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Grupo de Comunicação
CLIPPING 13 de junho de 2019
Dia do Turista
2
Grupo de Comunicação
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Assembleia de SP aprova projeto de lei que pretende conceder o Zoológico de SP ................................. 4
Zoológico será concedido à iniciativa privada por 35 anos ................................................................... 6
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 8
Alesp aprova privatização dos parque Zoológico e Zoo Safari .............................................................. 8
Assembleia de SP aprova projeto de lei que pretende conceder o Zoológico .......................................... 9
Concessão do Zoológico e do Jardim Botânico é aprovada pela Alesp ................................................. 11
ALESP aprova concessão do Zoológico, Zoo Safari e do Jardim Botânico ............................................. 13
Deputados de São Paulo aprovam concessão do Zoológico ............................................................... 15
Concessão do Zoo e Botânico é aprovada ....................................................................................... 16
Programa Debate terá como tema a 2ª Festa de Corpus Christi ......................................................... 17
Região registra 17 queimadas por mês ........................................................................................... 18
Cetesb autua 104 veículos a diesel durante operação ....................................................................... 20
58 veículos são multados em operação contra poluentes .................................................................. 21
Cetesb autua veículos por emissão de fumaça preta em rodovias paulistas ......................................... 22
Cetesb autua veículos por emissão de fumaça preta em rodovias ...................................................... 23
Cetesb autua 32 veículos a diesel no Vale por emissão de fumaça preta ............................................. 24
Consórcio ABC articula política de resíduos sólidos regional .............................................................. 25
Barragem do Salto Grande deve ser vistoriada por membros de CPI .................................................. 26
Guarulhense morre mais cedo por causa do aeroporto ..................................................................... 27
Prefeitura inicia Operação Estiagem de prevenção a incêndios........................................................... 30
Semae reajusta tarifa em 4,72%; preço da água sobe em Mogi ........................................................ 31
Pregão Eletrônico será realizado para contratação de vigilância e segurança patrimonial no Horto Florestal de Assis ..................................................................................................................................... 32
Chácara Baronesa espera remoção de moradia irregular há quase dez anos ....................................... 33
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 34
Brasil barrou iniciativa sobre meio ambiente em conferência internacional .......................................... 34
Pássaro degustado em estranho ritual gastronômico francês pode desaparecer ................................... 37
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 39
Painel: Ação de hacker abre teses sobre agente duplo; políticos duvidam de nova invasão ................... 39
Painel S.A.: Prazo de Doria para novo Ceagesp é inviável, segundo interessados ................................. 41
Petrobras reduz diesel em 4,6% e acaba com frequência mínima de reajustes .................................... 42
Ministério Público pede anulação da lei que cria parque do Minhocão ................................................. 43
Mônica Bergamo: Ministro diz que negociações sobre Fundo Amazônia seguem normalmente ............... 44
Empresa coleta 5 milhões de embalagens com programa de benefícios .............................................. 46
ESTADÃO ................................................................................................................................... 47
Confira a lista das 67 unidades de conservação que o governo federal quer reduzir ............................. 47
Procurador-geral de Justiça pede suspensão do Parque Minhocão ...................................................... 49
3
Grupo de Comunicação
A gestão do Fundo Amazônia ........................................................................................................ 52
Petrobrás acaba com intervalo mínimo para reajustes de combustíveis .............................................. 53
Cotada para presidir Funai, ex-diretora é alvo de processo por corregedoria da fundação ..................... 54
Empresa ligada a réu do Rodoanel ganha licitação do Metrô .............................................................. 55
Em meio à discussão sobre Fundo Amazônia, R$ 1,8 bi para desapropriações está parado .................... 56
ONGs criticam plano de Bolsonaro de reduzir florestas; para ex-ministro, é preciso resolver conflito ...... 58
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 60
Economia brasileira está muito machucada ..................................................................................... 60
Novo programa terá R$ 1 bi por ano para metrô e trem urbano ........................................................ 65
ONU diz ter apoio de quase cem países para elevar metas climáticas ................................................. 67
Governo tenta destruir as bases da proteção ambiental.................................................................... 68
Como o agronegócio pode ganhar com a floresta ............................................................................. 70
Chinesa negocia usina com Odebrecht ........................................................................................... 72
Eletrobras perde no STJ disputa sobre correção de empréstimo compulsório ....................................... 74
O retorno do mercado de carbono ................................................................................................. 76
STJ analisa inclusão da União em arbitragem da Petrobras ............................................................... 78
BBCE quer ampliar tipos de derivativos de energia .......................................................................... 79
4
Grupo de Comunicação
ENTREVISTAS Data: 13/06/2019
Veículo: O Estado de S.Paulo
Assembleia de SP aprova projeto de lei
que pretende conceder o Zoológico de SP
- São Paulo - Estadão
Por 64 votos a favor e 13 contra, a Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp)
aprovou na noite desta terça-feira, 11, o
projeto de lei do governador João Doria
(PSDB) que pretende conceder o Zoológico, o
Zoo Safári e o Jardim Botânico à iniciativa
privada por 35 anos. A Associação de
pesquisadores Científicos do Estado de São
Paulo (APqC) realizou protestos no plenário
contra à concessão.
Doria anuncia desestatização de Zoológico e Jardim
Botânico
Zoológico de São Paulo Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
De acordo com a proposta, será permitida a
exploração área turística, que corresponde a
cerca de 20%, do Zoológico e Zoo Safári, do
Jardim Botânico e de atividades de educação
ambiental, recreação, lazer, cultura e
ecoturismo no local.
A partir de agora, o governo deve definir o
modelo de concessão que será usado no
processo de licitação. A expectativa é de que o
edital seja lançado no início de 2020. O
investimento mínimo previsto nos três
equipamentos é de R$ 60 milhões por ano. A
parte de pesquisa dos três parques continuará
sob responsabilidade do governo estadual.
Com a concessão, a expectativa do governo
estadual é economizar R$ 4 milhões anuais -
valor do déficit do Jardim Botânico. O
Zoológico tem superávit de R$ 1 milhão por
ano. Por ano, o Zoológico e o Zoo Safari
recebem 1,3 milhão de visitantes.
Apesar de algumas mudanças no texto original
enviado pelo Governo do Estado, o prédio do
Instituto de Botânica não foi retirado do
projeto. E, por isso, pesquisadores ligados ao
instituto afirmam que a concessão pode afetar
a autonomia para a realização de pesquisas.
A versão aprovada nesta terça-feira, 11,
afirma que a "autonomia técnico-científica" e o
"direito do Estado à propriedade intelectual
das pesquisas desenvolvidas pelo Instituto
de Botânica e Fundação Parque
Zoológico" devem ser preservadas.
Em nota publicada no site da APqC, o vice-
presidente da entidade, Joaquim Adelino de
Azevedo, disse que o resultado era
"esperado", dado, segundo ele, o alinhamento
da Câmara dos Deputados com o governo. Ele
assegurou que a APqC não poupará esforços
para evitar que o Instituto de Botânica,
situado na área a ser concedida, perca sua
autonomia administrativa. "As pesquisas são
propriedades do Estado e o trabalho dos
pesquisadores e técnicos de apoio não pode
ser afetado de forma alguma pela
privatização", disse.
Grupos contrários à privatização irão recorrer
ao ministério público. A médica veterinária e
consultora em bem-estar animal, Daniela
Gurgel, disse que "o próximo passo é ir ao
ministério público para tentar reverter essa
decisão.". Segundo ela, a proposta do governo
foi feita sem embasamento técnico, sem
deixar claro o futuro das pesquisas e,
5
Grupo de Comunicação
principalmente, sem saber o impacto
ambiental que a iniciativa privada pode causar
na área concedida. "É uma questão muito
séria e que não pode passar sem uma
discussão mais aprofundada", comentou.
Em resposta às criticas da APqC, o
subsecretário estadual de Meio Ambiente,
Eduardo Trani, disse que a concessão não irá
prejudicar as pesquisas científicas. "Essa
concessão é muito mais para reverter os
recursos que eles (funcionários) vão utilizar
nas atrações, inclusive para melhorar,
reformar os próprios espaços de trabalho
desses pesquisadores. Nós entendemos
obviamente que eles têm um temor de que
eles percam a autonomia administrativa. Isso
não vai ocorrer. Tanto o patrimônio intelectual
quanto a capacidade de trabalho e a
determinação técnica continuarão sendo dos
nossos funcionários", explicou.
Trani informou que as iniciativas do governo
do Estado são todas feitas com base em
pareceres jurídicos. "Nós estamos embasados
legalmente para poder fazer o processo de
concessão; e o primeiro passo justamente é a
autorização legislativa. Nós não estamos
terceirizando nem privatizando e nem
concedendo a pesquisa científica. A pesquisa
científica vai continuar sendo feita
exclusivamente pelos nossos pesquisadores",
disse.
Trani disse que o processo de concessão é
para melhorar a performance do Estado em
prover mais serviços como investimentos nos
prédios, melhorar os equipamentos e os
atrativos para a população que frequenta os
espaços. "A parceria com o setor privado visa
justamente captar novos recursos para
investimento somente nas áreas que estão
destinadas ao uso público", explicou Trani.
https://sao-
paulo.estadao.com.br/noticias/geral,assemblei
a-de-sp-aprova-projeto-de-lei-que-pretende-
conceder-o-zoologico-de-sp,70002867785
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6
Grupo de Comunicação
Veículo: DCI
Data: 13/06/2019
Zoológico será concedido à iniciativa
privada por 35 anos
Projeto de lei do governador João Doria,
aprovado pela Assembleia Legislativa de São
Paulo, prevê ainda a concessão do Zoo Sáfari
e do Jardim Botânico
Privatização
Da Redação e Agências
São Paulo
A Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo (Alesp) aprovou, por 64 votos a favor e
13 contra, o projeto de lei do governador João
Doria (PSDB) que pretende conceder o
Zoológico, o Zoo Safári e o Jardim
Botânico à iniciativa privada por 35 anos.
De acordo com a proposta, será permitida a
exploração do Zoológico e Zoo Safári, do
Jardim Botânico e de atividades de educação
ambiental, recreação, lazer, cultura e
ecoturismo no local. A Associação de
pesquisadores Científicos do Estado de São
Paulo (APqC) realizou protestos no plenário
contra a concessão, na noite de terça-feira.
Ainda segundo o projeto do governo, a
concessão tem a finalidade de melhorar a
manutenção do espaço e das áreas turísticas,
além de desonerar o Estado para que os
investimentos sejam aplicados em áreas
prioritárias. Com a concessão, a expectativa
do governo estadual é economizar R$ 4
milhões anuais - valor do déficit do Jardim
Botânico. O Zoológico tem superávit de R$ 1
milhão por ano. Anualmente, só o Zoológico
e o Zoo Safari recebem 1,3 milhão de
visitantes.
'Estamos confiantes que a ação revitalizará o
espaço turístico e tornará os locais mais
atrativos para os visitantes, além de promover
a educação ambiental. Nossos equipamentos
não estão à venda', explica o secretário
Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos
Penido.
'Os vencedores da concessão serão cobrados e
fiscalizados para que executem as ações
previstas no processo. A aprovação do texto
no Legislativo é um reconhecimento de que a
lei é boa, consistente e trará benefícios pa ra a
população paulista', afirma.
Zoológico, um dos espaços que será administrado por
empresas
Próximos passos
A partir de agora, o governo deve definir o
modelo de concessão que será usado no
processo de licitação. Após a definição do
modelo, as ações serão debatidas em
audiências e consultas públicas. A expectativa
é de que o edital seja lançado no início
de2020. O investimento mínimo previsto nos
três equipamentos é de R$ 60 milhões por
ano. A parte de pesquisa dos três parques
continuará sob a responsabilidade do governo
estadual.
As próximas etapas contemplam estudos
técnicos, operacionais e econômico-
financeiros que subsidiarão a concessão, além
de indicar os investimentos necessários,
custos da operação e valor de outorga que
será paga ao Estado.
7
Grupo de Comunicação
Apesar de algumas mudanças no texto original
enviado pelo governo do Estado, o prédio do
Instituto de Botânica nãofoi retirado do
projeto. E, por isso, pesquisadores ligados ao
instituto afirmam que a concessão pode afetar
a autonomia para a realização de pesquisas.
A versão aprovada na terça-feira afirma que a
'autonomia técnico- científica ' e o 'direito do
Estado à propriedade intelectual das pesquisas
desenvolvidas pelo Instituto de Botânica e
Fundação Parque Zoológico' devem ser
preservadas.
Em nota publicada no site da APqC, o vice-
presidente da entidade, Joaquim Adelino de
Azevedo, disse que o resultado era 'esperado',
dado, segundo ele, o alinhamento da Câmara
dos Deputados com o governo do Estado.
Azevedo disse que a APqC não poupará
esforços para evitar que o Instituto de
Botânica, situado na área a ser concedida,
perca sua autonomia administrativa. 'As
pesquisas são propriedades do Estado e o
trabalho dos pesquisadores e técnicos de
apoio não pode ser afetado de forma alguma
pela privatização.'
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25318719&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25334805&e=577
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8
Grupo de Comunicação
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: Jornal Destak
Data: 13/06/2019
Alesp aprova privatização dos parque
Zoológico e Zoo Safari
Grupo de pesquisadores critica concessão;
gestão diz que o setor continuará sob a
responsabilidade do Governo do Estado
O processo de concessão do Parque
Zoológico, na zona sul de São Paulo, deve
ser oficializado no próximo ano. Os deputados
estaduais aprovaram a privatização do
equipamento público sob protestos.
A administração estadual busca a concessão
da área turística, que corresponde a cerca de
20% do Parque Estadual Fontes do
Ipiranga, à iniciativa privada por um período
de 35 anos.
Além do Zoológico, também serão
privatizados o Zoo Safari e o Jardim
Botânico. O fato gerou protestos por parte de
pesquisadores contrários ao modelo de
concessão.
De acordo com a Associação dos
Pesquisadores Científicos do Estado de São
Paulo, a concessão poderá afetar a autonomia
para a realização das pesquisas desenvolvidas
pelo Instituto Botânica.
Durante a discussões do projeto, os deputados
da oposição propuseram emendas. Entre elas,
a retirada do prédio do Instituto de
Botânica da área a ser concedida. Entretanto,
o item não foi aprovado pelos parlamentares.
A Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de São Paulo informou
que a lei prevê que os recursos da concessão
retornem à Fundação Zoo e ao Instituto de
Botânica para suporte de atividades de
pesquisa científica, de inovação tecnológica e
de manejo da flora e fauna.
"A área de Araçoiaba da Serra, que já é
utilizada pela Fundação Zoológico, deve
receber novas atividades de ecoturismo,
educação ambiental e refúgio dos animais",
disse em nota.
Segundo o governo, as próximas etapas do
processo de privatização contemplam estudos
técnicos, operacionais e econômico-financeiros
que subsidiarão a concessão, além de indicar
os investimentos necessários, custos da
operação e valor de outorga que será paga ao
Estado.
Após a definição da modelagem, as ações
serão debatidas em audiências e consultas
públicas. O projeto de lei segue agora para
sanção do governador.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25310998&e=577
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9
Grupo de Comunicação
Veículo1: Veja São Paulo
Veículo2: UOL Notícias
Veículo3: Isto É online
Veículo4: Correio do Papagaio
+ 28 veículos
Data: 12/06/2019
Assembleia de SP aprova projeto de lei que pretende conceder o Zoológico
Zoológico, Zoo Safári e Jardim Botânico
devem ser concedidos à iniciativa privada por
35 anos
Por 64 votos a favor e treze contra, a
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
(Alesp) aprovou na noite desta terça-feira, 11,
o projeto de lei do governador João Doria
(PSDB) que pretende conceder o Zoológico, o
Zoo Safári e o Jardim Botânico à iniciativa
privada por 35 anos. A Associação de
Pesquisadores Científicos do Estado de São
Paulo (APqC) realizou protestos no plenário
contra à concessão.
De acordo com a proposta, será permitida a
exploração do Zoológico e Zoo Safári, do
Jardim Botânico e de atividades de educação
ambiental, recreação, lazer, cultura e
ecoturismo no local.
A partir de agora, o governo deve definir o
modelo de concessão que será usado no
processo de licitação. A expectativa é de que o
edital seja lançado no início de 2020. O
investimento mínimo previsto nos três
equipamentos é de 60 milhões de reais por
ano. A parte de pesquisa dos três parques
continuará sob responsabilidade do governo
estadual.
Com a concessão, a expectativa do governo
estadual é economizar 4 milhões de reais
anuais - valor do déficit do Jardim Botânico. O
Zoológico tem superávit de 1 milhão de reais
por ano. Por ano, o Zoológico e o Zoo Safari
recebem 1,3 milhão de visitantes.
Apesar de algumas mudanças no texto original
enviado pelo governo do Estado, o prédio do
Instituto de Botânica não foi retirado do
projeto. E, por isso, pesquisadores ligados ao
instituto afirmam que a concessão pode afetar
a autonomia para a realização de pesquisas.
A versão aprovada nesta terça-feira afirma
que a 'autonomia técnico-científica' e o 'direito
do Estado à propriedade intelectual das
pesquisas desenvolvidas pelo Instituto de
Botânica e Fundação Parque Zoológico' devem
ser preservadas.
Em nota publicada no site da APqC, o vice-
presidente da entidade, Joaquim Adelino de
Azevedo, disse que o resultado era 'esperado',
dado, segundo ele, o alinhamento da Câmara
dos Deputados com o governo do Estado.
Ele assegurou que a APqC não poupará
esforços para evitar que o Instituto de
Botânica, situado na área a ser concedida,
perca sua autonomia administrativa. 'As
pesquisas são propriedades do Estado e o
trabalho dos pesquisadores e técnicos de
apoio não pode ser afetado de forma alguma
pela privatização', disse.
A reportagem procurou a Secretaria Estadual
de Meio Ambiente para falar sobre as críticas
da Associação de pesquisadores Científicos do
Estado de São Paulo (APqC) e aguarda
resposta.
10
Grupo de Comunicação
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0&n=252
92433&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25302938&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25335422&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25293192&e=577
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11
Grupo de Comunicação
Veículo1: De Tudo Alto Tietê
Veículo2: Oeste Post
Data: 12/06/2019
Concessão do Zoológico e do Jardim
Botânico é aprovada pela Alesp
- Objetivo é que iniciativa privada invista na
modernização e reforma dos equipamentos,
além de promover novas atrações
O Projeto de Lei do Governo Paulista sobre a
concessão do Zoológico, Zoo Safári e
Jardim Botânico, encaminhado à Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) por
meio da Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente, foi aprovado pelos deputados nesta
terça-feira (11) e segue para a sanção do
Governador.
A administração estadual busca a concessão
da área turística, que corresponde a cerca de
20% do Parque Estadual Fontes do Ipiranga, à
iniciativa privada por 35 anos. A ação tem a
finalidade de melhorar a manutenção do
espaço e das áreas turísticas, além de
desonerar o Estado para que os investimentos
sejam aplicados em áreas prioritárias.
As próximas etapas contemplam estudos
técnicos, operacionais e econômico-financeiros
que subsidiarão a concessão, além de indicar
os investimentos necessários, custos da
operação e valor de outorga que será paga ao
Estado.
Audiências
Após a definição da modelagem, as ações
serão debatidas em audiências e consultas
públicas. A previsão é que o edital seja
lançado já no próximo ano.
A lei prevê que os recursos da concessão
retornem à Fundação Zoo e ao Instituto de
Botânica para suporte de atividades de
pesquisa científica, de inovação tecnológica e
de manejo da flora e fauna.
A área de Araçoiaba da Serra, que já é
utilizada pela Fundação Zoológico, deve
receber novas atividades de ecoturismo,
educação ambiental e refúgio dos animais.
O texto ressalta ainda que a fiscalização da
Unidade de Conservação continua sob
responsabilidade do Estado, bem como a
pesquisa.
'Estamos confiantes que a ação revitalizará o
espaço turístico e tornará os locais mais
atrativos para os visitantes, além de promover
a educação ambiental. Nossos equipamentos
não estão à venda', explica o secretário
Marcos Penido.
'Os vencedores da concessão serão cobrados e
fiscalizados para que executem as ações
previstas no processo. A aprovação do texto
no Legislativo é um reconhecimento de que a
lei é boa, consistente e trará benefícios para a
população paulista', completa.
12
Grupo de Comunicação
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25306443&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25328788&e=577
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13
Grupo de Comunicação
Veículo1: Portal Governo SP
Veículo2: Portal Regional
Veículo3: Diadema Jornal
Veículo4: Diário Regional
Veículo5: Portal Mariliense
Data: 12/06/2019
ALESP aprova concessão do Zoológico,
Zoo Safari e do Jardim Botânico
Objetivo é que a iniciativa privada invista na
modernização e reforma dos equipamentos
Luis Felipe Manoel
O Projeto de Lei do Governo de São Paulo,
encaminhado à ALESP (Assembleia Legislativa
do Estado de São Paulo) por meio da
Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente, foi aprovado pelos deputados
nesta terça-feira (11) e segue para sanção do
governador. A administração estadual busca a
concessão da área turística, que corresponde a
cerca de 20% do Parque Estadual Fontes do
Ipiranga, à iniciativa privada por 35 anos. A
ação tem a finalidade de melhorar a
manutenção do espaço e das áreas turísticas,
além de desonerar o Estado para que os
investimentos sejam aplicados em áreas
prioritárias.
As próximas etapas contemplam estudos
técnicos, operacionais e econômico-financeiros
que subsidiarão a concessão, além de indicar
os investimentos necessários, custos da
operação e valor de outorga que será paga ao
Estado. Após a definição da modelagem, as
ações serão debatidas em audiências e
consultas públicas. A previsão é que o edital
seja lançado já no próximo ano.
A lei prevê que os recursos da concessão
retornem à Fundação Zoo e ao Instituto de
Botânica para suporte de atividades de
pesquisa científica, de inovação tecnológica e
de manejo da flora e fauna. A área de
Araçoiaba da Serra, que já é utilizada pela
Fundação Zoológico, deve receber novas
atividades de ecoturismo, educação ambiental
e refúgio dos animais. Ressalta ainda que a
fiscalização da Unidade de Conservação
continua sob responsabilidade do Estado, bem
como a pesquisa.
'Nós estamos confiantes que esta ação vai
revitalizar o espaço turístico dos locais e
torná-los mais atrativos para os visitantes,
além de promover a educação ambiental.
Nossos equipamentos não estão a venda. Os
vencedores da concessão serão cobrados e
fiscalizados para que executem as ações
previstas no processo. A aprovação do PL no
legislativo é um reconhecimento de que a Lei
é boa, consistente e trará benefícios para a
população paulista', explica o secretário
Marcos Penido.
14
Grupo de Comunicação
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25287103&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25290562&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25306444&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25290541&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25311000&e=577
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15
Grupo de Comunicação
Veículo1: Jornal Agora
Veículo2: Oeste Post
Data: 12/06/2019
Deputados de São Paulo aprovam
concessão do Zoológico
Governo Doria deve entregar o complexo para
a iniciativa privada por 35 anos
A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou
nesta quarta-feira (12) o projeto de lei do
governador João Doria (PSDB), que autoriza a
concessão do zoológico, do Zoo Safári e do
Jardim Botânico à iniciativa privada por 35
anos.
O projeto agora depende da sanção do
governador para entrar em vigor.
Segundo o projeto, a empresa que assumir a
administração terá que "investir na
conservação, manutenção e modernização dos
equipamentos, prédios, áreas de exposição de
flora e demais áreas do parque".
Para o Secretário de Estado de
Infraestrutura e Meio Ambiente Marcos
Rodrigues Penido, a proposta enviada à
Alesp "tem como objetivo promover o turismo
bem planejado e a parceria da iniciativa
privada poderá aumentar a qualidade dos
serviços prestados à população".
A oposição criticou o projeto. "O grande
problema é que é mais um cheque em branco
do governo para o legislativo. Entrega o
patrimônio do Estado para a iniciativa privada
sem definir exatamente o que o governo
quer", disse o deputado Paulo Fiorilo (PT).
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25328243&e=577
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16
Grupo de Comunicação
Veículo: Ipiranga News
Veículo2: Oeste Post
Data: 12/06/2019
Concessão do Zoo e Botânico é aprovada
http://cloud.boxnet.com.br/yy7paeqm
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17
Grupo de Comunicação
Veículo: Jornal de Itatiba
Data: 13/06/2019
Programa Debate terá como tema a 2ª
Festa de Corpus Christi
Da Redação
O Programa Debate de hoje, dia 13, terá como
tema a 2ª Festa de Corpus Christi, que será
realizada no próximo dia 20, no Parque Luís
Latorre. Para apresentar os detalhes da
programação, foi convidado o padre Maycon
Cristian Pedro, pároco e reitor da Basílica de
Nossa Senhora do Belém. Não perca o
Programa Debate. Apresentação do jornalista
Mané Roberto e dos colaboradores Eduardo
Cintra e Gilmar Kozlowski. Perguntas podem
ser enviadas pelo e-mail crnitatiba@
terra.com.br ou pelos telefones (11) 4524-
0003 e 45241594, no horário do programa.
Debate hoje, das 16h às 17h30. Acompanhe
este programa pelos 1.420 KHz-AM, através
do site: www.crn itatiba.com.br e pelo
aplicativo CRN.
A engenheira agrô noma Dorothéa Antonia
Pereira Monteiro, secretária de Meio Ambiente
da Prefeitura de Itatiba, esteve no Programa
Debate do último dia 6, falando sobre ações e
projetos colocados em prática, em prol do
meio ambiente. Segundo Dorothéa, Itatiba
melhorou o índice de qualidade ambiental no
Estado de São Paulo, por meio do Programa
Município Verde Azul (PMVA). Hoje o
município é considerado um dos mais
sustentáveis, estando em 14º lugar no
ranking. Em dezembro de 2018, o índice foi de
89,53 e agora passou para 90,43 no ranking.
Esta melhora ocorreu pela revisão das ações
apresentadas nas diretivas de arborização
urbana, qualidade do ar e resíduos sólidos.
'Quando fui secretária do Meio Ambiente em
uma gestão anterior, realizamos um trabalho
paisagístico específico, plantamos árvores e
inauguramos até um Viveiro Municipal, com
diversas espécies de árvores e plantas. Mas,
entre uma gestão e outra, algumas coisas
mudaram, mas outras tiveram continuidade.
No ano passado, retomamos o Inventário de
Arborização Urbana do município, fazendo um
levantamento das árvores que precisavam ser
podadas ou substituídas. Na verdade, Itatiba
tem muito que evoluir nesse quesito dentro do
Programa Município Verde Azul da
Secretaria Estadual do Meio Ambiente,
pois ainda temos pontuação baixa, mas
devagar chegaremos lá nesse quesito
também', informou.
MEIO AMBIENTE
A secretária de Meio Ambiente, Dorothéa
Monteiro, falou sobre ações e projetos
colocados em prática, em prol do meio
ambiente em Itatiba
CONVÊNIO COM A CPFL
A Prefeitura de Itatiba possui um convênio
com a CPFL - Companhia Paulista de Força e
Luz, dentro do Programa Arborização mais
Segura. Esse programa prevê o plantio de
mudas de árvores de espécies adequadas nos
calçamentos, identificação e substituição das
árvores que ofereçam riscos à população, que
apresentem interrupção no fornecimento de
energia elétrica ou danos às redes de água,
esgoto e gás. O convênio define as
responsabilidades de ambos os lados. 'Cabe a
CPFL identificar o que causa o problema na
rede elétrica, fazendo um levantamento
prévio, nos passar a informação, o técnico da
Secretaria de Obras e Serviços Públicos da
Prefeitura vai até o local e verifica se tudo o
que está sendo pedido legalmente precisa ser
feito', explica Dorothéa.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25320950&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo1: Tribuna Ribeirão
Data: 12/06/2019
Região registra 17 queimadas por mês
Redação Tribuna
A Entrevias Concessionária de Rodovias dá
início à Operação Corta Fogo com a
intensificação do monitoramento de pontos de
maior incidência de queimadas às margens
das rodovias sob a sua concessão, de Marília
até Florínea, e de Ribeirão Preto até
Igarapava. Coordenada pela Agência de
Transportes do Estado de São Paulo (Artesp),
a iniciativa conta com o apoio das demais
empresas administradoras de rodovias no
Estado.
Em todo o eixo viário gerenciado pela
Entrevias foram registrados 140 focos de
incêndio em área de domínio/lindeiro de
janeiro a maio de 2019. Desse total, 86
ocorrências foram registradas na região de
Ribeirão Preto (SP-322, SP-330, SP-328 e SP-
351) - cerca de 17 por mês - e 54 na região
de Marília (SP-333, SP-294 e SP-266). No ano
passado, de maio a agosto, foram 226 casos,
sendo 75 na região de Ribeirão Preto e 151
nas estradas de Marília a Florínea.
O histórico das ocorrências mostra que o
perímetro urbano das rodovias sempre
concentra o maior número de queimadas,
principalmente devido ao descarte de lixo pela
população lindeira e maior presença de
pedestres e usuários. O total de resíduos
gerados no eixo viário da região de Ribeirão
Preto, de janeiro a abril de 2019, foi de 64
toneladas. Um dos locais com mais descarte
irregular é no quilômetro 328 da Rodovia
Alexandre Balbo (SP-328), junto à área
urbana localizada na região Norte de Ribeirão
Preto.
Dois caminhões de combate a incêndios estão
posicionados 24 horas por dia em locais
estratégicos, já monitorados pelo Centro de
Controle Operacional (CCO) da
Concessionária. Para atender os casos na
região de Ribeirão Preto, a viatura fica
posicionada na base do Serviço de
Atendimento aos Usuários (SAU) em
Sertãozinho, para deslocamentos necessários
no Anel Viário Norte e Sul, SPA 325 -
Bandeirantes e SP-322, do quilômetro 326 ao
343, de Sertãozinho a Pontal.
Desde o início do mês, os PMVs da Entrevias
(Painéis de Mensagens Variáveis) já exibem
mensagens de alerta aos usuários,
conscientizando para evitar incêndio e, em
caso de presenciar algum foco, entrar em
contato pelo 0800 3000 333. O tempo seco
dos meses de inverno e o vento facilitam a
propagação das chamas nas vegetações que
margeiam as estradas.
'O fogo, além de ser um problema ambiental,
que atinge a flora e em alguns casos a fauna,
também representa risco à segurança dos
motoristas, já que a fumaça é densa e reduz a
visibilidade. Por isso, a principal orientação
continua sendo evitar colocar fogo e descartar
lixo e bituca de cigarro às margens da rodovia,
no mato seco', diz o gerente de operações da
Entrevias, Jorge Baracho.
O programa de prevenção é da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente e envolve
diversos órgãos, como Defesa Civil, Corpo de
Bombeiros, entre outros. De acordo com a
Artesp, o período compreendido de junho a
setembro concentra mais da metade dos casos
de queimadas às margens das rodovias
concedidas.
Nessa época do ano, os funcionários da
Entrevias que trabalham na inspeção de
tráfego circulam em viaturas pelo trecho
concedido para atendimento aos usuários. Os
veículos utilizados contêm abafadores para
iniciar o combate a pequenos focos de
incêndios. Algumas dessas viaturas também
são equipadas com pequenos tanques de água
para auxiliar no combate às chamas.
Uma das principais causas de queimadas nas
rodovias é o lançamento de pontas de cigarros
pelas janelas dos veículos. Outro fator crítico é
o crescimento do lançamento de balões nessa
19
Grupo de Comunicação
época do ano em razão das tradicionais festas
juninas e julinas. Também são causas de
incêndios às margens das rodovias a utilização
de fogo para limpeza de terrenos, queima de
lixo, fogueiras e queimadas para fins agrícolas
não autorizados.
As cinco dicas de segurança
No caso do motorista se deparar com alguma
queimada na rodovia, além de avisar os
órgãos competentes, ele pode tomar algumas
precauções para prevenir acidentes:
- Fechar os vidros do veículo
- Manter distância segura do veículo da frente
- Trafegar com farol baixo aceso
- Não ligar o pisca alerta com o veículo em
movimento
- Não parar na faixa de rolamento
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25315016&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo: Correio Popular
Data: 13/06/2019
Cetesb autua 104 veículos a diesel
durante operação
Ação em Americana, Limeira, Campinas e
Paulínia flagrou emissão de fumaça preta
acima do nível permitido por lei
Durante fiscalização realizada anteontem, a
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb) autuou 104 veículos a diesel
em Americana, Campinas, Limeira e Paulínia,
após constatar emissão de fumaça preta
acima do nível permitido pela legislação
ambiental. Na região, foram fiscalizados 6.829
veículos. A ação tem o objetivo de minimizar
os efeitos da poluição no ar. A multa para
quem for flagrado com o veículo em condições
irregulares é de R$1.591,80, que pode dobrar
em caso de reincidência no período de um
ano.
Em Americana, local que teve o maior número
de autuações, 58 ao todo, a fiscalização
aconteceu no km 128,5 da Rodovia
Anhanguera (SP-330). No local, foram
inspecionados 2.780 veículos. Em Campinas, a
operação também foi realizada na
Anhanguera, porém no km 89 do sentido
Interior. Lá, de 1.446 veículos fiscalizados, 20
foram multados. Em Limeira, as ações
ocorreram no km 6,2 da Rodovia Osvaldo
Heitor Nallin (SP-133), que liga a cidade a
Cosmópolis. Seis veículos foram autuados, de
512 fiscalizados. Em Paulínia, por fim, a
verificação aconteceu na Rodovia Professor
Zeferino Vaz (SP-332), na altura do km 129.
No ponto, outros 20 veículos foram multados,
depois de 2.091 aferições.
Patrícia Iglecias, presidente da Cetesb,
esclarece que o intuito da operação não é
punir, mas conscientizar especialmente nesta
época do ano, em razão da falta de chuvas,
aumento da poluição atmosférica e
consequentemente das complicações
respiratórias. "Nosso objetivo é chamar a
atenção da população para que se engaje
nesta questão ambiental e de saúde pública. A
Cetesb possui um programa para melhoria da
manutenção de veículos a diesel, no qual o
valor da multa pode ser reduzido em até 70%,
caso o responsável comprove que os
problemas do veículo foram sanados",
afirmou.
Análise
O monitoramento é feito por meio da Escala
de Ringelmann, que compara a densidade da
fumaça emitida com os padrões de cinza
impressos na escala. Essa fiscalização ocorre
com o veículo circulando, sem a necessidade
de parada. Outro equipamento utilizado é o
opacímetro, que capta a fumaça emitida por
meio de uma sonda introduzida no
escapamento, enviando os gases para uma
câmara dotada de uma fonte de luz e um
receptor, onde a fumaça é analisada. Há ainda
a análise com o ARLA32, um reagente químico
composto por 32,5% de ureia de alta pureza
que misturado ao diesel reduz a emissão de
óxido de nitrogênio (NOx) nos gases de
escape dos veículos. A checagem deste
componente é feita por um equipamento
chamado de refratômetro ou pela adição de
uma substância no produto que altera a sua
cor, deixando-o azulado se for original.
No Estado
Em todo estado, a Cetesb autuou 1.108
veículos a diesel anteontem. Em 2019, as
equipes dobraram os pontos de fiscalização de
21 para 42. No total, foram fiscalizados
aproximadamente 63 mil veículos.
(Da Agência Anhanguera)
Veículo passa por inspeção, que tem como
objetivo minimizar os efeitos da poluição no
ar, sobretudo durante o período de tempo
seco
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25323737&e=577
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21
Grupo de Comunicação
Veículo: O Liberal - Americana
Data: 12/06/2019
58 veículos são multados em operação
contra poluentes
Número de autuações emitidas pela cetesb em
americana é maior ao registrado em outras
cidades da região, como campinas, limeira e
Piracicaba
A Cetesb (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo) autuou em Americana
58 motoristas após constatar a emissão de
fumaça preta acima do nível permitido pela
legislação ambiental em veículos movidos a
diesel. A fiscalização ocorreu nesta terça-feira
(11), no km 128 da Rodovia Anhanguera.
Ao todo, 2.780 veículos a diesel foram
verificados durante os períodos da manhã e da
tarde, sendo que 2,08 % deles foram
penalizados após análise da emissão de
poluentes. O número de multas aplicadas em
Americana foi proporcionalmente maior do que
os registrados nas outras cidades da região.
Campinas teve 1.446 fiscalizações com 20
autuações (1,3%), enquanto Limeira teve 512
veículos vistoriados e seis multas (1,1%). O
destaque positivo foi Piracicaba, que teve
1855 vistorias e apenas duas infrações
(0,1%). A fiscalização foi realizada em
parceria com as polícias Militar, Ambiental e
Rodoviária.
A multa para quem for flagrado com o veículo
em condições irregulares é de R$1.591,80,
que pode dobrar em caso de reincidência no
período de um ano. O objetivo da operação
não é punir, mas conscientizar para o
aumento da poluição atmosférica nesta época
do ano, na qual as chuvas ocorrem com menor
frequência.
O monitoramento é feito por meio da Escala
de Ringelmann, que compara a densidade da
fumaça emitida com os padrões de cinza
impressos na escala. Essa fiscalização ocorre
com o veículo circulando, sem a necessidade
de parada.
Outro equipamento utilizado é o opacímetro,
que capta a fumaça emitida por meio de uma
sonda introduzida no escapamento, enviando
os gases para uma câmara dotada de uma
fonte de luz e um receptor onde a fumaça é
analisada.
Há ainda a análise com o ARLA32, um
reagente químico composto por 32,5% de
ureia de alta pureza que misturado ao diesel
reduz a emissão de óxido de nitrogênio nos
gases de escape dos veículos. A checagem
deste componente é feita por um equipamento
chamado de refratômetro ou pela adição de
uma substância no produto que altera a sua
cor, deixando-o azulado se for original.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25304230&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo: Estradas
Data: 12/06/2019
Cetesb autua veículos por emissão de
fumaça preta em rodovias paulistas
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb) autuou, nessa terça-feira (11),
diversos veículos a diesel por emissão de
fumaça preta. A operação foi feita nas
rodovias da região de Piracicaba e Limeira,
ambas no estado de São Paulo.
De acordo com a Cetesb, a fiscalização
ocorreu em todo o Estado e, ao todo, foram
mais de mil autuações. Na região de
Piracicaba e Limeira, foram oito autuações.
Duas rodovias da região tiveram flagrantes:
Na área de abrangência da Cetesb de Limeira,
foram seis atuações na Rodovia João
Herrmann Neto (SP-133), que liga a cidade a
Cosmópolis (SP). Na área de abrangência da
Cetesb de Piracicaba, foram duas atuações
próximo à Rodovia Washington Luís (SP-310).
O monitoramento é feito por meio da Escala
de Ringelmann, que compara a densidade da
fumaça emitida com os padrões de cinza
impressos na escala, o que acontece com o
veículo circulando, sem a necessidade de
parada.
Ainda de acordo com a companhia, a operação
foi intensificada e ocorreu em 42 pontos nas
principais rodovias do estado, com o objetivo
de controlar a emissão de poluentes,
especialmente no inverno - que com a falta de
chuvas, aumenta a poluição atmosférica e
complicações respiratórias.
A multa para quem for flagrado com o veículo
em condições irregulares é de R$ 1.591,80,
que pode dobrar em caso de reincidência no
período de um ano.
Para pedir a redução ou restituição da multa,
o motorista deve procurar uma das oficinas
credenciadas no programa para melhoria da
manutenção de veículos a diesel. A lista dos
locais pode ser verificada, clicando aqui.
Fonte: Portal G1
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25296103&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo: Frota e Cia
Data: 12/06/2019
Cetesb autua veículos por emissão de
fumaça preta em rodovias
André Silva
Uma fiscalização da Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo (Cetesb) autuou
veículos a diesel por emissão de fumaça preta.
A operação foi feita nesta terça-feira (11) nas
rodovias, e na região de Piracicaba (SP) e
Limeira (SP), foram oito autuações.
A fiscalização ocorreu em todo o Estado de
São Paulo e, ao todo, foram mais de mil
autuações. O monitoramento é feito por meio
da Escala de Ringelmann, que compara a
densidade da fumaça emitida com os padrões
de cinza impressos na escala. Portanto, a
fiscalização acontece com o veículo circulando,
sem a necessidade de parada.
De acordo com a companhia, a operação foi
intensificada e ocorreu em 42 pontos nas
principais rodovias do estado. O objetivo da
operação é controlar a emissão de poluentes.
A intensificação deve aumentar especialmente
no inverno, já que com a falta de chuvas,
aumenta a poluição atmosférica e
complicações respiratórias.
A multa para quem for flagrado com o veículo
em condições irregulares é de R$ 1.591,80.
Além disso, o valor pode dobrar em caso de
reincidência no período de um ano.
O motorista tem a opção de pedir a redução
ou restituição da multa. Para isso, deve
procurar uma das oficinas credenciadas no
programa para melhoria da manutenção de
veículos a diesel. A lista deve ser conferida no
site do órgão.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25291541&e=577
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Grupo de Comunicação
Veículo: O Vale
Data: 12/06/2019
Cetesb autua 32 veículos a diesel no Vale
por emissão de fumaça preta
Em 2019, as equipes da Cetesb dobraram os
pontos de fiscalização de 21 para 42 em todo
o estado. A ação tem o objetivo de minimizar
os efeitos da poluição no ar. Ao todo, foram
autuados 1.108 veículos a diesel de um total
de 63.126 veículos fiscalizados.
Foto: Divulgação
Operação foi intensificada e ocorreu em três
pontos em rodovias da região para controlar a
emissão de poluentes
Durante fiscalização nesta terça-feira, a
Cetesb (Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo) autuou 32 veículos a diesel no
Vale do Paraíba, após constatar emissão de
fumaça preta acima do nível permitido pela
legislação ambiental. Nesta operação, foram
fiscalizados 3.264 veículos.
Em 2019, as equipes da Cetesb dobraram os
pontos de fiscalização de 21 para 42 em todo
o estado. A ação tem o objetivo de minimizar
os efeitos da poluição no ar. Ao todo, foram
autuados 1.108 veículos a diesel de um total
de 63.126 veículos fiscalizados.
Em São José dos Campos, os fiscais flagraram
12 veículos com fumaça preta acima do nível
permitido pela legislação ambiental de um
total de 2.060 fiscalizados na Rodovia
Presidente Dutra, no km 161, na pista sentido
Rio de Janeiro.
Na pista sentido leste da rodovia SP 55 (Rio-
Santos), no km 105, em São Sebastião, foram
vistoriados 611 veículos a diesel, com 15
autuações.
Em Taubaté, a Cetesb monitorou o posto SAU
(Serviço de Atendimento ao Usuário) do DER
(Departamento de Estradas de Rodagem), na
Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, no km
8,5. Foram vistoriados 593 veículos, com cinco
autuados.
A Cetesb informou que intensifica a
fiscalização em parceria com as polícias
Militar, Ambiental e rodoviárias Estadual e
Federal no período do inverno.
Paralelamente, promove campanhas
educativas com o objetivo de conscientizar
motoristas sobre a importância da
manutenção do veículo para reduzir a emissão
de poluentes na atmosfera, especialmente, no
período mais seco do ano.
Segundo a presidente da Cetesb, Patrícia
Iglecias, o objetivo da operação não é punir,
mas conscientizar “especialmente nesta época
do ano, em razão da falta de chuvas, aumento
da poluição atmosférica e consequentemente
das complicações respiratórias. Nosso objetivo
é chamar a atenção da população para que se
engaje nesta questão ambiental e de saúde
pública”.
https://www.ovale.com.br/_conteudo/nossa_r
egiao/2019/06/80650-cetesb-autua-32-
veiculos-a-diesel-no-vale-por-emissao-de-
fumaca-preta.html
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25
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário Regional
Data: 13/06/2019
Consórcio ABC articula política de
resíduos sólidos regional
Representantes da entidade entregaram
demandas da região a técnicos da Cetesb
Representantes do Grupo de Trabalho (GT)
Resíduos Sólidos do Consórcio Intermunicipal
ABC participaram de reunião na sede da
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (Cetesb), para tratar dos termos de
compromis sos firmados entre o governo do
Estado e com os setores da cadeia de logística
reversa na região. A logística reversa consiste
no retorno de um produto ou parte dele para a
companhia que o fabricou.
A reunião dá continuidade à visita da
presidente da Cetesb, Patrícia Iglecias, ao
Consórcio ABC, que ocorreu em maio. Durante
o encontro, o GT da entidade regional
encaminhou pautas dos sete municípios sobre
a gestão dos resíduos solídos aos técnicos Lia
Helena Demange e João Luiz Potenza.
Os municípios se colocaram à disposição da
Cetesb para auxiliar na implementação das
ações de logística reversa, por meio da
fiscalização e da divulgação dos pontos de
entrega, e também solicitaram apoio do
Estado para o cumprimento das metas
previstas no programa.
A pauta da reunião também incluiu a gestão
dos resíduos da construção civil. O GT
apresentou os trabalhos desenvolvidos nos
últimos anos com o programa Operação Obra
Limpa, enquanto os representantes do Cetesb
discorreram sobre os programas e
experiências no âmbito estadual e de outros
municípios e consórcios que podem ser
replicados na região.
'Conforme definimos no encontro, os técnicos
das sete cidades vão se reunir para formalizar
a fiscalização dos pontos de entregas dos
mate riais para a logística reversa, assim
como retomar no GT a discussão da
padronização da gestão dos resíduos da con
strução civil', afirmou a co ordenadora do GT
Resíduos Sólidos, Karin Silva. (Reportagem
Local)
ENTRE ASPAS
Cidades vão fiscalizar os pontos de entregas
dos materiais para a logística reversa
Karin Silva
Divulgação/ Consórcio
Compromisso firmado para logística reversa foi pauta da reunião na sede da Cetesb
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25335874&e=577
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26
Grupo de Comunicação
Veículo: O Liberal - Americana
Data: 12/06/2019
Barragem do Salto Grande deve ser
vistoriada por membros de CPI
Em visita ao liberal, o vice-presidente da
comissão, Dirceu Dalben, detalhou os
requerimentos apresentados durante reunião
deste terça-feira
A barragem do Salto Grande, em Americana,
deve passar por nova vistoria nos próximos
meses. Pelo menos essa é a expectativa do
Deputado Estadual Dirceu Dalben (PL), vice-
presidente da CPI instaurada na Alesp
(Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo) para investigar a situação da estrutura.
Quatro requerimentos apresentados por
Dalben durante reunião da comissão nesta
terça-feira (11) foram aprovados. Em um
deles, o deputado solicita que a Cetesb
(Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo), órgão responsável por análises
relacionadas ao meio ambiente, indique um
técnico para acompanhar membros da CPI em
uma visita ao local.
DAE (Departamento de Água e Esgoto) de
Americana, Ministério Público e CPFL
Renováveis (responsável pela barragem)
também foram convocados a fornecerem
documentos relacionados ao espaço.
Um outro requerimento ainda solicita a
presença de prefeitos da região e membros da
Ares-PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de
Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba,
Capivari e Jundiaí) para prestação de
informações.
Eles têm 15 dias para entregar os itens
pedidos pela comissão, mas o prazo pode ser
ampliado, caso os deputados julguem
necessário. A CPI foi instaurada no início do
mês, com 60 dias para a conclusão dos
trabalhos, prorrogáveis por mais 60, sendo
que a visita in loco ocorre dentro desse prazo.
'O objetivo é, através dessas informações,
tomarmos conhecimento de tudo que há [na
parte] documental, desde a concessão,
contratos, o plano de emergência em caso de
rompimento', disse Dalben em vista à sede do
LIBERAL, na manhã desta quarta-feira (12).
O deputado defende que, após a conclusão da
CPI, haja uma cobrança pela revitalização da
área. 'Nos tempos passados a represa foi uma
área de lazer, entretenimento, e hoje está
abandonada. Aquilo é um patrimônio, um bem
público, do ponto de vista ecológico, de
abastecimento e até mesmo de ecoturismo',
concluiu.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25300366&e=577
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27
Grupo de Comunicação
Veículo: Guarulhos Hoje
Data: 12/06/2019
Guarulhense morre mais cedo por causa
do aeroporto
Wellington Alves
O Aeroporto Internacional de São
Paulo/Guarulhos traz sérios danos para os
moradores de Guarulhos. O alto número de
aeronaves que pousam e decolam na cidade
gera diversos focos de poluição e danos
ambientais. Isso impacta diretamente a
qualidade de vida de milhares de pessoas que
sequer utilizam o GRU Airport.
Estudo aponta poluentes jogado por aviões
Temperatura no aeroporto é a maior da cidade
Batalha jurídica dura quase uma década Taxa
ambiental é aposta para proteger a população
Outro lado
Há dez anos, o Ministério Público do Estado de
São Paulo deu início a diversas ações para
responsabilizar as empresas aéreas para
compensarem os prejuízos causados aos
guarulhenses. O caso está no Superior
Tribunal de Justiça (STJ), que vai analisar
pedido do Ministério Público Federal para
levantamento do impacto ambiental das
atividades aeroportuárias no município.
Segundo a Cetesb (Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo), a qualidade do ar
em Guarulhos varia entre bom e moderado.
Mas o levantamento da estatal não anima a
Prefeitura, que analisa a criação de uma taxa
de impacto ambiental para os passageiros do
aeroporto. A medida vai passar por audiências
públicas.
Os vereadores também estão atentos ao
funcionamento do aeroporto, tanto que
criaram uma Comissão Especial de Inquérito
para investigar o GRU Airport. A
concessionária não tem cumprido Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC) com o
Ministério Público para validar a questão
ambiental.
Ex-secretário municipal de Meio Ambiente,
Alexandre Kise sacramenta que o guarulhense
morre mais cedo por causa do aeroporto. 'Os
aviões usam a maior potência do motor nas
decolagens e aterrissagens. São muitos
poluentes jogados no ar. Os guarulhenses são
os mais prejudicados', conclui.
Desde o segundo semestre de 2002, a
Prefeitura de Guarulhos deveria emitir
relatórios estatísticos detalhados sobre os
danos causados à saúde dos moradores
residentes em zonas aeroportuárias. É o que
prevê a Lei municipal 5.700/2001, sancionada
pelo então prefeito Elói Pietá (PT). A legislação
nunca foi cumprida na cidade.
Apesar da ausência de levantamentos
estatísticos dos órgãos públicos, existem
estudos que dimensionam o prejuízo gerado
pelos aviões que chegam ao GRU Airport. O
médico José Rocco Júnior, por exemplo, em
sua tese de mestrado na Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo,
analisou os efeitos da poluição atmosférica no
Aeroporto de Guarulhos. Ele elencou os
principais poluentes despejados pelas
aeronaves. Confira na tabela ao lado.
Dióxido de nitrogênio - Formado pela
combustão dos motores. Traz danos ao
sistema respiratório. Ozônio - Apresenta altos
níveis em áreas urbanas. Causa danos ao
sistema respiratório e possui potencial
cancerígeno. Material particulado - Partículas
finas de sólidos e líquidos que ficam suspensos
no ar. São provenientes da exaustão dos
escapamentos dos veículos automotores.
Apresenta potencial cancerígeno e
mutagênico. Elementos traço (metais
pesados) - Poluem a água e contaminam os
alimentos. Pode afetar a saúde humana.
A sensação térmica em Guarulhos chega a ser
dez graus superior à temperatura registrada.
Essa conclusão foi obtida após pesquisa da
Univeritas/UNG, que serviu como base para a
Prefeitura implantar o Programa Ilhas Verdes
em 2009. O objetivo é combater as ilhas de
calor na cidade, especialmente no aeroporto,
na região central e na Cidade Satélite de
Cumbica.
28
Grupo de Comunicação
O território do GRU Airport é o mais quente do
município, com 38oC. Outras regiões
apresentavam 28oC de temperatura. O estudo
foi desenvolvido pela universidade, com apoio
da Fapesp. Milhares de árvores foram
plantadas na cidade, na última década, para
combater os malefícios da operação do
aeroporto.
As ilhas de calor geram desequilíbrio na
temperatura da cidade e mais chuvas, que
podem causar erosões e desmoronamentos,
explicou o geólogo Antônio Manoel dos Santos,
em entrevista à TV Cultura. Ele apontou que,
no campo da saúde, o impacto maior é a
intensificação das doenças cardiovasculares.
A burocracia da Justiça brasileira tem
favorecido as empresas aéreas, que não
precisam arcar com medidas mitigadoras pelo
impacto ambiental causado no território
paulista, em especial em Guarulhos. A decisão
mais recente, do desembargador Nery da
Costa Júnior, vice-presidente do Tribunal
Regional Federal da 3ª Região (TRF-3),
autorizou a elaboração de estudos dos danos
ambientais gerados pelos aviões. O caso vai
para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em 2010, o promotor Ricardo Manoel Castro,
do Ministério Público do Estado, propôs várias
ações civis públicas contra empresas aéreas
pelos danos ambientais. Nestes casos, os
processos foram direcionados à poluição do ar,
sem tratar as questões sonoras, que atingem
vários bairros de Guarulhos, como o Bom
Clima e o Taboão.
O Tribunal de Justiça de São Paulo deu
parecer favorável à Promotoria. Entretanto, a
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
entrou no caso, o que invalidou a decisão da
Justiça estadual e levou as ações à Justiça
Federal.
No ano passado, o TRF-3 entendeu que a
adoção de medidas mitigadoras poderia trazer
prejuízo ao desenvolvimento nacional. Mas a
procuradora regional da República Fátima
Aparecida Borghi, conseguiu uma liminar para
retornar o processo à primeira instância da
Justiça Federal, com a análise dos impactos
ambientais à população, antes que haja uma
decisão final. As empresas tentam barrar o
reinício da ação no STJ.
A gestão do prefeito Guti (PSB) quer impor
uma taxa de impacto ambiental aos
passageiros do GRU Airport. A necessidade da
implantação da cobrança será debatida em
audiências públicas, porém a medida tem
apoio da Câmara Municipal.
O vereador José Luiz (PT) integra a oposição,
mas é favorável à taxa, que pode ajudar a
Prefeitura a investir em ações para minimizar
a poluição gerada pelo aeroporto. Ele acredita,
contudo, que a cobrança deve atingir as
cargas e não apenas os passageiros.
A Câmara instalou uma Comissão Especial de
Inquérito (CEI) para investigar o GRU Airport.
O presidente da CEI, João Dárcio (Pode),
destacou que o aeroporto não cumpre o Termo
de Ajustamento de Conduta (TAC) com a
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e
precisa responder judicialmente por isso.
'Nosso trabalho dá força para a Prefeitura
implantar a taxa', diz.
Em 2008, a Infraero - antiga gestora do
Aeroporto de Guarulhos - assinou TAC com
dezenas de pontos para minimizar os danos
ambientais aos paulistas pelas atividades
aeroportuárias. Dois anos depois, a Infraero
acordou um novo TAC, desta vez com a
Cetesb. Em 2014, com a concessão do
aeroporto, o GRU Airport fechou um terceiro
TAC, com a Cetesb e a Prefeitura.
A concessionária que administra o aeroporto
deveria, entre diversos pontos, implantar
Projeto de Monitoramento de Ruído, executar
obras de macrodrenagem da Bacia do Rio
Baquirivu-Guaçu, implementar Plano de Reuso
de Água não potável, conseguir outorgas dos
poços artesianos, elaborar plano de
intervenção nas áreas contaminadas no
aeroporto e executar Plano de Recuperação
Ambiental com reflorestamento de 66
hectares. 'O TAC não está sendo cumprido',
aponta Dárcio.
Questionados, a Prefeitura de Guarulhos não
se pronunciou até a conclusão desta
reportagem.
O GRU Aiport enviou a nota abaixo:
'O GRU Airport - Concessionária do Aeroporto
Internacional de Guarulhos S.A. informa que
vem prestando todos os esclarecimentos à
Câmara Municipal de Guarulhos sobre o
cumprimento das obrigações previstas no
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
firmado com a CETESB, e que todos os itens
29
Grupo de Comunicação
que dependiam exclusivamente de sua
atuação foram devidamente cumpridos. As
Licenças Ambientais de Operação expedidas
pela CETESB estão vigentes.
A Concessionária informa, ainda, que firmou
junto ao Departamento de Águas e Energia
Elétrica ('DAEE') Protocolo de Intenções para
assinatura de um Convênio que, dentre outras
questões, tratará de formação do grupo de
trabalho e início das atividades relativas ao
Programa Baquirivú. Cumpre frisar que,
segundo as disposições expressas no TAC, o
programa em questão é de responsabilidade
do DAEE.
Por fim registra-se, quanto a criação de taxa
ambiental passível de aplicação aos
passageiros do aeroporto, que a
Concessionária desconhece os seus termos e
que não foi notificada oficialmente sobre o
tema.'
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25309002&e=577
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30
Grupo de Comunicação
Veículo1: Jornal Guarulhos em Destaquei
Data: 12/06/2019
Prefeitura inicia Operação Estiagem de
prevenção a incêndios
A Prefeitura de Guarulhos deu início à
Operação Estiagem 2019, que se estende até
30 de setembro, com o objetivo de minimizar
os riscos de focos de incêndio da temporada
de baixa umidade do ar e quedas bruscas de
temperatura. Em cumprimento ao programa, a
Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa
Civil de Guarulhos (Compdec) alerta a
população sobre o perigo causado por balões,
pontas de cigarro, fogo em lixo ou vegetação,
entre outros.
O coordenador da Proteção e Defesa Civil,
coronel Waldir Pires, explica que a baixa
umidade potencializa incêndios em matas e
florestas, além de aumentar os riscos
prejudiciais à saúde. 'Algumas pequenas
atitudes podem causar grandes estragos,
como acender fogueiras e jogar cigarros ou
fósforos à margens das rodovias,
especialmente de carros em movimento.
Soltar balões, por exemplo, é altamente
perigoso e um crime ambiental previsto na Lei
n 9.605/98'.
De acordo com a Compdec , os trabalhos
desenvolvidos contarão com a participação de
todas as secretarias municipais, população e
órgãos como Corpo de Bombeiros, Polícia Civil,
Militar e Ambiental, Companhia de
Saneamento Ambiental (CETESB) e a
Sabesp.
Denuncie
Em caso de fumaça ou fogo, o órgão
recomenda o acionamento do Corpo de
Bombeiros pelo telefone 193 ou a Defesa Civil
pelo 199. Queimadas ilegais ou balões podem
ser denunciados à Polícia Militar pelo 190 ou
por meio do Disque Denúncia Verde da
Secretaria de Meio Ambiente, caso o fogo seja
em vegetação: 0800 772 2006
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25296361&e=577
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31
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário de Mogi
Data: 12/06/2019
Semae reajusta tarifa em 4,72%; preço
da água sobe em Mogi
As contas do Serviço Municipal de Águas e
Esgotos (Semae) com vencimento a partir de
agosto de 2019 terão um reajuste de
4,7242% na tarifa. A autarquia repassará o
índice de correção que já foi aplicado pela
Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo (Sabesp) em maio e
que foi aprovado pela Agência Reguladora de
Saneamento e Energia do Estado de São Paulo
(Arsesp), conforme deliberação 859, de 10 de
abril de 2019. Mesmo com o repasse, a tarifa
residencial paga pelos mogianos na primeira
faixa de consumo, que vai até 10 mil litros de
água por mês, é cerca de 39% menor que a
cobrada em outras cidades do Alto Tietê,
também no consumo residencial.
Em Mogi das Cruzes, o valor será de R$ 37,63
(R$ 20,91 de água e R$ 16,72 de esgoto),
enquanto nas demais cidades da região a
tarifa passou a ser de R$ 52,36 (R$ 26,18 de
água e R$ 26,18 de esgoto).
O realinhamento das tarifas em Mogi das
Cruzes é feito com base no decreto
18.348/2019 e aplica-se às tarifas relativas ao
consumo de água e utilização da rede de
esgotos sanitários por metro cúbico. O
reajuste repassado pela autarquia a partir da
conta referência agosto é para o consumo
medido a partir de 1 de julho de 2019.
De acordo com a deliberação da Arsesp, o
reajuste é composto por variação da inflação
medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), no período de
março de 2018 a março de 2019, que totalizou
4,5754%; aplicação do fator de eficiência
(fator X) de 0,6920%, e ajuste compensatório
de 0,8408%.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=25289208&e=577
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32
Grupo de Comunicação
Veículo: Assis City
Data: 12/06/2019
Pregão Eletrônico será realizado para
contratação de vigilância e segurança
patrimonial no Horto Florestal de Assis
A abertura das propostas será no dia 25 de
junho, às 9h
Acha-se aberta no Gabinete do Secretário,
da Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente, a licitação na modalidade Pregão
Eletrônico nº 02/2019/IF, Processo nº
8.757/2018, destinada à prestação de serviços
de vigilância e segurança patrimonial na
Floresta Estadual de Assis.
A abertura das propostas será no dia 25 de
junho, às 9h00, no site www.bec.sp.gov.br,
através da Oferta de Compra
2160034000012019OC00009.
As propostas já estão sendo recebidas no site
a partir do dia 10 de junho.
Os interessados poderão consultar o Edital
completo nos sites: www.imesp.com.br (opção
"Negócios Públicos”); www.bec.sp.gov.br ou
WWW.infraestruturameioambiente.sp.gov.br.
Maiores esclarecimentos pelo telefone (11)
3133-3979 ou pelo e-mail
Licitação é destinada à prestação de serviços
de vigilância e segurança patrimonial na
Floresta Estadual de Assis
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33
Grupo de Comunicação
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 13/06/2019
Chácara Baronesa espera remoção de
moradia irregular há quase dez anos
Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
Ao menos duas decisões judiciais já
determinaram a remoção de moradias
irregulares da Chácara Baronesa, área verde
na divisa de Santo André e São Bernardo,
sendo a primeira delas em 2010 e, a última,
no ano passado. Embora o problema seja
velho conhecido do poder público e haja
discussão entre as duas prefeituras e o
governo estadual sobre o tema, a lentidão
para que ações sejam executadas e a falta de
fiscalização contribuem para o avanço das
invasões.
Dados da Secretaria Estadual de
Infraestrutura e Meio Ambiente, de 2014,
apontavam para 300 famílias no local, número
que subiu para 600, em janeiro de 2017, e já
chega a 1.200 atualmente, conforme
lideranças locais. “De 2018 para cá, tem uma
área próxima ao muro do parque que é toda
de ocupação nova”, explicou David Marinho,
27 anos, um dos líderes comunitários. A
comunidade está instalada há 35 anos em
área integrada ao Parque Estadual Chácara
Baronesa.
A situação de moradia é precária. Por ser área
irregular, o local não conta com coleta de lixo
ou esgoto, tampouco com abastecimento de
água. O esgoto corre a céu aberto, antes de
ser despejado in natura no Córrego Taióca.
Por estar praticamente dentro do parque –
apenas um muro separa as moradias –, é
grande o número de árvores perto das
residências, cujos galhos caem e quebram
telhados, além das espécimes mais velhas
ameaçarem as casas e barracos.
“Estou aqui porque não consegui pagar o
aluguel em outro lugar. A senhora acha que,
se pudesse, ficaria aqui, com medo da árvore,
saindo de casa a cada chuva?”, questionou o
vendedor Gilberto Mendes Ferreira, 38, que
mora no local há oito anos.
A dona de casa Maria Francisca dos Santos,
66, reside com os três filhos em uma casa
alugada há três anos. A única renda da família
é um auxílio que a filha autista, de 31 anos,
recebe. “Morava no Jardim Cristiane, mas lá
pagava água, luz e aluguel. Não conseguia dar
conta de tudo”, justificou.
Secretário executivo de Estado da Habitação e
ex-secretário de Habitação de Santo André,
Fernando Marangoni afirmou que a situação é
bastante complexa e, por estar incluída no
parque, a área é de responsabilidade da
Secretaria Estadual de Infraestrutura e
Meio Ambiente. “A hora que o Meio
Ambiente for, de fato, fazer a remoção, a
CDHU (Companhia de Desenvolvimento
Habitacional e Urbano) e a Secretaria de
Habitação entram com a produção das
unidades”, explicou. Marangoni afirmou que o
congelamento da ocupação se dará pelo
esgotamento do espaço para a comunidade
crescer. Em visita ao local, entretanto, a
equipe do Diário constatou que não só novas
ocupações vêm ocorrendo, como em muitas
casas estão sendo feitas pequenas obras.
A Secretaria de Meio Ambiente do Estado
afirmou, por meio de nota, que, em agosto do
ano passado, a Justiça determinou a remoção
das famílias da Chácara Baronesa/Haras
São Bernardo para recuperação do parque.
“Em consonância com o Ministério Público, a
ação ocorrerá após o município indicar áreas
para onde as famílias possam ser abrigadas.”
A pasta esclareceu que a indicação será feita
pelas prefeituras de Santo André e São
Bernardo.
A administração andreense esclareceu que
tem reunião marcada para 1º de julho com o
secretário de Infraestrutura e Meio
Ambiente, Marcos Penido, e representantes
da Cetesb (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo) para alinhamento
estratégico do tema.
https://www.dgabc.com.br/Noticia/3068611/chacara-baronesa-espera-remocao-de-moradia-irregular-ha-quase-dez-anos
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Data: 13/06/2019
34
Grupo de Comunicação
VEÍCULOS DIVERSOS
Veículo: Revista Veja
Data: 12/06/2019
Brasil barrou iniciativa sobre meio
ambiente em conferência internacional
Por Julia Braun
Com pressão das delegações brasileira e
americana, encontro no Quênia terminou
apenas com declaração rasa sobre direito
ambiental
Agentes do Ibama durante 'Operação Onda Verde' contra o desmatamento da Amazônia: governo brasileiro vem recebendo críticas pelo retrocesso em suas políticas ambientais - 24/08/2018 (Bruno Kelly/Reuters)
O governo brasileiro barrou a iniciativa
multilateral de construção de um arcabouço
legal para a área ambiental a partir da
Assembleia-Geral das Nações Unidas de 2020.
A oposição do Brasil foi registrada durante
uma reunião em maio em Nairóbi, no Quênia,
sobre a adoção do Pacto Global para o Meio
Ambiente, projeto impulsionado pela França
na ONU.
Originalmente, nas discussões entre 22 e 23
de maio, o rascunho da declaração final previa
a instituição do Pacto em uma conferência de
alto nível das Nações Unidas, com a definição
de um comitê preparatório, a elaboração de
um cronograma para as negociações e a
imposição de um prazo final para se firmar o
acordo sobre meio ambiente.
O Brasil, os Estados Unidos e outras nações,
porém, pressionaram para desidratar esse
documento final. Os compromissos com o
comitê, o cronograma e o prazo final foram
extraídos do texto. Em seu lugar foram
incluídas recomendações em uma declaração
internacional sobre o aniversário da
Conferência de Estocolmo, a primeira a tratar
do tema, em 1972.
O projeto do Pacto Global acabou suspenso
até que haja consenso para a retomada dos
seus objetivos originais. A iniciativa fora criada
oficialmente em maio de 2018, durante a
Assembleia-Geral das Nações Unidas, como
meio de ampliar e aprofundar as leis
ambientais em todo o globo. Na ocasião, foi
criado um grupo de trabalho para apresentar
as recomendações à ONU sobre como aplicar o
acordo.
Houve três reuniões na sede do Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA), no Quênia, antes da entrega da
declaração desidratada, na penúltima semana
de maio. Durante o último encontro, em
Nairóbi, os representantes brasileiro e
americano pressionaram os demais países
para mudar o texto e retirar dele as passagens
que tratavam da adoção de um pacto
vinculante sobre meio ambiente pela
Assembleia-Geral na primeira metade de
2020.
Para Michel Prieur, professor da Universidade
de Limoges e especialista em direito ambiental
da Europa, a decisão de abandonar o projeto e
fazer apenas uma recomendação para a
realização de um evento comemorativo
significa que os países estão fazendo “mais do
mesmo”.
“Nós estamos repetindo em 2022 o que já
falamos desde 1972”, afirmou em uma aula
magna realizada na Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP). “Nós
retrocedemos”, completou o advogado, que
participou das negociações para a adoção do
Pacto Global para o Meio Ambiente.
Para ser aprovado em Nairobi, o texto da
declaração teria de ser aprovado
unanimemente pelos países presentes. Diante
da falta de consenso, a alternativa foi a
recomendação para que se prepare uma
declaração política para ser apresentada na
sessão da Assembleia Ambiental das Nações
Unidas (UNEA), em fevereiro de 2021.
O documento servirá como base para a
realização de uma reunião internacional, em
2022, para marcar o aniversário da
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente Humano, realizada em Estocolmo
em 1972.
Data: 13/06/2019
35
Grupo de Comunicação
Na declaração final, os países fizeram
recomendações à UNEA “para sua avaliação e
para preparar, em sua quinta sessão em
fevereiro de 2021, uma declaração política
para uma reunião de alto nível da ONU sujeita
a financiamento voluntário” para comemorar o
aniversário de 50 anos do encontro na Suécia.
Ainda segundo o texto final, o objetivo do
evento será “fortalecer a implementação de
normas de direito internacional e governança
ambiental internacional”.
Retrocesso
O Pacto Global para o Meio Ambiente é uma
iniciativa proposta pelo governo do presidente
francês, Emmanuel Macron, para consolidar e
fortalecer a legislação ambiental e o direito
internacional, por meio de um acordo
vinculante. A criação do grupo de trabalho
para o desenvolvimento do acordo foi
aprovada por uma resolução da Assembleia-
Geral em 2018, com a aprovação de 90
países, entre eles o Brasil.
O projeto visa ainda melhorar a
implementação da lei ambiental em prol de
metas e acordos assinados pelos países e
pelas Nações Unidas anteriormente. Também
quer sintetizar todos os objetivos
manifestados em declarações e eventos
anteriores, como a Conferência de Estocolmo,
a Eco-92 e a Carta Mundial pela Natureza.
Em nota, o Ministério de Relações Exteriores
afirmou que o Brasil defendeu, durante as
negociações em Nairóbi, que “as lacunas na
arquitetura de acordos internacionais na área
ambiental estão vinculadas à tímida
disponibilidade de meios de implementação
concretos”, e não às normas jurídicas já
existentes. Ou seja, justificou não haver
recursos no Brasil para tal iniciativa.
O Itamaraty disse ainda que a delegação
brasileira, assim como a de outros países
presentes, destacou que a Comissão de Direito
Internacional da ONU já está examinando o
tema dos “princípios gerais de direito”. Dessa
forma, a criação de processos adicionais sobre
este tema, com a aprovação de um novo
pacto, “representaria duplicação de esforços,
gastos desnecessários de recursos e,
potencialmente, geraria incoerência nos
métodos de trabalho da ONU”.
Política ambiental
A política adotada pelo Brasil em Nairóbi
condiz com o discurso adotado pelo governo
de Jair Bolsonaro. Entre outras ações, o país
desistiu de sediar a Conferência do Clima
(COP-25) neste ano, alegando falta de
recursos. O evento será no Chile.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
também anunciou a revisão de todas as
Unidades de Conservação do país, que
poderão ser reduzidas ou até extintas.
Além disso, as intervenções contra o
aquecimento global estão entre as mais
afetadas pelo bloqueio de recursos
orçamentários determinado no mês passado
pelo governo federal – que também atingiu
outras áreas essenciais, como a Educação.
Dos 11,8 milhões de reais que seriam
destinados neste ano à Política Nacional sobre
Mudança do Clima para atender aos
compromissos assumidos pelo Ministério do
Meio Ambiente, 11,3 milhões de reais foram
contingenciados (96%), sobrando apenas
500.000 reais.
O atual ministro do Meio Ambiente mostrou-se
cético quanto à ação humana como principal
causa do aquecimento global em uma
audiência na Comissão de Meio Ambiente
(CMA) do Senado em março passado. Antes
de tomar posse, em entrevista ao jornal Folha
de S.Paulo, Salles também disse que a
discussão sobre mudanças climáticas é inócua
e que ele pretendia priorizar “questões
tangíveis de preservação ambiental”.
Quando decidiu abortar a decisão brasileira de
sediar a COP 25, Jair Bolsonaro também
anunciara que retiraria o país do Acordo de
Paris, de 2015, o que não aconteceu
formalmente por intervenção, entre outros, de
Salles. O Chile prontamente assumiu a
responsabilidade de sediar a COP-25, em
dezembro.
O pacto foi ratificado por 147 países, entre os
quais o Brasil, que atuou na redação final do
texto. Prevê a redução da emissão de gases
de efeito estufa para manter o aumento da
temperatura do planeta abaixo dos 2 graus no
fim do século, em comparação com os níveis
pré-industriais. Fóruns de cientistas que
atuam nessa área, porém, já advertiram que
os compromissos assumidos em 2015 não
serão suficientes e que devem ser ampliados.
Data: 13/06/2019
36
Grupo de Comunicação
Antes de assumir o cargo de ministro das
Relações Exteriores, Ernesto Araújo também
se manifestou de forma controversa sobre o
tema em seu blog, Metapolítica 17. Para o
titular do Itamaraty, a mudança climática é
um “dogma científico influenciado pela cultura
marxista”, que pretende atrapalhar o Ocidente
e beneficiar a China.
https://veja.abril.com.br/mundo/brasil-
barrou-iniciativa-sobre-meio-ambiente-em-
conferencia-internacional/
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Data: 13/06/2019
37
Grupo de Comunicação
Veículo: G1 Natureza
Data: 13/06/2019
Pássaro degustado em estranho ritual
gastronômico francês pode desaparecer
Ave "ortolan" está ameaçada de extinção, mas
é estrela de um dos rituais culinários mais
peculiares da França: ao comer, apreciadores
cobrem a cabeça e o prato com um
guardanapo. Cada ave é vendida ilegalmente
por cerca de € 150.
Pássaro 'Emberiza hortulana' é apreciado na gastronomia francesa, mas corre risco de extinção — Foto: Divulgação/Zdeněk Tunka/IUCN Red List
Faz 40 anos que associações protetoras de
animais lutam para retirar de vez os pássaros
ortolans dos pratos de um punhado de
franceses, apegados a uma tradição ancestral
e a uma experiência gastronômica, afirmam,
“inesquecível”. A pequena ave, ameaçada de
extinção, é a estrela de um dos rituais
culinários mais peculiares do país, tradicional
na região de Landes.
O ortolan tem duas rotas migratórias na
Europa e uma delas passa pelo sudoeste da
França – onde, diga-se de passagem, é
produzida a maior parte do controverso foie
gras. É lá que, apesar de uma proibição
europeia de 1979, aplicada somente 20 anos
depois pela França, caçadores ilegais
continuam a capturar o animal para degustá-
lo à mesa.
O pássaro é apreciado pelo gosto da sua
gordura e a delicadeza da sua carne - mas não
só ela. Pego com as próprias mãos, e não com
talheres, o animal é consumido inteiro ao final
de poucas mordidas: ossos, pés, vísceras. No
final da refeição, só o bico fica de fora.
Não à toa, no momento da degustação, os
apreciadores cobrem a cabeça e o prato com
um guardanapo, oficialmente para preservar
os aromas exalados pelo pássaro. É preciso ter
estômago para visualizar as poucas imagens
do ritual, publicadas na internet e encenadas
na série americana Billions.
“A França implementou um sistema de
tolerância, com o argumento de que os
caçadores eram vovôs que logo não estariam
mais na ativa, e que só fazem isso de vez em
quando, para o consumo pessoal”, protesta o
diretor-geral da sede francesa da Liga
Protetora dos Pássaros, Yves Verilhac. “Mas a
realidade é que já faz 20 anos que o problema
persiste e esse vovôs já foram substituídos por
outros. Por quê? Porque há uma questão de
dinheiro por trás.”
No momento da degustação, os apreciadores
cobrem a cabeça e o prato com um
guardanapo, oficialmente para preservar os
aromas exalados — Foto: Willbeeps/Visualhunt
No momento da degustação, os apreciadores
cobrem a cabeça e o prato com um
guardanapo, oficialmente para preservar os
aromas exalados — Foto: Willbeeps/Visualhunt
No momento da degustação, os apreciadores cobrem a cabeça e o prato com um guardanapo, oficialmente para preservar os aromas exalados — Foto: Willbeeps/Visualhunt
150 euros no mercado negro
No mercado negro, cada ave é vendida por
cerca de € 150, um preço de ouro pelos seus
cerca de 20 gramas. Não é fácil encontrar um
ortolan: é necessário conhecer alguém, que
conhece alguém que captura o bicho, no
período certo da migração. Verilhac estima
que entre 1 e 2 mil caçadores estejam na
ativa.
Em nome da excêntrica experiência
gustativa, milhares de pessoas ainda
contornam a lei – inclusive o ex-presidente
François Mitterrand, que se deliciou com um
Data: 13/06/2019
38
Grupo de Comunicação
prato de ortolan dias antes de morrer, em
1996.
Um estudo coordenado por pesquisadores do
Museu de História Natural da França mostrou,
em maio, que se nada mudar, a espécie será
extinta. As mudanças climáticas, os
agrotóxicos e fenômenos como o
desaparecimento dos insetos são os fatores
mais determinantes para esse risco. Mas a
pesquisa mostrou que, sem a caça, o ortolan
teria duas vezes mais chances de sobreviver.
A população da espécie já diminuiu 88% nos
últimos 40 anos.
“Na realidade, quando uma espécie já está
mal e, para piorar, ela ainda é caçada, vira
uma catástrofe. No caso do ortolan, a caça se
tornou uma causa importante para a extinção,
como mostrou esse estudo sobre o impacto
das armadilhas no sudoeste francês”, indica
Verilhac. “Os caçadores jamais pararam: com
o pretexto de que eles podem utilizá-las para
capturar outra espécie, a cotovia, eles
continuam caçando ortolans e outros pássaros
que eles comem, como os tendilhões.”
Verilhac afirma que, no total, 64 espécies de
pássaros são capturadas na França, para o
consumo ou para domesticação. Dezoito deles
são ameaçados de extinção.
Condenação judicial pode dar o exemplo
Recentemente, a organização obteve uma
importante vitória para coibir a caça ilegal de
ortolans. Doze caçadores foram condenados
na maior instância judicial do país, entre eles
o presidente da Câmara da Agricultura da
região de Landes.
“Agora, está muito claro: ninguém mais pode
dizer que não sabia ou que é um exagero
controlar a caça. Quem fizer, sabe que corre
um risco alto, embora eles não tenham sido
presos e sequer a permissão de caça deles
tenha sido retirada”, sublinha o diretor da
organização. “Eles pagaram multas de alguns
milhares de euros. Mas o importante é que
conseguimos provar que a ideia de que ‘não é
tão grave’ não faz mais sentido, em pleno
século 21.”
Das 64 espécies de pássaros capturadas na
França para consumo ou domesticação, 18 são
ameaçadas de extinção — Foto:
Divulgação/Field Notes - Rich
Mooney/VisualHunt
Das 64 espécies de pássaros capturadas na
França para consumo ou domesticação, 18 são
ameaçadas de extinção — Foto:
Divulgação/Field Notes - Rich
Mooney/VisualHunt
Das 64 espécies de pássaros capturadas na França para consumo ou domesticação, 18 são ameaçadas de extinção — Foto: Divulgação/Field Notes - Rich Mooney/VisualHunt
Além do risco de extinção, os defensores dos
pássaros alegam que a tradição gastronômica
implica em maus tratos. Depois de
capturados, os ortolans são mantidos em
cativeiro por cerca de 20 dias e são
superalimentados, para engordar.
No dia da refeição, são imersos em uma
vasilha cheia de armagnac e morrem afogados
na bebida francesa, semelhante ao conhaque.
A preparação termina com cozimento rápido,
no forno ou em uma panela de porcelana.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0
6/13/passaro-degustado-em-estranho-ritual-
gastronomico-frances-pode-desaparecer.ghtml
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Data: 13/06/2019
39
Grupo de Comunicação
FOLHA DE S. PAULO Painel: Ação de hacker abre teses sobre
agente duplo; políticos duvidam de nova
invasão
Cavalo de Troia? Mensagens enviadas por um
autointitulado hacker ao grupo do Conselho
Nacional do Ministério Público (CNMP) causaram
forte impressão nos destinatários. Pelos termos
usados e pelo material apresentado –ele anexou
um áudio atribuído a integrantes da força-tarefa
de Curitiba–, membros do CNMP suspeitam não
se tratar de um amador. O discurso e o modo
como exibiu conhecer as funções da Procuradoria
levantaram a tese de que o ciberpirata pode
integrar ou ter integrado o quadro do MP.
Salve-se quem puder Assim que a presença do
tal hacker no grupo de integrantes do CNMP foi
detectada, conselheiros do órgão dispararam
mensagens a pessoas próximas recomendando
redobrar os cuidados com brechas na segurança
de aplicativos utilizando todos os mecanismos
disponíveis de verificação de identidade no
acesso.
Em boa hora Mas o fato de o suposto invasor ter
feito questão de anunciar sua presença também
despertou incredulidade entre políticos e
magistrados. A aparição coincidiu com uma
guinada no discurso de Sergio Moro (Justiça) e
da Lava Jato, que passaram a citar o risco de
adulteração de diálogos –cujo conteúdo, antes,
não haviam negado.
Afasta esse cálice A crise da Lava Jato começa a
gerar críticas enfáticas de nomes relevantes no
Ministério Público Federal. O ex-procurador-geral
Claudio Fonteles produziu duro artigo, ao lado de
outros três procuradores aposentados e um ex-
juiz do TRF-4.
Afasta esse cálice 2 O texto elenca as mensagens
entre Moro e Deltan Dallagnol reveladas pelo The
Intercept Brasil e diz que a conduta de ambos
fere a Constituição. “Os personagens dos
diálogos acima, na dimensão dos fatos postos,
não representam a magistratura nem o MPF”,
dizem os signatários do artigo.
Sem misericórdia Os ex-procuradores e o juiz
aposentado escrevem ainda que “fatos
gravíssimos (…) não podem ser escondidos;
colocados sob o manto do silêncio”. “Os diálogos
existiram. O teor das conversas não foi negado.
(…) Não se pode tergiversar com princípios
constitucionais!”.
Menu degustação A divulgação de novos trechos
de diálogos entre procuradores e Moro foi um
ponto alto do jantar de comemoração do
aniversário do presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ). Os convidados, parte da elite
política, incorporaram a leitura dos textos ao
convescote.
Mata no peito O diálogo obtido pelo The Intercept
com citação ao ministro Luiz Fux, do STF, pode
ampliar o desconforto na corte. Moro teria dito a
Dallagnol que “In Fux we trust [No Fux nós
confiamos]”. A avaliação é a de que isso amplia a
sensação de uma dobradinha juiz/procurador.
Quero flores em vida A exclusão de estados e
municípios do texto principal da reforma da
Previdência tem dois intuitos: 1) garantir que
governadores se engajem até a votação da
matéria no plenário, virando votos da oposição, e
2) deixar claro que foram os líderes da Câmara
que conseguiram fazer o governo desistir das
medidas mais polêmicas.
Espaço para todos Na avaliação de um
governador da oposição, não há jogo perdido e
os entusiastas da reforma sabem que precisarão
de apoio. Em sua conta, os estados poderiam
virar 60 votos favoráveis, “os que faltarão no
plenário”, prevê. Já sem eles, a resistência
crescerá, pois engrossarão o time do contra.
Contabilidade criativa Após as alterações desta
quarta (12), parlamentares arriscavam valores
para a economia gerada com a reforma. Do R$
1,2 trilhão previsto por Paulo Guedes,
governistas falavam em quase R$ 900 bilhões. Já
líderes do chamado centrão colocavam para
baixo, em R$ 700 bi, citando concessões extras
nas regras de transição.
Está dominado Guedes e companhia previam
mais, acima de R$ 800 bilhões, após
acompanharem o discurso do presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de líderes
partidários pela TV.
Sem freio Líderes de esquerda e sindicalistas
têm a expectativa de uma greve geral sem
precedentes para a próxima sexta (14). Estimam
que a adesão vai superar a de 28 de abril de
2017, contra as reformas do governo Temer. A
ideia é forçar a abertura de uma negociação com
Rodrigo Maia.
Data: 13/06/2019
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Grupo de Comunicação
Combustível A polêmica em torno de Moro deve
ser explorada nas manifestações.
O que ele uniu Ausentes da última passeata pró-
governo, Vem Pra Rua e MBL agora estão juntos
no chamado a atos a favor de Moro e da reforma,
dia 30. A crise da Lava Jato estimulou o
reagrupamento.
TIROTEIO
O governo tem é que prover segurança à
sociedade, não armar cada cidadão para que ele
se defenda por conta própria
Da senadora Rose de Freitas (Pode-ES), sobre a
rejeição do decreto pró-armas de Bolsonaro na
Comissão de Constituição e Justiça
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/06/13/a
cao-de-hacker-abre-teses-sobre-agente-duplo-
politicos-duvidam-de-nova-
invasao/?loggedpaywall
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Data: 13/06/2019
41
Grupo de Comunicação
Painel S.A.: Prazo de Doria para novo
Ceagesp é inviável, segundo interessados
Após sinalização positiva do governo federal para
transferir a gestão do Ceagesp ao governo
paulista, João Doria ainda não detalhou o novo
projeto, mas já encontra ressalvas entre os
interessados em assumir a gestão. Uma delas é o
prazo de entrega.
Enquanto o governador diz que o entreposto
começará a funcionar até o fim de 2020 em uma
nova área com apoio da iniciativa privada, as
empresas que já manifestaram interesse afirmam
que o cronograma não para de pé.
Obstáculo O governo realiza neste momento
nova sondagem de mercado. A CPD, uma das
interessadas, falou com integrantes da equipe
técnica nesta quarta (12). “[Entregar até 2020]
depende de qual projeto será escolhido. O nosso
não dá. Carece de aprovações ambientais”, diz o
presidente da CPD, Mario Silvério.
Independente Um dos mais avançados é o Nesp,
que está em fase de licenciamento ambiental e
planeja seguir em frente com o entreposto
mesmo que não seja escolhida para o novo
Ceagesp.
Empolgou “[O governo] foi otimista demais. É
um projeto muito grande, mesmo com todas as
licenças na mão seria muito difícil de atender
esse prazo”, afirma o presidente do consórcio,
Sergio Benassi.
Acelera “Já adquirimos o terreno, está 100%
quitado. Se o edital for para a rua nos próximos
quatro meses, conseguimos implementar não no
fim de 2020, mas até o meio de 2021 com
certeza”, diz Antonio Conte, presidente do Ceasp.
Ponte aérea Nos últimos dois meses, a Azul
habilitou 70 comissários para voar nas aeronaves
da companhia. Todos eles são ex-empregados da
Avianca Brasil, atualmente em crise e com
pagamentos de funcionários atrasados.
Cabine Ao todo, a Azul planeja contratar 245
comissários que pertenciam à Avianca. Outros
111 pilotos que tiveram de deixar o trabalho na
ex-concorrente também já foram contratados,
mas ainda passam pela etapa de treinamento. A
previsão é que sejam absorvidos 360 aeronautas
da companhia até dezembro.
Cenário O adesivo “Bora Empreender, Brasil”, do
Santander, no alto de prédios próximos ao
shopping JK Iguatemi, na marginal Pinheiros,
desrespeita a Lei Cidade Limpa, dizem
urbanistas. Mas, como não menciona a marca, é
difícil tipificar como publicitário.
Colou A peça não passou pela Comissão de
Proteção da Paisagem Urbana (CPPU), segundo a
prefeitura. A Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Urbano lembra que qualquer
elemento que cause impacto visual na cidade
precisa passar por análise da comissão. Em nota,
o Santander diz que o adesivo expressa “apoio ao
empreendedorismo e ao desenvolvimento do
país”.
Pé quente Não é a primeira vez que a gigante de
cânabis medicinal Canopy Growth marca evento
para promover seus negócios, coincidentemente,
no mesmo momento em que a legislação local
avança. A empresa lançou sua divisão médica no
Brasil na quarta (12), um dia após a Anvisa
decidir abrir consulta pública.
Coincidência feliz II “A gente brinca que Mark
Ware [diretor da Canopy] é um pé de coelho.
Quando fez palestra em janeiro, no Peru, o país
anunciou que teria nova lei. Ficamos felizes”, diz
Jaime Ozi, presidente no Brasil.
Fique claro “Não estamos aqui para discutir o
fumo de cânabis como medicação, mas para falar
da aplicação medicinal de canabidiol para
pessoas com doenças crônicas que não têm
tratamento adequado”, enfatizou Ware. Ele
assessorou o governo do Canadá no processo de
regulamentação.
Voz A Abradin, que reúne acionistas minoritários,
entrou com petição para participar das
discussões do processo sobre o acordo feito no
início do ano entre MPF e Petrobras, que dará
destino a recursos da multa fixada nos EUA.
Saída “Queremos costurar solução que preserve
a Petrobras e use parte dos recursos
provisionados e depositados para ressarcir
acionistas que mostrem ter sido lesados por
corrupção”, diz Aurélio Valporto, presidente da
entidade.
com Igor Utsumi e Paula Soprana
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/
2019/06/prazo-de-doria-para-novo-ceagesp-e-
inviavel-segundo-interessados.shtml
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Data: 13/06/2019
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Grupo de Comunicação
Petrobras reduz diesel em 4,6% e acaba
com frequência mínima de reajustes
Nicola Pamplona
A Petrobras anunciou nesta quarta (12) corte de
4,6% no preço do diesel e o fim do intervalo
mínimo de reajustes, que já havia sido
modificado em março.
Com redução de R$ 0,10 por litro, o óleo diesel
passará nesta quinta (13) a ser vendido pelas
refinarias da Petrobras, em média, a R$ 2,0664
por litro. Segundo a empresa, a medida
acompanha a evolução das cotações
internacionais.
Nesta quarta, o barril do tipo Brent (referência
internacional) fechou abaixo de US$ 60 pela
primeira vez desde janeiro, a US$ 59,97, em
queda de 3,7%, com o aumento nos estoques
dos EUA.
O último reajuste no preço do diesel havia sido
anunciado pela empresa no dia 31 de maio,
quando o valor de venda pelas suas refinarias
caiu em média 6%.
De acordo com dados da agência estatal
americana EIA, de informações em energia, o
preço do óleo diesel no Golfo do México caiu
1,7% entre o fim de maio e o início desta
semana.
Em comunicado ao mercado, a Petrobras
informou que não respeitará mais o prazo
mínimo de 15 dias para mexer no preço do
diesel, regra estabelecida em meio a crescentes
ameaças de greve de caminhoneiros em março.
A insatisfação da categoria com a escalada dos
preços na época levou o presidente Jair
Bolsonaro a telefonar ao presidente da estatal,
Roberto Castello Branco, para alertar sobre riscos
de paralisação após anúncio de reajuste de 5,7%
em abril. O recuo no aumento fez a companhia
perder R$ 32 bilhões em valor de mercado no dia
seguinte.
Na nota ao mercado, a Petrobras diz que a
mudança na política de preços lhe permite
competir “de maneira mais eficiente e flexível”. A
política anterior engessava a área comercial da
estatal e abriu janelas de oportunidades para
importações privadas diante da queda das
cotações internacionais.
A mudança pegou de surpresa as importadoras,
que esperavam redução do preço do combustível
apenas após o fim do prazo de 15 dias
estabelecido em março —que se encerraria no
dia 16.
A Petrobras disse que sua política de preços
continua baseada no conceito de paridade de
importação, que consiste no acompanhamento
das cotações internacionais, incluindo o custo
para trazer os produtos ao país.
Na segunda (10), a estatal havia anunciado corte
de 3% no preço da gasolina, o terceiro desde o
dia 24 de maio.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06
/petrobras-reduz-diesel-em-46-e-acaba-com-
frequencia-minima-de-reajustes.shtml
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Data: 13/06/2019
43
Grupo de Comunicação
Ministério Público pede anulação da lei que
cria parque do Minhocão
Ivan Martínez-Vargas
O procurador-geral do Estado de São Paulo,
Gianpaolo Smanio, representou nesta terça-feira
(11) uma ação direta de inconstitucionalidade
contra a lei que cria o parque do Minhocão. Ele
pede uma liminar da Justiça para que o projeto
não vá adiante.
O Ministério Público acatou solicitação do
vereador Caio Miranda (PSB), que no início do
ano pediu a abertura da ação.
No documento em que pede a impugnação da lei,
Smanio diz que a norma “desrespeitou a
necessidade de planejamento, princípio que deve
ser observado na edição de leis relacionadas à
instituição de diretrizes urbanas.”
Para a promotoria, a lei “não está fundada em
planejamento urbanístico destinado a atender os
efetivos anseios da cidade e a promover a
melhoria das condições de vida dos cidadãos,
determina a desativação de elevado de
fundamental circulação de tráfego urbano e cria
um parque municipal em seu lugar de forma
aleatória e sem qualquer lastro técnico”.
Faltam, segundo Smanio, “estudos ou
levantamentos técnicos, indicativos do impacto
no trânsito municipal, na valorização imobiliária”.
O Ministério Público afirma ainda que há vício de
iniciativa na lei que cria o parque.
A norma, de fevereiro de 2018, foi apresentada
por parlamentares, mas trata “de matéria de
iniciativa exclusiva do chefe do executivo,
interferindo indevidamente na gestão
administrativa do município.”
Para a promotoria, a criação do parque
desrespeita “regras que respeitam à direção da
administração e à organização e ao
funcionamento do poder Executivo” e ainda
impõe atribuição à prefeitura, o que apenas
legislação proposta pelo prefeito poderia fazer.
“O vício de iniciativa é o principal argumento
jurídico, mas há outras questões. O Minhocão vai
completar 50 anos no ano que vem e não foi feita
análise técnica da estrutura, apenas visual”, diz o
vereador Caio Miranda (PSB).
“Temos convicção de que há danos na
infraestrutura do elevado. Qualquer projeto que
envolva essa construção precisa de uma análise
com laudo técnico licitado, com ultrassom, para
verificar se não há risco de queda”, afirma.
A Prefeitura informou que ainda não foi intimada
da referida ação e a Procuradoria Geral do
Município avaliará suas estratégias jurídicas
assim que notificada.
A transformação do elevado foi anunciada pela
gestão Covas em fevereiro deste ano. Pelo
projeto, uma porção de 900 m entre a praça
Roosevelt e o largo do Arouche, equivalente a
cerca de um terço da extensão da construção,
será desativada para carros e transformada em
parque até o fim de 2020.
A gestão Covas estimou em R$ 38 milhões o
custo da adequação à época. Em maio, a
prefeitura iniciou consulta pública sobre a
implantação do parque. Até 14 de junho, pelo
site Gestão Urbana SP, os munícipes poderão
fazer contribuições para o projeto.
A consulta é a primeira etapa do processo
participativo do Projeto de Intervenção Urbana
Minhocão.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0
6/ministerio-publico-pede-anulacao-da-lei-que-
cria-parque-do-minhocao.shtml
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Data: 13/06/2019
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Grupo de Comunicação
Mônica Bergamo: Ministro diz que
negociações sobre Fundo Amazônia seguem
normalmente
O ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, diz
que as negociações com a Alemanha e a Noruega
em torno da gestão dos recursos bilionários do
Fundo Amazônia seguem normalmente —mesmo
depois da carta em que os dois países se opõem
às propostas de mudanças feitas por ele.
PING-PONG
“Eu fiz uma primeira manifestação. Eles fizeram a
deles. O diálogo continua”, afirma Salles. Ele
quer reduzir o conselho do fundo de 27 para sete
integrantes, com maioria do governo.
NA MESMA
O ministro diz que seguirá defendendo as
mudanças sugeridas. “Já tivemos duas reuniões
excelentes. Uma terceira deve ser marcada.”
DEBATE
O processo do tríplex contra Lula pode ser
anulado, em parte, pelo STF (Supremo Tribunal
Federal) no dia 25, quando será julgado o habeas
corpus em que Sergio Moro é acusado de
parcialidade.
MESMO ASSIM
Uma boa parte da ação, no entanto, deve
sobreviver —ainda que Moro seja considerado
suspeito.
MEMÓRIA
Nesta hipótese, a condenação será anulada —
mas todos os atos anteriores ao recebimento da
denúncia por Moro podem ser mantidos.
ROTEIRO
A investigação da Polícia Federal e a peça
acusatória dos procuradores, assim, subsistiriam.
Um novo juiz seria chamado a analisá-las para
aceitar ou não a denúncia. Em caso positivo, o
mesmo magistrado teria que ouvir novamente as
partes e decidir se Lula é ou não culpado.
NÓS DOIS
A votação, por enquanto, é favorável a Moro: os
ministros Cármen Lúcia e Edson Fachin já
disseram que ele não é suspeito. Faltam os votos
de Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso
de Mello.
SEGURO
A Procuradoria-Geral da República emitiu um
alerta com normas de segurança digital para
funcionários do Ministério Público Federal (MPF)
de todos os estados.
CUIDADO
Servidores da área de TI (tecnologia da
informação) deram instruções de trocas de senha
e aplicativos mais seguros para envio de
mensagens.
JOGO DE CENA
A atriz Bete Coelho está na peça “Mãe Coragem”,
com direção de Daniela Thomas, que estreou na
terça (11), no Sesc Pompeia, em São Paulo. Os
atores Ricardo Bittencourt e Amanda Lyra
também integram o elenco do espetáculo. O
produtor Luque Daltrozo compareceu.
RECEPÇÃO
A Presidência da República vai gastar R$ 22 mil
para a compra de produtos alimentícios para a
realização de eventos com a presença de Jair
Bolsonaro.
LANCHINHO
São dois editais que preveem a aquisição de itens
como 30 kg de pão francês e 100 pacotes de pão
de forma. Também foram pedidos 150 kg de pão
de queijo congelado e 30 kg de presunto.
FREIO...
A Justiça de SP concedeu um pedido de tutela
provisória para suspender a tramitação do
processo das torres que Silvio Santos quer
construir ao lado do Teatro Oficina, no Bexiga,
sob pena de multa diária de R$ 5 mil e
desfazimento forçado das obras.
... DE MÃO
A decisão foi proferida pela juíza Paula Micheletto
Cometti, da 12ª Vara de Fazendo Pública, após
ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público
de São Paulo. O grupo Silvio Santos diz que não
vai se pronunciar.
PARALISAÇÃO
Data: 13/06/2019
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Grupo de Comunicação
As buscas no Google pelo termo “greve geral”
cresceram 200% entre terça (11) e quarta (12).
Centrais sindicais convocaram uma greve contra
a reforma da Previdência para esta sexta (14).
PARALISAÇÃO 2
E o Brasil é o segundo país com mais interesse
na busca pelo assunto, ficando atrás apenas de
Hong Kong. SP, Distrito Federal, Santa Catarina,
Rio Grande do Sul e Bahia são os estados
brasileiros de onde partiram o maior número de
consultas.
NA ESTRADA
A cantora Luiza Lian vai sair em turnê pelo Brasil
com o seu disco “Azul Moderno”, que ganhou o
prêmio de melhor álbum em 2018 pela APCA
(Associação Paulista de Críticos de Arte). A partir
de julho, ela se apresentará no Rio, em Recife,
em Goiânia, em Porto Alegre e em Salvador.
UM ANO EM PALAVRAS
O jornalista e escritor Mário Magalhães lançou o
livro “Sobre Lutas e Lágrimas: Uma Biografia de
2018” na terça (11), na Livraria Cultura do
Conjunto Nacional. Clara Charf, viúva de Carlos
Marighella, os jornalistas Leandro Iamin e
Eduardo Reina e a editora Livia Vianna
compareceram.
CURTO-CIRCUITO
Adriana Marto abre a exposição “Arquitetura de
Sentimentos” nesta quinta (13). Às 19h, na
Cartel 011.
A 5ª edição do Circos - Festival Internacional
Sesc de Circo começa nesta quinta (13). Às 21h,
no Sesc Consolação.
O 1º Congresso de Relações Governamentais
começa nesta quinta (13) em São Paulo.
Antonio Bastos Filho, CEO da Omega Geração,
participa na sexta (14) do painel de Energia no
7º Fórum Lide de Energia e Infraestrutura
com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi E Victoria
Azevedo
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/06/ministro-diz-que-negociacoes-
sobre-fundo-amazonia-seguem-
normalmente.shtml
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Data: 13/06/2019
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Grupo de Comunicação
Empresa coleta 5 milhões de embalagens
com programa de benefícios
Rodolfo Stipp Martino
Descontos no transporte público, na fatura de
energia elétrica, na recarga de telefones
celulares pré-pagos e em livros estão entre os
benefícios para quem adere um programa de
reciclagem que coleta material por meio de uma
máquina instalada no metrô de São Paulo.
Desde setembro de 2015, quando a primeira foi
colocada na estação Sé, 5 milhões de
embalagens já foram recolhidas. O programa de
logística reversa foi ideia da empresa Triciclo,
que fideliza os participantes e dá benefícios
econômicos.
Garrafas, latas de alumínio, caixas no formato
longa vida e outros recipientes já usados são
colocados nessas máquinas. Depois, o material
passa por uma triagem e é enviado para
cooperativas e empresas recicladoras.
Diretor-executivo e um dos fundadores da
empresa, Felipe Cury, conta que a ideia foi
inspirada em iniciativas europeias e asiáticas.
No estado de São Paulo, há 32 máquinas
instaladas, que receberam o nome de Retorna
Machine. Elas estão em espaços públicos e
privados.
“Além do lado econômico, as pessoas acabam se
conscientizando da importância para o meio
ambiente”, disse o diretor.
Segundo Cury, as máquinas mais procuradas são
as localizadas no metrô. Nas estações da Luz e
da República, ambas da Linha-4 Amarela, 15 mil
embalagens são coletadas por mês em cada
uma, atualmente. Não há mais ponto na Sé.
“O benefício é muito forte. As pessoas veem que,
em vez de jogar uma lata de refrigerante fora,
elas podem ajudar o meio ambiente, ganhar
pontos e acabar economizando”, afirmou.
Fora de São Paulo, a empresa realiza ações
pontuais com outras máquinas.
https://www1.folha.uol.com.br/empreendedorsoc
ial/2019/06/empresa-coleta-5-milhoes-de-
embalagens-com-programa-de-beneficios.shtml
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Data: 13/06/2019
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Grupo de Comunicação
ESTADÃO Confira a lista das 67 unidades de
conservação que o governo federal quer
reduzir
- Sustentabilidade - Estadão
Parque Nacional Serra da Bocaina
Na lista de unidades previstas para terem a área reduzida pelo governo estão florestas como os parques nacionais Serra da Bocaina Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO
BRASÍLIA - Confira a lista das mais de 60
unidades de conservação do País que a gestão
Jair Bolsonaro pretende reduzir para eliminar
“interferências” com estruturas existentes e dar
“segurança jurídica” para os empreendimentos
como estradas federais, ferrovias, portos e
aeroportos.
Conforme o Estado informou em reportagem
publicada nesta quarta-feira, 12, o governo
trabalha em um projeto de lei para tratar do
assunto. O texto, que está sendo escrito pelo
Ministério de Infraestrutura, com apoio da pasta
do Meio Ambiente, deve ser enviado nas
próximas semanas ao Congresso com a lista das
florestas a recortar. Veja todas as unidades que
podem ser afetadas. Ao todo são 67:
Unidades de proteção integral margeadas por
rodovias federais
Estação Ecológica de Iquê
Estação Ecológica de Murici
Estação Ecológica de Tamoios
Parque Nacional da Chapada Diamantina
Parque Nacional da Serra do Itajaí
Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba
Parque Nacional de Boa Nova
Parque Nacional do Itatiaia
Parque Nacional de Paccas Novos
Parque Nacional de Catimbau
Parque Nacional do Iguaçu
Parque Nacional do Jamanxim
Parque Nacional Mapinguari
Parque Nacional Nascentes do Lago Jari
Reserva Biológica das Araucárias
Reserva Biológica das Peróbas
Reserva Biológica de Poço das Antas
Reserva Biológica Guaribas
Unidades de proteção integral interceptadas por
rodovias federais
Estação Ecológica do Castanhão
Estação Ecológica do Taim
Monumento Natural do Rio São Francisco
Parque Nacional Cavernas do Peruaçu
Parque Nacional da Amazônia
Parque Nacional da Serra da Bocaina
Parque Nacional da Serra da Capivara
Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Refúgio de Vida Silvestre de Boa Nova
Parque Nacional de Ilha Grande
Parque Nacional de Itatiaia
Parque Nacional do Iguaçu
Parque Nacional do Pico da Neblina
Parque Nacional Mapinguari
Data: 13/06/2019
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Grupo de Comunicação
Parque Nacional da Serra Itabaiana
Reserva Biológica de Sooterama
Reserva Biológica do Rio Trombetas
Reserva Biológica do Tinguá
Reserva Biológica União
Unidades de conservação de uso sustentável
interceptadas por rodovias federais (exceto APA)
Floresta Nacional de Balata-Tufari
Floresta Nacional de Goytacasez
Floresta Nacional de Lorena
Floresta Nacional de Saracá-Taquera
Floresta Nacional de Três Barras
Floresta Nacional de Mário Xavier
Reserva Extrativista Rio Cajari
Reserva Extrativista Ioaú-Anilzinho
Reserva Extrativista Riozinho da liberdade
Unidades de conservação de uso sustentável
margeadas por rodovias federais
Floresta Nacional de Brasília
Floresta Nacional de Passo Fundo
Floresta Nacional de Tapajós
Floresta Nacional de Mário Xavier
Reserva Extrativista do Lago do Capanã Grande
Unidades de conservação integral interceptadas
por ferrovias
Parque Nacional da Tijuca
Reserva Biológica das Araucárias
Reserva Biológica de Poços das Antas
Reserva Biológica União
Unidades de conservação integral margeadas por
ferrovias
Parque Nacional Restinga de Jurubatiba
Parque Nacional de Sete Cidades
Parque Nacional dos Campos Gerais
Unidades de conservação de uso sustentável
margeadas por ferrovias
Área de Relevante Interesse Ecológico Capetinga-
Taquara
Unidades de conservação de uso sustentável
interceptadas por ferrovia (exceto APA)
Floresta Nacional Contendas do Sincorá
Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo
Floresta Nacional de Carajás
Floresta Nacional de Ipanema
Floresta Nacional de Lorena
Floresta Nacional de Passo Quatro
Floresta Nacional do Ibura
Floresta Nacional de Ritápolis
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,confira-a-lista-das-unidades-de-
conservacao-que-o-governo-quer-
reduzir,70002868340
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Data: 13/06/2019
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Grupo de Comunicação
Procurador-geral de Justiça pede suspensão
do Parque Minhocão
FOTO: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
O procurador-geral de Justiça de São Paulo,
Gianpaolo Smanio, moveu uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade contra a lei aprovada pela
Câmara Municipal de São Paulo em 2017 e
promulgada pela gestão João Doria (PSDB), em
fevereiro de 2018, que prevê a desativação
gradativa do Elevado Presidente João Goulart – o
Minhocão – para a criação de um parque
municipal. A ação é endereçada ao presidente do
Tribunal de Justiça, Manoel Pereira Calças.
Liminarmente, Smanio pede que a execução do
projeto seja suspensa. “O perigo da demora
decorre especialmente da ideia de que sem a
imediata suspensão da vigência e eficácia dos
preceitos questionados, subsistirá a sua
aplicação, com um crescimento desordenado da
cidade, com comprometimento ao planejamento
urbanístico, ao bem estar da população, à
qualidade de vida e ao desenvolvimento
sustentável da comuna, que dificilmente poderão
ser sanados, na hipótese provável de procedência
da ação direta”.
Além da promulgação da Lei, um ano antes, em
fevereiro de 2019, o prefeito Bruno Covas
(PSDB), sucessor de Doria, tomou a decisão de
executar o projeto. A necessidade de se desativar
o Minhocão foi determinada pelo Plano Diretor da
cidade de 2016, criado na gestão de Fernando
Haddad (PT). Mas, à época, ele deixou em aberto
o que seria feito com a estrutura.
As obras para adaptação das quatro faixas
elevadas, construídas na década de 1970, estão
previstas para terem início no segundo semestre
deste ano. A expectativa é de que o primeiro
trecho do parque, da Praça Roosevelt até o Largo
do Arouche, fique pronto já em 2020, a tempo de
Covas apresentar a obra como uma “marca” de
sua gestão para a disputar a reeleição.
Para o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo
Smanio, no entanto, a Lei fere a Constituição do
Estado de São Paulo. Segundo ele, o fato de o
texto ter origem no Legislativo fere a
competência exclusiva do Poder Executivo para
decidir sobre o tema. No mérito, sustenta que
fere o ‘princípio do planejamento’ para a edição
de leis sobre diretrizes urbanas.
Planejamento
Segundo Smanio, da Constituição Estadual ‘pode-
se extrair que planejamento é indispensável à
validade e legitimidade constitucional da
legislação relacionada ao desenvolvimento
urbano’.
“E não poderia ser diferente, vez que eventuais
alterações nesta temática produzem significativas
modificações na geografia e dinâmica urbana,
seja em termos de mobilidade, saneamento,
questões ambientais e outras, sendo imperiosa a
elaboração de minucioso planejamento técnico
destinado a apontar eventuais desdobramentos
resultantes da mudança do ordenamento
urbano”, anotou.
O procurador-geral diz que ‘não há dúvida de que
o planejamento é necessário na fase de
elaboração do Plano Diretor’. Mas não é
suficiente por si só, pois todos e quaisquer
projetos de lei ulteriores, que tratem do uso do
solo e da respectiva proteção ambiental também
devem ser submetidos a análises prévias”.
Smanio ressalta que para que a norma
urbanística tenha legitimidade e validade, deve
necessariamente decorrer de um planejamento,
definido como um processo técnico
instrumentalizado para transformar a realidade
existente de acordo com objetivos previamente
estabelecidos’.
“Não pode decorrer da simples vontade do
administrador, desprovida, em muitos casos, de
elementos vinculados às reais necessidades do
território e de sua população, mas de estudos
técnicos que visem assegurar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade
(habitar, trabalhar, circular e recrear) e garantir
o bem-estar de seus habitantes”, afirma.
Data: 13/06/2019
50
Grupo de Comunicação
“O ato normativo que altera sensivelmente as
condições, limites e possibilidades do uso do solo
urbano, sem realização de qualquer
planejamento ou estudo específico, viola
diretamente a sistemática constitucional na
matéria”, conclui.
Competência
O procurador-geral também afirma que a Lei
Municipal, ‘ao criar o “Parque Minhocão” e prever
a desativação gradativa do “Elevado João
Goulart”, vulnera o princípio da separação de
poderes por se tratar de matéria de iniciativa
exclusiva do Chefe do Executivo, interferindo
indevidamente na gestão administrativa do
Município’.
Smanio sustenta que a ‘instituição de programas
destinados à execução de políticas públicas,
executados direta ou indiretamente pelo poder
público, e, enfim, da organização e
funcionamento da Administração Pública, situa-se
no domínio da reserva da Administração, espaço
conferido com exclusividade ao Chefe do Poder
Executivo no âmbito de seu poder normativo
imune a interferências do Poder Legislativo, e
que se radica na gestão ordinária dos negócios
públicos’.
“Ora, no caso em exame, constitui ato da
competência privativa do Poder Executivo a
criação de parque municipal, a forma de sua
implantação, a conveniência do desenvolvimento
de ações de sustentabilidade e a apresentação de
projeto de intervenção urbana”, diz.
Liminar
Segundo o procurador-geral a concessão de
liminar para suspender a execução do projeto é
urgente. “Basta lembrar que a desativação da
importante via de circulação e a implantação do
parque municipal em seu lugar poderá levar a
situações urbanisticamente não desejáveis, que
poderão gerar conflitos e intranquilidade na
comunidade”.
“A ideia do fato consumado, com repercussão
concreta, guarda relevância para a apreciação da
necessidade da concessão da liminar na ação
direta de inconstitucionalidade”, escreveu.
“Assim, a imediata suspensão da eficácia das
normas impugnadas evitará a ocorrência de
maiores prejuízos, além dos que eventualmente
já se verificaram. De resto, ainda que não
houvesse essa singular situação de risco,
restaria, ao menos, a excepcional conveniência
da medida”, reforça.
A Lei
O texto aprovado na Câmara e promulgado pela
Prefeitura em 2018 prevê que, inicialmente, o
horário de funcionamento para tráfego de
veículos motorizados nos dias úteis seja restrito
para o horário das 7h às 20h.
De acordo com a Lei, a Prefeitura, ‘incentivará
atividades culturais, esportivas e de lazer no
Elevado João Goulart, por parte da comunidade e
de entidades da sociedade civil, assim como
garantir as adequadas condições de segurança no
local durante os horários de fechamento ao
tráfego de veículos, bem como desenvolverá
ações de sustentabilidade destinadas a preservar
e ampliar a área verde no local’.
COM A PALAVRA, PREFEITURA DE SÃO PAULO
“A Prefeitura ainda não foi intimada da referida
ação e a Procuradoria Geral do Município avaliará
suas estratégias jurídicas assim que notificada”.
COM A PALAVRA, O VEREADOR CAIO MIRANDA
(PSB)
Por meio de sua Assessoria de Imprensa, o
vereador Caio Miranda (PSB) declarou.
“O Ministério Público do Estado de São Paulo
atendendo a um pedido protocolado em janeiro
deste ano pelo vereador Caio Miranda Carneiro
(PSB/SP) ajuizou uma Ação Direta de
Inscontitucionalidade (ADIN) contra a Lei
Municipal 16.833/2018 que determina a criação
do Parque Municipal do Minhocão.”
“A Lei é flagrantemente inconstitucional,
vereador não pode praticar ato concreto típico do
Executivo e a criação de um Parque, da forma
como foi feita, configura esse ato concreto
viciado e insanável. Se a ADIN não prosperar,
nós vereadores poderemos brincar de prefeito e
criar parques e hospitais. É uma
irresponsabilidade! Espero que a ADIN seja o
primeiro êxito na volta da sobriedade sobre a
decisão do futuro do Minhocão.”
“A criação de parques, hospitais, escolas, entre
outros, deve ser feita unicamente pelo Poder
Executivo justamente porque depende não só de
recursos, mas porque exige planejamento
financeiro e técnico, execução de obras e envolve
Data: 13/06/2019
51
Grupo de Comunicação
a participação de uma série de órgãos e
servidores – interferindo diretamente, portanto,
na organização administrativa.”
“O Ministério Público dando este passo
demonstra concordância na inconstitucionalidade
da Lei que determina que o Elevado João Goulart,
hoje utilizado para lazer quando fechado, se
torne Parque por decreto feito pela Câmara dos
Vereadores.”
https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-
macedo/procurador-geral-de-justica-pede-
suspensao-do-parque-minhocao/
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Data: 13/06/2019
52
Grupo de Comunicação
A gestão do Fundo Amazônia
- Opinião - Estadão
No final do mês passado, os ministros do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, e da Secretaria de
Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz,
propuseram às embaixadas da Noruega e da
Alemanha uma série de mudanças no modelo de
gestão do Fundo Amazônia. O fundo foi criado
em 2008 com R$ 3,2 bilhões doados pelos
noruegueses e R$ 200 milhões pelos alemães. O
montante é praticamente o total de recursos
disponíveis – e não reembolsáveis – para
financiar projetos de redução de áreas de
desmatamento que levem à queda da emissão de
gases que geram o efeito estufa. O compromisso
é apresentar desmatamento anual inferior à taxa
de 8.143 km² na região.
O Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), que deve seguir diretrizes
programáticas definidas pelo Comitê Orientador
do Fundo Amazônia (Cofa). Transcorrida uma
década desde sua criação, não se teve notícia de
quaisquer irregularidades na gestão ou na
destinação dos recursos do fundo, um eloquente
sinal de que o atual modelo de governança é
virtuoso. Além disso, os governos da Noruega e
da Alemanha realizam auditorias periódicas na
gestão dos vultosos recursos que doaram. Os
auditores dos dois países tampouco acusaram
qualquer irregularidade.
Para que, então, mudar o que vem funcionando
muito bem? O Cofa, órgão que define para onde
vai o dinheiro do Fundo Amazônia, é composto
por 23 membros. Além do Ministério do Meio
Ambiente, que o preside, e do BNDES, participam
do comitê os Ministérios da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços, das Relações Exteriores, da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da
Ciência, Tecnologia e Inovação, a Casa Civil da
Presidência da República e a Fundação Nacional
do Índio (Funai). Os governos dos nove Estados
da região também têm assento no Cofa. As
outras seis vagas são destinadas à sociedade
civil: Confederação Nacional da Indústria (CNI),
Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais
para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
(Fboms), Coordenação das Organizações
Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab),
Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (Contag), Fórum Nacional das
Atividades de Base Florestal (FNABF) e Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
De acordo com a proposta do governo federal,
contida na carta enviada às embaixadas da
Noruega e da Alemanha, o Cofa passaria a ter
bem menos assentos. Estima-se que sete: cinco
para o governo federal, um para os Estados e o
outro para a sociedade civil. Ainda não houve
confirmação acerca da composição final do Cofa
desejada pelo governo de Jair Bolsonaro. É lícito
inferir, no entanto, que o governo deseja ter a
palavra final na aplicação dos recursos bilionários
do Fundo Amazônia.
O Estado apurou que o governo federal cogita
editar um decreto para alterar as normas de
administração do fundo e permitir que seus
recursos possam ser usados, por exemplo, para
pagar indenizações a donos de propriedades
privadas que vivam em áreas de conservação
ambiental. Os embaixadores da Noruega, Nils
Gunneng, e da Alemanha, Georg Witschel,
mostraram-se contrários à ideia. Em carta
conjunta, afirmaram que “o Comitê Orientador do
Fundo Amazônia tem a participação ampla do
governo federal, de governos estaduais e da
sociedade civil. Ele toma decisões por consenso
entre esses três grupos. A governança do fundo
segue as melhores práticas globais de governo
aberto e participação democrática”. O texto
sugere não haver qualquer espaço para
mudanças no modelo de governança e na
destinação dos recursos do Fundo Amazônia.
O regimento do Fundo Amazônia é explícito na
vedação do uso de seus recursos para o
pagamento de indenizações por desapropriação
de terra. E mais importante: o governo federal
não pode, é evidente, contar com recursos
estranhos ao Tesouro Nacional para custear
despesas dessa natureza. O melhor para todos os
interessados é que a gestão do Fundo Amazônia
seja mantida tal como é hoje.
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-
informacoes,a-gestao-do-fundo-amazonia,70002868976
Data: 13/06/2019
53
Grupo de Comunicação
Petrobrás acaba com intervalo mínimo para
reajustes de combustíveis
- Economia - Estadão
Fátima Laranjeira e Cristian Favaro, O Estado de
S.Paulo
A Petrobrás informou na noite desta quarta-feira,
12, que sua diretoria executiva aprovou a
revisão na periodicidade de reajustes nos preços
de óleo diesel e gasolina comercializados em
suas refinarias.
"A partir de agora, os reajustes de preços de
diesel e gasolina serão realizados sem
periodicidade definida, de acordo com as
condições de mercado e da análise do ambiente
externo, possibilitando à companhia competir de
maneira mais eficiente e flexível", diz a empresa
em comunicado.
Segundo a estatal, a aplicação imediata desta
revisão permitirá à Petrobrás, no momento,
reduzir os preços do diesel "acompanhando as
variações dos preços internacionais observadas
nos últimos dias".
"Ficam mantidos os princípios que balizam a
prática de preços competitivos, como preço de
paridade internacional (PPI), margens para
remuneração dos riscos inerentes à operação,
nível de participação no mercado e mecanismos
de proteção via derivativos", afirma.
Diesel
A Petrobras anunciou também um corte médio de
R$ 0,10 no litro de diesel nas refinarias. O
reajuste tem vigência a partir de quinta-feira.
Com o corte, o preço médio do diesel cai de R$
2,166 por litro para R$ 2,066, queda de 4,616%.
Na noite de segunda-feira, a estatal havia
informado queda de 3% no preço médio da
gasolina nas refinarias, com vigência a partir da
terça-feira. Na ocasião, a Petrobras não
modificou o valor do diesel.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,
petrobras-acaba-com-intervalo-minimo-para-
reajustes-de-combustiveis,70002869096
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Data: 13/06/2019
54
Grupo de Comunicação
Cotada para presidir Funai, ex-diretora é
alvo de processo por corregedoria da
fundação
- Política - Estadão
André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – A ex-diretora da Fundação Nacional
do Índio (Funai), Azelene Inácio, cotada para
assumir o comando do órgão após a exoneração
do presidente Franklimberg de Freitas, foi alvo,
na semana passada, de um Processo
Administrativo Disciplinar (PAD) movido pela
corregedoria da fundação.
No dia 6 de junho, a Corregedoria da Funai
reconduziu o PAD contra a servidora Azelene,
após representação do Conselho Regional de
Assistência Social de Santa Catarina, por suposto
exercício ilegal da profissão. Azelene é acusada
de assinar um laudo privativo da profissão de
assistência social, sendo que ocupa um cargo de
nível médio na Funai. Ela nega as irregularidades
e se diz perseguida.
Na portaria do PAD, o corregedor da Funai,
Marcio Arcoverde Moraes, afirma seu “objetivo
imediato de apurar a ocorrência de supostas
irregularidades administrativas mencionadas no
processo”. O prazo de conclusão do trabalho é de
60 dias.
Próxima da bancada ruralista e da ministra do
Mapa, Tereza Cristina, Azelene foi demitida da
diretoria da Funai em janeiro, a pedido do
ministro da Justiça e da Segurança Pública,
Sérgio Moro. Azelene é alvo de investigações do
Ministério Público Federal, que apontou
irregularidades em sua conduta dentro da Funai,
resultando em situações de “conflitos de
interesse”.
Ela e seu marido, Ubiratan de Souza Maia,
também aparecem em uma ação civil pública, de
2008, do MPF, relacionada à construção do
complexo portuário Porto Brasil, no litoral sul de
São Paulo. Souza Maia chegou a ser condenado
em outro processo envolvendo arrendamento de
terras indígenas em Santa Catarina. Ela se diz
perseguida pelo MPF e nega irregularidades.
A ex-diretora da Funai defende temas como a
abertura de parcerias entre indígenas e
agricultores para plantio em terras indígenas,
prática que hoje é proibida por lei. A saída de
Azelene da Funai foi conturbada. Moro pediu sua
exoneração do cargo na primeira semana de
janeiro, mas a diretora da Funai permaneceu na
função por quase duas semanas. A demora
causou desconforto no governo, por sinalizar que
a decisão de Moro não seria atendida.
Azelene chegou a ter seu nome cotado para
assumir a presidência da Funai, mas acabou
perdendo o posto para Franklimberg Ribeiro de
Freitas, que já tinha comandado a fundação no
ano passado.
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,cot
ada-para-presidir-funai-ex-diretora-e-alvo-
processo-por-corregedoria-da-
fundacao,70002868647
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Data: 13/06/2019
55
Grupo de Comunicação
Empresa ligada a réu do Rodoanel ganha
licitação do Metrô
- São Paulo - Estadão
Uma empresa ligada diretamente a um réu do
cartel do Rodoanel Sul foi contratada pelo Metrô
de São Paulo, por R$ 342 milhões, em uma
licitação para instalação de portas de plataforma
em 36 estações. Hoje, a empresa vencedora está
sob o comando do filho do réu, que tem 18 anos.
Na disputa, o Metrô desclassificou três dos cinco
concorrentes.
A estatal argumenta que a licitação ocorreu de
forma regular, obedecendo a Lei de Licitações, e
diz que não avalia as pessoas físicas que
compõem os grupos com quem faz contrato. O
réu é o engenheiro Francisco Germano Batista da
Silva, ex-diretor da OAS Engenharia. Em
setembro, ele foi denunciado, com outros 34
executivos de 24 empresas (além do ex-
presidente da Dersa Paulo Vieira de Souza), por
participar do suposto cartel acusado de fraudar
licitações do Trecho Sul do Rodoanel. A denúncia
corre na 5.ª Vara Federal Criminal de São Paulo.
Metrô
Mais segurança. Equipamentos devem ser
instalados em 36 estações das Linhas 1, 2 e 3 do
Metrô Foto: Felipe Rau/Estadão
Silva fundou a empresa MG Engenharia, com um
sócio, em junho do ano passado, pouco antes de
ser citado pela Justiça. Em dezembro, ele deixou
a sociedade e, em seu lugar, assumiu o filho,
Victor Germano Moreira Batista da Silva, nascido
em junho de 2000. A MG ainda tem como sócia
outra empresa, que também é administrada pelo
filho de Silva. Com essa composição, venceu a
licitação do Metrô e assinou o contrato.
A MG Engenharia faz parte do Consórcio Kobra,
que tem entre os sócios dois grupos sul-coreanos
e é liderado pela Husk Eletrometalúrgica, com
sede em Araras (SP). Quando lançou a licitação,
a companhia estimou o serviço em R$ 526,8
milhões. Mesmo com o valor 35% menor do que
este, a proposta da MG não chegou a ser a mais
vantajosa. Das três concorrentes desclassificadas
pelo Metrô, uma era mais barata: pedia R$ 316
milhões. Todas as empresas que foram
desclassificadas apresentaram recursos.
Outra das derrotadas também tinha réus de
ações anteriores por ligações com cartéis. As
empresas chegaram a ingressar com ação na
Vara da Fazenda de São Paulo contra as decisões
do Metrô, mas os pedidos de liminar não foram
aceitos. O Estado tentou ontem, sem sucesso,
contato com Silva e seu filho para comentar a
participação na licitação.
Legalidade
O proprietário da Husk, empresa que lidera o
consórcio que inclui a MG, afirmou que não há
irregularidades na composição das empresas.
Antônio Carvalho afirmou que chamou a MG para
participar do grupo por indicação de um amigo,
enquanto procurava uma empresa especializada
em obras. E destacou que o valor oferecido ao
Estado para levar o contrato foi possível de ser
proposto porque a tecnologia oferecida por seus
parceiros coreanos é mais moderna do que a que
o Metrô tinha de referência. Ele afirmou que Silva
não teve ligação direta nos fatos descritos pelo
MPF na ação do cartel e vai provar a inocência.
Por meio de nota, por sua vez, o Metrô informou
que “o processo de licitação internacional foi feito
com total lisura e transparência e seguindo o que
exige a lei”. “O Consórcio Kobra, vencedor da
licitação, cumpriu todos os requisitos do edital,
estando apto a atender às necessidades do
contrato”.
Segundo o texto, “o grau de parentesco ou idade
das pessoas que fazem parte da composição
societária de uma empresa não são abrangidos
na referida lei”. O texto destaca que, ao protestar
na Justiça contra a licitação, as empresas
perderam. “A instalação das portas de plataforma
permitirá a redução do número de interferências
nas linhas de Metrô, aumentando a regularidade
da circulação dos trens e, principalmente, a
segurança dos passageiros”, diz o texto do
governo do Estado.
https://sao-
paulo.estadao.com.br/noticias/geral,empresa-
ligada-a-reu-do-rodoanel-ganha-licitacao-do-
metro,70002869014
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Data: 13/06/2019
56
Grupo de Comunicação
Em meio à discussão sobre Fundo Amazônia,
R$ 1,8 bi para desapropriações está parado
O Parque Nacional Lagoa do Peixe, no Rio Grande
do Sul, é um dos casos de unidade de
conservação que precisa de regularização
fundiária. Lá, em meio as aves, é comum
encontrar cavalos dos proprietários de terra.
Crédito: Roberto Fonseca
O problema da regularização fundiária em
unidades de conservação, que o ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, planeja resolver com
mudanças no uso do Fundo Amazônia, já conta
com um dispositivo legal para o qual foram
destinados nos últimos anos pelo menos R$ 1,8
bilhão.
Trata-se de recurso proveniente de compensação
ambiental – valor definido durante o processo de
licenciamento ambiental de grandes obras de
infraestrutura a ser pago pelo empreendedor
para compensar os eventuais danos que elas
possam causar.
O mecanismo financeiro foi previsto na lei que
criou o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (Snuc) para apoiar a implantação e
a manutenção dessas unidades. E a prioridade de
uso desse recurso é a regularização fundiária dos
parques e florestas.
O valor, porém, está parado. E a câmara de
compensação ambiental, criada para gerir esse
recurso, teve seu comitê dissolvido após Salles
assumir o ministério.
Em nota, a pasta disse que a câmara foi
recomposta recentemente, que já houve uma
reunião neste ano e que “ficou decidido que os
recursos serão usados, em parte, para a
regularização fundiária”. Mas não foi publicada no
Diário Oficial esta nova composição nem está
disponível a ata desta reunião. A página da
câmara de compensação no site do Ministério do
Meio Ambiente também está fora do ar.
Em resposta a um pedido de informações feito
pelo Observatório do Clima via Lei de Acesso – e
repassado ao Estado –, o governo afirmou logo
na primeira linha que “não ocorreram reuniões
desde novembro de 2018”.
O pedido foi encaminhado ao Ibama, que preside
a câmara. O órgão informou que “com a troca de
governo federal, por solicitação do Ministério do
Meio Ambiente as reuniões foram suspensas para
verificação da metodologia aplicada e
recomposição do comitê”.
Na sequência disse que houve uma reunião
extraordinária em maio, mas que até então (a
resposta foi enviada na última sexta-feira, 7),
“não existem atas de reuniões validadas para
divulgação.” O valor de R$ 1,838 bilhão já
destinado também foi informado na resposta.
Na prática, conforme apurou o Estado junto a
funcionários do Ibama e do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio) – órgão que gere as unidades de
conservação federais –, o sistema parou.
O comitê que vinha atuando desde 2011, quando
foi criado, enfrentou por muitos anos dificuldade
em aplicar os recursos de compensação
ambiental por causa de uma série de gargalos do
processo, como a vinculação dos valores ao
orçamento do ICMBio, o que era problema em
casos de contingenciamento.
A situação ganhou um alento a partir de meados
do ano passado, quando foi aprovada uma lei
que criou o fundo de compensação ambiental
justamente para dar maior agilidade ao uso
desses recursos. A partir de agora, o próprio
empreendedor pode fazer o depósito em uma
conta da Caixa ou ele mesmo fazer a execução
direta da compensação.
Com o caminho mais facilitado, a paralisação
neste momento da câmara de compensação
chama a atenção. Em especial porque o ministro
Ricardo Salles vem manifestando intenção de
alterar as regras do Fundo Amazônia para poder
usar o recurso para pagar indenizações a donos
de propriedades privadas que vivam em áreas de
unidades de conservação.
Críticas
O fundo, alimentado essencialmente com
recursos da Noruega (R$ 3,2 bilhões) e da
Alemanha (R$ 200 milhões), foi criado para
financiar, com recursos não reembolsáveis,
projetos que produzam redução na emissão de
gases do efeito estufa associados ao
desmatamento da Amazônia. As regras proíbem
a indenização de proprietários de terra. Os dois
países já se manifestaram pedindo a manutenção
do sistema atual.
Data: 13/06/2019
57
Grupo de Comunicação
Além disso, a maior parte dos proprietários de
terra que precisam ser indenizados está em
unidades de conservação nas regiões Sul,
Sudeste e Centro-Oeste. É o caso, por exemplo,
do Parque Nacional Lagoa do Peixe, no Rio
Grande do Sul, que foi palco de uma crise do
ministro com servidores do ICMBio e que custou
o cargo do então presidente, Adalberto Eberhard.
Críticos à alteração do Fundo Amazônia apontam
que não faz sentido usar dinheiro previsto para
conter o desmatamento da região em outros
biomas do País.
Dados do ICMBio obtidos pelo Estado apontam
que dos 70 milhões de hectares (mha) de
unidades de conservação de domínio público – ou
seja, que não podem ter propriedade privada
dentro –, menos de 10% (cerca de 6 mha) têm
imóveis identificados como privados e que não
foram indenizados.
“Na Amazônia, a maior parte das unidades de
conservação está em terra pública. Quem está ali
é irregular, grileiro ou posseiro, que alegam que
não houve regularização fundiária, mas eles não
têm título de propriedade. Por isso, alocar
recurso para pagar, entre aspas, donos de terra
na Amazônia, é pagar grileiro, porque eles não
têm a propriedade da terra”, explica Cláudio
Maretti, ex-presidente do ICMBio.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/blogs/a
mbiente-se/em-meio-a-discussao-sobre-fundo-
amazonia-verba-de-r-18-bi-para-regularizacao-
fundiaria-esta-parada/
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Data: 13/06/2019
58
Grupo de Comunicação
ONGs criticam plano de Bolsonaro de
reduzir florestas; para ex-ministro, é
preciso resolver conflito
- Sustentabilidade - Estadão
BRASÍLIA - Organizações socioambientais
brasileiras e internacionais reagiram nesta
quarta-feira, 12, à decisão do governo Jair
Bolsonaro de reduzir mais de 60 unidades de
conservação que têm estradas federais,
ferrovias, portos e aeroportos dentro de seus
limites, de acordo com avaliação do próprio
governo.
Reportagem publicada nesta quarta-feira pelo
Estado revela que o governo trabalha na
elaboração de um projeto de lei para eliminar
"interferências" com estruturas existentes e dar
"segurança jurídica" para os empreendimentos -
sejam estes públicos ou concedidos à iniciativa
privada. A medida é defendida por entidade de
concessionárias de rodovias.
"O formato de pacote de reduções de parques
explicita o desprezo por critérios técnicos e
científicos de proteção da natureza para sujeitar
essas áreas à ocupação desordenada e a
atividades econômicas predatórias", disse Márcio
Santilli, sócio fundador do Instituto
Socioambiental (ISA).
Documento obtido pela reportagem revela que,
segundo o Ministério da Infraestrutura, "existem
54 unidades de conservação interceptadas por
rodovias e ferrovias", além de outras "37
rodovias e ferrovias que margeiam unidades".
O ofício relata que identificou oito aeroportos de
pequeno porte em situação de conflito com sete
áreas protegidas, além de oito sobreposições de
portos públicos e privados. "É preciso que haja a
desafetação ou a redução dos limites dessas
unidades", complementa o texto da pasta,
lembrando que tais mudanças só podem ocorrer
por meio de lei específica.
O plano original do presidente Jair Bolsonaro era
fazer as alterações de perímetros e categorias
das 334 unidades de conservação do País por
meio de decreto presidencial, mas foi informado
que essas mudanças só são possíveis por meio
de projeto de lei, ou seja, o governo tem que
enviar uma proposta ao Congresso Nacional.
Para o ex-ministro dos Transportes e atual
presidente-executivo da Associação Brasileira de
Concessionárias de Rodovias (ABCR), Cesar
Borges, há situações de conflito que precisam de
solução no setor. "É preciso reconhecer que,
realmente, há problemas com o meio ambiente,
entraves burocráticos que custam tempo e
estudos. Muitas vezes temos, por exemplo, que
fazer a duplicação de uma pista simples da
estrada, que já tem sua faixa de domínio. Mas
você vai descobrir que precisa fazer um relatório
de impacto ambiental que leva mais de um ano.
Não se pode ver essa questão com extremos."
Por outro lado, o coordenador de políticas
públicas do Greenpeace, Marcio Astrini, disse que
o plano deve enfrentar resistência no Congresso.
"A proposta é absurda, assim com é falso o
argumento de que buscam soluções equilibradas
para o problema que seja. Neste governo, o meio
ambiente é tratado como empecilho, e tudo o
que fazem na área ambiental é destrutivo.
Trabalharemos sem descanso para que tais
propostas não sejam aprovadas", disse.
Entre as unidades previstas para terem a área
reduzida pelo governo estão florestas como os
parques nacionais Serra da Bocaina (SP), Serra
dos Órgãos (RJ) e Mapinguari (RO), além das
reservas biológicas de Poço das Antas (RJ),
Tinguá (RJ) e Sooretama (ES). Analistas
ambientais que atuam nas unidades temem que
os recortes nas áreas possam prejudicar a
proteção ambiental, ao fragmentar as florestas.
Ao todo são 67 unidades que podem ser
afetadas. Confira a lista.
Para Mauricio Voivodic, diretor-executivo do
WWF-Brasil, com as propostas o governo reforça
a falta de compromisso com a questão
ambiental. "Reduzir ou recategorizar áreas
protegidas em bloco, sem uma análise específica
para cada caso, é uma temeridade. Os objetivos
de conservação ambiental e de desenvolvimento
podem e devem ser compatibilizados. Mas não se
pode aceitar que a proposta do governo
considere apenas o lado da infraestrutura, sem
uma análise técnica dos potenciais impactos
ambientais, sob o risco de fragilizar a
conservação de importantes ecossistemas. Essa
proposta precisará ser rejeitada no Congresso",
disse.
O Ministério da Infraestrutura afirmou que seu
levantamento identificou "a sobreposição de
unidades de conservação sobre rodovias,
ferrovias, portos ou aeroportos preexistentes, ou
seja, de empreendimentos inaugurados décadas
Data: 13/06/2019
59
Grupo de Comunicação
antes da legislação ambiental". O governo afirma
que é preciso fazer o "apenas um ajuste legal, o
que não significa que haverá redução, na prática,
da faixa que já existe".
O Instituto Chico Mendes de Biodiversidade
(ICMBio), segundo o Ministério do Meio
Ambiente, vai "analisar a sobreposição das
unidades de conservação e avaliar se há
compatibilização com os empreendimentos de
infraestrutura".
Unidades de conservação
No mês passado, o Estado revelou que o governo
vai rever todas as 334 unidades de conservação
do País, com a intenção de mudar suas
categorias e tamanhos, flexibilizando regras para
exploração comercial e turística das áreas.
Angela Kuczach, diretora executiva da Rede Pró-
Unidades de Conservação, que reúne diversas
organizações socioambientais, avaliou que o
prejuízo com essas alterações pode ser
incalculável. "O progresso a qualquer custo já foi
tentado na década de 1970, com o Avança Brasil,
e todos sabemos como acabou. Unidades de
Conservação existem por uma razão, são o que
há de mais raro, significativo e muitas vezes o
que resta de um ecossistema. São o patrimônio
da nossa nação", disse.
"Elas pertencem, sobretudo, às futuras gerações
e são a garantia de sobrevivência da nossa
espécie. Reduzir as unidades para esse
'progresso a qualquer preço' é a inversão da
lógica do porquê delas existirem e, se acontecer,
irá custar caro para o nosso país. O que
perderemos é incalculável."
A diretora-executiva da Fundação SOS Mata
Atlântica, Márcia Hirota, lembrou que, desde a
criação do Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (Snuc), nunca se viu um projeto de
revisão de limites de unidades de conservação
"em atacado, como se vê agora". "E isso inclui
UCs muito antigas e consolidadas na Mata
Atlântica, que prestam um serviço ambiental
muito importante para a sociedade brasileira,
como os Parques Nacionais das Serras dos
Órgãos e da Bocaina, ou a Reserva Biológica de
Tinguá, que protege as nascentes que abastecem
a Baixada Fluminense", criticou.
A ONG cobrou transparência e debate com a
sociedade. "O que a sociedade precisa saber é
quais são esses conflitos que prejudicam a
relação entre o desenvolvimento e as áreas
protegidas, caso a caso, pois essa priorização à
infraestrutura em detrimento a conservação
ambiental não é necessária. É possível um
equilíbrio, mas para isso, é necessário que sejam
feitos estudos detalhados e aprofundados com
base técnica e participação das comunidades
locais e discutidos com a sociedade, assegurando
assim a integridade dessas áreas e dos serviços
que prestam ao Brasil. Pois, ao que se entende,
quem perde neste ajuste é, mais uma vez, o
meio ambiente e a sociedade."
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,ongs-criticam-plano-de-bolsonaro-de-
reduzir-florestaspara-ex-ministro-e-preciso-
resolver-conflitos,70002868306
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Data: 13/06/2019
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Grupo de Comunicação
VALOR ECONÔMICO Economia brasileira está muito
machucada Por Sergio Lamucci | De São Paulo
A economia brasileira está muito machucada e só
vai voltar a crescer com mais força se fizer
muitas reformas no ambiente institucional, diz o
economista Marcos Lisboa, presidente do Insper.
"Há um ambiente institucional muito deteriorado
no setor produtivo, e isso já vem de anos. Houve
uma degradação da infraestrutura, uma piora
imensa da estrutura tributária brasileira nesta
década. O que não era bom se tornou pior",
afirma Lisboa, destacando também os problemas
na área de comércio exterior.
Nesse cenário, ele diz que não está surpreso com
a dificuldade de a economia decolar. "Não, acho
que o crescimento potencial do Brasil é baixo
mesmo. O Brasil hoje é um país de 1% de
crescimento, um pouco mais, um pouco menos."
Para Lisboa, o país tem dificuldade de investir em
infraestrutura e de construir novas unidades
produtivas, com uma indústria muito machucada.
"Ou a gente vai parar e começar a fazer uma
agenda para melhorar o ambiente institucional ou
o país não vai crescer bem de novo."
Além de enfrentar a urgência da questão fiscal, é
fundamental o Brasil corrigir os problemas da
estrutura tributária, as distorções de comércio
exterior e os problemas que atrapalham o
investimento em infraestrutura, destaca Lisboa,
ex-secretário de Política Econômica do Ministério
da Fazenda.
Ao falar do governo atual, Lisboa diz que o início
confuso parece ter contribuído para aumentar a
incerteza na economia e afetar o investimento.
"Não se esperava um começo tão atrapalhado, de
falta de clareza de medidas, de prioridades, de
anúncios desencontrados, isso é verdade." O
economista aponta também outro ponto: "Havia
esse otimismo exagerado baseado em
modelinhos de macro que, como caíram os juros,
a economia vai crescer", afirma ele. "Tiveram na
economia a mesma ingenuidade que havia na
política."
Em entrevista recente à "Folha de S.Paulo", o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo
Maia (DEM-BA), disse que Lisboa é um dos
economistas com quem ele e o presidente do
Senado, Davi Alcolumbre, têm conversado muito.
"A minha relação com os políticos é muito
simples. Eu respondo as perguntas que me fazem
sobre propostas, sobre temas. Na medida do
possível, eu auxilio na discussão técnica, mas
jamais na discussão da política", diz Lisboa. A
seguir, os principais trechos da entrevista.
Valor: Por que a recuperação da economia tem
sido tão lenta?
Marcos Lisboa: A pergunta deveria ser o
contrário. Como é que as pessoas acharam que a
recuperação ia ser rápida? Não é a primeira vez
que os analistas se equivocam. Há um ambiente
institucional muito deteriorado no setor
produtivo, e isso já vem de anos. Houve uma
degradação da infraestrutura, uma piora imensa
da estrutura tributária brasileira nesta década. O
que não era bom se tornou pior, com obrigações
acessórias, uma criatividade impressionante para
novas regras tributárias. Além do mais, nós
tivemos intervenções desastrosas na última
década, no setor de óleo e gás, no controle de
preços da gasolina, no setor de energia. As
empresas saíram muito machucadas. Houve
programas públicos que fracassaram. A economia
está muito machucada, e ela não vai se
recuperar com facilidade, a não ser com muitas
reformas no ambiente institucional.
Valor: Então o sr. não ficou surpreso com a
demora na recuperação da economia?
Lisboa: Não, acho que o crescimento potencial do
Brasil é baixo mesmo. O Brasil hoje é um país de
1% de crescimento, um pouco mais, um pouco
menos. Com dificuldade de investir em
infraestrutura, de construir novas unidades
produtivas, com uma indústria muito machucada.
Ou a gente vai parar e começar a fazer uma
agenda para melhorar o ambiente institucional ou
o país não vai crescer bem de novo.
Valor: Que outros problemas atrapalham o
crescimento?
Lisboa: Nós temos uma economia muito fechada,
o que quer dizer que a tecnologia que se
desenvolve lá fora não chega aqui no Brasil. As
nossas empresas em muitos casos só têm acesso
a bens de capital defasados e a insumos ou mais
caros ou mais ineficientes que os disponíveis no
mercado internacional. A nossa logística é
Data: 13/06/2019
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Grupo de Comunicação
deficiente, o que onera a indústria. E a estrutura
tributária tornou a vida do setor privado um
pesadelo.
"Descuidamos muito dessa agenda institucional,
e o Brasil ficou muito hostil ao investimento e à
produção"
Valor: Como isso afeta as empresas?
Lisboa: É comum no Brasil empresas com um
contencioso tributário do tamanho do seu
patrimônio líquido, um pouco maior, um pouco
menor. Isso não existe em outro país. Essa
complexidade das regras, das normas, das
determinações, dos julgamentos, é disfuncional.
Qualquer estrangeiro tem muita dificuldade em
entender a complexidade tributária brasileira. O
ambiente é muito contrário ao investimento e à
produção no país. Há essa economia fechada, em
que as inovações tecnológicas lá de fora não
chegam aqui. E tem toda essa incerteza sobre o
futuro. Vai fazer reforma da Previdência? Ou
terão novos impostos? Vai ter infraestrutura? Eu
vou montar uma fábrica e vai ter energia
estável? Qual será o preço da energia? Há toda
uma agenda para melhorar o ambiente de
negócios, criar segurança para que possa ocorrer
o investimento em infraestrutura e acertar essa
confusão que a gente vive, para o país voltar a
respirar e ter um crescimento normal.
Valor: Como o sr. vê o desequilíbrio das contas
públicas, com alta forte da dívida bruta?
Lisboa: No quadro brasileiro, o problema fiscal é
especialmente preocupante. O nosso problema é
uma trajetória de gasto cujo crescimento da
renda não consegue dar conta. Isso leva a
aumentos recorrentes da carga tributária, mas o
país chegou no limite.
Valor: Esse modelo se esgotou.
Lisboa: Esse modelo não deveria nem ter
existido. Não faz sentido ter um regime fiscal
num país em que o gasto cresce 6% acima da
inflação todo ano, em média. Não tem
crescimento da renda que dê conta disso. Você
vai ficar aumentando a carga tributária
continuamente? Ou então a dívida vai sair de
controle. A dívida cresceu 20 pontos percentuais
do PIB em três anos. Isso gera uma incerteza
sobre o setor privado. Não tem crescimento, não
tem aumento da carga tributária que dê conta do
aumento ano após ano do gasto. E o principal
fator responsável é Previdência e assistência
social.
Valor: Como o sr. analisa a proposta do governo
de reforma da Previdência? O que muda com a
aprovação de uma versão razoável do projeto?
Lisboa: O primeiro ponto da reforma é
interromper esse crescimento. Isso vai gerar
economia em relação ao que nós gastamos hoje?
Não. Mas isso interrompe a piora. O que é
essencial? O essencial, a meu ver, são idade
mínima, ajustes na pensão por morte e nesses
demais benefícios e a reforma da Previdência dos
servidores públicos. Convergir todos para a regra
para o setor privado. Isso é para mim o centro
da reforma. Em fazendo isso, a gente consegue
reduzir o crescimento do gasto público. Não dá
para o gasto continuar a crescer na velocidade
que tem crescido, e o motivo são aposentadorias
muito precoces da elite dos trabalhadores
brasileiros, seja do setor privado, seja do setor
público. O segundo é que hoje o pobre tem idade
mínima, enquanto os benefícios dos servidores
públicos geram uma profunda desigualdade. Isso
é profundamente injusto. O importante são esses
aspectos. Hoje a grande resistência está nos
servidores públicos e em alguns setores do setor
privado. Essa é a grande resistência. Acho que
deveria se focar nisso, o que era essencialmente
a proposta do Artur Maia [deputado do DEM-BA,
relator do projeto de reforma da Previdência no
governo Temer]. Foi uma pena que nós não
aprovamos aquela proposta. E aí você pode
passar para a segunda etapa, que é promover
outras medidas fiscais, para tirar os Estados da
grave crise em que se encontram, para o
governo federal poder voltar a ter dinheiro para
ciência e tecnologia, para produtividade. Apenas
reforma da Previdência não basta.
Valor: O que é preciso fazer mais no campo
fiscal?
Lisboa: Há várias coisas. Há temas da Lei de
Responsabilidade Fiscal que estão parados no
STF há um tempão, como a possibilidade de
reduzir jornada de trabalho e salário [dos
servidores públicos]. A discussão sobre a
contribuição [para a Previdência] maior para os
servidores do setor público da elite, que estão no
topo da distribuição de renda do país.
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Valor: Além da questão fiscal, o que deve ser
feito?
Lisboa: Muita coisa pode ser feita em paralelo. É
possível mexer em medidas infralegais que estão
na mão do Poder Executivo. Na estrutura
tributária, reduzir esse contencioso, essas
interpretações criativas da Receita, simplificar
obrigações acessórias. A agenda de reduzir várias
restrições ao comércio exterior já poderia ter
começado. Por fim, há a questão da governança
do investimento em infraestrutura. Você não
precisa esperar para fazer grandes reformas. É
claro que há temas tributários que são assuntos
de grandes reformas. Há temas de infraestrutura
que são temas de leis, como a das agências
reguladoras. Mas há muita medida do dia a dia,
que está na mão do Poder Executivo, para
simplificar, como protocolos de impacto
ambiental mais claros. O investidor em
infraestrutura, num projeto que terá 10, 20, 30
anos, precisa ter um mínimo de segurança sobre
quais serão as regras do jogo e quais serão as
contrapartidas pedidas. As regras do jogo
precisam estar mais claras, para que o país
possa voltar a investir significativamente em
infraestrutura. Sem isso, não tem crescimento
sustentável.
Valor: Que outras medidas podem avançar com
medidas infralegais, além da questão dos
protocolos de impacto ambiental?
Lisboa: Tem a questão ambiental, a parte
tributária. Boa parte da incerteza vem das novas
interpretações da Receita que vão tentando
restringir os benefícios dos contribuintes. Tem
que simplificar. Temas comezinhos como
pagamento de lucros e resultados viram um
contencioso imenso. Isso vale para os Estados
também. O que virou o ICMS para as empresas?
É curioso que às vezes, no Brasil, nós temos a
tendência de ficar atentos aos grandes temas da
macroeconomia. A macro pode atrapalhar. Ela
pode realmente impedir o país de crescer. Mas a
macro, a política monetária, cambial, não faz o
país crescer. A gente descuidou muito dessa
agenda institucional há muito tempo, e o Brasil
ficou muito hostil ao investimento e à produção.
"O que se vê hoje é um país desanimado em
investir. Empresas estrangeiras estão saindo do
Brasil"
Valor: Alguns analistas avaliam que o Brasil está
numa armadilha de baixo crescimento porque os
juros estão muito altos, ou que o país não
consegue acelerar a recuperação cíclica porque
os juros estão fora do lugar. Isso é um problema
em alguma medida, na sua visão?
Lisboa: Acho que não é o tema. Isso é um ponto
menor. Se os juros reais [descontada a inflação]
têm que ser 3%, 3,5%, 2,5%, não é isso o que
faz o país crescer. Aliás, em geral, quem errou,
errou porque acha isso. Errou porque falou - "Os
juros reais nunca caíram tanto no Brasil, logo a
economia vai crescer, os juros reais caíram. O
câmbio subiu, os juros reais caíram, o país vai
crescer". Essa análise de elevador não para de
pé. O ambiente institucional, as regras do jogo,
são fundamentais para o funcionamento do
investimento privado na produção. E o que se vê
hoje é um país desanimado em investir.
Empresas estrangeiras estão saindo do Brasil.
Pessoas desistindo do país. Tem a gravidade de
uma economia muito fragilizada.
Valor: Como o sr. avalia a agenda econômica do
atual governo?
Lisboa: Houve uma inflexão a partir do governo
Temer. O país voltou a trilhar o caminho iniciado
no governo Fernando Henrique, no primeiro
governo Lula. Sem entrar em miudezas, mas é
uma maior abertura da economia, regras do jogo
mais claras, resgatar a solvência das contas
públicas, procurando ajustar a trajetória de gasto
à receita. Uma economia aberta à competição,
com agências de Estado fortalecidas, mais liberal
na economia e com cuidado na área social.
Depois do desastre que foi o governo Dilma, com
intervenções atrapalhadas, equivocadas, o
descontrole fiscal mascarado por aquela
contabilidade inacreditável, que escondeu a real
situação das contas públicas, o governo Temer
teve esse mérito. O país estava caindo num
precipício, e essa trajetória foi interrompida,
sinalizando que haveria mais cuidado com as
contas públicas. A curva de juros fechou
rapidamente nos primeiros meses do governo
Temer. Isso permitiu ao BC voltar a baixar juros,
sem alta da inflação, voltando a crescer um
pouquinho, o que é melhor do que a renda cair
ano após ano. Houve uma estabilização do
paciente.
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Grupo de Comunicação
Valor: E quanto à agenda econômica do novo
governo?
Lisboa: Há várias frases da campanha que
indicam que é uma direção de maior liberdade
econômica, abertura, reforma da Previdência. Em
linhas gerais, está ótimo. O detalhe é como isso
vai ser implementado. Infelizmente, teria sido
muito melhor ter apoiado o projeto do Arthur
Maia [de reforma da Previdência] no ano passado
e ter tirado esse peso da frente.
Valor: O problema é a execução?
Lisboa: Está faltando maior clareza sobre qual é
a agenda. Qual é a agenda de comércio exterior,
qual é a agenda tributária... Já veio CPMF para
cá, CPMF para lá, aí não é bem CPMF, é algo
parecido, mas é um pouquinho diferente, aí vai
ter um IVA [Imposto sobre Valor Adicionado]
federal. Depois de cinco meses de governo, a
gente esperava um pouco mais de avanço nessas
medidas, naquilo que está na mão do Executivo -
no campo tributário, de comércio exterior,
acertar a governança do investimento em
infraestrutura. Talvez seja porque é começo de
governo, mas essa demora preocupa porque a
economia está muito frágil.
Valor: Isso ajudou a aumentar a incerteza e a
travar o investimento?
Lisboa: Acho que sim, Não se esperava um
começo tão atrapalhado, de falta de clareza de
medidas, de prioridades, de anúncios
desencontrados, é verdade. Mas também havia
esse otimismo exagerado baseado em
modelinhos de macro que [indicam que], como
caíram os juros, a economia iria crescer. Tiveram
na economia a mesma ingenuidade que tinha na
política. Na política, acharam que quem sempre
teve um discurso contra a reforma da
Previdência, um discurso apoiado por sindicatos
ligados às corporação, iria apoiar a reforma, todo
mundo mudaria o disco e seria fácil aprovar. Os
problemas econômicos são mais severos, mas
isso não é para desanimar, é para que essa
agenda ande mais rápido.
Valor: O que o sr. acha das ideias sobre as
mudanças tributárias esboçadas pelo governo,
com a unificação de impostos federais e a
eventual adoção de um imposto sobre
pagamentos, para substituir a contribuição sobre
a folha de salários?
Lisboa: Eu não gosto. A CPMF, qualquer variação
de um imposto sobre pagamentos, é disfuncional.
Ele é muito fácil para quem cobra o imposto - só
é ruim para o país. Ela distorce os preços
relativos, as cadeias longas de produção são
muito oneradas em relação às cadeias curtas.
Incentiva que o dinheiro demore mais a passar
pelos veículos oficiais, como bancos. Há uma
série de efeitos distorcivos sobre a economia,
que prejudicam o crescimento.
Valor: Qual deve ser o norte na questão
tributária?
Lisboa: Imposto indireto tem que ser no destino.
Essa é a norma do resto do mundo. Tem que
simplificar a questão do crédito tributário.
Desonerar a folha de pagamentos é uma questão
que eu defendo há muito tempo, sobretudo
desonerar primeiro o salário mínimo, e é claro
que tem que financiar essa desoneração. O
mundo tem reduzido o imposto de renda
corporativo, o que é razoável, até porque as
nossas empresas não conseguem se
internacionalizar com a carga tributária que há
no país. Mas aí você tem que tributar a
distribuição de resultados de todas as empresas
na pessoa física. Quem ganha muito, quem
recebe muito dividendo, muita receita da sua
empresa do lucro presumido paga mais imposto.
Você tributa menos na pessoa jurídica, no lucro
real - o mundo está indo para 20%, até menos.
Agora, quando esse lucro for distribuído para o
acionista, aí sim paga imposto.
Valor: Rodrigo Maia disse que o sr. é um dos
economistas com quem ele e presidente do
Senado, Davi Alcolumbre, têm se reunido para
discutir uma agenda que as duas casas possam
tratar. Que temas o sr. tem discutido com eles?
Lisboa: A minha relação com os políticos é muito
simples. Eu respondo as perguntas que me fazem
sobre propostas, sobre temas. Faço isso há anos
na minha vida. Na medida do possível, eu auxilio
na discussão técnica, mas jamais na discussão da
política. Eu sou um técnico que ajuda a trazer um
pouco de informação sobre como os outros
países fazem, o que a pesquisa acadêmica
aponta sobre isso ou aquilo no Brasil. É como eu
faço há muitos anos, mas com muita humildade,
Data: 13/06/2019
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Grupo de Comunicação
do meu canto de técnico. Quem falou em agenda
foi o presidente da Câmara. Ele é quem lidera
isso. Eu apenas respondo as perguntas que eles
me fazem e procuro contribuir apontando o que
parecem ser os maiores problemas.
Valor: O sr. costuma ressaltar a importância de
se melhorar o ambiente de negócios. Quais
devem ser as prioridades nesse sentido?
Lisboa: Além da fiscal, as três áreas prioritárias
no curto prazo devem ser infraestrutura,
tributária e comércio exterior. É óbvio que
melhorar a qualidade da educação é
fundamental, há vários temas que são
importantes, mas essas três áreas são cruciais,
porque o setor privado está asfixiado.
https://www.valor.com.br/brasil/6304557/econo
mia-brasileira-esta-muito-machucada
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Data: 13/06/2019
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Novo programa terá R$ 1 bi por ano para
metrô e trem urbano
Por Daniel Rittner | De Brasília
Na tentativa de melhorar o transporte coletivo
nas grandes capitais e aquecer a indústria
ferroviária, que trabalha atualmente com 60% de
ociosidade, o governo pretende oferecer uma
nova linha bilionária de crédito para a renovação
de frota por operadoras de metrôs e trens
urbanos.
Já batizado de Retrem, o programa vai usar
recursos do FGTS, com financiamentos de 20
anos - sendo quatro de carência. Também poderá
ser utilizado dinheiro do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT), por meio do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). As taxas de juros anuais devem ficar
em torno de 5,5%. O plano é ter empréstimos de
R$ 1 bilhão por ano.
A nova linha, voltada exclusivamente para trens
urbanos, deve ressuscitar um ponto de honra das
políticas industriais de governos anteriores: a
exigência de conteúdo local. O financiamento
será liberado apenas para a compra de trens
novos e exclusivamente de fabricação brasileira,
com índices de nacionalização.
Não estão previstas isenções tributárias. O
programa já foi praticamente fechado pelo
Ministério do Desenvolvimento Regional e está
com lançamento previsto para o dia 28 de junho,
na sede da Fiesp, em São Paulo.
"O Retrem surgiu para viabilizar a modernização
e a expansão das frotas de trem, seguindo linha
bem semelhante à do Refrota, que tem o mesmo
objetivo, mas voltado aos ônibus", afirmou ao
Valor o ministro Gustavo Canuto.
"Do ponto de vista da mobilidade, o trem é
fundamental para melhorar o tráfego nos
grandes centros urbanos. Se usarmos como base
o metrô de São Paulo, dez trens equivalem a 60
ônibus, que transportam cerca de 200 mil
passageiros diariamente. Esses vagões podem
gerar, ainda, 5 mil empregos diretos e indiretos
por ano", acrescenta o ministro.
O nome oficial do Retrem será Programa de
Renovação da Frota do Transporte Público
Coletivo Urbano de Passageiros sobre Trilhos.
Inicialmente, a ideia era contemplar também a
reforma e a modernização de trens mais antigos.
Esse segundo objetivo, no entanto, ficará para
outras ações que estão sendo planejadas pela
Secretaria Nacional de Mobilidade e Serviços
Urbanos (Semob) - ligada ao ministério.
Para o vice-presidente-executivo da ANPTrilhos
(associação das operadoras metroferroviárias),
João Gouveia Ferrão Neto, a nova linha de
crédito representa um "ganha-ganha-ganha".
"Ganham a indústria, as empresas operadoras e,
mais importante, o passageiro em termos de
conforto."
Segundo ele, há vantagens na aquisição de trens
nacionais em vez de se optar por fornecedores
estrangeiros. Uma delas é a facilidade maior de
manutenção e assistência técnica para os
equipamentos. No caso dos importados, apesar
do crédito farto, existe a necessidade também de
"hedge" para suavizar desvalorizações bruscas do
dólar ou do euro, o que encarece o custo total.
Por isso, diz Gouveia, o financiamento em
condições melhores ajuda na escolha pelos
fabricantes locais.
Os sistemas de metrôs e trens urbanos
alcançaram uma média de 10,9 milhões de
passageiros transportados por dia em 2018, com
crescimento de 9,2% em relação ao ano anterior,
graças sobretudo à incorporação de mais duas
linhas e 30 estações. "Mas ainda temos uma rede
muito incipiente, e vejo o Retrem como o começo
de uma estratégia na área de mobilidade."
O presidente da Associação Brasileira da
Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate,
afirma que o setor está trabalhando com apenas
40% da capacidade instalada atualmente. O pico
de 4,7 mil vagões para trens de passageiros e de
cargas, verificado em 2014 e em 2015, deve cair
para cerca de 1,5 mil entregas neste ano. "É uma
queda vertiginosa. Estamos em situação
delicada."
Abate espera que o Retrem sirva como um
"catalisador de encomendas" tanto por
operadores privados como estatais. Lembra que
o Metrô de São Paulo, por exemplo, acaba de
retomar o plano de extensão da linha 2-verde e
isso exigirá mais 22 trens para atender à
demanda ampliada.
Data: 13/06/2019
66
Grupo de Comunicação
Na área de mobilidade, a indústria nacional
sobrevive hoje com um pedido de 135
composições para Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos (CPTM) e um contrato de
exportação para o Chile. Agências multilaterais,
como BID e CAF, têm histórico de financiar
compras, mas vetam qualquer tipo de exigência
de conteúdo nacional e boa parte das aquisições
acaba sendo feita no exterior. "O Retrem era
uma antiga solicitação nossa."
Para o presidente da Abifer, tão importante
quanto essa nova linha é a tomada de decisão
sobre outra frente prometida há anos, desde o
governo de Dilma Rousseff. "O Retrem vai ser
um alento para os trens de passageiros, assim
como a renovação antecipada das concessões de
ferrovias será para os trens de cargas", ressalta.
Ele reclama que a prorrogação do contrato da
Rumo Malha Paulista, que geraria investimentos
de R$ 8,5 bilhões, está no Tribunal de Contas da
União (TCU) desde outubro. "Dá a impressão de
que os órgãos de controle não têm senso de
urgência."
https://www.valor.com.br/brasil/6304559/novo-
programa-tera-r-1-bi-por-ano-para-metro-e-
trem-urbano
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Data: 13/06/2019
67
Grupo de Comunicação
ONU diz ter apoio de quase cem países para
elevar metas climáticas
Por Daniela Chiaretti | De São Paulo
Quase cem países acenaram às Nações Unidas
que podem aumentar as suas metas climáticas
previstas no Acordo de Paris. A boa notícia é do
diplomata mexicano Luis Alfonso De Alba,
enviado especial de António Guterres, secretário-
geral da ONU, para a Cúpula Climática 2019 que
acontecerá em setembro em Nova York. A má
notícia é que a alta nos cortes pode não ser
suficiente para que o aquecimento fique bem
abaixo de 2°C, como prevê o acordo e
recomendam os cientistas.
"A lista dos países que querem rever suas metas
tem crescido e esperamos que continue assim.
Mas mais do que o número de países, o que nos
preocupa é o nível da ambição", disse De Alba ao
Valor pouco antes de embarcar em Nova York
para o Rio de Janeiro.
Diplomata mexicano conhecido nas negociações
climáticas por ter conduzido a bem-sucedida
conferência de Cancún, em 2010 - que
pavimentou o caminho para o Acordo de Paris -
De Alba vem ao Brasil para engajar o setor
privado no desafio climático. Participará de
evento com empresários organizado pelo Pacto
Global da ONU e fará palestra no Congresso
Mundial de Câmaras de Comércio.
A ideia da cúpula climática de Guterres, um
evento de perfil político, é aumentar a ambição
dos países e acelerar a implementação do Acordo
de Paris. A intenção é que sejam apresentadas
propostas de empresas, governos locais e
sociedade que possam ter impacto e ser
replicadas. "Será uma cúpula orientada para a
ação, não uma reunião de discursos", diz.
Pelo cronograma da Convenção do Clima da
ONU, os países podem atualizar as suas metas
em 2020. "Queremos impulsionar isso e torná-las
muito mais ambiciosas", conta. Ele lembra que os
compromissos atuais levam o mundo a uma
trajetória de aquecimento de 3°C. "Queremos
algo que nos permita permanecer em 1,5 °C.
Precisamos de esforços muito maiores."
Não está claro se a China, que responde por 25%
das emissões globais de gases-estufa, assumirá
novo compromisso na cúpula. "Eles têm falado
com meu escritório. Acreditam que irão alcançar
sua meta e que podem ser mais ambiciosos no
ciclo seguinte. Mas não posso dizer se os
chineses assumirão um novo compromisso."
O Reino Unido pode vir a ser o primeiro país do
G-7 (o grupo dos principais países
industrializados) a adotar uma lei para zerar as
emissões líquidas em 2050. Isso significa que as
emissões britânicas de transporte, agricultura e
indústria devem ser zeradas ou compensadas
pelo plantio de árvores. É um dos últimos atos da
premiê Theresa May, que enviou o projeto de lei
ontem ao Parlamento.
O bloco europeu está dividido. A Finlândia, que
pode ser a primeira nação do mundo a se tornar
neutra em carbono em 2035, puxa um grupo de
outros seis países. A Alemanha tem dificuldades
em cumprir a sua própria meta, mas a premiê
Angela Merkel ainda é uma líder, diz De Alba.
Polônia e Hungria não querem este passo.
Ampliar a ambição na mitigação de gases-estufa
é um dos eixos em que foi estruturada a reunião
da ONU. A estratégia foi organizar o esforço em
outros oito temas - transição energética,
mobilização do público, transição da indústria,
adaptação, cidades, finanças.
A intenção é garantir a mobilização de US$ 100
bilhões ao ano prometidos pelos países
desenvolvidos aos em desenvolvimento, dobrar a
capitalização do Fundo Verde (hoje em US$ 10
bilhões), promover mecanismos de financiamento
público-privados e debater dar preço ao carbono.
O Brasil tem se engajado no eixo de cidades,
infraestrutura e ação local, além de soluções
baseadas na natureza, diz De Alba. Em agosto
haverá reunião preparatória da América Latina e
do Caribe, em Salvador, organizada pela ONU e
pela Prefeitura. Os ministros do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, e das Relações Exteriores,
Ernesto Araújo, anunciaram, em maio, que a
reunião havia sido cancelada. O prefeito de
Salvador ACM Neto rebateu e disse que faria o
evento sem a participação do governo federal. "A
realização desta conferência é muito importante
para a economia da cidade", reagiu.
"Não será possível lidar com a mudança do clima
apenas entre governos", diz De Alba. "Estamos
buscando construir uma coalizão reconhecendo
que a ação tem que vir também do setor privado
e de autoridades locais", segue.
https://www.valor.com.br/internacional/6304505/onu-diz-ter-apoio-de-quase-cem-paises-para-elevar-metas-climaticas Voltar ao Sumário
Data: 13/06/2019
68
Grupo de Comunicação
Governo tenta destruir as bases da proteção
ambiental
Opinião
O governo de Jair Bolsonaro é hostil ao ambiente
e isto custará caro aos brasileiros. Uma das mais
recentes e mais sérias investidas contra a
preservação ambiental encaminhada pelo
Ministério da Infraestrutura e o do Ambiente,
busca redesenhar as áreas de conservação, em
uma das primeiras iniciativas para desfigurá-las.
No Senado, o filho do presidente, Flavio
Bolsonaro, assina o projeto de lei 2362 que
pretende acabar com a necessidade da reserva
legal das propriedades, a área a ser mantida
obrigatoriamente com vegetação nativa. Além de
destinar menos dinheiro para a área, o governo
cria problemas com os poucos países que enviam
recursos ao Brasil, sem contrapartidas - quer
mudar a gestão e o destino do dinheiro do Fundo
Amazônia, patrocinado por Noruega e Alemanha.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
deve acreditar que salvaguardas ambientais no
país nascerão com sua gestão e tudo o que foi
feito antes, resultado de décadas de trabalho de
milhares de cientistas, nada vale. As 334
Unidades de Conservação existentes, segundo
ele, "foram criadas sem nenhum critério técnico".
Nada melhor então do que redesenhá-las. De que
maneira? Uma delas é que "haja desafetação ou
redução do limite" de 54 unidades "interceptadas
por rodovias e ferrovias", além de 37 outras em
que estradas as margeiam (O Estado de S. Paulo,
ontem).
O presidente Jair Bolsonaro pretendia fazer logo
uma revisão das unidades, seis anos depois de
ser multado por pesca ilegal no litoral de Angra
dos Reis - agora, teve a inspiração de
transformar a área em uma "Cancún local". Ele
alimentava a ilusão de que um decreto resolveria
a questão, mas a mudança exige aprovação do
Congresso.
O princípio é que as unidades de conservação
devem dar lugar a estradas e ferrovias, e não
que sejam protegidas de "interceptações".
Estudos do Imazon e outras instituições apontam
que 95% do desmatamento na Amazônia
ocorrem em 5,5 km ao redor das estradas e 1 km
ao redor dos cursos navegáveis. Reduzir a área
das unidades de conservação abrirá caminho a
mais destruição. As rodovias são também o
maior risco às florestas. Há nada menos de 26
mil km no interior das UCs e de áreas indígenas.
O segundo maior risco é o da exploração de
minérios, que ocupa mais de 108 mil hectares na
região. O projeto de lei que está sendo elaborado
pode não parar por aí e se estender por mares e
lagos, incentivando a pesca e o turismo
predatórios.
Entre outubro, mês da eleição de Bolsonaro, e
março foram destruídos 89,7 mil hectares de
florestas no Norte brasileiro, área maior que a
cidade de Goiânia. Enquanto que Ibama e ICMBio
estão sendo reformulados, em algo que se
assemelha a uma destruição planejada, apenas
1% dos avisos dos 11 sistemas de alerta de
desmatamento existentes se transformam em
autuações. Uma porcentagem não muito maior
do que isso é paga pelos infratores, mas o
discurso oficial que prevalece, também em
relação ao ambiente, é o da "indústria de
multas". Salles criou um comitê para revisão de
multas, que vai solucionar o problema,
provavelmente arquivando-as.
Bolsonaro pretende reeditar artigos de MP que
muda prazos para a inscrição no Cadastro
Ambiental Rural e reduz áreas que terão
obrigatoriamente recuperadas em diversos
biomas. O Senado recusou-se a votar a
gambiarra patrocinada com apoio da bancada
ruralista. O senador Flavio Bolsonaro pretende
resolver a questão simplesmente abolindo as
reservas legais, pondo fim, como expõe, a um
"clamor ecológico fabricado artificialmente por
europeus, norte-americanos e canadenses e
imposto ao país e a seus produtores rurais".
A polêmica sobre o Fundo Amazônia, que
recebeu US$ 1,2 bilhão da Noruega e US$ 68
milhões da Alemanha, faz parte dessa lógica. O
ministro Ricardo Salles foi ao BNDES e
"descobriu" irregularidades em um quarto dos
103 projetos financiados pelo Fundo, gerenciado
pelo BNDES - a responsável no banco pelo fundo
Data: 13/06/2019
69
Grupo de Comunicação
foi afastada de cara. Salles propôs novos
destinos ao dinheiro - pagamento de
desapropriações em área coalhada de grileiros -
e nova composição do comitê gestor, eliminando
ONGs, dando um assento à "sociedade civil".
Nesta semana, os governos da Alemanha e
Noruega disseram que as auditorias do fundo
seguem padrões internacionais, que a gestão do
BNDES é impecável e que não concordam com
mudanças seja na gestão seja na finalidade dos
recursos. A tentativa mancha a imagem do Brasil
no exterior e atrairá resposta negativa dos
investidores no futuro.
https://www.valor.com.br/opiniao/6304417/gove
rno-tenta-destruir-bases-da-protecao-ambiental
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Data: 13/06/2019
70
Grupo de Comunicação
Como o agronegócio pode ganhar com a
floresta
Por Marina Piatto e Isabel Drigo
Opinião
Por mais que possa parecer discurso de
ecochatos, existe uma real urgência social e
econômica que justifica continuar trabalhando
pela meta de redução do desmatamento da
Amazônia e Cerrado. Florestas, água e solos
saudáveis formam a base econômica de qualquer
produção agrícola. O setor agropecuário é um
dos mais afetados pelos fenômenos climáticos. O
desmatamento impacta o produtor porque
contribui para a instabilidade climática que muda
o comportamento das pragas e doenças, altera a
produtividade esperada, dificulta a irrigação e
aumenta o uso de fertilizantes e agroquímicos.
As enchentes, secas e temperaturas irregulares
causam quebras de safra. Os gastos públicos
tendem a aumentar a cada ano para lidar com os
extremos.
Do lado econômico, os prejuízos já foram
computados pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) e disseminados pela
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA)1. Os números mostram que a
agropecuária decresceu 3,4% em função do forte
efeito do El Niño em 2016. As culturas mais
impactadas pela redução dos índices de
produtividade foram o milho (-20,5%) e arroz (-
14,7%). Um dos resultados de pesquisa de um
grupo de cientistas da Universidade de Lancaster
no Reino Unido, que inclui vários brasileiros2,
mostrou que o El Niño de 2016 lançou 30 milhões
de toneladas de carbono na atmosfera. Não vai
acontecer de novo?
Para não contar com a sorte e evitar o pior
cenário, as escolhas do produtor dentro da
porteira são importantes. Porém, tanto
ambientalistas quanto representantes do setor
produtivo concordam que é de fora para dentro
da porteira que os incentivos precisam existir
para que uma gama maior de produtores saia
ganhando, conversando a floresta. Estudiosos do
setor levantam as barreiras persistentes, mas
também indicam algumas saídas.
Um estudo conduzido por pesquisadores do
Imaflora3 e do Climate Focus4 mostra que os
compromissos de desmatamento zero assumidos
pelas cadeias da soja e carne no Brasil foram e
continuam sendo importantes, mas não são
suficientes para superar as barreiras e desafios
enfrentados pelos produtores5.
Por exemplo, a Moratória da Soja assinada em
2006 pelos grandes exportadores reduziu o
desmatamento associado a esta commodity no
bioma Amazônia. O sucesso deste mecanismo
pode ser explicado pelo fato de que a pressão
internacional por uma cadeia livre de
desmatamento desencadeou ações concretas e
em escala no setor.
É urgente rever as estratégias do Plano Safra e
Pronaf para promover recuperação e uso de
áreas degradadas
Por outro lado, no setor da carne bovina, os dois
compromissos vigentes desde 2009 ainda não
evitam o desmatamento na escala esperada.
Apesar dos avanços no monitoramento dos
fornecedores diretos de gado, tanto o
Compromisso Público da Carne, assinado pelos
três grandes frigoríficos brasileiros, quanto o
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
assinado por 79 frigoríficos e o Ministério Público
Federal tiveram como efeito prático a exclusão de
produtores que desmatam. Mas estes
mecanismos ainda não chegaram aos
fornecedores indiretos de animais (criadores dos
bezerros, por exemplo), dando espaço para que o
desmatamento continue.
A pergunta que não quer, e não pode calar, é:
como apoiar os produtores médios e pequenos a
conciliar uma produção economicamente viável
com a manutenção das florestas em suas
propriedades?
É preciso repactuar a cooperação pública e
privada. Pesquisadores não se furtam a indicar
ações prioritárias, entre elas:
Data: 13/06/2019
71
Grupo de Comunicação
Destinar crédito agrícola para recuperação de
áreas degradadas. Estima-se que existam mais
de 60 milhões de hectares de solos degradados
no Brasil. É urgente a revisão das estratégias do
Plano Safra, Pronaf e das regras de alocação
destes créditos para promover a recuperação e
uso de áreas degradadas para produção
agropecuária. O elevado custo para recuperação
destas áreas deveria ser apoiado por um
programa subvencionado pelo Estado e
condicionado à eliminação do desmatamento. O
resultado seria o aumento da renda ao produtor
e a economia dos reparos ambientais, causados
pelos eventos climáticos extremos. Contudo, sem
regularização fundiária o acesso ao crédito não
se concretiza. Por isso, este é um fator chave na
equação.
Compromissos de compra associados a
incentivos ao produtor. Sozinho, o produtor terá
muita dificuldade para aprimorar suas técnicas.
As transações vinculadas a condições ambientais
exigem incentivos adicionais (por exemplo,
suporte técnico, pagamento de prêmio pelos
produtos diferenciados e pelos serviços
ambientais). Poucas empresas da cadeia de
fornecimento fornecem apoio ao produtor para a
transição sustentável e a maioria não considera
que deva assumir esta responsabilidade.
Parcerias público-privadas em escala
territorial. Embora as empresas possam se
comprometer com a conformidade legal e com
compras livres de desmatamento, sozinhas elas
também não resolverão o problema. A mudança
nos territórios depende fortemente do setor
público, na escala estadual e municipal. Já
existem arranjos institucionais mais amplos que
colocam em volta da mesa produtores de soja,
criadores de gado, produtores de outras
commodities, indústrias nacionais e globais,
bancos, fundos de investimento e governos para
pensar e reordenar o uso da terra. A costura de
tais arranjos pode não ser trivial, mas não pode
ser abandonada para que a questão do
desmatamento possa ser equacionada de forma
ampla e em escala.
Finalmente, manter a floresta em pé é manter o
sistema produtivo vivo, onde o equilíbrio e a
integração das áreas sequestra carbono, produz
água e reduz as variações meteorológicas. A
responsabilidade ambiental e produtiva precisa
ser compartilhada por atores públicos e privados
para conter o risco de aquecimento global a
tempo.
1.
https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/bol
etins/1-boletim_comunicado_tecnico_-
_safra_de_graos_
0.16276200%201514916975.pdf
2.
https://royalsocietypublishing.org/toc/rstb/373/1
760
3. http://www.imaflora.org
4. https://www.climatefocus.com/
5.
https://www.climatefocus.com/projects/drivers-
and-incentives-lead-producers-change-practices-
more-sustainable-operations
Marina Piatto é mestre em Agricultura Tropical
pela Universidade de Bonn na Alemanha e
gerente da Iniciativa de Clima e Cadeias
Agropecuárias do Imaflora.
Isabel Garcia Drigo é doutora em Ciência
Ambiental pela Universidade de São Paulo e
AgroParisTech na França e coordenadora de
projetos na Iniciativa de Clima e Cadeias
Agropecuárias do Imaflora.
https://www.valor.com.br/opiniao/6304409/com
o-o-agronegocio-pode-ganhar-com-floresta
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Data: 13/06/2019
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Grupo de Comunicação
Chinesa negocia usina com Odebrecht
Por Graziella Valenti e Camila Maia | De São
Paulo
A chinesa State Power Investment Corporation
(SPIC) está tentando mudar o escopo de
negociação para aquisição da Santo Antônio
Energia, concessionária responsável pela
exploração e implantação da usina hidrelétrica
localizada no Rio Madeira (RO). Neste momento,
trabalha na possibilidade de comprar apenas a
participação da Odebrecht e estruturar um
acordo de governança com Furnas, dona de 43%
do capital da usina, segundo apurou o Valor.
Os demais sócios da hidrelétrica, Cemig e
Andrade Gutierrez, não estão mais nas
conversas, pois consideraram a oferta anterior da
empresa chinesa baixa e não veem perspectiva
de algo evoluir. Em outubro, a SPIC havia
avaliado a Santo Antonio em quase R$ 10
bilhões, sendo que R$ 3,5 bilhões poderiam ser
pagos no ato, proporcionalmente aos
vendedores, e o restante ficaria condicionado a
solução de indefinições
Mas, neste ano, a oferta foi substancialmente
reduzida, o que terminou por afastar a Cemig. O
plano inicial era que a SPIC compraria o controle
da usina, pois todos os sócios do controle
venderiam - Odebrecht, Cemig, Andrade
Gutierrez e FIP Amazônia. Furnas nunca esteve
entre os vendedores.
Agora, tudo mudou de figura e até a discussão de
valores sofrerá modificações. Fontes próximas às
conversas afirmam que a companhia chinesa
aguarda as modificações de governança na
gestão de Furnas para iniciar as conversas.
A Odebrecht tem uma participação direta na
Santo Antônio Energia, de 18,5%, e mais uma
indireta, por meio do FIP Amazônia - do qual tem
50,1% e o FI-FGTS, 49,9%. Participam do acordo
de controle, Odebrecht, o fundo e mais SAAG, o
veículo que reúne Cemig e Andrade Gutierrez.
No modelo agora pretendido, a SPIC compraria a
fatia da Odebrecht e faria uma composição de
governança com Furnas, pois a ela só interessa o
ativo se puder conduzir a gestão e, de alguma
forma, controlá-lo. Na Odebrecht, há dúvida
sobre se esse novo modelo pode prosperar. É
preciso ter clareza de que, dentro do acordo de
acionistas já existente, há espaço para
composição de duas partes, separadamente.
Segundo fontes, o acordo de acionistas pode ser
alterado, desde que todos os sócios assinem um
aditivo, inclusive Cemig e Andrade Gutierrez -
para quem a perda do controle não interessa.
Se a SPIC tiver sucesso na negociação com
Odebrecht e Furnas, Cemig e Andrade precisarão
rever o modelo de desinvestimento em Santo
Antonio, já que vão perder o trunfo de serem do
bloco de controle. Segundo fonte próxima à
estatal mineira, isso não vai obrigá-la a vender
sua participação "por qualquer preço" e podem
ser pensadas alternativas, como novos desenhos
em que a fatia na hidrelétrica do Madeira seja
incluída em blocos com outros ativos.
O Valor apurou que a Eletrobras, dona de Furnas,
está aberta a um acordo com os chineses. A
estatal brasileira, que trabalha com a
possibilidade de no futuro passar por uma
privatização, tem visto como oportunidade a
chance de costurar acordos para suas diversas
participações minoritárias como forma de se
valorizar.
Além da mudança do acordo de acionistas, um
pacto também dependeria da conclusão da
reestruturação interna de Furnas, que passou
recentemente por mudanças no conselho e na
administração, ficando mais alinhada com a
gestão da Eletrobras. O Valor apurou que as
mudanças ainda não foram concluídas pois ainda
serão feitas alterações nas atribuições de cada
diretoria. Só depois disso será definida a
orientação estratégica.
A piora na situação financeira da Odebrecht pode
levar o grupo a uma recuperação judicial nas
próximas semanas. Essa perspectiva não afasta o
Data: 13/06/2019
73
Grupo de Comunicação
interesse da SPIC, que estaria disposta a adquirir
o ativo dentro de um leilão após aprovação de
um plano em assembleia de credores. A fatia na
Santo Antonio, tal e qual a Braskem, poderia ser
vendida dentro do ambiente judicial na forma de
um leilão, como uma unidade produtiva isolada
(UPI).
https://www.valor.com.br/empresas/6304485/ch
inesa-negocia-usina-com-odebrecht
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Data: 13/06/2019
74
Grupo de Comunicação
Eletrobras perde no STJ disputa sobre
correção de empréstimo compulsório
Por Beatriz Olivon | De Brasília
A Eletrobras perdeu ontem, no Superior Tribunal
de Justiça (STJ), a disputa sobre a correção dos
empréstimos compulsórios. Os ministros da 1ª
Seção entenderam, por diferença de um voto,
que devem ser aplicados juros remuneratórios
até o efetivo pagamento dos valores não
convertidos em ações - e não até 2005, ano da
última assembleia de conversão, como defende a
empresa.
Não há estimativa do impacto da decisão para a
Eletrobras. Em seu Formulário de Referência de
2019, a companhia cita, de forma geral, uma
provisão de R$ 17,9 bilhões - que inclui
discussões sobre correção monetária, juros
remuneratórios e juros moratórios. No caso
concreto, o valor em discussão era de R$ 130
mil, segundo o procurador da empresa, Cleber
Marques, que pretende recorrer da decisão.
No julgamento, alguns ministros entenderam que
o STJ mudou o posicionamento fixado no recurso
repetitivo, julgado há dez anos, ampliando o
prazo para incidência de juros remuneratórios, o
que pode levar alguns credores a terem correção
mais favorável do que outros, que já tiveram
seus processos julgados. O placar foi apertado:
cinco a quatro.
A discussão é antiga. O depósito compulsório foi
criado nos anos 60 com a finalidade de gerar
recursos ao governo para a expansão do setor
elétrico. A contribuição era cobrada na conta de
luz dos clientes com consumo superior a dois mil
quilowatts/hora (kWh) por mês. A cobrança seria
extinta em 1977, mas foi prorrogada até 1993.
Por lei, os consumidores poderiam depois
converter os valores pagos em ações da
Eletrobras.
Em 2009, o STJ decidiu que a empresa deveria
corrigir os créditos. Na ocasião, boa parte do
compulsório já havia sido pago pela empresa por
meio da conversão dos valores em ações. Em
2005, havia sido realizada a última assembleia
da empresa para discutir a restituição dos
créditos e a conversão de valores em ações.
No STJ, consumidores alegaram que a correção
efetuada foi menor do que a devida. Alguns não
tiveram todo o montante convertido em ações e,
por isso, ainda têm valores a receber.
No recurso julgado ontem pela 1ª Seção, a
Decoradora Roma (REsp 790288) questionou a
data final de aplicação dos juros remuneratórios,
de 6% ao ano, para os valores que não foram
convertidos em ações. A empresa pede que seja
a data do efetivo pagamento. Já a Eletrobras, a
da última assembleia, a de 2005.
No processo, a Decoradora Roma alega que em
2009, a 1ª Seção já havia decidido que o termo
final dos juros remuneratórios era o efetivo
pagamento da dívida pela Eletrobras. Mas em
2011, ao analisar embargos de divergência,
definiu que os juros remuneratórios cessariam a
partir das assembleias de conversão.
O recurso da empresa foi aceito pelo relator,
ministro Gurgel de Faria, e pelos ministros
Napoleão Nunes Maia Filho, Og Fernandes,
Benedito Gonçalves e, na sessão de ontem, pela
ministra Regina Helena Costa.
De acordo com o relator, ao julgar o repetitivo, a
Seção decidiu que são devidos juros
remuneratórios de 6% ao ano sobre a correção
monetária. O ministro disse que o STJ entende
que a diferença a ser paga em dinheiro, sobre o
número não convertido em ações, deve ter
correção plena, expurgos inflacionários e juros
remuneratórios até o efetivo pagamento.
Os ministros Herman Benjamin e Assusete
Magalhães, divergiram. Na sessão de ontem,
foram acompanhados pelos ministros Sérgio
Kukina e Francisco Falcão. Para Herman, a
decisão "abre uma caixa de Pandora".
A Eletrobras pretende recorrer, segundo o
procurador da empresa, Cleber Marques. O
Data: 13/06/2019
75
Grupo de Comunicação
procurador pretende apresentar recurso para
pedir esclarecimentos sobre alguns pontos
(embargos de declaração) e citou duas dúvidas
principais.
A primeira é se o voto do relator realmente
limitou a decisão aos valores que não foram
convertidos em ações na data da assembleia,
como entenderam alguns ministros que o
acompanharam. A segunda, se essa divergência
poderia ser discutida tendo como base o
julgamento repetitivo realizado em 2009.
No Formulário de Referência de 2019, a
Eletrobras afirma que se trata de um julgamento
específico, que não pode ser considerado
suficiente para alterar parâmetros de cálculo de
todos os processos que tratam do tema. Por isso,
a companhia entende que a decisão não é
determinante para influenciar na provisão feita
para os empréstimos compulsórios - que era de
R$ 17,9 bilhões no fim de 2018.
Mas a empresa reconhece, no mesmo
documento, que o resultado do julgamento de
ontem poderá ter reflexo sobre o assunto e ser
objeto de novo recurso para esclarecer qual sua
extensão e constitucionalidade. "Se porventura
houver alteração da jurisprudência vigente do
STJ em desfavor da Eletrobras no que tange
especificamente à aplicação de juros
remuneratórios após a assembleia de conversão,
a estimativa de mensuração da provisão, hoje
reconhecida pela administração, poderá vir a ser
alterada", afirma. Eventuais avaliações de
impacto só deverão ser feitas após a conclusão
do julgamento, segundo a Eletrobras.
https://www.valor.com.br/legislacao/6304325/el
etrobras-perde-no-stj-disputa-sobre-correcao-de-
emprestimo-compulsorio
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Data: 13/06/2019
76
Grupo de Comunicação
O retorno do mercado de carbono
Por Caroline Prolo
O ano de 2019 pode marcar um importante
passo na retomada dos mercados de carbono no
cenário internacional. Entre 17 e 27 de junho, os
países membros do Acordo de Paris se
encontrarão para uma reunião técnica na sede da
Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças do
Clima (UNFCCC) em Bonn/Alemanha, para
discutir como se dará o funcionamento dos
mercados de carbono previstos no artigo 6 do
Acordo de Paris.
O objetivo é propor uma decisão a ser adotada
em dezembro de 2019, em Santiago do Chile,
durante a 25ª Conferência das Partes (COP 25).
No Brasil quase todo mundo já ouviu falar de
créditos de carbono. Isso se deve ao fato de que
o país foi um grande usuário do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL), criado pelo
Protocolo de Quioto da UNFCCC. Por meio do
MDL, entidades e empresas em países em
desenvolvimento, como o Brasil, podiam
implantar projetos que reduzissem emissões de
gases de efeito estufa (GEE) em relação a uma
projeção de emissões futuras, para serem
comercializadas com países desenvolvidos.
Assim, as emissões "evitadas" por causa do
projeto eram convertidas em "créditos", os quais
países desenvolvidos podiam usar para cumprir
suas obrigações no Protocolo.
Neste novo mercado, o Brasil, com um vasto
portfolio de ativos de baixo carbono, poderia ser
um player de destaque
Os mercados de carbono acabaram se
desaquecendo ao longo do tempo, mas agora
essa demanda pode voltar a surgir graças ao
Acordo de Paris, que prevê dois mecanismos de
mercado para cooperação entre os países na
redução das emissões de GEE.
O primeiro desses mecanismos é o do artigo 6.2,
uma espécie de mercado de troca de "resultados
de mitigação" chamados Internationally
Transferable Mitigation Outcomes (ITMOS).
A ideia é que países possam trocar entre si
créditos gerados a partir dos seus esforços
domésticos de redução de GEE. Como isso vai
acontecer na prática ainda não está claro. Uma
possibilidade é que governos interajam em
cooperação por meio de projetos conjuntos,
como é o caso da Colômbia, Chile e Peru, que já
estão hospedando "pilotos" de ITMOs em acordos
bilaterais com países europeus. Para dar escala à
geração desses ITMOs, os governos nacionais
podem promover políticas, editar regulamentos e
inclusive criar mercados internos de "cap-and-
trade".
Para participar é necessário que o governo
nacional atenda a obrigações de transparência e
estabeleça a governança adequada, bem como
possua uma meta nacional suficientemente
ambiciosa.
O segundo mecanismo, previsto no artigo 6.4, é
uma nova versão do MDL, que vem sendo
chamado de Mecanismo de Desenvolvimento
Sustentável (MDS). Esse mecanismo resultou de
uma proposta do Brasil durante as negociações
do Acordo de Paris. Para o Brasil, assim como no
MDL, este seria um mecanismo de geração de
créditos a partir da redução de emissões de um
projeto, redução esta calculada com base em
uma projeção de emissões de GEE no futuro.
Para isso, é necessário que o projeto apresente
"adicionalidade" em relação a um cenário
"business-as-usual"; ou seja, as atividades
elegíveis para projetos de MDS devem ser
adicionais à NDC do país - ou seja, à
Contribuição Nacionalmente Determinada, que é
a meta de redução de emissões apresentada pelo
país como condição para participar do Acordo de
Paris. Segundo o Brasil, não haveria necessidade
de contabilizar os créditos de MDS no
cumprimento das metas da NDC, pois as
reduções de emissões ocasionadas pelo MDS não
serviriam para atingir as metas, mas decorreriam
Data: 13/06/2019
77
Grupo de Comunicação
de ações adicionais às metas da NDC, mais
ambiciosas que estas.
Este posicionamento enfrentou oposição dos
demais países, em especial da União Europeia,
que entende que, se os créditos gerados neste
mecanismo forem transferidos para outro país
usar para cumprir suas metas, há risco grave de
ocorrer uma "dupla contagem". Por isso,
propõem que sejam feitos "ajustes
correspondentes" na contabilidade da NDC do
país de origem dos créditos, para garantir que
eles serão usados somente uma única vez, e
assim preservar a integridade do sistema.
A interpretação desse artigo gerou impasses no
final de 2018, durante a COP 24, na Polônia; e a
tomada de decisões a respeito dos mercados de
carbono do Acordo de Paris acabou sendo
postergada para este ano de 2019. Nesse
contexto, cabe que se faça hoje no Brasil uma
reflexão sobre as potenciais perdas e os ganhos
envolvidos em ficar dentro ou fora desses novos
mercados. Qual é o potencial desses mercados
para as empresas brasileiras e para o
crescimento da economia do Brasil? Quais são as
oportunidades para o governo brasileiro em
participar das negociações internacionais que vão
determinar o formato desses mercados? A
economia de baixo carbono é um processo em
curso e que apresenta muitas oportunidades. Se
na economia de mercado tradicional há "winners"
e há "losers", na economia de baixo carbono da
era do Acordo de Paris há oportunidades "win-
win" para todos os envolvidos, inclusive as
futuras gerações. Neste novo mercado, o Brasil,
com um vasto portfolio de ativos de baixo
carbono, poderia ser um player de destaque.
Caroline Prolo é advogada especialista em Direito
Ambiental do Stocche Forbes Advogados
https://www.valor.com.br/legislacao/6304323/o-
retorno-do-mercado-de-carbo
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Data: 13/06/2019
78
Grupo de Comunicação
STJ analisa inclusão da União em
arbitragem da Petrobras
Por Joice Bacelo | De Brasília
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou a
julgar ontem uma ação que discute se um
tribunal arbitral tem competência para incluir a
União em uma arbitragem em que acionistas da
Petrobras pedem ressarcimento por prejuízos
decorrentes da Operação Lava-Jato. Esse caso
envolve mais de cem investidores estrangeiros,
que buscam cerca de R$ 2 bilhões.
Por enquanto há somente o voto da relatora, a
ministra Nancy Andrighi. Para ela, cabe à
arbitragem e não ao Judiciário tratar do assunto.
O julgamento, que ocorre na 2ª Seção, foi
suspenso por um pedido de vista, logo após o
voto da relatora, do ministro Luis Felipe Salomão.
Já há decisão proferida na arbitragem, do mês de
abril, para que a União seja incluída como parte
da disputa. O caso tramita na Câmara de
Arbitragem do Mercado da BMF&Bovespa.
Esse assunto chegou ao STJ porque a União,
quando citada, recorreu ao Judiciário e obteve
liminar na primeira e segunda instâncias da
Justiça Federal em São Paulo para ficar fora do
processo. Essas decisões, no entanto, já haviam
sido derrubadas pela relatora, a ministra Nancy
Andrighi, em maio do ano passado.
No julgamento de ontem (CC 151130) ela
reafirmou o entendimento de que "não há
qualquer óbice para que a administração pública
trate na arbitragem questões de direito
disponível". Ela citou precedente do Supremo
Tribunal Federal (STF) que permitiu a via
alternativa ao Judiciário inclusive para causas
contra a Fazenda Pública.
A ministra frisou, no entanto, que não se estava
julgando o mérito. "Não há como afirmar a
responsabilidade da União", disse. "Estamos
tratando apenas do meio para a resolução desse
litígio", acrescentou, afirmando que não deveria
haver preconceito em relação à arbitragem.
Nancy Andrighi tomou como base, para a sua
decisão, o estatuto da Petrobras. Consta no texto
que os conflitos envolvendo os acionistas e a
companhia - no caso de ações preferenciais e
ordinárias adquiridas no Brasil - serão resolvidas
por meio de arbitragem e não na Justiça.
Quando ingressaram com o procedimento
arbitral, em 2016, os investidores pediram que a
União fosse incluída por entender que os
diretores que desviaram dinheiro da companhia
foram nomeados pelo governo. Os investidores
são representados pelos escritórios Escobar
Advogados e Finkelsteins Advogados.
A Advocacia-Geral da União (AGU) alega, no
entanto, que na época do estatuto, em 2002, a
União sequer podia participar de procedimentos
arbitrais. Isso só ocorreu no ano de 2015, data
em que essa permissão passou a constar em lei,
afirmou o procurador Vinícius Domingos Rocha,
em sustentação oral.
"Não é comum a União discutir decisões
arbitrais", disse. "Ela cumpre as decisões de
arbitragens as quais se propõe a participar",
acrescentou, afirmando que não seria esse o
caso dos autos.
O procurador enfatizou ainda que o estatuto da
Petrobras é claro no sentido de que apenas a
companhia e os seus acionistas estão sujeitos à
arbitragem. E chamou a atenção que o impacto
de todas as discussões envolvendo os prejuízos
que possam ter sido causados aos acionistas da
companhia, nas diferentes disputas em
tramitação na arbitragem, pode chegar a R$ 55
bilhões. "Esse custo será gerado para a União e
haverá impacto aos cofres públicos", afirmou.
https://www.valor.com.br/legislacao/6304319/stj
-analisa-inclusao-da-uniao-em-arbitragem-da-
petrobras
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Data: 13/06/2019
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Grupo de Comunicação
BBCE quer ampliar tipos de derivativos de
energia
Por Maria Luíza Filgueiras | De São Paulo
A plataforma de negociação de energia Balcão
Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE)
começou a formatar novos derivativos
relacionados ao setor, à espera da licença da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para
operar como balcão organizado. A licença foi
solicitada em fevereiro, com prazo de 90 dias; a
CVM pediu esclarecimentos adicionais, renovando
esse período de análise, e a previsão da empresa
é ter uma resposta neste mês. Enquanto isso, o
BBCE vai se adaptando para tomar "ares" de
mercado financeiro.
Carlos Ratto, ex-diretor de produtos da Cetip,
assumiu a presidência da empresa há cerca de
um mês. "Não tenho experiência no mercado de
energia e sim no mercado financeiro, que é o
caminho que a empresa precisa agora", afirma o
executivo. "Queremos mudar a ideia de que
somos um clube de operadores de energia, e sim
uma empresa de produtos e soluções
financeiras."
O BBCE tem como acionistas 32
comercializadoras de energia e funciona como
uma plataforma de negociação eletrônica de
contratos de energia - hoje totalmente
concentrado no mercado físico de energia
elétrica. Como balcão organizado, a empresa
passará a negociar outros tipos de contratos. "Há
outros produtos do setor que têm demanda de
investidores e alguns deles já são negociados em
balcões internacionais, como frete, bagaço, cbio
[crédito de descarbonização por biocombustíveis]
e etanol", diz Daniel Rossi, presidente do
conselho de administração do BBCE. Derivativos
de frete, por exemplo, são negociados no
mercado americano e no mercado chinês.
No primeiro momento serão operações bilaterais,
com o risco de crédito entre as partes,
registradas no balcão. Os executivos acreditam
que, com a plataforma, já terão volume para
migração ao novo formato. De janeiro a maio,
foram negociados na plataforma cerca de 81 mil
gigawatt/hora, com movimentação de cerca de
R$ 20 bilhões. "O BBCE criou uma demanda de
negociação e vamos passar por isso também com
os derivativos, um fase de aprendizado de
mercado", afirma Rossi.
A CVM não concede uma licença desse tipo há 19
anos, quando registrou a Cetip - depois fez
adaptações de registros com base na instrução
461. O primeiro passo é a licença de balcão, mas
a proposta do BBCE é se preparar para ser de
fato uma bolsa (o que exigiria outra autorização,
incluindo o Banco Central na discussão).
Um número mais amplo de investidores tem
interesse em contratos com liquidação financeira,
enquanto o público que negocia contratos com
liquidação física é mais restrito. Mesas de
operações de bancos, por exemplo, são
considerados um filão de clientes para os
contratos de liquidação financeira.
"O volume de negociação de contratos físicos de
energia no mercado brasileiro hoje é oito vezes o
volume de uso. O normal, em outros mercado, é
que se negocie 1,5 vez nesse tipo de contrato e o
restante em derivativo, para quem quer fazer
hedge ou transação financeira", diz Rossi. "Nesse
cenário brasileiro, o que acontece é que o mesmo
megawatt fica trocando de mão várias vezes."
Para ser bolsa no futuro, a companhia vai
precisar de uma clearing. "Estamos estudando
isso, que será uma etapa para o período pós-
decisão da CVM. Ainda temos que entender
exatamente se precisaríamos ter a nossa clearing
ou se podemos nos conectar a clearings já
existentes", explica Ratto. "É uma etapa
posterior. A necessidade de depósito de margem
seria uma barreira de entrada para um produto
que o mercado ainda não absorveu."
https://www.valor.com.br/financas/6304311/bbc
e-quer-ampliar-tipos-de-derivativos-de-energia
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