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Clipping de Educação Brasília, 22 de fevereiro de 2018

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de

Clipping

de

Educação

Brasília, 22 de fevereiro de 2018

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22/02/18 GERALJORNAL DO SENADO

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22/02/18

Somos prevê compra de colégios

Por Beth Koike | De São Paulo

Após três anos de trabalhos paraintegração dos ativos adquiridos e ofim das conversas que poderiamlevar à venda da companhia paraKroton, a Somos Educaçãopretende crescer nos próximos cincoanos por meio de aquisições decolégios. Esse braço de negóciorepresenta cerca de um quarto dareceita do grupo controlado pelagestora de private equity Tarpon.

"Nossa principal expansão virádo negócio de escolas. A geraçãode caixa da companhia serádestinada, principalmente, paraaquisições", disse Fernando Shayer,novo presidente da SomosEducação e sócio da Tarpon.

A companhia já tem emandamento contratos vinculantes decompra de escolas, cujos detalhesnão foram revelados, mas devem serconcluídos nos próximos meses. Aestimativa é que neste ano haja umincremento de 9 mil alunos que virãode aquisições e expansão orgânicade unidades. A companhia deveencerrar 2018 com 35 mil alunosmatriculados em seus colégios ecursos preparatórios para ovestibular.

A Somos é dona das bandeirasAnglo, pH, Sigma, Motivo,Integrado, Maxi e Escola Chave doSaber que juntas têm 42 unidades emSão Paulo, Rio de Janeiro, Brasília,Recife, Goiânia e Cuiabá.

Nos últimos anos, a Somos fezgrandes aquisições de empresas desistemas de ensino, escolas deidiomas e editoras, mas no segmentode colégios os investimentos forammais tímidos. A companhia é hoje aterceira maior em número de alunosmatriculados em seus colégios ecursinhos. O líder do setor emeducação básica é o Grupo SEB, doempresário Chaim Zaher, que possuicerca de 48 mil estudantes; seguidodo Grupo Eleva, cujo maior acionistaindividual é o empresário Jorge PauloLemann, com cerca de 40 mil alunos.

Na área de sistemas de ensino eeditoras, que representam cerca de70% da receita, a estratégia dacompanhia é sair do "arroz comfeijão" e oferecer também serviçoscomo análise de dados dodesempenho acadêmico dos alunosque usam os livros didáticos daseditoras Ática, Scipione e Saraiva."Um conteúdo didático de qualidadeé muito importante, mas precisamosoferecer mais do que isso. As escolas

nos pedem assessoria pedagógicaque é oferecida por meio de análisede dados", disse Shayer.

A análise de dados pedagógicosé a principal aposta de longo prazoda Somos Educação. O projeto maisambicioso do executivo é conseguirreunir informações sobre odesempenho acadêmico dos alunosque usam seus livros didáticos nasescolas privadas e públicas, dosestudantes de seus colégios própriose que compram os sistemas deensino. Cerca de 1 milhão de alunosestudam com os sistemas de ensinoda Somos, além disso, o grupodetém quase 40% de market sharedo programa de livros didáticos dogoverno. "Com essas informações,podemos montar planos de açõespara um estudo mais orientado",disse Shayer.

No ano passado, a receita líquidada Somos ficou estável em R$ 1,8bilhão e o lucro antes de juros,depreciação e amortização (Ebitda)subiu 13,6% para R$ 502 milhõesdevido às sinergias resultantes daintegração. Já o lucro líquido anualcaiu 10% para R$ 188 milhões porconta de depreciação e amortizaçãode ativos adquiridos.

EMPRESASValor Econômico

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22/02/18

Excluídos digitais são 63 milhões

Do total de desconectados,75% não utilizam a rede por faltade conhecimento ou desinteresse

Marcello Corrêa

-Rio e Teresina- O número debrasileiros com internet aumentounos últimos anos, mas o país aindatinha 63,3 milhões de habitantes e21 milhões de lares sem acesso aoserviço no fim de 2016, segundodados divulgados ontem pelo IBGE.Embora gargalos de infraestruturasejam parte do problema, olevantamento também indicadesafios na área de educação. Dessecontingente de desconectados, 47,7milhões — 75% do total — afirmamque não usam a rede por falta deconhecimento ou desinteresse. Paraespecialistas, as políticas públicasagora precisam focar não apenas emampliar a disponibilidade do sinal,mas em ações para tornar o mundodigital mais atraente a essa parcelada população.

As informações são da PesquisaNacional por Amostra de Domicílios(Pnad) Contínua e levam emconsideração o acesso por qualquermeio e de qualquer lugar, seja emcasa, no trabalho ou na escola.Entrou no levantamento só apopulação com 10 anos ou mais. Onúmero de pessoas que afirmaramnão entrar na internet porque nãosabem usar a ferramenta ficoupraticamente empatado com ocontingente que alegou não ter

interesse: aproximadamente 23milhões em cada grupo. A terceirarazão mais citada foi o alto custo doserviço, causa para a exclusão denove milhões, 14,3% do total.

Para Eduardo Tude, presidenteda consultoria Teleco, queacompanha o mercado detelecomunicações, a falta de interessepode ser um sintoma da dificuldadede usar as ferramentas: — O que apesquisa mostra é que, mesmo sehouvesse banda larga fixa e móvelem todo o Brasil, ainda tem brasileiroexcluído digitalmente, que não sabeusar a internet. E, às vezes, a pessoadiz que não tem interesse porque, nofundo, não sabe usar.

FALTA DE INTIMIDADE ÉBARREIRA

Luli Radfahrer, professor deComunicação Digital da Escola deComunicação e Artes (ECA) daUSP, confirma essa tese e acrescentaque a falta de intimidade com a redeé uma barreira a mais para começara usar o serviço: — O digital é umalinguagem. Se eu falo uma línguadesde criança, eu falo bem, semsotaque. Se eu aprendi depois de umponto na vida, vou falar com sotaqueou demorar muito para falar. Muitagente tem problema para entender aplataforma. Essa exclusão cultural sedá em várias faixas etárias e emvárias faixas de renda.

A mudança desse cenário passa

por um processo educacional, naavaliação do coordenador doCentro de Tecnologia e Sociedadeda FGV, Pablo Cerdeira. Eleacredita que a internet é poucoatraente para uma parcela grande dapopulação. Aumentar a oferta deserviços oferecidos pelo governo pormeio da rede seria uma forma deaumentar esse apelo, destaca oespecialista: — A falta de interesseestá associada às necessidadesdessa população para a qual a maiorquestão é pegar um ônibus ou lidarcom problemas locais e, não, ler umanotícia. O tipo de serviço disponívelna internet é muito voltado para aspartes mais instruídas. Para nós, quevemos como algo tão essencial, éestranho. Mas, para pessoas queestão em regiões mais remotas, comproblemas mais imediatos, a interneté pouco atraente.

Os desafios para universalizar oacesso, no entanto, vão além deprogramas de educação,principalmente no Norte e Nordeste,que têm os menores percentuais deinclusão digital. Só no Nordeste, setemilhões de residências estão fora —43,4% dos domicílios da região.

O comerciante JulimarFernandes, de 65 anos, da ZonaNorte de Teresina, no Piauí, é um dosexcluídos da região. Ele não temacesso à internet, nem mesmo pelosmartphone. Fernandes reconheceque ouve piadas dos fornecedoreslocais e da filha e da neta, que moram

ECONOMIAO GLOBO

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22/02/18

em São Paulo. Dizem que o bairroonde mora é atrasado e reclamamque a comunicação com ele ficaprejudicada.

— Realmente, meu bairro éatrasado. Teresina cresce igual rabode jumento, para baixo — brinca.

Segundo o comerciante, que usaum celular que não tem internet,chamado de "lanterninha" na região,o serviço é muito caro no Piauí,variando de R$ 70 a 120 por mês,valor que considera alto porque jápaga uma média de R$ 300 mensaispara ter água e luz em casa. O preçoé a principal causa de desconexãono Nordeste, apontada em 34,8%

das casas da região. Fernandesgostaria que o acesso à internet fossegratuito:

— Não é que eu seja contra ainternet, contra computadores, maspor que tenho que pagar para ter esseserviço? Deveríamos ter internet livree de graça nas praças da cidade.

O governo reconhece oproblema. Estão nos planos subsidiaro acesso no Nordeste e ampliar ouso de banda larga por satélite noNorte, onde o maior problema é ainfraestrutura.

— Em relação ao Nordeste, é umdesafio há muitos anos, porque o

custo de serviço é fortementeimpactado pela carga tributária.Tentamos mobilizar os estados afazerem programas voltados àspopulações de baixa renda e temostambém o desafio de desenvolverpolíticas públicas, como existe nosetor de energia, para subvencionarparte da conta das famílias queconsomem menos ou são de baixarenda — afirma Artur Coimbra,chefe do Departamento de BandaLarga do Ministério da Ciência,Tecnologia, Inovações eComunicações.

Colaborou Efrem Ribeiro

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22/02/18

Quase 95% usam a redepara conversar por aplicativos

Assistir a vídeos aparece nasegunda colocação, com 76,4% dasrespostas

Pela primeira vez, o IBGEestimou quais as atividades maispopulares entre os brasileiros nainternet. A resposta não poderia serdiferente: no "país do WhatsApp","94,5% afirmam que se conectampara trocar mensagens por meio deaplicativos. Assistir a vídeos emplataformas como YouTube e Netflixaparece na segunda colocação, com76,4% das respostas, enquantochamadas de voz e vídeo — outrafunção dos apps de comunicação —vêm em seguida, com 73,3%. Trocare-mails é o que menos se faz: 69,3%afirmaram que usam esse serviço,que já foi um dos principais motivospara se conectar à web.

— Isso tem uma explicação. É ahistória do WhatsApp, de ficar maisbarato mandar mensagem. Bastaestar num guarda-chuva de WiFi quevocê resolve sua situação —destaca Cimar Azeredo,coordenador de Trabalho eRendimento do IBGE.

As opções indicadas na pesquisanão se excluem. Ou seja: quemrespondeu que usa a internet paratrocar mensagens pode também terdito que assiste a vídeos. Por isso,os percentuais superam 100%.

A analista comercial DanielleDeodato, de 29 anos, diz que contacom o WhatsApp para trabalhar.

— Uso o dia inteiro. Trabalho emuma empresa de moda e tenhocontato direto com clientes erepresentantes. Por dia, falo comumas 30 pessoas. É uma ótimaferramenta, tanto para trabalhocomo para a vida pessoal. Otimizamuita coisa — contou Danielle, queconcedeu a entrevista também peloaplicativo de mensagens.

Outro dado da pesquisa que jávinha sendo observado emlevantamentos do tipo: o uso deinternet móvel como principal meiode acesso. A banda larga móvel foiusada por 76,9% das pessoas parase conectar em 2016. (MarcelloCorrêa)

ECONOMIAO GLOBO

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22/02/18

Análise : País compromete o futuro

Governos não compreendemincentivo ao uso da rede comopolítica estratégica

Pedro Doria

O Brasil está distraído: entreLava-Jato, a crise na Segurança, osinúmeros impasses no Congresso, otempo passa, e o governo nãotrabalha para inventar o futuro. E,verdade seja dita, entre os governosDilma e Temer, apesar de muitodistintos na política econômica entresi, ambos são velhos na maneiracomo entendem essa construção defuturo. Não há sintoma maior do queeste, revelado ontem pela PnadContínua. Ao fim de 2016, 30% dosdomicílios brasileiros não tinhamacesso à internet. Apenas 81,2% dosestudantes chegaram à rede. É umatragédia.

É óbvio que nossos governos nãocompreenderam o acesso à internet,principalmente entre jovens, comoestratégico. Metade do quepagamos em serviços detelecomunicações, seja banda largafixa, seja móvel, é imposto. Metade.

Não é diferente com equipamento:computadores, roteadores, celulares,tudo é pesadamente tributado. Sóexiste uma conclusão possível. Naopinião dos últimos governos, estessão instrumentos de luxo. São umaoportunidade de arrecadação. Desustentar o Estado. É assim no nívelfederal, no estadual, no municipal.

O resultado imediato é que apolítica acirra a desigualdade social.Internet é conhecimento, é estarpreparado para o futuro. O filho daclasse média tem. O do pobre, não.As regiões mais abastadas do paístêm, as menos não têm.

O resultado a médio e longoprazos é pior do que desigualdadesocial imediata. O país precisa que amaior quantidade possível debrasileiros esteja pronta para asprofissões exigidas pelo mercado detrabalho da quarta revoluçãoindustrial. Em 2030, quem não usavainternet aos 15 está fora. É pobrezaindividual, mas é também menosgente puxando o PIB para cima,tornando o país menos competitivoglobalmente. Todos pagamos a

conta.

Da Noruega à Coreia do Sul,internet e equipamento digital sãosubsidiados. O cidadão paga menosdo que custa de fato. É com isso queo Estado gasta seus impostos. NoBrasil, é com isso que o Estadoarrecada. É uma política burra.Injustificável. Criminosa com oindivíduo e criminosa com asociedade.

E não está na pauta, até agora,de nenhum dos presi-denciáveis.Sequer enxergam o óbvio. Quementende para onde vai a economiasabe que derrubar estes preços,universalizar acesso, deveria estarentre as cinco prioridades dequalquer plataforma. Por motivos deesquerda, por motivos de direita.

Mas não. Ainda tratamos ocomputador novo como aquelecontrabando que o sujeito traz deMiami, um luxo que o fiscal daAlfândega tem a missão de flagrar.

Pedro Doria é colunista doGLOBO

ECONOMIAO GLOBO

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22/02/18

Falta de experiência digitalafetará produtividade

Para analistas, jovens semprática na web terão dificuldadeno mercado de trabalho

Marcello Corrêa

Uma parcela dos jovensbrasileiros pode ter sua formaçãocomprometida pela falta de acessoà internet. Segundo dados do IBGE,cerca de seis milhões de estudantesda rede pública — ou 25% do total— não usavam a web em 2016, nemem casa nem na escola. O dadopreocupa especialistas, que alertampara o risco de que, semfamiliaridade com o digital, essapopulação pode ter dificuldade parase capacitar para vagas qualificadas.Um sinal amarelo para um país quesofre com crônica baixaprodutividade do trabalho.

Para Rodrigo Baggio, presidentee fundador da ONG Recode, queincentiva o contato de jovens com ouniverso digital, o futuro dessesestudantes é ainda mais preocupantequando se pensa nas chamadasprofissões do futuro, que hoje nemexistem e serão focadas nasplataformas digitais: — Sabemos que65% das profissões que vão existirquando esses alunos estiveremformados não existem hoje. Isso

mostra um gap de formaçãoprofissional impressionante. Jávivemos em uma sociedade denativos da internet. Quem é excluídodessa experiência de crescer com osbenefícios da internet vira umcidadão de segunda categoria.

Luli Radfahrer, professor deComunicação Digital da Escola deComunicação e Artes (ECA) daUSP, vai além e observa que, mesmohoje, quem está desconectado podeperder oportunidades de vagas.

— Hoje em dia, quase todas asoperações, até aquelas que são tãosimplórias que vão ser substituídaspor automação, envolvem uso demáquina. O que sobra para oindivíduo, se ele não tem acesso aisso, é agricultura, pecuária e pescado século XIX — afirma.

QUALIDADEAINDA É ENTRAVE

Os dados do IBGE mostramainda uma desigualdade do nível deacesso à internet dos alunos da redepública, que é de 75%, com os darede privada, na qual 94,7% estavamconectados em 2016. Na avaliaçãodo coordenador do Centro deTecnologia e Sociedade da FGV,

Pablo Cerdeira, essa diferença criaum desequilíbrio na competição entreesses dois grupos.

— Não adianta só colocar cotada faculdade para frente. A políticade cotas mostrou resultadosimportantes, mas sabemos que épreciso olhar problemas de base —observa.

Como a pesquisa avalia o acessode qualquer lugar, a falta deconectividade observada em partedesses alunos não estánecessariamente relacionada àausência de internet nas escolaspúblicas. Pesquisa do CentroRegional para o Desenvolvimento daSociedade da Informação (Cetic.br)divulgada no ano passado mostrouque 96% das unidades no país tinhamconexão em 2016. Apesar dessainformação, o diretor de PolíticasEducacionais do Todos PelaEducação, Olavo Nogueira Filho,lembra que também é preciso avaliara qualidade da conexão:

— É importante fazermos aressalva de que a qualidade desseacesso ainda é um entraveimportante para o uso da internet noambiente escolar.

ECONOMIAO GLOBO

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22/02/18

Unesp propões teto de gastos com salários

Universidade projeta limitarem 85% os custos compagamentos; no ano passado,índice ficou em 97%

Paulo SaldañaSÃO PAULO

Em crise financeira, a Unesp(Universidade Estadual Paulista)quer impor um teto de gastos comfolha de pagamento e condicionarreajustes salariais e possíveiscontratações ao crescimento daeconomia.

Os sindicatos de professores eservidores técnico-administrativosapontam risco de arrocho salarial.Com 53 mil alunos, divididos por 34unidades, a Unesp tem 3.631professores e 6.449 servidores.

Assim como as outras duasuniversidades estaduais (USP eUnicamp), a Unesp temcomprometido, desde 2014, quasetodos os recursos recebidos peloTesouro estadual com a folha depagamento. Reservas financeiras

acumuladas têm garantido asobrevivência das instituições nesteperíodo.

A proposta da reitoria da Unespprevê um teto de gastos compagamentos de 85% dos repasses.No ano passado, por exemplo, 97%dos R$ 2,16 bilhões recebidos foramdestinados a salários. O último anoem que a universidade conseguiuficar abaixo da marca de 85% foi em2011.

As três instituições sãofinanciadas por uma parcela fixa doICMS (Imposto Sobre Circulaçãode Mercadorias e Serviços). Dessaforma, o orçamento dasuniversidades varia com ocrescimento ou queda dearrecadação. À Unesp, o governodestina 2,3447% deste tributo.

No documento que deve ir àvotação, a universidade define quegastos com reajustes ou contrataçõessó serão realizados caso hajacrescimento real do ICMS(descontada a inflação, portanto) nos

12 meses anteriores. A expectativaé que, mantidas projeções decrescimento econômico, o patamarde 85% seja alcançado até 2023.

Mas isso depende da altaconsistente da arrecadação com oICMS e, no caso de gastos comfuncionários, de uma inflaçãocontrolada. Na simulação desenhadapela reitoria, tomou-se por base umainflação de 3,5% e crescimento realda arrecadação estadual de 2% aoano.

O ICMS registrou queda de2014 até setembro de 2016. A partirdai, a curva é de alta.

Enquanto a universidade nãoalcançar o teto proposto, reajustese contratações só poderão ser feitosutilizando-se 80% do saldo decrescimento real do ICMS. Apósalcançar o teto, todo o saldo decrescimento real poderá ser usadopara os funcionários.

Em uma outra simulação dareitoria, o saldo disponível ao fim de

COTIDIANOFOLHA DE SÃO PAULO

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22/02/18

2018 seria de R$ 26 milhões. A folhade pagamento anual da Unesp é decerca de R$ 170 milhões.

Para o reitor, Sandro RobertoValentini, a medida deve darsegurança à universidade para quenão haja expansão semplanejamento. "O objetivo é pensarem como a universidade ésustentável e que nunca mais se deixepara o próximo reitor a situação querecebi", diz.

Sem recursos, o pagamento do13º salário de 2017 de parte dosfuncionários precisou ser adiado. Opagamento só foi realizado em duasparcelas, já neste ano.

O reitor tentou a liberação demais recursos estaduais, mas a gestãoGeraldo Alckmin (PSDB) nãoatendeu. "Continuaremos atrás decrédito suplementar."

Para este ano, o déficitorçamentário é de cerca de R$ 170milhões. As reservas somam R$

155,6 milhões.

O argumento dos dirigentes daUnesp é que nos últimos anos houveexpansão de unidades e alunos. Acota de repasses, entretanto,continuou a mesma.

Em nota conjunta, os sindicatosde docentes e de servidores técnico-administrativos da Unespclassificaram a proposta como partede um "desmonte". Também acusama reitoria de impedir o debate sobreo tema. "Será um duro golpe sobreos trabalhadores da universidade,impondo-lhes por vários anos oarrocho salarial, a não reposição dosquadros."

ESTADUAISO decreto que instituiu a

autonomia financeira das estaduaisindica um limite prudencial de até75% do orçamento com a folha. Em2017, a USP aprovou diretriz similarà da Unesp. Definiu um teto de 80%e passou a prever congelamento decontratações e reajustes.

A Unicamp é a única entre as trêsque não pretende criar um teto degastos. Segundo o reitor, MarceloKnobel, o caminho escolhido foi oenxugamento de gastos.

"Fizemos uma tarefa importantede diminuir muitos as contas, cortesexpressivo de gratificações no anopassado, em uma discussão ampla.A gente resolveu tomar caminhodiferente", diz.

A expectativa de Knobel éequilibrar as contas até 2021. AUnicamp comprometeu 98% de seusrepasses com a folha. O déficit nascontas deste ano é de R$ 200milhões (a universidade conta comR$ 550 milhões em reservas).

Funcionários das trêsuniversidades não receberamreajuste no ano passado. No casoda Unesp, também não houveaumento em 2016.

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22/02/18

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22/02/18

Goiás terá mais duasuniversidades

O Senado aprovou ontem acriação de duas universidadesfederais de Goiás, uma na cidade deCatalão e outra em Jataí. O projetosegue para sanção presidencial. Asduas serão criadas a partir deestruturas da Universidade Federalde Goiás (UFG). A UniversidadesFederal de Catalão (UfCat) foigerada a partir da aprovação do PLC5/2018. Cursos, alunos e cargos daRegional Catalão da UFG serãoautomaticamente transferidos para aUfCat, assim como seu patrimônio.Já a criação da UniversidadeFederal de Jataí (UFJ) foi objeto doPLC 7/2018 e também estabeleceque a transferência de cursos, alunose cargos será automática. O câmpusda UFJ será constituído das atuaisunidades acadêmicas de Riachueloe Jatobá (Cidade Universitária JoséCruciano de Araújo).

BRASILCORREIO BRAZILIENSE

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22/02/18

EDUCAÇÃO »Impeachment pode virar golpe na UnB

Oferta de disciplina pelo Institutode Ciência Política neste semestreprovoca polêmica nas redes sociais.Ministro da Educação quer levarassunto à Justiça, alegando"proselitismo político e ideológico"

MARIANA NIEDERAUERBRUNA LIMAESPECIAL PARA O CORREIO

A Universidade de Brasília (UnB)ofertará, neste semestre, a disciplinaoptativa “O golpe de 2016 e o futuroda democracia do Brasil”, destinadaa estudantes de todos os cursos degraduação. A ementa com osobjetivos das aulas circula na internet

e causa polêmica. O Ministério daEducação (MEC) pretende contestara oferta na Justiça. O debate veio àtona ontem e ganhou as redessociais.

O professor Luis Felipe Miguel,do Instituto de Ciência Política, viroupivô da discussão. Foi ele quemcriou a disciplina. Após arepercussão, ele publicou, na páginado Facebook, que seuposicionamento se limitará adivulgação de nota. “Na academia écomo no jornalismo: o discurso da‘imparcialidade’ é muitas vezesbrandido para inibir qualquerinterpelação crítica do mundo e paratransmitir uma aceitaçãoconservadora da realidade

existente”, escreveu. Defendeu aindaque a disciplina “se alinha comvalores claros, em favor daliberdade, da democracia e da justiçasocial, sem por isso abrir mão dorigor científico ou aderir a qualquertipo de dogmatismo”.

O texto teve mais de 300compartilhamentos até o fim da tardede ontem. Entre os apoiadores,vários defenderam a liberdade depensamento. Os críticos alegaramdifusão partidária com utilização derecurso público e apontaram para orisco de uma possível perseguiçãoaos alunos que decidirem participardas aulas, mas forem contrários aoentendimento do docente. Nosgrupos de estudantes da UnB oassunto também provocou polêmica.

O ministro da Educação,Mendonça Filho (DEM/PE),indicado pelo presidente MichelTemer (PMDB), lamentou “que umainstituição respeitada e importantecomo a Universidade de Brasíliaadote uma prática de apropriação dobem público para promoção depensamentos político-partidários aocriar a disciplina”.

Em nota divulgada por meio daassessoria, o ministério informou queencaminhará solicitação àAdvocacia-Geral da União (AGU),ao Tribunal de Contas da União(TCU), à Controladoria-Geral daUnião (CGU) e ao Ministério Público

CIDADESCORREIO BRAZILIENSE

Universidade justifica que oferta cabe a cada departamento e reiteracompromisso com "liberdade de expressão"

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22/02/18

Federal (MPF) para a apuração deimprobidade administrativa por partedos responsáveis pela criação dadisciplina “por fazer proselitismopolítico e ideológico de uma correntepolítica usando uma instituiçãopública de ensino”.

A universidade também semanifestou por meio de nota ejustificou que cabe a cadadepartamento elaborar e criar aspróprias disciplinas e ementas e queaquela em questão é facultativa. “AUnB reitera seu compromisso coma liberdade de expressão e opinião— valores fundamentais para asuniversidades, que são espaços, porexcelência, para o debate de ideiasem um Estado democrático”,destaca o texto.

João Braida, coordenador doColégio de Pró-reitores deGraduação da Associação Nacionaldos Dirigentes das InstituiçõesFederais de Ensino Superior(Andifes), não acredita que as açõesprotocoladas pelo MEC sejamefetivas. “As unidades federais deensino superior têm autonomiadefinida por prerrogativaconstitucional para definir os cursose programas. No entanto, a questãoé complexa e o caso específico deve

ser avaliado mais profundamente”,ponderou.

Crise políticaA disciplina, de quatro créditos,

não exige pré-requisitos e é aberta atodos os graduandos da instituição,com 50 vagas disponíveis. De acordocom a ementa, o objetivo é abordartrês temas relacionados aoimpeachment de Dilma Rousseff(PT): os elementos de fragilidade dosistema político que permitiram aruptura; a análise do governo Temere a investigação do “que sua agendade retrocesso nos direitos e restriçãoàs liberdades diz sobre a relaçãoentre as desigualdades sociais e osistema político no Brasil”; e osdesdobramentos da crise política.

Luis Felipe Miguel é doutor emciências sociais pela UniversidadeEstadual de Campinas (Unicamp) eprofessor titular da UnB desde 1996,segundo informações publicadas naPlataforma Lattes. Na apresentaçãodo currículo, o professor segue omesmo tom usado no programa dadisciplina e diz que “defende auniversidade pública, laica, gratuitae de qualidade e o retorno do Brasilà normalidade democrática”. Asaulas vão ocorrer todas as segundase quartas-feiras e as matrículasseguem abertas até amanhã. As aulastêm início em 5 de março.

ContraditórioJamil Cury, professor de direito,

educação e políticas públicas daPontifícia Universidade Católica deMinas Gerais (PUC-Minas), elencatrês elementos principais a seremavaliados na situação. O primeiro éa liberdade de expressão. “Isso éuma premissa da qual não se podeabrir mão. Não está havendonenhum tipo de transmissão deconhecimento que conduza aoracismo, à homofobia, ao desrespeitodos direitos humanos”, observa.

Na visão dele, é importante aindaque a bibliografia apresente aoestudante o contraditório. “Eu achoque é legítimo esse posicionamentoda parte dele (professor), mas seriamais legítimo se, ao mesmo tempo,ele contrastasse com opiniõesdivergentes, que é o que faz dauniversidade um lugar de circulaçãode pontos de vista que permitam aoestudante tomar, ele próprio, a suaposição”, detalha. O terceiro ponto,conforme Cury, é esperar que osestudantes tenham uma posturareflexiva, questionadora, crítica, eque possam dialogar com o professorde forma cidadã a respeito datemática. “No mais, a universidadeé autônoma e a autonomia precisaser respeitada”, conclui.

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22/02/18 CIDADESJORNAL DE BRASÍLIA

ENSINO PÚBLICO“Velhas demais” para o transporte escolar

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22/02/18 CIDADESJORNAL DE BRASÍLIA

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22/02/2018http://agenciabrasil.ebc.com.br/

Agência Brasil

Pisa será aplicado em maio para 19 mil estudantes

Sabrina Craide – Repórter daAgência Brasil

No Brasil, 19 mil estudantesvão participar do Pisa neste anoWilson Dias/Arquivo/AgênciaBrasil

As provas do ProgramaInternacional de Avaliação deEstudantes (Pisa) serão aplicadasem maio deste ano em mais de80 países. No Brasil, 19 mil alunosde 661 escolas passarão pelaavaliação conduzida pelo InstitutoNacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira(Inep).

O público-alvo do Pisa sãoestudantes de 15 anos, nascidosno ano de 2002 e matriculadosa partir do 7º ano do ensinofundamental. A avaliação é feitaa cada três anos e abrange asáreas de leitura, matemática eciências.

Também são coletadasinformações contextuais pormeio de questionários aplicadosaos estudantes, professores,diretores de escola. Em 2018,pela primeira vez, os pais dosestudantes selecionadosdeverão responder a umquestionário em papel.

A partir dos resultados serãoproduzidos indicadores quecontribuem para a discussão daqualidade da educação nospaíses participantes e permitema comparação da atuação dosestudantes e do ambiente deaprendizagem entre diferentespaíses. A divulgação dos dadosocorre no ano seguinte àaplicação.

Considerada a maioravaliação internacional emeducação, o Pisa é coordenadopela Organização paraCooperação e DesenvolvimentoEconômico (OCDE).

Edição: Nádia Franco

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22/02/18 DIÁRIODOPODER.COM.BRCLÁUDIO HUMBERTO

PROFESSOR DO DFGANHA O TRIPLO DA MÉDIANACIONAL

Educação consome a maior fatiado orçamento do governo do DistritoFederal, e os vencimentos ficam coma parte do leão: hoje, professores darede pública recebem salário médiode R$9 mil mensais. Esse valor é omaior do País e representa o triploda média nacional de R$3.335,atestada pelo Instituto Nacional deEstudos Educacionais (Inep), em2017. No governo do DF, Educaçãoresponde por um terço da folha.

INCOMPARÁVELO orçamento global da Secretaria

de Educação do Rio Janeiro chegaa R$3,9 bilhões, enquanto no DF sóa folha salarial da Educação totalizaR$6,9 bilhões. O detalhe é que há17 milhões de habitantes no Estadodo Rio, e menos de 3 milhões emBrasília.

DESIGUALDADEOs salários da Educação no DF

custam mais que todo o orçamentodo Amapá (R$ 5,8 bilhões) e odobro de Roraima (R$ 3,6 bilhões).

QUE PRIORIDADE?Apesar desses custos

espetaculares, o DF não tem sidocitado exatamente como umaunidade da Federação que priorizaEducação.

DISCO ARRANHADOSalário de professor deve ser

cada vez melhor, mas ao menosBrasília deixou para trás o“coitadismo” que alimenta apelegada dos sindicatos.

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21/02/2018http://agenciabrasil.ebc.com.br/

Agência Brasil

Ministros dizem que, sem sustentabilidade,Fies entraria em colapso

Pedro Peduzzi e MarianaTokarnia – Repórteres daAgência Brasil

Ministro Mendonça Filho disseque Fies poderia produzir rombosuperior a R$ 30 bilhõesWilsonDias/Agência Brasil

Tornar o Fundo deFinanciamento Estudantil (Fies)sustentável foi uma medida queevitou que, “em pouco tempo”, eleentrasse em “colapso”. Segundoo ministro da Educação,Mendonça Filho, da forma comoestava, o fundo poderia produzir

rombo superior a R$ 30 bilhões,valor que, ao final, acabariatendo de ser pago pelo TesouroNacional.

“O programa antigo erainsustentável, produzia rombo demais de R$ 30 bilhões, o quesignificaria em pouco tempo umcolapso do sistema. Não erajusto porque criava situação emque não havia compartilhamentode riscos”, disse hoje (21), emBrasília, o ministro ao falar naabertura do semináriointernacional O Novo Fies e osModelos de FinanciamentoEstudantil.

Segundo ele, o Fies passapor mudanças que garantirams u s t e n t a b i l i d a d e .“Sustentabilidade é uma palavraque tem sido sempre bemempregada com relação àquestão ambiental, mas temosde considerar que há umasustentabilidade básicafundamental paraprosseguirmos com avanços, eela está relacionada àeducação”, acrescentou.

Meirelles destacaaperfeiçoamento do programa

Presente ao seminário, oministro da Fazenda, HenriqueMeirelles, disse que essasustentabilidade permitirá oaperfeiçoamento do programa,de forma a resultar, em umsegundo momento, embenefícios para a economia epara a produtividade. Segundoele, outro ponto positivo dasrecentes mudanças no Fies é ode cobrar mais qualidade doscursos oferecidos pela iniciativaprivada.

“Do ponto de vista econômicoe produtivo do país, a melhora daeducação melhora a produção decada um. Da maneira comoestava antes era bom para odono da escola ou dauniversidade porque nãocobrávamos tanto desempenho”,disse.

“Agora, cobramos odesempenho da faculdade, o queleva a uma maiorresponsabilidade por parte dasuniversidades, faculdades e

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21/02/2018

também estudantes. O maisimportante é elevarmos o nível daeducação brasileira. Já tínhamosaumentado a quantidade deacesso à educação, mas aqualidade, não”, afirmou oministro da Fazenda.

Educação básica é defendidapor ministro

O ministro Mendonça Filhoreiterou que as políticas públicasimplementadas pelo Ministério daEducação (MEC) deveriam darmais foco à educação básica doque ao ensino superior.

“Historicamente, em nome doatendimento social, a parcela quemais usufrui políticas públicas nãoé a mais pobre. Quem acessa équem tem melhores condições.Com isso, os pobres têm debuscar vagas nas [instituições]privadas, se sacrificando paraconseguir pagar pelo acesso”.

De acordo com o ministro, oMEC, nos últimos 10 ou 12 anos,

aumentou de 50% para 60% oorçamento para o ensinosuperior. “Isso é um absurdo.Nessa trajetória viraríamosMinistério da EducaçãoSuperior. A educação básica é abase de tudo e o caminho paraque mais jovens cheguem auniversidades”, disse ele.

Também presente ao evento,o ministro da Integração, HelderBarbalho, destacou que o Fiesestá dentro da missão de suapasta, no sentido de promover odesenvolvimento regional.

“O desenvolvimento dasregiões Norte, Nordeste eCentro-Oeste é um desafioprioritário no sentido de fazercom que as diferenças diminuame as oportunidades cheguem aregiões mais longínquas”.

“Em números, estamostrabalhando para contemplar310 mil estudantes nessas trêsregiões. Destes, 100 mil estarãoisentos do pagamento de juros”,acrescentou.

Recursos não significamgastos, diz diretor de associação

Na avaliação do diretor-executivo da AssociaçãoBrasileira de Mantenedoras deEnsino Superior, Sólon HormidasCaldas, o governo erra aoclassificar como "rombo" osrecursos aplicados no Fies."Recursos aplicados emeducação representaminvestimento e não gasto", disse.

Ainda segundo Sólon, aminoria que se enquadrar nogrupo isento de pagamento dejuros terá outros acréscimosincidindo sobre o valor do boleto."Quem pegar R$ 1 mil nãopagará apenas R$ 1 mil. Há aindacorreção monetária, taxasbancárias e também o valorcobrado pelo seguro", finalizou.

(*) Texto alterado às 11h37para acréscimo de informações

Edição: Kleber Sampaio