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CLIPPING DEPUTADOS 03/12/2015
EDITORIAL
A POLÍTICA DA VINGANÇA
O que fica deste deplorável episódio é um pouco mais de desencanto com a política
e a certeza de que o Brasil merece lideranças mais qualificadas.
O Brasil atingiu ontem o momento mais agudo da atual crise política, com o
acolhimento de um dos 34 pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que
agora será examinado por uma comissão especial formada por lideranças de todos os
partidos e posteriormente pelo plenário da Câmara dos Deputados. Se dois terços dos
parlamentares aceitarem a abertura do processo, ele será enviado ao Senado e, só então,
com a chancela da Câmara Alta, a presidente terá que se afastar do cargo. Dilma é
acusada de ter cometido crime de responsabilidade ao incidir na prática das chamadas
pedaladas fiscais, que são o uso de artifícios contábeis para maquiar os resultados das
contas públicas.
Não se trata de um golpe, o impeachment está previsto na Constituição. Trata-se, isto
sim, de uma vingança política explícita por parte do presidente da Câmara, deputado
Eduardo Cunha, que se julga perseguido pelo governo por ter sido denunciado pela
Procuradoria-Geral da República como beneficiário de propinas no escândalo da
corrupção na Petrobras. Cunha segurou sua decisão sobre os pedidos de impeachment
até saber que a bancada petista votaria contra ele no Conselho de Ética e Decoro
Parlamentar. Foi uma evidente retaliação.
É lamentável que as relações políticas entre o Planalto e o Congresso tenham se
deteriorado a esse ponto, mas a crise também abre oportunidade para uma depuração
ética. Tanto a presidente da República quanto o presidente da Câmara poderão
apresentar suas defesas e alterar o rumo de seus julgamentos. Difícil vai ser mudar a
percepção dos brasileiros em relação aos seus desempenhos nos cargos que ocupam:
Dilma faz um mau governo, adota decisões equivocadas, não consegue equilibrar as
contas e está impondo sacrifícios sucessivos à população; Cunha comanda uma das
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casas legislativas de forma prepotente e vingativa, comporta-se como se estivesse acima
da lei e não consegue justificar os delitos de que é acusado.
O que fica deste deplorável episódio é um pouco mais de desencanto com a política e a
certeza de que o Brasil merece lideranças mais qualificadas.
Moacir Pereira
DROGAS
Uma cerimônia singular
registrou-se na formatura
de 2,2 mil alunos do
Programa Educacional
de Resistência às Drogas
e à Violência (Proerd),
mantido pela PM.
Diplomados alunos das
redes municipal, estadual
e particular, na faixa
etária entre 9 e 11 anos. O evento reuniu mais de 7 mil pessoas e foi prestigiado pelo
governador Raimundo Colombo.
JUSTIÇA
Como estava previsto, o desembargador José Antônio
Torres Marques (E) foi eleito novo presidente do Tribunal
de Justiça. Recebeu 52 votos dos desembargadores
presentes. A posse dos novos dirigentes será em 29 de
janeiro. Sucederá o desembargador Nelson Martins (D).
Eleitos, também, os desembargadores Cesar Abreu e
Antônio Monteiro Rocha para juízes do Tribunal Regional
Eleitoral.
PT JOGA DILMA AOS LEÕES
A decisão do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), de aceitar o
pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff ocorreu após a decisão do
comando do PT e de seus três deputados anunciarem voto favorável à cassação de
Cunha. Revanchismo puro!
De um lado, o gesto de Cunha acelera o processo de impeachment da presidente,
aumenta a sangria política e aprofunda a crise econômica que dominou o cenário
nacional durante este ano. Significa, também, que o PT, mergulhado no maior lamaçal
de roubalheira da história do Brasil, decidiu atirar Dilma aos leões para salvar o pouco
que sobra de sua imagem destruída pelos atos criminosos de seus líderes, e, sobretudo,
para blindar o ex-presidente Lula. É notório que, se sobreviver a esse tsunami, como diz
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Eduardo Suplicy, o PT terá como única boia de salvação a liderança de Lula. Com Lula
fora do jogo, Dilma não tem comando, nem liderança e muito menos a popularidade.
De outro lado, a pergunta que não quer calar: que autoridade moral tem o deputado
Eduardo Cunha, campeão do cinismo e do deboche nacional, chantagista assumido, para
autorizar um processo delicado e grave, que envolve o futuro de uma nação?
O resumo da ópera é uma tragédia. A presidente sob suspeita, o presidente da Câmara
na iminência de ser cassado e o presidente do Senado denunciado por corrupção.
As únicas luzes que dão esperança: a Justiça independente e a imprensa livre.
DIREITOS
COM CONFERÊNCIA DO PROFESSOR PAULO CARDOSO DA MOTA PINTO,
DA FACULDADE DE DIREITO DE COIMBRA (PORTUGAL), SERÁ ABERTO
HOJE, ÀS 19H30MIN, NO PLAZA ITAPEMA, O 17º CONGRESSO CATARINENSE
DOS MAGISTRADOS. MAIS DE 150 JUÍZES JÁ SE INSCREVERAM NO EVENTO
QUE TERÁ COMO PRINCIPAL ESTRELA O JUIZ FEDERAL SÉRGIO MORO,
QUE FALARÁ NA SEXTA-FEIRA, APÓS PAINEL SOBRE IMPRENSA E
JUDICIÁRIO.
TRE-SC MUDA
As eleições municipais de 2016 serão conduzidas pelo desembargador Cesar Abreu,
novo presidente do TRE, e pelo novo vice-presidente e corregedor-geral eleitoral,
desembargador Monteiro Rocha. A posse dos novos dirigentes será no dia 3 de
fevereiro de 2016, quando termina o mandato do desembargador Sérgio Baasch Luz.
STEMMER
Homenagem será prestada hoje ao ex-reitor Caspar Stemmer no prédio das engenharias,
na Trindade. Às 14h30min haverá inauguração da estátua de Stemmer, celebrando os 50
anos de sua posse como diretor da Escola de Engenharia. Em seguida, na reitoria, o
lançamento de obra do professor Arno Blass sobre o homenageado. Stemmer foi um
visionário, reconhecido no Brasil pela inovação tecnológica e integração com o setor
produtivo.
REITORA CONTESTA
A reitora da UFSC, Roselane Neckel, nega com veemência que tenha feito declarações
de hostilidade sobre a presença da PM no campus. Ao contrário, destacou relações
institucionais de alto nível visando medidas de melhoria da segurança em todas as áreas
da universidade.
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HOSPITAL
A reitora viajou a Brasília, onde tem hoje reuniões com dirigentes da Empresa Brasileira
de Serviços Hospitalares para tratar com urgência da adesão do Hospital Universitário.
Pretende definir ações imediatas de contratação de servidores para garantir o pleno
funcionamento do HU durante a temporada quando aumenta a demanda.
O LOCAL
Criticada dentro e fora da UFSC por ter transferido a reunião do conselho da reitoria
para o Centro de Ensino da PM, a reitora Roselane Neckel esclareceu que decidiu com
firmeza. E atendeu pedidos formais do Diretório dos Estudantes e do diretor do Centro
de Saúde, Sérgio Freitas, que pediram segurança para deliberar
Cacau Menezes
ANGELA
Um fato novo pode embaralhar o jogo político eleitoral em Florianópolis no próximo
ano. Cresce o nome de Angela Amin (PP) como mais uma opção para a sucessão de
Cesar Souza Jr. Ela teria como vice o vereador Jerônimo Alves (PRB) ligado aos
evangélicos, mas que também transita em outras áreas.
Cesar, Angela, Gean... Vai pensando aí, brother!
COMEÇOU A LIMPEZA
JÁ QUE O DEPUTADO EDUARDO CUNHA, PRESIDENTE DA CÂMARA,
ACEITOU A ABERTURA DO PROCESSO DE IMPEACHMENT DA PRESIDENTE
DILMA, QUE TAL PRESENTEAR A OUTRA METADE DOS BRASILEIROS
RENUNCIANDO AO MANDATO PARA RESPONDER POR SEUS CRIMES NA
JUSTIÇA COMUM? O PAÍS MERECE UMA LIMPEZA GERAL. QUE COMECEM
POR ELES.
CAROLINA BAHIA
IMPEACHMENT COMO VINGANÇA
Nada mais grave e sério dentro de um sistema democrático do que um processo de
impeachment contra o presidente da República. Nas mãos do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no entanto, esse mecanismo constitucional virou um
objeto de vingança. Cunha decidiu pela abertura do processo contra a presidente Dilma
Rousseff horas depois de a bancada do PT na Câmara anunciar que os três deputados do
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partido no Conselho de Ética votarão pela abertura do pedido de cassação contra ele.
Cunha se sentiu desafiado, acuado. No seu estilo agressivo de fazer política resolveu dar
o troco. Se já havia crise política e econômica, agora ela chega ao seu ápice.
Cunha e o governo passaram boa parte do ano duelando. Alvo da Operação Lava-Jato,
Cunha vinha usando a arma do impeachment tanto para conseguir apoio da oposição
quanto para manter os governistas sob controle. Enquanto a bancada do PT estava
encolhida, o presidente da Câmara deixava em banho-maria os pedidos de impeachment
que iam se acumulando na Câmara. Ao tomar conhecimento dos textos, especialistas
sempre avaliaram que ainda não há o grande motivo técnico para o afastamento da
presidente. Não foi detectado o Fiat Elba da presidente, uma alusão ao elemento fatal
que acabou complicando a vida do então presidente Fernando Collor. Esse pedido
contra Dilma está há meses nas mãos de Cunha. Muitos achavam que ele blefava
quando ameaçava levá-lo adiante.
A defesa do governo é que a presidente Dilma é vítima de uma revanche. Além disso,
que Cunha - denunciado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal Federal -
também não tem moral para conduzir um processo de tamanha gravidade. Tudo isso é
verdade. Mas também é fato que depois de aberto, esse processo de impeachment ganha
vida própria e seguirá de acordo com a pressão da opinião pública. A popularidade da
presidente é baixíssima e a base política no Congresso, infiel. Ao mesmo tempo, o vice-
presidente Michel Temer, uma das maiores lideranças do PMDB, está há meses fardado
para assumir a cadeira do Palácio do Planalto. Serão dias difíceis para o governo e para
o PT.
Na prática, o país vai entrar 2016 com a presidente da República pendurada em uma
comissão especial, sob sério risco de impeachment, e um presidente da Câmara
pendurado em um Conselho de Ética sob forte risco de perder o mandato. Quadro mais
instável e mais inseguro não poderia existir.
NOTÍCIAS
REFORMA PREVIDENCIÁRIA
Mudança radical a caminho da Alesc GOVERNO DO ESTADO encaminha hoje extinção do fundo previdenciário
criado em 2008 e junção de todos os funcionários
O governo do Estado encaminha hoje uma mudança radical nas proposta de reforma
previdenciária apresentada à Assembleia Legislativa no final de novembro. Por emenda
ao texto já em tramitação no parlamento, o governo vai extinguir o fundo previdenciário
criado em 2008, juntar os 13,7 mil funcionários contratados depois dessa data aos
demais 54,6 mil servidores em um único grupo e utilizar os R$ 800 milhões em caixa no
Iprev para pagar aposentadorias ao longo de 2016.
As conversas ganharam corpo nos dois dias em que a equipe técnica da Secretaria da
Fazenda discutiu com Iprev e Procuradoria-Geral do Estado a impossibilidade jurídica
de reajustar de 11% para 14% apenas as alíquotas previdenciárias dos servidores
contratados antes de 2008. Naquele ano, durante o governo Luiz Henrique da Silveira
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(PMDB), foi feita a reforma da previdência que separou os servidores estaduais em dois
grupos: o primeiro, dos que haviam ingressado no Estado até então, continuou tendo
suas contribuições revertidas para o caixa do Estado, responsável direto pelo pagamento
das aposentadorias. Os demais passaram a integrar o fundo previdenciário do Iprev, que
reuniria as contribuições em um sistema de poupança para garantir as futuras
aposentadorias. Era a chamada segregação das massas. O comandante da reforma era o
então secretário de Administração: Antonio Gavazzoni.
Ainda ontem, como antecipou o DC, o governo havia definido que a solução para
impasse jurídico era aplicar o aumento das alíquotas para todos os funcionários,
inclusive os que serão futuramente contratados. Embora mais simples, a medida tinha
efeitos colaterais. O principal deles era fazer com que o repasse patronal do Estado para
o fundo previdenciário também fosse para 14%, indo contra a lógica de reduzir o gasto
do governo com previdência. Dentro desse contexto foi que surgiu a ideia de trazer de
volta para o caixa os funcionários e, especialmente, os recursos do fundo criado em
2008.
BENEFÍCIO IMEDIATO SERIAM AS ALÍQUOTAS
A medida teria como benefício imediato resolver a questão das alíquotas. Todos os
servidores teriam as contribuições previdenciárias reajustadas em um ponto percentual
por ano até o limite de 14% em 2018. Igualmente, a contribuição patronal de todos seria
igualada em 28% nesse período.
A maior resistência à proposta era do próprio Gavazzoni. A existência de R$ 800
milhões em caixa no Iprev reservados para futuras aposentadorias reforçava sua
convicção no sucesso da reforma previdenciária de 2008, um de seus principais cartões
de visita. Ao mesmo tempo, o retorno dos recursos do fundo para o caixa do Estado
ajudaria a diminuir o déficit previdenciário ao longo de 2016 e fechar as contas em mais
um ano de crise.
Na tarde de terça-feira, enquanto os cerca de mil servidores públicos que protestavam
contra as reformas partiam da Alesc para o Centro Administrativo, Gavazzoni fez o
caminho inverso. Foi conversar com o presidente do Legislativo, Gelson Merisio
(PSD), sobre o clima para uma mudança no projeto e o fim da reforma ratificada pelo
parlamento em 2008. O parlamentar deu abertura às mudanças e o secretário fez o relato
a Colombo, que deu o sinal verde para a emenda.
Ainda no final da tarde de ontem, o líder do governo na Assembleia, Sílvio Dreveck
(PP), aguardava a chegada das emendas do aumento geral das alíquotas e também da
extinção do fundo previdenciário.
– Não faz sentido ter três tipos de servidor, um pago pelo tesouro, outro por sistema de
poupança e um terceiro com teto e fundo complementar –defendeu o pepista, em
referência ao SCPrev, aprovado minutos antes.
Uma reunião extraordinária das comissões foi marcada para hoje. Dreveck deve
apresentar o parecer da proposta já emendada. A expectativa do governo é aprovar as
mudanças antes do recesso parlamentar.
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– É visível o tratoraço. Ainda não tivemos acesso a detalhes sobre essas mudanças,
vamos descobrir na reunião – afirma a líder do PT na Alesc, Luciane Carminatti.
REFORMA PREVIDENCIÁRIA
Governador faz apelo para que deputados aprovem projetos
com ajustes na previdência
Durante uma cerimônia do Badesc Cidades, na manhã de ontem, o governador
Raimundo Colombo (PSD) fez um apelo aos deputados para que aprovem as medidas
que diminuem o déficit na previdência do Estado. Os projetos estão em tramitação na
Assembleia Legislativa, incluindo o SCPrev e a diminuição na alíquota.
– Nós tivemos uma queda agora em novembro de quase 7% sobre novembro do ano
passado. Um negócio maluco. Se você colocar mais 9% de inflação, é uma coisa
inacreditável. O primeiro semestre vinha na faixa de 5% ou 6% de crescimento. E o
segundo semestre está negativo. Os quatro últimos meses arrecadamos menos que o
mesmo valor do ano passado, sem considerar a inflação.
Colombo explicou que em cinco anos o déficit da previdência do Estado deve alcançar
os R$ 7,8 bilhões e que, se o governo não agir, SC pode viver o drama de atraso de
salários, como o Rio Grande do Sul.
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– Será uma falta de patriotismo, de responsabilidade, de covardia, a gente não fazer a
correção agora. Não é uma coisa de governo, é uma coisa de estado, ou você faz isso ou
as pessoas sofrerão muito.
O governador Raimundo Colombo ainda defendeu a união dos fundos como forma de
minimizar o impasse.
REFORMA PREVIDENCIÁRIA
SCPrev é aprovado com 34 votos na Assembleia Legislativa
O projeto que limita aposentadorias de futuros servidores ao teto dos trabalhadores
privados e que cria o fundo complementar SCPrev para os funcionários que quiserem
receber salários acima desse limite teve o apoio de 34 deputados estaduais e cinco
votos contrários.
A bancada do PT apresentou 12 emendas para alterações na proposta do governo, todas
rejeitadas em plenário. Por conta disso, os cinco deputados do partido decidiram rejeitar
o projeto. Na tribuna, a líder do partido, Luciane Carminatti, criticou:
— Quem quebrou a previdência não foram os servidores. Quem quebrou a previdência
tem nome, sobrenome e endereço. Nós queremos saber, mas isso nos foi impedido –
disse.
Em defesa do projeto, o deputado estadual Kennedy Nunes (PSD) provocou protestos
da oposição ao comparar os valores do déficit da previdência com os investidos em
saúde em todo o Estado — ambos na faixa de R$ 3 bilhões anuais.
— Por que 60 mil aposentados recebem do Estado o mesmo que 6 milhões de
catarinenses? A sociedade precisa saber, porque é ela que paga. Não é o governo que
paga — disse o pessedista.
ROBERTO AZEVEDO
O roto contra a descosida
Aceitar o pedido de impeachment escancara o interesse político do desesperado
Eduardo Cunha contra a desacreditada Dilma Rousseff: uma história sem heróis
ou mocinhos
Foi um ato reflexo de defesa de um desesperado, isso é o que moveu o deputado federal
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, a aceitar a abertura do processo de
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impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, algo que boa parte da sociedade
aguardava. Tanto que o argumento foi a pedalada fiscal do governo, no mesmo dia em
que o Congresso aprovou o texto-base da meta fiscal do governo federal, um déficit de
R$ 55 bilhões, e quando os três deputados do PT no Conselho de Ética da Câmara
tornaram público que não poupariam Cunha da cassação por quebra de decoro sobre
denúncias de propinas milionárias da corrupção, depositadas em bancos da Suíça.
Dilma tem longa lista para ser interpelada diante da enorme quantidade de denúncias de
corrupção, mas ainda assim faltaria a responsabilidade direta dela nos fatos, que
envolvem políticos de vários partidos, principalmente do PT, empresários, doleiros e
lobistas. O argumento das pedaladas, feito no pedido dos juristas Hélio Bicudo, Miguel
Reale Júnior e Janaína Conceição Paschoal, com base nas artimanhas fiscais do Planalto
em 2014 e continuadas em 2015, não se sustentaria, na versão oficial do Palácio do
Planalto. Porém o que dizer das consequências, que transformaram a economia em uma
nave sem rumo, geraram recessão, desemprego e inflação em alta.
Depois de um mar de especulações sobre o impeachment, Cunha tenta bancar o salvador
da pátria que não é. E o governo Dilma mostra sua fragilidade em articular, já que
deputados petistas correram ao gabinete do peemedebista, antes de oficializada a
aceitação, para dizer que reverteriam a posição dos colegas de partido insurgidos contra
Cunha no Conselho de Ética. O país mergulha de vez em um futuro incerto e cheio de
riscos, com poucas perspectivas de que algo será resolvido com o impeachment de
Dilma ou com a saída de Cunha da Câmara, legítimo caso de boa causa e Robin Hood
ruim, do roto a falar da descosida. Isso tudo gera uma expectativa gigante, que ainda
tem chances de ser abortada, em ambos os casos, porque o processo é longo.
Decidido
Antes de todo o ocorrido em torno do impeachment, o vice-governador Eduardo Pinho
Moreira já havia declarado que enviaria ofício ao presidente estadual do PMDB,
deputado federal Mauro Mariani, para que o partido se posicionasse de forma oficial
contra a permanência de Eduardo Cunha na Câmara. Manteve a posição após os fatos
divulgados na tarde de ontem, embora Cunha, o esperto, tenha ligado antes para o vice-
presidente da República Michel Temer para dizer que aceitaria o pedido contra Dilma.
Primeiro passo
Aprovação do SC Prev é o primeiro movimento para dar um rumo à Previdência Oficial
do Estado e estabelecer paridade entre o benefício que o trabalhador da iniciativa
privada recebe como teto do INSS na aposentadoria (R$ 4.663,75) e o servidor público,
que hoje recebe o salário integral de quem está na ativa. À oposição, que critica a
posição do governo e ignora que o modelo foi aprovado pelo governo federal, leia-se o
PT, e em 10 outros estados, tem, a partir de agora, o dever de fiscalizar o funcionamento
do SC Prev. Falta analisar o aumento da alíquota de 11% para 14% para todos os
servidores, até 2018.
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RUBENS CARDIGA ALVES/DIVULGAÇÃO/ND
Pedro Bittencourt Neto, Olívio Rocha e Raimundo Colombo: comentários após a
solenidade sobre as palavras por mudanças do governador
UM DISCURSO ENFÁTICO
Pareceu premonitório o discurso do governador Raimundo Colombo, durante a
assinatura de contratos do Badesc, no valor de R$ 48,5 milhões, quando, acima do tom
normal, cobrou posicionamento forte para mudanças no país e disse que Santa Catarina
poderia dar este exemplo. Colombo referia-se aos projetos de alteração da Previdência
Pública do Estado, um rombo quase impagável, e a aprovação do Plano de Carreira do
Magistério, em tramitação na Assembleia, e afirmou: ―Tenho certeza que o líder político
de agora é aquele que diz o que as pessoas não querem ouvir, que aponta caminhos que
as pessoas não querem enxergar e que propõe mudanças que são desconfortáveis para
alguns‖. Ao final do evento, Colombo conversou com o ex-deputado e ex-presidente da
Assembleia Pedro Bittencourt Neto (à esquerda), tudo observado por Olívio Rocha,
presidente da Agência de Fomento.
Desabafo
Professor Carlos Alberto Justo da Silva, o Paraná, um dos diretores-gerais do Hospital
Universitário da UFSC, em Florianópolis, está preocupado com os próximos três meses
de funcionamento da emergência da instituição. Paraná disse com todas as letras que
aguarda um apoio do governador Raimundo Colombo, que deverá conversar com o
ministro Aloyzio Mercadante (Educação) para a liberação de recursos para o setor,
bastante movimentado na temporada de verão, que se aproxima, antes da contratação de
pessoal pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
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Criativo
Depois de chegar a propor que todos os cargos da República, da presidente Dilma
Rousseff aos integrantes do Congresso, deveriam renunciar para dar uma nova chance
ao país, o que ele mesmo admite que seria difícil, o deputado federal João Rodrigues
(PSD) veio com outra. Pr4otoclou projeto que torna possível a punição ou até a
cassação do prefeito, governador e presidente da República que não cumprir suas
promessas de campanha eleitoral. Se passar, o que teremos de cargos vagos será uma
grandeza.
Do Judiciário
Enquanto o desembargador Torres Marques era confirmado na presidência do Tribunal
de Justiça pelos seus pares e pregava a União do Poder Judiciário, o desembargador
Cesar Augusto Mimoso Ruiz Abreu foi eleito presidente do TRE catarinense, o
magistrado que irá comandar as eleições municipais do ano que vem.
Duas torcidas
O deputado estadual Darci de Matos (PSD) conta com a torcida da deputada federal
Angela Albino (PC do B), direto de Brasília, na aprovação de um projeto que
regulamenta a presença das doulas, profissionais do parto humanizado em hospitais na
rede pública e privada no Estado. Darci e Angela foram os coautores do projeto,
aprovado na Comissão de Direitos Humanos do Legislativo Estadual.
“Temos uma receita anual de cerca de R$ 200 milhões, repasses constitucionais e
aplicações financeiras, então estamos repassando em torno de 25% da nossa receita.”
Luiz Roberto Herbst, conselheiro presidente do TCE, ao informar ao governador
Raimundo Colombo a devolução pela corte administrativa de R$ 46 milhões
economizados em 2015.
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* Bancada do PSDB indicou o senador Dalirio Beber (PSDB) como suplente do
Conselho de Ética, no bloco parlamentar da oposição, junto do líder tucano na Casa,
senador Cássio Cunha Lima e de Ricardo Franco (DEM-SE).
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* Dia 18 será o último de trabalho neste ano para o funcionalismo estadual: o
governador Raimundo Colombo acertou com os secretários João Matos (Administração)
e Nelson Serpa (Casa Civil), que o recesso do Executivo será de 21 de dezembro deste
ano a 3 de janeiro de 2016.
Uma luz
Deputado federal Esperidião Amin (PP) enviou ao relator do orçamento da União,
deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), um pedido especial para que a emenda
apresentada por ele à LDO seja acatado para resolver o problema da iluminação da
Ponte Anita Garibaldi. A pendenga entre o DNIT, a Celesc e a prefeitura de Laguna
teria uma solução técnica, na opinião de Amin, que considera caber ao órgão federal o
pagamento da conta de luz.
PAULO ALCEU
PMDB e PSD
Há um grupo no PMDB que insiste que as cartas ainda não foram batidas nem em
Florianópolis e muito menos em Joinville. Sustentando que o PMDB terá um vice do
PSD em Joinville, unindo forças com Udo Döhler. E o PSD terá um vice do PMDB na
Capital, reforçando a chapa de Cesar Júnior. Mais afoitos ainda, garantem, que tem
inclusive o aval do governador Raimundo Colombo. Será? Até porque integrantes desse
―grupo‖ costumam avalizar a candidatura de Gean Loureiro em eventos do partido.
Jogo duplo? De repente, pode até ser visando interesses específicos. Mas a realidade
atual revela que Gean está com a sua campanha praticamente costurada. E
preparadíssimo para disputar, pela segunda vez, a prefeitura da Capital. Em Joinville,
Darci de Mattos tem o apoio de companheiros do partido e nenhuma restrição direta do
governador Colombo. As cartas podem não estar definidas, mas o cenário é muito mais
propenso a PSD e PP na Capital e PSD adversário do PMDB em Joinville.
Duro
Foi ontem durante a liberação dos R$ 48,5 milhões do programa Badesc Cidades para
26 municípios que o governador Raimundo Colombo foi enfático e contundente durante
seu discurso. Chegou a mudar o tom de voz ao defender os projetos em tramitação na
Assembleia: ―Será uma falta de patriotismo, de responsabilidade, mas pior do que isso,
um ato de covardia se a gente não fizer a correção da previdência. Não é uma coisa de
governo, mas sim de estado. Ou você faz isso ou as pessoas sofrerão muito‖, deixou
bem claro o governador que se referia ao aumento da alíquota de 11% para 14%.
Driblando a crise
Com 52 votos dos 56 desembargadores aptos a votar foi eleito ontem para presidir o
Tribunal de Justiça durante o biênio 2016/2018 o desembargador José Antonio Torres
Marques.Uma votação que revelou unidade, inclusive, expressada pelo novo presidente,
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que assume no dia 29 de janeiro, que enfatizou que a palavra chave da sua gestão será a
união. E deixou claro, também, que a união será fundamental para enfrentar os
momentos de crise prenunciados pelo quadro econômico. O desembargador Torres
Marques anunciou, no seu primeiro discurso, uma remodelação administrativa para
superar esse novo momento, reconhecendo os efeitos danosos da crise econômica. E fez
um alerta devido à escassez de recursos conclamando a todos para que sejam criativos.
Assumirá ciente de que enfrentará um período duro, onde deverá praticar o que
classifica de uma de suas características: o diálogo.
Avanços
Parece que desta vez a esperança vai vencer o ―não pode.‖ Tomara. Foi lançado ontem
na presença do prefeito Cesar Jr. e do presidente da Acatmar, Mané Ferrari, o
Procedimento de Manifestação de Interesse para implantação do Parque Urbano e
Marina Beira-mar Norte, que certamente permitirá que investidores nacionais e
estrangeiros se habilitem para execução do projeto, numa parceria público privada. O
lançamento foi prestigiado por todo o trade turístico. Um sonho que começa a se tornar
realidade.
Incrível
Tem que ter uma lei com punição exemplar contra políticos que prometem e não
cumprem. Pelo menos o deputado João Rodrigues protocolou na Câmara um projeto de
lei acabando com as falsas promessas de campanha. A punição poderá inclusive
alcançar a cassação do mandato. A expectativa é de que esteja valendo para as eleições
municipais, tornando os candidatos ,digamos, ―mais sinceros.‖ É preciso de lei para
fazer com que a ―turma‖ de valor a palavra e respeite a promessa empenhada.
Fato
O Plano de Carreira do Magistério, segundo revelou o próprio secretário da Educação,
Eduardo Deschamps, tem resistência na base governista. Parlamentares do PSD, partido
do governador, mostram-se céticos quanto ao projeto, enquanto Colombo reafirma em
discursos a importância de sua aprovação. Mas não está fácil, não.
Toma-lá-dá-cá
Pois é, o PT optou pelo partido. A bancada ao decidir que votará pela continuidade do
processo de cassação de Eduardo Cunha no Conselho de Ética, colocou a presidente
Dilma na forca, pois Cunha ativou o processo de impeachment. Ele vinha sendo usado
por Cunha para negociações de sobrevivência. O PT ao decidir pela cassação do
deputado, ele não perdeu tempo e ―detonou‖ a presidente. Enquanto o PT pensa em
limpar a barra junto à opinião pública pois está totalmente arranhado pelos episódios de
corrupção, o Planalto agora terá que driblar o impeachment de Dilma. Guerra declarada.
Reação
Muitos vereadores ficaram indignados com as manifestações da suplente Maria da
Graça Dutra que saiu da Câmara atirando. O fato de ter dito que ―vereador deve ter
coerência, dignidade e não preço,‖ produziu manifestações de desagravo. E um dos
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vereadores fez uma indagação: ―Qual foi o preço dela quando fez indicações para o
prefeito de cargos na administração municipal?‖
Assembleia
Cena lamentável, mas de repente retratando um comportamento, esse sim, deplorável.
PMs foram chamados para dar segurança na Assembleia e inclusive as galerias foram
fechadas para evitar manifestações que ultrapassaram o bom senso e a educação.
Sindicalistas estavam cuspindo nos deputados durante as votações. Já teve caso de jogar
saco de farinha no presidente da comissão. Isso não é protesto, que tem sua legitimidade
e direito democrático, mas desrespeito e vandalismo. Imagem com certeza incompatível
com o servidor público catarinense. Ontem foi aprovado o SC PREVI, o aumento de
alíquotas só a semana que vem.
A vida segue
A crise no país tem nome e sobrenome. Nome: Eduardo. Sobrenome: Rousseff. E cheia
de filhos bastardos apelidados de Lava-Jato.
Jefferson Saavedra
Amae multa Águas em R$ 154,6 mil
As perdas de água levaram a Amae a aplicar multa de R$ 154,6 mil na Águas de
Joinville. A agência de regulação havia notificado a companhia de saneamento no ano
passado por causa do elevado índice de desperdício, em torno de 50% da produção. A
defesa não convenceu a Amae, que decidiu pela multa. Agora, a Águas a chance ainda
de recorrer ao Conselho Municipal de Água e Esgoto. A alegação da agência apontou
descumprimento entre 2013 e 2014 das metas de redução de desperdício acertadas em
acordo de desempenho e na revisão tarifária. Nem todas as ações previstas foram
iniciadas, segundo relatório. O valor da multa é calculado com base em fração do
faturamento. A Águas aponta redução de perdas em 2015, com maior velocidade no
conserto de vazamentos – o que reduziu o desperdício em 1,3 bilhão de litros – e
eficiência na detecção de fraudes.
Corredor fica
O Tribunal de Justiça manteve ontem a decisão de Joinville sobre o corredor de ônibus
na avenida JK em frente ao Santos Anjos, sem interrupção na via exclusiva para o
transporte coletivo. Com a justificativa de mais segurança no trânsito, a escola queria a
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retomada das vagas de embarque e desembarque. O tribunal alegou que como existem
outras vias de acesso ao colégio, as vagas para os veículos podem ser retiradas em ―prol
da coletividade‖.
NA LABUTA
O Papai Noel começou a trabalhar antes mesmo da abertura
oficial da rua do Natal, marcada para o início da noite de
ontem. Com decoração e programação especiais, a rua foi
montada na Quinze de Novembro, no Centro de Joinville.
Sugestões à LOT
Os geminados estão na lista de sugestões ao projeto da LOT encaminhada à Câmara de
Joinville pelo Núcleo da Construção Civil da Acij. São solicitadas alterações nas regras
de acesso dessas construções nas faixas viárias. É sugerida a eliminação de referência a
anexo sobre frente mínima (testada) de lotes em condomínios.
Mais pedidos
Há pedido de mudança no índice de aproveitamento do lote, uma forma de manter
apartamentos populares nos bairros e elevação do gabarito (altura máximo dos prédios)
de nove para 15 metros em determinadas regiões. Tem também proposta para
eliminação de limite para tamanho de guaritas e lixeiras construídas em recuos de
prédios.
No aeroporto
Uma curiosidade sobre a movimentação no Aeroporto de
Joinville. Com os 430 mil passageiros transportados até
outubro, houve crescimento de quase 6% em relação ao ano
passado. Mas o número de pousos e decolagens caiu, o que
mostra voos mais ocupados.
Vez do PP
Um dos temas da reunião de hoje do PP de Joinville é a avaliação se o partido deve
permanecer no governo Udo. O partido tem Sidney Sabel no primeiro escalão, na
Subprefeitura de Pirabeiraba, nomeação que permite ao suplente Rodrigo Thomazi
exercer mandato na Câmara de Vereadores.
Itapocu
O projeto da Casan para captar água no rio Itapocu está sendo alterado para abranger
também as regiões de Barra Velha e Balneário Piçarras – hoje, o abastecimento está
garantindo, é investimento para o futuro. O plano, de longo prazo e estimado em mais
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de R$ 100 milhões, não deverá mais contemplar a zona Sul de Joinville, abastecida pela
Águas de Joinville.
Aprovado
Em sessão que teve de ser prorrogada, a Câmara de Joinville aprovou ontem à noite o
orçamento da Prefeitura para o ano que vem. O projeto ainda não pode ser sancionado
pelo prefeito Udo Döhler (PMDB) porque há liminar concedida ao vereador Maycon
Cesar (PSDB).
Recurso
Maycon Cesar alegou que não foram realizadas audiências públicas, uma determinação
do Estatuto das Cidades. A Câmara está recorrendo no Tribunal de Justiça, ainda sem
julgamento. Se a liminar não for derrubada, o orçamento de 2015 poderá ser reeditado
para o ano que vem.
Quanto sobrou
As sobras na Câmara de Vereadores de Joinville devem ficar perto de R$ 5 milhões. A
maior parte, R$ 3,5 milhões, já foi devolvida ao Executivo, para uso no pagamento da
folha dos servidores. Desde o final do anos 90 sobram recursos na Câmara, sempre
devolvidos – a exceção foi quando foram utilizados na construção da sede própria.
Tarifa
A definição da Prefeitura de Joinville sobre o reajuste da passagem de ônibus para 2016
deve sair somente depois da decisão sobre o recurso a ser apresentado nos próximos
dias. O município vai recorrer contra a liminar concedida às empresas que determinou
reajuste pelo índice definido na planilha.
Inflação
A tendência da Prefeitura era repetir a tática anterior, de aplicar índice semelhante à
inflação, ainda que a passagem seja calculada pela planilha e não pelo IPCA. Assim, a
tarifa passaria dos atuais R$ 3,25 para algo entre R$ 3,55 e R$ 3,60. Só que pela
planilha, está dando R$ 3,78. É uma pendenga a ser resolvida até o fim do ano.
Mortes pela Aids
Pelos dados divulgados nesta semana pelo Ministério da Saúde, a Aids matou 924
pessoas em Joinville desde o surgimento do primeiro caso.
Novas PPPs
Entre os projetos enviados pelo governo do Estado à Assembleia, está um sobre novas
regras em relação às parcerias público privadas.
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Em Joinville
O corredor para motos em ruas de mão única, proposta de Roberto Bisoni, não avançou
ontem em comissão da Câmara.
NOTÍCIAS
VOTAÇÃO
Deputados aprovam a SCPrev Projeto que cria novo sistema previdenciário dos servidores estaduais segue para
sanção de Colombo
O projeto do governo do Estado que muda o sistema previdenciário do funcionalismo
público foi aprovado ontem pela Assembleia Legislativa. A proposta limita
aposentadorias de futuros servidores ao teto dos trabalhadores privados e cria o fundo
complementar SCPrev para os funcionário que quiserem receber salários acima desse
limite, hoje estipulado em R$ 4,6 mil. A proposta teve o apoio de 34 deputados
estaduais e apenas cinco votos contrários, todos da bancada do PT.
A sessão foi marcada por um forte de esquema de segurança, com a presença reforçada
de policiais militares no acesso às galerias do plenário. A presença de público foi
limitada e permitida apenas nas galerias inferiores, onde sindicalistas e servidores
protestaram contra as mudanças nas regras da previdência.
A bancada do PT apresentou 12 emendas à proposta do governo, todas rejeitadas em
plenário. Por causa disso, os cinco deputados do partido decidiram rejeitar o projeto. Na
tribuna, a líder do PT, Luciane Carminatti, criticou a aprovação das mudanças ter sido
aprovada em regime de urgência e sem a realização de audiência pública.
– Quem quebrou a previdência não foram os servidores. Quem quebrou a previdência
tem nome, sobrenome e endereço. Nós queremos saber, mas isso nos foi impedido –
disse.
Em defesa do projeto, o deputado estadual Kennedy Nunes (PSD) provocou protestos
nas galerias e da oposição ao comparar os valores do déficit da previdência com os
investidos em saúde em todo o Estado – ambos na faixa de R$ 3 bilhões anuais.
– Por que 60 mil aposentados recebem do Estado o mesmo que 6 milhões de
catarinenses? A sociedade precisa saber, porque é ela que paga. Não é o governo que
paga – disse o pessedista.
Antes de ir a plenário, o projeto havia sido aprovado pela manhã na reunião conjunta
das comissões de Finanças e de Trabalho e Serviço Público. Na ocasião, também
haviam sido rejeitadas as emendas apresentadas pelo PT. Agora, a proposta será enviada
para sanção do governador Raimundo Colombo (PSD).
Pela manhã, durante cerimônia do Badesc Cidades, o governador fez um apelo aos
deputados para que aprovassem as medidas que diminuem o déficit na previdência do
Estado.
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–Nós tivemos uma queda agora em novembro de quase 7% sobre novembro do ano
passado. Mesmo que haja impopularidade, você não pode perder a credibilidade. É a
hora de ter coragem e proteger a sociedade catarinense. Nós vamos terminar o ano
honrando todos os nossos compromissos. Mas teremos um ano difícil em 2016 –
afirmou.
Sobras devolvidas
O Tribunal de Contas de SC anunciou oficialmente ontem que vai devolver R$ 46
milhões ao Executivo (e não apenas R$ 3,1 milhões como inicialmente foi divulgado)
de sobras do duodécimo deste ano. Não se trata de um gesto de grandeza da corte de
contas e sim uma obrigação moral, embora não prevista em lei. Muito malandramente,
os deputados foram deixando a indecência ser paga, sem agir, por também beneficiar-
se. Em todo caso representa o fim de uma abominável imoralidade, que desde 1998
fazia com que tais restos (centenas de milhões, desde então) fossem rateados em
gratificações natalinas (R$ 4 mil em 2014 para 11.410 servidores públicos), como um
presente de Papai Noel, tudo às custas do esfolado contribuinte.
Consumidor
Os estabelecimentos comerciais e órgãos oficiais de SC devem divulgar o número de
telefone e endereços do Procon estadual ou dos municípios. De acordo com o decreto
488/2015, que regulamentou a lei 16.582, as informações deverão ser afixadas em local
visível, divulgadas por meio de cartaz, banner, adesivos, catálogos ou painel eletrônico.
Os estabelecimentos virtuais também deverão divulgar as informações na internet. O
descumprimento da obrigação está sujeito às sanções previstas no Código de Defesa do
Consumidor.
Contra Cunha
Contrariando orientação do Palácio do Planalto, o deputado federal Pedro Uczai
(PT/SC), vice-líder do partido, atuou na articulação de um abaixo-assinado entre a
bancada petista pedindo a continuidade das investigações no Conselho de Ética contra o
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Atualmente a
bancada da sigla é composta por 60 parlamentares e, destes, 31 assinaram o documento
pressionando o Conselho de Ética para votar pela admissibilidade da denúncia contra o
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presidente Cunha.
Moro, a estrela
Está cercada de muita expectativa a presença, amanhã, do juiz Sérgio Moro, da
Operação Lava Jato, no Congresso de Magistrados de SC, no Plaza Itapema Resort &
SPA. O magistrado participará do painel ―A efetividade da jurisdição como fator de
legitimação‖, que encerrará os trabalhos do evento.
Oliveiras
O Ministério da Ciência e Tecnologia está dando R$ 2 milhões para projeto de apoio à
plantação de oliveiras em Campo Erê, no oeste de SC, onde pesquisas detectaram que é
possível se colher 16 toneladas por hectare, o que poderia permitir um faturamento de
R$ 90 mil com óleo e R$ 25 mil com conservas. O azeite a ser produzido será chamado
de ―senador‖, em homenagem ao ex-governador Luiz Henrique da Silveira, que
incentivou o cultivo da oleácea na região.
Assina embaixo
A seccional de SC da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) convalidou posição da
direção nacional para cobrar o afastamento imediato de Eduardo Cunha da presidência
da Câmara dos Deputados.
Lei questionada
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) está questionando
no Supremo Tribunal Federal a lei catarinense 16.751/2015, que proíbe a propaganda de
medicamentos e similares nos meios de comunicação do Estado. Sustenta que é
―flagrantemente inconstitucional‖, já que somente a União detém competência privativa
para legislar a respeito da matéria.
Manifestação cultural
Os mais de 400 centros de tradições gaúchas existentes em SC podem ficar tranquilos.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara, da qual faz parte o
deputado catarinense Celso Maldaner (PMDB), aprovou, em caráter conclusivo,
proposta que concede status de manifestação da cultura nacional ao rodeio e à
vaguejada. A matéria seguirá agora para análise do Senado. Diferentemente da farra do
boi e da tourada, o rodeio e a vaquejada não têm como objetivo o sofrimento do animal,
concluiu a comissão.
Gestão fiscal
Depois de 15 anos da sua criação, o Conselho de Gestão Fiscal irá sair do papel e atuar
como auxiliar na análise do equilíbrio fiscal da União. O Senado aprovou anteontem
projeto que amplia as atribuições do conselho e viabiliza a instalação e o funcionamento
do órgão. A proposta, do senador Paulo Bauer (PSDB-SC), integra a pauta da Agenda
Brasil.
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Estupro
Um homem adulto de 23 anos, que ―namora‖ uma menina de 12 anos, e a seduz,
praticou estupro ou não? Sim, foi estupro, decidiu o TJ-SC, que o condenou a 9 anos e 4
meses de reclusão, em regime fechado.
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O governador Raimundo Colombo, o vice-governador Eduardo Pinho Moreira e o
presidente da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc), Olívio Rocha,
assinaram nesta quarta-feira (2), contratos do Badesc Cidades com 26 municípios
catarinenses. Os recursos de R$ 48,5 milhões serão aplicados na realização de obras e
na aquisição de equipamentos, com o objetivo de promover o desenvolvimento
econômico de todas as regiões do Estado.
Colombo destacou que o Badesc Cidades foi se aperfeiçoando ao longo dos anos e é um
ponto importante e fundamental no desenvolvimento das ações de cada um dos 295
municípios. ―Damos a condição para as prefeituras fazerem obras de maior
complexidade, já que com a receita mensal os prefeitos não conseguem. Esse dinheiro
faz parte de um fundo que não volta para o governo e que permite a realização de obras
que vão melhorar muito a infraestrutura das cidades, gerando um resultado imediato‖,
disse.
O governador informou ainda que um novo programa vai complementar as ações de
apoio às cidades. O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), com
o BRDE Municípios, vai garantir R$ 150 milhões para cada um dos três estados do Sul,
totalizando R$ 450 milhões em novos investimentos. ―Os recursos já estão disponíveis.
Vão ajudar a dinamizar a economia no próximo ano‖, salientou Colombo.
―Com a crise que o Brasil vive, Santa Catarina tem uma boa situação justamente por ter
programas como esse. São parcerias que dão certo e geram muitas oportunidades‖,
observou o vice-governador, Eduardo Pinho Moreira.
A prefeita de Bombinhas, Ana Paula da Silva, falou em nome dos prefeitos e destacou a
importância dos recursos. ―Nós, prefeitos, somos gratos pelos recursos, pois não
teríamos condições de executar as obras ou comprar o equipamentos. Com certeza, os
investimentos trarão muito mais conforto e qualidade vida para os catarinenses‖, disse.
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Dentre as ações autorizadas com as assinaturas dos contratos, estão a pavimentação de
vias, aquisição de máquinas e equipamentos, obras de infraestrutura e construção de
creche. ―São recursos importantes para os municípios, que podem efetivar ações para a
melhoria da qualidade de vida da população catarinense, além de estimular a economia
de cada região, cumprindo o papel essencial do Badesc‖, afirmou o presidente Rocha.
O presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), José Caramori,
salientou que não há recursos oriundos do caixa local para as prefeituras fazerem
investimentos nas cidades. ―O Governo do Estado, incentivando pelo Badesc,
possibilitam o repasse de recursos para que os municípios possam investir, e isso
precisa ser reconhecido e valorizado. É uma ação imprescindível para que as cidades
catarinenses, mesmo em época de crise, continuem fazendo investimentos‖.
O Badesc Cidades é uma linha de crédito que financia até 100% do valor de projetos
ligados a turismo, desenvolvimento institucional, empreendimentos comunitários,
equipamentos comunitários, infraestrutura de habitação, saneamento básico (água e
esgoto), saúde, saneamento, sistema viário e transporte escolar. Por meio dele, cada
município, com base no que arrecada, pode obter financiamentos com um ano de
carência e três anos para amortização.
SITUAÇÃO ATUAL EM SANTA CATARINA – Ainda durante o encontro com os
prefeitos, Colombo falou sobre a Previdência do Estado. Ele relatou que, em 2020, o
déficit será de R$ 7,8 bilhões se Santa Catarina não tomar uma atitude.
―O que acontece hoje com outros estados que estão atrasando salários, acontecerá aqui.
Não fazer a correção agora será uma falta de patriotismo, de responsabilidade, ou pior
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que isso, um ato de covardia. Não é uma ação de Governo, é de Estado. Ou fazemos
isso ou as pessoas sofrerão muito. A mudança é algo indispensável, tem que ser feito,
sob pena de no futuro não termos a capacidade de honrar os compromissos básicos. Isso
vai acontecer com todos os municípios e Estados que têm o sistema próprio de
previdência e que não tomarem as medidas,‖ explicou.
O governador disse que o Brasil chegou a um momento que precisa corrigir seus rumos
e tomar novas atitudes. Conforme Colombo, é o momento das pessoas que têm a
capacidade de liderar exercerem o papel na sociedade com responsabilidade, mesmo
que haja impopularidade. ―Nunca podemos perder a credibilidade. É a hora de termos
coragem e de protegermos a sociedade catarinense. Temos que reagir como agentes
públicos para dar todo apoio e termos condições de continuar fazendo o movimento em
favor da sociedade catarinense‖, afirmou.
O governador destacou ainda que a situação atual é de desafios e ao mesmo tempo de
oportunidades. Apesar das dificuldades, Santa Catarina tem conseguido manter o
equilíbrio fiscal e o dinamismo econômico com investimentos em obras e em
oportunidades de setores.
―Sabemos que precisamos fazer mais e melhor. Não vamos deixar esse momento de
pessimismo nos contaminar. Vamos fechar o ano bem, vamos conseguir pagar todas as
contas, folhas, salários. O modelo catarinense tem conseguido resistir bem. Não é fácil,
mas nós o preparamos bem. Vamos conseguir honrar com todos os nossos
compromissos. Não vamos aumentar impostos, porque isso não resolve e só pune a
população‖, finalizou Colombo, acrescentando e agradecendo o apoio recebido da
Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas em 2015.
Colombo destacou que buscar oportunidades é o caminho da prosperidade e que faz
com que Santa Catarina seja um Estado diferenciado em desenvolvimento. ―Eu peço a
ajuda de todos. É um momento de soma de forças para que possamos fazer o certo, com
coragem e determinação. Eu aprendi muito cedo que o melhor político é aquele que
consegue ser a voz de quem não tem voz, que consegue criar oportunidade para quem
não tem e que devolve a esperança para quem não acredita‖, salientou.
O governador solicitou ainda a determinação para seguir outros caminhos. ―Tenho
certeza que o líder político de agora é aquele que diz o que as pessoas não querem ouvir,
que aponta caminhos que as pessoas não querem enxergar e que propõe mudanças que
são desconfortáveis para alguns. Mas é isto que o Brasil precisa para mudar. O povo não
sabe para onde ir. Este é o clima pior de todos e cabe a nós apontar caminhos‖,
completou.
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Comemoração
Cerca de 600 pessoas participaram no sábado, em Schroeder, da comemoração dos 35
anos do PMDB. O encontro comandado pelo presidente Jair Bridaroli teve homenagens
que antecederam a confraternização. Estranhamente, nenhuma liderança regional ou
estadual compareceu. Jair não é o nome que caiu nas graças dos mandachuvas do
partido, que tem outro projeto às eleições de 2016, que é a filiação de Felipe Voigt. No
início da semana falava-se numa possível intervenção para destituir a atual executiva e
formar uma provisória, já com nomes definidos.
COMEMORAÇÃO 1
O PP de Schroeder, em outro local da cidade, também realizou encontro interno. Quatro
ex-prefeitos (Luti, Aldo, Piske e Felipe) e dois ex-vice-prefeitos estavam presentes. O
partido aceita com naturalidade a eventual saída de Felipe que poderá ir para o PMDB
para ser candidato a prefeito. Ele não descarta, mas existem condições. Uma delas com
o PP de vice. No PMDB, Felipe não encontrará apenas sorrisos, se de fato confirmar a
sua filiação. Boa parte vai cruzar os braços e apoiar outra candidatura. É a leitura que se
faz no atual momento.
ENCONTRO
De olho nas eleições de 2016, o PSD realizou encontro festivo na segunda-feira à noite
(30), no Rancho do Tonin, no Rau. Entre os presentes, os deputados João Rodrigues e
Jean Kuhlmann, além do vereador Jair Pedri, que ainda é tucano, mas deve se mudar
de mala e cuia para o PSD quando abrir a janela para transferência de partido, sem
perda de mandato. O encontro reuniu em torno de 400 pessoas. Lideranças de outras
siglas também compareceram, inclusive do PT, que ouviram fortes críticas de Rodrigues
ao governo federal.
ENCOSTOS
Jair parece que é a bola da vez. Por isso os encostos já começam a se aproximar. São as
figuras manjadas de sempre, os interesseiros iguais abutres que "cheiram"
oportunidades e buscam alguma vantagem futura. Tinha vários no encontro do PSD.
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POLÍTICA
Dresch critica falta de capacidade do governo em negociar
Deputado aponta greves irregularidade em projetos envidados ao legislativo no
"apagar das luzes"
Florianópolis (SC)
O deputado estadual Dirceu Dresch (PT/SC) disse hoje (01), no Plenário da
Assembleia Legislativa, que se o governador não consegue construir propostas e
construir o consenso, os parlamentares têm, sim, condições de fazer isso. ―Podemos
melhorar e corrigir os projetos do governo para que se tenha um serviço público de
qualidade para a população e servidores valorizados e motivados‖, disse. Segundo o
deputado, o governo não dialoga com as categorias do serviço público e transfere sua
incapacidade de negociar para o Legislativo resolver.
―O governo Colombo manda projetos polêmicos no fim do ano para impedir o amplo
debate social, porque isso mostraria os malfeitos que ajudaram a aprofundar o buraco no
sistema de previdência dos servidores. Mostraria sua visão de governo, que preza pelo
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desmonte do serviço público de qualidade e sufoca a manifestação dos trabalhadores‖,
afirmou o deputado.
Conforme o parlamentar, a MP 205, que altera os fundos, permitindo o uso dos recursos
para pagar salário será questionada na justiça se for aprovada. ―O governo não executa
os programas e políticas públicas que deveriam ser postos em práticas com os recursos
dos fundos‖, disse. Deu o exemplo do Programa de Pagamento por Serviços
Ambientais, que não sai do papel há sete anos e seus recursos, agora, serão usados para
pagar salário de servidores ativos e inativos. ―O Fundo do Pré Sal, que deveria ir para a
educação, o governo Colombo quer usar para cobrir a dívidas do Estado.‖
Dirceu afirmou que os projetos de lei 517 e 518, - o primeiro altera o plano de carreira
do magistério e o segundo o regime de contratação dos profissionais contratados em
regime temporário ACTs -, não contemplam as reivindicações dos professores efetivos e
retira 12 mil professores ACTs da carreira do magistério.
―Os professores da rede pública estadual querem uma carreira que estimule o professor,
que valorize o profissional que quer crescer e se aperfeiçoar. Quer uma carreira que
estimule os jovens a desejar ter como profissão o ofício de educar. Os professores ACTs
querem a abertura de concurso público, querem ser respeitados.‖
Dresch disse que os professores catarinenses querem o cumprimento da lei. E a lei diz
que o reajuste do Piso Nacional será incorporado na carreira do magistério, em todos os
níveis.‖ O governo não cumpre o que determina a Constituição e investe menos de 25%
em educação. Deixou de investir em educação cerca de R$ 1,5 bilhão nós últimos cinco
anos‖, informou.
Além da questão do magistério, tramita na Alesc em regime de urgência o projeto que
aumenta a contribuição previdenciária que visa a conter o rombo de R$ 3 bilhões na
previdência estadual. ― Esses dados são do governo do Estado. É um projeto que mexe
com a vida de mais de 115 mil servidores. Não vamos debater as ações politiqueiras e
irresponsáveis que fizeram a luz vermelha da previdência acender?‖, questionou.
Dresch disse que denunciou e alertou para os vários projetos que tramitaram sem o
estudo do impacto para a previdência estadual. ―Foram vários projetos aqui aprovados
nos últimos anos que possibilitaram a incorporação de gratificações e a retirada do teto
salarial para a elite do serviço público, que está se aposentando com supersalários‖,
acusou.
Nas repostagens sobre o tema difundidas na imprensa, a mensagem do governador é
colocar a sociedade contra os trabalhadores do serviço público. ―Como se a
aposentadoria deles fosse a causa da falta de investimento na saúde, na educação e no
serviço público.‖
Projeto do Deputado Rodrigo Minotto cria "auxílio natureza"
Está tramitando na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 549.0/2015, de autoria do
deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT) que cria o ―Auxílio Natureza‖, destinado às
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famílias atingidas por desastres ambientais. O auxílio financeiro, no valor de um salário
mínimo, será concedido por um período de seis meses a contar da data da intempérie.
Receberão o benefício as famílias cujos domicílios tenham sido interditados pela Defesa
Civil e estejam localizados nos municípios em situação de emergência ou calamidade
pública devidamente homologada pelo Chefe do Poder Executivo Estadual. Além disso,
tem direito quem perdeu a lavoura e seus negócios, deixou de exercer sua atividade
econômica, ou profissionais autônomos que perderam seus equipamentos e documentos
de trabalho por ocasião do desastre ambiental. "O objetivo é dar suporte a quem sofre
com vendavais, tornados, estiagens e enchentes e outros fenômenos de natureza
ambiental, que vem ocorrendo em Santa Catarina causando prejuízos a população e à
economia", explica Minotto.
Para ter direito ao benefício as famílias deverão comprovar que a renda per capta da
unidade familiar seja de até cinco salários mínimos. O ―Auxílio-Natureza‖ será custeado
com recursos provenientes das doações depositadas nas contas vinculadas ao Fundo
Estadual de Defesa Civil – FUNDEC, aplicando-se subsidiariamente as disposições da
Lei nº 10.925 de 22 de setembro de 1988. "A recuperação desses fenômenos naturais
pode levar meses ou até mesmo anos. Quem passa por essa situação encontra
dificuldades financeiras para recomeçar, e o Estado tem a obrigação de prestar esse
auxílio", finaliza o parlamentar do PDT.
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Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), aceitou pedido de abertura de
processo para cassação da presidenta.
Dilma enfrentará processo de impeachment
Política nacional, que já está pegando fogo, virará o caldeirão do inferno daqui para
frente. Tudo por conta do pedido de abertura de processo de impeachment contra a
presidenta Dilma Rousseff (PT), que foi aceito ontem pelo presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Está mais que na cara que Cunha buscou uma
maneira de se vingar do PT. O partido de Dilma disse ser favorável a admissibilidade do
processo por quebra de decoro parlamentar a que o deputado responde no Conselho de
Ética da Câmara. Isto seria o início do processo que poderia levar a cassação de
Eduardo Cunha. Antes que isto aconteça, ele quer cassar Dilma.
O clima no Congresso é totalmente desfavorável tanto a presidenta do executivo, quanto
ao presidente do legislativo. Todavia, não há nem o que questionar que um processo de
impeachment presidencial desvia a atenção de qualquer assunto menor, dentre eles a
tentativa de cassar Eduardo Cunha.
Um processo de impeachment segue vários ritos. O primeiro de todos é o oferecimento
da denúncia no parlamento nacional. Este que foi aceito por Cunha foi protocolado por
fundadores do próprio PT, como o jurista Hélio Bicudo. Qualquer cidadão pode propor
o impeachment. Se a proposição será aceita ou não é outra história. Neste caso
específico ele foi aceito. Como foi aceito, agora terá que ser criada uma comissão, com
representantes de todos os partidos, para que o pedido de impeachment seja analisado.
Dentro desta análise, Dilma Rousseff terá direito a defesa, assim como os proponentes
terão direito a novas manifestações.
Para que o processo seja aberto efetivamente, é necessário que pelo menos 342
deputados federais, dos 513 existentes, votem favoravelmente a isto. Este número
corresponde a dois terços dos parlamentares. Feito isto, Dilma seria afastada de suas
funções por seis meses. Neste período o Senado teria que se manifestar a respeito do
processo. Se 54 dos 81 senadores também votarem por sua cassação, ela perderá o
mandato. Se isto acontecer quem assume em seu lugar é o vice-presidente, Michel
Temer (PMDB).
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Mais impeachment
Se a votação na Câmara Federal fosse acontecer hoje, Dilma seria afastada amanhã. No
Senado ela tem uma situação mais confortável, mas está nas mãos do PMDB, partido de
Michel Temer, que poderia ficar três anos como presidente da República. Grosso modo,
Dilma está dormindo com o inimigo, já que está nas mãos daqueles que se
beneficiariam diretamente caso ela seja cassada. Caso a cassação se efetive, Eduardo
Cunha, na condição de presidente da Câmara Federal, passa a ser o substituto imediato
de Michel Temer, assumindo a presidência da República, por exemplo, no caso de
viagem presidencial. Se Temer fosse para fora do país, Cunha fica como presidente e
Renan Calheiros fica como vice-presidente. Só pode ser praga. Não tem outra coisa que
explique a política neste país.
Convênios
Governo do Estado assinou ontem contratos com 26 municípios para investimentos em
pavimentação de vias, aquisição de máquinas e equipamentos, obras de infraestrutura e
construção de creches. No total foram contratados R$ 48,5 milhões. Dentre os
beneficiados estão São João do Sul, que receberá R$ 1,5 milhão, e Ermo, que receberá
R$ 1 milhão. De acordo com o prefeito de São João, João Rubens dos Santos (PMDB),
o valor será investido na pavimentação de uma série de ruas em seu município, cujo
anúncio, de acordo com ele, será feito em hora oportuna. Já em Ermo, o prefeito Zica
Cadorin (PSD) ressalta que o valor contrato será investido na compra de uma área de
terra para implantação de um parque industrial. O local da comunidade que receberá
este investimento ainda não está definido.
Sem troca
Corre a boca miúda, aqui e acolá, que ex-prefeito de Turvo, e ex-secretário regional,
Heriberto Afonso Schmidt, estaria deixando o PMDB para se filiar ao PSD.
Questionado sobre esta possibilidade, Heriberto faz questão de nem levar o assunto
adiante. ―Não tenho nada contra o PSD, é o partido do governador que ajudei a eleger,
mas isto não tem fundo de razão. Meu histórico político é no PMDB e irá continuar
sendo enquanto o partido me quiser‖, comenta. De acordo com ele, comentários como
este podem surgir devido a sua afinidade com líderes do PSD. ―Esta semana mesmo
estive na Assembleia Legislativa no gabinete do deputado estadual Zenei Ascari (PSD)
fazendo uma visita de cortesia, mas isto é a coisa mais natural do mundo em política.
Daí a dizer que vou deixar o PMDB é um caminho muito longo‖, ressalta.
Valorizando
Vereador araranguaense Daniel Viriato Afonso, um dos cotados do PP para a disputa
majoritária do ano que vem, solicitou licença por 30 dias de suas funções. Em seu lugar
assumirá Luiz Carlos Pessi (PP), quarto suplente da coligação encabeçada pelos
progressistas. Professor Pessi, como é conhecido, está sendo beneficiado por um
esquema de rodízio entre os suplentes que tem sido promovido pelo PP desde o início
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desta legislatura. De acordo com o presidente do partido, José Hilson Sasso, o objetivo é
oportunizar que o maior número possível de suplentes possam atuar como vereador ao
menos por 30 dias no mandato. ―Não é porque o candidato não se elegeu que ele não
tenha dado sua contribuição para o partido. Por isto mesmo que o partido tem que
valorizar também‖, comenta.
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Blog Ivan Exxtra
Bastidores da política em SC
Por Ivan Lopes da Silva
Internet é digital e o político analógico
Passado um ano da carnificina das eleições do ano passado, o sangue
permanece correndo em discursos vazios e, ainda, eleitoreiros. No
período eleitoral, a precaução com ataques da oposição,
principalmente do PSDB, a reação do PT, que não estava propondo
mudanças na forma de governar, se preveniu de críticas. Ou seja, usou com certa
competência uma das técnicas do marketing eleitoral, que é a auto-vacina: já que a
oposição vem com discurso de mudança, antes falo eu. E assim se deu a disputa
eleitoral, e assim continua na guerra de propaganda tendo como mote o Petrolão. Como
os ataques são líquidos e certos, então haja vacina para se prevenir. Assim, em meio a
essa guerra declarada, as balas perdidas estão alvejando a população como um todo. O
país parece estar parado esperando o final de um grande espetáculo, onde os principais
atores estão divididos entre tucanos e petistas.
O ambiente que predomina pós-eleição continua plebiscitário. Enquanto a oposição tem
um discurso de mostrar o que faltou ser feito, o Governo tenta mostrar o que fez de
benefícios à população. No meio campo entre situação e oposição, transitam lideranças
antes alinhadas ao Governo, mas que romperam por discordâncias ou falta de espaço
político. O caso mais absurdo é o PMDB, que como sócio principal do Governo, tenta
mostrar um discurso ―oposicionista‖, mas não abre mão do poderoso naco de poder que
detém na administração Dilma. Porém, se depender dos peemedebistas de SC, o partido
está fora do Governo.
Portanto, na falta de informação clara para o cidadão/eleitor comum, as campanhas
eleitorais não findam com o término de uma eleição. E os discursos continuam antigos e
inadequados quanto à maioria dos políticos. É que nas últimas quatro décadas, poucos
detalhes sofreram mudanças nas campanhas políticas, mesmo com o constante avanço
nas tecnologias de comunicação e inúmeras mudanças na legislação. Está claro que as
mudanças na legislação eleitoral estão sendo feitas para privilegiar quem está no poder e
dificultar que as novas lideranças se apresentem ao eleitorado. Por isso, quem detém
mandatos no Congresso Nacional, não tem a mínima intenção ou vontade de mudar o
que já é consolidado e conhecido. Ou seja, reforma política é coisa para boi dormir.
A Internet se transformou em palanques de campanhas, mas os políticos ainda não
sabem como utilizar a ferramenta. Não perceberam que ela é um arsenal de
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comunicação. Eles querem usar a Internet para fazer propaganda. Mas isso só vai mudar
quando a cultura do político brasileiro mudar. Ele não está acostumado a dar satisfação
dos atos e a responder críticas. A Internet é digital, mas o político continua analógico.
O grande desafio hoje é considerar que de junho de 2013 para cá muitas coisas
mudaram na percepção das pessoas. Ninguém pode mais falar: ah, o povão é ignorante.
Mas, não raro, a forma dos discursos tem se sobressaído em relação ao conteúdo. A
maioria das declarações pode ser dita por vários partidos.
Porém, existe um desafio no Brasil que é fazer política num país continental. As
campanhas nacionais são mais ideológicas. Quanto mais distante do município, mais se
percebem propostas e visões claras de mundo, como ações de economia, políticas
sociais, atuação do Estado em relação ao mercado e política monetária. Quando desce
para os estados e municípios, a campanha deixa de ser programática e ideológica e
passa a ser dos problemas de cada local. Quanto mais distante do eleitor, mais
ideológica a campanha no sentido de defender uma visão de mundo. Isso é claramente
perceptível entre PT e PSDB. E, pela Internet, a distância entre o eleitor e os políticos,
parecem não existir, mas é de perder de vista. Muito discurso e pouca prática.
Infelizmente.
(Colunas anteriores http://bit.ly/1KYtqI5).
Com a colaboração de Aninha Carolina Silva
Tribunal de Contas devolve R$ 46 milhões ao Governo do
Estado
O Tribunal de Contas de Santa Catarina vai devolver R$ 46 milhões ao Governo do
Estado. O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira, 2, pelo presidente do TCE,
Luiz Roberto Herbst, em audiência com o governador Raimundo Colombo, na Casa
d’Agronômica, em Florianópolis. ―É um gesto de colaboração, que é tudo o que
precisamos. Gesto de grandeza que mostra um apoio importante, pois esses recursos vão
direto para a sociedade. O segundo semestre teve uma queda de receita significativa,
mas com um apoio como esse, nós temos condições melhores de terminar bem o ano
cumprindo com todas as nossas obrigações. É um momento de reconhecer a atitude e
agradecer. Esses recursos nos ajudam a complementar os investimentos na área da
Saúde‖, disse o governador. O valor de R$ 46 milhões equivale ao total de recursos do
Tribunal de Contas economizado neste ano. ―Devido a ações que tivemos durante o ano,
conseguimos economizar uma quantia significativa, com redução de cargos
comissionados e cortes de gratificações. Também não estamos pagando o abono de final
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de ano aos servidores. Temos uma receita anual de cerca de R$ 200 milhões, repasses
constitucionais e aplicações financeiras, então estamos repassando em torno de 25% da
nossa receita. Os recursos serão aplicados em Saúde, o que é muito importante‖,
informou o presidente. Também participou da audiência o diretor-geral do Tribunal de
Contas, Edison Stieven.
GAECO ouve testemunhas na Operação Garoupa
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO)
iniciou, ainda na terça-feira (1/12), a oitiva das testemunhas e das oito pessoas presas
preventivamente no mesmo dia na Operação Garoupa. Até a manhã desta quarta-feira
oito testemunhas prestaram depoimento. Os presos ainda não foram ouvidos. Entre os
presos estão três agentes ou ex-agentes públicos e cinco particulares ligados à
construção civil em Itapema. Outras três pessoas estão com mandados de prisão em
aberto e ainda não foram presas: duas estavam viajando e uma está foragida. A
Operação "Garoupa" é fruto de investigações realizadas desde o mês de maio de 2015
pelo GAECO e visa a apuração de crimes praticados contra a administração pública
envolvendo favorecimento na análise de protocolos da construção civil pela Prefeitura
de Itapema. Entre os crimes investigados estão concussão, corrupção ativa e passiva,
tráfico de influência, advocacia administrativa, prevaricação e associação criminosa.
Além dos mandados de prisão preventiva, a operação foi deflagrada pelo GAECO
buscando cumprir 30 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens e 10
mandados de condução coercitiva e outras medidas cautelares em órgãos públicos,
empresas, escritórios, imobiliárias e residências, na cidade de Itapema e um em
Balneário Camboriú. Todos os mandados foram expedidos pelo Juiz da Vara Criminal
da Comarca de Itapema.
Parque da Serra do Tabuleiro reabre para visitação pública na próxima semana
A Fundação do Meio Ambiente (Fatma) reabre para visitação pública, na próxima
quinta-feira, 10, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Localizado em Palhoça, o
local oferece trilhas guiadas e a oportunidade de estar perto da natureza. A cerimônia de
reabertura está marcada para às 10h30. O investimento para a reabertura foi de R$ 300
mil. O Parque estava fechado há dois anos e teve as trilhas e o Centro de Visitantes
reestruturados. Durante o passeio, o visitante receberá informações sobre a vegetação
local, rica em bromélias e micro-orquídeas. Se tiver sorte, poderá observar jacarés,
antas, capivaras e pássaros nativos da região que vivem soltos no local. ―O parque
também abriga a casa açoriana, que tem mais de 200 anos e que leva o nome do criador
da reserva, o padre Raulino Reitz. O espaço vai servir para educação ambiental, mostras
e exposições que valorizem a cultura do local‖, explica o diretor de Proteção de
Ecossistemas, Márcio Luiz Alves.
Protocolo assinado em Brasília garante aquisição de equipamentos no sistema
penitenciário
A secretaria de Estado da Justiça e Cidadania assinou nessa quarta-feira, 2, no
Ministério da Justiça, em Brasília, um protocolo de compromissos visando a
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implantação e a ampliação de seis oficinas de capacitação profissional, aquisição de
equipamentos para estruturação de quatro unidades básicas de saúde (UBS), uma central
integrada de alternativas penais e implantação de uma Central de Monitoração
Eletrônica. ―É um protocolo de compromissos muito importante porque garante a futura
celebração de convênio específico, com recursos do Fundo Penitenciário Nacional, para
financiar e apoiar atividades e programas de modernização do sistema penitenciário
estadual‖, destacou o secretário adjunto da Justiça e Cidadania, Leandro Antônio Soares
Lima, que esteve em Brasília participando da solenidade. Participaram da solenidade o
diretor do Departamento Penitenciário Nacional, Renato Pinto De Vito, o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardoso, e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo
Lewandovski.
Deputado diz que remendos na BR-101 é “como o cuscuz com leite, vai
desmanchando”
O deputado estadual Manoel Mota (PMDB) lamentou na tribuna as reformas
realizadas na pista de rolamento da BR-101. ―Estou triste, uma obra que custou mais de
R$ 3 bilhões tem trechos com menos de 10 anos de uso que foram reformados três
vezes‖, justificou Mota, que lembrou que a ponte sobre o rio Tubarão e o túnel, também
em Tubarão, ainda não estão prontos. Mota comparou a qualidade do asfalto da BR-101
ao cuscuz. ―É como o cuscuz com leite, vai desmanchando, eu nunca vi qualidade tão
péssima, cada vez que chove se transforma em buracos, a culpa é da empresa que
fiscalizou e ganhou muito dinheiro para fazer uma porcaria de obra, agora nós pagamos
a conta‖, desabafou Mota, revelando logo após que acionou o Tribunal de Contas da
União e o Ministério Público Federal, mas até agora nada.
Assembleia aprova projeto que institui o Conselho Estadual da Juventude
O deputado estadual Padre Pedro Baldissera (PT) comemorou a aprovação do Projeto
de Lei nº 284/2013, do Executivo, que institui o Conselho Estadual da Juventude
(Conjuve-SC). ―A juventude tem um grande potencial para contribuir‖, afirmou Padre
Pedro, que lembrou que o ex-deputado petista Paulo Eccel, em 2003, protocolou projeto
de lei criando o conselho. ―O projeto de lei foi vetado pelo ex-governador Luiz
Henrique da Silveira, mas retomamos o debate e o governo encaminhou um projeto que
institui o conselho‖, revelou o deputado.
Governo do Estado define datas de recesso no fim do ano
O Governo do Estado editou novo decreto sobre os dias de atendimento ao público no
fim deste ano. O Poder Executivo decidiu iniciar o recesso no dia 21 de dezembro,
alinhando a data com as dos demais poderes, como o Judiciário e o Legislativo. O
retorno às atividades, no entanto, ocorre no dia 4 de janeiro, uma segunda-feira, antes
dos demais poderes. O secretário de Estado da Administração, João Matos, lembra que,
descontados os feriados de Natal e de Ano Novo e os finais de semana, serão seis dias
úteis de recesso – 21, 22, 23, 28, 29 e 30 de dezembro. Durante todo o período de
recesso, serão mantidos por meio de escalas ou plantão os serviços considerados de
natureza essencial, como as atividades finalísticas das Secretarias de Estado da
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Segurança Pública, Saúde, Defesa Civil, Educação e Justiça e Cidadania. O decreto
número 489/2015, com as novas datas, será publicado no Diário Oficial do Estado desta
quinta-feira, 3.
“Os prefeitos estão comemorando até empréstimo”, diz deputado
O deputado estadual Leonel Pavan (PSDB) arrancou risadas na galeria ao afirmar que
―os prefeitos estão comemorando até empréstimo‖, referindo-se aos recursos
emprestados pelo Badesc, com juro zero, para investimentos em infraestrutura em
municípios do Oeste, Meio Oeste, Litoral Norte, Sul e Alto vale. ―Quando falava com
alguns prefeitos no Centro Integrado de Cultura (CIC) vi no semblante a alegria em
poder ter um recurso que é empréstimo, até os empréstimos são comemorados pelos
prefeitos, tamanhas as dificuldades que estão tendo para fazer investimentos e pagar o
13º salário‖, reconheceu Pavan.
Apresentado na Assembleia a projeto sobre criadores de pássaros
O deputado estadual Darci de Matos (PSD) anunciou que protocolou projeto para
regulamentar a criação de pássaros no estado. Segundo o representante de Joinville, a
atividade gera empregos e movimenta a economia com a compra de ração e gastos com
veterinários. Aldo Schneider (PMDB) elogiou Darci. ―Estamos tratando do assunto há
muito tempo, finalmente uma lei vai regulamentar definitivamente a questão‖, justificou
Aldo, que estimou que o projeto será votado ainda neste ano.
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Assembleia aprova previdência complementar dos servidores
de SC
Por 35 votos a quatro foi aprovado o Projeto
de Lei Complementar (PLC) nº 35/2015, do
Executivo, que institui o Regime de
Previdência Complementar (RPC-SC) no
âmbito do estado de Santa Catarina e fixa o
limite máximo aos benefícios
previdenciários concedidos pelo Regime
Próprio de Previdência dos Servidores de
Santa Catarina (RPPS/SC). A matéria foi
aprovada em segundo turno e também em
redação final. Durante o processo de votação foram rejeitados 12 destaques
apresentados por parlamentares do Partido dos Trabalhadores. O projeto segue agora
para sanção do governador.
Fernando Coruja (PMDB) defendeu o mérito do projeto. ―É preciso ter uma
previdência complementar, o projeto praticamente copiou o governo federal‖, avaliou
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Coruja, destacando em seguida a quebradeira de fundos de pensão que assola o país.
―Qual a garantia contra a quebradeira? O governo garante‖, explicou Coruja.
Dirceu Dresch (PT) criticou a tramitação em regime de urgência. ―São 45 dias para
tramitar, está na Casa há 43 dias e me disseram que não há tempo para realizar
audiência pública‖, lamentou o representante de Saudades. Ana Paula Lima (PT)
também criticou a falta de audiência pública e anunciou voto contrário. ―A sociedade
precisa saber de muita coisa, voto contra‖, afirmou. Luciane Carminatti (PT)
concordou com os colegas. ―Todas as tratativas foram feitas para impedir o debate, mas
não podemos ter medo do debate‖, afiançou.
Kennedy Nunes (PSD) defendeu a previdência complementar. ―O governo do Estado
tem um rombo de R$ 3 bilhões só na previdência, é o mesmo valor que gasta com saúde
para atender 6 milhões de pessoas‖, argumentou Kennedy, que ponderou que a
previdência estadual ―atende 60 mil pessoas‖.
Para o deputado, chegou a hora da realidade. ―Agora tem um teto de aposentadoria,
todo funcionário contribui com 11% para receber até o teto do INSS, se quiser receber
mais, vai pagar quanto quiser de aposentadoria complementar, mas o estado vai até 8%,
é o novo modelo‖, resumiu o representante de Joinville.
Já segundo o governo, no longo prazo haverá uma redução drástica nas despesas
públicas, uma vez que o Tesouro arcará apenas com o pagamento do valor dos
benefícios até o teto de R$ 4,6 mil. Segundo dispõe o artigo 2º do projeto, a filiação ao
RPC-SC é facultativa e dependerá de expressa adesão ao plano de benefícios.
“Pacote de maldades do governo do Estado”
Com críticas ao novo tratoraço do governo do Estado, a deputada Luciane Carminatti
(PT) questionou a falta de transparência na gestão do novo Fundo da Previdência dos
servidores estaduais, aprovado pela Assembleia Legislativa. "Buscamos por meio de
emendas garantir a fiscalização e transparência do processo para que os servidores e a
população acompanhassem a gestão do fundo, mas novamente tivemos nossas propostas
rejeitadas. Parece que os projetos vêm em caixas pretas, e ninguém pode questionar e
nem debater. O Governo manda as propostas, e elas são aprovadas sem discussão e sem
mudanças", protestou a parlamentar.
Na prática, o Projeto de Lei Complementar 35/2015 cria um fundo complementar para
aposentadorias acima do teto do INSS, atualmente em R$ 4.663,00. O servidor que
desejar receber acima deste valor deve contribuir com até 8%, e o Estado entra com o
mesmo montante. Porém, na avaliação da deputada, a proposta do governo não
soluciona o problema da previdência, que neste ano rendeu um prejuízo de R$ 3 bilhões
aos cofres públicos. "Os responsáveis por este rombo são os próprios gestores públicos
que não planejaram e nem buscaram alternativas anteriores, mas permitem que altos
salários e altas aposentadorias continuem sendo pagos", enfatizou.
Luciane lembrou que o salário pago aos ex-governadores vai custar R$ 16 milhões nos
próximos quatro anos, "mas nisso o Governo não mexe", lamentou. O governo também
continua a contratar trabalhadores temporários - hoje são 37 mil ACTs, que contribuem
com o regime geral da previdência e não com o Fundo próprio dos servidores.
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"A Bancada do PT não é inconsequente e também se preocupa com a saúde financeira
de Santa Catarina, mas sabe que a grande maioria dos servidores continuará pagando a
mesma alíquota, enquanto o Estado contribuirá com um Fundo sem transparência e
controle social", disse.
Uma das emendas da deputada anulava a gestão terceirizada ou mista do Fundo, "para
evitar que um banco privado administre, quebre e deixe a conta para o cidadão
catarinense". Outra emenda exigia a publicação do relatório atuarial a cada quatro
meses, detalhando montante de arrecadação e pagamento dos benefícios para controle
do Fundo.
Por fim, a deputada questionou a ausência do debate, a falta de democracia, a não
realização de audiência pública solicitada pela parlamentar e ainda a presença de um
número expressivo de policiais para inibir a manifestação de servidores e da população
na Assembleia. "Clima tenso e desnecessário, ainda mais quando a gente sabe que falta
policiais nos municípios. E será assim também nos próximos dias. O Governo está
abrindo mão pelo respeito a esta Casa", concluiu.
Câmaras de Vereadores apresentam Proposta de Emenda à
Constituição sobre saúde
A Assembleia Legislativa Santa Catarina
debateu na tarde de quarta-feira (2) ações
referentes ao financiamento da saúde no
Estado. Com a presença da deputada Ana
Paula Lima (PT) e dos deputados Dalmo
Claro (PMDB), Serafim Venzon (PSDB),
Doutor Vicente Caropreso (PSDB) e José
Milton Scheffer (PP), a reunião proposta
pelo deputado Fernando Coruja (PMDB)
trata do Projeto de Emenda à Constituição
(PEC) oriundo de 157 Câmaras Municipais, que visa alterar o percentual mínimo a ser
aplicado em ações e serviços públicos de saúde prestados aos catarinenses. A proposta
da PEC prevê uma modificação de 12% para 15%, gradativamente, em um percentual
de 0,5% ao ano até 2021.
Ao apoiar a proposta encaminhada pelas câmaras de vereadores, Coruja destacou que a
saúde está subfinanciada e precisa de ações como esta para sair da crise. "Temos um
debate semelhante no Senado, e aqui vamos buscar através desta PEC iniciar uma
mudança no que tange a saúde no estado. Estamos recebendo esta PEC hoje, e a partir
deste momento vamos trabalhar para aprovar", pontuou.
Ao representar os vereadores catarinenses, o presidente da Uvesc, vereador Valnir
Scharnoski, destacou a satisfação de apresentar um projeto deste porte, que possibilita
uma emenda a constituição do Estado, onde a sociedade só terá a ganhar com sua
aprovação. "Esse aumento do repasse do Estado de 12% para 15% para a saúde é um
aumento significativo se compararmos com cirurgias, atendimentos e procedimentos
que poderão salvar muitas vidas."
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Relatora da PEC n° 01/2015, que dispõe sobre o valor mínimo a ser aplicado
anualmente pela União em ações e serviços públicos de saúde, em tramitação no
Senado, a deputada federal Carmen Zanotto (PPS/SC) também participou do encontro.
Na ocasião, a parlamentar destacou a importância de subsidiar recursos para a saúde
antes que o setor entre em colapso.
Após a apresentação da PEC, o documento foi entregue ao presidente da Casa,
deputado Gelson Merisio (PSD), pelos parlamentares e pelo presidente da Uvesc.
O subfinanciamento da saúde - Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde
Catarinense, o deputado Zé Milton (PP) disse que "é preciso acabar com a hipocrisia no
Brasil e fazer se cumprir o que está previsto na Lei. É preciso que os governos tratem a
saúde de forma séria. Estamos a beira do colapso dos Hospitais que não estão
conseguindo honrar suas dívidas, não por culpa de suas administrações, mas sim por
falta de compromisso dos Governos, que além de pagarem valores defasados, atrasam
esses pagamentos", deputado Zé Milton, ao declarar o seu apoio ao projeto de Emenda
à Constituição do Estado, que prevê o aumento do repasse anual de 12% - exigido por
lei federal - para 15%, e A PEC 01/2015, altera o art. 198 da Constituição Federal, para
dispor sobre o valor mínimo a ser aplicado anualmente pela União à saúde, de forma
escalonada em cinco anos, sendo 15%, 16%, 17%, 18% e 18,7%.
Segundo Zanotto, apesar da Saúde no Brasil ser universal, ele é um dos países que
menos investe, são cerca de 490 dólares por habitante, muito aquém de países como o
Canadá, 4 mil dólares, e Inglaterra, 3 mil dólares por habitante no ano.
Para os parlamentares, uma vez aprovada a PEC irá garantir a aplicação pela União do
equivalente a 10% das suas receitas correntes brutas, proporcionando um aporte de
cerca de R$ 270 bilhões em cinco anos.
Uvesc homenageia Câmaras de Vereadores de SC
O presidente da Câmara de
Vereadores de São Bento do Sul,
Edimar Salomon, participou na
terça-feira, 01, da solenidade de
homenagem para as Câmaras
Municipais filiadas a União dos
Vereadores de Santa Catarina
(Uvesc). A entrega aconteceu na
abertura do Congresso Estadual
de Vereadores, na Assembleia
Legislativa, em Florianópolis.
Participaram da solenidade
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autoridades, como deputados e vereadores, o secretário de Estado da Casa Civil, Nelson
Serpa, representando o governador Raimundo Colombo e servidores de entidades
municipais.
Para o vereador Salomon, esta integração e valorização por parte da entidade estadual
demonstra a preocupação cada maior para que as entidades busquem melhorias nos
serviços prestados ao cidadão. ―A troca de informações e a interação é importante para
caminharmos juntos em busca da qualidade dos serviços nas Câmaras além de
desenvolver o associativismo entre os vereadores‖ ressaltou.
Na Alesc, o presidente ainda conversou com os deputados estaduais, Silvio Dreveck,
Julio Ronconi e Dirceu Dresch, durante a sessão no plenário.
Deputado Silvio Dreveck participa da liberação de R$ 48,5
milhões para 26 municípios catarinenses - Rio Negrinho
recebe R$ 2,8 milhões
O deputado Silvio
Dreveck (PP) participou na manhã
desta quarta-feira (02)
da assinatura de
contratos entre o
Governo do Estado e o
Badesc com 26
municípios de Santa
Catarina. Foram
liberados R$ 48,5
milhões para serem
aplicados na
pavimentação de vias,
aquisição de máquinas e equipamentos, obras de infraestrutura e construção de creche,
entre outros.
Em seu pronunciamento durante o evento, o deputado enfatizou a decisão do Governo
do Estado, através do Badesc, de liberar os recursos em meio a cenário nacional de crise
econômica, financeira e política. ―A liberação destes recursos é muito importante, pois
fomenta investimentos, gera emprego, renda, oportunidades e, acima de tudo, contribui
para a melhora na qualidade de vida da população catarinense.‖, afirmou Dreveck, que é
o líder do governo na Assembleia Legislativa.
O ato contou com a presença do governador Raimundo Colombo, de prefeitos,
deputados e do presidente da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina, Olívio
Rocha. O evento foi realizado às 10h no Centro Integrado de Cultura (CIC), em
Florianópolis.
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Projeto declara a maricultura atividade de interesse
econômico e social em SC
Texto tramita na Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa
e é apoiado por representantes do setor de produção de mariscos
De autoria do
deputado estadual
Jean Kuhlmann, o
projeto de lei
0216/15, que torna a
Maricultura
atividade de
Interesse Social e
Econômico em Santa
Catarina, foi
discutido por
representantes de
inúmeras entidades
do setor em
audiência pública
realizada ontem (01)
pela Comissão de
Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa. De forma unânime, foi defendida
a aprovação da matéria, entendendo que ela será um passo importante para
regulamentar, incentivar e dar segurança jurídica à atividade da maricultura no litoral
catarinense.
Conforme Kuhlmann, é preciso formalizar a atividade para que os produtores possam
buscar incentivos junto ao governo. Ele lembra que o litoral catarinense é o segundo
maior produtor de moluscos bivalves das Américas, atrás apenas do Chile. ―É uma
atividade tradicional, importante economicamente e ainda pouco amparada pela nossa
legislação", disse o deputado.
A presidente da Associação dos Maricultores do Sul da Ilha, Tatiana da Gama Cunha,
elogiou a iniciativa. ―A falta de regulamentação e de políticas públicas só tem
prejudicado o produtor. O projeto vai nos ajudar a ter uma atividade mais segura,
devidamente regulamentada‖.
Também presente na audiência pública, o secretário em exercício da Agricultura e da
Pesca do Estado, Airton Spies, confirmou que o governo tem interesse na aprovação da
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proposta. "O projeto vem em boa hora, pois se insere dentro da filosofia de trabalho da
secretaria. Criará uma base legal, impulsionando a atividade em todo o nosso litoral",
disse ele.
O presidente da Comissão, deputado Gean Loureiro, afirmou que, como o projeto
recebeu apoio unânime das entidades presentes, será aprovado sem emendas, podendo ir
para a votação em plenário ainda em dezembro. "Com esse encaminhamento, o projeto
pode ser aprovado e a lei sancionada pelo governador ainda em 2015", explicou
Loureiro.
As demais sugestões e complementações sugeridas na audiência pública deverão ser
discutidas durante o recesso parlamentar e apresentadas pela Comissão em forma de
projeto complementar em fevereiro do ano que vem.
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