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Clinica Medica

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  • APRESENTAO

    Pretende-se com esta apostila suprir a necessidade de um material bsico, fonte de consulta, que guiasse os alunos no estudo do componente curricular CLNICA MDICA do Curso Tcnico de Enfermagem, de forma que a matria pudesse ser a-prendida, baseada em informaes adaptadas as nossas necessidades e dentro das roti-

    nas das instituies de sade do nosso meio. A inteno a contribuio para o conhe-

    cimento geral, fazendo-nos crescer como profissionais de sade para o tratamento do semelhante.

    A Enfermagem na Clnica Mdica deve propiciar a recuperao dos pacientes para que alcancem o

    melhor estado de sade fsica, mental e emocional possvel, e de conservar o sentimento de bem-estar espiri-

    tual e social dos mesmos, sempre envolvendo e capacitando-os para o auto cuidado juntamente com os seus

    familiares, prevenindo doenas e danos, visando a recuperao dentro do menor tempo possvel ou propor-

    cionar apoio e conforto aos pacientes em processo de morrer e aos seus familiares, respeitando as suas cren-

    as e valores, sendo esses alcanados com a ajuda dos profissionais de enfermagem na realizao dos cuida-

    dos pertinentes a estes.

    Aretusa Delfino de Medeiros

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    SUMRIO

    UNIDADE I - INTRODUO ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CLNICO 6

    CONSIDERAES GERAIS SOBRE SADE X DOENA 6

    OBJETIVOS DO SERVIO DE ENFERMAGEM EM CLNICA MDICA: 8

    DIREITOS DO PACIENTE 8

    UNIDADE II - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECES DO SISTEMA RESPIRATRIO 10

    DOENA PULMONAR OBSTRUTIVA CRNICA (DPOC) 10

    BRONQUITE 12

    ENFISEMA PULMONAR 12

    ASMA 13

    PNEUMONIA 15

    INSUFICINCIA RESPIRATRIA 17

    EDEMA AGUDO DE PULMO 18

    DERRAME PLEURAL 19

    EMBOLIA PULMONAR 20

    UNIDADE III - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 22

    INSUFICINCIA CARDACA CONGESTIVA 23

    ANGINA PECTORIS 25

    HIPERTENSO ARTERIAL SISTMICA 27

    INFARTO AGUDO DO MIOCRDIO 30

    ARRITMIAS CARDACAS 31

    VARIZES, FLEBITE E TROMBOSE 33

    UNIDADE IV - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AFECES DO SISTEMA HEMATOLGICO 34

    ANEMIA 34

    HEMOFILIA 37

    LEUCEMIA 39

    TRANSFUSO SANGUNEA 42

    UNIDADE V - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM NAS AFECES DO SISTEMA DIGESTIVO 44

    GASTRITE 44

    LCERA PPTICA 45

    HEMORRAGIA DIGESTIVA 47

    PANCREATITE 48

    ESTOMATITE 49

    ESOFAGITE 49

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    MEGAESFAGO OU ACALASIA 50

    COLELITASE 51

    COLECISTITE 52

    CONSIDERAES GERAIS DE DEMAIS AFECES DIGESTRIAS 52

    APENDICITE 54

    AFECES HEPTICAS 55

    HEPATITES VIRAIS 56

    CIRROSE HEPTICA 60

    UNIDADE VI - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECES DO SISTEMA ENDCRINO E HORMONAL 64

    DIABETES MELLITUS 65

    HIPERTIEOIDISMO 69

    HIPOTIREOIDISMO 70

    UNIDADE VII - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM S AFECES UROLGICAS 72

    INFECES DO TRATO URINRIO ( ITU) 72

    CISTITE 73

    GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA 74

    INSUFICINCIA RENAL AGUDA 76

    DILISE E HEMODILISE 77

    RETENO URINRIA 79

    INCONTINNCIA URINRIA 80

    UROLITASE OU CLCULO DO TRATO URINRIO 81

    UNIDADE VIII - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM S AFECES IMUNOLGICAS E REUMTICAS 84

    ARTRITE REUMATIDE 84

    LPUS ERITEMATOSO 85

    FEBRE REUMTICA 87

    UNIDADE IX - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM S AFECES DO SISTEMA TEGUMENTAR 89

    CONSIDERAES GERAIS: 89

    LCERAS POR PRESSO 89

    PSORASE 92

    PNFIGO 93

    UNIDADE X - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM S AFECES NEUROLGICAS 95

    ACIDENTE VASCULAR ENCEFLICO OU CEREBRAL (AVC) 95

    DOENA DE PARKINSON 97

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    SNDROME DE ALZHEIMER 98

    CRISE CONVULSIVA 100

    EPILEPSIA 103

    ESCLEROSE MLTIPLA 106

    ANEURISMA CEREBRAL 107

    COMA: ALTERAES DA CONSCINCIA 109

    UNIDADE XI - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM S AFECES NEOPLSICAS 112

    UNIDADE XII - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES GRAVES E AGONIZANTES 116

    UNIDADE XIII - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AOS PACIENTE PORTADORES DE DOENAS INFECCIOSAS 118

    ISOLAMENTO 118

    TIPOS DE ISOLAMENTO: 118

    PRECAUES PADRO 119

    ALGUMAS DOENAS INFECTO-CONTAGIOSAS 119

    ANEXOS 125

    ESTUDO CLNICO OU ESTUDO DE CASO CLNICO 127

    ROTEIRO PARA ESTUDO DE CASO: 127

    ESTTICA DO ESTUDO DE CASO 130

    BIBLIOGRAFIA 136

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    UNIDADE I - INTRODUO ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CLNICO

    CONSIDERAES GERAIS SOBRE SADE X DOENA

    Comumente, em nvel de organismo tem-se por definio de sade como sendo a do estado oposto ao da doena e, em decorrncia corresponderia a conceito que se

    subordina ausncia desta.

    As situaes ideais tm inspirado conceituaes de sade. No obstante, inci-

    dem invariavelmente em deficincias que tendem a se acentuar, medida que se apro-

    fundam no terreno das da impreciso dos enunciados. A mais potente nesse sentido, e talvez a mais difundi-

    da, bem a ser elaborada pela OMS e que figura no prembulo de sua constituio. Diz ela que sade vem a ser o estado de completo bem-estar fsico, mental e social, e no apenas a ausncia de doena. eviden-

    te a falta de preciso, em especial no que concerne ao significado da expresso completo bem-estar. Cer-

    tamente, esse pode variar de acordo com o indivduo, o tempo e o espao. Em outras palavras, o que bom

    para um no obrigatoriamente para outro, e nem a presena de bem-estar significa a ausncia de doena.

    Deve-se pensar na sade em uma escala graduada porque todos possuem algum grau de sade: em

    excelentes condies, razoavelmente bem, com alguma perturbao, e enfermos.

    Portanto, a sade um processo dinmico em que o homem luta contra as foras que tendem a alterar

    o equilbrio da sua sade; o ajustamento dinmico satisfatrio s foras que tendem a perturb-lo. O com-

    plexo processo de reduo da sade no provocado por fatores simples ou especficos, mas pelo resultado

    da ligao contnua entre causas e efeitos. Para considerar o indivduo com sade, necessrio que ele atinja

    um nvel excelente de ajustamento e equilbrio entre o homem, os agentes e o meio ambiente.

    Distingue-se da enfermidade, que a alterao danosa do organismo. O dano patolgico pode ser

    estrutural ou funcional.

    Doena (do latim dolentia, padecimento) o estado resultante da conscincia da perda da homeosta-

    sia de um organismo vivo, total ou parcial, causada por agentes externos ou no, estado este que pode cursar

    devido infeces, inflamaes, isquemias, modificaes genticas, seqelas de trauma, hemorragias, neo-

    plasias ou disfunes orgnicas.

    Da a definio de doena como sendo o conjunto de fenmenos desenvolvidos em organismos, as-sociados a uma caracterstica, ou srie de caractersticas comuns, que diferenciam esses organismos dos

    normais da mesma espcie, e de maneira a situ-los em posio biologicamente desvantajosa em relao

    queles.

    A doena um processo anormal no qual o funcionamento de uma pessoa est diminudo ou prejudi-

    cado em uma ou mais dimenses. o resultado do desequilbrio entre o homem e o meio fsico, mental e

    social.

    importante distinguir os conceitos de doena aguda, crnica e crnico-degenerativa:

    1. Doena aguda aquela que tm um curso acelerado, terminando com convalescena ou morte em menos de trs meses. A maioria das doenas agudas caracteriza-se em vrias fases. O inicio dos sintomas pode ser

    abrupto ou insidioso, seguindo-se uma fase de deteriorao at um mximo de sintomas e danos, fase de

    plateau, com manuteno dos sintomas e possivelmente novos picos, uma longa recuperao com desapare-

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    cimento gradual dos sintomas, e a convalescncia, em que j no h sintomas especficos da doena, mas o

    indivduo ainda no recuperou totalmente as suas foras.

    Na fase de recuperao pode ocorrer as recrudescncias, que so exacerbamentos dos sintomas de

    volta a um mximo ou plateau, e na fase de convalescncia as recadas, devido presena continuada do

    fator desencadeante e do estado debilitado do indivduo, alm de (novas) infeces.

    As doenas agudas distinguem-se dos episdios agudos das doenas crnicas, que so exacerbao

    de sintomas normalmente menos intensos nessas condies.

    2. Doena crnica uma doena que no resolvida num tempo curto. As doenas crnicas so doenas que no pem em risco a vida da pessoa num prazo curto, logo no so emergncias mdicas. No entanto,

    elas podem ser extremamente srias, As doenas crnicas incluem tambm todas as condies em que um

    sintoma existe continuamente, e mesmo no pondo em risco a sade fsica da pessoa, so extremamente in-

    comodativas levando perda da qualidade de vida e atividades das pessoas.

    Muitas doenas crnicas so assintomticas ou quase assintomticas a maior parte do tempo, mas

    caracterizam-se por episdios agudos perigosos e/ou muito incomodativos.

    3. Doena crnico-degenerativa predomina na idade adulta, e sua incidncia, prevalncia e mortalidade se elevam medida que aumenta a vida mdia da populao. So caracterizadas por uma evoluo lenta e pro-

    gressiva, irreversvel, por um longo perodo de latncia assintomtico, exigindo constante superviso, obser-

    vao e cuidado.

    Ao realizar as aes de enfermagem atravs de uma abordagem holstica, o profissional de enferma-

    gem ajuda o cliente a adquirir um estado de sade. No entanto, para desempenhar efetivamente essas aes,

    o profissional de enfermagem deve identificar corretamente as faltas ou as deficincias relativas sade do

    cliente.

    Dentre outras, as prioridades epidemiolgicas que hoje demandam assistncia

    clnica ambulatorial e/ou hospitalar so as afeces do aparelho circulatrio e respirat-

    rio, gastrointestinal, endcrino, afeces neurolgicas, hematopoiticas e reumticas,

    alm das afeces otorrinolaringolgicas, oftalmolgicas, neoplsicas e urinrias.

    Clnica Mdica: um setor hospitalar onde acontece o atendimento integral do indiv-duo com idade superior a 12 anos que se encontra em estado crtico ou semi-crtico,

    que no so provenientes de tratamento cirrgico e ainda queles que esto hemodina-

    micamente estveis, neste setor prestada assistncia integral de enfermagem aos pacientes de mdia com-

    plexidade.

    CLNICA: Vem do grego Kline = leito, acamado.

    MDICA: Vem do latim medicus = Cuidar de.

    A clnica mdica compreende um grupo de especialidades mdicas desenvolvidas dentro de uma u-

    nidade hospitalar, organizada segundo um conjunto de requisitos, onde o paciente internado submetido a

    exames clnicos (anamnese), fsicos, laboratoriais e especiais com a finalidade de definir um diagnstico e, a

    seguir um tratamento especfico.

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    OBJETIVOS DO SERVIO DE ENFERMAGEM EM CLNICA MDICA:

    Proporcionar ambiente teraputico adequado aos pacientes com patologias diversificadas, em regime de internao;

    Manter de um padro de assistncia prestada aos pacientes, o que exige a aplicao de um plano de cuidados de enfermagem para a patologia especfica do paciente/cliente.

    DIREITOS DO PACIENTE

    1. O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, por parte de todos os profissionais de sade. Tem direito

    a um local digno e adequado para seu atendimento.

    2. O paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome. No deve ser chamado pelo nome da doena ou do agravo

    sade, ou ainda de forma genrica ou quaisquer outras formas imprprias, desrespeitosas ou preconceituosas.

    3. O paciente tem direito a receber do funcionrio adequado, presente no local, auxlio imediato e oportuno para a melhoria de seu

    conforto e bem-estar.

    4. O paciente tem direito a identificar o profissional por crach preenchido com o nome completo, funo e cargo.

    5. O paciente tem direito a consultas marcadas, antecipadamente, de forma que o tempo de espera no ultrapasse a trinta (30)

    minutos.

    6. O paciente tem direito de exigir que todo o material utilizado seja rigorosamente esterilizado, ou descartvel e manipulado

    segundo normas de higiene e preveno.

    7. O paciente tem direito de receber explicaes claras sobre o exame a que vai ser submetido e para qual finalidade ir ser coleta-

    do o material para exame de laboratrio.

    8. O paciente tem direito a informaes claras, simples e compreensivas, adaptadas sua condio cultural, sobre as aes diag-

    nsticas e teraputicas, o que pode decorrer delas, a durao do tratamento, a localizao, a localizao de sua patologia, se existe

    necessidade de anestesia, qual o instrumental a ser utilizado e quais regies do corpo sero afetadas pelos procedimentos.

    9. O paciente tem direito a ser esclarecido se o tratamento ou o diagnstico experimental ou faz parte de pesquisa, e se os bene-

    fcios a serem obtidos so proporcionais aos riscos e se existe probabilidade de alterao das condies de dor, sofrimento e de-

    senvolvimento da sua patologia.

    10. O paciente tem direito de consentir ou recusar a ser submetido experimentao ou pesquisas. No caso de impossibilidade de

    expressar sua vontade, o consentimento deve ser dado por escrito por seus familiares ou responsveis.

    11. O paciente tem direito a consentir ou recusar procedimentos, diagnsticos ou teraputicas a serem nele realizados. Deve con-

    sentir de forma livre, voluntria, esclarecida com adequada informao. Quando ocorrerem alteraes significantes no estado de

    sade inicial ou da causa pela qual o consentimento foi dado, este dever ser renovado.

    12. O paciente tem direito de revogar o consentimento anterior, a qualquer instante, por deciso livre, consciente e esclarecida,

    sem que lhe sejam imputadas sanes morais ou legais.

    13. O paciente tem o direito de ter seu pronturio mdico elaborado de forma legvel e de consult-lo a qualquer momento. Este

    pronturio deve conter o conjunto de documentos padronizados do histrico do paciente, princpio e evoluo da doena, racioc-

    nio clnico, exames, conduta teraputica e demais relatrios e anotaes clnicas.

    14. O paciente tem direito a ter seu diagnstico e tratamento por escrito, identificado com o nome do profissional de sade e seu

    registro no respectivo Conselho Profissional, de forma clara e legvel.

    15. O paciente tem direito de receber medicamentos bsicos, e tambm medicamentos e equipamentos de alto custo, que mante-

    nham a vida e a sade.

    16. O paciente tem o direito de receber os medicamentos acompanhados de bula impressa de forma compreensvel e clara e com

    data de fabricao e prazo de validade.

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    17. O paciente tem o direito de receber as receitas com o nome genrico do medicamento (Lei do Genrico) e no em cdigo,

    datilografadas ou em letras de forma, ou com caligrafia perfeitamente legvel, e com assinatura e carimbo contendo o nmero do

    registro do respectivo Conselho Profissional.

    18. O paciente tem direito de conhecer a procedncia e verificar antes de receber sangue ou hemoderivados para a transfuso, se o

    mesmo contm carimbo nas bolsas de sangue atestando as sorologias efetuadas e sua validade.

    19. O paciente tem direito, no caso de estar inconsciente, de ter anotado em seu pronturio, medicao, sangue ou hemoderivados,

    com dados sobre a origem, tipo e prazo de validade.

    20. O paciente tem direito de saber com segurana e antecipadamente, atravs de testes ou exames, que no diabtico, portador

    de algum tipo de anemia, ou alrgico a determinados medicamentos (anestsicos, penicilina, sulfas, soro antitetnico, etc.) antes

    de lhe serem administrados.

    21. O paciente tem direito sua segurana e integridade fsica nos estabelecimentos de sade, pblicos ou privados.

    22. O paciente tem direito de ter acesso s contas detalhadas referentes s despesas de seu tratamento, exames, medicao, inter-

    nao e outros procedimentos mdicos.

    23. O paciente tem direito de no sofrer discriminao nos servios de sade por ser portador de qualquer tipo de patologia, prin-

    cipalmente no caso de ser portador de HIV / AIDS ou doenas infecto- contagiosas.

    24. O paciente tem direito de ser resguardado de seus segredos, atravs da manuteno do sigilo profissional, desde que no acar-

    rete riscos a terceiros ou sade pblica. Os segredos do paciente correspondem a tudo aquilo que, mesmo desconhecido pelo

    prprio cliente, possa o profissional de sade ter acesso e compreender atravs das informaes obtidas no histrico do paciente,

    exames laboratoriais e radiolgicos.

    25. O paciente tem direito a manter sua privacidade para satisfazer suas necessidades fisiolgicas, inclusive alimentao adequada

    e higinica, quer quando atendido no leito, ou no ambiente onde est internado ou aguardando atendimento.

    26. O paciente tem direito a acompanhante, se desejar, tanto nas consultas, como nas internaes. As visitas de parentes e amigos

    devem ser disciplinadas em horrios compatveis, desde que no comprometam as atividades mdico/sanitrias. Em caso de parto,

    a parturiente poder solicitar a presena do pai.

    27. O paciente tem direito de exigir que a maternidade, alm dos profissionais comumente necessrios, mantenha a presena de

    um neonatologista, por ocasio do parto.

    28. O paciente tem direito de exigir que a maternidade realize o "teste do pezinho" para detectar a fenilcetonria nos recm- nas-

    cidos.

    29. O paciente tem direito indenizao pecuniria no caso de qualquer complicao em suas condies de sade motivadas por

    imprudncia, negligncia ou impercia dos profissionais de sade.

    30. O paciente tem direito assistncia adequada, mesmo em perodos festivos, feriados ou durante greves profissionais.

    31. O paciente tem direito de receber ou recusar assistncia moral, psicolgica, social e religiosa.

    32. O paciente tem direito a uma morte digna e serena, podendo optar ele prprio (desde que lcido), a famlia ou responsvel, por

    local ou acompanhamento e ainda se quer ou no o uso de tratamentos dolorosos e extraordinrios para prolongar a vida.

    33. O paciente tem direito dignidade e respeito, mesmo aps a morte. Os familiares ou responsveis devem ser avisados imedia-

    tamente aps o bito.

    34. O paciente tem o direito de no ter nenhum rgo retirado de seu corpo sem sua prvia aprovao.

    35. O paciente tem direito a rgo jurdico de direito especfico da sade, sem nus e de fcil acesso.

    (Portaria do Ministrio da Sade n1286 de 26/10/93- art.8 e n74 de 04/05/94).

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    UNIDADE II - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECES DO SISTEMA RESPIRAT-RIO

    Anatomia: formado por um conjunto de rgos responsveis pela absor-o de oxignio do meio ambiente e a eliminao de dixido de carbono

    para o meio ambiente.

    rgos do sistema respiratrio:

    - vias areas superiores: fossas nasais, boca, faringe.

    - vias areas inferiores: laringe, traquia, brnquios, pulmes.

    DOENA PULMONAR OBSTRUTIVA CRNICA (DPOC)

    Estado de doena pulmonar no qual o fluxo de ar est obstrudo. constituda pela bronquite crnica,

    enfisema, asma. Acelera as alteraes fisiolgicas da funo pulmonar que so causadas pelo envelhecimen-

    to. A obstruo do ar pode ser reversvel ou irreversvel.

    Fisiologia:

    Obstruo area que reduz o fluxo de ar varia conforme a doena adjacente.

    Bronquite crnica: o acmulo excessivo de secrees bloqueia as vias respiratrias;

    Enfisema: a troca gasosa comprometida (oxignio, carbono) resulta da destruio das paredes do alvolo superestendido;

    Asma: as vias areas inflamadas e constritas obstruem o fluxo areo.

    Manifestaes clnicas:

    - dispnia (em repouso, pode ser grave);

    - tosse (uso de msculos acessrios);

    - aumento no trabalho respiratrio;

    - perda de peso (interferncia na alimentao);

    - intolerncia os esforos/exerccios.

    -Rudos Adventcios(sibilos,roncos,estertores:sons anormais percebidos na ausculta pulmonar)

    -Baqueateamento dos dedos aumento do volume das pontas dos dedos das mos e perda do ngulo de e-

    mergncia da unha)

    A gravidade da doena determinada por exames de avaliao da funo pulmonar.

    Fatores de risco:

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    - exposio fumaa do fumo (fumante, tabagista passivo);

    - poluio do ar ambiente;

    - infeces respiratrias;

    - exposio ocupacional;

    - anormalidades genticas.

    Complicaes: podem variar dependendo do distrbio adjacente: pneumonia; atelectasia; pneumotrax; enfisema; insuficincia e falncia respiratria; hipertenso pulmonar (cor pulmonale).

    Tratamento:

    - oxigenioterapia (contnua ou intermitente);

    - broncodilatadores (melhorar o fluxo areo, prevenir a dispnia);

    - corticosterides;

    - reabilitao pulmonar (componentes educacionais, psicossociais, comportamentais e fsicos);

    - exerccios respiratrios (tosse assistida, respirao profunda, drenagem postural, entre outros);

    - retreinamento/exerccios.

    - ensino do paciente e da famlia;

    - medidas de enfrentamento do estresse

    - educao em terapia respiratria

    - terapia ocupacional para conservao da energia durante as atividades da vida diria.

    Pontos importantes para a assistncia:

    - orientar para deixar de fumar (interveno teraputica mais importante). O tabagismo deprime a atividade

    macrfaga das clulas e afeta o mecanismo ciliar de limpeza do trato respiratrio, cuja funo manter as

    passagens respiratrias livres de irritantes inalados, bactrias e outras matrias estranhas. O tabagismo tam-

    bm causa um crescente acmulo de muco, que produz mais irritao, infeco e dano para o pulmo.

    - orientar para vacinao;

    - evitar contato com alta concentrao de plen no ar e poluio ambiental;

    - evitar exposio a extremos de temperatura (elevadas com alto grau de umidade ou frio intenso);

    - resgate da auto-estima e da sensao de limitao e de impotncia (valorizao, esperana, bem-estar);

    - monitorizar ritmo respiratrio (dispnia e hipoxemia);

    - atentar para efeitos colaterais da medicao;

    - atentar para sinais de infeco (bacteriana ou virtica), que agravam o quadro e aumentam os riscos de

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    falncia respiratria;

    - oximetria de pulso;

    - cuidados especficos na intubao e ventilao mecnica;

    - em estado grave - alteraes cognitivas, dispnia, taquipnia e taquicardia.

    BRONQUITE

    Conceito: a inflamao da mucosa brnquica, caracterizada por produo excessiva de secreo da muco-sa na rvore brnquica.Tosse produtiva que dura 3 meses em cada 2 anos consecutivos, em paciente que tem

    outras causas excludas.

    Fatores de Risco: o fumo o principal fator de risco (o tabagismo deprime a atividade macrfaga das clulas e afeta o mecanismo ciliar de limpeza do trato respiratrio, cuja funo manter as passagens respi-

    ratrias livres de irritantes inalados, bactrias e outras matrias estranhas. o tabagismo tambm causa um

    crescente acmulo de muco, que produz mais irritao, infeco e dano para o pulmo.

    - inalao de fumaa de fumo;

    - poluio do ar;

    - exposio ocupacional a substncias perigosa suspensas no ar. Aumenta susceptibilidade a infeco do

    trato respiratrio inferior. As crises so mais freqentes durante o inverno. Mais freqente na 5 dcada de

    vida, aliada a histria de tabagismo e aumento da freqncia das infeces respiratrias.

    Sintomas: tosse, com produo de catarro, expectorao espessa e gelatinosa, sibilos e dispnia.

    Diagnstico: Exame clnico,RX e Espirometria

    Tratamento: broncodilatadores,antibiticos,corticoesterides,oxigenioterapia e inaloterapia.

    ENFISEMA PULMONAR

    Conceito: Distenso anormal dos espaos areos distais aos bronquolos terminais, com destruio das pa-redes alveolares. o estgio final de um processo que progrediu por muitos anos, onde ocorre a perda da

    elasticidade pulmonar.A funo pulmonar, na maioria dos casos, est irreversivelmente comprometida. Ao

    lado da bronquite obstrutiva crnica a principal causa de incapacidade.

    Causas: o tabagismo a principal causa;

    * predisposio familiar anormalidade na protena plasmtica alfa 1-antitripsina (inibidor de enzima), sem

    a qual certas enzimas destroem o tecido pulmonar.

    * sensibilidade a fatores ambientais (fumaa do fumo, poluentes areos, agentes infecciosos, alrgenos).

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    Fisiopatologia: A obstruo area causada por inflamao da mucosa brnquica, produo excessiva de muco, perda da retrao elstica das vias areas, colapso dos bronquolos e redistribuio do ar para os alv-

    olos funcionais.

    * espao morto (reas pulmonares onde no h troca gasosa);

    * comprometimento da difuso de oxignio;

    * hipoxemia;

    * casos graves eliminao do dixido de carbono comprometida aumento da tenso de dixido de

    carbono no sangue arterial (hipercapnia) acidose respiratria.

    Sinais e Sintomas: dispnia lenta e progressiva, tosse, anorexia e perda de peso,infeces respiratrias fre-qentes,tempo expiratrio prolongado, trax em barril.

    Tratamento: broncodilatadores,antibiticos,cortiesterides,oxigenoterapia, inaloterapia.

    Complicao: Cor pulmonale (insuficincia cardaca direita).

    ASMA

    Conceito: Doena inflamatria crnica das vias areas, resultando em hiperatividade dessas vias, edema de mucosa e produo de muco. A inflamao difusa e leva a episdios recorrentes dos sintomas.

    Fisiopatologia: Ocorre a diminuio do calibre dos brnquios e bronquolos devido broncoespasmo, edema e produo de muco espesso.

    Difere das outras doenas pulmonares obstrutivas por ser um processo reversvel (com tratamento ou

    espontaneamente). Acontece em qualquer idade, sendo a doena crnica mais comum na infncia. Pode ser

    incapacitante ou levar morte, nos casos mais graves.

    Classifica-se em:

    - Leve: sintomas discretos e espordicos, no prejudica o sono.

    -Moderada: Apresenta dispnia e tosse;

    -Grave: sintomas podem tornar-sem dirios.atividades fsicas so limitadas ( MAL ASMTICO)

    Sinais e Sintomas: tosse, enrijecimento do trax, sibilos, dispnia,cianose,taquicardia,sudorese,ansiedade e agitao.

    Fatores de risco:

    * a alergia o principal fator predisponente;

    * exposio crnica a irritantes areos ou alergnicos, condies ambientais;

    * odores fortes; estresse;

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    * sinusite; desgaste emocional.

    * tabagismo

    Evolui para o estado asmtico (crise grave e persistente que no responde terapia convencional.

    Tratamento: O mesmo que os para bronquite e Enfisema

    Preveno e orientao:

    * no fumar;

    * evitar mudanas bruscas de temperatura;

    * evitar sair de casa com o tempo muito frio;

    * evitar contato com pessoas portadoras de doenas respiratrias;

    * tomar de 6 a 8 copos de gua/dia

    * controlar-se emocionalmente;

    * evitar inalao de inseticidas, desodorantes, tintas, etc.

    Cuidados de enfermagem na Bronquite Crnica, Enfisema Pulmonar e Asma

    - repouso em ambiente arejado e limpo;

    - incentivar a ingesto de lquidos;

    - manter o ambiente calmo e tranqilo;

    - verificar e anotar a temperatura de 4/4 horas;

    - incentivar o paciente a evitar o fumo;

    - evitar o ar poludo e atividades fsicas;

    - umidificar o ambiente de repouso com H2O fervente;

    - usar lenos de papel na eliminao de secrees;

    - oferecer uma dieta nutritiva; (dieta livre);

    - administrar aerosolterapia, distante das refeies;

    - administrar oxigenoterapia (CPM).

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    PNEUMONIA

    Conceito: Inflamao do parnquima pulmonar causada por vrios tipos de microorganismos e agentes qumicos. Microorganismos: bactrias, micobactrias, clamdia, micoplasma, fungos, parasitas, vrus.

    Etiologia:

    As principais causas infecciosas de pneumonia incluem:

    bactrias pneumonia bacteriana por germes gram-positivos e gram-negativos. vrus pneumonia viral por vrus da influenza, parainfluenza e adenovrus. fungos pneumonia fngica por Cndida albicans e aspergillus. protozorios p. parasitria por Pneumocistis carinii: pacientes de AIDS.

    Obs.: fungos e protozorios so considerados germes oportunistas, causam pneumonia aps extenso uso de

    antibiticos, corticides, antineoplsicos, ou em pessoas com AIDS, ou intensamente debilitadas.

    A pneumonia tambm pode resultar de:

    aspirao brnquica de lquidos, alimentos, vmitos, etc,

    inalao de substncias txicas ou custicas, fumaas, poeiras ou gases.

    complicao de imobilidade ou de doenas crnicas.

    Classificao:

    # Adquirida na comunidade (at 48h);

    # Adquirida no hospital (depois de 48h);

    # No hospedeiro imunocomprometido;

    # Por aspirao.

    Fisiopatologia:

    As caractersticas das vias areas superiores impedem que partculas potencialmente infecciosas al-cancem o trato inferior (normalmente estril). Surge a partir da flora normal presente em um paciente cuja

    resistncia foi alterada, ou resultante da aspirao da flora presente na orofaringe.

    Pode ser conseqncia de microorganismos transportados pelo sangue, que entram na circulao

    pulmonar e ficam aprisionados no leito capilar pulmonar, tronando-se uma fonte potencial de pneumonia.

    Progride para uma reao inflamatria nos alvolos, produzindo um exsudato que interfere com a difuso do

    oxignio e do dixido de carbono.

    Os leuccitos (em sua maioria neutrfilos) migram para dentro dos alvolos e preenchem os espaos

    que normalmente contm ar. As reas do pulmo deixam de ser adequadamente ventiladas devido s secre-

    es e ao edema da mucosa que provocam ocluso parcial do brnquio ou dos alvolos, com diminuio na

    tenso alveolar de oxignio. Pode haver hipoventilao, que causa desequilbrio na ventilao/perfuso da

    rea afetada.

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    O sangue venoso, entrando na circulao pulmonar, passa atravs da rea subventilada e para o lado

    esquerdo do corao precariamente oxigenado. A mistura do sangue oxigenado, precariamente oxigenado ou

    desoxigenado vai resultar em hipoxemia arterial.

    Tipos:

    1. Lobar - acomete parte de um ou mais lobos

    2. Broncopneumonia - distribuda de forma macular, originada em uma ou mais reas localizadas dentro dos brnquios e estendendo-se para o parnquima pulmonar adjacente.

    3.Nosocomial- adquirida aps 48h de internao

    Fatores de risco:

    Defesas comprometidas; infeces virais; doenas subjacentes ICC, diabetes, DPOC, AIDS, cn-

    cer, neutropenia -; tabagismo; alcoolismo; intoxicao alcolica; idade avanada; reflexo de tosse deprimi-

    do; antibioticoterapia; anestsico geral, sedativo (depresso respiratria); broncoaspirao; terapia respirat-

    ria com equipamento que no foi adequadamente limpo.

    Manifestaes clnicas: febre (40), dor torcica, dispnia, calafrios, cianose, tosse dolo-rosa e produtiva, escarro ferruginoso,cefalia,nuseas,vmitos, mialgia,artralgia,lbios e

    lngua ressecadas.

    Complicaes: derrame pleural, abscesso, empiema, hipotenso, bronquite crnica, e ICC.

    Cuidados de enfermagem: Oferecer e encorajar a ingesto de lquidos (6 a 8 copos ao dia);

    Estimular mudana de decbito de 2/2 horas, quando o cliente apresentar bom nvel de conscincia;

    Encorajar mobilizao no leito e atividade fsica conforme tolerado;

    Orientar ou apoiar o trax do cliente durante a tosse;

    Fazer avaliao respiratria pela ausculta;

    Incentivar a prtica da respirao profunda e tosse eficaz.

    Aspirar naso e orofaringe a intervalos curtos.

    Orientar e encorajar o cliente a repousar o mximo possvel;

    Observar alteraes na FR, FC, ocorrncia de dispnia, palidez ou cianose e disritmia, durante a ativida-de;

    Avaliar o nvel de tolerncia do cliente a qualquer atividade; Programe, junto com o cliente, atividades gradativamente aumentadas, com base na tolerncia .

    - manter o paciente em repouso, em quarto arejado, evitando correntes de ar;

    - manter o ambiente tranqilo, calmo e que proporcione conforto ao paciente;

    - fazer a higiene oral e corporal, mantendo o paciente limpo;

    - verificar e anotar os sinais vitais (T, R, P, PA) de 4/4 h;

    - oferecer dieta hipercalrica e hiperprotica;

    - estimular a ingesto de lquidos;

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    - cuidados com a oxigenoterapia;

    - orientar o paciente a utilizar lenos de papel e descart-los corretamente.

    INSUFICINCIA RESPIRATRIA

    Conceito: Ocorre quando o organismo no realiza a troca de oxignio por dixido de carbono adequada-mente, isto faz com que o nvel de dixido de carbono (CO2) se eleve e o de oxignio (O2) diminua, cau-

    sando hipxia

    Tipos:

    - Aguda: a falncia respiratria que surge nos pacientes cujos pulmes eram estrutural e funcionalmente normais, ocorre rapidamente.

    - Crnica: a falncia respiratria que surge nos pacientes com doena pulmonar crnica, surge em perodo de meses ou anos.

    Causas: ventilao inadequada, obstruo de vias areas superiores, uso de drogas, anestsicos, doenas pulmonares pr-existentes, complicaes ps-operatrias, politraumatismos, etc.

    Diagnstico: Exame laboratorial (gasometria) ou pelos sinais clnicos

    Sinais Clnicos:

    - FC (Freqncia Cardaca)

    - FR (Freqncia respiratria)

    - Hipxia (dispnia, taquipnia, hipotenso, taquicardia, bradicardia, arritmias, cianose) - Desorientao,

    queda do nvel de conscincia, agitao psicomotora)

    - Uso de msculos acessrios da respirao

    - Sudorese

    Tratamento:

    - Cnula orofarngea (Guedel): dispositivo de borracha para ser introduzido na boca evitando o deslocamen-

    to da lngua. Varia de tamanho de acordo com o paciente

    - Cnula naso-farngea: dispositivo de borracha para ser introduzido pelo nariz. O tamanho varia de acordo

    com o paciente.

    - Monitorizao: oxmetro de pulso e monitor cardaco.

    - Oxigenoterapia: administrao de oxignio quando o paciente est com hipxia.

    Mtodos de administrao de oxignio:

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    1- Catter nasal simples ou tipo culos: introduo de um catter na narina ligado a um sistema de oxi-gnio umidificado fluxo de 3 a 6 litros/min.

    2- Mscaras faciais: (Venturi) mscaras que cobrem a boca e o nariz, de plstico, com orifcio lateral, transparente e fornecem concentrao de oxignio de acordo com as vlvulas que as acompanha li-

    gado a um sistema de umidificao.

    3- Bolsa auto-inflvel: (amb) mscara que comprimida na face do paciente, podendo ser conectado ao oxignio umidificado.

    4- Tenda facial de oxignio: uso limitado pela dificuldade de manuseio, sendo mais utilizado para cri-anas; fornecem baixa concentrao de oxignio.

    1 2 3 4

    Cuidados de Enfermagem:

    - organizar material de acordo com mtodo de administrao de oxignio;

    - manter nvel de gua no umidificador adequado;

    - trocar gua do umidificador diariamente e/ou de acordo com instrues da CCIH;

    - explicar o procedimento ao paciente;

    - manter nvel de comunicao durante o procedimento;

    - observar possveis alteraes;

    - observar freqentemente as condies de permeabilidade dos cateteres e/ ou sondas;

    - realizar troca dos cateteres nasais ou mscaras faciais;

    - descartar e/ou desinfectar material em expurgo.

    EDEMA AGUDO DE PULMO

    Definio: O Edema Agudo de Pulmo (EAP) um aumento sbito na presso dos capilares pulmonares, levando ao extravasamento de lquido para os alvolos, deixando o pulmo menos elstico e com menos

    superfcie de contato para troca de gases, manifestando-se por dificuldade respiratria. um quadro clnico

    crtico, decorrente da incapacidade do ventrculo esquerdo em bombear o sangue para vlvula artica, cau-

    sando um acmulo de lquido nos pulmes.

    Etiologia: Numerosas patologias cardiovasculares predispem o aparecimento do EAP, como insuficincia coronariana (angina e IAM), crise hipertensiva, as arritmias cardacas , as infeces , a anemia, a hiper hi-

    dratao e a intoxicao digitlica.

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    Fisiopatologia: A presso capilar pulmonar excede presso coloidosmtica do plasma com transudao alvolo intersticial a exemplo da Insuficincia ventricular esquerda aguda ou crnica descompensada, es-

    tenose mitral ou hipervolemia.A presso capilar normal de 8 mmHg. No EAP vai a 25 30mmHg.

    Manisfestaes Clnicas:

    - Dispnia e tosse, produzindo um escarro espumoso e tingido muitas vezes de sangue ( aspecto rosa-

    do),taquicardia, pele ciantica, fria e mida, inquietao e ansiedade.

    Tratamento: Morfina, diurticos e digitlicos

    * Cuidados de enfermagem fundamental que a equipe de enfermagem mantenha-se ao lado do cli- ente,

    demonstrando segurana e monitorando os aspectos essenciais para que o mesmo saia

    da crise rapidamente. Esta ao garante a eficincia e eficcia da teraputica que est

    baseada nos seguintes aspectos:

    - Manuteno de seu conforto, colocando-o em posio elevada para diminuir o retorno venoso e propiciar

    uma mxima expanso pulmonar;

    - Monitorizao dos sinais vitais;

    - Administrao de oxigenoterapia e de medicaes (opiceos, diurticos e digitlicos);

    - Manuteno de via venosa prvia com gotejamento mnimo, evitando sobrecarga volmica;

    - Monitorizao do fluxo urinrio.

    DERRAME PLEURAL

    Definio: O derrame pleural o acmulo anormal de lquido no espao pleural. Normalmente, somente uma pequena quantidade de lquido separa as duas membranas da pleura. Pode ocorrer o acmulo de uma

    quantidade excessiva de lquido por muitas razes, incluindo a insuficincia cardaca, a cirrose heptica e a

    pneumonia. Outros tipos de lquido que podem se acumular no espao pleural incluem sangue, pus, lquido

    leitoso e lquido rico em colesterol. O sangue no espao pleural (hemotrax) geralmente decorrente de uma

    leso torcica. Raramente, um vaso sangneo rompe-se e drena para o interior do espao pleural, ou uma

    dilatao de uma poro da aorta (aneurisma da aorta) drena sangue para o interior do espao pleural.O l-

    quido pleural acumula-se quando a sua formao excede a sua absoro.

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    Sintomas e Diagnstico

    Os sintomas mais comuns, independente do tipo de lquido presente no espao pleural ou de sua cau-

    sa, so a dificuldade respiratria e a dor torcica. No entanto, muitos indivduos com derrame pleural no

    apresentam qualquer sintoma. Uma radiografia torcica mostrando a presena de lquido geralmente o

    primeiro passo para o estabelecimento do diagnstico. A tomografia computadorizada (TC) mostra mais

    nitidamente o pulmo e o lquido, e pode revelar a presena de uma pneumonia, de um abcesso pulmonar ou

    de tumor.

    Tratamento:

    Os derrames pleurais pequenos podem necessitar apenas do tratamento da causa subjacente. Os der-

    rames maiores, especialmente aqueles que produzem dificuldade respiratria, podem exigir a retirada do

    lquido (drenagem). Normalmente, a drenagem alivia significativamente a dificuldade respiratria. Freqen-

    temente, o lquido pode ser drenado atravs de uma toracocentese, procedimento no qual uma pequena agu-

    lha (ou um cateter) inserida no espao pleural. Embora ela comumente seja realizada com objetivos diag-

    nsticos, a toracocentese permite a remoo de at 1,5 litro de lquido de cada vez.

    EMBOLIA PULMONAR

    Definio: uma complicao das doenas cardiopulmonares e a causa mais freqente o despre-endimento de um trombo que viaja atravs da circulao, obstruindo a circulao pulmonar;

    Principais Causas: bolhas de ar,gotas de gordura e fragmentos de tumor, e ainda imobilidade no lei-to esto associados a esta doena.Foras mecnicas,como movimentos musculares sbitos,mudanas de ve-

    locidade do fluxo sanguineo,podem ocasionar a desintegrao e o desprendimento de trombos das paredes

    dos vasos sanguneos.Esses mbolos so ento, transportados pela corrente sangunea, atravessam o corao

    e atigem o leito vascular pulmonar at se alojarem em um vaso que no lhes permite passagem.O efeito final

    depende do tamanho e do nmero de mbolos.

    ORIENTAES A UM PACIENTE PARA COLETA DE ESCARRO

    Uma boa amostra de escarro o que provm da rvore brnquica, obtida aps esforo de tosse, e no a que se obtm da faringe ou por aspirao de secrees nasais, nem tampouco a que contm somente saliva. O volume ideal est compreendido entre 3 a 10ml.

    No necessrio estar em jejum, porm importante que a boca esteja limpa, sem resduos ali-mentares.Isto conseguido atravs de um simples bochecho com gua.

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    No escovar os dentes nem usar antissptico oral;

    Devem ser coletadas pelo menos 2 amostras.

    A. Primeira amostra: coletada quanto o paciente sintomtico respiratrio procura o atendimento na unidade de sade, para aproveitar a presena dele e garantir a realizao do exame laboratorial ou nas buscas ativas reali-

    zadas nos domiclios, nas delegacias de polcia, nos albergues, etc, em qualquer momento do dia. No ne-

    cessrio estar em jejum, a amostra deve ser coletada em local aberto ao ar livre ou em sala bem arejada. B. Segunda Amostra: coletada na manh do dia seguinte, assim que o paciente despertar.Essa amostra, em geral,

    tem uma quantidade maior de bacilos porque composta da secreo acumulada na rvore brnquica por toda

    noite.

    Orientaes ao paciente:

    Recipiente coletor: entregar ao paciente: pote com tampa rosquevel j devidamente identificado( nome do paciente no copo do paciente)

    Procedimento de coleta: orientar o paciente para ao despertar de manh, lavar a boca, sem escovar os dentes e escarrar aps forar a tosse.Repetir essa operao at obter trs eliminaes de escarro, evitando que esse es-corra pela parede externa do pote;

    As amostras devem ser coletadas em locais abertos e ao ar livre ou salas bem arejadas;

    Informar que o pote deve ser tampado e colocado em um saco plstico com a tampa para cima, cuidando para que permanea nessa posio;

    Orientar para lavar as mos aps esse procedimento

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    UNIDADE III - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM EM AFECES DO SISTEMA CARDIOVAS-CULAR

    O corao um rgo muscular oco localizado no centro do trax. Os lados direito e esquerdo do

    corao possuem uma cmara superior (trio), que coleta o sangue, e uma cmara inferior (ventrculo), que o

    ejeta. Para assegurar que o sangue flua em uma s direo, os ventrculos possuem uma vlvula de entrada e

    uma de sada.

    As principais funes do corao so: o fornecimento de oxignio ao organismo e a eliminao de

    produtos metablicos (dixido de carbono) do organismo. Em resumo, o corao realiza essas funes atra-

    vs da coleta do sangue com baixa concentrao de oxignio do organismo e do seu bombeamento para os

    pulmes, onde ele capta oxignio e elimina o dixido de carbono. Em seguida, o corao recebe o sangue

    rico em oxignio dos pulmes e o bombeia para os tecidos do organismo.

    Um Olhar Dentro do Corao

    A incidncia em seco transversal do corao mostra a direo do fluxo sangneo normal.

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    INSUFICINCIA CARDACA CONGESTIVA

    Definio: A insuficincia cardaca (insuficincia cardaca congestiva) uma condio grave na qual a quantidade de sangue bombeada pelo corao a cada minuto (dbito cardaco) insuficiente para suprir as

    demandas normais de oxignio e de nutrientes do organismo.

    Causas: A insuficincia cardaca tem muitas causas, incluindo vrias doenas. Ela muito mais comum entre os idosos, pelo fato deles apresentarem maior probabilidade de apresentar alguma doena que a desen-

    cadeie. Apesar de o quadro apresentar um agravamento no decorrer do tempo, os indivduos com insuficin-

    cia cardaca podem viver muitos anos.

    Qualquer doena que afete o corao e interfira na circulao pode levar insuficincia cardaca, a

    exemplo da hipertenso arterial, arteriosclerose, infarto do miocrdio, miocardite, endocardite reumtica,

    insuficincia artica, hipervolemia, anemia, deficincia alimentar prolongada e insuficincia renal.

    Manisfestaes Clnicas: As pessoas com insuficincia cardaca descompensada apresentam cansao e fra-queza ao compensada, a adrenalina e a noradrenalina fazem com que o corao trabalhe mais vigorosamen-

    te, ajudando-o a aumentar o dbito sangneo e, at certo ponto, compensando o problema de bombeamento.

    O dbito cardaco pode retornar ao normal, embora, geralmente, custa de um aumento da freqncia card-

    aca e de um batimento cardaco mais forte.

    Outro mecanismo corretivo consiste na reteno de sal (sdio) pelos rins. Para manter constante a

    concentrao de sdio no sangue, o organismo retm gua concomitantemente. Essa gua adicional aumenta

    o volume sangneo circulante e, a princpio, melhora o desempenho cardaco.

    A insuficincia cardaca direita tende a produzir acmulo de sangue que flui para o lado direito do corao. Esse acmulo acarreta edema dos ps, tornozelos, pernas, fgado e abdmen. A insuficincia car-daca esquerda acarreta um acmulo de lquido nos pulmes (edema pulmonar), causando uma dificuldade respiratria intensa. Inicialmente, a falta de ar ocorre durante a realizao de um esforo, mas, com a evolu-

    o da doena, ela tambm ocorre em repouso.

    Algumas vezes, a dificuldade respiratria manifesta-se noite, quando a pessoa est deitada, em de-

    corrncia do deslocamento do lquido para o interior dos pulmes.

    Diagnstico: Os sintomas geralmente so suficientes para o mdico diagnosticar uma insuficincia cardaca. Os eventos a seguir podem confirmar o diagnstico inicial: pulso fraco e acelerado, hipotenso arterial, de-

    terminadas anomalias nas bulhas cardacas, aumento do corao, dilatao das veias do pescoo, acmulo de

    lquido nos pulmes, aumento do fgado, ganho rpido de peso e acmulo de lquido no abdome ou nos

    membros inferiores.

    Uma radiografia torcica pode revelar um aumento do corao e o acmulo de lquido nos pulmes.

    Freqentemente, o desempenho cardaco avaliado atravs de outros exames, como a ecocardiografia, que

    utiliza ondas sonoras para gerar uma imagem do corao, e a eletrocardiografia, a qual examina a atividade

    eltrica do corao. Outros exames podem ser realizados para se determinar a causa subjacente da insufici-

    ncia cardaca.

    Tratamento: Muito pode ser feito para tornar a atividade fsica mais confortvel, para melhorar a qualidade de vida e para prolongar a vida do paciente. No entanto, no existe uma cura para a maioria das pessoas com

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    insuficincia cardaca. Os mdicos abordam a terapia atravs de trs ngulos: tratamento da causa subjacen-

    te, remoo dos fatores que contribuem para o agravamento da insuficincia cardaca e tratamento da insufi-

    cincia cardaca em si.O uso de Digitlicos uma alternativa no tratamento.

    * Cuidados de enfermagem - Monitorizar a ingesta e a excreta a cada 2 horas;

    - manter a posio de Fowler para facilitar a respirao;

    - monitorizar a resposta ao tratamento diurtico;

    - avaliar a distenso venosa jugular, edema perifrico;

    - Administrar dieta hipossdica;

    - promover restrio hdrica.

    - proporcionar conforto ao paciente; dar apoio emocional;

    - manter o paciente em repouso, observando o grau de atividade a que ele poder se submeter;

    - explicar antecipadamente os esquemas de rotina e as estratgias de tratamento;

    - incentivar e permitir espaos para o cliente exprimir medos e preocupaes;

    - apoiar emocionalmente o cliente e familiares;

    - promover ambiente calmo e tranqilo;

    - estimular e supervisionar a respirao profunda;

    - executar exerccios ativos e passivos com os MMII;

    - pesar o paciente diariamente;

    - realizar balano hdrico;

    - oferecer dieta leve, fracionada, hipossdica, hipolipdica;

    - anotar alteraes no funcionamento intestinal;

    - administrar medicamentos conforme prescrio mdica, adotando cuidados especiais;

    - observar o aparecimento de sinais e sintomas de intoxicao medicamentosa;

    - transmitir segurana na execuo das atividades;

    Cuidados na administrao de digitlicos

    - verificar pulso e freqncia cardaca antes de administrar cada dose do medicamento. Caso o pulso esteja

    inferior a 60bpm, consultar o mdico;

    - observar sintomas de toxidade digital: arritmia, anorexia, nuseas, vmito, diarria, bradicardia, cefalia,

    mal-estar e alteraes comportamentais;

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    Cuidados com a administrao de diurticos

    - oferecer o medicamento pela manh;

    - realizar balano hdrico;

    - pesar o paciente diariamente;

    - observar sinais de fraqueza, mal estar, cimbras musculares;

    - estimular a ingesto de alimentos ricos em potssio (laranja, limo, tomate), desde que no aja contra-

    indicao.

    ANGINA PECTORIS

    Definio: A angina, tambm denominada angina pectoris, uma dor torcica transitria ou uma sensao de presso que ocorre quando o miocrdio no recebe oxignio suficiente. As necessidades de oxignio do

    corao so determinadas pelo grau de intensidade de seu esforo, isto , pela rapidez e pela intensidade dos

    batimentos cardacos.

    O esforo fsico e as emoes aumentam o trabalho cardaco e, conseqentemente, aumentam a de-

    manda de oxignio do corao. Quando as artrias apresentam estreitamento ou obstruo de modo que o

    fluxo sangneo ao msculo no pode ser aumentado para suprir a maior demanda de oxignio, pode ocorrer

    uma isquemia, acarretando dor.

    Causas

    Doena arterial coronariana aterosclerose (estreitamento da luz do vaso coronariano), arterite coronariana, espasmo arterial.

    Distrbios circulatrios - estenose artica, hipotenso (diminui retorno de sangue ao corao), es-pasmo arterial.

    Distrbios sangneos: anemia, hipoxemia e policitemia.

    Fatores de risco

    Esforo fsico, ingesto de alimentos aumentada. Emoes Exposio a baixas temperaturas

    Sintomas: A isquemia do miocrdio provoca ataques de DOR de gravidade varivel, desde a sensao de presso subesternal, at a dor agonizante com sensao de morte iminente. Tem as seguintes caractersticas:

    sensao: aperto, queimao, esmagamento, enforcamento, gases, etc. intensidade: geralmente, discreta ou moderada. Raramente, forte. localizao: retroesternal ou discretamente para a esquerda do esterno. irradiao: ombro esquerdo brao esquerdo cotovelo punho dedos. Pescoo brao

    direito mandbula regio epigstrica peito.

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    durao: normalmente, dura 5 minutos (em mdia), podendo durar 15 a 20 minutos, em caso de raiva extrema.

    alvio: repouso e nitroglicerina Outros sintomas: dispnia, palidez, sudorese, tonturas, palpitaes e distrbios digestivos (nuseas,

    vmitos).

    Diagnstico:

    Manifestaes clnicas da dor Anamnese Teste de esforo: esteira rolante ou bicicleta. ECG Angiografia coronariana

    Tratamento:

    O tratamento iniciado com medidas para se evitar a doena arterial coronariana, retardar sua pro-

    gresso ou revert-la atravs do tratamento das causas conhecidas (fatores de risco). Os principais fatores de

    risco, como a hipertenso arterial e os elevados nveis de colesterol, so tratados imediatamente. O tabagis-

    mo o fator de risco evitvel mais importante da doena arterial coronariana.

    O tratamento da angina depende em parte da gravidade e da estabilidade dos sintomas. Quando os

    sintomas pioram rapidamente, a hospitalizao imediata e o tratamento medicamentoso so usuais. Se os

    sintomas no forem substancialmente minimizados com o tratamento medicamentoso, a dieta e a alterao

    do estilo de vida, a angiografia pode ser utilizada para determinar a possibilidade de uma cirurgia de revas-

    cularizao miocrdica ou de uma angioplastia.

    * Cuidados de enfermagem - avaliar as caractersticas da dor no peito e sintomas associados.

    - avaliar a respirao, a presso sangnea e freqncia cardaca em cada episdio de dor torcica.

    - fazer um ECG, cada vez que a dor torcica surgir, para evidenciar infarto posterior.

    - monitorizar a resposta ao tratamento medicamentoso.

    - avisar o mdico se a dor no diminuir.

    - identificar junto ao cliente as atividades que provoquem dor.

    - oferecer assistncia de maneira calma e eficiente de modo a reconfortar o cliente at que o desconforto

    desaparea.

    - prover um ambiente confortvel e silencioso para o cliente/famlia. - ajudar o paciente a identificar seus prprios fatores de risco.

    - ajudar o paciente a estabelecer um plano para modificaes dos fatores de risco.

    - providenciar orientao nutricional ao cliente/famlia.

    - esclarecer o cliente/famlia acerca dos medicamentos que devero ser tomados aps a alta hospitalar.

    - esclarecer o cliente acerca do plano teraputico.

    - explicar a relao entre a dieta, atividades fsicas e a doena.

    * Cuidados de enfermagem na administrao do nitrato - a nitroglicerina pode causar uma sensao de queimadura sob a lngua quando dor forte;

    - orientar o paciente a no deglutir a saliva at que o comprimido esteja totalmente diludo;

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    - para ao mais rpida, orientar o paciente a triturar o comprimido entre os dentes (conforme prescrio

    mdica);

    - orientar repouso at o desaparecimento dos sintomas;

    - comunicar qualquer alterao ao mdico.

    REVISANDO:

    Presso arterial: a presso do sangue de encontro s paredes arteriais.

    Presso sistlica: presso mxima do sangue exercida de encontro s paredes arteriais quando o

    corao se contrai ( 100 a 140 mmHg). Presso diastlica: fora do sangue exercida de encontro s paredes arteriais durante a fase de re-

    laxamento do corao ( 60 a 90 mmHg). Presso sangnea: expressa como sistlica e diastlica (120 x 80 mmHg). Presso de pulso ou presso diferencial: diferena entre as presses sistlica e diastlica (40 a 60

    mmHg) - traduz o volume sistlico e a elasticidade arterial. Presso arterial mdia: mdia das presses sistlica e diastlica (PAM = PA sistlica + 2(PA dias-

    tlica) / 3)

    HIPERTENSO ARTERIAL SISTMICA

    Definio:A presso arterial alta (hipertenso) geralmente um distrbio assintomtico no qual a elevao anormal da presso nas artrias aumenta o risco de distrbios como o acidente vascular cerebral,

    ruptura de um aneurisma, insuficincia cardaca, infarto do miocrdio e leso renal.

    A hipertenso tem sido denominada de assassino silencioso, porque, em geral, ela no produz sin-

    tomas durante muitos anos (at ocorrer leso de um rgo vital). O problema ocorre mais freqentemente

    entre os indivduos da raa negra 38% dos adultos (principalmente mulheres) negros apresentam hiperten-

    so arterial, em comparao com 29% dos adultos da raa branca. Frente a um determinado nvel de presso

    arterial, as conseqncias da hipertenso so piores nos indivduos da raa negra.

    A hipertenso arterial definida pela presso sistlica mdia em repouso de 140 mmHg ou mais e/ou

    pela presso diastlica em repouso mdia de 90 mmHg ou mais. Nos casos de hipertenso arterial, comum

    tanto a presso sistlica quanto a presso diastlica estarem elevadas.

    Classificao da HAS

    HAS primria ou essencial: corresponde a 90% dos casos. No h causa especfica identificvel. Caracteri-za-se por uma lenta progresso na elevao da PA ao longo de um perodo de anos.

    HAS secundria: corresponde a 10% dos casos. Decorre de outras doenas orgnicas definidas. Este tipo de hipertenso remitente desde que afaste a causa.

    Causas

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    HAS primria ou essencial: multifatorial.

    Hereditariedade meio ambiente (mudanas de hbito de vida e de condies gerais inerentes) influncias renais fatores hemodinmicos (DC, RVP, hipertrofia e contrao muscular dos vasos) sistema renina-angiotensina sistema nervoso (hiperatividade substncias hormonais vasoativas condies clnicas associadas (obesidade, tabagismo, diabetes mellitus, alcoolismo, etc)

    HAS secundria:

    origem endcrina - secreo inapropriada de ADH, hipo ou hipertireoidismo, diabetes mellitus, etc.

    origem renal: glomerulites agudas, glomerulonefrite crnica, pielonefrite crnica, nefropatias associ-adas a doenas sistmicas.

    origem vascular: coarctao da aorta, aneurisma da artria renal, arteriosclerose. etc. origem neurognica: ps-trauma craniano, ps-acidente vascular cerebral hemorrgico, etc. outras causas: estrgenos, doenas hipertensivas especficas da gravidez, etc.

    Incidncia:

    Mais elevado em mulheres do que em homens Aumenta aps a menopausa Mais incidente na raa negra Mais incidente em pessoas obesas

    Sintomas:

    Na maioria dos indivduos, a hipertenso arterial no produz sintomas

    alteraes nas retinas: hemorragia, exsudatos, estreitamento das arterolas

    nictria e azotemia

    comprometimento vascular cerebral com crise isqumica: hemiplegia temporria, perdas de consci-ncia ou alteraes da viso (turvao visual).

    sintomas cerebrais: dores de cabea (mecanismos desconhecidos), tonturas intensas, etc.

    falta de ar aos esforos; dores torcicas.

    sangramentos nasais.

    claudicao intermitente (comprometimento vascular nos MMII). Ocasionalmente, os indivduos com hipertenso arterial grave apresentam sonolncia ou mesmo o

    coma em razo do edema cerebral. Esse distrbio, denominado encefalopatia hipertensiva, requer um trata-

    mento de emergncia.

    Diagnstico: A presso arterial deve ser mensurada aps o paciente permanecer sentado ou deitado durante 5 minutos. Uma leitura igual ou superior a 140/90 mmHg considerada alta, mas no possvel basear o

    diagnstico apenas em uma leitura. s vezes, mesmo vrias leituras com valores altos no so suficientes

    para o estabelecimento do diagnstico. Se a leitura inicial apresentar um valor alto, a presso arterial deve

    ser medida novamente e, em seguida, medida mais duas vezes em pelo menos dois outros dias, para se asse-

    gurar o diagnstico de hipertenso arterial.

    Tratamento: A hipertenso arterial essencial no tem cura, mas pode ser tratada para impedir complicaes. Como a hipertenso arterial em si assintomtica, os mdicos procuram evitar tratamentos que provoquem

    mal-estar ou que interfiram no estilo de vida do paciente.

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    As alteraes dietticas dos indivduos diabticos, obesos ou com nvel sangneo de colesterol ele-

    vado tambm so importantes para a sade cardiovascular geral e podem tornar desnecessrio o tratamento

    medicamentoso da hipertenso arterial.

    A prtica moderada de exerccios aerbios til. Desde que a presso arterial esteja sob controle, os

    indivduos com hipertenso arterial essencial no precisam restringir suas atividades. Os tabagistas devem

    deixar de fumar.

    Terapia Medicamentosa

    Vrios tipos de drogas reduzem a presso arterial atravs mecanismos diferentes.

    Ao escolher uma droga, o mdico leva em considerao fatores como a idade, o sexo e a raa do paciente; a

    gravidade da hipertenso; a presena de outros distrbios, como o diabetes ou o nvel sangneo de coleste-

    rol elevado; os possveis efeitos colaterais, os quais variam de uma droga a outra; e o custo dos medicamen-

    tos e dos exames necessrios para controlar sua segurana. So utilizados diurticos e vasodilatadores peri-

    fricos.

    * Cuidados de enfermagem - avaliar presso arterial a cada 30 minutos ou quando necessrio, at estabilizao da mesma;

    - avaliar pulsao perifrica

    - observar sinais de insuficincia cardaca (taquicardia, agitao, cianose, dispnia, extremidades frias).

    - identificar as caractersticas da dor, como localizao, tipo, intensidade, durao, etc.

    - orientar o paciente quanto necessidade de repouso durante a dor;

    - oferecer ambiente tranqilo e organizar o atendimento, de modo a oferecer perodos de descanso.

    - observar a ocorrncia de epistaxe e realizar as medidas de controle.

    - verificar a PA diariamente nos mesmos horrios e com o paciente em repouso;

    - evitar excesso de atividade fsica;

    - atentar para sinais de confuso mental, irritabilidade, desorientao, cefalia, nuseas e vmito;

    - realizar balano hdrico;

    - oferecer dieta leve, fracionada, hipossdica, hipolipdica;

    - observar o aparecimento de sinais e sintomas de intoxicao medicamentosa;

    - transmitir segurana na execuo das atividades;

    - atentar para efeitos colaterais da farmacoterapia: podem ocorrer hipotenso, sensao de desmaio, vertigem

    ao mudar de posio, perda de fora, perda do apetite, secura na boca, sonolncia.

    - instruir o cliente sobre a doena e a importncia do tratamento;

    - orientar o paciente sobre a importncia da perda de peso corpreo, at o nvel desejado;

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    - tomar regularmente o medicamento prescrito;

    - descrever os efeitos dos medicamentos ao paciente e os sinais e sintomas da superdosagem;

    - instruir o paciente para auto verificao da presso arterial diariamente;

    - explicar a importncia de aderir a um programa de exerccios;

    - orientar o cliente e a famlia sobre:

    programas educacionais de aconselhamento;

    importncia da consulta mdica e de enfermagem;

    importncia da dieta alimentar;

    informar sobre os recursos da comunidade para o atendimento ao hipertenso.

    INFARTO AGUDO DO MIOCRDIO

    Definio: O infarto agudo do miocrdio (IAM) uma situao grave causado pelo estreitamento de uma artria coronria pela aterosclerose, ou pela obstruo total de uma coronria por mbolo ou trombo, ocasio-

    nando a necrose de reas do miocrdio. A reduo do fluxo sangneo tambm pode ser resultante de cho-

    que ou hemorragias Pode ser confundida com sintomas mais corriqueiros, tais como: flatulncia, dor muscu-

    lar, tenses, dentre outros. Vale lembrar que na angina o suprimento de sangue reduzido temporariamente,

    provocando a dor, enquanto no IAM ocorre uma interrupo abrupta do fluxo de sangue para o miocrdio.

    A incidncia de infarto ainda maior nos homens acima de 40 anos. Porm, mulheres no climatrio que uti-

    lizam anticoncepcional e fumam apresentam uma mortalidade maior ao ter infarto. Observa- se que, hoje,

    h um aumento de pessoas infartadas com faixa etria menor, em decorrncia do estilo da vida moderna.

    Fatores de risco para aterosclerose (fatores de risco cardiovascular)

    O risco de ocorrer aterosclerose aumenta com a hipertenso arterial, nveis sangneos elevados de

    colesterol ruim (LDL-colesterol), nveis baixos de colesterol bom (HDL-colesterol), tabagismo, diabetes

    mellitus, obesidade (principalmente da cintura para cima ou abdominal), sedentarismo, estresse psicossocial,

    envelhecimento e a hereditariedade.

    Sintomas:Em geral, a aterosclerose no causa sintomas at haver produzido um estreitamento importante da artria ou at provocar uma obstruo sbita. Os sintomas dependem do local de desenvolvimento da ateros-

    clerose. Por essa razo, eles podem refletir problemas no corao, no crebro, nos membros inferiores ou em

    praticamente qualquer regio do corpo.

    * Preveno e Tratamento da aterosclerose: Para evitar a aterosclerose, devem ser eliminados os fatores de risco controlveis: nveis sangneos

    elevados de colesterol, hipertenso arterial, tabagismo, obesidade e falta de exerccio.

    Medidas gerais:

    Reduzir a ingesto de gorduras e colesterol Parar de fumar Controle diettico Tratamento de doenas como diabetes e hipertenso.

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    O melhor tratamento para a aterosclerose a preveno. Quando a aterosclerose torna-se suficiente-

    mente grave a ponto de causar complicaes, o mdico deve tratar as complicaes angina, infarto do mi-

    ocrdio, arritmias cardacas, insuficincia cardaca, insuficincia renal, acidente vascular cerebral ou obstru-

    o de artrias perifricas.

    Manifestaes clnicas do IAM:

    A dor torcica o principal sintoma associado ao IAM. descrita como uma dor sbita, subesternal, constante e constritiva, que pode ou no se irradiar para vrias partes do corpo, como a mandbula, costas,

    pescoo e membros superiores (especialmente a face interna do membro superior esquerdo). Muitas vezes, a

    dor acompanhada de taquipnia, taquisfigmia, palidez, sudorese fria e pegajosa, tonteira, confuso mental,

    nusea e vmito. A qualidade, localizao e intensidade da dor associada ao IAM pode ser semelhante dor

    provocada pela angina. As principais diferenas so: a dor do IAM mais intensa; no necessariamente

    produzida por esforo fsico e no aliviada por nitroglicerina e repouso.

    A dor decorrente do IAM quase sempre vem acompanhada da sensao de morte iminente.

    Diagnstico: O Geralmente se baseia na histria da doena atual, no eletrocardiograma e nos nveis sricos (sangneos) das enzimas cardacas. O prognstico depende da extenso da leso miocrdica. O tratamen-to pode ser clnico ou cirrgico, dependendo da extenso e da rea acometida.

    Os profissionais de sade precisam estar atentos para um diagnstico precoce, tendo em vista que esta

    uma das maiores causas de mortalidade. O atendimento imediato, ao cliente infartado, garante a sua sobrevi-

    vncia e/ou uma recuperao com um mnimo de seqelas. O idoso nem sempre apresenta a dor constritiva

    tpica associada ao IAM, em virtude da menor resposta dos neurotransmissores, que ocorre no perodo de

    envelhecimento, podendo assim passar despercebido.

    Assistncia de enfermagem deve englobar os seguintes aspectos:

    Proporcionar um ambiente adequado para o repouso fsico e mental;

    Fornecer oxignio e administrar opiceos (analgsico e sedativo) e ansiolticos prescritos para alvio da dor e diminuio da ansiedade;

    Prevenir complicaes, observando sinais vitais, estado de conscincia, alimentao adequada, elimi-naes urinria e intestinal e administrao de trombolticos prescritos;

    Auxiliar nos exames complementares, como eletrocardiograma, dosagem das enzimas no sangue, eco-cardiograma, dentre outros;

    Atuar na reabilitao, fornecendo informaes para que o cliente possa dar continuidade ao uso dos medicamentos, controlar os fatores de risco, facilitando, assim, o ajuste interpessoal, minimizando seus

    medos e ansiedades;

    Repassar tais informaes tambm famlia

    ARRITMIAS CARDACAS

    Definio: As arritmias so distrbios da freqncia e do ritmo cardacos causados por alteraes no sistema de conduo do corao. Podem ocorrer em pessoas com o corao normal ou ainda como resposta a outras

    doenas, distrbios eletrolticos ou intoxicao medicamentosa. A freqncia cardaca normal varia de acor-

    do com a idade - quanto menor a idade, maior a freqncia. No adulto, pode oscilar entre 60 a 100 batimen-

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    tos por minuto (bpm). As arritmias de freqncia podem apresentar-se como taquicardia (acima de 10 bpm),

    bradicardia (abaixo de 60 bpm), fibrilao e flutter atrial (freqncia igual ou acima de 300 bpm).

    Manifestaes Clnicas

    dor no peito, palpitaes, falta de ar, desmaio, alterao do pulso e do eletrocardiograma (ECG), hipotenso, insuficincia cardaca , choque.

    Diagnsticos:

    O eletrocardiograma (ECG) registra a atividade eltrica do corao, permitindo diagnosticar uma

    vasta gama de distrbios cardacos. Eletrodos so conectados aos pulsos, tornozelos e peito. So ativados 2

    eletrodos de cada vez. Cada registro representa a atividade eltrica de uma regio do corao. Quando auxi-

    liar este procedimento, oriente a pessoa a ficar relaxada e imvel, isto poder acalm-la.

    Bradicardia

    Fibrilao

    Sem atividade eltrica PCR

    Tratamento

    O tratamento feito com medicamentos antiarrtmicos, cardioverso eltrica e implantao de mar-capasso.

    As aes de enfermagem devem estar voltadas para:

    Transmitir segurana pessoa que apresenta arritmia, estabelecendo dilogo, possibilitando mesma expor seus sentimentos de impotncia e insegurana, a fim de diminuir sua ansiedade;

    Proporcionar sono e repouso adequados, garantindo ambiente livre de rudos;

    Monitorizar sinais vitais;

    Oferecer oxignio, se necessrio, para reduzir a hipxia causada pela arritmia;

    Observar os cuidados com a administrao de antiarrtmico (verificao de pulso antes e aps a do-sagem prescrita);

    Orientar a famlia e a pessoa acometida sobre os procedimentos a serem realizados; e, quando a alta for dada,

    Destacar a importncia do controle do estresse, de se evitar o uso do fumo e reduzir a ingesto de ca-fena (caf, ch mate, ch preto, refigerantes a base de cola).

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    VARIZES, FLEBITE E TROMBOSE

    Definies:

    Varizes so vrias superfcies anormalmanete dilatadas provocadas por incompetncia da circulao

    venosa.

    A flebite uma inflamao que ocorre na veia.

    A trombose quando se forma um cogulo de sangue no interior do vaso sanguneo.Quando as duas

    situaes anteriores ocorrem simultaneamente, chamamos de trombloflebite.

    Fatores de Risco: As veias varicosas afetam as mulheres especialmente grvidas e pessoas cujas ocupaes exijam ficar em p ou sentados por perodos prolongados.

    Ocorre com mais freqncia nos membros inferiores, porm possam acontecer em outras partes do orga-

    nismo ( ex: varizes esofgicas).Tambm pode ocorrer em pessoas com Cncer, obesos, mulheres que fazem

    uso de contraceptivo oral, em coagulopatia, cirurgias.

    Manifestaes Clnicas:

    Quando apenas as veias superficiais so afetadas, a pessoa pode no apresentar sintomas, mas pode ser

    pertubada pela aparncia das veias dilatadas. Os sintomas quando presentes podem tomar a forma de dor

    contnua, cimbras e fadiga muscular aumentada nas pernas, edema de tornozelo e sensao de peso.Quando

    ocorre obstruo venosa profunda os sinais e sintomas so> edema, dor, pigmentao e ulceraes, infeco.

    * Medidas Preventivas: Evitar meias e cintos apertados;

    Evitar cruzar as pernas na altura das coxas ou sentar ou ficar em p por longos perodos;

    Mudar frequentemente de posio, especialmente os acamados;

    Elevar as pernas quando estiverem cansadas;

    Fazer caminhada ou outros exerccios fsicos;

    Utilizar as meias elsticas de cano longo, especialmente mulheres grvidas;

    Avise seu mdico se voc tem um histrico de varizes, e faz uso de estrgenos;

    Evite fumar;

    Procurar evitar traumatismo no brao ou na perna ( causado por uma queda) ou leses das veias ( causadas por injees ou agulhas de aceso venoso);

    Se estiver confinado a uma cama ou cadeira, alongue-se com freqncia;

    Estique os ps como se estivesse pisando em um acelerador e depois relaxe.

    Faa movimentos com um p e depois com o outro.

    Tratamento:

    Farmacolgico: anticoagulantes; Cirrgico: fazendo a ligao de veias; Paliativo: que a escleroterapia, uma substncia qumica introduzida dentro da veia.

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    UNIDADE IV - ASSISTNCIA DE ENFERMAGEM AFECES DO SISTEMA HEMATOLGI-CO

    Relembrando:

    ELEMENTOS FIGURADOS DO SANGUE:

    GLBULOS BRANCOS Leuccitos,macrfagos,basfilos,neutrfilos,moncitos,eosinfilos

    GLBULOS VERMELHOS- eritrcitos,hemcias,hemoglobina,hematcrito

    PLAQUETAS

    PLASMA: parte lquida do sangue

    ANEMIA

    Definio: Anemia definida pela Organizao Mundial de Sade (OMS) como a condio na qual o con-tedo de hemoglobina no sangue est abaixo do normal como resultado da carncia de um ou mais nutrien-

    tes essenciais, seja qual for a causa dessa deficincia. Diz-se haver anemia quando a concentrao da hemo-

    globina sangunea diminui aqum de nveis arbitrados pela Organizao Mundial de Sade em 13 g/dL para

    homens, 12 g/dL para mulheres, e 11 g/dL para gestantes e crianas entre 6 meses e 6 anos. As anemias po-

    dem ser causadas por deficincia de vrios nutrientes como Ferro, Zinco, Vitamina B12 e protenas.

    Etiologia As causas principais de anemia so:

    perda excessiva de sangue

    deficincias e anomalias de produo de hemcias, e

    destruio excessiva de hemcias

    Classificao As anemias se classificam de acordo com o tamanho das hemcias:

    Microcticas: anemia ferropriva (a mais comum de todas), hemoglobinopatias (talassemia, hemoglobinopa-tia C, hemoglobinopatia E), secundrias a algumas doenas crnicas, anemia sideroblstica.

    Macrocticas: anemia megaloblstica, anemia perniciosa, alcoolismo, devido ao uso de certos medicamen-tos (Metrotrexato, Zidovudina)

    Normoctica: por perda de sangue, anemia aplsica, anemia falciforme, secundrias a doenas crnicas.

    Algumas anemias:

    ANEMIA FERROPRIVA - muito mais comum que as demais (estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carncia de Ferro). O Ferro um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na snte-

    se (fabricao) das clulas vermelhas do sangue e no transporte do Oxignio para todas as clulas do corpo.

    Crianas, gestantes, lactantes (mulheres que esto amamentando), meninas adolescentes e mulheres adultas em fase de reproduo so os grupos mais afetados pela doena, muito embora homens -adolescentes

    e adultos- e os idosos tambm possam ser afetados por ela.

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    Sintomas: Os sinais e sintomas da carncia de ferro so inespecficos, necessitando-se de exames laborato-riais (sangue) para que seja confirmado o diagnstico de Anemia Ferropriva. Os principais sinais e sintomas

    so: fadiga generalizada, anorexia (falta de apetite), palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengi-

    vas), menor disposio para o trabalho, dificuldade de aprendizagem nas crianas, apatia.

    Diagnstico: O hemograma mostra a anemia, caracterizada pela presena de glbulos vermelhos menores que o normal (microcitose), por faltar-lhes contedo hemoglobnico. A dosagem plasmtica da ferritina,

    forma qumica de armazenamento do ferro no organismo, mostra-a muito baixa ou ausente.

    Tratamento : A anemia ferropriva cura-se em dois a trs meses com a administrao de sulfato ferroso oral, alm de uma dieta rica em carne vermelha, vegetais de folhas escuras tambm contm muito ferro, mas sua

    absoro menor. Os cereais de modo geral, e em particular o feijo e a lentilha, so ricos em ferro. Uma

    dieta equilibrada, portanto, deve suprir a necessidade diria de ferro, que de 1mg, para compensar o con-

    sumo desse mineral, uma vez que a vida mdia do glbulo vermelho e da hemoglobina de aproximada-

    mente 120 dias.

    ANEMIA PERNICIOSA - A vitamina B12, cujo nome cientfico cianocobalamina, foi isolada e iden-tificada a partir de um extrato de fgado, em 1948. indispensvel, na espcie humana, para a proliferao

    dos glbulos do sangue e para a manuteno da integridade das clulas nervosas. A vitamina B12 s existe

    no reino animal; os vegetarianos restritos (que no comem nenhum produto de origem animal), rarssimos

    no Brasil, desenvolvem a carncia. A falta de vitamina B12 causa anemia e alteraes neurolgicas, que so

    progressivas e mortais se no houver tratamento

    Sintomas: glossite (lngua vermelha e ardente), surgem dormncias, depois falta de sensibilidade, nas ex-tremidades; deteriorao mental irreversvel.

    Diagnstico: O hemograma mostra que a anemia macroctica, isto , caracterizada pela presena de eri-trcitos (glbulos vermelhos) maiores que o usual. A dosagem de vitamina B12 no soro sangneo til

    para o diagnstico.

    Tratamento : Consiste na reposio atravs de injeo intramuscular de vitamina B12; dois ou trs dias aps a primeira injeo, o paciente sente-se eufrico, bem disposto e com apetite. A anemia cura-se em pou-

    cas semanas; os sintomas neurolgicos de modo mais lento. Como a gastrite atrfica uma doena definiti-

    va, o tratamento com uma injeo mensal de B12 deve ser mantido por toda a vida.

    ANEMIA APLSTICA - uma doena devido a uma alterao na funo da medula ssea, onde existe uma falncia na produo de clulas sanguneas. A pancitopenia (nmero insuficiente de eritrcitos, leucci-

    tos e plaquetas), afeta clientes de todas as idades e ambos os sexos. (Luckmann e Sorensen, 1993).

    Os agentes etiolgicos fazem com que a medula ssea pare de produzir clulas sanguneas. O incio

    da anemia aplstica pode ser insidioso ou rpido. Nos casos hereditrios, o incio geralmente gradual.

    Quando a insuficincia de medula ssea resulta de uma mielotoxinas, o incio pode ser explosivo. Caso a condio no reverter, quando o agente agressor removido, ela pode ser fatal.

    Sintomas: fraqueza e fadigas leves e progressivas; sangramento costuma ser leve, mas em certas ocasies consiste em hemorragia da retina ou do sistema nervoso central; presena de petquias ou de equimose na

    pele, mucosas, conjuntivas e fundo do olho.

    Diagnstico: - Hemograma e esfregao de sangue perifrico: mostram diminuio nos nmeros de eritrcitos e plaquetas.

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    - Aspirao e bipsia da medula ssea: a medula ssea est hipocelular ou vazia, com um hematopoiese,

    bastante reduzido ou ausente.

    Tratamento: Nos casos de pacientes com aplasia leve deve-se procurar os possveis agentes etiolgicos, na expectativa de uma recuperao espontnea.

    O tratamento pode ajudar a prevenir perigosas complicaes.

    utilizado:

    - Hemotransfuso

    - Transplante da medula ssea.

    - A terapia com o imunossupressor.

    - A terapia de apoio.

    Prognstico: A evoluo do processo pode ser aguda e conduzir morte dentro de poucos dias, com o quadro de

    hemorragias repetidas, necrose e septicemia generalizada ou prosseguir durante meses ou mesmo vrios a-

    nos: vinte e cinco por cento dos pacientes morrem antes de trs meses e cinqenta por cento sobrevivem at

    vinte meses.

    ANEMIA FALCIFORME - A Anemia Falciforme uma doena gentica e hereditria, causada por anormalidade de hemoglobina dos glbulos vermelhos do sangue. Esses glbulos vermelhos perdem a forma

    discide, enrijecem-se e deformam-se, tomando a formato de foice. Os glbulos deformados, alongados,

    nem sempre conseguem passar atravs de pequenos vasos, bloqueando-os e impedindo a circulao do san-

    gue nas reas ao redor. Como resultado causa dano ao tecido circunvizinho e provoca dor.

    A forma comum da Anemia Falciforme (Hbss) acontece quando uma criana herda um gene da he-moglobina falciforme da me e outro do pai. necessrio que cada um dos pais tenha pelo menos um gene

    falciforme, o que significa que cada um portador de um gene da hemoglobina falciforme e um gene da

    hemoglobina normal.

    Como a condio de portador do trao falciforme um estado benigno, muitas pessoas no esto

    cientes de que o possuem. Quando duas pessoas portadoras do trao falciforme resolvem ter filhos(s), im-

    portante que saibam que para cada gestao h possibilidade de um para quatro de que a criana tenha doen-

    a falciforme; h possibilidade de uma em duas de que a criana tenha o trao da falciforme e a chance de

    um em quatro de que tenha a hemoglobina normal.

    A anemia falciforme mais freqente na populao negra e seus descendentes, mas ocorre tambm

    em brancos. A anemia falciforme no contagiosa. As pessoas portadoras necessitam de cuidados especiais

    de sade, desde a infncia.

    TRAO FALCIFORME: A Anemia Falciforme no deve ser confundida com o trao falciforme. Trao falciforme significa que a pessoa to somente portadora da

    doena, com vida social normal.

    Sinais e sintomas de anemia falciforme

    - Crises dolorosas: dor em ossos, msculos e juntas associadas ou no a infeces, exposies ao frio, esfor-

    os etc.;

    - palidez, cansao fcil, ictercia (cor amarelada, visvel principalmente no branco do olho);

    - lceras (feridas) nas pernas nas crianas pode haver inchao muito doloroso nas mos e nos ps;

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    - pode haver tambm seqestro do sangue no bao causando palidez muito grande, s vezes desmaio e au-

    mento do bao ( uma emergncia);

    - maior tendncia a infeces.

    Tratamento: Medicao para dor , Antibiticos,Aumento da oferta de lquidos,Transfuso sangu-nea,Repouso no leito e Cirurgia

    Aconselhamento gentico

    Pessoas que apresentam risco de gerar filhos com hemoglobinopatias graves tm o direito de ser in-

    formadas, atravs do aconselhamento gentico, a respeito de todas as implicaes dessas doenas.

    Cuidados de enfermagem

    - Incentivar ingesto de alimentos ricos em vitaminas e minerais 3 vezes ao dia.

    - Proporcionar ambiente adequado a uma melhor aceitao da dieta.

    - Informar o paciente da importncia da alimentao para a recuperao da sua sade.

    - Envolver a famlia na orientao de um plano diettico para o ps-alta.

    HEMOFILIA

    Definio: uma doena gentico-hereditria que se caracteriza por desordem no mecanismo de coagulao do sangue e manifesta-se quase exclusivamente no sexo masculino.

    Tipos: Existem dois tipos de hemofilia: A e B. A hemofilia A ocorre por deficincia do fator VIII de coagu-lao do sangue e a hemofilia B, por deficincia do fator IX.

    A doena pode ser classificada, ainda, segundo a quantidade do fator deficitrio em trs categorias:

    grave (fator menor do que 1%), moderada (de 1% a 5%) e leve, acima de 5%. Neste caso, s vezes, a enfer-

    midade passa despercebida at a idade adulta.

    Causa:O gene que causa a hemofilia transmitido pelo par de cromossomos sexuais XX. Em geral, as mulheres no desenvolvem a doena, mas so portadoras do defei-

    to. O filho do sexo masculino que pode manifestar a enfermidade.

    Alm dos sinais clnicos, o diagnstico feito por meio de um exame de san-

    gue que mede a dosagem do nvel dos fatores VIII e IX de coagulao sangnea.

    Diagnstico: Nos quadros graves e moderados, os sangramentos repetem-se espontaneamente. Em geral, so hemorragias intramusculares e intra-articulares que desgastam primeiro as cartilagens e depois provo-

    cam leses sseas. Os principais sintomas so dor forte, aumento da temperatura e restrio de movimentos

    e as articulaes mais comprometidas costumam ser joelho, tornozelo e cotovelo.

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    Os episdios de sangramento podem ocorrer logo no primeiro ano de vida do paciente sob a forma de

    equimoses (manchas roxas), que se tornam mais evidentes quando a criana comea a andar e a cair. No

    entanto, quando acometem a musculatura das costas, no costumam exteriorizar-se.

    Nos quadros leves, o sangramento ocorre em situaes como cirurgias, extrao de dentes e traumas.

    Tratamento: O tratamento da hemofilia evoluiu muito e, basicamente, consiste na reposio do fator anti-hemoflico. Paciente com hemofilia A recebe a molcula do fator VIII, e com hemofilia B, a molcula do

    fator IX. Os hemocentros distribuem gratuitamente essa medicao que fornecida pelo Ministrio da Sa-

    de.

    Quanto mais precoce for o incio do tratamento, menores sero as seqelas que deixaro os sangra-

    mentos. Por isso, o paciente deve ter em casa a dose de urgncia do fator anti-hemoflico especfico para seu

    caso e ser treinado para aplic-la em si mesmo to logo apaream os primeiros sintomas. Deve tambm fazer

    tambm aplicaes de gelo, no mnimo, trs vezes por dia, por 15 ou 20 minutos, at que a hemorragia es-

    tanque.

    Vencida a fase aguda, o portador de hemofilia deve ser encaminhado para fisioterapia a fim de refor-

    ar a musculatura e promover estabilidade articular.

    Recomendaes Os pais devem procurar assistncia mdica se o filho apresentar sangramentos freqentes e desproporcio-

    nais ao tamanho do trauma;

    Manchas roxas que aparecem no beb quando bate nas grades do bero podem ser um sinal de alerta para

    diagnstico da hemofilia;

    Os pais precisam ser orientados para saber como lidar com o filho hemoflico e devem estimular a criana a

    crescer normalmente;

    A pratica regular de exerccios que fortaleam a musculatura fundamental para os hemoflicos. No entan-

    to, esportes como jud, rgbi e futebol so desaconselhados;

    Episdios de sangramento devem receber tratamento o mais depressa possvel para evitar as seqelas mus-

    culares e articulares causadas pela hemorragia.

    * Cuidados de enfermagem - aconselhar sobre a importncia de conhecer sobre o tratamento;

    - aumentar a disposio para aprender sobre a hemofilia e seu tratamento;

    - ensinar o processo da doena;

    - proporcionar suporte emocional;

    - orientar modificao do comportamento, adaptando-se as limitaes impostas pela hemofilia;

    - ensinar habilidade psicomotora para realizar auto-infuso ou infuso domiciliar;

    - administrar fatores de coagulao conforme prescrio mdica;

    - realizar a crioterapia;

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    - orientar o repouso e imobilizao do membro durante o sangramento.

    - promover a terapia com atividades fsicas recomendadas para fortalecer o