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Clipping LegisPublicação de legislação e jurisprudência fiscal

Nº 147

Outubro, Novembro e Dezembro de 2010

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Índice

Tributos e Contribuições Federais ............................................. 2

Tributos e Contribuições Estaduais e Municipais ..................... 46

Trabalhista e Previdência Social .............................................. 62

Societário ............................................................................... 66

Outros Assuntos ..................................................................... 84

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Tributos e Contribuições Federais

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Alterações na Legislação Tributária Federal – Lei Federal nº 12.350/2010Foi publicada, em 21 de dezembro de 2010, a Lei nº 12.350, decorrente da conversão da MP nº 497/2010, alterando vários dispositivos da legislação tributária federal.

Dentre as alterações produzidas destacam-se, resumidamente:

• RegimeEspecialdeTributaçãoparaConstrução,Ampliação,ReformaouModernizaçãodeEstádiosdeFutebol-RECOPA(art.17)

A nova lei instituiu o RECOPA - Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou Modernização de Estádios de Futebol, em substituição ao RECOM previsto na MP nº 497/2010.

O RECOPA destina-se à construção, ampliação, reforma ou modernização de estádios de futebol com utilização nas partidas oficiais da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014, nos termos abaixo resumidos:

– Beneficiária: pessoa jurídica que tenha projeto aprovado pelo Ministério do Esporte para construção, ampliação, reforma ou modernização dos estádios de futebol com utilização prevista nas partidas oficiais dos eventos acima citados.

– Requisitos para fruição: habilitação e co-habilitação perante a RFB e regularidade fiscal.

– Benefícios: no caso de venda no mercado interno ou de importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos e de materiais de construção para utilização ou incorporação no estádio de futebol, ficam suspensos:

I. PIS/COFINS na aquisição no mercado interno e na importação efetuada por beneficiária do RECOPA;

II. IPI na aquisição no mercado interno feita por beneficiária do RECOPA e na importação feita por esta última; e

III. Imposto de Importação, quando os referidos bens ou materiais de construção forem importados por pessoa jurídica beneficiária do RECOPA.

No caso de venda ou importação de serviços, fica suspensa a exigência de PIS/COFINS, conforme prevê a lei sob comento.

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• DesoneraçõestributáriasparaaFIFAesuasassociadaseparceiras,entreoutras-Copa das Confederações FIFA 2013edaCopa do MundoFIFA 2014(arts.1º ao16)

A Lei ora tratada instituiu outras medidas tributárias em face da realização dos eventos supracitados. Dentre eles destacam-se, resumidamente:

– isenção de tributos federais incidentes nas importações de bens ou mercadorias para uso ou consumo exclusivo na organização e realização dos eventos promovidas pela FIFA, pela Subsidiária FIFA no Brasil, pelas Confederações FIFA, pelas associações estrangeiras membros da FIFA, pelos parceiros comerciais da FIFA domiciliados no exterior, pela Emissora Fonte da FIFA e pelos prestadores de serviço da FIFA domiciliados no exterior;

– isenção, em relação aos fatos geradores decorrentes das atividades próprias e diretamente vinculadas à organização ou realização dos Eventos, para a FIFA, suas entidades e, prestadores de Serviços da FIFA;

– isenção de tributos federais para os prestadores de serviços da FIFA, estabelecidos no País sob a forma de sociedade com finalidade específica para o desenvolvimento de atividades diretamente relacionadas à realização dos Eventos sob foco;

– desoneração de tributos indiretos nas aquisições realizadas no mercado interno pela FIFA, por Subsidiária FIFA no Brasil e pela Emissora Fonte da FIFA.

• Representaçãofiscalparafinspenais(art.43)

A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem tributária e aos crimes contra a Previdência Social será encaminhada ao Ministério Público depois de proferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente.

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Clipping Legis nº 147

• Rendimentosdotrabalho–TributaçãonaFonte(art.44)

Os rendimentos do trabalho e os provenientes de aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando correspondentes a anos-calendários anteriores ao do recebimento, serão tributados exclusivamente na fonte, no mês do recebimento ou crédito, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês.

O imposto será retido e calculado sobre o montante dos rendimentos pagos, mediante a utilização de tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se refiram os rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do recebimento ou crédito.

A lei estabelece exclusões e deduções do montante tributável. Os rendimentos recebidos entre 1º de janeiro de 2010 e o dia anterior ao de publicação desta Lei poderão ser tributados na forma aqui tratada, devendo ser informados na Declaração de Ajuste Anual referente ao ano-calendário de 2010.

• IR/fonte-Operaçõesday trade(art.45)

Para efeitos de incidência do imposto de renda na fonte, considera-se day trade a operação ou a conjugação de operações iniciadas e encerradas em um mesmo dia, com o mesmo ativo, em uma mesma instituição intermediadora, em que a quantidade negociada tenha sido liquidada, total ou parcialmente.

Será admitida a compensação de perdas incorridas em operações de day trade realizadas no mesmo dia.

O responsável pela retenção e recolhimento do imposto é a instituição intermediadora da operação de day trade que receber, diretamente, a ordem do cliente.

• Subvençõesgovernamentais(art.30)

Atendidas as demais condições fixadas na lei sob comento, as seguintes subvenções governamentais não serão computadas para fins de determinação da base de cálculo do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS, desde que tenham atendido aos requisitos estabelecidos na legislação específica e realizadas as contrapartidas assumidas pela empresa beneficiária:

I. de que trata o art. 19 da Lei nº 10.973/2004 (desenvolvimento de produtos e processos inovadores em empresas nacionais e nas entidades nacionais de direito privado sem fins lucrativos voltadas para atividades de pesquisa);

II. de que trata o art. 21 da Lei nº 11.196/2005 (subvenção da remuneração de pesquisadores, titulados como mestres ou doutores, empregados em atividades de inovação tecnológica em empresas localizadas no território brasileiro).

• IsençãoeAlíquota0%-Mercadoriaequivalenteàempregadaouconsumidanaindustrializaçãodeprodutoexportado(art.31)

Resumidamente, dispõe a lei que a aquisição no mercado interno ou a importação, de forma combinada ou não, de mercadoria equivalente à empregada ou consumida na industrialização de produto exportado poderá ser realizada com isenção do Imposto de Importação e com redução a zero do IPI e do PIS/COFINS incidentes no mercado interno e na importação.

Essa regra também se aplica na aquisição no mercado interno ou à importação de mercadoria equivalente:

I. à empregada em reparo, criação, cultivo ou atividade extrativista de produto já exportado; e

II. para industrialização de produto intermediário fornecido diretamente a empresa industrial-exportadora e empregado ou consumido na industrialização de produto final já exportado.

A lei define, ainda, as situações em que a regra retro mencionada não poderá ser aplicada.

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• Adimplementodecompromissodeexportação(art.32)

Para efeitos de adimplemento do compromisso de exportação nos regimes aduaneiros suspensivos, destinados à industrialização para exportação, os produtos importados ou adquiridos no mercado interno com suspensão do pagamento dos tributos incidentes podem ser substituídos por outros produtos, nacionais ou importados, da mesma espécie, qualidade e quantidade, importados ou adquiridos no mercado interno sem suspensão do pagamento dos tributos incidentes, nos termos, limites e condições estabelecidos pelo Poder Executivo.

O acima disposto aplica-se também ao regime aduaneiro de isenção e alíquota zero, nos termos, limites e condições estabelecidos pelo Poder Executivo.

• PIS/COFINS-Disposiçõessuprimidas,revogaçãoerazõesdeveto

A Lei nº 12.350, publicada em 21 de dezembro de 2010, trouxe, ainda, as seguintes disposições, a seguir resumidamente destacadas:

• PIS/COFINS–Operaçõescomanimaisvivos,couro,entreoutros(arts.50e54a57)

A Lei nº 12.350/2010 trouxe uma série de alterações nas regras de incidência do PIS e da COFINS sobre operações envolvendo animais vivos, carnes, couro, gorduras, ossos, insumos de origem vegetal, preparações para alimentação de animais, cereais, entre outros, abrangendo a concessão de suspensões, créditos presumidos e concedendo formas diferenciadas de compensação dos créditos presumidos.

• PIS/COFINS–ÁreasdeLivreComercio(art.59)

A alíquota zero de PIS/ COFINS prevista para as vendas de mercadorias destinadas ao consumo ou à industrialização na Zona Franca de Manaus não se aplica às vendas de mercadorias que tenham como destinatárias pessoas jurídicas atacadistas e varejistas, sujeitas ao regime de apuração não cumulativa das contribuições, estabelecidas nas Áreas de Livre Comércio.

• Não inclusão na Lei:PIS/COFINS–EquiparaçãoaProdutorouFabricante

É importante ressaltar que a Lei nº 12.350/2010 não incluiu a previsão contida na MP nº 497/2010 que equiparava a produtor ou fabricante, para efeitos da incidência de PIS e COFINS, a pessoa jurídica comercial atacadista que adquirisse, de pessoa jurídica com a qual tivesse relação de interdependência, produtos por esta produzidos, fabricados ou importados especificados na MP.

• Outrasdisposiçõestrazidaspelalei

A nova lei traz, ainda, regras sobre recintos alfandegados, incidência do imposto de importação, incidência deste imposto sobre a importação de pneumáticos, entre outras disposições.

• Revogação-CréditodeIR/fontesobrepagamentoderoyalties,deassistênciatécnicaoucientíficaedeserviçosespecializadosabeneficiárionoexterior(art.17,V,e§5º daLeinº 11.196/2005)

A Lei nº 12.350/2010 revogou diversos dispositivos da legislação tributária federal, dentre os quais, destacam-se o inciso V do caput e o § 5º do art. 17 da Lei nº 11.196/2005 que dispunham sobre o crédito do IR/Fonte incidente sobre os valores pagos, remetidos ou creditados a beneficiários no exterior, a título de royalties, de assistência técnica ou científica e de serviços especializados, previstos em contratos de transferência de tecnologia averbados ou registrados no INPI.

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Clipping Legis nº 147

• Razõesdeveto–ReduçãodemultaejurosnoparcelamentodaLeinº 12.249/2010

Consórcios – PIS/COFINS - Equiparação a produtor ou fabricante – Medida Provisória nº 510/2010

Foi vetado o artigo 61 do texto do projeto de lei que acrescentava § 8º-A ao art. 65 da Lei nº 12.249/2010, assim vazado:

§ 8º-A. Não será computada na apuração da base de cálculo do Imposto de Renda, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) a parcela equivalente à redução do valor das multas, juros e encargo legal em decorrência do disposto nesta Lei.

Como razões para o veto foi expresso que:

“O dispositivo contraria o interesse público uma vez que cria duplo benefício em favor de devedores cujos débitos foram parcelados com redução de multas, juros e encargos dos débitos tributários. Com efeito, a norma propõe a criação de novo benefício pela redução do Imposto de Renda, da CSLL e da Contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS, extrapolando os limites do parcelamento concedido e com prejuízo do equilíbrio concorrencial entre as empresas beneficiadas e as que tempestivamente recolhem seus tributos. Saliente-se que dispositivo de teor semelhante já foi objeto de veto no Projeto de Lei de Conversão nº 1, de 2010 (MP nº 472/09).”

• Consórcios

Os consórcios cumprirão as respectivas obrigações tributárias sempre que realizarem negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na contratação de pessoas jurídicas e físicas, com ou sem vínculo empregatício.

As empresas consorciadas serão solidariamente responsáveis pelas obrigações tributárias decorrentes dos negócios jurídicos realizados pelos consórcios, não se aplicando, para efeitos tributários, a previsão de responsabilidade individual referida no § 1º, art. 278, da Lei nº 6.404/76.

• PIS/COFINS–EquiparaçãoaProdutorouFabricante–produçãodeefeitos

A MP nº 497/2010 equiparou a produtor ou fabricante, a partir de 1º/11/2010, para efeitos da incidência de PIS/COFINS, a pessoa jurídica comercial atacadista que adquirir, de pessoa jurídica com a qual mantenha relação de interdependência, produtos por esta produzidos, fabricados ou importados especificados na MP (álcool, gasolinas, óleo diesel e GLP, derivado de petróleo, gás natural, produtos farmacêuticos, de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal, máquinas e veículos, classificados nos códigos da TIPI que especifica, autopeças para veículos, entre outros relacionados nos §§ 1º e 1º-A do art. 2º da Lei nº 10.833/03).

A MP nº 510/2010 determina que essa equiparação somente produzirá efeitos a partir de 1º de março de 2011.

Publicada em 29 de outubro de 2010, a Medida Provisória nº 510 dispõe, principalmente, sobre os seguintes temas:

De acordo com a MP, essas disposições se aplicam somente aos tributos federais e produzem efeitos a partir de 29/10/2010.

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Incentivos fiscais - Desenvolvimento Regional e Indústria Automotiva - Medida Provisória nº 512/2010Em 26 de novembro de 2010, foi publicada a Medida Provisória nº 512, para introduzir novo dispositivo à Lei nº 9.440/1997, que estabelece incentivos fiscais para o desenvolvimento regional e da indústria automotiva.

Nos termos da nova MP, as empresas instaladas ou que venham a se instalar nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e que sejam montadoras e fabricantes dos veículos automotores que especifica, bem como de suas partes e peças, habilitadas nos termos do art. 12 da referida Lei, farão jus a crédito presumido do IPI, como ressarcimento de PIS/COFINS, desde que apresentem projetos que contemplem novos investimentos e a pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos ou novos modelos de produtos já existentes.

É vedado o aproveitamento do crédito presumido nas vendas dos produtos constantes dos referidos projetos.

O benefício fica condicionado à realização de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica na região, inclusive na área de engenharia automotiva, correspondentes a, no mínimo, 10% do valor do crédito presumido.

Os novos projetos deverão ser apresentados até 29/12/2010, na forma estabelecida pelo Poder Executivo.

O crédito presumido será equivalente ao resultado da aplicação das alíquotas do art. 1º da Lei nº 10.485/2002, sobre o valor das vendas no mercado interno, em cada mês, dos produtos constantes dos projetos, multiplicado por:

I. 2 até o 12º mês de fruição do benefício;

II. 1,9, do 13º ao 24º mês de fruição do benefício;

III. 1,8, do 25º ao 36º mês de fruição do benefício;

IV. 1,7, do 37º ao 48º mês de fruição do benefício; e

V. 1,5, do 49º ao 60º mês de fruição do benefício.

Importante ressaltar que o crédito presumido se extingue em 31/12/2020, mesmo que o prazo de fruição antes mencionado ainda não tenha se encerrado.

A MP ainda permite a habilitação para alteração do benefício inicialmente concedido, obedecido o prazo para apresentação dos novos projetos (29/12/2010).

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Clipping Legis nº 147

Alterações na Legislação Tributária Federal – Medida Provisória nº 517/2010

Publicada em 31/12/2010, republicada em na edição extra de 31/12/2010, e, novamente, em 04/01/2011, a Medida Provisória nº 517, entre outras alterações na legislação tributária federal, dispõe sobre medidas destinadas a viabilizar o mercado de financiamento privado de longo prazo, e, resumidamente, dispõe o quanto segue:

• IR/fontesobrerendimentopagoanãoresidenteproduzidoportítuloouvalormobiliário(art.1º)

Fica reduzida para zero a alíquota doIR incidente sobre os rendimentos pagos, creditados, entregues ou remetidos a beneficiário residente ou domiciliado no exterior, exceto em país que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a 20%, produzidos por títulos ou valores mobiliários adquiridos a partir de 1º/01/2011objeto de distribuição pública, de emissão de pessoas jurídicas de direito privado não classificadas como instituições financeiras e regulamentados pela CVM ou CMN.

Para fins da redução acima, os títulos ou valores mobiliários deverão ser remunerados por taxa de juros prefixada, vinculada a índice de preço ou a taxa referencial - TR e ainda, cumulativamente, apresentar as características e condições previstas na MP sob comento, como, por exemplo, prazo médio ponderado superior a 4 anos.

Até 30 de junho de 2011, relativamente aos investimentos em títulos ou valores mobiliários possuídos em 1º de janeiro de 2011 e que obedeçam as características e condições previstas na MP, fica facultado ao investidor estrangeiro antecipar o pagamento do IR, ficando os rendimentos auferidos a partir da data do pagamento do imposto sujeitos ao benefício da alíquota zero antes prevista.

• IRexclusivonafontesobrerendimentosdedebênturesemitidasporSPE–residentesnoPaís(art.2º)

No caso de debêntures emitidas por sociedade de propósito específico constituída para implementar projetos de investimento na área de infraestrutura, considerados como prioritários na forma regulamentada pelo Poder Executivo, os rendimentos auferidos por pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no País sujeitam-se à incidência do IR, exclusivamente na fonte, às seguintes alíquotas:

I. zero por cento, quando auferidos por pessoa física; e

II. 15%, quando auferidos por pessoa jurídica tributada com base no lucro real, presumido ou arbitrado, pessoa jurídica isenta ou optante pelo SIMPLES NACIONAL.

Para aproveitamento dessas alíquotas as debêntures devem atender as mesmas condições e características definidas para os títulos ou valores mobiliários comentados no tópico anterior, emitidas no período determinado pela MP.

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• Constituiçãodefundosdeinvestimento(art.3º)

As instituições autorizadas pela CVM ao exercício da administração de carteira de títulos e valores mobiliários poderão constituir fundo de investimento, que disponha em seu regulamento que a aplicação dos seus recursos nos ativos citados no tópico antecedente, não poderá ser inferior, em qualquer momento de sua vigência, a 85% do valor do patrimônio líquido do fundo.

Os cotistas destes fundos de investimento ou dos fundos de investimentos em cotas de fundo de investimento que detenham, no mínimo, 95% dos seus recursos alocados em cotas dos fundos de investimento ora tratados, terão sua alíquota do IR, incidente sobre os rendimentos produzidos na forma do tópico antecedente, reduzida a:

I. zero por cento, quando:

a) pagos, creditados, entregues ou remetidos a beneficiário residente ou domiciliado no exterior, exceto em país que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a vinte por cento;

b) auferidos por pessoa física;

II. 15%, quando auferidos por pessoa jurídica tributada com base no lucro real, presumido ou arbitrado e pessoa jurídica isenta ou optante pelo SIMPLES NACIONAL.

• FundodeInvestimentoemParticipaçõesemInfra-Estrutura-FIP-IE(art.4º)

A MP alterou algumas disposições que regem os Fundos de Investimento em Participação em Infra-Estrutura- FIP-IE, de que trata a Lei nº 11.478/2007, como a seguir se resume.

O Poder Executivo Federal poderá definir outras áreas tidas como prioritárias para fins de investimento dos FIP-IE, além daquelas já previstas na Lei nº 11.478/2007.

No mínimo 90% (antes: 95%) do patrimônio do FIP-IE deverão ser aplicados em ações, bônus de subscrição, e também em debêntures, conversíveis ou não em ações, ou outros títulos de emissão das sociedades de propósito específico, conforme condiciona a nova MP.

O FIP-IE deverá ter um mínimo de 5 cotistas (antes: 10 cotistas), sendo que cada cotista não poderá deter mais de 40% das cotas emitidas pelo FIP-IE (antes: 20%) ou auferir rendimento superior a 40% do total de rendimentos do fundo (antes: 20%).

Os ganhos auferidos na alienação de cotas do FIP-IE serão tributados:

I. à alíquota zero, quando auferidos por pessoa física em operações realizadas em bolsa ou fora de bolsa;

II. como ganho líquido, à alíquota de 15%, quando auferidos por pessoa jurídica em operações realizadas dentro ou fora de bolsa.

Os rendimentos auferidos no resgate e na amortização de cotas do FIP-IE, distribuídos à pessoa física, ficam isentos do IR/fonte e na declaração de ajuste anual das pessoas físicas.

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• Aplicaçãofinanceiraderendafixa-IRincidentesobreosrendimentosperiódicos(art.5º)

O IR incidente sobre os rendimentos periódicos produzidos por título ou aplicação de renda fixa incidirá, pro-ratatempore, sobre a parcela do rendimento produzido entre a data de aquisição ou a data do pagamento periódico anterior e a data de sua percepção, podendo ser deduzida da base de cálculo a parcela dos rendimentos correspondente ao período entre a data do pagamento do rendimento periódico anterior e a data de aquisição do título.

Ocorrido o primeiro pagamento periódico de rendimentos após a aquisição do título sem alienação pelo adquirente, a parcela do rendimento não submetida à incidência do IR/fonte deverá ser deduzida do custo de aquisição para fins de apuração da base de cálculo do imposto, quando de sua alienação.

• AlteraçãonaLeidasSociedadesporAções–Debêntures(art.6º)

A MP introduziu alterações na Lei nº 6.404/76, no capítulo atinentes às debêntures, conforme, resumidamente, se destaca:

• A amortização de debêntures da mesma série que não tenham vencimentos anuais distintos, assim como o resgate parcial, deverão ser feitos mediante sorteio ou, se as debêntures estiverem cotadas por preço inferior ao valor nominal, por compra no mercado de valores mobiliários, observando as regras expedidas pela CVM (redação anterior: “por compra em bolsa”).

• É facultado à companhia adquirir debêntures de sua emissão, desde que observe as regras expedidas pela CVM, devendo o fato constar do relatório da administração e das demonstrações financeiras (na redação anterior, a aquisição, neste caso, deveria ser apenas por valor igual ou inferior ao nominal).

• Na companhia aberta, o conselho de administração poderá deliberar sobre a emissão de debêntures não conversíveis em ações, independentemente de disposição estatutária.

• O estatuto da companhia aberta poderá autorizar o conselho de administração a deliberar sobre a emissão de debêntures conversíveis em ações, especificando o limite do aumento de capital decorrente da conversão das debêntures, em valor do capital social ou em número de ações, e as espécies e classes das ações que poderão ser emitidas.

• A assembléia geral pode deliberar que a emissão terá o valor e número de série indeterminados, dentro dos limites por ela fixados.

Foi revogado o art. 60 da Lei nº 6.404/76 que previa que valor total das emissão de debêntures não poderia ultrapassar o capital social da companhia, com algumas exceções.

• Correçãomonetária-Debêntures(art.7º)

As debêntures e as letras financeiras podem sofrer correção monetária em periodicidade igual àquela estipulada para o pagamento periódico de juros, ainda que em periodicidade inferior a um ano.

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• PerdasnoRecebimentodeCréditos–créditosrecuperados(art.8º)

Como se sabe, conforme dispõe o art. 12 da Lei nº 9.430/96, devem ser computados no lucro real os créditos deduzidos por perda, que tenham sido recuperados.

A MP sob ora sob foco prevê que as operações de crédito realizadas por instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN, nos casos de renegociação de dívida, o reconhecimento da receita para fins de incidência de IRPJ e da CSLL ocorrerá no momento do efetivo recebimento do crédito nas seguintes hipóteses:

I. operação de financiamento rural;

II. operação de crédito concedido a pessoa física no montante de até R$ 30 mil.

• CréditoPresumidodePIS/COFINS–Compensação/Ressarcimento–ProdutosdeOrigemAnimalouVegetal(art.9º)

Por força do artigo 8º, §3º, da Lei 10.925/2004, as pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que produzam mercadorias de origem animal ou vegetal, classificadas em Capítulos e códigos da NCM específicos, destinadas à alimentação humana ou animal, poderão deduzir do PIS/COFINS, crédito presumido calculado sobre certos bens adquiridos de pessoa física ou recebidos de cooperado pessoa física, de cerealistas e de outros definidos fornecedores naquela lei.

A MP nº 517/2010 prevê que o saldo desses créditos presumidos, apurados a partir do ano-calendário de 2006 e existentes em 21/12/2010, poderá ser compensado com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos administrados pela RFB ou ressarcido em dinheiro.

O pedido de ressarcimento ou de compensação somente poderá ser efetuado:

I. relativamente aos créditos apurados nos anos-calendário de 2006 a 2008, a partir de 1º de janeiro de 2011.

II. relativamente aos créditos apurados no ano-calendário de 2009 e no período compreendido entre janeiro e dezembro de 2010, a partir de 1º de janeiro de 2012.

Essa possibilidade se aplica aos créditos presumidos que tenham sido apurados em relação a custos, despesas e encargos vinculados à receita de exportação.

Em relação às operações com soja e seus derivados classificados nos Capítulos 12, 15 e 23, da TIPI, a pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre-calendário, não conseguir utilizar os créditos presumidos, poderá efetuar sua compensação ou solicitar seu ressarcimento em dinheiro nos casos de créditos presumidos que tenham sido apurados em relação a custos, despesas e encargos vinculados à receita auferida com a venda no mercado interno ou com a exportação de farelo de soja classificado na posição 23.04 da NCM.

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• Bensdeinformáticaeautomação-ReduçãodeIPI(art.15)

A MP sob comentário alterou a Lei nº 8.248/91, que trata de benefícios fiscais para as empresas de desenvolvimento ou produção de bens e serviços de informática e automação que investirem em atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação.

Segundo a MP, aplicam-se aos bens desenvolvidos no País que sejam incluídos na categoria de bens de informática e automação, os seguintes percentuais de redução de IPI:

I. redução de 100% do imposto devido, de 15 de dezembro de 2010 até 31 de dezembro de 2014;

II. redução de 90% do imposto devido, de 1º de janeiro até 31 de dezembro de 2015; e

III. redução de 70% do imposto devido, de 1º de janeiro de 2016 até 31 de dezembro de 2019, quando será extinto.

• RegimeEspecialdeIncentivosparaoDesenvolvimentodeUsinasNucleares–RENUCLEAR(arts.10a13)

A nova MP instituiu o RENUCLEAR, tendo como beneficiária a pessoa jurídica habilitada perante a RFB que tenha projeto aprovado para implantação de obras de infraestrutura no setor de geração de energia elétrica de origem nuclear.

Basicamente, para este novo regime é prevista a suspensão de IPI e do I.I. no caso de venda no mercado interno ou de importação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais de construção para utilização ou incorporação em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado.

• Outrasdisposições

Entre outras alterações, a MP nº 517/2010 ainda:

a) concede aos empreendimentos que se implantarem, modernizarem, ampliarem ou diversificarem no Nordeste e na Amazônia e que sejam considerados de interesse para o desenvolvimento destas regiões, até 31 de dezembro de 2015, o benefício de isenção do AFRMM (art. 18);

b) prorroga a extinção da quota anual da Reserva Global de Reversão - RGR para o final do exercício de 2035, devendo a ANEEL proceder à revisão tarifária de modo que os consumidores sejam beneficiados pela extinção do encargo (art. 16);

c) prorroga até 30 de dezembro de 2011, a data de início de funcionamento das instalações de geração de energia elétrica, prevista na Lei nº 10.438/2002 (art. 17);

d) extingue o Fundo Nacional do Desenvolvimento (DL nº 2.288/86) (art. 19).

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Convenção entre Brasil e República de Trinidad e Tobago para evitar a dupla tributação - Decreto Legislativo nº 1/2011Por intermédio do Decreto Legislativo nº 1, publicado em 05 de janeiro de 2011, o Congresso Nacional aprova o texto da Convenção entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República de Trinidad e Tobago, para evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em matéria de Imposto sobre a Renda e para incentivar o comércio e o investimento bilaterais, celebrado em Brasília em 23/07/2008.

Nos termos do Decreto Legislativo, ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão da referida Convenção, bem como quaisquer ajustes complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Vale ressaltar, por fim, que o texto da Convenção ora mencionado está publicado no Diário do Senado Federal – DSF de 27/11/2010.

RECOM – Regulamento – Decreto Federal nº 7.319/2010O Regime Especial de Tributação para construção, ampliação, reforma ou modernização de estádios de futebol - RECOM será aplicado na forma do Decreto Federal nº 7.319, publicado em 29 de setembro de 2010, que regulamenta o disposto nos artigos 2º a 6º da Medida Provisória nº 497/2010.

O RECOM destina-se à construção, ampliação, reforma ou modernização de estádios de futebol com utilização prevista nas partidas oficiais da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014, em consonância com o Convênio ICMS nº 108/2008.

Esse regime suspende a exigência de PIS/COFINS, IPI, PIS/COFINS-Importação e Imposto de Importação, nas situações especificadas no decreto em comento.

Em linhas gerais, o decreto estabelece a forma, o prazo e os requisitos para fruição do benefício; trata da habilitação e co-habilitação pela RFB, bem como seu cancelamento; dispõe sobre a aprovação dos projetos por Portaria do Ministério do Esporte; entre outras disposições.

Vale ressaltar que a suspensão aqui mencionada converte-se em alíquota zero após a incorporação ou utilização, nos estádios, dos bens ou dos serviços adquiridos ou importados ao amparo do RECOM.

Será divulgada pela RFB a relação das pessoas jurídicas habilitadas ou co-habilitadas ao RECOM, na qual constará o projeto a que cada pessoa jurídica está vinculada e a respectiva data de habilitação ou co-habilitação.

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REPENEC – Regulamento e Procedimentos para Habilitação – Decreto Federal nº 7.320/2010 e Instrução Normativa RFB nº 1.074/2010O Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura da Indústria Petrolífera nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste - REPENEC será aplicado na forma do Decreto Federal nº 7.320, publicado em 29 de setembro de 2010, que trata ainda da forma de habilitação e co-habilitação a esse regime, previsto nos artigos 1º a 5º da Lei Federal nº 12.249/2010.

É beneficiária do REPENEC a pessoa jurídica que tenha projeto aprovado para implantação de obras de infraestrutura nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, nos setores petroquímico, de refino de petróleo e de produção de amônia e uréia a partir do gás natural, para incorporação ao seu ativo imobilizado.

O regime em questão suspende a exigência de PIS/COFINS, IPI, PIS/COFINS-Importação e Imposto de Importação, nas situações especificadas no Decreto nº 7.320/2010, em comento. A suspensão pode ser usufruída nas aquisições, locações e importações de bens e nas aquisições e importações de serviços, vinculadas ao projeto aprovado, realizadas no período de 5 anos, contados da data da habilitação da pessoa jurídica titular do projeto de infraestrutura.

Observadas as disposições do decreto, somente poderá efetuar aquisições e importações de bens e serviços no REPENEC a pessoa jurídica previamente habilitada, ou co-habilitada, pela RFB, nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.074, publicada em 4 de outubro de 2010. Além disso, os projetos deverão ser aprovados por Portaria do Ministério de Minas e Energia.

IOF/Câmbio – Nova alteração de alíquotas - Decreto Federal nº 7.330/2010Em 19 de outubro de 2010, foi publicado o Decreto Federal nº 7.330, que modifica o Decreto Federal nº 6.306/2007 (regulamenta o IOF) para alterar novamente a alíquota do IOF/Câmbio, nas seguintes situações:

a) nas liquidações de operações de câmbio, contratadas a partir de 19 de outubro de 2010, por investidor estrangeiro, para ingresso de recursos no País, inclusive por meio de operações simultâneas, para aplicação no mercado financeiro e de capitais: 6%(antes 4%). Excetuam-se dessa alíquota as seguintes situações:

– as liquidações de operações de câmbio, contratadas a partir de 05/10/2010, por investidor estrangeiro, relativas a transferências do exterior de recursos para aplicação no País em renda variável realizada em bolsa de valores ou em bolsa de mercadorias e futuros, na forma regulamentada pelo CMN, excetuadas operações com derivativos que resultem em rendimentos predeterminados (2%); e

– as liquidações de operações de câmbio, contratadas a partir de 05/10/2010, para ingresso de recursos no País para aquisição de ações, por investidor estrangeiro, em oferta pública registrada ou dispensada de registro na CVM ou para a subscrição de ações, desde que, nos dois casos, as companhias emissoras tenham registro para negociação das ações em bolsas de valores (2%).

b) nas liquidações de operações de câmbio, contratadas a partir de 19 de outubro de 2010, por investidor estrangeiro, para ingresso de recursos no País, inclusive por meio de operações simultâneas, para constituição de margem de garantia, inicial ou adicional, exigida por bolsas de valores, de mercadorias e futuros: 6%(nova previsão).

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Regulamento do REIDI – Alterações – Decreto Federal nº 7.367/2010Em 26 de novembro de 2010, foi publicado o Decreto Federal nº 7.367 que altera o Decreto Federal nº 6.144/2007 (regulamenta a forma de habilitação e co-habilitação ao Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura – REIDI), nos termos, a seguir, resumidamente, alinhados.

O novo Decreto estabelece que o REIDI também suspende a exigência de: (i) PIS/COFINS incidentes sobre a receita decorrente da locação de máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos para utilização em obras de infraestrutura destinadas ao seu ativo imobilizado, quando contratada por pessoa jurídica habilitada ao regime; (ii) PIS/COFINS-Importação incidentes sobre o pagamento de serviços importados diretamente por pessoa jurídica habilitada ao regime, quando aplicados em obras de infraestrutura destinadas ao seu ativo imobilizado.

Como se sabe, a suspensão de que trata o REIDI pode ser usufruída nas aquisições, locações e importações de bens e nas aquisições e importações de serviços, vinculadas ao projeto aprovado realizadas no período de 5 anos, contados da habilitação, nos termos do decreto ora alterado. De acordo com o novo ato:

• o prazo para fruição do regime, para pessoa jurídica já habilitada em 16/12/2009, fica acrescido do período transcorrido entre a data da aprovação do projeto e a data da habilitação da pessoa jurídica;

• considera-se adquirido no mercado interno ou importado o bem ou o serviço na data da contratação do negócio, independentemente da data do recebimento do bem ou da prestação do serviço (essa disposição se aplica quanto à locação de bens no mercado interno);

• considera-se data da contratação do negócio, a data de assinatura do contrato ou dos aditivos contratuais.

Por fim, dentre as demais novidades trazidas pelo Decreto em comento, ficou estabelecido que além da documentação aludida no Regulamento, para co-habilitação ao REIDI, a pessoa jurídica deverá apresentar contrato com a pessoa jurídica habilitada ao REIDI, cujo objeto seja exclusivamente a execução de obras de construção civil referentes ao projeto aprovado.

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Incentivos fiscais - Desenvolvimento Regional e Indústria Automotiva - Regulamento - Decreto Federal nº 7.389/2010Como se sabe, as empresas instaladas ou que venham a se instalar nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que sejam montadoras e fabricantes dos veículos automotores que especifica a Lei nº 9.440/1997, bem como de suas partes e peças, farão jus a crédito presumido do IPI como ressarcimento de PIS/COFINS, desde que apresentem projetos que contemplem novos investimentos e a pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos ou novos modelos de produtos já existentes.

Essa previsão será aplicada na forma do Decreto Federal nº 7.389, publicado em 10 de dezembro de 2010, que regulamenta o disposto na Medida Provisória nº 512/2010, nos termos, a seguir, resumidamente, dispostos.

Em linhas gerais, o decreto dispõe sobre os percentuais de crédito presumido; os valores dos investimentos relacionados aos projetos; o prazo para sua apresentação (29/12/2010); as condições para fruição do benefício; as conseqüências de seu não cumprimento; as definições de inovação tecnológica, pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica; entre outros assuntos.

Importante mencionar que os investimentos em projetos de pesquisa, de desenvolvimento e de inovação tecnológica, além de outros requisitos, poderão ser realizados pela pessoa jurídica beneficiária do crédito presumido diretamente ou por intermédio de contratação de universidade, instituição de pesquisa, empresa especializada ou inventor independente e não poderão abranger a doação de bens e serviços e a destinação de valores em razão da fruição de qualquer outro benefício ou incentivo fiscal.

Por fim, cabe ressaltar que as empresas poderão usufruir concomitantemente dos benefícios do crédito presumido previstos na Lei nº 9.440/1997, sendo vedado o aproveitamento do crédito presumido previsto em seu art. 11, nas vendas dos produtos constantes dos novos projetos ora tratados.

IPI – Redução de alíquotas – Decreto Federal nº 7.394/2010O Decreto Federal nº 7.394, publicado em 16 de dezembro de 2010, prorroga até 31/12/2011, a redução a zero das alíquotas do IPI incidentes sobre os produtos que especifica, constantes de seu Anexo, como, por exemplo, materiais de construção, placas para moldes, válvulas, tratores, motores, bombas, entre outros produtos, conforme descritos em suas respectivas classificações fiscais.

O referido decreto reduziu para 5% a alíquota de painéis montados para revestimentos de pavimentos, além de ter alterado a alíquota do IPI de vários outros produtos, a partir de 1º da de janeiro de 2012.

IOF – Alterações – Decreto Federal nº 7.412/2010Em 31 de dezembro de 2010, foi publicado o Decreto Federal nº 7.412 para alterar o Decreto Federal nº 6.306/2007 (Regulamento do IOF), nos termos a seguir, resumidamente, dispostos:

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IOF/CâmbioO novo Decreto revoga o artigo 15, que dispunha sobre a alíquota máxima do IOF-Câmbio e acrescenta o novo artigo 15-A ao Regulamento do IOF (DF nº 6.306/2007) para prever que a alíquotadoIOFficareduzidapara0,38%, observadas as exceções que indica.

A seguir destacam-se as principais novidades, previstas nos incisos abaixo transcritos:

Novas Disposições – Incisos:XV - nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir de 1º/01/2011 por investidor estrangeiro, para ingresso de recursos no País, inclusive por meio de operações simultâneas, para aquisição de cotas de fundos de investimento em participações, de fundos de investimento em empresas emergentes e de fundos de investimento em cotas dos referidos fundos, constituídos na forma autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários – 2%;

XVII - nas liquidações de operações simultâneas de câmbio contratadas a partir de 1º/01/2011 para ingresso no País de recursos através de cancelamento de depositary receipts, para investimento em ações negociáveis em bolsa de valores – 2%;

XVIII - nas liquidações de operações simultâneas de câmbio contratadas a partir de 1º/01/2011 para ingresso no País de recursos originários da mudança de regime do investidor estrangeiro, de investimento direto de que trata a Lei nº 4.131/1962, para investimento em ações negociáveis em bolsa de valores, na forma regulamentada pelo CMN – 2%.

Alterações – Incisos:I - sobre o valor ingressado no País decorrente de ou destinado a empréstimos em moeda com os prazos médios mínimos de até noventa dias: 5,38% (antes 5%);

XI - nas liquidações de operações de câmbio contratadas por investidor estrangeiro, para ingresso de recursos no País, inclusive por meio de operações simultâneas, para constituição de margem de garantia, inicial ou adicional, exigida por bolsas de valores, de mercadorias e futuros: 6%(manteve alíquota anterior).

IOF/Títulos ou Valores MobiliáriosDentre outras alterações, o novo Decreto dispõe ainda que são contribuintes do IOF os adquirentes, no caso de aquisição de títulos ou valores mobiliários, e os titulares de aplicações financeiras, nos casos de resgate, cessão ou repactuação.

Esclarece, por fim, que o IOF será cobrado à alíquota de 1% ao dia sobre o valor do resgate, cessão ou repactuação, limitado ao rendimento da operação, em função do prazo, conforme tabela prevista do Anexo do Decreto nº 6.306/2007 (Regulamento do IOF), sendo esta regra aplicada às operações realizadas no mercado de renda fixa com títulos públicos federais, estaduais e municipais, observadas suas demais disposições.

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Variação Cambial – Instrução Normativa RFB nº 1.079/2010O tratamento tributário aplicável às variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, obedecerá o disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.079, publicada em 4 de novembro de 2010.

Regime de CaixaAs variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, serão consideradas, para efeito de determinação da base de cálculo do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS, bem como da determinação do lucro da exploração, quando da liquidação da correspondente operação, segundo o regime de caixa.

Regime de CompetênciaÀ opção da pessoa jurídica, as variações monetárias poderão ser consideradas na determinação da base de cálculo desses tributos, segundo o regime de competência. Essa opção aplicar-se-á, de forma simultânea, a todo o ano-calendário e a todos os tributos antes referidos.

A partir do ano-calendário de 2011, o direito de optar pelo regime de competência somente poderá ser exercido no mês de janeiro ou no mês do início de atividades.

Além disso, também a partir do ano-calendário de 2011, a opção pelo regime de competência deverá ser comunicada à RFB por intermédio da DCTF relativa ao mês de adoção do regime, não sendo admitida DCTF retificadora, fora do prazo de sua entrega, para essa comunicação.

Adotada a opção pelo regime de competência, o direito de sua alteração para o regime de caixa, no decorrer do ano-calendário, é restrito aos casos em que ocorra elevada oscilação da taxa de câmbio comunicada mediante a edição de Portaria do Ministro de Estado da Fazenda. Note-se que essa alteração deverá ser informada à RFB por intermédio da DCTF relativa ao mês subsequente ao da publicação da Portaria Ministerial que comunicar a oscilação da taxa de câmbio.

Alteraçãodocritériodereconhecimentodeumano-calendárioparaoutro

Caixa para CompetênciaNa hipótese de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias pelo regime de caixa para o regime de competência, deverão ser computadas na base de cálculo do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS, em 31 de dezembro do período de encerramento do ano precedente ao da opção, as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações incorridas até essa data, inclusive as de períodos anteriores ainda não tributadas.

Competência para CaixaNa hipótese de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias pelo regime de competência para o regime de caixa, no período de apuração em que ocorrer a liquidação da operação, deverão ser computadas na base de cálculo do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS, as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações relativas ao período de 1º de janeiro do ano-calendário da opção até a data da liquidação.

Alteraçãodocritériodereconhecimentonocursodoano-calendário

Na hipótese de alteração do critério de reconhecimento das variações monetárias pelo regime de competência para o regime de caixa no decorrer do ano-calendário, no momento da liquidação da operação, deverão ser computadas na base de cálculo do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS, as variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações relativas ao período de 1º de janeiro do ano-calendário da alteração da opção até a data da liquidação. Ocorrendo a alteração, deverão ser retificadas as DCTF relativas aos meses anteriores do próprio ano-calendário.

Por fim, foi revogado o art. 2º da IN SRF nº 345/2003 que trazia o tratamento anterior para as variações cambiais.

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IPI - Substituição Tributária - Instrução Normativa RFB nº 1.081/2010A Instrução Normativa RFB nº 1.081, publicada em 5 de novembro de 2010, disciplina os procedimentos para concessão, alteração, cancelamento e cassação de regime especial de substituição tributária do IPI, de que tratam o inciso II e o § 2º do art. 35 da Lei nº 4.502/64 e o art. 26 e o inciso I do art. 27 do Decreto nº 7.212/2010, conforme abaixo, resumidamente, se alinha.

Para efeito desta IN, considera-se: (i) contribuinte substituto, o estabelecimento industrial ou equiparado a industrial que recebe produtos saídos do estabelecimento substituído com suspensão do IPI; e (ii) contribuinte substituído, o estabelecimento industrial ou equiparado a industrial que dá saída a produtos, com suspensão do IPI, para o contribuinte substituto.

O requerimento para a concessão do regime será apresentado pelo contribuinte substituto e deverá conter:

1. a descrição das operações envolvendo os contribuintes substituto e substituído, com a discriminação dos produtos e respectivas alíquotas do IPI, e das operações contempladas com benefícios fiscais e regimes aduaneiros especiais, se for o caso;

2. os modelos do documentário fiscal a ser utilizado nas operações, se diferente do previsto na legislação; e

3. o Termo de Compromisso de substituição tributária, firmado entre os contribuintes substituto e substituído, conforme modelo constante do Anexo Único da IN em comento.

As informações apresentadas pelo contribuinte substituto são de inteira responsabilidade deste, não ocorrendo, por ocasião do deferimento pela autoridade administrativa, a convalidação daquelas informações, principalmente quanto à classificação fiscal e à alíquota do IPI referentes aos produtos objeto do regime.

A IN nº 1.081 discorre, ainda, sobre a concessão ou indeferimento do regime, bem como alteração, cancelamento e cassação do mesmo.

Vale mencionar que o regime especial de substituição tributária não se aplica ao IPI devido no desembaraço aduaneiro de produtos de procedência estrangeira.

Os regimes especiais de substituição tributária concedidos anteriormente à data de publicação desta IN ficam extintos no prazo de 180 dias, contados da referida data de publicação; sendo que, no caso de interesse dos contribuintes substituto e substituído, os regimes extintos poderão ser objeto de nova concessão, observadas as demais regras estabelecidas na IN.

Foi revogada a IN SRF nº 260/2002, que antes disciplinava a matéria.

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e-DMOV - Instruções Normativas RFB nº 1.082 e 1.083/2010Por intermédio da Instrução Normativa nº 1.082, publicada em 9 de novembro de 2010, a Receita Federal do Brasil institui a Declaração Eletrônica de Movimentação Física Internacional de Valores (e-DMOV).

Com base nessa declaração será processado o controle aduaneiro das operações de entrada e de saída de ouro ativo financeiro ou instrumento cambial, de moeda em montante superior a R$ 10 mil ou seu equivalente em outras moedas, e de cheques ou de cheques de viagem, efetuadas pelo BACEN ou por instituições autorizadas, e com transporte realizado por empresas habilitadas.

Consideram-se instituições autorizadas, nesse contexto, as instituições que tenham autorização do BACEN para operar em câmbio no País ou para realizar operações de importação e exportação de ouro ativo financeiro ou instrumento cambial.

As informações necessárias ao controle aduaneiro serão prestadas pelos intervenientes à RFB diretamente na e-DMOV, por meio do uso de certificação digital, conforme estabelecido na IN em comento.

A IN dispõe ainda sobre definições e classificações relacionadas a e-DIMOV; sobre prestação de informações no sistema; sobre verificação, trânsito e desembaraço da declaração; entre outros assuntos.

Relativamente ao IOF na entrada do ouro ativo financeiro ou instrumento cambial, no país, dispõe a IN que a importação de ouro ativo financeiro ou instrumento cambial, definido na forma da Lei nº 7.766/1989, sujeita-se, exclusivamente, à incidência do IOF devido no desembaraço aduaneiro, conforme disposto no inciso II do § 4º do art. 36 do Decreto nº 6.306/2007 (Regulamento do IOF).

A IN RFB nº 1.082/2010 entra em vigor depois de decorridos 30 dias de sua publicação.

Por fim, vale mencionar que a Instrução Normativa RFB nº 1.083, também publicada em 9 de novembro de 2010, e retificada em 27 de janeiro de 2011, por sua vez, altera a IN SRF nº 49/2001, que trata dos documentos fiscais para controle de operações com ouro, ativo financeiro ou instrumento cambial.

EFD-PIS/COFINS – Prorrogação do prazo – Instrução Normativa RFB nº 1.085/2010Em 22 de novembro de 2010, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.085, para determinar que as pessoas jurídicas sujeitas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado, nos termos da Portaria RFB nº 2.923/2009, e sujeitas a tributação do IR com base no lucro real, ficam obrigadas a adotar a EFD-PIS/COFINS em relação aos fatos geradores ocorridos apartirde1º de abril de 2011 (antes 1º/01/2011).

Vale ressaltar que fica facultada a entrega da EFD-PIS/COFINS às demais pessoas jurídicas não obrigadas, em relação aos fatos contábeis também ocorridos a partir de 1º de abril de 2011.

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PGD CNPJ – Cadastro Sincronizado 3.1 – Instrução Normativa RFB nº 1.087/2010Em 30 de novembro de 2010, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.087 (efeitos a partir de 1º/12/2010) para aprovar a versão 3.1 (PGD CNPJ/Cadastro Sincronizado 3.1), o Programa Gerador de Documentos do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (PGD CNPJ versão web), o Aplicativo Classificador do Objeto Social (versão web), o Aplicativo Visualizador de Atos Cadastrais do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (versão web), o Aplicativo Visualizador/Deferidor pelas Juntas Comerciais (versão web), o Aplicativo Visualizador/Deferidor pelos Cartórios de Registro Civil das Pessoas Jurídicas (versão web), o Aplicativo Consulta de Remessa (versão web) e o Aplicativo Deferidor de Convenentes (versão web).

Os programas e aplicativos referidos são de livre reprodução e estão disponíveis no site da RFB, sendo que seus modelos e instruções de preenchimento constam da IN RFB nº 1.005/2010.

Foi revogada a IN RFB nº 1.006/2010, que aprovava a versão anterior.

Arrolamento de Bens e Direitos - Medida Cautelar Fiscal – Instrução Normativa RFB nº 1.088/2010O arrolamento de bens e direitos do sujeito passivo para acompanhamento do patrimônio suscetível de ser indicado como garantia de crédito tributário e a representação para a propositura de medida cautelar fiscal devem ser efetuados com observância das disposições da Instrução Normativa RFB nº 1.088, publicada em 30 de novembro de 2010.

Entre outros assuntos, a IN estabelece, resumidamente, que:

• O arrolamento deverá ser efetuado sempre que a soma dos créditos tributários, relativos aos tributos administrados pela RFB, de responsabilidade do sujeito passivo, exceder a 30% do seu patrimônio conhecido e, simultaneamente, for superior a R$ 500 mil, observadas suas demais disposições.

• Considera-se patrimônio conhecido da PJ, o total do ativo constante do último balanço patrimonial registrado na contabilidade ou o informado na DIPJ.

• Devem ser arrolados, os bens e direitos, em valor suficiente para satisfação do montante do crédito tributário de responsabilidade do sujeito passivo. Se pessoa jurídica, os de sua propriedade, integrantes do ativo não circulante, sujeitos a registro público.

• O sujeito passivo será cientificado do arrolamento por meio de termo de arrolamento de bens e direitos lavrado por Auditor Fiscal da RFB.

• A existência de arrolamento deverá ser informada em certidão que ateste a situação fiscal do sujeito passivo em relação aos tributos administrados pela RFB.

A IN dispõe ainda sobre as hipóteses em que a RFB poderá encaminhar representação para propositura de medida cautelar fiscal para PGFN.

Foi revogada a IN SRF nº 264/2002, que antes dispunha sobre o assunto.

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DNF – Demonstrativo de Notas Fiscais – Programa Gerador – Versão 3.0 – Instrução Normativa RFB nº 1.091/2010Em 2 de dezembro de 2010, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.091 para aprovar a versão 3.0 do programa gerador do Demonstrativo de Notas Fiscais (DNF) e definir regras para a sua apresentação.

O PG DNF é de uso obrigatório por fabricantes, distribuidoras atacadistas ou importadoras dos produtos relacionados no Anexo I da IN, bem como fabricantes ou importadoras dos produtos relacionados em seu Anexo II.

O programa será disponibilizado no site da RFB e deve ser utilizado para apresentar as informações referentes às notas fiscais relativas aos produtos que tenham saído do estabelecimento a partir de 1º/01/2011.

O DNF deverá ser apresentado mensalmente, até o último dia útil do mês subsequente ao mês de referência, por intermédio do Programa Receitanet, que está disponível no site da RFB.

A apresentação do DNF deverá ser efetuada pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, que prestará informações individualizadas dos seus estabelecimentos sujeitos a essa obrigação, independentemente de ter havido, ou não, movimentação dos seus produtos.

A pessoa jurídica que deixar de apresentar o DNF no prazo estabelecido ou que apresentá-lo com incorreções ou omissões ficará sujeita às seguintes multas: (i) R$ 5 mil por mês-calendário, no caso de falta de entrega do demonstrativo ou de sua entrega após o prazo; ou (ii) 5% não inferior a R$ 100,00, do valor das transações comerciais, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros, em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta.

O Demonstrativo, original ou retificador, relativo a períodos anteriores a 1º/01/2011, que não tenha sido entregue até 31/12/2010, somente poderá ser entregue por meio do DNF, versão 3.0.

DIMOF - Nova obrigatoriedade - Mercado de Câmbio - Instrução Normativa RFB nº 1.092/2010Em 3 de dezembro de 2010, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.092 que altera a IN RFB nº 811/2008 (instituiu a Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira - DIMOF), para, resumidamente:

• determinar que as instituições autorizadas a realizar operações no mercado de câmbio, ao contratar pessoas jurídicas mediante convênio para realizar operações cambiais, também ficam obrigadas a apresentar a DIMOF; e

• estabelecer que devem também ser informadas na DIMOF : (i) aquisições de moeda estrangeira; (ii) conversões de moeda estrangeira em moeda nacional; (iii) transferências de moeda estrangeira e de outros valores para o exterior efetuadas pelos usuários de seus serviços.

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Exportação - Suspensão de IPI - Não Incidência de PIS/COFINS - Instrução Normativa RFB nº 1.094/2010Em 7 de dezembro de 2010, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.094 que, ao disciplinar a suspensão do IPI e a não-incidência de PIS e COFINS na exportação de mercadorias, revoga a IN RFB nº 1.068/2010 trazendo as seguintes principais alterações:

Acrescenta a nova IN que os produtos destinados à exportação poderão sair do estabelecimento industrial com suspensão do IPI também quando forem remetidos a recintos alfandegados ou a outros locais onde se processe o despacho aduaneiro de exportação.

Com relação ao PIS e a COFINS, a IN inova ao estabelecer que estes tributos não incidirão sobre as receitas decorrentes das operações de exportação de mercadorias para o exterior.

A IN também dispõe que no caso de impossibilidade de realização das operações de transbordo, baldeação, descarregamento ou armazenamento nos locais por ela especificados, por motivo que não possa ser atribuído à Empresa Comercial Exportadora (ECE) ou ao estabelecimento industrial, o tilular da unidade da RFB com jurisdição sobre o local das operações poderá autorizar que sejam realizadas em local indicado pela ECE ou pelo estabelecimento industrial.

IRPF – Declaração de Ajuste Anual - Instrução Normativa RFB nº 1.095/2010Em 13 de dezembro de 2010, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.095 que disciplina a apresentação da Declaração do Ajuste Anual do Imposto de Renda, referente ao exercício de 2011, pela pessoa física residente no Brasil, que no ano calendário de 2010, recebeu rendimentos tributáveis na declaração com somatório superior a R$ 22.487,25 ou que se enquadre numa das demais situações nela previstas.

Relativamente à atividade rural, prevê a IN a obrigatoriedade de entrega da declaração por quem obteve receita bruta em valor superior a R$ 112.436, 25 (antes: R$ 86.075,40).

Mantém-se a opção pelo desconto simplificado, implicando na substituição das deduções previstas na legislação tributária pelo desconto de 20% do valor dos rendimentos tributáveis na declaração, limitado a R$ 13.317, 09 (antes: R$ 12. 743,63).

É vedada a opção pelo desconto simplificado na hipótese de o contribuinte pretender compensar prejuízo da atividade rural ou imposto pago no exterior.

Revogando as INs RFB nº 993/2010 e 1.007/2010, que antes tratavam desta matéria, a nova Instrução, entre outras disposições, prevê que a declaração:

a) somente poderá ser elaborada por meio da utilização do Programa Gerador da Declaração (PGD) relativo ao exercício de 2011, disponível no site da RFB, não sendo mais admitida utilização de formulário.

b) deverá ser apresentada noperíodode1º/03/2011a29/04/2011, apenas pela internet ou em disquete, nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal

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Clipping Legis nº 147

CNPJ - Alterações - Instrução Normativa RFB nº 1.097/2010Em 15 de dezembro de 2010, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.097 para alterar a IN RFB nº 1.005/10, a qual dispõe sobre o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), trazendo as seguintes principais alterações:

Além dos demais casos previstos na IN, também será indeferido o pedido de baixa de inscrição no CNPJ de entidade:

a) com débito tributário, inclusive contribuição previdenciária, em aberto, parcelado ou com exigibilidade suspensa;

b) omissa quanto à entrega, em caso de obrigatoriedade da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP);

c) que tiver obra de construção civil não regularizada perante a RFB.

Acrescenta ainda, a IN em comento, que a inscrição também será enquadrada na situação suspensa quando a entidade ou o estabelecimento tiver sua suspensão determinada por ordem judicial.

Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica - DSPJ Inativa 2011 - Instrução Normativa RFB nº 1.103/2010A Instrução Normativa nº 1.103, da Receita Federal do Brasil, publicada em 23 de dezembro de 2010, dispõe sobre a Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica - DSPJ Inativa 2011, produzindo efeitos a partir de 03/01/2011 e revogando a IN SRF nº 990/2010, que antes tratava da matéria.

A DSPJ Inativa 2011 deve ser apresentada pelas pessoas jurídicas que permaneceram inativas durante todo o ano-calendário de 2010, bem como por aquelas que forem extintas, cindidas parcialmente, cindidas totalmente, fusionadas ou incorporadas durante o ano-calendário de 2011, e que permanecerem inativas durante o período de 1º/01/2011 até a data do evento.

Considera-se pessoa jurídica inativa aquela que não tenha efetuado qualquer atividade operacional, não-operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais, durante todo o ano-calendário. Note-se que o pagamento, no ano-calendário a que se referir a declaração, de tributo relativo a anos-calendário anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigação acessória não descaracteriza a pessoa jurídica como inativa no ano-calendário.

A DSPJ Inativa 2011 deve ser entregue no período de 03/01/2011 a 31/03/2011 (23h 59min 59s), por meio do site da RFB na Internet. A declaração relativa a evento de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, ocorrido no ano-calendário de 2011, deve ser entregue pela pessoa jurídica extinta, cindida, fusionada ou incorporada até o último dia útil do mês subseqüente ao do evento.

Com a apresentação da DSPJ - Inativa 2011, não serão aceitas a DIRF, a DIPJ nem a DMED referentes ao ano-calendário de 2010 para o mesmo CNPJ.

Considera-se indevida a apresentação da DSPJ Inativa 2011 por pessoa jurídica que não se enquadre nos casos mencionados anteriormente, devendo a pessoa jurídica, neste caso, retificar a DSPJ Inativa 2011 e marcar a opção “Não” no item “Declaração de Inatividade”. Após tal procedimento, fica anulada a apresentação indevida da DSPJ Inativa 2011 e possível a entrega das demais declarações.

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IRPF - programas aplicativos– Instruções Normativas RFB nºs 1.104, 1.106 e 1.107/2010Em 24 de dezembro de 2010, foram publicadas as Instruções Normativas RFB nºs 1.104/2010, 1.106/2010 e 1.107/2010 que aprovam programas aplicativos relativos ao Imposto de Renda da Pessoa Fìsica-IRPF.

Vale mencionar que essas disposições aplicam-se aos fatos geradores ocorridos no período de 1º/01/2011 a 31/12/2011, sendo que os dados apurados pelos referidos programas devem ser armazenados e transferidos para a Declaração de Ajuste Anual do IRPF do exercício de 2012, ano-calendário de 2011, quando da sua elaboração.

• INRFBnº 1.104/2010–ProgramaGanhosdeCapital

A Instrução Normativa RFB nº 1.104 aprova para o ano-calendário de 2011, o programa multiplataforma Ganhos de Capital, nas especificações que apresenta.

O referido programa destina-se à utilização pela pessoa física na apuração do ganho de capital e do respectivo imposto nos casos de alienação de bens e direitos de qualquer natureza, inclusive no recebimento de parcelas relativas à alienação a prazo, efetuada em anos anteriores, com tributação diferida.

• INRFBnº 1.106/2010–ProgramaRecolhimentoMensalObrigatório(Carnê-Leão)

A Instrução Normativa RFB nº 1.106 aprova, para o ano-calendário de 2011, o programa multiplataforma Recolhimento Mensal Obrigatório (Carnê-Leão), relativo ao IRPF, que pode ser utilizado pela pessoa física, residente no Brasil, que tenha recebido rendimentos de outra pessoa física ou de fonte situada no exterior.

Cabe esclarecer que este programa é de uso opcional.

• INRFBnº 1.107/2010–ProgramaGanhosdeCapitalemMoedaEstrangeira

A IN RFB nº 1.107 aprova, para o ano-calendário de 2011, o programa Ganhos de Capital em Moeda Estrangeira, o qual se destina à utilização pela pessoa física, residente no Brasil, na apuração do ganho de capital e do respectivo imposto decorrentes de bens ou direitos e da liquidação ou resgate de aplicações financeiras, adquiridos em moeda estrangeira, e da alienação de moeda estrangeira mantida em espécie, inclusive no recebimento de parcelas relativas à alienação a prazo, efetuada em anos anteriores, com tributação diferida.

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Clipping Legis nº 147

PER/DCOMP 4.4 – Instrução Normativa RFB nº 1.108/2010Foi aprovado o programa Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação, versão 4.4 (PER/DCOMP 4.4), por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.108, publicada em 27 de dezembro de 2010. Esse programa é de livre reprodução e o arquivo para atualização de suas tabelas estarão disponíveis para download no site da RFB.

Fica revogada a IN RFB nº 1.002/2010 que aprovou a versão 4.3 do mencionado Programa.

Parcelamentos da Lei nº 11.941/2009 - Instrução Normativa RFB nº 1.109/2010Em 27 de dezembro de 2010, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.109, para revogar o artigo 4º da IN RFB nº 1.049/2010, a qual dispõe sobre os débitos a serem incluídos nos parcelamentos especiais de que trata a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 6/2009.

Vale lembrar que o artigo revogado previa o seguinte:

“OsujeitopassivoqueaderiuaosparcelamentosdequetrataaPortariaConjuntaPGFN/RFBnº 6/2009, e pretende parcelar débitos vencidos até 30/11/2008, correspondentes a períodos de apuração objeto de procedimento de fiscalização por parte da RFB, iniciado até 30/07/2010 e não concluído até o momento da consolidação, deverá prestar informações relativas às modalidades de parcelamento nas quais pretende incluir os respectivos débitos, independentemente de estar ou não obrigado à entrega de declaração específica”.

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DCTF – Novas Normas e Programa “DCTF Mensal 1.8” – Instrução Normativa RFB nº 1.110/2010A Instrução Normativa RFB nº 1.110, publicada em 27 de dezembro de 2010, dispõe sobre a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF e aprova seu programa gerador, bem como as instruções para o preenchimento da versão “DCTF Mensal 1.8”, estabelecendo ainda o quanto segue, resumidamente:

Novas normas disciplinadoras da DCTF

As normas disciplinadoras da DCTF, relativas a fatos geradores que ocorrerem a partir de 1º de janeiro de 2011, são as estabelecidas na IN em comento, que revoga, a partir de 1º/01/2011, as INs RFB nºs 974/2009, 996/2010, 1.034/2010 e o art. 2º da IN RFB nº 1.036/2010, que antes dispunham sobre o assunto.

Nos termos da nova IN, além das demais pessoas jurídicas já obrigadas, também deverão apresentar a DCTF, de forma centralizada, pela matriz, mensalmente, os consórcios que realizem negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na contratação de pessoas jurídicas e físicas, com ou sem vínculo empregatício.

Em linhas gerais o ato reproduz grande parte da IN anterior, inovando com relação aos principais seguintes aspectos, resumidamente:

• As pessoas jurídicas que não tenham débito a declarar e passarem à condição de inativa no curso do ano-calendário somente estarão dispensadas da apresentação da DCTF a partir do 1º período do ano-calendário subsequente.

• Os órgãos públicos da administração direta da União deverão apresentar a DCTF, mensalmente, em relação aos fatos geradores que ocorrerem a partir de 1º/07/2011.

• A DCTF retificadora terá a mesma natureza da declaração originariamente apresentada e servirá para declarar novos débitos, aumentar ou reduzir os valores de débitos já informados ou efetivar qualquer alteração nos créditos vinculados (antes substituía a declaração original integralmente).

• A retificação de valores informados na DCTF, que resulte em alteração do montante do débito já enviado à PGFN para inscrição em DAU ou de débito que tenha sido objeto de exame em procedimento de fiscalização, somente poderá ser efetuada pela RFB nos casos em que houver prova inequívoca da ocorrência de erro de fato no preenchimento da declaração e enquanto não extinto o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário correspondente àquela declaração.

• O direito de o contribuinte pleitear a retificação da DCTF extingue-se em 5 anos contados a partir do 1º dia do exercício seguinte ao qual se refere a declaração.

Programa DCTF Mensal 1.8

A IN em comento também aprova o programa gerador e as instruções para preenchimento da DCTF Mensal na versão 1.8.

O programa, que é de reprodução livre e disponível no site da RFB a partir de 03/01/2011, destina-se ao preenchimento da DCTF Mensal, original ou retificadora, inclusive em situação de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial, nos termos das INs RFB nº 903/2008 (fatos geradores a partir de 1º/01/2006), nº 974/2009 (fatos geradores a partir de 1º/01/2010), e desta IN para fatos geradores ocorridos a partir de 1º/01/2011.

Foi revogada a IN RFB nº 1.038/2010 que aprovou a versão 1.7 do mencionado Programa.

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DIMOB - Instrução Normativa RFB nº 1.115/2010A Instrução Normativa RFB nº 1.115, publicada em 30 de dezembro de 2010, dispõe sobre a Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (DIMOB) e revoga a IN RFB nº 694/2006 que antes dispunha sobre a matéria.

A DIMOB é de apresentação obrigatória para as pessoas jurídicas e equiparadas:

I. que comercializarem imóveis que houverem construído, loteado ou incorporado para esse fim;

II. que intermediarem aquisição, alienação ou aluguel de imóveis;

III. que realizarem sublocação de imóveis;

IV. que se constituírem para construção, administração, locação ou alienação de patrimônio próprio, de seus condôminos ou de seus sócios.

Nos casos de extinção, fusão, incorporação e cisão total da pessoa jurídica, a declaração de Situação Especial deve ser apresentada até o último dia útil do mês subsequente à ocorrência do evento.

As pessoas jurídicas e equiparadas que não tenham realizado operações imobiliárias no ano-calendário de referência estão desobrigadas à apresentação da DIMOB.

A DIMOB deverá ser apresentada pelo estabelecimento matriz, em relação a todos os estabelecimentos da pessoa jurídica, com as informações descritas na IN sob foco, e entregue, até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subsequente ao que se refiram as suas informações, por intermédio da internet.

A pessoa jurídica que deixar de apresentar a DIMOB no prazo estabelecido, ou que apresentá-la com incorreções ou omissões, sujeitar-se-á às multas: (a) R$ 5 mil por mês-calendário, no caso de falta de entrega da Declaração ou de entrega após o prazo; e (b) 5%, não inferior a R$ 100,00, do valor das transações comerciais, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta.

Fica aprovado o programa gerador da DIMOB, versão 2.3, de livre reprodução e disponível em www.receita.fazenda.gov.br, bem como as respectivas instruções para preenchimento, que deverão ser utilizados para apresentação de declarações a partir de 2011, inclusive para entrega de declarações em atraso ou retificadoras de anos-calendário anteriores a 2010.

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IRPF retido na fonte - Recolhimento mensal (carnê-leão) 2011 - Instrução Normativa RFB nº 1.117/2010

Em 31 de dezembro de 2010, a Receita Federal do Brasil publicou a Instrução Normativa nº 1.117, com efeitos a partir de 1º/01/2011, para dispor sobre o cálculo do imposto de renda na fonte e do recolhimento mensal obrigatório de pessoas físicas (carnê-leão) no ano-calendário de 2011, e revogar a Instrução Normativa RFB nº 994/2010, que anteriormente disciplinava a matéria.

IR/fonteNo ano-calendário de 2011, o imposto de renda a ser descontado na fonte sobre os rendimentos do trabalho assalariado, inclusive a gratificação natalina (13º salário), pagos por pessoas físicas ou jurídicas, bem assim sobre os demais rendimentos recebidos por pessoas físicas, que não estejam sujeitos à tributação exclusiva na fonte ou definitiva, pagos por pessoas jurídicas, será calculado mediante a utilização da tabela progressiva mensal ao lado:

Base de cálculo (R$) Alíquota (%) Parcela a deduzir do imposto (R$)

Até 1.499,15 — —De 1.499,16 até 2.246,75 7,5 112,43De 2.246,76 até 2.995,70 15 280,94De 2.995,71 até 3.743,19 22,5 505,62Acima de 3.743,19 27,5 692,78

A base de cálculo sujeita à incidência mensal do IR/fonte será determinada mediante a dedução das parcelas do rendimento tributável previstas na IN em comento, observadas as condições nela estabelecidas.

Recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão)O recolhimento mensal obrigatório (carnê-leão) das pessoas físicas, relativo aos rendimentos recebidos no ano-calendário de 2011, de outras pessoas físicas ou de fontes situadas no exterior, será calculado com base nos valores da mesma tabela progressiva mensal constante da IN, a qual apresenta ainda, as deduções de parcelas do rendimento tributável para fins de composição da base de cálculo sujeita à incidência mensal do imposto de renda.

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Clipping Legis nº 147

DIRF 2011 – Programa Gerador – Instrução Normativa RFB nº 1.118/2010Em 31 de dezembro de 2010 foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.118 para aprovar o programa gerador da Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte - DIRF 2011, que é de reprodução livre e está disponível, a partir de 03/01/2011, no endereço eletrônico da RFB: http://www.receita.fazenda.gov.br.

Vale lembrar que o programa é de uso obrigatório pelas fontes pagadoras, pessoas físicas e jurídicas, devendo ser utilizado para apresentação das declarações relativas aos ano-calendário de 2010, bem como de 2011 nos casos de extinção de pessoa jurídica decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total, e nos casos de pessoas físicas que saírem definitivamente do País e de encerramento de espólio.

Ressarcimento de créditos de PIS/COFINS/IPI – Procedimento Especial – Condições - Alteração - Portaria MFz nº 594/2011Em 04 de janeiro de 2011, foi publicada a Portaria nº 594, do Ministério da Fazenda, que altera a Portaria MFz nº 348/2010 (institui procedimento especial de ressarcimento de créditos de PIS, COFINS e IPI).

Conforme dispõe a Portaria nº 348/2010 anterior, a RFB terá 30 dias para efetuar o pagamento de 50% do valor dos pedidos de ressarcimento dos créditos acima aludidos, formulados pelas pessoas jurídicas que atendam, cumulativamente, as condições nela descritas.

Uma das condições, ora alterada pela nova portaria, é a de que a pessoa jurídica solicitante tenha efetuado exportações em todos os 2 anos-calendários (antes: 4 anos) anteriores ao do pedido, observado que, no segundo ano-calendário anterior, a média das exportações tenha representado valor igual ou superior a 15% (antes: 30%) da receita bruta total.

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Convenção Brasil/Peru – Métodos de Aplicação – Portaria MFz nº 553/2010

Parcelamento de débitos – Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 22/2010

Em 29 de novembro de 2010, foi publicada a Portaria nº 553, do Ministério da Fazenda, para estabelecer os métodos de aplicação da Convenção destinada a evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em relação ao IR, celebrada pela República Federativa do Brasil com a República do Peru, nos termos, a seguir, resumidamente, alinhados.

A Portaria estabelece as alíquotas máximas de IR/fonte, quando o beneficiário efetivo for um residente ou domiciliado no Peru (ressalvada alíquota mais benéfica ou isenção estabelecida na lei interna), para dividendos, lucros, juros, royalties, rendimentos de assistência técnica e de serviços técnicos, e rendimentos de serviços digitais e empresariais, inclusive as consultorias, de que tratam os arts. 10, 11 e 12 da Convenção e os itens 3 e 4 do Protocolo de disposições adicionais à Convenção.

Nos termos da Portaria, os rendimentos não tratados nos arts. 10, 11 e 12 da Convenção e nos itens 3 e 4 de seu Protocolo e passíveis de tributação no Brasil em virtude de outros dispositivos da Convenção estarão sujeitos ao imposto conforme a legislação interna.

No caso de quaisquer rendimentos que, em face da Convenção e de seu Protocolo, estiverem isentos ou sujeitos a imposto reduzido no Brasil, o beneficiário efetivo desses rendimentos ou a fonte pagadora que recolheu o imposto poderá requerer sua restituição, apresentando à RFB documento fornecido pela autoridade fiscal peruana que comprove ser o beneficiário efetivo do rendimento residente ou domiciliado no Peru.

Quando um residente ou domiciliado no Brasil receber rendimentos provenientes do Peru que sejam tributáveis no Brasil, poderá deduzir do imposto brasileiro, na forma do disposto no § 2º do art. 22 da Convenção, o imposto pago no Peru correspondente a esses rendimentos.

Já quando um residente ou domiciliado no Brasil receber rendimentos provenientes do Peru que, de acordo com o disposto na Convenção, aqui estiverem isentos de imposto, ao se definir a alíquota aplicável do imposto incidente sobre os demais rendimentos deverão ser levados em conta os rendimentos isentos, na forma do estabelecido no § 3º do art. 22 da Convenção.

O tratamento tributário estabelecido na Portaria em comento será aplicável aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2010.

Em 30 de dezembro de 2010, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a Receita Federal do Brasil publicaram a Portaria Conjunta nº 22, para estabelecer que, até 31/12/2011, serão efetuados junto à RFB os parcelamentos dos débitos inscritos em Dívida Ativa da União (DAU), relativos às:

– contribuições sociais das empresas incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a seu serviço; dos empregadores domésticos; e dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição (previstas nas alíneas “a”, “b”, e “c” do § único do art. 11 da Lei nº 8.212/1991);

– contribuições instituídas a título de substituição;

– contribuições devidas a terceiros.

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Regime Especial de Drawback Integrado Isenção - Portaria Conjunta RFB/SECEX nº 3/2010A Portaria Conjunta RFB/SECEX nº 3, publicada em 21 de dezembro de 2010, disciplina o Regime Especial de Drawback Integrado Isenção.

Previsto no art. 31 da Lei nº 12350/2010, esse regime estabelece que a aquisição no mercado interno ou a importação, de forma combinada ou não, de mercadoria equivalente à empregada ou consumida na industrialização de produto exportado poderá ser realizada com isenção do I.I., e com redução a zero do IPI, do PIS, da COFINS, do PIS/Importação e da COFINS-Importação, atendidas as demais condições estabelecidas na lei citada.

Resumidamente, a Portaria dispõe o seguinte:

• Poderão ser reconhecidas como equivalentes, em espécie e qualidade, as mercadorias: (i) classificáveis no mesmo código da NCM; (ii) que realizem as mesmas funções; (iii) obtidas a partir dos mesmos materiais: e (iv)

cujos modelos ou versões sejam de tecnologia similar, observada a evolução tecnológica.

• A pessoa jurídica será habilitada ao regime por meio de Ato Concessório (AC), cujo deferimento compete à SECEX, que levará em conta a agregação de valor e o resultado da operação.

• O prazo de validade do AC será de até 1 ano, contado da data de sua emissão. Em casos justificados poderá ser solicitada a prorrogação desse prazo uma única vez, respeitado o limite de 2 anos da data de emissão.

• A concessão será efetuada com base no fluxo físico e em relação à agregação de valor, considerando-se, ainda, a variação cambial das moedas de negociação e a oscilação dos produtos importados e exportados.

Esta Portaria Conjunta entrará em vigor após decorridos 60 dias da data de sua publicação ocorrida em 21/12/2010.

Pluralidade de sujeitos passivos – Portaria RFB nº 2.284/2010Os processos de determinação e exigência de créditos tributários relativos aos tributos administrados pela RFB, nas hipóteses em que houver pluralidade de sujeitos passivos, serão disciplinados conforme o disposto na Portaria RFB nº 2.284, publicada em 30 de novembro de 2010.

Nos termos da Portaria em comento, na formalização da exigência e constituição do crédito tributário os Auditores-Fiscais da RFB deverão identificar as hipóteses de pluralidade de sujeitos passivos e reunir as provas necessárias para a caracterização dos responsáveis pela satisfação do crédito tributário lançado.

A autuação deverá conter a descrição dos fatos e o enquadramento legal das infrações apuradas e do vínculo de responsabilidade, não sendo exigido o Mandado de Procedimento Fiscal para os responsáveis.

Todos os autuados deverão ser cientificados do auto de infração, com abertura de prazo para que cada um deles apresente impugnação, que será contado, para cada sujeito passivo, a partir da data em que tiver sido cientificado do lançamento.

O pagamento efetuado por um dos autuados aproveita aos demais e na hipótese de pagamento integral, perdem o objeto as impugnações ou recursos apresentados pelos demais autuados.

O pedido de parcelamento deferido a um dos autuados suspende a exigibilidade do crédito tributário em relação aos demais.

A compensação declarada por um dos autuados, na forma do art. 74 da Lei nº 9.430/1996, extingue o crédito tributário lançado sob condição resolutória de sua ulterior homologação, para todos os autuados.

Dentre outras disposições, determina, ainda, a Portaria que o crédito tributário será encaminhado à Procuradoria da Fazenda Nacional, para inscrição em dívida ativa, somente após o término do prazo de cobrança amigável para todos os obrigados, exceto na hipótese em que houver pendência de julgamento exclusivamente quanto ao vínculo de responsabilidade, caso em que o encaminhamento deverá ocorrer em relação aos autuados que não discutem o vínculo.

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Acompanhamento econômico-fiscal diferenciado e especial – Portarias RFB nºs 2.356 e 2.357/2010Publicada em 15 de dezembro de 2010, a Portaria nº 2.356 do Secretário da Receita Federal do Brasil, determina que a RFB efetuará o acompanhamento econômico-tributário diferenciado de pessoas jurídicas e também de pessoas físicas (novidade da Portaria em comento), o qual deverá verificar, periodicamente, os níveis de arrecadação de tributos administrados, em função do potencial econômico-tributário das pessoas jurídicas, bem assim das variáveis macroeconômicas de influência.

Tendo em vista o disposto nesse ato, foi baixada pela RFB, a Portaria nº 2.357, de 15 de dezembro de 2010, estabelecendo os parâmetros para seleção das pessoas jurídicas a serem submetidas ao acompanhamento econômico-tributário diferenciado e especial no ano de 2011.

• Pessoasjurídicassujeitasaacompanhamentodiferenciadoaserrealizadonoanode2011:

I. sujeitas à apuração do lucro real, presumido ou arbitrado, cuja receita bruta anual, no ano-calendário de 2009, seja superior a R$ 90 milhões;

II. cujo montante anual de débitos declarados nas DCTFs, relativas ao ano-calendário de 2009, seja superior a R$ 9 milhões;

III. cujo montante anual de massa salarial informada nas Guias de Recolhimento do FGTS (GFIP), relativas ao ano-calendário de 2009, seja superior a R$ 15 milhões; ou

IV. cujo total anual de débitos declarados nas GFIP, relativas ao ano-calendário de 2009, seja superior a R$ 5 milhões.

• Indicaçãodaspessoasfísicas:

As pessoas físicas objeto do acompanhamento diferenciado serão indicadas com base em critérios objetivos e parâmetros técnicos. Até o último dia útil do mês de dezembro de cada ano, será editado ato interno de aprovação da relação de contribuintes indicados para o acompanhamento diferenciado para o ano subsequente.

• Pessoasjurídicassujeitasaacompanhamentoespecial:

I. sujeitas à apuração do lucro real, presumido ou arbitrado, cuja receita bruta anual, no exercício de 2009, seja superior a R$ 400 milhões;

II. cujo montante anual de débitos declarados nas DCTFs, relativas ao ano-calendário de 2009, seja superior a R$ 40 milhões reais;

III. cujo montante anual de massa salarial informada nas GFIP, relativas ao ano-calendário de 2009, seja superior a R$ 51milhões; ou

IV. cujo total anual de débitos declarados nas GFIP, relativas ao ano-calendário de 2009, seja superior a R$ 17 milhões.

Outras pessoas jurídicas poderão ser indicadas, na forma definida na Portaria RFB nº 2356/2010, para os acompanhamentos diferencial e especial acima comentados.

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Crimes contra a ordem tributária – Portaria RFB nº 2.439/2010Em 22 de dezembro de 2010, foi publicada a Portaria RFB nº 2.439 para estabelecer os procedimentos a serem observados na comunicação ao Ministério Público Federal de fatos que configurem crimes contra a ordem tributária; contra a Previdência Social; contra a Administração Pública Federal, em detrimento da Fazenda Nacional; contra Administração Pública Estrangeira; bem como crimes de contrabando ou descaminho, de falsidade de títulos, papéis e documentos públicos e de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e valores.

Entre outras disposições, a nova Portaria estabelece que o Auditor-Fiscal da RFB deverá formalizar representação fiscal para fins penais sempre que, no exercício de suas atribuições, identificar atos ou fatos que, em tese, configurem crime contra a ordem tributária ou contra a Previdência Social.

A representação deverá ser instruída com exposição minuciosa dos fatos caracterizadores do ilícito penal, prova material do ilícito penal e outros documentos sob suspeição que tenham sido apreendidos no curso da ação fiscal, dentre outros elementos descritos nesta Portaria.

Foi revogada a Portaria RFB nº 665/2008 que antes tratava do assunto.

Pagamento de receitas federais por meio de débito em conta-corrente - Portaria RFB nº 2.444/2010Em 24 de dezembro de 2010 foi publicada a Portaria RFB nº 2.444 para determinar que o pagamento de receitas federais poderá ser efetuado por meio de débito em conta-corrente bancária.

O débito será realizado no banco, agência e conta-corrente informados pelo contribuinte em sistema próprio da RFB posto à sua disposição, devendo o banco registrar as informações referentes ao pagamento do tributo no extrato bancário do correntista.

O banco fica responsável pela realização do débito na data indicada pela RFB, e, caso o pagamento seja passível de incidência de encargos, a RFB enviará ao banco o valor total a ser debitado, incluídas as parcelas de multa e juros.

É vedada à RFB a utilização da modalidade de pagamento via débito em conta-corrente para tributos que não tenham sido expressamente indicados pelo contribuinte.

Para ser autorizado a operar com a modalidade de arrecadação de que trata essa Portaria, o banco deverá apresentar carta de adesão à unidade da RFB que jurisdiciona sua matriz, podendo ser submetido a testes específicos de habilitação tecnológica.

Vale lembrar que na modalidade de arrecadação ora tratada, fica dispensada a remessa informatizada dos dados de arrecadação à RFB, de que trata o inciso II do art. 4º da Portaria MF nº 479/2000, bastando o envio de arquivo retorno contendo informações sobre a realização dos débitos.

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Súmulas do CARF - Portaria CARF nº 49/2010Por intermédio da Portaria nº 49, publicada em 1º/12/2010 e republicada em 09/12/2010, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais divulga os enunciados de súmulas aprovados pelo Pleno e Turmas da Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF) na sessão realizada em 29/11/2010.

A seguir, transcrevemos, resumidamente, os principais Enunciados constantes em seu Anexo I:

Aprovados pelo Pleno:Enunciadonº 02: Cabível a imputação da multa de ofício à sucessora, por infração cometida pela sucedida, quando provado que as sociedades estavam sob controle comum ou pertenciam ao mesmo grupo econômico.

Enunciadonº 03: A suspensão da exigibilidade do crédito tributário por força de medida judicial não impede a lavratura de auto de infração.

Enunciadonº 05: É cabível a exigência de multa de ofício se a decisão judicial que suspendia a exigibilidade do crédito tributário perdeu os efeitos antes da lavratura do auto de infração.

Aprovado pela 1ª Turma da CSRF:Enunciadonº 13: As variações monetárias ativas decorrentes de depósitos judiciais com a finalidade de suspender a exigibilidade do crédito tributário devem compor o resultado do exercício, segundo o regime de competência, salvo se demonstrado que as variações monetárias passivas incidentes sobre o tributo objeto dos depósitos não tenham sido computadas na apuração desse resultado.

Aprovado pela 2ª Turma da Câmara CSRF:Enunciadonº 17:A base de cálculo das contribuições previdenciárias será o valor total fixado na sentença ou acordo trabalhista homologado, quando as parcelas legais de incidência não estiverem discriminadas.

No Anexo II da Portaria em comento constam as Súmulas do CARF Consolidadas e Numeradas, dentre as quais transcrevemos, resumidamente:

Súmulas aprovadas pelos Conselhos de Contribuintes:SúmulaCARFnº 12: Constatada a omissão de rendimentos sujeitos à incidência do imposto de renda na declaração de ajuste anual, é legítima a constituição do crédito tributário na pessoa física do beneficiário, ainda que a fonte pagadora não tenha procedido à respectiva retenção.

SúmulaCARFnº 19: Não integram a base de cálculo do crédito presumido da Lei nº 9.363, de 1996, as aquisições de combustíveis e energia elétrica uma vez que não são consumidos em contato direto com o produto, não se enquadrando nos conceitos de matéria-prima ou produto intermediário.

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Regime Fiscal Privilegiado – Exclusão da Espanha (ETVEs) – Ato Declaratório Executivo nº 22/2010Publicado em 2 de dezembro de 2010, o Ato declaratório Executivo nº 22, da RFB, suspende os efeitos da inclusão da Espanha na relação de países detentores de regime fiscal privilegiado, relativamente às pessoas jurídicas constituídas sob a forma de Entidad de Tenencia de Valores Extranjeros (E.T.V.Es.), prevista na IN nº 1.037/2010, tendo em vista o pedido de revisão, apresentado pelo Governo daquele país.

DCTF e DCOMP – Ato Declaratório Executivo CODAC nº 97/2010Publicado em 29/12/2010 e retificado em 30/12/2010, o Ato Declaratório Executivo CODAC nº 97, dispõe sobre o preenchimento da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) e da Declaração de Compensação (DCOMP), em relação a fatos geradores ocorridos a partir de 1º/01/2006, e revoga os Atos Declaratórios Executivos CODAC nºs 15 e 38/2010 que antes dispunham sobre o assunto.

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Poder Judiciário

STF - IPI e Creditamento - Insumos Isentos, Não Tributados ou Sujeitos à Alíquota ZeroEm conclusão de julgamento, o Tribunal desproveu recurso extraordinário interposto contra acórdão do TRF da 4ª Região que negara a contribuinte do IPI o direito de creditar-se do valor do tributo incidente sobre insumos adquiridos sob regime de isenção, não tributados ou sujeitos à alíquota zero. Sustentava-se ofensa ao princípio da não-cumulatividade (CF, art. 153, § 3º, II) — v. Informativos 554 e 591.

Inicialmente, consignou-se que o STF, ao apreciar os recursos extraordinários 353657/PR (DJE de 06/03/2008) e 370682/SC (DJE de 19/12/2007), referentes à aquisição de insumos não tributados ou sujeitos à alíquota zero, aprovara o entendimento de que o direito ao crédito pressupõe recolhimento anterior do tributo, cobrança implementada pelo Fisco. Enfatizou-se que tal raciocínio seria próprio tanto no caso de insumo sujeito à alíquota zero ou não tributado quanto no de insumo isento, tema não examinado nos precedentes citados.

Contudo, julgou-se inexistir dado específico a conduzir ao tratamento diferenciado. No tocante à definição técnica-constitucional do princípio da não-cumulatividade, afirmou-se que esse princípio seria observado compensando-se o que devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores, ante o que não se poderia cogitar de direito a crédito quando o insumo entra na indústria considerada a alíquota zero.

Relativamente à questão alusiva ao valor do crédito e do imposto final, asseverou-se que a pretensão da recorrente colocaria em plano secundário a sistemática pertinente ao IPI, no que voltada a evitar a cumulatividade, o tributo seqüencial.

Ressaltando a seletividade do IPI, expôs-se que, uma vez adquirido o insumo mediante incidência do tributo com certa alíquota, o creditamento far-se-ia diante do que realmente recolhido, gerando a saída final do produto novo cálculo e, então, como já ocorrido o creditamento quanto ao que recolhido na aquisição do insumo, a incidência da alíquota dar-se-ia sobre o preço (valor total).

Mencionou-se que não se comunicariam as operações a serem realizadas, deixando-se de individualizar insumos e produtos, pois, se assim não fosse, instalar-se-ia um pandemônio escritural. Assinalou-se que o sistema consagrador do princípio da não-cumulatividade, presente quer o IPI quer o ICMS, implica crédito e débito em conta única e que o argumento desenvolvido a respeito do que se denomina crédito do IPI presumido, considerada a entrada de insumo, resultaria em subversão do sistema nacional de cobrança do tributo, partindo-se para a adoção do critério referente ao valor agregado.

Dessa forma, reputou-se que isso potencializaria a seletividade, a qual geraria vantagem, à margem de previsão, para o contribuinte, que passaria a contar com um crédito inicial, presente a entrada do insumo tributado, e, posteriormente, haveria a apuração do que agregado para se estipular valor que não seria o do produto final.

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Considerou-se que esse raciocínio revelaria desprezo pelo sistema pátrio de cobrança do tributo, assim como discreparia das balizas próprias à preservação dos princípios da não-cumulatividade, que direcionam, no concernente ao produto final, à aplicação da alíquota levando-se em conta o valor respectivo, porquanto já escriturado o crédito decorrente da satisfação do tributo com relação ao insumo.

Concluiu-se que, em última análise, ante o critério seletivo, com o tributo final menor, passar-se-ia a ter jus a uma segunda diferença relativa ao que recolhido a maior anteriormente e já objeto do creditamento. Por fim, deu-se por prejudicada a discussão referente à prescrição, dado que esta somente teria utilidade se o recurso viesse a ser provido, o mesmo ocorrendo com a atualização monetária.

Vencido o Min. Cezar Peluso, Presidente, que provia o recurso. RE 566819/RS, rel. Min. Marco Aurélio, 29/09/2010. Plenário do STF. Informativo de Jurisprudência do STF nº 602.

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STF - PIS e COFINS incidentes sobre a Importação e Base de CálculoO Plenário iniciou julgamento de recurso extraordinário em que se discute a constitucionalidade, ou não, do art. 7º, I, da Lei 10.865/2004, que determinou que a base de cálculo do PIS e da COFINS incidentes sobre a importação “será o valor aduaneiro, assim entendido, para os efeitos desta Lei, o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo do imposto de importação, acrescido do valor do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições, na hipótese do inciso I do caput do art. 3º desta Lei”.

A Min. Ellen Gracie, relatora, negou provimento ao recurso e, por vislumbrar afronta ao art. 149, § 2º, III, a, da CF, introduzido pela EC 33/2001, reconheceu a inconstitucionalidade da parte do citado art. 7º, I, da Lei 10.865/2004 que diz “acrescido do valor do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições”.

Asseverou, inicialmente, que as contribuições questionadas no presente recurso, PIS/Pasep-Importação e COFINS-Importação, teriam sido instituídas com fundamento nos artigos 149, § 2º, II e 195, IV, da CF. Afirmou que a semelhança delas com as contribuições PIS/Pasep e COFINS limitar-se-ia à identidade de finalidades e à possibilidade de apuração de crédito para fins de compensação no regime não-cumulativo.

Observou, entretanto, que essa identidade de finalidades permitiria, por si só, que se classificassem as contribuições PIS/Pasep e COFINS sobre a importação como contribuições de seguridade social. Salientou, ainda, que a Lei 10.865/2004 teria dado um tratamento unitário para ambas, relativamente à não-incidência, ao fato gerador, ao sujeito passivo, à base de cálculo e à isenção, fazendo distinção apenas no que se refere às suas alíquotas (1,65% para o PIS/Pasep-Importação e 7,6% para a COFINS-Importação).

Tal tratamento, bem como a simultaneidade da instituição dessas contribuições, faria com que, na prática, elas configurassem quase que uma única contribuição cujo percentual seria bipartido, de modo que cada parte recebesse destinação específica, não sendo impróprio, inclusive, que fossem denominadas simplesmente contribuições de PIS/COFINS-Importação.

Aduziu que a instituição simultânea dessas contribuições não estaria em confronto com a vedação de bis in idem, com invocação do art. 195, § 4º, da CF. Explicou que, se na instituição de novas contribuições de seguridade social haveria de ser observada a exigência de lei complementar, de não-cumulatividade e a proibição de que tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nos incisos do art. 195, não se haveria de falar sobre invalidade da instituição originária e simultânea de contribuições idênticas com fundamento no inciso IV do art. 195, com alíquotas apartadas para fins exclusivos de destinação.

Justificou que exatamente por constituírem contribuições cuja instituição fora devidamente prevista e autorizada, de modo expresso, em um dos incisos do art. 195 da CF, elas poderiam ser instituídas validamente por lei ordinária. Dessa forma, tratando-se de contribuições ordinárias de financiamento da seguridade social, com base no art. 195, IV, da CF, estaria afastada qualquer violação ao § 4º do mesmo preceito, o qual se limitaria a regular o exercício da competência residual, somente para tanto exigindo lei complementar, não cumulatividade e fato gerador e base de cálculo distintos das contribuições ordinárias.

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Portanto, sendo inaplicável o art. 195, § 4º, da CF, não se haveria de concluir que as contribuições em questão deveriam ser necessariamente não-cumulativas. Ademais, ressaltou que o fato de não admitirem crédito senão para as empresas sujeitas à apuração do PIS e da COFINS pelo regime não-cumulativo não implicaria ofensa à isonomia, de modo a fulminar o tributo. A sujeição ao regime do lucro presumido, que ensejaria submissão ao regime cumulativo, seria opcional, razão pela qual não se vislumbraria, também, afronta ao art. 150, II, da CF.

A Min. Ellen Gracie registrou que os dispositivos do art. 195 da CF seriam normas especiais que não afastariam a aplicação das normas gerais do art. 149 no que não fossem incompatíveis, havendo entre elas, portanto, uma relação de complementaridade.

No que respeita à contribuição de seguridade social do importador, disse que ela teria como suportes diretos os artigos 149, II, e 195, IV, da CF, e se submeteria, ainda, ao art. 149, § 2º, III, da CF, acrescido pela EC 33/2001. Com a combinação desses dispositivos, ter-se-ia que a União seria competente para instituir contribuição do importador ou equiparado, para fins de custeio da seguridade social (art. 195, IV), com alíquota específica (art. 149, § 2º, III, b) ou ad valorem, esta tendo por base o valor aduaneiro (art. 149, § 2º, III, a).

Disse não haver dúvida de que as contribuições caracterizar-se-iam, principalmente, por impor a um certo grupo de contribuintes — ou, até mesmo, a toda a sociedade, no que se refere às contribuições de seguridade social — o custeio de atividades públicas voltadas à realização de fins constitucionalmente fixados, e que não haveria, no texto originário da Constituição, uma pré-definição das bases a serem tributadas, salvo para fins de custeio da seguridade, no art. 195.

Salientou que o critério da finalidade seria marca essencial das respectivas normas de competência, mas que ele não seria o único usado pelo constituinte para definir a competência tributária relativa à instituição de contribuições, visto que ele também teria se valido já no texto original da Constituição, quanto a contribuições de seguridade social, da enunciação de bases econômicas ou materialidades (art. 195, I a III). Portanto, a Constituição teria combinado os critérios da finalidade e da base econômica para delimitar a competência tributária concernente à instituição de contribuições de seguridade social.

Realçou que, com o advento da EC 33/2001, a enunciação das bases econômicas passou a figurar como critério quase que onipresente nas normas de competência relativas a contribuições, haja vista o § 2º do inciso III do art. 149 ter feito com que a possibilidade de instituição de quaisquer contribuições sociais ou interventivas ficasse circunscrita a certas bases ou materialidades, reduzindo o campo de discricionariedade do legislador na eleição do fato gerador e da base de cálculo desses tributos.

Daí, no que tange à importação, ter estabelecido que a contribuição poderá possuir alíquota ad valorem, tendo por base o valor aduaneiro, ou específica, tendo por base a unidade de medida adotada. Frisou, no ponto, que o termo “poderão”, contido nesse preceito, não enunciaria mera alternativa de tributação em rol meramente exemplificativo.

Dessa forma, a redação do art. 149, § 2º, III, a, da CF, ao circunscrever a tributação ao faturamento, à receita bruta e ao valor da operação ou, no caso de importação, ao valor aduaneiro, possuiria o efeito de impedir a pulverização de contribuições sobre bases de cálculo não previstas, e evitar, com isso, por exemplo, efeitos extrafiscais inesperados e adversos que poderiam resultar da eventual sobrecarga da folha de salários, reservada que ficou esta base ao custeio da seguridade social (art. 195, I, a), não ensejando, mais, a instituição de outras contribuições sociais e interventivas.

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Também não seria razoável, para a relatora, interpretar a referência às bases econômicas como meras sugestões de tributação, por não caber à Constituição sugerir, mas sim outorgar competências e traçar os seus limites. De igual modo, não seria correto entender que o art. 149, § 2º, III, a, da CF teria sobrevindo apenas para autorizar o bis in idem ou a bitributação, sendo certo que esse dispositivo efetivamente afastaria a possível argumentação de que as bases a que se refere, quando já gravadas anteriormente por outra contribuição ou por imposto, não poderiam ser objeto de nova contribuição social ou interventiva.

Prosseguindo, a relatora destacou que o constituinte derivado, ao estabelecer que as contribuições sociais e interventivas poderão ter alíquotas ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro, teria inovado por circunscrever a tais bases a respectiva competência, sem prejuízo do já previsto no art. 195 da CF.

Assentou que as contribuições sobre a importação, portanto, não poderiam extrapolar a base do valor aduaneiro, sob pena de inconstitucionalidade por violação à norma de competência no ponto constante do art. 149, § 2º, III, a, da CF. Ao salientar a desnecessidade de aprofundamento da análise do alcance da expressão “valor aduaneiro”, asseverou que a Lei 10.865/2004, ao instituir o PIS/Pasep-Importação e a COFINS-Importação, não teria alargado propriamente o conceito de valor aduaneiro de modo a abarcar outras grandezas nele não contidas, para fins de apuração de tais contribuições, mas desconsiderado a imposição constitucional de que as contribuições sociais sobre a importação, quando tivessem alíquota ad valorem, fossem calculadas com base apenas no valor aduaneiro.

Ou seja, a lei impugnada teria determinado que as contribuições fossem calculadas sobre esse valor e também sobre o valor do ICMS-Importação e o das próprias contribuições instituídas. Haveria, assim, expressa extrapolação da base permitida pela Constituição e que condicionava o exercício da competência legislativa.

Por fim, a relatora rejeitou a alegação de que a lei impugnada teria como escopo atender ao princípio da isonomia, ao conferir tratamento tributário igual aos bens produzidos e serviços prestados no país, e que sofrem a incidência do PIS e da COFINS para o financiamento da seguridade social, e aos bens e serviços importados de residentes ou domiciliados no exterior.

Considerou que, no caso em questão, não haveria parâmetro de comparação adequado que permitisse conclusão no sentido de que a circunscrição das contribuições sobre a importação à base valor aduaneiro violasse a isonomia e que, de outro lado, a inserção do ICMS-Importação e das próprias contribuições PIS/Pasep-Importação e COFINS-Importação na base de cálculo destas últimas fosse um imperativo constitucional de isonomia tributária.

Ressaltou que a ofensa à isonomia identificar-se-ia apenas quando fossem tratados diversamente contribuintes que se encontrassem em situação equivalente e sem que o tratamento diferenciado estivesse alicerçado em critério justificável de discriminação ou sem que a diferenciação levasse ao resultado que a fundamentasse. Observou que, na espécie, não haveria como equiparar de modo absoluto a tributação da importação com a tributação das operações internas.

Após, pediu vista dos autos o Min. Dias Toffoli. RE 559937/RS, rel. Min. Ellen Gracie, 20/10/2010. Repercussão Geral. Tribunal Plenário do STF. Informativo de Jurisprudência do STF nº 605.

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STJ – IRPJ – CSLL – Investimento no ExteriorDiscutiu-se o cômputo dos prejuízos e lucros na base de cálculo do IRPJ e da CSLL apurados em empresas controladas e coligadas situadas no exterior. Alega o contribuinte que o art. 74 da MP n. 2.158-35/2001 teria revogado parcialmente o art. 25, § 5º, da Lei n. 9.249/1995, ao permitir que os lucros porventura auferidos pela empresa controlada ou coligada no exterior passassem a ser considerados disponibilizados para a controladora ou coligada no Brasil na data do balanço em que apurados. A seu ver, a modificação introduzida pela MP teria reflexo no critério material da hipótese de incidência dos referidos tributos, pois permitira a tributação em razão de um lucro ou dividendo ainda não distribuído à controladora, sem exaurir os prejuízos apurados no exterior, visto que a legislação deixara de considerar os rendimentos produzidos pelas empresas controladas e coligadas como rendimento de terceiros (dividendos), tributáveis pela empresa nacional apenas quando efetivamente adquirida a disponibilidade jurídica ou econômica, e passou a considerá-los como se produzidos pela própria empresa nacional (critério de “bases universais”). Assim, alega poder deduzir diretamente da base de cálculo do IRPJ e da CSLL devidos pela investidora os prejuízos fiscais e bases de cálculo negativas apurados pelas empresas coligadas ou controladas, diante da revogação tácita da vedação constante do § 5º do art. 25 da Lei n. 9.249/1995. Sucede que a empresa investidora, a coligada e a controladora estão submetidas a relações jurídico-tributárias distintas, visto que cada qual é tributada pelos aludidos tributos ao se considerar sua própria base de cálculo, apurada conforme os lucros e prejuízos de cada uma no período. Contudo, a investidora, por empregar capital nas outras duas, pode ter lucro que lhe é próprio decorrente da lucratividade que o capital empregado proporcionou-lhe em razão do bom desempenho das coligadas e controladas das quais é sócia. Nessa hipótese, as bases de cálculo de IRPJ e da CSLL são influenciadas por essa lucratividade. A lei apenas disciplina o momento em que apurado o lucro e ocorrido esse impacto, antecipada essa data do momento da distribuição dos dividendos da coligada ou controlada para o momento da apuração do lucro em seus balanços (art. 74 da citada MP). Não se trata, assim, de mera ficção legal, mas de constatação, no plano material, de que a posterior destinação dos lucros auferidos pelas coligadas e controladas está diretamente sob o controle da investidora (no caso de controlada) ou do grupo empresarial a que pertence a investidora (no caso de coligada). Dessarte, havendo a disponibilidade econômica ou jurídica da renda, seu valor mostra-se apto a compor a base de cálculo do IRPJ (vide art. 43, caput e parágrafos, do CTN). Todavia, se houver prejuízos e perdas, é possível a compensação ser feita pela investidora, o que se dá no limite dos lucros auferidos no exterior das respectivas coligadas e controladas, nos respectivos balanços. Se os lucros são considerados disponibilizados na data do balanço, os eventuais prejuízos já foram contabilizados nos próprios balanços das coligadas e controladas; pois, se assim não fosse, não haveria como apurar a ocorrência de lucro. Anote-se, por último, não se desconhecer que o STF está analisando a constitucionalidade do § 2º do art. 43 do CTN (acrescido pela LC n. 104/2001) e do art. 74, caput e parágrafo único, da MP n. 2.158-35/2001 (ver ADin 2.588-DF). Mas, diante da constatação de que não há concessão de liminar, essas normas permanecem em vigor. Precedentes citados: REsp 983.134-RS, DJe 17/4/2008, e REsp 907.404-PR, DJ 13/11/2007. REsp 1.161.003-RS,Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 7/10/2010. Segunda Turma do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 450.

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Súmula STJ nº 468A base de cálculo do PIS, até a edição da MP n. 1.212/1995, era o faturamento ocorrido no sexto mês anterior ao do fato gerador. Rel. Min. Hamilton Carvalhido, em 13/10/2010. Primeira Seção do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 451.

STJ – Compensação de Ofício – ParcelamentoOs créditos tributários submetidos a acordo de parcelamento e, em consequência, com a exigibilidade suspensa não podem ser compensados de ofício pela Fazenda (DL n. 2.287/1986). As instruções normativas ns. 600/2005 e 900/2008 da Secretaria da Receita Federal exorbitaram a função meramente regulamentar do supradito DL, daí que ilegais, pois afrontam o art. 151, VI, do CTN ao incluir débitos objeto de parcelamento cujos referidos créditos tributários estavam suspensos. Precedentes citados: AgRg no REsp 1.136.861-RS, DJe 17/5/2010; EDcl no REsp 905.071-SP, DJe 27/5/2010; REsp 873.799-RS, DJe 26/8/2008, e REsp 997.397-RS, DJe 17/3/2008. REsp 1.130.680-RS,Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 19/10/2010. Primeira Turma do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 452.

STJ – Correção Monetária – Crédito Escritural PIS/COFINSEm relação aos créditos de PIS e COFINS apurados sob a forma do art. 3º das Leis ns. 10.637/2002 e 10.833/2003, só há permissão para que sejam deduzidos do montante a ser pago referente à respectiva contribuição. Contudo, se apurado saldo credor acumulado ao final do trimestre, há a possibilidade de compensação com outras espécies de tributo que sejam administradas pela Receita Federal (art. 16 da Lei n. 11.116/2005). Já quanto à correção monetária de créditos escriturais do IPI, é certo que a Primeira Seção, em recurso repetitivo, assentou que ela é somente devida se o direito ao crédito não foi exercido em momento oportuno. Sucede que esse mesmo raciocínio pode ser estendido aos créditos escriturais de PIS e COFINS, sujeitos ao art. 3º das Leis ns. 10.637/2002 e 10.833/2003, visto que, também nesses casos, não há previsão legal que permita a correção monetária. Precedente citado: REsp 1.035.847-RS, DJe 3/8/2009. REsp 1.203.802-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 9/11/2010. Segunda Turma do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 455.

STJ – Recurso Repetitivo - Benefício fiscal – Base de CálculoEm julgamento de recurso especial submetido ao regime do art. 543-C do CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, a Seção decidiu que o art. 4º do DL n. 2.462/1988 não alterou a base de cálculo do benefício fiscal denominado depósito para reinvestimento, que continua sendo apurado com base no imposto de renda calculado sobre o lucro da exploração, a teor do que dispõe o art. 19, § 6º, do DL n. 1.598/1977, incluído pelo DL n. 1.730/1979. Precedentes citados: REsp 92.917-PE, DJ 26/5/2006; REsp 689.878-PE, DJ 24/10/2005; AgRg no REsp 667.526-CE, DJ 14/3/2005; REsp 410.504-PE, DJ 13/5/2002, e REsp 207.946-PE, DJ 6/9/1999. REsp 1.201.850-PE, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 24/11/2010. Primeira Seção do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 457.

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STJ – REFIS - Processo Administrativo PendenteCinge-se a controvérsia em saber se a ausência de formalização do pedido de desistência de processo administrativo fiscal constitui causa legal para a exclusão do contribuinte do Programa de Recuperação Fiscal (REFIS). Ocorre que, embora o art. 5º da Lei n. 9.964/2000 estabeleça as hipóteses de exclusão da pessoa jurídica que aderiu ao mencionado programa, não contemplou a situação de verificação superveniente de pendência de recurso administrativo concernente ao crédito tributário incluído no programa. Igualmente, a INRF n. 43/2000, que instituiu a declaração REFIS, a ser apresentada pelas pessoas jurídicas optantes do referido programa, previu o modo de formalização do pedido de desistência do contencioso administrativo, mas não estabeleceu sanção de exclusão do programa pela ausência de requerimento formal de desistência de todos os recursos administrativos referentes a crédito tributário parcelado. De fato, o deferimento da inclusão dos débitos tributários no REFIS pressupõe a aferição da autoridade fiscal atinente aos requisitos necessários, como o pedido de desistência de recurso administrativo, operando-se a preclusão. Assim, a superveniente demonstração de ausência do requerimento formal de desistência não tem respaldo legal para motivar a exclusão do parcelamento do crédito tributário do programa (arts. 7º e 8º da Lei n. 10.684/2003). Precedentes citados: REsp 1.038.724-RJ, DJe 25/3/2009; EDcl no AgRg no REsp 730.190-PR, DJe 2/6/2010; AgRg nos EDcl no REsp 786.604-RS, DJe 5/5/2010, e REsp 958.585-PR, DJ 17/9/2007. REsp 1.127.103-PR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 23/11/2010. Primeira Turma do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 457.

STJ – Isenção IR – Declaração ExtemporâneaA entrega extemporânea de declaração de ajuste anual (declaração referente ao ano calendário de 1991 apresentada após o exercício financeiro de 1992) não afasta a isenção de imposto de renda prevista no art. 96, § 1º, da Lei n. 8.383/1991. REsp 1.098.981-PR,Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 2/12/2010. Primeira Turma do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 458.

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Tributos e Contribuições Estaduais e Municipais

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ICMS - Crédito – Prorrogação da Vedação – Uso e Consumo – Energia Elétrica - Serviços de Comunicação – Lei Complementar nº 138/2010Em 29 de dezembro de 2010, foi publicada a Lei Complementar nº 138 alterando novamente a Lei Complementar nº 87/1996 (dispõe sobre o ICMS) para estabelecer que somentedarãodireitoacréditodoICMS:

• as mercadorias destinadas ao usoouconsumo do estabelecimento nele entradas apartirde1º/01/2020 (antes 2011);

• a entrada de energiaelétrica no estabelecimento: (a) quando for objeto de operação de saída de energia elétrica; (b) quando consumida no processo de industrialização; (c) quando seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção destas sobre as saídas ou prestações totais; e (d) nas demais hipóteses: apartirde1º/01/2020 (antes 2011);

• o recebimento de serviçosdecomunicação utilizados pelo estabelecimento: (a) ao qual tenham sido prestados na execução de serviços da mesma natureza; (b) quando sua utilização resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na proporção desta sobre as saídas ou prestações totais; e (c) nas demais hipóteses: apartirde1º/01/2020 (antes 2011).

Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) - Instituição – Ajuste SINIEF nº 21/2010Em 16 de dezembro de 2010, foi publicado o Ajuste SINIEF nº 21, para instituir o Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais MDF-e, modelo 58, que deverá ser utilizado pelos contribuintes do ICMS, em substituição ao Manifesto de Carga, modelo 25, nos termos, a seguir, resumidamente, alinhados.

O MDF-e é o documento fiscal eletrônico, de existência apenas digital, cuja validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente e Autorização de Uso de MDF-e pela administração tributária da unidade federada do contribuinte.

O Ajuste em comento determina que a emissão do MDF-e deverá ser realizada:

– pelo transportador no transporte de carga fracionada, assim entendida a que corresponda a mais de um conhecimento de transporte;

– pelos demais contribuintes nas operações para as quais tenham sido emitidas mais de uma nota fiscal e cujo transporte seja realizado em veículos próprios ou arrendados, ou mediante contratação de transportador autônomo de cargas.

Vale lembrar que a norma em comento também institui o Documento Auxiliar do MDF-e - DAMDFE, conforme leiaute estabelecido no Manual de Integração MDF-e - Contribuinte, para acompanhar a carga durante o transporte ou para facilitar a consulta do MDF-e.

Este ajuste entra em vigor em 16/12/2010, produzindo efeitos a partir de 1º/04/2011.

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Obrigatoriedade de utilização da NF-e – Prorrogação - Protocolo ICMS nº 191/2010Em 2 de dezembro de 2010, foi publicado o Protocolo ICMS nº 191, por intermédio do qual fica prorrogado, para 1º de julho de 2011, o início da vigência da obrigatoriedade da utilização da Nota-Fiscal Eletrônica – NF-e, modelo 55, prevista no Protocolo ICMS nº 42/2009, para os contribuintes que tenham sua atividade principal enquadrada em um dos seguintes códigos da CNAE:

1811-3/01 - Impressão de jornais;

1811-3/02 - Impressão de livros, revistas e outras publicações periódicas;

4618-4/03 - Representantes comerciais e agentes do comércio de jornais, revistas e outras publicações;

4647-8/02 - Comércio atacadista de livros, jornais e outras publicações;

4618-4/99 Outros representantes comerciais e agentes do comercio de jornais, revistas e outras publicações;

5310-5/01 Atividades de Correio Nacional; e

5310-5/02 Atividades de franqueadas e permissionárias de Correio Nacional.

A prorrogação aplica-se, inclusive, à obrigatoriedade de emissão de NF-e aos contribuintes que, independentemente da atividade econômica exercida, realizem operações: (i) destinadas à Administração Pública direta ou indireta, inclusive empresa pública e sociedade de economia mista, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (ii) com destinatário localizado em unidade da Federação diferente daquela do emitente; e (iii) de comércio exterior.

Obrigatoriedade de utilização da NF-e – Prorrogação - Protocolos ICMS nºs 194 e 195/2010Foram publicados os Protocolos ICMS abaixo para, entre outras disposições, prorrogar o início da vigência da obrigatoriedade da utilização da Nota-Fiscal Eletrônica – NF-e, na forma adiante, resumidamente, indicada.

• ProtocoloICMSnº 194/2010–atividadesdetelecomunicações

Em 13 de dezembro de 2010, foi publicado o Protocolo ICMS nº 194, por intermédio do qual fica prorrogado, para 1º de março de 2011, o início da vigência da obrigatoriedade da utilização da Nota-Fiscal Eletrônica – NF-e, para os contribuintes que tenham atividades de telecomunicações enquadradas nos códigos da CNAE descritos no protocolo.

• ProtocoloICMSnº 195/2010–ediçãodelivros,jornaiserevistas

O Protocolo ICMS nº 195, por sua vez, publicado em 13 de dezembro de 2010, prorroga para 1º de julho de 2011, o início da vigência da obrigatoriedade da utilização da Nota-Fiscal Eletrônica – NF-e, para os contribuintes que tenham sua atividade principal relacionada com a edição e com a edição integrada a impressão de livros, jornais e revistas enquadrada em um dos códigos da CNAE descritos no protocolo.

Ambos os protocolos produzem efeitos a partir de 1º de dezembro de 2010.

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ICMS - Parcelamento – SP e DF – Convênio ICMS nº 161/2010Por intermédio do Convênio ICMS nº 161, publicado em 10 de novembro de 2010, o Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ autoriza o Estado de São Paulo e o Distrito Federal a instituir parcelamento de débitos fiscais relacionados com o ICM e o ICMS, na forma que especifica.

De acordo com o Convênio em comento,ficam o Estado de São Paulo e o Distrito Federal autorizados a conceder parcelamento e reparcelamento, em até 100 meses, de débitos fiscais relacionados com o ICM e ICMS, constituídos ou não, inclusive os espontaneamente denunciados pelo contribuinte, inscritos ou não em dívida ativa, ainda que ajuizados, nos termos de suas legislações, de fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2009.

O débito será consolidado, de forma individualizada, na data do pedido do parcelamento, com todos os acréscimos legais previstos na legislação vigente na data dos respectivos fatos geradores da obrigação tributária.

Os juros e a atualização monetária não poderão ser inferiores à variação da taxa SELIC – ou, alternativamente, os juros não poderão ser inferiores a 1% ao mês, acrescidos de atualização monetária correspondente a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC – ou de outro índice de correção monetária.

O parcelamento previsto neste convênio não autoriza a restituição ou compensação das importâncias já recolhidas; nem se aplica a débito fiscal decorrente de operações ou de prestações que a legislação expressamente vedar.

O parcelamento fica condicionado a que o contribuinte:

I. formalize sua opção, mediante requerimento cujo modelo será disponibilizado pela respectiva Secretaria de Estado de Fazenda ou de Finanças, até 31 de julho de 2011.

II. efetue o pagamento de, no mínimo, 5% do valor total do débito consolidado;

III. cumpra outras condições expressamente previstas na legislação.

O Estado de São Paulo e o Distrito Federal poderão, na forma prevista nas suas legislações, limitar a aplicação do parcelamento definido neste convênio e estabelecer condições de rescisão.

O Convênio nº 161 entra em vigor na data da publicação de sua ratificação nacional.

“Drawback”/ isenção - ICMS – Convênio ICMS nº 185/2010Em 16 de dezembro de 2010, foi publicado o Convênio ICMS nº 185/2010, alterando o Convênio ICMS nº 27/90, que dispõe sobre a concessão de isenção de ICMS nas operações de importação sob o regime de drawback.

Nos termos do novo convênio ficam isentas do ICMS as operações de importação realizadas sob o regime de drawback, em que a mercadoria seja empregada ou consumida no processo de industrialização de produto a ser exportado, se aplicando às mercadorias:

a) beneficiadas com suspensão dos impostos federais sobre importação e do IPI;

b) das quais resultem, para exportação, produtos industrializados ou arrolados na lista contida no Convênio ICMS 15/9.1.

Como novidade o convênio considera:

a) empregada no processo de industrialização, a mercadoria que for integralmente incorporada ao produto a ser exportado; e

b) consumida, a mercadoria que for utilizada diretamente no processo de industrialização, na finalidade que lhe é própria, sem implicar sua integração ao processo a ser exportado.

Cabe ressaltar, ainda, que o convênio determinou que a referida isenção não se aplica às operações com combustíveis e energia elétrica e térmica.

Este convênio foi ratificado pelo Ato Declaratório CONFAZ nº 1, publicado em 4 de janeiro de 2011.

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Alterações ao RICMS/SP – Parcelamento - Decreto Estadual/SP nº 56.276/2010Por intermédio do Decreto nº 56.276, publicado em 14 de outubro de 2010, o Governador do Estado de São Paulo traz alterações ao Regulamento do ICMS/SP (DE/SP nº 45.490/2000) para adequá-lo às mudanças introduzidas na Lei Estadual/SP nº 6.374/89, pela Lei Estadual/SP nº 13.918/09, na disciplina do parcelamento, bem como implementar a criação das novas figuras da postergação de parcelas, repactuação e reparcelamento, com o intuito de facilitar o cumprimento espontâneo das obrigações tributárias pelos contribuintes.

Nos termos do Ofício GS-CAT nº 311/2010, que acompanha o Decreto em comento:

Foram ampliadas as hipóteses de admissibilidade de parcelamento, abrangendo débitos fiscais cujo acordo era antes vedado, como os decorrentes de operações ou prestações de contribuinte que não esteja em situação regular perante o fisco, desde que observados alguns requisitos.

A fim de evitar o rompimento do parcelamento em virtude de temporária redução na capacidade financeira dos contribuintes, criou-se a possibilidade de postergação do pagamento de algumas parcelas, conforme disciplina a ser estabelecida por ato do Secretário da Fazenda.

Passou-se também a permitir a repactuação do parcelamento, que consiste na modificação do acordo firmado para alterar a quantidade de parcelas, para maior ou menor número, a pedido do contribuinte, ampliando a viabilidade de cumprimento do parcelamento.

Foi instituída ainda a figura do reparcelamento, que, na hipótese de rompimento de parcelamento, autoriza um novo acordo sobre o débito fiscal residual, antes de sua inscrição em dívida ativa, porém, sem o benefício do desconto da multa punitiva previsto no artigo 574-A do Regulamento do ICMS.

Foram modificados os artigos 124, 502 e 505, parágrafo único, item 2, para adaptar o Regulamento do ICMS às mudanças introduzidas na Lei Estadual/SP nº 6.374/89, pela Lei Estadual/SP nº 13.918/2009, quanto à possibilidade de a Secretaria da Fazenda determinar a adoção, por parte dos contribuintes, de dispositivos de controle eletrônico, entre outros, e em relação às regras sobre o depósito de mercadorias apreendidas e a sua posterior distribuição.

Por fim, foi alterado o parágrafo único do artigo 521 do RICMS/SP para esclarecer os efeitos da modificação e revogação de resposta dada à consulta.

ICMS – Suspensão na Importação – Ativo Imobilizado – Decreto Estadual/SP nº 56.332/2010Como se sabe, por intermédio do Decreto Estadual/SP nº 54.422/2009, foi alterado o artigo 29 das Disposições Transitórias do RICMS/SP (DE/SP nº 45.490/2000) para prever que, relativamente a operações com bens destinados à integração ao ativo imobilizado de estabelecimento industrial dos setores por ele especificados, fica suspenso o lançamento do imposto devido na importação de bens sem similar nacional, bem como autorizado o creditamento, integral e em uma única vez, do valor do imposto relativo à aquisição desses bens de fabricante paulista.

Em 28 de outubro de 2010, foi publicado o Decreto Estadual/SP nº 56.332 para prorrogar essa disposição até 31 de março de 2011.

Ademais, o novo decreto inclui novos setores aos quais essa previsão se aplica, dentre eles, destacam-se os setores de papel; petroquímico; de produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal; de medicamentos; de vidro; de bebidas; de aço, metais preciosos, cobre, zinco; de peças e partes para veículos automotores; entre outros.

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ICMS – Isenção – Serviço de Transporte – Exportação – Decreto Estadual/SP nº 56.335/2010O Decreto nº 56.335, do Estado de São Paulo, publicado em 28 de outubro de 2010, acrescenta o artigo 149 ao Anexo I do RICMS/SP para conceder isenção, com manutenção do crédito do imposto, para a prestação de serviço de transporte relacionada com a remessa de mercadoria destinada á exportação, ainda que a mercadoria transite por armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro ou seja destinada diretamente ao exterior ou, ainda, o serviço seja objeto de redespacho ou subcontratação.

ICMS – Diferimento e Suspensão – Aquisição interna ou Importação – Extração mineral e Construção – Decreto Estadual/SP nº 56.336/2010O Decreto do Estado de São Paulo nº 56.336, publicado em 28 de outubro de 2010, inclui os artigos 395-A e 395-B ao Regulamento do ICMS/SP para estabelecer, respectivamente, o diferimento e a suspensão do lançamento do imposto devido nas operações de aquisição interna ou importação de partes, peças e componentes pelo fabricante de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e na construção, classificado no código do grupo 285 da CNAE, para o momento em que ocorrer a subseqüente saída da mesma mercadoria ou dos produtos resultante de sua industrialização, mediante a concessão de regime especial e o atendimento de outras condições que especifica.

ICMS – ProVeículo – Utilização de Crédito Acumulado – Prorrogação – Decreto Estadual/SP nº 56.339/2010Como se sabe, o Decreto Estadual/SP nº 53.051/2008 instituiu o Programa de Incentivo ao Investimento pelo Fabricante de Veículo Automotor – ProVeículo, de acordo com o qual, o fabricante dos produtos nele descritos poderá utilizar o crédito acumulado do ICMS, apropriado até 30/11/2010, ou passível de apropriação, para: (i) pagamento de bens e mercadorias adquiridos, inclusive energia elétrica, a serem utilizados na realização do projeto de investimento no Estado de SP, exceto material destinado a uso ou consumo; (ii) pagamento do ICMS relativo à importação de bens destinados ao seu ativo imobilizado, desde que o desembarque e o desembaraço aduaneiro sejam efetuados neste Estado; e (iii) transferência a contribuinte do ICMS, visando à realização do projeto de investimento.

O Decreto do Estado de São Paulo nº 56.339, também publicado em 28 de outubro de 2010, estende a abrangência desse incentivo fiscal, que passa agora a albergar o crédito acumulado do ICMS apropriado até31 de março de 2011.

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ICMS - Incentivos - Sistema Paulista de Parques Tecnológicos – Prorrogação – Decreto Estadual/SP nº 56.340/2010Como se sabe, o Decreto Estadual/SP nº 53.826/2008 instituiu incentivos no âmbito dos parques tecnológicos integrantes do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, de que tratam a LC/SP nº 1.049/2008 (dispõe sobre medidas de incentivo à inovação, à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico, entre outros, visando alcançar capacitação e desenvolvimento industrial e tecnológico internacionalmente competitivos nesse Estado).

O Decreto Estadual/SP nº 56.340, por sua vez, também publicado em 28/10/2010, estende a abrangência do incentivo fiscal que alcançava o crédito acumulado do ICMS até 31/03/2011.

Rompimento do PPI do ICM/ICMS – Decreto Estadual/SP nº 56.341/2010Nos termos do Decreto Estadual/SP nº 56.102, será considerado rompido o parcelamento celebrado no âmbito do Programa de Parcelamento Incentivado do ICM/ICMS, por inadimplência do contribuinte quanto ao ICMS devido, relativamente a fato gerador ocorrido após a data da celebração do parcelamento, na hipótese em que cumulativamente: o débito fiscal relativo a fato gerador ocorrido após a celebração do parcelamento no PPI do ICM/ICMS for inscrito na dívida ativa a partir de 1º/11/2010 (prazo prorrogado pelo decreto em comento); e o somatório dos valores dos débitos fiscais inscritos for superior ao saldo do parcelamento não liquidado, na data de inscrição dos débitos.

Publicado em 28 de outubro de 2010, o Decreto Estadual/SP nº 56.341 altera de 1º/11/2010 para 1º/03/2011a data a partir da qual a inscrição de débito fiscal relativo a fato gerador ocorrido após a celebração do PPI acarreta seu rompimento.

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Alterações no RICMS/SP – Destaques – Decretos Estaduais/SP nºs 56.457, 56.472 e 56.473/2010Foram publicados os seguintes Decretos por intermédio dos quais o Governador do Estado de SP promove alterações ao RICMS/SP (DE/SP nº 45.490/2000):

• DecretoEstadual/SPnº 56.457/2010-Operaçõescomveículosautomotores

Entre diversas outras disposições, o Decreto nº 56.457, publicado em 1º/12/2010, se destaca por incluir os percentuais de 1,5% e 9,5% dentre aqueles a serem utilizados na determinação da base de cálculo do ICMS nas operações com veículos automotores novos, efetuadas por meio de faturamento direto ao consumidor localizado em outro Estado, conforme disposto no Convênio ICMS nº 116/2009.

Além disso, o Decreto em comento, acrescenta e revoga diversos dispositivos do RICMS/SP, dentre eles os que tratam da emissão de Nota Fiscal e dispensa do uso de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF.

• DecretoEstadual/SPnº 56.472/2010–Vigênciaeapuraçãosimplificadadecréditoacumulado

O Decreto nº 56.472, por sua vez, publicado em 04/12/2010, altera dispositivo do RICMS/SP, para modificar o limite, para a apuração do crédito acumulado pela Sistemática de Apuração Simplificada, de R$100 mil para 10 mil UFESPs mensais, bem como para prorrogar a vigência dessa sistemática de apuração para os créditos acumulados gerados no período de abril de 2010 a dezembro de 2011, cujo pedido de apropriação seja protocolado até o último dia útil do mês de janeiro de 2012.

• DecretoEstadual/SPnº 56.473/2010-TransferênciadecréditosimplesdoICMS-BemdestinadoàintegraçãonoAtivoPermanente

O Decreto nº 55.473, também publicado em 04/12/2010, por sua vez, altera para 1º/07/2011 (antes 1º/01/2011), o início da vigência das alterações introduzidas no RICMS/SP pelo Decreto nº 56.133/2010 que permite a transferência de crédito simples do ICMS, decorrente de bem destinado à integração no Ativo Permanente.

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Parcelamento do ICMS – Comércio Varejista - Decreto Estadual/SP nº 56.538/2010Em 21 de dezembro de 2010, foi publicado o Decreto do Estado de São Paulo nº 56.538 para dispor sobre a sobre a possibilidade de contribuintes que exercem a atividade de comércio varejista parcelarem o ICMS devido pelas saídas de mercadorias promovidas em dezembro de 2010.

Nos termos do Decreto em comento, os contribuintes que exercem a atividade de comércio varejista poderão recolher o ICMS (referentes às saídas das mercadorias realizadas em dezembro de 2010) em duas parcelas mensais e consecutivas, com dispensa de juros e multas, desde que: (i) a primeira parcela seja recolhida até o dia 20/01/2011; e (ii) a segunda parcela seja recolhida até o dia 22/02/2011.

Vale lembrar que o referido parcelamento é opcional, sendo facultado ao contribuinte efetuar o recolhimento integral do imposto no mês de janeiro de 2011 até a data estabelecida no RICMS/SP.

Importante ressaltar que o contribuinte que deixar de efetuar o recolhimento de qualquer das parcelas até as datas mencionadas anteriormente ou efetuar o recolhimento em valores inferiores ao devido perderá direito ao benefício, ficando os valores recolhidos sujeitos ao disposto no 595 do RICMS/SP (será o devedor notificado a recolher a diferença, apurada de ofício, dentro de 10 dias, inscrevendo-se o débito na dívida ativa em caso de inadimplemento).

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ICMS - Parcelamento Especial - Fatos geradores ocorridos até 30/09/2009 - Resolução SFz/SP nº 108/2010Por intermédio da Resolução nº 108, publicada em 28 de outubro de 2010, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo dispõe sobre o parcelamento especial de débitos fiscais relativos ao ICMS decorrentes de fatos geradores ocorridos até 30/09/2009.

Nos termos da Resolução, poderão ser parcelados os débitos fiscais do ICMS devidos por contribuintes enquadrados no Regime Periódico de Apuração - RPA, decorrentes de fatos geradores ocorridos até 30/09/2009:

• exigidos ou não por meio de AIIM;

• inscritos ou não na dívida ativa;

• decorrentes de desembaraço aduaneiro de mercadoria importada do exterior, quando destinada à comercialização ou industrialização;

• decorrentes de imposto a recolher a título de sujeição passiva por substituição tributária;

• decorrentes de operações ou prestações de contribuinte que não esteja em situação regular perante o fisco, nos termos do item 4 do § 1º do artigo 59 do RICMS/SP.

Os parcelamentos poderão ser deferidos em até 60 parcelas mensais e consecutivas, desde que, cumulativamente, sejam solicitados até 31/01/2011 e englobem todos os débitos fiscais pendentes de liquidação, decorrentes de fatos geradores ocorridos até 30/09/2009, observadas as demais disposições do ato em comento.

Não poderão ser incluídos no parcelamento de que trata esta Resolução, os débitos fiscais não inscritos objeto de parcelamentos anteriores, em andamento ou rompidos nem aqueles inscritos que sejam objeto de parcelamento em andamento.

Fica fixado em R$ 500,00 (quinhentos reais) o valor mínimo da parcela. Consolidado o débito fiscal, incidirá sobre o valor de cada parcela os mesmos acréscimos financeiros aplicáveis ao parcelamento previsto na Resolução SFz/SP nº 99/2010, divulgados mensalmente pela Secretaria da Fazenda. Vale mencionar que se considera débito fiscal, nesse caso, a soma do imposto, das multas e demais acréscimos previstos na legislação, calculados até a data do deferimento do pedido.

O pedido de parcelamento de débitos não inscritos deverá ser efetuado: (a) mediante acesso ao “site” do Posto Fiscal Eletrônico - PFE, no endereço eletrônico (http://pfe.fazenda.sp.gov.br); ou (b) pessoalmente, no Posto Fiscal de vinculação do contribuinte, mediante entrega dos documentos que menciona, conforme o caso.

Tratando-se de débito fiscal inscrito na dívida ativa, o parcelamento deverá ser solicitado mediante acesso ao endereço eletrônico: www.dividaativa.pge. sp.gov.br.

A Resolução traz maiores detalhes relacionados a deferimento do parcelamento; vencimento e reconhecimento das parcelas, bem como atraso das mesmas; e rompimento do parcelamento, entre outras disposições.

O parcelamento efetuado nos termos desta resolução implica confissão irretratável do débito fiscal, a desistência de quaisquer ações, defesas ou recursos a ele relativos, em âmbito administrativo ou judicial, e a expressa renúncia dos direitos sobre os quais se fundam.

Esta resolução entra em vigor 28/10/2010, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2011.

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ICMS - Decisões Normativas CAT/SP – DestaquesForam aprovadas, pelo Coordenador da Administração Tributária do Estado de São Paulo, os entendimentos exarados pela Consultoria Tributária, consubstanciados nas Decisões Normativas CAT nºs 5 e 6, publicadas em 19 de novembro de 2010. Resumidamente, os entendimentos manifestados são os seguintes:

• NF-e–Obrigatoriedade–DecisãoNormativaCAT/SPnº 5/2010

A Consulente representa os interesses do setor que tem como atividade a prestação de serviços de concretagem, sujeita, exclusivamente, à incidência do ISS, conforme a Lei Complementar 116/2003 e argumenta:

Esclarece que seus associados, além da atividade principal descrita no CNAE, ou seja, fabricação de cimento (CNAE 2320-6/00) e comércio atacadista de cimento (CNAE 4674- 5/00), possuem outras atividades em seus atos constitutivos ou em seus cadastros junto ao CNPJ - RFB, que estão sujeitas ao Cadastro de Contribuinte do ICMS da SEFAZ/SP, quais sejam: a prestação de serviços de concretagem, classificados no CNAE 4299-5/99 (outras obras de engenharia civil não especificadas anteriormente) e 4399-1/99 (serviços especializados para construção não especificado anteriormente).

Afirma que essas atividades não estão relacionadas nos Anexos I e II da Portaria CAT nº 162/2008, que trazem, respectivamente, a relação de atividades e a relação de CNAEs que determinam quem está obrigado a emitir Nota Fiscal Eletrônica.

Segundo a consultoria tributária, se um estabelecimento se enquadrar em qualquer uma das hipóteses constantes dos incisos I ou II do artigo 7º da Portaria CAT nº 162/2008, todos os outros estabelecimentos do mesmo titular também estarão obrigados à emissão desse documento.

Conclui-se, portanto, que, tendo em vista que os associados da Consulente possuem estabelecimentos enquadrados na hipótese do inciso II (CNAE), todos os estabelecimentos desses associados, independentemente da atividade praticada, estarão obrigados à emissão da Nota Fiscal Eletrônica, em substituição à Nota Fiscal Modelo 1 ou 1-A, a partir da primeira data que sujeite qualquer de seus estabelecimentos à obrigatoriedade de emissão da NF-e, e ao seu respectivo credenciamento.

• Alíquotade12%–Operaçõesinternascommáquinas,aparelhoseequipamentosindustriaisecommáquinaseimplementosagrícolas-DecisãoNormativaCAT/SPnº 6/2010

Para aplicação da alíquota de 12%, prevista no item 23 do § 1º do artigo 34 da Lei nº 6.374/1989, disciplinada no inciso V do artigo 54 do RICMS/00 e na Resolução SF nº 4/1998, nas operações com máquinas, aparelhos e equipamentos industriais e com máquinas e implementos agrícolas, é necessária a analise prévia da finalidade da mercadoria ou bem.

Dessa forma, para que seja aplicável a referida alíquota, o bem adquirido deve ter sido concebido para uso, como ativo imobilizado de estabelecimento industrial ou agrícola, na produção de mercadorias cujas operações devam se sujeitar à incidência do imposto, ainda que isentas. Considerando a vocação industrial ou agrícola do bem, admite-se que apenas eventualmente ele possa ter outra destinação.

Interpretando-se sistematicamente, o termo “uso industrial” deve se pautar nas atividades de industrialização conceituadas no inciso I do artigo 4º do RICMS/00.

Sendo assim, não é aplicável a alíquota de 12% nas operações internas com produtos que, pela sua natureza, não tenham por finalidade o uso industrial ou agrícola, tais como peças para veículos e máquinas para a construção civil.

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• Reduçãodabasedecálculo–Operaçõescommáquinasindustriaiseimplementosagrícolas-DecisãoNormativaCAT/SPnº 8/2010

Em 27 de novembro de 2010, foi publicada a Decisão Normativa nº 8, do Coordenador da Administração Tributária do Estado de São Paulo, que estende o entendimento da Decisão Normativa CAT nº 6/2010 às operações com máquinas industriais e implementos agrícolas previstas no artigo 12, Anexo II do RICMS/SP, nos seguintes termos:

Para que seja aplicável a redução da base de cálculo nessas operações, é necessária a analise prévia da finalidade da mercadoria ou bem, caso se trate de operação interna.

Portanto, a redução de base de cálculo é aplicável exclusivamente às operações com máquinas, aparelhos e equipamentos industriais, destinados, desde a sua origem de produção, ao uso industrial e nas operações com máquinas e implementos destinados ao uso agrícola.

Créditos de ICMS – Importação de mercadorias por conta e ordem de terceiros - Comunicado CAT/SP nº 37/2010

• Entretanto, reportaram-se situações nas quais estando ambos os estabelecimentos localizados no Estado de São Paulo, o recolhimento devido originalmente pelo adquirente foi recolhido pelo importador em seu próprio nome, em favor do Erário paulista, tendo emitido documento fiscal na remessa ao estabelecimento do adquirente com destaque do imposto. A partir desse procedimento, o adquirente escriturou a operação com o crédito correspondente.

• Sobre essa situação reportada, esclarece o Comunicado em comento que será admitido, excepcionalmente, em relação às operações ocorridas até 09/12/2010, e desde que se comprove que o imposto devido ao Estado de São Paulo foi integralmente recolhido, que não se faça necessária qualquer providência por parte do importador ou do adquirente, salvo anotação, no prazo de 10 dias, nos respectivos Livros Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências – modelo 6, contendo informações sobre cada operação realizada.

Por intermédio do Comunicado CAT nº 37, publicado em 09 de dezembro de 2010, o Coordenador da Administração Tributária da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, esclarece sobre a aplicação da Decisão Normativa CAT nº 3/2009, que trata do ICMS nas operações de importação de mercadorias oriundas do exterior por conta e ordem de terceiros e das condições do crédito fiscal.

O esclarecimento se faz, resumidamente, nos seguintes termos:

• Conforme expressou a DN CAT 3/2009, uma vez que na importação de mercadorias oriundas do exterior por conta e ordem de terceiros para adquirente paulista o ICMS sempre é devido para o Estado de São Paulo, o adquirente somente poderá creditar-se do imposto pago pela operação de importação, mediante a comprovação do recolhimento do imposto em favor deste Estado, mediante guia de recolhimento que deve identificar o adquirente paulista como sujeito passivo.

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Poder Judiciário

STF - Alíquota de ICMS e Resolução do SenadoO Tribunal iniciou julgamento de embargos de divergência em que se discute a incidência, ou não, de ICMS na saída de produtos semi-elaborados remetidos para o exterior entre 1º/03/89 a 31/05/89. Trata-se, na espécie, de embargos opostos contra acórdão da 1ª Turma, que não conhecera de recurso extraordinário da empresa contribuinte, ora embargante.

Reputara que, ante a falta de fixação de alíquota do referido imposto pelo Senado Federal, a partir do advento da CF/88, o Estado de São Paulo poderia fazê-lo (Lei 6.374/89), com base na Resolução 129/79, do Senado Federal, vigente ao tempo da CF/69 que estabelecia competir àquela Casa Legislativa a fixação de alíquotas máximas para as operações do ICMS.

Invoca-se como paradigma o acórdão proferido pela 2ª Turma no RE 145491/SP (DJU de 20/02/98), em que assentada a não-incidência do ICMS na saída de tais produtos no aludido período até a edição da Resolução 22/89, também do Senado Federal, que fixou as alíquotas aplicáveis às operações de exportação em cumprimento à norma constitucional (CF/88, art. 155, § 2º, IV).

O Min. Ricardo Lewandowski, relator, acolheu os embargos de divergência para prover o recurso extraordinário. Aduziu que o cerne da questão seria saber se os efeitos da Resolução 129/79 perdurariam até a edição da Resolução 22/89, a teor do que dispõe o § 5º do art. 34 do ADCT, ou se ela deixaria de ter incidência após o primeiro dia do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, conforme estatui o caput do mesmo dispositivo constitucional (ADCT: “Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e pelas posteriores.... § 5º - Vigente o novo sistema tributário nacional, fica assegurada a aplicação da legislação anterior, no que não seja incompatível com ele e com a legislação referida nos § 3º e § 4º.”).

Considerou que o mencionado art. 155, § 2º, IV, da CF/88 (“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:... II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;... § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:... IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;”) instituiu um poder-dever ao Senado Federal de estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações de exportação, distinto daquele definido pelo regime constitucional anterior, consistente em apenas fixar a alíquota máxima para essas atividades.

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Desse modo, enfatizou que o próprio Senado, ao editar a Resolução 22/89 — para determinar como alíquota do ICMS nas exportações o teto adotado pela Resolução 129/79 —, implicitamente reformara o ato editado sob o regime anterior, reconhecendo que ele não fora recepcionado pela atual Constituição.

Concluiu, dessarte, que o acórdão invocado como paradigma pela embargante melhor atenderia ao modelo constitucional instituído em 1988.

Em divergência, o Min. Dias Toffoli rejeitou os embargos e manteve a decisão embargada. De início, assinalou que, na vigência da Carta pretérita, competiria ao Senado estabelecer a alíquota máxima do ICMS incidente nas exportações (art. 23, § 5º), ficando a cargo dos Estados-membros a fixação da alíquota em concreto.

Em seguida, salientou que, com o advento da CF/88, o Senado teria competência para estabelecer alíquotas de incidência aplicáveis a operações de exportação e não mais o seu teto. Entendeu que, por força do art. 34, § 5º, do ADCT, no período questionado, a Resolução 129/79 continuara validando a incidência do ICMS nas operações de exportação em harmonia com o art. 155, § 2º, IV, da CF/88.

Dessa forma, asseverou que, na situação sob análise, a Lei paulista 6.374/89, a qual entrara em vigor exatamente em 1º/03/89, dispusera ser cabível a alíquota de 13%, a mesma prevista na Resolução 129/79, até que o Senado viesse a exercer a competência dada pela nova Constituição.

Após, pediu vista a Min. Ellen Gracie.RE 208277 EDv/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 06/10/2010. Plenário do STF. Informativo de Jurisprudência do STF nº 603.

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STJ – Recurso Repetitivo – ISS – Confissão de Dívida – Revisão Judicial – LimitesTrata-se de recurso especial contra acórdão que entendeu ser possível a exclusão de estagiários da base de cálculo para o pagamento de ISS, anulando os autos de infração lavrados com base na discrepância entre os pagamentos efetuados e os dados constantes da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), na qual constavam tais estagiários erroneamente designados como advogados, embora, posteriormente, tenha havido a confissão e o parcelamento do débito. A Seção, ao julgar o recurso sob o regime do art. 543-C do CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, por maioria, negou-lhe provimento por entender que a confissão de dívida não inibe o questionamento judicial da obrigação tributária, no que se refere aos seus aspectos jurídicos. Quanto aos aspectos fáticos sobre os quais incide a norma tributária, a regra é que não se pode rever judicialmente a confissão de dívida efetivada com a finalidade de obter parcelamento de débito tributário. Porém, como no caso, a matéria de fato constante da confissão de dívida pode ser invalidada quando ocorrer defeito causador de nulidade de ato jurídico. A confissão de dívida, para fins de parcelamento, não tem efeitos absolutos, não podendo reavivar crédito tributário já extinto ou fazer nascer crédito tributário de maneira discrepante de seu fato gerador. Precedentes citados: REsp 927.097-RS, DJ 31/5/2007; REsp 948.094-PE, DJ 4/10/2007; REsp 947.233-RJ, DJe 10/8/2009; REsp 1.074.186-RS, DJe 9/12/2009, e REsp 1.065.940-SP, DJe 6/10/2008. REsp 1.133.027-SP, Rel. originário Min. Luiz Fux, Rel. para acórdão Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 13/10/2010. Primeira Seção do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 451.

STJ – ICMS - Construção Civil – MaterialA incapacidade processual ou a irregularidade na representação advinda da ausência de juntada do contrato social ou dos atos constitutivos da empresa construtora possibilitam a suspensão do processo para que seja concedido à parte prazo para reparar o defeito (art. 13 do CPC, cuja aplicação é de rigor, inclusive em MS). Aplica-se à hipótese de RMS a teoria da causa madura (art. 515, § 3º, do CPC), viabilizando a análise do mérito do mandamus, em segundo grau, uma vez sanado o defeito na representação processual, mediante a juntada do estatuto social da empresa. No caso, a controvérsia cinge-se à possibilidade de exigir pagamento de diferencial de alíquota de ICMS das empresas atuantes em construção civil que realizam operações interestaduais de aquisição de insumos para utilização em sua atividade fim. A Primeira Seção deste Superior Tribunal já decidiu, em recurso repetitivo, que descabe a cobrança de diferencial de alíquota de ICMS sobre operações interestaduais realizadas por empresa de construção civil na aquisição de material a ser empregado na obra que executa (Informativo n. 419). Assim, tais empresas, quando adquirem bens necessários ao desenvolvimento de sua atividade fim, não são contribuintes do ICMS. A Turma deu provimento ao recurso para, reformando o acórdão regional, conceder a segurança, determinando que a autoridade coatora abstenha-se de exigir o recolhimento do diferencial de alíquota de ICMS nas operações interestaduais de aquisição de insumos para utilização na atividade fim da empresa de construção civil. Precedentes citados: RMS 19.311-PB, DJe 23/11/2009; REsp 437.552-PE, DJ 1º/7/2005; RMS 6.274-AM, DJ 23/9/2002; RMS 12.633-TO, DJ 13/8/2001; REsp 1.135.489-AL, DJe 1º/2/2010, e EREsp 149.946-MS, DJ 20/3/2000. RMS 23.799-PE, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 16/11/2010. Primeira Turma do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 456.

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STJ – Recurso Repetitivo - Autuação Fiscal - Obrigação Acessória - ICMSEm julgamento de recurso especial submetido ao regime do art. 543-C do CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, a Seção entendeu que o ente federado competente pode autuar o contribuinte pelo descumprimento de obrigação acessória consistente na exigência de nota fiscal para deslocamento de bens do ativo imobilizado e de bens de uso e consumo entre estabelecimentos da mesma instituição financeira, operação que, em tese, não caracteriza hipótese de incidência do ICMS (Súm. n. 166-STJ). Ressaltou-se que a obrigação acessória é autônoma e pode ser instituída pelo ente legiferante no interesse da arrecadação ou da fiscalização tributária nos termos do § 2º do art. 113 do CTN, ainda que a obrigação principal não exista, obedecendo-se aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. REsp 1.116.792-PB, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 24/11/2010. Primeira Seção do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 457.

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Trabalhista e Previdência Social

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Novo Salário-Mínimo – Medida Provisória nº 516/2010Em 31 de dezembro de 2010, foi publicada a Medida Provisória nº 516 para estabelecer que, a partir de 1º de janeiro de 2011, o salário mínimo passa a ser R$ 540,00 (quinhentos e quarenta reais).

A MP ainda divulga o valor diário do salário mínimo corresponde a R$ 18,00 e o valor horário, a R$ 2,45; e revoga, a partir de 1º/01/2011, o inciso I e o § único do art. 1º da Lei no 12.255/2010, que tratavam dos valores anteriores.

Contribuições Previdenciárias – RAT - Determinação da atividade preponderante da empresa para o enquadramento no grau de risco – Instrução Normativa RFB nº 1.080/2010Por intermédio da Instrução Normativa nº 1.080, publicada em 4 de novembro de 2010, a RFB altera a IN RFB nº 971/2009, que trata das contribuições previdenciárias, para, dentre outros assuntos, dispor sobre a determinação da atividade preponderante da empresa para o enquadramento no grau de risco.

Nos termos da nova IN, a contribuição a cargo da empresa para financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho será calculada com base no grau de risco da atividade, observadas as seguintes regras, resumidamente:

I. o enquadramento nos correspondentes graus de risco é de responsabilidade da empresa, e deve ser feito mensalmente, de acordo com a sua atividade econômica preponderante, conforme a Relação de Atividades Preponderantes e Correspondentes Graus de Risco, elaborada com base na CNAE, prevista no Anexo V do RPS, que foi reproduzida no Anexo I da IN em comento, obedecendo às seguintes disposições:

a) a empresa com 1 (um) estabelecimento e uma única atividade econômica, enquadrar-se-á na respectiva atividade;

b) a empresa com estabelecimento único e mais de uma atividade econômica, simulará o enquadramento em cada atividade e prevalecerá, como preponderante, aquela que tem o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos;

c) a empresa com mais de 1 estabelecimento e diversas atividades econômicas deverá somar o número de segurados alocados na mesma atividade em todos os estabelecimentos, prevalecendo como preponderante a atividade que ocupa o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos, considerados todos os estabelecimentos;

d) os órgãos da Administração Pública Direta, tais como Prefeituras, Câmaras, Assembléias Legislativas, Secretarias e Tribunais, identificados com inscrição no CNPJ, enquadrar-se-ão na respectiva atividade, observadas suas demais disposições.

e) a empresa de trabalho temporário enquadrar-se-á na atividade com a descrição “7820-5/00 Locação de Mão de Obra Temporária” constante da relação antes mencionada.

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II. considera-se preponderante a atividade econômica que ocupa, na empresa, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos, observado que:

a) apurado na empresa ou no órgão do poder público, o mesmo número de segurados empregados e trabalhadores avulsos em atividades econômicas distintas, considerar-se-á como preponderante aquela que corresponder ao maior grau de risco;

b) não serão considerados os segurados empregados que prestam serviços em atividades-meio, para a apuração do grau de risco, assim entendidas aquelas que auxiliam ou complementam indistintamente as diversas atividades econômicas da empresa, tais como serviços de administração geral, recepção, faturamento, cobrança, contabilidade, vigilância, dentre outros;

III. a obra de construção civil edificada por empresa cujo objeto social não seja construção ou prestação de serviços na área de construção civil será enquadrada no código CNAE e grau de risco próprios da construção civil, e não da atividade econômica desenvolvida pela empresa; os trabalhadores alocados na obra não serão considerados para os fins do item I;

IV. verificado erro no autoenquadramento, a RFB adotará as medidas necessárias à sua correção e, se for o caso, constituirá o crédito tributário decorrente.

Responsabilidade de co-devedor – Portaria PGFN nº 1.242/2010Em 6 de dezembro de 2010, foi publicada a Portaria PGFN nº 1.242 para, especificamente, revogar o dispositivo da Portaria PGFN nº 180/2010 que disciplina a co-responsabilidade nos casos dos débitos junto à Seguridade Social, cujo fato gerador tenha ocorrido antes e depois da entrada em vigor da MP nº 449/2008, das situações ocorridas após a inscrição em dívida ativa e antes do ajuizamento da execução fiscal ou após ajuizada a execução fiscal.

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Societário

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OPA - Procedimento aplicável - Alterações – Instrução CVM nº 487/2010Em 25 de novembro de 2010, foi publicada a Instrução CVM nº 487, para alterar a Instrução CVM nº 361/2002, que dispõe, entre outros assuntos, sobre o procedimento aplicável às ofertas públicas de aquisição de ações de companhia aberta (OPA).

Entre diversos procedimentos relacionados a OPA, a nova Instrução, resumidamente:

• Dispõe que se considera pública a oferta quando forem realizados esforços de aquisição ou utilizado qualquer meio de publicidade, inclusive correspondência ou anúncios eletrônicos.

• Altera o conceito de pessoa vinculada e inclui entendimentos quanto ao período da OPA, taxa e OPA parcial.

• Altera os princípios que devem ser observados na realização de uma OPA.

• Estabelece as condições para que seja admitida modificação ou revogação após a publicação do instrumento de OPA.

• Ressalta que sempre que se tratar de OPA formulada pela própria companhia, pelo acionista controlador ou por pessoa a ele vinculada, ou ainda por administrador ou pessoa a ele vinculada, será elaborado laudo de avaliação da companhia objeto, exceto no caso de OPA por alienação de controle.

• Destaca que o cancelamento do registro para negociação de ações nos mercados regulamentados de valores mobiliários somente será deferido pela CVM caso seja precedido de uma OPA, nos termos que estabelece.

• Acrescenta diversos dispositivos, para determinar, entre outros assuntos, que o ofertante deve guardar sigilo a respeito da OPA até sua divulgação ao mercado, bem como zelar para que seus administradores, empregados, assessores e terceiros de sua confiança também o façam.

• Dispõe ainda que o ofertante pode solicitar que a CVM trate com sigilo informações ou documentos fornecidos para fins do registro da OPA, apresentando as razões pelas quais a revelação ao público de tais informações ou documentos colocará em risco legítimo interesse do emissor, do ofertante ou de terceiros.

• Ressalta que durante o período da OPA, é vedado ao ofertante e pessoas vinculadas: (i) alienar, direta ou indiretamente, ações da mesma espécie e classe das ações objeto da OPA; (ii) adquirir ações da mesma espécie e classe das ações objeto da OPA, em se tratando de OPA parcial; e (iii) realizar operações com derivativos referenciados em ações da mesma espécie e classe das ações objeto da OPA.

• Destaca que o preço por ação da OPA não poderá ser inferior ao maior preço por ação pago pelo ofertante ou pessoas vinculadas em negócios realizados durante o período da OPA.

• Estabelece as informações que a companhia objeto deverá fornecer dentro de 3 dias úteis contados da data da publicação do edital de OPA para aquisição de controle, por meio de sistema eletrônico disponível na página da CVM na rede mundial de computadores.

• Determina as informações que o ofertante e pessoas vinculadas deverão comunicar ao mercado durante o período da OPA para aquisição de controle.

Cabe ressaltar que as alterações implementadas pela Instrução CVM nº 487/2010 na Instrução CVM nº 361/2002, não se aplicam às OPA já divulgadas ao mercado.

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Ofertas públicas - Programa de Distribuição Contínua - Instrução CVM nº 488/2010Em 17 de dezembro de 2010, foi publicada a Instrução CVM nº 488, para alterar as Instruções CVM nºs 400/03, 476/09 e 480/09 que tratam, entre outros assuntos, sobre as ofertas públicas de distribuição e o registro de valores mobiliários.

Referida Instrução nº 488/2010, entre suas principais disposições, institui o programa de distribuição contínua, cujo objetivo é regulamentar as ofertas públicas de distribuição de letras financeiras, que são instrumentos de dívida de longo prazo de emissão privativa de determinadas espécies de instituições financeiras, criadas pela Lei nº 12.249/10.

Assim, os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os bancos de investimento, as caixas econômicas e o BNDES podem requerer à Superintendência de Registro de Valores Mobiliários - SRE o registro de Programa de Distribuição Contínua, do qual poderão ser objeto somente letras financeiras, desde que não relacionadas a operações ativas vinculadas.

Esse programa permite:

I. a utilização de procedimento de registro automático de distribuição dos valores mobiliários;

II. o registro de distribuição de múltiplas séries de letras financeiras simultaneamente; e

III. o registro de múltiplas distribuições de uma mesma série de letras financeiras.

IV. Algumas alterações pontuais foram feitas nas Instruções CVM 476/09 e 480/09 a fim de adequá-las em face da instituição desse novo programa de distribuição.

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Novos Pronunciamentos Técnicos - Deliberações CVM nºs 639 a 642/2010Em 8 de outubro de 2010, foram publicadas as seguintes Deliberações, da Comissão de Valores Mobiliários, que aprovam e tornam obrigatórios para as companhias abertas, os Pronunciamentos Técnicos abaixo indicados.

Vale ressaltar que as novas Deliberações aplicam-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010 e às demonstrações financeiras de 2009 a serem divulgadas em conjunto com as demonstrações de 2010 para fins de comparação.

CPC 01 (R1) - Redução ao valor recuperável de ativos – Deliberação CVM nº 639/2010A Deliberação CVM nº 639/2010 aprova o Pronunciamento Técnico CPC 01(R1) e revoga a Deliberação CVM nº 527/2007.

O objetivo do CPC 01 (R1) é estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um ativo está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o Pronunciamento Técnico requer que a entidade reconheça um ajuste para perdas por desvalorização. Além disso, esse CPC especifica quando a entidade deve reverter um ajuste para perdas por desvalorização e estabelece as divulgações requeridas.

CPC 02 (R2) - Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis – Deliberação CVM nº 640/2010A Deliberação CVM nº 640/2010, por sua vez, aprova o CPC 02 (R2), que trata sobre efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis, e revoga a Deliberação CVM nº 534/2008.

Uma entidade pode manter atividades em moeda estrangeira de duas formas. Ela pode ter transações em moedas estrangeiras ou pode ter operações no exterior. Adicionalmente, a entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em uma moeda estrangeira. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é orientar acerca de como incluir transações em moeda estrangeira e operações no exterior nas demonstrações contábeis da entidade e como converter demonstrações contábeis para moeda de apresentação.

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CPC 03 (R2) - Demonstração dos fluxos de caixa – Deliberação CVM nº 641/2010Por intermédio da Deliberação CVM nº 641/2010 foi aprovado o Pronunciamento Técnico CPC 03(R2) do sobre demonstração dos fluxos de caixa, ficando revogada a Deliberação CVM nº 547/2008.

Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de caixa. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época de sua ocorrência e do grau de certeza de sua geração.

O objetivo deste Pronunciamento Técnico é requerer a prestação de informações acerca das alterações históricas de caixa e equivalentes de caixa da entidade por meio de demonstração dos fluxos de caixa que classifique os fluxos de caixa do período por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

CPC 05 (R1) - Divulgação de partes relacionadas – Deliberação CVM nº 642/2010Por fim, a Deliberação CVM nº 642 aprova o Pronunciamento Técnico CPC 05(R1), que trata sobre divulgação de partes relacionadas e revoga a Deliberação CVM nº 560/2008.

O objetivo do CPC 05 (R1) é assegurar que as demonstrações contábeis da entidade contenham as divulgações necessárias para chamar a atenção dos usuários para a possibilidade de o balanço patrimonial e a demonstração do resultado da entidade estarem afetados pela existência de partes relacionadas e por transações e saldos, incluindo compromissos, com referidas partes relacionadas.

Pronunciamentos Técnicos – CPC 04, 06, 07 e 37 – Deliberações CVM nºs 644 a 647/2010A Comissão de Valores Mobiliários, por intermédio das Deliberações nºs 644 a 647, publicadas em 3 de dezembro de 2010, aprova os seguintes Pronunciamentos Técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que se aplicam aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010 e às demonstrações financeiras de 2009 a serem divulgadas em conjunto com as demonstrações de 2010, para fins de comparação:

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• DeliberaçãoCVMnº 644/2010-CPC04(R1)-Ativointangível

A Deliberação CVM nº 644 aprova, e torna obrigatório para as companhias abertas, o Pronunciamento Técnico CPC 04(R1), revogando a Deliberação CVM nº 553/2008.

O objetivo do CPC 04(R1) é definir o tratamento contábil dos ativos intangíveis que não são abrangidos especificamente em outro Pronunciamento e estabelecer que uma entidade deve reconhecer um ativo intangível apenas se determinados critérios especificados no Pronunciamento forem atendidos. Além disso, o CPC em comento especifica como mensurar o valor contábil dos ativos intangíveis, exigindo divulgações específicas sobre esses ativos.

• DeliberaçãoCVMnº 645/2010-CPC06(R1)–ArrendamentoMercantil

A Deliberação CVM nº 645 aprova, e torna obrigatório para as companhias abertas, o Pronunciamento Técnico CPC 06(R1), revogando a Deliberação CVM nº 554/2009.

O objetivo do CPC 06(R1) é estabelecer para arrendatários e arrendadores, políticas contábeis e divulgações apropriadas a aplicar em relação a arrendamentos mercantis.

• DeliberaçãoCVMnº 646/2010-CPC07(R1)–SubvençãoeAssistênciaGovernamentais

A Deliberação CVM nº 646 aprova, e torna obrigatório para as companhias abertas, o Pronunciamento Técnico CPC 07(R1), para tratar da subvenção e assistência governamentais, revogando a Deliberação CVM nº 555/2009.

Este Pronunciamento deve ser aplicado na contabilização e na divulgação de subvenção governamental e na divulgação de outras formas de assistência governamental.

• DeliberaçãoCVMnº 647/2010-CPC37(R1)–Adoçãoinicialdasnormasinternacionaisdecontabilidade

A Deliberação CVM nº 647 aprova, e torna obrigatório para as companhias abertas, o Pronunciamento Técnico CPC 37(R1), revogando a Deliberação CVM nº 609/2009.

O objetivo deste Pronunciamento é garantir que as primeiras demonstrações contábeis de uma entidade de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB – International Accounting Standards Board, doravante referenciadas como IFRSs – International Financial Reporting Standards, e as demonstrações contábeis intermediárias para os períodos parciais cobertos por essas demonstrações contábeis contenham informações de alta qualidade que: (a) sejam transparentes para os usuários e comparáveis em relação a todos os períodos apresentados; (b) proporcionem um ponto de partida adequado para as contabilizações de acordo com as IFRSs; e (c) possam ser geradas a um custo que não supere os benefícios.

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Companhias abertas – Pronunciamentos CPC – Deliberações CVM nºs 649 a 653/2010A Comissão de Valores Mobiliários, por intermédio das Deliberações nºs 649 a 653, publicadas em 17 de dezembro de 2010, aprova os seguintes Pronunciamentos, Orientação e Interpretação, abaixo indicadas, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que se aplicam aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010 e às demonstrações financeiras de 2009 a serem divulgadas em conjunto com as demonstrações de 2010, para fins de comparação:

• DeliberaçãoCVMnº 649/2010-CPC08(R1)–CustosdeTransaçãoePrêmiosnaEmissãodeTítulos

A Deliberação CVM nº 649 aprova, e torna obrigatório para as companhias abertas, o Pronunciamento Técnico CPC 08(R1), cujo objetivo é estabelecer o tratamento contábil aplicável ao reconhecimento, mensuração e divulgação dos custos de transação incorridos e dos prêmios recebidos no processo de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais e/ou de dívida.

• DeliberaçãoCVMnº 650/2010-CPC10(R1)–Pagamentobaseadoemações

A Deliberação CVM nº 650 aprova, e torna obrigatório para as companhias abertas, o Pronunciamento Técnico CPC 10(R1), cujo objetivo é estabelecer procedimentos para reconhecimento e divulgação, nas demonstrações contábeis, das transações com pagamento baseado em ações realizadas pela entidade.

• DeliberaçãoCVMnº 651/2010-CPC43(R1)–AdoçãoinicialdosPronunciamentosTécnicosCPC15a41.

A Deliberação CVM nº 651 aprova e torna obrigatório para as companhias abertas, o Pronunciamento Técnico CPC 43(R1), que tem como objetivo fornecer as diretrizes necessárias para que as demonstrações contábeis de uma entidade que estejam de acordo com os Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC, e as divulgações contábeis intermediárias para os períodos parciais cobertos por essas demonstrações contábeis possam ser declaradas como estando conformes com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB – International Accounting Standards Board (IFRSs), com as exceções contidas no próprio pronunciamento.

• DeliberaçãoCVMnº 652/2010-ICPC16–Extinçãodepassivosfinanceiroscominstrumentospatrimoniais

A Deliberação CVM nº 652 aprova e torna obrigatória para as companhias abertas, a Interpretação Técnica CPC 16, o qual trata da contabilização por uma entidade quando as condições de um passivo financeiro são renegociadas e resultam na emissão de instrumentos patrimoniais da entidade ao seu credor para a extinção total ou parcial do passivo financeiro. Esta Interpretação não trata da contabilização por parte do credor.

• DeliberaçãoCVMnº 653/2010-OCPC04–AplicaçãodaInterpretaçãoTécnicaICPC02àsentidadesdeincorporaçãoimobiliáriabrasileiras

A Deliberação CVM nº 653 aprova, e torna obrigatório para as companhias abertas, a Orientação OCPC 04, emitida pelo CPC, anexa à presente Deliberação, que trata da aplicação da Interpretação Técnica ICPC 02 às entidades de incorporação imobiliária brasileiras.

O objetivo desta Orientação é o de auxiliar na análise se os contratos de construção se enquadram mais adequadamente no alcance do Pronunciamento Técnico CPC 17 – Contratos de Construção ou do Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas e assim auxiliar na definição pelos preparadores das demonstrações contábeis do momento do reconhecimento da receita com a incorporação ou construção de imóveis.

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Clipping Legis nº 147

Contratos de Concessão – Deliberação CVM nº 654/2010 e Resolução CFC nº 1.318/2010Por intermédio da Deliberação nº 654, publicada em 30 de dezembro de 2010, a CVM aprova e torna obrigatória para as companhias abertas, a Orientação OCPC 05, emitida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de Contratos de Concessão, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010 e às demonstrações financeiras de 2009 a serem divulgadas em conjunto com as demonstrações de 2010 para fins de comparação.

A OCPC 05 tem a finalidade de esclarecer assuntos que têm gerado dúvidas quanto à adoção de ICPC 01 – Contratos de Concessão pelas empresas reguladas brasileiras. É importante alertar administradores e contadores de empresas reguladas que atuam no papel de concessionário ou operador sobre os desafios que enfrentarão para a conclusão sobre se cada contrato de concessão ou similar atende ou não a todas as condições estabelecidas e verificar se a entidade está dentro do alcance da ICPC 01.

A Resolução CFC nº 1.318, por sua vez, também publicada em 30 de dezembro de 2010, aprova o CT 06 – Contratos de Concessão, que se aplica aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, com a mesma finalidade.

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Normas Brasileiras de Contabilidade – Resoluções CFC nºs 1.292 e 1.295 a 1.297/2010Em 7 de outubro de 2010, foram publicadas as seguintes Resoluções, do Conselho Federal de Contabilidade, para aprovar as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC T) abaixo indicadas:

• ResoluçãoCFCnº 1.292/2010

Aprova a NBC T 19.10 - Redução ao Valor Recuperável de Ativos - que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) (IAS 36 do IASB). Esta Resolução entra em vigor em 07/10/2010, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando fica revogada a Resolução CFC nº 1.110/2007.

O objetivo dessa Norma é estabelecer procedimentos que a entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um ativo está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser recuperado pelo uso ou pela venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e a Norma requer que a entidade reconheça um ajuste para perdas por desvalorização. Além disso, a Norma especifica quando a entidade deve reverter um ajuste para perdas por desvalorização e estabelece as divulgações requeridas.

• ResoluçãoCFCnº 1.295/2010

Aprova a NBC T 7 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis - que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 02 (R2) (IAS 21 do IASB). Esta Resolução entra em vigor em 07/10/2010, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando ficam revogadas as Resoluções CFC nºs 1.120/2008 e 1.164/2009 e o artigo 1º da Resolução CFC nº 1.273/2010.

Uma entidade pode manter atividades em moeda estrangeira de duas formas. Ela pode ter transações em moedas estrangeiras ou pode ter operações no exterior. Adicionalmente, a entidade pode apresentar suas demonstrações contábeis em uma moeda estrangeira. O objetivo desta Norma é orientar acerca de como incluir transações em moeda estrangeira e operações no exterior nas demonstrações contábeis da entidade e como converter demonstrações contábeis para moeda de apresentação.

• ResoluçãoCFCnº 1.296/2010

Aprova a NBC T 3.8 - Demonstração dos Fluxos de Caixa - que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 03 (R2) (IAS 7 do IASB). Esta Resolução entra em vigor em 07/10/2010, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando fica revogada a Resolução CFC nº 1.125/2008 e o artigo 2º da Resolução CFC nº 1.273/2010.

Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de caixa. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época de sua ocorrência e do grau de certeza de sua geração.

O objetivo desta Norma é requerer a prestação de informações acerca das alterações históricas de caixa e equivalentes de caixa da entidade por meio de demonstração dos fluxos de caixa que classifique os fluxos de caixa do período por atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

• ResoluçãoCFCnº 1.297/2010

Aprova a NBC T 17 - Divulgação sobre Partes Relacionadas - que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 05 (R1) (IAS 24 do IASB). Esta Resolução entra em vigor em 07/10/2010, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando fica revogada a Resolução CFC nº 1.145/2008.

O objetivo desta Norma é assegurar que as demonstrações contábeis da entidade contenham as divulgações necessárias para chamar a atenção dos usuários para a possibilidade de o balanço patrimonial e a demonstração do resultado da entidade estarem afetados pela existência de partes relacionadas e por transações e saldos, incluindo compromissos, com referidas partes relacionadas.

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Clipping Legis nº 147

Normas Brasileiras de Contabilidade – Resoluções CFC nºs 1.303 a 1.306/2010Em 2 de dezembro de 2010, foram publicadas as seguintes Resoluções, do Conselho Federal de Contabilidade, para aprovar as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC T) abaixo indicadas:

• ResoluçãoCFCnº 1.303/2010–AtivoIntangível

Aprova a NBC T 19.8 – Ativo Intangível, que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 04 (R1) (IAS 38 do IASB). Esta Resolução entra em vigor em 02/12/2010, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando ficam revogadas as Resoluções CFC nºs 1.139/2008 e 1.140/2008.

O objetivo dessa Norma é definir o tratamento contábil dos ativos intangíveis que não são abrangidos especificamente em outra norma. Estabelece que uma entidade deve reconhecer um ativo intangível apenas se determinados critérios especificados nesta Norma forem atendidos. A Norma também especifica como mensurar o valor contábil dos ativos intangíveis, exigindo divulgações específicas sobre esses ativos.

• ResoluçãoCFCnº 1.304/2010–OperaçõesdeArrendamentoMercantil

Aprova a NBC T 10.2 – Operações de Arrendamento Mercantil, que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 06 (R1) (IAS 17 do IASB). Esta Resolução entra em vigor em 02/12/2010, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando fica revogada a Resolução CFC nº 1.141/2008.

O objetivo dessa Norma é estabelecer, para arrendatários e arrendadores, políticas contábeis e divulgações apropriadas a aplicar em relação a arrendamentos mercantis.

• ResoluçãoCFCnº 1.305/2010–SubvençãoeAssistênciaGovernamentais

Aprova a NBC T 19.4 – Subvenção e Assistência Governamentais, que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 07 (R1) (IAS 20 do IASB). Esta Resolução entra em vigor em 02/12/2010, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando fica revogada a Resolução CFC nº 1.143/2008.

Esta Norma deve ser aplicada na contabilização e na divulgação de subvenção governamental e na divulgação de outras formas de assistência governamental.

• ResoluçãoCFCnº 1.306/2010–AdoçãoInicialdasNormasInternacionaisdeContabilidade

Aprova a NBC T 19.39 – Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade, que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 37 (R1) (IFRS 1 do IASB). Esta Resolução entra em vigor em 02/12/2010, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando fica revogada a Resolução CFC nº 1.253/2009.

O objetivo dessa Norma é garantir que as primeiras demonstrações contábeis de uma entidade de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB – International Accounting Standards Board, doravante referenciadas como IFRSs – International Financial Reporting Standards, e as demonstrações contábeis intermediárias para os períodos parciais cobertos por essas demonstrações contábeis contenham informações de alta qualidade que: (a) sejam transparentes para os usuários e comparáveis em relação a todos os períodos apresentados; (b) proporcionem um ponto de partida adequado para as contabilizações de acordo com as IFRSs; e (c) possam ser geradas a um custo que não supere os benefícios.

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Regulamento de Procedimentos e Independência – Resoluções CFC nºs 1.309, 1.311 e 1.312/2010Em 14 de dezembro de 2010, foram publicadas as seguintes Resoluções, do Conselho Federal de Contabilidade, para aprovar as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) abaixo indicadas:

• ResoluçãoCFCnº 1.309/2010-RegulamentodeProcedimentosProcessuais

Tendo em vista que a Resolução CFC nº 949/02, está em vigor há mais de 8 anos, que a aprovação da Lei nº 12.249/2010 impõe uma revisão dos ritos processuais do Sistema CFC/CRCs e as significativas mudanças por que têm passado os Conselhos de Contabilidade no que se refere à fiscalização profissional, as quais exigem a modernização da processualística do Sistema Contábil, foi publicada a Resolução CFC nº 1.309, que aprova o Regulamento de Procedimentos Processuais, para disciplinar os processos administrativos de fiscalização no âmbito do Sistema CFC/CRCs.

• ResoluçãoCFCnº 1.311/2010-Independência–TrabalhosdeAuditoriaeRevisão

Aprova a NBC PA 290 – Independência – Trabalhos de Auditoria e Revisão - que tem por base a Seção 290 do Código de Ética do Contador da IFAC. Esta Resolução entra em vigor nos exercícios iniciados em, ou após, 1º/01/2011, revogando a Resolução CFC nº 1.267/2009 e dos itens 3.8, 3.9 e 3.10 da NBC P 1 – IT 3 – Regulamentação do item 1.4 – Honorários, aprovada pela Resolução CFC nº 976/2003.

O objetivo dessa Norma é auxiliar as firmas e os membros das equipes de auditoria na aplicação dos conceitos descritos abaixo para a conquista e manutenção da independência.

• ResoluçãoCFCnº 1.312/2010-Independência–OutrosTrabalhosdeAsseguração

Aprova a NBC PA 291 – Independência – Outros Trabalhos de Asseguração - que tem por base a Seção 291 do Código de Ética do Contador da IFAC. Esta Resolução entra em vigor nos exercícios iniciados em, ou após, 1º/01/2011.

O objetivo dessa Norma é auxiliar as firmas e os membros das equipes de asseguração na aplicação da abordagem da estrutura conceitual descrita abaixo para a conquista e manutenção da independência.

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Clipping Legis nº 147

Normas Brasileiras de Contabilidade – Resoluções CFC nºs 1.313 a 1.317/2010Em 17 de dezembro de 2010, foram publicadas as seguintes Resoluções, do Conselho Federal de Contabilidade:

• ResoluçãoCFCnº 1.313/2010

Aprova a NBC T 19.14 – Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários - que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 08 (R1) (IAS 32, itens IN6, IN14, 11, 33, 34, 35, 37 e 38 e IAS 39, itens 9, 43 e 47 do IASB) e revoga a Resolução CFC nº 1.142/2008.

O objetivo dessa Norma é estabelecer o tratamento contábil aplicável ao reconhecimento, mensuração e divulgação dos custos de transação incorridos e dos prêmios recebidos no processo de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais e/ou de dívida.

• ResoluçãoCFCnº 1.314/2010

Aprova a NBC T 19.15 – Pagamento baseado em Ações - que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 10 (R1) (IFRS 2 do IASB) e revoga as Resoluções CFC nºs 1.149, 1.257 e 1.258/2009.

O objetivo dessa Norma é estabelecer procedimentos para reconhecimento e divulgação, nas demonstrações contábeis, das transações com pagamento baseado em ações realizadas pela entidade. Especificamente, exige-se que os efeitos das transações com pagamento baseado em ações estejam refletidos no resultado e no balanço patrimonial da entidade, incluindo despesas associadas com transações por meio das quais opções de ações são outorgadas a empregados.

• ResoluçãoCFCnº 1.315/2010

Aprova a NBC T 19.40 – Adoção Inicial das NBC Ts Convergidas em 2009 - que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 43 (R1) (IFRS 1 do IASB) e revoga a Resolução CFC nº 1.254/2009.

O objetivo dessa Norma é fornecer as diretrizes necessárias para que as demonstrações contábeis de uma entidade que estejam de acordo com as normas, interpretações e comunicados técnicos do CFC, e as divulgações contábeis intermediárias para os períodos parciais cobertos por essas demonstrações contábeis possam ser declaradas, observadas as exceções que elenca, como estando conformes com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB – International Accounting Standards Board (IFRSs).

• ResoluçãoCFCnº 1.316/2010

Aprova a IT 16 – Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais - que tem por base a Interpretação Técnica ICPC 16 (IFRIC 19 do IASB).

A Interpretação em comento trata da contabilização por uma entidade quando as condições de um passivo financeiro são renegociadas e resultam na emissão de instrumentos patrimoniais da entidade ao seu credor para a extinção total ou parcial do passivo financeiro. Cabe ressaltar que a referida Interpretação não trata da contabilização por parte do credor.

• ResoluçãoCFCnº 1.317/2010

Aprova o CT 05 – Aplicação da Interpretação Técnica IT 13 – Contrato de Construção do Setor Imobiliário.

O objetivo deste Comunicado Técnico é auxiliar na análise de se os contratos de construção se enquadram mais adequadamente no alcance da NBC T 19.21 – Contratos de Construção ou da NBC T 19.30 – Receitas e assim auxiliar na definição pelos preparadores das demonstrações contábeis do momento do reconhecimento da receita com a incorporação ou construção de imóveis.

Estas Resoluções entram em vigor em 17/12/2010, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010.

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Pequenas e Médias Empresas – Elaboração e Divulgação das demonstrações contábeis - Faculdade – Resolução CFC nº 1.319/2010Considerando que a NBC T 19.41 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas – exige a divulgação de informações de forma comparada com as do período anterior para todos os valores apresentados nas demonstrações contábeis do exercício corrente; que essa exigência pode representar um desembolso de recursos incompatível ao benefício que dele possa advir; e, também, que essas informações comparativas passarão a estar disponíveis a partir do exercício social iniciado em 2010 em função da aplicação da NBC T 19.41; em 21 de dezembro de 2010, foi publicada a Resolução nº 1.319 do Conselho Federal de Contabilidade.

A Resolução nº 1.319 faculta, para o exercício de 2010, a elaboração e a divulgação das demonstrações contábeis de exercícios anteriores para fins de comparação com as demonstrações contábeis do exercício de 2010, na forma prevista no item 3.14 da NBC T 19.41.

A faculdade ora prevista não poderá ser exercida pelas entidades obrigadas a essa divulgação em decorrência de legislação de órgão regulador específico.

Note-se, por fim, que as entidades que exercerem essa faculdade devem mencionar este fato nas notas explicativas às demonstrações contábeis.

Fundos de investimento - Registro de investidor não residente - Administração de carteiras, consultoria e análise de valores mobiliários – Procedimentos relativos ao funcionamento - Ofício-Circular CVM/SIN nº 4/2010A divulgação do Ofício-Circular CVM/SIN nº 4, de 8 de novembro de 2010, tem como objetivo principal esclarecer dúvidas quanto à forma de melhor cumprir as normas que regulam os fundos de investimento, o registro de investidor não residente e as atividades de administração de carteiras, consultoria e análise de valores mobiliários.

O documento também apresenta o entendimento de dispositivos das normas e, por conseqüência, a forma de sua aplicação, que vem sendo adotada pela Superintendência de Relações com Investidores Institucionais - SIN.

A observação às recomendações por ele relacionadas contribuirá para minimizar eventuais desvios e, conseqüentemente, reduzir a necessidade de formulação de exigências por parte da SIN; permitindo, desta forma, que o processo de registro e supervisão desses participantes se realize de maneira ágil, em prol da proteção dos investidores e da integridade do mercado.

Salienta-se que alguns posicionamentos e interpretações da SIN acerca de determinados aspectos da regulamentação apresentados, não representam, necessariamente, a interpretação final da CVM sobre o tema. Nesse Ofício foram expostos entendimentos manifestados pela SIN em decorrência de consultas e reclamações efetuadas por participantes do mercado.

Ressalta-se, por fim, que o ofício em comento foi elaborado tomando como base os Ofícios-Circulares/CVM/SIN nº 3 de 2008 e CVM/SIN nº 2 de 2009.

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Demonstrações Contábeis Consolidadas – Padrão IASB – Prorrogação de Prazo – Circular BCB nº 3.516/2010Nos termos da Circular do Banco Central do Brasil nº 3.516, publicada em 6 de dezembro de 2010, fica prorrogado, para até 120 dias (antes 90 dias), o prazo para a divulgação das demonstrações contábeis consolidadas, elaboradas com base no padrão contábil internacional emitido pelo International Accounting Standards Board (IASB), referentes à database de 31/12/2010.

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Poder Judiciário

STF - Responsabilidade de sócios cotistas por débitos contraídos junto à Seguridade SocialÉ inconstitucional o art. 13 da Lei 8.620/93, na parte em que estabeleceu que os sócios das empresas por cotas de responsabilidade limitada respondem solidariamente, com seus bens pessoais, pelos débitos junto à Seguridade Social.

Essa a conclusão do Plenário ao manter acórdão que declarara inconstitucional o referido dispositivo por ofensa ao art. 146, III, b, da CF. Preliminarmente, ressaltou-se que a revogação do citado preceito pela Medida Provisória 449/2008, convertida na Lei 11.941/2009, não impediria o julgamento, em razão de não se estar no âmbito do controle direto de constitucionalidade, mas do controle difuso.

Acrescentou-se o fato de o dispositivo impugnado ter vigorado por quase 16 anos e a existência de milhares de feitos aguardando o pronunciamento definitivo do Supremo sobre a matéria. No mérito, salientou-se, de início, inexistir dúvida quanto à submissão das contribuições de seguridade social, por terem natureza tributária, às normas gerais de direito tributário, as quais reservadas, pelo art. 146, III, b, da CF, à lei complementar.

Na seqüência, afirmou-se ser necessário verificar se a matéria relacionada à responsabilidade tributária estaria contida na relação das normas gerais. Ressaltou-se que o art. 146, III, b, da CF, ao se referir a obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários, teria apresentado relação meramente exemplificativa, que se somaria aos conteúdos indicados nas outras alíneas desse inciso e a tudo o que se poderia entender alcançado pelo conceito de norma geral em matéria de legislação tributária.

Salientou-se que as normas gerais orientariam o exercício da tributação, sendo passíveis de aplicação por todos os entes tributantes e que o Código Tributário Nacional - CTN teria sido recepcionado pela CF/88 com nível de lei complementar por apresentar normas que cumpririam essa função.

Considerou-se que a definição dos traços essenciais da figura da responsabilidade tributária, como o de exigir previsão legal específica e, necessariamente, vínculo do terceiro com o fato gerador do tributo, estaria incluída no rol das normas gerais de direito tributário que orientam todos os entes políticos.

Aduziu-se que, do mesmo modo, a previsão de regras matrizes de responsabilidade tributária aplicáveis à generalidade dos tributos também se encontraria no âmbito das normas gerais, assegurando uniformidade de tratamento dos terceiros perante o Fisco.

Assentou-se ser adequado reconhecer caráter de normas gerais aos dispositivos do CTN que tratam da responsabilidade tributária, sem prejuízo da permissão de que o legislador preveja outros casos específicos de responsabilidade, nos termos do art. 128 do CTN.

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Clipping Legis nº 147

Reputou-se, então, correto conferir ao art. 135 do CTN (“São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatários, prepostos e empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.”) o nível de lei complementar por disciplinar matéria abrangida pelo art. 146, III, da CF.

Frisou-se, ademais, ser essencial à compreensão do instituto da responsabilidade tributária a noção de que a obrigação do terceiro, de responder por dívida originariamente do contribuinte, jamais decorreria direta e automaticamente da pura e simples ocorrência do fato gerador do tributo.

Registrou-se que do fato gerador só surgiria a obrigação direta do contribuinte, visto que cada pessoa seria sujeito de direitos e obrigações próprios e o dever fundamental de pagar tributos estaria associado às revelações de capacidade contributiva a que a lei vinculasse o surgimento da obrigação do contribuinte.

Nesse sentido, a relação contributiva dar-se-ia exclusivamente entre o Estado e o contribuinte em face da revelação da capacidade contributiva deste, sendo que o terceiro apenas poderia ser chamado a responder na hipótese de descumprimento de deveres de colaboração para com o Fisco, deveres estes seus, próprios, e que tivessem repercutido na ocorrência do fato gerador, no descumprimento da obrigação pelo contribuinte ou em um óbice à fiscalização pela Administração tributária.

Assinalou-se que a referência ao responsável enquanto terceiro evidenciaria, justamente, que não participaria da relação contributiva, mas de uma relação específica de responsabilidade tributária, inconfundível com aquela.

Portanto, a referência do art. 121 do CTN ao contribuinte e ao responsável como sujeitos passivos da obrigação tributária principal deveria ser compreendida no sentido de serem eles sujeitos passivos de relações jurídicas distintas, com suporte em previsões legais e pressupostos de fato específicos.

Asseverou-se que o art. 135, III, do CTN constituiria uma regra matriz de responsabilidade tributária que não se confundiria com a regra matriz de incidência de qualquer tributo, que possuiria estrutura própria, e partiria de um pressuposto de fato específico, sem o qual não haveria espaço para a atribuição de responsabilidade. O caráter geral desse dispositivo viabilizaria aplicação relativamente aos diversos tributos.

Referido pressuposto de fato ou hipótese de incidência da norma de responsabilidade seria a prática de atos, por quem estivesse na gestão ou representação da sociedade, com excesso de poder ou infração à lei, contrato social ou estatutos e que tivessem implicado, se não o surgimento, ao menos o inadimplemento de obrigações tributárias.

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Destacou-se jurisprudência no sentido de que tais ilícitos, passíveis de serem praticados pelos sócios com poderes de gestão, não se confundiriam com o simples inadimplemento de tributos por força do risco do negócio, isto é, com o atraso no pagamento dos tributos, incapaz de fazer com que os diretores, gerentes ou representantes respondessem, com seu próprio patrimônio, por dívida da sociedade. Seria necessário, para tanto, um ilícito qualificado, do qual decorresse a obrigação ou seu inadimplemento.

A regra matriz de responsabilidade do art. 135, III, do CTN, portanto, responsabilizaria aquele que estivesse na direção, gerência ou representação da pessoa jurídica e atuasse em excesso ou abuso de poder, de forma a qualificar um ilícito, o que resultaria no dever de responder pelo tributo devido pela sociedade.

Tendo isso conta, entendeu-se que o art. 13 da Lei 8.620/93, ao vincular à simples condição de sócio a obrigação de responder solidariamente pelos débitos da sociedade limitada perante a Seguridade Social, teria estabelecido exceção desautorizada à norma geral de direito tributário consubstanciada no art. 135, III, do CTN, o que demonstraria a invasão da esfera reservada à lei complementar pelo art. 146, III, da CF.

Afastou-se, em seguida, o argumento da União segundo o qual o art. 13 da Lei 8.620/93 estaria amparado pelo art. 124, II, do CTN, dado que este, que prevê que são solidariamente obrigadas as pessoas expressamente designadas por lei, não autorizaria o legislador a criar novos casos de responsabilidade tributária sem observância dos requisitos exigidos pelo art. 128 do CTN, nem a desconsiderar as regras matrizes de responsabilidade de terceiros estabelecidas em caráter geral pelos artigos 134 e 135 do mesmo diploma legal.

Enfatizou-se, ainda, que a solidariedade estabelecida pelo art. 13 da Lei 8.620/93 também se revestiria de inconstitucionalidade material, porquanto não seria dado ao legislador estabelecer simples confusão entre os patrimônios de pessoa física e jurídica, mesmo que para fins de garantia dos débitos da sociedade perante a Seguridade Social.

Asseverou-se que a censurada confusão patrimonial não poderia decorrer de interpretação do art. 135, III, c, da CF, nem ser estabelecida por nenhum outro dispositivo legal, haja vista que impor confusão entre os patrimônios da pessoa jurídica e da pessoa física no bojo de sociedade em que, por definição, a responsabilidade dos sócios é limitada, comprometeria um dos fundamentos do Direito de Empresa, consubstanciado na garantia constitucional da livre iniciativa.

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Afirmou-se que a garantia dos credores, frente ao risco da atividade empresarial, estaria no capital e no patrimônio sociais, e que seria tão relevante a delimitação da responsabilidade no regramento dos diversos tipos de sociedades empresárias que o Código Civil de 2002 a teria disciplinado no primeiro capítulo destinado a cada qual. Reconheceu-se tratar-se de dispositivo de lei ordinária, mas que regularia a limitação do risco da atividade empresarial, inerente à garantia de livre iniciativa.

Concluiu-se que a submissão do patrimônio pessoal do sócio de sociedade limitada à satisfação dos débitos da sociedade para com a Seguridade Social, independentemente de ele exercer, ou não, a gerência e de cometer, ou não, qualquer infração, tolheria, de forma excessiva, a iniciativa privada, de modo a descaracterizar essa espécie societária, em afronta aos artigos 5º, XIII, e 170, parágrafo único, da CF.

Os Ministros Ayres Britto, Dias Toffoli e Gilmar Mendes reconheceram apenas o vício formal da norma em questão. Aplicou-se, ainda, o art. 543-B do CPC a todos os processos sobrestados. RE 562276/PR, Rel. Min. Ellen Gracie, 03/11/2010. Repercussão Geral. Tribunal Plenário do STF. Informativo de Jurisprudência do STF nº 607.

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Outros Assuntos

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Alterações na Lei de Licitações - Conversão da MP nº 495/2010 - Lei Federal nº 12.349/2010Em 16 de dezembro de 2010, foi publicada a Lei nº 12.349, em conversão à Medida Provisória nº 495/2010, que, principalmente, altera a Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93), para, entre outras disposições, determinar a preferência nas licitações para produtos e serviços de empresas nacionais, desde que estas atendam a normas técnicas brasileiras.

Cabe lembrar que a margem de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, será definida pelo Poder Executivo Federal, limitada a até 25% acima do preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros, observadas as demais disposições elencadas na lei em comento.

Formação e consulta a bancos de dados – Informações de Adimplemento - Medida Provisória nº 518/2010Em 31 de dezembro de 2010, foi publicada a Medida Provisória nº 518, para disciplinar a formação e consulta a bancos de dados com informações de adimplemento, de pessoas naturais ou de pessoas jurídicas que tenham autorizado a inclusão de suas informações no banco de dados, para formação de histórico de crédito.

Nos termos da nova MP, considera-se banco de dados o conjunto de dados relativo à pessoa natural ou jurídica armazenados com a finalidade de subsidiar a concessão de crédito, a realização de venda a prazo ou de outras transações comerciais e empresarias que impliquem risco financeiro.

Para a formação do banco de dados, somente poderão ser armazenadas informações objetivas, claras, verdadeiras e de fácil compreensão, que sejam necessárias para avaliar a situação econômica do cadastrado, sendo que as informações de adimplemento não poderão constar de bancos de dados por período superior a quinze anos, e, apenas poderão ser acessadas por consulentes que com ele mantiverem relação comercial ou creditícia.

Dentre os direitos do cadastrado, destacamos, resumidamente, os seguintes:

• Obter o cadastramento

• Acesso gratuito, a qualquer tempo, das informações sobre ele existentes no banco de dados, inclusive o seu histórico.

• Impugnação de qualquer informação sobre ele erroneamente anotada em banco de dados e ter sua imediata correção ou cancelamento e comunicação aos bancos de dados com os quais aquele compartilhou a informação.

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Precatórios - Pagamentos, Compensações e Levantamento dos Depósitos – Resolução STJ nº 122/2010Em 5 de novembro de 2010, foi publicada a Resolução nº 122, do Superior Tribunal de Justiça, estabelecendo que o pagamento de quantia certa decorrente de condenação da Fazenda Pública nos processos judiciais de competência da Justiça Federal e no exercício da competência federal delegada será feito de acordo com seus termos, facultada a utilização de meio eletrônico.

Considera-se Requisição de Pequeno Valor – RPV aquela relativa a crédito cujo valor atualizado, por beneficiário, seja igual ou inferior a: (i) 60 salários mínimos, se devedora for a Fazenda Federal (art. 17, § 1º, Lei nº 10.259/2001); (ii) 40 salários mínimos, ou o valor estipulado pela legislação local, se devedora for a Fazenda Estadual ou a Fazenda Distrital, não podendo a lei fixar valor inferior ao do maior benefício do regime geral de previdência social; e (iii) 30 salários mínimos, ou o valor estipulado pela legislação local, se devedora for a Fazenda Municipal, não podendo a lei fixar valor inferior ao do maior benefício do regime geral de previdência social.

O pagamento de valores superiores aos limites previstos anteriormente serão requisitados mediante precatório, exceto em caso de expressa renúncia ao valor excedente daqueles limites junto ao juízo da execução. Também serão requisitados por meio de precatório os pagamentos parciais, complementares ou suplementares de qualquer valor, quando a importância total do crédito executado, por beneficiário, for superior aos limites estabelecidos anteriormente.

Entre outros assuntos, como ofício requisitório e compensação de precatórios, a Resolução ainda estabelece, resumidamente, que:

O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor.

Quando se tratar de precatório com compensação de débito, a cessão de crédito será sempre parcial e se limitará ao valor líquido da requisição, considerado como tal o valor bruto desta, descontado, dentre outros, o IR a ser retido na fonte e o valor a compensar.

Na hipótese de a cessão ocorrer após a expedição do precatório e o levantamento se der por alvará, ou meio equivalente, o IR relativo à parcela a compensar será recolhido em nome do cedente, e o imposto sobre a parcela cedida, em nome do cessionário.

Os precatórios de natureza comum que decorram de ações ajuizadas até 31/12/1999 serão atualizados nos tribunais e pagos, acrescidos de juros legais, em prestações anuais iguais e sucessivas, no prazo máximo de 10 anos, nos termos do art. 78 do ADCT, obedecidos os critérios da Resolução relativamente a atualização monetária dos precatórios parcelados.

Com relação ao saque e levantamento dos depósitos, estabelece a Resolução que os valores destinados aos pagamentos decorrentes de precatórios e de requisições de pequeno valor serão depositados pelos Tribunais Regionais Federais em instituição financeira oficial, abrindo-se conta remunerada e individualizada para cada beneficiário.

Os precatórios parcelados expedidos até 1º/07/2009 não se submetem ao regime de compensação previsto nos §§ 9º e 10 do art. 100 da CF (novas regras inseridas pela EC nº 62/2009).

Foi revogada a Resolução nº 55/2009, que antes tratava do assunto, bem como as demais disposições em contrário.

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Operações de Câmbio – Prazo para Liquidação – Alterações no RMCCI – Resolução CMN nº 3.911/2010 e Circular BCB nº 3.507/2010Publicada em 6 de outubro de 2010, a Resolução nº 3.911, do Conselho Monetário Nacional, altera o artigo 10 da Resolução CMN nº 3.568/2008 (dispõe sobre o mercado de câmbio) para estabelecer que as operações de câmbio, cujo instrumento de formalização e classificação segue modelo definido pelo Banco Central do Brasil, podem ser contratadas para liquidação no prazo máximo de milequinhentosdias, contados da data de sua contratação.

Diante dessa alteração, por intermédio da Circular nº 3.507, do Banco Central do Brasil, publicada em 7 e republicada em 11 de outubro de 2010, foi alterado o Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), ajustando-o a essa previsão, ao dispor no item 5, da seção 5 (liquidação), do Capítulo 3 (contrato de câmbio), do Título 1 (mercado de câmbio) que: as operações de câmbio podem ser contratadas para liquidação futura, devendo a liquidação ocorrer em até 1.500 dias (antes 750), no caso de operações interbancárias e de arbitragem, bem como nas operações de natureza financeira em que o cliente seja a Secretaria do Tesouro Nacional.

Foi alterado ainda, o item 7, seção 5, capítulo 3, título 1 estabelecendo que as operações de câmbio interbancárias podem ser contratadas para liquidação a termo em até 1.500 dias (antes 750).

Contratações simultâneas de câmbio – Migrações internas entre aplicações de investidor não residente no País – Resolução CMN nº 3.912/2010Nos termos da Resolução nº 3.912, publicada em 8 de outubro de 2010, o Conselho Monetário Nacional estabelece que ficam sujeitas à contratação de operações simultâneas de câmbio todas as migrações internas oriundas das aplicações abaixo indicadas, efetuadas por investidor não residente no Brasil para aplicações nos demais ativos disponíveis nos mercados financeiro e de capitais, de que trata a Resolução nº 2.689/2000:

I. em renda variável realizadas em bolsa de valores ou em bolsa de mercadorias e futuros, na forma regulamentada pelo CMN, excetuadas operações com derivativos que resultem em rendimentos predeterminados; ou

II. na aquisição de ações em oferta pública registrada ou dispensada de registro na CVM ou na subscrição de ações, desde que, nos dois casos, as companhias emissoras tenham registro para negociação das ações em bolsa de valores.

O representante, no País, do investidor não residente, nos termos da Resolução CMN nº 2.689/2000, deve manter registros específicos que permitam identificar, de forma individualizada, todas as migrações supra mencionadas.

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Aluguel, troca ou empréstimo para investidor não residente – Mercados de Derivativos – Vedação – Resolução CMN nº 3.914/2010Por intermédio da Resolução nº 3.914, publicada em 21 de outubro de 2010, o Conselho Monetário Nacional veda às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, a realização de aluguel, troca ou empréstimo de títulos, valores mobiliários e ouro ativo financeiro a investidor não residente cujo objetivo seja o de realizar operações nos mercados de derivativos.

Para fins dessa disposição, considera-se:

I. (i) investidor não residente: pessoa natural ou jurídica, fundos ou outras entidades de investimento coletivo, com residência, sede ou domicílio no exterior;

II. (ii) aluguel: operação em que uma parte figura como locadora de um ou mais ativos e a outra parte como locatária dos mesmos ativos, com pagamento de prêmio ou aluguel pelo locatário e retorno dos ativos, retornando os ativos, ao final do período contratualmente estipulado, às posições originalmente detidas;

III. (iii) troca: operação em que ocorre transferência de ativo ou conjunto de ativos de uma parte a sua contraparte, conjugadamente à transferência de outro ativo ou conjunto de ativos da contraparte à parte, mediante pagamento de prêmio por um dos contratantes, retornando os ativos, ao final do período contratualmente estipulado, às posições originalmente detidas;

IV. (iv) empréstimo: operação em que as partes realizam mútuo de ativos, por tempo determinado, com pagamento de prêmio pela contratante tomadora.

As operações aqui tratadas que tenham sido contratadas até a entrada em vigor desta Resolução (21/10/2010) podem ser mantidas até o seu vencimento ou, na inexistência de prazo de vencimento, até 31/12/2010, ficando vedada a adoção de qualquer medida que implique prorrogação de prazo ou renovação das operações.

Contratações simultâneas de câmbio – Migrações internas – Margem de Garantia – Investidor não Residente – Resolução CMN nº 3.915/2010Como se sabe, nos termos da Resolução nº 3.912, publicada em 8 de outubro de 2010, o Conselho Monetário Nacional estabelece que ficam sujeitas à contratação de operações simultâneas de câmbio todas as migrações internas oriundas das aplicações que especifica, efetuadas por investidor não residente no Brasil para aplicações nos demais ativos disponíveis nos mercados financeiro e de capitais.

Em 21 de outubro de 2010 foi publicada a Resolução CMN nº 3.915 para estabelecer que essa disposição se aplica, também, a todas as migrações internas de recursos em Real (R$) destinados a constituição da margem de garantia, inicial ou adicional, realizadas por investidor não residente no País, exigidas por bolsas de valores e de mercadorias e futuros.

Excetuam-se dessa obrigatoriedade, as migrações dos valores resultantes de ajustes diários correspondentes a operações com contratos futuros negociados em bolsas de valores e de mercadorias e futuros.

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Fornecimento de informações ao BACEN - Captações de recursos no exterior – Circular BCB nº 3.518/2010Em 24 de dezembro de 2010 foi publicada a Circular BCB nº 3.518 que determina que as instituições financeiras e as demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ficam obrigadas a fornecer as informações relativas a captações de recursos no exterior ao Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro e de Gestão da Informação (DESIG), exceto as instituições em liquidação extrajudicial, sob intervenção ou em regime de administração especial temporária.

Vale lembrar que esta regra aplica-se também ao estoque de operações existente em 24/12/2010.

Cabe ressaltar ainda que as referidas instituições, resultantes de processo de transformação, incorporação, fusão ou cisão, assumem as obrigações das instituições transformadas, incorporadas, fusionadas ou cindidas relativamente ao fornecimento das informações de que trata a Circular em comento.

O DESIG irá estabelecer a forma, os prazos e as condições para o fornecimento dessas informações.

Contratos derivativos – Criação de mecanismos de compartilhamento de informações sobre operações pelas entidades administradoras de mercados organizados – Instrução CVM nº 486/2010Em 18 de novembro de 2010, foi publicada a Instrução CVM nº 486 para alterar a Instrução CVM nº 467/2010 (dispõe sobre a aprovação de contratos derivativos admitidos à negociação ou registrados nos mercados organizados de valores mobiliários), estabelecendo que as entidades administradoras de mercados organizados podem criar mecanismos de compartilhamento de informações sobre operações com contratos derivativos negociados ou registrados em seus sistemas, com fins de administração de riscos pelas instituições financeiras.

Cabe ressaltar que a troca de informações entre instituições financeiras para fins cadastrais, inclusive por intermédio de centrais de risco, observadas as normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil, bem como a revelação de informações sigilosas com o consentimento expresso dos interessados não constituem violação do dever de sigilo, de acordo com os incisos I e V do §3º do art.1º da Lei Complementar nº 105/2001.

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STF - EC 30/2000: precatórios pendentes e precatórios futurosEm conclusão, o Plenário, por maioria, deferiu pedidos de medida cautelar em duas ações diretas de inconstitucionalidade, ajuizadas pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB e pela Confederação Nacional da Indústria - CNI, para suspender, até julgamento final das ações diretas, a eficácia do art. 2º da EC 30/2000, que introduziu o art. 78 e seus parágrafos no ADCT da CF/88, determinando que, “ressalvados os créditos definidos em lei como de pequeno valor, os de natureza alimentícia, os de que trata o art. 33 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e suas complementações e os que já tiverem os seus respectivos recursos liberados ou depositados em juízo, os precatórios pendentes na data da promulgação desta Emenda e os que decorram de ações iniciais ajuizadas até 31 de dezembro de 1999 serão liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros legais, em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez anos, permitida a cessão dos créditos” — v. Informativos 257, 359 e 574.

O Min. Celso de Mello, ao proferir voto de desempate relativamente aos precatórios pendentes, suspendeu cautelarmente no caput do art. 78 do ADCT, introduzido pela EC 30/2000, a expressão “os precatórios pendentes na data da promulgação desta Emenda”.

Inicialmente, salientou que o regime constitucional de execução por quantia certa contra o Poder Público, qualquer que seja a natureza do crédito exeqüendo — ressalvadas as obrigações definidas em lei como de pequeno valor —, imporia a necessária extração de precatório cujo pagamento deve observar a regra fundamental que outorga preferência a quem dispuser de precedência cronológica, em obséquio aos princípios ético-jurídicos da moralidade, impessoalidade e igualdade.

Aduziu, em seqüência, que esse instrumento de requisição judicial de pagamento teria por finalidade: (1) assegurar a igualdade entre os credores e proclamar a inafastabilidade do dever estatal de solver os débitos judicialmente reconhecidos em decisão transitada em julgado; (2) impedir favorecimentos pessoais indevidos; e (3) frustrar tratamentos discriminatórios, evitando injustas perseguições ou preterições motivadas por razões destituídas de legitimidade jurídica.

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Reputou, conforme já afirmado pelo relator, que o Congresso Nacional, ao impor o parcelamento impugnado aos precatórios pendentes de liquidação na data de publicação da referida emenda, incidira em múltiplas transgressões à Constituição, porquanto teria desrespeitado a integridade de situações jurídicas definitivamente consolidadas, prejudicando, assim, o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirido, além de haver violado o princípio da separação de poderes e o postulado da segurança jurídica.

Consignou, ademais, que a formulação constante do art. 33 do ADCT não poderia ser invocada por aquele ente legislativo como paradigma legitimador da cláusula em exame, dado que resultara de deliberação soberana emanada de órgão investido de funções constituintes primárias, insuscetíveis de limitação de ordem jurídica.

Enfatizou que a procrastinação no tempo do pagamento dos precatórios judiciários pendentes na data da promulgação da EC 30/2000, com os respectivos valores parcelados em até 10 anos, culminaria por privar de eficácia imediata a própria sentença judicial com trânsito em julgado.

Ressaltou, também, que a norma questionada comprometeria a própria decisão que, subjacente à expedição do precatório pendente, estaria amparada pela autoridade da coisa julgada, o que vulneraria o postulado da separação de poderes, bem como afetaria um valor essencial ao Estado Democrático de Direito, qual seja, a segurança jurídica.

Vencida a Min. Ellen Gracie, que deferia parcialmente a cautelar para suspender apenas a eficácia da expressão “e os que decorram de ações judicias ajuizadas até 31 de dezembro de 1999” e os Ministros Eros Grau, Joaquim Barbosa, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, que a indeferiam integralmente.

ADI 2356 MC/DF, rel. orig. Min. Néri da Silveira, red. p/ o acórdão Min. Ayres Britto, 25/11/2010. ADI 2362 MC/DF, rel. orig. Min. Néri da Silveira, red. p/ o acórdão Min. Ayres Britto, 25/11/2010. Tribunal Plenário do STF. Informativo de Jurisprudência do STF nº 610.

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