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Q SE LIGUE - Seja um doador de san-gue. Vamos ao Hemopa!

Q DOMINGÃO - Hoje e dia de ver as mágicas no Circo Tihany e tutti qui ler O LIBERAL.

Q PORTUGAL - Confirmado para o Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte e Reunião Internacional do Fórum Landi, o professor José Meco, pesquisa-dor português referência em estudos sobre azulejaria. Tudo em abril.

Q CIÊNCIA - Ima Vieira, pesquisado-ra e ex- diretora do Museu Goeldi, foi convidada pra assumir um cargo no Ministério da Ciência e Tecnologia e do CNPq em Brasília.

Q CINEMA - Orlando Sena, homem de cinema e dos mais atuantes, vai ser um dos convidados esta semana do Curso de Cinema da Universidade Federal que acaba de iniciar nesta semana.

Q TOUR - Já esta circulando pelas bancas de todo o Brasil a Revista AreaVip, que tem edição especial de aniversário falando em seis páginas sobre o Marajó, tendo como tema a cidade de Soure.

Q NOVIDADE - Quem entrou por uma reforma geral e reabriu neste final de semana foi a Hache, boate de Círio Sens.

Q QUIXOTE - No dia 20 tem estreia no espaço Reator, na 14 de Abril. En-tra em cena “À Sombra de D. Quixo-te”, espetáculo de teatro de sombras, do coletivo Mia Sombra, premiado pela Funarte em 2010.

Q GUITARRADA - Já “Mestre Vieira - 50 Anos de Guitarrada” foi um dos 26 projetos contemplados aqui pelo Conexão Vivo. Será realizado um do-cumentário sobre a trajetória dele e a história da guitarrada no Pará e um show comemorativo, com convidados especiais.

Q SONS - Leila Pinheiro e banda com seu show “Meu segredo mais sincero”, com onze painéis de projeção, nos dias 22 e 23 de janeiro no Sesc Pinhei-ros em São Paulo. Quem estiver por lá, é bom se programar.

Q CARGA - Depois de oito anos reinan-do na corte do planalto, Lula leva tudo para São Paulo. Vai precisar de onze caminhões para transportar 1.403.417 fotos cartas, vídeos e presentes. Que tal?

Q FILME - Vai começar a filmagem do curta - metragem “Zuleica”, com roteiro e direção de Afonso Gallindo. Astrea Lucena é a atriz principal.

Q QUEM SERÁ? - ADVB daqui começa os preparativos para o lançamento do prêmio “Personalidade de Marketing”.

Q MAIS - O Castanheira ampliou o número de vagas para estacio-namento de veículos no térreo do shopping. Agora serão ao todo, mil e oitocentas vagas.

Q HOLLYWOOD - Juntos, a Caiana Filmes, a livraria Saraiva e a Pizzaria Vitória vão promover uma noitada do Oscar no dia 27 de fevereiro. Vai ter transmissão ao vivo da festa na íntegra.

Q CASA - O Projeto da Casa Cor Pará já esta andando. Depois de fechar com a Deca, o evento faz parceria de patrocínio local com os modulados Todeschini. Selo na organização é de Isan Anijar, Sandra e César Meira.

Q LUZ - Aliás, pra quem é ramo, o ul-timo grito, digamos assim, na área de arquitetura é uma empresa de arquite-tura da Itália desenvolveu um “cimento transparente” que permite que a luz solar penetre nos ambientes, transfor-mando as paredes em janelas gigantes.

Q PASSARELA - Arte e moda. Na efeméride de moda que começa hoje na Marina da Glória, a grife Lix faz primeiro desfile na edição de inverno

2011 do Senac Rio Fashion Business inspirada na obra “O Rosto de Mae West”, de Salvador Dalí.

Q ESCOLHA - Você já escolheu as suas sete maravilhas do Pará? A pro-moção vai até o dia 23 e o público vai eleger as 7 Maravilhas do Pará. Vote através do portal ORM ou através de cupons encartados em O LIBERAL que devem ser depositados nas urnas disponibilizadas nas Lojas de Classi-ficados de O LIBERAL. Patrocínio é da Yamada, Vivo Cerpa, Celpa e Banco da Amazônia.

Q HELP - Não convidem para a mesma mesa a jornalista Fátima Gonçalves e a operadora OI. O motivo é a mudança de endereço, e seus serviços como TV Embratel e telefones. O caso se arrasta desde o dia 23 de dezembro, e o robô do atendimento não resolve nada.

Q NUA - Esta semana vai para as ban-cas o ensaio de nudez total da boazuda Andressa Ribeiro montada em cima de búfalos do Marajó. Tia Cândida quando viu as fotos saiu gritando sua frase sím-bolo: me acuda que eu vou ter um troço.

Q PIZZA - Quem andou trocando de idade entre massas e molhos foi o gente boa Cláudio Luzzi da Cantina Italiana. Salute!

Q PERIGO - Já tem assalto com arma e tudo rolando por Algodoal. No réveillon teve gente que perdeu tudo, os ataques acontecem durante a noite. Todo cuida-do é pouquíssimo !

Q REDES - Ainda na ilha, o movimen-to foi tão intenso que até uma nova modalidade de alojamento foi instala-da. São os redários, grandes espaços onde os jovens mochileiros alugam para atar suas redes.

Q Pra tudo ser realmente novo, você tem que se renovar aprimorar, reci-clar. Afinal hoje é mais um domingo de ano novo.

TICTAC

ismaelino pinto

O LIBERAL BELÉM, DOMINGO, 9 DE JANEIRO DE 20118 MAGAZINE

MAGAZINE

O LIBERALBELÉM, SÁBADO, 29 DE JANEIRO DE 2011 MAGAZINE 3

Pinduca mistura carnaval com carimbó. Página 4. MAGAZINE

“REATOR”Sombras coloridas ebonecos tridimensionais chamam atenção em“À Sombra de Quixote”

Teatro feito de sombras e ilusões

Desde que estreou, na se-mana passada, “À Sombra de Dom Quixote” só vem

encantando a platéia que se surpreende já na entrada para a sala de espetáculo, durante a projeção das sombras, e após o espetáculo, quando pode visitar os bastidores da manipulação dos bonecos. As apresentações seguem neste final de semana, nos dias 29 e 30 de janeiro, e ainda nos dias 5 e 6 de feverei-ro, no Stúdio Reator.

“Adorei a estética, gosto muito de teatro de animação, mas conhecia muito pouco de teatro de sombras e fiquei sur-presa de ver esta performance tão elaborada, tridimensionada, com tantos detalhes. Depois, ter acesso aos bonecos por de trás da tela é mais incrível ainda”, diz Ivi Souza, estudante de dança de Salvador, de passa-gem por Belém.

A montagem do coletivo Miasombra, que tem patrocí-nio da Funarte pelo Prêmio Myriam Muniz, traz cenas que conduzem o espectador ao imaginário poético de Dom Quixote de La Mancha, perso-nagem mais famosos da obra do poeta e dramaturgo espa-nhol Miguel de Cervantes. “Mas não tratamos exatamente do que o autor escreveu, embora o texto dele nos sirva como ins-piração para a nossa metáfora. Somos, todos nós, Dons Quixo-tes, imbuídos de dramaturgia.

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No Espaço Reator, manipulador de bonecos por trás da cena que o público vê através da tela

Em cena, três personagens contam histórias, através de cartas a Dom Quixote

SERVIÇO:

À Sombra de Dom Quixote. Dias 29 e 30, em janeiro, e 5 e 6 de fevereiro, às 20h30, no Reator – Trav. 14 de Abril, 1053, entre Magalhães Barata e Gov. José Malcher. Ingresso R$ 20, com meia entrada para estudantes e artistas. Ingressos podem ser reservados por telefone: 8112.8497 (apenas 30 lugares). Mais informações: Miasombra - www.miasombra.blogspot.com.

Além de sombras e luz, lemos cartas no espetáculo, escritas por cada um de nós, atores, ao verdadeiro Dom Quixote, falando de seu significado em nossas vidas”, explica a atriz sombrista Márcia Lima que, junto com Milton Aires e Lucas Alberto, manipula os objetos e bonecos por trás da tela.

“No processo conversamos muito sobre quem seriam estes Quixotes e chegamos a conclusão que todos nós, que lutamos por aquilo que conse-guimos, somos um”, conclui Márcia. Os três atores também têm as próprias sombras pro-

jetadas e contracenando com a dos bonecos, que por sua vez causam fascínio pelo formato tridimensional.

Iuri Nunes, que também foi ver o espetáculo na semana passada, disse que dois deta-lhes lhe chamaram muito a atenção: a reciclagem de ma-teriais utilizados nos bonecos também e a sensação de estar vendo cinema. “É a primeira vez que vi teatro de sombras e achei interessante. Sou cientista ambiental e então essa coisa da reciclagem de um material que seria lixo ir parar dentro do espetáculo é mais interessante

ainda. Outra coisa que fascina é que às vezes esquecemos que é sombra, parece que estamos vendo um filminho”, diz.

Outro detalhe que o público não deixa passar despercebido é o trabalho de Leo Bitar, na so-noridade do espetáculo. “Achei lindo, adorei a trilha sonora. É muito fantástica. Já tinha visto teatro de sombras antes, mas achei este bem diferente, com os objetos, as figuras huma-nas”, diz Socorro Ferreira, pes-quisadora da Embrapa.

Para a atriz Marileia Aguiar, “À Sombra de Quixote é um trabalho que merece ser visto

mais de uma vez. “Já vi outros espetáculos de sombras no Festival de Canelas alguns anos atrás. Mas eu nunca tinha visto cor na sombra. Fiquei encanta-da e fascinada. É a segunda vez que venho assistir”, explica.

O ESPETÁCULO

Em cena, três personagens contam suas histórias, atra-vés de cartas enviadas a Dom Quixote. Da obra de Cervan-tes são pinçados Dulcinéia, o cavalo Rocinante e o próprio Dom Quixote. E da livre ins-piração do coletivo emergiram

também um gigante moicano, uma menina que é abandonada na floresta, um menino peixe e uma sereia, além de uma cida-de ribeirinha que lembra Belém do Pará, propositalmente.

A dramaturgia de David Matos, não tem uma narrati-va linear. É escrita e trabalha-da de forma fragmentada e o espectador é levado a fazer inúmeras referências, ob-tendo significados próprios para o que está passando ali na tela. O coletivo Miasombra tem também na equipe a pro-dutora Leny Monteiro, na luz, Thiago Ferradaes, a costureira Cláudia Silveira, fotos de Lu-ciana Medeiros, consultoria artística de design gráfico de Nando Lima e os laboratoris-tas David Matos, Aníbal Pacha e Iara Souza.

O LIBERALBELÉM, QUINTA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2011 MAGAZINE 3

Exposição mostra olhares diversos sobre a capital paraense. Página 4. MAGAZINE

SOMBRASEspetáculo aborda o mundo onírico em adaptação daobra de Cervantes

Juventude à sombra de Quixote

Uma obra que foi escrita no século XVII, mas que, com sua temática voltada

para a luta entre o sonho e a realidade, até hoje encanta e inspira montagens artísticas. O livro “Dom Quixote de La Mancha”, escrito por Miguel de Cervantes, serviu como ponto de partida para o co-letivo de teatro Miasombra realizar a livre inspiração em teatro de sombras “À Sombra de Dom Quixote”, que será apresentada no espaço Rea-tor, de hoje (20) a 23 e 29 e 30 de janeiro e 5 e 6 de fevereiro, sempre às 20h30.

O espetáculo é um pro-jeto que se originou com a ideia de reunir pessoas que estivessem interessadas em pesquisar e desenvolver um trabalho com o teatro de sombras. Para realizar a montagem, foram necessá-rios cinco meses, que envol-veram laboratórios de dra-maturgia, criação e com os objetos e iluminação que se-riam usados no espetáculo.

“Após os laboratórios, percebemos que estávamos criando um coletivo de artis-tas e grupos, foi quando fun-

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Projeto é um processoque aindaestá em seuprimeiro estágio

O grupo associa a história de Cervantes aos sonhos, expectativas e trajetórias artísticas dos atores do espetáculo

SERVIÇO:

“À Sombra de Dom Quixote”. De 20 a 23, e 29 e 30 de janeiro e nos dias 5 e 6 de fevereiro, às 20h30, no Reator – Travessa 14 de Abril, 1053, entre Magalhães Barata e Gov. José Malcher. Ingresso R$ 20 com meia entrada para estudantes. Ingressos podem ser reservados por telefone: 8112.8497 (apenas 30 lugares). Mais informações: Miasombra - www.miasombra.blogspot.com / miasombra.teatro@gmail.com; Studio Reator - www.reator.art.br

brinhas são alguns dos arti-gos que, com um olhar mais atento, podemos notar na composição dos bonecos.

Os delírios de Dom Qui-xote também são trazidos para a realidade amazônica, por meio da utilização do barulho da cidade, do clima e da amada de Quixote, Dul-cinéia, que em uma noite de lua cheia, mergulha no rio e se transforma em sereia.

damos o coletivo Miasombra e começamos a montagem do espetáculo”, relata o ator e coordenador de produção, Milton Aires.

O teatro de sombras, que tem a duração de 40 minutos, foi realizado com o patrocínio do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz. O ator Lucas Alberto diz que a temática de Dom Quixote “se encaixou

como uma luva no teatro de sombras, por tratar de fantasia, sonho, retirada da realidade”.

Durante a apresentação, o grupo não narra a história da maneira que está retratada no romance “Dom Quixote de La Mancha”, mas a associa aos sonhos, expectativas e traje-tórias artísticas dos atores do espetáculo. “De cada um de-les, eu extraí cartas falando de

sonhos pessoais e do que eles passaram na trajetória artísti-ca pra chegar onde estão hoje”, relata o diretor do espetáculo, David Matos.

O projeto que será apresen-tado ao público é um processo que está em seu primeiro es-tágio, de acordo com David. “Vamos mostrar o espetáculo às pessoas e, em seguida, ou-vir tudo o que elas têm a di-

zer. Depois vamos partir para o segundo, terceiro, e quantos estágios forem necessários, até o espetáculo, junto com a juventude dos atores, amadu-recer”, afirma.

Com um viés ambiental, o teatro de sombras utiliza materiais reciclados para compor os bonecos utiliza-dos. Peças de liquidificador, dominó, videocassete e som-

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Banco de matérias, que já foram publicados no site.

Espetáculo inspirado no teatro de sombras estreia no EspaçoReator

O espetáculo “À Sombra de Dom

Quixote” é uma livre inspiração em

teatro de sombras, construído a partirda obra de Miguel de Cervantes.

A estreia está marcada para apróxima quarta (20), no EspaçoReator. A temporada se estende até odia 23 e, posteriormente, seráapresentado nos dias 29 e 30 dejaneiro e ainda 05 e 06 de fevereiro,sempre a partir das 20h30.

O espetáculo é uma criação do coletivo MIASOMBRA, composto por artistas de

diversos grupos de Belém, reunidos com o interesse comum em investigar o teatrode sombras como matéria prima de expressão cênica.

De acordo com Milton Aires , idealizador do projeto, no espetáculo não se aborda

as narrativas escritas como se lê no romance “Dom Quixote de La Mancha”. “É

uma fabulação contemporânea análoga à realidade fantástica de certos Quixotes,

cavaleiros de tristes figuras que encontramos em nossos dias”, explica.

A história inicia com a supostamorte ou desaparecimento de um Sr.Quixote, que habitava as margens deum rio, numa zona periférica urbanade Belém. As únicas heranças quepossui são cartas que foram deixadaspara traz.

“À Sombra de Dom Quixote” propõeo encontro com um clássico daliteratura mundial, capaz de construiressa relação de afeto entre

linguagens. A natureza humanitária e imagética descrito por Cervantes na obra“Dom Quixote” é a fonte de inspiração para as imagens dramáticas que surgem pordetrás do pano.

“Buscamos interfaces entre o real e irreal ao qual submetemos o protagonista

Dom Quixote e o ilusionismo característico do teatro de animação. O estado de

jogo surge desse encontro da literatura, imagem estática, com o teatro, imagem

em ação”, completa Milton.

Segundo ele, a ideia não foiinterpretar as cenas, na íntegra, daobra de Cervantes, tarefa que se fariaincompleta, já que seria necessárioum processo mais longo de criação eapresentação.

O processo de montagem iniciouem setembro de 2010, com arealização de Laboratóriosconduzidos por Aníbal Pacha (teatrode formas animadas em sombras),David Matos (dramaturgia da imagem no teatro de sombras) e Iara Souza(dramaturgia da luz para o teatro de sombras).

As imagens dramáticas inspiradas da obra de Cervantes foram livrementerecriadas para o teatro, na busca por um diálogo com a cena contemporânea doTeatro de Animação em Belém.

Veja também:

José Luiz Mazziottiministra oficina decanto popular noIAP Turmas de manhã e à

tarde, com inscrições

gratuitas

Exposição"Pinturas" dePaulo Andrade Abertura, nesta terça,

19h na Galeria do

MABEU

Eu Sou neguinha?Gigi Furtado cantaCaetano Dia 21 de fevereiro, 19h,

no Sesc Boulevard.

Entrada franca

"Azul é a cor maisquente" temestreia sexta-feira,dia 14

Filme francês será

exibido no Cine Líbero

Luxardo, às 19 horas

O "PequenoGrande Aviador eo Planeta oInvisível" no palcodo Sesc Espetáculo para

crianças e adultos. Dia

16 e 23 de fevereiro, 11

horas, entrada franca

5º Festival CurtaAmazônia Inscrições pelo site até

15 de abril

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Coletivo reflete a poesia de Dom Quixote através do teatro desombras

Por Luciana Medeiros, autora do Blog Holofote Virtual

A estreia é nesta quinta-feira, 20, mas ontem já houve uma prévia para convidados. A temporada,no Espaço Reator, vai de 20 a 23, e ainda nos dias 29 e 30, em janeiro, e nos dias 05 e 06 defevereiro, sempre às 20h30.

O imaginário poético do famosocavaleiro de uma obra escrita há 400anos pelo dramaturgo e poetaespanhol Miguel de Cervantes foi omote escolhido pelo coletivoMiaSombra para construir “À Sombrade Dom Quixote”.

Contemplado pelo Prêmio de TeatroFunarte Myriam Muniz, o trabalho vemsendo desenvolvido há cinco mesespelo coletivo MiaSombra e agora trazao público um resultado inusitado para o tradicional teatro de sombras, artepraticada milenarmente, tendo como berço o oriente.

Integrando o campo do teatro de animação, o teatro de sombras geralmente utilizamarionetes, bonecos, objetos e máscaras, além de técnicas relativamente simples,tendo uma tela branca onde um foco de luz se acende e sombras de silhuetas defiguras humanas, animais, ou objetos, recortadas em papel, são projetadas emconjunto.

Mas em “À Sombra de Dom Quixote” tudo ficou mais ousado. E através de dasvárias experimentações realizadas nos meses de agosto, setembro e outubro de2010, nos laboratórios ministrados por David Matos (dramaturgia), Iara Regina(iluminação) e Aníbal Pacha (cenografia e bonecos para teatro de formasanimadas), o espetáculo ganhou uma tecnologia específica, brincando com ascenas como numa montagem audiovisual.

Os bonecos, por exemplo, ao invés de meros recortes em papel, são coloridos eganharam tridimensionalidade nas invenções do coletivo, coordenado nesta áreapor Maurício Franco, refletindo resultados a partir do que foi experimentando nolaboratório de teatro de formas animadas com Aníbal, que vem do Grupo In BustTeatro com Bonecos e hoje também é professor da Escolade Teatro e Dança da

UFPA - ETDUFPA .

Outra nuance que traz a diferençaneste trabalho é o da luz, que noespetáculo é manobrada peloiluminador Thiago Ferradaes.

Não há apenas um, mas váriosfocos de luz que se alternam não sóno espaço da tela branca, mas emcores, aumentando o grau deencantamento e magia visto na tela,

um resultado que vem do laboratório da professora Iara, que integra o quadrodocente da ETDUFPA.

David Matos, que participou da fase dos laboratórios e segue com o projeto atéeste momento, optou por uma dramaturgia que foge completamente ao texto deCervantes. “No espetáculo, através da livre inspiração em Dom Quixote, estamostambém falando de ecologia, da necessidade do ser humano se reconectar aoplaneta. Estamos falando de paz, de harmonia", diz David.

"Este grupo ele tem uma coisa queé intrínseca à obra do Cervantes.Dom Quixote não deixa de perseguir

Veja também:

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tarde, com inscrições

gratuitas

Exposição"Pinturas" dePaulo Andrade Abertura, nesta terça,

19h na Galeria do

MABEU

Eu Sou neguinha?Gigi Furtado cantaCaetano Dia 21 de fevereiro, 19h,

no Sesc Boulevard.

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exibido no Cine Líbero

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15 de abril

Dom Quixote não deixa de perseguir

o objetivo dele, passe o que passar,

encontre ou não a sua Dulcinéia, ele

não desiste de cumprir a missão dele

e assim é o MiaSombra”, explica.

Em cena estão os atoressombristas Milton Aires, que tambémé o idealizador do projeto; LucasAlberto, que faz o personagem Monstro Moicano e manipula o boneco de umamenina que é entregue para Dom Quixote cuidar; e Márcia Lima, que é Dulcinéia emanipula, junto com Milton Aires, a maioria dos outros bonecos feitos com materialreciclado, sucata de computador, brinquedos coloridos, sombrinhas.

São personagens fantásticos que saltam da imaginação de tantos dons Quixotesespalhados pelo mundo. Estão à sombra do cavaleiro, uma sereia, um meninopeixe, um caranguejo e ainda a maquete de uma cidade que não por acaso lembraBelém com seus prédios e palafitas. E claro estão em cena o próprio Dom Quixotee seu cavalo Rocinante, representado por um cavalinho de carrossel.

O espetáculo também tem um elemento indispensável, o som. A trilha sonora éassinada por Léo Bitar, que há 20 anos trabalha com teatro.

“Fiz uma pesquisa musical ampla.

Busquei obras clássicas que já

trilharam Dom Quixote, como o

Richard Strauss que já compôs uma

peça sobre ele. Fui procurar coisas

bem folclóricas espanholas, e com

influências francesas e árabes, enfim

fiz uma pesquisa abrangente,

busquei também bandas novas,

tocando músicas tipicamente

espanholas”, diz Leo.

Para Milton Aires, estrear o espetáculo é apenas o começo de uma longa jornada.“Costumo dizer que este espetáculo é fruto de um projeto que para mim tem uma

vida que independe da vida do grupo. O coletivo pesquisa teatro de sombra e

estamos descobrindo que acabamos fazendo um teatro de sombra que não é

convencional. A expectativa que temos é de ir aperfeiçoando-o e ao mesmo

tempo lhe dando outros desdobramentos”, finaliza Milton.

Coletivo

O espetáculo é uma criação do coletivo MIASOMBRA, artistas de diversos gruposde Belém, reunidos com o interesse comum em investigar o teatro de sombrascomo matéria prima de expressão cênica. Realizado com patrocínio do PrêmioFunarte de Teatro Myriam Munis – 2009; em parceria com: Studio REATOR,INTIMIDIA, Usina Contemporânea de Teatro, Companhia de Investigação Cênica ePRODUTORES CRIATIVOS. Apoio Cultural: Restaurante Calamares, Lú Refeições,Refry, Hiléia, Sol Informática e Imagética Filmes.

FICHA TÉCNICA

Atores sombristas: Lucas Alberto, Márcia Lima e Milton AiresRoteiro e criação: Coletivo MIASOMBRADireção: David Matos e Maurício FrancoDramaturgista: David MatosDireção de arte: Maurício FrancoDesenho de som: Leo BitarIluminação e operação técnica: Thiago FerradaesCostureira: Cláudia SilveiraProdução: Leny MonteiroAssessoria de Imprensa e fotos: Luciana MedeirosCoordenação de produção: Milton AiresConsultoria artística de design gráfico: Nando Lima

Cine Estação dasDocas exibe 2filmes "Dentro de Casa" e "A

Religiosa" na

programação do mês

Serginho Cunhaapresenta"Ginástica doRiso" Estreia novo show sexta,

dia 7 de fevereiro

"Traços

Entrelaçados" ,exposiçãoindiv idual de ElieniTenório Visitação até 28 de

fevereiro. Entrada franca

Ex-vocalista dabanda Lady Belvolta à cenamusical paraense Lançamento do CD

"Coisas que o tempo

não fez", de Erika

3ª edição do SalãoXumucuís de ArteDigital Inscrições para

exposições até 09 de

março

Exposição“ Impermanências” ,de Flávio Araújo,na Casa das OnzeJanelas Visitações até o dia 08

de março. Entrada

franca

Belém recebeexposição inéditade CândidoPortinari

Condução dos Laboratórios

Aníbal Pacha – Teatro de formas animadas em sombras

David Matos – Dramaturgia da imagem no Teatro de sombrasIara Souza – Dramaturgia da luz para o Teatro de sombras

Serviço:

Espetáculo “À Sombra de Dom Quixote”

Temporada: 20 a 23 de janeiro (quinta a domingo)

29 e 30 de janeiro (sábado e domingo) 05 e 06 de fevereiro (sábado e domingo)Horário: a partir das 20h30

Local: Espaço Reator – Trav. 14 de Abril, 1053 (entre Av. José Malcher e Av.

Magalhães Barata)Ingressos: R$ 20

Informações: (91) 8112-8497

Acesse: MIASOMBRA - www.miasombra.blogspot.com

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Portinari Visitação até 09 de

março, no Museu

Histórico do Pará

Hangar recebeexposição sobrevida e obra deDalcídio Jurandir Visitação até 28 de

fevereiro, de segunda a

sexta-feira, das 9h às

18h

5ª edição doPrêmio DiárioContemporâneo deFotografia Inscrições prorrogadas

até 25 de fevereiro

Atelier do Portoabre exposição Visitação de segunda a

sábado, das 9h às 17h.

Entrada franca

'À Sombra de Dom Quixote': lúdicocontemporâneo

O coletivo MiaSombra faz duas reapresentações do espetáculo “À Sombra de Dom Quixote”, hoje(5) e amanhã (6), sempre às 20h30, no Reator.

Segundo David Matos, que assina a direção do espetáculo, não há compromisso com umresultado fechado. “Vamos ter um resultado embrionário, que terá vários desdobramentos”,explica. E acrescenta: “Quando iniciamos este projeto, descobrimos que não existe umadramaturgia do teatro de sombra da forma como existe a dramaturgia do drama moderno, dotrabalho do ator. O que temos é uma visão generalizada”. De acordo com o diretor, os bonecosutilizados são coloridos e tridimensionais, o que abre muitas possibilidades.

Além disso, partindo da obra “Dom Quixote”, o grupo decidiu falar também de ecologia.“Abordamos a necessidade do ser humano se reconectar ao planeta. Estamos falando de paz, deharmonia”.

Maurício Franco, que divide a direção com David Matos, conta que os bonecos foram produzidoscom sucata. “Percebemos que o lixo é algo muito presente no mundo atual. E a reciclagem é algocontemporâneo, ressignifica as coisas. O elemento chuva também está presente. Encontramosmaterial nas sombrinhas, um material excelente que misturado ao material tecnológico, da sucatade computadores, rendeu um excelente resultado. Os arames das sombrinhas, por exemplo,serviram para acabamentos mais finos e resistentes das varinhas de manipulação dos bonecos”.

O coletivo Miasombra reúne artistas de diversos grupos de Belém, que têm o interesse deinvestigar o teatro de sombras como matéria-prima de expressão cênica.

O espetáculo é realizado com patrocínio do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Munis (2009) emparceria com Studio Reator, Intimídia, Usina Contemporânea de Teatro, Companhia deInvestigação Cênica e Produtores Criativos.

No elenco estão Lucas Alberto, Márcia Lima e Milton Aires (atores sombristas), sob a direção deDavid Matos e Maurício Franco. O roteiro é uma criação do grupo.

SERVIÇO

Espetáculo “À Sombra de Dom Quixote”. Reapresentação nos dias 5 e 6 de janeiro, às 20h30, noStudio Reator (14 de Abril, 1.053, próx. da avenida José Malcher). Ingressos a R$ 20 com meiaentrada para estudantes e artistas. (Diário do Pará)

Público pode conferir 'À Sombra de DomQuixote'

Cores, formas e muita luz. É assim que o espetáculo “À Sombra de Dom Quixote” vemdeslumbrando a plateia desde que estreou na semana passada, no Studio Reator. O espetáculoserá apresentado hoje, às 20h30. Após a apresentação, o público pode conferir cada detalhe dosbastidores da montagem.

Premiado pela Funarte com o prêmio Myriam Muniz, “À Sombra de Dom Quixote” traz em cenatrês personagens que contam suas histórias através de cartas, enviadas a Dom Quixote. Escritaspelos próprios atores sombristas Márcia Lima, Lucas Alberto e Milton Aires, eles são os únicostextos que costuram as cenas construídas de forma fragmentada, pelo dramaturgo David Matos.

Da livre inspiração na obra Dom Quixote de La Mancha surgem histórias pinçadas do imagináriopoético do personagem emblemático da obra de Miguel de Cervantes. Estão em cena, Dulcinéia,o cavalo Rocinante e o próprio Dom Quixote. Mas foram incluídos na dramaturgia um gigantemoicano, uma menina que é abandonada na floresta, um menino peixe e uma sereia, além daimagem de uma cidade ribeirinha, lembrando Belém.

A narrativa não-linear convida o espectador a desenvolver uma leitura própria a partir do que elevê se desenrolar à sua frente. Mas o que chama mesmo a atenção do público, além da cor nasombra, é a riqueza dos bonecos.

“Trabalhamos os bonecos a partir do material utilizado nas oficinas: a sucata. Queríamos trazerum pouco do que é o contemporâneo, então percebemos que o lixo é muito presente na cidade. Ea reciclagem é algo contemporâneo, resignifica as coisas”, diz Maurício Franco.

ENCANTO

O público que já esteve na plateia do espetáculo se encanta com os detalhes que podem serconferidos após a apresentação, quando os bastidores são abertos. “É a primeira vez que assistoteatro de sombras e achei muito interessante, principalmente pela utilização de materiaisreciclados. Outra coisa que fascina é que às vezes esquecemos que é sombra, parece queestamos vendo um filminho”, disse Iuri Nunes, que assistiu ao espetáculo na semana passada.

Para Ivi Souza, estudante de dança de Salvador que está de passagem por Belém, a estéticaapurada do espetáculo difere de outros espetáculos de sombra que ela já assistiu. “Fiqueisurpresa de ver esta performance tão elaborada, tridimensional, com tantos detalhes. Depois, teracesso aos bonecos por detrás da tela é mais incrível ainda”, diz.

O coletivo Miasombra tem também na equipe a produtora Leny Monteiro, na luz, ThiagoFerradaes, a costureira Cláudia Silveira, fotos de Luciana Medeiros, consultoria artística dedesign gráfico de Nando Lima e os laboratoristas David Matos, Aníbal Pacha e Iara Souza. A trilhasonora e a sonoplastia é de Léo Bitar.

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Jéssica Pontes - JazzBar Teatro Vitrola - 22h - R$3(Courvet) Vej a na agenda

Mia Sombra <miasombra.teatro@gmail.com>

no guiart1 mensagem

Luciana Medeiros <lume.com@gmail.com> 31 de janeiro de 2011 13:05Para: Mia Sombra <miasombra.teatro@gmail.com>Cc: miltonaires@gmail.com

esta é a agenda que é enviada pros mais de 4 mil assinantes.

mas vai no site, ja tá lá tb. vje ase esta tdo certinho.

bjos

---------- Mensagem encaminhada ----------De: Guiart <enviar@guiart.com.br>Data: 31 de janeiro de 2011 12:02Assunto: 31/janPara: lume.com@gmail.com

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-- Luciana Medeiros

jornalismo e produção

DRT-PA 1170

09/01/12 Holofote Virtual:

3/8holofotevirtual.blogspot.com/2011/12/as-toadas-de-papel-do-boi-rulieu.html

Aline Chavez: No processo de construção dos

bonecos, o papel foi experimentado na sua

diversidade de tipos e texturas como o papeis

artesanal (curauá), papel crepon, papel de seda,

papeis de enfeites de aniversário, papeis de

caixas de sapato, papeis de out-door, jornal –

apontando para um desdobramento de pesquisa

com o reaproveitamento.

Nesse trabalho o papel é cor, é volume, é sombra;

tanto que não há utilização de qualquer tipo de

tinta ou pigmentação posterior, que não seja o do

próprio papel. A concepção dos tipos que deram

traços aos personagens, foram encontrados no

Guamá, em São Caetano de Odivelas, pessoas

entrevistadas que foram servindo de fonte de

inspiração para a criação dos bonecos.

Holofote Virtual: O que resulta do contato que

vocês tiveram com as crianças que brincam nos

bois Malhadinho e Faceiro?

Aline Chavez: Com as crianças a principal fonte veio do olhar sobre o cortejo do Boi

Faceiro em São Caetano. Uma cena especial é a de quando o boi descansa. Ele é

colocado no chão e as crianças sobem no boi, abraçam e fazem carinho nele até que

os pernas voltam e o cortejo segue em frente. Isso se tornou o momento da

ressurreição do boi dentro da dramaturgia do espetáculo.

O professor e escritor José Ildone Favacho Soeiro diz uma coisa maravilhosa: Ao

falar suas falas regionais, dançar suas danças típicas, alimentar-se, vestir-se,

gesticular, plantar e colher, cantar idosas ladainhas, contar espantosas estórias,

aplicar seus remédios, reviver as lendas – e mais, muito mais – o Homem, atado à

terra-berço e aos seus conterrâneos, está se alimentando de seu próprio sangue (o

Folclore) e mantendo uma substância que a moderna parafernália não vai destruir

facilmente.

Nosso propósito é fazer parte disso, possibilitando novos espaços, novas formas de

visibilidade para este patrimônio. A poética disso está na abordagem que só o teatro

de formas animadas pode proporcionar, com toda a sua magia, trazendo de melhor o

que ainda temos na nossa memória. Uma memória de muitos sorrisos e muitos

abraços sinceros, infantis, colhidos durante este processo.

Holofote Virtual: Como foi

trabalhar com este elenco

que está estreando no

teatro de formas

animadas?

Aline Chavez: Nessa

experimentação com um

elenco de não atores,

julgamos ter encontrado no

processo um dos

desdobramentos mais

significativos: a

dificuldade de brincar, um

brincar espontâneo, genuíno. Uma das probabilidades desta dificuldade pode estar

ligada a diminuição dos antigos espaços de brincar, seja dentro das escolas,

apartamentos, praças públicas – que poderia justificar a aproximação cada vez maior

entre tecnologia e lazer.

Mas isso é um desdobramento para mais adiante. Por hora, cada um trouxe o que

melhor tem de si dentro da proximidade com a linguagem artística, ou seja: uma

contribuição bem mais voltada para a área musical – três integrantes do elenco

pertencem ao Grupo Casa de Folha.

O elenco, dentro desta pesquisa conduzida de forma participativa, nos instigou a

pesquisar e incluir as antigas cantigas de roda e parlendas infantis. É uma geração

que não traz mais esta memória, é a geração audiovisual dos games, do You Tube,

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2.9.10

Projeto experimenta o teatro de sombras em Belém

A Escola de Teatro e Dança da UFPA será o palco para a exposição do projeto experimental “À Sombra de D. Quixote”, que iniciou sua jornada no mês de agosto, a partir do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Munis –

2009.

A exposição de Sombras vai acontecer a partir das 18h30, na Sala de Interpretação da Escola de Teatro e Dança da UFPA, com entrada franca. O público poderá entrar e sair de um corredor de sombras e experimentar visões sombrias, inspiradoras e sensoriais.

A iniciativa parte da perspectiva interativa do projeto, que é dirigido e coordenado pelo ator Milton Aires, e que reúne ainda uma boa parte dos experimentadores de teatro de Belém, como os sombristas Lucas Alberto e Márcia Lima. Contará com o desenho de som de Leo Bitar, consultoria artística de Nando Lima, dramaturgia de David Matos, operação técnica de Thiago Ferradaes, assistência de produção de Lenny Monteiro e dos laboratoristas David Matos, Iara Souza e Aníbal Pacha.

No início de agosto, o laboratório de dramaturgia, conduzido por David Matos, “foi uma troca de experiências riquíssima, especialmente por que David, com muita generosidade, abriu seu baú de suas vivências artísticas”, diz Milton Aires.

Mas o que se vai assistir nesta quinta-feira, já é resultado do laboratório de luz e sombra de Iara Souza, que vem desde 2004, a partir de uma Bolsa de Criação Artística do IAP, experimentando o teatro de sombras.

De acordo com ela, a necessidade de mostrar o que se vem experimentando, ao público, surgiu porque ao longo de duas semanas, os resultados começaram a se mostrar muito interessantes.

“Nas artes gostamos de deixar o público dar uma beliscadinha naquilo que estamos construindo, por isso decidimos abrir este espaço em forma de uma exposição de sombras, que surgiram a partir de nossas experimentações”, explica Iara.

Iara diz que o teatro de sombra em Belém existe, mas não desta forma que está sendo feito agora no projeto de Milton Aires.

“Estamos experimentando um teatro com objetos, não somente o teatro de sombra figurativo, então eu acredito ser esta uma

pesquisa exclusivamente voltada ao teatro de sombra”, considera.

Para Milton Aires, todo este processo tem sido de aprendizado a todos os integrantes da equipe.

“Quando escrevi o projeto tinha uma imagem disparadora na minha cabeça, no caso, o trabalho inspirado em D. Quixote, e o que poderíamos retirar dele, em matéria de sombras. Mas logo depois do primeiro laboratório, as possibilidades se ampliaram , conseguimos resultados diferentes, ainda mais depois deste laboratório da Iara. Então é isso que queremos mostrar ao público, o que já alcançamos e até para ter retorno.

O que as pessoas vão assistir tem tudo a ver com o que é a proposta do projeto, que é fazer desses laboratórios de experimentação e criação, o resultado de uma obra coletiva, não atrelada

a nenhuma obrigação de cumprir somente o que esteve no papel”, finaliza Aires.

Na próxima semana, a equipe do projeto “À Sombra de D. Quixote” inicia nova jornada, desta vez, imergindo no teatro de formas animadas, com o bonequeiro Aníbal Pacha, do grupo In Bust. O

espetáculo, que será o resultado disso tudo, só estreia em novembro. Até lá, muita assombração ainda será experimentada.

Exposição de Sombras. Nesta quinta-feira, 02, a partir das 18h30, na Sala de Interpretação da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará -D. Romualdo de Seixas, com a Jerônimo Pimentel. A entrada é franca. Mais informações: 91 8134.7719, 91 8403.2865 e 91 9124.2112.

Postado por Holofote Virtual às 00:36

Luciana Medeiros

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