108

Clipping CNJ 19092020 · desemprego ao patamar dos 13 milhões faz mal à saúde eleitoral de qualquer candidato à reeleição. Daí a pressão sobre a equipe do ministro da Economia,

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Clipping CNJ 19092020

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Índice Knewin Monitoring

8

Correio Braziliense | NacionalJudiciário - Judiciário, CNJ - Luiz Fux /

Brasília-DFPolítica - 19/09/2020

10

Folha de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

Em eventos sem proteção, autoridades ignoram CovidPoder - 19/09/2020

12

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /

Ministro do Turismo é 7º infectado após posse de FuxPoder - 19/09/2020

13

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

Planalto aposta em derrota de Celso sobre depoimento à PFPoder - 19/09/2020

16

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

MÔNICA BERGAMOIlustrada - 19/09/2020

18

O Estado de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

Depoimento presencial de chefes de Poder tem precedentesPolítica - 19/09/2020

20

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

Ministro do Turismo está com covid-19Política - 19/09/2020

21

Judiciário - Judiciário, Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

Para ala do STF, cabe ao Congresso definir reeleiçãoPolítica - 19/09/2020

23

O Globo | NacionalCNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /

ANCELMO GOISRio - 19/09/2020

26

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /

ASCÂNIO SELEMEPaís - 19/09/2020

29

Revista Isto é | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Judiciário, CNJ - Luiz Fux /

ARTIGO - Um silêncio nada inocenteArtigos - 18/09/2020

Agência Câmara | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

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3131Frente parlamentar e municípios criticam corte em verbas federais do programa Criança FelizNoticias - 18/09/2020

33

Brasil 247 | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Bretas bloqueou contas de advogados e escritórios de advocaciaNoticias - 19/09/2020

3535

Correio 24 Horas Online | BahiaCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Presa em flagrante por injúria racial contra PM, funcionária do TJ-BA responde em liberdadeNoticias - 18/09/2020

3737

CNJ - Conselho Nacional de Justiça /

'Os juristas não enxergam raça como o cerne dos problemas no nosso país', diz promotoraNoticias - 18/09/2020

3939

Isto é Dinheiro Online | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Ministro do STJ põe em liberdade empresário acusado no caso de propinas em Mogipolítica - 18/09/2020

4141

Jornal do Senado | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Senado volta a ter atividades presenciais depois de seis meses - Senado NotíciasNoticias - 18/09/2020

4343

Metrópoles | Distrito FederalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Webinar: STJ debate Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais no JudiciárioNoticias - 18/09/2020

4444

O Estado de S. Paulo - Blogs | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

O que a pandemia da covid-19 nos ensina sobre o machismo no Poder JudiciárioFausto Macedo - 18/09/2020

4646

CNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - PJE /

Postagem omite que governo só pagou por tratamento de criança após decisão judicialNoticias - 18/09/2020

49

Veja Rio | Rio de JaneiroCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Juiz Marcelo Bretas é punido por superexposição e autopromoçãoNoticias - 18/09/2020

5050

Consultor Jurídico | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Marcelo Bretas admite que mandou bloquear contas de bancas e advogadosNoticias - 18/09/2020

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52

Folha de S. Paulo - Blogs | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Advocacia debate pesquisa sobre acesso à Justiça na pandemiaNoticias - 18/09/2020

5353

Jota | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /

Primeira semana de Fux na presidência do STF: poucos julgamentos e casos de Covid-19Noticias - 19/09/2020

5555

TV Band News | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - CNJ /

Destaque para os números da Covid-19 no sistema prisional e decisão do CNJ sobre liberdadede presos na pandemiaNoticias - 18/09/2020

5656

TV Justiça | Rio de JaneiroCNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - CNJ, Judiciário - Judiciário /

CNJ Entrevista: Programa "Norte Conectado" vai levar internet para a região norte do paísNoticias - 18/09/2020

5757

CNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - CNJ, Judiciário - Judiciário, CNJ - Luiz Fux /

Grupo de trabalho vai garantir que Direitos Humanos sejam respeitados no JudiciárioJornal da Justiça - 18/09/2020

5858

CNJ - CNJ /

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais entrou em vigor nesta sexta-feiraJornal da Justiça 2ª Ediçao - 18/09/2020

59

Folha de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF /

Assessores se reuniram com Carlos antes de deporem à PFPoder - 19/09/2020

62

Judiciário - STF /

Procuradoria pede fim de salário vitalício de ex-governadoresMercado - 19/09/2020

6363

Judiciário - STF /

O Supremo deve deixar sob a responsabilidade dos pais a decisão de vacinar seus filhos?Opinião - 19/09/2020

6666

O Estado de S. Paulo | NacionalJudiciário - Judiciário /

Deputados querem cortar benefícios de juízes, procuradores e promotoresEconomia - 19/09/2020

68

Judiciário - Judiciário /

COLUNA DO ESTADÃOPolítica - 19/09/2020

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70

Judiciário - Judiciário /

A reforma da lei de lavagem de dinheiroNotas e Informações - 19/09/2020

72

O Globo | NacionalJudiciário - STF /

Alerj deve aprovar impeachment de WitzelRio - 19/09/2020

7474

Judiciário - Judiciário, Judiciário - STF /

Criptomoedas e caixa dois justificam revisão na Lei de Lavagem de DinheiroOpinião - 19/09/2020

7575

Revista Isto é | NacionalJudiciário - Judiciário, Judiciário - STF /

ENTREVISTA - ALEXANDRE DE MORAES, MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNALFEDERALENTREVISTA - 18/09/2020

7979

G1.Globo | NacionalJudiciário - Conciliação /

Faculdade oferece atendimento jurídico gratuito para moradores do RecifePernambuco - 18/09/2020

8080

Jornal Do Commercio (PE) | PernambucoJudiciário - PJE /

Post diz que governo liberou R$ 12 milhões para tratamento de criança, mas omite que setrata de ordem judicialNoticias - 18/09/2020

8383

Judiciário - Conciliação /

Programa de conciliação para resolver conflitos relacionados a partilhas de bens é criado peloTribunal de Justiça de PernambucoNoticias - 18/09/2020

84

Metrópoles | Distrito FederalJudiciário - PJE /

Sistemas do TJDFT ficarão indisponíveis neste final de semanaNoticias - 18/09/2020

8585

Amazonas Notícias | AmazonasJudiciário - Conciliação /

TRT11 institui protocolo para o retorno gradual e progressivo das atividades presenciaisNoticias - 18/09/2020

88

Consultor Jurídico | NacionalJudiciário - Conciliação /

Oficialização das conciliações no STF pode dar novo sentido à jurisdiçãoNoticias - 19/09/2020

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9292

D24am | AmazonasJudiciário - PJE /

Desembargadora Ormy Bentes é eleita presidente do TRT11 para o biênio 2020-2022Noticias - 19/09/2020

9494

Em Tempo AM | AmazonasJudiciário - PJE /

Desembargadora Ormy da Conceição Bentes é eleita presidente do TRT 11Noticias - 18/09/2020

9797

Jota | NacionalJudiciário - Conciliação /

Fachin determina que Força Nacional seja retirada de assentamentos na BahiaNoticias - 18/09/2020

9999

TV Justiça | Rio de JaneiroJudiciário - STF /

STF determina que União retire efetivo da Força Nacional de assentamentos do MSTJornal da Justiça 2ª Ediçao - 18/09/2020

100100

Judiciário - STF /

STF convoca audiência pública relativa ao Fundo Nacional sobre Mudança do ClimaJornal da Justiça 2ª Ediçao - 18/09/2020

101

Judiciário - Judiciário, Judiciário - STF /

Década internacional de afrodescendentesNoticias - 18/09/2020

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Brasília-DF

Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Política

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário

Clique aqui para abrir a imagem

Os últimos cartuchos

O presidente Jair Bolsonaro negou a pandemia, as

medidas de isolamento social, as queimadas na

Amazônia. Seus mais fiéis escudeiros, inclusive,

acreditam que essas negativas não terão influência nos

resultados eleitorais lá na frente. Mas a volta do

desemprego ao patamar dos 13 milhões faz mal à

saúde eleitoral de qualquer candidato à reeleição. Daí a

pressão sobre a equipe do ministro da Economia, Paulo

Guedes. Bolsonaro precisa da área de Guedes, não só

para estratégias e medidas que promovam a retomada

do emprego, como também para que deem um respiro

orçamentário com recursos para a conclusão de

projetos. Até aqui, as propostas sugeridas não

agradaram, porque contêm sugestões impopulares.

Em tempo: o prazo para as entregas da equipe de

Guedes está acabando. Nos próximos dias, haverá

nova investida dos políticos para tentar levar Bolsonaro

a desmembrar a parte de indústria e comércio do

Ministério da Economia. Aliás, a cada vez que Guedes

se enfraquece, essa pressão aumenta. Agora, avisam

alguns, será mais forte do que nunca.

Presencial só em 2021

Entre os líderes partidários, começa a prevalecer a tese

de que a retomada das sessões no plenário da Câmara,

com uma maioria dos deputados presentes, deve ficar

para o ano que vem. É que, se a posse de Luiz Fux na

presidência do Supremo Tribunal Federal, um evento

cercado de cuidados, terminou contaminando a alta

cúpula do Judiciário, o ministro do Turismo, Marcelo

Álvaro, e, ainda, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia,

não dá para juntar mais de 400 no plenário.

PT resgata "sacrificados"

Em 1998, a então senadora Benedita da Silva (PT-RJ)

foi levada pelo ex-presidente Lula a ser candidata a vice

na chapa de Anthony Garotinho ao governo do Rio de

Janeiro, como forma de atrair os pedetistas para uma

composição partidária, e impedir que o deputado

Wladimir Palmeira fosse candidato. Aquela campanha

praticamente apagou uma estrela em ascensão. Nem

Bené, nem o PT do Rio foram os mesmos. Daí, a

escolha da deputada como candidata a prefeita do Rio

de Janeiro.

Em Minas, outra dívida paga

Em 2006, o mesmo Lula, presidente e candidato à

reeleição, trabalhou para que o então candidato a

governador pelo PT, Nilmário Miranda, acolhesse

Newton Cardoso (MDB) como postulante ao Senado na

sua chapa. Nilmário perdeu aquela eleição e

musculatura política. Agora, Nilmário é candidato a

prefeito de Belo Horizonte.

Enquanto isso, no clã Bolsonaro...

A família presidencial está convencida de que o

vereador Carlos Bolsonaro foi chamado a depor no caso

das fake news para tentar enfraquecê-lo eleitoralmente.

Em tempo: se fosse esse o objetivo, o depoimento teria

ficado para quando a campanha estivesse mais quente.8

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Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Política

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário

Até aqui, está devagar, quase parando.

Vai ser assim/ O fato de ter recuperado popularidade,

nesta fase da pandemia, com declarações contrárias ao

distanciamento social, fará com que Bolsonaro insista

no discurso de que "ficar em casa é para os fracos",

usado ontem em Mato Grosso.

E não vamos repetir isso aí, talkey?/ A avaliação do

presidente é a de que, enquanto comandante do país, o

papel dele é "falar de coisas boas do Brasil". Não

contava, porém, com a arremetida do avião presidencial

em Sinop (MT), por causa da má visibilidade provocada

pela fumaça, o que obrigou Bolsonaro a falar dos "focos

de incêndio" no país.

Antes tarde do que nunca/ O estudo pedido pelo vice-

presidente Hamilton Mourão (foto) para ações de

combate ao desmatamento é bem recebido pelos

diplomatas estrangeiros, que tentam explicar em seus

países como está a situação da Amazônia e do

Pantanal. Só tem um probleminha: como dizem os

jovens, "demorô".

Haja vagas!/ Na equipe de Paulo Guedes, há quem diga

que se for para tirar do governo quem defende medidas

fiscais impopulares, vai faltar banco internacional para

abrigar os "meninos". Na porta de saída, já está o

secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,

CNJ - Luiz Fux

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Em eventos sem proteção, autoridades ignoram Covid

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: Daniel Carvalho

A pandemia não terminou nem há vacina para a Covid-

19, mas, em Brasília, autoridades retomaram festas e

cerimônias. No país, são 4 milhões de casos e 135 mil

mortes pelo novo coronavírus.

Em uma semana, houve posse no STF (Supremo

Tribunal Federal), casamento de filha de ministro e

celebração do Ano-Novo judaico. Houve aglomeração,

falta de máscara e cumprimentos com abraços e

apertos de mão.

O Supremo tem realizado sessões remotas por causa

da pandemia. Porém, parte dos ministros voltou à corte

para prestigiar a posse do ministro Luiz Fux como novo

presidente, na semana passada.

Até esta sexta-feira (18), após a cerimônia, sete

autoridades presentes haviam recebido diagnóstico de

Covid-19.

O evento no Supremo foi realizado com alguns

cuidados. Foi reduzido o número de convidados em

plenário, e ministros e presidentes de Poderes,

separados por placas de acrílico. Jornalistas ficaram do

lado de fora, e a TV Justiça transmitiu apenas a

cerimônia oficial, quando pessoas sem máscara foram

vistas apenas no momento de discursar ao microfone.

Nas redes sociais, a AMB (Associação dos Magistrados

Brasileiros )publicou uma foto do dia do evento. Nela,

dois ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça)

aparecem sem máscara ao lado da presidente da

entidade, a juíza Renata Gil, também sem proteção.

Dias depois, Fux, o presidente da Câmara, Rodrigo

Maia (DEM-RJ), os dois ministros da foto - Luís Felipe

Salomão e Antonio Saldanha Palheiro - , a presidente

do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministra Maria

Cristina Peduzzi, o procurador-geral da República,

Augusto Aras, e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro

Antônio, informaram estar com Covid-19.

Após a solenidade, Fux ainda recebeu convidados mais

próximos em coquetel no gabinete da presidência.

O Supremo afirmou que o cerimonial está em contato

com todos os convidados sobre a importância de buscar

o serviço médico. "A presidência do STF vem prestar

solidariedade e votos de ampla recuperação aos que

eventualmente contraíram a Covid-19."

A corte afirmou que todas as medidas de segurança,

protocolos e procedimentos recomendados pelo

Ministério da Saúde e pela OMS (Organização Mundial

da Saúde) foram adotados rigorosamente.

Autoridades da posse participaram ainda de outros

eventos. No sábado (12), houve o casamento da

advogada Anna Carolina Noronha, filha do ministro João

Otávio de Noronha, ex-presidente do STJ.

A festa foi na casa do noivo, o empresário Eduardo

Oliveira Filho, e os convidados receberam potinhos de

álcool em gel personalizados na entrada. O presidente

Jair Bolsonaro (sem partido), que esteve na posse e era10

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Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF

aguardado no casamento, não apareceu.

Ele já foi contaminado pelo vírus, assim como seu filho

Jair Renan, que foi à festa com a mãe, Ana Cristina

Siqueira Valle. A celebração contou com a presença de

Maia e de Luís Roberto Barroso, que estavam na posse

no STF.

Fotos publicadas em sites locais mostram convidados

sem máscaras. Segundo relatos de convidados feitos à

Folha, Maia foi um dos que passaram parte da noite

sem o item de proteção. Na quarta (16), ele divulgou

estar doente.

O ministro Noronha não se manifestou. Anna Carolina

não foi localizada.

Nesta semana, novo evento na capital provocou

aglomeração com convidados sem máscara. Foi o Rosh

Hashaná, o Ano-Bovo judaico. O embaixador de Israel,

Yossi Shelley, recebeu convidados na terça feira (15) na

sede da representação do país.

A embaixada divulgou a presença dos ministros Paulo

Guedes (Economia), Ricardo Salles (Meio Ambiente),

Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Milton Ribeiro

(Educação), Braga Netto (Casa Civil), da primeira-dama

Michelle Bolsonaro, do deputado federal Eduardo

Bolsonaro (PSL-SP) e de Aras.

O procurador-geral, que teve a contaminação

confirmada na quinta, aparece em foto sem máscara ao

lado de Michelle, que também já se infectou. Dos

convidados divulgados, só Guedes e Salles não

pegaram Covid-19. Bolsonaro não foi à festa.

A assessoria de imprensa da embaixada de Israel

afirmou não saber informar se o embaixador ou outro

convidado do evento teve resultado positivo no exame

de Covid-19.

Nesta quinta, Bolsonaro levou uma comitiva a Coremas

(PB), 3400 km de João Pessoa.

Durante a cerimônia, ele e ministros como Luiz Eduardo

Ramos (Secretaria de Governo) dispensaram as

máscaras mesmo quando não estavam discursando na

inauguração de uma usina fotovoltaica. A Secretaria de

Comunicação do Palácio do Planalto disse que não iria

se manifestar.

Ao conversar com uma apoiadora que reclamava do

fechamento do comércio na cidade, Bolsonaro

mencionou na quinta-feira os casos da capital: "Várias

autoridades em Brasília agora estão com o vírus. Não

adianta, vai pegar".

O ex-presidente Lula, 74, também quebrou a

quarentena ao visitar o senador Renan Calheiros (MDB-

AL), 65, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Uma

foto em que os dois aparecem juntos e sem máscara foi

publicada nesta quinta (17) nas redes sociais do

parlamentar.

O ex-presidente do Senado foi internado em 9 de

setembro e operado para a extração de um tumor no rim

direito. Já Lula, segundo interlocutores do ex-

presidente, tinha exames de rotina marcados com seus

médicos nesta semana, no mesmo hospital.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux

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Ministro do Turismo é 7º infectado após posse de Fux

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF

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Autor: Gustavo Uribe

O Ministério do Turismo informou nesta sexta (18) que

Marcelo Álvaro Antônio foi diagnosticado com o novo

coronavírus. A pasta ressaltou que o ministro está

assintomático e que passará a trabalhar de casa,

"adotando os protocolos recomendados pelo Ministério

da Saúde".

Com o ministro, já são sete as autoridades que

receberam diagnóstico da doença após terem

participado da cerimônia de posse de Luiz Fux na

presidência do STF.

Além de Álvaro Antônio e do próprio Fux, estão com a

Covid o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),

o pro curador-geral da República, Augusto Aras, os

ministros Luís Felipe Salomão e Antonio Saldanha

Palheiro, ambos do STJ (Superior Tribunal de Justiça),

e a ministra Maria Cristina Peduzzi, do TST (Tribunal

Superior do Trabalho).

Álvaro Antônio é também o nono ministro da equipe de

Jair Bolsonaro que recebeu o diagnóstico da doença,

sem contar o próprio presidente e a primeira-dama,

Michelle.

Na cerimônia realizada na semana passada no

Supremo, havia 48 convidados de Fux no plenário. O

local comporta até 250 pessoas.

Assessores de autoridades presentes, servidores do

tribunal e os dragões da independência (que fazem a

recepção em cerimônias oficiais), porém, se

acumularam do lado de fora, em muitos casos sem

respeitar o distanciamento recomendado.

O Supremo reservou um espaço na área externa para

profissionais da imprensa. Depois da solenidade, Fux

ainda recebeu pessoas mais próximas em um coquetel

no gabinete da presidência.

Na cerimônia, inicialmente Fux estava de máscara, mas

a retirou logo no começo para ler o termo de posse,

assim como Rosa Weber, que assumiu a vice-

presidência do STF. Depois, ambos colocaram

novamente a proteção facial para o restante do

encontro.

Marco Aurélio, responsável por falar em nome do STF,

também retirou a máscara para discursar, assim como o

presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil),

Felipe Santa Cruz. Dias Toffoli, que passou o comando

do STF a Fux, foi o único anão retirar a proteção ao

usar o microfone.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber

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Planalto aposta em derrota de Celso sobre depoimento à PF

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF

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Autor: Julia Chaib

Integrantes da área jurídica do governo dizem acreditar

que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal)

vão reverter em plenário a decisão de Celso de Mello e

conceder ao presidente Jair Bolsonaro o direito de

prestar depoimento por escrito no inquérito que apura

supostas interferências do mandatário na Polícia

Federal.

Na quinta-feira (16), o ministro Marco Aurélio Mello

suspendeu a tramitação da investigação que tem como

base acusações do ex-ministro Sérgio Moro (Justiça)

até que o conjunto de magistrados da corte se reúnam e

julguem o pedido.

A aposta do Planalto se dá em razão de uma divisão no

STF a respeito do assunto. Tanto ministros da chamada

ala mais garantista como os mais apoiadores da

Operação Lava Jato têm ressalvas quanto à decisão de

Celso de Mello, que determinou que Bolsonaro

prestasse depoimento presencial.

Segundo ministros e assessores de magistrados

ouvidos pela Folha, a maioria da corte inclina-se à

posição de que é preciso dar a oportunidade de o

presidente se manifestar por escrito.

Apesar da tendência, a ideia de reformar uma decisão

do decano da corte, que está prestes a se aposentar, é

vista com ressalvas. Pesa o fato de ele ser o mais

antigo do tribunal e o respeito que ele tem perante os

colegas.

Pessoas próximas ao presidente do STF, Luiz Fux,

dizem que o ministro pode deixar para pautar o recurso

após a saída de Celso, que se aposenta em novembro.

Se isso ocorrer, ministros de tribunais superiores dão

como quase certa a revisão da decisão.

O decano está em licença médica e tem o retorno

previsto para o dia 26 de setembro. Antes disso e sem

conversar com o ministro, acreditam magistrados, Fux

não colocará o tema em discussão.

Apesar de tanto Edson Fachin como Luís Roberto

Barroso já terem dado decisões em sentido contrário ao

do decano - quando concederam ao então Michel

Temer (MDB) o direito de depor por escrito - , na

avaliação de pessoas próximas aos ministros, eles

poderiam agora adotar um caminho do meio para não

reformar a decisão de Celso de Mello.

Uma alternativa é decidir que abrir ou não a opção de

depoimento por escrito seria uma prerrogativa do relator

de cada caso, a quem caberia avaliar a pertinência de

cada medida.

A corte tem precedentes de decisões desse tipo; por

exemplo, a que define que cabe ao relator a decisão da

homologação de acordos de colaboração premiada.

Para outra ala da corte, porém, além de a prerrogativa

já ter sido concedida a Temer, a avaliação sobre o

depoimento por escrito ou não se trata de uma questão

institucional entre os Poderes.

13

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Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF

N a avaliação de integrantes do governo, Celso de Mello

se mostrou em decisões anteriores - como a que

quebrou o sigilo de parte da reunião ministerial de 22 de

abril um adversário de Bolsonaro.

Na semana passada, a Polícia Federal intimou

Bolsonaro a comparecer em oitiva, que estava marcada

para ocorrer entre os dias 21 e 23 de setembro às 14h.

Após a notificação, a AGU (Advocacia Geral da União)

recorreu e pediu que Marco Aurélio analisasse o caso

diante da ausência de Celso.

Na quinta, o ministro afirmou que é contra a "autofagia"

do tribunal e que, por isso, não poderia reconsiderar

sozinho o despacho do colega. Assim, optou por

suspender a tramitação de todo o inquérito até plenário

do STF se debruçar sobre o assunto.

No inquérito que apura se Bolsonaro tentou interferir na

PF, o próprio procurador-geral da República, Augusto

Aras, que pediu a apuração do caso, defendeu que o

chefe do Executivo respondesse às questões por

escrito.

Aras havia argumentado ao Supremo que, "dada a

estatura constitucional da Presidência da República e a

envergadura das relevantes atribuições atinentes ao

cargo, há de ser aplicada a mesma regra em qualquer

fase da investigação ou do processo penal".

Celso, porém, interpretou que o artigo do Código de

Processo Penal que prevê a autoridades a possibilidade

de prestar testemunho por escrito trata apenas de oitiva

dessas pessoas enquanto testemunhas e não dá esse

direito a investigados.

No recurso, a AGU solicita que o Supremo "mantenha

rigorosa coerência entre julgados" em referência a duas

decisões que permitiram que o então presidente Michel

Temer depusesse por escrito em inquéritos dos quais

era alvo.

Na petição, a advocacia lembra que em 2017, duas

decisões - uma de Barroso e outra de Fachin -

permitiram a Temer a entrega do depoimento por escrito

no prazo de 24 horas.

"Promover as mesmas prerrogativas a todos aqueles

que ostentam as mesmas condições é a solução mais

natural e saudável", escreveu o advogado-geral da

União, José Levi Mello do Amaral.

"Note-se: não se roga, aqui, a concessão de nenhum

privilégio, mas, sim, tratamento rigorosamente simétrico

àquele adotado [...] em precedentes muito recentes

desta mesma Egrégia Suprema Corte."

O depoimento de Bolsonaro é uma das providências

finais do investigação aberto em abril deste ano a partir

das declarações de Moro também ex-juiz da Operação

Lava Jato em Curitiba.

Na mesma decisão em que decidiu o depoimento

presencial de Bolsonaro, Celso de Mello determinou

também que seja assegurado ao ex-ministro Moro o

direito de, a seu critério, por meio de advogados, estar

presente ao interrogatório de Bolsonaro, garantindo

inclusive que façam perguntas.

Em transmissão ao vivo na noite desta quinta (17),

Bolsonaro comentou o caso. "Se Deus quiser, agente

enterra logo este processo e acaba com esta farsa do

ex-ministro da Justiça", disse.

O recurso de Bolsonaro para não comparecer à PF

contrasta com o que ele mesmo havia dito em entrevista

no dia 2 de junho, no Palácio do Alvorada.

Na oportunidade, o chefe do Executivo disse que, para

ele, não fazia diferença a forma do interrogatório.

"Para mim, tanto faz. O cara, por escrito, eu sei que ele

tem uma segurança enorme na resposta, porque ele

não vai titubear. Ao vivo, pode titubear. Mas não estou

preocupado com isso. Posso conversar presencialmente

com a Polícia Federal sem problema nenhum", disse o

presidente naquela ocasião.

Note-se: não se roga, aqui, a concessão de nenhum14

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privilégio, mas, sim, tratamento rigorosamente simétrico

àquele adotado [...] em precedentes muito recentes

desta mesma Egrégia Suprema Corte

José Levi advogado-geral da União, em recurso

apresentado ao STF pedindo que Bolsonaro deponha

por escrito, como Michel Temer

Se Deus quiser, a gente enterra logo este processo e

acaba com esta farsa do ex-ministro da Justiça

Jair Bolsonaro presidente, em live nesta quinta (17),

comentando o inquérito

Para mim, tanto faz. O cara, por escrito, eu sei que ele

tem uma segurança enorme na resposta, porque ele

não vai titubear. Ao vivo, pode titubear.

Mas não estou preocupado com isso. Posso conversar

presencialmente com a Polícia Federal sem problema

nenhum

idem em 2.jun

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux

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MÔNICA BERGAMO

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Autor: Mônica Bergamo com Bruno B. Soraggi, Bianka

Vieira e Victoria Azevedo

RECEITA PRÓPRIA

O presidente Jair Bolsonaro está indicando cloroquina

para autoridades com quem tem maior intimidade em

Brasília e foram infectadas pelo novo coronavírus nesta

semana.

RECEITA 2

Desde o início da epidemia, Bolsonaro se tornou uma

espécie de garoto-propaganda do remédio, que não tem

eficácia científica comprovada.

RECEITA 3

Por sinal, nem todos os amigos estão seguindo o

conselho do presidente, tomando outros medicamentos.

CORRENTE

Até a sexta (18), oito autoridades já haviam sido

infectadas depois de irem à posse de Luiz Fux na

presidência do STF (Supremo Tribunal Federal).

SEJA O QUE...

Embora a cerimônia tenha seguido os protocolos de

segurança, depois dela autoridades se confraternizaram

em um coquetel com o novo presidente da corte. A

maioria, no entanto, não usava máscaras.

... DEUS QUISER

Muitas também foram ao casamento da filha do ministro

João Otávio de Noronha. De novo, tiraram as máscaras.

ATÉ O FIM

O ministro Celso de Mello, do STF, não cogita antecipar

a sua aposentadoria em um único dia. O rumor circulou

em Brasília, mas é falso.

MESA REDONDA

Um grupo de médicos de São Paulo se reuniu com o

candidato à Prefeitura de SP pelo PSOL, Guilherme

Boulos, para discutir os problemas na área da saúde.

MESA 2

Entre os presentes estavam o sanitarista Gonzalo

Vecina Neto, que foi secretário de Saúde da ex-prefeita

Luiza Erundina, candidata a vice na chapa de Boulos, o

cardiologista Alfredo Mansur, o infectologista Caio

Rosenthal, o presidente do Conselho Regional de

Medicina (Cremesp), Mauro Aranha, Aluisio Segurado,

do Hospital das Clínicas de SP, e os pais do candidato,

o infectologista Marcos Boulos e Maria Ivete Boulos, do

ambulatório de violência contra a mulher do HC.

NA MESA

O mandato do deputado federal Alexandre Padilha (PT-

SP) enviou um requerimento de informação ao16

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Ministério da Agricultura sobre a revisão do Guia

Alimentar para a População Brasileira sugerida pela

pasta em nota técnica.

LETRAS MIÚDAS

O documento questiona, entre outros aspectos, qual a

formação dos servidores envolvidos na elaboração da

proposição e quais são as evidências científicas que

embasam as considerações feitas na nota técnica.

NOVO...

Mulheres de 25 a 40 anos querem voltar a se produzir.

Estudo da consultoria Consumo teca aponta que 37%

delas sente falta de usar maquiagem em meio ao

isolamento social da pandemia de Covid-19, enquanto

31% têm saudade de seus assessórios e 25% de seus

sapatos de salto alto.

...NORMAL

Segundo a pesquisa, que ouviu 2 mil pessoas de 18 a

54 anos de todo o Brasil, homens sentem faltam de

suas roupas esportivas (34%) e de suas calças jeans

(26%).

QUARENTENA

A atriz Fernanda Torres 1 agradeceu as mensagens de

aniversário que recebeu. "Meu look de aniversário",

disse. O ator Babu Santana 2 compartilhou foto com

pacotes de arroz. "Ostentação em 2020 kkk (cada K é

uma lágrima)”, escreveu. O humorista Whindersson

Nunes 3 postou um retrato

REGRAS

O presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus),

Pedro Mastro-buono, enviou aos dirigentes da

instituição um documento com os procedimentos a

serem realizados para publicações em perfis e redes

sociais, seguindo determinação da Secretaria Especial

da Cultura.

AUTORIZAÇÃO

No começo do mês, Mario Frias enviou ofício às

entidades vinculadas informando que todos os posts

deverão ser previamente enviados ao secretário para

que ele avalie e, se for o caso, autorize o material.

AUTORIZAÇÃO 2

Segundo o documento enviado por Mastro-buono, as

publicações "relativas às atividades finalísticas”, exceto

notas de pesar e aniversários, devem ser encaminhadas

com "a devida antecedência” de no mínimo de 24 horas

a dois e-mails institucionais. "A autorização da Se-cult

será devolvida também por e-mail”, diz o texto.

DE CABEÇA

Uma análise realizada pela Refinaria de Dados com370

mil usuários nas redes sociais elencou as instituições

mais associadas aos temas “doações” e “Covid-19”. O

ranking é liderado pelo Itaú, citado por 57% dos

usuários.

LISTA

Em seguida aparecem BTG (45%), iFood (38%), Ambev

(36%) e o aplicativo de mobilidade 99 (34%). A pesquisa

analisou o período entre 11 de março e 16 de agosto.

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Luiz Fux

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Depoimento presencial de chefes de Poder tem precedentes

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Ao determinar que o presidente Jair Bolsonaro preste

depoimento presencialmente no inquérito que apura

suspeita de tentativa de interferência na Polícia Federal,

o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro

Celso de Mello, apontou precedentes da Corte para

amparar o entendimento de que chefes de Poder,

quando sujeitos a uma investigação criminal, não têm

direito à prerrogativa de depor por escrito.

Entre as decisões citadas pelo decano está uma

proferida pelo ministro Teori Zavascki, em 2016, que

negou depoimento por escrito ao senador Renan

Calheiros (MDB-AL), à época em que ele era presidente

do Congresso. Na ocasião, Renan pediu para prestar

depoimento por escrito no inquérito em que era

investigado por corrupção e lavagem de dinheiro. O

então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se

manifestou contra o pedido, sob o entendimento de que

a prerrogativa do depoimento por escrito é aplicável

somente a testemunhas, e não a investigados. O

posicionamento é contrário ao do atual chefe do

Ministério Público Federal, Augusto Aras, que defendeu

que Bolsonaro prestasse depoimento por escrito.

"Aqueles que figuram como indiciados (inquérito policial)

ou como réus (processo penal), em procedimentos

instaurados ou em curso perante o STF, não dispõem

da prerrogativa, eis que essa norma legal somente se

aplica às autoridades que ostentem a condição formal

de testemunha ou de vítima", registrou Teori na decisão

de 2016 e reproduzida por Celso.

O decano citou ainda uma decisão do ex-presidente do

STF, ministro Dias Toffoli, ao destacar que o artigo 221

do Código Penal, que trata da possibilidade do

depoimento por escrito por chefes de Poder, somente

pode ser invocado quando os mesmos constarem como

testemunhas no processo.

Segundo Celso, sua decisão também vai na linha do

que defendem juristas e professores. O decano afirmou

que Bolsonaro tem, como qualquer pessoa, garantias

fundamentais, podendo até se recusar a comparecer ao

interrogatório, ou então, se comparecer, exercer o

direito ao silêncio ou o de "não ser obrigado a produzir

provas contra seus próprios interesses".

Temer.

O caso do então presidente Michel Temer foi o principal

argumento do recurso da Advocacia-Geral da União

contra a decisão de Celso. Um dos precedentes do

Supremo usados pela AGU foi a decisão tomada em

2017, pelo ministro Luís Roberto Barroso, ao permitir

que o emedebista apresentasse esclarecimentos por

escrito sobre uma investigação envolvendo

irregularidades no setor portuário. O ministro Edson

Fachin, relator de um outro inquérito, aberto com base

na delação da J&F, garantiu a Temer o mesmo direito.

"Não se roga, aqui, a concessão de nenhum privilégio,

mas, sim, tratamento rigorosamente simétrico àquele

adotado para os mesmos atos em circunstâncias

absolutamente idênticas em precedentes muito recentes

desta mesma Egrégia Suprema Corte", afirmou a AGU.

Ofício. O órgão acionou o Supremo após receber um18

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ofício da PF com a intimação de Bolsonaro para a

realização do interrogatório. No documento, a PF

ofereceu três datas para que o presidente apresentasse

"declarações no interesse da Justiça": 21, 22 ou 23 de

setembro.

Pelo fato de Celso de Mello estar de licença médica, o

pedido do governo foi analisado pelo ministro Marco

Aurélio Mello, que determinou a suspensão do inquérito

até que o plenário da Corte se manifeste sobre o tema.

Caberá a Luiz Fux, recém-empossado presidente da

Corte, decidir a data em que o tema será analisado. /

PEPITA ORTEGA e R.M.M.

Aplicação

"Essa norma legal (depoimento por escrito) somente se

aplica às autoridades que ostentem a condição formal

de testemunha ou de vítima."

Teori Zavascki MINISTRO DO SUPREMO, EM

DECISÃO DE 2016 REPRODUZIDA AGORA POR

CELSO DE MELLO

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Luiz Fux

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Ministro do Turismo está com covid-19

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O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi

diagnosticado ontem com covid-19. Segundo a pasta,

ele está assintomático e permanece em isolamento,

trabalhando de casa. O ministro é a 7S autoridade

presente na posse de Luiz Fux na presidência do

Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 10, a contrair

a doença.

Além do próprio Fux, foram contaminados o presidente

da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); os ministros do

STJ Luís Felipe Salomão e Antonio Saldanha Palheiro;

a ministra do TST Maria Cristina Peduzzi; e o

procurador geral da República, Augusto Aras. / FELIPE

FRAZÃO e J.S.

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Luiz Fux

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Para ala do STF, cabe ao Congresso definir reeleição

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Autor: Rafael Moraes Moura Jussara Soares

O entendimento de que a reeleição dos presidentes da

Câmara e do Senado é assunto que cabe ao Congresso

ganha força entre diferentes alas do Supremo Tribunal

Federal (STF). Essa foi a posição defendida pela

Advocacia-Geral da União (AGU) nesta semana ao se

manifestar à Corte. Tramita no Supremo uma ação do

PTB que busca barrar qualquer tentativa de reconduzir

o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e 0 senador Davi

Alcolumbre (DEM-AP) ao comando das duas Casas

legislativas por mais dois anos.

A manifestação da AGU foi interpretada na Corte como

uma indicação de que o governo Jair Bolsonaro não se

opõe a um novo mandato de Maia e Alcolumbre. A

eleição da cúpula do Con- gresso está marcada para

fevereiro de 2021. O relator da ação no STF, ministro

Gilmar Mendes, pretende levar o caso ao plenário ainda

neste ano. Falta, porém, um posicionamento da

Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o tema.

A avaliação entre integrantes do Supremo é a de que

deixar com os próprios parlamentares a palavra final

sobre a reeleição na Câmara e no Senado pouparia a

Corte de interferir numa questão interna, com potencial

de criar mais um desgaste entre o Judiciário e o

Legislativo.

O próprio discurso do ministro Luiz Fux, ao assumir a

presidência do Supremo, no último dia 10, indicou sua

disposição de não intervir no assunto. "Alguns grupos

de poder que não desejam arcar com as consequências

de suas próprias decisões acabam por permitir a

transferência voluntária e prematura de conflitos de

natureza política para o Poder Judiciário, instando os

juízes a plasmarem provimentos judiciais sobre temas

que demandam debate em outras arenas", afirmou Fux

na ocasião.

"Essa disfuncionalidade desconhece que o Supremo

Tribunal Federal não detém o monopólio das respostas

- nem é o legítimo oráculo - para todos os dilemas

morais, políticos e econômicos de uma nação. Tanto

quanto possível, os poderes Legislativo e Executivo

devem resolver interna corporis seus próprios conflitos e

arcar com as consequências políticas de suas próprias

decisões", disse o ministro durante sua posse.

Parecer.

Um dos pontos destacados por integrantes do STF para

liberar a reeleição na Câmara e no Senado é uma

decisão do decano do tribunal, ministro Celso de Mello,

de 2017, quando ele permitiu a recondução de Maia. Na

época, o deputado deixava um mandato-tampão após a

cassação de Eduardo Cunha (MDB-RJ) - para disputar

o comando da Câmara.

Tanto a decisão de Celso quanto a manifestação da

AGU enviada ao STF fazem referência a um parecer do

então advogado Luís Roberto Barroso, elaborado antes

de seu ingresso na Corte. No documento, Barroso

analisou a possibilidade de um político que assumiu um

mandato-tampão para o comando de uma das Casas

disputar, em seguida, uma eleição para permanecer no

cargo. Para ele, o artigo 57 da Constituição Federal21

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"não é explícito acerca da possibilidade ou não da

reeleição de quem tenha sido eleito para completar o

mandato de presidente que renunciou".

"Conclusão nessa linha (de Barroso) veio a ser

expressamente acolhida pelo ministro Celso de Mello,

em decisões (tomadas em ações que contestavam a

possibilidade de Maia disputar a presidência da Câmara

em 2017) que pontuaram a necessidade de deferência

do Poder Judiciário por escolhas políticas razoáveis de

outros poderes públicos", destacou a AGU na

manifestação ao Supremo.

A Constituição diz que, no primeiro ano de cada

legislatura, Câmara e Senado deverão reunir-se "para a

eleição das respectivas Mesas, vedada a recondução

para o mesmo cargo na eleição imediatamente

subsequente". A AGU afirmou, no entanto, que o texto

"não se aplica inevitavelmente a todos os casos de

recondução".

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,

Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux

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ANCELMO GOIS

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Rio

sábado, 19 de setembro de 2020CNJ - Luiz Fux

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Autor: Ancelmo Gois Com Ana Cláudia Guimarães,

Nelson Lima Neto e Telma Alvarenga

O pré-sal das trevas

O Canal Brasil vai exibir, terça, o documentário

"Bixatravesty", de Kiko Goifman e Claudia Priscilla, que

levou o prêmio Teddy no Festival de Berlim 2018, entre

outros.

É o tal filme que Roberto Castello Branco, presidente da

Petrobras, talvez para agradar a Bolsonaro, usou como

exemplo ao falar de "filmes de qualidade mais do que

sofrível" que não serão mais patrocinados pela estatal.

Linn da Quebrada (foto), que protagoniza o longa, é

também estrela da campanha do Canal Brasil, que hoje

foz 22 anos e celebra a diversidade e a liberdade do

cinema brasileiro.

De mãos dadas

Não se fazem mais comunistas e bolsonaristas como

antigamente.

Uma mesma coligação de candidatos a vereador em

Nova Iguaçu inclui postulantes do PCdoB e gente ligada

a Bolsonaro.

Classe média no Porto

Há uma torcida grande entre o pessoal do Porto

Maravilha para que o edifício A Noite, na Praça Mauá,

seja transformado num prédio residencial para a classe

média. O edital de venda estabelece o lance mínimo de

R$ 90 milhões, mas sem detalhar a que se destina o

local. O governo federal tem dúvidas sobre o melhor

momento de colocar o edital na praça.

É uma brasa, mora?

Nos anos 1960, Roberto Carlos, Erasmo e Wanderléa

apresentaram, ao vivo, o programa "Jovem guarda", na

antiga TV Record, que fez muito sucesso. O "Rei"

relembra essa época em um papo com a coleguinha

Glória Maria, para o "Globo Repórter" especial, dia 25,

sobre os 70 anos da televisão no Brasil, completados

ontem. O cantor recorda ainda a primeira vez em que se

viu num programa gravado na TV : "Falei : 'Caramba, eu

sou assim? (risos) É isso que eu faço, né?. Amei ,

queria ver aquilo outras vezes". Maravilha.

Foro íntimo

O ministro Luiz Fux, presidente do STF, declarou sua

suspeição para tratar do futuro do habeas corpus em

que Wilson Witzel tenta anular o afastamento do cargo

de governador. Alegou "foro íntimo" para a decisão.

Com isso, caberá à vice-presidente, ministra Rosa

Weber, definir quem irá julgar o habeas corpus.

A ESPERA DO GRITO DE FINAL DE GUERRA

Gostou da foto? Ela foi feita pela própria Bárbara Paz,

gaúcha de Campo Bom, que fotografou a si mesma

para a "Vogue" de outubro. "Fotografei essa mulher em

suspensão. É assim que me sinto hoje: suspensa no23

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tempo", diz a atriz e diretora. Na revista, ela conta sobre

o seu premiado filme "Babenco Alguém tem que ouvir o

coração e dizer: parou", que tem estreia prevista para

15 de outubro. Bárbara também estrela o longa "Por que

você não chora?", de Cibele Amaral, selecionado para o

Festival de Gramado, que começou ontem, pela TV e

pela internet, e está em Ouro Preto (MG), dirigindo o

curta "Você sabe do que eu estou falando" dentro do

projeto Teatro Digital. Protagonizada por Alessandra

Maestrini, a obra fala sobre solidão. "Este filme/ teatro

que estou fazendo faz parte deste momento que

vivemos" conta. "Estamos solitários e buscamos afeto.

Artistas sonhando com o retorno do palco e do grito de

final de guerra."

Nós vamos sair dessa

O SUS completa 30 anos e mostra seu altruísmo na

pandemia

A Lei orgânica 8.080, que tirou do papel o Sistema

Único de Saúde, completa 30 anos hoje. De lá para cá,

não foram poucos os problemas. Mas é um dos raros

sistemas de saúde no mundo que atendem

gratuitamente qualquer cidadão. Num país onde quase

70% da população não tem plano de saúde, imagine

como seria ainda pior para o pobre, com Covid-19, ter

que pagar do seu bolso para ser atendido num hospital.

O pesquisador Carlos Henrique Paiva, que coordena o

Observatório de História e Saúde da COC/Fiocruz, não

esconde que o SUS carrega contradições no seu DNA:

"Mas a pandemia mostrou também sua potência, pois,

apesar de toda a dificuldade e do desmantelamento,

está atendendo boa parte da população".

Antes do SUS, para serem atendidas sem pagar, as

pessoas contavam com instituições de beneficência,

muitas delas ligadas a igrejas ou ao Inamps, para quem

tinha trabalho formal. Vida longa.

Ana Cláudia Guimarães

2021:O ANO DE TUNGA

Um dos grandes nomes da arte contemporânea

brasileira, Tunga, o pernambucano criado no Rio, que

morreu em 2016, terá sua obra completa catalogada e

parte dela exposta, ano que vem, em São Paulo. A

iniciativa é do Itaú Cultural.

' Mas é preciso ter força.

E preciso ter raça...

Alcione, sempre querida, gravou participação na 35a

edição do Criança Esperança, que irá ao ar dia 28. A

Marrom reedita a parceria com IZA, que fez sucesso no

Rock in Rio 2019, cantando "Maria, Maria", de Milton

Nascimento e Fernando Brant. O número contará com a

participação de Ana Maria Braga.

A 'Agenda Marielle

A família de Marielle Franco e o Instituto que leva o

nome da vereadora assassinada lançaram a Agenda

Marielle. E um conjunto de compromissos com práticas

e pautas a partir do seu legado para que candidaturas

do Brasil inteiro se comprometam em honrar

verdadeiramente a sua memória. Até ontem, 230

candidatos e candidatas - vereadores, prefeitos e vices -

apresentaram inscrições. São políticos indígenas e

trans, entre outros, de 130 municípios de todas as

regiões do Brasil.

Aliás, a segunda passada marcou 30 meses sem

resposta sobre quem mandou matar Marielle.

Eta, novela grande!

A 19ª Câmara Cível do TJ do Rio negou o pedido da

CBF de suspensão da liminar que a impede de entregar

a "Taça das Bolinhas" ao São Paulo. Como se sabe, o

Flamengo conseguiu decisão que veda a entrega do

troféu até que todas as ações na Justiça sejam

julgadas. O Rubro-negro alega ter direito à premiação

por ter sido o primeiro pentacampeão brasileiro. Aliás,

este caso, que se arrasta desde 1992, termina entrando

naquela lista de assuntos de que ninguém aguenta mais

ouvir falar.

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'O destino é o caminho

O escritor carioca Ricardo Rangel lança, em outubro,

pela Edições de Janeiro, o livro "O destino é o

caminho", que traz suas observações sobre paisagens e

pessoas em uma viagem pelo celebrado Caminho de

Santiago. A caminhada já mereceu muitos livros -

inclusive o best-seller "Diário de um mago", do nosso

Paulo Coelho - , mas, como observa Ricardo, "a

questão é que o Caminho, como qualquer outra viagem,

nunca é o mesmo, e nunca se esgota. Ele depende

essencialmente de quem vai e de quem o acompanha

na estrada".

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Luiz Fux, CNJ -

Rosa Weber

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ASCÂNIO SELEME

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DESGOVERNO

O governo anunciou que pode extinguir alguns

ministérios, como o do Turismo, por exemplo. Não farão

nenhuma falta num governo que em diversas áreas não

governa mesmo. A turma do Bolsonaro não governa na

Cultura, todos sabem. Aliás, se lixa para ela. Também

não governa no Meio Ambiente, não se incomoda com a

derrubada de árvores na Amazônia e muito menos com

queimadas no Pantanal. Tampouco governa para as

mulheres e para os direitos humanos e mal governa na

saúde e na educação. Pode fechar ministérios à

vontade, excelência, eles pouco importam.

PAUTA PARA LIRA

O centrão quer fazer o deputado Arthur Lira (corrupção,

lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, violência

doméstica) presidente da Câmara. Com o aval do

Planalto, já está oferecendo cargos no governo aos que

votarem nele. O agrupamento suprapartidário também

tem prontos alguns pontos da pauta do mandato de Lira:

finalizar a Lava-Jato; reduzir o papel do Ministério

Público; e introduzir carência de quatro a oito anos para

magistrado poder se candidatar a cargo eletivo. Um

ataque explícito a quem combate a corrupção.

AGORA, SIM

O estado que já teve cinco governadores presos e tem

um sexto ameaçado de prisão, pode agora inovar e

eleger um prefeito previamente detido. E o Rio inovando

e surpreendendo o Brasil e o mundo. A candidatura de

Cristiane Brasil, do PTB, presa preventivamente em

caso de corrupção, teve sua candidatura homologada

pelo Tribunal Regional Eleitoral. O partido insistiu em

indicar a encarcerada porque ela é filha do dono, quer

dizer, do presidente do partido, o mal afamado Roberto

Jefferson. Nada de mais, na verdade. Afinal, não foi

aqui que vereadores foram eleitos dentro da cadeia?

RECOMENDO LIVROS

Três bons livros que merecem sua atenção. O jornalista

Pedro Doria acaba de publicar "Fascismo à brasileira",

que conta a história da criação do partido integralista

brasileiro e mostra suas muitas semelhanças com o

bolsonarismo. O jornalista e ex-candidato a deputado

federal Ricardo Rangel colocou nas livrarias "O destino

é o caminho", em que narra sua jornada de 800

quilômetros pelo Caminho de Santiago de Compostela.

E o escritor e cientista político Sérgio Abranches lançou

"O tempo dos governantes incidentais", onde conta

como populistas se aproveitaram de frustrações

políticas acumuladas para se eleger e em seguida

ameaçar a democracia e as instituições.

Fux tem razão Ao assumir a presidência do Supremo

Tribunal Federal, o ministro Luiz Fux elencou cinco

pontos que deverão guiar a sua gestão pelos próximos

dois anos. Separo um deles, que se o novo presidente

conseguir implementar prestará um serviço inestimável

à Justiça e ao país. Trata-se do que Fux chamou de

"fortalecimento da vocação constitucional do STF". Seu

propósito é reduzir as dezenas de milhares de ações

ingressadas a cada ano, reposicionando o tribunal

"como uma Corte eminentemente constitucional".26

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Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - País

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF

De acordo com dados citados pelo ministro no seu

discurso de posse, 115 mil processos foram julgados

pelo tribunal em 2017. No mesmo ano, a Suprema Corte

dos Estados Unidos julgou 70 casos. E verdade que a

nossa Constituição é muito maior que a americana, que

tem apenas sete artigos e recebeu 27 emendas em 230

anos. A brasileira tem 250 artigos e 114 disposições

transitórias, e em apenas 30 anos teve 100 emendas

aprovadas. Mas só isso não explica a distância que

separa os dois tribunais.

Fux tem razão, é preciso desentulhar a Corte. O

problema é como se fazer isso. Primeiro, há obstáculos

no caminho, alguns criados pelo próprio tribunal. Em

novembro do ano passado, o STF derrubou por seis

votos a cinco a prisão em segunda instância. Além de

todas as questões políticas que aquela decisão encerra,

como o favorecimento à impunidade, por exemplo, ela

serviu como bandeira em favor do prosseguimento de

qualquer ação até que ela alcance o Supremo. Se o

criminoso fosse preso assim que um colegiado de

desembargadores de tribunais regionais o condenasse,

como estava estabelecido antes da decisão contrária do

Supremo, o apelo a recursos seria obviamente menor.

Os clientes constitucionais do Supremo são o

presidente, seu vice, os membros do Congresso, os

ministros de Estado, os ministros dos tribunais

superiores e do TCU, o procurador-geral da República,

os chefes das três Forças Militares e os chefes de

missões diplomáticas. Somam mais ou menos 900

pessoas. Ocorre que qualquer cidadão que responde

por crime em ações em que membros desse grupo

estiverem envolvidos acaba sendo julgado também pelo

STF. Eventualmente, um ministro pode desmembrar

uma ação e remeter para instância inferior o denunciado

sem foro privilegiado, mas nem sempre é assim.

O Supremo também faz mal uso da súmula vinculante,

preceito constitucional que dá ao tribunal prerrogativa

de considerar já julgadas todas as ações que tratam de

crimes reiteradamente debatidos e punidos pelo

tribunal. O expediente poderia reduzir o volume de

ações em curso. Mas, é absolutamente corriqueiro o

atropelamento desta regra. Na semana passada, o

próprio Fux pediu vista em julgamento que deveria

aprovar uma súmula vinculante em questão de

narcotráfico.

No caso, não importa o teor da ação, mas o princípio

que foi ignorado.

Há ainda questões acessórias e mesmo triviais que

tornam chatos e demorados os julgamentos do STF.

Como a TV Justiça, que foi criada em em 2002 em

nome da transparência. Ela deixou os ministros mais

maleáveis, o que é perigoso. Com a transmissão ao vivo

das sessões, juízes podem ser levados a julgar de

acordo com a orientação da galera, o grito das ruas.

Com julgamentos públicos, muitos de importância

crucial para a vida política e institucional do Brasil, os

ministros podem ser constrangidos pela pressão política

e popular que sofrem em tempo real.

A TV Justiça ajudou a produzir o que Fux chamou de

"protagonismo deletério, que corrói a credibilidade dos

tribunais, especialmente do STF". De certa forma as

sessões do Supremo viraram espetáculo e os ministros

passaram a gastar muito mais tempo para ler seus

votos, que foram engordados em páginas e citações.

Alguns tomam horas para serem lidos e comentados. O

componente "vaidade humana" é quase palpável de tão

vivo nos julgamentos do tribunal. E é evidente que isso

colabora com a morosidade do tribunal e o acúmulo da

pauta.

PAULO FREIRE, 99

Paulo Freire, o mais importante educador brasileiro e

um dos maiores do mundo, completaria hoje 99 anos.

Inúmeras homenagens e palestras sobre o professor e

sua obra serão realizadas nos próximos 12 meses em

comemoração ao seu centenário. Ele é o brasileiro com

mais títulos de doutor Honoris Causa. São 41, inclusive

das super universidades de Harvard, Cambridge e

Oxford. Autor de 19 livros, com edições em incontáveis

línguas, Paulo Freire dá nome a 31 ruas e praças no

Brasil, além de 302 escolas, municipais, estaduais e

privadas. Respeitem Paulo Freire.27

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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF

FAZENDAS E INCÊNDIO

Além da evidente má vontade da União com o meio

ambiente, da falta de fiscalização adequada, da seca,

dos ventos e do difícil acesso, um fator econômico serve

de combustão para as queimadas do Pantanal. Diversas

fazendas foram divididas ao longo dos últimos anos e

muitas pararam de produzir, demitiram peões e

fecharam suas porteiras. Essas áreas são as mais

desguarnecidas e descuidadas, por onde o fogo se

alastra sem impedimento. Outras fazendas, cinco no

Mato Grosso do Sul, são investigadas pela Polícia

Federal por queimadas intencionais.

DANDO LINHA

Fabricantes de linhas do interior de São Paulo tiveram

queda nas vendas de até 80% no início da pandemia.

Apavorados, fizeram muitas demissões achando que a

crise demoraria e a recuperação econômica só teria

início em 2021. Cinco meses depois, uma dessas

fábricas já opera no azul, ou no azulão, com vendas

120% maiores do que antes da crise sanitária. A

concorrência chinesa ficou muito cara.

EUA DESBANCADOS

Para quem acha que o problema alcança somente

países pobres, este dado pode surpreender. O Federal

Reserve dos Estados Unidos, o FED, similar ao nosso

Banco Central, informou na semana passada que um

em cada quatro americanos não tem conta bancária ou

tem apenas uma conta pagamento. Significa que 82

milhões são desbancarizados nos EUA.

CORREÇÃO Não é do MDB o ex-prefeito de Cocai (PI)

João Maria Monção, que disse em discurso gravado que

roubou, sim, mas não tanto quanto o seu adversário na

próxima eleição. Ele era do PTB, que o expulsou após a

declaração.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -

Luiz Fux

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ARTIGO - Um silêncio nada inocente

Conselho Nacional de Justiça - CNJRevista Isto é/Nacional - Artigos

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: José Vicente

Como respostas aos gritos das ruas e da história do

Brasil e do mundo, diante da resiliência danosa do

racismo estrutural, ambientes sociais, com destaque

para a Justiça, lentamente tem construído ações

objetivas que fortalecem a máxima de que: não basta

não ser racista, é preciso ser antirracista.

Com esse tema, no Conselho Nacional de Justiça,

Dias Toffoli criou um grupo de trabalho para construir

propostas de combate ao racismo no sistema de

Justiça. O Procurador Geral, Augusto Aras, o CNMP e

CNJ, incluíram no Observatório Nacional da Justiça, a

busca pela Igualdade e pelo fim da Discriminação

Racial, como um pilar das políticas do judiciário. O

Ministro Herman Benjamin, do STJ, instituiu cotas para

professores negros no mestrado da Escola Nacional da

Magistratura e Luiz Fux, Presidente do STF, anunciou a

criação do Observatório dos Direitos Humanos, no CNJ.

No executivo municipal, o prefeito paulista, Bruno

Covas, cancelou a aplicação do mata – leão, como

prática de ação na guarda civil municipal, e vai nomear

12 Centros de Educação com nomes de personalidades

negras.

Mesmo o fugidio ambiente empresarial começa a se

render ao novo normal. A Cyirela Comercial Properties,

por exemplo, promove a qualificação em diversidade

racial para seu corpo de segurança e investe no

empreendedorismo de jovens negros; o Grupo Pão de

Açúcar instituiu o termo de conduta para combate à

discriminação racial com suas empresas de segurança;

a Petrobras incluiu no manual de conduta dos

fornecedores o respeito à diversidade racial; a empresa

americana Google criou um fundo de cinco milhões para

inclusão de negros na tecnologia; a Ambev criou um

programa de contratação de 80 jovens negros, com

observadores independentes negros; já o Magazine

Luiza, por sua vez, implementou um programa de

trainee exclusivo para negros; e a empresa de telefonia

Vivo reservou trinta por cento de vagas para negros no29

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Conselho Nacional de Justiça - CNJRevista Isto é/Nacional - Artigos

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

seu democrático programa de trainee. Diferentemente

do mundo político que se mantêm quase indiferente a

esse mutirão da cidadania racial.

No caso do partilhamento das verbas de campanhas

entre mulheres brancas e negras, não pestanejou. Pôs-

se em silêncio. Nenhum partido ou grande

personalidade política se pronunciou ou se

comprometeu a aplicar com entusiasmo a decisão justa

e republicana do TSE, e, depois, a liminar do STF,

determinando sua aplicação imediata. Mesmo sendo

algo limitado, simbólica e historicamente trata-se de

grande progresso. Valoriza a voz das ruas e cumpre o

propósito civilizatório de corrigir a distopia política que

opõem negros e brancos e confronta os fundamentos da

igualdade e da participação democrática. Ou não será

esse o propósito da política e dos políticos? O que esse

silêncio nada inocente terá para nos dizer?

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, Judiciário - Judiciário, CNJ - Luiz Fux

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Frente parlamentar e municípios criticam corte em verbas federais do

programa Criança Feliz

Conselho Nacional de Justiça - CNJAgência Câmara/Nacional - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Trabalho, Previdência e Assistência

Frente parlamentar e municípios criticam corte em

verbas federais do programa Criança Feliz

O programa atende gestantes, crianças de até 3 anos e

crianças com deficiência de até 6 anos de famílias de

baixa renda

Frente Parlamentar da Primeira Infância promoveu

reunião virtual nesta sexta-feira

Deputados da Frente Parlamentar Mista da Primeira

Infância e o presidente da Confederação Nacional dos

Municípios (CNM), Glademir Aroldi, criticaram nesta

sexta-feira (18) o corte de até R$ 200 milhões no

programa Criança Feliz, do governo federal.

O programa atende gestantes e crianças de até 3 anos

de idade de famílias de baixa renda, que recebem a

visita semanal de profissionais capacitados para orientar

sobre assuntos como saúde, alimentação e higiene.

Também são atendidas crianças com deficiência de até

6 anos de idade que estejam inscritas nos programas

sociais do governo.

O corte de recursos foi debatido em reunião virtual

organizada pela presidente da frente parlamentar,

deputada Leandre (PV-PR) . A reunião também teve a

participação de representantes dos ministérios da

Economia e da Cidadania, de integrantes da CNM e das

deputadas Carmen Zanotto (Cidadania-SC) , Daniela do

Waguinho (MDB-RJ) e Paula Belmonte (Cidadania-DF) .

"Foi o próprio governo que, no PPA 2020-2023, colocou

a primeira infância como prioridade. Além do mais,

sancionou a Lei do Biênio da Primeira Infância (2020 e

2021) e aderiu ao Pacto Nacional pela Primeira Infância

junto ao Conselho Nacional de Justiça. Tudo isso não

pode ficar apenas no campo das intenções', afirmou

Leandre.

'Eu entendo o contexto da pandemia, mas o governo, na

necessidade de encontrar recursos para usar em

algumas áreas, não pode tirar o dinheiro justamente da

primeira infância. Isso geraria um impacto muito grande

no futuro, como repetência nas escolas e baixa

profissionalização. E também impacto no sistema

socioeducativo', completou.

O presidente da CNM afirmou que este é um exemplo

claro da necessidade de transformar programas de

governo em políticas públicas que sejam despesas

discricionárias. 'Quando vira lei, vira obrigação. E

oferece segurança para o gestor municipal ou estadual

para aderir aos programas', disse Aroldi.

Os estados e os municípios precisam aderir ao Criança

Feliz para efetivar a sua implementação. Em cada

cidade, as ações são desenvolvidas por uma equipe

multidisciplinar que inclui profissionais como pedagogos

e assistentes sociais. Até o momento, já ocorreu a

adesão de mais de 2.623 municípios ao programa, que

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Conselho Nacional de Justiça - CNJAgência Câmara/Nacional - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

é considerado uma ação complementar ao Bolsa

Família.

'É oportuna a manifestação da CNM, em nome dos

municípios, em especial daqueles que hoje têm o

programa. Isso tem uma força muito grande. Na prática,

são eles que vão tomar a decisão de manter ou não o

programa. E essa decisão tem custo: social, político e

tantos outros', disse Leandre.

Reunião com ministro

A Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância já

encaminhou ofício ao Ministério da Cidadania, que

coordena o programa Criança Feliz, manifestando

preocupação com os cortes. A CNM também se

comprometeu em oficiar ambos os ministérios, da

Cidadania e da Economia, sobre o tema. Para a

próxima semana, está prevista uma reunião com o

ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.

O programa Criança Feliz recebeu, no ano passado, o

principal prêmio do mundo na área de inovação para a

educação, o Wise Awards 2019, durante a Cúpula

Mundial de Inovação para a Educação, no Catar.

Da Redação

Com informações da assessoria de imprensa da

deputada Leandre

Edição - Pierre Triboli

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Bretas bloqueou contas de advogados e escritórios de advocacia

Conselho Nacional de Justiça - CNJBrasil 247/Nacional - Noticias

sábado, 19 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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19 de setembro de 2020, 07:01

Por Sérgio Rodas, do Conjur - O juiz Marcelo Bretas, da

7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, admitiu

nesta sexta-feira (18/9) que mandou bloquear contas de

advogados e escritórios que foram alvos de busca e

apreensão na semana passada. Citando falha no

sistema do Banco Central, o julgador levantou o sigilo

do processo, expondo alvos da operação.

Os investigados pediram para ter acesso ao processo.

Porém, Bretas disse no começo da tarde que o caso

deveria permanecer em segredo de justiça porque as

instituições financeiras ainda não tinham se manifestado

pelo Sisbajud (sistema de penhora online de valores

lançado pelo Conselho Nacional de Justiça para

substituir o BacenJud).

Uma hora depois, o juiz federal admitiu que, em 1º de

setembro, havia ordenado o bloqueio de valores. O

protocolo no sistema do Banco Central seria feito na

véspera das buscas, 'como sempre foi feito nas

operações até hoje deflagradas', apontou.

Porém, como o CNJ substituiu o BacenJud pelo

Sisbacen, o protocolo, por problemas técnicos, só pôde

ser feito no dia subseqüente ao da operação, ou seja,

10 de setembro. Normalmente, ressaltou Bretas, no dia

14 de setembro, o mandado já estaria no sistema, e os

valores, bloqueados. Contudo, naquele dia a ordem

nem tinha sido transmitida para as instituições

financeiras. De acordo com o juiz, somente em 15 de

setembro a ordem foi repassada aos bancos. Até hoje,

porém, não consta do sistema que ela foi cumprida,

afirma o juiz.

Dessa maneira, Bretas ordenou o levantamento do

sigilo do processo. "Embora fosse aplicável a Súmula

Vinculante 14 a contrario sensu, entendo que não é

razoável manter sob sigilo o referido processo, em

virtude de uma falha estatal."

A Súmula Vinculante 14 tem a seguinte redação: "É

direito do defensor, no interesse do representado, ter

acesso amplo aos elementos de prova que, já

documentados em procedimento investigatório realizado

por órgão com competência de polícia judiciária, digam

respeito ao exercício do direito de defesa."

Ao expor os alvos, Bretas divulgou ter ordenado

bloqueios estratosféricos: o valor mais baixo era de R$

1,6 milhão, e o mais alto, de R$ 306 milhões. Há

escritórios e contas pessoais de advogados na lista.

Ataque à advocacia

Na semana passada, Marcelo Bretas autorizou o maior

bote contra a advocacia já registrado no país,

ordenando o cumprimento de 50 mandados de busca e

apreensão contra escritórios, casas de advogados e

empresas.

A ordem foi considerada uma tentativa de criminalização

da advocacia pela comunidade jurídica. Além disso, tem

erros de competência, já que a Fecomércio é uma

entidade privada e deveria ser investigada pela Justiça

Estadual; e de imputação de crimes, já que seus33

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Conselho Nacional de Justiça - CNJBrasil 247/Nacional - Noticias

sábado, 19 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

dirigentes não podem ser acusados de corrupção nem

peculato. Em outra vertente há quem entenda que, por

pretender investigar ministros do STJ e do TCU, a

competência seria do STF.

Uma semana depois do ataque, um grupo de seccionais

da OAB protocolou uma reclamação no Supremo

Tribunal Federal contra os abusos e violações das

prerrogativas cometidos por Bretas.

O bote se baseia na delação do ex-presidente da

Fecomercio do Rio de Janeiro, Orlando Diniz. O

empresário já foi preso duas vezes e vinha tentando

acordo de delação desde 2018 - que só foi homologado,

segundo a revista Época, depois que ele concordou

acusar grandes escritórios de advocacia. Em troca da

delação, Diniz ganha a liberdade e o direito de ficar com

cerca de US$ 1 milhão depositados no exterior.

Trechos vazados da delação de Diniz ainda mostram

que o empresário foi dirigido pelo Ministério Público

Federal do Rio no processo. Em muitos momentos, é

uma procuradora quem explica a Diniz o que ele quis

dizer. Quando o delator discorda do texto atribuído a

ele, os procuradores desconversam, afirmando que vão

detalhar nos anexos.

Na quinta-feira (17/9), o juiz Marcelo Bretas foi

condenado à pena de censura pelo ?rgão Especial do

Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES). Ao

participar de eventos ao lado do presidente Jair

Bolsonaro (sem partido) e do prefeito Marcelo Crivella

(Republicanos), o juiz demonstrou uma desnecessária

proximidade com políticos, comprometendo sua

imparcialidade com magistrado, afirmaram os

desembargadores.

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Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Presa em flagrante por injúria racial contra PM, funcionária do TJ-BA

responde em liberdade

Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio 24 Horas Online/Bahia - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: Marcela Villar* [email protected]

Uma escrivã do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) de

64 anos, identificada como Libânia Maria Dias Torres,

foi presa em flagrante por resistência e injúria racial, na

última quarta-feira (16), por ter chamado um policial

militar de 'macaco' e dado um tapa no servidor. Um

vídeo que começou a circular nas redes sociais mostra

o momento da agressão (veja abaixo).

Contudo, Libânia Torres já está em liberdade, pois a lei

de combate ao racismo não permite que a prisão seja

convertida em preventiva, por conta do tempo mínimo

de pena. A liberdade provisória foi homologada pela

juíza Ivana Carvalho Silva Fernandes, da Vara de

Audiência de Custódia, nesta quinta-feira (17), após o

Ministério Público da Bahia dar um parecer favorável

sobre o tema.

Tudo começou como um caso de violência contra a

mulher. Segundo nota da PM, na noite de quarta-feira,

por volta das 20h30, uma equipe da 50ª Companhia

Independente da Polícia Militar foi acionada, via Cicom,

para interferir numa briga de casal. A denúncia foi a de

que uma senhora de 64 anos estava sendo espancada

dentro da própria residência no bairro do Vale dos

Lagos, em Salvador.

Porém, ao chegarem ao local, os policiais verificaram

que a própria Libânia era a agressora. 'Mesmo com a

presença da guarnição no local, a senhora agrediu a

companheira dela fisicamente ao ponto em que o

policial da guarnição interveio na agressão', disse a

Polícia Militar, por meio de nota.

Brechas na lei de combate ao racismo

Em seguida, a servidora do TJ-BA deu um tapa no rosto

do policial que tentava apartar a briga e começou a

chamá-lo de macaco. Por isso, foi conduzida até a

delegacia. Só que ela já foi solta, porque um dos

requisitos para que a prisão seja convertida em

preventiva é de que pena mínima do crime seja de 4

anos. No caso de injúria racial, ela é de 1 a 3 anos,

como apontou o advogado do policial agredido, Marinho

Soares.

'Um dos requisitos para que haja prisão preventiva é

que a pena máxima seja superior a de 4 anos e a pena

máxima de injúria racial é de 3 anos. Do que adianta

que o racismo ser um crime imprescritível e inafiançável

se não cabe prisão? É mais uma lei pra inglês ver. Vou

brigar para que ela venha responder um processo penal

e seja penalizada', argumenta o advogado.

Marinho Soares compartilhou o vídeo em seu perfil do

Instagram e Facebook e diz ter recebido uma

notificação das redes sociais que o vídeo seria uma fake

news. 'As pessoas interessadas estão dizendo que a

gente tá mentindo. Só falta dizer que o vídeo foi editado,

alterado? se a lei dificulta imagine o que a defesa não

vai falar', disse.

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Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio 24 Horas Online/Bahia - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

O CORREIO tentou entrar em contato com o policial,

mas, segundo o advogado, ele teria sido proibido pela

PM para não se pronunciar sobre o caso. Questionada,

a instituição não se manifestou sobre esse ponto, disse

somente que 'a palavra não é proibir'.

Aliado a falta de requisitos, os argumentos do promotor

do MP à frente do caso para conceder a liberdade

provisória é de que a prisão preventiva passou a ser

considerada, pela lei 12.403/2011, 'a medida mais

extrema, a ser adotada em último caso, sendo a regra a

concessão da liberdade provisória'. Além disso, o MP

alega que a determinação do Conselho Nacional de

Justiça (CNJ), durante a pandemia, é que a prisão

deve se limitar a casos de crimes perpetrados mediante

violência ou grave ameaça contra a pessoa e que a réu

não tem antecedentes criminais.

O especialista em Direito Criminal e professor da

Faculdade Batista Brasileira, Marcelo Duarte, defende

que é necessário mudanças na lei de combate ao

racismo, ampliando a pena mínima, para que os

agressores tenham penalidades mais severas. 'É

preciso aumenta a pena de injúria racial por meio de um

projeto de lei. O que acontece hoje é que as penas são

baixas, existem muita brechas. E quando a pena

aumenta, a pessoa tende a não praticar o crime', alerta

o advogado.

Duarte também advoga para o sindicato da Polícia Civil

e da Guarda Municipal e indica que as agressões de

racismo e injúria racial contra esses servidores são

frequentes. 'Os cara sofrem isso diariamente, é uma

constante, porque a população acha que soldado da

polícia e da guarda municipal é nada', pontua.

Aspra repudia agressão

A associação dos Policiais, Bombeiros Militares e seus

Familiares do Estado da Bahia (Aspra), repudiou a

agressão de Libânia Torres. 'Inaceitável que ainda nos

dias de hoje tenhamos que conviver com este tipo de

ataque, mesmo após tantas leis que visam corrigir a

prática. Deveria ficar presa por um tempo para

aprender', afirmou o deputado estadual soldado Prisco,

coordenador geral da Aspra.

Procurado, o advogado da acusada, Fábio

Felsembourgh dos Santos, não atendeu às ligações

nem respondeu às mensagens até o fechamento desta

reportagem.

Entenda o que é considerado racismo e injúria racial,

segundo a lei:

Injúria racial - ofender a honra de alguém (indivíduo)

valendo-se de elementos referentes à raça, cor, etnia,

religião ou origem. Ex: 'seu macaco'.

Racismo - discriminação ou preconceito de raça, cor,

etnia, religião ou procedência nacional, atingindo uma

coletividade indeterminada de indivíduos ao discriminar

toda a integralidade de uma raça. Ex: 'seu macaco, por

isso que eu não gosto de preto'.

*Sob orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro

***

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CORREIO continua produzindo diariamente informação

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'Os juristas não enxergam raça como o cerne dos problemas no nosso

país', diz promotora

Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio 24 Horas Online/Bahia - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: Hilza Cordeiro [email protected]

Terceira convidada do programa de lives Conexões

Negras, do CORREIO, a promotora de Justiça e

coordenadora do grupo de atuação especial de proteção

dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação

(Gedhdis/MP-BA), Lívia Vaz conversou, nesta sexta-

feira (18), com a colunista Midiã Noelle sobre racismo

institucional e o sistema judiciário brasileiro.

No bate-papo, a promotora relembrou como foi

inspirada a entrar na carreira jurídica e debateu sobre

temas como há impunidade para os crimes de racismo,

política de encarceramento massivo, formação do

estereótipo do bandido e necropolítica estatal.

Atuando há quase 16 anos no Ministério Público da

Bahia, Lívia conta que sempre foi uma criança de perfil

contestador e desde muito cedo se deparou com a

questão racial.

'E foi aquela coisa em que eu não me percebi negra, eu

fui acusada de ser negra. Uma vez uma pesquisadora

estava colhendo dados sobre violência racial e me

perguntou qual foi a forma mais violenta que eu tinha

sofrido e eu respondi que foi quando apanhei, uma

memória de infância. Eu não levava isso para casa

talvez por culpa, por não querer preocupar os meus

pais, já tinha isso de me defender muito, então eu

trouxe essa essência para a vida e isso pauta minha

vivência', disse.

Mestra em Direito Público, ela conta que era uma das

poucas pessoas negras na faculdade e decidiu que

seria promotora depois da experiência como estagiária

do MP-BA, onde se deparou mais fortemente com as

questões de Direitos Humanos. Lívia relatou que, após

ingressar no órgão, passou 12 anos da carreira

tentando provar para as pessoas que era promotora.

'Perguntavam para mim: Cadê a promotora? A gente

está falando de Salvador, Bahia, onde deveria ser

natural a presença de pessoas negras nos espaços

públicos', disse, pontuando ainda que a capital baiana

nunca teve um prefeito ou prefeita negros.

Mesmo após 132 anos da Lei Áurea, que decretou a

proibição da escravidão no Brasil, Lívia enxerga que a

questão racial se mantém como fator responsável pela

desigualdade social no país, que pode ser vista

principalmente aqui no estado, onde as vítimas de

homicídios e feminicídios são, em sua maioria, pessoas

negras. O mais recente Atlas da Violência trouxe a

Bahia como o estado com o maior número de mortes

por homicídio no país, pelo quarto ano consecutivo, e

90% das vítimas foram negros.

'Os juristas e as juristas do nosso país, que são

majoritariamente brancos não enxergam a raça como o

cerne dos problemas no Brasil. Vivemos uma

pseudodemocracia quando 56% da nossa população é

excluída de acesso a direitos fundamentais e espaços.

O Conselho Nacional de Justiça fez uma pesquisa em

2018 e as mulheres negras representam só 6% da

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

magistratura brasileira. Isso tem um impacto direto no

serviço prestado à população', afirmou.

ANOTE NA AGENDA

O programa Conexões Negras com Midiã Noelle

acontece todas às sextas-feiras, às 18h, no Instagram

@correio24horas. A próxima live será com Nazaré Mota

de Lima, professora da Uneb, doutora em Letras e

Linguística pela Ufba, que falará sobre educação para a

promoção da igualdade racial. Não perca.

***

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CORREIO continua produzindo diariamente informação

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Ministro do STJ põe em liberdade empresário acusado no caso de

propinas em Mogi

Conselho Nacional de Justiça - CNJIsto é Dinheiro Online/Nacional - política

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: Estadão Conteúdo

O ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de

Justiça (STJ), deferiu liminar colocando em liberdade o

empresário da construção civil Joel Leonel Zeferino,

alvo de operação do Ministério Público de São Paulo no

último dia 4. A medida tem validade até que a corte

julgue o mérito do habeas corpus impetrado por

Zeferino, que foi denunciado pela Promotoria paulista

por tráfico de influência, corrupção ativa, lavagem de

dinheiro e organização criminosa no âmbito de

esquemas envolvendo a Secretaria Municipal de Saúde,

o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) e a

Câmara Municipal de Mogi das Cruzes (SP).

Zeferino foi detido e denunciado no âmbito da Legis

Easy, ofensiva que prendeu um grupo de vereadores do

município da região metropolitana de São Paulo. As

investigações que culminaram na operação tiveram

início justamente com Zeferino - depois que o

empresário tentou comprar nove carros para o vereador

Mauro Araújo, apontado como o 'principal articulador' do

esquema de desvio de recursos através do

direcionamento de licitações e contratações em troca de

propinas.

No entanto, o empresário caiu em golpe e precisou

registrar boletim de ocorrência, sendo que o documento

acendeu o alerta dos investigadores sobre a relação

entre a dupla.

Na decisão proferida na última quarta-feira, 16, Ribeiro

Dantas atendeu à defesa de Zeferino que pedia a

revogação da preventiva do empresário, ou

subsidiariamente, que ele fosse colocado em prisão

domiciliar por pertencer ao grupo de risco do novo

coronavírus.

No habeas corpus impetrado no STJ, os advogados do

empresário alvo da Legis Easy argumentaram que havia

'manifesta arbitrariedade' na prisão de Zeferino. A

defesa apontou 'fragilidade' dos indícios de autoria e

materialidade delitiva, alegando que os fatos

investigados teriam se dado até dezembro de 2019,

'inexistindo a necessária contemporaneidade entre as

supostas condutas e o decreto prisional'.

Ao analisar o caso, Dantas enxergou 'flagrante

ilegalidade' no decreto de prisão preventiva do

empresário, argumentando que tal medida cautelar é de

caráter excepcional. Segundo o magistrado, a decisão

que determinou a preventiva de Zeferino 'não consignou

elementos concretos que indiquem que a soltura do réu

poderia colocar em risco a ordem pública, sobretudo se

considerado o fato dele não desempenhar papel de

liderança no esquema criminoso'.

O ministro ainda citou a nova resolução do Conselho

Nacional de Justiça, editada pelo novo presidente do

Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, que afastou a

possibilidade de concessão de prisão domiciliar aos

presos pela prática do crime de organização criminosa,

lavagem de dinheiro e corrupção.

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

No entanto, Ribeiro Dantas contrariou a orientação,

indicando que é necessário reconhecer a necessidade

de reavaliação das prisões preventivas enquanto

perdurar a pandemia do novo coronavírus. Nessa linha,

entendeu que apesar da gravidade dos fatos apurados,

seria 'proporcional e suficiente' que Zeferino cumprisse

medidas cautelares menos gravosas que a prisão, para

'restabelecer ou garantir a ordem pública, assegurar a

higidez da instrução criminal e a aplicação da lei penal'.

A reportagem busca contato com a defesa do

empresário. O espaço está aberto para manifestações.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Senado volta a ter atividades presenciais depois de seis meses - Senado

Notícias

Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Clique aqui para abrir a imagem

Na semana que vem, o Senado terá deliberações

presenciais pela primeira vez desde o mês de março,

quando todas as sessões passaram a ser remotas. As

comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Relações

Exteriores (CRE) vão sabatinar e votar nomes indicados

para cargos em tribunais e embaixadas, e em seguida o

Plenário tomará as decisões finais.

A última atividade presencial dentro do Senado

aconteceu no dia 17 de março. Foi uma reunião da

comissão mista que analisava a medida provisória (MP)

905/2019, que estabelecia uma nova modalidade de

contrato de trabalho. Na ocasião, os parlamentares

aprovaram o parecer da comissão a favor da proposta.

Nesta segunda-feira (21), a CRE vai realizar 34

sabatinas com diplomatas indicados para

representações brasileiras em países estrangeiros e

agências internacionais. Já há 32 indicações na pauta, e

o presidente da comissão, senador Nelsinho Trad (PSD-

MS), informou que mais duas devem ser incluídas na

lista.

Na terça-feira (22) será a vez de a CCJ se reunir, para

ouvir três indicados para o Superior Tribunal Militar

(STM) e uma indicada para o Conselho Nacional de

Justiça (CNJ).

Após passarem por essas comissões, as indicações

devem chegar ao Plenário do Senado para serem

confirmadas, já a partir da terça-feira, e a votação deve

se estender até quinta-feira (24).

Encerrando a semana, na sexta-feira (25), os senadores

participarão de uma sessão de debates sobre os

desafios econômicos, sociais e ambientais do Brasil

para o período pós-pandemia.

Medidas de segurança

As sabatinas na CRE e na CCJ serão realizadas por

videoconferência, mas as votações dos nomes serão

presenciais porque o regimento exige deliberação

secreta nesses casos, algo que o sistema remoto do

Senado não permite. Para viabilizar os trabalhos, a

Comissão Diretora organizou um esquema de votação

em totens eletrônicos espalhados pelo prédio. Dois

deles funcionarão em formato drive-thru, no qual os

parlamentares poderão votar de dentro do carro.

Também há regras específicas para acesso aos

plenários e outros espaços físicos, funcionamento de

restaurantes e lanchonetes e operação de postos do

Serviço Médico do Senado. As medidas visam impedir

aglomerações e diminuir os riscos de saúde para

senadores e servidores. Ainda está vigente o ato da

Presidência do Senado que restringiu o acesso e a

circulação nas dependências da Casa.

CRE - 21 de setembro

1ª reunião (8h)

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Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Indicações para as embaixadas em: Trinidad e Tobago,

Zâmbia, Filipinas (cumulativamente com Palau,

Micronésia e Ilhas Marshall), Dinamarca (com Lituânia),

Países Baixos, Geórgia, Kuwait (com Bahrein), Ucrânia

(com Moldávia), Cabo Verde, Irlanda e Myanmar.

2ª reunião (13h30) Indicações para as embaixadas em:

Iraque, Congo (com República Centro-Africana),

Botsuana, Senegal (com Gâmbia), Angola, Benim (com

Níger), Costa do Marfim, Burkina Faso, Irã e África do

Sul (com Lesoto e Maurício). Também há uma indicação

para a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).

3ª Reunião (após a segunda reunião) Indicações para

as embaixadas em: Israel, Argentina, Chile, Guiné,

Timor-Leste, Estônia, Mali, Suriname e Nepal. Também

há uma indicação para a Organização de Aviação Civil

Internacional (Oaci).

CCJ - 22 de setembro

1ª Reunião (9h)

Indicações para o Superior Tribunal Militar (STM):

Leonardo Puntel, Celso Luiz Nazareth e Carlos Augusto

Amaral Oliveira.

2ª reunião (14h30)

Indicação para o Conselho Nacional de Justiça: Maria

Thereza de Assis Moura.

Da Assessoria do Portal e-Cidadania

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Webinar: STJ debate Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais no

Judiciário

Conselho Nacional de Justiça - CNJMetrópoles/Distrito Federal - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: Caio Barbieri

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Conselho da

Justiça Federal (CJF) promovem webinário especial

para debater a aplicação da Lei Geral de Proteção de

Dados Pessoais (LGPD) no Poder Judiciário. O evento

será realizado em 21 de setembro, segunda-feira, das

9h30 às 11h, com transmissão ao vivo pelo canal do

STJ? no YouTube.

O seminário é dirigido a magistrados, servidores de

tribunais e das escolas de governo do Poder Judiciário,

profissionais do direito e cidadãos em geral

interessados no tema. Em agosto, o Conselho

Nacional de Justiça (CNJ) publicou a Recomendação

73/2020, orientando que o Poder Judiciário adote

medidas preparatórias para a adequação de seus

serviços às disposições contidas na LGPD.

O presidente da Corte, ministro Humberto Martins,

ministro Og Fernandes, diretor-geral da Escola Nacional

de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados

(Enfam), estarão entre os confirmados para a abertura

do evento virtual.

Já o ministro Villas Bôas Cueva falará sobre a

adaptação do tribunal às disposições da Lei

13.709/2018. Ele coordenou recentemente, com outros

juristas, a obra Lei Geral de Proteção de Dados - A

caminho da efetividade: contribuições para a

implementação da LGPD. A advogada Andrea Willemin,

especialista em proteção de dados pessoais, também

participará do debate.

Os interessados poderão solicitar declaração de

participação no evento por meio da inscrição pelo link

que será disponibilizado na descrição do vídeo de

transmissão ao vivo no canal do STJ no YouTube.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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O que a pandemia da covid-19 nos ensina sobre o machismo no Poder

Judiciário

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo - Blogs/Nacional - Fausto Macedo

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: Maria Cristine Lindoso e Giuliana B. Schunck*

Desde que a pandemia da covid-19 teve início e os

tribunais iniciaram a virtualização das sessões de

julgamento, diversas foram as situações inusitadas que

circularam nos grupos de WhatsApp e nas redes sociais

expondo o confronto do conforto do home office com a

formalidade do judiciário. Essas situações vão desde

magistrados que não sabiam que as câmeras estavam

ligadas e votaram sem camisa durante alguns minutos

até advogados que levantaram sem querer e se

esqueceram que a formalidade do terno e gravata não

estava estendida à parte de baixo do corpo.

Mais recentemente, os escândalos que estão circulando

deixaram de ser engraçados e o descuido de diversos

atores do Poder Judiciário - de juízes a servidores e

advogados - com os seus microfones trouxeram luz a

um problema já muito conhecido pelas mulheres: o

machismo.

Nas últimas semanas, dois áudios chamaram muita

atenção. No primeiro, a futura ministra presidente do

Tribunal de Contas da União teve seu voto interrompido

por uma agressão verbal grosseira, complementada

com os dizeres 'mulher louca'. Em outro vídeo, uma

juíza do TRT da 2ª Região também foi interrompida por

um sujeito que, de tão constrangido com suas próprias

palavras, logo tapou a própria boca e balbuciou palavras

fingindo que o áudio estava com problemas.

Por mais que muitos se chocassem com as palavras

divulgadas nos vídeos, as mulheres - de todas as

classes - que atuam perante o Poder Judiciário sabem

que elas não são novidade. Magistradas naturalmente

causam incômodo na posição de julgadoras, e com

muita frequência os corredores dos tribunais Brasil afora

são invadidos por advogados questionando sua

competência e tentando desqualificar seus méritos

associando-as à loucura e à histeria já tão superadas

desde Foucault.

Advogadas são usualmente desqualificadas - às vezes

por clientes, às vezes por juízes, servidores ou pelos

próprios colegas - de serem incompetentes, também

chamadas de loucas ou associadas à profissionais do

sexo quando conseguem obter alguma liminar. Qual

colega advogada nunca viveu uma situação de

constrangimento ou assédio propriamente dito em que

confiaram no esquecimento para superar palavras

grosseiras? Ou fingiram não perceber que estavam

sendo interrompidas, mal faladas ou ignoradas por

outros homens no mesmo espaço?

As servidoras do judiciário também não vivem uma

situação melhor. O balcão dos tribunais muitas vezes é

uma fortaleza que as protege quando somente a

autoridade de um juiz pode parar grosserias de homens

que não respeitam o 'não'. E todas nós, enquanto

mulheres, já vivemos, presenciamos, defendemos (ou

nos omitimos) perante situações como essas, talvez

pelo constrangimento que a situação toda pudesse

causar. Ou pelo medo de aprofundar, ainda mais, a

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

agressão que era sofrida.

A pandemia, por meio da virtualização dos julgamentos,

apenas mostrou com mais intensidade como é ser uma

mulher falando e, no meio de seus pensamentos, ser

interrompida por grosserias, tendo que respirar fundo ao

final para continuar como se nada tivesse acontecido.

Esse foi o comportamento das magistradas dos dois

aqui mencionados e eles apenas ressaltam, com ainda

mais força, o que é ser mulher nos dias de hoje. Além

de continuar realizando a maior parte dos cuidados com

a casa mesmo nesse período, conciliando o home

schooling com os companheiros e o trabalho remoto, as

mulheres ainda precisam engolir a seco as grosserias

cotidianas que são reflexo exclusivo do machismo

estrutural no qual vivemos.

É chegada a hora de sermos mais enérgicos para coibir

esse tipo de comportamento. Se antes apenas

ouvíamos o que nos era dito nos corredores dos

tribunais ou nas salas de audiência, as gravações das

sessões virtuais agora nos dão uma ferramenta

fundamental para conscientização sobre o machismo.

Isso envolve parar de nos chamarem de malucas

quando expomos nossas opiniões ou até cometermos

um erro - quem não comete? Envolve não nos

interromperem durante nossos votos, nossas

sustentações orais, nossos despachos. Envolve não

falar de nossas mães nem tentar desqualificar nossas

opiniões com xingamentos. Também demanda parceria

dos colegas que percebem alguma situação de

constrangimento e que se encontram na posição de

poder ajudar. Mas demanda, principalmente, uma

atuação enérgica dos sindicatos dos servidores, do

Conselho Nacional de Justiça e da Ordem dos

Advogados do Brasil, para que as punições de homens

desrespeitosos sejam enérgicas, fazendo surgir um

novo paradigma na atuação do poder judiciário: o do

respeito.

*Maria Cristine Lindoso e Giuliana B. Schunck,

advogadas do Trench Rossi Watanabe

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Postagem omite que governo só pagou por tratamento de criança após

decisão judicial

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo - Blogs/Nacional - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: Projeto Comprova

Conteúdo verificado: Postagem publicada pelo site

Gazeta Brasil indicando que o Governo Federal liberou

R$ 12 milhões para família poder comprar um remédio

para tratar criança com atrofia muscular espinhal (AME).

É enganosa uma postagem do site Gazeta Brasil em

sua página no Facebook a respeito de um repasse feito

pelo governo federal à família de uma garota que sofre

de atrofia muscular espinhal (AME) e que precisava de

um tratamento médico avaliado em R$ 12 milhões. O

repasse, de fato, foi feito, mas ocorreu após ordem

judicial da qual o governo recorreu e foi derrotado, o que

foi omitido no texto. A omissão da informação levou

muitos leitores a interpretarem o repasse como uma

ação voluntária da União, o que não é verdade.

Leia Também

TV alemã exibiu elefantes ao falar sobre queimadas na

Amazônia

O recurso do governo foi apresentado ao Supremo

Tribunal Federal (STF) e tinha o objetivo de não realizar

o pagamento. Em um primeiro momento, o STF acatou

os argumentos da União, mas posteriormente voltou

atrás na decisão e decidiu que o governo deveria pagar

o tratamento para a menina. A primeira decisão

favorável à menina é de março deste ano, mas por

conta dos recursos o dinheiro só foi transferido entre o

final de agosto e o início de setembro.

Procurada, a Gazeta Brasil afirmou que a matéria teve

como base uma outra reportagem, de título parecido,

feita pelo jornal Metrópoles e que não suprimiu a

informação sobre a decisão judicial. O objeto da

verificação feita pelo Comprova é, no entanto, a

publicação no Facebook do portal, que não faz

referência às decisões judiciais. Devido a isso, várias

pessoas acreditaram se tratar de um ato de caridade

direto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como

pode ser observado na imagem abaixo.

Como verificamos?

Iniciamos a verificação por meio de uma pesquisa no

Google sobre o caso da menina. Assim, chegamos a

diversas reportagens, entre elas as publicadas pelo

jornal Correio Braziliense e pelo site G1 do Distrito

Federal.

Baseados nas informações encontradas, acessamos a

página do Fundo Nacional de Saúde, do Ministério da

Saúde. Nela é possível verificar todos os repasses feitos

pelo governo federal. Assim, localizamos as datas dos

repasses feitos à família.

No detalhamento dessas transferências, consta o

número do processo judicial. Em consulta ao site do

STF, instância em que o processo também tramitou, o

Comprova conseguiu identificar o advogado da família.

Os telefones dele foram obtidos por meio de uma

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

pesquisa no Cadastro Nacional dos Advogados da

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Em contato com o advogado, conseguimos os números

de todos os processos em primeira e segunda

instâncias, acessíveis em consulta à ferramenta

Processo Judicial Eletrônico (PJe) do Tribunal Regional

Federal da 1ª Região (TRF-1). No Sistema Eletrônico de

Informações também é possível consultar o processo

administrativo do Ministério da Saúde.

Verificação Realização do pagamento

Segundo informações divulgadas em reportagens, o

pagamento dos R$ 12 milhões havia sido realizado em

dois depósitos: um de cerca de R$ 10 milhões e outro

de aproximadamente R$ 2 milhões. O primeiro datava

do mês de agosto deste ano.

Com esses recortes, por meio da consulta a repasses

por dia na página do Fundo Nacional de Saúde, foi

possível verificar que o primeiro repasse do Ministério

da Saúde à família aconteceu no dia 17 de agosto, na

quantia de R$ 10.008.250. Já o segundo ocorreu no dia

25 de agosto, no valor de R$ 1.991.750.

A família confirmou o recebimento dos valores. Em

entrevista ao Projeto Comprova, a servidora pública

Deilla Macedo Lima, mãe da criança, contou que 'esses

depósitos foram efetuados em conta judicial no mês de

agosto; e em setembro, logo em seguida, transferiram

para a minha conta corrente'.

O valor do remédio

Considerado o medicamento mais caro do mundo, o

Zolgensma foi registrado pela Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 17 de agosto deste

ano. Segundo o próprio laboratório Novartis, que fabrica

a droga, este é o 'primeiro passo para a

comercialização' no Brasil. Porém, a aprovação de

preço na Câmara de Regulação do Mercado de

Medicamentos (Cmed) deve acontecer apenas nos

próximos meses.

Atualmente, o remédio injetável é fabricado nos Estados

Unidos e comercializado no próprio país, além de Japão

e Europa. Para justificar o alto valor de compra, o

fabricante esclareceu que o método 'reflete décadas de

pesquisas científicas, investimentos em cadeia logística

e manufatura em larga escala'. Bem como 'custos

diretos e indiretos com capacitação de centros de

referência, hospitais e profissionais de saúde'.

No entanto, a cifra milionária já foi abordada e criticada

em artigo publicado pela Fundação Oswaldo Cruz, em

27 de maio do ano passado. Coordenador do

Departamento de Política de Medicamentos e

Assistência Farmacêutica da Escola Nacional de Saúde

Pública Sergio Arouca (NAF/ENSP), Jorge Bermudez

afirmou que 'cada vez mais' as grandes empresas

farmacêuticas estabelecem 'preços fictícios', havendo

uma 'diferença muito grande entre custos e preços'.

A doença

De acordo com a Anvisa, a AME é uma doença genética

que interfere na produção de uma proteína pelo

organismo. Sem ela, os neurônios motores morrem e os

portadores vão perdendo a capacidade de se mover e

utilizar os músculos. Isso afeta os movimentos, incluindo

a mastigação e a respiração.

Degenerativa, a doença rara tem incidência de um caso

para cada 6 a 11 mil nascidos vivos. Conforme a própria

bula do remédio Zolgensma, ele precisa ser aplicado em

crianças com até dois anos de idade. A menina que

receberá o tratamento está, atualmente, com um ano e

dez meses, de acordo com o próprio pai.

A página de publicação

Procurada, a Gazeta Brasil afirmou que a matéria em

questão teve como base a reportagem de título

parecido, feita pelo jornal Metrópoles e que ela não é

enganosa, porque consta a informação da Justiça.

Porém, diferentemente do Metrópoles, o texto cita a

decisão judicial apenas no final do terceiro parágrafo,

em vez da primeira linha da reportagem. A informação

relativa às decisões judiciais também não aparece na47

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Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo - Blogs/Nacional - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

publicação da Gazeta Brasil no Facebook.

Por que investigamos?

Em sua terceira fase, o Projeto Comprova verifica

conteúdos relacionados à covid-19 e a políticas públicas

do governo federal. Informações falsas ou enganosas

como a checada acima são prejudiciais à sociedade e

contribuem para uma interpretação distorcida da

realidade.

Comentários do post mostram que internautas

entenderam como uma 'boa ação' o pagamento dos R$

12 milhões à família, em vez de compreenderem que se

tratava do cumprimento de decisão judicial da qual o

governo chegou a recorrer. Até a tarde de 17 de

setembro, a notícia tinha 300 interações no site, além de

quase 7 mil compartilhamentos nas redes sociais,

incluindo Facebook e Twitter.

A ação judicial aberta pela família e o recurso

apresentado pelo governo são parte de um fenômeno

conhecido como 'judicialização da saúde'. Ele se dá

quando os cidadãos acionam judicialmente, ou um

plano de saúde ou a União, para obter acesso a

tratamentos, algumas vezes de alto custo.

Quando o governo é obrigado a financiar determinados

tratamentos, como o deste caso, os recursos precisam

sair de outros pontos do orçamento, criando uma

oposição entre direitos individuais e direitos coletivos.

De acordo com um levantamento feito em 2019 pelo

Insper para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ),

entre 2009 e 2017 o número de processos em primeira

instância relacionados à saúde aumentou 198%.

Enganoso, para o Projeto Comprova, é um conteúdo

retirado do contexto original e usado em outro de modo

que seu significado sofra alterações; que usa dados

imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente

da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com

ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, Judiciário - PJE48

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Juiz Marcelo Bretas é punido por superexposição e autopromoção

Conselho Nacional de Justiça - CNJVeja Rio/Rio de Janeiro - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Clique aqui para abrir a imagem

Beira-Mar, Cidade

Responsável pela Operação Lava-Jato no Rio,

magistrado recebeu pena de censura do TRF-2 por

participar de ato com Bolsonaro e Crivella

Na foto: Marcelo Bretas aparece atrás de Bolsonaro e

ao lado de Crivella em um dos eventos que o levaram a

ser penalizado pelo TRF-2 Twitter/Reprodução

Responsável pela Operação Lava-Jato no Rio, o juiz

federal Marcelo Bretas recebeu nesta quinta (17) uma

'pena de censura' do Tribunal Regional Federal da 2ª

Região. O TRF2 considerou que houve 'superexposição

e autopromoção' do magistrado ao participar de dois

eventos públicos da agenda do presidente Jair

Bolsonaro em fevereiro deste ano. Bretas esteve (e

posou para fotos) na inauguração da alça de acesso da

Ponte Rio-Niterói à Linha Vermelha e em um culto

evangélico na Praia de Botafogo.

Rio inaugura primeiro memorial aos mortos pela Covid-

19 do país

A representação contra o juiz foi aberta pela Ordem dos

Advogados do Brasil (OAB). Para a entidade, Bretas

teve atuação político-partidária ao participar dos

eventos, o que é vedado à magistratura. A punição foi

decidida por 12 votos a 1, mas o relator do processo, o

desembargador Ivan Athié, rejeitou a tese da OAB.

Athié, no entanto, concluiu que a presença do juiz

federal, ao lado do presidente da República, evidenciou

uma superexposição do magistrado e uma

autopromoção, atitudes que violam as regras do

Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Um juiz punido

com a pena de censura não poderá figurar em lista de

promoção por merecimento pelo prazo de um ano. Não

cabe recurso contra a decisão, que será comunicada ao

CNJ.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Marcelo Bretas admite que mandou bloquear contas de bancas e

advogados

Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/Nacional - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: Sérgio Rodas

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do

Rio de Janeiro, admitiu nesta sexta-feira (18/9) que

mandou bloquear contas de advogados e escritórios

que foram alvos de busca e apreensão na semana

passada. Citando falha no sistema do Banco Central, o

julgador levantou o sigilo do processo, expondo alvos da

operação.

Marcelo Bretas comandou maior bote à advocacia

nacional

Reprodução/Instagram

Os investigados pediram para ter acesso ao processo.

Porém, Bretas disse no começo da tarde que o caso

deveria permanecer em segredo de justiça porque as

instituições financeiras ainda não tinham se manifestado

pelo Sisbajud (sistema de penhora online de valores

lançado pelo Conselho Nacional de Justiça para

substituir o BacenJud).

Uma hora depois, o juiz federal admitiu que, em 1º de

setembro, havia ordenado o bloqueio de valores. O

protocolo no sistema do Banco Central seria feito na

véspera das buscas, 'como sempre foi feito nas

operações até hoje deflagradas', apontou.

Porém, como o CNJ substituiu o BacenJud pelo

Sisbacen, o protocolo, por problemas técnicos, só pôde

ser feito no dia subseqüente ao da operação, ou seja,

10 de setembro. Normalmente, ressaltou Bretas, no dia

14 de setembro, o mandado já estaria no sistema, e os

valores, bloqueados. Contudo, naquele dia a ordem

nem tinha sido transmitida para as instituições

financeiras. De acordo com o juiz, somente em 15 de

setembro a ordem foi repassada aos bancos. Até hoje,

porém, não consta do sistema que ela foi cumprida,

afirma o juiz.

Dessa maneira, Bretas ordenou o levantamento do

sigilo do processo. 'Embora fosse aplicável a Súmula

Vinculante 14 a contrario sensu, entendo que não é

razoável manter sob sigilo o referido processo, em

virtude de uma falha estatal'.

A Súmula Vinculante 14 tem a seguinte redação: 'É

direito do defensor, no interesse do representado, ter

acesso amplo aos elementos de prova que, já

documentados em procedimento investigatório realizado

por órgão com competência de polícia judiciária, digam

respeito ao exercício do direito de defesa'.

Ataque à advocacia

Na semana passada, Marcelo Bretas autorizou o maior

bote contra a advocacia já registrado no país,

ordenando o cumprimento de 50 mandados de busca e

apreensão contra escritórios, casas de advogados e

empresas.

A ordem foi considerada uma tentativa de criminalização

da advocacia pela comunidade jurídica. Além disso, tem

erros de competência, já que a Fecomércio é uma

entidade privada e deveria ser investigada pela Justiça

Estadual; e de imputação de crimes, já que seus50

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Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/Nacional - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

dirigentes não podem ser acusados de corrupção nem

peculato.

Uma semana depois do ataque, um grupo de seccionais

da OAB protocolou uma reclamação no Supremo

Tribunal Federal contra os abusos e violações das

prerrogativas cometidos por Bretas.

O bote se baseia na delação do ex-presidente da

Fecomercio do Rio de Janeiro, Orlando Diniz. O

empresário já foi preso duas vezes e vinha tentando

acordo de delação desde 2018 - que só foi homologado,

segundo a revista Época, depois que ele concordou

acusar grandes escritórios de advocacia. Em troca da

delação, Diniz ganha a liberdade e o direito de ficar com

cerca de US$ 1 milhão depositados no exterior.

Trechos vazados da delação de Diniz ainda mostram

que o empresário foi dirigido pelo Ministério Público

Federal do Rio no processo. Em muitos momentos, é

uma procuradora quem explica a Diniz o que ele quis

dizer. Quando o delator discorda do texto atribuído a

ele, os procuradores desconversam, afirmando que vão

detalhar nos anexos.

Na quinta-feira (17/9), o juiz Marcelo Bretas foi

condenado à pena de censura pelo ?rgão Especial do

Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES). Ao

participar de eventos ao lado do presidente Jair

Bolsonaro (sem partido) e do prefeito Marcelo Crivella

(Republicanos), o juiz demonstrou uma desnecessária

proximidade com políticos, comprometendo sua

imparcialidade com magistrado, afirmaram os

desembargadores.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Advocacia debate pesquisa sobre acesso à Justiça na pandemia

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo - Blogs/Nacional - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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A Associação dos Advogados e Fundação Arcadas

(USP) apresentarão nesta terça-feira (22) os resultados

de pesquisa sobre o acesso à Justiça durante o período

de isolamento social. O tema será debatido em webinar.

(*)

O objetivo da pesquisa foi tentar entender a situação

pela qual estava passando a advocacia nos primeiros

meses da quarentena. Cerca de 2 mil advogados -

associados ou não- responderam a questionário entre

18 de junho e 15 de julho.

Segundo a AASP, os resultados permitem compreender

os impactos da pandemia após as várias decisões do

Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a

uniformização de procedimentos pelos Tribunais em

razão do Covid-19.

A Resolução nº 314, por exemplo, modificou as regras

de suspensão dos prazos processuais.

A conclusão da pesquisa será apresentada em webinar

com a participação presidentes das duas entidades

(Renato Cury e Flávio Luiz Yarshell), dos presidentes do

Tribunal Regional Federal da 3ª Região e do Tribunal de

Justiça de São Paulo, desembargadores Mairan Maia e

Geraldo Francisco Pinheiro Franco, respectivamente.

Também debaterão o assunto o diretor da Faculdade de

Direito da USP, Floriano Peixoto de Azevedo Marques,

e os representantes da advocacia Viviane Girardi (vice-

presidente da AASP), Silvia Rodrigues Pachikosky

(diretora da AASP) e Oreste Laspro (administrador

judicial ).

Segundo Flávio Luiz Yarshell, 'os resultados revelam

que há problemas importantes, muitos deles sem fácil

solução, inclusive porque a superação depende também

de terceiros - em particular, do Judiciário'.

'A partir dos dados colhidos, é possível estudar soluções

para os problemas detectados', diz Yarshell.

Para Renato Cury, 'algumas das práticas adotadas

pelos tribunais devem permanecer; outras, precisarão

ser reavaliadas'.

-

(*) Inscrições para o webinar em:

www.aasp.org.br/eventos/

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Primeira semana de Fux na presidência do STF: poucos julgamentos e

casos de Covid-19

Conselho Nacional de Justiça - CNJJota/Nacional - Noticias

sábado, 19 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

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Autor: Ana Pompeu

A primeira semana de Luiz Fux na Presidência do

Supremo Tribunal Federal (STF) certamente não

transcorreu como o ministro esperava. A Corte

enfrentou problemas técnicos nas Turmas e no sistema

interno, falta de quórum para julgar ações

constitucionais, concluiu apenas um caso no plenário e

foi mencionada no noticiário muito mais pela onda de

convidados à posse de Fux infectados pelo coronavírus

do que por decisões dos ministros.

A cerimônia de posse de Fux, segundo a assessoria da

Corte, seguiu 'todas as medidas de segurança,

protocolos e procedimentos recomendados pelo

Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da

Saúde'. No plenário, além dos servidores que circularam

para organizar o evento, somente 50 cadeiras foram

ocupadas. Mas as precauções podem não ter sido

suficientes. Dos 50 convidados, 6 já testaram positivo

para a Covid-19, além do próprio Fux.

Fux convidou as autoridades para estarem presentes.

Ele enfatizou a importância simbólica da cerimônia,

repetiu o convite aos colegas de Corte. Os ministros

Ricardo Lewandowski, que tem seguido à risca as

orientações de prevenção contra o coronavírus, Gilmar

Mendes, que estava em Lisboa, e Celso de Mello, de

licença médica, não participaram. Os outros sete

aceitaram o convite. Cármen Lúcia não participou das

sessões jurisdicionais ao longo da semana. Ela

justificou a ausência, mas não informou o motivo, nem o

resultado do seu exame para detectar o possível

contágio por Covid-19.

Apesar de o ministro ter afirmado, por meio da

assessoria, que possivelmente teria contraído o vírus

em um almoço familiar no sábado seguinte à

solenidade, o tempo entre o contágio e a manifestação

dos sintomas levantaram uma luz amarela. Sintomas

aparecem, em média, cinco dias após a infecção e a

fase contagiosa pode durar duas semanas. Como a

posse ocorreu na quinta-feira (10/9) da semana

passada, e Fux testou positivo na última segunda-feira

(14/9) é mais provável que Fux tenha sido infectado na

solenidade ou antes dela.

Já na quarta-feira (16/9), os ministros do Superior

Tribunal de Justiça (STJ) Luis Felipe Salomão e Antônio

Saldanha, a presidente do Tribunal Superior do

Trabalho, Maria Cristina Peduzzi, e o presidente da

Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),

informaram ter testado positivo para doença. Na quinta-

feira, foi a vez do procurador-geral da República,

Augusto Aras. E nesta sexta, do ministro do Turismo,

Marcelo Álvaro Antônio.

Depois, mesmo aqueles que não foram contaminados

sentiram a necessidade de informar o resultado

negativo, como o presidente da Ordem dos Advogados

do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. A presidente da

Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Renata

Gil, não divulgou, mas também testou. Deu negativo.

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Conselho Nacional de Justiça - CNJJota/Nacional - Noticias

sábado, 19 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Outro evento também pode ter contribuído para a

contaminação da cúpula do Judiciário: o casamento da

filha do ex-presidente do STJ João Otávio de Noronha,

a advogada Anna Carolina Noronha. O ministro teve

Covid-19 em julho. O casamento reuniu cerca de 120

pessoas. O ministro do STF Luís Roberto Barroso, que

também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral

(TSE), esteve na posse e na celebração. Ele fez o teste,

e não está contaminado.

Fux teve outros motivos com os quais se preocupar ao

longo da semana. O plenário físico não teve quórum

completo. Na quarta-feira, apenas um caso foi julgado:

uma ação rescisória em que a União pedia a revisão de

uma decisão de 2006 do ministro Ayres Britto em um

recurso extraordinário. O pedido da União foi negado

pela maioria dos ministros.

Depois de pouco menos de duas horas de julgamento,

Fux teve de encerrar mais cedo a primeira sessão

plenária presidida por ele depois de o ministro Barroso

alertar que estava impedido de julgar a causa. Com as

ausências de Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Celso de

Mello, Fux foi avisado por Lewandowski e Alexandre de

Moraes de que não havia quórum mínimo de 8 ministros

para julgar ações constitucionais.

No dia seguinte, ele chamou a julgamento dois casos

que estavam em lista. Não concluiu nenhum. O

primeiro, de novo, por falta de quórum. O segundo,

sobre a CIDE destinada ao Sebrae, foi iniciado com as

sustentações orais e voto da relatora, ministra Rosa

Weber, e terá continuidade na próxima semana.

Na pauta de quinta estavam, ainda, a ação direta de

inconstitucionalidade (ADI 3952), que trata do

cancelamento do registro de empresas tabagistas em

débito com a Receita Federal, e a arguição de

descumprimento de preceito fundamental (ADPF) 219,

sobre a obrigatoriedade de a União apresentar cálculo

em processos em que é ré.

Na sessão de quarta-feira, inicialmente, seria julgada a

ADI 4.234, sobre a Lei de Propriedade Industrial. Mas,

pouco antes do início, o ministro alterou a pauta,

deixando apenas a ação rescisória que foi, de fato,

julgada, além de outras listas. Na primeira versão da

pauta, eram sete itens, que incluíam discussões sobre

benefícios a auditores fiscais aposentados, por

exemplo, e três listas.

Outro contratempo da primeira semana de Fux foi uma

pane, que durou 2 dias, no sistema eletrônico do

tribunal. Por alguns momentos, o STF ficou sem rede e

sem telefones. Assessores não conseguiram despachar

com os ministros, já que dados e informações

processuais ficaram inacessíveis. Diante da situação, os

prazos tiveram de ser suspensos na última terça-feira.

Como se não bastassem tantos imprevistos, a primeira

entrevista de Fux como presidente da Corte não

repercutiu bem entre os pares. À revista Veja, Fux

classificou a decisão do Supremo sobre a

impossibilidade da execução provisória da pena como

de 'baixa densidade jurídica'. O vice-decano Marco

Aurélio Mello, que foi o relator do caso e liderou a

corrente majoritária, reagiu a esta declaração e mandou

para o gabinete de Fux a íntegra de seu voto.

A boa notícia para Fux é que, levando-se em conta

todos os episódios, dificilmente a próxima semana será

pior do que esta que passou.

Ana Pompeu - Repórter em Brasília. Cobre Judiciário,

em especial o Supremo Tribunal Federal (STF), o

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Conselho

Nacional de Justiça (CNJ). Passou pelas redações do

ConJur, Correio Braziliense e SBT. Colaborou ainda

com Estadão e Congresso em Foco. Email:

[email protected]

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça

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Destaque para os números da Covid-19 no sistema prisional e decisão do

CNJ sobre liberdade de presos na pandemia

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Band News/Nacional - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

5.413 presos foram soltos no estado de São Paulo por

apresentarem risco de contaminação pelo

coronavírus.Desde o início da pandemia 7.385 detentos

testaram positivo para a covid-19 e 26 mortes foram

registradas.A possibilidade de liberdade aos detentos do

grupo de risco é uma recomendação feita pelo

Conselho Nacional de Justiça para conter a doença

no sistema penitenciário penitenciário.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, CNJ - CNJ

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CNJ Entrevista: Programa "Norte Conectado" vai levar internet para a

região norte do país

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

Hoje vamos falar sobre o programa 'Norte Conectado'

que vai levar internet a região norte do país. O

Conselho Nacional de Justiça é um dos parceiros e

financiadores da iniciativa

Entrevista com Luiz Antônio Mendes Garcia,

coordenador desse projeto durante a fase de

elaboração e articulador entre o CNJ e o Ministério das

Comunicações.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, CNJ - CNJ, Judiciário - Judiciário

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Grupo de trabalho vai garantir que Direitos Humanos sejam respeitados

no Judiciário

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça

O Observatório dos Direitos Humanos foi criado pelo

Conselho Nacional de Justiça e será presidido pelo

presidente do conselho, ministro Luiz Fux.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional

de Justiça, CNJ - CNJ, Judiciário - Judiciário, CNJ - Luiz

Fux

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Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais entrou em vigor nesta sexta-

feira

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao

sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - CNJ

LGPD visa garantir mais segurança e transparência às

informações coletadas por empresas públicas e

privadas.

Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - CNJ

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Assessores se reuniram com Carlos antes de deporem à PF

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF

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Autor: Marcelo Rocha

Assessores especiais da Presidência apontados como

integrantes do "gabinete do ódio" disseram à Polícia

Federal que se reuniram com o vereador Carlos

Bolsonaro (Republicanos-R!) horas antes de serem

interrogados no inquérito do Supremo sobre atos

antidemocráticos.

Os encontros, segundo Tércio Tomaz Arnaud e José

Matheus Sales Gomes, ocorreram na manhã da sexta-

feira (n). À tarde, os dois foram ouvidos pelos

investigadores.

Filho de Jair Bolsonaro (sem partido), o vereador

prestou depoimento à PF no Rio na véspera, quando

respondeu a perguntas sobre o envolvimento de aliados

do presidente nos atos antidemocráticos.

A delegada da PF Denisse Dias Rosas Ribeiro,

encarregada do inquérito, quis saber dos dois auxiliares

de Bolsonaro na Presidência quando estiveram pela

última vez com Carlos. A Folha teve acesso aos dois

interrogatórios.

Tércio respondeu que almoçou com o vereador naquela

sexta, José Matheus, que esteve com o filho 02 na parte

da manhã, mas "que não conversaram sobre os

detalhes da oitiva de Carlos Bolsonaro".

Como a Folha antecipou nesta quinta (17), Carlos disse

à PF que não é "covarde ou canalha aponto de utilizar

robôs e omitir essa informação".

O vereador admitiu relação com contas pessoais de

Bolsonaro nas redes sociais. Disse que não participa da

política de comunicação do governo e que "tem relação

apenas com divulgação dos trabalhos desenvolvidos

pelo governo federal nas contas pessoais do declarante

e do seu pai".

Aberta por determinação de Alexandre de Moraes, do

STF, a apuração busca identificar os responsáveis pela

organização e financiamento de manifestações contra

integrantes do Supremo e do Congresso.

Nesta sexta (18), a defesa do ex-ministro da Sérgio

Moro recebeu intimação da PF para que ele seja

interrogado na condição de testemunha.

A oitiva é motivada, segundo os advogados de Moro,

por ele ter comandado a pasta da justiça e Segurança

Pública à época dos fatos. O depoimento está

agendado para o dia 2 de outubro em Curitiba.

No depoimento à PF, ao ser questionado pela delegada

sobre "qual tipo de atuação realiza nas redes sociais

privadas do Presidente", Tércio reforçou a versão de

Carlos.

Afirmou que "não detém as senhas das redes sociais do

presidente, sendo que o próprio presidente cuida do

Facebook, e Carlos cuida das demais redes sociais do

pai".

Os interrogatórios de Tércio e José Matheus, segundo

ofício enviado pela PF ao chefe da assessoria especial59

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Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF

da Presidência, foram agendados inicialmente para o

dia 9. Portanto antes da data prevista para que Carlos

fosse interrogado.

O assessor-chefe, Célio Faria júnior, pediu à PF que as

oitivas fossem transferidas para a sexta (11). Não houve

oposição por parte da PF.

A polícia perguntou aos assessores também sobre o

último encontro que tiveram com o coronel Mamo César

Barbosa Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro. O militar

foi ouvido pela PF na parte da manhã daquela sexta-

feira.

José Matheus disse que esteve com o oficial do Exército

e que falaram "de forma superficial" sobre a oitiva de

Cid à PE Tércio afirmou que o encontrou naquela

manhã.

Ao comentar que função desempenha no Planalto,

Tércio disse que acompanha a agenda de Bolsonaro,

"participando de reuniões como objetivo de assessorar o

presidente sobre os temas que serão abordados,

trazendo informações coletadas de fontes abertas".

"Quando demandado auxilia, juntamente com José

Matheus, Mateus Diniz e o ajudante de ordem, Ten.

Coronel Cid, no levantamento de informações que

possam ser abordadas e trabalhadas durante a

transmissão ao vivo (live)", afirmou à PF.

Diniz é apontado como outro integrante do "gabinete do

ódio" e será ouvido na próxima semana pela polícia.

O grupo, tutelado por Carlos, é responsável por parte da

estratégia digital bolsonarista. A existência do gabinete

foi revelada pela Folha em 19 de setembro de 2019.

José Matheus disse à PF que não ama nas redes

sociais privadas do presidente. Afirmou que, de acordo

com a sua disponibilidade, a companha Bolsonaro nas

lives, "para prestar auxílio sobre informações ou até

mesmo no manuseio de equipamentos necessários para

realização da transmissão".

E comentou que eventualmente também auxiliam nesta

tarefa "Tércio Arnaud, Mateus Diniz e às vezes algum

ajudante de ordem".

Indagados se conhecem e se fazem parte do "gabinete

do ódio", os assessores da Presidência disseram ter

ciência do assunto, mas que se trata de uma criação

midiática.

Tércio respondeu que o "nome surgiu porque Carlos

Bolsonaro, por ser ativo nas redes sociais, causando em

alguns momentos conflitos, bem como pela ligação do

declarante [Tércio] e de José Matheus com Carlos, a

mídia rotulou o grupo como 'gabinete do ódio".

José Matheus disse acreditar que seu nome foi

vinculado a esse termo por ter administrado no passado

página "de conteúdo de viés de ideologia política de

direita".

"Opositores do governo criaram a narrativa da

existência do 'gabinete do ódio."

A dupla negou que já tenha produzido ou repassado de

forma consciente mensagem ou material com conteúdo

falso que incitasse a animosidade das Forças Armadas

contra o STF ou Congresso.

Em relação a relatório divulgado pelo Facebook e

elaborado pela Atlantic Council, Tércio disse que tem

ciência do conteúdo e da consequência - a derrubada

de páginas administradas por ele.

Os investigadores perguntaram, e Tércio respondeu que

nunca criou contas com dissimulação da identidade ou

em nome de terceiros. Disse ainda que "nunca

mascarou dados ou IPs (identidade de cada dispositivo

conectado à rede mundial de computadores)".

Ao ser indagado sobre sua atribuição, José Matheus

disse que "sua função está mais ligada a área de

comunicação do governo como um todo, envolvendo

aparte de estratégia de comunicação das atividades

desenvolvidas".

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Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF

Ele afirmou que a Secom (Secretaria de Comunicação

da Presidência, recentemente incorporada pelo

Ministério das Comunicações) realiza o trabalho de

comunicação das atividades do governo, mas que ele

auxilia estrategicamente nessas abordagens, além de

abastecer o presidente com informações.

Foi pergunta do ao assessor se ele teria conhecimento

do uso de empresas que atuam no impulsionamento de

conteúdo, criação ou divulgação de conteúdo político

envolvendo Bolsonaro e familiares. Ele respondeu que

não.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Procuradoria pede fim de salário vitalício de ex-governadores

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Mercado

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF

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brasília A PGR (Procuradoria Geral da República)

entrou nesta sexta (18) com ação no Supremo para que

todos os estados deixem de pagar salários vitalícios a

ex-governadores.

O objetivo é que, de uma só vez, o STF declare irregular

o pagamento dessas pensões a quem ocupou o cargo

eletivo.

Apesar do aperto nos orçamentos públicos, alguns

estados ainda pagam salários a ex-governadores e seus

dependentes sem que eles atualmente prestem serviços

à administração pública.

Contrária a esses benefícios, a OAB entrou com tuna

série de processos no Supremo para derrubar as

pensões vitalícias. Mas há tuna contestação para cada

estado que mantém a benesse.

Agora, a PGR quer que o STF, de uma só vez, impeça

que ex-governadores recebam salários para o resto da

vida ou até por um período determinado após o fim do

mandato.

"É inegável que a reiterada prática de atos

inconstitucionais que resultam no pagamento de

pensões a ex-governadores e a seus dependentes,

como decorrência do mero exercício de cargo eletivo e/

ou distintos dos previstos no Regime Geral de

Previdência Social [sistema de aposentadoria dos

trabalhadores privados], causa vultosos prejuízos aos

cofres estaduais, a exigir a imposição de decisão de

caráter amplo, geral e da forma mais abrangente

possível", argumenta o procurador-geral da República,

Augusto Aras, na ação.

Thiago Resende

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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O Supremo deve deixar sob a responsabilidade dos pais a decisão de

vacinar seus filhos?

Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Opinião

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF

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Autor: Edmilson de Almeida Barros Júnior ,Luiz Felipe

Conde

Não

Muito além da vontade dos pais

Ato de não vacinar é negligência extrema e nociva

ameaça à saúde pública

Edmilson de Almeida Barros Júnior

Médico e advogado, é especialista em direito médico e

direito da saúde

Sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, está nas

mãos do Supremo Tribunal Federal decidir de se os

pais, por sua exclusiva vontade, podem ou não escolher

seguir o calendário de vacinação de seus filhos.

Eventual (e injustificada) resistência pode ser motivada

pelos mais variados pretextos, inclusive escusas

filosóficas, religiosas, morais, existenciais, de

desconfiança - ou até sem motivos. A nosso sentir, a

questão é de simples resolução e vai muito além da

mera vontade dos "possuidores" do poder familiar. Do

ponto de vista jurídico, em diversas passagens da

Constituição Federal (tais como artigos 5º, 6º, 196 e

227) existem expressas referências ao direito à saúde

(e à vida) dos menores, inclusive como dever da família,

da sociedade e do Estado, em beneficio de crianças e

adolescentes, a serem tratados com absoluta

prioridade.

Por sua vez.no âmbito infraconstitucional, o Código Civil

e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) se

complementam quanto ao poder dos pais sobre os filhos

incapazes (crianças e adolescentes). Para Wilson

Oliveira, "o poder familiar é um instituto jurídico

destinado a proteger os filhos menores". Trata-se de um

poder-dever atribuído pelo poder público aos pais,

visando que os filhos sejam zelados, o que passa

necessariamente pela saúde dos mesmos. O

desrespeito a esse dever até pode gerar a destituição

dos pais desse encargo, já que o objetivo é sempre o

bem-estar do menor.

O ECA considera criança os menores até 12 anos

incompletos; entre 12 e 18 anos são chamados

adolescentes. Na mesma norma, existe a expressa

determinação do artigo 14, parágrafo i°, de que a

vacinação é obrigatória em casos recomendados pelas

autoridades sanitárias.

O Programa Nacional de Imunização (PNI) foi criado em

1973 e é um dos mais completos do mundo. No

calendário de vacinação, na sua imensa maioria, a

previsão vacinai ocorre até a maioridade, e todas as

vacinas são previamente testadas e aprovadas;

portanto, bastante seguras e eficazes. Todas as

doenças prevenidas pelas vacinas, se não forem alvo

de ações prioritárias, podem voltar a se tornar cíclicas e

a atingir grande número de pessoas - menores e

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adultos. O ato de não vacinar, além de um risco ao

negligenciado, representa tuna ameaça extremamente

nociva à saúde pública de todos, já que pais que optam

por esse caminho estão pondo uma infundada vontade

individual por sobre o coletivo e por sobre o interesse

público, sem falar no prejuízo ao menor não vacinado,

desconsiderando a consequência desse ato no nível

macrossocial, já que estão expondo toda a sociedade a

doenças de fácil prevenção.

Uma vez os pais decidam não vacinar um filho, e se

acaso a criança vier a falecer, exatamente em virtude de

tuna dessas doenças cobertas pela vacinação

obrigatória, gratuitamente fornecida e ministrada na

rede pública de saúde, isso é passível de ser

caracterizado como homicídio culposo - modalidade

negligência ou até mesmo homicídio doloso (dolo

eventual), já que os pais, conscientemente, assumiram

o risco de levar o menor à morte pela sua opção

deliberada de não vacinar.

Ser vacinado é um direito inalienável e indisponível da

criança e do adolescente. É dever do Estado, e isso

deve se sobrepor a qualquer vontade individual dos

pais, desejo esse que talvez nem fosse o mesmo do

menor, se acaso ele conscientemente pudesse dar o

seu próprio consentimento informado e esclarecido.

Ser vacinado é um direito inalienável e indisponível da

criança e do adolescente. É dever do Estado, e isso

deve se sobrepor a qualquer vontade individual dos

pais, desejo esse que talvez nem fosse o mesmo do

menor, se acaso ele conscientemente pudesse dar o

seu próprio consentimento

Sim

Imposição perpetua paternalismo

Discussão não se limita ao sanitarismo, pois contraria

liberdades individuais

Luiz Felipe Conde

Advogado, é mestre em saúde pela Fiocruz

É preciso extrema cautela ao interpretar a proteção

integral e o princípio do melhor interesse da criança,

estabelecidos no artigo 227 da Constituição Federal e

no artigo 1° da lei 8.069/1990, que define o Estatuto da

Criança e do Adolescente (ECA). Afinal, o melhor

interesse da criança seria aquele supostamente

legitimado no senso comum ou deveria ser visto à luz

dos costumes da comunidade ou da família em que se

insere?

A vacinação obrigatória consta da lei 6.259/1975, que

instituiu o Programa Nacional de Imunizações. A norma,

editada pela ditadura, ostenta reminiscências do Estado

patriarcal e autoritário e teve influência sobre o ECA,

que, mesmo tendo sido elaborado após a

redemocratização, estabeleceu a obrigatoriedade da

vacinação das crianças nos casos recomendados pelas

autoridades sanitárias. Essa imposição contraria o

amplo respeito às liberdades individuais e à pluralidade,

mas também perpetua a visão do poder estatal

paternalista e invasivo à autonomia e à intimidade

privadas.

A Constituição Federal determina, no artigo 226, que a

família ostenta especial proteção do Estado,

consagrando o planejamento familiar como tuna livre

decisão do casal. O papel do Estado é "propiciar

recursos educacionais e científicos para o exercício

desse direito", sem jamais adotar qualquer forma de

coerção, como fica explicitamente vedado pelo texto

constitucional. Ora, planejamento familiar não engloba

apenas a concepção, mas também os valores morais,

éticos, religiosos e existenciais. Ou seja, envolve

também o estilo de vida adotado pela família.

A objeção de consciência dos filhos para a realização

de tratamentos médicos, inclusive os preventivos - como

é o caso das vacinas deve ser exercida pelos pais até a

maturação, por força do poder familiar e dos deveres

dos pais, segundo fica determinado pelos artigos 1.630

e 1.634 do Código Civil. Vale destacar que, entre esses

deveres dos responsáveis, estão a obrigatoriedade de

dirigir a criação e a educação e de representação nos

atos da vida civil, neles compreendidas as64

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manifestações de consentimento.

A ciência é tuna forma de conhecimento, cuja adoção se

insere no âmbito do livre arbítrio. Ela não deve,

portanto, demandar submissão compulsória aos seus

preceitos. Isso violaria aspectos da dignidade humana,

como a liberdade de consciência e de religião, de

filosofia e de identidade social. Estaria em confronto

com os valores do Estado de Direito.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís

Roberto Barroso, na época em que era procurador do

estado do Rio de)aneiro, opinou que as Testemunhas

de Jeová podem rejeitar a obrigatoriedade da transfusão

de sangue. Trata-se de situações em que o risco de

morte é mais iminente do que o que se pretende evitar

com as vacinas.

O reconhecimento dos direitos fundamentais de quarta

geração, como o direito à democracia, à informação e

ao pluralismo, deixa evidentes os vícios institucionais

que acometem a vacinação obrigatória. A falta de

transparência quanto aos efeitos colaterais, ao processo

de fabricação, de testagem e de aprovação, aliados à

participação inexistente da sociedade no processo

regulatório e decisório, coloca em xeque a legitimidade

democrática da medida. A discussão não diz respeito

apenas ao sanitarismo, mas sim ao Estado democrático

de Direito e ao respeito aos direitos humanos em todas

as suas dimensões.

A ciência é uma forma de conhecimento, cuja adoção se

insere no âmbito do livre arbítrio. Ela não deve,

portanto, demandar submissão compulsória aos seus

preceitos. Isso violaria aspectos da dignidade humana,

como a liberdade de consciência e de religião, de

filosofia e de identidade social

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Deputados querem cortar benefícios de juízes, procuradores e

promotores

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Autor: Camila Turtelli /brasília

O chamado alto escalão do funcionalismo público está

na mira de deputados dispostos a ampliar o alcance da

reforma administrativa, que prevê alterações na forma

como os servidores públicos são contratados,

promovidos e demitidos.

Mudanças como limitar as férias de todos os agentes

públicos a 30 dias por ano, inclusive parajuízes, além do

fim de privilégios, como aposentadoria compulsória

como punição para quem já está trabalhando, estão

entre as emendas (sugestões de alterações do texto)

que devem ser incluídas na tramitação da Proposta de

Emenda à Constituição (PEC).

Algumas emendas propõem incluir na reforma inclusive

membros da ativa de outros Poderes, além dos

servidores que já estão trabalhando. Essas duas

categorias foram poupados no texto enviado pelo

governo.

Entregue há duas semanas, depois de muita espera, o

texto do governo foi considerado tímido por alguns

parlamentares. Um dos motivos é que juízes,

promotores, procuradores, desembargadores,

deputados e senadores ficaram de fora das mudanças

propostas.

Como os novos membros do Judiciário e Legislativo

não serão atingidos, eles manterão benefícios que

devem ser extintos para os futuros servidores, como as

férias superiores a 30 dias, licença-prêmio (direito a três

meses de licença para tratar de assuntos de interesse

pessoal a cada cinco anos) e adicionais por tempo de

serviço. Isso significa, por exemplo, que um juiz não

poderá ser atingido, mas o servidor da área

administrativa de um tribunal terá de obedecer às novas

regras.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),

afirma que a apresentação dessas emendas ao texto

abre caminho para incluir o Judiciário e o Ministério

Público ao debate. "Todos os Poderes estão com

distorção e precisam se modernizar e é preciso construir

um caminho", afirmou Maia.

Parlamentares. "Sou a favor tanto de ampliar para

outras categorias como também para os atuais

servidores. Principalmente, na parte das vedações, não

tem porque os atuais e demais Poderes ficarem de

fora", disse o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG),

coordenador da Frente Parlamentar da Reforma

Administrativa. Segundo ele, as emendas devem ser

incorporadas ao texto pela pressão da sociedade à

"blindagem" dessas categorias.

Já os parlamentares ficaram de fora da reforma

administrativa porque são cargos políticos eletivos, com

duração fixa (oito ano para senadores e quatro anos

para deputados federais e estaduais e vereadores).

As emendas sugeridas pelo Podemos limitam os

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benefícios às carreiras de Estado (que devem ser

definidas em um segundo momento, mas incluem, por

exemplo, auditores fiscais e membros do Ministério

Público).

O Novo vai apresentar cinco emendas para "preencher

as lacunas deixadas no texto". Além da inclusão de

membros do Judiciário e do Ministério Público, o

partido quer que os servidores que já estão na ativa

também passem a cumprir as novas regras, mantendo

os "direitos adquiridos". Também quer estipular o teto

(hoje em R$ 39,2 mil) como o limite das remune-

rações, incluindo verbas indenizatórias e seleção para

cargos de confiança e proibição da venda de férias.

Da base do governo, a deputada Caroline de Toni (PSL-

SC) vai na mesma linha, para inclusão de políticos,

juízes e membros do Tribunal de Contas da União e do

Ministério Público na reforma. Em sua justificativa,

afirma que essas categorias não podem passar ao largo

das novas regras: "Não há elemento razoável para se

supor que as categorias listadas estejam liberadas de

dar sua cota de sacrifício para que a máquina

administrativa seja mais eficiente e menos onerosa."

Os deputados precisam ainda reunir 171 assinaturas

para cada uma das emendas, para que os pedidos

possam ser analisadas pelo relator da PEC.

A equipe econômica tem se defendido de não ter

incluído membros de outros Poderes na reforma sob o

argumento de que a Constituição não permite ao

Executivo propor nova regra para membros de outros

Poderes.

Distorções

"Todos os Poderes estão com distorção e precisam se

modernizar e é preciso construir um caminho."

Rodrigo Maia (DEM-RJ) PRESIDENTE DA CÂMARA

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário

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COLUNA DO ESTADÃO

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Autor: MARIANA HAUBERT. COLABOROU BRENO

PIRES.

Sinal amarelo nas eleições municipais

Analistas políticos, dirigentes partidários, autoridades da

Justiça e candidatos começaram a ficar preocupados

com a campanha eleitoral deste ano no País. Os três

principais fatores: a pressão pela reabertura das escolas

com aulas presenciais, as investidas de Jair Bolsonaro

sobre prefeitos e governadores e o relaxamento cada

vez maior dos brasileiros em relação à quarentena e ao

protocolo de segurança contra a covid-19. Tudo

somado, ainda existe o risco de as eleições

transcorrerem em cenário de curvas ascendentes de

casos e UTIs lotadas.

Ã"nus.

Para os prefeitos que disputam a reeleição, o quadro é

duplamente preocupante. Além de serem obrigados a

se dividir entre a campanha e o gerenciamento da

pandemia, ainda podem sofrer impacto eleitoral

negativo de um eventual novo caos na Saúde.

Cenário.

Com o afrouxamento dos protocolos, a média móvel de

casos subiu no Rio ontem, o que não ocorria desde o

mês passado.

Cenário 2.

Na cidade de São Paulo, maior colégio eleitoral do País,

esse risco é considerado baixo. A Prefeitura avalia que

a situação está sob controle graças, principalmente, ao

SUS.

Alerta.

A preocupação, porém, é grande em relação a

municípios com rede hospitalar limitada e número

reduzido de leitos de UTI.

A ver.

Há o receio de que um repique da covid-19 possa

aumentar a abstenção no primeiro turno. Uma

autoridade eleitoral disse à Coluna que, caso a

quarentena seja completamente abandonada, o

adiamento das eleições terá sido um erro.

Vértice.

O ataque de Bolsonaro à "conversinha mole do fique em

casa" foi entendido como estímulo para a população

"liberar geral", na expressão de uma autoridade do

Judiciário. Também criou uma armadilha: o que os

candidatos devem fazer? Defender a quarentena e se

indispor com apoiadores do presidente?

Limer.

O candidato a prefeito de São Paulo pelo Novo, Filipe

Sabará, é mais um que trafega na faixa da centro-

direita. Porém, por ser jovem e alinhado com o

liberalismo econômico, vai de patinete elétrico nas rotas68

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da Avenida Faria Lima.

Oi?

No depoimento que prestou à Polícia Federal, Carlos

Bolsonaro afirmou que o secretário executivo das

Comunicações, Fabio Wajngarten, encaminha de forma

habitual prévias de possíveis manchetes do dia seguinte

que devem sair nos meios de comunicação.

Retomada.

A Comissão de Relações Exteriores do Senado

pretende sabatinar e aprovar 32 embaixadores

brasileiros nesta segunda (21). Como o voto tem de ser

secreto, essa será a primeira atividade presencial dos

parlamentares desde o início da pandemia.

Click.

Flávio (à esq.) e Eduardo Bolsonaro participaram de

evento, em Manaus (AM), que visava ao estímulo de

acordos para a promoção do turismo na região

amazônica.

No seu quadrado.

Os embaixadores participarão a distância e os

senadores só precisarão se deslocar no momento da

votação.

Live.

O ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira participa nesta

segunda (21) do lançamento virtual do livro Lei Geral de

Proteção de Dados Pessoais: ensaios e controvérsias,

organizado pelo professor da USP Gustavo Mônaco.

Como foi.

Ferreira, que escreveu um dos ensaios, vai contar as

articulações e os bastidores da tramitação da lei no

Congresso.

SINAIS PARTICULARES.

Filipe Sabará, empresário e candidato a prefeito de São

Paulo pelo Novo

BOMBOU NAS REDES!

Fábio Trad Deputado federal (PSD-MS)

"Ao tratar o isolamento social com o falso dilema entre

fracos-fortes, Bolsonaro tripudia com sarcasmo cruel

sobre os brasileiros acometidos pela doença."

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário

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A reforma da lei de lavagem de dinheiro

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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário

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No dia 8 de setembro, o presidente da Câmara dos

Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), instituiu uma

Comissão de Juristas para elaborar um anteprojeto de

reforma da lei de lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98).

Trata-se de iniciativa oportuna, que poderá propiciar um

olhar técnico sobre a adequação de uma legislação

especialmente relevante nos dias de hoje, cuja última

grande reforma ocorreu em 2012. É preciso avaliar tanto

as deficiências do texto legal vigente como a própria

interpretação que os tribunais deram à lei ao longo dos

anos.

A reforma de 2012 modificou substancialmente o texto

original da Lei 9.613/98. Por exemplo, antes, a lavagem

de dinheiro estava vinculada a oito tipos específicos de

delitos, como terrorismo, contrabando de armas,

sequestro e tráfico de drogas. A existência de um rol

dos chamados crimes antecedentes era algo comum na

legislação internacional. Em sua origem histórica, a

lavagem de dinheiro estava relacionada apenas ao

crime de tráfico de drogas. Com o tempo, ampliaram-se

os crimes, até incluir todos os delitos. Foi o que fez a Lei

12.683/2012, fixando que é crime de lavagem de

dinheiro “ocultar ou dissimular a natureza, origem,

localização, disposição, movimentação ou propriedade

de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou

indiretamente, de infração penal”.

Tal ampliação provocou alguns desequilíbrios. Por

exemplo, por sua vinculação histórica a determinados

crimes especialmente graves, o crime de lavagem de

dinheiro recebeu pena alta, de três a dez anos de

reclusão. Com isso, hoje, um crime antecedente pode

ter pena mais branda que a da lavagem. Ou seja, o uso

que se faz do produto do crime pode receber pena mais

pesada que o próprio crime.

Essa desproporção é especialmente visível no chamado

caixa 2 eleitoral, que, sem ter um tipo penal específico,

é tratado por diversas leis – todas elas atribuindo pena

mais leve que a do crime de lavagem de dinheiro. Ao

criar a comissão, Rodrigo Maia destacou “a

problemática concernente ao crime de lavagem de

dinheiro e ao denominado caixa 2 eleitoral, o qual

produz decisões judiciais conflitantes e traz insegurança

ao processo eleitoral”.

O objetivo da comissão é delimitar o crime de lavagem

de dinheiro, estabelecendo parâmetros mais precisos

para sua tipificação penal. “Decisões judiciais têm

promovido um alargamento do tipo objetivo do crime de

lavagem, contrário à lei e em afronta ao princípio da

subsidiariedade do direito penal, promovendo

condenações em casos que extrapolam a previsão

legislativa”, disse o presidente da Câmara.

A jurisprudência discute, por exemplo, se o crime de

lavagem de dinheiro é instantâneo ou permanente.

Neste último caso, haveria prática de crime durante todo

o período em que o bem permanecer oculto. Tal

discussão tem efeitos diretos sobre os prazos de

prescrição. Sendo considerado de natureza

permanente, o crime de lavagem de dinheiro poderia na

prática nunca prescrever, mesmo que o ato criminoso

que antecedeu a lavagem tenha prescrito há muito

tempo.

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Outro ponto controvertido da Lei 9.613/98, que foi

introduzido pela reforma de 2012, é a autorização para

que o Judiciário confisque bens dos acusados e os

leve a leilão antes mesmo do término do julgamento.

Aponta-se que tal possibilidade representa claro

enfraquecimento do princípio da presunção de

inocência. Há ainda uma série de disposições da lei de

lavagem de dinheiro que, a depender do modo como

são aplicadas pela Justiça, afetam diretamente

garantias constitucionais relativas à privacidade e ao

sigilo profissional.

Ao longo do tempo, a criação do crime de lavagem de

dinheiro mostrou-se eficaz para desmontar esquemas

criminosos complexos. Mas tal instrumento perde

eficácia e cria problemas adicionais quando é utilizado

como espécie de panaceia geral para o combate de

todos os crimes. O País precisa de uma legislação

equilibrada e funcional, que enfrente o crime com

eficácia e dentro de um regime de liberdade. A

Comissão de Juristas tem, assim, importante trabalho a

fazer.

Trata-se de iniciativa oportuna sobre a adequação de

legislação especialmente relevante

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário

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Alerj deve aprovar impeachment de Witzel

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Rio

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Autor: ANDRÉ COELHO

A última tentativa do governador afastado Wilson Witzel

para tentar evitar seu impeachment na Assembleia

Legislativa do Rio, com uma defesa presencial no

plenário da Casa antes da votação marcada para a

próxima quarta-feira, não deve surtir efeito entre os

parlamentares. A tendência na Casa é de uma repetição

do quadro da votação na comissão especial do

impeachment na última quinta-feira, quando os 24

deputados presentes aprovaram o relatório favorável ao

afastamento.

Witzel anunciou pelo Twitter que vai participar da

sessão. O ex-juiz poderá se manifestar após as falas

dos deputados, antes da abertura do painel de votação.

Em vídeo enviado para parlamentares na última terça-

feira, Witzel já havia feito um apelo, afirmando que o

parlamento estaria sendo "induzido ao erro". "Dizem que

eu recebi milhões de reais em corrupção, só que, até

agora, o que encontraram são rendimentos declarados

no meu imposto de renda. O governador Wilson Witzel

precisa terminar o seu mandato", afirmou.

Nos bastidores da Alerj, a única dúvida é sobre quantos

deputados estarão presentes. Nenhum voto a favor do

governador afastado pelo Superior Tribunal de Justiça

(STJ) desde o dia 28 de agosto está sendo esperado.

Acho que o governador nem devia perder o tempo dele

indo lá fazer discurso. A Casa está unida nessa questão

- disse um deputado, que preferiu não ser identificado.

O provável afastamento pela Alerj deve selar o destino

de Witzel, que ainda tenta reverter a decisão do STJ

com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF),

apresentado no dia 14. A ação ainda não tem relator

definido, e o ex-juiz precisa de uma decisão em tempo

recorde para voltar ao cargo antes da votação.

Autor do pedido de impeachment e um dos deputados

mais antigos da Alerj, Luiz Paulo (PSDB) acredita que o

placar de dois terços, ou 47 votos pelo afastamento,

será atingido com folga. Ele destaca que a aprovação

unânime do relatório na comissão, que tinha um

representante de cada partido, mostrou a tendência do

plenário.

O quadro é profundamente desfavorável ao governador.

Antes de ser afastado, ele teria no máximo 12 votos,

hoje nem isso - calcula.

ALIADO DESCONVERSA

Único deputado a não votar pelo início do processo em

consulta feita pelo presidente da Alerj, André Ceciliano

(PT), antes da abertura do processo, em junho,

Rosenverg Reis (MDB) despista. Mas o deputado

Márcio Canella, indicado por Reis para a comissão

especial, foi favorável ao relatório.

Eu ainda não li o relatório. Vou analisar durante o fim de

semana e fechar uma posição até o começo da semana

que vem - afirma.

Para outro deputado influente na Casa, a presença de

Witzel na votação deverá ter um efeito menor do que se72

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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF

espera. Como a sessão é semipresencial,

parlamentares mais próximos do ex-juiz devem evitar o

plenário.

Com certeza, poderia se sentir pressionado a votar a

favor vai evitar tocar nesse fio desencapado e participar

por videoconferência - disse.

BANCADA DO CRIVELLA

Líder do Republicanos, partido do prefeito Marcelo

Crivella, que foi alvo de dois pedidos de impeachment

rejeitados recentemente pela Câmara de Vereadores,

Carlos Macedo diz que os quatro deputados do partido

também devem ser favoráveis ao impeachment.

Mesmo ainda não tendo conversado com a bancada,

penso que deverão seguir o voto que apresentei na

comissão - afirma Macedo.

Se o impeachment for aprovado, o processo será

encaminhado ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) para

a formação de uma comissão mista de julgamento. Esse

grupo, formado por cinco parlamentares escolhidos pela

Alerj e cinco desembargadores sorteados, coordenado

pelo presidente do TJ-RJ, Cláudio de Mello Tavares, é

que dá a palavra final sobre a cassação de Witzel. O

prazo para a conclusão dessa fase de julgamento é de

até 180 dias.

TJ analisará pedido de liberdade para ex-deputada

O ministro Joelllan Paciornik.do Superior Tribunal de

Justiça (STJ), determinou que o Tribunal de Justiça do

Rio analise em até 24 horas um pedido de liberdade

protocolado pela defesa da ex-deputada Cristiane Brasil

(PTB), presa preventivamente na semana passada na

segunda fase da Operação Catarata, sob acusação de

ter recebido pagamentos de propina provenientes de

contratos do governo do Rio.

Na mesma operação, conduzida pelo Ministério Público

do Rio, foi preso o então secretário estadual de

Educação, Pedro Fernandes, exonerado do cargo esta

semana. Fernandes ficou em prisão domiciliar por ter

testado positivo para Covid-19.

No habeas corpus no qual pediu a soltura da política, a

defesa de Cristiane Brasil argumentou que ela foi alvo

de "constrangimento ilegal", porque os fatos sob

investigação ocorreram há mais de dois anos e sua

prisão ocorreu em meio à pandemia do novo

coronavírus.

Os advogados dizem ainda que Cristiane "é pré-

candidata à prefeitura do Rio, estando impedida,

injustificadamente, de participar da eleição, sendo esse

um direito inerente à sua condição de cidadã".

Após conceder a liminar, o ministro determinou a

expedição de ofício para informar com urgência o

Tribunal de Justiçado Rio, que vai analisar o caso. (

Aguirre

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Criptomoedas e caixa dois justificam revisão na Lei de Lavagem de

Dinheiro

Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Opinião

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário

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Está certo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia

(DEM-RJ), ao abrir o debate legislativo sobre a

modernização da Lei de Lavagem de Dinheiro. Uma

comissão de juizes, advogados, procuradores e

consultores legislativos trabalhará durante três meses

para a apresentar à Câmara uma proposta para

atualizar a legislação.

O momento pode parecer pouco oportuno, já que são

notórias as pressões para fragilizar as iniciativas

anticorrupção. Mas a lei em vigor apresenta lacunas que

precisam ser fechadas, para eliminar a insegurança

jurídica nos casos de crimes financeiros, entre eles os

investigados e denunciados pela Operação Lava-Jato.

Acumulam-se decisões judiciais conflitantes sobre a

natureza jurídica dos delitos de lavagem de capitais e

de caixa dois no financiamento eleitoral. E necessário

que o Legislativo dê uniformidade aos critérios para

tipificação penal, de modo a orientar melhor a ação do

Judiciário.

A lei (nº 12.683) é de 1998. Foi atualizada quatro anos

depois da promulgação. Acabou defasada em relação

às mudanças trazidas pela evolução tecnológica. Há,

hoje, um vácuo legal sobre as novas formas de lavagem

de capital usando meios digitais para o intercâmbio de

ativos.

Os órgãos nacionais de controle e fiscalização têm

pouca - ou nenhuma - margem para atuar sobre

transações financeiras realizadas por meio das

criptomoedas, que permite o anonimato a pessoas

físicas e jurídicas, sem depender ou deixar registro em

nenhuma autoridade central.

Há dezenas de criptomoedas em circulação, grande

parte associada a esquemas fraudulentos. O número de

investidores nelas já se aproxima, segundo a Receita

Federal, dos 600 mil inscritos para operações no

mercado de capitais. Há um ano, o Fisco passou a

obrigar as corretoras de valores a relatar negócios

baseados nas criptomoedas. Mas quem quer passar ao

largo da fiscalização não encontra muita dificuldade.

Multiplicam-se os indícios de uso desse artifício na

lavagem de lucros obtidos com a corrupção e no

financiamento ilegal de campanhas políticas.

Além do desafio imposto pela tecnologia, persistem

dúvidas sobre o tratamento penal do crime de caixa

dois. Em virtude disso, o Supremo Tribunal Federal já

transferiu processos de varas especializadas em

lavagem de dinheiro para a Justiça Eleitoral. Uma das

incertezas é se a lavagem de dinheiro é crime

permanente ou não, definição decisiva na contagem dos

prazos de prescrição.

Obviamente, de nada adiantará atualizar a lei de

lavagem, se ela não for aplicada de modo efetivo aos

crimes cometidos nos negócios e na política.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,

Judiciário - STF

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ENTREVISTA - ALEXANDRE DE MORAES, MINISTRO DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Conselho Nacional de Justiça - CNJRevista Isto é/Nacional - ENTREVISTA

sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário

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Autor: Germano Oliveira

"As milícias digitais acham que a Internet é terra de

ninguém"O ministro Alexandre de Moraes, do STF, diz

ter provas concretas para a punição dos integrantes das

milícias digitais que utilizam as redes sociais para

cometer uma série de crimes, que vão do

enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro ao ataque à

reputação de seus inimigos políticos. Ele está

convencido de que esses grupos têm por objetivo

“abalar as instituições e a estrutura democrática”,

afirmando que se o Supremo não tivesse agido com

firmeza, dentro do que prevê a Constituição, por volta

do final de maio e início de junho, “nós poderíamos ter

tido resultados muito ruins para a estabilidade

democrática”. Responsável pelos inquéritos das fake

news e dos atos antidemocráticos conduzidos pela

Corte, com a participação da PGR e da PF, o ministro

coordena 82 inquéritos contra os membros dessas

“verdadeiras organizações criminosas”. Para Moraes,

“as milícias digitais acham que podem tudo e que a

Internet é terra de ninguém e não é”, acrescentando:

“As redes sociais não são um mar de impunidade”. O75

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magistrado adianta com exclusividade à ISTOÉ que

deve concluir essas investigações até o final de

novembro.

O sr. entende que a ação firme do STF nos inquéritos

que investigam as fake news e os ataques às

instituições foi responsável por dar um freio nas

ameaças que vinham se intensificando no País?O STF

teve a oportunidade de antecipar um pouco a discussão

que estourou no primeiro semestre deste ano. Em

março do ano passado, o então presidente do Supremo,

ministro Dias Toffoli, instaurou o inquérito das fake

news, que acabou ficando sob minha relatoria. Esse

inquérito foi instaurado porque já estávamos

percebendo uma série de ataques verbais, ameaças de

morte a ministros e seus familiares, não só nas redes,

mas também na Deep Web, ou seja, o que tem de pior

na Internet. Naquele momento, as pessoas entenderam

que ele se voltaria para investigar críticas. Obviamente

que as críticas fazem parte da democracia.

Não eram críticas, eram ameaças?Se fôssemos

investigar críticas, não seria constitucional. E seria uma

perda de tempo. As pessoas podem se expressar como

quiserem em relação, principalmente, aos órgãos

públicos. Liberdade de expressão e liberdade de crítica,

porém, não se confundem com licença para agressão. E

era isso que vinha ocorrendo de maneira profissional. O

inquérito foi iniciado, e a partir do cruzamento de dados,

feito pelos peritos que acompanham os trabalhos,

pudemos perceber que havia todo um procedimento,

uma metodologia, não só para ofender de forma

criminosa, ameaçar pessoas, mas também para

desestabilizar as instituições, como foi o caso do STF.

Na sequência, houve a abertura de um segundo

inquérito, a pedido do Procurador-Geral da República,

sobre as manifestações e atos antidemocráticos, e que

foi distribuído também para mim. Essa segunda

investigação tem ligação umbilical com a primeira. O

procedimento é muito semelhante, o financiamento das

ações é parecido e a finalidade é idêntica, com a

tentativa de abalar as instituições e a estrutura

democrática.

Esses grupos são articulados entre si?Eu não tenho

dúvida que são milícias digitais e verdadeiras

organizações criminosas. Elas têm vários núcleos: o de

financiamento das ações, de produção, de divulgação

das notícias falsas, o núcleo de apoio e o núcleo

político. Ou seja, ao mesmo tempo em que há um

profissionalismo na produção de conteúdo criminoso, de

ataque às instituições, há pessoas investigadas, que

exploram essa estrutura economicamente, monetizando

essa rede. E há pessoas que a exploram politicamente,

não para fazer propaganda ou publicidade dos seus

feitos, mas para destruir os seus inimigos políticos. Eles

não são tratados como adversários, mas como inimigos.

As investigações já identificaram os chefes dos

grupos?A partir das duas grandes operações que já

foram feitas em maio e junho, estamos analisando o

material apreendido, que é muito grande. Estamos

cruzando esses dados com o resultado das quebras de

sigilos bancários e fiscais, além de uma série de outros

documentos já solicitados. Temos que analisar tudo

detalhadamente, pois, obviamente, não podemos repetir

o que essas pessoas fazem. Ou seja, não podemos

divulgar nada sem ter a comprovação de tudo. Ao final

das apurações da PF, com diligências pedidas pelo

MPF e que estão sendo realizadas, vamos mostrar que

as redes sociais não são um mar de impunidade. Muitas

pessoas, incentivadas por essas milícias digitais, acham

que a Internet é terra de ninguém e que a lei não se

aplica nas redes sociais. Acabaram incentivando outras

pessoas a se unirem a elas de forma radical, com

discurso de ódio, discursos criminosos e, mais ainda, na

tentativa de abalar estruturas da democracia.

O que eles pretendiam?Abalar e atacar, de um lado, o

Poder Judiciário como instituição, e não com meras

críticas. Foram ataques com rojões e cruzes na porta do

STF. Fizeram manifestações defronte minha casa em

São Paulo e contra outros ministros também. Mas o

STF estava preparado para reagir, porque já havíamos

antecipado o surgimento dessas ameaças e dado início

às investigações em março. E as apurações continuam

sendo realizadas, porque elas são uma garantia da

estabilidade democrática. Eu volto a insistir: o STF é

defensor da liberdade de expressão, da liberdade de

reunião, mas a Constituição não admite o discurso de76

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ódio, a utilização de uma suposta liberdade de

expressão, como escudo protetivo para a prática de

inúmeros crimes, como a ofensa e agressões à honra, à

dignidade alheia, com o objetivo de ganhar dinheiro e

fazer política. Isso não é possível.

O inquérito das Fakes News identificou o uso de cursos,

lives e sites de crowdfunding nesse esquema criminoso.

Como eles funcionam?Estamos aprofundando as

investigações e cruzando os dados à medida que as

informações vão chegando. Há mais do que indícios. Há

provas de que vem ocorrendo uma grande lavagem de

dinheiro e sonegação fiscal nas redes sociais, seja por

meio de cursos, seja por doações e lives pagas. Há

pessoas que se identificam como jornalistas, mas são

pseudo jornalistas e que vêm utilizando as redes para

ganhar verdadeiras fortunas para lavar dinheiro e para

praticar crimes. Eu venho reiteradamente dizendo que é

preciso separar o joio do trigo. Por que a imprensa

tradicional, que também tem seus sites, blogs e utiliza

as redes, pode ser responsabilizada, mas essas milícias

digitais não podem? Elas se escondem atrás da

responsabilidade penal e civil. Temos que garantir o que

a Constituição consagra: liberdade com

responsabilidade. As pessoas têm total liberdade de

manifestação e de expressão. Não cabe censura prévia

e a Constituição não autoriza. Só que as pessoas

podem ser responsabilizadas a posteriori, seja na rede

social ou fora dela. É que nas redes sociais se criou um

falso entendimento de que é um vale tudo. As pessoas

pensam que podem fazer o que quiserem. Podem

ofender, podem criminosamente imputar fatos às

pessoas, fazer ameaças graves, como as registradas

contra ministros do STF, e não acontece nada?

Quando o sr. diz que há uma grande lavagem de

dinheiro com esses sites se refere ao enriquecimento

ilícito ou é para o uso em campanhas eleitorais?Esse é

um dos pontos que ainda estamos aprofundando na

investigação. As duas possibilidades são viáveis. Uma

objetiva o enriquecimento desses pseudo jornalistas,

mas há muitas doações que são feitas a esses sites. E

da mesma forma que o dinheiro entra, ele some. E isso

é preocupante, pois pode propiciar um desequilíbrio nas

campanhas eleitorais. Esses sites e links podem simular

doações de pessoas físicas que não existem. Ou seja,

você simula uma operação e acaba possibilitando que

determinados partidos políticos tenham mais dinheiro

para campanhas, desequilibrando o jogo eleitoral.

Estamos aprofundando as investigações para que as

conclusões não sejam apenas no sentido punitivista. Os

que cometeram crimes serão enviados ao MP para que

se promovam as ações penais correspondentes, mas

também para auxiliar o Congresso e o TSE para se

evitar ataques ao processo eleitoral.

Alguns desses blogueiros deixaram o Brasil, como foi o

caso de Allan dos Santos, que está nos EUA, e de lá

continuam agindo como agiam aqui…Essa questão é

importante. Quando eu determinei o bloqueio a

determinados sites e endereços eletrônicos, houve por

parte dessas pessoas a alegação de que eu estaria

fazendo censura prévia. Ora, tudo o que foi bloqueado

já havia sido divulgado. Então, de prévio não houve

nada. Foi tudo a posteriori. E foram bloqueados os que

estavam sendo instrumento de crime. Eu faço sempre

um paralelo com o sigilo bancário. Quando a Justiça

determina o bloqueio de uma conta, ela não pode mais

ser utilizada, porque é o instrumento do crime e precisa

se apurar tudo o que ocorreu com ela, dinheiro que

entrou, que saiu, saques. É a mesma coisa com os sites

e perfis bloqueados. São instrumentos de crime. Nada

impede, como não se impediu, que essas pessoas

abrissem novos perfis e novos endereços. Obviamente

que isso não pode ser proibido. Proibir que alguém abra

um perfil seria censura prévia. E se essas pessoas

continuarem a cometer crimes? Ora, serão

responsabilizadas a posteriori. Agora, se pretender uma

fraude para burlar medidas judiciais, outras medidas

devem ser tomadas. O Poder Judiciário tem o dever de

garantir a efetividade de suas decisões.

As empresas provedoras que divulgam esses conteúdos

criminosos também podem ser

responsabilizadas?Entendo que toda a modernidade

acaba criando vácuos legais. A legislação acaba tendo

que se adaptar. Quando me formei, há 30 anos, jamais

imaginaria que hoje eu poderia conversar com você pelo

computador. As empresas que recebem as informações

e as divulgam, ganhando milhões, são classificadas77

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como empresas de tecnologia e não como empresas de

mídia. Mas, verdadeiramente, elas são empresas de

mídia. Elas monetizam a publicidade a partir das

notícias que veiculam. Eu já tive três reuniões com o

presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, e com o

relator da Lei das Fake News na Câmara, deputado

Orlando Silva, sugerindo algumas medidas que a parte

técnica do STF encaminhou. A sugestão é que essas

empresas de tecnologia também sejam classificadas

como empresas de mídia, para que tenham a mesma

responsabilidade legal sobre o que publicam. Não há

censura, mas elas têm responsabilidade ética e social.

Em algum momento a democracia correu risco?Entendi

que no final de maio e começo de junho nós

poderíamos ter uma grave fase de instabilidade política,

que não seria boa para ninguém, nem para a sociedade

e nem para as instituições democráticas. Cada uma das

instituições tem que atuar dentro do que a Constituição

estabelece. O sistema de freios e contrapesos e a

atuação do Supremo nos momentos de crise garantiram

a tranqüilidade e a normalidade. Há três meses

estávamos numa crise muito grave. Desde então, não

houve a necessidade de nenhuma medida

extraordinária. Bastou a adoção dos freios e

contrapesos que a Constituição autoriza. Muitos desses

grupos imitam outros movimentos de extrema-direita do

Leste Europeu, mas, tirando a questão ideológica, não

se verifica ligação com grupos paramilitares. O que há é

uma estrutura, uma ideologia desvirtuada, e um

desrespeito intenso dessas pessoas pela democracia.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,

Judiciário - STF

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Faculdade oferece atendimento jurídico gratuito para moradores do

Recife

Conselho Nacional de Justiça - CNJG1.Globo/Nacional - Pernambuco

sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação

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Pessoas que precisam de atendimento jurídico podem

obter o serviço de forma gratuita, por meio do Núcleo de

Práticas Jurídicas (NPJ) do Centro Universitário

UniFBV, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife. O

trabalho é feito por alunos da instituição que cursam os

últimos períodos de direito, com o auxílio de professores

e advogados.

De acordo com a universidade, o atendimento está

ocorrendo mesmo em meio à pandemia do novo

coronavírus, com protocolos para evitar a disseminação

do vírus, como utilização de máscaras e distanciamento.

O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às

11h e das 14h às 17h. No entanto, é preciso agendar o

atendimento, por meio do telefone (81) 3081.4430 ou

pelo WhatsApp (81) 98196.7958.

De acordo com a UniFBV, o atendimento é uma forma

de consolidar o aprendizado jurídico dos alunos e, ao

mesmo tempo, ajudar a população. Para ser atendido

pelo NPJ a pessoa precisa ter renda de até três salários

mínimos e morar no Recife.

O NPJ faz atendimentos nas áreas cível e

previdenciária, inclusive acionando a Justiça, caso seja

necessário. Nas áreas do direito trabalhista e penal, o

trabalho desenvolvido é de orientação, indicando os

direitos e deveres dos reclamantes, assim como os

órgãos e entidades que devem ser procurados em cada

situação.

No local, também funciona uma Câmara de Mediação e

Conciliação vinculada ao Tribunal de Justiça de

Pernambuco (TJPE), onde os casos são resolvidos por

meio de um acordo entre as partes que será

homologado pelo Poder Judiciário mediante sentença.

VÍDEOS: mais assistidos do G1 nos últimos 7 dias

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação

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Post diz que governo liberou R$ 12 milhões para tratamento de criança,

mas omite que se trata de ordem judicial

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE

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Autor: JC

Conteúdo verificado: Postagem publicada pelo site

Gazeta Brasil indicando que o Governo Federal liberou

R$ 12 milhões para família poder comprar um remédio

para tratar criança com atrofia muscular espinhal (AME).

É enganosa uma postagem do site Gazeta Brasil em

sua página no Facebook a respeito de um repasse feito

pelo governo federal à família de uma garota que sofre

de atrofia muscular espinhal (AME) e que precisava de

um tratamento médico avaliado em R$ 12 milhões. O

repasse, de fato, foi feito, mas ocorreu após ordem

judicial da qual o governo recorreu e foi derrotado, o que

foi omitido no texto. A omissão da informação levou

muitos leitores a interpretarem o repasse como uma

ação voluntária da União, o que não é verdade.

Projeto Comprova: é falso que Israel controle o

coronavírus sem distanciamento social

Projeto Comprova: reportagem de TV italiana sobre

vírus criado em laboratório chinês não tem relação com

a covid-19

Projeto Comprova: sepultamentos cresceram 47% no

cemitério Vila Formosa em São Paulo entre março e

abril

O recurso do governo foi apresentado ao Supremo

Tribunal Federal (STF) e tinha o objetivo de não realizar

o pagamento. Em um primeiro momento, o STF acatou

os argumentos da União, mas posteriormente voltou

atrás na decisão e decidiu que o governo deveria pagar

o tratamento para a menina. A primeira decisão

favorável à menina é de março deste ano, mas por

conta dos recursos o dinheiro só foi transferido entre o

final de agosto e o início de setembro.

Procurada, a Gazeta Brasil afirmou que a matéria teve

como base uma outra reportagem, de título parecido,

feita pelo jornal Metrópoles e que não suprimiu a

informação sobre a decisão judicial. O objeto da

verificação feita pelo Comprova é, no entanto, a

publicação no Facebook do portal, que não faz

referência às decisões judiciais. Devido a isso, várias

pessoas acreditaram se tratar de um ato de caridade

direto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como

pode ser observado na imagem abaixo.

Como verificamos?

Iniciamos a verificação por meio de uma pesquisa no

Google sobre o caso da menina. Assim, chegamos a

diversas reportagens, entre elas as publicadas pelo

jornal Correio Braziliense e pelo site G1 do Distrito

Federal.

Baseados nas informações encontradas, acessamos a

página do Fundo Nacional de Saúde, do Ministério da

Saúde. Nela é possível verificar todos os repasses feitos

pelo governo federal. Assim, localizamos as datas dos

repasses feitos à família.

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE

No detalhamento dessas transferências, consta o

número do processo judicial. Em consulta ao site do

Supremo Tribunal Federal (STF), instância em que o

processo também tramitou, o Comprova conseguiu

identificar o advogado da família. Os telefones dele

foram obtidos por meio de uma pesquisa no Cadastro

Nacional dos Advogados da Ordem dos Advogados do

Brasil (OAB).

Em contato com o advogado, conseguimos os números

de todos os processos em primeira e segunda

instâncias, acessíveis em consulta à ferramenta

Processo Judicial Eletrônico (PJe) do Tribunal Regional

Federal da 1ª Região (TRF-1). No Sistema Eletrônico de

Informações também é possível consultar o processo

administrativo do Ministério da Saúde.

Realização do pagamento

Segundo informações divulgadas em reportagens, o

pagamento dos R$ 12 milhões havia sido realizado em

dois depósitos: um de cerca de R$ 10 milhões e outro

de aproximadamente R$ 2 milhões. O primeiro datava

no mês de agosto deste ano.

Com esses recortes, por meio da consulta a repasses

por dia na página do Fundo Nacional de Saúde, foi

possível verificar que o primeiro repasse do Ministério

da Saúde à família aconteceu no dia 17 de agosto, na

quantia de R$ 10.008.250. Já o segundo ocorreu no dia

25 de agosto, no valor de R$ 1.991.750.

A família confirmou o recebimento dos valores. Em

entrevista ao Projeto Comprova, a servidora pública

Deilla Macedo Lima, mãe da criança, contou que 'esses

depósitos foram efetuados em conta judicial no mês de

agosto; e em setembro, logo em seguida, transferiram

para a minha conta corrente'.

O valor do remédio

Considerado o medicamento mais caro do mundo, o

Zolgensma foi registrado pela Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 17 de agosto deste

ano. Segundo o próprio laboratório Novartis, que fabrica

a droga, este é o 'primeiro passo para a

comercialização' no Brasil. Porém, a aprovação de

preço na Câmara de Regulação do Mercado de

Medicamentos (Cmed) deve acontecer apenas nos

próximos meses.

Atualmente, o remédio injetável é fabricado nos Estados

Unidos e comercializado no próprio país, além de Japão

e Europa. Para justificar o alto valor de compra, o

fabricante esclareceu que o método 'reflete décadas de

pesquisas científicas, investimentos em cadeia logística

e manufatura em larga escala'. Bem como 'custos

diretos e indiretos com capacitação de centros de

referência, hospitais e profissionais de saúde'.

No entanto, a cifra milionária já foi abordada e criticada

em artigo publicado pela Fundação Oswaldo Cruz, em

27 de maio do ano passado. Coordenador do

Departamento de Política de Medicamentos e

Assistência Farmacêutica da Escola Nacional de Saúde

Pública Sergio Arouca (NAF/ENSP), Jorge Bermudez

afirmou que 'cada vez mais' as grandes empresas

farmacêuticas estabelecem 'preços fictícios', havendo

uma 'diferença muito grande entre custos e preços'.

A doença

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (Anvisa), a atrofia muscular espinhal (AME) é

uma doença genética que interfere na produção de uma

proteína pelo organismo. Sem ela, os neurônios

motores morrem e os portadores vão perdendo a

capacidade de se mover e utilizar os músculos. Isso

afeta os movimentos, incluindo a mastigação e a

respiração.

Degenerativa, a doença rara tem incidência de um caso

para cada 6 a 11 mil nascidos vivos. Conforme a própria

bula do remédio Zolgensma, ele precisa ser aplicado em

crianças com até dois anos de idade. A menina que

receberá o tratamento está, atualmente, com um ano e

dez meses, de acordo com o próprio pai.

A página de publicação81

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE

Procurada, a Gazeta Brasil afirmou que a matéria em

questão teve como base a reportagem de título

parecido, feita pelo jornal Metrópoles e que ela não é

enganosa, porque consta a informação da Justiça.

Porém, diferentemente do Metrópoles, o texto cita a

decisão judicial apenas no final do terceiro parágrafo,

em vez da primeira linha da reportagem. A informação

relativa às decisões judiciais também não aparece na

publicação da Gazeta Brasil no Facebook.

Por que investigamos?

Em sua terceira fase, o Projeto Comprova verifica

conteúdos relacionados à covid-19 e a políticas públicas

do governo federal. Informações falsas ou enganosas

como a checada acima são prejudiciais à sociedade e

contribuem para uma interpretação distorcida da

realidade.

Comentários do post mostram que internautas

entenderam como uma 'boa ação' o pagamento dos R$

12 milhões à família, em vez de compreenderem que se

tratava do cumprimento de decisão judicial da qual o

governo chegou a recorrer. Até a tarde de 17 de

setembro, a notícia tinha 300 interações no site, além de

quase 7 mil compartilhamentos nas redes sociais,

incluindo Facebook e Twitter.

A ação judicial aberta pela família e o recurso

apresentado pelo governo são parte de um fenômeno

conhecido como 'judicialização da saúde'. Ele se dá

quando os cidadãos acionam judicialmente, ou um

plano de saúde ou a União, para obter acesso a

tratamentos, algumas vezes de alto custo.

Quando o governo é obrigado a financiar determinados

tratamentos, como o deste caso, os recursos precisam

sair de outros pontos do orçamento, criando uma

oposição entre direitos individuais e direitos coletivos.

De acordo com um levantamento feito em 2019 pelo

Insper para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre

2009 e 2017 o número de processos em primeira

instância relacionados à saúde aumentou 198%.

Enganoso, para o Projeto Comprova, é um conteúdo

retirado do contexto original e usado em outro de modo

que seu significado sofra alterações; que usa dados

imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente

da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com

ou sem a intenção deliberada de causar dano.

Texto produzido pelo Comprova, coalizão de veículos

de imprensa para verificar conteúdo viral nas redes

sociais. Investigado por: A Gazeta, Revista Piauí e O

Estado de S. Paulo. Verificado por: Folha de S. Paulo,

Jornal do Commercio, SBT, GZH e UOL.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - PJE

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Programa de conciliação para resolver conflitos relacionados a partilhas

de bens é criado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco

Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal Do Commercio (PE)/Pernambuco - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação

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Autor: Douglas Hacknen

O Poder Judiciário do Estado de Pernambuco por meio

do Núcleo de Conciliação (Nupemec) lançou um

programa com o intuito de resolver conflitos de família

que envolvam partilhas de bens de forma mais rápida.

Denominado de "Programa de Conciliação e Mediação

Pré-Processuais para Tratamento de Partilha de Bens",

sua atuação deve ser feita no âmbito do Direito de

Família e do Direito Sucessório, atuando nos Centros

Judiciários de Soluções de Conflitos e Cidadania do 1º

grau (Cejuscs).

> > TJPE abre inscrições para semana da reconciliação

> > Convênio entre o TJPE e o Procon Recife promete

agilizar a solução de conflitos

> > TJPE nega pedido de escola do Recife para retomar

aulas presenciais

Interessados em tentar buscar um acordo em conflito de

família, que envolva partilha de bens de causas ainda

não ajuizadas no âmbito do Judiciário estadual, deve

preencher um requerimento por meio da plataforma

'Concilie Aqui', disponível no site do Tribunal de Justiça

de Pernambuco (TJPE).

O TJPE indica que o pedido seja apresentado,

preferencialmente, com a ajuda de um advogado. O

pedido leva em conta "o conhecimento técnico capaz de

fornecer orientações jurídicas às partes bem como

acompanhar o procedimento até o momento do

respectivo registro dos bens nas serventias

competentes" do profissional da advocacia. Programa

foi criado através da Instrução Normativa Conjunta nº18.

Passo a passo

Após ser efetivado o requerimento, será agendada a

sessão em que todos os envolvidos deverão ser

convidados, onde serão apresentados os documentos

necessários, previamente relacionados na carta-convite.

A sessão de mediação acontecerá preferencialmente na

modalidade virtual, devido a pandemia do novo

coronavírus (covid-19).

Verificada a documentação solicitada, poderá ser

tomada por termo a pretensão das partes quanto à

forma de partilha dos bens listados. Em seguida, o

termo será encaminhado para homologação pelo juiz

em exercício no Cejusc competente. Para a conciliação

não serão admitidos pedidos que envolvam partes

menores e/ou incapazes, e também litígios e questões

consideradas de alta complexidade pelo magistrado.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação

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Sistemas do TJDFT ficarão indisponíveis neste final de semana

Conselho Nacional de Justiça - CNJMetrópoles/Distrito Federal - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE

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Autor: Matheus Garzon

Seis sistemas do Tribunal de Justiça do Distrito Federal

e dos Territórios (TJDFT) ficarão indisponíveis neste

final de semana. Segundo a corte, o SISTJ, SISTJWEB,

SISPL, SIPAD, STARH e DJE não poderão ser

acessados em virtude da necessidade de migração de

dados para um novo dispositivo de armazenamento

adquirido.

O TJDFT alerta que também poderá haver

intermitências no PJe, principalmente nas classes de

matéria criminal.

A mudança faz parte do plano de atualização e

modernização da área de tecnologia de informação da

instituição.

A migração busca melhor desempenho das operações

de armazenamento dos dados dos sistemas. Segundo a

Corte, o novo protocolo de comunicação permite replicar

os dados de um computador em outro, de forma que, se

um falhar, o outro assume, automaticamente.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - PJE

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TRT11 institui protocolo para o retorno gradual e progressivo das

atividades presenciais

Conselho Nacional de Justiça - CNJAmazonas Notícias/Amazonas - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação

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A retomada se dará em três etapas distintas, com início

condicionado ao amplo acesso a EPIs e análise da

situação epidemiológica no AM e RR

O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11)

publicou, nesta quarta-feira, 16 de setembro, Ato

Conjunto Nº 09/2020 que institui e regulamenta o

protocolo para o retorno gradual e progressivo das

atividades presenciais no âmbito das unidades

administrativas e judiciárias da Justiça do Trabalho nos

estados do Amazonas e Roraima.

O documento foi assinado pelo presidente do TRT11,

desembargador Lairto José Veloso, e pela

desembargadora corregedora Ruth Barbosa Sampaio, e

prevê uma retomada gradual em três etapas distintas: 1)

retorno do público interno. 2) retorno do atendimento

externo e 3) retorno pleno às atividades. O início de

cada etapa está condicionado ao amplo acesso a

Equipamentos de Proteção Individuais e Coletivas (EPIs

e EPCs), adequações nos ambientes laborais e análise

das avaliações epidemiológicas emitidas pelas

autoridades de saúde no Amazonas e Roraima. Ainda

não há previsão de datas para o retorno. As

peculiaridades de cada localidade onde houver Vara do

Trabalho serão avaliadas caso a caso.

O plano foi elaborado por uma comissão designada pelo

Gabinete de Emergência da Covid-19, instituído por

meio do Ato nº 15/2020/SGP e coordenado pela

desembargadora Joicilene Jerônimo Portela. O trabalho

de composição do documento teve início em 1º de junho

de 2020 e considerou as diretrizes do Conselho

Nacional da Justiça (CNJ), do Conselho Superior da

Justiça do Trabalho (CSJT) e do Tribunal Superior do

Trabalho (TST) e orientações da Organização Mundial

da Saúde (OMS). Diversas instâncias internas e

externas foram consultadas com a Associação dos

Magistrados do Trabalho da 11ª Região (Amatra11), o

Ministério Público do Trabalho da 11ª Região (MPT11) e

a Associação Amazonense dos Advogados Trabalhistas

- AMAAT.

Conheça as etapas:

ETAPA 1 - RETORNO DO PÚBLICO INTERNO

A primeira etapa de retorno às atividades presenciais

alcança apenas o público interno, exceto magistrados e

servidores que se enquadrem em grupo de risco, e se

dará de forma gradual, ao longo de quatro semanas.

Semana 1

· Secretaria de Tecnologia da Informação e

Comunicações - SETIC;

· Seção de Saúde com todo o seu efetivo de médicos,

psicólogos, enfermeiros e administrativo com o objetivo

de estruturar os protocolos de atendimento;

· Terceirizados;

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação

Semana 2

· Secretaria-Geral da Presidência;

· Diretoria-Geral;

· Secretaria de Administração (Divisão de Manutenção e

Projetos, Seção de Zeladoria e Seção de Manutenção

de Bens Móveis e Imóveis)

Semana 3

· Demais unidades administrativas;

Semana 4

· Unidades jurisdicionais que compõem a área-fim do

TRT, a exemplo das Varas, Secretarias de Turmas,

Secretaria-Geral Judiciária, dentre outras.

Magistrados, servidores e estagiários que

desempenham atividades que não exijam presença

física, manterão o exercício das suas atribuições,

preferencialmente, em trabalho remoto.

Nesta etapa, as atividades de atendimento ao público

externo ainda serão realizadas de forma virtual, não

sendo permitida a entrada desse público nos edifícios

do TRT11.

As audiências e sessões das Turmas, das Seções

Especializadas e do Tribunal Pleno continuarão a ser

realizadas por meios telepresenciais.

Critérios para o início da Etapa 1

· Número de novos casos por semana igual ou inferior a

3.000 para o Amazonas e 500 para Roraima durante as

duas últimas semanas epidemiológicas encerradas;

· Taxa de ocupação de leitos de UTI destinados ao

tratamento da Covid-19 inferior a 30%.

· Taxa de ocupação de leitos clínicos destinados ao

tratamento da Covid-19 inferior a 30%.

Critérios para suspensão da Etapa 1

· Número de novos casos por semana superior a 3.500

para o Amazonas e 700 para Roraima;

· Taxa de ocupação de leitos de UTI destinados ao

tratamento da Covid-19 superior a 40%;

· Taxa de ocupação de leitos clínicos destinados ao

tratamento da Covid-19 superior a 40%;

ETAPA 2 - ATENDIMENTO AO PÚBLICO EXTERNO

A segunda etapa de retorno às atividades presenciais

contempla o atendimento ao público externo e terá início

no primeiro dia útil do mês subsequente à conclusão da

primeira etapa.

No Fórum Trabalhista de Manaus/AM, a abertura ao

público externo será realizada de forma parcial,

mediante agendamento, seguindo uma escala de

atendimento presencial das unidades judiciárias.

A sala destinada aos advogados, no Fórum Trabalhista

de Manaus, fica liberada desde a primeira semana de

abertura ao atendimento ao público externo, sendo

limitado o acesso a, no máximo, 3 pessoas por vez.

Os atos processuais, como audiências de conciliação e

de instrução e julgamento, serão realizados,

preferencialmente, por videoconferência.

As audiências presenciais estarão limitadas a 6 por dia

por Vara do Trabalho, com intervalo mínimo de 40

minutos entre as audiências para possibilitar a

desinfecção do ambiente.

Poderão ser realização audiências em formato misto,

com a presença de alguns participantes no local da

realização do ato e de outros em participação virtual,

por videoconferência.

O acesso às salas de audiência ficará limitado, além de

magistrado e servidores, às partes, testemunhas e aos86

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação

respectivos advogados.

Nesta etapa, está autorizada, caso necessário, a

realização presencial de sessões de julgamento das

Turmas, Seções Especializadas e do Tribunal Pleno, a

critério do respectivo colegiado.

O atendimento ao público externo em todas as unidades

de primeira e segunda instância deverá ser realizado

preferencialmente de forma virtual e, quando necessária

a presença física, deve ser agendado, resguardando um

intervalo mínimo de 40 minutos entre cada atendimento,

de forma a permitir a sanitização do espaço.

O acesso às áreas internas do TRT11 será permitido às

partes e advogados com 30 minutos de antecedência à

realização da audiência ou sessão da turma, quando

realizadas presencialmente.

Para garantir o acesso ao Judiciário Trabalhista, o

Núcleo de Distribuição dos Feitos de Manaus atenderá

todos os dias para receber reclamação verbal. Os

atermadores, em razão do atendimento direto e

individualizado ao público, terão instaladas em suas

mesas de trabalho barreiras de acrílico.

Critérios para o início da Etapa 2

· Número de novos casos por semana igual ou inferior a

1.000 para o Amazonas e 200 para Roraima;

· Taxa de ocupação de leitos de UTI destinados ao

tratamento de Covid-19 inferior a 10%;

· Taxa de ocupação de leitos clínicos destinados ao

tratamento de Covid-19 inferior a 10%.

Critérios para suspensão da Etapa 2

· Número de novos casos por semana superior a 1.500

para o Amazonas e 300 para Roraima;

· Taxa de ocupação de leitos de UTI destinados ao

tratamento de Covid-19 superior a 20%;

· Taxa de ocupação de leitos clínicos destinados ao

tratamento de Covid-19 superior a 20%.

ETAPA 3 - RETORNO PLENO ÀS ATIVIDADES

PRESENCIAIS

Na data estabelecida em ato presidencial, magistrados,

servidores e estagiários regressarão às atividades

presenciais, salvo quando estiverem em trabalho

remoto, teletrabalho, em licença ou afastado por

qualquer outro motivo legal.

Os canais de atendimento virtual serão preservados e

estimulados, considerando os avanços que

proporcionaram à prestação jurisdicional.

As orientações de higiene serão mantidas, com o intuito

de evitar novas propagações de doenças em ambientes

públicos.

Critérios para o início da Etapa 3

Os critérios serão apresentados pelo Comitê de

Retomada das Atividades Presenciais, ouvida a Seção

de Saúde, assessorada por profissional médico

infectologista, cujo parecer deverá considerar, entre

outros parâmetros, o número de óbitos, a

disponibilidade de leitos de UTI para os casos de Covid-

19, a existência de vacinas ou tratamento eficaz.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação

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Oficialização das conciliações no STF pode dar novo sentido à jurisdição

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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação

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Autor: Saul Tourinho Leal

Em 7 de agosto de 2020, na presidência do ministro

Dias Toffoli, foi publicada a Resolução nº 697, criando o

Centro de Mediação e Conciliação (CMC), responsável

pela busca e implementação de soluções consensuais

no Supremo Tribunal Federal.

O artigo 1º e o seu parágrafo único criam o CMC,

responsável pela realização de acordos no STF,

subordinado diretamente à Presidência da Corte.

Compete-lhe buscar, mediante mediação ou

conciliação, a solução de questões jurídicas sujeitas à

competência do STF que, por sua natureza, a lei

permita a solução pacífica.

Coordenado por juiz auxiliar da Presidência (artigo 6º), a

estrutura física e o quantitativo de colaboradores do

CMC deverá ser proporcional à demanda existente. Os

ministros poderão indicar à Presidência servidores e

juízes auxiliares e instrutores de seus gabinetes para

atuarem nas atividades conciliatórias nos processos de

sua relatoria (§ § 1º e 2º do artigo 6º).

Segundo o artigo 2º e o seu parágrafo único da

Resolução nº 697/2020, o CMC deverá atuar nas

seguintes atividades: I - solução de conflitos pré-

processuais; e II - soluções de conflitos processuais.

A tentativa de conciliação poderá ocorrer nas hipóteses

regimentais de competência da Presidência ou a critério

do relator, em qualquer fase processual (artigo 3º,

parágrafo único).

Os interessados poderão peticionar à Presidência para

solicitar a atuação do CMC em situações que poderiam

deflagrar conflitos de competência originária do STF, de

modo a viabilizar a solução pacífica da controvérsia

antes da judicialização.

Os relatores terão a faculdade de encaminhar os autos

ao CMC, a qualquer tempo, de ofício ou mediante

provocação das partes. Essa opção não prejudica

tentativa de conciliação pelo relator, e, a seu pedido, o

CMC prestará o apoio necessário aos gabinetes nas

tentativas de conciliação realizadas diretamente pelos

relatores (artigo 4º § § 1º e 2º).

Por fim, poderão atuar como mediadores

e/conciliadores, de forma voluntária e não remunerada: I

- Ministros aposentados; II - magistrados, membros do

Ministério Público, advogados e defensores públicos

aposentados; III - servidores do Poder Judiciário; IV -

advogados (artigo 7º).

A Resolução nº 697/2020 do STF é a própria

transformação acontecendo. Para entender a sua exata

dimensão, é preciso antes percorrer a própria

simbologia do Tribunal.

Símbolos têm poder. E, com o poder que têm, se

impõem sobre as pessoas, dirigindo seus

comportamentos, ainda que contra suas vontades. Não

88

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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação

é diferente no Supremo Tribunal. Na capital federal,

Brasília, desde 21 de abril de 1960, o edifício-sede fica

na Praça dos Três Poderes, obra do arquiteto Oscar

Niemeyer, com projeto original de Lúcio Costa. É um

prédio público repleto de símbolos. Trata-se de uma

edificação que dá conforto a autoridades igualmente

repletas de poder.

Na entrada, fica a estátua que personifica a Justiça, do

escultor mineiro Alfredo Ceschiatti, em granito de

Petrópolis e pedra monolítica. A Deusa, vendada e

sentada - talvez no seu trono -, empunha, com a mão

direita, uma espada. Com a ponta dos dedos da mão

esquerda, confere o quão afiada está a lâmina. Esse é o

símbolo escolhido para, diante dos olhos de todos os

que entram e saem do Tribunal, representar a jurisdição

constitucional exercida pelo Supremo Tribunal Federal.

O próprio site da Corte explica:

Segundo a descrição oficial[2], a espada mostra uma

justiça constitucional misericordiosa com uns e cruel

com outros, punindo e golpeando, se preciso for,

segundo a sua vontade. Esse elemento simbólico

termina por habitar as moradas sem trancas do nosso

inconsciente.

Na Coreia do Sul, no fundo do prédio da Corte

Constitucional, em Seul, também há uma grande

estátua. De bronze, ela traz um homem em busca da

ordem constitucional, da verdade e da justiça. É o

guardião da Constituição. Na mão direita, não há

espadas afiadas, mas um código jurídico cravado sobre

uma balança. Com a mão esquerda, ao contrário de

conferir a lâmina, o Guardião arrebenta uma corrente

que restringe as liberdades. Ele está em pé, não

sentado num trono.

O continente africano também optou por símbolos que

convidem ao engajamento consciente de cidadãos e

cidadãs.

Na Corte Constitucional da África do Sul, a porta de

acesso ao edifício é imensa e pesada, de madeira, e

traz, talhados nela, os dispositivos asseguradores dos

direitos fundamentais, acompanhados de desenhos que

iluminem o seu significado. A interpretação da

Constituição há de começar e terminar por esses

comandos, assim como as pessoas, para entrar e sair

do prédio, precisam cruzar aquelas portas de madeira.

Albie Sachs, que já integrou a Corte, diz o seguinte

sobre o prédio: 'Existe algo na arquitetura padrão dos

tribunais que exala autoridade, que diz: 'Cuidado, o

Estado está acima de você'. Contudo, nossa Corte não

expressa poder, ela modera o poder'.[3]

A jurisdição constitucional exercida por uma Suprema

Corte não deve expressar o poder, mas moderá-lo,

pacificamente, zelando pela sua autoridade.

O Preâmbulo da Constituição brasileira nos reconhece

como uma 'sociedade fraterna, pluralista e sem

preconceitos, fundada na harmonia social e

comprometida, na ordem interna e internacional, com a

solução pacífica das controvérsias'. Somos da paz, não

da guerra. Na ordem interna, e na internacional,

primamos por soluções pacíficas. Exemplo é o inciso VII

do artigo 4º, que diz que a República Federativa rege-

se, nas suas relações internacionais, pelo princípio da

'solução pacífica dos conflitos.[4]

Trecho do artigo 98, I, dispõe que a União, no Distrito

Federal e nos Territórios, e os Estados criarão juizados

especiais, 'competentes para a conciliação, o

julgamento e a execução de causas cíveis de menor

complexidade e infrações penais de menor potencial

ofensivo (...)'. Mais expresso, impossível: a tentativa de

conciliação é necessária.

Longe de impor cegamente o seu poder, sentada num

trono, de posse de uma espada amolada, selecionando

pessoas para a sua misericórdia ou punição, o que se

reclama de uma jurisdição constitucional humanista é a

capacidade de, por meio da sua autoridade, animar em

nós o que Abraham Lincoln chamava de "os anjos bons

da nossa natureza".

A missão do STF nesse século é nos convidar a

sentarmos juntos, numa mesa redonda - sem

cabeceiras -, para olharmos reflexivamente para os89

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nossos conflitos e, de boa-fé, e com esforço sincero,

renunciarmos reciprocamente a questões individuais na

busca de uma solução coletiva.

É uma missão que dimana diretamente da Constituição,

ao dispor, logo a partir do preâmbulo, sobre as soluções

pacíficas das controvérsias - incluindo as judiciais -, a

despeito de também haver, no Código de Processo

Civil, vários comandos abrindo caminho para as

conciliações (arts. 139, V, 487, III, 'b' e 932, I).

Ter tribunais elevados buscando, no exercício do poder,

a conciliação entre as partes, não é novidade.

Ao pregar a paz pelo direito, Hans Kelsen anotou que "a

jurisdição compulsória de um tribunal internacional não

exclui um procedimento de conciliação". Ponderou ele

que "o tribunal se torna competente apenas no caso de

eventual malogro da conciliação".[5]

Kelsen foi um juiz constitucional. Ele viveu a verdade,

não a conheceu apenas nos livros que leu e escreveu.

Ao fundar e compor uma Corte Constitucional - a da

Áustria -, Kelsen percorreu o caminho, afastando-se da

posição cômoda de apenas saber onde esse caminho

ficava. Sabia sobre o que falava. E falou.

A ideia da conciliação, como elemento de paz no

Direito, não está presente apenas na monumental obra

teórica de Hans Kelsen. A prática constitucional na

África do Sul, por exemplo, mostra que os juristas

daquele país, fugindo da acomodação acrítica e

automática de institutos jurídicos estrangeiros, optaram

por desenhar de maneira criativa e original os seus

próprios remédios processuais. A conciliação não foi

deixada de fora.

Pierre De Vos anota que alguns instrumentos adotados

pela Corte Constitucional sul-africana "visam a

direcionar os atores a agirem de uma maneira mais

consonante com a noção de democracia participativa".

"Os tribunais podem usar esses remédios para ajudar a

aprofundar a democracia e capacitar os cidadãos que

podem facilmente se sentir alienados num estado

burocrático.[6] " Foi assim que nasceu o "engajamento

significativo".

Engajamento significativo é a forma que a jurisdição

constitucional sul-africana encontrou para, fiel à sua

história, persistir com a experiência adquirida com as

práticas tradicionais do país, especialmente o hábito de

aldeões se sentarem debaixo de árvores com membros

em conflito na comunidade para, arbitrando uma

solução, apontar um caminho que inspire o sentimento

de justiça, não de vingança. Também, uma forma de

reparar laços sociais esgarçados por vendetas

cotidianas. Não é à toa que o símbolo oficial da Corte

Constitucional é uma árvore frondosa, com pessoas

embaixo.

O engajamento significativo não raramente resulta na

expedição, pela Corte, de uma ordem - ou interdito

estrutural -, pela qual o Tribunal mantém a supervisão

da implementação de sua decisão, das seguintes

formas: (i) uma ordem obrigando o governo a tomar

certas medidas para remediar uma situação ilegal; (ii) a

exigência de que o governo apresente um relatório

sobre as medidas que tomou ou pretende tomar para

dar efeito à ordem; (iii) uma oportunidade para a outra

parte ou partes comentarem o relatório; e (iv) a

possibilidade de novas ordens judiciais, confirmando o

cumprimento da ordem original ou concedendo mais

tempo para o cumprimento integral da medida.[7]

A Corte concedeu este remédio pela primeira vez no

caso Occupiers of 51 Olivia Road, Berea Township and

197 Main Street Johannesburg v City of Johannesburg

and Others[8], ao declarar inconstitucional o ato

administrativo de um município expulsar ocupantes

ilegais sem primeiro se envolver com eles, individual e

coletivamente, de forma significativa.[9]

O engajamento foi um processo bilateral, no qual a

Prefeitura e aqueles que estão prestes a se tornarem

sem-teto conversam entre si de maneira significativa, a

fim de alcançar certos objetivos, tais como: (a) saber

quais as consequências do despejo; (b) se a cidade

pode ajudar a aliviar essas terríveis consequências; c)

se foi possível tornar o edifício em causa relativamente

seguro e propício à saúde durante um período; (d) se a90

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cidade tinha alguma obrigação com os ocupantes nas

circunstâncias prevalecentes; e (e) quando e como a

cidade poderia ou iria cumprir essas obrigações.[10]

Se a África do Sul tem o engajamento significativo, o

Brasil tem a máxima consolidada em cada um de nós:

"é conversando que a gente se entende". Nada mais

natural do que o nosso jeito de ser compor a nossa

forma de, à luz da Constituição, resolver conflitos

judicializados ou pelo menos tentar conciliar posições

divergentes.

A instrumentalização das formas de mediação e

conciliação no âmbito do STF por meio da Resolução

nº 697/2020 para além de ofertar ao modelo de controle

de constitucionalidade brasileiro mais uma ferramenta,

ressignifica profundamente a própria compreensão

artística da estátua da Justiça fincada diante do edifício-

sede do Supremo Tribunal Federal.

Levantando a venda para olhar para a angústia das

partes, suas expectativas e frustrações, ministros e

ministras do Supremo poderão se colocar no lugar do

outro, e, sem saírem de sua condição de julgadores,

passarão a interagir mais em busca de soluções

construídas ali, premidas pela realidade, como fazem os

bons artesãos. O Tribunal se levanta do seu trono, e, de

pé, percorre um caminho que precisa ser percorrido.

A estátua da Justiça alcança o estado da arte na sua

ressignificação ao abrir mão da espada, para que não

mais divida as pessoas em merecedoras de

misericórdia ou de punição. Humanista e

contemporânea, guiada por uma Constituição que é

uma heroína generosa, ela passa a, sem espada, de pé,

e olhando nos olhos dos que vindicam justiça, convidá-

los a, sentados numa mesa sem lugares marcados, nem

posições mais elevadas do que as de outros, refletirem,

juntos, sobre suas condições, abrindo caminho para a

construção mais humana, pessoal e sincera de

soluções.

Aglutinando conciliações e acordos supervisionados, o

STF tem a oportunidade de dar um novo sentido à

jurisdição constitucional brasileira, apresentando ao

mundo algo original, que pode até encontrar paralelos

em outras jurisdições - como o engajamento significativo

sul-africano -, mas que, como sabemos, é fruto de um

jeito de ser que é único. Um jeito de ser consistente na

máxima: "é conversando que a gente se entende".

[2] Disponível em:

http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bi

bliotecaConsultaProdutoBibliotecaSimboloJustica&pagin

a=espada

[3] Vida e direito: uma estranha alquimia. Tradução Saul

Tourinho Leal. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 95.

[4] Disponível:

https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2018/10/27/in

terna_politica,1000472/temos-osol-a-pino-da-

democracia-diz-carlos-ayres-britto.shtml

[5] Kelsen, Hans. A paz pelo direito. Tradução Lenita

Ananias do Nascimento. São Paulo: Editora WMF

Martins Fontes, 2011, p. 32.

[6] South African Constitutional Law in Context. Pierre

De Vos (editor). Oxford University Press. 2014, p. 413.

[7] Constitutional litigation, Brickhill, J; Du Plessis, M;

Penfold, Gp. Juta. Johannesburg, 2013, p. 124.

[8] South African Constitutional Law in Context. Pierre

De Vos (editor). Oxford University Press. 2014, p. 413.

[9] South African Constitutional Law in Context. Pierre

De Vos (editor). Oxford University Press. 2014, p. 414.

[10] South African Constitutional Law in Context. Pierre

De Vos (editor). Oxford University Press. 2014, p. 414.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação

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Desembargadora Ormy Bentes é eleita presidente do TRT11 para o

biênio 2020-2022

Conselho Nacional de Justiça - CNJD24am/Amazonas - Noticias

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - PJE

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Manaus - O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª

Região - Amazonas e Roraima (TRT11) elegeu, em

sessão extraordinária do Tribunal Pleno realizada nesta

sexta-feira (18), os futuros dirigentes do órgão para o

biênio 2020/2022. A desembargadora Ormy da

Conceição Dias Bentes foi eleita para assumir o cargo

de presidente do Tribunal. Ela vai suceder o atual

presidente, desembargador Lairto José Veloso, cuja

gestão se encerra em dezembro deste ano.

Ormy da Conceição Dias Bentes é natural de Manaus.

Graduada em Direito pela Universidade Federal do

Amazonas (UFAM) (Foto: Divulgação)

Pela primeira vez, a eleição foi realizada por

videoconferência, para atender as recomendações de

distanciamento social em razão da pandemia. Na

ocasião, também foram escolhidas as desembargadoras

Solange Maria Santiago Morais, para o cargo de vice-

presidente; e Márcia Nunes da Silva Bessa para ocupar

o cargo de corregedora regional.

Perfil das novas gestoras

Ormy da Conceição Dias Bentes é natural de Manaus.

Graduada em Direito pela Universidade Federal do

Amazonas (UFAM), atuou na advocacia privada por oito

anos. Após aprovação em concurso público, ingressou

na magistratura como juíza do trabalho substituta no

Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região em 1987.

Tornou-se juíza titular em 1990, atuando na Vara de

Eirunepé, posteriormente sendo titular das Varas de

Manacapuru e Tefé. Em Manaus, foi juíza titular da 3ª,

9ª e 18ª Varas do Trabalho. A magistrada tomou posse

como desembargadora do TRT11 em fevereiro de 2012.

Foi corregedora regional e ouvidora no biênio

2014/2016.

Solange Maria Santiago Morais é natural de Belém/PA.

Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Pará.

Foi nomeada desembargadora do TRT da 11ª Região

em junho de 1999, na vaga reservada a membro do

Ministério Público do Trabalho. Foi eleita vice-presidente

do Regional no biênio 2000/2002 e aclamada presidente

no biênio 2002/2004. Também exerceu o cargo de

Diretora-Geral da Escola Regional de Magistrados do

Trabalho da 11ª Região - ERMAT-AM/RR.

Márcia Nunes da Silva Bessa, eleita corregedora

regional, é natural do Rio de Janeiro/RJ. Bacharel em

Direito pela Universidade Federal do Amazonas em

1985. Tomou posse como juíza do trabalho substituta

em outubro de 1993. Foi presidente da Junta de

Conciliação e Julgamento de Humaitá/AM e titular da 4ª

Vara do Trabalho de Manaus. Convocada para atuar

como juíza auxiliar da Presidência do TRT11 em junho

de 2015, a magistrada também atuou como

coordenadora do Núcleo de Apoio ao Processo Judicial

Eletrônico- PJe e e-Gestão - NAPE, do Núcleo de

Distribuição dos Feitos de Manaus e do Núcleo

Permanente de Métodos Consensuais de Solução de

Conflitos - Nupemec. Foi promovida a desembargadora

pelo critério de merecimento, tomando posse em abril

92

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Conselho Nacional de Justiça - CNJD24am/Amazonas - Noticias

sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - PJE

de 2017.

Ouvidoria

O TRT11 realizou também, de forma inédita, a eleição

para a escolha do desembargador ouvidor e suplente.

Foi aclamado como ouvidor do TRT11 o desembargador

David Alves de Mello Júnior, e o desembargador José

Dantas de Góes foi escolhido o suplente.

Escola Judicial e Centro de Memória

Os gestores da Escola Judicial e do Centro de Memória

da Justiça do Trabalho da 11ª Região para o biênio

2020-2022 também foram aclamados. O

desembargador Audaliphal Hildebrando da Silva foi

reconduzido para ocupar o cargo de diretor da Ejud11.

E o desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes foi

eleito diretor do Centro de Memória.

biênio 2020/2022

ormy da conceição dias bentes

TRT11

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - PJE

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Desembargadora Ormy da Conceição Bentes é eleita presidente do TRT

11

Conselho Nacional de Justiça - CNJEm Tempo AM/Amazonas - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE

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Manaus - O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª

Região - Amazonas e Roraima (TRT11) elegeu, em

sessão extraordinária do Tribunal Pleno realizada nesta

sexta-feira (18/09), os futuros dirigentes do órgão para o

biênio 2020/2022.

A desembargadora Ormy da Conceição Dias Bentes foi

eleita para assumir o cargo de presidente do Tribunal.

Ela vai suceder o atual presidente, desembargador

Lairto José Veloso, cuja gestão se encerra em

dezembro deste ano.

Pela primeira vez, a eleição foi realizada por

videoconferência, para atender as recomendações de

distanciamento social em razão da pandemia.

Na ocasião, também foram escolhidas as

desembargadoras Solange Maria Santiago Morais, para

o cargo de vice-presidente; e Márcia Nunes da Silva

Bessa para ocupar o cargo de corregedora regional.

Perfil das novas gestoras

Ormy da Conceição Dias Bentes

Ormy da Conceição Dias Bentes é natural de Manaus.

Graduada em Direito pela Universidade Federal do

Amazonas (UFAM), atuou na advocacia privada por oito

anos. Após aprovação em concurso público, ingressou

na magistratura como juíza do trabalho substituta no

Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região em 1987.

Tornou-se juíza titular em 1990, atuando na Vara de

Eirunepé, posteriormente sendo titular das Varas de

Manacapuru e Tefé. Em Manaus, foi juíza titular da 3ª,

9ª e 18ª Varas do Trabalho. A magistrada tomou posse

como desembargadora do TRT11 em fevereiro de 2012.

Foi corregedora regional e ouvidora no biênio

2014/2016.

Solange Maria Santiago Morais

Solange Maria Santiago Morais é natural de Belém/PA.

Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Pará.

Foi nomeada desembargadora do TRT da 11ª Região

em junho de 1999, na vaga reservada a membro do

Ministério Público do Trabalho. Foi eleita vice-presidente

do Regional no biênio 2000/2002 e aclamada presidente

no biênio 2002/2004. Também exerceu o cargo de

Diretora-Geral da Escola Regional de Magistrados do

Trabalho da 11ª Região - ERMAT-AM/RR.

Márcia Nunes da Silva Bessa

Márcia Nunes da Silva Bessa, eleita corregedora

regional, é natural do Rio de Janeiro/RJ. Bacharel em

Direito pela Universidade Federal do Amazonas em

1985. Tomou posse como juíza do trabalho substituta

em outubro de 1993. Foi presidente da Junta de

Conciliação e Julgamento de Humaitá/AM e titular da 4ª

Vara do Trabalho de Manaus.

Convocada para atuar como juíza auxiliar da

Presidência do TRT11 em junho de 2015, a magistrada

também atuou como coordenadora do Núcleo de Apoio

ao Processo Judicial Eletrônico- PJe e e-Gestão -

NAPE, do Núcleo de Distribuição dos Feitos de Manaus

e do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de94

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sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE

Solução de Conflitos - Nupemec. Foi promovida a

desembargadora pelo critério de merecimento, tomando

posse em abril de 2017.

Ouvidoria

O TRT11 realizou também, de forma inédita, a eleição

para a escolha do desembargador ouvidor e suplente.

Foi aclamado como ouvidor do TRT11 o desembargador

David Alves de Mello Júnior, e o desembargador José

Dantas de Góes foi escolhido o suplente.

Escola Judicial e Centro de Memória

Os gestores da Escola Judicial e do Centro de Memória

da Justiça do Trabalho da 11ª Região para o biênio

2020-2022 também foram aclamados. O

desembargador Audaliphal Hildebrando da Silva foi

reconduzido para ocupar o cargo de diretor da Ejud11.

E o desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes foi

eleito diretor do Centro de Memória.

Turmas

A desembargadora Valdenyra Farias Thomé foi eleita

para ocupar o cargo de presidente da 1ª Turma. A

desembargadora Joicilene Jerônimo Portela foi

aclamada como presidente da 2ª Turma. E a

desembargadora Ruth Barbosa Sampaio foi a escolhida

para presidir a 3ª Turma.

Confira como ficou a composição das Turmas:

1ª Turma

Presidente: Valdenyra Farias Thomé

Membros

Solange Maria Santiago Morais

Francisca Rita Alencar Albuquerque

David Alves de Mello Júnior

2ª Turma

Presidente: Joicilene Jerônimo Portela

Membros

Eleonora de Souza Saunier

Lairto José Veloso

Audaliphal Hildebrando da Silva

3ª Turma

Presidente: Ruth Barbosa Sampaio

Jorge Alvaro Marques Guedes

Maria de Fátima Neves Lopes

José Dantas de Góes

Seções Especializadas

Foi aclamada como presidente da Seção Especializada

I, a desembargadora Solange Maria Santiago Morais. A

presidência da Seção Especializada II ficou com a

desembargadora Francisca Rita Alencar Albuquerque

Confira como ficou a composição das Seções

Especializas:

Especializada I:

Presidente: Solange Maria Santiago Morais

Membros

David Alves de Mello Júnior

Lairto José Veloso

Audaliphal Hildebrando da Silva

Jorge Alvaro Marques Guedes95

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Conselho Nacional de Justiça - CNJEm Tempo AM/Amazonas - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE

José Dantas de Góes

Especializada II:

Presidente: Francisca Rita Alencar Albuquerque

Membros

Valdenyra Farias Thomé

Eleonora de Souza Saunier

Ruth Barbosa Sampaio

Maria de Fátima Neves Lopes

Joicilene Jerônimo Portela

Comissões

A Comissão do Regimento Interno, a partir do biênio

2020-2022, será presidida pelo desembargador José

Dantas de Góes e terá como membros os

desembargadores David Alves de Mello Júnior e

Eleonora de Souza Saunier.

A Comissão de Revista terá como presidente o

desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes e terá

como membros a desembargadora Joicilene Jerônimo

Portela e os juízes Sandro Nahmias Melo e Mauro

Augusto Ponce de Leão Braga, além de um magistrado

que será indicado pela Escola Judicial.

A Comissão de Vitaliciamento será presidida pela

corregedora regional desembargadora Marcia Nunes da

Silva Bessa e terá como membros a vice-presidente e o

diretor da Ejud11 eleitos.

Comissão de Uniformização de Jurisprudência terá

como presidente a desembargadora Solange Maria

Santiago Morais e terá como membros os

desembargadores David Alves de Mello Júnior,

Audaliphal Hildebrando da Silva, Jorge Alvaro Marques

Guedes e Maria de Fátima Neves Lopes.

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Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - PJE

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Fachin determina que Força Nacional seja retirada de assentamentos na

Bahia

Conselho Nacional de Justiça - CNJJota/Nacional - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: Hyndara Freitas

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal

(STF), determinou que a União retire, em até 48 horas,

o efetivo da Força Nacional de Segurança Pública de

assentamentos do Movimento Sem Terra (MST) nos

municípios de Prado e Mucuri, no sul da Bahia. Leia a

íntegra da decisão.

O envio dos policiais aos assentamentos foi

determinado pelo ministro da Justiça, André Mendonça,

por meio de uma portaria publicada em 1º de setembro,

após pedido do Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária (Incra).

A ordem do Ministério da Justiça, entretanto, foi tomada

sem a consulta do governador da Bahia, Rui Costa (PT-

BA). O governador então acionou o STF por meio da

ação cível originária (ACO) 3.427, pedindo a retirada

dos agentes. O ministro Edson Fachin concedeu a

liminar pleiteada pelo estado na noite da última quinta-

feira (17/9).

Na decisão, Fachin diz que a jurisprudência do STF 'tem

se consolidado ao redor da forte carga argumentativa do

princípio da autonomia dos Estados. A definição dos

contornos de um federalismo cooperativo pressupõe

que os entes federados sejam permanentemente

protegidos contra eventuais tendências expansivas dos

demais'.

Em sua visão, 'é suficientemente plausível' que o artigo

4 do Decreto 5.289/2004, que prevê as hipóteses de

emprego da Força Nacional e dispensa a anuência do

governador de estado neste uso, 'viole o princípio da

autonomia estadual'. Para o ministro, 'o espaço de

autorização legal para operações desta natureza,

disciplinado pela Lei 11.473/2007, está afetado à figura

de um convênio'.

'Parece ser, portanto, necessária, uma concorrência de

vontades para que não se exceda o limite constitucional

de proteção do ente federado, na forma do art. 1º da

referida Lei: 'Art. 1o A União poderá firmar convênio

com os Estados e o Distrito Federal para executar

atividades e serviços imprescindíveis à preservação da

ordem pública e da incolumidade das pessoas e do

patrimônio.' Uma vez que se afigura, no seio da

presente ação, a possibilidade violação deste conjunto

normativo, reúnem-se os requisitos de plausibilidade da

demanda autorizadores do deferimento da tutela

provisória', afirma Fachin.

O ministro ainda destaca 'a gravidade das alegações',

pois 'os enormes riscos para a estabilidade do pacto

federativo são ainda acrescidos das circunstâncias

materiais da ação, isto é, o exercício dos poderes

inerentes à segurança pública e o possível uso da

violência'. Fachin lembra que, recentemente, o plenário

do STF fixou regras para uso da força policial em

operações em comunidades no Rio de Janeiro, na

ADPF 635. Assim, 'o quadro geral de pandemia exige

que a mobilização de contingentes de segurança seja

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Conselho Nacional de Justiça - CNJJota/Nacional - Noticias

sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação

sensivelmente restrita e acompanhada sempre de

protocolos sanitários', diz.

Na decisão, Fachin ainda determina a citação da

Advocacia-Geral da União (AGU), para que ela informe

se tem interesse na realização de audiência de

conciliação. Ela deve responder em até 15 dias.

Ao acionar o STF, o governo da Bahia argumentou que

a Força Nacional só pode ser autorizada quando há

pedido do governo local, e que significaria uma afronta à

Constituição a intromissão de um ente da federação nas

questões que sejam de competência do outro.

A Bahia sustenta que 'não consta nos registros da

Secretaria de Segurança Pública, das Delegacias locais

e nem das companhias da Polícia Militar com atuação

em Prado e Mucuri a ocorrência, no período de agosto,

de qualquer conflito social, desestabilização da ordem,

risco à segurança e à incolumidade pública, e nem a

patrimônio público ou privado que fosse dotado de

gravidade e justificasse medida tão excepcional, o que é

confirmado pela absoluta ausência de qualquer registro

ou repercussão pela imprensa'.

Hyndara Freitas - Repórter em Brasília. Cobre

Judiciário, em especial o Supremo Tribunal Federal

(STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Conselho

Nacional de Justiça (CNJ). Antes, foi repórter no jornal

O Estado de São Paulo. Email:

[email protected]

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação

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STF determina que União retire efetivo da Força Nacional de

assentamentos do MST

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao

sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - STF

Ministro Edson Fachin atendeu pedido de liminar feito

pelo governador da Bahia e determinou a retirada, em

até 48 horas, de efetivo em dois municípios do estado.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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STF convoca audiência pública relativa ao Fundo Nacional sobre

Mudança do Clima

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao

sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - STF

Audiência marcada para a próxima segunda-feira (21)

vai reunir integrantes do Governo Federal, organizações

da sociedade civil, institutos de pesquisa, acadêmicos e

empresários.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF

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Década internacional de afrodescendentes

Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020

Judiciário - Judiciário

Não não não não não não não não não não vamos bolar

me direito sem fronteiras desta semana vamos falar

sobre a década internacional de afrodescendentes

resolução das nações unidas para o período que

começou um atraso em dois mil e quinze e termina em

dois mil e vinte quatro na contramão desse

reconhecimento esse.

Tinham dois mil e vinte de acordo com especialistas é

marcado pela violência policial contra negros e como

resultado ela só é uma das maiores ondas de protestos

anti racista da história dos Estados Unidos o volume de

álcool conhecido como lives médico ou vidas secas

importa a onde de protestos opções.

Eu imaginei apud logo após Georges Louis de um

homem negro de quarenta anos ter sido sufocada até a

morte durante uma abordagem por policial branco que

ajoelhou sobre o pescoço dele gestos professor ruins.

Vínculo de indignação e o movimento ficou conhecido

como black Lages.

Ela não vidas negras importam a imagem da violência

policial ganhou o mundo e as manifestações

atravessaram fronteiras com os protestos e atos de

violência acontece em meio a década internacional de

afrodescendentes.

Quentes resolução meia oito dois três sete da

assembleia.

Eu geral da ordem para o período entre dois mil e

quinze e dois mil e vinte quatro tema escolhido

reconhecimento justiça e desenvolvimento de acordo

com a ouro existem aproximadamente.

Entre duzentos milhões de pessoas vivendo nas amém.

Érica identificadas como afrodescendentes segundo as

nações unidas estas pessoas constituem os grupos

mais pobres o acesso limitado à educação de qualidade

serviços de saúde moradia.

Segurança além disso enfrentam índices alarmantes de

violão.

Isso é policial em discriminação racial e de e para

debater o assunto vamos conversar e os cat com Wilson

Farias doutor em direito e o promotor de justiça se

aposentar vamos conversar também com Milena Mattos

advogada e o subdiretor jurídica da associação nacional

da advocacia negra há não muito obrigado aos dois pela

presença nos programas o comércio com a pergunta

pro Wilson eu disse a ponto doutor Wilson que segundo

especialistas isso.

Se o movimento essa onda de protestos nos Estados

Unidos é maior até do que aqueles protestos aquele

movimento pelos direitos civis lado da década de

sessenta senhor concorda com isso a que se deve essa

exposição de protestos de contextualizar las em treze

de maio de mil oitocentos e oitenta e oito foi um dos

maiores sítios esse aí já que talvez maior achar aquela

é esta cara.

A assumirem os Gama advogado e ele decidiu e de

Joaquim Nabuco para mim muitos maiores de

estadistas embora fosse branco lutou muito pela

escravidão bem.

Não há digamos assim o levante popular que

sensibilizou a coroa para que fosse formalmente o

negro é digamos assim consegui com a sua limitação

apenas formal não.

Jurista Flávio me parar em oz ideais de monzón

alimento em nós.

É uma recuada uma grávida na minha ela ela vier na

mina de nós num menino mosul em uma democracia

nenhum ozônio Aline meramente ornamental eliminem

carne nova no ele.

Remontar a pobreza e de brancos e inimigos branco

fenômeno da minha geração se em treze de uma.101

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Judiciário - Judiciário

Em mil oitocentos e oitenta e oito houve um levante

popular sensibilizou a coroa.

Meses movimentos e ou morriam amor era visitar

menino uma maior inimigo uniforme idioma que

acontece quando a hora.

Levem o Brasil amor na hora também são importantes

mesmo para sensibilizar a nação brasileira porque nós

olhem bem nós não nascemos para mim.

Um jornalista advogado professor nós nascemos

maravilha irmão enormes e nós vamos a menina me

momentaneamente mas nenhum medo.

Movimentos ou morrer uma agora estado de Minas e

um e.

E me sensibilizaram uma grande minha mina morro

sanitário como muito amor para eu mudar minha parte a

saga de nascimento porque o garber não é um

problema meu não problema da.

Na minha na minha um é um partido mas o Brasília um

exercício arrumar.

É um exercício na tanya pra ver o senhor que devolvi

um pouco quando Luna uma ideia na população pois

reflexões importantes a respeito da do racismo no Brasil

é mas eu queria fazer a comparação com a situação

dos estados finitos ainda o que é isso nossa onda

mundial é mais recentemente foi lá que ela nasceu e

ganhou uma reflexão que huáscar com consequências

aqui no Brasil para com repercussões aqui no Brasil na

opinião dos.

Senhora esse movimento a essa onda é maior de fato

do que aquela pelos direitos civis a década de sessenta

imagens no que.

Isso é que que é que tá causando a essa onda mayor

supostamente maior e mais racismo é uma organização

maior dos negros uma consciência maior da sua

condição qual é a explicação que a senhora dar um

soco meu amor isto a sério pelos esposa nós temos de

nos nossos lares e se foi racismo e horas da rede de de

sabor ruim onze idade que essa indignação ela passa

uma semana designação de um a e ela parte para

ajudar então essa animação se os estados unidos e nos

deles lá com eles a têm louco talvez o setenta e

manifestação mais forte que ele o quebrou.

Desde Nero nós temos uma manifestação às vezes mas

dentro das redes sociais que nós.

E cobrar os impostos e e e e eu entendo esse momento

realmente di Taro aso entre a torre come direito.

Estava estava um anos em que muitas pessoas têm

menos posiciona tem medo de ser chamado de dizer eu

então.

Nesse momento as nuvens negras que há mais

moradores ida pelas mortes deles assassinados

inclusive prazer câmera isso é o mesmo pra Brown que

foi por isso diz rapazes levá lo para uma criança homem

se nós negros deram armas no prazo principalmente

nessa roda então essa mulher era uma ondas e uma

coisa para fazer e vai andando no estado Norte

americano do estado brasileiro em relação as molhar.

As ações racistas.

E mesmo racismo agora não há mais evidência que nós

temos Elmira é nós temos a as pessoas negras as

torres e na mesma cidade cobrar os direitos de treinar

então eu espero e esse nele meu nariz e e e e e sedna.

É páreo para uma Rainha e ela mente para e a

constituição é ela mas uma certeza se eu espremer

normal mas ela ciência momentos ah para com uma

ação.

Parece linda toda Wilson eu tenho aqui números do

atlas da violência de dois mil e vinte e que mostram a

taxa de homicídio.

Tire os de nervos cresceu de onze vírgula cinco onze e

meio por cento de dois mil e oito a dois mil e dez é de102

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Judiciário - Judiciário

dezoito num prazo de dez anos já a taxa de

assassinatos de brancos caiu ao contrário de alimentos

caiu foi a o número é onze e meio curso.

Senhor desculpe doze por cento dois por cento caiu de

brancos onze e mail cresceu de nervos essa é na

opinião dos.

Sou a maior uma das maiores provas do racismo da

discriminação barbear essa violência pode ser apontada

como a Mauá o maior exemplo pode ver eu e o.

Tem uma afirmação sempre o repique nas minhas

palestras.

Um nós nós negros intelectuais que tínhamos o dever.

Nenhum ir para a batalha de colocar a cara para definir

principalmente os negros menos privilegiados eu disse.

A vida quinze anos de idade e os vários combatentes

afirma que ainda viviam eu diria para.

A minha um barzinho a minha mulher que aqui no fundo

o tempo que havia clube para líquidos clube para

brancos aqui na região sul do Rio Grande do Sul.

Um demônio e numa formatura olhe bem em uma forma

mais pura que eu disse que não iria pegar meu diploma

se eu não.

O mas em Munique uma menina branca pai passou um

tempo e eu entrei na academia de dias inclusive pós

doutorado em Buenos.

Hum ele me defendia o tema Garcia uma luz de direito

criminal a festa de Madrid.

Em sociologia uma incursão direito por ela num dos

congressos do ministério público e o de pedir uma tese

que o ministério público nada guarda no combate ao

racismo e e eu dizia e ou e.

Deveriam ela iria ao ministério público intervir no dia a

dia porque nós temos que partir de coisas concretas e

sai.

Ele mora em um mole men e agora pois houve uma

houve uma decisão da mais rica.

Glória minha querida e com essa testemunha que a

decisão ruim.

Roberto Arruda fazendo nenhum tribunal superior

eleitoral dizia que eu a conto partidária.

Na televisão e de ensino para os negros iguais a um

branco e não dia.

Na televisão mas será maravilhoso embora Luís

Roberto Barroso beira mar.

Todo mundo muito tempo na história mas precisamos

de políticas afirmativas de todos.

Meninos e muitas vezes o estado não deve mediar a

eliminar da privada pois sua dentro desse contexto ele

de nós pôde.

Mesmo em diminuir essa criminalidade violenta o nome

de usuário com os policiais produzem se reproduzem.

O sistema atual não acredito que a senhora concorda

como ou por Wilson da necessidade dessas políticas e

gostaria da senhora explicasse porque se é verdade

senhora por qual incorpora se eu começar as políticas

de ações cívicas como nós falamos a respeito das fotos

inclusive o gasto doutor esse ponto s é ela que estou

vendo uma reparação se quiser.

Realmente trazer uma igualdade e aí igualdade louco

autoridades que agora ela ela tá deve estar escrita para

o expresso do estado da igualdade racial então eu

tenho que trazer pontos para.

No mesmo ano têm o mesmo quando Marcelo Adriano

de carro faltando a fundo apenas na América uma

gracinha hora que passei no concurso público é apenas

meu mérito não é.

103

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Judiciário - Judiciário

Eu mesmo o mérito é e eu termino família preso

torturado e ele forneceu uma base irmãos meus que

não têm essa mesma oportunidade.

Então as fotos das torres da universidade no serviço

público as copas eleitorais delas beijo da serpente isso

a reduzir as igualdade na base.

Está em Paris cada oportunidade para que as pessoas

negras bem ocupado.

Cada pessoa que tenha acontecido com eles é se isso

não é educadores de todas as linhas estejam sob

controle de bola o belo exemplo da doutrina nazista e

essas ações afirmativas ela era bom para durar.

Enquanto o país ainda é relegado a população negra há

a pequena David é.

A ela para não usar a condição de para educação

pública e eficientes que faz com que nem consigo

alcançar uma vaga na universidade pública e valente a

dar maior maior que o posto de trabalho.

E agora coisa que o partido teme entrar com um suicídio

e pertencentes à igualdade e oportunidade.

E tem pessoas que não respeitamos todas as opiniões

que não concordo é com as contas inclusive é está bem

recentes debates na câmara de.

É São Paulo do município e Fernando Rolim de que ela

Unidos é ele está.

Mas ele está realmente pensando um pouco de água a

revogar a lei de cotas no município de São Paulo e

inclusive já foi provado isso é na terceira volta da.

A câmara ele está feliz com a vitória e nossa bebida

com uma derrota.

Certamente é e eu falo da umidade o que há logo

acabou de me desculpar mas na câmara de São Paulo

do que dos nossos agentes não precisa eu sei é que

esse não é bem nós precisamos dele fora e continuar

essa luta é.

É iniciada com você para completar o Wilson muita

gente disse a você para sempre que o racismo é um

problema da sociedade como um todo não apenas dos

livros que gostaria de falar sobre isso mas daqui a

pouquinho porque agora nós vamos fazer um pequeno

intervalo na volta portanto continuamos a conversar

sobre esse assunto.

Sabe de justiça você escuta o melhor da música

clássica como maestro Cláudio Cunha regente da

orquestra sinfônica do teatro nacional Cláudio Santoro

de Brasília de segunda a sexta às quinze horas.

Com reprise às vinte uma horas e sábado e domingo às

dezesseis horas.

Olá o direito sem fronteiras está de volta e hoje nós

falamos sobre a década afrodescendentes e a onda de

protestos anti racistas nos Estados Unidos no bloco

anterior eu deixo.

Tenho aqui uma pergunta no ar para um dos nossos

convidados doutor Wilson Farias promotor de justiça.

Tinha se aposentado doutor Wilson eu lhe perguntei

muita gente diz que o racismo não é o problema

exclusivo dos ídolos é um problema de toda sociedade

senhor concorda com isso por que eu diria pela minha

experiência no dia a dia como.

É juiz para juiz para nós o direito penal o direito com

esse ele ele ainda é impotente para combater o

racismo.

É a que trinta anos foi criada a primeira lei que era

contravenção na realidade a lei Afonso Arinos.

Eu tentava combater as condutas mas hoje eu estou

tranquilo em afirmar que nós vamos resolver esse

assunto no campo.

Educação então nós me modo brancos nós temos que ir

atrás dele.104

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Judiciário - Judiciário

Através da sala através do diálogo a levar para os

mortos e não me é ideias para levar.

Pisar com a situação anterior e com a situação atual

porque o negro ainda continua sendo como referencial o

negativo em quaisquer de prazer.

Ele não relacionadas à educação saúde emprego e nós

temos que sensibilizar os traseiros brancos para e.

É salutar para diminuir as desigualdades e para fazer

com que olhem bem.

Mas a cada dia nós o achamos sensibilizar a população

para extirpar esse problema do racismo porque o

racismo não é um problema exclusivamente de negro.

No Brasil cita a cor da pele darmos a importação a

propriedade de negros para cá o que eles o racismo já

existia na Grécia antiga no Egito e o colonialismo lhe dei

o bolo.

Eu não.

Uma é um reflexo do capítulo eu digo e afirmo e saber

que internacional e a sobre etnias dando um

reconhecimento justiça em desenvolvimento com ela.

É muito excitado então eu não tenho a menor dúvida de

me dizer que nós negros de intelectuais mais uma vez

afirmo temos um bebê e ártico e a.

Responsabilidade de enfrentar a situação de irmos ao

encontro da sociedade para que seja diminui.

Ele é o doutor Wilson fez referência a década

internacional chapel descendentes que aliás é o voto do

nosso programa é importante que a gente é fale um

pouquinho mais sobre esse assunto porque isso foi

decretado pelo aluno em dois mil e quinze e vai até dois

mil e vinte quatro portanto nós estamos aí mais ou

menos.

No meio da década internacional de afrodescendentes

dá pra gente fazer um balanço das iniciativas é que é

foram podem ser registradas até agora qual é o balanço

pistola para Guilherme Pompeu a não ser que essa

década como doutor Wilson falando lá em cima do

comerciante para que ela traga roupa a decisão é do

que o mesmo para né em torno em torno de todo o

mundo do mal para o Brasil não possuem também

americana e uma situação que ouvi.

Ele é enganado com esta década e ao

desconhecimento porque.

É maior que somos intelectuais que atuam nessa área

de alta tendo conhecimento da década da convenção da

iluminação elétrica em todos os tipos de ativos é em

relação a ao receber.

Essas de promoção da igualdade racial mas grande

parte.

Mas a população negra é aquele de que nessa década

não tem conhecimento que precisa.

Sabia que ela está em vigor eu entendo que o Brasil

precisa falar de uma forma efetiva o que nós

precisamos de pessoa é o fato de poder para

concretizar esta década para.

Por que não seja infelizmente ao é que fique no papel e

que não tem abundância e eficaz que nós precisamos

ter.

É que não há como Brasil e também no mundo todo

todas as suas quais são os principais desafios para Zico

para esses últimos quatro anos da década internacional

de afrodescendentes eu imagino que a lista é grande

muitos juristas crime.

E com a atuação do direito internacional dizendo que

não existem direitos cívicos tradição eu diria.

Queria que tudo fica no campo da solidariedade de nós

Brasil nós temos que ter solidariedade para os brancos

pobres para os negros que não.

105

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Judiciário - Judiciário

Minha mínimas condições e a a única maneira que nós

vamos medicar disso é que.

Que haja uma ações efetivamente concreto porque

nossas linhas nós já temos este país demais nós temos

há uma lei de execução penal que no papel.

É o que nós temos um estatuto da criança do

adolescente também mas nós temos que fazer pizza

palace o estatuto da igualdade racial que foi.

Quero que você estava me cujo relator é Nico o país e

fez com que nós que viesse para da legislação de

primeiro mundo mas falta maior implementado no dia a

dia nós temos leis aqui.

Não da educação uma vez mil seiscentos e trinta e nove

e aqui não são aquilo julho de.

E para maior razão pela qual os intelectual.

Negros a fundação Palmares parte do trabalho

excelente de São Paulo o filme o amigo de demitir este

é um líder nós servimos sensibilizar as de sua espuma

mas.

Da pura o ministério público porque não é possível que

um juiz de no máximo pensar uma condenação se

referindo a raça então mulher aterro da educação e nós

poderíamos resolver e.

É e não digo todos os problemas mas dar uma

democracia.

É efetiva para as pessoas nós estamos falando da

magistratura do ministério público dos governos e o

movimento negro em si doutora Milena senhora diria

que hoje ele está mais preparado para enfrentar o

racismo lutar pelos direitos dos erros do que estava aqui

falando do Brasil do que estava há dez quinze vinte

anos atrás era a meia hora Guilherme além da década

da Platina dizer com não conseguir me acompanhar ou

não pelo movimento bem mais procurados ou

movimentos que conhece.

A legislação que nos ampara e nós temos muitos

segmentos também aguardar por Cassiano racial

recursos próprios para aqui para que os negros nas

listas podem ser aprimorados de seda.

Segundo o ibope com e o que está certo doutor irá rua

está usando aquela ou aquela jovem é nisso que

loucura gosto de processo civil e o filho com ele ele

disse realmente que agora os nossos movimentos

negros eles estão estruturados nós andamos no

estatuto da igualdade racial não toma constituição

federal na ponta da língua então essa é a maior

despesa anual da nossa maior defesa é a ação é o

intelecto então nós precisamos de uma rede é o homem

morte que nós sempre temos né por aqueles que são

contrários aquele que por algum algum motivo não

querem se posicionar não quero inventar demanda mas

do movimento negro ele está estruturado nós temos

uma força muito grande é que o tampo por essas

mazelas sociais tanto pensão é o Brasil não queremos

deixar pra para futuras gerações tiveram do caso de os

cientistas também lado da maquete do Rio de Janeiro

de poesias indevidamente sem nenhum tipo de prova

cabal o movimento negro tem uma atuação é

necessário que os seus amigos e menos de vinte quatro

horas de uma decisão que aquela prova de

reconhecimento fotográfico não é suficiente para você

então isso demonstra o quanto movimento negro e sala

de estar está reconhecendo.

É mofo se em direito por exemplo o senhor é a questão

da violência policial doutora Liliane acaba tendo de fazer

referência a ela e é um dos maiores problemas

certamente mas há um outro.

Chama atenção porque talvez esteja na raiz é realmente

da da discriminação contra negros no Brasil que é a

questão da renda para acesso é a condições de vida há

a educação a empregos de você.

Ele disse enfim condições para que essas pessoas

eventualmente possam progredir e possam se dar bem

na vida como direitos de qualquer outro é senhor acha

que isso mudou nos últimos anos no Brasil piorou em

que situação em que pé nós estamos o dia.106

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Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020

Judiciário - Judiciário

Tempo penal e talvez sim.

Assim como importante até ter o dinheiro da visibilidade

que ocorre quando há condenações mas nós temos que

resolver o problema no meu ponto de vista à d.

Educação e que não e nunca se foi.

As prisões ocorrem nesse país o Brasil continua ainda

continua aprendendo muita gente existem mais de

quinhentos mil mandados de prisão mas estatística não

sei se você ama correto mas não o Brasil.

Entre as cadeias estão abarrotados mas nós prendemos

mal nós tínhamos que deixar aprende a divisão como

diz o desaparecido e que foi o orientador na Argentina

como última razão.

E nós devemos usar as penas alternativas apenas

cautelares razão pela qual eu entendo aquilo que é

cabelo meios de comunicação principalmente que nós.

Devemos digamos assim lançar essas ideias e quando

a tv justiça numa época que pandemia eu acho que é.

É Brasília e Rio Grande do Sul estejam unidos hoje no

combate ao catecismo e temos que super bem acho

que o ministério público de Brasília quatro de trabalho.

No Distrito Federal excelente no combate ao racismo

nós temos que agradecer a Marco Aurélio de Mello

quando lançou a tv.

Nós temos que reformar o sistema penal e

principalmente o sistema consensual porque o grande

problema o câncer deste país e a burocracia IP.

Judiciário eu tinha um papel de sair daqui e vá para ali

demora três meses então eu não adiantava muitas

vezes de recorrer quando os recursos são julgados

muito depois então não adianta não há por exemplo.

Arbusto prisões para investigar nós temos e

democratizar também o modelo.

A professora de violão a boca voar os nossos olhos

novamente para o mundo como um todo e eu penso

que a senhora volte a falar da década internacional de

afrodescendentes é uma criação da onde começou lá e

eu relembro de dois mil e quinze de maio até dois mil e

vinte quatro e ao longo desse período a ou não tens.

Estimulava os estados nacionais a estabelecerem

políticas planos de ações pra combater o racismo e é

todos esses problemas com a gente elevou que ao

longo do programa é a senhora acha que.

E esses estados com governo.

Fim do mundo como um todo tenha encaminhado o

suficiente meio que explodiu e eu acredito que os

esforços deles você é muito eficiente em relação a

efetivar é.

É a minha vida e que ao qual também quando precisa

de desenvolvimento é em relação a políticas de

promoção da igualdade racial eliminação de todas as

formas de racismo e muito essa questão também ter

acesso a renda desta forma senhor presidente fala é o

tipo que.

Ele vai conseguir você gosta.

É e africano por reduzir o déficit as desigualdades

raciais e sociais de educação e como que nós vamos ter

uma educação de qualidade que os governos eles não

têm medo de esportes nesse sentido então.

Ele faz muito mas é parte da educação que para que

alguém sinta que tudo e aí mas os outros passassem ou

a pé.

É o maior erro da justiça e o desenvolvimento dessa

população e o desenvolvimento tanto intelectual quanto

como homem posso financeiro ponto de acesso à

cultura ao lazer e cinco somente que nós estamos

vendo nos tempos atuais a saúde.

Que aconteceu aconteceu que nós não tínhamos uma107

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Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020

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uma estrutura hospitalar e olhe bem viu e eu não culpo

criticando o susto que o sus se não fosse surdo não

tinha que acontecer.

É neste país mas acontece que o a maioria dos negros

dormir.

Ele me disse tudo bem brancos pobre não tem não tem

o que um plano de saúde e o que que aconteceu na

prática os tipos hospitais planos de nos hospitais já não

tinham já em pelotas morria.

Ele não nos hospitais antes de uma cirurgia evasiva

apenas para exemplificar e então eu o Brasil ter um

tempo onde bem em tempo para adequar se adequar ao

vírus.

Ele e.

Era violento né e então o que que aconteceu na prática

no meu ponto de vista é que tinha.

Que tinha havido uma política linear que consiste o país

de norte e o azul e isso não aconteceu mas hoje os

hospitais.

Estou mais habilitados em aparelhos e profissionais

adequados intensivistas então eu diria o seguinte

enquanto nós não tivermos uma vacina que vai resolver.

Essa situação as pessoas individualmente devem zelar

se devem cuidar se não é verdade mas o poder público

olhe bem o poder público deve caminhar agora.

Investir mais.

Na saúde eu lhe peço para fazer o que o doutor Wilson

está bem já disse o que esperar até dois mil e vinte

quatro é esse movimento todo internacional que se criou

em torno da década olha existem pessoas que vão

realmente é.

É amor ou poder olhar público ponto ele tiver uma visão

da necessidade de implementar.

É aos princípios e os objetivos desta década

internacional em dois mil e vinte quatro de nós

soubemos que você poderia me ser o balanço foi

positivo desta isso mentalização é de que até.

É precisava ter trazido aquela que realmente dessa

sensibilidade ao conflito é.

É dar condições de acesso impostos ano né.

É o acesso à justiça e a de que as decisões isso

também precisamos de pessoas fato que você entenda

nossas mazelas e que elas que têm é.

É o poder.

Perguntou então o povo precisa dele para concretizar

essas políticas que é uma pena mas nosso programa

chegou ao fim eu agradeço muito ao doutor Wilson faria

o promotor de justiça aposentado e também a doutora

Ana Helena é mas a função de porrada e sub diretora

jurídica da associação nacional da advocacia negra a

anã e claro agradeço também a você que nos

acompanhou a pior desde a nossa programação no site

da tv justiça e também o nosso canal do rio do nosso e

mail ética direito sem fronteiras arroba STF ponto jus

ponto BR um abraço.

Até a próxima.

Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,

Judiciário - STF

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