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Clipping CNJ 19092020
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8
Correio Braziliense | NacionalJudiciário - Judiciário, CNJ - Luiz Fux /
Brasília-DFPolítica - 19/09/2020
10
Folha de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /
Em eventos sem proteção, autoridades ignoram CovidPoder - 19/09/2020
12
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /
Ministro do Turismo é 7º infectado após posse de FuxPoder - 19/09/2020
13
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /
Planalto aposta em derrota de Celso sobre depoimento à PFPoder - 19/09/2020
16
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /
MÔNICA BERGAMOIlustrada - 19/09/2020
18
O Estado de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /
Depoimento presencial de chefes de Poder tem precedentesPolítica - 19/09/2020
20
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /
Ministro do Turismo está com covid-19Política - 19/09/2020
21
Judiciário - Judiciário, Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /
Para ala do STF, cabe ao Congresso definir reeleiçãoPolítica - 19/09/2020
23
O Globo | NacionalCNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /
ANCELMO GOISRio - 19/09/2020
26
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /
ASCÂNIO SELEMEPaís - 19/09/2020
29
Revista Isto é | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - Judiciário, CNJ - Luiz Fux /
ARTIGO - Um silêncio nada inocenteArtigos - 18/09/2020
Agência Câmara | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
3131Frente parlamentar e municípios criticam corte em verbas federais do programa Criança FelizNoticias - 18/09/2020
33
Brasil 247 | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Bretas bloqueou contas de advogados e escritórios de advocaciaNoticias - 19/09/2020
3535
Correio 24 Horas Online | BahiaCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Presa em flagrante por injúria racial contra PM, funcionária do TJ-BA responde em liberdadeNoticias - 18/09/2020
3737
CNJ - Conselho Nacional de Justiça /
'Os juristas não enxergam raça como o cerne dos problemas no nosso país', diz promotoraNoticias - 18/09/2020
3939
Isto é Dinheiro Online | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Ministro do STJ põe em liberdade empresário acusado no caso de propinas em Mogipolítica - 18/09/2020
4141
Jornal do Senado | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Senado volta a ter atividades presenciais depois de seis meses - Senado NotíciasNoticias - 18/09/2020
4343
Metrópoles | Distrito FederalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Webinar: STJ debate Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais no JudiciárioNoticias - 18/09/2020
4444
O Estado de S. Paulo - Blogs | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
O que a pandemia da covid-19 nos ensina sobre o machismo no Poder JudiciárioFausto Macedo - 18/09/2020
4646
CNJ - Conselho Nacional de Justiça, Judiciário - PJE /
Postagem omite que governo só pagou por tratamento de criança após decisão judicialNoticias - 18/09/2020
49
Veja Rio | Rio de JaneiroCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Juiz Marcelo Bretas é punido por superexposição e autopromoçãoNoticias - 18/09/2020
5050
Consultor Jurídico | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Marcelo Bretas admite que mandou bloquear contas de bancas e advogadosNoticias - 18/09/2020
52
Folha de S. Paulo - Blogs | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Advocacia debate pesquisa sobre acesso à Justiça na pandemiaNoticias - 18/09/2020
5353
Jota | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Primeira semana de Fux na presidência do STF: poucos julgamentos e casos de Covid-19Noticias - 19/09/2020
5555
TV Band News | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - CNJ /
Destaque para os números da Covid-19 no sistema prisional e decisão do CNJ sobre liberdadede presos na pandemiaNoticias - 18/09/2020
5656
TV Justiça | Rio de JaneiroCNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - CNJ, Judiciário - Judiciário /
CNJ Entrevista: Programa "Norte Conectado" vai levar internet para a região norte do paísNoticias - 18/09/2020
5757
CNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - CNJ, Judiciário - Judiciário, CNJ - Luiz Fux /
Grupo de trabalho vai garantir que Direitos Humanos sejam respeitados no JudiciárioJornal da Justiça - 18/09/2020
5858
CNJ - CNJ /
Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais entrou em vigor nesta sexta-feiraJornal da Justiça 2ª Ediçao - 18/09/2020
59
Folha de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF /
Assessores se reuniram com Carlos antes de deporem à PFPoder - 19/09/2020
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Judiciário - STF /
Procuradoria pede fim de salário vitalício de ex-governadoresMercado - 19/09/2020
6363
Judiciário - STF /
O Supremo deve deixar sob a responsabilidade dos pais a decisão de vacinar seus filhos?Opinião - 19/09/2020
6666
O Estado de S. Paulo | NacionalJudiciário - Judiciário /
Deputados querem cortar benefícios de juízes, procuradores e promotoresEconomia - 19/09/2020
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Judiciário - Judiciário /
COLUNA DO ESTADÃOPolítica - 19/09/2020
70
Judiciário - Judiciário /
A reforma da lei de lavagem de dinheiroNotas e Informações - 19/09/2020
72
O Globo | NacionalJudiciário - STF /
Alerj deve aprovar impeachment de WitzelRio - 19/09/2020
7474
Judiciário - Judiciário, Judiciário - STF /
Criptomoedas e caixa dois justificam revisão na Lei de Lavagem de DinheiroOpinião - 19/09/2020
7575
Revista Isto é | NacionalJudiciário - Judiciário, Judiciário - STF /
ENTREVISTA - ALEXANDRE DE MORAES, MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNALFEDERALENTREVISTA - 18/09/2020
7979
G1.Globo | NacionalJudiciário - Conciliação /
Faculdade oferece atendimento jurídico gratuito para moradores do RecifePernambuco - 18/09/2020
8080
Jornal Do Commercio (PE) | PernambucoJudiciário - PJE /
Post diz que governo liberou R$ 12 milhões para tratamento de criança, mas omite que setrata de ordem judicialNoticias - 18/09/2020
8383
Judiciário - Conciliação /
Programa de conciliação para resolver conflitos relacionados a partilhas de bens é criado peloTribunal de Justiça de PernambucoNoticias - 18/09/2020
84
Metrópoles | Distrito FederalJudiciário - PJE /
Sistemas do TJDFT ficarão indisponíveis neste final de semanaNoticias - 18/09/2020
8585
Amazonas Notícias | AmazonasJudiciário - Conciliação /
TRT11 institui protocolo para o retorno gradual e progressivo das atividades presenciaisNoticias - 18/09/2020
88
Consultor Jurídico | NacionalJudiciário - Conciliação /
Oficialização das conciliações no STF pode dar novo sentido à jurisdiçãoNoticias - 19/09/2020
9292
D24am | AmazonasJudiciário - PJE /
Desembargadora Ormy Bentes é eleita presidente do TRT11 para o biênio 2020-2022Noticias - 19/09/2020
9494
Em Tempo AM | AmazonasJudiciário - PJE /
Desembargadora Ormy da Conceição Bentes é eleita presidente do TRT 11Noticias - 18/09/2020
9797
Jota | NacionalJudiciário - Conciliação /
Fachin determina que Força Nacional seja retirada de assentamentos na BahiaNoticias - 18/09/2020
9999
TV Justiça | Rio de JaneiroJudiciário - STF /
STF determina que União retire efetivo da Força Nacional de assentamentos do MSTJornal da Justiça 2ª Ediçao - 18/09/2020
100100
Judiciário - STF /
STF convoca audiência pública relativa ao Fundo Nacional sobre Mudança do ClimaJornal da Justiça 2ª Ediçao - 18/09/2020
101
Judiciário - Judiciário, Judiciário - STF /
Década internacional de afrodescendentesNoticias - 18/09/2020
Brasília-DF
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Política
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
Clique aqui para abrir a imagem
Os últimos cartuchos
O presidente Jair Bolsonaro negou a pandemia, as
medidas de isolamento social, as queimadas na
Amazônia. Seus mais fiéis escudeiros, inclusive,
acreditam que essas negativas não terão influência nos
resultados eleitorais lá na frente. Mas a volta do
desemprego ao patamar dos 13 milhões faz mal à
saúde eleitoral de qualquer candidato à reeleição. Daí a
pressão sobre a equipe do ministro da Economia, Paulo
Guedes. Bolsonaro precisa da área de Guedes, não só
para estratégias e medidas que promovam a retomada
do emprego, como também para que deem um respiro
orçamentário com recursos para a conclusão de
projetos. Até aqui, as propostas sugeridas não
agradaram, porque contêm sugestões impopulares.
Em tempo: o prazo para as entregas da equipe de
Guedes está acabando. Nos próximos dias, haverá
nova investida dos políticos para tentar levar Bolsonaro
a desmembrar a parte de indústria e comércio do
Ministério da Economia. Aliás, a cada vez que Guedes
se enfraquece, essa pressão aumenta. Agora, avisam
alguns, será mais forte do que nunca.
Presencial só em 2021
Entre os líderes partidários, começa a prevalecer a tese
de que a retomada das sessões no plenário da Câmara,
com uma maioria dos deputados presentes, deve ficar
para o ano que vem. É que, se a posse de Luiz Fux na
presidência do Supremo Tribunal Federal, um evento
cercado de cuidados, terminou contaminando a alta
cúpula do Judiciário, o ministro do Turismo, Marcelo
Álvaro, e, ainda, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia,
não dá para juntar mais de 400 no plenário.
PT resgata "sacrificados"
Em 1998, a então senadora Benedita da Silva (PT-RJ)
foi levada pelo ex-presidente Lula a ser candidata a vice
na chapa de Anthony Garotinho ao governo do Rio de
Janeiro, como forma de atrair os pedetistas para uma
composição partidária, e impedir que o deputado
Wladimir Palmeira fosse candidato. Aquela campanha
praticamente apagou uma estrela em ascensão. Nem
Bené, nem o PT do Rio foram os mesmos. Daí, a
escolha da deputada como candidata a prefeita do Rio
de Janeiro.
Em Minas, outra dívida paga
Em 2006, o mesmo Lula, presidente e candidato à
reeleição, trabalhou para que o então candidato a
governador pelo PT, Nilmário Miranda, acolhesse
Newton Cardoso (MDB) como postulante ao Senado na
sua chapa. Nilmário perdeu aquela eleição e
musculatura política. Agora, Nilmário é candidato a
prefeito de Belo Horizonte.
Enquanto isso, no clã Bolsonaro...
A família presidencial está convencida de que o
vereador Carlos Bolsonaro foi chamado a depor no caso
das fake news para tentar enfraquecê-lo eleitoralmente.
Em tempo: se fosse esse o objetivo, o depoimento teria
ficado para quando a campanha estivesse mais quente.8
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Política
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
Até aqui, está devagar, quase parando.
Vai ser assim/ O fato de ter recuperado popularidade,
nesta fase da pandemia, com declarações contrárias ao
distanciamento social, fará com que Bolsonaro insista
no discurso de que "ficar em casa é para os fracos",
usado ontem em Mato Grosso.
E não vamos repetir isso aí, talkey?/ A avaliação do
presidente é a de que, enquanto comandante do país, o
papel dele é "falar de coisas boas do Brasil". Não
contava, porém, com a arremetida do avião presidencial
em Sinop (MT), por causa da má visibilidade provocada
pela fumaça, o que obrigou Bolsonaro a falar dos "focos
de incêndio" no país.
Antes tarde do que nunca/ O estudo pedido pelo vice-
presidente Hamilton Mourão (foto) para ações de
combate ao desmatamento é bem recebido pelos
diplomatas estrangeiros, que tentam explicar em seus
países como está a situação da Amazônia e do
Pantanal. Só tem um probleminha: como dizem os
jovens, "demorô".
Haja vagas!/ Na equipe de Paulo Guedes, há quem diga
que se for para tirar do governo quem defende medidas
fiscais impopulares, vai faltar banco internacional para
abrigar os "meninos". Na porta de saída, já está o
secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,
CNJ - Luiz Fux
9
Em eventos sem proteção, autoridades ignoram Covid
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
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Autor: Daniel Carvalho
A pandemia não terminou nem há vacina para a Covid-
19, mas, em Brasília, autoridades retomaram festas e
cerimônias. No país, são 4 milhões de casos e 135 mil
mortes pelo novo coronavírus.
Em uma semana, houve posse no STF (Supremo
Tribunal Federal), casamento de filha de ministro e
celebração do Ano-Novo judaico. Houve aglomeração,
falta de máscara e cumprimentos com abraços e
apertos de mão.
O Supremo tem realizado sessões remotas por causa
da pandemia. Porém, parte dos ministros voltou à corte
para prestigiar a posse do ministro Luiz Fux como novo
presidente, na semana passada.
Até esta sexta-feira (18), após a cerimônia, sete
autoridades presentes haviam recebido diagnóstico de
Covid-19.
O evento no Supremo foi realizado com alguns
cuidados. Foi reduzido o número de convidados em
plenário, e ministros e presidentes de Poderes,
separados por placas de acrílico. Jornalistas ficaram do
lado de fora, e a TV Justiça transmitiu apenas a
cerimônia oficial, quando pessoas sem máscara foram
vistas apenas no momento de discursar ao microfone.
Nas redes sociais, a AMB (Associação dos Magistrados
Brasileiros )publicou uma foto do dia do evento. Nela,
dois ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça)
aparecem sem máscara ao lado da presidente da
entidade, a juíza Renata Gil, também sem proteção.
Dias depois, Fux, o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), os dois ministros da foto - Luís Felipe
Salomão e Antonio Saldanha Palheiro - , a presidente
do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministra Maria
Cristina Peduzzi, o procurador-geral da República,
Augusto Aras, e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro
Antônio, informaram estar com Covid-19.
Após a solenidade, Fux ainda recebeu convidados mais
próximos em coquetel no gabinete da presidência.
O Supremo afirmou que o cerimonial está em contato
com todos os convidados sobre a importância de buscar
o serviço médico. "A presidência do STF vem prestar
solidariedade e votos de ampla recuperação aos que
eventualmente contraíram a Covid-19."
A corte afirmou que todas as medidas de segurança,
protocolos e procedimentos recomendados pelo
Ministério da Saúde e pela OMS (Organização Mundial
da Saúde) foram adotados rigorosamente.
Autoridades da posse participaram ainda de outros
eventos. No sábado (12), houve o casamento da
advogada Anna Carolina Noronha, filha do ministro João
Otávio de Noronha, ex-presidente do STJ.
A festa foi na casa do noivo, o empresário Eduardo
Oliveira Filho, e os convidados receberam potinhos de
álcool em gel personalizados na entrada. O presidente
Jair Bolsonaro (sem partido), que esteve na posse e era10
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
aguardado no casamento, não apareceu.
Ele já foi contaminado pelo vírus, assim como seu filho
Jair Renan, que foi à festa com a mãe, Ana Cristina
Siqueira Valle. A celebração contou com a presença de
Maia e de Luís Roberto Barroso, que estavam na posse
no STF.
Fotos publicadas em sites locais mostram convidados
sem máscaras. Segundo relatos de convidados feitos à
Folha, Maia foi um dos que passaram parte da noite
sem o item de proteção. Na quarta (16), ele divulgou
estar doente.
O ministro Noronha não se manifestou. Anna Carolina
não foi localizada.
Nesta semana, novo evento na capital provocou
aglomeração com convidados sem máscara. Foi o Rosh
Hashaná, o Ano-Bovo judaico. O embaixador de Israel,
Yossi Shelley, recebeu convidados na terça feira (15) na
sede da representação do país.
A embaixada divulgou a presença dos ministros Paulo
Guedes (Economia), Ricardo Salles (Meio Ambiente),
Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Milton Ribeiro
(Educação), Braga Netto (Casa Civil), da primeira-dama
Michelle Bolsonaro, do deputado federal Eduardo
Bolsonaro (PSL-SP) e de Aras.
O procurador-geral, que teve a contaminação
confirmada na quinta, aparece em foto sem máscara ao
lado de Michelle, que também já se infectou. Dos
convidados divulgados, só Guedes e Salles não
pegaram Covid-19. Bolsonaro não foi à festa.
A assessoria de imprensa da embaixada de Israel
afirmou não saber informar se o embaixador ou outro
convidado do evento teve resultado positivo no exame
de Covid-19.
Nesta quinta, Bolsonaro levou uma comitiva a Coremas
(PB), 3400 km de João Pessoa.
Durante a cerimônia, ele e ministros como Luiz Eduardo
Ramos (Secretaria de Governo) dispensaram as
máscaras mesmo quando não estavam discursando na
inauguração de uma usina fotovoltaica. A Secretaria de
Comunicação do Palácio do Planalto disse que não iria
se manifestar.
Ao conversar com uma apoiadora que reclamava do
fechamento do comércio na cidade, Bolsonaro
mencionou na quinta-feira os casos da capital: "Várias
autoridades em Brasília agora estão com o vírus. Não
adianta, vai pegar".
O ex-presidente Lula, 74, também quebrou a
quarentena ao visitar o senador Renan Calheiros (MDB-
AL), 65, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Uma
foto em que os dois aparecem juntos e sem máscara foi
publicada nesta quinta (17) nas redes sociais do
parlamentar.
O ex-presidente do Senado foi internado em 9 de
setembro e operado para a extração de um tumor no rim
direito. Já Lula, segundo interlocutores do ex-
presidente, tinha exames de rotina marcados com seus
médicos nesta semana, no mesmo hospital.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Luiz Fux
11
Ministro do Turismo é 7º infectado após posse de Fux
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
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Autor: Gustavo Uribe
O Ministério do Turismo informou nesta sexta (18) que
Marcelo Álvaro Antônio foi diagnosticado com o novo
coronavírus. A pasta ressaltou que o ministro está
assintomático e que passará a trabalhar de casa,
"adotando os protocolos recomendados pelo Ministério
da Saúde".
Com o ministro, já são sete as autoridades que
receberam diagnóstico da doença após terem
participado da cerimônia de posse de Luiz Fux na
presidência do STF.
Além de Álvaro Antônio e do próprio Fux, estão com a
Covid o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
o pro curador-geral da República, Augusto Aras, os
ministros Luís Felipe Salomão e Antonio Saldanha
Palheiro, ambos do STJ (Superior Tribunal de Justiça),
e a ministra Maria Cristina Peduzzi, do TST (Tribunal
Superior do Trabalho).
Álvaro Antônio é também o nono ministro da equipe de
Jair Bolsonaro que recebeu o diagnóstico da doença,
sem contar o próprio presidente e a primeira-dama,
Michelle.
Na cerimônia realizada na semana passada no
Supremo, havia 48 convidados de Fux no plenário. O
local comporta até 250 pessoas.
Assessores de autoridades presentes, servidores do
tribunal e os dragões da independência (que fazem a
recepção em cerimônias oficiais), porém, se
acumularam do lado de fora, em muitos casos sem
respeitar o distanciamento recomendado.
O Supremo reservou um espaço na área externa para
profissionais da imprensa. Depois da solenidade, Fux
ainda recebeu pessoas mais próximas em um coquetel
no gabinete da presidência.
Na cerimônia, inicialmente Fux estava de máscara, mas
a retirou logo no começo para ler o termo de posse,
assim como Rosa Weber, que assumiu a vice-
presidência do STF. Depois, ambos colocaram
novamente a proteção facial para o restante do
encontro.
Marco Aurélio, responsável por falar em nome do STF,
também retirou a máscara para discursar, assim como o
presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil),
Felipe Santa Cruz. Dias Toffoli, que passou o comando
do STF a Fux, foi o único anão retirar a proteção ao
usar o microfone.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber
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Planalto aposta em derrota de Celso sobre depoimento à PF
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
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Autor: Julia Chaib
Integrantes da área jurídica do governo dizem acreditar
que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal)
vão reverter em plenário a decisão de Celso de Mello e
conceder ao presidente Jair Bolsonaro o direito de
prestar depoimento por escrito no inquérito que apura
supostas interferências do mandatário na Polícia
Federal.
Na quinta-feira (16), o ministro Marco Aurélio Mello
suspendeu a tramitação da investigação que tem como
base acusações do ex-ministro Sérgio Moro (Justiça)
até que o conjunto de magistrados da corte se reúnam e
julguem o pedido.
A aposta do Planalto se dá em razão de uma divisão no
STF a respeito do assunto. Tanto ministros da chamada
ala mais garantista como os mais apoiadores da
Operação Lava Jato têm ressalvas quanto à decisão de
Celso de Mello, que determinou que Bolsonaro
prestasse depoimento presencial.
Segundo ministros e assessores de magistrados
ouvidos pela Folha, a maioria da corte inclina-se à
posição de que é preciso dar a oportunidade de o
presidente se manifestar por escrito.
Apesar da tendência, a ideia de reformar uma decisão
do decano da corte, que está prestes a se aposentar, é
vista com ressalvas. Pesa o fato de ele ser o mais
antigo do tribunal e o respeito que ele tem perante os
colegas.
Pessoas próximas ao presidente do STF, Luiz Fux,
dizem que o ministro pode deixar para pautar o recurso
após a saída de Celso, que se aposenta em novembro.
Se isso ocorrer, ministros de tribunais superiores dão
como quase certa a revisão da decisão.
O decano está em licença médica e tem o retorno
previsto para o dia 26 de setembro. Antes disso e sem
conversar com o ministro, acreditam magistrados, Fux
não colocará o tema em discussão.
Apesar de tanto Edson Fachin como Luís Roberto
Barroso já terem dado decisões em sentido contrário ao
do decano - quando concederam ao então Michel
Temer (MDB) o direito de depor por escrito - , na
avaliação de pessoas próximas aos ministros, eles
poderiam agora adotar um caminho do meio para não
reformar a decisão de Celso de Mello.
Uma alternativa é decidir que abrir ou não a opção de
depoimento por escrito seria uma prerrogativa do relator
de cada caso, a quem caberia avaliar a pertinência de
cada medida.
A corte tem precedentes de decisões desse tipo; por
exemplo, a que define que cabe ao relator a decisão da
homologação de acordos de colaboração premiada.
Para outra ala da corte, porém, além de a prerrogativa
já ter sido concedida a Temer, a avaliação sobre o
depoimento por escrito ou não se trata de uma questão
institucional entre os Poderes.
13
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
N a avaliação de integrantes do governo, Celso de Mello
se mostrou em decisões anteriores - como a que
quebrou o sigilo de parte da reunião ministerial de 22 de
abril um adversário de Bolsonaro.
Na semana passada, a Polícia Federal intimou
Bolsonaro a comparecer em oitiva, que estava marcada
para ocorrer entre os dias 21 e 23 de setembro às 14h.
Após a notificação, a AGU (Advocacia Geral da União)
recorreu e pediu que Marco Aurélio analisasse o caso
diante da ausência de Celso.
Na quinta, o ministro afirmou que é contra a "autofagia"
do tribunal e que, por isso, não poderia reconsiderar
sozinho o despacho do colega. Assim, optou por
suspender a tramitação de todo o inquérito até plenário
do STF se debruçar sobre o assunto.
No inquérito que apura se Bolsonaro tentou interferir na
PF, o próprio procurador-geral da República, Augusto
Aras, que pediu a apuração do caso, defendeu que o
chefe do Executivo respondesse às questões por
escrito.
Aras havia argumentado ao Supremo que, "dada a
estatura constitucional da Presidência da República e a
envergadura das relevantes atribuições atinentes ao
cargo, há de ser aplicada a mesma regra em qualquer
fase da investigação ou do processo penal".
Celso, porém, interpretou que o artigo do Código de
Processo Penal que prevê a autoridades a possibilidade
de prestar testemunho por escrito trata apenas de oitiva
dessas pessoas enquanto testemunhas e não dá esse
direito a investigados.
No recurso, a AGU solicita que o Supremo "mantenha
rigorosa coerência entre julgados" em referência a duas
decisões que permitiram que o então presidente Michel
Temer depusesse por escrito em inquéritos dos quais
era alvo.
Na petição, a advocacia lembra que em 2017, duas
decisões - uma de Barroso e outra de Fachin -
permitiram a Temer a entrega do depoimento por escrito
no prazo de 24 horas.
"Promover as mesmas prerrogativas a todos aqueles
que ostentam as mesmas condições é a solução mais
natural e saudável", escreveu o advogado-geral da
União, José Levi Mello do Amaral.
"Note-se: não se roga, aqui, a concessão de nenhum
privilégio, mas, sim, tratamento rigorosamente simétrico
àquele adotado [...] em precedentes muito recentes
desta mesma Egrégia Suprema Corte."
O depoimento de Bolsonaro é uma das providências
finais do investigação aberto em abril deste ano a partir
das declarações de Moro também ex-juiz da Operação
Lava Jato em Curitiba.
Na mesma decisão em que decidiu o depoimento
presencial de Bolsonaro, Celso de Mello determinou
também que seja assegurado ao ex-ministro Moro o
direito de, a seu critério, por meio de advogados, estar
presente ao interrogatório de Bolsonaro, garantindo
inclusive que façam perguntas.
Em transmissão ao vivo na noite desta quinta (17),
Bolsonaro comentou o caso. "Se Deus quiser, agente
enterra logo este processo e acaba com esta farsa do
ex-ministro da Justiça", disse.
O recurso de Bolsonaro para não comparecer à PF
contrasta com o que ele mesmo havia dito em entrevista
no dia 2 de junho, no Palácio do Alvorada.
Na oportunidade, o chefe do Executivo disse que, para
ele, não fazia diferença a forma do interrogatório.
"Para mim, tanto faz. O cara, por escrito, eu sei que ele
tem uma segurança enorme na resposta, porque ele
não vai titubear. Ao vivo, pode titubear. Mas não estou
preocupado com isso. Posso conversar presencialmente
com a Polícia Federal sem problema nenhum", disse o
presidente naquela ocasião.
Note-se: não se roga, aqui, a concessão de nenhum14
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
privilégio, mas, sim, tratamento rigorosamente simétrico
àquele adotado [...] em precedentes muito recentes
desta mesma Egrégia Suprema Corte
José Levi advogado-geral da União, em recurso
apresentado ao STF pedindo que Bolsonaro deponha
por escrito, como Michel Temer
Se Deus quiser, a gente enterra logo este processo e
acaba com esta farsa do ex-ministro da Justiça
Jair Bolsonaro presidente, em live nesta quinta (17),
comentando o inquérito
Para mim, tanto faz. O cara, por escrito, eu sei que ele
tem uma segurança enorme na resposta, porque ele
não vai titubear. Ao vivo, pode titubear.
Mas não estou preocupado com isso. Posso conversar
presencialmente com a Polícia Federal sem problema
nenhum
idem em 2.jun
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Luiz Fux
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MÔNICA BERGAMO
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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
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Autor: Mônica Bergamo com Bruno B. Soraggi, Bianka
Vieira e Victoria Azevedo
RECEITA PRÓPRIA
O presidente Jair Bolsonaro está indicando cloroquina
para autoridades com quem tem maior intimidade em
Brasília e foram infectadas pelo novo coronavírus nesta
semana.
RECEITA 2
Desde o início da epidemia, Bolsonaro se tornou uma
espécie de garoto-propaganda do remédio, que não tem
eficácia científica comprovada.
RECEITA 3
Por sinal, nem todos os amigos estão seguindo o
conselho do presidente, tomando outros medicamentos.
CORRENTE
Até a sexta (18), oito autoridades já haviam sido
infectadas depois de irem à posse de Luiz Fux na
presidência do STF (Supremo Tribunal Federal).
SEJA O QUE...
Embora a cerimônia tenha seguido os protocolos de
segurança, depois dela autoridades se confraternizaram
em um coquetel com o novo presidente da corte. A
maioria, no entanto, não usava máscaras.
... DEUS QUISER
Muitas também foram ao casamento da filha do ministro
João Otávio de Noronha. De novo, tiraram as máscaras.
ATÉ O FIM
O ministro Celso de Mello, do STF, não cogita antecipar
a sua aposentadoria em um único dia. O rumor circulou
em Brasília, mas é falso.
MESA REDONDA
Um grupo de médicos de São Paulo se reuniu com o
candidato à Prefeitura de SP pelo PSOL, Guilherme
Boulos, para discutir os problemas na área da saúde.
MESA 2
Entre os presentes estavam o sanitarista Gonzalo
Vecina Neto, que foi secretário de Saúde da ex-prefeita
Luiza Erundina, candidata a vice na chapa de Boulos, o
cardiologista Alfredo Mansur, o infectologista Caio
Rosenthal, o presidente do Conselho Regional de
Medicina (Cremesp), Mauro Aranha, Aluisio Segurado,
do Hospital das Clínicas de SP, e os pais do candidato,
o infectologista Marcos Boulos e Maria Ivete Boulos, do
ambulatório de violência contra a mulher do HC.
NA MESA
O mandato do deputado federal Alexandre Padilha (PT-
SP) enviou um requerimento de informação ao16
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Ministério da Agricultura sobre a revisão do Guia
Alimentar para a População Brasileira sugerida pela
pasta em nota técnica.
LETRAS MIÚDAS
O documento questiona, entre outros aspectos, qual a
formação dos servidores envolvidos na elaboração da
proposição e quais são as evidências científicas que
embasam as considerações feitas na nota técnica.
NOVO...
Mulheres de 25 a 40 anos querem voltar a se produzir.
Estudo da consultoria Consumo teca aponta que 37%
delas sente falta de usar maquiagem em meio ao
isolamento social da pandemia de Covid-19, enquanto
31% têm saudade de seus assessórios e 25% de seus
sapatos de salto alto.
...NORMAL
Segundo a pesquisa, que ouviu 2 mil pessoas de 18 a
54 anos de todo o Brasil, homens sentem faltam de
suas roupas esportivas (34%) e de suas calças jeans
(26%).
QUARENTENA
A atriz Fernanda Torres 1 agradeceu as mensagens de
aniversário que recebeu. "Meu look de aniversário",
disse. O ator Babu Santana 2 compartilhou foto com
pacotes de arroz. "Ostentação em 2020 kkk (cada K é
uma lágrima)”, escreveu. O humorista Whindersson
Nunes 3 postou um retrato
REGRAS
O presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus),
Pedro Mastro-buono, enviou aos dirigentes da
instituição um documento com os procedimentos a
serem realizados para publicações em perfis e redes
sociais, seguindo determinação da Secretaria Especial
da Cultura.
AUTORIZAÇÃO
No começo do mês, Mario Frias enviou ofício às
entidades vinculadas informando que todos os posts
deverão ser previamente enviados ao secretário para
que ele avalie e, se for o caso, autorize o material.
AUTORIZAÇÃO 2
Segundo o documento enviado por Mastro-buono, as
publicações "relativas às atividades finalísticas”, exceto
notas de pesar e aniversários, devem ser encaminhadas
com "a devida antecedência” de no mínimo de 24 horas
a dois e-mails institucionais. "A autorização da Se-cult
será devolvida também por e-mail”, diz o texto.
DE CABEÇA
Uma análise realizada pela Refinaria de Dados com370
mil usuários nas redes sociais elencou as instituições
mais associadas aos temas “doações” e “Covid-19”. O
ranking é liderado pelo Itaú, citado por 57% dos
usuários.
LISTA
Em seguida aparecem BTG (45%), iFood (38%), Ambev
(36%) e o aplicativo de mobilidade 99 (34%). A pesquisa
analisou o período entre 11 de março e 16 de agosto.
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Depoimento presencial de chefes de Poder tem precedentes
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Ao determinar que o presidente Jair Bolsonaro preste
depoimento presencialmente no inquérito que apura
suspeita de tentativa de interferência na Polícia Federal,
o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro
Celso de Mello, apontou precedentes da Corte para
amparar o entendimento de que chefes de Poder,
quando sujeitos a uma investigação criminal, não têm
direito à prerrogativa de depor por escrito.
Entre as decisões citadas pelo decano está uma
proferida pelo ministro Teori Zavascki, em 2016, que
negou depoimento por escrito ao senador Renan
Calheiros (MDB-AL), à época em que ele era presidente
do Congresso. Na ocasião, Renan pediu para prestar
depoimento por escrito no inquérito em que era
investigado por corrupção e lavagem de dinheiro. O
então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se
manifestou contra o pedido, sob o entendimento de que
a prerrogativa do depoimento por escrito é aplicável
somente a testemunhas, e não a investigados. O
posicionamento é contrário ao do atual chefe do
Ministério Público Federal, Augusto Aras, que defendeu
que Bolsonaro prestasse depoimento por escrito.
"Aqueles que figuram como indiciados (inquérito policial)
ou como réus (processo penal), em procedimentos
instaurados ou em curso perante o STF, não dispõem
da prerrogativa, eis que essa norma legal somente se
aplica às autoridades que ostentem a condição formal
de testemunha ou de vítima", registrou Teori na decisão
de 2016 e reproduzida por Celso.
O decano citou ainda uma decisão do ex-presidente do
STF, ministro Dias Toffoli, ao destacar que o artigo 221
do Código Penal, que trata da possibilidade do
depoimento por escrito por chefes de Poder, somente
pode ser invocado quando os mesmos constarem como
testemunhas no processo.
Segundo Celso, sua decisão também vai na linha do
que defendem juristas e professores. O decano afirmou
que Bolsonaro tem, como qualquer pessoa, garantias
fundamentais, podendo até se recusar a comparecer ao
interrogatório, ou então, se comparecer, exercer o
direito ao silêncio ou o de "não ser obrigado a produzir
provas contra seus próprios interesses".
Temer.
O caso do então presidente Michel Temer foi o principal
argumento do recurso da Advocacia-Geral da União
contra a decisão de Celso. Um dos precedentes do
Supremo usados pela AGU foi a decisão tomada em
2017, pelo ministro Luís Roberto Barroso, ao permitir
que o emedebista apresentasse esclarecimentos por
escrito sobre uma investigação envolvendo
irregularidades no setor portuário. O ministro Edson
Fachin, relator de um outro inquérito, aberto com base
na delação da J&F, garantiu a Temer o mesmo direito.
"Não se roga, aqui, a concessão de nenhum privilégio,
mas, sim, tratamento rigorosamente simétrico àquele
adotado para os mesmos atos em circunstâncias
absolutamente idênticas em precedentes muito recentes
desta mesma Egrégia Suprema Corte", afirmou a AGU.
Ofício. O órgão acionou o Supremo após receber um18
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ofício da PF com a intimação de Bolsonaro para a
realização do interrogatório. No documento, a PF
ofereceu três datas para que o presidente apresentasse
"declarações no interesse da Justiça": 21, 22 ou 23 de
setembro.
Pelo fato de Celso de Mello estar de licença médica, o
pedido do governo foi analisado pelo ministro Marco
Aurélio Mello, que determinou a suspensão do inquérito
até que o plenário da Corte se manifeste sobre o tema.
Caberá a Luiz Fux, recém-empossado presidente da
Corte, decidir a data em que o tema será analisado. /
PEPITA ORTEGA e R.M.M.
Aplicação
"Essa norma legal (depoimento por escrito) somente se
aplica às autoridades que ostentem a condição formal
de testemunha ou de vítima."
Teori Zavascki MINISTRO DO SUPREMO, EM
DECISÃO DE 2016 REPRODUZIDA AGORA POR
CELSO DE MELLO
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Ministro do Turismo está com covid-19
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O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi
diagnosticado ontem com covid-19. Segundo a pasta,
ele está assintomático e permanece em isolamento,
trabalhando de casa. O ministro é a 7S autoridade
presente na posse de Luiz Fux na presidência do
Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 10, a contrair
a doença.
Além do próprio Fux, foram contaminados o presidente
da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); os ministros do
STJ Luís Felipe Salomão e Antonio Saldanha Palheiro;
a ministra do TST Maria Cristina Peduzzi; e o
procurador geral da República, Augusto Aras. / FELIPE
FRAZÃO e J.S.
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Para ala do STF, cabe ao Congresso definir reeleição
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Autor: Rafael Moraes Moura Jussara Soares
O entendimento de que a reeleição dos presidentes da
Câmara e do Senado é assunto que cabe ao Congresso
ganha força entre diferentes alas do Supremo Tribunal
Federal (STF). Essa foi a posição defendida pela
Advocacia-Geral da União (AGU) nesta semana ao se
manifestar à Corte. Tramita no Supremo uma ação do
PTB que busca barrar qualquer tentativa de reconduzir
o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e 0 senador Davi
Alcolumbre (DEM-AP) ao comando das duas Casas
legislativas por mais dois anos.
A manifestação da AGU foi interpretada na Corte como
uma indicação de que o governo Jair Bolsonaro não se
opõe a um novo mandato de Maia e Alcolumbre. A
eleição da cúpula do Con- gresso está marcada para
fevereiro de 2021. O relator da ação no STF, ministro
Gilmar Mendes, pretende levar o caso ao plenário ainda
neste ano. Falta, porém, um posicionamento da
Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o tema.
A avaliação entre integrantes do Supremo é a de que
deixar com os próprios parlamentares a palavra final
sobre a reeleição na Câmara e no Senado pouparia a
Corte de interferir numa questão interna, com potencial
de criar mais um desgaste entre o Judiciário e o
Legislativo.
O próprio discurso do ministro Luiz Fux, ao assumir a
presidência do Supremo, no último dia 10, indicou sua
disposição de não intervir no assunto. "Alguns grupos
de poder que não desejam arcar com as consequências
de suas próprias decisões acabam por permitir a
transferência voluntária e prematura de conflitos de
natureza política para o Poder Judiciário, instando os
juízes a plasmarem provimentos judiciais sobre temas
que demandam debate em outras arenas", afirmou Fux
na ocasião.
"Essa disfuncionalidade desconhece que o Supremo
Tribunal Federal não detém o monopólio das respostas
- nem é o legítimo oráculo - para todos os dilemas
morais, políticos e econômicos de uma nação. Tanto
quanto possível, os poderes Legislativo e Executivo
devem resolver interna corporis seus próprios conflitos e
arcar com as consequências políticas de suas próprias
decisões", disse o ministro durante sua posse.
Parecer.
Um dos pontos destacados por integrantes do STF para
liberar a reeleição na Câmara e no Senado é uma
decisão do decano do tribunal, ministro Celso de Mello,
de 2017, quando ele permitiu a recondução de Maia. Na
época, o deputado deixava um mandato-tampão após a
cassação de Eduardo Cunha (MDB-RJ) - para disputar
o comando da Câmara.
Tanto a decisão de Celso quanto a manifestação da
AGU enviada ao STF fazem referência a um parecer do
então advogado Luís Roberto Barroso, elaborado antes
de seu ingresso na Corte. No documento, Barroso
analisou a possibilidade de um político que assumiu um
mandato-tampão para o comando de uma das Casas
disputar, em seguida, uma eleição para permanecer no
cargo. Para ele, o artigo 57 da Constituição Federal21
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"não é explícito acerca da possibilidade ou não da
reeleição de quem tenha sido eleito para completar o
mandato de presidente que renunciou".
"Conclusão nessa linha (de Barroso) veio a ser
expressamente acolhida pelo ministro Celso de Mello,
em decisões (tomadas em ações que contestavam a
possibilidade de Maia disputar a presidência da Câmara
em 2017) que pontuaram a necessidade de deferência
do Poder Judiciário por escolhas políticas razoáveis de
outros poderes públicos", destacou a AGU na
manifestação ao Supremo.
A Constituição diz que, no primeiro ano de cada
legislatura, Câmara e Senado deverão reunir-se "para a
eleição das respectivas Mesas, vedada a recondução
para o mesmo cargo na eleição imediatamente
subsequente". A AGU afirmou, no entanto, que o texto
"não se aplica inevitavelmente a todos os casos de
recondução".
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ANCELMO GOIS
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Autor: Ancelmo Gois Com Ana Cláudia Guimarães,
Nelson Lima Neto e Telma Alvarenga
O pré-sal das trevas
O Canal Brasil vai exibir, terça, o documentário
"Bixatravesty", de Kiko Goifman e Claudia Priscilla, que
levou o prêmio Teddy no Festival de Berlim 2018, entre
outros.
É o tal filme que Roberto Castello Branco, presidente da
Petrobras, talvez para agradar a Bolsonaro, usou como
exemplo ao falar de "filmes de qualidade mais do que
sofrível" que não serão mais patrocinados pela estatal.
Linn da Quebrada (foto), que protagoniza o longa, é
também estrela da campanha do Canal Brasil, que hoje
foz 22 anos e celebra a diversidade e a liberdade do
cinema brasileiro.
De mãos dadas
Não se fazem mais comunistas e bolsonaristas como
antigamente.
Uma mesma coligação de candidatos a vereador em
Nova Iguaçu inclui postulantes do PCdoB e gente ligada
a Bolsonaro.
Classe média no Porto
Há uma torcida grande entre o pessoal do Porto
Maravilha para que o edifício A Noite, na Praça Mauá,
seja transformado num prédio residencial para a classe
média. O edital de venda estabelece o lance mínimo de
R$ 90 milhões, mas sem detalhar a que se destina o
local. O governo federal tem dúvidas sobre o melhor
momento de colocar o edital na praça.
É uma brasa, mora?
Nos anos 1960, Roberto Carlos, Erasmo e Wanderléa
apresentaram, ao vivo, o programa "Jovem guarda", na
antiga TV Record, que fez muito sucesso. O "Rei"
relembra essa época em um papo com a coleguinha
Glória Maria, para o "Globo Repórter" especial, dia 25,
sobre os 70 anos da televisão no Brasil, completados
ontem. O cantor recorda ainda a primeira vez em que se
viu num programa gravado na TV : "Falei : 'Caramba, eu
sou assim? (risos) É isso que eu faço, né?. Amei ,
queria ver aquilo outras vezes". Maravilha.
Foro íntimo
O ministro Luiz Fux, presidente do STF, declarou sua
suspeição para tratar do futuro do habeas corpus em
que Wilson Witzel tenta anular o afastamento do cargo
de governador. Alegou "foro íntimo" para a decisão.
Com isso, caberá à vice-presidente, ministra Rosa
Weber, definir quem irá julgar o habeas corpus.
A ESPERA DO GRITO DE FINAL DE GUERRA
Gostou da foto? Ela foi feita pela própria Bárbara Paz,
gaúcha de Campo Bom, que fotografou a si mesma
para a "Vogue" de outubro. "Fotografei essa mulher em
suspensão. É assim que me sinto hoje: suspensa no23
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tempo", diz a atriz e diretora. Na revista, ela conta sobre
o seu premiado filme "Babenco Alguém tem que ouvir o
coração e dizer: parou", que tem estreia prevista para
15 de outubro. Bárbara também estrela o longa "Por que
você não chora?", de Cibele Amaral, selecionado para o
Festival de Gramado, que começou ontem, pela TV e
pela internet, e está em Ouro Preto (MG), dirigindo o
curta "Você sabe do que eu estou falando" dentro do
projeto Teatro Digital. Protagonizada por Alessandra
Maestrini, a obra fala sobre solidão. "Este filme/ teatro
que estou fazendo faz parte deste momento que
vivemos" conta. "Estamos solitários e buscamos afeto.
Artistas sonhando com o retorno do palco e do grito de
final de guerra."
Nós vamos sair dessa
O SUS completa 30 anos e mostra seu altruísmo na
pandemia
A Lei orgânica 8.080, que tirou do papel o Sistema
Único de Saúde, completa 30 anos hoje. De lá para cá,
não foram poucos os problemas. Mas é um dos raros
sistemas de saúde no mundo que atendem
gratuitamente qualquer cidadão. Num país onde quase
70% da população não tem plano de saúde, imagine
como seria ainda pior para o pobre, com Covid-19, ter
que pagar do seu bolso para ser atendido num hospital.
O pesquisador Carlos Henrique Paiva, que coordena o
Observatório de História e Saúde da COC/Fiocruz, não
esconde que o SUS carrega contradições no seu DNA:
"Mas a pandemia mostrou também sua potência, pois,
apesar de toda a dificuldade e do desmantelamento,
está atendendo boa parte da população".
Antes do SUS, para serem atendidas sem pagar, as
pessoas contavam com instituições de beneficência,
muitas delas ligadas a igrejas ou ao Inamps, para quem
tinha trabalho formal. Vida longa.
Ana Cláudia Guimarães
2021:O ANO DE TUNGA
Um dos grandes nomes da arte contemporânea
brasileira, Tunga, o pernambucano criado no Rio, que
morreu em 2016, terá sua obra completa catalogada e
parte dela exposta, ano que vem, em São Paulo. A
iniciativa é do Itaú Cultural.
' Mas é preciso ter força.
E preciso ter raça...
Alcione, sempre querida, gravou participação na 35a
edição do Criança Esperança, que irá ao ar dia 28. A
Marrom reedita a parceria com IZA, que fez sucesso no
Rock in Rio 2019, cantando "Maria, Maria", de Milton
Nascimento e Fernando Brant. O número contará com a
participação de Ana Maria Braga.
A 'Agenda Marielle
A família de Marielle Franco e o Instituto que leva o
nome da vereadora assassinada lançaram a Agenda
Marielle. E um conjunto de compromissos com práticas
e pautas a partir do seu legado para que candidaturas
do Brasil inteiro se comprometam em honrar
verdadeiramente a sua memória. Até ontem, 230
candidatos e candidatas - vereadores, prefeitos e vices -
apresentaram inscrições. São políticos indígenas e
trans, entre outros, de 130 municípios de todas as
regiões do Brasil.
Aliás, a segunda passada marcou 30 meses sem
resposta sobre quem mandou matar Marielle.
Eta, novela grande!
A 19ª Câmara Cível do TJ do Rio negou o pedido da
CBF de suspensão da liminar que a impede de entregar
a "Taça das Bolinhas" ao São Paulo. Como se sabe, o
Flamengo conseguiu decisão que veda a entrega do
troféu até que todas as ações na Justiça sejam
julgadas. O Rubro-negro alega ter direito à premiação
por ter sido o primeiro pentacampeão brasileiro. Aliás,
este caso, que se arrasta desde 1992, termina entrando
naquela lista de assuntos de que ninguém aguenta mais
ouvir falar.
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'O destino é o caminho
O escritor carioca Ricardo Rangel lança, em outubro,
pela Edições de Janeiro, o livro "O destino é o
caminho", que traz suas observações sobre paisagens e
pessoas em uma viagem pelo celebrado Caminho de
Santiago. A caminhada já mereceu muitos livros -
inclusive o best-seller "Diário de um mago", do nosso
Paulo Coelho - , mas, como observa Ricardo, "a
questão é que o Caminho, como qualquer outra viagem,
nunca é o mesmo, e nunca se esgota. Ele depende
essencialmente de quem vai e de quem o acompanha
na estrada".
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Luiz Fux, CNJ -
Rosa Weber
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ASCÂNIO SELEME
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DESGOVERNO
O governo anunciou que pode extinguir alguns
ministérios, como o do Turismo, por exemplo. Não farão
nenhuma falta num governo que em diversas áreas não
governa mesmo. A turma do Bolsonaro não governa na
Cultura, todos sabem. Aliás, se lixa para ela. Também
não governa no Meio Ambiente, não se incomoda com a
derrubada de árvores na Amazônia e muito menos com
queimadas no Pantanal. Tampouco governa para as
mulheres e para os direitos humanos e mal governa na
saúde e na educação. Pode fechar ministérios à
vontade, excelência, eles pouco importam.
PAUTA PARA LIRA
O centrão quer fazer o deputado Arthur Lira (corrupção,
lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, violência
doméstica) presidente da Câmara. Com o aval do
Planalto, já está oferecendo cargos no governo aos que
votarem nele. O agrupamento suprapartidário também
tem prontos alguns pontos da pauta do mandato de Lira:
finalizar a Lava-Jato; reduzir o papel do Ministério
Público; e introduzir carência de quatro a oito anos para
magistrado poder se candidatar a cargo eletivo. Um
ataque explícito a quem combate a corrupção.
AGORA, SIM
O estado que já teve cinco governadores presos e tem
um sexto ameaçado de prisão, pode agora inovar e
eleger um prefeito previamente detido. E o Rio inovando
e surpreendendo o Brasil e o mundo. A candidatura de
Cristiane Brasil, do PTB, presa preventivamente em
caso de corrupção, teve sua candidatura homologada
pelo Tribunal Regional Eleitoral. O partido insistiu em
indicar a encarcerada porque ela é filha do dono, quer
dizer, do presidente do partido, o mal afamado Roberto
Jefferson. Nada de mais, na verdade. Afinal, não foi
aqui que vereadores foram eleitos dentro da cadeia?
RECOMENDO LIVROS
Três bons livros que merecem sua atenção. O jornalista
Pedro Doria acaba de publicar "Fascismo à brasileira",
que conta a história da criação do partido integralista
brasileiro e mostra suas muitas semelhanças com o
bolsonarismo. O jornalista e ex-candidato a deputado
federal Ricardo Rangel colocou nas livrarias "O destino
é o caminho", em que narra sua jornada de 800
quilômetros pelo Caminho de Santiago de Compostela.
E o escritor e cientista político Sérgio Abranches lançou
"O tempo dos governantes incidentais", onde conta
como populistas se aproveitaram de frustrações
políticas acumuladas para se eleger e em seguida
ameaçar a democracia e as instituições.
Fux tem razão Ao assumir a presidência do Supremo
Tribunal Federal, o ministro Luiz Fux elencou cinco
pontos que deverão guiar a sua gestão pelos próximos
dois anos. Separo um deles, que se o novo presidente
conseguir implementar prestará um serviço inestimável
à Justiça e ao país. Trata-se do que Fux chamou de
"fortalecimento da vocação constitucional do STF". Seu
propósito é reduzir as dezenas de milhares de ações
ingressadas a cada ano, reposicionando o tribunal
"como uma Corte eminentemente constitucional".26
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De acordo com dados citados pelo ministro no seu
discurso de posse, 115 mil processos foram julgados
pelo tribunal em 2017. No mesmo ano, a Suprema Corte
dos Estados Unidos julgou 70 casos. E verdade que a
nossa Constituição é muito maior que a americana, que
tem apenas sete artigos e recebeu 27 emendas em 230
anos. A brasileira tem 250 artigos e 114 disposições
transitórias, e em apenas 30 anos teve 100 emendas
aprovadas. Mas só isso não explica a distância que
separa os dois tribunais.
Fux tem razão, é preciso desentulhar a Corte. O
problema é como se fazer isso. Primeiro, há obstáculos
no caminho, alguns criados pelo próprio tribunal. Em
novembro do ano passado, o STF derrubou por seis
votos a cinco a prisão em segunda instância. Além de
todas as questões políticas que aquela decisão encerra,
como o favorecimento à impunidade, por exemplo, ela
serviu como bandeira em favor do prosseguimento de
qualquer ação até que ela alcance o Supremo. Se o
criminoso fosse preso assim que um colegiado de
desembargadores de tribunais regionais o condenasse,
como estava estabelecido antes da decisão contrária do
Supremo, o apelo a recursos seria obviamente menor.
Os clientes constitucionais do Supremo são o
presidente, seu vice, os membros do Congresso, os
ministros de Estado, os ministros dos tribunais
superiores e do TCU, o procurador-geral da República,
os chefes das três Forças Militares e os chefes de
missões diplomáticas. Somam mais ou menos 900
pessoas. Ocorre que qualquer cidadão que responde
por crime em ações em que membros desse grupo
estiverem envolvidos acaba sendo julgado também pelo
STF. Eventualmente, um ministro pode desmembrar
uma ação e remeter para instância inferior o denunciado
sem foro privilegiado, mas nem sempre é assim.
O Supremo também faz mal uso da súmula vinculante,
preceito constitucional que dá ao tribunal prerrogativa
de considerar já julgadas todas as ações que tratam de
crimes reiteradamente debatidos e punidos pelo
tribunal. O expediente poderia reduzir o volume de
ações em curso. Mas, é absolutamente corriqueiro o
atropelamento desta regra. Na semana passada, o
próprio Fux pediu vista em julgamento que deveria
aprovar uma súmula vinculante em questão de
narcotráfico.
No caso, não importa o teor da ação, mas o princípio
que foi ignorado.
Há ainda questões acessórias e mesmo triviais que
tornam chatos e demorados os julgamentos do STF.
Como a TV Justiça, que foi criada em em 2002 em
nome da transparência. Ela deixou os ministros mais
maleáveis, o que é perigoso. Com a transmissão ao vivo
das sessões, juízes podem ser levados a julgar de
acordo com a orientação da galera, o grito das ruas.
Com julgamentos públicos, muitos de importância
crucial para a vida política e institucional do Brasil, os
ministros podem ser constrangidos pela pressão política
e popular que sofrem em tempo real.
A TV Justiça ajudou a produzir o que Fux chamou de
"protagonismo deletério, que corrói a credibilidade dos
tribunais, especialmente do STF". De certa forma as
sessões do Supremo viraram espetáculo e os ministros
passaram a gastar muito mais tempo para ler seus
votos, que foram engordados em páginas e citações.
Alguns tomam horas para serem lidos e comentados. O
componente "vaidade humana" é quase palpável de tão
vivo nos julgamentos do tribunal. E é evidente que isso
colabora com a morosidade do tribunal e o acúmulo da
pauta.
PAULO FREIRE, 99
Paulo Freire, o mais importante educador brasileiro e
um dos maiores do mundo, completaria hoje 99 anos.
Inúmeras homenagens e palestras sobre o professor e
sua obra serão realizadas nos próximos 12 meses em
comemoração ao seu centenário. Ele é o brasileiro com
mais títulos de doutor Honoris Causa. São 41, inclusive
das super universidades de Harvard, Cambridge e
Oxford. Autor de 19 livros, com edições em incontáveis
línguas, Paulo Freire dá nome a 31 ruas e praças no
Brasil, além de 302 escolas, municipais, estaduais e
privadas. Respeitem Paulo Freire.27
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FAZENDAS E INCÊNDIO
Além da evidente má vontade da União com o meio
ambiente, da falta de fiscalização adequada, da seca,
dos ventos e do difícil acesso, um fator econômico serve
de combustão para as queimadas do Pantanal. Diversas
fazendas foram divididas ao longo dos últimos anos e
muitas pararam de produzir, demitiram peões e
fecharam suas porteiras. Essas áreas são as mais
desguarnecidas e descuidadas, por onde o fogo se
alastra sem impedimento. Outras fazendas, cinco no
Mato Grosso do Sul, são investigadas pela Polícia
Federal por queimadas intencionais.
DANDO LINHA
Fabricantes de linhas do interior de São Paulo tiveram
queda nas vendas de até 80% no início da pandemia.
Apavorados, fizeram muitas demissões achando que a
crise demoraria e a recuperação econômica só teria
início em 2021. Cinco meses depois, uma dessas
fábricas já opera no azul, ou no azulão, com vendas
120% maiores do que antes da crise sanitária. A
concorrência chinesa ficou muito cara.
EUA DESBANCADOS
Para quem acha que o problema alcança somente
países pobres, este dado pode surpreender. O Federal
Reserve dos Estados Unidos, o FED, similar ao nosso
Banco Central, informou na semana passada que um
em cada quatro americanos não tem conta bancária ou
tem apenas uma conta pagamento. Significa que 82
milhões são desbancarizados nos EUA.
CORREÇÃO Não é do MDB o ex-prefeito de Cocai (PI)
João Maria Monção, que disse em discurso gravado que
roubou, sim, mas não tanto quanto o seu adversário na
próxima eleição. Ele era do PTB, que o expulsou após a
declaração.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Luiz Fux
28
ARTIGO - Um silêncio nada inocente
Conselho Nacional de Justiça - CNJRevista Isto é/Nacional - Artigos
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: José Vicente
Como respostas aos gritos das ruas e da história do
Brasil e do mundo, diante da resiliência danosa do
racismo estrutural, ambientes sociais, com destaque
para a Justiça, lentamente tem construído ações
objetivas que fortalecem a máxima de que: não basta
não ser racista, é preciso ser antirracista.
Com esse tema, no Conselho Nacional de Justiça,
Dias Toffoli criou um grupo de trabalho para construir
propostas de combate ao racismo no sistema de
Justiça. O Procurador Geral, Augusto Aras, o CNMP e
CNJ, incluíram no Observatório Nacional da Justiça, a
busca pela Igualdade e pelo fim da Discriminação
Racial, como um pilar das políticas do judiciário. O
Ministro Herman Benjamin, do STJ, instituiu cotas para
professores negros no mestrado da Escola Nacional da
Magistratura e Luiz Fux, Presidente do STF, anunciou a
criação do Observatório dos Direitos Humanos, no CNJ.
No executivo municipal, o prefeito paulista, Bruno
Covas, cancelou a aplicação do mata – leão, como
prática de ação na guarda civil municipal, e vai nomear
12 Centros de Educação com nomes de personalidades
negras.
Mesmo o fugidio ambiente empresarial começa a se
render ao novo normal. A Cyirela Comercial Properties,
por exemplo, promove a qualificação em diversidade
racial para seu corpo de segurança e investe no
empreendedorismo de jovens negros; o Grupo Pão de
Açúcar instituiu o termo de conduta para combate à
discriminação racial com suas empresas de segurança;
a Petrobras incluiu no manual de conduta dos
fornecedores o respeito à diversidade racial; a empresa
americana Google criou um fundo de cinco milhões para
inclusão de negros na tecnologia; a Ambev criou um
programa de contratação de 80 jovens negros, com
observadores independentes negros; já o Magazine
Luiza, por sua vez, implementou um programa de
trainee exclusivo para negros; e a empresa de telefonia
Vivo reservou trinta por cento de vagas para negros no29
Conselho Nacional de Justiça - CNJRevista Isto é/Nacional - Artigos
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
seu democrático programa de trainee. Diferentemente
do mundo político que se mantêm quase indiferente a
esse mutirão da cidadania racial.
No caso do partilhamento das verbas de campanhas
entre mulheres brancas e negras, não pestanejou. Pôs-
se em silêncio. Nenhum partido ou grande
personalidade política se pronunciou ou se
comprometeu a aplicar com entusiasmo a decisão justa
e republicana do TSE, e, depois, a liminar do STF,
determinando sua aplicação imediata. Mesmo sendo
algo limitado, simbólica e historicamente trata-se de
grande progresso. Valoriza a voz das ruas e cumpre o
propósito civilizatório de corrigir a distopia política que
opõem negros e brancos e confronta os fundamentos da
igualdade e da participação democrática. Ou não será
esse o propósito da política e dos políticos? O que esse
silêncio nada inocente terá para nos dizer?
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, Judiciário - Judiciário, CNJ - Luiz Fux
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Frente parlamentar e municípios criticam corte em verbas federais do
programa Criança Feliz
Conselho Nacional de Justiça - CNJAgência Câmara/Nacional - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Trabalho, Previdência e Assistência
Frente parlamentar e municípios criticam corte em
verbas federais do programa Criança Feliz
O programa atende gestantes, crianças de até 3 anos e
crianças com deficiência de até 6 anos de famílias de
baixa renda
Frente Parlamentar da Primeira Infância promoveu
reunião virtual nesta sexta-feira
Deputados da Frente Parlamentar Mista da Primeira
Infância e o presidente da Confederação Nacional dos
Municípios (CNM), Glademir Aroldi, criticaram nesta
sexta-feira (18) o corte de até R$ 200 milhões no
programa Criança Feliz, do governo federal.
O programa atende gestantes e crianças de até 3 anos
de idade de famílias de baixa renda, que recebem a
visita semanal de profissionais capacitados para orientar
sobre assuntos como saúde, alimentação e higiene.
Também são atendidas crianças com deficiência de até
6 anos de idade que estejam inscritas nos programas
sociais do governo.
O corte de recursos foi debatido em reunião virtual
organizada pela presidente da frente parlamentar,
deputada Leandre (PV-PR) . A reunião também teve a
participação de representantes dos ministérios da
Economia e da Cidadania, de integrantes da CNM e das
deputadas Carmen Zanotto (Cidadania-SC) , Daniela do
Waguinho (MDB-RJ) e Paula Belmonte (Cidadania-DF) .
"Foi o próprio governo que, no PPA 2020-2023, colocou
a primeira infância como prioridade. Além do mais,
sancionou a Lei do Biênio da Primeira Infância (2020 e
2021) e aderiu ao Pacto Nacional pela Primeira Infância
junto ao Conselho Nacional de Justiça. Tudo isso não
pode ficar apenas no campo das intenções', afirmou
Leandre.
'Eu entendo o contexto da pandemia, mas o governo, na
necessidade de encontrar recursos para usar em
algumas áreas, não pode tirar o dinheiro justamente da
primeira infância. Isso geraria um impacto muito grande
no futuro, como repetência nas escolas e baixa
profissionalização. E também impacto no sistema
socioeducativo', completou.
O presidente da CNM afirmou que este é um exemplo
claro da necessidade de transformar programas de
governo em políticas públicas que sejam despesas
discricionárias. 'Quando vira lei, vira obrigação. E
oferece segurança para o gestor municipal ou estadual
para aderir aos programas', disse Aroldi.
Os estados e os municípios precisam aderir ao Criança
Feliz para efetivar a sua implementação. Em cada
cidade, as ações são desenvolvidas por uma equipe
multidisciplinar que inclui profissionais como pedagogos
e assistentes sociais. Até o momento, já ocorreu a
adesão de mais de 2.623 municípios ao programa, que
31
Conselho Nacional de Justiça - CNJAgência Câmara/Nacional - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
é considerado uma ação complementar ao Bolsa
Família.
'É oportuna a manifestação da CNM, em nome dos
municípios, em especial daqueles que hoje têm o
programa. Isso tem uma força muito grande. Na prática,
são eles que vão tomar a decisão de manter ou não o
programa. E essa decisão tem custo: social, político e
tantos outros', disse Leandre.
Reunião com ministro
A Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância já
encaminhou ofício ao Ministério da Cidadania, que
coordena o programa Criança Feliz, manifestando
preocupação com os cortes. A CNM também se
comprometeu em oficiar ambos os ministérios, da
Cidadania e da Economia, sobre o tema. Para a
próxima semana, está prevista uma reunião com o
ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.
O programa Criança Feliz recebeu, no ano passado, o
principal prêmio do mundo na área de inovação para a
educação, o Wise Awards 2019, durante a Cúpula
Mundial de Inovação para a Educação, no Catar.
Da Redação
Com informações da assessoria de imprensa da
deputada Leandre
Edição - Pierre Triboli
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Bretas bloqueou contas de advogados e escritórios de advocacia
Conselho Nacional de Justiça - CNJBrasil 247/Nacional - Noticias
sábado, 19 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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19 de setembro de 2020, 07:01
Por Sérgio Rodas, do Conjur - O juiz Marcelo Bretas, da
7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, admitiu
nesta sexta-feira (18/9) que mandou bloquear contas de
advogados e escritórios que foram alvos de busca e
apreensão na semana passada. Citando falha no
sistema do Banco Central, o julgador levantou o sigilo
do processo, expondo alvos da operação.
Os investigados pediram para ter acesso ao processo.
Porém, Bretas disse no começo da tarde que o caso
deveria permanecer em segredo de justiça porque as
instituições financeiras ainda não tinham se manifestado
pelo Sisbajud (sistema de penhora online de valores
lançado pelo Conselho Nacional de Justiça para
substituir o BacenJud).
Uma hora depois, o juiz federal admitiu que, em 1º de
setembro, havia ordenado o bloqueio de valores. O
protocolo no sistema do Banco Central seria feito na
véspera das buscas, 'como sempre foi feito nas
operações até hoje deflagradas', apontou.
Porém, como o CNJ substituiu o BacenJud pelo
Sisbacen, o protocolo, por problemas técnicos, só pôde
ser feito no dia subseqüente ao da operação, ou seja,
10 de setembro. Normalmente, ressaltou Bretas, no dia
14 de setembro, o mandado já estaria no sistema, e os
valores, bloqueados. Contudo, naquele dia a ordem
nem tinha sido transmitida para as instituições
financeiras. De acordo com o juiz, somente em 15 de
setembro a ordem foi repassada aos bancos. Até hoje,
porém, não consta do sistema que ela foi cumprida,
afirma o juiz.
Dessa maneira, Bretas ordenou o levantamento do
sigilo do processo. "Embora fosse aplicável a Súmula
Vinculante 14 a contrario sensu, entendo que não é
razoável manter sob sigilo o referido processo, em
virtude de uma falha estatal."
A Súmula Vinculante 14 tem a seguinte redação: "É
direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado
por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa."
Ao expor os alvos, Bretas divulgou ter ordenado
bloqueios estratosféricos: o valor mais baixo era de R$
1,6 milhão, e o mais alto, de R$ 306 milhões. Há
escritórios e contas pessoais de advogados na lista.
Ataque à advocacia
Na semana passada, Marcelo Bretas autorizou o maior
bote contra a advocacia já registrado no país,
ordenando o cumprimento de 50 mandados de busca e
apreensão contra escritórios, casas de advogados e
empresas.
A ordem foi considerada uma tentativa de criminalização
da advocacia pela comunidade jurídica. Além disso, tem
erros de competência, já que a Fecomércio é uma
entidade privada e deveria ser investigada pela Justiça
Estadual; e de imputação de crimes, já que seus33
Conselho Nacional de Justiça - CNJBrasil 247/Nacional - Noticias
sábado, 19 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
dirigentes não podem ser acusados de corrupção nem
peculato. Em outra vertente há quem entenda que, por
pretender investigar ministros do STJ e do TCU, a
competência seria do STF.
Uma semana depois do ataque, um grupo de seccionais
da OAB protocolou uma reclamação no Supremo
Tribunal Federal contra os abusos e violações das
prerrogativas cometidos por Bretas.
O bote se baseia na delação do ex-presidente da
Fecomercio do Rio de Janeiro, Orlando Diniz. O
empresário já foi preso duas vezes e vinha tentando
acordo de delação desde 2018 - que só foi homologado,
segundo a revista Época, depois que ele concordou
acusar grandes escritórios de advocacia. Em troca da
delação, Diniz ganha a liberdade e o direito de ficar com
cerca de US$ 1 milhão depositados no exterior.
Trechos vazados da delação de Diniz ainda mostram
que o empresário foi dirigido pelo Ministério Público
Federal do Rio no processo. Em muitos momentos, é
uma procuradora quem explica a Diniz o que ele quis
dizer. Quando o delator discorda do texto atribuído a
ele, os procuradores desconversam, afirmando que vão
detalhar nos anexos.
Na quinta-feira (17/9), o juiz Marcelo Bretas foi
condenado à pena de censura pelo ?rgão Especial do
Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES). Ao
participar de eventos ao lado do presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) e do prefeito Marcelo Crivella
(Republicanos), o juiz demonstrou uma desnecessária
proximidade com políticos, comprometendo sua
imparcialidade com magistrado, afirmaram os
desembargadores.
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Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Presa em flagrante por injúria racial contra PM, funcionária do TJ-BA
responde em liberdade
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio 24 Horas Online/Bahia - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: Marcela Villar* [email protected]
Uma escrivã do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) de
64 anos, identificada como Libânia Maria Dias Torres,
foi presa em flagrante por resistência e injúria racial, na
última quarta-feira (16), por ter chamado um policial
militar de 'macaco' e dado um tapa no servidor. Um
vídeo que começou a circular nas redes sociais mostra
o momento da agressão (veja abaixo).
Contudo, Libânia Torres já está em liberdade, pois a lei
de combate ao racismo não permite que a prisão seja
convertida em preventiva, por conta do tempo mínimo
de pena. A liberdade provisória foi homologada pela
juíza Ivana Carvalho Silva Fernandes, da Vara de
Audiência de Custódia, nesta quinta-feira (17), após o
Ministério Público da Bahia dar um parecer favorável
sobre o tema.
Tudo começou como um caso de violência contra a
mulher. Segundo nota da PM, na noite de quarta-feira,
por volta das 20h30, uma equipe da 50ª Companhia
Independente da Polícia Militar foi acionada, via Cicom,
para interferir numa briga de casal. A denúncia foi a de
que uma senhora de 64 anos estava sendo espancada
dentro da própria residência no bairro do Vale dos
Lagos, em Salvador.
Porém, ao chegarem ao local, os policiais verificaram
que a própria Libânia era a agressora. 'Mesmo com a
presença da guarnição no local, a senhora agrediu a
companheira dela fisicamente ao ponto em que o
policial da guarnição interveio na agressão', disse a
Polícia Militar, por meio de nota.
Brechas na lei de combate ao racismo
Em seguida, a servidora do TJ-BA deu um tapa no rosto
do policial que tentava apartar a briga e começou a
chamá-lo de macaco. Por isso, foi conduzida até a
delegacia. Só que ela já foi solta, porque um dos
requisitos para que a prisão seja convertida em
preventiva é de que pena mínima do crime seja de 4
anos. No caso de injúria racial, ela é de 1 a 3 anos,
como apontou o advogado do policial agredido, Marinho
Soares.
'Um dos requisitos para que haja prisão preventiva é
que a pena máxima seja superior a de 4 anos e a pena
máxima de injúria racial é de 3 anos. Do que adianta
que o racismo ser um crime imprescritível e inafiançável
se não cabe prisão? É mais uma lei pra inglês ver. Vou
brigar para que ela venha responder um processo penal
e seja penalizada', argumenta o advogado.
Marinho Soares compartilhou o vídeo em seu perfil do
Instagram e Facebook e diz ter recebido uma
notificação das redes sociais que o vídeo seria uma fake
news. 'As pessoas interessadas estão dizendo que a
gente tá mentindo. Só falta dizer que o vídeo foi editado,
alterado? se a lei dificulta imagine o que a defesa não
vai falar', disse.
35
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio 24 Horas Online/Bahia - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
O CORREIO tentou entrar em contato com o policial,
mas, segundo o advogado, ele teria sido proibido pela
PM para não se pronunciar sobre o caso. Questionada,
a instituição não se manifestou sobre esse ponto, disse
somente que 'a palavra não é proibir'.
Aliado a falta de requisitos, os argumentos do promotor
do MP à frente do caso para conceder a liberdade
provisória é de que a prisão preventiva passou a ser
considerada, pela lei 12.403/2011, 'a medida mais
extrema, a ser adotada em último caso, sendo a regra a
concessão da liberdade provisória'. Além disso, o MP
alega que a determinação do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), durante a pandemia, é que a prisão
deve se limitar a casos de crimes perpetrados mediante
violência ou grave ameaça contra a pessoa e que a réu
não tem antecedentes criminais.
O especialista em Direito Criminal e professor da
Faculdade Batista Brasileira, Marcelo Duarte, defende
que é necessário mudanças na lei de combate ao
racismo, ampliando a pena mínima, para que os
agressores tenham penalidades mais severas. 'É
preciso aumenta a pena de injúria racial por meio de um
projeto de lei. O que acontece hoje é que as penas são
baixas, existem muita brechas. E quando a pena
aumenta, a pessoa tende a não praticar o crime', alerta
o advogado.
Duarte também advoga para o sindicato da Polícia Civil
e da Guarda Municipal e indica que as agressões de
racismo e injúria racial contra esses servidores são
frequentes. 'Os cara sofrem isso diariamente, é uma
constante, porque a população acha que soldado da
polícia e da guarda municipal é nada', pontua.
Aspra repudia agressão
A associação dos Policiais, Bombeiros Militares e seus
Familiares do Estado da Bahia (Aspra), repudiou a
agressão de Libânia Torres. 'Inaceitável que ainda nos
dias de hoje tenhamos que conviver com este tipo de
ataque, mesmo após tantas leis que visam corrigir a
prática. Deveria ficar presa por um tempo para
aprender', afirmou o deputado estadual soldado Prisco,
coordenador geral da Aspra.
Procurado, o advogado da acusada, Fábio
Felsembourgh dos Santos, não atendeu às ligações
nem respondeu às mensagens até o fechamento desta
reportagem.
Entenda o que é considerado racismo e injúria racial,
segundo a lei:
Injúria racial - ofender a honra de alguém (indivíduo)
valendo-se de elementos referentes à raça, cor, etnia,
religião ou origem. Ex: 'seu macaco'.
Racismo - discriminação ou preconceito de raça, cor,
etnia, religião ou procedência nacional, atingindo uma
coletividade indeterminada de indivíduos ao discriminar
toda a integralidade de uma raça. Ex: 'seu macaco, por
isso que eu não gosto de preto'.
*Sob orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro
***
Em tempos de coronavírus e desinformação, o
CORREIO continua produzindo diariamente informação
responsável e apurada pela nossa redação que
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ligados a atividades essenciais, nosso trabalho tem sido
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36
'Os juristas não enxergam raça como o cerne dos problemas no nosso
país', diz promotora
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio 24 Horas Online/Bahia - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: Hilza Cordeiro [email protected]
Terceira convidada do programa de lives Conexões
Negras, do CORREIO, a promotora de Justiça e
coordenadora do grupo de atuação especial de proteção
dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação
(Gedhdis/MP-BA), Lívia Vaz conversou, nesta sexta-
feira (18), com a colunista Midiã Noelle sobre racismo
institucional e o sistema judiciário brasileiro.
No bate-papo, a promotora relembrou como foi
inspirada a entrar na carreira jurídica e debateu sobre
temas como há impunidade para os crimes de racismo,
política de encarceramento massivo, formação do
estereótipo do bandido e necropolítica estatal.
Atuando há quase 16 anos no Ministério Público da
Bahia, Lívia conta que sempre foi uma criança de perfil
contestador e desde muito cedo se deparou com a
questão racial.
'E foi aquela coisa em que eu não me percebi negra, eu
fui acusada de ser negra. Uma vez uma pesquisadora
estava colhendo dados sobre violência racial e me
perguntou qual foi a forma mais violenta que eu tinha
sofrido e eu respondi que foi quando apanhei, uma
memória de infância. Eu não levava isso para casa
talvez por culpa, por não querer preocupar os meus
pais, já tinha isso de me defender muito, então eu
trouxe essa essência para a vida e isso pauta minha
vivência', disse.
Mestra em Direito Público, ela conta que era uma das
poucas pessoas negras na faculdade e decidiu que
seria promotora depois da experiência como estagiária
do MP-BA, onde se deparou mais fortemente com as
questões de Direitos Humanos. Lívia relatou que, após
ingressar no órgão, passou 12 anos da carreira
tentando provar para as pessoas que era promotora.
'Perguntavam para mim: Cadê a promotora? A gente
está falando de Salvador, Bahia, onde deveria ser
natural a presença de pessoas negras nos espaços
públicos', disse, pontuando ainda que a capital baiana
nunca teve um prefeito ou prefeita negros.
Mesmo após 132 anos da Lei Áurea, que decretou a
proibição da escravidão no Brasil, Lívia enxerga que a
questão racial se mantém como fator responsável pela
desigualdade social no país, que pode ser vista
principalmente aqui no estado, onde as vítimas de
homicídios e feminicídios são, em sua maioria, pessoas
negras. O mais recente Atlas da Violência trouxe a
Bahia como o estado com o maior número de mortes
por homicídio no país, pelo quarto ano consecutivo, e
90% das vítimas foram negros.
'Os juristas e as juristas do nosso país, que são
majoritariamente brancos não enxergam a raça como o
cerne dos problemas no Brasil. Vivemos uma
pseudodemocracia quando 56% da nossa população é
excluída de acesso a direitos fundamentais e espaços.
O Conselho Nacional de Justiça fez uma pesquisa em
2018 e as mulheres negras representam só 6% da
37
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio 24 Horas Online/Bahia - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
magistratura brasileira. Isso tem um impacto direto no
serviço prestado à população', afirmou.
ANOTE NA AGENDA
O programa Conexões Negras com Midiã Noelle
acontece todas às sextas-feiras, às 18h, no Instagram
@correio24horas. A próxima live será com Nazaré Mota
de Lima, professora da Uneb, doutora em Letras e
Linguística pela Ufba, que falará sobre educação para a
promoção da igualdade racial. Não perca.
***
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de Justiça
38
Ministro do STJ põe em liberdade empresário acusado no caso de
propinas em Mogi
Conselho Nacional de Justiça - CNJIsto é Dinheiro Online/Nacional - política
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: Estadão Conteúdo
O ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), deferiu liminar colocando em liberdade o
empresário da construção civil Joel Leonel Zeferino,
alvo de operação do Ministério Público de São Paulo no
último dia 4. A medida tem validade até que a corte
julgue o mérito do habeas corpus impetrado por
Zeferino, que foi denunciado pela Promotoria paulista
por tráfico de influência, corrupção ativa, lavagem de
dinheiro e organização criminosa no âmbito de
esquemas envolvendo a Secretaria Municipal de Saúde,
o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae) e a
Câmara Municipal de Mogi das Cruzes (SP).
Zeferino foi detido e denunciado no âmbito da Legis
Easy, ofensiva que prendeu um grupo de vereadores do
município da região metropolitana de São Paulo. As
investigações que culminaram na operação tiveram
início justamente com Zeferino - depois que o
empresário tentou comprar nove carros para o vereador
Mauro Araújo, apontado como o 'principal articulador' do
esquema de desvio de recursos através do
direcionamento de licitações e contratações em troca de
propinas.
No entanto, o empresário caiu em golpe e precisou
registrar boletim de ocorrência, sendo que o documento
acendeu o alerta dos investigadores sobre a relação
entre a dupla.
Na decisão proferida na última quarta-feira, 16, Ribeiro
Dantas atendeu à defesa de Zeferino que pedia a
revogação da preventiva do empresário, ou
subsidiariamente, que ele fosse colocado em prisão
domiciliar por pertencer ao grupo de risco do novo
coronavírus.
No habeas corpus impetrado no STJ, os advogados do
empresário alvo da Legis Easy argumentaram que havia
'manifesta arbitrariedade' na prisão de Zeferino. A
defesa apontou 'fragilidade' dos indícios de autoria e
materialidade delitiva, alegando que os fatos
investigados teriam se dado até dezembro de 2019,
'inexistindo a necessária contemporaneidade entre as
supostas condutas e o decreto prisional'.
Ao analisar o caso, Dantas enxergou 'flagrante
ilegalidade' no decreto de prisão preventiva do
empresário, argumentando que tal medida cautelar é de
caráter excepcional. Segundo o magistrado, a decisão
que determinou a preventiva de Zeferino 'não consignou
elementos concretos que indiquem que a soltura do réu
poderia colocar em risco a ordem pública, sobretudo se
considerado o fato dele não desempenhar papel de
liderança no esquema criminoso'.
O ministro ainda citou a nova resolução do Conselho
Nacional de Justiça, editada pelo novo presidente do
Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, que afastou a
possibilidade de concessão de prisão domiciliar aos
presos pela prática do crime de organização criminosa,
lavagem de dinheiro e corrupção.
39
Conselho Nacional de Justiça - CNJIsto é Dinheiro Online/Nacional - política
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
No entanto, Ribeiro Dantas contrariou a orientação,
indicando que é necessário reconhecer a necessidade
de reavaliação das prisões preventivas enquanto
perdurar a pandemia do novo coronavírus. Nessa linha,
entendeu que apesar da gravidade dos fatos apurados,
seria 'proporcional e suficiente' que Zeferino cumprisse
medidas cautelares menos gravosas que a prisão, para
'restabelecer ou garantir a ordem pública, assegurar a
higidez da instrução criminal e a aplicação da lei penal'.
A reportagem busca contato com a defesa do
empresário. O espaço está aberto para manifestações.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
40
Senado volta a ter atividades presenciais depois de seis meses - Senado
Notícias
Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Na semana que vem, o Senado terá deliberações
presenciais pela primeira vez desde o mês de março,
quando todas as sessões passaram a ser remotas. As
comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e Relações
Exteriores (CRE) vão sabatinar e votar nomes indicados
para cargos em tribunais e embaixadas, e em seguida o
Plenário tomará as decisões finais.
A última atividade presencial dentro do Senado
aconteceu no dia 17 de março. Foi uma reunião da
comissão mista que analisava a medida provisória (MP)
905/2019, que estabelecia uma nova modalidade de
contrato de trabalho. Na ocasião, os parlamentares
aprovaram o parecer da comissão a favor da proposta.
Nesta segunda-feira (21), a CRE vai realizar 34
sabatinas com diplomatas indicados para
representações brasileiras em países estrangeiros e
agências internacionais. Já há 32 indicações na pauta, e
o presidente da comissão, senador Nelsinho Trad (PSD-
MS), informou que mais duas devem ser incluídas na
lista.
Na terça-feira (22) será a vez de a CCJ se reunir, para
ouvir três indicados para o Superior Tribunal Militar
(STM) e uma indicada para o Conselho Nacional de
Justiça (CNJ).
Após passarem por essas comissões, as indicações
devem chegar ao Plenário do Senado para serem
confirmadas, já a partir da terça-feira, e a votação deve
se estender até quinta-feira (24).
Encerrando a semana, na sexta-feira (25), os senadores
participarão de uma sessão de debates sobre os
desafios econômicos, sociais e ambientais do Brasil
para o período pós-pandemia.
Medidas de segurança
As sabatinas na CRE e na CCJ serão realizadas por
videoconferência, mas as votações dos nomes serão
presenciais porque o regimento exige deliberação
secreta nesses casos, algo que o sistema remoto do
Senado não permite. Para viabilizar os trabalhos, a
Comissão Diretora organizou um esquema de votação
em totens eletrônicos espalhados pelo prédio. Dois
deles funcionarão em formato drive-thru, no qual os
parlamentares poderão votar de dentro do carro.
Também há regras específicas para acesso aos
plenários e outros espaços físicos, funcionamento de
restaurantes e lanchonetes e operação de postos do
Serviço Médico do Senado. As medidas visam impedir
aglomerações e diminuir os riscos de saúde para
senadores e servidores. Ainda está vigente o ato da
Presidência do Senado que restringiu o acesso e a
circulação nas dependências da Casa.
CRE - 21 de setembro
1ª reunião (8h)
41
Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal do Senado/Nacional - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Indicações para as embaixadas em: Trinidad e Tobago,
Zâmbia, Filipinas (cumulativamente com Palau,
Micronésia e Ilhas Marshall), Dinamarca (com Lituânia),
Países Baixos, Geórgia, Kuwait (com Bahrein), Ucrânia
(com Moldávia), Cabo Verde, Irlanda e Myanmar.
2ª reunião (13h30) Indicações para as embaixadas em:
Iraque, Congo (com República Centro-Africana),
Botsuana, Senegal (com Gâmbia), Angola, Benim (com
Níger), Costa do Marfim, Burkina Faso, Irã e África do
Sul (com Lesoto e Maurício). Também há uma indicação
para a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).
3ª Reunião (após a segunda reunião) Indicações para
as embaixadas em: Israel, Argentina, Chile, Guiné,
Timor-Leste, Estônia, Mali, Suriname e Nepal. Também
há uma indicação para a Organização de Aviação Civil
Internacional (Oaci).
CCJ - 22 de setembro
1ª Reunião (9h)
Indicações para o Superior Tribunal Militar (STM):
Leonardo Puntel, Celso Luiz Nazareth e Carlos Augusto
Amaral Oliveira.
2ª reunião (14h30)
Indicação para o Conselho Nacional de Justiça: Maria
Thereza de Assis Moura.
Da Assessoria do Portal e-Cidadania
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Webinar: STJ debate Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais no
Judiciário
Conselho Nacional de Justiça - CNJMetrópoles/Distrito Federal - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: Caio Barbieri
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Conselho da
Justiça Federal (CJF) promovem webinário especial
para debater a aplicação da Lei Geral de Proteção de
Dados Pessoais (LGPD) no Poder Judiciário. O evento
será realizado em 21 de setembro, segunda-feira, das
9h30 às 11h, com transmissão ao vivo pelo canal do
STJ? no YouTube.
O seminário é dirigido a magistrados, servidores de
tribunais e das escolas de governo do Poder Judiciário,
profissionais do direito e cidadãos em geral
interessados no tema. Em agosto, o Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) publicou a Recomendação
73/2020, orientando que o Poder Judiciário adote
medidas preparatórias para a adequação de seus
serviços às disposições contidas na LGPD.
O presidente da Corte, ministro Humberto Martins,
ministro Og Fernandes, diretor-geral da Escola Nacional
de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados
(Enfam), estarão entre os confirmados para a abertura
do evento virtual.
Já o ministro Villas Bôas Cueva falará sobre a
adaptação do tribunal às disposições da Lei
13.709/2018. Ele coordenou recentemente, com outros
juristas, a obra Lei Geral de Proteção de Dados - A
caminho da efetividade: contribuições para a
implementação da LGPD. A advogada Andrea Willemin,
especialista em proteção de dados pessoais, também
participará do debate.
Os interessados poderão solicitar declaração de
participação no evento por meio da inscrição pelo link
que será disponibilizado na descrição do vídeo de
transmissão ao vivo no canal do STJ no YouTube.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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O que a pandemia da covid-19 nos ensina sobre o machismo no Poder
Judiciário
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo - Blogs/Nacional - Fausto Macedo
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: Maria Cristine Lindoso e Giuliana B. Schunck*
Desde que a pandemia da covid-19 teve início e os
tribunais iniciaram a virtualização das sessões de
julgamento, diversas foram as situações inusitadas que
circularam nos grupos de WhatsApp e nas redes sociais
expondo o confronto do conforto do home office com a
formalidade do judiciário. Essas situações vão desde
magistrados que não sabiam que as câmeras estavam
ligadas e votaram sem camisa durante alguns minutos
até advogados que levantaram sem querer e se
esqueceram que a formalidade do terno e gravata não
estava estendida à parte de baixo do corpo.
Mais recentemente, os escândalos que estão circulando
deixaram de ser engraçados e o descuido de diversos
atores do Poder Judiciário - de juízes a servidores e
advogados - com os seus microfones trouxeram luz a
um problema já muito conhecido pelas mulheres: o
machismo.
Nas últimas semanas, dois áudios chamaram muita
atenção. No primeiro, a futura ministra presidente do
Tribunal de Contas da União teve seu voto interrompido
por uma agressão verbal grosseira, complementada
com os dizeres 'mulher louca'. Em outro vídeo, uma
juíza do TRT da 2ª Região também foi interrompida por
um sujeito que, de tão constrangido com suas próprias
palavras, logo tapou a própria boca e balbuciou palavras
fingindo que o áudio estava com problemas.
Por mais que muitos se chocassem com as palavras
divulgadas nos vídeos, as mulheres - de todas as
classes - que atuam perante o Poder Judiciário sabem
que elas não são novidade. Magistradas naturalmente
causam incômodo na posição de julgadoras, e com
muita frequência os corredores dos tribunais Brasil afora
são invadidos por advogados questionando sua
competência e tentando desqualificar seus méritos
associando-as à loucura e à histeria já tão superadas
desde Foucault.
Advogadas são usualmente desqualificadas - às vezes
por clientes, às vezes por juízes, servidores ou pelos
próprios colegas - de serem incompetentes, também
chamadas de loucas ou associadas à profissionais do
sexo quando conseguem obter alguma liminar. Qual
colega advogada nunca viveu uma situação de
constrangimento ou assédio propriamente dito em que
confiaram no esquecimento para superar palavras
grosseiras? Ou fingiram não perceber que estavam
sendo interrompidas, mal faladas ou ignoradas por
outros homens no mesmo espaço?
As servidoras do judiciário também não vivem uma
situação melhor. O balcão dos tribunais muitas vezes é
uma fortaleza que as protege quando somente a
autoridade de um juiz pode parar grosserias de homens
que não respeitam o 'não'. E todas nós, enquanto
mulheres, já vivemos, presenciamos, defendemos (ou
nos omitimos) perante situações como essas, talvez
pelo constrangimento que a situação toda pudesse
causar. Ou pelo medo de aprofundar, ainda mais, a
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Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo - Blogs/Nacional - Fausto Macedo
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
agressão que era sofrida.
A pandemia, por meio da virtualização dos julgamentos,
apenas mostrou com mais intensidade como é ser uma
mulher falando e, no meio de seus pensamentos, ser
interrompida por grosserias, tendo que respirar fundo ao
final para continuar como se nada tivesse acontecido.
Esse foi o comportamento das magistradas dos dois
aqui mencionados e eles apenas ressaltam, com ainda
mais força, o que é ser mulher nos dias de hoje. Além
de continuar realizando a maior parte dos cuidados com
a casa mesmo nesse período, conciliando o home
schooling com os companheiros e o trabalho remoto, as
mulheres ainda precisam engolir a seco as grosserias
cotidianas que são reflexo exclusivo do machismo
estrutural no qual vivemos.
É chegada a hora de sermos mais enérgicos para coibir
esse tipo de comportamento. Se antes apenas
ouvíamos o que nos era dito nos corredores dos
tribunais ou nas salas de audiência, as gravações das
sessões virtuais agora nos dão uma ferramenta
fundamental para conscientização sobre o machismo.
Isso envolve parar de nos chamarem de malucas
quando expomos nossas opiniões ou até cometermos
um erro - quem não comete? Envolve não nos
interromperem durante nossos votos, nossas
sustentações orais, nossos despachos. Envolve não
falar de nossas mães nem tentar desqualificar nossas
opiniões com xingamentos. Também demanda parceria
dos colegas que percebem alguma situação de
constrangimento e que se encontram na posição de
poder ajudar. Mas demanda, principalmente, uma
atuação enérgica dos sindicatos dos servidores, do
Conselho Nacional de Justiça e da Ordem dos
Advogados do Brasil, para que as punições de homens
desrespeitosos sejam enérgicas, fazendo surgir um
novo paradigma na atuação do poder judiciário: o do
respeito.
*Maria Cristine Lindoso e Giuliana B. Schunck,
advogadas do Trench Rossi Watanabe
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Postagem omite que governo só pagou por tratamento de criança após
decisão judicial
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sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: Projeto Comprova
Conteúdo verificado: Postagem publicada pelo site
Gazeta Brasil indicando que o Governo Federal liberou
R$ 12 milhões para família poder comprar um remédio
para tratar criança com atrofia muscular espinhal (AME).
É enganosa uma postagem do site Gazeta Brasil em
sua página no Facebook a respeito de um repasse feito
pelo governo federal à família de uma garota que sofre
de atrofia muscular espinhal (AME) e que precisava de
um tratamento médico avaliado em R$ 12 milhões. O
repasse, de fato, foi feito, mas ocorreu após ordem
judicial da qual o governo recorreu e foi derrotado, o que
foi omitido no texto. A omissão da informação levou
muitos leitores a interpretarem o repasse como uma
ação voluntária da União, o que não é verdade.
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Amazônia
O recurso do governo foi apresentado ao Supremo
Tribunal Federal (STF) e tinha o objetivo de não realizar
o pagamento. Em um primeiro momento, o STF acatou
os argumentos da União, mas posteriormente voltou
atrás na decisão e decidiu que o governo deveria pagar
o tratamento para a menina. A primeira decisão
favorável à menina é de março deste ano, mas por
conta dos recursos o dinheiro só foi transferido entre o
final de agosto e o início de setembro.
Procurada, a Gazeta Brasil afirmou que a matéria teve
como base uma outra reportagem, de título parecido,
feita pelo jornal Metrópoles e que não suprimiu a
informação sobre a decisão judicial. O objeto da
verificação feita pelo Comprova é, no entanto, a
publicação no Facebook do portal, que não faz
referência às decisões judiciais. Devido a isso, várias
pessoas acreditaram se tratar de um ato de caridade
direto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como
pode ser observado na imagem abaixo.
Como verificamos?
Iniciamos a verificação por meio de uma pesquisa no
Google sobre o caso da menina. Assim, chegamos a
diversas reportagens, entre elas as publicadas pelo
jornal Correio Braziliense e pelo site G1 do Distrito
Federal.
Baseados nas informações encontradas, acessamos a
página do Fundo Nacional de Saúde, do Ministério da
Saúde. Nela é possível verificar todos os repasses feitos
pelo governo federal. Assim, localizamos as datas dos
repasses feitos à família.
No detalhamento dessas transferências, consta o
número do processo judicial. Em consulta ao site do
STF, instância em que o processo também tramitou, o
Comprova conseguiu identificar o advogado da família.
Os telefones dele foram obtidos por meio de uma
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Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo - Blogs/Nacional - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
pesquisa no Cadastro Nacional dos Advogados da
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Em contato com o advogado, conseguimos os números
de todos os processos em primeira e segunda
instâncias, acessíveis em consulta à ferramenta
Processo Judicial Eletrônico (PJe) do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (TRF-1). No Sistema Eletrônico de
Informações também é possível consultar o processo
administrativo do Ministério da Saúde.
Verificação Realização do pagamento
Segundo informações divulgadas em reportagens, o
pagamento dos R$ 12 milhões havia sido realizado em
dois depósitos: um de cerca de R$ 10 milhões e outro
de aproximadamente R$ 2 milhões. O primeiro datava
do mês de agosto deste ano.
Com esses recortes, por meio da consulta a repasses
por dia na página do Fundo Nacional de Saúde, foi
possível verificar que o primeiro repasse do Ministério
da Saúde à família aconteceu no dia 17 de agosto, na
quantia de R$ 10.008.250. Já o segundo ocorreu no dia
25 de agosto, no valor de R$ 1.991.750.
A família confirmou o recebimento dos valores. Em
entrevista ao Projeto Comprova, a servidora pública
Deilla Macedo Lima, mãe da criança, contou que 'esses
depósitos foram efetuados em conta judicial no mês de
agosto; e em setembro, logo em seguida, transferiram
para a minha conta corrente'.
O valor do remédio
Considerado o medicamento mais caro do mundo, o
Zolgensma foi registrado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 17 de agosto deste
ano. Segundo o próprio laboratório Novartis, que fabrica
a droga, este é o 'primeiro passo para a
comercialização' no Brasil. Porém, a aprovação de
preço na Câmara de Regulação do Mercado de
Medicamentos (Cmed) deve acontecer apenas nos
próximos meses.
Atualmente, o remédio injetável é fabricado nos Estados
Unidos e comercializado no próprio país, além de Japão
e Europa. Para justificar o alto valor de compra, o
fabricante esclareceu que o método 'reflete décadas de
pesquisas científicas, investimentos em cadeia logística
e manufatura em larga escala'. Bem como 'custos
diretos e indiretos com capacitação de centros de
referência, hospitais e profissionais de saúde'.
No entanto, a cifra milionária já foi abordada e criticada
em artigo publicado pela Fundação Oswaldo Cruz, em
27 de maio do ano passado. Coordenador do
Departamento de Política de Medicamentos e
Assistência Farmacêutica da Escola Nacional de Saúde
Pública Sergio Arouca (NAF/ENSP), Jorge Bermudez
afirmou que 'cada vez mais' as grandes empresas
farmacêuticas estabelecem 'preços fictícios', havendo
uma 'diferença muito grande entre custos e preços'.
A doença
De acordo com a Anvisa, a AME é uma doença genética
que interfere na produção de uma proteína pelo
organismo. Sem ela, os neurônios motores morrem e os
portadores vão perdendo a capacidade de se mover e
utilizar os músculos. Isso afeta os movimentos, incluindo
a mastigação e a respiração.
Degenerativa, a doença rara tem incidência de um caso
para cada 6 a 11 mil nascidos vivos. Conforme a própria
bula do remédio Zolgensma, ele precisa ser aplicado em
crianças com até dois anos de idade. A menina que
receberá o tratamento está, atualmente, com um ano e
dez meses, de acordo com o próprio pai.
A página de publicação
Procurada, a Gazeta Brasil afirmou que a matéria em
questão teve como base a reportagem de título
parecido, feita pelo jornal Metrópoles e que ela não é
enganosa, porque consta a informação da Justiça.
Porém, diferentemente do Metrópoles, o texto cita a
decisão judicial apenas no final do terceiro parágrafo,
em vez da primeira linha da reportagem. A informação
relativa às decisões judiciais também não aparece na47
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo - Blogs/Nacional - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
publicação da Gazeta Brasil no Facebook.
Por que investigamos?
Em sua terceira fase, o Projeto Comprova verifica
conteúdos relacionados à covid-19 e a políticas públicas
do governo federal. Informações falsas ou enganosas
como a checada acima são prejudiciais à sociedade e
contribuem para uma interpretação distorcida da
realidade.
Comentários do post mostram que internautas
entenderam como uma 'boa ação' o pagamento dos R$
12 milhões à família, em vez de compreenderem que se
tratava do cumprimento de decisão judicial da qual o
governo chegou a recorrer. Até a tarde de 17 de
setembro, a notícia tinha 300 interações no site, além de
quase 7 mil compartilhamentos nas redes sociais,
incluindo Facebook e Twitter.
A ação judicial aberta pela família e o recurso
apresentado pelo governo são parte de um fenômeno
conhecido como 'judicialização da saúde'. Ele se dá
quando os cidadãos acionam judicialmente, ou um
plano de saúde ou a União, para obter acesso a
tratamentos, algumas vezes de alto custo.
Quando o governo é obrigado a financiar determinados
tratamentos, como o deste caso, os recursos precisam
sair de outros pontos do orçamento, criando uma
oposição entre direitos individuais e direitos coletivos.
De acordo com um levantamento feito em 2019 pelo
Insper para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
entre 2009 e 2017 o número de processos em primeira
instância relacionados à saúde aumentou 198%.
Enganoso, para o Projeto Comprova, é um conteúdo
retirado do contexto original e usado em outro de modo
que seu significado sofra alterações; que usa dados
imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente
da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com
ou sem a intenção deliberada de causar dano.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, Judiciário - PJE48
Juiz Marcelo Bretas é punido por superexposição e autopromoção
Conselho Nacional de Justiça - CNJVeja Rio/Rio de Janeiro - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Beira-Mar, Cidade
Responsável pela Operação Lava-Jato no Rio,
magistrado recebeu pena de censura do TRF-2 por
participar de ato com Bolsonaro e Crivella
Na foto: Marcelo Bretas aparece atrás de Bolsonaro e
ao lado de Crivella em um dos eventos que o levaram a
ser penalizado pelo TRF-2 Twitter/Reprodução
Responsável pela Operação Lava-Jato no Rio, o juiz
federal Marcelo Bretas recebeu nesta quinta (17) uma
'pena de censura' do Tribunal Regional Federal da 2ª
Região. O TRF2 considerou que houve 'superexposição
e autopromoção' do magistrado ao participar de dois
eventos públicos da agenda do presidente Jair
Bolsonaro em fevereiro deste ano. Bretas esteve (e
posou para fotos) na inauguração da alça de acesso da
Ponte Rio-Niterói à Linha Vermelha e em um culto
evangélico na Praia de Botafogo.
Rio inaugura primeiro memorial aos mortos pela Covid-
19 do país
A representação contra o juiz foi aberta pela Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB). Para a entidade, Bretas
teve atuação político-partidária ao participar dos
eventos, o que é vedado à magistratura. A punição foi
decidida por 12 votos a 1, mas o relator do processo, o
desembargador Ivan Athié, rejeitou a tese da OAB.
Athié, no entanto, concluiu que a presença do juiz
federal, ao lado do presidente da República, evidenciou
uma superexposição do magistrado e uma
autopromoção, atitudes que violam as regras do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Um juiz punido
com a pena de censura não poderá figurar em lista de
promoção por merecimento pelo prazo de um ano. Não
cabe recurso contra a decisão, que será comunicada ao
CNJ.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Marcelo Bretas admite que mandou bloquear contas de bancas e
advogados
Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/Nacional - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: Sérgio Rodas
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do
Rio de Janeiro, admitiu nesta sexta-feira (18/9) que
mandou bloquear contas de advogados e escritórios
que foram alvos de busca e apreensão na semana
passada. Citando falha no sistema do Banco Central, o
julgador levantou o sigilo do processo, expondo alvos da
operação.
Marcelo Bretas comandou maior bote à advocacia
nacional
Reprodução/Instagram
Os investigados pediram para ter acesso ao processo.
Porém, Bretas disse no começo da tarde que o caso
deveria permanecer em segredo de justiça porque as
instituições financeiras ainda não tinham se manifestado
pelo Sisbajud (sistema de penhora online de valores
lançado pelo Conselho Nacional de Justiça para
substituir o BacenJud).
Uma hora depois, o juiz federal admitiu que, em 1º de
setembro, havia ordenado o bloqueio de valores. O
protocolo no sistema do Banco Central seria feito na
véspera das buscas, 'como sempre foi feito nas
operações até hoje deflagradas', apontou.
Porém, como o CNJ substituiu o BacenJud pelo
Sisbacen, o protocolo, por problemas técnicos, só pôde
ser feito no dia subseqüente ao da operação, ou seja,
10 de setembro. Normalmente, ressaltou Bretas, no dia
14 de setembro, o mandado já estaria no sistema, e os
valores, bloqueados. Contudo, naquele dia a ordem
nem tinha sido transmitida para as instituições
financeiras. De acordo com o juiz, somente em 15 de
setembro a ordem foi repassada aos bancos. Até hoje,
porém, não consta do sistema que ela foi cumprida,
afirma o juiz.
Dessa maneira, Bretas ordenou o levantamento do
sigilo do processo. 'Embora fosse aplicável a Súmula
Vinculante 14 a contrario sensu, entendo que não é
razoável manter sob sigilo o referido processo, em
virtude de uma falha estatal'.
A Súmula Vinculante 14 tem a seguinte redação: 'É
direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado
por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa'.
Ataque à advocacia
Na semana passada, Marcelo Bretas autorizou o maior
bote contra a advocacia já registrado no país,
ordenando o cumprimento de 50 mandados de busca e
apreensão contra escritórios, casas de advogados e
empresas.
A ordem foi considerada uma tentativa de criminalização
da advocacia pela comunidade jurídica. Além disso, tem
erros de competência, já que a Fecomércio é uma
entidade privada e deveria ser investigada pela Justiça
Estadual; e de imputação de crimes, já que seus50
Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/Nacional - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
dirigentes não podem ser acusados de corrupção nem
peculato.
Uma semana depois do ataque, um grupo de seccionais
da OAB protocolou uma reclamação no Supremo
Tribunal Federal contra os abusos e violações das
prerrogativas cometidos por Bretas.
O bote se baseia na delação do ex-presidente da
Fecomercio do Rio de Janeiro, Orlando Diniz. O
empresário já foi preso duas vezes e vinha tentando
acordo de delação desde 2018 - que só foi homologado,
segundo a revista Época, depois que ele concordou
acusar grandes escritórios de advocacia. Em troca da
delação, Diniz ganha a liberdade e o direito de ficar com
cerca de US$ 1 milhão depositados no exterior.
Trechos vazados da delação de Diniz ainda mostram
que o empresário foi dirigido pelo Ministério Público
Federal do Rio no processo. Em muitos momentos, é
uma procuradora quem explica a Diniz o que ele quis
dizer. Quando o delator discorda do texto atribuído a
ele, os procuradores desconversam, afirmando que vão
detalhar nos anexos.
Na quinta-feira (17/9), o juiz Marcelo Bretas foi
condenado à pena de censura pelo ?rgão Especial do
Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES). Ao
participar de eventos ao lado do presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) e do prefeito Marcelo Crivella
(Republicanos), o juiz demonstrou uma desnecessária
proximidade com políticos, comprometendo sua
imparcialidade com magistrado, afirmaram os
desembargadores.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Advocacia debate pesquisa sobre acesso à Justiça na pandemia
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo - Blogs/Nacional - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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A Associação dos Advogados e Fundação Arcadas
(USP) apresentarão nesta terça-feira (22) os resultados
de pesquisa sobre o acesso à Justiça durante o período
de isolamento social. O tema será debatido em webinar.
(*)
O objetivo da pesquisa foi tentar entender a situação
pela qual estava passando a advocacia nos primeiros
meses da quarentena. Cerca de 2 mil advogados -
associados ou não- responderam a questionário entre
18 de junho e 15 de julho.
Segundo a AASP, os resultados permitem compreender
os impactos da pandemia após as várias decisões do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre a
uniformização de procedimentos pelos Tribunais em
razão do Covid-19.
A Resolução nº 314, por exemplo, modificou as regras
de suspensão dos prazos processuais.
A conclusão da pesquisa será apresentada em webinar
com a participação presidentes das duas entidades
(Renato Cury e Flávio Luiz Yarshell), dos presidentes do
Tribunal Regional Federal da 3ª Região e do Tribunal de
Justiça de São Paulo, desembargadores Mairan Maia e
Geraldo Francisco Pinheiro Franco, respectivamente.
Também debaterão o assunto o diretor da Faculdade de
Direito da USP, Floriano Peixoto de Azevedo Marques,
e os representantes da advocacia Viviane Girardi (vice-
presidente da AASP), Silvia Rodrigues Pachikosky
(diretora da AASP) e Oreste Laspro (administrador
judicial ).
Segundo Flávio Luiz Yarshell, 'os resultados revelam
que há problemas importantes, muitos deles sem fácil
solução, inclusive porque a superação depende também
de terceiros - em particular, do Judiciário'.
'A partir dos dados colhidos, é possível estudar soluções
para os problemas detectados', diz Yarshell.
Para Renato Cury, 'algumas das práticas adotadas
pelos tribunais devem permanecer; outras, precisarão
ser reavaliadas'.
-
(*) Inscrições para o webinar em:
www.aasp.org.br/eventos/
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Primeira semana de Fux na presidência do STF: poucos julgamentos e
casos de Covid-19
Conselho Nacional de Justiça - CNJJota/Nacional - Noticias
sábado, 19 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: Ana Pompeu
A primeira semana de Luiz Fux na Presidência do
Supremo Tribunal Federal (STF) certamente não
transcorreu como o ministro esperava. A Corte
enfrentou problemas técnicos nas Turmas e no sistema
interno, falta de quórum para julgar ações
constitucionais, concluiu apenas um caso no plenário e
foi mencionada no noticiário muito mais pela onda de
convidados à posse de Fux infectados pelo coronavírus
do que por decisões dos ministros.
A cerimônia de posse de Fux, segundo a assessoria da
Corte, seguiu 'todas as medidas de segurança,
protocolos e procedimentos recomendados pelo
Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da
Saúde'. No plenário, além dos servidores que circularam
para organizar o evento, somente 50 cadeiras foram
ocupadas. Mas as precauções podem não ter sido
suficientes. Dos 50 convidados, 6 já testaram positivo
para a Covid-19, além do próprio Fux.
Fux convidou as autoridades para estarem presentes.
Ele enfatizou a importância simbólica da cerimônia,
repetiu o convite aos colegas de Corte. Os ministros
Ricardo Lewandowski, que tem seguido à risca as
orientações de prevenção contra o coronavírus, Gilmar
Mendes, que estava em Lisboa, e Celso de Mello, de
licença médica, não participaram. Os outros sete
aceitaram o convite. Cármen Lúcia não participou das
sessões jurisdicionais ao longo da semana. Ela
justificou a ausência, mas não informou o motivo, nem o
resultado do seu exame para detectar o possível
contágio por Covid-19.
Apesar de o ministro ter afirmado, por meio da
assessoria, que possivelmente teria contraído o vírus
em um almoço familiar no sábado seguinte à
solenidade, o tempo entre o contágio e a manifestação
dos sintomas levantaram uma luz amarela. Sintomas
aparecem, em média, cinco dias após a infecção e a
fase contagiosa pode durar duas semanas. Como a
posse ocorreu na quinta-feira (10/9) da semana
passada, e Fux testou positivo na última segunda-feira
(14/9) é mais provável que Fux tenha sido infectado na
solenidade ou antes dela.
Já na quarta-feira (16/9), os ministros do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) Luis Felipe Salomão e Antônio
Saldanha, a presidente do Tribunal Superior do
Trabalho, Maria Cristina Peduzzi, e o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
informaram ter testado positivo para doença. Na quinta-
feira, foi a vez do procurador-geral da República,
Augusto Aras. E nesta sexta, do ministro do Turismo,
Marcelo Álvaro Antônio.
Depois, mesmo aqueles que não foram contaminados
sentiram a necessidade de informar o resultado
negativo, como o presidente da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. A presidente da
Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Renata
Gil, não divulgou, mas também testou. Deu negativo.
53
Conselho Nacional de Justiça - CNJJota/Nacional - Noticias
sábado, 19 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Outro evento também pode ter contribuído para a
contaminação da cúpula do Judiciário: o casamento da
filha do ex-presidente do STJ João Otávio de Noronha,
a advogada Anna Carolina Noronha. O ministro teve
Covid-19 em julho. O casamento reuniu cerca de 120
pessoas. O ministro do STF Luís Roberto Barroso, que
também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), esteve na posse e na celebração. Ele fez o teste,
e não está contaminado.
Fux teve outros motivos com os quais se preocupar ao
longo da semana. O plenário físico não teve quórum
completo. Na quarta-feira, apenas um caso foi julgado:
uma ação rescisória em que a União pedia a revisão de
uma decisão de 2006 do ministro Ayres Britto em um
recurso extraordinário. O pedido da União foi negado
pela maioria dos ministros.
Depois de pouco menos de duas horas de julgamento,
Fux teve de encerrar mais cedo a primeira sessão
plenária presidida por ele depois de o ministro Barroso
alertar que estava impedido de julgar a causa. Com as
ausências de Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Celso de
Mello, Fux foi avisado por Lewandowski e Alexandre de
Moraes de que não havia quórum mínimo de 8 ministros
para julgar ações constitucionais.
No dia seguinte, ele chamou a julgamento dois casos
que estavam em lista. Não concluiu nenhum. O
primeiro, de novo, por falta de quórum. O segundo,
sobre a CIDE destinada ao Sebrae, foi iniciado com as
sustentações orais e voto da relatora, ministra Rosa
Weber, e terá continuidade na próxima semana.
Na pauta de quinta estavam, ainda, a ação direta de
inconstitucionalidade (ADI 3952), que trata do
cancelamento do registro de empresas tabagistas em
débito com a Receita Federal, e a arguição de
descumprimento de preceito fundamental (ADPF) 219,
sobre a obrigatoriedade de a União apresentar cálculo
em processos em que é ré.
Na sessão de quarta-feira, inicialmente, seria julgada a
ADI 4.234, sobre a Lei de Propriedade Industrial. Mas,
pouco antes do início, o ministro alterou a pauta,
deixando apenas a ação rescisória que foi, de fato,
julgada, além de outras listas. Na primeira versão da
pauta, eram sete itens, que incluíam discussões sobre
benefícios a auditores fiscais aposentados, por
exemplo, e três listas.
Outro contratempo da primeira semana de Fux foi uma
pane, que durou 2 dias, no sistema eletrônico do
tribunal. Por alguns momentos, o STF ficou sem rede e
sem telefones. Assessores não conseguiram despachar
com os ministros, já que dados e informações
processuais ficaram inacessíveis. Diante da situação, os
prazos tiveram de ser suspensos na última terça-feira.
Como se não bastassem tantos imprevistos, a primeira
entrevista de Fux como presidente da Corte não
repercutiu bem entre os pares. À revista Veja, Fux
classificou a decisão do Supremo sobre a
impossibilidade da execução provisória da pena como
de 'baixa densidade jurídica'. O vice-decano Marco
Aurélio Mello, que foi o relator do caso e liderou a
corrente majoritária, reagiu a esta declaração e mandou
para o gabinete de Fux a íntegra de seu voto.
A boa notícia para Fux é que, levando-se em conta
todos os episódios, dificilmente a próxima semana será
pior do que esta que passou.
Ana Pompeu - Repórter em Brasília. Cobre Judiciário,
em especial o Supremo Tribunal Federal (STF), o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Conselho
Nacional de Justiça (CNJ). Passou pelas redações do
ConJur, Correio Braziliense e SBT. Colaborou ainda
com Estadão e Congresso em Foco. Email:
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
54
Destaque para os números da Covid-19 no sistema prisional e decisão do
CNJ sobre liberdade de presos na pandemia
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Band News/Nacional - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
5.413 presos foram soltos no estado de São Paulo por
apresentarem risco de contaminação pelo
coronavírus.Desde o início da pandemia 7.385 detentos
testaram positivo para a covid-19 e 26 mortes foram
registradas.A possibilidade de liberdade aos detentos do
grupo de risco é uma recomendação feita pelo
Conselho Nacional de Justiça para conter a doença
no sistema penitenciário penitenciário.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, CNJ - CNJ
55
CNJ Entrevista: Programa "Norte Conectado" vai levar internet para a
região norte do país
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Hoje vamos falar sobre o programa 'Norte Conectado'
que vai levar internet a região norte do país. O
Conselho Nacional de Justiça é um dos parceiros e
financiadores da iniciativa
Entrevista com Luiz Antônio Mendes Garcia,
coordenador desse projeto durante a fase de
elaboração e articulador entre o CNJ e o Ministério das
Comunicações.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, CNJ - CNJ, Judiciário - Judiciário
56
Grupo de trabalho vai garantir que Direitos Humanos sejam respeitados
no Judiciário
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
O Observatório dos Direitos Humanos foi criado pelo
Conselho Nacional de Justiça e será presidido pelo
presidente do conselho, ministro Luiz Fux.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, CNJ - CNJ, Judiciário - Judiciário, CNJ - Luiz
Fux
57
Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais entrou em vigor nesta sexta-
feira
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao
sexta-feira, 18 de setembro de 2020CNJ - CNJ
LGPD visa garantir mais segurança e transparência às
informações coletadas por empresas públicas e
privadas.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - CNJ
58
Assessores se reuniram com Carlos antes de deporem à PF
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
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Autor: Marcelo Rocha
Assessores especiais da Presidência apontados como
integrantes do "gabinete do ódio" disseram à Polícia
Federal que se reuniram com o vereador Carlos
Bolsonaro (Republicanos-R!) horas antes de serem
interrogados no inquérito do Supremo sobre atos
antidemocráticos.
Os encontros, segundo Tércio Tomaz Arnaud e José
Matheus Sales Gomes, ocorreram na manhã da sexta-
feira (n). À tarde, os dois foram ouvidos pelos
investigadores.
Filho de Jair Bolsonaro (sem partido), o vereador
prestou depoimento à PF no Rio na véspera, quando
respondeu a perguntas sobre o envolvimento de aliados
do presidente nos atos antidemocráticos.
A delegada da PF Denisse Dias Rosas Ribeiro,
encarregada do inquérito, quis saber dos dois auxiliares
de Bolsonaro na Presidência quando estiveram pela
última vez com Carlos. A Folha teve acesso aos dois
interrogatórios.
Tércio respondeu que almoçou com o vereador naquela
sexta, José Matheus, que esteve com o filho 02 na parte
da manhã, mas "que não conversaram sobre os
detalhes da oitiva de Carlos Bolsonaro".
Como a Folha antecipou nesta quinta (17), Carlos disse
à PF que não é "covarde ou canalha aponto de utilizar
robôs e omitir essa informação".
O vereador admitiu relação com contas pessoais de
Bolsonaro nas redes sociais. Disse que não participa da
política de comunicação do governo e que "tem relação
apenas com divulgação dos trabalhos desenvolvidos
pelo governo federal nas contas pessoais do declarante
e do seu pai".
Aberta por determinação de Alexandre de Moraes, do
STF, a apuração busca identificar os responsáveis pela
organização e financiamento de manifestações contra
integrantes do Supremo e do Congresso.
Nesta sexta (18), a defesa do ex-ministro da Sérgio
Moro recebeu intimação da PF para que ele seja
interrogado na condição de testemunha.
A oitiva é motivada, segundo os advogados de Moro,
por ele ter comandado a pasta da justiça e Segurança
Pública à época dos fatos. O depoimento está
agendado para o dia 2 de outubro em Curitiba.
No depoimento à PF, ao ser questionado pela delegada
sobre "qual tipo de atuação realiza nas redes sociais
privadas do Presidente", Tércio reforçou a versão de
Carlos.
Afirmou que "não detém as senhas das redes sociais do
presidente, sendo que o próprio presidente cuida do
Facebook, e Carlos cuida das demais redes sociais do
pai".
Os interrogatórios de Tércio e José Matheus, segundo
ofício enviado pela PF ao chefe da assessoria especial59
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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
da Presidência, foram agendados inicialmente para o
dia 9. Portanto antes da data prevista para que Carlos
fosse interrogado.
O assessor-chefe, Célio Faria júnior, pediu à PF que as
oitivas fossem transferidas para a sexta (11). Não houve
oposição por parte da PF.
A polícia perguntou aos assessores também sobre o
último encontro que tiveram com o coronel Mamo César
Barbosa Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro. O militar
foi ouvido pela PF na parte da manhã daquela sexta-
feira.
José Matheus disse que esteve com o oficial do Exército
e que falaram "de forma superficial" sobre a oitiva de
Cid à PE Tércio afirmou que o encontrou naquela
manhã.
Ao comentar que função desempenha no Planalto,
Tércio disse que acompanha a agenda de Bolsonaro,
"participando de reuniões como objetivo de assessorar o
presidente sobre os temas que serão abordados,
trazendo informações coletadas de fontes abertas".
"Quando demandado auxilia, juntamente com José
Matheus, Mateus Diniz e o ajudante de ordem, Ten.
Coronel Cid, no levantamento de informações que
possam ser abordadas e trabalhadas durante a
transmissão ao vivo (live)", afirmou à PF.
Diniz é apontado como outro integrante do "gabinete do
ódio" e será ouvido na próxima semana pela polícia.
O grupo, tutelado por Carlos, é responsável por parte da
estratégia digital bolsonarista. A existência do gabinete
foi revelada pela Folha em 19 de setembro de 2019.
José Matheus disse à PF que não ama nas redes
sociais privadas do presidente. Afirmou que, de acordo
com a sua disponibilidade, a companha Bolsonaro nas
lives, "para prestar auxílio sobre informações ou até
mesmo no manuseio de equipamentos necessários para
realização da transmissão".
E comentou que eventualmente também auxiliam nesta
tarefa "Tércio Arnaud, Mateus Diniz e às vezes algum
ajudante de ordem".
Indagados se conhecem e se fazem parte do "gabinete
do ódio", os assessores da Presidência disseram ter
ciência do assunto, mas que se trata de uma criação
midiática.
Tércio respondeu que o "nome surgiu porque Carlos
Bolsonaro, por ser ativo nas redes sociais, causando em
alguns momentos conflitos, bem como pela ligação do
declarante [Tércio] e de José Matheus com Carlos, a
mídia rotulou o grupo como 'gabinete do ódio".
José Matheus disse acreditar que seu nome foi
vinculado a esse termo por ter administrado no passado
página "de conteúdo de viés de ideologia política de
direita".
"Opositores do governo criaram a narrativa da
existência do 'gabinete do ódio."
A dupla negou que já tenha produzido ou repassado de
forma consciente mensagem ou material com conteúdo
falso que incitasse a animosidade das Forças Armadas
contra o STF ou Congresso.
Em relação a relatório divulgado pelo Facebook e
elaborado pela Atlantic Council, Tércio disse que tem
ciência do conteúdo e da consequência - a derrubada
de páginas administradas por ele.
Os investigadores perguntaram, e Tércio respondeu que
nunca criou contas com dissimulação da identidade ou
em nome de terceiros. Disse ainda que "nunca
mascarou dados ou IPs (identidade de cada dispositivo
conectado à rede mundial de computadores)".
Ao ser indagado sobre sua atribuição, José Matheus
disse que "sua função está mais ligada a área de
comunicação do governo como um todo, envolvendo
aparte de estratégia de comunicação das atividades
desenvolvidas".
60
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poder
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
Ele afirmou que a Secom (Secretaria de Comunicação
da Presidência, recentemente incorporada pelo
Ministério das Comunicações) realiza o trabalho de
comunicação das atividades do governo, mas que ele
auxilia estrategicamente nessas abordagens, além de
abastecer o presidente com informações.
Foi pergunta do ao assessor se ele teria conhecimento
do uso de empresas que atuam no impulsionamento de
conteúdo, criação ou divulgação de conteúdo político
envolvendo Bolsonaro e familiares. Ele respondeu que
não.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
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Procuradoria pede fim de salário vitalício de ex-governadores
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Mercado
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
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brasília A PGR (Procuradoria Geral da República)
entrou nesta sexta (18) com ação no Supremo para que
todos os estados deixem de pagar salários vitalícios a
ex-governadores.
O objetivo é que, de uma só vez, o STF declare irregular
o pagamento dessas pensões a quem ocupou o cargo
eletivo.
Apesar do aperto nos orçamentos públicos, alguns
estados ainda pagam salários a ex-governadores e seus
dependentes sem que eles atualmente prestem serviços
à administração pública.
Contrária a esses benefícios, a OAB entrou com tuna
série de processos no Supremo para derrubar as
pensões vitalícias. Mas há tuna contestação para cada
estado que mantém a benesse.
Agora, a PGR quer que o STF, de uma só vez, impeça
que ex-governadores recebam salários para o resto da
vida ou até por um período determinado após o fim do
mandato.
"É inegável que a reiterada prática de atos
inconstitucionais que resultam no pagamento de
pensões a ex-governadores e a seus dependentes,
como decorrência do mero exercício de cargo eletivo e/
ou distintos dos previstos no Regime Geral de
Previdência Social [sistema de aposentadoria dos
trabalhadores privados], causa vultosos prejuízos aos
cofres estaduais, a exigir a imposição de decisão de
caráter amplo, geral e da forma mais abrangente
possível", argumenta o procurador-geral da República,
Augusto Aras, na ação.
Thiago Resende
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
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O Supremo deve deixar sob a responsabilidade dos pais a decisão de
vacinar seus filhos?
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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
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Autor: Edmilson de Almeida Barros Júnior ,Luiz Felipe
Conde
Não
Muito além da vontade dos pais
Ato de não vacinar é negligência extrema e nociva
ameaça à saúde pública
Edmilson de Almeida Barros Júnior
Médico e advogado, é especialista em direito médico e
direito da saúde
Sob relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, está nas
mãos do Supremo Tribunal Federal decidir de se os
pais, por sua exclusiva vontade, podem ou não escolher
seguir o calendário de vacinação de seus filhos.
Eventual (e injustificada) resistência pode ser motivada
pelos mais variados pretextos, inclusive escusas
filosóficas, religiosas, morais, existenciais, de
desconfiança - ou até sem motivos. A nosso sentir, a
questão é de simples resolução e vai muito além da
mera vontade dos "possuidores" do poder familiar. Do
ponto de vista jurídico, em diversas passagens da
Constituição Federal (tais como artigos 5º, 6º, 196 e
227) existem expressas referências ao direito à saúde
(e à vida) dos menores, inclusive como dever da família,
da sociedade e do Estado, em beneficio de crianças e
adolescentes, a serem tratados com absoluta
prioridade.
Por sua vez.no âmbito infraconstitucional, o Código Civil
e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) se
complementam quanto ao poder dos pais sobre os filhos
incapazes (crianças e adolescentes). Para Wilson
Oliveira, "o poder familiar é um instituto jurídico
destinado a proteger os filhos menores". Trata-se de um
poder-dever atribuído pelo poder público aos pais,
visando que os filhos sejam zelados, o que passa
necessariamente pela saúde dos mesmos. O
desrespeito a esse dever até pode gerar a destituição
dos pais desse encargo, já que o objetivo é sempre o
bem-estar do menor.
O ECA considera criança os menores até 12 anos
incompletos; entre 12 e 18 anos são chamados
adolescentes. Na mesma norma, existe a expressa
determinação do artigo 14, parágrafo i°, de que a
vacinação é obrigatória em casos recomendados pelas
autoridades sanitárias.
O Programa Nacional de Imunização (PNI) foi criado em
1973 e é um dos mais completos do mundo. No
calendário de vacinação, na sua imensa maioria, a
previsão vacinai ocorre até a maioridade, e todas as
vacinas são previamente testadas e aprovadas;
portanto, bastante seguras e eficazes. Todas as
doenças prevenidas pelas vacinas, se não forem alvo
de ações prioritárias, podem voltar a se tornar cíclicas e
a atingir grande número de pessoas - menores e
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Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Opinião
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
adultos. O ato de não vacinar, além de um risco ao
negligenciado, representa tuna ameaça extremamente
nociva à saúde pública de todos, já que pais que optam
por esse caminho estão pondo uma infundada vontade
individual por sobre o coletivo e por sobre o interesse
público, sem falar no prejuízo ao menor não vacinado,
desconsiderando a consequência desse ato no nível
macrossocial, já que estão expondo toda a sociedade a
doenças de fácil prevenção.
Uma vez os pais decidam não vacinar um filho, e se
acaso a criança vier a falecer, exatamente em virtude de
tuna dessas doenças cobertas pela vacinação
obrigatória, gratuitamente fornecida e ministrada na
rede pública de saúde, isso é passível de ser
caracterizado como homicídio culposo - modalidade
negligência ou até mesmo homicídio doloso (dolo
eventual), já que os pais, conscientemente, assumiram
o risco de levar o menor à morte pela sua opção
deliberada de não vacinar.
Ser vacinado é um direito inalienável e indisponível da
criança e do adolescente. É dever do Estado, e isso
deve se sobrepor a qualquer vontade individual dos
pais, desejo esse que talvez nem fosse o mesmo do
menor, se acaso ele conscientemente pudesse dar o
seu próprio consentimento informado e esclarecido.
Ser vacinado é um direito inalienável e indisponível da
criança e do adolescente. É dever do Estado, e isso
deve se sobrepor a qualquer vontade individual dos
pais, desejo esse que talvez nem fosse o mesmo do
menor, se acaso ele conscientemente pudesse dar o
seu próprio consentimento
Sim
Imposição perpetua paternalismo
Discussão não se limita ao sanitarismo, pois contraria
liberdades individuais
Luiz Felipe Conde
Advogado, é mestre em saúde pela Fiocruz
É preciso extrema cautela ao interpretar a proteção
integral e o princípio do melhor interesse da criança,
estabelecidos no artigo 227 da Constituição Federal e
no artigo 1° da lei 8.069/1990, que define o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA). Afinal, o melhor
interesse da criança seria aquele supostamente
legitimado no senso comum ou deveria ser visto à luz
dos costumes da comunidade ou da família em que se
insere?
A vacinação obrigatória consta da lei 6.259/1975, que
instituiu o Programa Nacional de Imunizações. A norma,
editada pela ditadura, ostenta reminiscências do Estado
patriarcal e autoritário e teve influência sobre o ECA,
que, mesmo tendo sido elaborado após a
redemocratização, estabeleceu a obrigatoriedade da
vacinação das crianças nos casos recomendados pelas
autoridades sanitárias. Essa imposição contraria o
amplo respeito às liberdades individuais e à pluralidade,
mas também perpetua a visão do poder estatal
paternalista e invasivo à autonomia e à intimidade
privadas.
A Constituição Federal determina, no artigo 226, que a
família ostenta especial proteção do Estado,
consagrando o planejamento familiar como tuna livre
decisão do casal. O papel do Estado é "propiciar
recursos educacionais e científicos para o exercício
desse direito", sem jamais adotar qualquer forma de
coerção, como fica explicitamente vedado pelo texto
constitucional. Ora, planejamento familiar não engloba
apenas a concepção, mas também os valores morais,
éticos, religiosos e existenciais. Ou seja, envolve
também o estilo de vida adotado pela família.
A objeção de consciência dos filhos para a realização
de tratamentos médicos, inclusive os preventivos - como
é o caso das vacinas deve ser exercida pelos pais até a
maturação, por força do poder familiar e dos deveres
dos pais, segundo fica determinado pelos artigos 1.630
e 1.634 do Código Civil. Vale destacar que, entre esses
deveres dos responsáveis, estão a obrigatoriedade de
dirigir a criação e a educação e de representação nos
atos da vida civil, neles compreendidas as64
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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
manifestações de consentimento.
A ciência é tuna forma de conhecimento, cuja adoção se
insere no âmbito do livre arbítrio. Ela não deve,
portanto, demandar submissão compulsória aos seus
preceitos. Isso violaria aspectos da dignidade humana,
como a liberdade de consciência e de religião, de
filosofia e de identidade social. Estaria em confronto
com os valores do Estado de Direito.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís
Roberto Barroso, na época em que era procurador do
estado do Rio de)aneiro, opinou que as Testemunhas
de Jeová podem rejeitar a obrigatoriedade da transfusão
de sangue. Trata-se de situações em que o risco de
morte é mais iminente do que o que se pretende evitar
com as vacinas.
O reconhecimento dos direitos fundamentais de quarta
geração, como o direito à democracia, à informação e
ao pluralismo, deixa evidentes os vícios institucionais
que acometem a vacinação obrigatória. A falta de
transparência quanto aos efeitos colaterais, ao processo
de fabricação, de testagem e de aprovação, aliados à
participação inexistente da sociedade no processo
regulatório e decisório, coloca em xeque a legitimidade
democrática da medida. A discussão não diz respeito
apenas ao sanitarismo, mas sim ao Estado democrático
de Direito e ao respeito aos direitos humanos em todas
as suas dimensões.
A ciência é uma forma de conhecimento, cuja adoção se
insere no âmbito do livre arbítrio. Ela não deve,
portanto, demandar submissão compulsória aos seus
preceitos. Isso violaria aspectos da dignidade humana,
como a liberdade de consciência e de religião, de
filosofia e de identidade social
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
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Deputados querem cortar benefícios de juízes, procuradores e
promotores
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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
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Autor: Camila Turtelli /brasília
O chamado alto escalão do funcionalismo público está
na mira de deputados dispostos a ampliar o alcance da
reforma administrativa, que prevê alterações na forma
como os servidores públicos são contratados,
promovidos e demitidos.
Mudanças como limitar as férias de todos os agentes
públicos a 30 dias por ano, inclusive parajuízes, além do
fim de privilégios, como aposentadoria compulsória
como punição para quem já está trabalhando, estão
entre as emendas (sugestões de alterações do texto)
que devem ser incluídas na tramitação da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC).
Algumas emendas propõem incluir na reforma inclusive
membros da ativa de outros Poderes, além dos
servidores que já estão trabalhando. Essas duas
categorias foram poupados no texto enviado pelo
governo.
Entregue há duas semanas, depois de muita espera, o
texto do governo foi considerado tímido por alguns
parlamentares. Um dos motivos é que juízes,
promotores, procuradores, desembargadores,
deputados e senadores ficaram de fora das mudanças
propostas.
Como os novos membros do Judiciário e Legislativo
não serão atingidos, eles manterão benefícios que
devem ser extintos para os futuros servidores, como as
férias superiores a 30 dias, licença-prêmio (direito a três
meses de licença para tratar de assuntos de interesse
pessoal a cada cinco anos) e adicionais por tempo de
serviço. Isso significa, por exemplo, que um juiz não
poderá ser atingido, mas o servidor da área
administrativa de um tribunal terá de obedecer às novas
regras.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirma que a apresentação dessas emendas ao texto
abre caminho para incluir o Judiciário e o Ministério
Público ao debate. "Todos os Poderes estão com
distorção e precisam se modernizar e é preciso construir
um caminho", afirmou Maia.
Parlamentares. "Sou a favor tanto de ampliar para
outras categorias como também para os atuais
servidores. Principalmente, na parte das vedações, não
tem porque os atuais e demais Poderes ficarem de
fora", disse o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG),
coordenador da Frente Parlamentar da Reforma
Administrativa. Segundo ele, as emendas devem ser
incorporadas ao texto pela pressão da sociedade à
"blindagem" dessas categorias.
Já os parlamentares ficaram de fora da reforma
administrativa porque são cargos políticos eletivos, com
duração fixa (oito ano para senadores e quatro anos
para deputados federais e estaduais e vereadores).
As emendas sugeridas pelo Podemos limitam os
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Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
benefícios às carreiras de Estado (que devem ser
definidas em um segundo momento, mas incluem, por
exemplo, auditores fiscais e membros do Ministério
Público).
O Novo vai apresentar cinco emendas para "preencher
as lacunas deixadas no texto". Além da inclusão de
membros do Judiciário e do Ministério Público, o
partido quer que os servidores que já estão na ativa
também passem a cumprir as novas regras, mantendo
os "direitos adquiridos". Também quer estipular o teto
(hoje em R$ 39,2 mil) como o limite das remune-
rações, incluindo verbas indenizatórias e seleção para
cargos de confiança e proibição da venda de férias.
Da base do governo, a deputada Caroline de Toni (PSL-
SC) vai na mesma linha, para inclusão de políticos,
juízes e membros do Tribunal de Contas da União e do
Ministério Público na reforma. Em sua justificativa,
afirma que essas categorias não podem passar ao largo
das novas regras: "Não há elemento razoável para se
supor que as categorias listadas estejam liberadas de
dar sua cota de sacrifício para que a máquina
administrativa seja mais eficiente e menos onerosa."
Os deputados precisam ainda reunir 171 assinaturas
para cada uma das emendas, para que os pedidos
possam ser analisadas pelo relator da PEC.
A equipe econômica tem se defendido de não ter
incluído membros de outros Poderes na reforma sob o
argumento de que a Constituição não permite ao
Executivo propor nova regra para membros de outros
Poderes.
Distorções
"Todos os Poderes estão com distorção e precisam se
modernizar e é preciso construir um caminho."
Rodrigo Maia (DEM-RJ) PRESIDENTE DA CÂMARA
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário
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COLUNA DO ESTADÃO
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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
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Autor: MARIANA HAUBERT. COLABOROU BRENO
PIRES.
Sinal amarelo nas eleições municipais
Analistas políticos, dirigentes partidários, autoridades da
Justiça e candidatos começaram a ficar preocupados
com a campanha eleitoral deste ano no País. Os três
principais fatores: a pressão pela reabertura das escolas
com aulas presenciais, as investidas de Jair Bolsonaro
sobre prefeitos e governadores e o relaxamento cada
vez maior dos brasileiros em relação à quarentena e ao
protocolo de segurança contra a covid-19. Tudo
somado, ainda existe o risco de as eleições
transcorrerem em cenário de curvas ascendentes de
casos e UTIs lotadas.
Ã"nus.
Para os prefeitos que disputam a reeleição, o quadro é
duplamente preocupante. Além de serem obrigados a
se dividir entre a campanha e o gerenciamento da
pandemia, ainda podem sofrer impacto eleitoral
negativo de um eventual novo caos na Saúde.
Cenário.
Com o afrouxamento dos protocolos, a média móvel de
casos subiu no Rio ontem, o que não ocorria desde o
mês passado.
Cenário 2.
Na cidade de São Paulo, maior colégio eleitoral do País,
esse risco é considerado baixo. A Prefeitura avalia que
a situação está sob controle graças, principalmente, ao
SUS.
Alerta.
A preocupação, porém, é grande em relação a
municípios com rede hospitalar limitada e número
reduzido de leitos de UTI.
A ver.
Há o receio de que um repique da covid-19 possa
aumentar a abstenção no primeiro turno. Uma
autoridade eleitoral disse à Coluna que, caso a
quarentena seja completamente abandonada, o
adiamento das eleições terá sido um erro.
Vértice.
O ataque de Bolsonaro à "conversinha mole do fique em
casa" foi entendido como estímulo para a população
"liberar geral", na expressão de uma autoridade do
Judiciário. Também criou uma armadilha: o que os
candidatos devem fazer? Defender a quarentena e se
indispor com apoiadores do presidente?
Limer.
O candidato a prefeito de São Paulo pelo Novo, Filipe
Sabará, é mais um que trafega na faixa da centro-
direita. Porém, por ser jovem e alinhado com o
liberalismo econômico, vai de patinete elétrico nas rotas68
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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
da Avenida Faria Lima.
Oi?
No depoimento que prestou à Polícia Federal, Carlos
Bolsonaro afirmou que o secretário executivo das
Comunicações, Fabio Wajngarten, encaminha de forma
habitual prévias de possíveis manchetes do dia seguinte
que devem sair nos meios de comunicação.
Retomada.
A Comissão de Relações Exteriores do Senado
pretende sabatinar e aprovar 32 embaixadores
brasileiros nesta segunda (21). Como o voto tem de ser
secreto, essa será a primeira atividade presencial dos
parlamentares desde o início da pandemia.
Click.
Flávio (à esq.) e Eduardo Bolsonaro participaram de
evento, em Manaus (AM), que visava ao estímulo de
acordos para a promoção do turismo na região
amazônica.
No seu quadrado.
Os embaixadores participarão a distância e os
senadores só precisarão se deslocar no momento da
votação.
Live.
O ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira participa nesta
segunda (21) do lançamento virtual do livro Lei Geral de
Proteção de Dados Pessoais: ensaios e controvérsias,
organizado pelo professor da USP Gustavo Mônaco.
Como foi.
Ferreira, que escreveu um dos ensaios, vai contar as
articulações e os bastidores da tramitação da lei no
Congresso.
SINAIS PARTICULARES.
Filipe Sabará, empresário e candidato a prefeito de São
Paulo pelo Novo
BOMBOU NAS REDES!
Fábio Trad Deputado federal (PSD-MS)
"Ao tratar o isolamento social com o falso dilema entre
fracos-fortes, Bolsonaro tripudia com sarcasmo cruel
sobre os brasileiros acometidos pela doença."
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário
69
A reforma da lei de lavagem de dinheiro
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Notas e Informações
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
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No dia 8 de setembro, o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), instituiu uma
Comissão de Juristas para elaborar um anteprojeto de
reforma da lei de lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98).
Trata-se de iniciativa oportuna, que poderá propiciar um
olhar técnico sobre a adequação de uma legislação
especialmente relevante nos dias de hoje, cuja última
grande reforma ocorreu em 2012. É preciso avaliar tanto
as deficiências do texto legal vigente como a própria
interpretação que os tribunais deram à lei ao longo dos
anos.
A reforma de 2012 modificou substancialmente o texto
original da Lei 9.613/98. Por exemplo, antes, a lavagem
de dinheiro estava vinculada a oito tipos específicos de
delitos, como terrorismo, contrabando de armas,
sequestro e tráfico de drogas. A existência de um rol
dos chamados crimes antecedentes era algo comum na
legislação internacional. Em sua origem histórica, a
lavagem de dinheiro estava relacionada apenas ao
crime de tráfico de drogas. Com o tempo, ampliaram-se
os crimes, até incluir todos os delitos. Foi o que fez a Lei
12.683/2012, fixando que é crime de lavagem de
dinheiro “ocultar ou dissimular a natureza, origem,
localização, disposição, movimentação ou propriedade
de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou
indiretamente, de infração penal”.
Tal ampliação provocou alguns desequilíbrios. Por
exemplo, por sua vinculação histórica a determinados
crimes especialmente graves, o crime de lavagem de
dinheiro recebeu pena alta, de três a dez anos de
reclusão. Com isso, hoje, um crime antecedente pode
ter pena mais branda que a da lavagem. Ou seja, o uso
que se faz do produto do crime pode receber pena mais
pesada que o próprio crime.
Essa desproporção é especialmente visível no chamado
caixa 2 eleitoral, que, sem ter um tipo penal específico,
é tratado por diversas leis – todas elas atribuindo pena
mais leve que a do crime de lavagem de dinheiro. Ao
criar a comissão, Rodrigo Maia destacou “a
problemática concernente ao crime de lavagem de
dinheiro e ao denominado caixa 2 eleitoral, o qual
produz decisões judiciais conflitantes e traz insegurança
ao processo eleitoral”.
O objetivo da comissão é delimitar o crime de lavagem
de dinheiro, estabelecendo parâmetros mais precisos
para sua tipificação penal. “Decisões judiciais têm
promovido um alargamento do tipo objetivo do crime de
lavagem, contrário à lei e em afronta ao princípio da
subsidiariedade do direito penal, promovendo
condenações em casos que extrapolam a previsão
legislativa”, disse o presidente da Câmara.
A jurisprudência discute, por exemplo, se o crime de
lavagem de dinheiro é instantâneo ou permanente.
Neste último caso, haveria prática de crime durante todo
o período em que o bem permanecer oculto. Tal
discussão tem efeitos diretos sobre os prazos de
prescrição. Sendo considerado de natureza
permanente, o crime de lavagem de dinheiro poderia na
prática nunca prescrever, mesmo que o ato criminoso
que antecedeu a lavagem tenha prescrito há muito
tempo.
70
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Notas e Informações
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
Outro ponto controvertido da Lei 9.613/98, que foi
introduzido pela reforma de 2012, é a autorização para
que o Judiciário confisque bens dos acusados e os
leve a leilão antes mesmo do término do julgamento.
Aponta-se que tal possibilidade representa claro
enfraquecimento do princípio da presunção de
inocência. Há ainda uma série de disposições da lei de
lavagem de dinheiro que, a depender do modo como
são aplicadas pela Justiça, afetam diretamente
garantias constitucionais relativas à privacidade e ao
sigilo profissional.
Ao longo do tempo, a criação do crime de lavagem de
dinheiro mostrou-se eficaz para desmontar esquemas
criminosos complexos. Mas tal instrumento perde
eficácia e cria problemas adicionais quando é utilizado
como espécie de panaceia geral para o combate de
todos os crimes. O País precisa de uma legislação
equilibrada e funcional, que enfrente o crime com
eficácia e dentro de um regime de liberdade. A
Comissão de Juristas tem, assim, importante trabalho a
fazer.
Trata-se de iniciativa oportuna sobre a adequação de
legislação especialmente relevante
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário
71
Alerj deve aprovar impeachment de Witzel
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Rio
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
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Autor: ANDRÉ COELHO
A última tentativa do governador afastado Wilson Witzel
para tentar evitar seu impeachment na Assembleia
Legislativa do Rio, com uma defesa presencial no
plenário da Casa antes da votação marcada para a
próxima quarta-feira, não deve surtir efeito entre os
parlamentares. A tendência na Casa é de uma repetição
do quadro da votação na comissão especial do
impeachment na última quinta-feira, quando os 24
deputados presentes aprovaram o relatório favorável ao
afastamento.
Witzel anunciou pelo Twitter que vai participar da
sessão. O ex-juiz poderá se manifestar após as falas
dos deputados, antes da abertura do painel de votação.
Em vídeo enviado para parlamentares na última terça-
feira, Witzel já havia feito um apelo, afirmando que o
parlamento estaria sendo "induzido ao erro". "Dizem que
eu recebi milhões de reais em corrupção, só que, até
agora, o que encontraram são rendimentos declarados
no meu imposto de renda. O governador Wilson Witzel
precisa terminar o seu mandato", afirmou.
Nos bastidores da Alerj, a única dúvida é sobre quantos
deputados estarão presentes. Nenhum voto a favor do
governador afastado pelo Superior Tribunal de Justiça
(STJ) desde o dia 28 de agosto está sendo esperado.
Acho que o governador nem devia perder o tempo dele
indo lá fazer discurso. A Casa está unida nessa questão
- disse um deputado, que preferiu não ser identificado.
O provável afastamento pela Alerj deve selar o destino
de Witzel, que ainda tenta reverter a decisão do STJ
com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF),
apresentado no dia 14. A ação ainda não tem relator
definido, e o ex-juiz precisa de uma decisão em tempo
recorde para voltar ao cargo antes da votação.
Autor do pedido de impeachment e um dos deputados
mais antigos da Alerj, Luiz Paulo (PSDB) acredita que o
placar de dois terços, ou 47 votos pelo afastamento,
será atingido com folga. Ele destaca que a aprovação
unânime do relatório na comissão, que tinha um
representante de cada partido, mostrou a tendência do
plenário.
O quadro é profundamente desfavorável ao governador.
Antes de ser afastado, ele teria no máximo 12 votos,
hoje nem isso - calcula.
ALIADO DESCONVERSA
Único deputado a não votar pelo início do processo em
consulta feita pelo presidente da Alerj, André Ceciliano
(PT), antes da abertura do processo, em junho,
Rosenverg Reis (MDB) despista. Mas o deputado
Márcio Canella, indicado por Reis para a comissão
especial, foi favorável ao relatório.
Eu ainda não li o relatório. Vou analisar durante o fim de
semana e fechar uma posição até o começo da semana
que vem - afirma.
Para outro deputado influente na Casa, a presença de
Witzel na votação deverá ter um efeito menor do que se72
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Rio
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - STF
espera. Como a sessão é semipresencial,
parlamentares mais próximos do ex-juiz devem evitar o
plenário.
Com certeza, poderia se sentir pressionado a votar a
favor vai evitar tocar nesse fio desencapado e participar
por videoconferência - disse.
BANCADA DO CRIVELLA
Líder do Republicanos, partido do prefeito Marcelo
Crivella, que foi alvo de dois pedidos de impeachment
rejeitados recentemente pela Câmara de Vereadores,
Carlos Macedo diz que os quatro deputados do partido
também devem ser favoráveis ao impeachment.
Mesmo ainda não tendo conversado com a bancada,
penso que deverão seguir o voto que apresentei na
comissão - afirma Macedo.
Se o impeachment for aprovado, o processo será
encaminhado ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) para
a formação de uma comissão mista de julgamento. Esse
grupo, formado por cinco parlamentares escolhidos pela
Alerj e cinco desembargadores sorteados, coordenado
pelo presidente do TJ-RJ, Cláudio de Mello Tavares, é
que dá a palavra final sobre a cassação de Witzel. O
prazo para a conclusão dessa fase de julgamento é de
até 180 dias.
TJ analisará pedido de liberdade para ex-deputada
O ministro Joelllan Paciornik.do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), determinou que o Tribunal de Justiça do
Rio analise em até 24 horas um pedido de liberdade
protocolado pela defesa da ex-deputada Cristiane Brasil
(PTB), presa preventivamente na semana passada na
segunda fase da Operação Catarata, sob acusação de
ter recebido pagamentos de propina provenientes de
contratos do governo do Rio.
Na mesma operação, conduzida pelo Ministério Público
do Rio, foi preso o então secretário estadual de
Educação, Pedro Fernandes, exonerado do cargo esta
semana. Fernandes ficou em prisão domiciliar por ter
testado positivo para Covid-19.
No habeas corpus no qual pediu a soltura da política, a
defesa de Cristiane Brasil argumentou que ela foi alvo
de "constrangimento ilegal", porque os fatos sob
investigação ocorreram há mais de dois anos e sua
prisão ocorreu em meio à pandemia do novo
coronavírus.
Os advogados dizem ainda que Cristiane "é pré-
candidata à prefeitura do Rio, estando impedida,
injustificadamente, de participar da eleição, sendo esse
um direito inerente à sua condição de cidadã".
Após conceder a liminar, o ministro determinou a
expedição de ofício para informar com urgência o
Tribunal de Justiçado Rio, que vai analisar o caso. (
Aguirre
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
73
Criptomoedas e caixa dois justificam revisão na Lei de Lavagem de
Dinheiro
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Opinião
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
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Está certo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), ao abrir o debate legislativo sobre a
modernização da Lei de Lavagem de Dinheiro. Uma
comissão de juizes, advogados, procuradores e
consultores legislativos trabalhará durante três meses
para a apresentar à Câmara uma proposta para
atualizar a legislação.
O momento pode parecer pouco oportuno, já que são
notórias as pressões para fragilizar as iniciativas
anticorrupção. Mas a lei em vigor apresenta lacunas que
precisam ser fechadas, para eliminar a insegurança
jurídica nos casos de crimes financeiros, entre eles os
investigados e denunciados pela Operação Lava-Jato.
Acumulam-se decisões judiciais conflitantes sobre a
natureza jurídica dos delitos de lavagem de capitais e
de caixa dois no financiamento eleitoral. E necessário
que o Legislativo dê uniformidade aos critérios para
tipificação penal, de modo a orientar melhor a ação do
Judiciário.
A lei (nº 12.683) é de 1998. Foi atualizada quatro anos
depois da promulgação. Acabou defasada em relação
às mudanças trazidas pela evolução tecnológica. Há,
hoje, um vácuo legal sobre as novas formas de lavagem
de capital usando meios digitais para o intercâmbio de
ativos.
Os órgãos nacionais de controle e fiscalização têm
pouca - ou nenhuma - margem para atuar sobre
transações financeiras realizadas por meio das
criptomoedas, que permite o anonimato a pessoas
físicas e jurídicas, sem depender ou deixar registro em
nenhuma autoridade central.
Há dezenas de criptomoedas em circulação, grande
parte associada a esquemas fraudulentos. O número de
investidores nelas já se aproxima, segundo a Receita
Federal, dos 600 mil inscritos para operações no
mercado de capitais. Há um ano, o Fisco passou a
obrigar as corretoras de valores a relatar negócios
baseados nas criptomoedas. Mas quem quer passar ao
largo da fiscalização não encontra muita dificuldade.
Multiplicam-se os indícios de uso desse artifício na
lavagem de lucros obtidos com a corrupção e no
financiamento ilegal de campanhas políticas.
Além do desafio imposto pela tecnologia, persistem
dúvidas sobre o tratamento penal do crime de caixa
dois. Em virtude disso, o Supremo Tribunal Federal já
transferiu processos de varas especializadas em
lavagem de dinheiro para a Justiça Eleitoral. Uma das
incertezas é se a lavagem de dinheiro é crime
permanente ou não, definição decisiva na contagem dos
prazos de prescrição.
Obviamente, de nada adiantará atualizar a lei de
lavagem, se ela não for aplicada de modo efetivo aos
crimes cometidos nos negócios e na política.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,
Judiciário - STF
74
ENTREVISTA - ALEXANDRE DE MORAES, MINISTRO DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Conselho Nacional de Justiça - CNJRevista Isto é/Nacional - ENTREVISTA
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
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Autor: Germano Oliveira
"As milícias digitais acham que a Internet é terra de
ninguém"O ministro Alexandre de Moraes, do STF, diz
ter provas concretas para a punição dos integrantes das
milícias digitais que utilizam as redes sociais para
cometer uma série de crimes, que vão do
enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro ao ataque à
reputação de seus inimigos políticos. Ele está
convencido de que esses grupos têm por objetivo
“abalar as instituições e a estrutura democrática”,
afirmando que se o Supremo não tivesse agido com
firmeza, dentro do que prevê a Constituição, por volta
do final de maio e início de junho, “nós poderíamos ter
tido resultados muito ruins para a estabilidade
democrática”. Responsável pelos inquéritos das fake
news e dos atos antidemocráticos conduzidos pela
Corte, com a participação da PGR e da PF, o ministro
coordena 82 inquéritos contra os membros dessas
“verdadeiras organizações criminosas”. Para Moraes,
“as milícias digitais acham que podem tudo e que a
Internet é terra de ninguém e não é”, acrescentando:
“As redes sociais não são um mar de impunidade”. O75
Conselho Nacional de Justiça - CNJRevista Isto é/Nacional - ENTREVISTA
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
magistrado adianta com exclusividade à ISTOÉ que
deve concluir essas investigações até o final de
novembro.
O sr. entende que a ação firme do STF nos inquéritos
que investigam as fake news e os ataques às
instituições foi responsável por dar um freio nas
ameaças que vinham se intensificando no País?O STF
teve a oportunidade de antecipar um pouco a discussão
que estourou no primeiro semestre deste ano. Em
março do ano passado, o então presidente do Supremo,
ministro Dias Toffoli, instaurou o inquérito das fake
news, que acabou ficando sob minha relatoria. Esse
inquérito foi instaurado porque já estávamos
percebendo uma série de ataques verbais, ameaças de
morte a ministros e seus familiares, não só nas redes,
mas também na Deep Web, ou seja, o que tem de pior
na Internet. Naquele momento, as pessoas entenderam
que ele se voltaria para investigar críticas. Obviamente
que as críticas fazem parte da democracia.
Não eram críticas, eram ameaças?Se fôssemos
investigar críticas, não seria constitucional. E seria uma
perda de tempo. As pessoas podem se expressar como
quiserem em relação, principalmente, aos órgãos
públicos. Liberdade de expressão e liberdade de crítica,
porém, não se confundem com licença para agressão. E
era isso que vinha ocorrendo de maneira profissional. O
inquérito foi iniciado, e a partir do cruzamento de dados,
feito pelos peritos que acompanham os trabalhos,
pudemos perceber que havia todo um procedimento,
uma metodologia, não só para ofender de forma
criminosa, ameaçar pessoas, mas também para
desestabilizar as instituições, como foi o caso do STF.
Na sequência, houve a abertura de um segundo
inquérito, a pedido do Procurador-Geral da República,
sobre as manifestações e atos antidemocráticos, e que
foi distribuído também para mim. Essa segunda
investigação tem ligação umbilical com a primeira. O
procedimento é muito semelhante, o financiamento das
ações é parecido e a finalidade é idêntica, com a
tentativa de abalar as instituições e a estrutura
democrática.
Esses grupos são articulados entre si?Eu não tenho
dúvida que são milícias digitais e verdadeiras
organizações criminosas. Elas têm vários núcleos: o de
financiamento das ações, de produção, de divulgação
das notícias falsas, o núcleo de apoio e o núcleo
político. Ou seja, ao mesmo tempo em que há um
profissionalismo na produção de conteúdo criminoso, de
ataque às instituições, há pessoas investigadas, que
exploram essa estrutura economicamente, monetizando
essa rede. E há pessoas que a exploram politicamente,
não para fazer propaganda ou publicidade dos seus
feitos, mas para destruir os seus inimigos políticos. Eles
não são tratados como adversários, mas como inimigos.
As investigações já identificaram os chefes dos
grupos?A partir das duas grandes operações que já
foram feitas em maio e junho, estamos analisando o
material apreendido, que é muito grande. Estamos
cruzando esses dados com o resultado das quebras de
sigilos bancários e fiscais, além de uma série de outros
documentos já solicitados. Temos que analisar tudo
detalhadamente, pois, obviamente, não podemos repetir
o que essas pessoas fazem. Ou seja, não podemos
divulgar nada sem ter a comprovação de tudo. Ao final
das apurações da PF, com diligências pedidas pelo
MPF e que estão sendo realizadas, vamos mostrar que
as redes sociais não são um mar de impunidade. Muitas
pessoas, incentivadas por essas milícias digitais, acham
que a Internet é terra de ninguém e que a lei não se
aplica nas redes sociais. Acabaram incentivando outras
pessoas a se unirem a elas de forma radical, com
discurso de ódio, discursos criminosos e, mais ainda, na
tentativa de abalar estruturas da democracia.
O que eles pretendiam?Abalar e atacar, de um lado, o
Poder Judiciário como instituição, e não com meras
críticas. Foram ataques com rojões e cruzes na porta do
STF. Fizeram manifestações defronte minha casa em
São Paulo e contra outros ministros também. Mas o
STF estava preparado para reagir, porque já havíamos
antecipado o surgimento dessas ameaças e dado início
às investigações em março. E as apurações continuam
sendo realizadas, porque elas são uma garantia da
estabilidade democrática. Eu volto a insistir: o STF é
defensor da liberdade de expressão, da liberdade de
reunião, mas a Constituição não admite o discurso de76
Conselho Nacional de Justiça - CNJRevista Isto é/Nacional - ENTREVISTA
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
ódio, a utilização de uma suposta liberdade de
expressão, como escudo protetivo para a prática de
inúmeros crimes, como a ofensa e agressões à honra, à
dignidade alheia, com o objetivo de ganhar dinheiro e
fazer política. Isso não é possível.
O inquérito das Fakes News identificou o uso de cursos,
lives e sites de crowdfunding nesse esquema criminoso.
Como eles funcionam?Estamos aprofundando as
investigações e cruzando os dados à medida que as
informações vão chegando. Há mais do que indícios. Há
provas de que vem ocorrendo uma grande lavagem de
dinheiro e sonegação fiscal nas redes sociais, seja por
meio de cursos, seja por doações e lives pagas. Há
pessoas que se identificam como jornalistas, mas são
pseudo jornalistas e que vêm utilizando as redes para
ganhar verdadeiras fortunas para lavar dinheiro e para
praticar crimes. Eu venho reiteradamente dizendo que é
preciso separar o joio do trigo. Por que a imprensa
tradicional, que também tem seus sites, blogs e utiliza
as redes, pode ser responsabilizada, mas essas milícias
digitais não podem? Elas se escondem atrás da
responsabilidade penal e civil. Temos que garantir o que
a Constituição consagra: liberdade com
responsabilidade. As pessoas têm total liberdade de
manifestação e de expressão. Não cabe censura prévia
e a Constituição não autoriza. Só que as pessoas
podem ser responsabilizadas a posteriori, seja na rede
social ou fora dela. É que nas redes sociais se criou um
falso entendimento de que é um vale tudo. As pessoas
pensam que podem fazer o que quiserem. Podem
ofender, podem criminosamente imputar fatos às
pessoas, fazer ameaças graves, como as registradas
contra ministros do STF, e não acontece nada?
Quando o sr. diz que há uma grande lavagem de
dinheiro com esses sites se refere ao enriquecimento
ilícito ou é para o uso em campanhas eleitorais?Esse é
um dos pontos que ainda estamos aprofundando na
investigação. As duas possibilidades são viáveis. Uma
objetiva o enriquecimento desses pseudo jornalistas,
mas há muitas doações que são feitas a esses sites. E
da mesma forma que o dinheiro entra, ele some. E isso
é preocupante, pois pode propiciar um desequilíbrio nas
campanhas eleitorais. Esses sites e links podem simular
doações de pessoas físicas que não existem. Ou seja,
você simula uma operação e acaba possibilitando que
determinados partidos políticos tenham mais dinheiro
para campanhas, desequilibrando o jogo eleitoral.
Estamos aprofundando as investigações para que as
conclusões não sejam apenas no sentido punitivista. Os
que cometeram crimes serão enviados ao MP para que
se promovam as ações penais correspondentes, mas
também para auxiliar o Congresso e o TSE para se
evitar ataques ao processo eleitoral.
Alguns desses blogueiros deixaram o Brasil, como foi o
caso de Allan dos Santos, que está nos EUA, e de lá
continuam agindo como agiam aqui…Essa questão é
importante. Quando eu determinei o bloqueio a
determinados sites e endereços eletrônicos, houve por
parte dessas pessoas a alegação de que eu estaria
fazendo censura prévia. Ora, tudo o que foi bloqueado
já havia sido divulgado. Então, de prévio não houve
nada. Foi tudo a posteriori. E foram bloqueados os que
estavam sendo instrumento de crime. Eu faço sempre
um paralelo com o sigilo bancário. Quando a Justiça
determina o bloqueio de uma conta, ela não pode mais
ser utilizada, porque é o instrumento do crime e precisa
se apurar tudo o que ocorreu com ela, dinheiro que
entrou, que saiu, saques. É a mesma coisa com os sites
e perfis bloqueados. São instrumentos de crime. Nada
impede, como não se impediu, que essas pessoas
abrissem novos perfis e novos endereços. Obviamente
que isso não pode ser proibido. Proibir que alguém abra
um perfil seria censura prévia. E se essas pessoas
continuarem a cometer crimes? Ora, serão
responsabilizadas a posteriori. Agora, se pretender uma
fraude para burlar medidas judiciais, outras medidas
devem ser tomadas. O Poder Judiciário tem o dever de
garantir a efetividade de suas decisões.
As empresas provedoras que divulgam esses conteúdos
criminosos também podem ser
responsabilizadas?Entendo que toda a modernidade
acaba criando vácuos legais. A legislação acaba tendo
que se adaptar. Quando me formei, há 30 anos, jamais
imaginaria que hoje eu poderia conversar com você pelo
computador. As empresas que recebem as informações
e as divulgam, ganhando milhões, são classificadas77
Conselho Nacional de Justiça - CNJRevista Isto é/Nacional - ENTREVISTA
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
como empresas de tecnologia e não como empresas de
mídia. Mas, verdadeiramente, elas são empresas de
mídia. Elas monetizam a publicidade a partir das
notícias que veiculam. Eu já tive três reuniões com o
presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, e com o
relator da Lei das Fake News na Câmara, deputado
Orlando Silva, sugerindo algumas medidas que a parte
técnica do STF encaminhou. A sugestão é que essas
empresas de tecnologia também sejam classificadas
como empresas de mídia, para que tenham a mesma
responsabilidade legal sobre o que publicam. Não há
censura, mas elas têm responsabilidade ética e social.
Em algum momento a democracia correu risco?Entendi
que no final de maio e começo de junho nós
poderíamos ter uma grave fase de instabilidade política,
que não seria boa para ninguém, nem para a sociedade
e nem para as instituições democráticas. Cada uma das
instituições tem que atuar dentro do que a Constituição
estabelece. O sistema de freios e contrapesos e a
atuação do Supremo nos momentos de crise garantiram
a tranqüilidade e a normalidade. Há três meses
estávamos numa crise muito grave. Desde então, não
houve a necessidade de nenhuma medida
extraordinária. Bastou a adoção dos freios e
contrapesos que a Constituição autoriza. Muitos desses
grupos imitam outros movimentos de extrema-direita do
Leste Europeu, mas, tirando a questão ideológica, não
se verifica ligação com grupos paramilitares. O que há é
uma estrutura, uma ideologia desvirtuada, e um
desrespeito intenso dessas pessoas pela democracia.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,
Judiciário - STF
78
Faculdade oferece atendimento jurídico gratuito para moradores do
Recife
Conselho Nacional de Justiça - CNJG1.Globo/Nacional - Pernambuco
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação
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Pessoas que precisam de atendimento jurídico podem
obter o serviço de forma gratuita, por meio do Núcleo de
Práticas Jurídicas (NPJ) do Centro Universitário
UniFBV, no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife. O
trabalho é feito por alunos da instituição que cursam os
últimos períodos de direito, com o auxílio de professores
e advogados.
De acordo com a universidade, o atendimento está
ocorrendo mesmo em meio à pandemia do novo
coronavírus, com protocolos para evitar a disseminação
do vírus, como utilização de máscaras e distanciamento.
O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às
11h e das 14h às 17h. No entanto, é preciso agendar o
atendimento, por meio do telefone (81) 3081.4430 ou
pelo WhatsApp (81) 98196.7958.
De acordo com a UniFBV, o atendimento é uma forma
de consolidar o aprendizado jurídico dos alunos e, ao
mesmo tempo, ajudar a população. Para ser atendido
pelo NPJ a pessoa precisa ter renda de até três salários
mínimos e morar no Recife.
O NPJ faz atendimentos nas áreas cível e
previdenciária, inclusive acionando a Justiça, caso seja
necessário. Nas áreas do direito trabalhista e penal, o
trabalho desenvolvido é de orientação, indicando os
direitos e deveres dos reclamantes, assim como os
órgãos e entidades que devem ser procurados em cada
situação.
No local, também funciona uma Câmara de Mediação e
Conciliação vinculada ao Tribunal de Justiça de
Pernambuco (TJPE), onde os casos são resolvidos por
meio de um acordo entre as partes que será
homologado pelo Poder Judiciário mediante sentença.
VÍDEOS: mais assistidos do G1 nos últimos 7 dias
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação
79
Post diz que governo liberou R$ 12 milhões para tratamento de criança,
mas omite que se trata de ordem judicial
Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal Do Commercio (PE)/Pernambuco - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE
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Autor: JC
Conteúdo verificado: Postagem publicada pelo site
Gazeta Brasil indicando que o Governo Federal liberou
R$ 12 milhões para família poder comprar um remédio
para tratar criança com atrofia muscular espinhal (AME).
É enganosa uma postagem do site Gazeta Brasil em
sua página no Facebook a respeito de um repasse feito
pelo governo federal à família de uma garota que sofre
de atrofia muscular espinhal (AME) e que precisava de
um tratamento médico avaliado em R$ 12 milhões. O
repasse, de fato, foi feito, mas ocorreu após ordem
judicial da qual o governo recorreu e foi derrotado, o que
foi omitido no texto. A omissão da informação levou
muitos leitores a interpretarem o repasse como uma
ação voluntária da União, o que não é verdade.
Projeto Comprova: é falso que Israel controle o
coronavírus sem distanciamento social
Projeto Comprova: reportagem de TV italiana sobre
vírus criado em laboratório chinês não tem relação com
a covid-19
Projeto Comprova: sepultamentos cresceram 47% no
cemitério Vila Formosa em São Paulo entre março e
abril
O recurso do governo foi apresentado ao Supremo
Tribunal Federal (STF) e tinha o objetivo de não realizar
o pagamento. Em um primeiro momento, o STF acatou
os argumentos da União, mas posteriormente voltou
atrás na decisão e decidiu que o governo deveria pagar
o tratamento para a menina. A primeira decisão
favorável à menina é de março deste ano, mas por
conta dos recursos o dinheiro só foi transferido entre o
final de agosto e o início de setembro.
Procurada, a Gazeta Brasil afirmou que a matéria teve
como base uma outra reportagem, de título parecido,
feita pelo jornal Metrópoles e que não suprimiu a
informação sobre a decisão judicial. O objeto da
verificação feita pelo Comprova é, no entanto, a
publicação no Facebook do portal, que não faz
referência às decisões judiciais. Devido a isso, várias
pessoas acreditaram se tratar de um ato de caridade
direto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como
pode ser observado na imagem abaixo.
Como verificamos?
Iniciamos a verificação por meio de uma pesquisa no
Google sobre o caso da menina. Assim, chegamos a
diversas reportagens, entre elas as publicadas pelo
jornal Correio Braziliense e pelo site G1 do Distrito
Federal.
Baseados nas informações encontradas, acessamos a
página do Fundo Nacional de Saúde, do Ministério da
Saúde. Nela é possível verificar todos os repasses feitos
pelo governo federal. Assim, localizamos as datas dos
repasses feitos à família.
80
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sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE
No detalhamento dessas transferências, consta o
número do processo judicial. Em consulta ao site do
Supremo Tribunal Federal (STF), instância em que o
processo também tramitou, o Comprova conseguiu
identificar o advogado da família. Os telefones dele
foram obtidos por meio de uma pesquisa no Cadastro
Nacional dos Advogados da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB).
Em contato com o advogado, conseguimos os números
de todos os processos em primeira e segunda
instâncias, acessíveis em consulta à ferramenta
Processo Judicial Eletrônico (PJe) do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (TRF-1). No Sistema Eletrônico de
Informações também é possível consultar o processo
administrativo do Ministério da Saúde.
Realização do pagamento
Segundo informações divulgadas em reportagens, o
pagamento dos R$ 12 milhões havia sido realizado em
dois depósitos: um de cerca de R$ 10 milhões e outro
de aproximadamente R$ 2 milhões. O primeiro datava
no mês de agosto deste ano.
Com esses recortes, por meio da consulta a repasses
por dia na página do Fundo Nacional de Saúde, foi
possível verificar que o primeiro repasse do Ministério
da Saúde à família aconteceu no dia 17 de agosto, na
quantia de R$ 10.008.250. Já o segundo ocorreu no dia
25 de agosto, no valor de R$ 1.991.750.
A família confirmou o recebimento dos valores. Em
entrevista ao Projeto Comprova, a servidora pública
Deilla Macedo Lima, mãe da criança, contou que 'esses
depósitos foram efetuados em conta judicial no mês de
agosto; e em setembro, logo em seguida, transferiram
para a minha conta corrente'.
O valor do remédio
Considerado o medicamento mais caro do mundo, o
Zolgensma foi registrado pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 17 de agosto deste
ano. Segundo o próprio laboratório Novartis, que fabrica
a droga, este é o 'primeiro passo para a
comercialização' no Brasil. Porém, a aprovação de
preço na Câmara de Regulação do Mercado de
Medicamentos (Cmed) deve acontecer apenas nos
próximos meses.
Atualmente, o remédio injetável é fabricado nos Estados
Unidos e comercializado no próprio país, além de Japão
e Europa. Para justificar o alto valor de compra, o
fabricante esclareceu que o método 'reflete décadas de
pesquisas científicas, investimentos em cadeia logística
e manufatura em larga escala'. Bem como 'custos
diretos e indiretos com capacitação de centros de
referência, hospitais e profissionais de saúde'.
No entanto, a cifra milionária já foi abordada e criticada
em artigo publicado pela Fundação Oswaldo Cruz, em
27 de maio do ano passado. Coordenador do
Departamento de Política de Medicamentos e
Assistência Farmacêutica da Escola Nacional de Saúde
Pública Sergio Arouca (NAF/ENSP), Jorge Bermudez
afirmou que 'cada vez mais' as grandes empresas
farmacêuticas estabelecem 'preços fictícios', havendo
uma 'diferença muito grande entre custos e preços'.
A doença
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), a atrofia muscular espinhal (AME) é
uma doença genética que interfere na produção de uma
proteína pelo organismo. Sem ela, os neurônios
motores morrem e os portadores vão perdendo a
capacidade de se mover e utilizar os músculos. Isso
afeta os movimentos, incluindo a mastigação e a
respiração.
Degenerativa, a doença rara tem incidência de um caso
para cada 6 a 11 mil nascidos vivos. Conforme a própria
bula do remédio Zolgensma, ele precisa ser aplicado em
crianças com até dois anos de idade. A menina que
receberá o tratamento está, atualmente, com um ano e
dez meses, de acordo com o próprio pai.
A página de publicação81
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sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE
Procurada, a Gazeta Brasil afirmou que a matéria em
questão teve como base a reportagem de título
parecido, feita pelo jornal Metrópoles e que ela não é
enganosa, porque consta a informação da Justiça.
Porém, diferentemente do Metrópoles, o texto cita a
decisão judicial apenas no final do terceiro parágrafo,
em vez da primeira linha da reportagem. A informação
relativa às decisões judiciais também não aparece na
publicação da Gazeta Brasil no Facebook.
Por que investigamos?
Em sua terceira fase, o Projeto Comprova verifica
conteúdos relacionados à covid-19 e a políticas públicas
do governo federal. Informações falsas ou enganosas
como a checada acima são prejudiciais à sociedade e
contribuem para uma interpretação distorcida da
realidade.
Comentários do post mostram que internautas
entenderam como uma 'boa ação' o pagamento dos R$
12 milhões à família, em vez de compreenderem que se
tratava do cumprimento de decisão judicial da qual o
governo chegou a recorrer. Até a tarde de 17 de
setembro, a notícia tinha 300 interações no site, além de
quase 7 mil compartilhamentos nas redes sociais,
incluindo Facebook e Twitter.
A ação judicial aberta pela família e o recurso
apresentado pelo governo são parte de um fenômeno
conhecido como 'judicialização da saúde'. Ele se dá
quando os cidadãos acionam judicialmente, ou um
plano de saúde ou a União, para obter acesso a
tratamentos, algumas vezes de alto custo.
Quando o governo é obrigado a financiar determinados
tratamentos, como o deste caso, os recursos precisam
sair de outros pontos do orçamento, criando uma
oposição entre direitos individuais e direitos coletivos.
De acordo com um levantamento feito em 2019 pelo
Insper para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre
2009 e 2017 o número de processos em primeira
instância relacionados à saúde aumentou 198%.
Enganoso, para o Projeto Comprova, é um conteúdo
retirado do contexto original e usado em outro de modo
que seu significado sofra alterações; que usa dados
imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente
da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com
ou sem a intenção deliberada de causar dano.
Texto produzido pelo Comprova, coalizão de veículos
de imprensa para verificar conteúdo viral nas redes
sociais. Investigado por: A Gazeta, Revista Piauí e O
Estado de S. Paulo. Verificado por: Folha de S. Paulo,
Jornal do Commercio, SBT, GZH e UOL.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - PJE
82
Programa de conciliação para resolver conflitos relacionados a partilhas
de bens é criado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco
Conselho Nacional de Justiça - CNJJornal Do Commercio (PE)/Pernambuco - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação
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Autor: Douglas Hacknen
O Poder Judiciário do Estado de Pernambuco por meio
do Núcleo de Conciliação (Nupemec) lançou um
programa com o intuito de resolver conflitos de família
que envolvam partilhas de bens de forma mais rápida.
Denominado de "Programa de Conciliação e Mediação
Pré-Processuais para Tratamento de Partilha de Bens",
sua atuação deve ser feita no âmbito do Direito de
Família e do Direito Sucessório, atuando nos Centros
Judiciários de Soluções de Conflitos e Cidadania do 1º
grau (Cejuscs).
> > TJPE abre inscrições para semana da reconciliação
> > Convênio entre o TJPE e o Procon Recife promete
agilizar a solução de conflitos
> > TJPE nega pedido de escola do Recife para retomar
aulas presenciais
Interessados em tentar buscar um acordo em conflito de
família, que envolva partilha de bens de causas ainda
não ajuizadas no âmbito do Judiciário estadual, deve
preencher um requerimento por meio da plataforma
'Concilie Aqui', disponível no site do Tribunal de Justiça
de Pernambuco (TJPE).
O TJPE indica que o pedido seja apresentado,
preferencialmente, com a ajuda de um advogado. O
pedido leva em conta "o conhecimento técnico capaz de
fornecer orientações jurídicas às partes bem como
acompanhar o procedimento até o momento do
respectivo registro dos bens nas serventias
competentes" do profissional da advocacia. Programa
foi criado através da Instrução Normativa Conjunta nº18.
Passo a passo
Após ser efetivado o requerimento, será agendada a
sessão em que todos os envolvidos deverão ser
convidados, onde serão apresentados os documentos
necessários, previamente relacionados na carta-convite.
A sessão de mediação acontecerá preferencialmente na
modalidade virtual, devido a pandemia do novo
coronavírus (covid-19).
Verificada a documentação solicitada, poderá ser
tomada por termo a pretensão das partes quanto à
forma de partilha dos bens listados. Em seguida, o
termo será encaminhado para homologação pelo juiz
em exercício no Cejusc competente. Para a conciliação
não serão admitidos pedidos que envolvam partes
menores e/ou incapazes, e também litígios e questões
consideradas de alta complexidade pelo magistrado.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação
83
Sistemas do TJDFT ficarão indisponíveis neste final de semana
Conselho Nacional de Justiça - CNJMetrópoles/Distrito Federal - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE
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Autor: Matheus Garzon
Seis sistemas do Tribunal de Justiça do Distrito Federal
e dos Territórios (TJDFT) ficarão indisponíveis neste
final de semana. Segundo a corte, o SISTJ, SISTJWEB,
SISPL, SIPAD, STARH e DJE não poderão ser
acessados em virtude da necessidade de migração de
dados para um novo dispositivo de armazenamento
adquirido.
O TJDFT alerta que também poderá haver
intermitências no PJe, principalmente nas classes de
matéria criminal.
A mudança faz parte do plano de atualização e
modernização da área de tecnologia de informação da
instituição.
A migração busca melhor desempenho das operações
de armazenamento dos dados dos sistemas. Segundo a
Corte, o novo protocolo de comunicação permite replicar
os dados de um computador em outro, de forma que, se
um falhar, o outro assume, automaticamente.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - PJE
84
TRT11 institui protocolo para o retorno gradual e progressivo das
atividades presenciais
Conselho Nacional de Justiça - CNJAmazonas Notícias/Amazonas - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação
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A retomada se dará em três etapas distintas, com início
condicionado ao amplo acesso a EPIs e análise da
situação epidemiológica no AM e RR
O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11)
publicou, nesta quarta-feira, 16 de setembro, Ato
Conjunto Nº 09/2020 que institui e regulamenta o
protocolo para o retorno gradual e progressivo das
atividades presenciais no âmbito das unidades
administrativas e judiciárias da Justiça do Trabalho nos
estados do Amazonas e Roraima.
O documento foi assinado pelo presidente do TRT11,
desembargador Lairto José Veloso, e pela
desembargadora corregedora Ruth Barbosa Sampaio, e
prevê uma retomada gradual em três etapas distintas: 1)
retorno do público interno. 2) retorno do atendimento
externo e 3) retorno pleno às atividades. O início de
cada etapa está condicionado ao amplo acesso a
Equipamentos de Proteção Individuais e Coletivas (EPIs
e EPCs), adequações nos ambientes laborais e análise
das avaliações epidemiológicas emitidas pelas
autoridades de saúde no Amazonas e Roraima. Ainda
não há previsão de datas para o retorno. As
peculiaridades de cada localidade onde houver Vara do
Trabalho serão avaliadas caso a caso.
O plano foi elaborado por uma comissão designada pelo
Gabinete de Emergência da Covid-19, instituído por
meio do Ato nº 15/2020/SGP e coordenado pela
desembargadora Joicilene Jerônimo Portela. O trabalho
de composição do documento teve início em 1º de junho
de 2020 e considerou as diretrizes do Conselho
Nacional da Justiça (CNJ), do Conselho Superior da
Justiça do Trabalho (CSJT) e do Tribunal Superior do
Trabalho (TST) e orientações da Organização Mundial
da Saúde (OMS). Diversas instâncias internas e
externas foram consultadas com a Associação dos
Magistrados do Trabalho da 11ª Região (Amatra11), o
Ministério Público do Trabalho da 11ª Região (MPT11) e
a Associação Amazonense dos Advogados Trabalhistas
- AMAAT.
Conheça as etapas:
ETAPA 1 - RETORNO DO PÚBLICO INTERNO
A primeira etapa de retorno às atividades presenciais
alcança apenas o público interno, exceto magistrados e
servidores que se enquadrem em grupo de risco, e se
dará de forma gradual, ao longo de quatro semanas.
Semana 1
· Secretaria de Tecnologia da Informação e
Comunicações - SETIC;
· Seção de Saúde com todo o seu efetivo de médicos,
psicólogos, enfermeiros e administrativo com o objetivo
de estruturar os protocolos de atendimento;
· Terceirizados;
85
Conselho Nacional de Justiça - CNJAmazonas Notícias/Amazonas - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação
Semana 2
· Secretaria-Geral da Presidência;
· Diretoria-Geral;
· Secretaria de Administração (Divisão de Manutenção e
Projetos, Seção de Zeladoria e Seção de Manutenção
de Bens Móveis e Imóveis)
Semana 3
· Demais unidades administrativas;
Semana 4
· Unidades jurisdicionais que compõem a área-fim do
TRT, a exemplo das Varas, Secretarias de Turmas,
Secretaria-Geral Judiciária, dentre outras.
Magistrados, servidores e estagiários que
desempenham atividades que não exijam presença
física, manterão o exercício das suas atribuições,
preferencialmente, em trabalho remoto.
Nesta etapa, as atividades de atendimento ao público
externo ainda serão realizadas de forma virtual, não
sendo permitida a entrada desse público nos edifícios
do TRT11.
As audiências e sessões das Turmas, das Seções
Especializadas e do Tribunal Pleno continuarão a ser
realizadas por meios telepresenciais.
Critérios para o início da Etapa 1
· Número de novos casos por semana igual ou inferior a
3.000 para o Amazonas e 500 para Roraima durante as
duas últimas semanas epidemiológicas encerradas;
· Taxa de ocupação de leitos de UTI destinados ao
tratamento da Covid-19 inferior a 30%.
· Taxa de ocupação de leitos clínicos destinados ao
tratamento da Covid-19 inferior a 30%.
Critérios para suspensão da Etapa 1
· Número de novos casos por semana superior a 3.500
para o Amazonas e 700 para Roraima;
· Taxa de ocupação de leitos de UTI destinados ao
tratamento da Covid-19 superior a 40%;
· Taxa de ocupação de leitos clínicos destinados ao
tratamento da Covid-19 superior a 40%;
ETAPA 2 - ATENDIMENTO AO PÚBLICO EXTERNO
A segunda etapa de retorno às atividades presenciais
contempla o atendimento ao público externo e terá início
no primeiro dia útil do mês subsequente à conclusão da
primeira etapa.
No Fórum Trabalhista de Manaus/AM, a abertura ao
público externo será realizada de forma parcial,
mediante agendamento, seguindo uma escala de
atendimento presencial das unidades judiciárias.
A sala destinada aos advogados, no Fórum Trabalhista
de Manaus, fica liberada desde a primeira semana de
abertura ao atendimento ao público externo, sendo
limitado o acesso a, no máximo, 3 pessoas por vez.
Os atos processuais, como audiências de conciliação e
de instrução e julgamento, serão realizados,
preferencialmente, por videoconferência.
As audiências presenciais estarão limitadas a 6 por dia
por Vara do Trabalho, com intervalo mínimo de 40
minutos entre as audiências para possibilitar a
desinfecção do ambiente.
Poderão ser realização audiências em formato misto,
com a presença de alguns participantes no local da
realização do ato e de outros em participação virtual,
por videoconferência.
O acesso às salas de audiência ficará limitado, além de
magistrado e servidores, às partes, testemunhas e aos86
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sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação
respectivos advogados.
Nesta etapa, está autorizada, caso necessário, a
realização presencial de sessões de julgamento das
Turmas, Seções Especializadas e do Tribunal Pleno, a
critério do respectivo colegiado.
O atendimento ao público externo em todas as unidades
de primeira e segunda instância deverá ser realizado
preferencialmente de forma virtual e, quando necessária
a presença física, deve ser agendado, resguardando um
intervalo mínimo de 40 minutos entre cada atendimento,
de forma a permitir a sanitização do espaço.
O acesso às áreas internas do TRT11 será permitido às
partes e advogados com 30 minutos de antecedência à
realização da audiência ou sessão da turma, quando
realizadas presencialmente.
Para garantir o acesso ao Judiciário Trabalhista, o
Núcleo de Distribuição dos Feitos de Manaus atenderá
todos os dias para receber reclamação verbal. Os
atermadores, em razão do atendimento direto e
individualizado ao público, terão instaladas em suas
mesas de trabalho barreiras de acrílico.
Critérios para o início da Etapa 2
· Número de novos casos por semana igual ou inferior a
1.000 para o Amazonas e 200 para Roraima;
· Taxa de ocupação de leitos de UTI destinados ao
tratamento de Covid-19 inferior a 10%;
· Taxa de ocupação de leitos clínicos destinados ao
tratamento de Covid-19 inferior a 10%.
Critérios para suspensão da Etapa 2
· Número de novos casos por semana superior a 1.500
para o Amazonas e 300 para Roraima;
· Taxa de ocupação de leitos de UTI destinados ao
tratamento de Covid-19 superior a 20%;
· Taxa de ocupação de leitos clínicos destinados ao
tratamento de Covid-19 superior a 20%.
ETAPA 3 - RETORNO PLENO ÀS ATIVIDADES
PRESENCIAIS
Na data estabelecida em ato presidencial, magistrados,
servidores e estagiários regressarão às atividades
presenciais, salvo quando estiverem em trabalho
remoto, teletrabalho, em licença ou afastado por
qualquer outro motivo legal.
Os canais de atendimento virtual serão preservados e
estimulados, considerando os avanços que
proporcionaram à prestação jurisdicional.
As orientações de higiene serão mantidas, com o intuito
de evitar novas propagações de doenças em ambientes
públicos.
Critérios para o início da Etapa 3
Os critérios serão apresentados pelo Comitê de
Retomada das Atividades Presenciais, ouvida a Seção
de Saúde, assessorada por profissional médico
infectologista, cujo parecer deverá considerar, entre
outros parâmetros, o número de óbitos, a
disponibilidade de leitos de UTI para os casos de Covid-
19, a existência de vacinas ou tratamento eficaz.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação
87
Oficialização das conciliações no STF pode dar novo sentido à jurisdição
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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação
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Autor: Saul Tourinho Leal
Em 7 de agosto de 2020, na presidência do ministro
Dias Toffoli, foi publicada a Resolução nº 697, criando o
Centro de Mediação e Conciliação (CMC), responsável
pela busca e implementação de soluções consensuais
no Supremo Tribunal Federal.
O artigo 1º e o seu parágrafo único criam o CMC,
responsável pela realização de acordos no STF,
subordinado diretamente à Presidência da Corte.
Compete-lhe buscar, mediante mediação ou
conciliação, a solução de questões jurídicas sujeitas à
competência do STF que, por sua natureza, a lei
permita a solução pacífica.
Coordenado por juiz auxiliar da Presidência (artigo 6º), a
estrutura física e o quantitativo de colaboradores do
CMC deverá ser proporcional à demanda existente. Os
ministros poderão indicar à Presidência servidores e
juízes auxiliares e instrutores de seus gabinetes para
atuarem nas atividades conciliatórias nos processos de
sua relatoria (§ § 1º e 2º do artigo 6º).
Segundo o artigo 2º e o seu parágrafo único da
Resolução nº 697/2020, o CMC deverá atuar nas
seguintes atividades: I - solução de conflitos pré-
processuais; e II - soluções de conflitos processuais.
A tentativa de conciliação poderá ocorrer nas hipóteses
regimentais de competência da Presidência ou a critério
do relator, em qualquer fase processual (artigo 3º,
parágrafo único).
Os interessados poderão peticionar à Presidência para
solicitar a atuação do CMC em situações que poderiam
deflagrar conflitos de competência originária do STF, de
modo a viabilizar a solução pacífica da controvérsia
antes da judicialização.
Os relatores terão a faculdade de encaminhar os autos
ao CMC, a qualquer tempo, de ofício ou mediante
provocação das partes. Essa opção não prejudica
tentativa de conciliação pelo relator, e, a seu pedido, o
CMC prestará o apoio necessário aos gabinetes nas
tentativas de conciliação realizadas diretamente pelos
relatores (artigo 4º § § 1º e 2º).
Por fim, poderão atuar como mediadores
e/conciliadores, de forma voluntária e não remunerada: I
- Ministros aposentados; II - magistrados, membros do
Ministério Público, advogados e defensores públicos
aposentados; III - servidores do Poder Judiciário; IV -
advogados (artigo 7º).
A Resolução nº 697/2020 do STF é a própria
transformação acontecendo. Para entender a sua exata
dimensão, é preciso antes percorrer a própria
simbologia do Tribunal.
Símbolos têm poder. E, com o poder que têm, se
impõem sobre as pessoas, dirigindo seus
comportamentos, ainda que contra suas vontades. Não
88
Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/Nacional - Noticias
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação
é diferente no Supremo Tribunal. Na capital federal,
Brasília, desde 21 de abril de 1960, o edifício-sede fica
na Praça dos Três Poderes, obra do arquiteto Oscar
Niemeyer, com projeto original de Lúcio Costa. É um
prédio público repleto de símbolos. Trata-se de uma
edificação que dá conforto a autoridades igualmente
repletas de poder.
Na entrada, fica a estátua que personifica a Justiça, do
escultor mineiro Alfredo Ceschiatti, em granito de
Petrópolis e pedra monolítica. A Deusa, vendada e
sentada - talvez no seu trono -, empunha, com a mão
direita, uma espada. Com a ponta dos dedos da mão
esquerda, confere o quão afiada está a lâmina. Esse é o
símbolo escolhido para, diante dos olhos de todos os
que entram e saem do Tribunal, representar a jurisdição
constitucional exercida pelo Supremo Tribunal Federal.
O próprio site da Corte explica:
Segundo a descrição oficial[2], a espada mostra uma
justiça constitucional misericordiosa com uns e cruel
com outros, punindo e golpeando, se preciso for,
segundo a sua vontade. Esse elemento simbólico
termina por habitar as moradas sem trancas do nosso
inconsciente.
Na Coreia do Sul, no fundo do prédio da Corte
Constitucional, em Seul, também há uma grande
estátua. De bronze, ela traz um homem em busca da
ordem constitucional, da verdade e da justiça. É o
guardião da Constituição. Na mão direita, não há
espadas afiadas, mas um código jurídico cravado sobre
uma balança. Com a mão esquerda, ao contrário de
conferir a lâmina, o Guardião arrebenta uma corrente
que restringe as liberdades. Ele está em pé, não
sentado num trono.
O continente africano também optou por símbolos que
convidem ao engajamento consciente de cidadãos e
cidadãs.
Na Corte Constitucional da África do Sul, a porta de
acesso ao edifício é imensa e pesada, de madeira, e
traz, talhados nela, os dispositivos asseguradores dos
direitos fundamentais, acompanhados de desenhos que
iluminem o seu significado. A interpretação da
Constituição há de começar e terminar por esses
comandos, assim como as pessoas, para entrar e sair
do prédio, precisam cruzar aquelas portas de madeira.
Albie Sachs, que já integrou a Corte, diz o seguinte
sobre o prédio: 'Existe algo na arquitetura padrão dos
tribunais que exala autoridade, que diz: 'Cuidado, o
Estado está acima de você'. Contudo, nossa Corte não
expressa poder, ela modera o poder'.[3]
A jurisdição constitucional exercida por uma Suprema
Corte não deve expressar o poder, mas moderá-lo,
pacificamente, zelando pela sua autoridade.
O Preâmbulo da Constituição brasileira nos reconhece
como uma 'sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos, fundada na harmonia social e
comprometida, na ordem interna e internacional, com a
solução pacífica das controvérsias'. Somos da paz, não
da guerra. Na ordem interna, e na internacional,
primamos por soluções pacíficas. Exemplo é o inciso VII
do artigo 4º, que diz que a República Federativa rege-
se, nas suas relações internacionais, pelo princípio da
'solução pacífica dos conflitos.[4]
Trecho do artigo 98, I, dispõe que a União, no Distrito
Federal e nos Territórios, e os Estados criarão juizados
especiais, 'competentes para a conciliação, o
julgamento e a execução de causas cíveis de menor
complexidade e infrações penais de menor potencial
ofensivo (...)'. Mais expresso, impossível: a tentativa de
conciliação é necessária.
Longe de impor cegamente o seu poder, sentada num
trono, de posse de uma espada amolada, selecionando
pessoas para a sua misericórdia ou punição, o que se
reclama de uma jurisdição constitucional humanista é a
capacidade de, por meio da sua autoridade, animar em
nós o que Abraham Lincoln chamava de "os anjos bons
da nossa natureza".
A missão do STF nesse século é nos convidar a
sentarmos juntos, numa mesa redonda - sem
cabeceiras -, para olharmos reflexivamente para os89
Conselho Nacional de Justiça - CNJConsultor Jurídico/Nacional - Noticias
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação
nossos conflitos e, de boa-fé, e com esforço sincero,
renunciarmos reciprocamente a questões individuais na
busca de uma solução coletiva.
É uma missão que dimana diretamente da Constituição,
ao dispor, logo a partir do preâmbulo, sobre as soluções
pacíficas das controvérsias - incluindo as judiciais -, a
despeito de também haver, no Código de Processo
Civil, vários comandos abrindo caminho para as
conciliações (arts. 139, V, 487, III, 'b' e 932, I).
Ter tribunais elevados buscando, no exercício do poder,
a conciliação entre as partes, não é novidade.
Ao pregar a paz pelo direito, Hans Kelsen anotou que "a
jurisdição compulsória de um tribunal internacional não
exclui um procedimento de conciliação". Ponderou ele
que "o tribunal se torna competente apenas no caso de
eventual malogro da conciliação".[5]
Kelsen foi um juiz constitucional. Ele viveu a verdade,
não a conheceu apenas nos livros que leu e escreveu.
Ao fundar e compor uma Corte Constitucional - a da
Áustria -, Kelsen percorreu o caminho, afastando-se da
posição cômoda de apenas saber onde esse caminho
ficava. Sabia sobre o que falava. E falou.
A ideia da conciliação, como elemento de paz no
Direito, não está presente apenas na monumental obra
teórica de Hans Kelsen. A prática constitucional na
África do Sul, por exemplo, mostra que os juristas
daquele país, fugindo da acomodação acrítica e
automática de institutos jurídicos estrangeiros, optaram
por desenhar de maneira criativa e original os seus
próprios remédios processuais. A conciliação não foi
deixada de fora.
Pierre De Vos anota que alguns instrumentos adotados
pela Corte Constitucional sul-africana "visam a
direcionar os atores a agirem de uma maneira mais
consonante com a noção de democracia participativa".
"Os tribunais podem usar esses remédios para ajudar a
aprofundar a democracia e capacitar os cidadãos que
podem facilmente se sentir alienados num estado
burocrático.[6] " Foi assim que nasceu o "engajamento
significativo".
Engajamento significativo é a forma que a jurisdição
constitucional sul-africana encontrou para, fiel à sua
história, persistir com a experiência adquirida com as
práticas tradicionais do país, especialmente o hábito de
aldeões se sentarem debaixo de árvores com membros
em conflito na comunidade para, arbitrando uma
solução, apontar um caminho que inspire o sentimento
de justiça, não de vingança. Também, uma forma de
reparar laços sociais esgarçados por vendetas
cotidianas. Não é à toa que o símbolo oficial da Corte
Constitucional é uma árvore frondosa, com pessoas
embaixo.
O engajamento significativo não raramente resulta na
expedição, pela Corte, de uma ordem - ou interdito
estrutural -, pela qual o Tribunal mantém a supervisão
da implementação de sua decisão, das seguintes
formas: (i) uma ordem obrigando o governo a tomar
certas medidas para remediar uma situação ilegal; (ii) a
exigência de que o governo apresente um relatório
sobre as medidas que tomou ou pretende tomar para
dar efeito à ordem; (iii) uma oportunidade para a outra
parte ou partes comentarem o relatório; e (iv) a
possibilidade de novas ordens judiciais, confirmando o
cumprimento da ordem original ou concedendo mais
tempo para o cumprimento integral da medida.[7]
A Corte concedeu este remédio pela primeira vez no
caso Occupiers of 51 Olivia Road, Berea Township and
197 Main Street Johannesburg v City of Johannesburg
and Others[8], ao declarar inconstitucional o ato
administrativo de um município expulsar ocupantes
ilegais sem primeiro se envolver com eles, individual e
coletivamente, de forma significativa.[9]
O engajamento foi um processo bilateral, no qual a
Prefeitura e aqueles que estão prestes a se tornarem
sem-teto conversam entre si de maneira significativa, a
fim de alcançar certos objetivos, tais como: (a) saber
quais as consequências do despejo; (b) se a cidade
pode ajudar a aliviar essas terríveis consequências; c)
se foi possível tornar o edifício em causa relativamente
seguro e propício à saúde durante um período; (d) se a90
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sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação
cidade tinha alguma obrigação com os ocupantes nas
circunstâncias prevalecentes; e (e) quando e como a
cidade poderia ou iria cumprir essas obrigações.[10]
Se a África do Sul tem o engajamento significativo, o
Brasil tem a máxima consolidada em cada um de nós:
"é conversando que a gente se entende". Nada mais
natural do que o nosso jeito de ser compor a nossa
forma de, à luz da Constituição, resolver conflitos
judicializados ou pelo menos tentar conciliar posições
divergentes.
A instrumentalização das formas de mediação e
conciliação no âmbito do STF por meio da Resolução
nº 697/2020 para além de ofertar ao modelo de controle
de constitucionalidade brasileiro mais uma ferramenta,
ressignifica profundamente a própria compreensão
artística da estátua da Justiça fincada diante do edifício-
sede do Supremo Tribunal Federal.
Levantando a venda para olhar para a angústia das
partes, suas expectativas e frustrações, ministros e
ministras do Supremo poderão se colocar no lugar do
outro, e, sem saírem de sua condição de julgadores,
passarão a interagir mais em busca de soluções
construídas ali, premidas pela realidade, como fazem os
bons artesãos. O Tribunal se levanta do seu trono, e, de
pé, percorre um caminho que precisa ser percorrido.
A estátua da Justiça alcança o estado da arte na sua
ressignificação ao abrir mão da espada, para que não
mais divida as pessoas em merecedoras de
misericórdia ou de punição. Humanista e
contemporânea, guiada por uma Constituição que é
uma heroína generosa, ela passa a, sem espada, de pé,
e olhando nos olhos dos que vindicam justiça, convidá-
los a, sentados numa mesa sem lugares marcados, nem
posições mais elevadas do que as de outros, refletirem,
juntos, sobre suas condições, abrindo caminho para a
construção mais humana, pessoal e sincera de
soluções.
Aglutinando conciliações e acordos supervisionados, o
STF tem a oportunidade de dar um novo sentido à
jurisdição constitucional brasileira, apresentando ao
mundo algo original, que pode até encontrar paralelos
em outras jurisdições - como o engajamento significativo
sul-africano -, mas que, como sabemos, é fruto de um
jeito de ser que é único. Um jeito de ser consistente na
máxima: "é conversando que a gente se entende".
[2] Disponível em:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=bi
bliotecaConsultaProdutoBibliotecaSimboloJustica&pagin
a=espada
[3] Vida e direito: uma estranha alquimia. Tradução Saul
Tourinho Leal. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 95.
[4] Disponível:
https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2018/10/27/in
terna_politica,1000472/temos-osol-a-pino-da-
democracia-diz-carlos-ayres-britto.shtml
[5] Kelsen, Hans. A paz pelo direito. Tradução Lenita
Ananias do Nascimento. São Paulo: Editora WMF
Martins Fontes, 2011, p. 32.
[6] South African Constitutional Law in Context. Pierre
De Vos (editor). Oxford University Press. 2014, p. 413.
[7] Constitutional litigation, Brickhill, J; Du Plessis, M;
Penfold, Gp. Juta. Johannesburg, 2013, p. 124.
[8] South African Constitutional Law in Context. Pierre
De Vos (editor). Oxford University Press. 2014, p. 413.
[9] South African Constitutional Law in Context. Pierre
De Vos (editor). Oxford University Press. 2014, p. 414.
[10] South African Constitutional Law in Context. Pierre
De Vos (editor). Oxford University Press. 2014, p. 414.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação
91
Desembargadora Ormy Bentes é eleita presidente do TRT11 para o
biênio 2020-2022
Conselho Nacional de Justiça - CNJD24am/Amazonas - Noticias
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - PJE
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Manaus - O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª
Região - Amazonas e Roraima (TRT11) elegeu, em
sessão extraordinária do Tribunal Pleno realizada nesta
sexta-feira (18), os futuros dirigentes do órgão para o
biênio 2020/2022. A desembargadora Ormy da
Conceição Dias Bentes foi eleita para assumir o cargo
de presidente do Tribunal. Ela vai suceder o atual
presidente, desembargador Lairto José Veloso, cuja
gestão se encerra em dezembro deste ano.
Ormy da Conceição Dias Bentes é natural de Manaus.
Graduada em Direito pela Universidade Federal do
Amazonas (UFAM) (Foto: Divulgação)
Pela primeira vez, a eleição foi realizada por
videoconferência, para atender as recomendações de
distanciamento social em razão da pandemia. Na
ocasião, também foram escolhidas as desembargadoras
Solange Maria Santiago Morais, para o cargo de vice-
presidente; e Márcia Nunes da Silva Bessa para ocupar
o cargo de corregedora regional.
Perfil das novas gestoras
Ormy da Conceição Dias Bentes é natural de Manaus.
Graduada em Direito pela Universidade Federal do
Amazonas (UFAM), atuou na advocacia privada por oito
anos. Após aprovação em concurso público, ingressou
na magistratura como juíza do trabalho substituta no
Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região em 1987.
Tornou-se juíza titular em 1990, atuando na Vara de
Eirunepé, posteriormente sendo titular das Varas de
Manacapuru e Tefé. Em Manaus, foi juíza titular da 3ª,
9ª e 18ª Varas do Trabalho. A magistrada tomou posse
como desembargadora do TRT11 em fevereiro de 2012.
Foi corregedora regional e ouvidora no biênio
2014/2016.
Solange Maria Santiago Morais é natural de Belém/PA.
Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Pará.
Foi nomeada desembargadora do TRT da 11ª Região
em junho de 1999, na vaga reservada a membro do
Ministério Público do Trabalho. Foi eleita vice-presidente
do Regional no biênio 2000/2002 e aclamada presidente
no biênio 2002/2004. Também exerceu o cargo de
Diretora-Geral da Escola Regional de Magistrados do
Trabalho da 11ª Região - ERMAT-AM/RR.
Márcia Nunes da Silva Bessa, eleita corregedora
regional, é natural do Rio de Janeiro/RJ. Bacharel em
Direito pela Universidade Federal do Amazonas em
1985. Tomou posse como juíza do trabalho substituta
em outubro de 1993. Foi presidente da Junta de
Conciliação e Julgamento de Humaitá/AM e titular da 4ª
Vara do Trabalho de Manaus. Convocada para atuar
como juíza auxiliar da Presidência do TRT11 em junho
de 2015, a magistrada também atuou como
coordenadora do Núcleo de Apoio ao Processo Judicial
Eletrônico- PJe e e-Gestão - NAPE, do Núcleo de
Distribuição dos Feitos de Manaus e do Núcleo
Permanente de Métodos Consensuais de Solução de
Conflitos - Nupemec. Foi promovida a desembargadora
pelo critério de merecimento, tomando posse em abril
92
Conselho Nacional de Justiça - CNJD24am/Amazonas - Noticias
sábado, 19 de setembro de 2020Judiciário - PJE
de 2017.
Ouvidoria
O TRT11 realizou também, de forma inédita, a eleição
para a escolha do desembargador ouvidor e suplente.
Foi aclamado como ouvidor do TRT11 o desembargador
David Alves de Mello Júnior, e o desembargador José
Dantas de Góes foi escolhido o suplente.
Escola Judicial e Centro de Memória
Os gestores da Escola Judicial e do Centro de Memória
da Justiça do Trabalho da 11ª Região para o biênio
2020-2022 também foram aclamados. O
desembargador Audaliphal Hildebrando da Silva foi
reconduzido para ocupar o cargo de diretor da Ejud11.
E o desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes foi
eleito diretor do Centro de Memória.
biênio 2020/2022
ormy da conceição dias bentes
TRT11
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - PJE
93
Desembargadora Ormy da Conceição Bentes é eleita presidente do TRT
11
Conselho Nacional de Justiça - CNJEm Tempo AM/Amazonas - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE
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Manaus - O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª
Região - Amazonas e Roraima (TRT11) elegeu, em
sessão extraordinária do Tribunal Pleno realizada nesta
sexta-feira (18/09), os futuros dirigentes do órgão para o
biênio 2020/2022.
A desembargadora Ormy da Conceição Dias Bentes foi
eleita para assumir o cargo de presidente do Tribunal.
Ela vai suceder o atual presidente, desembargador
Lairto José Veloso, cuja gestão se encerra em
dezembro deste ano.
Pela primeira vez, a eleição foi realizada por
videoconferência, para atender as recomendações de
distanciamento social em razão da pandemia.
Na ocasião, também foram escolhidas as
desembargadoras Solange Maria Santiago Morais, para
o cargo de vice-presidente; e Márcia Nunes da Silva
Bessa para ocupar o cargo de corregedora regional.
Perfil das novas gestoras
Ormy da Conceição Dias Bentes
Ormy da Conceição Dias Bentes é natural de Manaus.
Graduada em Direito pela Universidade Federal do
Amazonas (UFAM), atuou na advocacia privada por oito
anos. Após aprovação em concurso público, ingressou
na magistratura como juíza do trabalho substituta no
Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região em 1987.
Tornou-se juíza titular em 1990, atuando na Vara de
Eirunepé, posteriormente sendo titular das Varas de
Manacapuru e Tefé. Em Manaus, foi juíza titular da 3ª,
9ª e 18ª Varas do Trabalho. A magistrada tomou posse
como desembargadora do TRT11 em fevereiro de 2012.
Foi corregedora regional e ouvidora no biênio
2014/2016.
Solange Maria Santiago Morais
Solange Maria Santiago Morais é natural de Belém/PA.
Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Pará.
Foi nomeada desembargadora do TRT da 11ª Região
em junho de 1999, na vaga reservada a membro do
Ministério Público do Trabalho. Foi eleita vice-presidente
do Regional no biênio 2000/2002 e aclamada presidente
no biênio 2002/2004. Também exerceu o cargo de
Diretora-Geral da Escola Regional de Magistrados do
Trabalho da 11ª Região - ERMAT-AM/RR.
Márcia Nunes da Silva Bessa
Márcia Nunes da Silva Bessa, eleita corregedora
regional, é natural do Rio de Janeiro/RJ. Bacharel em
Direito pela Universidade Federal do Amazonas em
1985. Tomou posse como juíza do trabalho substituta
em outubro de 1993. Foi presidente da Junta de
Conciliação e Julgamento de Humaitá/AM e titular da 4ª
Vara do Trabalho de Manaus.
Convocada para atuar como juíza auxiliar da
Presidência do TRT11 em junho de 2015, a magistrada
também atuou como coordenadora do Núcleo de Apoio
ao Processo Judicial Eletrônico- PJe e e-Gestão -
NAPE, do Núcleo de Distribuição dos Feitos de Manaus
e do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de94
Conselho Nacional de Justiça - CNJEm Tempo AM/Amazonas - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE
Solução de Conflitos - Nupemec. Foi promovida a
desembargadora pelo critério de merecimento, tomando
posse em abril de 2017.
Ouvidoria
O TRT11 realizou também, de forma inédita, a eleição
para a escolha do desembargador ouvidor e suplente.
Foi aclamado como ouvidor do TRT11 o desembargador
David Alves de Mello Júnior, e o desembargador José
Dantas de Góes foi escolhido o suplente.
Escola Judicial e Centro de Memória
Os gestores da Escola Judicial e do Centro de Memória
da Justiça do Trabalho da 11ª Região para o biênio
2020-2022 também foram aclamados. O
desembargador Audaliphal Hildebrando da Silva foi
reconduzido para ocupar o cargo de diretor da Ejud11.
E o desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes foi
eleito diretor do Centro de Memória.
Turmas
A desembargadora Valdenyra Farias Thomé foi eleita
para ocupar o cargo de presidente da 1ª Turma. A
desembargadora Joicilene Jerônimo Portela foi
aclamada como presidente da 2ª Turma. E a
desembargadora Ruth Barbosa Sampaio foi a escolhida
para presidir a 3ª Turma.
Confira como ficou a composição das Turmas:
1ª Turma
Presidente: Valdenyra Farias Thomé
Membros
Solange Maria Santiago Morais
Francisca Rita Alencar Albuquerque
David Alves de Mello Júnior
2ª Turma
Presidente: Joicilene Jerônimo Portela
Membros
Eleonora de Souza Saunier
Lairto José Veloso
Audaliphal Hildebrando da Silva
3ª Turma
Presidente: Ruth Barbosa Sampaio
Jorge Alvaro Marques Guedes
Maria de Fátima Neves Lopes
José Dantas de Góes
Seções Especializadas
Foi aclamada como presidente da Seção Especializada
I, a desembargadora Solange Maria Santiago Morais. A
presidência da Seção Especializada II ficou com a
desembargadora Francisca Rita Alencar Albuquerque
Confira como ficou a composição das Seções
Especializas:
Especializada I:
Presidente: Solange Maria Santiago Morais
Membros
David Alves de Mello Júnior
Lairto José Veloso
Audaliphal Hildebrando da Silva
Jorge Alvaro Marques Guedes95
Conselho Nacional de Justiça - CNJEm Tempo AM/Amazonas - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - PJE
José Dantas de Góes
Especializada II:
Presidente: Francisca Rita Alencar Albuquerque
Membros
Valdenyra Farias Thomé
Eleonora de Souza Saunier
Ruth Barbosa Sampaio
Maria de Fátima Neves Lopes
Joicilene Jerônimo Portela
Comissões
A Comissão do Regimento Interno, a partir do biênio
2020-2022, será presidida pelo desembargador José
Dantas de Góes e terá como membros os
desembargadores David Alves de Mello Júnior e
Eleonora de Souza Saunier.
A Comissão de Revista terá como presidente o
desembargador Jorge Alvaro Marques Guedes e terá
como membros a desembargadora Joicilene Jerônimo
Portela e os juízes Sandro Nahmias Melo e Mauro
Augusto Ponce de Leão Braga, além de um magistrado
que será indicado pela Escola Judicial.
A Comissão de Vitaliciamento será presidida pela
corregedora regional desembargadora Marcia Nunes da
Silva Bessa e terá como membros a vice-presidente e o
diretor da Ejud11 eleitos.
Comissão de Uniformização de Jurisprudência terá
como presidente a desembargadora Solange Maria
Santiago Morais e terá como membros os
desembargadores David Alves de Mello Júnior,
Audaliphal Hildebrando da Silva, Jorge Alvaro Marques
Guedes e Maria de Fátima Neves Lopes.
newsletter
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - PJE
96
Fachin determina que Força Nacional seja retirada de assentamentos na
Bahia
Conselho Nacional de Justiça - CNJJota/Nacional - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação
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Autor: Hyndara Freitas
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal
(STF), determinou que a União retire, em até 48 horas,
o efetivo da Força Nacional de Segurança Pública de
assentamentos do Movimento Sem Terra (MST) nos
municípios de Prado e Mucuri, no sul da Bahia. Leia a
íntegra da decisão.
O envio dos policiais aos assentamentos foi
determinado pelo ministro da Justiça, André Mendonça,
por meio de uma portaria publicada em 1º de setembro,
após pedido do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (Incra).
A ordem do Ministério da Justiça, entretanto, foi tomada
sem a consulta do governador da Bahia, Rui Costa (PT-
BA). O governador então acionou o STF por meio da
ação cível originária (ACO) 3.427, pedindo a retirada
dos agentes. O ministro Edson Fachin concedeu a
liminar pleiteada pelo estado na noite da última quinta-
feira (17/9).
Na decisão, Fachin diz que a jurisprudência do STF 'tem
se consolidado ao redor da forte carga argumentativa do
princípio da autonomia dos Estados. A definição dos
contornos de um federalismo cooperativo pressupõe
que os entes federados sejam permanentemente
protegidos contra eventuais tendências expansivas dos
demais'.
Em sua visão, 'é suficientemente plausível' que o artigo
4 do Decreto 5.289/2004, que prevê as hipóteses de
emprego da Força Nacional e dispensa a anuência do
governador de estado neste uso, 'viole o princípio da
autonomia estadual'. Para o ministro, 'o espaço de
autorização legal para operações desta natureza,
disciplinado pela Lei 11.473/2007, está afetado à figura
de um convênio'.
'Parece ser, portanto, necessária, uma concorrência de
vontades para que não se exceda o limite constitucional
de proteção do ente federado, na forma do art. 1º da
referida Lei: 'Art. 1o A União poderá firmar convênio
com os Estados e o Distrito Federal para executar
atividades e serviços imprescindíveis à preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio.' Uma vez que se afigura, no seio da
presente ação, a possibilidade violação deste conjunto
normativo, reúnem-se os requisitos de plausibilidade da
demanda autorizadores do deferimento da tutela
provisória', afirma Fachin.
O ministro ainda destaca 'a gravidade das alegações',
pois 'os enormes riscos para a estabilidade do pacto
federativo são ainda acrescidos das circunstâncias
materiais da ação, isto é, o exercício dos poderes
inerentes à segurança pública e o possível uso da
violência'. Fachin lembra que, recentemente, o plenário
do STF fixou regras para uso da força policial em
operações em comunidades no Rio de Janeiro, na
ADPF 635. Assim, 'o quadro geral de pandemia exige
que a mobilização de contingentes de segurança seja
97
Conselho Nacional de Justiça - CNJJota/Nacional - Noticias
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - Conciliação
sensivelmente restrita e acompanhada sempre de
protocolos sanitários', diz.
Na decisão, Fachin ainda determina a citação da
Advocacia-Geral da União (AGU), para que ela informe
se tem interesse na realização de audiência de
conciliação. Ela deve responder em até 15 dias.
Ao acionar o STF, o governo da Bahia argumentou que
a Força Nacional só pode ser autorizada quando há
pedido do governo local, e que significaria uma afronta à
Constituição a intromissão de um ente da federação nas
questões que sejam de competência do outro.
A Bahia sustenta que 'não consta nos registros da
Secretaria de Segurança Pública, das Delegacias locais
e nem das companhias da Polícia Militar com atuação
em Prado e Mucuri a ocorrência, no período de agosto,
de qualquer conflito social, desestabilização da ordem,
risco à segurança e à incolumidade pública, e nem a
patrimônio público ou privado que fosse dotado de
gravidade e justificasse medida tão excepcional, o que é
confirmado pela absoluta ausência de qualquer registro
ou repercussão pela imprensa'.
Hyndara Freitas - Repórter em Brasília. Cobre
Judiciário, em especial o Supremo Tribunal Federal
(STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Conselho
Nacional de Justiça (CNJ). Antes, foi repórter no jornal
O Estado de São Paulo. Email:
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Conciliação
98
STF determina que União retire efetivo da Força Nacional de
assentamentos do MST
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - STF
Ministro Edson Fachin atendeu pedido de liminar feito
pelo governador da Bahia e determinou a retirada, em
até 48 horas, de efetivo em dois municípios do estado.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
99
STF convoca audiência pública relativa ao Fundo Nacional sobre
Mudança do Clima
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Jornal da Justiça 2ª Ediçao
sexta-feira, 18 de setembro de 2020Judiciário - STF
Audiência marcada para a próxima segunda-feira (21)
vai reunir integrantes do Governo Federal, organizações
da sociedade civil, institutos de pesquisa, acadêmicos e
empresários.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
100
Década internacional de afrodescendentes
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020
Judiciário - Judiciário
Não não não não não não não não não não vamos bolar
me direito sem fronteiras desta semana vamos falar
sobre a década internacional de afrodescendentes
resolução das nações unidas para o período que
começou um atraso em dois mil e quinze e termina em
dois mil e vinte quatro na contramão desse
reconhecimento esse.
Tinham dois mil e vinte de acordo com especialistas é
marcado pela violência policial contra negros e como
resultado ela só é uma das maiores ondas de protestos
anti racista da história dos Estados Unidos o volume de
álcool conhecido como lives médico ou vidas secas
importa a onde de protestos opções.
Eu imaginei apud logo após Georges Louis de um
homem negro de quarenta anos ter sido sufocada até a
morte durante uma abordagem por policial branco que
ajoelhou sobre o pescoço dele gestos professor ruins.
Vínculo de indignação e o movimento ficou conhecido
como black Lages.
Ela não vidas negras importam a imagem da violência
policial ganhou o mundo e as manifestações
atravessaram fronteiras com os protestos e atos de
violência acontece em meio a década internacional de
afrodescendentes.
Quentes resolução meia oito dois três sete da
assembleia.
Eu geral da ordem para o período entre dois mil e
quinze e dois mil e vinte quatro tema escolhido
reconhecimento justiça e desenvolvimento de acordo
com a ouro existem aproximadamente.
Entre duzentos milhões de pessoas vivendo nas amém.
Érica identificadas como afrodescendentes segundo as
nações unidas estas pessoas constituem os grupos
mais pobres o acesso limitado à educação de qualidade
serviços de saúde moradia.
Segurança além disso enfrentam índices alarmantes de
violão.
Isso é policial em discriminação racial e de e para
debater o assunto vamos conversar e os cat com Wilson
Farias doutor em direito e o promotor de justiça se
aposentar vamos conversar também com Milena Mattos
advogada e o subdiretor jurídica da associação nacional
da advocacia negra há não muito obrigado aos dois pela
presença nos programas o comércio com a pergunta
pro Wilson eu disse a ponto doutor Wilson que segundo
especialistas isso.
Se o movimento essa onda de protestos nos Estados
Unidos é maior até do que aqueles protestos aquele
movimento pelos direitos civis lado da década de
sessenta senhor concorda com isso a que se deve essa
exposição de protestos de contextualizar las em treze
de maio de mil oitocentos e oitenta e oito foi um dos
maiores sítios esse aí já que talvez maior achar aquela
é esta cara.
A assumirem os Gama advogado e ele decidiu e de
Joaquim Nabuco para mim muitos maiores de
estadistas embora fosse branco lutou muito pela
escravidão bem.
Não há digamos assim o levante popular que
sensibilizou a coroa para que fosse formalmente o
negro é digamos assim consegui com a sua limitação
apenas formal não.
Jurista Flávio me parar em oz ideais de monzón
alimento em nós.
É uma recuada uma grávida na minha ela ela vier na
mina de nós num menino mosul em uma democracia
nenhum ozônio Aline meramente ornamental eliminem
carne nova no ele.
Remontar a pobreza e de brancos e inimigos branco
fenômeno da minha geração se em treze de uma.101
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020
Judiciário - Judiciário
Em mil oitocentos e oitenta e oito houve um levante
popular sensibilizou a coroa.
Meses movimentos e ou morriam amor era visitar
menino uma maior inimigo uniforme idioma que
acontece quando a hora.
Levem o Brasil amor na hora também são importantes
mesmo para sensibilizar a nação brasileira porque nós
olhem bem nós não nascemos para mim.
Um jornalista advogado professor nós nascemos
maravilha irmão enormes e nós vamos a menina me
momentaneamente mas nenhum medo.
Movimentos ou morrer uma agora estado de Minas e
um e.
E me sensibilizaram uma grande minha mina morro
sanitário como muito amor para eu mudar minha parte a
saga de nascimento porque o garber não é um
problema meu não problema da.
Na minha na minha um é um partido mas o Brasília um
exercício arrumar.
É um exercício na tanya pra ver o senhor que devolvi
um pouco quando Luna uma ideia na população pois
reflexões importantes a respeito da do racismo no Brasil
é mas eu queria fazer a comparação com a situação
dos estados finitos ainda o que é isso nossa onda
mundial é mais recentemente foi lá que ela nasceu e
ganhou uma reflexão que huáscar com consequências
aqui no Brasil para com repercussões aqui no Brasil na
opinião dos.
Senhora esse movimento a essa onda é maior de fato
do que aquela pelos direitos civis a década de sessenta
imagens no que.
Isso é que que é que tá causando a essa onda mayor
supostamente maior e mais racismo é uma organização
maior dos negros uma consciência maior da sua
condição qual é a explicação que a senhora dar um
soco meu amor isto a sério pelos esposa nós temos de
nos nossos lares e se foi racismo e horas da rede de de
sabor ruim onze idade que essa indignação ela passa
uma semana designação de um a e ela parte para
ajudar então essa animação se os estados unidos e nos
deles lá com eles a têm louco talvez o setenta e
manifestação mais forte que ele o quebrou.
Desde Nero nós temos uma manifestação às vezes mas
dentro das redes sociais que nós.
E cobrar os impostos e e e e eu entendo esse momento
realmente di Taro aso entre a torre come direito.
Estava estava um anos em que muitas pessoas têm
menos posiciona tem medo de ser chamado de dizer eu
então.
Nesse momento as nuvens negras que há mais
moradores ida pelas mortes deles assassinados
inclusive prazer câmera isso é o mesmo pra Brown que
foi por isso diz rapazes levá lo para uma criança homem
se nós negros deram armas no prazo principalmente
nessa roda então essa mulher era uma ondas e uma
coisa para fazer e vai andando no estado Norte
americano do estado brasileiro em relação as molhar.
As ações racistas.
E mesmo racismo agora não há mais evidência que nós
temos Elmira é nós temos a as pessoas negras as
torres e na mesma cidade cobrar os direitos de treinar
então eu espero e esse nele meu nariz e e e e e sedna.
É páreo para uma Rainha e ela mente para e a
constituição é ela mas uma certeza se eu espremer
normal mas ela ciência momentos ah para com uma
ação.
Parece linda toda Wilson eu tenho aqui números do
atlas da violência de dois mil e vinte e que mostram a
taxa de homicídio.
Tire os de nervos cresceu de onze vírgula cinco onze e
meio por cento de dois mil e oito a dois mil e dez é de102
Conselho Nacional de Justiça - CNJTV Justiça/Rio de Janeiro - Noticiassexta-feira, 18 de setembro de 2020
Judiciário - Judiciário
dezoito num prazo de dez anos já a taxa de
assassinatos de brancos caiu ao contrário de alimentos
caiu foi a o número é onze e meio curso.
Senhor desculpe doze por cento dois por cento caiu de
brancos onze e mail cresceu de nervos essa é na
opinião dos.
Sou a maior uma das maiores provas do racismo da
discriminação barbear essa violência pode ser apontada
como a Mauá o maior exemplo pode ver eu e o.
Tem uma afirmação sempre o repique nas minhas
palestras.
Um nós nós negros intelectuais que tínhamos o dever.
Nenhum ir para a batalha de colocar a cara para definir
principalmente os negros menos privilegiados eu disse.
A vida quinze anos de idade e os vários combatentes
afirma que ainda viviam eu diria para.
A minha um barzinho a minha mulher que aqui no fundo
o tempo que havia clube para líquidos clube para
brancos aqui na região sul do Rio Grande do Sul.
Um demônio e numa formatura olhe bem em uma forma
mais pura que eu disse que não iria pegar meu diploma
se eu não.
O mas em Munique uma menina branca pai passou um
tempo e eu entrei na academia de dias inclusive pós
doutorado em Buenos.
Hum ele me defendia o tema Garcia uma luz de direito
criminal a festa de Madrid.
Em sociologia uma incursão direito por ela num dos
congressos do ministério público e o de pedir uma tese
que o ministério público nada guarda no combate ao
racismo e e eu dizia e ou e.
Deveriam ela iria ao ministério público intervir no dia a
dia porque nós temos que partir de coisas concretas e
sai.
Ele mora em um mole men e agora pois houve uma
houve uma decisão da mais rica.
Glória minha querida e com essa testemunha que a
decisão ruim.
Roberto Arruda fazendo nenhum tribunal superior
eleitoral dizia que eu a conto partidária.
Na televisão e de ensino para os negros iguais a um
branco e não dia.
Na televisão mas será maravilhoso embora Luís
Roberto Barroso beira mar.
Todo mundo muito tempo na história mas precisamos
de políticas afirmativas de todos.
Meninos e muitas vezes o estado não deve mediar a
eliminar da privada pois sua dentro desse contexto ele
de nós pôde.
Mesmo em diminuir essa criminalidade violenta o nome
de usuário com os policiais produzem se reproduzem.
O sistema atual não acredito que a senhora concorda
como ou por Wilson da necessidade dessas políticas e
gostaria da senhora explicasse porque se é verdade
senhora por qual incorpora se eu começar as políticas
de ações cívicas como nós falamos a respeito das fotos
inclusive o gasto doutor esse ponto s é ela que estou
vendo uma reparação se quiser.
Realmente trazer uma igualdade e aí igualdade louco
autoridades que agora ela ela tá deve estar escrita para
o expresso do estado da igualdade racial então eu
tenho que trazer pontos para.
No mesmo ano têm o mesmo quando Marcelo Adriano
de carro faltando a fundo apenas na América uma
gracinha hora que passei no concurso público é apenas
meu mérito não é.
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Eu mesmo o mérito é e eu termino família preso
torturado e ele forneceu uma base irmãos meus que
não têm essa mesma oportunidade.
Então as fotos das torres da universidade no serviço
público as copas eleitorais delas beijo da serpente isso
a reduzir as igualdade na base.
Está em Paris cada oportunidade para que as pessoas
negras bem ocupado.
Cada pessoa que tenha acontecido com eles é se isso
não é educadores de todas as linhas estejam sob
controle de bola o belo exemplo da doutrina nazista e
essas ações afirmativas ela era bom para durar.
Enquanto o país ainda é relegado a população negra há
a pequena David é.
A ela para não usar a condição de para educação
pública e eficientes que faz com que nem consigo
alcançar uma vaga na universidade pública e valente a
dar maior maior que o posto de trabalho.
E agora coisa que o partido teme entrar com um suicídio
e pertencentes à igualdade e oportunidade.
E tem pessoas que não respeitamos todas as opiniões
que não concordo é com as contas inclusive é está bem
recentes debates na câmara de.
É São Paulo do município e Fernando Rolim de que ela
Unidos é ele está.
Mas ele está realmente pensando um pouco de água a
revogar a lei de cotas no município de São Paulo e
inclusive já foi provado isso é na terceira volta da.
A câmara ele está feliz com a vitória e nossa bebida
com uma derrota.
Certamente é e eu falo da umidade o que há logo
acabou de me desculpar mas na câmara de São Paulo
do que dos nossos agentes não precisa eu sei é que
esse não é bem nós precisamos dele fora e continuar
essa luta é.
É iniciada com você para completar o Wilson muita
gente disse a você para sempre que o racismo é um
problema da sociedade como um todo não apenas dos
livros que gostaria de falar sobre isso mas daqui a
pouquinho porque agora nós vamos fazer um pequeno
intervalo na volta portanto continuamos a conversar
sobre esse assunto.
Sabe de justiça você escuta o melhor da música
clássica como maestro Cláudio Cunha regente da
orquestra sinfônica do teatro nacional Cláudio Santoro
de Brasília de segunda a sexta às quinze horas.
Com reprise às vinte uma horas e sábado e domingo às
dezesseis horas.
Olá o direito sem fronteiras está de volta e hoje nós
falamos sobre a década afrodescendentes e a onda de
protestos anti racistas nos Estados Unidos no bloco
anterior eu deixo.
Tenho aqui uma pergunta no ar para um dos nossos
convidados doutor Wilson Farias promotor de justiça.
Tinha se aposentado doutor Wilson eu lhe perguntei
muita gente diz que o racismo não é o problema
exclusivo dos ídolos é um problema de toda sociedade
senhor concorda com isso por que eu diria pela minha
experiência no dia a dia como.
É juiz para juiz para nós o direito penal o direito com
esse ele ele ainda é impotente para combater o
racismo.
É a que trinta anos foi criada a primeira lei que era
contravenção na realidade a lei Afonso Arinos.
Eu tentava combater as condutas mas hoje eu estou
tranquilo em afirmar que nós vamos resolver esse
assunto no campo.
Educação então nós me modo brancos nós temos que ir
atrás dele.104
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Através da sala através do diálogo a levar para os
mortos e não me é ideias para levar.
Pisar com a situação anterior e com a situação atual
porque o negro ainda continua sendo como referencial o
negativo em quaisquer de prazer.
Ele não relacionadas à educação saúde emprego e nós
temos que sensibilizar os traseiros brancos para e.
É salutar para diminuir as desigualdades e para fazer
com que olhem bem.
Mas a cada dia nós o achamos sensibilizar a população
para extirpar esse problema do racismo porque o
racismo não é um problema exclusivamente de negro.
No Brasil cita a cor da pele darmos a importação a
propriedade de negros para cá o que eles o racismo já
existia na Grécia antiga no Egito e o colonialismo lhe dei
o bolo.
Eu não.
Uma é um reflexo do capítulo eu digo e afirmo e saber
que internacional e a sobre etnias dando um
reconhecimento justiça em desenvolvimento com ela.
É muito excitado então eu não tenho a menor dúvida de
me dizer que nós negros de intelectuais mais uma vez
afirmo temos um bebê e ártico e a.
Responsabilidade de enfrentar a situação de irmos ao
encontro da sociedade para que seja diminui.
Ele é o doutor Wilson fez referência a década
internacional chapel descendentes que aliás é o voto do
nosso programa é importante que a gente é fale um
pouquinho mais sobre esse assunto porque isso foi
decretado pelo aluno em dois mil e quinze e vai até dois
mil e vinte quatro portanto nós estamos aí mais ou
menos.
No meio da década internacional de afrodescendentes
dá pra gente fazer um balanço das iniciativas é que é
foram podem ser registradas até agora qual é o balanço
pistola para Guilherme Pompeu a não ser que essa
década como doutor Wilson falando lá em cima do
comerciante para que ela traga roupa a decisão é do
que o mesmo para né em torno em torno de todo o
mundo do mal para o Brasil não possuem também
americana e uma situação que ouvi.
Ele é enganado com esta década e ao
desconhecimento porque.
É maior que somos intelectuais que atuam nessa área
de alta tendo conhecimento da década da convenção da
iluminação elétrica em todos os tipos de ativos é em
relação a ao receber.
Essas de promoção da igualdade racial mas grande
parte.
Mas a população negra é aquele de que nessa década
não tem conhecimento que precisa.
Sabia que ela está em vigor eu entendo que o Brasil
precisa falar de uma forma efetiva o que nós
precisamos de pessoa é o fato de poder para
concretizar esta década para.
Por que não seja infelizmente ao é que fique no papel e
que não tem abundância e eficaz que nós precisamos
ter.
É que não há como Brasil e também no mundo todo
todas as suas quais são os principais desafios para Zico
para esses últimos quatro anos da década internacional
de afrodescendentes eu imagino que a lista é grande
muitos juristas crime.
E com a atuação do direito internacional dizendo que
não existem direitos cívicos tradição eu diria.
Queria que tudo fica no campo da solidariedade de nós
Brasil nós temos que ter solidariedade para os brancos
pobres para os negros que não.
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Minha mínimas condições e a a única maneira que nós
vamos medicar disso é que.
Que haja uma ações efetivamente concreto porque
nossas linhas nós já temos este país demais nós temos
há uma lei de execução penal que no papel.
É o que nós temos um estatuto da criança do
adolescente também mas nós temos que fazer pizza
palace o estatuto da igualdade racial que foi.
Quero que você estava me cujo relator é Nico o país e
fez com que nós que viesse para da legislação de
primeiro mundo mas falta maior implementado no dia a
dia nós temos leis aqui.
Não da educação uma vez mil seiscentos e trinta e nove
e aqui não são aquilo julho de.
E para maior razão pela qual os intelectual.
Negros a fundação Palmares parte do trabalho
excelente de São Paulo o filme o amigo de demitir este
é um líder nós servimos sensibilizar as de sua espuma
mas.
Da pura o ministério público porque não é possível que
um juiz de no máximo pensar uma condenação se
referindo a raça então mulher aterro da educação e nós
poderíamos resolver e.
É e não digo todos os problemas mas dar uma
democracia.
É efetiva para as pessoas nós estamos falando da
magistratura do ministério público dos governos e o
movimento negro em si doutora Milena senhora diria
que hoje ele está mais preparado para enfrentar o
racismo lutar pelos direitos dos erros do que estava aqui
falando do Brasil do que estava há dez quinze vinte
anos atrás era a meia hora Guilherme além da década
da Platina dizer com não conseguir me acompanhar ou
não pelo movimento bem mais procurados ou
movimentos que conhece.
A legislação que nos ampara e nós temos muitos
segmentos também aguardar por Cassiano racial
recursos próprios para aqui para que os negros nas
listas podem ser aprimorados de seda.
Segundo o ibope com e o que está certo doutor irá rua
está usando aquela ou aquela jovem é nisso que
loucura gosto de processo civil e o filho com ele ele
disse realmente que agora os nossos movimentos
negros eles estão estruturados nós andamos no
estatuto da igualdade racial não toma constituição
federal na ponta da língua então essa é a maior
despesa anual da nossa maior defesa é a ação é o
intelecto então nós precisamos de uma rede é o homem
morte que nós sempre temos né por aqueles que são
contrários aquele que por algum algum motivo não
querem se posicionar não quero inventar demanda mas
do movimento negro ele está estruturado nós temos
uma força muito grande é que o tampo por essas
mazelas sociais tanto pensão é o Brasil não queremos
deixar pra para futuras gerações tiveram do caso de os
cientistas também lado da maquete do Rio de Janeiro
de poesias indevidamente sem nenhum tipo de prova
cabal o movimento negro tem uma atuação é
necessário que os seus amigos e menos de vinte quatro
horas de uma decisão que aquela prova de
reconhecimento fotográfico não é suficiente para você
então isso demonstra o quanto movimento negro e sala
de estar está reconhecendo.
É mofo se em direito por exemplo o senhor é a questão
da violência policial doutora Liliane acaba tendo de fazer
referência a ela e é um dos maiores problemas
certamente mas há um outro.
Chama atenção porque talvez esteja na raiz é realmente
da da discriminação contra negros no Brasil que é a
questão da renda para acesso é a condições de vida há
a educação a empregos de você.
Ele disse enfim condições para que essas pessoas
eventualmente possam progredir e possam se dar bem
na vida como direitos de qualquer outro é senhor acha
que isso mudou nos últimos anos no Brasil piorou em
que situação em que pé nós estamos o dia.106
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Tempo penal e talvez sim.
Assim como importante até ter o dinheiro da visibilidade
que ocorre quando há condenações mas nós temos que
resolver o problema no meu ponto de vista à d.
Educação e que não e nunca se foi.
As prisões ocorrem nesse país o Brasil continua ainda
continua aprendendo muita gente existem mais de
quinhentos mil mandados de prisão mas estatística não
sei se você ama correto mas não o Brasil.
Entre as cadeias estão abarrotados mas nós prendemos
mal nós tínhamos que deixar aprende a divisão como
diz o desaparecido e que foi o orientador na Argentina
como última razão.
E nós devemos usar as penas alternativas apenas
cautelares razão pela qual eu entendo aquilo que é
cabelo meios de comunicação principalmente que nós.
Devemos digamos assim lançar essas ideias e quando
a tv justiça numa época que pandemia eu acho que é.
É Brasília e Rio Grande do Sul estejam unidos hoje no
combate ao catecismo e temos que super bem acho
que o ministério público de Brasília quatro de trabalho.
No Distrito Federal excelente no combate ao racismo
nós temos que agradecer a Marco Aurélio de Mello
quando lançou a tv.
Nós temos que reformar o sistema penal e
principalmente o sistema consensual porque o grande
problema o câncer deste país e a burocracia IP.
Judiciário eu tinha um papel de sair daqui e vá para ali
demora três meses então eu não adiantava muitas
vezes de recorrer quando os recursos são julgados
muito depois então não adianta não há por exemplo.
Arbusto prisões para investigar nós temos e
democratizar também o modelo.
A professora de violão a boca voar os nossos olhos
novamente para o mundo como um todo e eu penso
que a senhora volte a falar da década internacional de
afrodescendentes é uma criação da onde começou lá e
eu relembro de dois mil e quinze de maio até dois mil e
vinte quatro e ao longo desse período a ou não tens.
Estimulava os estados nacionais a estabelecerem
políticas planos de ações pra combater o racismo e é
todos esses problemas com a gente elevou que ao
longo do programa é a senhora acha que.
E esses estados com governo.
Fim do mundo como um todo tenha encaminhado o
suficiente meio que explodiu e eu acredito que os
esforços deles você é muito eficiente em relação a
efetivar é.
É a minha vida e que ao qual também quando precisa
de desenvolvimento é em relação a políticas de
promoção da igualdade racial eliminação de todas as
formas de racismo e muito essa questão também ter
acesso a renda desta forma senhor presidente fala é o
tipo que.
Ele vai conseguir você gosta.
É e africano por reduzir o déficit as desigualdades
raciais e sociais de educação e como que nós vamos ter
uma educação de qualidade que os governos eles não
têm medo de esportes nesse sentido então.
Ele faz muito mas é parte da educação que para que
alguém sinta que tudo e aí mas os outros passassem ou
a pé.
É o maior erro da justiça e o desenvolvimento dessa
população e o desenvolvimento tanto intelectual quanto
como homem posso financeiro ponto de acesso à
cultura ao lazer e cinco somente que nós estamos
vendo nos tempos atuais a saúde.
Que aconteceu aconteceu que nós não tínhamos uma107
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uma estrutura hospitalar e olhe bem viu e eu não culpo
criticando o susto que o sus se não fosse surdo não
tinha que acontecer.
É neste país mas acontece que o a maioria dos negros
dormir.
Ele me disse tudo bem brancos pobre não tem não tem
o que um plano de saúde e o que que aconteceu na
prática os tipos hospitais planos de nos hospitais já não
tinham já em pelotas morria.
Ele não nos hospitais antes de uma cirurgia evasiva
apenas para exemplificar e então eu o Brasil ter um
tempo onde bem em tempo para adequar se adequar ao
vírus.
Ele e.
Era violento né e então o que que aconteceu na prática
no meu ponto de vista é que tinha.
Que tinha havido uma política linear que consiste o país
de norte e o azul e isso não aconteceu mas hoje os
hospitais.
Estou mais habilitados em aparelhos e profissionais
adequados intensivistas então eu diria o seguinte
enquanto nós não tivermos uma vacina que vai resolver.
Essa situação as pessoas individualmente devem zelar
se devem cuidar se não é verdade mas o poder público
olhe bem o poder público deve caminhar agora.
Investir mais.
Na saúde eu lhe peço para fazer o que o doutor Wilson
está bem já disse o que esperar até dois mil e vinte
quatro é esse movimento todo internacional que se criou
em torno da década olha existem pessoas que vão
realmente é.
É amor ou poder olhar público ponto ele tiver uma visão
da necessidade de implementar.
É aos princípios e os objetivos desta década
internacional em dois mil e vinte quatro de nós
soubemos que você poderia me ser o balanço foi
positivo desta isso mentalização é de que até.
É precisava ter trazido aquela que realmente dessa
sensibilidade ao conflito é.
É dar condições de acesso impostos ano né.
É o acesso à justiça e a de que as decisões isso
também precisamos de pessoas fato que você entenda
nossas mazelas e que elas que têm é.
É o poder.
Perguntou então o povo precisa dele para concretizar
essas políticas que é uma pena mas nosso programa
chegou ao fim eu agradeço muito ao doutor Wilson faria
o promotor de justiça aposentado e também a doutora
Ana Helena é mas a função de porrada e sub diretora
jurídica da associação nacional da advocacia negra a
anã e claro agradeço também a você que nos
acompanhou a pior desde a nossa programação no site
da tv justiça e também o nosso canal do rio do nosso e
mail ética direito sem fronteiras arroba STF ponto jus
ponto BR um abraço.
Até a próxima.
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Judiciário - STF
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