato prioritário com

a revista. O autor que submete o artigo pode assumir essa função se indicado na

carta de apresentação

Submissão de imagem para a capa

A capa da Scientia Agricola poderá utilizar uma imagem representativa de um

artigo publicado no volume. Os autores são convidados a submeter imagens para a capa

que tenham apelo visual e que sejam cientificamente interessantes. As imagens devem ter

alta resolução (300 DPI) e medir 17 x 17 cm. As imagens para a capa podem ser de

organismos, habitat, montagens de diferentes imagens, diagramas, mapas ou dados. As

ilustrações não precisam estar nos artigos, devem sim ser representativas do trabalho

publicado. As imagens devem ser originais e os autores cedem os direitos de publicação

exclusivamente a Scientia Agricola. Carregue o arquivo contendo a imagem como um

arquivo suplementar junto com um arquivo texto que deverá conter uma breve descrição

de um parágrafo da imagem relacionando-a com o manuscrito publicado. Se o autor não

tiver os direitos autorais da imagem submetida, ele é responsável por obter a permissão

necessária para poder utilizá-la.

Tabelas/Figuras

Tabelas:

Devem ser numeradas sequencialmente com algarismos arábicos, e geradas com a

ferramenta "Tabela" do MS Word ou MS Excel (manuscritos contendo tabelas

coladas como figuras serão devolvidos aos autores).

Os títulos das tabelas devem aparecer imediatamente acima do corpo das tabelas.

Numere figuras e gráficos sequencialmente usando algarismos arábicos.

Figuras/Gráficos:

Page 73: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

73

Gráficos devem ser gerados em MS Excel.

Fotografias devem ser apresentadas como arquivo "tagged image format [TIFF]",

300 DPI.

Numere figuras e gráficos sequencialmente na ordem em que aparecem no texto.

As figuras devem fornecer informações suficientes para que o leitor possa

compreendê-las sem que haja a necessidade da leitura do texto que se refere a elas.

Para as figuras que contêm mais de um painel, designar os painéis com letras

maiúsculas (sem parênteses e sem pontos após as letras) no canto superior esquerdo

de cada painel, se possível.

As palavras utilizadas nas figuras devem ser iguais as utilizadas no manuscrito no

que diz respeito à capitalização, itálico e símbolos.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Manuscritos que avaliem a bioatividade de produtos químicos e/ou biológicos,

incluindo reguladores do crescimento, em insetos, ácaros, fungos, bactérias,

nematóides e plantas daninhas, não serão objeto de análise para publicação

na Scientia Agricola.

Manuscritos que avaliem melhorias ou protocolos de cultura de tecidos baseados

no teste de aditivos, explantes ou condições de crescimento, ou ainda que falhem

em mostrar uma melhoria substancial que não poderia ser deduzida da literatura

existente, não serão considerados para publicação na Scientia Agricola.

Artigos que envolvam experimentos com animais vivos (incluindo seres humanos)

devem demonstrar que foram realizados de acordo com as normas éticas locais.

Espera-se que os autores tenham realizado o estudo seguindo as boas práticas éticas.

Tais evidências devem estar oficialmente apresentadas na seção “Material e

Métodos”, descrevendo que o estudo foi previamente aprovado pelo comitê de ética

apropriado (incluindo o número do processo).

Os manuscritos devem obedecer aos critérios estabelecidos nos Códigos

Internacionais de cada área.

Page 74: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

74

Os conceitos e opiniões contidos nos artigos são de exclusiva responsabilidade dos

(as) autores (as).

Todos os trabalhos recebidos serão submetidos à política da revista para detecção

de plágio e auto-plágio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A citação de resumos de congressos, artigos técnicos, dissertações e teses não é

permitida. Referências em Português ou outras línguas além do inglês devem ser evitadas.

Referências escritas em outras línguas serão permitidas somente se os autores

providenciarem uma explicação por mantê-las no texto. Tais referências devem ser

citadas em inglês, mantendo a citação na língua original no final da referência.

Scientia Agricola não recomenda que os autores citem análises estatísticas ou

soluções de softwares como referências. Essas ferramentas devem ser mencionadas no

texto (Material e Métodos) ao incluir a análise específica e o nome do software, sua versão

e/ou ano de lançamento. Por exemplo, “... a análise estatística foi realizada utilizando o

PROC NLIN no SAS (Statistical Analysis System, versão 9.2)”.

As referências e citações para artigos da Scientia Agricola serão formatadas

utilizando o estilo de formato mínimo 'autor, ano' ou 'nome (ano)'. Checar se todas as

citações no texto constam da lista de referências bibliográficas. Os exemplos:

1. Apenas um autor: Reichardt (2000) ou (Reichardt, 2000).

2. Dois autores: Fiorio and Demattê (2009) ou (Fiorio and Demattê, 2009).

3. Três ou mais autores: Rosso et al. (2009) ou (Rosso et al., 2009).

4. Organizar as referências em ordem alfabética e cronologicamente dentro de parênteses,

e use (;) ponto e vírgula para separar citações múltiplas dentro de parêntesis, por exemplo:

(Boleli, 2003; Boerjan, 2006; Muraroli and Mendes, 2003).

5. Identificar múltiplas citações 'mesmo autor, mesma data' com a ajuda de letras

minúsculas, por exemplo: (Cyrino, 2004a, b).

6. Usar o estilo "autor-ano" para ordenar a lista de referências, e: (i) abreviar os primeiros

e segundos nomes dos autores, mas nenhuma outra palavra; (ii) usar letras maiúsculas

Page 75: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

75

para todos os acrônimos, isto é, quando o autor for uma organização; (iii) utilizar letras

maiúsculas para a 1ª letra do sobrenome e demais iniciais dos autores, que deverão ser

separados por um ponto (.); (iv) separar autores por ponto-e-vírgula; (v) não usar "e

comercial" (&) nas citações, nem na lista de referência; (vi) não usar caracteres grifados

ou negritados para destacar qualquer parte da referência; (vii) usar letras maiúsculas na

1ª letra dos títulos de livros e de periódicos; (viii) não usar vírgula (,) para separar o título

e o volume do periódico; (ix) separar os números de volume do periódico das páginas por

dois pontos (:); (x) usar os números completos das páginas; (xi) separar os números de

página por um traço (-); (xii) separar os grupos de páginas por uma vírgula se o artigo foi

publicado em páginas descontinuas; (xiii) indicar o número da edição de um livro ou

manual como "2ed", por exemplo; (xiv) sobre livros e manuais, indicar os editores ou a

editora antes de discriminar a localidade sede dos editores ou da editora; (xv) separar os

editores ou a editora da localidade por meio de uma vírgula (,); e (xvi) nestes casos,

declarar os nomes da cidade, do estado e do país.

6.1 Revistas/Periódicos Científicos

Guillard, R.R.L.; Wangersky, P. 1958. The production of extracellular carbohydrates by

some marine flagellates. Limnology and Oceanography 3: 449-454.

6.2 Livros

6.2.1 Livros com autores

Pais, I.; Jones Jr., J.R. 1998. The Handbook of Trace Elements. St. Lucie Press, Boca

Raton, FL, USA.

6.2.2 Livros com editores/organizadores

Day, W.; Atkin, R.K., eds. 1985. Wheat Growth and Modelling. Plenum Press, New

York, NY, USA.

6.2.3 Livros (e manuais) com organização/instituição como autor ou

editora/organizadora

Association of Official Analytical Chemists - International [AOAC]. 2005. Official

Methods of Analysis. 18ed. AOAC, Gaithersburg, MD, USA.

Page 76: CLAUDIANA DA SILVA SOUZA · CLAUDIANA DA SILVA SOUZA MACAÍBA/RN-BRASIL ... que bom humor é fundamental e que tudo vai dar certo (meu muito obrigada). A grupo GEPSUÍ Andreza Lourenço,

76

6.3 Capítulo de Livro

Sharpley, A.N.; Rekolainen, S. 1997. Phosphorus in agriculture and its environmental

implications. p. 1-53. In: Tunney, H.; Carton, O.T.; Brookes, P.C.; Johnston, A.E., eds.

Phosphorus loss from soil to water. CAB International, New York, NY, USA.

6.4 Fontes eletrônicas

6.4.1 Elementos necessários para listar citações disponíveis on-line:

A autoria, autor ou fonte. Ano. O título do documento da web ou página da web (isto é,

título principal da pagina). [meio] (data de atualização). Disponível em: endereço

completo para localizar o recurso (URL / endereço) [Accessed Sept 19, 1992]

6.4.2 Elementos necessários para listar publicações disponíveis on-line:

A autoria, autor ou fonte. Ano. O título do documento ou página da web. [meio]

Produtor/Editor. Disponível em: endereço completo para localizar o recurso [Accessed

Sept 19, 1992]

6.5 Listagem de referências não escritas em inglês

Fornecer o título em inglês e indicar a língua original de publicação da revista ao final da

referência, como exemplo abaixo:

Baretta, D.; Santos, J.C.P.; Figueiredo, S.R.; Klauberg-Filho, O. 2005. Effects of native

pasture burning and Pinus monoculture on changes in soil biological attributes on the

Southern Plateau of Santa Catarina - Brazil. Revista Brasileira de Ciência do Solo 29:

715-724 (in Portuguese, with abstract in English).