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O melhor da Avenida Paulista em 1 Click Boletim quinzenal da Associação Paulista Viva - Ano 1 / Setembro 2011 / nº 20 "Gerentão" da Limpeza P . 4 Exposição no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) mostra os artifícios que a indústria do cigarro já usou para promover o vício P . 6-7 Novo cargo criado pelo prefeito Gilbero Kassab administrará os serviços de limpeza e varrição das 37 principais artérias da cidade P . 5 Bicicletários e paraciclos da avenida são avaliados por ciclistas Fonte: http://bikelink.blogspot.com/2011_02_01_archive.html Fonte: www.icesp.org.br Foto: Carolina Iskandarian / G1

Click Paulista 20

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Boletim eletrônico da Associação Paulista Viva

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O melhor da Avenida Paulista em 1 Click Boletim quinzenal da Associação Paulista Viva - Ano 1 / Setembro 2011 / nº 20

"Gerentão" da LimpezaP. 4

Exposição no Instituto do Câncer do Estadode São Paulo (ICESP) mostra os artifícios que aindústria do cigarro já usou para promover o vício

P. 6-7

Novo cargo criado pelo prefeito Gilbero Kassab administrará os serviços de limpeza e varrição das 37 principais artérias da cidade

P. 5Bicicletários e paraciclos da avenida são avaliados por ciclistas

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Ar seco e condições climáticas que dificultam a dis-persão dos poluentes. Excesso de veículos, responsáveis por 90% da poluição do ar na capital, poluição essa equi-valente a dois cigarros por dia, segundo reportagem do portal G1, de 4 de abril deste ano. Comportamentos e hábitos individualistas ou nada civilizados, como usar apenas o carro como meio de transporte ou jogar lixo

na rua e depredar equipamentos públicos.

Crer em mudanças de atitude a curto prazo é utopia.

Reclama-se muito e se faz muito pouco para que a coleti-

vidade seja beneficiada. Mesmo assim, crendo que novas

posturas são possíveis, o Click Paulista traz, nesta edi-ção, um alerta: a qualidade de vida e a saúde das pessoas são indissociáveis da prática da ética e da cidadania.

Nesse sentido, algumas sementes estão sendo lança-

das. Um exemplo são os ciclistas que realizaram uma ví-

deo-reportagem sobre os bicicletários da Paulista. Enquan-

to ciclistas ganham, muito lentamente, mais espaço nas

ruas, caminhantes são beneficiados por iniciativas como as

Zonas Municipais de Proteção ao Pedestre, que ajudaram

a reduzir o número de atropelamentos. Por sua vez, insti-

tuições como o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

(ICESP) alertam sobre os malefícios do cigarro, com uma

exposição de propagandas antigas. E o poder público cria

medidas para administrar a limpeza das principais artérias

da capital e investigar as depredações de lixeiras.

Aos poucos, pessoas e organizações se mobilizam para

resgatar valores intangíveis cada vez menos cultivados no

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Publisher: Carlos Alberto SilvaJornalista Responsável e Editora: Maria Consolação da SilvaSubeditor e Projeto Gráfico: Ricardo ChacháReportagem: Ricardo Chachá, Sofia Kreutz, Brenda Nunes, Talita Ramos, Marina de Abreu Sodré e Ariane MastropietroDepartamento Comercial: Megahub Marketing Digital - Tel: (11) 3074 0533R. Prof. Carlos de Carvalho, 164 – 1º andar 04531-080 – São Paulo - SP

B Books – Divisão Editorial da Blue Comunicaçã[email protected]

Expediente - BOLETIM CLICK PAULISTABoletim Informativo Eletrônico Quinzenal da Associação Paulista Viva

editorialAlgumas quadras e muitas opções: do luxo a bonecos de colecionismo

DICAAugôsto Augusta

O Augôsto Augusta Cultural, há quase

dez anos no número 2.161 da Rua Augus-

ta (e com 40 anos de existência), traz aos

amantes da arte e da cultura uma experi-

ência que une ambos os assuntos a uma

agenda de cursos de arte, música, teatro,

cinema, literatura, filosofia e desenho. O

espaço também abriga uma livraria espe-

cializada em moda, design, arquitetura e

fotografia, uma galeria e uma loja onde

há raridades, como gravuras e telas de

mestres brasileiros e estrangeiros.

Os cursos e oficinas contam com gran-

des autoridades sobre os assuntos abor-

dados, como Jorge Coli, professor titular

em História da Arte e da Cultura da

Unicamp, e a filósofa Olgária Mattos. Con-

fira a programação e o horário de funcio-

namento no site www.augosto.com.br.

dia a dia: respeito, saúde física e mental, o bem-

querer sem esperar retorno. Isso exige dedica-

ção e disposição, mas o resultado vale o esforço.

POR PAULISTANOSMAIS SAUDÁVEIS

Até uma gravura numerada do artista húngaro da op art, Victor Vasarely, faz parte do acervo do Augôsto Augusta Cultural

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TÁXIS de CARA NOVA

notaNova identidade visual facilitará identificação dos veículos

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No último dia 24, foi publicada no Diário Oficial do mu-nicípio uma nova medida para diferenciar a identificação dos táxis de São Paulo. A partir de outubro, já se verão nas ruas os veículos modificados: a cor branca será mantida, mas a lataria ganhará uma faixa quadriculada, nas cores amarela e preta, aplicável aos táxis comuns, e vermelha com detalhes em branco, para os especiais.

Além do visual diferenciado, os veículos ainda serão nu-merados de acordo com o registro na Prefeitura e terão a inscrição "TÁXI SP". Inicialmente, a mudança só será obri-gatória para os 1.200 taxistas que ganharão a permissão de serviço ainda em 2011. Para os demais 32.580 motoris-tas da frota paulistana, a alteração será facultativa.

Desde 1989, os táxis de São Paulo têm a cor branca, que nunca foi um grande atrativo para os consumido-

res, até o ano passado. Quem visitou o Salão do Auto-

móvel de 2010 notou que a BMW só colocou veículos

brancos em seu estande. A tendência é que a cor ganhe

cada vez mais espaço no segmento de carros de luxo.

Portanto, além de objetivar uma identificação visual

mais rápida em meio a uma cor que está na moda auto-

motiva, as novas faixas e a numeração permitirão que

os usuários identifiquem com mais facilidade os taxis-

tas que recusam corridas e cometem infrações. É o que

esperam o Departamento de Transportes Públicos e a

Secretaria Municipal de Transportes, com o novo "Ma-

nual de Identidade Visual da Modalidade Táxi".

As faixas serão acompanhadas do número de registro dos veículos na Prefeitura

PEDESTRES MAIS PROTEGIDOS

Após dois meses de campanha, a Compa-nhia de Engenharia de tráfego (CET) registrou uma queda de 64% no número de atropela-mentos em São Paulo, em 35 cruzamentos da região central e da Avenida Paulista, primei-ras a receber as Zonas Municipais de Proteção ao Pedestre (ZMPPs).

Vale ressaltar que as multas já começaram a ser dadas a quem não respeita os pedestres. O Código de Trânsito Brasileiro considera o des-respeito uma infração gravíssima, com multa de R$ 191,53 e perda de sete pontos na carteira.

Uma inovação no projeto de proteção ao pe-destre são os “puxadinhos” de calçada, inspi-rados em projeto de Nova York, que determi-na uma área extra de passeio para o pedestre. Na capital, o projeto piloto está acontecendo na Rua Capitão Salomão, em frente ao Lardo do Paissandu. As áreas extras de calçada es-tão sendo pintadas de azul, sobre o asfalto, e os motoristas que não as respeitarem pagarão multa de R$ 574,61, além de receberem 7 pon-tos na carteira de habilitação. Os resultados desse teste determinarão sua implantação em outros pontos da cidade, pela CET.

notaZonas Municipais de Proteção ao Pedes-tre (ZMPPs) diminuem atropelamentos

Mímicos realizaram ações pedagógicas para conscientizar pedestres

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"GERENTÃO"da LIMPEZA

A Paulista é a avenida mais movimentada de São Paulo:

por aqui, circulam cerca de 1,5 milhão de pessoas por dia,

que a tornam um dos pontos em que mais se produz lixo.

Só de varrição, são retirados mensalmente 80 quilos.

No entanto, todo esse lixo não dispõe de um lugar

adequado para descarte. Há algum tempo, as “superli-

xeiras”, espalhadas ao longo da via, vêm desaparecendo.

Para se ter uma ideia, em alguns trechos inteiros, como

o que fica entre a alameda Ministro Rocha Azevedo e a

rua Frei Caneca, não há lixeira alguma.

A avenida já perdeu 25% das “superlixeiras”: das 194

unidades implantadas em 2008, atualmente, restam 52.

Mesmo tendo sido feitas com materiais muito resisten-

tes – três faces de concreto pré-moldado e uma face de

aço inox – e pesarem mais de 100 quilos cada, elas não

inibem ações de depredação e vandalismo. Assim, um

quarto dos cestos, cujo valor unitário é de R$ 780,00, de-

sapareceu. São 16 vezes mais caros do que as lixeiras de

plástico – cujo valor unitário é de R$ 48,50 –, que ficam

penduradas em postes, em toda a capital.

Segundo a Subprefeitura da Sé, órgão responsável pela

varrição da via, equipes estão fazendo um levantamento

da quantidade e da atual situação das lixeiras dispostas

na avenida, para, então, tomar as devidas providências.

Além dos sumiços, parte das lixeiras da Paulista está que-

brada, com as estruturas de inox soltas, pedaços de con-

creto rachados, sujos, jogados no chão ou pichados.

capa"Gerência de Serviços Indivisíveis" dá novo fôlego aos serviços de limpeza da capital

Até mesmo os garis que trabalham na re-

gião reclamam que estão mais suscetíveis a

acidentes de trabalho, já que, sem as travas,

a parte metálica dos cestos cai facilmente nos

pés, acarretando até três dias de afastamento

para o trabalhador machucado. Ainda não se

sabe ao certo o paradeiro das lixeiras e nem o

motivo por que estão sendo roubadas, mas o

Click Paulista conversou com o presidente

da Associação Paulista Viva, Antonio Carlos

Franchini Ribeiro, que falou sobre o assunto.

“Eu acredito que as lixeiras devem ter sido le-

vadas para utilização do metal, porém, ape-

nas o aumento da fiscalização poderá esclare-

cer o real motivo”, conclui Franchini.

Para tentar amenizar o problema, no mês

de agosto a Secretaria de Coordenação das

Subprefeituras definiu um “gerentão” para

cuidar dos serviços de limpeza e varrição de

37 grandes avenidas e ruas de São Paulo. O

engenheiro Cássio Freire Loschiavo, ex-sub-

prefeito da Penha, foi escolhido para o cargo

que administrará a "Gerência de Serviços In-

divisíveis", criado por Gilberto Kassab. O pro-

jeto terá apoio de 482 pessoas, divididas em

145 equipes, que cuidarão das principais ave-

nidas da cidade. Segundo explica Franchini, a

Associação Paulista Viva apoia tal iniciativa e

a considera extremamente importante. “Des-

sa forma, a questão da limpeza será tratada

como um todo e, quem sabe, poderá ajudar

na fiscalização das lixeiras”, opina.

O prefeito Gilberto Kassab, em recente cerimônia de entrega de novos veículos coletores de lixo

A depredação das lixeiras deixa os garis mais suscetíveis a acidentes de trabalho

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VÁ de BICICLETAroteiroClick Paulista colheu impressões dos ciclistas que avaliaram os bicicletários da Paulista

A Paulista é um dos melhores locais para

lazer nos finais de semana. Parques, cinemas,

centros culturais e outras atrações pontuam a

via, onde também são vistos os mais variados

tipos de locomoção: metrô, carro, patins, skate,

ônibus e bicicleta. Mas, neste caso, onde esta-

cionar a bicicleta? Ciclistas pedalaram na ave-

nida e fizeram uma vídeo-reportagem sobre

os bicicletários da região. Acompanhe a seguir

algumas impressões e programe-se para seus

momentos de lazer no cartão postal de São

Paulo. E lembre-se: a obrigatoriedade de bicile-

tários é amparada pela Lei Municipal 12.266/07.

Instituto CervantesAv. Paulista, 2.439

O instituto fica em frente à Praça do Ciclis-ta, e possui um bicicletário ao ar livre. Po-rém, é necessário estar ciente que, por ser ao ar livre e contar com diversas pessoas transi-tando no local, não é uma opção tão segura. Este paraciclo completou em fevereiro cinco

anos de existência.

Conjunto NacionalAv. Paulista, 2.073

Coloca à disposição da população o “Use-Bike”, dentro do prédio. Vale conferir e se in-formar com os seguranças para a entrada no local. Apesar disso, a estrutura deixa a desejar, pois a bicicleta é guardada com as rodas pre-sas por uma corrente, o que pode danificá-las.

Parque Mário CovasAvenida Paulista, 1.853

No parque, uma placa direciona o ciclista para o bicicletário, e informa também o horá-rio de funcionamento: das 6 às 22h. Foi eleito o bicicletário modelo da região, por não dani-ficar a bike e ter boa comunicação visual.

Top Center Shopping Av. Paulista, 854

Na garagem do shopping, há um quiosque da “UseBike”, e possui paraciclos.

Itaú CulturalAv. Paulista, 149

O instituto possui um bicletário próprio na garagem, porém foi parcialmente adaptado e possui falhas, como um degrau na entrada e um duto de ar mal localizado, onde fa-cilmente se bate a cabeça. Além disso, não possui estrutura para prender a bicicleta pelo quadro, obrigando o ciclista a pendurá-la pela roda, o que caracteriza o modelo “açou-gue”, que faz com que seja preciso erguer a "magrela".

Casa das RosasAv. Paulista, 37

Suas 14 vagas recebem, diariamente, um grande número de ciclistas. O bicicletário da Casa das Rosas foi viabilizado por uma parceria com uma empresa do ramo de ciclismo.

Apesar desses pontos na avenida e dos bicicletários

nas estações do metrô, São Paulo ainda está longe de ser

uma cidade amiga dos ciclistas. Até agora, possui cerca

de 35,7 km de ciclovias, mas a educação dos motoristas

paulistanos ainda é pouco favorável aos ciclistas, como

já foi abordado pelo Click Paulista anteriormente.

Vale ressaltar que, para a frustração geral de quem

anda de bicicleta pela avenida, a FIESP e o MASP não

possuem bicicletários.

Créditos: Roteiro comentado feito pelos ciclistas Aline

Cavalcante e João Lacerda, publicado no site www.pedal.

com.br / Post de Edison Veiga, publicado em 15/07/2011

em seu blog, http://blogs.estadao.com.br/edison-veiga.

Detalhe do site da Premium Cigars, cuja loja fica próxima ao bar Prainha Paulista

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VALEU TUDOexposiçãoIndústria do cigarro criou, no passado, imagens e associações equivocadas

Dados da Associação Internacional de

Fumicultores (ITGA, “International Tobac-

co Growers’ Association”) e da Associação

dos Fumicultores do Brasil (AFULBRA) posi-

cionam o país como o segundo maior pro-

dutor de tabaco, o primeiro, desde 1993,

no ranking dos países exportadores. É tam-

bém o sétimo maior consumidor mundial

de cigarros, contabilizando 110,72, 105,9 e

97,07 bilhões de unidades, em 2007, 2008

e 2009, respectivamente (números disponí-

veis mais recentes).

Embora o consumo tenha caído no pe-

ríodo mencionado, mostrar à população as

consequências e os riscos do vício é um lon-

go trabalho de conscientização: a imagem

de “status” e a ideia de pertencimento a um

seleto grupo socioeconômico foram usados

pela indústria do tabaco, durante décadas,

como mecanismos de identificação para seduzir o con-

sumidor. Mudanças desse paradigma levam, então, um

tempo significativo para ocorrer.

Famosos ajudaram na construção do mito que, por

muito tempo, envolveu em glamour o hábito de fumar:

de Rita Hayworth, a eterna “Gilda” do cinema, a Adalgisa

Colombo – Miss Brasil 1958 e segunda colocada no Miss

Universo daquele ano – e Gérson de Oliveira Nunes, meio-

campista descoberto pelo time do Flamengo e apelidado

de “Canhotinha de Ouro”, que, em 1970, ajudou o Brasil

a conquistar o tricampeonato na Copa do Mundo. Adal-

gisa, com seus encantos, promoveu os cigarros Charm,

em 1972; já o Canhotinha de Ouro foi garoto-propaganda

dos cigarros Vila Rica, e, dizem alguns, legitimizou o ex-

tremo do “jeitinho” brasileiro, emprestando seu nome

ao que chamamos de “Lei de Gerson”: o importante é “...

levar vantagem em tudo, certo?”, já dizia o jogador, du-

rante o comercial da marca de cigarros, que se vangloria-

va de oferecer um produto com o melhor custo-benefício:

“ ...gostoso, suave e não irrita a garganta”.

Várias marcas de cigarros, nacionais e estrangeiras,

usaram esse mesmo bordão, ao qual não se aplica

qualquer relação custo-benefício. O paladar menos

apurado sabe a distinção entre aquilo que faz ou

Anúncio do cigarro Camel dizia que os médicos fumavam muito mais cigarros dessa marca, em comparação às demais

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Rita Hayworth foi uma das atrizes que emprestou glamour ao cigarro

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exposição - continuaçãoIndústria do cigarro criou, no passado, imagens e associações equivocadas

não alguém salivar antes de uma refeição

e, além disso, todo dentista conhece o mau

hálito. A conta dos efeitos causados pelo

tabagismo não é suave: acarreta, segundo

o Banco Mundial, perdas mundiais de cer-

ca de 200 bilhões de dólares por ano, rela-

cionadas a fatores como o tratamento das

doenças relacionadas ao tabaco, mortes de

cidadãos em idade produtiva, maior índice

de aposentadorias precoces, aumento no

índice de faltas ao trabalho e menor rendi-

mento produtivo.“O consumo de produtos

derivados do tabaco é responsável por 30%

das mortes de pacientes oncológicos”, afir-

ma Paulo Hoff, diretor geral do Instituto do

Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).

Além do falso custo-benefício, a falácia do

apelo à autoridade sempre foi uma cons-

tante na propaganda do produto. Usou fa-

mosos e destacados profissionais como per-

sonagens que, sem qualquer conhecimento médico e

econômico das consequências do assunto em questão

– o tabagismo – avalizaram o consumo do cigarro, va-

lendo-se de sua notoriedade. Tal premissa não justifica

a conclusão do argumento, segundo a qual fumar é

“gostoso, suave e não irrita a garganta”. “Levar vanta-

gem”, portanto, é um contrassenso.

Usando esses fatos estarrecedores como apoio ao Dia

Nacional de Combate ao Fumo, o ICESP inaugurou nessa

data (29 de agosto) a exposição “Propagandas de cigarro

– como a indústria do fumo enganou as pessoas”. Em 90

peças publicitárias das décadas de 1920 a 1950, o evento

é um exercício de desconstrução da lógica argumentati-

va falaciosa e da deturpação da ética. As propagandas,

veiculadas nos Estados Unidos, chegaram a usar ídolos

do esporte, personagens míticos – como o Papai Noel –,

médicos e pesquisas pseudocientíficas e até imagens de

crianças para estimular o hábito de fumar.

A mostra, organizada por médicos da Universidade

de Stanford, nos Estados Unidos, começou a viajar por

várias cidades em 2007, e faz parte de uma coleção do

Smithsonian Institute, de Washington. Está montada

no hall de entrada do ICESP, onde permanecerá até 14

de outubro, com visitação gratuita. O Instituto do Cân-

cer do Estado de São Paulo fica na Av. Dr. Arnaldo, 251

– próximo ao metrô Clínicas. Como funciona 24 horas,

a exposição pode ser visitada em qualquer horário.

A marca Viceroy apontava um falso diferencial: seus cigarros "filtravam" a fumaça e, dessa forma, justificavam a recomendação por dentistas

Adalgisa Colombo, miss Brasil 1958 e vice-miss Universo no mesmo ano, em propaganda do cigarro Charm, em 1972

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VALEU TUDO

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SEJA ANUNCIANTE DO BOLETIM CLICK PAULISTA!

O boletim eletrônico CLICK PAULISTA nasceu da vontade e da necessidade de divulgação do trabalho da Associação Paulista Viva, e também para mostrar aos cidadãos a história recente e antiga da Avenida Paulista, por cuja preserva-ção e melhorias a Associação luta, resgatando a memória da cidade.

Anuncie no boletim quinzenal CLICK PAULISTA. Assim, você:- contribui para o trabalho de preservação e mel-horias da Paulista;- projeta uma boa imagem da sua empresa para mais de 8.000 contatos atualizados, compostos pelos leitores que recebem, por e-mail, o boletim.

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