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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 28 de maio 2019

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 28 de maio 2019

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

Placa de proibição de pets é instalada no Horto Florestal .................................................................... 4

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 5

Com Aval da Cetesb, Catanduva Terá Novo Contorno Ferroviário ......................................................... 5

DAEE libera obras para ampliar Avenida Florindo Cibin ....................................................................... 6

Pesquisadores da UMC estudam repovoamento de peixes do Alto Tietê ................................................ 7

Super Debate - 2ª Bloco ................................................................................................................. 8

Debates sobre a cava subaquática da Vale esfriam, mas população pode estar em risco ......................... 9

Economia paulista recuou 0,9% entre fevereiro e março .................................................................. 11

Sabesp coleta esgoto de bairros da zona norte e joga no rio Tietê sem tratamento .............................. 12

Relatórios da Cetesb indicam que áreas contaminadas triplicaram em 13 anos .................................... 13

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 14

Agricultura estuda medida para que agricultor reforce cuidados na aplicação ...................................... 14

Estudo revela altas concentrações de antibióticos em rios do mundo todo .......................................... 15

Prefeito cria fundo para prevenir enchentes e conter deslizamentos ................................................... 16

Possível tragédia em Barão de Cocais afetaria novamente o Rio Doce ................................................ 17

Braskem faz acordo de leniência com CGU e AGU e vai pagar mais R$410 mi ..................................... 19

STF suspende venda de rede de gasodutos da Petrobras .................................................................. 20

Novo modelo de preço de energia no mercado à vista não é consenso ............................................... 21

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 23

Painel: Partidos dizem que governo age contra centrão e desconfiam de pacto ................................... 23

Doria é stalinista ao dizer que quem não concorda deve sair, diz tucano de esquerda .......................... 24

Braskem faz acordo de leniência e vai pagar mais R$ 410 mi ............................................................ 26

Mônica Bergamo: Mourão não inspira confiança, e impeachment está fora da agenda de Maia .............. 27

ESTADÃO ................................................................................................................................... 29

‘Criminal Compliance’ em tempos da Lava Jato ............................................................................... 29

É hora de governar ...................................................................................................................... 31

Moradores de Barão de Cocais já duvidam de queda da barragem ..................................................... 33

'Tudo está em aberto', diz governo sobre uso do Fundo Amazônia ..................................................... 35

Ibama avisa antecipadamente onde fará operações contra desmatamento na Amazônia ...................... 37

Papa Francisco recebe líder indígena Raoni no Vaticano .................................................................... 38

Como esvaziar barragens e fazer cimento ....................................................................................... 40

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 43

Supremo proíbe venda de estatal sem licitação ............................................................................... 43

STF veta venda da TAG pela Petrobras ........................................................................................... 44

Crise da Pemex e da PDVSA favorece estatal brasileira .................................................................... 46

Petrobras propõe novo estatuto para BR ........................................................................................ 49

Alemanha e Noruega precisam dar aval para mudanças no Fundo Amazônia, diz ministro .................... 51

RJ e SC dão apoio à MP do Saneamento ......................................................................................... 52

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Manifestações não compensam a falta de articulação política ............................................................ 53

Produção de trigo começa a ganhar fôlego no Cerrado ..................................................................... 55

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Data: 28/05/2019

Veículo: Jornal SP Norte

Placa de proibição de pets é instalada no

Horto Florestal

Lucas Abreu Antonio

Foi instalado nesta segunda-feira, dia 20 de

maio, uma placa de proibição de entrada de

animais domésticos no Parque Estadual

Alberto Lòfgren, conhecido como Horto

Florestal. O motivo da medida de restrição é por

conta dos ataques de cães aos animais

silvestres.

O Horto Florestal atrai visitantes da cidade

inteira. Além de ser um espaço de convivência,

também é uma unidade de conservação, sujeito

por uma série de restrições impostas pela Lei

Federal 9.985/2000, entre elas a entrada de

animais domésticos no parque. Por conta disso, a

entrada de pets nunca foi permitida, o que

acontecia é que a gestão da unidade era

permissiva como esse comportamento.

Nas redes sociais os usuários comentam sobre a

restrição dos animais domésticos “Já vi cachorro

pulando dentro do lago para pegar os gansos.

Em menos de um mês já enterrei uns 5 gansos".

Outro comentário reforça essa situação “Eu,

infelizmente, muitas vezes tive que pegar

animais mortos por cachorros !!! Inclusive uma

vez, que nunca tinha visto um tatu no Parque. e

quando vi estava sendo morto por cachorros”.

Em nota, a Secretaria de Infraestrutura e

Meio Ambiente (Cetesb) afirma que, além dos

riscos dos ataques aos animais silvestres, o

Horto Florestal possui transmissores nocivos à

saúde dos animais domésticos.

http://cloud.boxnet.com.br/y56umolt

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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: O Regional

Data: 28/05/2019

Com Aval da Cetesb, Catanduva Terá

Novo Contorno Ferroviário

- O REGIONAL

Com aval da Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb), Catanduva

terá novo contorno ferroviário. A Cetesb

emitiu a Licença Prévia Ambiental para a obra.

Foi aprovada a localização e a concepção do

novo traçado viário, seguindo a viabilidade

ambiental.

O projeto prevê a retirada do trecho

ferroviário que passa pelo perímetro urbano

de Catanduva, com a implantação de nova

linha com aproximadamente 17,8 quilômetros.

A obra é estimada em R$ 162 milhões e para

viabilizar os recursos, Macchione se reuniu

com três ministros dos Transportes, desde

2005, além de estar no Departamento

Nacional de Infraestrutura de Transportes

(Dnit) para solicitar a retirada dos trilhos do

centro da cidade.

A partir da etapa de licença prévia, será

necessário levantar recursos junto ao atual

Ministério da Infraestrutura, ou que a obra

seja incluída como investimento para a

renovação da concessão ferroviária.

Recentemente, a equipe de O Regional até

questionou a Agência Nacional de Transportes

Terrestres (ANTT), mas não obteve resposta.

A movimentação para a retirada dos trilhos

começou há 14 anos. Isso porque, no primeiro

ano da administração do prefeito Afonso

Macchione Neto, em 2005, foi feito o

encaminhamento de sete ofícios ao Dnit. Ainda

em 6 de janeiro daquele ano, foram solicitados

recursos para intervenções pontuais, com o

objetivo de solucionar os conflitos causados

pela passagem da linha férrea pelo perímetro

urbano.

“Tais solicitações motivaram a visita técnica

realizada pelo órgão federal em 9 de abril de

2006 que, em 2007, resultou no Relatório de

Inspeção Técnica. Em ofício assinado no

mesmo ano, o diretor de Infraestrutura

Ferroviária apontava como solução para os

conflitos a construção de um novo contorno, o

que demandaria estudo de viabilidade”,

informou a prefeitura à reportagem de O

Regional.

A prefeitura elaborou o estudo, obteve a

aprovação em 2010 e na sequência dois anos

mais tarde, o Governo Federal contratou o

projeto técnico para traçar o novo contorno.

“Em 2017 e 2018, Macchione foi ao Dnit e na

Agência Nacional de Transportes Terrestres

(ANTT) várias vezes para acompanhar o

andamento do projeto e apresentar registros

dos últimos acidentes ferroviários,

demonstrando de forma insistente a

importância da retirada dos trilhos da área

central da cidade. Tal obra garantiria a

segurança viária da população e a fluidez do

trânsito”, finalizou.

Cíntia Souza

Da Reportagem Local

https://oregional.com.br/cidades/com-aval-

da-cetesb-catanduva-tera-novo-contorno-

ferroviario/

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Veiculo: O Liberal - Americana

Data: 27/05/2019

DAEE libera obras para ampliar Avenida

Florindo Cibin

O DAEE (Departamento de Águas e

Energia Elétrica) concedeu outorga à

Prefeitura de Americana para a transposição

do córrego da gruta, visando o prolongamento

da Avenida Florindo Cibin. A decisão foi

publicada no Diário Oficial, edição de 17 de

abril. O pedido foi protocolado pela prefeitura

junto ao órgão em 4 de abril, quase três

meses após o início da obra.

Segundo despacho do DAEE, o município está

autorizado a interferir em recursos hídricos

superficiais e a executar duas travessias

aéreas com aduelas de concreto. A instalação

das aduelas ainda não teve início. Uma

travessia será para o córrego e a outra para

permitir a passagem de animais de um lado a

outra da avenida.

Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal_30.04.2019

O pedido foi protocolado pela prefeitura junto

ao órgão em 4 de abril, quase três meses após

o início da obra

A obra vem sendo executada numa parceria

público-privada. A rua está sendo prolongada

cortando a área da Gruta Dainese, ligando os

bairros Morada do Sol e o Parque da

Liberdade. O trecho prolongado possui perto

de 600 metros e passa por uma área verde

formada por mata e nascentes.

O argumento da prefeitura é de que a obra é

necessária para melhorar o sistema viário e a

mobilidade urbana no município, encurtando a

distância até o Parque da Liberdade e

aliviando o tráfego na Avenida da Amizade. Os

trabalhos na gruta foram iniciados em janeiro,

com o desmatamento do trecho que receberá

a avenida.

Inquérito

O promotor do Meio Ambiente, Ivan Carneiro

Castanheiro, informou ontem manterá o

inquérito que investiga a obra, mesmo após a

liberação da outorga pelo DAEE. O processo

foi instaurado no final de abril, após

reportagem do LIBERAL mostrar que até então

a obra não tinha a outorga do DAEE. “Irei

aguardar a vinda de todas as informações

para verificar se a questão está ou não bem

equacionada”, disse.

Ele explicou que aguarda a chegada de

documentos que solicitou à prefeitura, DAE

(Departamento de Água e Esgoto) e Cetesb

para então decidir o futuro do inquérito. A

Gruta Dainese é a maior área verde do

município. Além do córrego, possui nascentes

e fragmentos de biomas em extinção.

O local abriga espécies de insetos, aracnídeos,

pequenos mamíferos e aves. O parque

também possui formação de fendas, uma

gruta e quedas d’água envoltas por paredões

com estratificação de arenito e diversas

nascentes.

https://liberal.com.br/cidades/americana/daee

-libera-obras-para-ampliar-avenida-florindo-

cibin-1016375/

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Veiculo: O Diario de Mogi

Data: 27/05/219

Pesquisadores da UMC estudam

repovoamento de peixes do Alto Tietê

Há dois anos, um mapeamento por imagens

da Bacia Hidrografia do Alto Tietê Cabeceiras

mostra a existência de remanescentes ainda

consideráveis da mata ciliar em Mogi das

Cruzes. O estudo está sendo feito pela

estudante de Biologia Fabiana Luques, com

orientação do professor Ricardo Sartorello, do

Laboratório de Mapeamento e Análise da

Paisagem (LabMAP) da Universidade de Mogi

das Cruzes.

A pesquisa está em andamento, mas já

conseguiu identificar a existência de

fragmentos da mata ciliar do Tietê na região

urbana em Mogi das Cruzes – uma situação

oposta do que se vê na trajetória do rio,

sobretudo a partir de Itaquaquecetuba.

O estudo Repovoamento de peixes do Alto

Tietê (Cabeceiras): análise e identificação de

áreas estratégicas para a reintrodução de

espécies de ictiofauna com base em

parâmetros hidrológicos e da paisagem amplia

as expectativas sobre o aumento da

reintrodução de espécies na região urbana – já

que o processo acontece há alguns anos nas

represas do Sistema Alto Tietê, numa

contrapartida ambiental pelo alagamento da

bacia do principal manancial da Região.

“Com o alagamento das barragens, a vida dos

peixes foi diretamente impactada porque eles

perderam o espaço que possuíam para se

movimentar. E uma pergunta que se faz é:

onde é possível repovoar?”, explica Sartorello.

Pesquisas como a de Fabiana apontam

algumas respostas. “Ao analisar algumas

variáveis ambientais, como a qualidade da

mata ciliar encontrada em determinados

trechos, nós podemos encontrar meios de

fazer o repovoamento, lembrando que os rios

e córregos menores também perderam

espécies”, acrescentou o professor.

Apesar do cenário, Sartorello aponta como um

fator positivo, em Mogi, a existência de alguns

remanescentes de mata ciliar, entre César de

Souza e a divisa com Suzano. O mesmo já não

ocorre a partir da cidade vizinha.

A mata ciliar abriga condições necessárias

para a sobrevivência dos peixes e de outras

espécies. As árvores servem de alimentos,

com a dispersão de sementes e frutas. E os

peixes, por sua vez, ajudam em processos

como a filtragem da água.

Em Mogi das Cruzes, avalia ele, não houve

uma retificação no percurso do rio – um fator

positivo para a conservação e proteção desse

recurso hídrico. A grande questão, no entanto,

é avançar nas políticas de despoluição e

assegurar o cumprimento de legislações

ambientais, na ocupação futura dos trechos

ainda desabitados. “Nós conseguimos incluir

no Plano Diretor a criação do Corredor

Ecológico, uma maneira de planejar o futuro

sem degradar ainda mais o rio”, completa ele,

acrescentando, no entanto, que a participação

popular será decisiva para o cumprimento de

normas como as descritas na APA (Área de

Proteção Ambiental) do rio Tietê.

Um caminho defendido pelo pesquisador é

vitaminar a educação ambiental. “As pessoas

precisam entender que o rio é um patrimônio

de todos. Ele é fonte de recursos valiosos

como a água para o consumo humano. E se

todos voltam as costas para ele e jogam ainda

mais lixo dentro dele, ele continuará sendo

ignorado”, afirma.

Um exemplo conhecido e muito citado está em

Guararema. “Lá, nas visitas às ilhas, as

pessoas têm orgulho do Paraíba do Sul limpo.

A relação entre o morador e o visitante com o

rio limpo, bem cuidado, é diferente”, compara

Sartorello.

http://cloud.boxnet.com.br/yycwkrrz

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Veiculo: Super Rádio 1150 AM SP

Data: 27/05/2019

Super Debate - 2ª Bloco

Com vereador André Santos

Data Veiculação: 27/05/2019 às 18h29

Duração: 00:25:38

Transcrição

Questão da coleta de lixo, campanha,

participação do secretário Marcos Penido

http://cloud.boxnet.com.br/yxb46cw8

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Grupo de Comunicação

Veiculo: PortoGente

Data: 28/05/2019

Debates sobre a cava subaquática da Vale

esfriam, mas população pode estar em

risco

Reportagens, encontros entre parlamentares e

audiências públicas sobre as ameaças

ambientais representadas pela cava

subaquática localizada no estuário entre os

municípios de Santos e Cubatão, no litoral de

São Paulo, se disseminaram nas primeiras

semanas de 2019. Motivos para essa

repercussão não faltavam. A cava é um

depósito de resíduos tóxicos oriundos do Polo

Industrial de Cubatão, com aproximadamente

25 metros de profundidade e 400 metros de

largura. No entanto, a navegabilidade do local

foi aprofundada a partir de um processo de

dragagem que beneficiou o terminal da VLI,

pertencente à Vale, a mesma empresa que

administrava a barragem em Brumadinho

(MG), cujo rompimento causou centenas de

mortes e vasta destruição em janeiro deste

ano no território de Minas Gerais.

Desde o mês de março, entretanto, os debates

sobre os perigos à saúde e à segurança da

população da Baixada Santista ficaram

adormecidos. Para contribuir com as

discussões acerca do tema, Portogente

entrevistou o membro do Movimento Contra a

Cava Subaquática e especialista em Gestão

Pública, Leandro Silva de Araújo. Ele criticou a

disposição de sedimentos altamente tóxicos e

cancerígenos na cava, lembrando que a Vale

reproduz em todo território nacional uma série

de ataques ao meio ambiente, incorrendo

"sistematicamente em crimes ambientais,

como foi o caso de Brumadinho".

Em editorial publicado em fevereiro deste ano,

Portogente ressaltou que todo o material

tóxico "deveria ter sido tratado, em vez de

enterrado como está". Com a cava, há risco de

contaminação por metais pesados e

hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, que

são cancerígenos, além de dificultar

monitoramentos ambientais, ameaçar a pesca

artesanal nas redondezas e abrir precedentes

para que novas cavas, um método de descarte

praticamente medieval, sejam instaladas em

todo o Brasil.

A Cetesb e a direção do Terminal Integrador

Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam),

instalação da operadora logística VLI, por

várias vezes defenderam que a Cava não

oferece riscos à população. No entanto, Araújo

disse que o Movimento defende a retirada do

material contaminado da cava, já que o

EIA/RIMA da obra apresentava soluções com

menor potencial de prejudicar à sociedade. O

Relatório de Qualidade das Águas

Costeiras do Estado de São Paulo publicado

pela Cetesb em 2017 observa que naquele

ano (ver página 107) foram executadas

operações de dragagem de recuperação do

canal de navegação e foram notadas

"alterações importantes na qualidade dos

sedimentos em relação a metais e HPAs na

região e em relação a nutrientes tanto em

água quanto em sedimento através de

monitoramentos próprios e oriundos de

licenciamento". Esse trecho do documento,

portanto, permite concluir que a atividade de

dragagem realizada pela VLI ocasionou

impactos sensíveis ao ecossistema local.

Na avaliação de Araújo, o órgão ambiental

falhou ao conceder a licença para dragagem

até 12 metros, já que a licença prévia foi

emitida com a promessa de que o Canal de

Piaçaguera estaria limpo quando a dragagem

atingisse essa profundidade. "Os

contaminantes ficaram expostos no ambiente

estuarino com o agravante de que a sociedade

não foi alertada para os riscos desta situação,

considerando que os compostos químicos

acumulados no Canal são cancerígenos e

mutagênicos".

Em entrevista ao jornal A Tribuna de Santos

no mês de abril, o presidente da Comissão de

Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

na Assembleia Legislativa do Estado de São

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Grupo de Comunicação

Paulo (Alesp), Caio França, afirmou que o

assunto será tratado com transparência entre

os parlamentares com o objetivo de equilibrar

desenvolvimento econômico com

sustentabilidade. O pedido para a criação de

uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)

sobre a cava já foi protocolada na Assembleia.

"Para nós do Movimento, a morte, a

destruição e as agressões ambientais

representadas pela cava representam um

modelo de desenvolvimento que não é mais

aceito pela nossa sociedade. Os lucros são

privados e os prejuízos são socializados",

finalizou Araújo.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24205684&e=577

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Veiculo: DCI online

Data: 28/05/2019

Economia paulista recuou 0,9% entre

fevereiro e março

Embora o PIB tenha avançado 1,1% no

acumulado de 12 meses, o cenário ainda é de

um crescimento lento puxado, principalmente,

pelo setor de comércio

O Produto Interno Bruto (PIB) de São Paulo

recuou 0,9% entre fevereiro e março de 2019,

na comparação livre dos efeitos sazonais,

reflexo dos desempenhos na indústria (-

0,1%), nos serviços (-0,5%) e no setor

agropecuário (0,5%).

No acumulado de 12 meses, porém, o PIB

paulista avançou 1,1%, com crescimento nos

serviços (1,9%) e variações negativas da

agropecuária (-2,3%) e indústria (-0,2%). As

informações foram divulgadas pela Fundação

Seade na segunda-feira (27).

Segundo a pesquisadora do Seade, Regina

Marinho, considerando toda a situação

econômica de São Paulo nos últimos meses, o

cenário é de desaceleração. 'Levando em

consideração o período anual, temos

observado números positivos, mas com

setores demorando para crescer', afirma.

Regina considera que esse crescimento mais

lento vai se estender para os próximos meses

de 2019. Isso porque, segundo a

pesquisadora, o setor industrial - que

costumava puxar os bons resultados no

Estado - está desacelerando, o que contribui

para os resultados mais baixos.

A pesquisadora explica que o que está

sustentando esse crescimento, mesmo que em

um ritmo mais lento, é o setor de comércio.

'Mesmo desacelerado, o comércio tem os

melhores números no PIB. Serviços também

não está tão ruim', diz.

Para o setor industrial, em contrapartida, a

pesquisadora não projeta um cenário tão

positivo nos próximos meses. 'O segmento até

já apresentou taxas negativas nesse

trimestre', afirma.

Em comparação com igual mês do ano

anterior, a atividade econômica paulista

recuou 1,4%. O resultado negativo foi puxado

pelos setores agropecuário (-0,8%), industrial

(-5,9%) e de serviços (0,2%). 'A projeção

daqui para a frente é de um crescimento mais

modesto, sem tanta consistência', diz.

Primeiro trimestre

Entre janeiro e fevereiro de 2019, o PIB

paulista havia crescido 1%, na comparação

livre dos efeitos sazonais, segundo o Seade.

No período, os segmentos industriais, de

serviços e agropecuário apresentaram

melhores resultados em relação ao período

entre fevereiro e março.

A projeção da Fundação Seade, divulgada em

fevereiro, considerava uma expansão de cerca

de 1,3% no PIB paulista em 2019. O cenário

seria puxado, principalmente, pela expectativa

de melhora no desempenho de serviços. Os

bons resultados esperados para este ano

seguem o otimismo com a situação econômica

em nível nacional.

Emprego

No último sábado (25), em um encontro do

Conselho de Integração Sul e Sudeste

(Cosud), consórcio entre sete Estados, o

governo reforçou que pretende investir em

medidas de fomento à geração de emprego e

em iniciativas que melhorem a situação

econômica de São Paulo.

Para reavivar os ânimos da economia paulista,

o governador João Doria defendeu mais uma

vez a desestatização de empresas públicas e a

busca por parcerias público-privadas (PPP).

Principalmente em relação à Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São Paulo

(Sabesp).

Já com o segmento industrial, o Estado

também está trabalhando para manter a

atratividade. Na última semana, a Scania

anunciou um investimento de R$ 1,4 bilhão

entre 2021 e 2024 na fábrica de São

Bernardo.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24211128&e=577

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Grupo de Comunicação

Veiculo: Jornal SP Norte

Data: 28/05/2019

Sabesp coleta esgoto de bairros da zona

norte e joga no rio Tietê sem tratamento

Lucas Abreu Antonio

A partir do Mapa do Saneamento em SP de

2017, obtido pelo grupo “Água, Sua Linda”,

mostra que os esgotos coletados nos bairros

de Tremembé, Tucuruvi, Brasilândia e Jaçanã

não são tratados e jogados direto no Rio Tietê.

Apesar desta situação, a Sabesp cobra em

conta a taxa de esgoto equivalente ao valor da

água. Em nota, a empresa explica que a

cobrança da tarifa de esgoto é “realizada pelo

conjunto de serviços prestados, como coleta,

afastamento, investimento na ampliação e

manutenção das redes, administração e

gerenciamento do sistema de esgotamento

sanitário”.

O grupo “Água, Sua Linda”, criado durante a

escassez hídrica em São Paulo, questiona a

cobrança da taxa de esgoto na conta “

Pagamos por um serviço que não é feito,

todos os meses”. Segundo eles “ Mesmo

assim, sem que a prestação do serviço pago

seja feita, a tarifa de esgoto tem sido

considerada obrigatória na conta. Há quem

questione sua legalidade e

constitucionalidade".

O que diz a Sabesp

Em nota, a Sabesp confirma que a cobertura

na coleta de esgoto é de 89,3% e de 75% no

tratamento do esgoto coletado no município

de São Paulo. No mesmo texto a empresa

coloca que os bairros da Brasilândia e Tucuruvi

contam com o serviço realizado pela Estação

de Tratamento de Esgoto (ETE) Barueri.

A empresa ressalta que outras obras estão em

fase final de implantação pelo Projeto Tietê,

com previsão de conclusão ainda neste

semestre. Tais obras vão ampliar o tratamento

de esgoto na região. Outras regiões Essa

situação não é exclusiva da zona norte, os

bairros de Perus, Anhanguera, Jaguará,

Pirituba, Jabaquara, Vila Formosa,

Sapopemba, São Mateus, Itaquera, Cidade

Tiradentes, Cursino, Sacomã, Capão Redondo

e Cidade Ademar também não recebem

tratamento de esgoto.

O Mapa aponta que as cidades da Grande São

Paulo como Osasco, Barueri, Jandira, Cotia,

Taboão da Serra, Santana do Parnaíba,

Carapicuiba, Francisco Morato, Franco da

Rocha, Caieiras, Itaquaquecetuba e Diadema

são os municípios que não possui 100% do

tratamento de esgoto.

http://cloud.boxnet.com.br/y4lbjds9

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Grupo de Comunicação

Veiculo: O Liberal - Americana

Data: 28/05/2019

Relatórios da Cetesb indicam que áreas

contaminadas triplicaram em 13 anos

Documentos mostram que existem 22 locais

afetados em Americana atualmente; em 2006

eram apenas seis identificados

Marina Zanaki

O número de áreas contaminadas triplicou em

Americana nos últimos 13 anos. Relatórios da

Cetesb (Companhia Ambiental do Estado

de Sâo Paulo) mostram que os locais com

contaminação ambiental passaram de seis

para 22 entre 2006 e 2018. O documento

mais recente indica ainda que há 11 áreas que

já foram recuperadas.

Os contaminantes identificados variam,

passando por metais, solventes, combustíveis

automotivos, Hidrocarbonetos Aromáticos

Policíclicos (uma família de compostos com

potencial poluente), entre outros. Além disso,

investigam se a contaminação está no solo

superficial, subsolo, águas superficiais,

subterrâneas, sedimentos e ar.

A Cetesb só inclui no relatório os locais com

contaminação comprovada. A partir disso,

exige do responsável legal a recuperação da

área. Em caso de descumpri mento, está

sujeito a autuação.

O período de recuperação, contudo, varia de

acordo com o contaminante, a concentração e

a matriz ou seja, onde ocorreu a

contaminação. Para se ter uma noção, das

seis áreas que constam no relatório de 2006,

apenas metade está em processo de

monitoramento para encerramento,

considerada a penúltima fase antes da

reabilitação. As outras três seguem

contaminadas.

Houve apenas duas inclusões no relatório de

2018 em relação a 2017 uma área da Cal

Construtora no Santo Antonio e outra da

Evonik na Rua Florindo Cibin. Esta última

informou que não mede esforços para atender

os requisitos legais e exigências de

autoridades. Já a Cal Construtora não

comentou o assunto.

Professora do curso de Engenharia Ambiental

no Unisal (Centro Universitário Salesiano de

São Paulo) de Americana, Denise Santos da

Silva destacou a importância da prevenção,

que ocorre por meio do processo para alcançar

o licenciamento ambiental. Em relação ao

aumento de áreas, ela credita ao aumento na

fiscalização.

“Se pensar antigamente, não se tinha tanta

preocupação com meio ambiente. Se pensar,

por exemplo, em posto de combustível, está

tudo enterrado no solo, não está vendo nada.

Então esses tanques podiam com 0 tempo

sofrer vazamento e só ia conseguir identificar

depois de um certo tempo, podendo causar

riscos à saúde humana e ao meio ambiente”,

avaliou a especialista, que trabalha na área de

contaminação há mais de dez anos e já

participou de projetos de remediação de áreas

na cidade.

Setor. Das 22 áreas contaminadas em

Americana, 14 são postos de combustíveis. A

predominância desses empreendimentos

ocorre em todo o Estado de São Paulo e se

explica por conta da legislação ambiental, que

determina 0 licenciamento de postos desde os

anos 2000.

O Recap (Sindicato do Comércio Varejista de

Derivados de Petróleo) avalia de forma

positiva as fiscalizações ao setor. “Apesar de

aparecer como a maior fatia das

contaminações, é área que de fato faz a

remediação desses problemas, reforçando o

compromisso socioambiental da revenda. O

Sindicato também espera que essa fiscalização

se estenda para todos os setores, para que se

tenha o real cenário e se faça mais ações

visando a sustentabilidade”, finalizou.

http://cloud.boxnet.com.br/y5hgfkkc

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Data: 28/05/2019

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo1: Portal Terra

Veículo2: Dinheiro Rural

Data: 27/05/2019

Agricultura estuda medida para que

agricultor reforce cuidados na aplicação

São Paulo, 27 - A ministra da Agricultura,

Tereza Cristina, disse nesta segunda-feira, 27,

que o governo está preparando uma medida

legislativa para, em parceria com as entidades

do setor, redobrar os cuidados com os

agricultores que aplicam os defensivos no

Brasil. "Eles precisam de informação e de

equipamentos adequados de proteção; é

inaceitável que haja contaminação, não

podemos mais permitir isso", afirmou em

nota. "É aqui que verdadeiramente ocorre o

problema - e não na mesa do consumidor."

A ministra abriu nesta segunda em Brasília a

Semana Nacional dos Orgânicos.

Segundo ela, assim como ocorre com os

agroquímicos, os biodefensivos também

precisam ser aplicados com uma série de

cuidados para não haver riscos de

contaminação. O Brasil bateu recorde de

aprovação de biodefensivos nos últimos meses

e, segundo a ministra, a demanda por eles só

cresce.

Tereza Cristina disse que os defensivos que

vêm sendo liberados no Brasil são genéricos

que já estão no mercado e produtos que

aguardavam registro há anos. Segundo ela,

todos os produtos brasileiros são testados e

aprovados e "ficam muito abaixo do que é

permitido para eventuais resíduos de

insumos". "Nem nós, nem o Ibama, nem a

Anvisa, envenenamos o prato de ninguém",

afirmou. "Aliás, eu quero informar que não

assino nenhuma dessas aprovações; elas

passam por um longo processo e são

verificadas por várias equipes técnicas."

http://cloud.boxnet.com.br/yyld3ah8

https://www.dinheirorural.com.br/agricultura-

estuda-medida-para-que-agricultor-reforce-

cuidados-na-aplicacao/

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Data: 28/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 27/05/2019

Estudo revela altas concentrações de

antibióticos em rios do mundo todo

Níveis de antibióticos detectados nas água

ultrapassam as quantidades consideradas

aceitáveis, adverte estudo apresentado nesta

segunda-feira (27).

Moradores retiram lixo do rio Sabarmati, na cidade indiana de Ahmedabad — Foto: Sam Panthaky/AFP

Uma equipe de pesquisadores da universidade

de York, Inglaterra, analisou amostras

tomadas em 711 locais de 72 países em cinco

continentes, e detectou ao menos um dos 14

antibióticos rastreados em 65% de casos,

informou a instituição acadêmica em um

comunicado.

Os cientistas, que apresentaram os resultados

de sua pesquisa nesta segunda-feira durante

uma conferência em Helsinki, compararam

estas amostras com os níveis considerados

aceitáveis, estabelecidos pela associação da

indústria farmacêutica AMR Industry Alliance,

que variam segundo a substância.

Por exemplo, o metronidazol, utilizado para

tratar infecções na pela e na boca, é o

antibiótico que mais ultrapassa este nível

aceitável, com concentrações de até 300

vezes este limite em um local em Bangladesh.

Este nível também é superado no Tâmisa, que

atravessa Londres.

A ciprofloxacina é a substância que ultrapassa

com mais frequência o limite de segurança

(detectada em 51 locais), enquanto a

trimetoprima, utilizada para o tratamento de

infecções urinárias, é a mais detectada.

"Até agora, o trabalho sobre os antibióticos

(nos rios) foi realizado em sua maior parte na

Europa, América do Norte e China. Com muita

frequência sobre apenas um punhado de

substâncias", apontou o doutor John

Wilkinson.

Segundo este novo estudo, os níveis

aceitáveis são ultrapassados com maior

frequência na Ásia e África, mas os outros

continentes tampouco estão salvos da

contaminação, o que revela um "problema

global", ressalta o comunicado, que detalha

que os locais mais problemáticos ficam em

Bangladesh, Quênia, Gana, Paquistão e

Nigéria.

Descobertos na década de 1920, os

antibióticos salvaram dezenas de milhões de

vidas ao combater de forma eficaz doenças

bacteriológicas, como pneumonia, tuberculose

e meningite.

Mas ao longo das décadas as bactérias se

modificaram e se tornaram resistentes a estes

remédios, a tal ponto que a Organização

Mundial da Saúde (OMS) advertiu que o

mundo não contará no futuro com antibióticos

eficazes.

As bactérias podem se tornar resistentes

quando os pacientes consomem antibióticos

que não precisam, ou quando não completam

o tratamento indicado, o que permite a estas

sobreviver e desenvolver uma imunidade às

substâncias.

Mas os pesquisadores de York também

destacam um vínculo com sua presença no

Meio Ambiente.

"Os novos cientistas e dirigentes (políticos)

começam a reconhecer o papel do Meio

Ambiente no problema da resistência aos

antibióticos. Nossos dados demonstram que a

poluição dos rios poderia fazer uma

contribuição importante", indicou outro dos

autores do estudo, Alistair Boxall,

mencionando resultados "preocupantes".

"Resolver este problema é um desafio

monumental e necessitará um investimento

em infraestruturas de gestão dos resíduos e

das águas residuais, assim como regras mais

rigorosas e uma limpeza dos locais já

contaminados", acrescentou.

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0

5/27/estudo-revela-altas-concentracoes-de-

antibioticos-em-rios-do-mundo-todo.ghtml

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Data: 28/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Web Diário

Data: 27/05/2019

Prefeito cria fundo para prevenir

enchentes e conter deslizamentos

Prefeito Elvis Cesar de Santana de Parnaíba, divulgou a

criação do Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura (Foto: Divulgação)

O prefeito Elvis Cesar divulgou na imprensa

oficial de Santana de Parnaíba, a criação do

Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e

Infraestrutura – FMSAI, destinado a apoiar e

suportar ações de saneamento básico no

município.De acordo com o texto da Lei, os

recursos do fundo deverão ser aplicados no

custeio de obras e serviços relativos a

intervenções em áreas ocupadas

predominantemente por população de baixa

renda, visando à regularização urbanística e

fundiária de assentamentos, além degarantir

limpeza, despoluição e canalização de

córregos.

Segundo Elvis Cézar, a entidade poderá ainda

financiar a abertura ou melhoria das vias

principais e secundárias da cidade, bem como,

vielas, escadarias e congêneres, e também

drenagem, contenção de encostas e

eliminação de riscos de deslizamentos. “Todo

esse processo será possível porque também

estamos sancionando a lei que nos autoriza

celebrar contratos e convênios com a Arsesp e

a Sabesp, empresas responsáveis e pela

regulação e o saneamento no Estado de São

Paulo, respectivamente. Em breve estaremos

celebrando esses contratos”, argumentou o

prefeito.

Os repasses de recursos para a provisão do

fundo terão origem nas dotações

orçamentárias municipais a ele

especificamente destinadas, por meio de

créditos adicionais, e também por rendimentos

obtidos com a aplicação de seu próprio

patrimônio. O FMSAI terá contabilidade

própria e deverá manter registro de todos os

atos administrativos a ele pertinentes,

promovendo total transparência e liberando ao

pleno conhecimento e acompanhamento da

sociedade em meios eletrônicos de acesso

público, informações pormenorizadas sobre a

execução orçamentária e financeira do Fundo,

bem como das ações financiadas pelo órgão.

http://webdiario.com.br/noticia/25059/prefeit

o-cria-fundo-para-prevenir-enchentes-e

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Data: 28/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Época Negócios

+ 52 veículos

Data: 27/05/2019

Possível tragédia em Barão de Cocais

afetaria novamente o Rio Doce

Secretaria Estadual de Meio Ambiente de

Minas Alerta para riscos

De acordo com Secretaria Estadual de Meio

Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de

Minas Gerais (Semad), um eventual

rompimento da barragem Sul Superior da

Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais

(MG), pode acarretar em nova contaminação

na bacia do Rio Doce. A pasta avalia que a

nova onda de lama suprimiria cerca de 383

hectares de mata atlântica e poderia causar

até impactos energéticos, pois atingiria a

Usina Hidrelétrica de Peti, em São Gonçalo do

Rio Abaixo (MG).

Quatro córregos seriam impactados pelos

rejeitos, que posteriormente alcançariam o Rio

Santa Bárbara, afluente do Rio Piracicaba, que

por sua vez é afluente do Rio Doce. A água

desses mananciais se tornaria imprópria para

consumo humano. "Pode ocorrer ainda

redução do oxigênio dissolvido, com

consequente mortandade de peixes e outras

espécies aquáticas. Os cursos d'água podem

ter redução da vazão decorrente do

assoreamento da calha principal e deposição

do rejeito", acrescenta a Semad em

comunicado sobre os possíveis impactos.

A bacia do Rio Doce foi afetada em novembro

de 2015 na tragédia de Mariana (MG), quando

foram liberados no ambiente 39 milhões de

metros cúbicos de rejeito após a ruptura de

uma barragem da mineradora Samarco,

controlada pela Vale e pela BHP Billiton. A

lama escoou até o litoral causando impactos

em dezenas de municípios de Minas Gerais e

do Espírito Santo.

O risco de uma nova tragédia está relacionado

à iminente ruptura do talude de uma cava da

Mina de Gongo Soco. Talude é um plano de

terreno inclinado que limita um aterro e tem

como função garantir a estabilidade da área. A

Vale admite a possibilidade de que as

vibrações provocadas pelo rompimento do

talude funcionem como um gatilho para a

ruptura da barragem Sul Superior. A distância

entre as duas estruturas é de 1,5 quilômetro.

O rompimento do talude é dado como certo

tanto pela mineradora como pela Agência

Nacional de Mineração (ANM). Estimativas da

Vale divulgadas na semana passada indicavam

que ele ocorreria até o último sábado (25), o

que não se confirmou. Na véspera do fim

desse prazo, a Defesa Civil de Minas Gerais

afirmou que não havia como prever o

momento exato da ruptura. 'O talude pode

ceder amanhã? Pode. Como também pode não

se romper. Ele pode ceder depois de amanhã,

daqui a uma semana', disse, na ocasião, o

coordenador adjunto da Defesa Civil de Minas

Gerais, tenente-coronel Flávio Godinho.

As operações em todas as estruturas da Mina

de Gongo Soco estão interditadas seguindo

determinação da ANM. No caso da Barragem

Sul Superior, a paralisação está em vigor

desde 8 fevereiro, quando seu nível de

segurança foi elevado para 2, obrigando a

Vale a evacuar a zona de autossalvamento,

isto é, aquela área que seria alagada em

menos de 30 minutos ou que está situadas a

uma distância de menos de 10 quilômetros da

estrutura.

Mais de 400 moradores foram abrigados em

quartos de pousadas e hotéis custeados pela

mineradora. Em 22 de março, a Barragem Sul

Superior se tornou a primeira a atingir o nível

3, que é considerado o alerta máximo e

significa risco iminente de rompimento. Desde

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Data: 28/05/2019

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Grupo de Comunicação

que a tragédia de Brumadinho, em 25 de

janeiro deste ano, levou mais de 200 pessoas

à morte, mais de 30 barragens da Vale em

todo o estado de Minas Gerais foram

interditadas e quatro delas já alcançaram o

alerta máximo.

Reivindicações

A prefeitura de Governador Valadares (MG),

um dos maiores municípios atingidos pela

tragédia de 2015, já se movimenta diante dos

riscos de uma nova tragédia. Na última

semana, ela encaminhou um ofício ao

presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, no

qual apresenta reivindicações. O documento

informa que o Rio Doce é o único manancial

utilizado para o abastecimento da cidade e

solicita à mineradora a aquisição, em caráter

preventivo, de pelo menos 30 mil litros do

Polímero da Acácia Negra, produto utilizado no

tratamento de água muito turva.

"Tal substância é essencial para garantir os

padrões de potabilidade da água tratada pelo

Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e

distribuída à população", diz nota divulgada

pelo município. Outra demanda elencada no

ofício é a disponibilização de 500 mil litros de

água mineral para garantir o abastecimento da

população, a cada dia em que a captação e

distribuição de água estiver interrompida.

Também foi reivindicada celeridade na

construção das novas estruturas para

captação de água no Rio Corrente, reduzindo

assim a dependência do Rio Doce. Essas obras

estão sendo realizadas pela Fundação Renova,

que assumiu a gestão de todas as ações de

reparação dos danos causados na tragédia de

Mariana. A entidade, que desenvolve as

medidas necessárias utilizando recursos da

Samarco, da Vale e da BHP Billiton, foi

fundada conforme acordo firmado em 2016

entre as três mineradoras, o governo federal e

os governo de Minas Gerais e Espírito Santo. A

Vale confirma ter sido notificada, mas não se

posicionou diante das demandas

apresentadas.

Estudos de impacto

A mineradora também reconhece que um

eventual rompimento da barragem Sul

Superior afetariam afluentes do Rio Doce. "A

Vale está comprometida com o

desenvolvimento de ações de minimização dos

impactos e contenção dos rejeitos", informa

em nota. Na última terça-feira (21), a

mineradora entregou ao Ministério Público de

Minas Gerais (MPMG) novos estudos de dam

break [do inglês, rompimento de barragem]

que preveem os possíveis impactos de um

rompimento e estabelecem rotas de fuga e

pontos de abrigo. Os relatórios também foram

disponibilizadas cópias para a Defesa Civil e

para as prefeituras de Barão de Cocais, Santa

Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo.

A entrega dos novos estudos havia sido

determinada pelo Tribunal de Justiça de Minas

Gerais três dias antes. A mineradora teve

prazo de 72 horas para o cumprimento da

ordem judicial, sob pena de multa de R$300

milhões. A decisão atendeu pedido do MPMG,

que apontou insuficiências nas análises

apresentadas até então. O estudo de dam

break apresentado até então não teria

considerado todos os cenários e não previa as

consequências em caso de vazamento de

100% das estruturas do complexo minerário

que armazenam líquidos e rejeitos.

A juíza Fernanda Chaves Carreira Machado,

que assinou a decisão, lamentou a falta de

informação. "Não é possível que a cidade, que

suportará prejuízos de ordem material

inimagináveis, ainda tenha que ser submetida

a situação capaz de por em risco milhares de

vidas. Atualmente, a população está em

pânico e desinformada. Os bancos da cidade

foram fechados. Caminhões com água foram

enviados a Barão de Cocais, para garantir o

abastecimento das casas em razão da morte

iminente do rio que abastece a população. O

comércio está vazio, eis que localizado às

margens do Rio e passível de alagamento,

reflexo do terror vivido pelos moradores',

escreveu ela em seu despacho no dia 17 de

maio.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0&n=241

76861&e=577 Voltar ao Sumário

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Data: 28/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Época Negócios

Data: 27/05/2019

Braskem faz acordo de leniência com CGU

e AGU e vai pagar mais R$410 mi

Unidade de Camaçari da Braskem (Foto: Paulo Fridman/Divulgação)

A Braskem informou nesta segunda-feira que

concluiu com a Controladoria Geral da União

(CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU)

tratativas para assinatura de acordo de

leniência, o que foi aprovado pelo conselho de

administração da petroquímica, resultando em

um desembolso adicional de R$ 410 milhões.

Em fato relevante, a Braskem explicou que o

acordo trata do mesmo acordo global firmado

em dezembro de 2016 com o Ministério

Público Federal (MPF), o Departamento de

Justiça (DoJ) dos Estados Unidos, a Securities

and Exchange Commission (SEC) e a

Procuradoria Geral da Suíça.

No acordo de dezembro de 2016, a Braskem

prometeu pagar quase um bilhão de dólares

para encerrar investigações pelo seu

envolvimento nas investigações da operação

Lava Jato.

O desembolso adicional ocorrerá em função

dos cálculos e parâmetros utilizados pela

CGU/AGU. O valor será pago em duas

parcelas, nos anos de 2024 e 2025, diz o

documento.

A Braskem foi alvo de ação coletiva nos EUA

alegando que a empresa fez declarações falsas

ou deixou de divulgar pagamentos ilícitos. Em

março de 2015, a Braskem foi citada em

alegações de supostos pagamentos indevidos

em contratos de matéria-prima com a

Petrobras.

(Por Aluísio Alves)

https://epocanegocios.globo.com/Empresa/not

icia/2019/05/epoca-negocios-braskem-faz-

acordo-de-leniencia-com-cgu-e-agu-e-vai-

pagar-mais-r410-mi.html

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Data: 28/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Globo Economia

Data: 28/05/2019

STF suspende venda de rede de

gasodutos da Petrobras

Em liminar, ministro Fachin suspende compra

da subsidiária pela francesa Engie, anunciada

em maio por us$ 8,6 bilhões

Carolina Brígido e Ramona Ordonez

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal

Federal (STF), suspendeu ontem, por liminar,

decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

que permitiu a venda de 90% das ações da

Transportadora Associada de Gás (TAG),

subsidiária da Petrobras, por US$ 8,6 bilhões.

Dessa forma, o negócio não poderá ser

concluído até que o plenário da Corte julgue o

mérito. Fachin pediu urgência na inclusão do

processo na pauta.

Em maio, a Petrobras acertou a venda de 90%

das ações da TAG, que controla gasodutos no

Norte e Nordeste, para um consórcio liderado

pela francesa Engie. Em janeiro, o presidente

do STJ, João Otávio Noronha, permitiu a

venda sob o argumento de que o impedimento

significaria grave risco à economia pública. O

negócio é um dos principais já firmados até

agora pela Petrobras em seu plano de venda

de ativos para reduzir endividamento e

concentrar investimentos na produção de

petróleo. Também é parte da estratégia do

governo para reduzir os custos do gás natural

no país. A estatal planeja vender os 10%

restantes da TAG.

Na análise do recurso apresentado pelo

Sindicato dos Petroleiros do estado de São

Paulo, Fachin destacou a necessidade de o

plenário do STF decidir se esse tipo de

operação deve ser precedido de "procedimento

licitatório e autorização legislativa". Ele

lembrou que, em junho de 2018, o ministro

Ricardo Lewandowski decidiu, também em

liminar, que a venda de ações de empresas

públicas, sociedades de economia mista ou de

suas subsidiárias ou controladas exige

autorização do Congresso sempre que isto

significar transferência de controle acionário. E

outra liminar que deve ser avaliada em breve

no plenário do STF.

INSEGURANÇA JURÍDICA

"Não vejo espaço para, à míngua de expressa

autorização legal, excepcionar do regime

constitucional de licitação a transferência do

contrato celebrado pela Petrobras ou suas

consorciadas", escreveu Fachin. A decisão

ainda cita estratégia anterior da Petrobras, de

vender fatia de 60% em ativos de refino no

Nordeste e no Sul do país. Em abril, a

Petrobras atualizou o plano: quer vender oito

refinarias.

Em comunicado, a Petrobras informou ontem

que não foi intimada da decisão de Fachin e

que, após análise, tomará "as medidas

cabíveis em prol dos seus interesses e de seus

investidores". A Engie não se manifestou.

O Sindipetro Unificado-SP, um dos sindicatos

que recorreram ao STF, comemorou a liminar

como "mais uma vitória" em seu movimento

contra privatizações na Petrobras. A entidade

aponta irregularidades nos processos de

vendas, como dispensa de licitação.

Para advogados, é preciso uma decisão

definitiva do STF para que a insegurança

jurídica não atrapalhe investimentos,

sobretudo em petróleo e gás. Para o advogado

José Del Chiaro, ex-secretário nacional de

Direito Econômico, a lei indica a necessidade

de aval do Congresso para venda da estatal,

mas observa que é preciso melhorar o

relacionamento Para advogados, é preciso

institucional entre os três Poderes para

viabilizar negócios e não prejudicar a

Petrobras.

Os especialistas Felipe Feres, do Mattos Filho

Advogados, e Ali El Hage Filho, do Veirano

Advogados, destacam que o artigo 64 da Lei

do Petróleo (9.478/97) autoriza a Petrobras a

criar subsidiárias. Portanto, na interpretação

deles, também poderia vendê-las sem ouvir o

Congresso.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24199799&e=577

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Data: 28/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Correio Braziliense

Data: 27/05/2019

Novo modelo de preço de energia no

mercado à vista não é consenso

Com implementação marcada para janeiro de

2020, sistema de precificação diária gera

desconfiança entre agentes do setor elétrico

durante consulta pública no MME

Simone Kafruni

Consulta pública realizada nesta segunda-feira

(27/5), no Ministério de Minas e Energia

(MME), deixou claro que os agentes do setor

têm muitas desconfianças em relação ao novo

sistema de precificação do mercado à vista. O

chamado preço horário está previsto para ser

implementado em janeiro de 2020, mas ainda

não é consenso entre as associações setoriais.

A Comissão Permanente de Programas

Computacionais do Setor Elétrico (CPAMP)

precisa validar o novo modelo que vai

viabilizar a implementação do preço horário

em 2020 até 31 de julho. A ideia é que o

preço da energia à vista, conhecido como

Preço de Liquidação das Diferenças (PLD),

deixe de ser calculado em patamares e

semanalmente, para ser definido diariamente

e com um peso maior durante o dia.

Objetivo é que o programa computacional

Dessem, que está sendo desenvolvido pela

CPAMP, utilize cálculos matemáticos para

precificar, em base horária, o custo real da

energia no Sistema Interligado Nacional (SIN).

O secretário de Energia Elétrica do MME,

Ricardo Cyrino, ressaltou que é preciso

agilidade na implementação. “O que é

diferente de pressa”, destacou.

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O presidente do Conselho de Administração da

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

(CCEE), Rui Altieri, explicou que existe a

necessidade de aproximar o cálculo do preço

da operação de venda de energia. “Hoje, a

precificação está descolada da operação física

do sistema”, justificou. Segundo ele, os

sistemas e os profissionais estarão preparados

para implementação em janeiro de 2020.

Contudo, Altieri lamentou o pouco

engajamento do mercado. “Tivemos poucos

acessos mensais de consulta. O mercado não

está reagindo como nós esperávamos. Não

chegam a mil acessos por mês, o que é muito

pouco para um setor que tem 8 mil associados

e que está a seis meses de uma mudança

radical”, disse.

Durante a consulta pública, vários

representantes de associações do setor

elétrico apresentaram suas dúvidas sobre o

preço horário e sua implementação já em

2020. Apesar de garantir não ser contra o

novo modelo, a Associação Brasileira de

Energia Eólica (Abeeólica) defendeu que falta

cuidado e aprofundamento sobre os impactos

em energia de reserva. Isso porque algumas

eólicas geram mais à noite e vão passar a

contribuir com o menor preço, da madrugada.

Atualmente, é pelo preço médio.

Paulo Sehn, da Associação Brasileira dos

Investidores em Autoprodução de Energia

(Abiape), disse que a entidade apoia o preço

horário, mas alerta para os riscos do uso de

média ponderada. “O ganho de qualidade do

sinal econômico não vai ser percebido com

essa proposta”, afirmou.

Para a Associação Brasileira das Empresas

Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), o

tempo é relativamente pequeno para testar a

funcionalidade do modelo. “Se forem

necessários ajustes, o prazo ficará ainda mais

curto. Deveria ser testado pelo ciclo

hidrológico completo, pois trará reflexos

diários nas rotinas dos agentes, com efeito

ainda não totalmente identificado por eles, o

que demanda tempo”, argumentou o

representante.

O presidente da Associação Brasileira dos

Geradores Termelétricos (Abraget), Xisto

Vieira Filho, sustentou que a implementação

não deveria ser prioridade no momento. “O

nosso pleito é adiar a entrada em vigor”,

disse. Ele elencou outras prioridades, como o

aprimoramento nos leilões de energia,

planejamento da expansão, inadimplência na

CCEE.

Eduardo Picolo, da Associação Brasileira de

Energia Solar (Absolar), defendeu que ainda é

necessário estudar alguns pontos. “O modelo

não está pronto para entrada em operação.

Para a Absolar, em simulações, seria favorável

devido ao período diário de geração. Mas, da

forma que a proposta está, vai trazer mais

insegurança. Há vários riscos que podem gerar

judicialização do setor”, ressaltou.

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Data: 28/05/2019

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Grupo de Comunicação

Luiz Eduardo Barata Ferreira, diretor geral do

Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS),

argumentou que, quando se faz o despacho de

30 em 30 minutos com um preço da semana

passada, o setor admite o descolamento.

“Queremos preços justos, dentro da realidade.

Do jeito que nós fazemos hoje, há um baita de

um gap. O trabalho que está sendo feito é

sério. Queremos avançar. É um processo

evolutivo”, destacou.

https://www.correiobraziliense.com.br/app/no

ticia/economia/2019/05/27/internas_economi

a,757951/novo-modelo-de-preco-de-energia-

no-mercado-a-vista-nao-e-consenso.shtml

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Data: 28/05/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Painel: Partidos dizem que governo age

contra centrão e desconfiam de pacto

Desconfiança é o meu nome O dia seguinte de

Jair Bolsonaro e do PSL às manifestações pró-

governo despertou em siglas de centro e centro-

direita a certeza de que o presidente age para

desmontar o bloco conhecido como centrão. Por

isso, todas tentativas de compor com o Planalto

estão sendo vistas com extremo ceticismo.

Aliados de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ressaltam que,

mesmo sendo fiador das reformas, ele não foi

poupado pelos bolsonaristas que foram às ruas

defender mudanças na Previdência.

Dono da bola Os ataques ao democrata foram

vistos como prova de que Bolsonaro não está

disposto a dividir louros e nem valorizar gestos

do Congresso em direção à pauta de sua equipe

econômica.

Vem comigo Maia foi aconselhado a chamar os

presidentes de partidos para uma atitude de

solidariedade. Segundo um interlocutor, ele não

pode ser o único a pagar por defender a

autonomia do Parlamento.

Eterno retorno Os sinais de que o governo está

disposto a investir contra partidos como PP, PL

(ex-PR) e PRB provocou reação nas cúpulas das

três bancadas. Não houve, porém, decisão de

ação uníssona. Há quem pregue dar tempo à

acomodação e quem diga que, neste cenário, o

melhor a fazer é “não votar mais nada”.

Rebote Já os militares temem que os atos

tenham reforçado a oposição, provocando

insatisfeitos com o governo a medirem força nas

ruas. A consequência, avaliam, seria um clima de

instabilidade, com risco de conflitos.

Minha pauta Enquanto o governo trabalha para

preservar o texto da medida provisória que

reorganiza a Esplanada, o ministro Sergio Moro

(Justiça) continua no esforço para tentar retomar

o Coaf. Conversou com senadores no final da

semana passada e conseguiu até virar votos.

Vacina Integrantes da centro-direita embarcaram

na ideia de devolver o Coaf a Moro como

precaução a eventual resposta de Bolsonaro.

Calculam que o presidente vai baixar decreto

entregando o órgão ao ministro, vendendo-se

como “herói” e jogando o Congresso novamente

na “lama”.

Vacina 2 Como o risco é de a medida que trata

do tema caducar, o discurso será o de que a

redução de pastas não produziu a economia

propalada por Bolsonaro.

De dentro para fora A direção nacional do MDB

apresenta na quarta-feira (29) nova minuta de

estatuto partidário e de reestruturação de seu

conselho de ética. Entre as regras propostas está

a desfiliação automática de condenados pela

Justiça em segunda instância.

De dentro para fora 2 A ideia é incorporar à sigla

a dinâmica da lei da Ficha Limpa. O novo

estatuto também prevê a criação de estrutura de

auditoria de contas dos diretórios da legenda. A

esse grupo caberia apontar a necessidade de

apurações e suspeitas de mau uso dos recursos

públicos.

Agora é que são elas O partido vai propor que

seus dirigentes sejam escolhidos para mandato

de quatro anos, sem direito à reeleição. Haverá

ainda a garantia de que, nos primeiros oito anos

de vigência do novo estatuto, 20% das vagas de

direção da sigla sejam reservadas a mulheres.

Depois, o índice subiria para 30%.

Olho grande Os bancos preparam resposta a

projeto que tramita na Comissão de Assuntos

Econômicos e que visa aumentar a carga

tributária do setor financeiro. A CSLL, atualmente

em 15%, subiria para 20%. O argumento é que

fará aumentar a taxa de juros.

Olho grande 2 No Congresso, há incômodo com

os lucros bilionários do setor. Um senador sabia

de pronto quanto um dos maiores bancos do país

distribuiu a acionistas no ano passado. Ainda

assim, parlamentares temem o efeito que o

aumento da CSLL pode ter na economia já

debilitada.

Tempo urge Em reunião com dirigentes do PDT e

do PSB na semana passada, o ex-presidente Lula

falou sobre a construção de uma rede de

esquerda de oposição a Bolsonaro, mas também

iniciou conversas sobre alianças com o PT nas

capitais, já de olho nas eleições de 2020.

TIROTEIO

Vimos uma democracia que respira sem

aparelhos. As pautas são legítimas, o extremismo

a gente pinça e ignora

Do deputado Marco Feliciano (Pode-SP), sobre a

manifestação de grupos contra o Supremo e o

Congresso nos atos de domingo (26)

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/05/28/

partidos-dizem-que-governo-age-contra-centrao-

e-desconfiam-de-pacto/

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Grupo de Comunicação

Doria é stalinista ao dizer que quem não

concorda deve sair, diz tucano de esquerda

Carolina Linhares

Na última sexta (24), quando o governador João

Doria (PSDB) afirmou que está construindo um

novo partido e que quem discorda deve pedir

para sair, ele fazia referência implícita a

Fernando Guimarães (PSDB).

O sociólogo está à frente da corrente Esquerda

pra Valer (EPV), que existe no partido desde

1993, e constrói o movimento Direitos Já, Fórum

pela Democracia, que reúne dez partidos,

incluindo o PT e siglas de esquerda, em oposição

ao governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Dirigentes tucanos ligados a Doria afirmam que

Guimarães assumiu sua posição pessoal como a

do partido ao organizar o movimento e iniciaram

processo que pode levar a sua expulsão. O

governador chegou a parabenizar os dirigentes

pela atitude "corajosa e altiva". "Esquerda pra

Valer não tem mais espaço no PSDB", disse.

Em entrevista à Folha, Guimarães responde que

não pedirá para sair do PSDB, onde começou a

militar aos 13 anos. Classifica a atitude de Doria

como stalinista e diz que o partido será uma

legenda apequenada se for sequestrada por ele.

Na próxima sexta (31), os rumos do PSDB serão

definidos em uma convenção nacional que deve

consolidar o poder de Doria. O nome apoiado

pelo governador para a presidência do partido, o

ex-deputado federal Bruno Araújo, é o único

colocado na disputa até agora.

"É como Franco Montoro dizia: não podemos

deixar cair nossas bandeiras", afirma Guimarães

ao defender a social-democracia frente ao projeto

de Doria.

O EPV tem hoje 3.200 membros e apoiou

Fernando Haddad (PT) no segundo turno em

2018. Aliados de Doria, como o presidente do

PSDB-SP, Marco Vinholi, e o prefeito Bruno

Covas, já foram parte da corrente.

Como recebe o processo de uma eventual

expulsão do partido? Com muita surpresa. Ao se

filiar a um partido, busca-se ampliar o seu

horizonte de participação política e não ter a sua

liberdade como cidadão restringida, receber um

cabresto. Esse [Direitos Já] é um movimento cuja

bandeira é nada mais do que a defesa da

Constituição, na qual o PSDB teve um papel

fundamental.

O argumento é que o sr. falou em nome do

PSDB. Em nenhum momento eu ou qualquer

outra liderança falou em nome do partido. É uma

caça às bruxas.

A EPV tinha espaço no PSDB? É a primeira vez

que um líder diz que a corrente não espaço? É a

primeira vez. Sempre tivemos um amplo diálogo

com nossos líderes. Doria vem falando em nome

do partido, apontando quais rumos o partido irá

tomar, desrespeitosamente. O presidente

nacional é Geraldo Alckmin. O que se vê quando

Doria diz que descontentes devem pedir para sair

é uma afirmação stalinista. Contraria o princípio

fundamental do PSDB, que é a democracia

interna.

Se ele quer um novo PSDB, se ele não se

identifica com os valores progressistas do

partido, onde nunca existiu extrema esquerda ou

extrema direita, mas sim compromisso com

democracia e com direitos humanos, por que ele

escolheu se filiar ao PSDB?

Mas no PSDB tinha espaço para pautas de

esquerda? Para ser contra o impeachment de

Dilma, por exemplo? No processo do

impeachment, os principais líderes tucanos se

posicionaram contra por um longo tempo. Mas a

gente sempre teve diálogo. Democracia dá

trabalho. O Doria não pode tratar o PSDB como

se fosse uma das suas empresas. Não tem como

ele vir dizer "isso é extrema esquerda". Quem

apoiou o extremo foi ele, ao apoiar Bolsonaro,

que é extrema direita, antes de qualquer

deliberação do partido liberando seus filiados.

Vai pedir para sair do PSDB? De forma alguma.

Eu dediquei a minha vida à construção desse

partido. Não só eu, mas milhares de militantes

históricos que vão seguir fazendo a defesa da

social-democracia. A nossa escola foi Mário

Covas, Franco Montoro. O governo FHC assentou

mais de 1 milhão de famílias com reforma

agrária. É isso que Doria chama de esquerda que

tem ser apagada?

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Grupo de Comunicação

O PSDB é um partido de centro-esquerda,

sempre foi. Nós somos tucanos. Não é o fato de

ser filiado que te faz tucano. Essa é a dificuldade

do Doria diante das figuras históricas do partido:

ele não se sente tucano. E por isso essa

hostilidade e essa dificuldade de ter pluralidade.

Quais críticas o sr. tem a esse processo no

conselho de ética? Há uma hipocrisia da

burocracia partidária. Se ela entende que o PSDB

não pode dialogar com o PT, por que ela não agiu

quando o PSDB foi buscar uma aliança com o PT

para viabilizar a eleição do presidente da

Assembleia Legislativa de São Paulo [Cauê

Macris]?

É estranho quando eu vejo um pedido de

encaminhamento à comissão de ética assinado

pelo secretário-geral do partido no município,

que é o chefe de gabinete de Doria. Está ali a

digital do governador. O primeiro líder que não

reconhece a separação do que é ser chefe do

Executivo e o que é o papel do partido.

É como se ele dissesse: eu indico as pessoas e

elas farão aquilo que eu determino. Isso não é

um partido político, isso é uma legenda

apequenada, sequestrada.

Nos discursos, os tucanos que fundaram o PSDB

falam em volta às origens e Doria fala em

renovação. Há uma tensão? Permanentemente.

Há uma tensão, há um constrangimento. O PSDB

tem nos fundadores, como Alckmin, Serra, Tasso

e FHC, o DNA tucano, esse compromisso com a

social-democracia, que é uma corrente de

centro-esquerda.

E essa velha guarda está resistindo? Porque só o

indicado de Doria, Bruno Araújo, está

concorrendo à presidência. Restam cinco dias e

há uma expectativa de que nossos líderes

consigam cumprir o papel de defesa do PSDB. Se

eles não agirem nesse momento, depois vai ser

tarde demais. É preciso que nossos líderes se

manifestem publicamente. Porque se for para

levar o PSDB para direita, que se mude o nome,

porque não é honesto carregar o nome de social-

democracia e levar o PSDB para um

neoliberalismo extremado.

Já não é tarde demais? O processo de

convenção, enquanto não ocorre, sempre tem

esperança. O nome que está colocado não foi

fruto de um processo que contemple todas as

lideranças amplamente. A expectativa é que a

composição da executiva, com outros cargos,

possa equilibrar isso.

Doria fala que o PSDB será de centro, concorda?

Absolutamente. O Doria é um liberal, é um

neoliberal, o posicionamento dele é bem à

direita. Estrategicamente, do ponto de vista de

quem pretende disputar uma eleição para

presidente da República, se apresenta de centro

para ter mais facilidade de conseguir trazer o

eleitor. Mas o conteúdo do que ele defende não é

centro. Ele não é uma figura moderada. Se fosse,

ele não estava fazendo essa caça às bruxas,

estava dialogando conosco.

Acha que o problema é o PT estar no Direitos Já?

Participar de um movimento cívico não torna

ninguém petista. É preciso ter grandeza,

precisamos de estadistas. Precisamos de

lideranças que tenham compromisso acima das

disputas eleitorais. Doria faz um discurso

contraditório. Diz que ele está disposto a dialogar

e, ao mesmo tempo, diz que não haverá espaço

para aqueles que discordem.

A eleição mostrou que a esquerda está

demonizada. Vale a pena defendê-la? Todas as

nossas principais lideranças se posicionaram no

campo progressista. O PSDB sempre se colocou

como uma esquerda que dialoga com a

sociedade, que reconhece o livre-mercado. Uma

democracia pressupõe partidos que tenham um

campo ideológico claro e compromissado. Partido

não pode ficar surfando pelas circunstâncias.

Podem perder ou podem ganhar eleições, mas

eles têm que ter coerência ideológica.

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/05/d

oria-e-stalinista-ao-dizer-que-quem-nao-

concorda-deve-sair-diz-tucano-de-

esquerda.shtml

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Grupo de Comunicação

Braskem faz acordo de leniência e vai pagar

mais R$ 410 mi

Beto Barata

A Braskem informou nesta segunda-feira que

concluiu com a CGU (Controladoria Geral da

União) e a AGU (Advocacia Geral da União)

tratativas para assinatura de acordo de leniência,

o que foi aprovado pelo conselho de

administração da petroquímica, resultando em

um desembolso adicional de 410 milhões de

reais.

Em fato relevante, a Braskem explicou que o

pagamento trata do mesmo acordo global

firmado em dezembro de 2016 com o Ministério

Público Federal (MPF), o Departamento de Justiça

dos Estados Unidos, a SEC (Securities and

Exchange Commission) e a Procuradoria Geral da

Suíça.

No acordo de dezembro de 2016, a Braskem

prometeu pagar quase US$ 1 bilhão (cerca de R$

4 bilhões) para encerrar investigações pelo seu

envolvimento nos desvios apurados pela

operação Lava Jato.

O desembolso adicional ocorrerá em função dos

cálculos e parâmetros utilizados pela CGU/AGU.

O valor será pago em duas parcelas, nos anos de

2024 e 2025, diz o documento.

A Braskem foi alvo de ação coletiva nos EUA

alegando que a empresa fez declarações falsas

ou deixou de divulgar pagamentos ilícitos. Em

março de 2015, a Braskem foi citada em

alegações de supostos pagamentos indevidos em

contratos de matéria-prima com a Petrobras.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05

/braskem-faz-acordo-de-leniencia-e-vai-pagar-

mais-r410-mi.shtml

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Mônica Bergamo: Mourão não inspira

confiança, e impeachment está fora da

agenda de Maia

Os debates sobre eventual impeachment de Jair

Bolsonaro, que ganharam impulso na semana

passada, começaram a arrefecer.

ORELHA

As razões principais são duas: o vice-presidente,

Hamilton Mourão, não inspira confiança suficiente

no universo político para ganhar apoio e assumir

o cargo —situação oposta à de Michel Temer

quando era vice de Dilma Rousseff.

PELA LEI

Mourão assumiria nos seguintes casos:

impeachment, renúncia ou morte do presidente.

Ele só não ocuparia a Presidência caso o TSE

(Tribunal Superior Eleitoral) casasse a chapa que

concorreu à eleição em 2018— Bolsonaro como

presidente e ele como vice.

DIRETAS JÁ

Caso isso ocorresse antes de Bolsonaro e Mourão

completarem dois anos de mandato, seriam

convocadas eleições diretas. Depois de dois anos,

eleições indiretas.

FORA DESSA

A segunda razão de bloqueio do impeachment é

que o tema está, neste momento, fora da agenda

do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo

Maia (DEM-RJ).

NO CAMINHO

Sem a anuência dele, que comanda a pauta do

parlamento, propostas de impedimento não

conseguem prosperar.

NO CAMINHO 2

Maia já afirmou a interlocutores que, se os

deputados pregam o fortalecimento das

instituições, não podem recorrer a atalhos

antidemocráticos, tentando criar um ambiente

“sem base” para o impeachment.

NEGATIVO

Ele tem se posicionado também contra as

propostas de semipresidencialismo, que

limitariam o poder de Bolsonaro.

COBRANÇA

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) vai julgar

nesta terça-feira (28) o recurso de uma família

que foi proibida de usar a área de lazer do prédio

em que mora por atraso no pagamento do

condomínio.

JUROS

A dívida aproximada é de R$ 300 mil, em valores

de 2012.

A ação foi julgada improcedente em primeira e

segunda instâncias.

COMEÇO, MEIO E FIM

O jornalista Mino Carta foi ao lançamento do livro

“Meus Começos e Meu Fim”, do também

jornalista Nirlando Beirão, no domingo (26), em

SP. Os escritores Mario Prata, Marcelo Rubens

Paiva e Antonio Prata, o editor Luiz Schwarcz, o

médico Drauzio Varella e o ator Gabriel Braga

Nunes, acompanhado da filha Maria, também

compareceram.

BATUTA

O ministro Osmar Terra, da Cidadania, deve

lançar, neste ano, o Museu Digital de Villa-Lobos,

60 anos depois da morte do maestro. A ideia é

disponibilizar na internet todo o acervo do músico

brasileiro.

MILHAS

O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner,

foi para a Europa para tentar recursos e apoios

para a recuperação da instituição, que foi

destruída em um incêndio em setembro de 2018.

CAIXA

Kellner se reuniu com a ministra das Relações

Exteriores da Alemanha, Michelle Müntefering. O

país deve liberar na próxima semana a segunda

parcela de cerca de R$ 4,5 milhões em doações

para a reconstrução do museu brasileiro.

INTERCÂMBIO

Kellner e Müntefering fecharam uma agenda de

atividades de aproximação entre pesquisadores e

cientistas dos Brasil e da Alemanha.

DIFERENÇA

O gestor da Santa Casa de Barretos, Henrique

Prata, vai entrar com um mandado de segurança

contra a Caixa Econômica Federal. Segundo ele,

a instituição cobra 1,1% de juros mensais sobre

os empréstimos enquanto bancos privados

cobram 0,8%.

DISTORÇÃO

“É um juro extorsivo, abusivo e em cima do

segmento mais importante do serviço público do

país, que é a saúde pública”, diz ele. Prata afirma

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que a Santa Casa deve R$ 30 milhões à CEF e

que já pagou cerca de “R$ 10 milhões de juros,

abatendo menos de um milhão do capital”.

CASO A CASO

Ele diz que só não migrou ainda para a iniciativa

privada porque teria que pagar uma multa de

10%.

A CEF diz que busca adequar as condições das

operações à realidade de cada uma das

entidades, “em observância às normas de

governança aplicáveis”.

SOLTA O SOM

O multi-instrumentista Hermeto Pascoal, as

cantoras Alice Caymmi e Marina de La Riva e o

grupo Samuca e a Selva são algumas das

atrações musicais do Centro Cultural São Paulo

no mês de junho.

TEMPO

O envelhecimento da população LGBT será o

tema da 6ª edição da mostra de arte e

diversidade Todos os Gêneros, promovida pelo

Itaú Cultural nos dias 11 a 16 de julho. A cantora

Angela Ro Ro fará o show de abertura do evento.

PALAVRA CANTADA

A MC Laura Conceição, e as atrizes Luiza Romão

e Roberta Estrela D’Alva estiveram no

lançamento do livro “Querem nos Calar: Poemas

para Serem Lidos em Voz Alta”, realizado no

sábado (25), no Centro Cultural São Paulo. A

poeta Ryane Leão também passou por lá.

CURTO-CIRCUITO

A mostra “Somos sua Luz”, de Alexandre Mazza

inaugura na terça (28) na Luciana Caravello Arte

Contemporânea, no Rio.

A exposição individual do artista Samico abre na

terça (28). Às 19h, na Galeria Estação.

A U.Clinic será inaugurada na terça (28) na av.

República do Líbano, 192.

O cirurgião plástico Paulo Muller abriu consultório

em SP.

com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi E Victoria

Azevedo

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/05/impeachment-de-bolsonaro-

esta-fora-da-agenda-de-rodrigo-maia.shtml

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ESTADÃO

‘Criminal Compliance’ em tempos da Lava

Jato

Ricardo Ribeiro Velloso

Talvez uma das características mais marcantes

na área empresarial, desde o final do século 19,

seja o surgimento de grandes empresas

transnacionais que, devido ao grande volume de

recursos movimentados, tem a possibilidade de

influenciar políticas públicas, tanto de seus

governos, como de governos nos quais se

instalem.

Durante muito tempo essas grandes empresas,

focavam seus esforços na obtenção de lucros a

qualquer custo, muitas vezes fazendo uso de

ferramentas ilícitas como a corrupção.

Já na década de 70 do século passado, em

decorrência de vários fatores conjunturais, como

maior controle social e governamental (1),

responsabilidade perante conselho de acionistas

e, até mesmo criminalização de condutas, as

empresas passaram a se preocupar com suas

políticas mercadológicas.

Diante desse novo panorama as empresas

passaram a criar normas que garantissem maior

transparência e qualidade nas informações

prestadas ao mercado, além de preservar

conselheiros, administradores e funcionários,

adequando suas condutas às legislações

vigentes.

Surgiu o departamento de compliance, atuando

preventivamente na fiscalização do cumprimento

das normas internas, além de promover a cultura

institucional minimizando riscos inerentes à

própria atividade da empresa.

No Brasil, o Banco Central, como órgão executivo

central do sistema financeiro, em aproximação ao

Acordo da Basiléia, assinado pelos Bancos

Centrais do “G-10” seguindo as recomendações

do Comitê de Supervisão Bancária da Basiléia,

através da Resolução n. 2.554, de 24/09/98,

estabeleceu a necessidade de implementação de

políticas de controle interno para as instituições

financeiras, dando margem para que cada uma

adotasse o modelo mais adequado para sua área

de atuação.

Em 2002, os EUA, criaram a Lei Sarbanes-Oxley,

visando recuperar a confiança dos investidores,

em razão de escândalos envolvendo grandes

empresas americanas, como o caso da Enron

Corporation. O objetivo da lei é de garantir a

criação de mecanismos confiáveis de governança

corporativa, afetando não só as empresas

americanas, mas todas aquelas que mantêm

ADRs (American Depositays Receipts).

Portanto, a função da política de criminal

compliance, muito mais do que estabelecer

normas de boa gestão da instituição,

administrando o risco de imagem que poderia ser

abalada por uma eventual má conduta, com a

consequente publicidade negativa e perda de

valor de mercado, visa administrar o risco legal,

de possíveis processos criminais por

envolvimento em casos de corrupção, fraude,

lavagem de dinheiro, dentre outros.

Os Estados têm se utilizado da criação de leis

penais que visam a antecipação da proteção do

bem jurídico tutelado, adotando como política

criminal de combate a essa criminalidade

econômica-empresarial, a utilização de agentes

privados.

Para tanto, são impostas aos particulares

diversas obrigações de conduta, investigação e

comunicação, segundo as quais, os Estados

poderiam tornar mais efetiva a luta contra a

lavagem de dinheiro, corrupção e outras fraudes.

Assim, as empresas tiveram que se adaptar para

dar pleno cumprimento às novas determinações,

harmonizando seus procedimentos internos às

imposições legais, criando mecanismos de

controle e investigação internos.

Depois de passadas algumas décadas, como se

viu com o que foi revelado pela “Operação Lava

Jato”, não há uma percepção exata da eficácia

desse tipo de política, não obstante os grandes

custos envolvidos na sua execução.

Tanto a esfera pública, como a esfera privada

tiveram que suportar numerosos custos com

relação a implementação das normas preventivas

ao crime de lavagem, corrupção e outras fraudes.

Os estudos que se prestaram ao tema não

conseguiram chegar a conclusões definitivas,

contudo, alguns pontos podem ser citados:

comparando-se o custo direto e indireto da

política de prevenção com o volume estimado da

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delinquência organizada, percebe-se que as

vitorias são poucas e os custos elevados (2).

Por outro lado, a falta de controles adequados

também podem gerar prejuízos às empresas,

principalmente com relação a multas impostas

pela autoridade administrativa, além do impacto

negativo na marca e na reputação da empresa,

sem contar com o risco de serem elas e seus

gestores acusados criminalmente.

Portanto, não obstante os custos impostos às

empresas com a implementação de controles e

normas de condutas, e o fato de que o criminal

compliance, não tenha o condão, de por si

próprio afastar a responsabilização penal, a única

forma do empresário de minimizar sobremaneira

os riscos de uma eventual imputação criminal é a

implantação de uma competente e eficaz política

de governança, que incorpore aspectos da

legislação criminal.

(1) Nesse contexto foi criada nos EUA a Lei sobre

a Prática de Corrupção no Exterior – FCPA,

depois que, “em 1977, após as investigações

governamentais terem revelado que mais de 400

empresas americanas admitiram fazer

pagamentos ilegais ou questionáveis da ordem

de US$300 milhões ou mais a autoridades

governamentais estrangeiras, políticos e partidos

políticos.” UROFSKY, Philip. Fomento da

Transparência Corporativa Global in

Transformando a Cultua da Corrupção. Questões

de Democracia. Vol. 11, n. 12 – Revista

eletrônica do Bureau de Programas de

Informações Internacionais do Departamento de

Estado dos USA, p. 19.

http://www.sel.eesc.usp.br/informatica/graduaca

o/material/etica/private/transformando_a_cultur

a_da_corrupcao.pdf

(2) CORDERO, Isidoro Blanco. Eficacia del

sistema de prevención del blanqueo de capitales

estudio del cumplimiento normativo (compliance)

desde una perspectiva criminológica. Eguskilore..

Cuaderno del Instituto Vasco de Criminología San

Sebastián, n 23 – 2009, p. 134.

*Ricardo Ribeiro Velloso, advogado criminalista,

especialista em direito penal pela Escola Superior

do Ministério Público de São Paulo (ESMP). Pós-

graduado em Direito Penal Econômico e Europeu

pela Universidade de Coimbra – Portugal /

IBCCRIM

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/criminal-compliance-em-tempos-da-

lava-jato/

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É hora de governar

Editorial

Após as manifestações do último domingo, Jair

Bolsonaro deveria aproveitar essa segunda

oportunidade que seus eleitores lhe deram para,

enfim, fazer política e governar o País.

As manifestações de domingo passado em defesa

do governo ocorreram de maneira ordeira, sem

incidentes de maior gravidade e, principalmente,

sem a radicalização que tanto se temia. O

discurso predominante não foi o da minoria

extremista que, às vésperas das passeatas,

pregava o fechamento do Supremo Tribunal

Federal e do Congresso. Foram às ruas

brasileiros interessados em reafirmar a

importância das pautas que decidiram as eleições

do ano passado, tais como a moralização da

política e o combate ao crime. Houve ainda forte

defesa da reforma da Previdência, o que é fato

raro de ver em manifestações populares.

Espera-se que o presidente Jair Bolsonaro não

tome esses protestos como uma espécie de carta

branca para ampliar sua força na tumultuada

relação com o Congresso, até porque o

comparecimento não foi tão estrondoso como

seus seguidores mais radicais esperavam. Mas é

inegável também que essas passeatas, cuja

afluência não foi nada desprezível, podem

funcionar como uma espécie de confirmação da

legitimidade de Bolsonaro obtida nas urnas no

ano passado.

Nesse sentido, o presidente deveria aproveitar

essa segunda oportunidade que seus eleitores lhe

deram para, enfim, fazer política e governar o

País.

Há toda uma agenda de reformas e de

modernização à espera de um governo que,

malgrado as limitações naturais da conjuntura e

os gigantescos obstáculos gerados pela grave

crise nacional, tenha a capacidade de articular as

forças políticas necessárias para a resolução dos

muitos problemas do País. Os milhões de votos

depositados nas urnas para eleger Bolsonaro e

mesmo os milhares de manifestantes que foram

às ruas no domingo para defendê-lo não bastam

para que os projetos do governo sejam

aprovados no Congresso – cujos integrantes

gozam da mesma legitimidade eleitoral do

presidente.

Bolsonaro cometerá grave erro se, no embalo

das ruas, continuar considerando que aos

parlamentares só cabe chancelar o que o Palácio

do Planalto lhes encaminha, sem a necessidade

de diálogo. Deve o presidente convencer-se,

rapidamente, de que discursos inflamados e

xingatórios pelas redes sociais não são fatores de

articulação de políticas governamentais.

É preciso que o presidente se recorde de que, há

poucos dias, houve outra ampla manifestação

nas ruas, esta contra o governo, e tais vozes são

tão importantes quanto aquelas que lhe

prestaram homenagens no domingo passado. Do

mesmo modo, se há parlamentares e partidos

que fazem objeções aos projetos governistas

submetidos à Câmara e ao Senado, estes não

podem ser tratados como inimigos ou tachados

como interessados somente em auferir lucros

pecuniários e políticos na negociação com o

governo.

Poucas vezes a política foi tão necessária na

história recente do País. Nunca é demais lembrar

que a reforma da Previdência, malgrado sua

urgência, deve ser apenas o início de um amplo

processo de mudanças com vista a ensejar uma

retomada do crescimento que, finalmente,

comece a tirar o Brasil da sua persistente

mediocridade. Nada disso será alcançado sem

contrariar as corporações que capturaram o

Estado para a satisfação de seus interesses, e

para isso será preciso arregimentar

democraticamente as forças dispostas à

articulação de um consenso mínimo.

Bolsonaro precisa estar à altura desse desafio. O

presidente não pode se contentar apenas em

passar à história como aquele que derrotou o PT;

essa condição era necessária para o saneamento

da economia e a moralização da política, mas

está longe de ser suficiente. Se Bolsonaro está

realmente tão interessado em defender o

interesse público e modernizar o País, deve

ajudar a restituir à política a relevância que os

anos de malfeitos e demagogia lulopetistas

tiraram.

Para começar, deve parar de dividir o País entre

“nós” e “eles” – isto é, deve parar de estimular a

hostilidade contra os que dele discordam, como

faziam os petistas. A essência da política é

alcançar consensos em favor do interesse

público, e isso implica fazer concessões e aceitar

as divergências. Acima de tudo, porém, fazer

política significa trabalhar duro, concentrar

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energias na negociação com o Congresso e juntar

forças para formar uma boa base governista,

capaz de aprovar as reformas – pois a multidão

pode até impressionar, mas só em ocasiões

revolucionárias aprova ou rejeita projetos em

curso no Congresso.

https://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-

paulo/20190528/textview

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Moradores de Barão de Cocais já duvidam

de queda da barragem

- Brasil - Estadão

BARAO DE COCAIS (MG) - O aposentado Carlos

Leal, de 69 anos, ficou a maior parte da última

noite acordado, pintando faixas de protestos

contra a Vale, a proprietária da mina do Gongo

Soco, em Barão de Cocais (MG). Desde fevereiro,

ele ouve que a estrutura está prestes a desabar,

mas até agora não aconteceu. "Honestamente,

no início eu achei até prudente nos retirar da

chamada área de risco", afirma. "Mas agora não

acredito que a barragem vá cair."

Morador de um sítio na Vila do Gongo, um dos

quatro distritos que poderiam ser soterrados pela

lama em poucos minutos, Leal foi removido pela

Vale para um apartamento alugado fora da área

de risco. Está vivendo em Santa Bárbara, cidade

vizinha, longe da sua horta e dos passarinhos

que costumavam pousar na janela de casa. "Eu

queria passar meus últimos dias ali, mas olha o

que está acontecendo... Eles vão destruindo

nossa vida."

O aposentado não é exceção. Em Barão de

Cocais (MG), o número de moradores que

acreditam estar diante de um suposto "alarme

falso" cresce a cada dia, mesmo com as

autoridades reforçando o perigo de a barragem

vir abaixo.

Na semana passada, a cidade parou com a

notícia de que a parede de contenção da mina (o

talude) está condenada. Segundo auditoria

contratada pela Vale, a estrutura romperia até

domingo, com risco entre 10% e 15% de

derrubar junto a barragem Sul Superior,

localizada a cerca de 1,5 quilômetro.

A data limite passou, mas a estrutura, embora

escorregue cada vez mais rápido, segue de pé -

aumentando a situação de incerteza entre os

moradores. Já para os envolvidos no plano de

emergência, a queda do talude continua sendo

certa, mas ninguém se arrisca mais a informar

prazo.

Nesta segunda, o ponto mais crítico do talude

voltou a acelerar e chegou a avançar cerca de 22

centímetros por dia. Em média, a estrutura

escorregou 18 cm - no dia anterior esse avanço

havia sido de 17 cm na parte inferior e de 14 cm

na superior. Para comparação, a estrutura

costumava ceder 10 cm por ano, segundo a

Agência Nacional de Mineração (ANM).

À espera do mar de lama que ainda não veio, o

prefeito de Barão de Cocais, Décio Geraldo dos

Santos (PV), já demonstra preocupação com o

aumento de "descrentes". "A cidade, aos

pouquinhos, infelizmente, está começando a se

acostumar com essa situação (de incerteza)",

diz. Para ele, o grupo pode dificultar a execução

do plano de emergência, que prevê evacuar parte

da cidade, se for necessário ser posto em prática.

"Quando você determina que o talude vai cair em

uma data, e não cai, pode ter certeza que

aumenta a comunidade que não acredita mais

em nada", afirma o prefeito. "Eu temo que isso

possa atrapalhar. As pessoas têm de ficar

atentas para que a gente consiga salvar todas as

vidas."

Antes de portas fechadas por causa da previsão

de rompimento da barragem, agências bancárias

e dos Correios voltaram a atender o público.

Escolas e o hospital também funcionaram. "Até

os parentes estavam com medo de vir aqui fazer

visita", diz Santos.

"Já dá uma comodidade maior. Na semana

passada, a gente precisava ir até Santa Bárbara

para resolver problemas simples", comenta o

técnico de almoxarifado Adão Miranda, de 41

anos, que foi ao banco nesta segunda. "Muita

gente fala que a barragem não vai romper, mas

quem sabe? A gente fica desnorteado."

Outro morador da Vila do Gongo, o aposentado

José Sayao, de 79 anos, saiu às pressas de casa

após a sirene tocar no dia 8 de fevereiro, mas já

não acredita nos riscos informados. "Vai fazer

quatro meses que me tiraram de casa e até

agora nada", diz. Segundo conta, o imóvel foi

alvo de saqueadores no período. "Arrombaram a

porta e levaram TV, eletrodoméstico, acabaram

com tudo."

CPI

Deputados federais da CPI de Brumadinho

estiveram nesta manhã na Câmara Municipal de

Barão de Cocais. A comissão foi aberta para

investigar a catástrofe com 242 mortos e 28

desaparecidos, que aconteceu em janeiro, e o

impactado para moradores de áreas de

mineração.

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Após sobrevoo na região da mina do Gongo Soco,

os parlamentares colheram reivindicações da

população. Entre elas, apoio psicológico e

pagamento de "renda mínima" aos afetados pelo

risco de rompimento. No fim, ativistas pintados

de lama fizeram um protesto contra a

mineradora.

Cartazes foram colados no salão. Um deles dizia:

"Bento Rodrigues nunca mais? Brumadinho

nunca mais? A Vale segue assassinando". Outro

deixava antever as suspeitas contra a empresa,

que deram o tom da reunião. "Queremos

sondagem da área evacuada para sabermos o

que tem debaixo das nossas terras."

Membro da Comissão dos Evacuados, Carlos Leal

foi o primeiro a discursar e se emocionou ao

final. "Senhores deputados, (...) pedimos que

obrigue a Vale a apresentar laudo sobre o nível

de segurança da barragem Sul Superior, porque

não existe laudo."

Durante as falas, moradores mostraram

documento indicando que a empresa fez

prospecções nos terrenos em 2011. Também

afirmaram que, embora tivessem sido retirados

do local por causa do risco, trens de carga teriam

continuado passando por ali. Até a barreira, em

construção para conter a lama, virou alvo de

suspeitas.

"O muro está sendo construído para comportar

22 milhões de m3 de lama, mas na barragem só

tem 9 milhões de m3", diz Leal. "Para mim, esses

elementos indicam que a Vale está interessada

em continuar a atividade de mineração aqui."

Presidente da CPI, o deputado federal Júlio

Delgado (PSB-MG) afirma que denúncias "de

prospecção em áreas para futura exploração" são

"graves". "Isso tem de ser apurado com

seriedade."

"A Vale está falando que precisa de um ano para

fazer essa (barreira de) contenção, sendo que a

barragem pode romper a qualquer momento", diz

o deputado. "Fica parecendo que realmente tem

um interesse anterior."

Procurada, a Vale não se manifestou.

https://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,mora

dores-de-barao-de-cocais-ja-duvidam-de-queda-

da-barragem,70002846124

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'Tudo está em aberto', diz governo sobre

uso do Fundo Amazônia

- Sustentabilidade - Estadão

Programa conta com R$ 3,4 bilhões doados pela

Noruega e Alemanha para combater o

desmatamento

Na região amazônica, predominam os casos de ocupação

irregular por grileiros de terra Foto: TOMMASO GIARRIZZO/

ARQUIVO AG. PARA

BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Ricardo

Salles, disse que ainda não foram definidas quais

mudanças serão efetivamente feitas na gestão e

no uso dos recursos do Fundo Amazônia,

programa que conta com R$ 3,4 bilhões doados

pela Noruega e Alemanha para combater o

desmatamento na região no Brasil.

Na tarde desta segunda-feira, 27, o ministro se

reuniu com os embaixadores da Noruega, Nils

Martin Gunneng, e da Alemanha, Georg Witschel,

para discutir a situação dos recursos que os dois

países doaram ao Brasil. A reunião contou com a

participação do ministro de Secretaria de

Governo, Alberto Santos Cruz.

“Todos os temas estão em aberto. Ainda não

fechamos nada”, disse Salles ao Estado. “O que

posso dizer é que foi uma reunião produtiva.

Vamos apresentar nossas propostas de

mudanças a eles e voltaremos a nos reunir na

próxima semana.” O ministro disse ainda que

pretende garantir a renovação do fundo, que

vencerá no ano que vem. “Essa é a nossa

intenção e é a deles também”, comentou.

Como revelou o Estado no último sábado, o

governo Jair Bolsonaro trabalha na edição de um

novo decreto para alterar as normas do fundo e

permitir que uma parte de seus recursos possa

ser usada para pagar indenizações a donos de

propriedades privadas que vivam em áreas de

unidades de conservação. Hoje essa utilização é

proibida conforme previsto no próprio regimento

do fundo, que é administrado pelo BNDES.

Uma fonte que acompanha as negociações

afirmou que as intenções do governo de mudar

as regras do fundo sem um acordo prévio os dois

países foi mal recebida por seus representantes.

A rigor os recursos já foram doados e cabe ao

Brasil escolher os programas que receberão o

dinheiro. As regras do fundo, porém, são claras

sobre a aplicação direta na proteção das florestas

e não em regularização fundiária. Na região

amazônica, predominam os casos de ocupação

irregular por grileiros de terra.

Ao falar com jornalistas após o encontro, Salles

disse que tratou de "questões mais gerais". "Não

entramos em nenhum detalhe muito específico",

respondeu. Questionado sobre a informação de

que a Embaixada da Alemanha afirmou que,

teoricamente, sua saída do fundo seria uma

possibilidade a ser considerada, Salles se

esquivou. “Eu não posso comentar declarações

da Embaixada da Alemanha."

Uma segunda mudança pretendida pelo governo

vai incluir a redução do número de membros do

Comitê Orientador do Fundo Amazônia. Esse

grupo, responsável por criar as diretrizes e

critérios para aplicação dos recursos, é formado

atualmente por 23 membros, entre

representantes do governo federal, governos dos

Estados da Amazônia e entidades da sociedade

civil.

Ao saírem da reunião, que ocorreu no Palácio do

Planalto, os embaixadores não deram detalhes

sobre o encontro, apenas afirmaram à imprensa

que há um diálogo com o governo, que

esperavam dar continuidade. "Talvez semana que

vem vamos nos reunir mais uma vez", disse o

embaixador da Noruega.

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Salles definiu a reunião como "ótima", e que os

embaixadores foram "muito solícitos",

apresentando suas "preocupações,

questionamentos e ponderações", relatou,

acrescentando que o governo também

apresentou seus pontos. "Debatemos muitos

aspectos importantes da gestão do fundo, dos

objetivos, da importância do fundo para a

redução do desmatamento ilegal e, portanto,

também alinhamos as nossas expectativas para

aprimoramento dessas questões", disse.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,governo-diz-que-tudo-esta-em-aberto-

sobre-uso-do-fundo-amazonia-em-

desapropriacoes,70002846092

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Ibama avisa antecipadamente onde fará

operações contra desmatamento na

Amazônia

- Sustentabilidade - Estadão

André Borges, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – O Ibama divulgou na sexta-feira, 24,

um comunicado em que informa que fará

operações de fiscalização contra desmatamento e

garimpo na região sudoeste do Pará. “Estão

planejadas operações de fiscalização contra

desmatamento e garimpo em Terras Indígenas e

Unidades de Conservação no sudoeste do Pará,

região que abriga a Floresta Nacional do

Jamanxim”, diz o texto. Até o ano passado, as

informações sobre os locais de fiscalizações e

operações do instituto eram mantidas em sigilo,

para que não atrapalhassem os resultados das

ações. Desta vez, o texto foi disponibilizado, em

português e inglês.

Na nota, o Ibama também afirma que o

Ministério do Meio Ambiente (MMA) “trabalha em

uma nova metodologia de alertas de

desmatamento e busca desde o início da atual

gestão uma ferramenta tecnológica que permita

a detecção diária de desmatamentos de até 1

hectare”. Segundo a nota, “o sistema atual

detecta desmatamentos superiores a 6,25

hectares e emite alertas com lapso temporal que

não favorece ações de caráter preventivo”.

Procurados, o Ibama e o Instituto Chico Mendes

de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

afirmaram que apenas o MMA se manifestaria

sobre o tema. O Estado também procurou o

MMA, que não se manifestou até as 18h50.

Os dados sobre o desmatamento na Amazônia

foram revelados na semana passada pelo Estado,

com base em informações oficiais, produzidas

pelo próprio Sistema de Detecção do

Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo

Real (Deter), ferramenta do Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais, órgão do governo federal.

Conforme informado, foram perdidos

oficialmente, em uma quinzena de maio, 6.880

hectares de floresta preservada na região

amazônica, o equivalente a quase 7 mil campos

de futebol. Esse volume ainda está próximo do

desmatamento registrado na soma de todos os

nove meses anteriores, entre agosto de 2018 e

abril de 2019, que chegou a 8.200 hectares. Em

2018, o País registrou os maiores números de

desmatamento na região amazônica de toda a

história. Desde agosto, a devastação ilegal

continua e atinge, em média, 52 hectares da

Amazônia/dia.

Os dados mais recentes, dos primeiros 15 dias de

maio, são os piores no mês em uma década - 19

hectares/h, em média, o dobro do registrado no

mesmo período de 2018.

Alteração. Apesar de não responder ao pedido de

esclarecimento, o Ibama mexeu na declaração de

suas fiscalizações após ser procurado pela

Estado. Ao reeditar o texto, o órgão declarou que

"estão planejadas operações de fiscalização

contra o desmatamento ilegal nas áreas críticas

da Amazônia". Nestas áreas, prosseguiu, estão

incluídas "Terras Indígenas e Unidades de

Conservação no sudoeste do Pará, região que

abriga a Floresta Nacional do Jamanxim".

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,ibama-avisa-antecipadamente-onde-fara-

operacoes-contra-desmatamento-na-

amazonia,70002845783

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Papa Francisco recebe líder indígena Raoni

no Vaticano

- Sustentabilidade - Estadão

CIDADE DO VATICANO - O Papa Francisco

recebeu nesta segunda-feira, 27, no Vaticano, o

líder indígena Raoni, aliado chave na defesa da

Amazônia, um dos grandes desafios do pontífice

latino-americano.

O Vaticano divulgou fotografias e um vídeo com

as imagens do encontro, durante o qual os dois

líderes trocaram presentes e conversaram

amigavelmente. Uma declaração oficial sobre as

questões abordadas não foi divulgada pela Santa

Sé.

O lendário líder indígena brasileiro iniciou uma

turnê européia de três semanas em meados de

maio, quando foi recebido por chefes de Estado,

marchou com jovens em nome do clima e

culminou com o Papa Francisco.

"Com este encontro, o papa Francisco quer

reiterar sua atenção pela população e pelo meio

ambiente da Amazônia e seu compromisso com a

proteção da Casa Comum", disse neste domingo,

26, o porta-voz do papa, Alessandro Gisotti.

Considerado o pontífice mais sensível aos

problemas ecológicos, depois de publicar em

2015 a encíclica "Laudato Sí", o papa argentino

convocou para outubro deste ano um sínodo ou

assembléia dos bispos sobre a Amazônia, a fim

de proteger os povos daquela região que abrange

nove países e é considerado o pulmão do

planeta.

"A audiência com Raoni também faz parte da

preparação para a Assembléia Especial do Sínodo

dos Bispos para a região do Pan, a ser realizada

entre os dias 6 e 27 de outubro, com o tema

'Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para

a Ecologia Integral", disse Gisotti.

O chefe da aldeia Kayapó, acompanhado de

outros três líderes indígenas que vivem no Xingu,

sofreu a devastação de seu vasto território,

ameaçado pelo desmatamento, pelo agronegócio

e pela indústria madeireira.

Um fenômeno que o próprio papa denunciou

quando visitou Puerto Maldonado em janeiro de

2018, uma cidade rural no sudeste do Peru,

cercada pela floresta amazônica, onde milhares

de nativos peruanos, brasileiros e bolivianos

haviam ido para a ocasião.

"Os povos amazônicos nunca foram tão

ameaçados em seus territórios como agora, uma

terra disputada em várias frentes: o neo-

extrativismo e a forte pressão dos interesses

econômicos sobre petróleo, gás, madeira, ouro e

monoculturas agroindustriais", explicou o papa.

A preocupação do papa latino-americano com as

ameaças contra esse santuário da biodiversidade

coincide com a de muitas populações

amazônicas, determinadas a defender sua

identidade e seus costumes.

Questão ambiental

Esta é a primeira vez que a Igreja Católica apoia

oficialmente atividades concretas em favor do

cuidado ambiental, inclusive nas paróquias.

A viagem de Raoni acontece no meio das tensões

com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, um

líder de extrema-direita que se mostrou favorável

à exploração de áreas protegidas.

O cardeal brasileiro Cláudio Hummes, próximo ao

papa, relator geral do Sínodo a ser realizado de 6

a 27 de outubro, reconheceu recentemente em

Roma que a defesa da Amazônia gera muitas

"resistências e incompreensões".

"Os interesses econômicos e o paradigma

tecnocrático são contrários a qualquer tentativa

de mudança e estão prontos para serem

impostos com força, violando os direitos

fundamentais das populações do território e os

padrões de sustentabilidade e proteção da

Amazônia", explicou Hummes.

A igreja de Francisco também está empenhada

em proteger "os esquecidos" da floresta

amazônica, as populações mais pobres entre os

pobres.

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A Amazônia é uma realidade muito rica e

complexa. É habitado por 390 aldeias com uma

identidade cultural e uma língua própria, e tem

cerca de 120 aldeias livres em isolamento

voluntário.

Este território, compartilhado por nove países e

habitado por cerca de 34 milhões de pessoas,

abriga 20% da água doce não congelada do

mundo, 34% das florestas primárias e 30 a 50%

da fauna e flora do planeta.

O encontro do papa com Raoni também serve

para preparar os católicos para uma mudança de

mentalidade em relação aos índios e suas

tradições.

A Igreja organizou 260 lugares para ouvir as

reclamações dos habitantes desse gigantesco

território, explicou Mauricio López, secretário

executivo da Rede Pan-Amazônica de Ecclesia

(REPAM). Cerca de 87 mil indígenas da Amazônia

participaram dessas reuniões com os bispos da

região.

A igreja quer "uma conversão da humanidade ao

meio ambiente", porque a existência de tudo

depende de cuidar da natureza e respeitá-la, algo

intrínseco a essas culturas ancestrais, explicou

López.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,papa-francisco-recebe-o-lider-indigena-

raoni-no-vaticano,70002845531

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Como esvaziar barragens e fazer cimento

- Sustentabilidade - Estadão

Pedro Leopoldo - Uma tecnologia desenvolvida na

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

oferece uma alternativa de aproveitamento dos

rejeitos de minério armazenados nas barragens

que há no Brasil semelhantes às que romperam

em Mariana e Brumadinho e ameaçam Barão de

Cocais.

A pesquisa experimental conseguiu transformar o

rejeito em uma espécie de cimento - pozolana -,

em areia e em pigmento. Os produtos já se

mostraram úteis como base de concreto,

argamassa e pelotas de minério e podem ser

aplicados na construção civil, na pavimentação

de estradas e também na agricultura.

“Tudo o que estiver nas barragens de minério

pode virar produto. A proposta é termos um

sistema sustentável completo na cadeia da

mineração. Isso é técnica e economicamente

viável”, diz o pesquisador Evandro Moraes da

Gama, que coordena o Laboratório de

Geotecnologias e Geomateriais do Centro de

Produção Sustentável da UFMG, em Pedro

Leopoldo.

Na fábrica experimental é possível ver tijolos,

lajotas de pisos e blocos, além do produto-base,

a pozolana - um pó semelhante ao cimento

convencional, mas que tem a vantagem de ser

colorido, de acordo com a característica do

minério: vermelho, alaranjado, ocre e marrom.

No local, para ilustrar o potencial de

aproveitamento, foi construída uma casinha

vermelha, de 46 m2, com materiais

desenvolvidos a partir da pozolana. De acordo

com Gama, seu custo equivale a 1/3 de uma

casa do mesmo tamanho feita com produtos

convencionais.

O pesquisador afirma que as mineradoras não

precisariam cuidar diretamente da produção, mas

estabelecer parcerias com outras empresas para

operar usinas de reaproveitamento dos rejeitos

na própria área da mineração. Ele acredita que

uma usina dessas precisaria de uma área de, no

máximo, 2 km2.

Moradores de Brumadinho observam a lama que atingiu a cidade. Foto:

Washington Alves/Reuters

Ele afirma que a pozolana também poderia ser

misturada ao cimento tradicional. “O cimento é

feito com calcário, que precisa ser explorado. Em

vez de fazer isso todo dia, é possível fazer uma

mistura do cimento com a pozolana. Com isso se

economizaria nos explosivos, na produção do

calcário - que fica em grutas e é ambientalmente

difícil de controlar - e ainda se aproveita parte do

rejeito da mineração”, conta.

Redução de rejeitos

Gama fez um estudo com a Agência Nacional de

Mineração (ANM) em que calculou o impacto que

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a geração de produtos a partir de rejeitos poderia

ter no volume de material hoje colocado em

barragens. Para o período de 2014 a 2039, ele

estimou que o aproveitamento poderia promover

uma redução de 42% dos rejeitos. A expectativa

é de que cerca de 11 bilhões de toneladas de

rejeitos sejam geradas no período.

“Teria de haver incentivos do governo para isso,

como ocorre em outros países. O porcelanato

chinês que compramos no Brasil é feito com

rejeito de minério”, exemplifica ele. Segundo

Moraes, 25% dos rejeitos da China viram outros

produtos.

O projeto na UFMG começou há cerca de quatro

anos e teve, além de financiamento da própria

universidade e da Fundação de Amparo à

Pesquisa do Estado de Minas (Fapemig), recursos

de empresas de mineração. “A Vale e a Samarco

são sócias da patente do produto, só não fazem

esse aproveitamento porque não querem. Dizem

que o estatuto social não permite fazer outra

coisa que não ferro.”

Ele defende que esse tipo de ação esteja nas

medidas mitigadoras e compensatórias após os

recentes desastres. “A região norte de Minas, por

exemplo, é muito carente de pavimentação e

calçamento. Se pegar o rejeito da Vale que está

todo depositado, secá-lo, colocar em vagões,

levar para lá e montar usinas de transformação

para fazer a pozolana, areia e o agregado

artificial, quem estiver lá produzindo bloco ou

pavimento poderia usar esse material na cadeia

produtiva local, com um custo muito mais barato,

favorecendo o setor industrial em uma área

carente.”

Segundo Gama, dados do Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 17

cidades do norte de Minas, como Janaúba, Jaíba

e Monte Azul, têm hoje uma demanda de

calçamento de 1,67 milhão de metros quadrados,

além de necessidade de pavimentar 4.200 km de

estradas. Pelo cálculos do pesquisador, os 50

milhões de metros cúbicos armazenados nas

barragens da Vale no entorno de Brumadinho e

que possivelmente são alvo de

descomissionamento poderiam ser usados para

suprir a necessidade.

Gama disse que está desenvolvendo um projeto

para ser encaminhado ao governo do Estado.

“Isso ajudaria até a Vale. Vai desobstruir a área

dela, vai fazer crescer uma outra. O que matou

em Brumadinho poderia construir e trazer o

desenvolvimento no norte do Estado.” Ele

defende que tal medida poderia entrar em um

eventual termo de ajustamento de conduta

(TAC). “Eles terão de tirar esses rejeitos. Vão

fazer o quê? Mandar para a Lua?”

Sem sentido

O pesquisador, que em outros momentos da

carreira ajudou a projetar muitas barragens, diz

que hoje elas não fazem mais sentido. Se

Mariana não causou essa mudança, diz, agora a

mineração tem de se repensar. “Todo mundo tem

de contribuir para repensar, criar uma nova

economia do País, da reciclagem, da

sustentabilidade. É tão árduo morar em uma

área de mineração onde não se tem alternativa.

Precisa de um pouco mais de sensibilidade.”

Procurada pelo Estado, a Vale não se posicionou

especificamente sobre as alternativas

desenvolvidas na UFMG. Disse, por meio de nota,

que “já apresentou às autoridades brasileiras um

plano para acelerar a descaracterização de todas

as suas barragens construídas pelo método de

alteamento a montante” e esse plano tem o

objetivo descaracterizar as estruturas como

barragens de rejeitos para reintegrá-las ao meio

ambiente. “Os rejeitos já são recuperados e

incorporados à produção mineral”, disse a

empresa.

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VALOR ECONÔMICO Supremo proíbe venda de estatal sem

licitação

Por Mariana Muniz, André Ramalho e Gabriel

Vasconcelos | De Brasília e do Rio

O programa de venda de ativos da Petrobras

sofreu ontem novo revés no Supremo Tribunal

Federal (STF). O ministro Edson Fachin

determinou que a venda da Transportadora

Associada de Gás (TAG), principal

desinvestimento já realizado pela estatal, no

valor de US$ 8,6 bilhões, precisa passar por

processo de licitação. Em liminar, ele suspendeu

a venda do ativo, que foi concretizada em abril e

estava amparada por outra decisão do Superior

Tribunal de Justiça (STJ) desde janeiro.

A decisão de Fachin traz efeitos imediatos para o

balanço do segundo semestre da Petrobras e cria

um ambiente de insegurança jurídica para a

continuidade do plano de desinvestimentos da

petroleira, incluindo a venda de BR Distribuidora,

Liquigás e oito refinarias. O ministro considerou

não haver espaço para que a venda fique fora do

"regime constitucional de licitação".

O caso chegou ao STF depois que o STJ

suspendeu decisão do Tribunal Regional Federal

da 5ª Região (TRF-5), que havia determinado a

obrigatoriedade da licitação no processo. A TAG

foi vendida para a Engie e para o fundo

canadense CDPQ, por US$ 8,6 bilhões, incluindo

o pagamento das dívidas de US$ 800 milhões da

empresa. O pagamento, pelo contrato, deveria se

dar entre maio e junho. Agora, com a suspensão

da operação, haverá impacto negativo direto no

balanço da Petrobras do segundo trimestre.

A venda da transportadora é a principal fonte de

caixa da empresa neste ano, dentro do programa

de desinvestimentos, que pode atingir de US$ 30

bilhões a US$ 40 bilhões em doze meses. O valor

envolvido na negociação é superior a todos os

negócios anunciados pela empresa entre 2017 e

2018, que somaram cerca de US$ 8,5 bilhões.

Em outra decisão sobre a venda de estatais, o

ministro do STF Ricardo Lewandowski, em junho,

proibiu essas operações, em caso de

transferência de controle, sem autorização

legislativa.

https://www.valor.com.br/empresas/6278149/su

premo-proibe-venda-de-estatal-sem-licitacao

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Grupo de Comunicação

STF veta venda da TAG pela Petrobras

Por Mariana Muniz, André Ramalho e Gabriel

Vasconcelos | De Brasília e do Rio

O programa de venda de ativos da Petrobras

sofreu ontem novo revés no Supremo Tribunal

Federal (STF). O ministro Edson Fachin entendeu

que a venda da Transportadora Associada de Gás

(TAG), o principal desinvestimento realizado pela

companhia, no valor de US$ 8,6 bilhões, precisa

passar por processo de licitação e decidiu, por

meio de liminar, suspender a venda do ativo, que

estava amparada por decisão do Superior

Tribunal de Justiça (STJ) desde janeiro. A decisão

traz efeitos imediatos sobre o balanço do

segundo trimestre da estatal, e reforça o

ambiente de insegurança jurídica sobre o

progresso do plano de desinvestimentos da

petroleira, incluindo a venda da BR Distribuidora,

da Liquigás e de oito refinarias.

Na decisão, Fachin disse não ver espaço para que

a transferência do contrato celebrado pela

Petrobras ou suas consorciadas fique fora do

"regime constitucional de licitação". O caso

chegou ao STF após o STJ suspender decisão do

Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5)

que determinava que a operação de alienação de

90% da participação acionária da TAG deveria

respeitar processo licitatório, já que o

procedimento implica em transferência de

controle. A reclamação foi feita ao STF por três

sindicatos de petroleiros, sob o argumento de

que a determinação do STJ desrespeita decisão

de 2018 do ministro Ricardo Lewandowski, do

STF, que proibiu, por meio de liminar, que a

alienação de estatais seja feita sem o aval do

Congresso.

O gabinete de Lewandowski informou ao Valor

que a decisão liminar dada em junho de 2018 -

proibindo que a alienação de estatais seja feita

sem o aval do Congresso - deverá ser levada ao

plenário. Assim, o mérito da Ação Direta de

Inconstitucionalidade (ADI) que discute a

transferência de controle acionário de empresas

públicas, sociedades de economia mista e

subsidiárias ou controladas, da qual Lewandowski

é relator, só deverá ser julgado depois que as

duas liminares - a dele, e a de Fachin - forem

analisadas pelos demais integrantes da Corte.

A Petrobras informou, em nota, que ainda não foi

intimada da liminar de Fachin. "A Petrobras

avaliará a decisão e irá tomar as medidas

cabíveis em prol dos seus interesses e de seus

investidores", disse a estatal. A empresa

defendeu a venda de ativos. "A Petrobras reforça

a importância dos desinvestimentos através da

gestão de portfólio para a redução do nível de

endividamento e geração de valor, em linha com

seu Plano de Negócios e Gestão 2019-2023 e

Plano de Resiliência."

A TAG foi vendida para a francesa Engie e o

fundo canadense CDPQ, por US$ 8,6 bilhões,

incluindo pagamento das dívidas de US$ 800

milhões da transportadora com o BNDES. O

contrato estabelece que o pagamento deva se

dar na data do fechamento da operação, prevista

para ocorrer entre maio e junho. Agora, como

resultado da decisão de Fachin, deve haver efeito

imediato no balanço da Petrobras do segundo

trimestre, uma vez que os recursos da venda

podem não mais entrar no caixa da petroleira até

junho. A venda da transportadora é a principal

fonte de caixa da empresa neste ano, no

programa de desinvestimentos. O valor da

negociação é superior a todos os negócios

anunciados pela empresa entre 2017 e 2018, que

somaram US$ 8,5 bilhões.

A decisão de Fachin remonta a uma ação popular

dos petroleiros na Quarta Turma do Tribunal

Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), contra a

venda de 90% da TAG sem licitação. Em junho

de 2018, o TRF-5 suspendeu o negócio alegando

que a Petrobras não pode alienar o controle

societário das subsidiárias sem licitação, já que o

decreto nº 2.745/98 (Regulamento do

Procedimento Licitatório Simplificado da

Petrobras) diz ser o leilão a modalidade

adequada para a alienação de ativos da estatal.

Em janeiro, a decisão do TRF-5 foi revertida no

STJ ante o argumento de que "obstar a operação

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Data: 28/05/2019

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econômica em questão significaria grave risco à

economia pública e ao orçamento público

federal". Com o aval do STJ, a Petrobras retomou

o processo de venda da TAG. A estatal informou,

na ocasião, que se baseava também no parecer

da Advocacia Geral da União (AGU) que concluiu

que a Petrobras já detém autorização legislativa

para alienar suas subsidiárias.

Em resposta a ação ajuizada pelos sindicatos dos

petroleiros do Estados de São Paulo (Sindipetro-

SP), Bahia (Sindipetro-BA) e Paraná e Santa

Catarina (Sindipetro PR/SC), Fachin recorreu a

uma medida cautelar do ministro Lewandowski,

do ano passado, que proíbe a venda de ações de

empresas públicas, sociedades de economia

mista ou de suas subsidiárias ou controladas sem

prévia autorização legislativa, sempre que se

envolva a alienação do controle acionário da

subsidiária. Segundo o ministro, a dispensa de

licitação só pode ser aplicada quando não houver

a perda de controle acionário das empresas

envolvidas.

https://www.valor.com.br/empresas/6278069/stf

-veta-venda-da-tag-pela-petrobras

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Crise da Pemex e da PDVSA favorece estatal

brasileira

Por Rodrigo Polito e André Ramalho | De San

Diego (EUA) e do Rio

Em rota de recuperação após a crise

desencadeada pela queda dos preços do petróleo

e pelo desgaste de imagem com escândalos de

corrupção, nos últimos anos, a Petrobras vem se

consolidando, aos poucos, como a maior

produtora da região. Enquanto a estatal brasileira

tem perspectivas de novos recordes operacionais

no pré-sal e vem reduzindo sua dívida, as demais

gigantes da região - a venezuelana PDVSA e a

mexicana Pemex - convivem com o declínio da

produção, escândalos de corrupção e situação

financeira difícil.

Devido ao alto grau de concentração de mercado

no México e na Venezuela, a situação delicada

das estatais locais acaba por afetar a atratividade

do mercado latino-americano como um todo.

Com uma agenda mais pró-mercado, o Brasil,

segundo analistas consultados pelo Valor, vive o

momento mais favorável à atração de

investimentos na região.

"O caminho das estatais latino-americanas tem

sido sofrido. A Petrobras tem feito o seu dever de

casa para reduzir sua dívida e está num estágio

mais maduro que suas vizinhas neste momento.

A estatal foi a única a ter sido submetida a uma

investigação contra a corrupção como a Lava-

Jato. Institucionalmente estamos mais sólidos",

afirma a pesquisadora da FGV Energia, Fernanda

Delgado.

A Pemex, por exemplo, viu sua dívida superar os

US$ 100 bilhões e ultrapassar o patamar de

endividamento da Petrobras. Utilizada pelo

governo local como fonte de receitas, para

equilíbrio das contas públicas, a estatal mexicana

perdeu capacidade de investimentos nos últimos

anos e viu sua produção cair 30% desde 2014.

Após a eleição de Andrés Manuel López Obrador,

em 2018, a empresa também tem sido impelida

a construir novas refinarias e a situação tem

preocupado analistas.

A agência de risco Fitch, por exemplo, reduziu,

em janeiro, a nota de classificação da empresa

de BBB+ para BBB- (ainda ligeiramente acima

das notas da Petrobras). Em meio à escalada do

endividamento, o governo mexicano prepara um

pacote de socorro de US$ 8 bilhões à companhia.

Nenhum outro quadro, contudo, é mais

preocupante do que o da PDVSA, principal

produtora da América Latina até 2015, mas que

sofre com o agravamento da crise política e

econômica da Venezuela. Desde 2016, a empresa

não publica mais relatórios financeiros e

operacionais. Segundo estimativas do mercado, a

produção atual do país é 750 mil barris diários,

menos do que produz a Colômbia. Em fevereiro,

a Moody's retirou sua classificação de risco para

a estatal por "motivos de negócio" - até então, a

classificação para PDVSA era um C, a nota mais

baixa da escala.

Além da crises financeiras, escândalos de

corrupção também pairam sobre as irmãs latino-

americanas. Este mês, Emilio Lozoya, diretor da

Pemex durante o governo de Enrique Peña Nieto,

foi afastado de cargos públicos por dez anos,

depois de ter sido citado em denúncias de

corrupção envolvendo a Odebrecht no México. Na

Venezuela, uma investigação da Assembleia

Nacional, de maioria oposicionista, apontou o

"sumiço" de US$ 11 bilhões dos cofres da PDVSA

entre 2004 e 2014.

Com o agravamento da crise da Venezuela e o

cenário avesso a investimentos privados no

México, o Brasil tem uma janela de oportunidade

única para atrair investidores e contribuir para o

resultado fiscal do governo com os leilões de

áreas petrolíferas - só o leilão do excedente da

cessão onerosa, previsto para 28 de outubro,

envolve bônus de assinatura de R$ 106 bilhões.

Com um cardápio de ativos de qualidade e um

ambiente regulatório favorável a investimentos

privados, especialistas acreditam no sucesso dos

leilões deste ano no Brasil, mesmo se a reforma

da previdência não for aprovada.

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"A reforma da previdência é essencial para

estabilizar os indicadores financeiros. Mas você

tem um marco regulatório sustentável,

especialmente no setor extrativo. Isso pode

mitigar o risco país" afirmou Lucas Aristizabal,

diretor de ratings corporativos da Fitch.

"Esperamos uma grande participação no leilão

[dos excedentes]. Sem querer minimizar o

desafio do Brasil com a reforma da previdência, o

potencial de investimentos [em óleo e gás] pode

acontecer mesmo sem a reforma", disse o

especialista, que participou de uma rodada de

discussões sobre investimentos no setor

petrolífero na América Latina, durante a La Jolla

Energy Conference, promovida pelo Institute of

Americas, em San Diego.

Para sócio da E&Y, o debate sobre a abertura do

mercado de gás natural traz novas perspectivas

para o país

O painel foi unânime em apontar o Brasil como o

país que reúne as melhores condições para

investimentos em óleo e gás na região. Outro

destaque apontado, fora os leilões, foi o plano de

desinvestimentos da Petrobras, que, segundo

Aristizabal, está disponibilizando ativos de classe

mundial.

Para o sócio da Ernst & Young em Portugal,

Alexandre Oliveira, o debate sobre a abertura do

mercado de gás natural traz novas perspectivas

para o Brasil. Um dos grandes desafios, segundo

ele, é construir um ambiente regulatório que

inspire confiança. "A América Latina é uma região

com incertezas que não ajudam e tem um

trabalho pela frente para ganhar a confiança do

investidor", disse.

Lisa Viscidi, diretora do programa de Energia,

Mudança Climática e Indústria Extrativa da

organização não-governamental Inter-American

Dialogue, diz que o marco regulatório para

exploração e produção no Brasil está bem

desenhado. Porém, ainda há preocupação e

incertezas quanto à autonomia da política de

preços dos combustíveis da Petrobras. Ela

destacou também o risco de uma nova greve de

caminhoneiros no país.

"Hoje, os países que têm reservas, um governo

sensato, regras estáveis e transparência vão se

beneficiar de maiores investimentos. A grande

tarefa do Brasil é assegurar que a questão da

corrupção foi endereçada e as regras serão

estáveis, apesar de vermos incertezas na

política", complementou Raul Gallegos, diretor

associado da consultoria Control Risk.

O México, que competiu com o Brasil nos últimos

anos por investimentos, após abertura

implementada por Enrique Peña Nieto, vive

situação oposta hoje. A decisão do governo

Obrador de não realizar novos leilões e oferecer

contratos de serviço que reduzem retornos para

o investidor privado devem afugentar as grandes

petroleiras internacionais. A boa notícia é que o

governo não deve revisar os contratos firmados

durante a gestão anterior. Ainda assim, o cenário

mexicano é complicado: a Pemex não se

modernizou tecnicamente para aumentar o fator

de recuperação de seus principais campos e a

produção nacional declina.

Segundo Chris Sladen, ex-presidente da BP no

país e consultor da Reconnoitre, o México

precisará de investimentos de US$ 41 bilhões ao

ano para produzir 2,4 milhões de barris diários,

em 2024, conforme previsto no plano de

Obrador. O problema é como financiar esse

volume em um cenário avesso a participação

privada. Para ele, a Pemex não tem condições

financeiras de realizar esses investimentos

sozinha.

Situação bem mais complicada vive a Venezuela

e sua estatal PDVSA. Devido à crise econômica e

política, especialistas acreditam que, mesmo em

um cenário de queda do presidente Nicolás

Maduro ou do chavismo, a reconstrução do setor

petrolífero local levará entre cinco e dez anos e

demandará investimentos de US$ 200 bilhões.

Outro país relevante na região, a Argentina,

possui potencial de expansão de sua produção,

sobretudo de gás não convencional no campo de

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Vaca Muerta, na província de Neuquén. O

problema é a incerteza política devido às eleições

presidenciais de 2019, que poderá contar com a

participação da ex-presidente Cristina Kirchner.

No lado positivo para investimentos na América

Latina estão Guiana e Colômbia. O primeiro país

vai entrar para o clube de produtores de petróleo

no primeiro trimestre de 2020, com o início da

produção na área da promissora descoberta de

Liza. A expectativa é que, já nos próximos anos,

a Guiana ultrapasse a Venezuela em produção de

petróleo. O país, porém, ainda precisa

desenvolver sua infraestrutura petrolífera e

assegurar a consistência do marco regulatório.

Até 2017, o governo não tinha um departamento

de energia.

Já a Colômbia desponta com um ambiente

regulatório estável e atrativo. Segundo o

presidente da Agência Nacional de Hidrocarburos,

Luis Miguel Morelli, com os contratos previstos

com petroleiras este ano, a estimativa é de

investimentos de US$ 3 bilhões em quatro anos.

Com isso, espera-se que as reservas (1,9 bilhão

de barris de óleo equivalente), dobrem.

O repórter Rodrigo Polito viajou a convite do

Institute of Americas

https://www.valor.com.br/empresas/6278065/cri

se-da-pemex-e-da-pdvsa-favorece-estatal-

brasileira

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Petrobras propõe novo estatuto para BR

Por Graziella Valenti e Ivan Ryngelblum | De São

Paulo

Preocupada em garantir agilidade à oferta de

ações da BR Distribuidora, a Petrobras propôs

alterações minimalistas ao estatuto social da

controlada. O novo documento, responsável

pelos parâmetros de governança da companhia,

só terá validade se a estatal conseguir vender os

papéis que possui de forma que a distribuidora

deixará de ter um sócio controlador e, portanto,

de ser uma estatal.

A atualização retira as amarras estatais da BR,

mas coloca poucas barreiras ao poder da

Petrobras. Hoje dona de 71% da distribuidora, a

expectativa é que fatia remanescente da

Petrobras fique entre 30% e 40% após a

operação. Nos documentos oficiais, porém, a

estatal fala em reduzir para menos de 50%, ou

seja, não será majoritária, mas ainda será

prevalente.

A proposta de redação do estatuto que será

levada aos acionistas da BR foi desenhada pela

controladora e não pelo conselho de

administração da própria empresa, como seria a

praxe. O colegiado da distribuidora não

participou do processo nem com sugestões.

Conselheiro da BR eleito por minoritários sugere

que estatuto deveria ter nova revisão após oferta

da Petrobras

Consultada, a BR, que está em período de

silêncio em razão dos planos para a oferta,

apontou que todas as medidas foram adotadas

em linha com a lei societária e que as propostas

de alteração de estatuto asseguram a sua

manutenção no Novo Mercado da B3. A Petrobras

não quis comentar.

A assembleia de acionistas que avaliará as

alterações sugeridas pela Petrobras foi marcada

para 7 de junho. O conselho da BR aprovou a

convocação do encontro, mas se manteve isento,

sem recomendar aprovação ou rejeição. Na

prática, a Petrobras é quem está definindo como

será a governança da empresa quando deixar de

ser sua controladora. Além de propor, tem

maioria para garantir sua vontade.

A condução do tema pela Petrobras, segundo o

Valor apurou, teve por objetivo garantir que o

processo de aprovação fosse rápido dentro da

estatal e evitasse modificações que poderiam ser

consideradas polêmicas ou que exigiriam longos

procedimentos internos de validação - ou até um

escrutínio maior pelo Tribunal de Contas da União

(TCU).

Essa estratégia da Petrobras é para realizar a

operação até julho. A preços de mercado, se

conseguir reduzir sua fatia até 30% da BR, a

estatal poderia arrecadar mais de R$ 10 bilhões.

Na visão de analistas, o caminho escolhido, por

um lado, pode garantir essa agilidade e a notícia

de que a BR deixará de ser uma estatal é

positiva. Mas, por outro lado, ao não impor

maiores restrições à Petrobras, que continuará a

acionista mais influente, a operação pode não

alcançar o melhor preço possível.

Para um analista, a BR Distribuidora, hoje

avaliada em pouco mais de R$ 27 bilhões na B3,

poderia valer mais de R$ 35 bilhões, se ficasse

garantida a redução da interferência estatal no

negócio.

Com o novo estatuto, a Petrobras terá espaço

para indicar até quatro de nove membros do

conselho de administração, a depender do

resultado da oferta e da participação dos

acionistas em assembleia. Fica mantida a

exigência já existente de que no mínimo 50% do

conselho seja independente (acima do mínimo do

próprio Novo Mercado), mas sem a imposição de

restrição às indicações da estatal.

As principais novidades adotadas são a criação

de um comitê de governança corporativa e partes

relacionadas e a adoção de uma cláusula que

determina a realização de oferta a todos os

acionistas caso algum investidor ou companhia

compre ou alcance fatia de 50% ou mais do

capital. Na prática, caso queira voltar a ser dona

da BR, a Petrobras teria de seguir regras que

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obrigam uma oferta pública de aquisição por

valor justo ou o maior preço pago pelas ações em

mercado - o que for superior.

A função do comitê proposto é "promover e

acompanhar a evolução do modelo de

governança", "avaliar situações de potencial

conflito de interesses e opinar sobre transações

com partes relacionadas, desde que fora do curso

normal dos negócios e que sejam da alçada do

conselho de administração". O grupo terá de ser

composto por três dos membros independentes

do colegiado - e não poderá prevalecer na

composição eleitos pelo mesmo acionista.

Tanto a rota escolhida pela Petrobras - de

conduzir ela própria a reforma do estatuto da

distribuidora - como as sugestões propriamente,

levaram o conselheiro da BR eleito por

minoritários Shakaf Wine a se manifestar

separadamente sobre o tema. Seu voto foi

acompanhado por outro conselheiro, Gregory

Louis Piccininno.

Conforme o voto de Wine encaminhado pela BR à

Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o

conselheiro defendeu garantir a limitação da

influência estatal sobre a BR. Para tanto, as

sugestões dele são limitar o poder de voto de um

só acionista ou grupo a 30% do capital e as

indicações ao conselho de administração a 1/3 do

total. Wine também entende que a cláusula de

obrigação de oferta de aquisição deveria ter

como gatilho a compra de 30% do capital, e não

de 50%. Entre as suas recomendações, também

consta que o comitê de governança deve ter

liberdade para avaliar todos os contratos entre

partes relacionadas.

Apesar das ponderações, Wine entendeu que não

deveriam ser criadas situações que impedissem o

avanço da oferta pela Petrobras, a fim de que o

"ótimo" não se tornasse inimigo do "bom",

conforme o voto. Assim, foi favorável à

convocação da assembleia da BR.

Para o analista de um grande banco nacional, as

evoluções de governança da BR não ocorreram

como o esperado após a listagem na B3. Ele

avalia que o novo estatuto traz avanços, mas

ainda insuficientes para lidar com os riscos de

influência da União. "A dúvida é saber se a

companhia, após ter o capital pulverizado, terá

um conselho atuante e independente, assim

como uma diretoria, para tomar medidas que

possam maximizar os ganhos", ponderou.

Wine comenta, em seu voto, que o conselho

poderia, no futuro, considerar nova revisão do

estatuto. Um analista de mercado apontou que a

efetividade da governança da BR dependerá da

atuação dos acionistas, que terão de ser

propositivos e vigilantes. Outro especialista

entende que o objetivo neste momento é permitir

que a BR deixe de ser estatal, melhorando sua

eficiência. Para isso, algumas questões de

governança poderão não avançar num primeiro

momento.

https://www.valor.com.br/empresas/6278057/pe

trobras-propoe-novo-estatuto-para-br

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Alemanha e Noruega precisam dar aval para

mudanças no Fundo Amazônia, diz ministro

Por Isadora Peron | De Brasília

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo do Salles,

afirmou que o decreto com mudanças nas regras

de utilização dos recursos do Fundo Amazônia só

será editado depois que houver um acordo com

os governos da Noruega e da Alemanha,

responsáveis pela doação de recursos que

chegam a R$ 3,4 bilhões.

"O decreto será formulado depois que tivermos

claro quais são os pontos que são de comum

acordo com todas as partes envolvidas", disse,

após se reunir com os representantes dos dois

países no Palácio do Planalto.

Criado em 2008, o Fundo Amazônia tem como

objetivo diminuir o desmatamento na região.

Uma das possibilidades estudadas pelo governo,

conforme revelou o jornal "O Estado de S. Paulo"

no fim de semana, é usar os recursos para pagar

indenizações por desapropriações de terra em

áreas protegidas.

Questionado sobre o que os embaixadores

acharam do assunto, o ministro desconversou e

disse que esse detalhamento será feito ao longo

da semana, quando serão trocadas informações

entre as partes interessadas. "Nós discutimos

questões mais gerais, não entramos em muito

detalhamento específico", afirmou.

Salles disse ainda que, durante a reunião, os

representantes dos dois países não abordaram a

possibilidade de cancelarem as doações para o

fundo - hipótese que não foi descartada pela

embaixada da Alemanha.

Após deixarem a reunião, os embaixadores da

Noruega e da Alemanha afirmaram que ainda não

há uma decisão sobre o futuro do Fundo

Amazônia. Eles, no entanto, consideraram

positivo ter iniciado um diálogo com o governo

brasileiro.

"Foi uma reunião informativa, construtiva, e

agora temos um diálogo, que vai continuar",

disse o embaixador norueguês Nils Martin

Gunneng. Questionado especificamente sobre o

uso dos recursos para o pagamento das

indenizações, ele desconversou: "Vamos

continuar a falar com o governo sobre todos os

esses pontos. Nós vamos ver qual vai ser o

resultado, nós não sabemos ainda, mas agora

nós temos um diálogo, isso é uma coisa boa".

Esse também foi o tom da declaração do

embaixador da Alemanha no Brasil, Georg

Witschel. "Hoje foi a primeira etapa desse

diálogo. Vamos ver, vamos receber novas

propostas."

https://www.valor.com.br/brasil/6278121/alema

nha-e-noruega-precisam-dar-aval-para-

mudancas-no-fundo-amazonia-diz-ministro

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Data: 28/05/2019

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Grupo de Comunicação

RJ e SC dão apoio à MP do Saneamento

Por Daniel Rittner | De Brasília

Os governos do Rio de Janeiro e de Santa

Catarina somaram-se a outros três Estados e

resolveram apoiar a medida provisória que muda

o modelo de exploração do saneamento básico.

Esse novo endosso reacendeu as esperanças do

Palácio do Planalto de costurar um acordo hoje,

em reunião de líderes da Câmara dos Deputados,

para votar a MP 868 nesta semana. Ela perde

vigência na segunda-feira.

Apenas os governadores de São Paulo, Minas

Gerais e Rio Grande do Sul estavam avalizando a

aprovação da proposta. Eles formaram um

contraponto ao grupo de 24 Estados que

manifestaram oposição à MP e viam, no texto,

uma tentativa de forçar a privatização de suas

companhias estaduais de saneamento.

O principal ponto do texto é o fim dos contratos

de programa (assinados entre municípios e

companhias estaduais) e a obrigatoriedade dos

contratos de concessão (com exigência de

abertura de concorrência ao setor privado). A

articulação política do Planalto entrou

pesadamente, com ligações a governadores e

secretários estaduais, para tentar aumentar o

apoio à MP.

No fim de semana, o governador de Santa

Catarina, Carlos Moisés da Silva (PSL) e o vice-

governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro

(PSC) firmaram a Carta de Gramado, em

referência à cidade gaúcha onde se reuniram os

Estados que formam o Consórcio de Integração

Sul e Sudeste. Além deles, os governadores do

Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) e do

Paraná, Ratinho Junior (PSC) expressaram apoio

parcial às mudanças no saneamento.

"Os Estados de SP, RJ, MG, RS e SC reforçam seu

apoio à Medida Provisória 868, de 2018, a

chamada MP do Saneamento, que visa mudar

radicalmente o cenário de infraestrutura básica

do país", disseram os governadores no

manifesto. "A MP do Saneamento, com alteração

proposta a seu artigo 12, permitirá modelagens

financeiras robustas que irão possibilitar ao país

superar a profunda dívida com a sociedade na

prestação de serviços essenciais."

O artigo 12 trata justamente da necessidade de

chamamento público para novos contratos de

concessão. Para evitar que apenas os serviços de

coleta e tratamento de esgoto em localidades

maiores sejam atrativos para as empresas,

deixando o atendimento a áreas deficitárias nas

mãos das companhias estatais, o relatório do

senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) introduziu a

figura dos "blocos de municípios". Os Estados

poderão juntar cidades lucrativas e que dão

prejuízo em um mesmo pacote.

O documento inclui uma ponderação dos

capixabas e paranaenses: "Os Estados de ES e

PR apresentam ressalvas à medida provisória. No

entanto, expressam apoio à maior participação

do capital privado nos investimentos necessários

para a universalização dos serviços. Todos

concordam com a necessidade de atrair mais

investimentos, aumentar cobertura e melhorar a

qualidade dos serviços".

Para o Ministério da Economia, a manifestação

favorável de mais governadores à MP pode ter

influência positiva no convencimento de

bancadas estaduais na Câmara e no Senado. A

ideia é lutar por mais adesões nas próximas

horas.

"Esperamos votar a MP do Saneamento amanhã

[hoje], na Câmara, e aprová-la também no

Senado esta semana. Fica cada vez mais

evidente como um novo marco regulatório é

imprescindível para destravar investimentos,

melhorar a qualidade dos serviços prestados e

possibilitar a universalização", diz o secretário de

Desenvolvimento da Infraestrutura, Diogo Mac

Cord, que estima em R$ 700 bilhões o potencial

de desembolsos com esse novo modelo.

https://www.valor.com.br/politica/6278095/rj-e-

sc-dao-apoio-mp-do-saneamento

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Grupo de Comunicação

Manifestações não compensam a falta de

articulação política

Editorial

As manifestações a favor do governo no domingo

- com participações expressivas em São Paulo e

Rio de Janeiro, baixa adesão no resto do país -

não modificam em nada as dificuldades que o

presidente Jair Bolsonaro tem de governar,

muitas delas criadas por si próprio e por seus

filhos. O presidente não terá um apoio maior no

Congresso depois delas, e não é improvável que

tenha ainda menos. O protesto contra "velhas

práticas" dos políticos, a razão de ser das

manifestações, segundo Bolsonaro, não terá

efeito algum se o governo não vencer

politicamente as forças que têm impedido sua

agenda de progredir. Os atos de rua, organizados

pela franja radical do bolsonarismo,

personificaram o mal a ser combatido no

Centrão, um agrupamento de partidos

fisiológicos, e no presidente da Câmara dos

Deputados, Rodrigo Maia. No caso de Maia, a

satanização é típica do estilo do presidente, o de

fustigar justamente quem mais está se

empenhando em aprovar a reforma da

previdência, em acordo com o ministro Paulo

Guedes.

As manifestações foram pacíficas, ordeiras e

sabiamente contidas por seus organizadores. A

defesa das reformas propostas pelo governo, em

especial a da previdência, compôs a maior parte

das bandeiras e integrou a maioria dos discursos.

Foram deixadas em segundo plano algumas das

palavras de ordem lançadas no início da

organização dos atos, que desmoralizavam o

Supremo Tribunal Federal e Congresso.

Bolsonaro incentivou as manifestações, não

participou delas e em boa hora desautorizou os

radicais de seu lado que pregavam o fechamento

do Congresso e do Supremo.

Ajudou a engrossar as manifestações dos aliados

fiéis a Bolsonaro a carga reativa trazida pelos

massivos protestos de rua duas semanas antes

em defesa da educação, contra as sandices em

série produzidas pelo ministro da pasta, Abraham

Weintraub. Elas não foram organizadas pelos

partidos de esquerda, em especial o PT,

desorientados e sem iniciativa relevante, no

Congresso ou fora dele, como pensam

bolsonaristas radicais. Mas deram um sinal forte

de que há limites para o radicalismo ideológico

do governo e de que, nessa trilha, acabará

reconstruindo o poder que a esquerda já teve de

mobilizar multidões.

A mobilização pró-governo pode ter tido a

serventia de acalmar um governo à beira de um

ataque de nervos. Bolsonaro divulgou um texto

que o isenta de qualquer responsabilidade pelo

país ser "ingovernável" e afiança o leitmotiv do

presidente - ser vítima de uma conspiração dos

políticos, do Congresso, da Justiça, da mídia e

até dos militares que lotam os ministérios. Às

vésperas dos atos, o ministro Paulo Guedes

desabafou à revista Veja que se a reforma não

for robusta, deixará o governo. As declarações

feriram brios de alguns parlamentares, que viram

na entrevista a tentativa de Guedes de intimidar

o Congresso.

Mesmo para presidentes à vontade com a

política, como Fernando Henrique e Lula,

sofreram reveses quando lidaram com essa

reforma. Presidentes desconfortáveis com a

política, como Bolsonaro, têm dificuldades quase

intransponíveis, especialmente se no passado

nunca mostrou apreço por ela. Maia pode ser um

aliado a contragosto do governo, mas é

providencial para as reformas. É, porém, quem

mais tem sido desgastado por Bolsonaro e seus

áulicos.

A força das manifestações de domingo é

insuficiente para alterar as relações de poder

entre Congresso e Executivo e apenas suficiente

para mostrar que Bolsonaro ainda têm capital

político para aglutinar seus eleitores mais

radicais - os companheiros de viagem, os

movimentos pelo impeachment de Dilma

Rousseff, abandonaram o barco. Não há um

modus operandi do governo com o Congresso

que seja profícuo. Mas há uma linha de ataque à

política em si, partindo do presidente e seus

filhos, que é simplesmente destrutiva. Se não há

sequer um partido digno de alianças e acordos

provisórios, não há nada a fazer no Congresso,

fora emitir projetos que serão aceitos ou

rejeitados.

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Bolsonaro está amarrado em uma camisa de

força ideológica, que talvez não esteja disposto a

romper. Como foram, as manifestações não

emparedaram o Congresso, e podem ter lhe

aumentado a hostilidade. Mobilizações

permanentes dificilmente terão melhor resultado.

Nesse caminho, quanto mais o presidente der

murros na mesa ou mandar mensagens pelo

Twitter, mais refém ficará do Congresso em

relação ao governo. Ou constrói a articulação

política possível com o Legislativo ou não haverá

saída democrática para conseguir o que diz que

pretende.

https://www.valor.com.br/opiniao/6277955/mani

festacoes-nao-compensam-falta-de-articulacao-

politica

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Produção de trigo começa a ganhar fôlego

no Cerrado

Por Fernanda Pressinott | De São Paulo

Considerada quase inviável no início desta

década, a produção de trigo no Cerrado brasileiro

é hoje uma realidade, e não apenas em terras

irrigadas. Em áreas secas de grande altitude, que

não são tão difíceis de encontrar no bioma, o

bom retorno financeiro registrado no ano

passado para os poucos que se aventuraram

nessa frente incentivou mais produtores a

apostar na cultura, concentrada no Sul do país.

Em Goiás, a área é recorde em 2019, em Minas

Gerais, cresceu 25% e na Bahia também há

expansão.

O aumento do interesse dos produtores nos

últimos anos se tornou possível porque a

Embrapa conseguiu desenvolver sementes de

trigo para panificação para a região, e a inovação

instigou os oito moinhos instalados no Cerrado a

buscarem o cereal local. Além disso, o fato de ser

o primeiro trigo disponível no país, já que a

colheita na região acontece em junho e julho,

tem garantido vendas imediatas para os

agricultores.

Eduardo Elias Abrahim, vice-presidente da

Associação dos Triticultores do Estado de Minas

Gerais (Atriemg), afirma que os produtores que

tinham trigo em 2018 conseguiram, líquido, entre

R$ 500 e R$ 1 mil por hectare. "Em meados de

maio do ano passado, o trigo do Cerrado valia R$

1,2 mil a tonelada, enquanto no Paraná o preço

estava em R$ 600". Hoje, o valor médio no

Cerrado é R$ 1,1 mil. "Ainda é uma cultura de

inverno menos rentável que o milho, devido à

desproporcionalidade da demanda, mas vem

ganhando força", afirma ele.

Além do retorno financeiro, Vanoli Fronza,

pesquisador da Embrapa Trigo, afirma que os

produtores da região descobriram que alternar a

palhada de trigo com a de milho eleva a

rentabilidade da soja na safra seguinte e ajuda

no controle de nematoides e plantas daninhas.

"O sorgo [outra cultura plantada na mesma

época] é viável até certo ponto, mas não traz as

melhorias agronômicas do trigo", diz ele.

Neste ano, particularmente, o trigo também se

tornou-se a melhor opção para aqueles que

perderam a "janela ideal" para o milho safrinha.

"Nesta temporada, a soja foi colhida bem mais

cedo, mas alguns não estavam preparados para

plantar milho e/ou choveu no período de plantio.

Nesses casos, o trigo de sequeiro se mostrou

uma cultura muito viável", afirma Eduardo Elias

Abrahim.

A janela ideal para o trigo de sequeiro - que

responde por cerca de 80% de todo o volume

produzido no Cerrado - é mais extensa que a do

milho. Vai até 20 de março em Goiás e no

Distrito Federal e até 20 de abril em Minas

Gerais. O trigo irrigado está sendo plantado

neste mês.

Neste ano, a estimativa é que a área de sequeiro

em Minas Gerais tenha chegado a 100 mil

hectares, ante 80 mil em 2018. Em Goiás, atingiu

30 mil hectares, ante 13 mil no ano passado. E

há relatos de falta de sementes no Distrito

Federal e na Bahia. "Há poucos anos, nada

existia. Minas Gerais plantava 20 mil hectares em

2012 e os outros Estados, zero", conta Abrahim.

O vice-presidente da Atriemg nota que os

números citados são distantes dos da Companhia

Nacional de Abastecimento (Conab), que,

segundo ele, é mais conservadora e não tem

informações dos fornecedores de sementes. A

estatal faz seu levantamento junto às Ematers

estaduais.

Responsável técnico da Cooperativa Agropecuária

da Região do Distrito Federal (Coopa-DF),

Cláudio Malinski informa que os cerca de 30

cooperados que normalmente entregam trigo no

moinho da empresa plantaram 8 mil hectares no

ano passado. Neste ano, a área foi para 10 mil.

Já o trigo irrigado foi plantado em 4 mil hectares

em 2018 e deverá ocupar cerca de 4,5 mil agora.

"No ano passado, como em 2017, a produção

excedeu nosso consumo e vendemos trigo para

outras empresas", conta o presidente da Coopa-

DF, José Guilherme Brenner. A cooperativa

comercializou sua produção excedente do ano

passado por entre R$ 800 e R$ 940 a tonelada e

vê a manutenção desse patamar neste ano.

Em 2018, a chuva ajudou e a média de

produtividade no Cerrado ficou em 35 sacas por

hectare, sendo que alguns produtores obtiveram

50 sacas. A produtividade no sistema irrigado

chega a 100 sacas por hectare, mas o custo de

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produção é mais elevado e, em alguns anos, a

cultura é inviável devido ao baixo volume de

chuvas.

Mas como a vida dos produtores não é sempre

um mar de rosas, um ataque de brusone (doença

fúngica) afetou alguns campos do Cerrado,

principalmente em Goiás, e a produtividade

deverá ser bem reduzida. "Chuvas em abril, com

dias muito nublados, permitiram a incidência da

doença. Infelizmente alguns produtores vão

perder mais da metade da lavoura", diz Fronza,

da Embrapa.

Além dessa questão pontual, é bom lembrar que

neste ano o Cerrado concorrerá com uma super

safra global - a Argentina, por exemplo, terá

mais de 20,6 milhões de toneladas, segundo

estimativas do Ministério da Agroindústria do

país, 8,4% mais que o recorde do ciclo passado.

Mesmo no Brasil, Paraná e Rio Grande do Sul

deverão manter os níveis de produção do ano

passado, de acordo com a Conab, com 2,8

milhões e 1,9 milhão de toneladas,

respectivamente.

Conforme o Departamento de Agricultura dos

EUA (USDA), a colheita mundial deverá somar

777,5 milhões de toneladas em 2019/20, 6,3%

mais que em 2018/19. Com uma demanda

prevista em 759,5 milhões de toneladas e

estoques de 293 milhões, a relação entre estoque

e demanda mundial será muito confortável, da

ordem de 38,6%.

https://www.valor.com.br/agro/6277961/produc

ao-de-trigo-comeca-ganhar-folego-no-cerrado

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