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Agentes Biológicos.
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INTRODUÇÃO
Materiais biológicos manuseados em laboratórios são,
quase sempre, fontes de contaminações.As Boas
Práticas em Laboratório, seguindo as regras da
Biossegurança devem ser adotadas para minimizar a
ocorrência de eventuais acidentes, contaminações
ambientais e do corpo técnico operacional.
De acordo com os critérios de patogenicidade os
microorganismos podem ser classificados com base no
seu potencial patogênico, para o homem e para os
animais, a saber:
CLASSES DE RISCO DOS
AGENTES BIOLÓGICOS
Classe de risco 2- (risco individual moderado e risco limitado paraa comunidade) –patógeno capaz de causar doença ao homem e aosanimais, mas que não consiste em sério risco a quem manipula, àcomunidade, aos seres vivos e ao meio ambiente ,quandomanipulado em condições de contenção.
Classe de risco 3- (elevado risco individual e risco limitado para acomunidade) - patógeno que geralmente causa doenças graves aohomem e aos animais e pode representar sério risco a quem omanipula. Os laboratórios, de um modo geral, podem serclassificados no nível 2 de biossegurança, mas trabalhamos commateriais biológicos que podem conter microrganismosclassificados nos níveis 3, e por esta razão necessitamos deprocedimentos adequados para o trabalho no laboratório. Asexposições laboratoriais podem causar contaminações, mas aexistência de medidas eficazes de tratamento e prevenção limita osriscos.
FATORES IMPORTANTES
Os profissionais de saúde não eram considerados como categoriaprofissional de alto risco para acidentes de trabalho.A preocupação com riscos biológicos surgiu a partir daconstatação dos agravos à saúde dos profissionais que exerciamatividades em laboratórios onde se dava a manipulação commicrorganismos e material clínico desde o início dos anos 40.Para profissionais que atuam na área clínica, entretanto, somente apartir da epidemia da AIDS nos anos 80, as normas para asquestões de segurança no ambiente de trabalho foram melhorestabelecidas.A definição dos profissionais e dos trabalhadores quedevem ser considerados como parte integrante do setor saúde, eportanto, expostos ao risco de contaminação ocupacional ébastante complexa. Essa definição, no entanto, é necessária para quese calculem algumas taxas de exposição que envolvam as categoriasprofissionais específicas.
ÁREA DE ATUAÇÃO
O Técnico em Análises Clínicas auxilia e executa atividadespadronizadas de laboratório - automatizadas ou técnicas clássicas -necessárias ao diagnóstico, nas áreas de parasitologia, microbiologiamédica, imunologia, hematologia, bioquímica, biologia molecular eurinálise. Colabora, compondo equipes multidisciplinares, nainvestigação e implantação de novas tecnologias biomédicasrelacionadas às análises clínicas. Opera e zela pelo bomfuncionamento do aparato tecnológico de laboratório de saúde. Emsua atuação é requerida a supervisão profissional pertinente, bemcomo a observância à impossibilidade de divulgação direta deresultados.
VIAS DE INFECÇÃO
Via aérea: Inalação de aerossóis com soluções ou partículasinfectantes que podem se formar durante a remoção de tampas detubos de ensaio ou frascos, em pipetagem rápida,por centrifugaçãode tubos destampados e/ou por aquecimento rápido.
Oral: Geralmente ocorre por pipetagem com a boca ou o ato delevar a mão ou objetos contaminados à boca.
Inoculação direta: Picadas acidentais de agulhas, lancetas, cacos devidro,arranhões ou cortes podem ser facilmente contaminados porcontato com amostras biológicas infectantes.
Mucosas: Contato direto ou indireto de agente infectante com asmucosas da boca e olhos.
MÉTODOS DE PROFILAXIA
Utilização dos EPI´s
Máxima atenção durante o manuseio do material biológico, bem como dos materiais pérfuro-cortantes utilizados durante os procedimentos diretos com o paciente e nas análises.
Jamais desprezar materiais pérfuro-cortantes em recipientes inadequados.
Todo material pérfuro-cortante deve ser descartado em recipientes resistentes à perfuração
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL
TIPOS DE RISCOS
RISCO DE ACIDENTES (as máquinas e equipamentos sem proteção, probabilidade de
incêndio e explosão, arranjo físico inadequado, armazenamento inadequado, etc).
RISCOS ERGONÔMICOS (o levantamento e transporte manual de peso, o ritmo
excessivo de trabalho, a monotonia, a repetitividade, a responsabilidade excessiva, a
postura inadequada de trabalho, o trabalho em turnos, etc).
RISCO FÍSICO (ruídos, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som, materiais cortantes e pontiagudos, etc ).
RISCOS QUÍMICOS (pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou
ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão).
RISCO BIOLÓGICO (Todas as pessoas que freqüentam o laboratório (contratados e
estagiários) devem estar imunizados contra tétano, difteria, hepatite B ou outras vacinas
eficazes contra agentes biológicos a que estarão expostos.
CONTAMINAÇÕES
Dentre as principais patologias possíveis de
serem contraídas pelo profissional da saúde,
destacam-se a AIDS e as Hepatites B e C,
em virtude da gravidade e da situação
terapêutica atual, mas é importante lembrar
que não são as únicas. Existe sempre o risco
de adquirir outras doenças que, da mesma
forma, têm seu veículo de transmissão no
sangue, líquidos corporais, secreções,
fezes e etc.
AIDS
Transmissão Acidental- A maioria das transmissões acidentais acontecem por seringas e
agulhas.
Sintomas: febre persistente, calafrios, dor de cabeça, dor de
garganta, dores musculares, manchas na pele, gânglios ou ínguas
embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar
muito tempo para desaparecer. Caso contagiado 8 e 10 anos para
começar a desenvolver os sintomas.
Prevenção: Usar EPI’s, luva, mascara e usar o DESCARPACK
HEPATITE B e C
Transmissão Acidental - A maioria das transmissões acidentais acontecem por seringas e
agulhas.
Sintomas: mal-estar generalizado, dores de cabeça e no corpo,
cansaço fácil, falta de apetite e náusea, febre, coloração amarelada
das mucosas e da pele, coceira no corpo, urina escura, fezes.
Prevenção: Vacinação e EPI’s
PROCEDIMENTOS
Recomenda-se lavar exaustivamente o local com água e sabão, em casos de exposição percutânea.
Em casos de exposição de mucosas, a lavagem deve ser feita com água ou solução fisiológica.
Não efetuar cortes ou injeções locais.
DESCONTAMINAÇÃO E
ESTERILIZAÇÃOTodo material infeccioso ou equipamento utilizados na rotina do laboratório devem ser desinfetados antes da lavagem ou de ser jogados no lixo. A autoclavação deve ser o método de escolha.
Pois refere-se à completa eliminação de patógenos, agente biológico com capacidade de reprodução ou potencial infeccioso. O uso da autoclave é o método mais utilizado nas instituições de saúde e pesquisa, assegurando a completa destruição de microrganismos.
Este processo geralmente envolve aquecimento da água em uma câmara sob pressão gerando vapor sob uma pressão de 15 psi, o que ocorre em temperatura de cerca de 121° C por no mínimo 15 minutos. O tempo é medido após a
temperatura do material envolvido atingir 121° C.
O fator crítico nesta fase é a garantia que não fique ar preso no interior do autoclave, o que pode impedir que a temperatura no interior do aparelho atinja os 121o C . para isto deve haver um monitoramento da temperatura com um termômetro-manômentro, bem como controle do processo com uso de um indicador químico ou biológico.
PRÁTICAS IMPORTANTES
Lavar bem as mãos, com água e sabão, no início e término do trabalho no laboratório
Cabelos longos devem ser presos
Usar calça comprida (não é permitido usar saia e bermuda)
Utilizar avental de mangas longas e calçado fechado de salto baixo
É proibida a saída da área de trabalho utilizando luvas, máscara ou avental, assim como o contato com materiais e aparelhos limpos (telefone, teclado de Computador,maçanetas, etc).
Considerar todo material clínico (soro, plasma, sangue) como se fosse contaminado. Estes materiais poderão conter vírus da Hepatite B, Hepatite C, Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV),
HTLV-I/II, agente da Sífilis, da doença de Chagas e a urina também poderá estar contaminada com bactérias, parasitas, leveduras, vírus, etc.