60
CLIPPING DE 21/12/2017 - 'Manter a inflação baixa exige reformas' O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse em entrevista ao Valor que o adiamento da votação da reforma da .................................................. - Rezek lança projeto de 18 mil unidades na capital paulista O grupo Rezek lançou a primeira fase do bairro planejado Reserva Raposo, destinado à baixa renda, desenvolvido na rodovia ........................................ - Atraso em solução para o risco hidrológico ameaça investimento O atraso na publicação da Medida Provisória (MP) que vai resolver o problema das dívidas bilionárias que as hidrelétricas têm por conta da exposição ao déficit ....................................................................................... - State Grid antecipa linhão de Belo Monte Com três meses de antecipação, a chinesa State Grid e a Eletrobras inauguram hoje a maior linha de transmissão em operação do ..................... - Leilão inclui gás do pré-sal e retoma presença de eólicas O fim de ano repleto de leilões de energia gerou ontem mais um resultado positivo para o setor, com o fortalecimento da fonte eólica e a entrada de gás .......................................................................................................................

CLIPPING DE 21/12/2017

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CLIPPING DE 21/12/2017

CLIPPING DE 21/12/2017

- 'Manter a inflação baixa exige reformas'

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse em entrevista ao Valor

que o adiamento da votação da reforma da ..................................................

- Rezek lança projeto de 18 mil unidades na capital

paulista

O grupo Rezek lançou a primeira fase do bairro planejado Reserva Raposo,

destinado à baixa renda, desenvolvido na rodovia ........................................

- Atraso em solução para o risco hidrológico ameaça

investimento

O atraso na publicação da Medida Provisória (MP) que vai resolver o

problema das dívidas bilionárias que as hidrelétricas têm por conta da

exposição ao déficit .......................................................................................

- State Grid antecipa linhão de Belo Monte

Com três meses de antecipação, a chinesa State Grid e a Eletrobras

inauguram hoje a maior linha de transmissão em operação do .....................

- Leilão inclui gás do pré-sal e retoma presença de

eólicas

O fim de ano repleto de leilões de energia gerou ontem mais um resultado

positivo para o setor, com o fortalecimento da fonte eólica e a entrada de gás

.......................................................................................................................

Page 2: CLIPPING DE 21/12/2017

- TST rejeita dissídio coletivo para discussão de

demissão em massa

Os sindicatos de trabalhadores terão mais dificuldade para questionar

demissões em massa. O Pleno do Tribunal Superior do ...............................

- Temer libera R$ 1 bi para obras de saneamento no

Paraná

Presidente diz que governo não irá desistir da reforma da Previdência ........

- Reprovação ao governo Temer cai de 77% para 74%

em dezembro, mostra pesquisa CNI/Ibope

BRASÍLIA (Reuters) - A reprovação ao governo do presidente Michel Temer

caiu para 74 por cento em dezembro, ante 77 por cento que consideravam

o governo .......................................................................................................

- Popularidade de Temer sobe de 3% para 6%, aponta

CNI/Ibope

Levantamento em dezembro mostra que oscilou também a desaprovação:

caiu de 77% para 74% ...................................................................................

- Consórcios de Engie, Mubadala e Macquarie fazem

propostas por rede de gasodutos da Petrobras

Segundo fontes, proposta é para participação na Transportadora Associada

de Gás (TAG) ................................................................................................

- Dívida pública sobe 1,6% em novembro, para R$ 3,49

trilhões

Em outubro, o estoque estava em R$ 3,438 trilhões; DPF inclui a dívida

interna e externa ............................................................................................

- O mercado está pronto

Depois de um ano muito difícil, o mercado está pronto para os desafios de

2018 ...............................................................................................................

- Despesas com saúde no Brasil atingiram 9,1% do PIB

em 2015

Naquele ano, segundo dados do IBGE, os brasileiros desembolsaram R$

204,4 milhões com saúde privada, como o pagamento de planos

particulares, de laboratórios e de psicólogos e fisioterapeutas ......................

Page 3: CLIPPING DE 21/12/2017

- Investimento estrangeiro nos últimos 12 meses fica

abaixo de 4% do PIB

No mês passado, entraram apenas US$ 5 bi no país: 37% a menos que em

novembro de 2016 .........................................................................................

- Temer diz que governo jamais vai desistir de reforma

da Previdência

- Liquigás e Ultragaz negociam para evitar reprovação

no Cade

Em caso de negativa, o contrato fechado com a estatal prevê pagamento de

multa pelo Ultra no valor de 10% do preço de aquisição base - R$ 2,8 bilhões

.......................................................................................................................

- Governo amplia em R$ 5 bilhões gastos da União no

Orçamento

Maior parte dos recursos será destinada para despesas de custeio .............

- BNDES adia empréstimo para dona de Confins por

dez meses

Banco avalia que reabertura do aeroporto de Pampulha pode ter impacto no

negócio ..........................................................................................................

- Obras do PAC vão receber R$ 850 mi e despesas de

custeio terão R$ 3,69 bi, diz Dyogo

Segundo o ministro, o decreto de programação orçamentária sai nos

próximos dias, oficializando a liberação dos recursos ...................................

- Maia diz que decisão do STF sobre reajuste para

servidores prejudicará investimentos

Segundo o presidente da Câmara, se a liminar do ministro Ricardo

Lewandowski não for revista pelo plenário do Supremo, o governo precisará

fazer cortes no Orçamento previsto para 2018 ..............................................

- Ex-presidente Lula mantém tendência de alta em

aprovação

'Barômetro Político Estadão-Ipsos' de dezembro continua a registrar alta na

aprovação do petista, que atinge agora 45% .................................................

- Desembargador suspende decisão que proibia

Estado do Rio de privatizar Cedae

Page 4: CLIPPING DE 21/12/2017

Liminar da Justiça do Trabalho impedia que o governo estadual usasse as

ações da estatal de saneamento básico como garantia do empréstimo de R$

2,9 bilhões tomado com o banco BNP Paribas ..............................................

- Gastos de brasileiros no exterior chegam a US$ 1,5

bilhão

Em relação a novembro de 2016, cujos gastos foram de US$ 1,204 bilhão,

houve um crescimento de 32,5% ...................................................................

- Corveta Classe Tamandaré – Marinha Divulga RFP

com novidades

Em até oito anos e meio a Marinha do Brasil incluirá em seu arsenal quatro

novos navios de guerra. A segunda etapa do “Corveta Classe Tamandaré”

aconteceu ......................................................................................................

- Dois estaleiros de Pernambuco disputam quatro

navios de guerra

Dois estaleiros de Pernambuco estão concorrendo a um certame para

construção de quatro novas corvetas (navios de guerra): Estaleiro Atlântico

Sul .................................................................................................................

- Cargill terá um novo terminal fluvial no Pará

A Cargill anuncia hoje ao mercado a compra de um terreno de quase 400

hectares na ilha de Urubuéua, no Pará, onde construirá seu maior terminal

- Caminhos para o crescimento

A geração de empregos no setor de infraestrutura não é um fim em si

mesmo. Melhor serão os empregos gerados pelas oportunidades que o

crescimento trará ...........................................................................................

Page 5: CLIPPING DE 21/12/2017

Fonte: Valor Econômico

21/12/2017

- 'MANTER A INFLAÇÃO BAIXA EXIGE REFORMAS' Por Claudia Safatle e Eduardo Campos

O presidente do Banco Central, Ilan

Goldfajn, disse em entrevista ao Valor que

o adiamento da votação da reforma da

previdência social não significa que há a

opção de não fazê-la. A opção se restringe

a não votá-la agora, mas depois. "Está claro

que a capacidade de manter a inflação

baixa com crescimento exige continuidade

de reformas", salientou ele.

O adiamento da votação da proposta de

emenda constitucional da previdência para

fevereiro (em tese), não muda os sinais

emitidos na última ata do Comitê de Política

Monetária (Copom), de novo corte da taxa

Selic na primeira reunião do comitê, também

em fevereiro, mesmo que em magnitude

menor do que o 0,5 ponto percentual de dezembro. "Reformas não são cenário

binário. Nada do Copom é binário. Olhamos o conjunto de dados e a situação da

economia", afirmou.

Pela primeira vez na história do regime de metas para a inflação, iniciado em

1999, o Copom terá que escrever carta aberta ao ministro da Fazenda para

explicar as razões de o ano encerrar com uma taxa de inflação inferior ao piso

da meta (de 3%). O IPCA deve terminar o ano em algo como 2,8%. Perguntado

se isso é bom, Ilan respondeu: "O que é bom é ter inflação baixa. O que é bom

é que a inflação baixa aumenta o poder de compra da população e o consumo,

fazendo atividade se recuperar". Tudo indica que o crescimento este ano será

de 1%, o dobro das expectativas do início do ano.

Ilan adiantou que o BC está preparado para trabalhar em qualquer cenário que

se coloque durante a campanha eleitoral de 2018. "Um dos riscos é a volatilidade

que pode ocorrer", comentou. O país, porém, tem colchões para lidar com

instabilidades nos preços dos ativos, como US$ 380 bilhões de reservas, um

baixo estoque de swaps cambiais e inflação abaixo da meta no início do ano.

1ª Parte: 21/12/2017

Ilan Goldfajn, do BC:

"Quando falamos de riscos,

pensamos em todo tipo,

inclusive o de inflação mais

alta que vem com a ideia de

mais volatilidade que pode ou

não ocorrer"

Page 6: CLIPPING DE 21/12/2017

A redução do compulsório, conforme decisão divulgada na terça-feira pelo BC,

foi um primeiro e pequeno passo na revisão estrutural dos elevados

compulsórios sobre os depósitos à vista e a prazo. A principal motivação da

medida é reduzir o custo de crédito no país.

Valor: Pela primeira vez o BC terá que explicar, em carta aberta ao ministro da

Fazenda, porque a inflação ficou abaixo do piso de 3%, como é a expectativa.

Isso é bom?

Ilan Goldfajn: O que é bom é ter inflação baixa. É ter inflação de alimentos baixa.

O que é bom é o poder de compra da população aumentar, porque aí o consumo

aumenta e a economia começa a se recuperar. No final das contas, temos

inflação menor e crescimento melhor. No fim do ano passado, esperava-se

crescimento de 0,5% para este ano e agora as expectativas do mercado

apontam para 1%.

Valor: Foi certo, então?

Ilan: Tomamos a decisão de o Copom não se contrapor à queda dos preços dos

alimentos - que tiveram este ano uma deflação de 5%, vindos de um aumento

de 10% no ano passado. Foi um choque positivo que contribuiu com menos 2

pontos no IPCA. Seguindo os bons princípios da política monetária, deixamos o

impacto primário do choque ocorrer. E reagimos ao impacto secundário,

reduzindo a taxa de juros de 14,25% ao ano para menos da metade, 7% ao ano,

o mínimo histórico. Acho que cumprimos nosso trabalho não só com a queda da

inflação, a queda dos juros e a recuperação da economia, mas fazendo o que

diz os bons princípios da política monetária: não tente inflacionar os demais

preços para evitar [o choque positivo], porque os preços dos alimentos voltam e

você ficará com a inflação mais alta para sempre.

Valor: O que é preciso para que a inflação baixa se perpetue. Em que momento

o BC vê a inflação subir por causa da retomada?

Ilan: Estamos hoje com inflação de 2,8% e achamos que com a retomada da

atividade e a volta dos preços dos alimentos, retornaremos à inflação em torno

da meta [de 4,5%]. Nossa última projeção é 4,2% para 2018.

Valor: Taxa de juros de 7% ao ano é sustentável sem reformas?

Ilan: Tudo que puder ajudar na queda da taxa estrutural de juros - que equilibra

a economia e que mantém a inflação baixa e a economia crescendo bem -

depende de reformas e ajustes. Algumas já aconteceram e as outras devem

continuar ao longo do tempo. Tentamos avaliar a taxa estrutural para a frente e

não a Selic de amanhã. Hoje ela é uma taxa estimulativa, está abaixo da

estrutural.

Valor: E quão estimulativa está a taxa Selic?

Page 7: CLIPPING DE 21/12/2017

Ilan: É difícil determinar exatamente, mas com juros reais um pouco menores

do que 3%, que é historicamente bem baixo, estamos aquém de qualquer

estimativa razoável de juros estrutural. Não estamos prontos para dizer o valor

exato, mas o mercado estima entre 4% e 5%.

"Nada no Copom é binário, automático ou depende de uma regra só. Tudo

depende de olharmos um conjunto amplo"

Valor: Sem a aprovação da reforma da previdência não há garantia quanto à

solvência do Estado. Isso afeta a política monetária? Parece que há um divórcio

entre o que o país precisa fazer e o que a elite política está disposta a fazer.

Ilan: Tenho a impressão que na medida que vai ficando clara a necessidade do

país, a sociedade vai ficando mais disposta a avançar nessa linha. Como são

iniciativas que afetam as pessoas, tem o debate se é mesmo preciso. Vai ficando

cada vez mais claro para todos a necessidade. A opção não é fazer ou não fazer

reformas. A opção é se é agora ou depois e se ajusta de uma forma ou de outra.

A opção não é não ajustar. Já começou a faltar recursos para investimentos. Vai

faltar para outros gastos. Aumenta a consciência do que precisa ser feito.

Valor: Voltando à inflação, há o risco de o IPCA ficar mais baixo por mais tempo

em função do comportamento dos núcleos de inflação?

Ilan: Sim. Nós temos enfatizado dois grandes riscos, não por serem os únicos,

mas por serem os mais importantes. O risco que chamo "para o lado do bem",

da inflação ficar mais baixa. Esse é um risco mais fácil de administrar na

economia brasileira e tem a ver com a inflação que anda "confortável, baixa".

Confortável significa que está indo devagarinho para a meta. E baixa porque

parece acomodada em um patamar inferior. Temos nosso cenário básico, que

tem uma volta para chegar na meta. Mas estamos olhando o risco de a inflação

ficar mais baixa. E tem o outro risco, que é o de não conseguirmos avançar nas

reformas e ajustes e sofrermos algum choque externo que, no ano que vem,

venha interromper nosso ambiente de inflação mais baixa. Temos citado, nesse

caso, a não aprovação da reforma da previdência e os juros americanos subirem

mais rápido, mudando o fluxo de capitais.

Valor: O senhor vê mais o risco externo, com redução do fluxo de capitais, ou o

interno, da não reforma? Eles são simétricos?

Ilan: Não colocamos nenhuma assimetria nisso. Os analistas do mercado vão

colocar os pesos mais adequados que acreditam. Importa para nós eles olharem

o que acreditam que vai acontecer e saber da nossa reação.

Valor: A reforma trabalhista reforça o risco "do bem", na medida que pode reduzir

a pressão dos aumentos de salários?

Page 8: CLIPPING DE 21/12/2017

Ilan: Estamos vendo queda dos salários nominais em função da queda da

inflação, mas mesmo assim o salário real está subindo porque o reajuste dos

salários nominais é menor, na média, do que a inflação. Valor: Em 2018, o

movimento seria inverso, com inflação ascendente afetando os salários? Ilan:

Acho que o aumento da inflação de perto de 3% para perto de 4% não vai fazer

essa diferença toda no salário real. O que vamos conviver nos próximos anos é

com a confirmação do ganho do poder de compra, se o cenário básico se

confirmar.

Valor: Até que ponto há preocupação com os preços administrados já que se

espera a volta da inflação dos alimentos e o IPCA mais próximo da meta? Neste

ano a deflação dos alimentos compensou o choque dos administrados?

Ilan: A média dos aumentos dos alimentos é de 8,5% nos últimos anos e, neste

ano, os preços caíram 5%. A deflação dos alimentos hoje ganha de longe do

aumento dos administrados. Em 2018, acredita-se em uma volta nos preços dos

alimentos e que não terá aumentos tão fortes nos administrados quanto houve

este ano [em torno de 7%]. Vai haver uma pequena compensação.

Valor: O ano de 2018, com a campanha eleitoral, um amplo leque de candidatos

e pouca clareza de para onde vamos, pode ser parecido com 2002?

Ilan: Nós vamos trabalhar com qualquer cenário que se coloque. Quando

falamos de riscos, pensamos em todo tipo de risco, inclusive o de inflação mais

alta que vem com a ideia de mais volatilidade que pode ou não ocorrer.

Começamos o ano de 2018 com "colchões" melhores do que no passado. Temos

reservas cambiais, um pequeno estoque de swaps, a taxa de câmbio flutuante e

iniciamos 2018 com uma inflação abaixo da meta. Ou seja, temos vários

colchões, alguns construídos ao longo do último ano e meio, que podem ajudar

a economia brasileira a navegar qualquer cenário para frente. Eu prefiro o

cenário básico.

Valor: Temos uma dívida de 75% do PIB, jamais vista. Qual risco de entrarmos

em dominância fiscal?

Ilan: Não acredito nessas questões. A questão dos ajustes e reformas não

funcionam como zero ou um. Se você não tiver avanços ainda maiores... E nós

tivemos avanços, com o teto de gastos, mudanças na política econômica, nas

questões quase fiscais como a Taxa de Longo Prazo (TLP). Foram avanços que

mostram que mudamos de direção. Agora, se continuar avançando, para a

política monetária, melhor, pois se reduz a taxa estrutural e permite uma

economia melhor. Mas isso não significa nenhuma dominância. É só uma

questão de qual é a taxa de juros estrutural que a economia vai conviver para a

mesma inflação.

Page 9: CLIPPING DE 21/12/2017

Valor: O senhor não vê qualquer risco de dificuldade para se financiar a dívida

mobiliária no ano que vem, por exemplo?

Ilan: Temos um "colchão" no Tesouro Nacional, com a Conta Única bem elevada

[de mais de R$ 1 trilhão]. Acho que não se coloca essa questão.

Valor: O sr. poderia esclarecer uma mensagem de política monetária da ata do

Copom. Tudo o mais constante haveria espaço para nova redução moderada da

Selic em fevereiro. Parte do mercado começou a fazer uma ligação automática:

se o Congresso Nacional aprovar a reforma da previdência, cai mais a taxa de

juros. Tem essa ligação automática, binária?

Ilan: Nada no Copom é binário, automático ou depende de uma regra só. Tudo

depende de olharmos um conjunto amplo de dados e avaliar a forma como estão

evoluindo. Sei que seria mais fácil se procurar atalhos, se acontecer isso, eu faço

aquilo, até porque fica mais fácil pensar. Mas não é o caso. A situação de uma

economia é mais ampla do que zero ou um em várias questões.

"O que é bom é ter inflação baixa. É ter inflação de alimentos baixa. O que

é bom é o poder de compra da população aumentar"

Valor: O sr. não acha que a recuperação da economia precipitou uma

acomodação das forças políticas, tendo como percepção empírica de que elas

só agem em períodos de grave crise?

Ilan: Na verdade, sob o ponto de vista econômico, tivemos dois anos de uma

recessão profunda, uma das piores recessões que já convivemos. Então acho

que a recuperação está, digamos, no momento certo. Poderia ter vindo até antes

sob o ponto de vista econômico. Temos que ter a noção de que essa

recuperação só se sustenta de forma contínua se continuar as reformas e

ajustes. Não está garantido que, independentemente do que fizermos, vamos ter

crescimento sustentável. Para mim está claro que a capacidade de manter a

inflação baixa, a capacidade de manter o crescimento depende do que a gente

fizer. Talvez não dependa no curtíssimo prazo, mas no médio e longo têm uma

conexão grande que depende de nós.

Valor: A economia conseguirá sustentar o processo de recuperação no ano que

vem sem expansão dos investimentos? É possível falar em retomada com

inflação baixa sem ampliação da oferta?

Ilan: Uma recuperação precisa, em algum momento, ter o investimento para dar

sustentação. Como temos uma capacidade ociosa grande, podemos recuperar

por um tempo sem necessariamente ter de aumentar a capacidade. Mas nós já

observamos no terceiro trimestre que o investimento começou a voltar. O

consumo já vem crescendo faz três trimestres, pelo menos. Então o consumo

vai dar lugar ao aumento de investimento em algum momento. Isso é que vai dar

a sustentação à recuperação.

Page 10: CLIPPING DE 21/12/2017

Valor: Mas esse descasamento pode criar algum tipo de pressão inflacionária já

em 2018?

Ilan: Não no curto prazo. Não ao longo do ano que vem. Isso é uma questão

mais para frente. Temos uma economia que caiu 7%, 8% e está crescendo a

2,5%. Então ainda tem espaço. A nossa avaliação é que ainda temos um hiato

considerável, capacidade ociosa existe.

Valor: Não se imagina que em 2018, em plena indefinição eleitoral, haverá

investimentos em grandes ampliações de oferta.

Ilan: Como caiu muito, já está começando algum investimento. Alguma

recuperação tem que ter. Claro que se conseguirmos avançar e o futuro ficar

mais claro, aí acho que deslancha de vez.

Valor: A redução do compulsório, na última terça-feira, foi o início de movimento

mais estrutural ou foi uma medida pontual?

Ilan: Foi um primeiro movimento estrutural, mas bem moderado. Fizemos um

ano de simplificação e consolidação [das regras do compulsório], mas falamos

que ao longo do tempo iríamos estudar como tirar esse peso, como normalizar

o sistema. Então você pode considerar esse pequeno acréscimo de R$ 6,5

bilhões além da devolução como um primeiro passo nessa linha. Mas demos um

sinal de que buscamos uma normalização do sistema. Agora, a velocidade e

como fazer, vamos avaliar.

Valor: Pode ser um estímulo à retomada da economia?

Ilan: Não. É importante que isso não seja confundido com um estímulo à

economia. Esse movimento tem relação com outro ponto que é o custo de crédito

no Brasil. Estamos tentando trabalhar todos os componentes do custo de crédito

no país. Valor: A redução estrutural do compulsório tem relação com a criação

dos depósitos voluntários?

Ilan: Essas agendas conversam, mas obviamente são muito mais amplas. Se eu

tiver um instrumento como o depósito voluntário ele me facilita o processo de

médio e longo prazos de redução dos compulsórios. A questão é que é bom ter

um instrumento que complemente as operações compromissadas, que vão

continuar sendo nosso principal instrumento.

Valor: Hoje o Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne para definir a Taxa

de Juros de Longo Prazo (TJLP) que vai balizar, também, a Taxa de Longo Prazo

(TLP). Como fica essa avaliação, já que temos TJLP e Selic no mesmo patamar

de 7% pela primeira vez na história?

Ilan: Não quero adiantar uma decisão do Conselho. No longo prazo o que vai

valer é a TLP e ela vai começar próxima à TJLP, mas vai convergir ao longo de

Page 11: CLIPPING DE 21/12/2017

cinco anos. Esperamos, ao longo do tempo, que a taxa de longo prazo vá caindo

porque a economia brasileira vai convergir para taxas de juros menores para

todo mundo.

Valor: Quando o BC vai enviar ao Congresso o projeto de resolução bancária?

Ilan: Esse projeto, que lida com intervenções e liquidações bancárias, está nos

seus últimos movimentos e vai ser mandado para o Congresso no ano que vem.

O uso de recursos do Tesouro seria a última instância, algo de probabilidade

muito baixa. Esse projeto foi construído no G-20 depois da crise de 2008 para,

exatamente, organizar o 'bail-in' [quando os acionistas são chamados a aportar

capital na instituição problemática], pois na época se utilizou recursos públicos,

foi o "bailout". É importante não mudar o objetivo que é regular o "bail-in" para

evitar o "bailout" e não o contrário.

Valor: Sobre o Copom de fevereiro, o corte moderado é de 0,25 ou pode repetir

meio ponto?

Ilan: É a mensagem que passamos na ata.

Valor: A mudança das condições fiscais pode mudar a percepção do Copom no

curto prazo?

Ilan: Isso está dentro dos riscos que já tínhamos apontado. As pessoas vão

saber avaliar nossa função reação em função desses riscos.

Valor: O sr. externou uma posição bastante firme sobre as moedas virtuais,

como o bitcoin, falando que eram uma bolha ou pirâmide. De que forma o BC

está acompanhando o tema? O BC vê algum risco ao sistema bancário em

função do aumento no volume de negociação dessas moedas virtuais no país?

Ilan: Não vejo qualquer risco ao sistema. O que fizemos foi fazer um alerta e

esse alerta continua válido. Tem um comunicado [já emitido]. Tem outros

reguladores acompanhando. Esse é um assunto também em fóruns

internacionais. Aqui vamos continuar olhando o sistema e ver se tem atividades

ilícitas. Alertamos a população que são instrumentos que não tem lastro. E acho

que todos os países do mundo estão enfrentando as mesmas questões.

Valor: Mas a rentabilidade é um grande atrativo, não?

Ilan: Por isso que chamei de bolha, pois uma coisa que sobe tão rápido também

tem a capacidade de voltar tudo com a mesma rapidez.

VOLTAR

Page 12: CLIPPING DE 21/12/2017

Fonte: Valor Econômico

21/12/2017

- REZEK LANÇA PROJETO DE 18 MIL UNIDADES NA

CAPITAL PAULISTA Por Chiara Quintão

O grupo Rezek lançou a primeira fase do

bairro planejado Reserva Raposo, destinado

à baixa renda, desenvolvido na rodovia

Raposo Tavares, na capital paulista. O

empreendimento terá seis etapas, ao longo

de oito anos, com 17.960 unidades. Trata-se

do projeto com o maior volume de unidades

já lançado na cidade de São Paulo, segundo

a diretora de incorporação do grupo e

responsável pelo empreendimento, Verena

Balas.

O Valor Geral de Vendas (VGV) do

empreendimento, que abrange 124 torres, será de pelo menos R$ 4 bilhões.

Haverá condomínios para todas as faixas do programa habitacional Minha Casa,

Minha Vida e 500 lojas. De acordo com a executiva, o bairro planejado terá

população de 60 mil habitantes e vai gerar mais de 15 mil empregos diretos e

indiretos. O projeto será construído pela Cury (70%) e pela ConstruCompany

(30%).

A previsão é que as obras de infraestrutura comecem no primeiro trimestre e que

as edificações tenham início em junho.

O empreendimento está sendo desenvolvido em terreno de 450 mil metros

quadrados conhecido como Raposão, comprado pelo grupo Rezek da Viver

Incorporadora por R$ 165 milhões em julho de 2014. Em agosto daquele ano, na

sequência de o novo Plano Diretor de São Paulo ter sido aprovado, o grupo

submeteu o projeto do bairro planejado à aprovação.

"No Brasil, a habitação de interesse social não tem a qualidade que este projeto

traz. Vamos utilizar louças Deca e fechaduras La Fonte e Pado ", diz a executiva.

O grupo entregará o projeto com terminal de ônibus, viaduto de entrada e saída

do bairro, seis creches, duas unidades básicas de saúde, escola, biblioteca

pública, centro para idosos, dois parques públicos, auditório e três quilômetros

de ciclovias. As contrapartidas externas somam R$ 70 milhões, e as internas e

os custos com saneamento somam R$ 100 milhões.

Verena Balas, diretora: "A

civilidade para o ser humano

começa na moradia"

Page 13: CLIPPING DE 21/12/2017

De acordo com a diretora de incorporação, ainda assim, será possível obter

margem bruta de 38%, devido ao adensamento do bairro, às condições

favoráveis de negociação com fornecedores decorrentes da escala e à equipe

enxuta. Atualmente, dez pessoas do grupo trabalham no projeto,

exclusivamente, mas Verena - arquiteta e urbanista formada pela Pontifícia

Universidade Católica (PUC) Campinas -, conta que passou dois anos e meio

cuidando sozinha de todas as atividades relacionadas ao bairro planejado, desde

servir café e tirar xerox até protocolar todos os pedidos de licença e ser

responsável pelo plano de negócios. "O Reserva Raposo nasceu da alma do

grupo. A civilidade para o ser humano começa na moradia."

A primeira fase - composta por dois condomínios, cada um com 300 unidades

de 44,46 metros quadrados - se enquadra na faixa 2 do Minha Casa, Minha Vida.

O VGV dos dois condomínios soma RS 108 milhões. Segundo a executiva, as

pré- vendas apontaram demanda pelas unidades por parte de pessoas

residentes em todas as regiões de São Paulo e em cidades do entorno, como

Carapicuíba, Jandira, Itapevi, Osasco e Cotia.

No início do ano, foi concluída captação do Fundo de Investimento em

Participações Nova Raposo, no valor de R$ 300 milhões. O objetivo da captação,

coordenada pela Votorantim Asset, foi levantar recursos junto a investidores

qualificados para aportes no projeto. O prazo para retorno é de seis anos, e a

remuneração, de IPCA mais 14%.

O financiamento imobiliário do empreendimento será feito pela Caixa

Econômica Federal, e há conversas, em curso, também com o Banco do Brasil.

O Reserva Raposo é o primeiro projeto imobiliário desenvolvido pela Rezek na

cidade de São Paulo. Há intenção de replicar o modelo desse projeto para

Campinas e Brasília. Fundado por José Ricardo Rezek em 1986, o grupo atua

também em agronegócios, tecnologia e serviços. A incorporação representa

30% da receita total, que atingiu R$ 250 milhões neste ano. A intenção é que,

futuramente, a fatia chegue a 40%. "Sem dúvida, o setor de incorporação vive

momento de retomada", afirma Verena.

VOLTAR

Page 14: CLIPPING DE 21/12/2017

Fonte: Valor Econômico

21/12/2017

- ATRASO EM SOLUÇÃO PARA O RISCO

HIDROLÓGICO AMEAÇA INVESTIMENTO O atraso na publicação da Medida Provisória (MP) que vai resolver o problema

das dívidas bilionárias que as hidrelétricas têm por conta da exposição ao déficit

na geração de energia está preocupando grandes empresas do setor, colocando

em risco inclusive novos investimentos. Segundo Eduardo Sattamini, presidente

da Engie Brasil Energia, a maior geradora privada do país, a ausência da

publicação da MP pode provocar um "colapso" no setor, com a insolvência e

quebra de várias companhias.

Na sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) cassou liminar que protegia

os integrantes da Abragel, associação formada principalmente por pequenos

geradores hídricos, da exposição ao GSF (sigla em inglês para o fator de ajuste

da garantia física das usinas). Com isso, o governo pretende derrubar todas as

outras liminares, acabando com a guerra judicial que já trava quase R$ 6 bilhões

no mercado livre de energia.

Isso, porém, não reduz a necessidade da MP, dizem empresários, que

chegaram a enviar uma carta, por meio de associações, ao ministro-chefe da

Casa Civil, Eliseu Padilha, solicitando a publicação do texto.

Para o presidente de uma grande companhia do setor, que falou sob a condição

de anonimato, caso o governo prossiga com a estratégia e derrube as liminares

sem a MP, isso vai significar que as companhias hoje protegidas por ações

judiciais precisarão depositar no dia seguinte os quase R$ 6 bilhões, o que seria

inviável, segundo os envolvidos.

Ainda que muitas companhias tenham provisionado os montantes devidos, a

disponibilidade dos recursos em caixa é baixa. "Cassar a liminar só adia o

problema. Em vez de ter falta de pagamento por liminares, vamos ter

inadimplência no mercado", disse o executivo.

A MP é ainda considerada essencial para a privatização da Eletrobras. "Sem o

GSF resolvido, o governo não consegue privatizar a Eletrobras", disse o

executivo. Isso porque a energia hoje em regime de cotas, protegida do GSF -

que vai para o consumidor -, será descotizada, fazendo com que a companhia

privatizada seja exposta ao problema.

O impasse com relação ao GSF e as liminares que travam o mercado de curto

prazo preocupam também o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em

última análise, explicou o diretor-geral do órgão, Luiz Eduardo Barata, alguns

Page 15: CLIPPING DE 21/12/2017

geradores podem se sentir desestimulados a produzir energia, porque não serão

remunerados no mercado de curto prazo, afetando a oferta existente.

"Sobras de [energia de térmicas a] biomassa não geram porque vão ter que

liquidar no mercado e o mercado não liquida. Então não vão gerar. A resposta

da demanda vai liquidar no mercado. Se o mercado não liquida, é possível que

alguém que pudesse oferecer [energia] não ofereça. Algumas térmicas precisam

da liquidação do mercado de curto prazo para contratação de combustível.

Manifestamos a opinião ao Ministério de Minas e Energia mostrando nossa

preocupação com o GSF. Pode no limite impactar a operação do sistema.", disse

Barata.

A MP está pronta há quase dois meses, mas um impasse entre o Ministério de

Minas e Energia e a equipe econômica do governo travou sua publicação. O

texto prevê que fatores não considerados "riscos do gerador", como geração fora

da ordem de mérito de termelétricas e atraso na conexão de projetos, sejam

expurgados do GSF de forma retroativa até 2013, e permanentemente a partir

de agora. Há um entendimento de que esses custos não deveriam estar na conta

das hidrelétricas desde o princípio.

No entanto, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) não pode

abrir mão do recebimento dos créditos dos geradores protegidos por liminares,

que já se aproximam de R$ 6 bilhões. Em troca de acordo para que todos

paguem os montantes devidos, a MP prevê que os valores expurgados sejam

transformados em extensão das suas concessões, em no máximo 15 anos.

A equipe econômica do governo contestou as extensões de concessões, por

considerar que estaria abrindo mão da cobrança de potenciais outorgas. Essa

discussão foi superada, mas a iminência da decisão do STF sobre a liminar da

Abragel segurou novamente a publicação da MP. "A utilização dessa decisão em

outras disputas coloca em risco as demais liminares e poderá levar a um colapso

no setor com a insolvência de vários geradores", disse Sattamini. "O MRE

[Mecanismo de Realocação de Energia, espécie de "condomínio" das

hidrelétricas] tem sido o pára-raio do setor e onde o ônus das decisões erradas

do passado e dos problemas existentes ainda causam estragos", completou.

O grupo Electra Energy, especializado em geração, comercialização e

consultoria na área de energia, ainda prevê que a MP sobre a repactuação do

risco hidrológico seja publicada neste ano. A conclusão do processo, porém,

deve ficar para 2018. "A expectativa é que a solução para o risco hidrológico seja

apresentada ainda neste ano, com a publicação de uma MP com proposta de

repactuação. Mas, como haverá um prazo para adesão dos geradores, a

conclusão do processo deve se dar apenas em 2018", disse Leonardo Salvi,

diretor da Electra Energy.

VOLTAR

Page 16: CLIPPING DE 21/12/2017

Fonte: Valor Econômico

21/12/2017

- STATE GRID ANTECIPA LINHÃO DE BELO MONTE Por Rodrigo Polito

Com três meses de antecipação, a chinesa

State Grid e a Eletrobras inauguram hoje a

maior linha de transmissão em operação do

país, em distância e tensão. O primeiro

linhão de Belo Monte, como é conhecido, de

2.092 quilômetros de extensão e tensão d e

800 quilovolts (kV), fará o escoamento da

energia da hidrelétrica de Belo Monte, no rio

Xingu (PA), para a região Sudeste. Com

investimentos de R$ 5 bilhões, a linha cruza 70

municípios nos Estados do Pará, Tocantins,

Goiás e Minas Gerais, chegando ao seu ponto

final no Norte de São Paulo.

Diferentemente do que ocorre, em geral, com

empreendimentos de infraestrutura de grande

porte do país, a Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), consórcio

formado por State Grid (51%), Eletronorte (24,5%) e Furnas (24,5%) responsável

pela obra, conseguiu agilizar o licenciamento ambiental do projeto, por meio de

um trabalho próximo ao Ibama. "Obtivemos LP [licença prévia] com prazo

reduzido em relação ao prazo legal", disse Newton Zerbini, diretor de Meio

Ambiente da BMTE. Com relação à licença de instalação, a empresa negociou

com o Ibama licenças separadas por partes do linhão, para não afetar o

cronograma do projeto.

Do investimento total, o empreendimento contou com financiamento de R$ 1,7

bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e

mais R$ 580 milhões de uma emissão de debêntures de infraestrutura, além de

dois empréstimos-ponte. O consórcio receberá mensalmente R$ 55 milhões de

receita pela operação da linha.

Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz

Eduardo Barata, a antecipação da operação do linhão de Belo Monte, permitirá

o fornecimento de 4 mil megawatts (MW) de energia da hidrelétrica a partir de

janeiro de 2018. Hoje a usina está produzindo cerca de 1 mil MW. "Isso

[antecipação] vai viabilizar o escoamento de toda a potência [disponível] de Belo

Monte [atualmente]", disse Barata.

Barata, diretor-geral da ONS,

diz que a antecipação da linha

de 2 mil quilômetros vai

permitir escoar toda a

produção atual de Belo

Monte, de 1 mil megawatts

Page 17: CLIPPING DE 21/12/2017

O consórcio arrematou a concessão do empreendimento em leilão realizado

pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em fevereiro de 2014. A linha,

em corrente contínua e a primeira do país com tecnologia de ultra-alta tensão,

que permite a transmissão de grandes blocos de energia com baixo índice de

perdas elétricas, entrou em operação comercial na última semana. Ao todo são

3.803 torres de transmissão. E a obra chegou a ter 10 mil funcionários.

A State Grid também é responsável pelo segundo linhão de Belo Monte, com

100% de participação. O cronograma oficial prevê o início de operação da linha

no fim de 2019, mas a companhia pretende antecipar a energização do projeto

para o início daquele ano.

Havia expectativa no setor que a companhia chinesa também vencesse os lotes

próximos às obras de Belo Monte, no último leilão de transmissão da Aneel, na

sexta-feira. Os lances oferecidos pelo grupo, porém, foram insuficientes para

arrematar as concessões, devido à forte competitividade do certame.

VOLTAR

Fonte: Valor Econômico

21/12/2017

- LEILÃO INCLUI GÁS DO PRÉ-SAL E RETOMA

PRESENÇA DE EÓLICAS Por Rodrigo Rocha e Camila Maia

O fim de ano repleto de leilões de energia gerou ontem mais um resultado

positivo para o setor, com o fortalecimento da fonte eólica e a entrada de gás

natural extraído do pré-sal na geração das termelétricas.

Dos 2,93 gigawatts (GW) médios contratados no leilão A-6, 1,97 GW foram de

termelétricas alimentadas a gás natural, em dois projetos específicos localizados

no Estado do Rio de Janeiro, Vale Azul II e GNA Porto de Açu III.

Page 18: CLIPPING DE 21/12/2017

Com início de suprimento previsto para 2023, Vale Azul, que tem a Shell como

um dos acionistas, deve utilizar o gás do pré-sal desde o começo das operações,

o que empolgou o governo.

"Isso é muito bacana dentro da estratégia de suprimento de gás local e sem

riscos de importação para o país", disse Luiz Barroso, presidente da Empresa

de Pesquisa Energética (EPE), em conversa com o Valor.

Além de conseguir utilizar uma fonte nova de gás na operação, Barroso

destacou o custo variável unitário (CVU) de R$ 85 por megawatt-hora (MWh) em

Vale Azul, o que permitiria a inclusão da usina na base geração de energia

elétrica. O projeto tem projeção de investimento de R$ 1,22 bilhão e garantia

física de 420,9 MW médios.

Já a operação da termelétrica do Porto de Açu faz parte de um projeto conduzido

pela Prumo Logística. A Gás Natural Açu (GNA) foi desenvolvida a partir de

parcerias com Siemens e BP, depois de a Prumo adquirir os projetos do grupo

Bolognesi.

A usina foi a maior vencedora individual em garantia física, com 1,55 GW médio

- mais da metade do total contratado -, e investimentos previstos de R$ 3,4

bilhões. O CVU é de R$ 167/MWh.

"O que vemos são os investidores internacionais olhando para térmicas a gás

natural de forma positiva, porque é visto como uma fonte mais limpa. E com a

entrada de estrangeiros também na distribuição de gás, que passa a ser de novo

um setor quente", afirma Marcos Ganut, da consultoria Alvarez & Marsal.

Outra fonte vitoriosa foi a energia eólica, que registrou o maior deságio em

relação ao preço teto estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica

(Aneel). O desconto foi de 64,3%, com as contratações registrando um preço

médio de R$ 98,62/MWh.

Foram 49 projetos eólicos contratados, com garantia física de 773,6 MW médios

e potência de 1.386,6 MW. O investimento projetado é de R$ 8 bilhões.

Em comunicado, a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) lembrou

que as negociações dos leilões A-4 e A-6 realizadas essa semana representam

uma retomada do setor, que ficou dois anos sem contratações, e que é superior

ao total viabilizado nos três leilões realizados em 2015.

A maior contratada foi a italiana Enel Green Power, com 21 empreendimentos

divididos em três projetos, sendo um parque novo no Piauí, com potência de 510

MW, outro na Bahia (78 MW), além da extensão de 30 MW do parque eólico

Delfina, também em território baiano.

Page 19: CLIPPING DE 21/12/2017

Além da Enel, outros nomes importantes do setor foram contemplados no leilão,

como Neoenergia, EDP Renováveis e Ômega.

Ganut lembra que o preço baixo também é resultado de uma significativa oferta

de equipamento para geração. "O tamanho da matriz eólica cresceu nos últimos

anos e trouxe fornecedores para o Brasil, o que levou à oportunidade de

melhores preços".

Incluindo as fontes hídricas e térmicas de biomassa às contratações eólicas e à

gás natural, o preço médio ficou em R$ 189,45/MWh. Apenas as termelétricas à

carvão ficaram de fora do leilão.

Para o presidente da EPE, os valores praticados no leilão A-6 de energia

aproximam o Brasil do nível dos preços praticados no exterior, de cerca de US$

40/MWh.

Segundo Reive dos Santos, diretor da Aneel, os resultados dos leilões de

geração ontem e segunda e de transmissão na sexta-feira refletem as políticas

e o planejamento adotados para o setor elétrico. "Estamos acompanhando com

os agentes as questões regulatórias e conseguimos chegar num ponto ótimo no

sentido de riscos e de rendimento", afirmou.

VOLTAR

Fonte: Valor Econômico

21/12/2017

- TST REJEITA DISSÍDIO COLETIVO PARA

DISCUSSÃO DE DEMISSÃO EM MASSA Por Adriana Aguiar

Page 20: CLIPPING DE 21/12/2017

OS SINDICATOS DE TRABALHADORES TERÃO

MAIS DIFICULDADE PARA QUESTIONAR

DEMISSÕES EM MASSA. O PLENO DO TRIBUNAL

SUPERIOR DO Trabalho (TST) mudou sua

jurisprudência e decidiu que o dissídio

coletivo não é um instrumento eficaz para se

discutir a questão.

Com a decisão, res taria apenas a

possibilidade de ingressar com ações civis

públicas. O TST alterou sua jurisprudência

sete anos depois de analisar o caso da

Embraer e admitir o uso do dissídio coletivo.

O novo entendimento veio no momento em que a reforma trabalhista (Lei nº

13.467/2007) equiparou dispensas individuais às coletivas e estabeleceu que

não há necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração

de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação.

Porém, segundo advogados trabalhistas, a mudança poderá ser questionada por

ser considerada inconstitucional.

A decisão do TST vale apenas para o caso concreto. Mas é um importante

precedente para empresas que enfrentam dissídios coletivos, segundo

advogados. Em julgamento apertado, a maioria do Pleno (13 a 11) rejeitou

recurso do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte, Contagem e Região,

que havia instaurado dissídio coletivo em razão da dispensa coletiva de 300

empregados da empresa Vallourec Tubos do Brasil.

A relatora, ministra Kátia Magalhães Arruda, tinha sido favorável ao sindicato e

declarou o dissídio coletivo como a via processual adequada para se discutir em

juízo a dispensa em massa dos trabalhadores. A divergência foi aberta pela

ministra Maria Cristina Peduzzi.

Para a ministra, o objeto do dissídio coletivo de natureza jurídica está restrito.

"Não há como se falar em dissídio coletivo jurídico para se analisar a dispensa

coletiva, para se analisar pedido de invalidade da dispensa e, como

consequência, de reintegração de trabalhadores", disse. A ministra foi seguida

pela maioria (RO-10782-38.2015.5.03.0000).

Para o advogado José Eymard Loguercio, que assessorou o sindicato dos

metalúrgicos, o julgamento pode até ser precedente para casos de demissão em

massa mais antigos. Porém, de acordo com ele, nos dias atuais a opção tem

sido entrar com ações civis públicas, que são mais completas.

Nos dissídios coletivos, acrescenta, muitas vezes não se conseguia discutir a

reintegração e indenizações, apenas se as dispensas eram ou não abusivas.

Advogado José Eymard

Loguercio: ações civis

públicas são mais completas

Page 21: CLIPPING DE 21/12/2017

"Em geral, os dissídios não são condenatórios." Porém, os dissídios coletivos

têm sido mais rápidos, já que o processo começa na segunda instância ou no

próprio TST, quando há alcance nacional.

No caso concreto, Loguercio explica que os ex-empregados da Vallourec Tubos,

em geral, já formam reparados em ações individuais ou encontraram formas de

indenizações alternativas para a demissões. "O TST manteve a decisão do

regional. Por isso, não teve um novo impacto", afirma.

Segundo a advogada Caroline Marchi, do Machado Meyer, que assessora outras

companhias na mesma situação enfrentada pelo Pleno do TST, a decisão traz

um importante precedente. Até porque a Seção de Dissídios Coletivos (SDC),

em sua composição atual, tem aceitado esse meio de questionamento.

A decisão do Pleno, segundo ela reafirma o que já está previsto na Orientação

Jurisprudencial nº 7 da SDC. O texto estabelece que "não se presta o dissídio

coletivo de natureza jurídica à interpretação de normas de caráter genérico".

Procurada pelo Valor, a Vallourec Tubos do Brasil preferiu não se manifestar.

VOLTAR

Page 22: CLIPPING DE 21/12/2017

]

Fonte: O Globo

20/12/2017

- TEMER LIBERA R$ 1 BI PARA OBRAS DE

SANEAMENTO NO PARANÁ PRESIDENTE DIZ QUE GOVERNO NÃO IRÁ DESISTIR DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Michel Temer participa da assinatura de contratos do Programa Saneamento para Todos

(Sanepar) - Jorge William / Agência O Globo

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer assinou, na manhã desta quarta-

feira, contratos ligados ao Programa Saneamento para Todos (Sanepar). O

investimento, que será direcionado ao Paraná, será de R$ 1,571 bilhões. De

acordo com o presidente, este ano já foram investido cerca de R$ 6 bilhões em

obras do setor. Para Temer, investir em saneamento básico é cuidar da saúde

da população.

— Tenho muita satisfação de poder fazer mais um ato em favor do Paraná, e

consequentemente em favor do Brasil. Particularmente em favor da saúde.

Quando cuidamos do saneamento básico os índices revelam um grande cuidado

com a saúde, porque reduz enormemente a busca da população por saúde

básica — destacou.

Michel Temer adiantou ainda que existem outros cerca de R$ 2 bilhões a serem

investidos em saneamento básico. O montante deve ser liberado até o próximo

dia 29, ainda este ano. O Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal

serão os responsáveis para definir como será feita a liberação.

2ª Parte: 20/12/2017

28/06/2017

Page 23: CLIPPING DE 21/12/2017

Durante o discurso, o peemedebista teceu comentários sobre a reforma da

Previdência. Diante de alguns deputados que acompanharam o evento, Temer

voltou a mencionar a importância da aprovação da proposta pelo Congresso.

— Jamais vamos desistir da Previdência, e não vamos desistir pelo Brasil. Sei

que tenho sido repetitivo, mas salvar a Previdência do nosso país é salvar o

Brasil. Neste mês de janeiro vamos continuar esclarecendo algumas questões.

VOLTAR

Fonte: O Globo

20/12/2017

- REPROVAÇÃO AO GOVERNO TEMER CAI DE 77%

PARA 74% EM DEZEMBRO, MOSTRA PESQUISA

CNI/IBOPE BRASÍLIA (Reuters) - A reprovação ao governo do presidente Michel Temer caiu

para 74 por cento em dezembro, ante 77 por cento que consideravam o governo

ruim ou péssimo em setembro, de acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada

nesta quarta-feira.

A maneira de governar de Temer é desaprovada por 88 por cento dos

entrevistados, ante 89 por cento no levantamento passado, mostrou a pesquisa.

A aprovação positiva do governo ficou em 6 por cento, ante 3 por cento em

setembro, enquanto aqueles que consideram o governo regular somaram 19 por

cento, contra 16 por cento, segundo o levantamento.

A perspectiva para o restante do governo Temer seguiu a mesma linha que a

avaliação atual. Para 69 por cento dos entrevistas, o tempo que resta será ruim

ou péssimo, ante 72 por cento na sondagem anterior. Os que preveem um

governo ótimo ou bom foram a 7 por cento, ante 6 por cento.

Na comparação com o governo Dilma Rousseff, também houve pouca variação.

Os que consideram a administração Temer pior seguem em 59 por cento,

Page 24: CLIPPING DE 21/12/2017

enquanto os que veem o governo atual melhor passaram para 10 por cento, ante

8 por cento.

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre o dias 7 e 10 de

dezembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

(Reportagem de Mateus Maia)

VOLTAR

Fonte: O Globo

20/12/2017

- POPULARIDADE DE TEMER SOBE DE 3% PARA

6%, APONTA CNI/IBOPE LEVANTAMENTO EM DEZEMBRO MOSTRA QUE OSCILOU TAMBÉM A DESAPROVAÇÃO:

CAIU DE 77% PARA 74%

O

Page 25: CLIPPING DE 21/12/2017

presidente Michel Temer participa da assinatura Programa Saneamento para Todos

(Sanepar) com o ministro das Relações Institucionais, Carlos Marun - Jorge William / O

Globo

BRASÍLIA - Encerrando uma tendência de queda de vários meses, a aprovação

do governo de Michel Temer subiu 3 pontos percentuais, de 3% em setembro,

para 6% em dezembro. Está menor o grupo dos que classificam o governo como

ruim ou péssimo: caiu de 77% para 74%.

A confiança em Temer também está maior. Entre os entrevistados, 9% disseram

confiar no presidente em dezembro, contra 6% em setembro. O número dos que

não confiam caiu de 92% para 90% e o restante não respondeu.

A pesquisa aponta ainda que o percentual de brasileiros que aprovam a maneira

do presidente Temer de governar aumentou de 7% para 9% e os que

desaprovam passaram de 89% para 88%. O restante não soube ou não quis

responder.

VOLTAR

Fonte: O Globo

20/12/2017

- CONSÓRCIOS DE ENGIE, MUBADALA E

MACQUARIE FAZEM PROPOSTAS POR REDE DE

GASODUTOS DA PETROBRAS SEGUNDO FONTES, PROPOSTA É PARA PARTICIPAÇÃO NA TRANSPORTADORA

ASSOCIADA DE GÁS (TAG)

Page 26: CLIPPING DE 21/12/2017

Logo do grupo francês Engie, na França - Jacky Naegelen / Reuters

SÃO PAULO - Pelo menos três consórcios, liderados pela francesa Engie, pelo

grupo australiano Macquarie e pelo fundo soberano Mubadala, dos Emirados

Árabes Unidos, fizeram propostas de compra de uma rede de gasodutos da

Petrobras, disseram três fontes com conhecimento do assunto.

Sexta-feira foi o último dia para a entrega de propostas, na primeira fase do

processo de aquisição de uma participação de 90% na Transportadora

Associada de Gás, unidade da Petrobras, conhecida como TAG, que tem 4.500

quilômetros de gasodutos no nordeste Brasil.

A venda da TAG faz parte de um amplo programa de vendas de ativos da

Petrobras, que busca levantar US$ 21 bilhões no biênio 2017-2018, enquanto a

empresa tenta reduzir sua dívida de US$ 95 bilhões, a maior da indústria global

de petróleo.

A expectativa é que a venda da TAG seja uma das maiores do plano de

desinvestimento da empresa. A Reuters publicou em outubro que 20 grupos, que

se organizaram em consórcios, devido ao tamanho do negócio, estavam

interessados em participar.

A expectativa é que o negócio atraia lances de US$ 5 bilhões a US$ 7 bilhões,

segundo duas fontes.

Procurada, a Petrobras informou que não iria comentar.

A Engie disse apenas, em uma resposta por email, que está "interessada em

investimentos em ativos no setor de gás e considera boas oportunidades no

Brasil". A Macquarie disse que não iria comentar, e o Mubadala não respondeu

imediatamente.

Macquarie, maior administrador de fundos de infraestrutura do mundo, fez

parceria com o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) e o fundo

soberano de Cingapura GIC, de acordo com uma das fontes. CPPIB também

não quis comentar, enquanto GIC não respondeu imediatamente.

Page 27: CLIPPING DE 21/12/2017

O Mubadala fez parceria com a EIG Global Energy Partners LLC, de acordo com

uma das fontes. EIG também não respondeu imediatamente.

A empresa brasileira Pátria Investimentos, que tem uma parceria com a norte-

americana Blackstone, não apresentou uma proposta à petroleira brasileira, de

acordo com as fontes, que falaram na condição de anonimato, porque o processo

de concorrência é sigiloso.

As empresas brasileiras Cambuhy Investimentos, que gerencia investimentos da

família bilionária Moreira Salles, e a Itaúsa Investimentos Itaú SA também se

juntaram ao grupo Macquarie, de acordo com a fonte.

As fontes não detalharam quais parceiros foram escolhidos pela francesa Engie.

Pátria, Blackstone, Itaúsa e Cambuhy disseram que não iriam comentar.

PLANO DE DOIS ANOS

A Petrobras vendeu outra rede de gasodutos, no sudeste do Brasil, no ano

passado, conhecida como Nova Transportadora Sudeste, para um grupo

liderado pela canadense Brookfield Asset Management, por US$ 5,2 bilhões.

Isso deixou a TAG com uma rede no nordeste conhecida como Nova

Transportadora do Nordeste, que é responsável por uma menor parcela do

consumo de gás natural do país.

Embora esteja vendendo uma rede menor, a Petrobras espera um preço mais

alto, devido a melhores perspectivas de crescimento econômico após a recessão

mais severa do Brasil em décadas, segundo duas fontes.

A estatal brasileira levantou R$ 5 bilhões (US$ 1,5 bilhão) na semana passada

com a venda de cerca de 29% de sua unidade de distribuição de combustíveis,

a BR Distribuidora, em uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

Nesta semana, a empresa anunciou também a venda de 25% do campo de

Roncador, um dos maiores produtores de petróleo do Brasil, por US$ 2,9 bilhões.

VOLTAR

Page 28: CLIPPING DE 21/12/2017

Fonte: Estadão

20/12/2017

- DÍVIDA PÚBLICA SOBE 1,6% EM NOVEMBRO,

PARA R$ 3,49 TRILHÕES EM OUTUBRO, O ESTOQUE ESTAVA EM R$ 3,438 TRILHÕES; DPF INCLUI A DÍVIDA

INTERNA E EXTERNA

BRASÍLIA - O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 1,6% em novembro

e chegou a R$ 3,493 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo

Tesouro Nacional. Em outubro, o estoque estava em R$ 3,438 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 25,7 bilhões em novembro. Já

as emissões de papéis totalizaram R$ 48,6 bilhões, enquanto os resgates

chegaram a R$ 19,12 bilhões, o que resultou numa emissão líquida de R$ 29,48

bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e externa Foto: Fabio Motta/Estadão

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal

interna (DPMFi) subiu 1,83% e fechou o mês passado em R$ 3,371 trilhões.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 4,46% menor, somando R$

121,4 bilhões no penúltimo mês do ano.

Page 29: CLIPPING DE 21/12/2017

A parcela da Dívida Pública Federal (DPF) a vencer em 12 meses subiu de

16,99% em outubro para 17,00% em novembro, segundo o Tesouro Nacional.

Já o prazo médio da dívida caiu de 4,37 anos em outubro para 4,31 anos no mês

passado. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 10,59% ao

ano em outubro para 10,24% ao ano em novembro.

VOLTAR

Fonte: Estadão

20/12/2017

- O MERCADO ESTÁ PRONTO DEPOIS DE UM ANO MUITO DIFÍCIL, O MERCADO ESTÁ PRONTO PARA OS DESAFIOS

DE 2018

O Brasil pode crescer mais de 2% em 2018. Para quem vinha na recessão que

nos atingia é número para ser comemorado. Não é para qualquer um, inclusive

países ricos, fazer a lição de casa e mudar o rumo da forma como o país fez.

Isso tudo debaixo de uma guerra suja no campo político e com a maior

investigação sobre corrupção da história do país correndo solta, com políticos

importantes na cadeia ou condenados em primeira instância e alguns dos

maiores empresários passando por apertos inimagináveis até poucos anos atrás.

A crise econômica se descolou do cenário político e o Brasil vai caminhando

bem, na direção da retomada do crescimento, que deve se consolidar em 2018,

com as últimas análises apontando para mais de 2%.

Importante salientar que a retomada está sendo puxada pela indústria e que os

investimentos estrangeiros estão em patamares bem mais elevados do que as

previsões diziam que aconteceria. É uma soma consistente, que deve catapultar

a economia como um todo, dando para o ano que vem um cenário mais amigável

do que foi 2017.

Page 30: CLIPPING DE 21/12/2017

Se 2017 foi um ano ruim para praticamente todos os setores, serviu também

para se colocar ordem na casa, com o Governo restaurando a confiança no país,

através de reformas pesadas, como a reforma trabalhista e outras medidas que

já tiveram impacto importante e devem ser reforçadas pela reforma da

previdência social.

O Natal de 2017 deve ser bem melhor do que o Natal do ano passado. O

comércio está otimista e contrata funcionários temporários para auxiliar nas

vendas de fim de ano. Parte deles deve ser efetivada, mostrando a recuperação

do consumo das famílias, a grande mola da economia brasileira nos últimos

anos.

A indústria automobilística está crescendo bem. A maior parte da produção está

sendo exportada, mas já há sinais claros de recuperação das vendas no

mercado interno. É aí que começa a participação do setor de seguros nesta

história.

Nos últimos anos, a carteira de seguros de veículos perdeu segurados. A crise

bateu forte e a redução das vendas de carros novos somada à redução das

renovações de seguros de carros usados atingiu várias seguradoras e corretores

de seguros.

Esta situação deve começar a mudar. E o bom é que, como o segmento estava

deprimido, o crescimento deve dar fôlego para alavancar a retomada dos

negócios. Afinal, se 100% de zero é zero, cinco seguros vendidos é 500% em

cima de zero e isso é particularmente importante para os corretores de seguros

que têm forte dependência do seguro de veículos.

Mas não é só o seguro de veículos que pode ser beneficiado com o fim da crise

econômica nacional. O setor está pronto para o momento. As seguradoras

tiveram tempo e base atuarial para atualizar seus produtos e os corretores estão

com sangue nos olhos para retomarem as vendas.

Há um universo para ser atendido capaz de dobrar a participação do setor no

PIB nacional. O dado ruim, visto sob outro ângulo, pode ser muito positivo. É o

caso da baixa penetração do seguro na sociedade brasileira.

A retomada do crescimento chega num momento em que o brasileiro, por causa

da crise, tem uma melhor noção sobre a importância da poupança e da proteção

patrimonial.

E o país tem, atualmente, mais de 18 milhões de imóveis sem seguro de

qualquer natureza. A maior parte das empresas médias ou pequenas não

contrata seguros adequadamente. Apenas 25% da frota de veículos está

segurada. Os planos de saúde privados vão buscar de volta os 3 milhões de

segurados que os deixaram por causa da crise. A previdência complementar tem

Page 31: CLIPPING DE 21/12/2017

muito a ganhar com a reforma da previdência social. Os seguros de vida devem

ser modernizados, etc.

Há muito a ser feito e o setor está pronto para o desafio. Os próximos cinco anos

serão muito interessantes e a grande vencedora será a sociedade brasileira.

VOLTAR

Fonte: Estadão

20/12/2017

- DESPESAS COM SAÚDE NO BRASIL ATINGIRAM

9,1% DO PIB EM 2015 NAQUELE ANO, SEGUNDO DADOS DO IBGE, OS BRASILEIROS DESEMBOLSARAM R$

204,4 MILHÕES COM SAÚDE PRIVADA, COMO O PAGAMENTO DE PLANOS

PARTICULARES, DE LABORATÓRIOS E DE PSICÓLOGOS E FISIOTERAPEUTAS

RIO - As despesas com bens e serviços de saúde no País alcançaram R$ 546

bilhões em 2015, o que representou 9,1% do Produto Interno Bruto (PIB), de

acordo com pesquisa do IBGE divulgada nesta quarta-feira, 20. Os brasileiros

desembolsaram naquele ano R$ 204,4 milhões com saúde privada (pagamento

de planos particulares, de laboratórios e de psicólogos e fisioterapeutas, por

exemplo), ou 3,4% do PIB. O montante mais do que dobrou em relação ao gasto

em 2010: R$ 97,8 milhões.

Os dispêndios governamentais com consumo final de bens e serviços de saúde

no Brasil somaram R$ 231 bilhões (3,9% do PIB) em 2015, enquanto os das

famílias e instituições sem fins lucrativos que atendem a população ficaram em

R$ 315 bilhões (5,2% do PIB), conforme revela a publicação “Conta-Satélite de

Saúde 2010-2015”.

Page 32: CLIPPING DE 21/12/2017

.

Foto: Felipe Rau/Estadão

Em 2010, a fatia das despesas com saúde no PIB era de 8%, sendo 3,6% do

governo e 4,4%, das famílias e instituições; em 2015, os índices foram 3,9% e

5,2%, respectivamente. Esse aumento se explica pela maior utilização desses

itens e também pela alta dos preços de planos de saúde privados, de

medicamentos e de materiais de uso médico e odontológico, explica o IBGE.

As atividades de saúde na renda gerada no País cresceram em participação de

6,1% (R$ 202,3 bilhões) para 7,3% (R$ 375,1 bilhões) neste período – com

destaque para a saúde privada, que apresentou ascensão de 2,1% para 2,8%.

O investimento público era de R$ 714,67 per capita em bens e serviços de saúde

em 2010; em 2015, R$ 1.131,94; o dos brasileiros pulou de R$ 868,25 para

1.538,79. O pedaço relativo aos serviços, como os planos, passou de 75,9%

para 79,2%. O de medicamentos caiu de 22,4% para 19%.

O governo aumentou a transferência de recursos a farmácias comerciais

credenciadas para subsidiar para a população medicamentos considerados

essenciais (como os que controlam hipertensão e diabetes), pelo programa Aqui

tem farmácia popular, de R$ 238 milhões para R$ 2,8 bilhões nesses cinco anos.

De acordo com o IBGE, o Brasil tinha 195,4 milhões de habitantes em 2010 e

204,4 milhões em 2015; o PIB era de R$ 3,8 trilhões e alcançou R$ 5,9 trilhões.

Os novos postos de trabalho no setor bateram 1,3 milhão – as ocupações

relacionadas à saúde eram 5,2 milhões e passaram a 6,5 milhões, ou 6,4% do

total de postos de trabalho no País. O IBGE ressalva que o número de

ocupações não necessariamente equivale ao de pessoas empregadas, pois um

mesmo indivíduo pode ter mais de uma ocupação. Na mesma época, nas

atividades não relacionadas à saúde houve queda de 3,8% nas vagas.

Page 33: CLIPPING DE 21/12/2017

As chamadas contas-satélites são um desdobramento do Sistema de Contas

Nacionais, que sintetiza as informações econômicas para o governo federal,

como o PIB. Desde 2008 o IBGE acompanha a evolução dos gastos com saúde

em suas publicações, analisando a participação de cada atividade deste setor

na economia, como o comércio atacadista e varejista de produtos farmacêuticos

e médicos e serviços de atendimentos ambulatoriais e a urgências, entre outros,

e observando tendências nos âmbitos público e privado.

VOLTAR

Fonte: O Globo

20/12/2017

- INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NOS ÚLTIMOS 12

MESES FICA ABAIXO DE 4% DO PIB NO MÊS PASSADO, ENTRARAM APENAS US$ 5 BI NO PAÍS: 37% A MENOS QUE EM

NOVEMBRO DE 2016

BRASÍLIA - No momento em que o país precisa de investimento para acelerar a

retomada do crescimento, tem o menor nível de entrada de capital

estrangeiro desde novembro de 2015. Segundo o Banco Central, nos últimos

12 meses, o Brasil recebeu o equivalente a 3,96% do Produto Interno Bruno

(PIB) de recursos para ampliar a produção das fábricas.

Desde o fim de 2015, o país não recebe menos de 4% do PIB em investimento

estrangeiro. No mês passado, esse percentual caiu porque entraram apenas

US$ 5 bilhões no país: 37% a menos do que o pais recebeu em novembro de

2016.

Nos últimos 12 meses, o Brasil recebeu R$ 80,3 bilhões. O dinheiro é mais que

suficiente para financiar o déficit das contas externas, que está em US$ 11,3

bilhões no período, representa 0,56% do PIB.

Page 34: CLIPPING DE 21/12/2017

O déficit está controlado porque a economia ainda não deslanchou. Os gastos

com aluguel de equipamentos ou remessa de lucros estão contidos. No entanto,

uma despesa não para de crescer: a de turismo.

Só em novembro, os brasileiros gastaram 32,4% a mais que o mesmo mês do

ano passado. Deixaram no exterior US$ 1,6 bilhão. Desde o início do ano até

novembro, os turistas daqui gastaram US$ 17,4 bilhões: 32,6% em relação ao

mesmo período do ano passado.

VOLTAR

Fonte: O Globo

20/12/2017

- TEMER DIZ QUE GOVERNO JAMAIS VAI DESISTIR

DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA (Reuters) - O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira que o governo

jamais vai desistir da reforma da Previdência, poucos dias depois de a votação

da proposta na Câmara dos Deputados ter sido adiada para fevereiro por falta

de votos para sua aprovação.

Em evento no Palácio do Planalto para assinatura de contratos de saneamento,

Temer disse que seu governo não só desenterrou muitas obras, como também

desenterrou reformas. Mas fez a ressalva de que esse não foi o caso da

Previdência.

"A reforma da Previdência não foi preciso desenterrar, porque ela estava sempre

a mostra, estava sempre na superfície", disse. "E... quero aproveitar a presença

dos nossos deputados federais para dizer que nós jamais vamos desistir da

Previdência.”

Para o presidente, "salvar a Previdência do nosso país é salvar o país, salvar o

Brasil".

Page 35: CLIPPING DE 21/12/2017

O governo esperava que a reforma fosse votada na Câmara nesta semana, e

algumas avaliações são de que ao adiar a análise da proposta para 2018, ano

eleitoral, diminuíram as chances de aprovação do projeto.

O próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que ficará

"muito difícil" aprovar a reforma ano que vem se não for votada em fevereiro.

(Por Alexandre Caverni, em São Paulo)

VOLTAR

Fonte: Estadão

20/12/2017

- LIQUIGÁS E ULTRAGAZ NEGOCIAM PARA EVITAR

REPROVAÇÃO NO CADE EM CASO DE NEGATIVA, O CONTRATO FECHADO COM A ESTATAL PREVÊ PAGAMENTO

DE MULTA PELO ULTRA NO VALOR DE 10% DO PREÇO DE AQUISIÇÃO BASE - R$ 2,8

BILHÕES

A Petrobrás, dona da Liquigás, e o Grupo Ultra, que detém a Ultragaz, buscam

negociar com a conselheira Cristiane Alkmin do Conselho Administrativo de

Defesa Econômica (Cade) ajustes (remédios) para que o órgão antitruste

aprove a união das distribuidoras de gás.

Conhecida pelo perfil bastante técnico e cauteloso, Cristiane, no entanto, tem

relatado que estava difícil encontrar uma solução ideal, em termos de ajustes,

segundo fontes que estiveram com ela ao longo das últimas semanas. Cristiane

não indicou que teria já tomado uma decisão.

Page 36: CLIPPING DE 21/12/2017

O

Grupo Ultra tenta negociar com participantes do setor de gás de menor porte

fatias da Liquigás, como uma possível saída para que a compra da Liquigás seja

aprovada. Foto: Agliberto Lima|Estadão

Cristiane tem relatado preocupação com o Tribunal de Contas da União (TCU).

Por um lado, ela teria citado receio de não aprovar a operação e depois a

Petrobrás não conseguir fechar novo acordo de venda da Liquigás, por causa

dos procedimentos burocráticos demandados pela instituição.

Por outro, a relatora teria o temor de que o TCU não veja com bons olhos um

eventual fatiamento da Liquigás. Ela própria teria cogitado a hipótese de vender

fatias da Liquigás a participantes de pequeno porte, apurou

o Estadão/Broadcast.

Especialistas em concorrência, porém, acreditam que a conselheira manterá o

viés técnico, como fez em outros casos em que foi relatora, sem se deixar

influenciar pela atuação do TCU. "A Petrobrás não deve ser tratada como

hipossuficiente. Lidar com o TCU faz parte do dia a dia das estatais. Isso não é

problema do Cade", opinou um advogado.

Os demais conselheiros ainda não tiveram acesso aos autos do processo e

possivelmente também não chegaram a um veredicto, uma vez que o usual é

aguardar o voto do relator do caso, disseram fontes a par do debate.

O Grupo Ultra tenta negociar com participantes do setor de gás de menor porte

fatias da Liquigás, como uma possível saída para que a compra da Liquigás seja

aprovada. Procurado, o Grupo Ultra preferiu não comentar.

Page 37: CLIPPING DE 21/12/2017

A preferência por grupos menores neste momento, em detrimento dos maiores,

como Supergasbras ou Nacional Gás, se deveria à menor rivalidade com as

empresas pequenas.

Fontes que acompanham as discussões relataram ao Estadão/Broadcast que

o Ultra teria se aproximado da Consigaz, empresa com base em Barueri-SP e

que, conforme cálculo baseado em dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás

Natural e Biocombustíveis, possuía 2,7% do mercado em outubro, considerando

o consumo via botijões até 13 quilos e granel. O Estado de São Paulo é o

principal mercado da companhia.

Há mais de uma semana, o Estadão/Broadcast entrou em contato com a

Consigaz questionando quem são seus acionistas, por telefone e email, mas não

obteve retorno até o fechamento desta reportagem. Representantes de

empresas do setor também desconhecem essa informação e se limitam a dizer

que se trata de uma família. Uma dúvida entre aqueles que acompanham o caso

é como a Consigaz conseguiria recursos para o investimento.

Resposta. Em documento elaborado recentemente pelas interessadas na

aprovação do negócio, o nome da Consigaz desperta a atenção em alguns

momentos. Em tabela que traz respostas compiladas de questionamento feito

pelo Cade a participantes do setor de gás, sobre se o gás natural concorre

efetivamente com o GLP envasado e com o GLP a granel, as respostas

negativas foram praticamente unânimes.

A resposta da Consigaz, no entanto, aparece como "confidencial". Essa tese -

da substituição pelo gás natural -, aliás, teria sido vencida no caso do botijão, na

visão da relatora, apurou o Estadão/Broadcast.

Em outro momento, a defesa do Grupo Ultra e da Petrobrás diz que, nos últimos

dez anos, há entrantes regionais que conseguiram conquistar carteiras

relevantes de clientes de GLP granel, provando que não é necessário ter escala

nacional para que um participante possa ingressar no mercado e ser bem-

sucedido. Cita como exemplos Consigaz, SOS Gás, Mastergás, Usegás e a Vida

& Energia.

Depois, afirma que, especialmente no que se refere à Consigaz, a empresa pode

ser citada como um exemplo bem-sucedido de entrante regional. "Em 2015, ela

vendeu aproximadamente 120 mil toneladas de GLP, obtendo uma participação

de mercado estimada em 13,9% no segmento a granel e 8,4% no segmento

envasado no Estado de São Paulo, que tende a aumentar", cita o documento.

Botijões. A despeito da argumentação dos interessados na aprovação,

especialistas do setor garantem que há uma barreira à entrada difícil de ser

solucionada: os botijões. A regulamentação da Agência Nacional do Petróleo,

Page 38: CLIPPING DE 21/12/2017

Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) prevê que cada distribuidora somente

pode envasar os botijões que forem de sua marca. Isso seria relevante

principalmente no caso de acidentes. A marca é grafada em alto relevo em uma

chapa, não podendo ser alterada.

"Integrantes do Cade já mostraram preocupação com a questão dos botijões",

relatou uma fonte que acompanha o caso. Uma das dúvidas é como retirar

botijões de determinada região sem gerar desabastecimento. Outra se refere à

eventual dificuldade de reunir botijões que muitas vezes estão esquecidos nas

residências de consumidores, em locais de difícil acesso.

Mais uma dificuldade seria o fatiamento da Liquigás por Estado. Isso porque há

bases de distribuição de gás que não atendem apenas um Estado. Segundo

fontes, Cristiane estaria agendando reuniões com a ANP, para obter mais

informações sobre o setor.

Multa. A Petrobrás sai perdendo sem a aprovação, mas, de longe, o prejuízo é

mais significativo para o Grupo Ultra. Em caso de reprovação, o contrato fechado

com a Petrobrás prevê pagamento de multa pelo Ultra no valor de 10% do preço

de aquisição base - R$ 2,8 bilhões.

Trata-se de uma das maiores multas da história da concorrência, garantem

especialistas com familiaridade tanto do mercado brasileiro quanto do

americano. Nos últimos anos, a média de multas estabelecidas por empresas

nos Estados Unidos é de 5%. Além disso, a Liquigás representa a última grande

oportunidade de compra no setor.

Apesar de o Grupo Ultra ter indicado em diversos momentos que a compra da

Liquigás deve ser aprovada, em discursos para o mercado financeiro, essa não

é a mensagem adotada perante representantes do órgão antitruste. No Cade, a

defesa mostra humildade e reconhece que podem existir algumas dificuldades,

apurou o Estadão/Broadcast.

No fim do mês passado, Frederico Curado, que recentemente assumiu o posto

de presidente da Ultrapar, disse em encontro com investidores que o caso

Liquigás é "bastante sólido".

No mesmo dia, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Ultrapar,

André Pires, disse que esperava finalizar o processo de forma positiva.

VOLTAR

Page 39: CLIPPING DE 21/12/2017

Fonte: O Globo

20/12/2017

- GOVERNO AMPLIA EM R$ 5 BILHÕES GASTOS DA

UNIÃO NO ORÇAMENTO MAIOR PARTE DOS RECURSOS SERÁ DESTINADA PARA DESPESAS DE CUSTEIO

- Dado Galdieri / Bloomberg News

BRASÍLIA - Por causa de uma melhora da arrecadação e das despesas, o

governo revisou o Orçamento e decidiu ampliar em R$ 5 bilhões os gastos

da União. A medida foi anunciada nesta tarde pelo Ministério do

Planejamento. Desses recursos, a maior parte vai para despesas de custeio.

Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, R$ 850 milhões serão

destinados para obras do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento. A

grande soma, R$ 3,694, vai para despesas de custeio. Os demais poderes

receberão R$ 62,7 milhões. Para as emendas obrigatórias individuais de

parlamentares serão destinados R$ 264,3 milhões. Já as de bancada serão

agraciadas com R$ 132,2 milhões.

Entre as despesas, o governo deve quitar dívidas com organismos internacionais

que estão atrasadas.

Além do aumento de arrecadação, houve uma queda de despesas. Entre os

destaques está a queda do pagamento de subsídios. Assim, o governo consegue

liberar parte do que estava contingenciado.

Page 40: CLIPPING DE 21/12/2017

Ao todo, o governo ainda tem bloqueado R$ 19,6 bilhões no orçamento. A meta

é manter o déficit das contas públicas em R$ 159 bilhões neste ano.

O Planejamento mudou ainda as projeções para a economia neste ano. A

expectativa para o crescimento passou de 0,5% para 1,1%.

VOLTAR

Fonte: O Globo

20/12/2017

- BNDES ADIA EMPRÉSTIMO PARA DONA DE

CONFINS POR DEZ MESES BANCO AVALIA QUE REABERTURA DO AEROPORTO DE PAMPULHA PODE TER

IMPACTO NO NEGÓCIO

Aeroporto de Confins, em Minas Gerais - Lucas Lacaz Ruiz

RIO - O BNDES adiou para 15 de novembro o vencimento do empréstimo-

ponte que havia concedido à BH Airport, concessionária do aeroporto

de Confins, em Minas Gerais. A decisão foi tomada em razão da autorização

Page 41: CLIPPING DE 21/12/2017

do governo para reabertura de Pampulha, em Belo Horizonte, anunciada em

outubro, e que pode afetar o fluxo de caixa da concessionária. Pampulha é

controlado pela Infraero, que também também é sócia da BH Airport, com 49%

das ações. A CCR e a alemã Zurich Airport detêm os 51% restantes.

A prorrogação foi feita a pedido da própria concessionária. O financiamento, de

cerca de R$ 420 milhões em valores atualizados, vencia em 15 de janeiro. Para

quitá-lo, a BH Airport contava com a liberação pelo BNDES do crédito de longo

prazo, estimado em R$ 600 milhões. O banco e a companhia estavam

negociando essa liberação. Com o anúncio da reabertuta de Pampulha a voos

interestaduais, porém, o BNDES pediu mais informações à empresa para avaliar

o impacto do aeroporto concorrente sobre o negócio.

ASSEMBLÉIA DE ACIONISTAS

A mudança no cenário poder levar o banco a rever as condições do crédito, o

que dificilmente ocorreia a tempo de quitar o empréstimo-ponte no mês que vem.

A BH Airport chegou a convocar uma assembleia extraordinária de acionistas

para discutir um aporte milionário para pagar a dívida com o banco de fomento,

caso a instituição não adiasse o vencimento do ponte.

Confins fica a cerca de 40 quilômetros de Belo Horizonte, enquanto Pampulha

está localizado na capital mineira, a menos de 10 quilômetros do Centro. Desde

2004, Pampulha só realiza voos com jatos executivos ou regionais (dentro de

Minas Gerais). Com a reativação do terminal, teme-se uma migração de

passageiros, com prejuízo para a BH Airport

“A previsão da demanda é um dos fatores essenciais na avaliação do BNDES

para a concessão de empréstimos de longo prazo a projetos aeroportuários, pois

é um indicador que impacta a capacidade futura de pagamento do tomador de

crédito”, disse o BNDES em nota.

VOLTAR

Page 42: CLIPPING DE 21/12/2017

Fonte: Estadão

20/12/2017

- OBRAS DO PAC VÃO RECEBER R$ 850 MI E

DESPESAS DE CUSTEIO TERÃO R$ 3,69 BI, DIZ

DYOGO SEGUNDO O MINISTRO, O DECRETO DE PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA SAI NOS

PRÓXIMOS DIAS, OFICIALIZANDO A LIBERAÇÃO DOS RECURSOS

BRASÍLIA - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, detalhou nesta

quarta-feira, 20, como os R$ 5,003 bilhões em recursos liberados hoje no

Orçamento da União serão distribuídos. Segundo ele, a maior parte, R$ 3,693

bilhões serão usados para cobrir despesas de custeio para o funcionamento dos

órgãos públicos.

Segundo o ministro, o decreto de programação orçamentária sai nos próximos

dias, oficializando a liberação dos recursos. Foto: Andressa Anholete/AFP

"A distribuição entre os órgãos será feita nos próximos dias. As despesas ao

longo do ano ficaram muito comprimidas. Pagamento de organismos

internacionais e despesas da Defesa, da Ciência e Tecnologia, Educação e

Transportes serão as principais áreas a receber recursos nessa reta final",

detalhou.

Page 43: CLIPPING DE 21/12/2017

Outros R$ 850 milhões irão para o andamento das obras do Programa de

Aceleração do Crescimento (PAC). Os demais poderes - Legislativo e Judiciário

- receberão R$ 62,7 milhões.

Já as emendas obrigatórias individuais dos parlamentares serão recompostas

em R$ 264,3 milhões e as emendas obrigatórias de bancada serão

desbloqueadas em R$ 132,2 milhões.

Liberação. Mesmo com a liberação de R$ 5,003 bilhões no Orçamento deste

ano, o governo deve encerrar 2017 com uma folga em relação à meta fiscal, que

autoriza déficit de até R$ 159 bilhões, disse Dyogo Oliveira. Segundo ele, como

os órgãos demoram a empenhar, contratar e efetivar os pagamentos, deve haver

uma margem para apresentar resultado primário melhor do que o objetivo

perseguido pelo governo.

“A folga de R$ 5 bilhões no resultado orçamentário tende a se repetir ou até ficar

maior no resultado financeiro”, disse Oliveira. “O cenário mais provável é

terminar o ano abaixo do limite da meta”, acrescentou.

Segundo o ministro, o decreto de programação orçamentária sai nos próximos

dias, oficializando a liberação dos recursos. Esse é o último

descontingenciamento, já que não há mais tempo hábil para novos desbloqueios

em 2017.

Despesas. O governo ainda não tem nenhuma medida em estudo para substituir

as que não foram aprovadas pelo Congresso Nacional ou foram suspensas pelo

Supremo Tribunal Federal (STF), disse o ministro do Planejamento. “

O que temos (no radar) é a possibilidade de redução de despesas, como

determina a Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou o ministro, reconhecendo

que 2018 começará com corte de despesas.

Segundo ele, não necessariamente o corte inicial no Orçamento de 2018 será

de R$ 21,4 bilhões, valor das medidas frustradas. “A receita de tributos tem

surpreendido positivamente, isso continua em 2018. Mas teremos que reavaliar

também as despesas, como as da Previdência. Não temos esse encontro de

contas para dizer se o corte será maior ou menor que o valor das medidas”,

afirmou.

Oliveira disse ainda que, se o STF revisar a liminar que suspendeu o aumento

da alíquota previdenciária dos servidores, os efeitos se recomporiam quase que

totalmente para o ano de 2018. A expectativa é de uma receita de R$ 2,2 bilhões

com essa medida. “Tudo vai depender do recurso da Advocacia-Geral da União

(AGU)”, afirmou.

Page 44: CLIPPING DE 21/12/2017

Orçamento 2018. Dyogo Oliveira reconheceu ainda o cenário desafiador para

a execução orçamentária do próximo ano diante da frustração da aprovação de

medidas para aumento de receitas e cortes de despesas. Ele confirmou que o

governo fará um contingenciamento no começo de 2018 para ajustar o

orçamento à meta fiscal. “Não há muito o que se fazer a essa altura do

campeonato”, admitiu.

Ele lembrou que a execução financeira do governo ao longo de 2017 foi bastante

rígida na contenção das despesas e apontou que já há uma melhoria na

arrecadação federal nos últimos meses. “Acreditamos que a recuperação da

arrecadação terá continuidade em 2018 e isso pode compensar em parte as

perdas observadas sobre o Orçamento”, ponderou.

Oliveira acrescentou que as receitas dos leilões de petróleo não foram

consideradas na proposta de orçamento e serão incorporadas ao longo do

próximo ano. Isso porque os leilões do próximo ano só foram aprovados no fim

de novembro.

“O processo de reavaliação da cessão onerosa da área do pré-sal também não

foi incorporado no Orçamento, mas dificilmente o será no começo do ano. Essa

é uma discussão complexa e não tenho ainda segurança para considerar isso

no Orçamento de 2018”, explicou.

Servidores. O ministro do Planejamento comentou que o governo poderá

reverter o reajuste dos servidores mesmo se a liminar que impede o aumento

dos salários só for derrubada em fevereiro.

Segundo ele, o entendimento do governo e da Advocacia Geral da União (AGU)

é de que se o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubar a liminar, o

Tesouro poderá receber de volta o salário pago a mais aos servidores públicos

em janeiro.

"A AGU está preparando um recurso para tentar contestar decisão liminar do

Supremo, que a nosso ver é decisão equivocada. Se a liminar for cassada em

fevereiro, governo poderá adiar ainda assim o reajuste. Nesse caso, os

servidores teriam que devolver o recebido a mais em janeiro, ainda que em

parcelas", respondeu.

De acordo com o ministro, como o reajuste a ser pago em janeiro decorreria de

uma liminar, ainda não poderia ser incorporado como salário de fato dos

servidores. "Por isso, não entraria na regra da irredutibilidade de salário",

completou.

VOLTAR

Page 45: CLIPPING DE 21/12/2017

Fonte: Estadão

20/12/2017

- MAIA DIZ QUE DECISÃO DO STF SOBRE

REAJUSTE PARA SERVIDORES PREJUDICARÁ

INVESTIMENTOS SEGUNDO O PRESIDENTE DA CÂMARA, SE A LIMINAR DO MINISTRO RICARDO

LEWANDOWSKI NÃO FOR REVISTA PELO PLENÁRIO DO SUPREMO, O GOVERNO

PRECISARÁ FAZER CORTES NO ORÇAMENTO PREVISTO PARA 2018

BRASÍLIA – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta

quarta-feira, 20, que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo

Lewandowski de suspender uma Medida Provisória e conceder aumento

de salário aos servidores públicos terá um “impacto fiscal muito ruim”.

Segundo ele, se a liminar do ministro não for revista pelo plenário do Supremo,

o governo precisará fazer cortes no Orçamento previsto para 2018.

Se a decisão de Lewandowski for confirmada pelo plenário do STF, o governo vai

Page 46: CLIPPING DE 21/12/2017

ter de contingenciar R$ 6 bilhões e, assim, cortar investimento, afirma Rodrigo

Maia. Foto: Dida Sampaio/Estadão

“Alguma outra fórmula vai ter que ser encontrada, não tem dinheiro sobrando.

Se essa decisão liminar for mantida pelo plenário, o governo vai ter que

contingenciar R$ 6 bilhões e encontrar de onde tirar isso. Vai ter que cortar

investimento, não tem muita saída”, disse.

Teto salarial. Maia esteve nesta quarta com a presidente do STF, ministra

Cármen Lúcia. Segundo ele, um dos temas em pauta foi a questão do teto

salarial. O presidente da Câmara afirmou que o Congresso está discutindo uma

lei para regularizar o tema, que, segundo ele, “gera alguma polêmica e precisa

ser resolvido”.

“O Congresso está discutindo uma lei, e a lei é uma regra permanente, aí não

fica mais nenhuma dúvida com base em liminar do Supremo, decisão de algum

tribunal. Com a lei você cria uma harmonia de regra para todos os Poderes”,

disse.

Nesta semana, a presidente do STF decidiu criar uma comissão para analisar os

vencimentos dos magistrados de tribunais de todo o País. Como mostrou o

Estado na segunda-feira, 18, 26 Tribunais de Justiça gastaram cerca de R$ 890

milhões com a concessão de “penduricalhos”, como auxílio-moradia, auxílio-

alimentação e auxílio-saúde.

VOLTAR

Page 47: CLIPPING DE 21/12/2017

Fonte: Estadão

20/12/2017

- EX-PRESIDENTE LULA MANTÉM TENDÊNCIA DE

ALTA EM APROVAÇÃO 'BARÔMETRO POLÍTICO ESTADÃO-IPSOS' DE DEZEMBRO CONTINUA A REGISTRAR

ALTA NA APROVAÇÃO DO PETISTA, QUE ATINGE AGORA 45%

O Barômetro Político Estadão-Ipsos de dezembro continua a registrar tendência

de alta na aprovação do ex-presidente Lula, que atinge agora 45% (era de 24%

há exatamente um ano). Sua desaprovação, que era de 72% em dezembro do

ano passado, está agora em 54%.

Se por um lado sua reprovação ainda é alta, por outro é inegável que o corpo-a-

corpo pelo Brasil vem trazendo bons resultados, seja na redução deste indicador,

seja na conversão de aprovação em votos – estão aí as pesquisas eleitorais

comprovando tal cenário captado por este monitoramento há alguns meses.

Que o ex-presidente Lula sempre teve alta popularidade entre as camadas mais

pobres não é novidade. Ainda que tenha oscilado em aprovação nas classes DE

nos últimos meses, sua imagem sempre se manteve muito positiva. No que

tange às classes AB, sua aprovação que era de 14% em junho deste ano, está

agora em 35%. No mesmo período, saltou de 28% para 45% na classe C. Ainda

há mais rejeição do que aceitação à Lula nestes segmentos, mas não deixa de

ser relevante que a distância entre esses indicadores tenha sido reduzida ao

longo do último ano.

Sua popularidade nas áreas Norte e Nordeste se mantém em alta, especialmente

nesta última, com 73% de aprovação (era de 53% em julho). Houve significativo

crescimento de aprovação tanto na região Sul quanto no Sudeste, que atingiram

respectivamente 30% e 39%, configurando uma melhora expressiva nos últimos

meses, ainda que com algumas oscilações.

Entre níveis de escolaridade também houve mudanças significativas. Em abril, a

aprovação do ex-presidente Lula entre aqueles sem instrução era de 54% e entre

as pessoas com ensino superior era de 26%. Em dezembro, esses indicadores

são de 53% e 42%, respectivamente. Sua aprovação subiu em todos os níveis

de escolaridade, mas continua menor que a desaprovação em quase todos os

estratos.

Essa melhora em aprovação se dá num contexto no qual o atual governo tem

87% de avaliação ruim ou péssima, o desemprego continua sendo o pior

problema do País segundo os brasileiros e os escândalos de corrupção

Page 48: CLIPPING DE 21/12/2017

continuam presentes. Além disso, a pauta das reformas é vista com insegurança

(porque distante e, portanto, incompreendida), além do receio de perda de

direitos.

Lula tem a seu favor a lembrança de uma era de crescimento econômico e

melhorias no campo social – e vem daí boa parte da sua aprovação. As

acusações que pesam contra si passam a ser relativizadas em um país onde a

classe política faz todos os esforços para pouco se diferenciar em relação as

suas condutas.

O julgamento no TRF-4 em janeiro vai impactar sua imagem: se for condenado,

sua popularidade pode ser abalada, ao menos parcialmente. Se uma improvável

absolvição ocorrer, a tendência é que sua aprovação continue a crescer

paulatinamente. Mas não será somente a imagem de Lula que sofrerá impactos

após o julgamento.

O Barômetro Político Estadão-Ipsos traz em dezembro um dado que parecia

improvável há um ano: o juiz Sérgio Moro pela primeira vez apresenta mais

desaprovação (53%) do que aprovação (40%). Essa tendência já havia sido

apontada em agosto e se explica pela percepção que a opinião pública tem de

que a Lava Jato está perdendo força, bem como pelo enfraquecimento da

imagem da Justiça e suas instituições, abalando a confiança no sistema.

Tal fenômeno não impacta somente a popularidade de Sérgio Moro: todos os

nomes associados ao sistema judiciário, incluindo o do ex-ministro do STF

Joaquim Barbosa, apresentaram pioras em seus índices de aprovação. Gilmar

Mendes continua com sua desaprovação subindo, atingindo 85% (próximo ao

patamar de políticos como Eduardo Cunha, Aécio Neves e Renan Calheiros).

A popularidade dos nomes do PSDB também não chega a entusiasmar, ao

menos nesse momento. Geraldo Alckmin viu novamente sua desaprovação subir

– de 67% para 72% – e sua aprovação retroagir de 24% para 19%, cessando

momentaneamente uma pequena tendência de alta que parecia se configurar.

Jair Bolsonaro continua navegando nos mesmos patamares de aprovação e

desaprovação desde agosto. Parece ter atingido seu teto de popularidade, mas

ainda é cedo para fazer essa avaliação dado que seu potencial de crescimento

não está claro através de eventuais simpatizantes enrustidos.

Marina Silva, que vinha de três meses de alta em aprovação – entre agosto e

outubro – agora parece estar em tendência de queda, com 28% de aprovação e

62% de desaprovação – um desgaste perigoso para uma candidata que outrora

detinha 22 milhões de votos.

Num eventual cenário com Lula fora da corrida eleitoral, muita coisa pode mudar.

Seus possíveis herdeiros no PT – Jacques Wagner e Fernando Haddad – ainda

não tem capital de imagem para levar o partido de volta ao poder.

Page 49: CLIPPING DE 21/12/2017

*Danilo Cersosimo é sociólogo pela Universidade de São Paulo e mestre em

Estudos Urbanos pela University College London (UCL). Atua há mais de 20

anos em pesquisa social e opinião pública.

VOLTAR

Fonte: Estadão

20/12/2017

- DESEMBARGADOR SUSPENDE DECISÃO QUE

PROIBIA ESTADO DO RIO DE PRIVATIZAR CEDAE LIMINAR DA JUSTIÇA DO TRABALHO IMPEDIA QUE O GOVERNO ESTADUAL USASSE AS

AÇÕES DA ESTATAL DE SANEAMENTO BÁSICO COMO GARANTIA DO EMPRÉSTIMO DE

R$ 2,9 BILHÕES TOMADO COM O BANCO BNP PARIBAS

RIO - O Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região, no Rio, suspendeu

nesta quarta-feira, 20, uma liminar da primeira instância da Justiça do

Trabalho que proibia que o governo estadual usasse as ações da Cedae, a

estatal de saneamento básico, como garantia do empréstimo de R$ 2,9 bilhões

tomado com o banco BNP Paribas. O empréstimo, medida prevista no plano de

recuperação fiscal firmado pelo Estado do Rio com a União, tem aval do Tesouro

Nacional, que, por sua vez, exigiu as ações da Cedae como contragarantia.

A decisão de suspender a proibição de privatizar a Cedae foi tomada pelo

desembargador Fernando Antonio Zorzenon da Silva, presidente do Tribunal

Regional do Trabalho da Primeira Região, informou, em nota, a Procuradoria-

Geral do Estado do Rio (PGE-RJ).

Page 50: CLIPPING DE 21/12/2017

Cedae servirá de garantia para empréstimo ao Estado do Rio de Janeiro Foto:

Fábio Motta/Estadão

A decisão de proibir a operação foi tomada pela juíza Maria Gabriela Nuti, da 57ª

Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. A decisão da juíza proibiu a utilização das

ações da Cedae como garantia para o empréstimo, em ação movida pelo

Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Saneamento Básico e Meio

Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (Sintsama-RJ). A alegação é que,

conforme a Constituição estadual, os funcionários da estatal teriam prioridade,

no caso da privatização, para assumir a empresa numa cooperativa.

Segundo a nota da PGE-RJ, a decisão do desembargador Zorzenon acolheu

uma petição que pedia que a ratificação de decisão anterior, de outubro, “que já

suspendia os efeitos de liminar impedindo a alienação de ações da Cedae”. “O

peticionário requer a V. Exa. se digne ratificar os termos da suspensão

anteriormente deferida, especialmente para os fins de se explicitar que a

suspensão dos efeitos da sentença até que sobrevenha o seu trânsito em

julgado”, pediu a PGE-RJ em seu recurso, conforme a nota.

Ainda de acordo com a PGE-RJ, em seu despacho, o desembargador Zorzenon

confirmou que, em outubro, já havia concedido uma liminar, que cassava a

primeira decisão da 57ª Vara do Trabalho proibindo a privatização da Cedae. “A

referida decisão levou em consideração o fato público e notório da grave crise

econômico-financeira que atinge o Estado do Rio de Janeiro, repercutindo em

sua capacidade de cumprir regularmente com a obrigação de pagamento dos

salários dos servidores estaduais, além do Termo de Compromisso celebrado

com a União, em que o Estado se compromete a implementar um Plano de

Page 51: CLIPPING DE 21/12/2017

Recuperação Fiscal em que se possibilita a alienação da integralidade de ações

do Estado do Rio de Janeiro”, escreveu o presidente do TRT, segundo a nota da

PGE-RJ.

VOLTAR

Fonte: Estadão

20/12/2017

- GASTOS DE BRASILEIROS NO EXTERIOR CHEGAM

A US$ 1,5 BILHÃO EM RELAÇÃO A NOVEMBRO DE 2016, CUJOS GASTOS FORAM DE US$ 1,204

BILHÃO, HOUVE UM CRESCIMENTO DE 32,5%

Os gastos de brasileiros em viagens ao exterior chegaram a US$ 1,595

bilhão em novembro, o maior para o período desde 2014, quando foi registrado

US$ 1,715 bilhão no mês. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 20, pelo

Banco Central (BC).

Page 52: CLIPPING DE 21/12/2017

As receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil ficaram em US$ 485 milhões em

novembro. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em relação a novembro de 2016, cujos gastos foram de US$ 1,204 bilhão, houve

um crescimento de 32,5%. De janeiro a novembro deste ano, os gastos de

brasileiros no exterior chegaram a US$ 17,378 bilhões, com aumento de 32,6%

na comparação com igual período de 2016, que foram de US$ 13,105 bilhões.

As receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil ficaram em US$ 485 milhões,

em novembro, e em US$ 5,308 bilhões, em 11 meses.

Com esses resultados, a conta de viagens internacionais ficou negativa em R$

1,11 bilhão, em novembro, e em US$ 12,07 bilhões no ano. A projeção do BC

para o déficit dessa conta permanece em US$ 13,5 bilhões, em 2017, e em US$

17,3 bilhões, no próximo ano.

VOLTAR

Page 53: CLIPPING DE 21/12/2017

Fonte: Tnpetróleo

20/12/2017

- CORVETA CLASSE TAMANDARÉ – MARINHA

DIVULGA RFP COM NOVIDADES

Jungmann: "Passo decisivo para a modernização da esquadra da Marinha Brasileira”

EM ATÉ OITO ANOS E MEIO A MARINHA DO BRASIL INCLUIRÁ EM SEU ARSENAL

QUATRO NOVOS NAVIOS DE GUERRA. A SEGUNDA ETAPA DO “CORVETA CLASSE

TAMANDARÉ” ACONTECEU no dia 19 de setembro na Escola de Guerra Naval

(EGN), na Urca, Zona Sul do Rio de Janeiro, com a divulgação da Solicitação de

Proposta (Request for Proposal – RFP) para as empresas nacionais e

internacionais interessadas em construir os quatro navios de superfície de alta

complexidade tecnológica. O projeto faz parte do Programa Estratégico de

Construção do Núcleo do Poder Naval, que pretende expandir e modernizar a

Força Naval com objetivo de proteger os interesses nacionais nas áreas

marítimas de responsabilidade do País.

“Representa um passo decisivo para a modernização da esquadra da Marinha

Brasileira. Nós precisamos ter uma Marinha com a capacidade de defender, de

fiscalizar, de supervisionar, 7.400 quilômetros de fronteira marítima e 4,5 milhões

de água jurisdicional, além de toda Amazônia e de toda estrutura fluvial que nós

temos no Brasil afora”, afirmou o Ministro da Defesa, Raul Jungmann.

Page 54: CLIPPING DE 21/12/2017

O prazo para a construção das quatro novas corvetas será de até oito anos e

meio, sendo a primeira entregue em até quatro anos devido a complexidade do

projeto. Segundo Jungmann, o projeto conta com a previsão de orçamento total

de US$ 1,6 bilhão. O Ministro explicou que a equipe econômica do governo teve

que driblar o limite imposto pelo teto de gasto, em busca do equilíbrio fiscal, para

garantir a verba para o projeto. A saída, segundo ele, foi capitalizar a Empresa

Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) com os royalties do pré-sal para

que o projeto fosse desenvolvido por lá.

“EMGEPRON é uma empresa pública, mas não é dependente do tesouro. Não

sendo dependente do tesouro, ela fica fora do limite de gastos imposto pelo teto.

(A EMGEPRON) vai comprar e alugar, colocar a disposição da Marinha. Essa foi

uma maneira criativa que nós lidamos com o limite de teto de gastos. E é muito

justo porque nós não saímos daquilo que foi a emenda constitucional e

conseguimos atender exatamente a demanda da Marinha”, explicou o Ministro.

Jungmann defendeu que o Projeto é decisivo e urgente para o Brasil em termos

econômicos, fiscais, de segurança e de soberania, alegando que a Marinha

passa por um processo de obsolescência particularmente na área Armada.

Segundo ele, o Brasil tem necessidade de contar com meios, seja da Marinha,

do Exército, da Aeronáutica, de manter a sua capacidade de dissuasão.

“(No Brasil) 95% de todo o comércio exterior, que gera divisa, dinheiro, emprego,

alimentação, simplesmente exportação e tudo que ela traz para o Brasil, que

gera importação, aquilo que a gente traz inclusive para a atualização tecnológica,

depende do mar. E quem cuida do mar, de 4,5 milhões, é a Marinha. E se a

Marinha não tem meios, por exemplo, para dar segurança a 260 plataformas do

pré-sal e também do petróleo que não é pré-sal, quem é que vai cuidar disso?”,

questionou Jungmann.

Características da RFP- Segundo a Marinha, as novas corvetas serão navios

escoltas versáteis e de alto poder de combate, capazes de enfrentar múltiplas

ameaças e destinados à proteção do tráfego marítimo e impedir o uso mar por

frotas não autorizadas, além de realizar missões de defesa próxima ou afastada

do litoral brasileiro.

O processo de seleção analisará uma proposta por proponente considerando

todas as especificações técnicas do projeto do navio exigidas pela RFP. O

Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Luiz Henrique

Caroli, explicou que a empresa interessada na construção das corvetas pode

tanto seguir o projeto de propriedade intelectual da Marinha do Brasil como

apresentar um outro, desde que atenda ou supere os requisitos de sistemas,

subsistemas, sensores e armamentos previstos no da MB e que já tenha

construídos navios com base no próprio projeto.

Page 55: CLIPPING DE 21/12/2017

“A proposta mais vantajosa não significará o valor da própria proposta, mas

também as questões que envolvem todos os interesses em especial a moeda de

pagamento, o local de pagamento, o perfil do cronograma de pagamento, que

não deverá ser inferior a oito anos e em cada ano não deverá ultrapassar 15%

do valor total da construção”, disse o Almirante Caroli.

A RFP também inclui características como questões relacionadas ao custo do

Ciclo de Vida, que deverá ser de 20 a 30 anos, e ainda a imposição da

construção dos navios no Brasil com o objetivo de fortalecer a indústria nacional,

especialmente da Base Industrial da Defesa e das indústrias do Setor de

Construção Naval do país.

A Solicitação de Proposta também dá especial atenção ao Índice do Conteúdo

Local, de no mínimo 40% em cada navio e aceitável 30% no primeiro navio, além

de obrigar a transferência de tecnologia para a Marinha do Brasil.

“Nós esperamos que esse processo leve ao envolvimento de um estaleiro

nacional no mínimo, pode ser até mais de um. Além disso, nós temos toda uma

indústria de materiais, insumos básicos, no Brasil. Nós temos equipamentos

básicos que só podem ser colocados nesse navio que são produzidos no Brasil.

Na verdade, todo processo leva para que a indústria de construção naval, a base

industrial de defesa e outras indústrias do parque tecnológico possam contribuir

para esse grande projeto”, afirmou o Almirante Caroli.

Marinha abre na RFP oportunidade para outros Projetos

O RFP lançado, no dia 19DEZ2017, traz uma novidade. A possibilidade de os

Competidores poderem apresentar à Marinha do Brasil projetos diferentes do

conceito atual da Classe Corveta Tamandaré.

Assim poderemos ter propostas de modelos já em produção. O programa fica

assim divido

A) Com base nos documentos do projeto de contrato de propriedade intelectual

da MB (Projeto Corveta Classe Tamandaré), ou,

B) Com base em projeto de propriedade intelectual da empresa proponente,

que será denominado “Navio de Propriedade Intelectual de Proponente” (NAPIP)

Todavia no caso do NAPIP serão exigidas as seguintes condições:

1) Atenda ou supere os requisitos capacidades de sistemas, subsistemas,

sensores e armamentos previstos pela MB em seu projeto de intelectualidade

própria, e,

2) Ter construído navios com base no projeto do NAPIP.

Page 56: CLIPPING DE 21/12/2017

Desde março, a Marinha, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Banco Nacional

de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) trabalham no

desenvolvimento do modelo de participação e conteúdo do projeto. A primeira

etapa do Projeto foi iniciada no último dia 10 de abril com a publicação de

chamamento público via Diário Oficial da União para pré qualificar as empresas

interessadas no projeto. Ao todo 21 empresas apresentaram interesse e

formalizaram a participação por meio de envio de documentação. Entre elas

representantes da Índia, Rússia, Alemanha, Cingapura, Espanha, Holanda e

China. Uma empresa chinesa desistiu oficialmente na segunda etapa, porém não

foi nominada.

As empresas interessadas devem enviar as propostas até 18 de maio. A

escolhida será conhecida dia 28 de setembro.

Fonte: Defesa Net

VOLTAR

Fonte: Portos e Navios

20/12/2017

- DOIS ESTALEIROS DE PERNAMBUCO DISPUTAM

QUATRO NAVIOS DE GUERRA

Page 57: CLIPPING DE 21/12/2017

DOIS ESTALEIROS DE PERNAMBUCO ESTÃO CONCORRENDO A UM CERTAME PARA

CONSTRUÇÃO DE QUATRO NOVAS CORVETAS (NAVIOS DE GUERRA): ESTALEIRO

ATLÂNTICO SUL e Vard Promar, ambos localizados na área de Suape.

Em chamamento público realizado na última terça-feira (19), a Marinha do Brasil

convocou a indústria naval para anunciar a estruturação do início da

modernização do setor brasileiro. Projetado em US$ 1,6 bilhão, o investimento

será feito pelo Ministério da Defesa e pela Marinha, através dos royalties do

petróleo. Ao todo, são 21 estaleiros que concorrem à licitação presentem em 15

países do mundo.

De acordo com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o valor a ser investido

será responsável pelo ciclo de vida dos navios. “A empresa que ganhar vai

construir os navios e também realizar a manutenção e modernização ao longo

dos anos. A primeira corveta deverá ser entre no prazo máximo de quatro anos

e as outras três no prazo de até oito anos”, disse Jungmann, em apresentação

na Escola de Guerra Naval, no Rio de Janeiro. Cada corveta terá o peso de 2,8

mil toneladas e será capaz de transportar uma tripulação de 136 militares.

A análise dos contratos das empresas deve durar o período de seis meses. “A

Marinha que vai decidir o estaleiro vencedor. A previsão é de que em meados

do próximo ano o contrato com a empresa vencedora seja assinado”, apresentou

Jungmann. Mesmo que a empresa vencedora não tenha nacionalidade

brasileira, os navios deverão ser construídos no Brasil. A Marinha é responsável

pela proteção de 7400km de costa brasileira a contar 4,5 milhões de águas

territoriais. Além disso, o órgão preserva 260 plataformas de Petróleo no mar do

País.

O projeto, realizado através do documento de Solicitação de Proposta (em

inglês, Request for Proposal - RFP), chama-se “Corveta Classe Tamandaré”.

Para Jungmann, o segmento estava enxergando um processo de obsolescência

e não tinha um programa de modernização para a área. Por isso, foi lançado

esse planejamento.

Durante o encontro, o comandante da Marinha, almirante Eduardo Barcellar Leal

Ferreira, disse que esse projeto representa um importante marco na retomada

da construção de meios para o Núcleo do Poder Naval. Participaram do evento

representantes de federações das indústrias, empresas nacionais e

internacionais, estaleiros e sindicatos.

Fonte: Folha de Pernambuco

VOLTAR

Page 58: CLIPPING DE 21/12/2017

Fonte: Portos e Navios

20/12/2017

- CARGILL TERÁ UM NOVO TERMINAL FLUVIAL NO

PARÁ

Porto de Santarém

A CARGILL ANUNCIA HOJE AO MERCADO A COMPRA DE UM TERRENO DE QUASE 400

HECTARES NA ILHA DE URUBUÉUA, NO PARÁ, ONDE CONSTRUIRÁ SEU MAIOR

TERMINAL graneleiro fluvial em capacidade de movimentação. A ilha está

localizada na região de Barcarena, que ganhou importância nos últimos anos

com a chegada das tradings e o escoamento da safra de grãos. O custo do porto

está estimado em R$ 700 milhões.

Com capacidade para seis milhões de toneladas de soja e milho por ano -

podendo ser ampliado para até 12 milhões de toneladas -, o porto deve entrar

em operação entre 2022 e 2025. O início das obras está vinculado a aprovações

regulatórias. Nos terminais próprios em Porto Velho, Miritituba, Santarém e em

parcerias com terceiros, a Cargill atingiu seu limite de operação.

Fonte: Valor

VOLTAR

Page 59: CLIPPING DE 21/12/2017

Fonte: Estadão

20/12/2017

- CAMINHOS PARA O CRESCIMENTO A GERAÇÃO DE EMPREGOS NO SETOR DE INFRAESTRUTURA NÃO É UM FIM EM SI

MESMO. MELHOR SERÃO OS EMPREGOS GERADOS PELAS OPORTUNIDADES QUE O

CRESCIMENTO TRARÁ

É sobejamente conhecido o déficit de infraestrutura que se interpõe entre o Brasil

de hoje e a potência econômica que poderá ser quando os investimentos no

setor deixarem de ser pautados por espasmos políticos desorientados e

passarem a fazer parte de um consistente planejamento estratégico nacional

capaz de alçar o País a um patamar de desenvolvimento que, até agora, tem

sido apenas sonhado.

Não é de hoje e tampouco de um par de décadas atrás que as deficiências em

infraestrutura são um nó para o crescimento do País, nó que precisa ser

desatado antes que possamos almejar os benefícios de um estágio de

amadurecimento econômico e social só experimentado por países mais

desenvolvidos.

A fim de estimular o debate acerca das medidas necessárias ao suprimento de

nossas carências no setor, o Estado, em parceria com a Odebrecht, o Sindicato

Nacional da Indústria de Construção Pesada e Infraestrutura (Sinicon), a

Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), a

Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações de Classe de Infraestrutura

(Brasinfa) e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), realizou

o Fórum Estadão Infraestrutura: investimentos e geração de empregos.

É importante destacar que um fórum de debates sobre os gargalos de

infraestrutura no País tenha sido aberto por uma exortação à ética na relação

entre os setores público e privado e uma enfática defesa de uma revisão de leis,

normas e procedimentos, mas também de usos e costumes, que hoje funcionam

como uma espécie de âncora de arrasto a impedir o avanço do País na direção

de um futuro mais próspero, condizente com o seu enorme potencial.

“Neste momento, temos grandes desafios. É necessário rever, revisitar,

proporcionar uma profunda autocrítica de como podemos criar uma nova relação

público-privada baseada na integridade e na transparência”, declarou Caio

Magri, presidente do Instituto Ethos.

A grave crise econômica que resultou do populismo dos governos lulopetistas,

sobretudo a terrível experiência para o País que foram os seis anos sob a

presidência de Dilma Rousseff, estagnou os investimentos em infraestrutura que

Page 60: CLIPPING DE 21/12/2017

vinham sendo feitos na tentativa de diminuir a distância que separa o Brasil das

nações mais competitivas economicamente no mercado global.

A capacidade de o governo federal alocar recursos orçamentários em projetos

de infraestrutura é hoje muito limitada. Sobre este ponto, é vital destacar o alerta

dado por Dyogo Oliveira, ministro do Planejamento. Em sua fala durante o

Fórum, o ministro lembrou que 57% das despesas da União se destinam ao

pagamento de pensões e aposentadorias. Por si só, este já seria um dado

irrefutável em favor da imediata aprovação da PEC 287/2016. Não é

minimamente razoável admitir que mais da metade dos recursos federais esteja

comprometida com o pagamento de benefícios previdenciários, quando o padrão

mundial está entre 20% e 25% e o Brasil é carente de investimento em outras

áreas essenciais, como saúde, educação e segurança pública.

O governo federal acertou ao colocar no centro do alvo a recuperação

econômica, adotando medidas que, embora impopulares, são fundamentais para

a saúde fiscal do País e todos os benefícios que dela advêm. A “normalidade

macroeconômica”, ressaltou Cláudio Frischtak, da consultoria Inter.B, aliada à

segurança jurídica e previsibilidade regulatória, é condição fundamental para a

retomada dos investimentos em infraestrutura.

A queda progressiva da taxa de juros, o controle da inflação e a aprovação de

reformas estruturantes são capazes de atrair investimentos privados que levarão

ao crescimento e à maior oferta de empregos.

Mas, como lembrou Armando Castelar, do Instituto Brasileiro de Economia da

Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), a geração de empregos no setor de

infraestrutura não é um fim em si mesma. Melhor para o País serão os empregos

gerados pelas oportunidades que o crescimento seguramente trará.

VOLTAR